jornal aldeia edição 35 abril de 2014

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Edição 35 do jornal Aldeia de Caboclos

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Page 1: Jornal Aldeia edição 35 abril de 2014
Page 2: Jornal Aldeia edição 35 abril de 2014

EditorialPrezados leitores e irmãos de fé, é com a força de São Jorge, o nosso Grande Orixá Ogum que conclamamos a todos para estarem presentes com seus templos, famílias e amigos em nossa Tradicionalíssima, Agregadora, Marcante, Harmônica e Ultrapositiva 10ª Homenagem, Louvação e Procissão ao Orixá Xangô!

O Grandioso evento ocorrerá dia 08 de junho de 2014, às 13h, no Ginásio do Clube Escola Mooca, situado na Rua Taquari, 635, Mooca, São Paulo-SP.

Este emocionante e edificante evento gera, igualmente, frutos a entidades beneficentes, por tal motivo a entrada é condicionada meramente a entrega de 1 kg de alimento não perecível.

Pede-se ao vibrante público comparecer trajando branco, pois é a cor que simboliza a nossa amada Umbanda.

Com certeza teremos mais uma tarde inesquecível, regada a belíssimas apresentações relativas à cultura afro-brasileira, uma tarde rica em alegria, integração, amor, emoção, amizade e devoção ao Rei da Justiça, o nosso Grande Orixá Xangô!

Kaô, Cabecilê Xangô!!! Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós!

Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Salve Zambi!

Alexandros Barros Xenoktistakis

EXPEDIENTE

Diretor: Engels B. Xenoktistakis

Direção de Arte: Daniel Coradini

Redator: Engels B. Xenoktistakis

Colaboradores: Adriano Camargo /

Ronaldo Linares e

Alexandros Xenoktistakis

Assessoria Jurídica: Alexandros Barros

Xenoktistakis – OAB/SP 182.106

contato: [email protected]

PREVISÃO BARALHO CIGANOCartas: Foice – Nuvem - Urso

Amor - Período de muita mudança e cortes, possibilidades de rompimento no relacionamento afetivo ou distanciamento para uma reflexão. Momento ideal para romper com velhos conceitos e comportamentos negativos. Cuidado com a possessividade ou crise de ciúmes nesse período. Uma dose de amor, paciência e carinho faz bem ao coração.

Profissional e Financeiro - Mudanças de trabalho ou na sua atividade profissional regem esse período. Cuidado com falsas amizades e parcerias. Muito cuidado antes de algumas escolhas, ana-lise racionalmente antes de qualquer atividade. Confiança e cumplicidade no trabalho, direciona-mento sempre. Não é período ideal pra novos projetos.

Saúde - Tratamentos e cirurgias ideais para essa fase. Cuidado com pequenos acidentes domésti-cos. Período de se organizar internamente, rever pensamentos, disciplina alimentar e hábitos mais saudáveis.

CONSULTAS DE TARO E BARALHO CIGANO - ONLINE OU PRESENCIALCURSOS DE BARALHO CIGANO

Carolina Amorim Taróloga e Terapeuta holística Agende sua consulta!

Fone: 11- 23694241 ou 984096944. ou pelo blog:

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página 4Ano 4 número 35

23 de Abril - Festa de Ogum

Falando de Umbanda

A imposição da cultura branca ao negro recém es-cravizado e a obrigatoriedade de aceitação dos santos católicos - que em nada se assemelhavam aos seus Orixás de origem - levaram o ingênuo escravo a pro-curar pontos de concordância entre os seus principais Orixás africanos e os santos cultuados pelos católicos.

A figura de SÃO JORGE nos mostra um homem todo coberto com uma armadura de aço, ferindo o dragão – símbolo do mal - com uma lança. O OGUM que o negro conhecia e que era o Orixá do ferro era um Orixá guerreiro. O branco lhe impunha a imagem de SÃO JORGE dizendo-lhe que esquecesse o Orixá guerreiro. Então, o negro humildemente, cultuava OGUM “dis-farçado” na imagem do Santo Católico.

Às vezes o dono do engenho, o senhor das terras, ti-nham um santo de devoção pessoal e obrigava o negro a cultuar esse santo. Isso justifica o fato de que em Salvador, OGUM ser sincretizado com SANTO ANTO-NIO e não com SÃO JORGE. Para que se entenda melhor, SANTO ANTONIO foi considerado Capitão do Exército Nacional e pároco da igreja a ele dedicada, recebia seu salário do quartel.

As imagens, tão populares no período colonial, eram na sua grande maioria esculpidas em madeira. Quan-do cumpre uma obrigação, o negro africano retira do local sagrado onde deu sua obrigação um pedaço de solo (geralmente uma pedra) a qual se dá o nome de OTÁ, que ele cultua como objeto sagrado pelo resto de seus dias. Para não trair seus deuses de origem, o negro habilmente, escavava a imagem do santo e in-

troduzia no local o seu OTÁ correspondente ao Orixá. Desta forma ele poderia voltar-se para essa imagem católica e reverenciar seu Orixá africano. O branco acabou por descobrir que os negros escavavam as ima-gens. Quando esse fato ocorreu, o negro justificou que a imagem oca não trincava e que a pedra servia para dar maior estabilidade à imagem.

Ogum É o orixá do ferro e, por extensão, das armas e ferramentas que se fazem co o ferro. É o espírito maduro, duro, forte e inflexível. Representa sempre a força que garante a execução da lei. É um dos Orixás mais solicitados para Patrono de Polícias e Exércitos.

Suas ferramentas são espadas e lanças de guerra. Sua cor é o vermelho do sangue derramado ou o ver-melho das bocarras dos canhões.

Monumento a Ogum

Santuário Nacional da Umbanda

O ideal de liberdade é inerente à própria condição do ser humano. Mesmo o mais vil dos assassinos sonha

com a liberdade. O que não dizer então do homem que nascendo livre nas savanas africanas, e reduzido à humilíssima condição de escravo, sem nada ter fei-to para merecer esse castigo. Assim, em seus sonhos de liberdade o negro africano via em OGUM - o Orixá da guerra - a força que necessitava para conseguir sua liberdade. Um dia o negro empunharia a lança e a es-pada de OGUM, mataria os brancos, vingando amigos e parentes mortos por estes e tomaria de uma de suas grandes canoas (caravelas) e voltaria à sua terra natal. Diante do exposto, cultuar OGUM era vital para o ne-gro africano. Seria ele quem os ajudaria na batalha, lhe daria forças e quem sabe, lhe emprestasse a cora-gem de que tanto necessitava.

A festa de OGUM é realizada na maior parte das ve-

zes dentro dos espaços reservados aos Templos, onde os médiuns abrem seus trabalhos, fazem a incorpora-ção das entidades correspondentes.

Utilizam-se vela vermelha, charuto, cerveja branca, cravo vermelho, peixe, fruta (opcional);

Sua saudação é OGUM NHÊ!

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página 5Ano 4 número 35

Sua oração:AMADO PAI OGUM

Senhor dos Caminhos,

das Demandas e Aplicador da Lei Maior.

Estamos aqui, diante de vós, suplicando pela

Vossa Misericórdia, querido Pai e pedindo que

Dê ordenação às nossas vidas,

de acordo com os ditames da Lei Maior,

de nosso Divino Criador, Olorum.

Deixe que elas sejam levadas

Por vossa onda ordenadora, Pai Ogum Maior

Para que possamos, em corpo e em espírito,

Trilhar as vias evolutivas do alto,

Em concordância com as esferas de Luz.

Lembre-se sempre, Pai Divino, de nos orientar

Para que possamos dar sentido às nossas vidas,

Perdoamos a nós mesmos e aos nossos semelhantes,

Libertamos os nossos corações

das angústias e de mágoas, termos firmeza nos

Princípios de luz que nos regem e

No Amor ao Criador e a tudo que Ele criou.

Que nós também possamos, de alguma forma,

Orientar aqueles irmãos

mais necessitados do que nós,

Ajudando-os a clarear os obscurecimentos

E as dificuldades de seus caminhos.

Senhor do movimento e da ordenação divina,

Senhor dos caminhos das estradas, quebre as

Demandas e arrebente as amarras que tenham sido

Colocadas contra nós, tornando

Nossa senda menos difícil de ser seguida.

Ilumine nossas vidas, dê-nos o nosso amparo e nos

Liberte da ação da ignorância

E dos sentimentos e atitudes negativos.

Conduza-nos, Pai Guerreiro, para que

Acreditemos e confiemos que iremos

Sempre em frente, amparados pela ação de

Vossa espada e por vosso escudo defensor,

Protegendo-nos contra nossas forças destrutivas

E contra o choque das trevas.

Livre-nos, amado Pai, de fazermos o mal e

Proteja-nos com vossa lua, para que só

Façamos o bem àqueles que nos rodeiam.

Dê-nos equilíbrio em nossa caminhada evolutiva

E fortalecimento de nossa crença,

Para que caminhemos resolutamente

pela senda da Luz.

Desvie de nós os sentimentos condenáveis,

Como a inveja, o ódio, a vingança, o orgulho,

O egoísmo e a vaidade.

Amado Pai, faça nossa vida se movimentar e,

Como bom ordenador, organize nossas

Prioridades, cada uma no momento certo,

Dando-nos a certeza de que estamos

Sendo atendidos e amparados.

Amém!

Pai Ronaldo Antônio Linares, presidente da Federação Umbandista

do Grande ABC é responsável peloSantuário Nacional da Umbanda.www.santuariodaumbanda.com.br

[email protected]/

santuariodaumbanda.fugabc

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página 6Ano 4 número 35

Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas no amor dos Sagrados Pais e Mães Orixás!

Muita gente acha que vai ao terreiro para tomar o seu passe semanal e simplesmente é atendido, vai em-bora, e não tem a sua parte na força transformadora que é nossa amada religião de Umbanda.

Poucos questionam o que estão fazendo para mudar o mundo à sua volta. São poucos os que indagam o que poderiam fazer para melhorar a vida das pessoas, ou só sabem indicar, (quando indicam) o terreiro que frequentam, liberando-se assim, da responsabilidade de transmitir a palavra amiga.

Saibam que os guias espirituais, amparados pela Lei Di-vina, se servem das nossas características humanas, dog-mas e critérios, para continuar seu trabalho além da gira.

Quantas vezes o consulente não passa numa consul-ta com um Preto Velho, e, mesmo não precisando de nada, apenas passou para tomar seu “passe”, enfim, ouviu uma frase, como esta, por exemplo:

- Ei “mizifio”, voismicê não está sozinho. Deus nos-so Pai Criador não colocou ninguém aqui para o sofri-mento eterno. As dificuldades passam, e dão lugar a momentos de alegria e felicidade. Aproveite esses mo-mentos e guarde-os na lembrança, e quando precisar alimentar a memória, traga essas lembranças, mesmo pequenas, dos momentos bons, que eles naturalmente se multiplicam em sua vida. Assim quer o Criador, que vós seja feliz, e caminhe no bem, na saúde e na alegria...

E depois de alguns dias, esse mesmo consulente en-contra um amigo que não via a algum tempo, e esse último fala que sua vida não anda bem, que perdeu o emprego e demonstra que sua confiança está a bei-ra de um colapso. Naturalmente, e sem mesmo lem-brar onde tinha ouvido as palavras, é capaz de dizer ao amigo que “ele não está sozinho, que Deus não co-loca ninguém aqui para sofrer, que tudo passa e que nesse momento difícil, procure puxar na memória os

momentos felizes que já passou e dar importância e gratidão a eles, que assim, se multiplicam e se repe-tem em nossa vida...”.

Palavras ligeiramente diferentes, mas com todo o sentido passado pelo Sagrado Preto Velho.

Isso funciona sem percebermos, da mesma forma que quando um médium permite, seus guias espiritu-ais fazem com que flua através dele, o conhecimento baseado naquilo que está no conjunto mediúnico – conhecimentos, habilidades e atitudes.

Quando o médium aprende sobre ervas, entende que a forma que aprendeu fazer seus banhos, defumações e benzimentos é adequada, naturalmente começam a passar isso adiante, seja através das consultas, seja no seu dia a dia.

Os nossos guias na Umbanda passam a mensagem pela sua simples presença. A força do arquétipo já car-rega esta capacidade. A alegria das crianças, a sabe-doria dos Pretos Velhos, a austeridade e coragem dos Caboclos, o jogo de cintura dos Baianos, enfim, cada um, da sua forma, com seu regionalismo, traz em si mesmo, pela sua presença, uma força simbólica que transmite algo de bom.

E essas características vão sendo adaptadas por nós e refletem no nosso cotidiano.

Invariavelmente eu me pego numa situação e penso: - Como será que meu Pai Caboclo resolveria isso?

E tenho uma resposta de Fé e Coragem que me ajuda e ampara na decisão e solução que eu, e somente eu, preciso tomar.

Quando aprendemos sobre as ervas, esse conhecimen-to se magnetiza em nós, fica pulsando no nosso mental, é expresso nas nossas emoções e na forma que reagimos diante do elemento da natureza. É claro que depende da forma com que cada um se integra a esse conhecimento e desenvolve em si as habilidades de manipulá-lo.

Os guias espirituais nos motivam e direcionam para um campo de ação, e isso facilita o trabalho deles através da nossa mediunidade. Portanto, se você, mé-dium, sentir que deve aprender sobre as ervas, o bási-co dos banhos, defumações e benzimentos, não perca tempo. Aprenda!

Não se incomode se através de você, os mecanismos da Lei Divina encontrarem uma forma de ajudar o seme-lhante. Domine seu ego a ponto de ter consciência que o conhecimento não é seu, apenas está em você para seu próprio progresso e do semelhante. Sinta-se instrumen-to e será abençoado com o Divino saber dos simples.

Eucalipto – Eucalyptus globulus Labill.

Erva quente muito poderosa na limpeza e desinfec-ção astral. Na resolução de problemas causados por campos energo-magnéticos densos, gerados na linha do tempo, ou seja, magias antigas, decretos e prague-jos que criam ou ativam portais negativos que se man-tém ativos por tempo indeterminado e se reativam naturalmente, ou pelo comando do seu ativador.

Além do uso comum em banhos, defumações, bate--folhas e cobertura de chão, pode ser usado para forrar camas de cura, aplicação de passes energéticos. É um ex-celente fechador e cancelador desses portais negativos.

Sinônimo botânico: Eucalyptus citriodora Hook.; Eucalyptus tereticornis Smith.

Indicações ritualísticas: Limpeza e desinfecção, pa-ralisador do magnetismo de magias executadas no tempo, como amarrações e praguejos.

Ação (verbos): consumir, desmagnetizar, retornar, cancelar, congelar

Cor energética: prata azulado ao verde cristalino

Orixás principais: Oyá – Logunan, Ogum, IansãAdriano Camargo / Erveiro da Jurema

[email protected]

Ervas na Aldeiapor Adriano Camargo

DOMINE SEU EGO A PONTO DE TER CONSCIÊNCIA QUE O CONHECIMENTO NÃO É SEU...

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Conchita Roupas Ciganas

Espaço de Dança e Cursos

A mais completa linha de roupas ciganas Curso de Orientação e

Desenvolvimento Mediunico Pratica Umbandista + Teologia + Sacerdócio

Ministrado por Mãe Conceição Florindo Turmas: 3ª feiras às 20 h ou 4ª feiras às 20:30 h

Magia Divina das Velas Em março – 3ª feiras – às 20 h

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Curimba (toque e canto)

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Magia Divina das Pedras Em março – 5ª feiras – às 20 h Baralho Cigano Taro de Marselha

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Grupos de Dança,Teatro e Festas Roupas p/ Cultos Religiosos

Exu Pomba-Gira

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página 8Ano 4 número 35

ArtigoDEVOÇÃOA SANTASARA KALI

A LENDA DE SANTA SARA KALI

Os Ciganos, desde as épocas mais remotas, vivem a experiência da espiritualidade no dia a dia, sendo que a Comemoração Santa Sara Kali, é de longe a nossa data de mais importância, para a qual nos preparamos com todo amor e devoção, porque sentimos a alegria mais profunda de nossos corações, quando nos confraternizamos,

com todos, com ciganos dos mais variados clãs e famílias, com todos os gadjés (não ciganos) que amam a nossa raça e vibram conosco nesta data.

Nós, sempre fomos muito procuradas através de inúmeras formas de atendimento oraculares, isso faz parte da essência dos ciganos e quando revelamos parte do caminho a alguém, sabemos da responsabilidade que nos é imputada, conceitos serão dados, mensagens serão transmitidas, pessoas serão erguidas. Por isso as ciganas

atendem com seus baralhos, seus cristais, com os seus olhos atentos, de onde nada escapa, jogam, para ajudar, pela fé, e pelo ato de amor devocional.

Conta a Lenda que Sara era uma escrava egípcia, que pertencia a José de Arimatéia, este empresta Sara para as Marias (Maria Jacobé, Maria Salomé, Maria Mada-lena) para ajudá-las nos afazeres da casa, até porque as Marias cuidavam de Jesus e os Apóstolos e quanto mais ajuda melhor.

Sara passa então a viver com as Marias e com Jesus ouvindo os seus ensinamentos, as suas pregações, que lhe despertaram a fé, esta convivência conti-nuou até a crucificação de Jesus, e Sara permaneceu na casa com as Marias. Preciso aqui abrir um aparte, porque os cravos da crucificação de Jesus foram im-postos pelos romanos para um ferreiro cigano fazer, porque os outros ferreiros se recusaram. O Cigano Jacó os fez porque toda a sua família foi ameaçada, e ele ainda teve que participar da crucificação, conta a Lenda que o Cigano Jaço, chorando muito pediu perdão o Jesus, e disse ao Mestre:

- Meu Povo não vê maculas em ti.

Jesus com toda a sua misericórdia lhe responde.

- Confie naquela que sairá das águas, está ajudará muito o seu Povo.

O Cigano Jacó contou aos Ciganos sobre as palavras de Jesus, e estes em suas andanças vão passando a mensagem.

Passados alguns tempos, José de Arimatéia é acusado de se tornar um cristão e ter ajudado a roubar o corpo do Mestre, até porque foi no túmulo da sua família que foi colocado o corpo de Cristo, mas por ele ser rico e ter contribuído com a sua influencia a favores aos roma-nos, ele não foi condenado à crucificação, mas foi puni-do com a expulsão, e esta punição foi da seguinte forma:

José de Arimatéia, seu escravo Trofino, as Marias e Sara, todos foram colocados em uma barca sem remos e sem alimentos, para sofrerem e morrerem em alto mar,e assim foi feito.

A Lenda conta que durante os sofrimentos que todos estavam passando, estando em Alto Mar, sem nenhu-ma provisão, todos entraram em desespero, mas Sara foi a que manteve a sua Fé, e em meio a todo este tor-mento ela se ajoelhou na Barca e começou a pedir ao Mestre que se fosse do merecimento de todos, que a Barca aportasse em segurança, e que todos tivessem o livramento da morte, se ela Sara recebesse esta graça, ela seria escrava de Jesus, de levar a palavra do Mestre aonde ela não tenha sido ouvida, e que também usaria um lenço na cabeça para o resto da sua vida, em reve-rencia e agradecimento pela graça alcançada.

Milagrosamente a Barca aportou em segurança, no Porto de Petit Roné,no sul da França,hoje conhecida como Saint Marie de La Mer ( Santas Marias do Mar ),aonde todos foram acolhidos e recebidos pelos pes-cadores que viram esta Barca aportar,somente Sara não foi acolhida pela cor da sua pele,esta ficou na praia,mas ela não ficou só por muito tempo,haviam Ciganos acampados pertos e viram todo o ocorrido,e viram que aquela jovem de pele escura precisava de ajuda, e lembraram que outros Ciganos vindos da Pér-sia traziam a mensagem que o Cigano Nazaré havia contado junto ao seu sofrimento na crucificação do Mestre.

Estes Ciganos rapidamente a acolheram e Sara pas-sa a conviver com os Ciganos, e deste então já começa também a contar sobre o Mestre Jesus e suas palavras e pregações, Sara passa estes ensinamentos com tanto

amor, que até hoje para os Ciganos, Jesus é o maior dos Ciganos, porque assim como eles, não tem mora-dia fixa,sofrem discriminações,mas sempre estão ale-gres e aceitam o que a vida tem para lhes oferecer.

Sara não se casou, não teve filhos, viveu para falar so-bre os ensinamentos do Mestre e também para ajudar os Ciganos nas suas fugas, porque naqueles tempos so-friam muitas perseguições, e Sara com sua fé pedia o li-vramento ao Mestre Jesus, e era atendida, sempre mos-trava um caminho a seguir, para sair daquela situação.

Sara morreu velhinha entre os Ciganos, e este a enterra-ram em uma Gruta, em Saint Marie de La Mer, para que todos os Ciganos que passassem por ali, pudessem se lem-brar desta jovem que com a sua fé e amor ao Cristo, os livrou de muitos sofrimentos.

Após a morte de Sara, as ciganas assim como haviam aprendido com ela começaram a fazer pedidos, só que eram para Sara, pedidos para engravidar, sair de algu-mas situações difíceis, enfim todos os tipos de pedidos, e estes começaram a se realizar, principalmente a gravidez, porque para uma Cigana não ser Mãe, é uma verdadeira maldição, e em troca de um pedido realizado as ciganas ofereciam a Sara um lindo Dicló (Lenço), e prometiam levar este lenço até a sua Gruta em agradecimento.

Assim nasce a peregrinação a Gruta de Sara, em Saint Marie de La Mer, Santa Sara é homenageada todo o dia 24 e 25/05 com uma grande procissão dos Ciganos até a sua Gruta para levar os seus Diclós, agradecer a graça recebida, e esta peregrinação acontece até os dias de hoje.

Esta é a minha forma de ver a Lenda de Santa Sara, até porque fui agraciada com uma Graça recebida de

por Professora Rose de Souza

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Santa Sara. Descobri que no meu sangue correm ro-sas vermelhas, desde então levo a mensagem Cigana, com muito Amor e Seriedade a todos que queriam ouvir.

Sou a Professora Rose de Souza, e no meu San-gue correm Rosas Vermelhas, hoje dirijo a Escola de Baralho Cigano Carmem Romani Sunacai, em honra e este povo, que muito me honraram com seus ensinamentos e alegria.

Viva Santa Sara Kali, Optchá Povo Cigano.Latchi Bar

Escola de Baralho CiganoCarmem Romani Sunacai

Prof.Rhose de Souzawww.carmemromani.com

carmemromanisunacai.blogspot.comRua.Tuiuti,2667 Tatuapé-SP

fone:2292-8296

ORAÇÃO A SANTA SARA KALISARA, SARA, SARA, fostes escrava de José de Ari-

matéia, no mar fostes abandonada (pedir para que nada nos abandone: amor, saúde, dinheiro, felicida-de...)

teus milagres no mar sucederam e como santa te tornastes, a beira do mar chegastes e o “CIGANOS” te acolheram,

SARA, Rainha, Mãe dos Ciganos ajudaste

e a ti eles consagraram como sua protetora e mãe vinda das águas.

SARA mãe dos aflitos,

a ti imploro proteção para o meu corpo, luz para meus olhos enxergarem até no escuro (pedir força para os seus olhos, vidência),

luz para o meu espírito e amor para todos os meus irmãos: brancos, negros, mulatos, enfim a todos os que me cercam.

Aos pés de Maria Santíssima, tu, SARA

me colocarás e a todos os que me cercam

para que possamos vencer as agruras que a terra nos oferece.

SARA, SARA, SARA,

não sentirei dores nem tremores,

espíritos perdidos não me encontrarão

e assim como conseguistes o milagre do mar,

a todos que me desejarem mal,

tu com as águas me fará vencer (quando a pessoa não está bem e querendo resolver algo muito impor-tante beber três goles de água).

SARA, SARA, SARA,

não sentirei dores nem tremores,

continuarei caminhando sem para assim

como as caravanas passam,

no meu interior tudo passará

e a união comigo ficará e,

sentirei o perfume das caravanas que passam

deixando o rastro de alegria e felicidade,

teus ensinamentos deixarás.

Amai-nos SARA, para que eu possa ajudar a todos que me procurem, ajudados pelos poderes de nossos irmãos Ciganos, serei alegre e compreensivo(a) com todos os que me cercam.

Corre no Céu, corre na Terra, corre no Mundo e

SARA, SARA, SARA estará sempre na minha frente,

sempre atrás, do lado esquerdo, do lado direito.

E assim dizemos:

somos protegidos pelos Ciganos e pela SARA

que me ensinará a caminhar e perdoar.

Reze 3 Ave Marias (1ª para SARA, 2ª para os Ciga-nos e a 3ª para você) .

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página 10Ano 4 número 35

Minha Umbanda é Divina, Sagrada e transborda luz.

Minha Umbanda não é “branca”, azul, amarela, ver-melha, verde... é todas as cores e ao mesmo tempo a ausência de todas elas.

Minha Umbanda é “pé no chão”, em qualquer chão, seja de terra, de areia, de cimento, etc., pois me ensina que ter pés no chão vai muito além de onde pisamos, mas também de onde e em quem ancoramos nossas esperanças e expectativas.

Minha Umbanda é o segredo e a revelação, é o fun-damento que embasa e explica o que podemos saber, e mantém numa aura de mistério o que ainda não esta-mos preparados para assimilar.

Religião do futuro? Sim, e também do passado e do presente.

Minha Umbanda é amiga do tempo, e sabe que um dia cada filho destinado a ela vai chegar num terreiro e se encontrar.

Minha Umbanda é a imensidão do universo, e a uni-versalidade dos terreiros, que acolhem a todos sem perguntar a que religião pertencem.

Minha Umbanda é paz e guerra; nos ensina a paz ao mesmo tempo que luta por cada filho de fé.

Minha Umbanda não se impõe, quer ser descoberta; não pressiona, quer ser aceita naturalmente; não limi-ta, ao contrário, expande a consciência e consequente-mente os horizontes de quem a busca com o coração aberto.

Minha Umbanda percebe a presença de Deus no rei e no mendigo; no forte e no fraco, no pobre e no rico, no branco e no negro, na criança e no idoso...

Minha Umbanda é o magnetismo de Pai Oxalá e o vigor de Mãe Oiá-Tempo; a graciosidade de Mamãe Oxum e o esplendor de Pai Oxumaré; a busca pelo co-nhecimento de Pai Oxóssi e a verdade de Mãe Obá; a austeridade de Pai Xangô e a energia de Mãe Egunitá;

a força de Pai Ogum e a impetuosidade de Mãe Iansã; a paz de Pai Obaluaiê e a calma de Mãe Nanã Buruquê; é o acolhimento de Mãe Iemanjá e o recomeço de Pai Omulú.

Minha Umbanda é a força dos caboclos, a sabedoria dos pretos-velhos, a pureza das crianças, a garra dos baianos, a coragem dos boiadeiros, o balanço do ma-rinheiro, a resistência dos cangaçeiros, a malícia dos malandros, a alegria dos ciganos, o equilíbrio da linha do oriente, a vitalização dos exus, a sensualidade das pombas-giras, a traquinagem dos exus-mirins e quem mais quiser fazer parte dela.

Minha Umbanda é o atabaque, a dança, o cachimbo, o maracá, a flecha, o incenso, a lança, o escudo, a cruz, a estrela, o laço, o brinquedo, a fita, o tridente, a rosa...

Minha Umbanda é a vida que começa com o nasci-mento e a estrada que continua após a “morte”.

Minha Umbanda é tão humilde que nem mesmo tem noção do tamanho da sua grandeza.

Minha Umbanda não se importa de ser tachada de religião pequena, pois não precisa provar nada a nin-guém.

Minha Umbanda não julga, orienta; não pune, ape-nas aplica a lei; não se esconde nem se mostra, e quan-do se mostra não é em templos suntuosos, mas que o tempo pode corroer; é dentro de cada um, o maior templo que existe, que ela se manifesta.

Minha Umbanda não se importa com o que pensam sobre ela; ela se basta.

Minha Umbanda é caridade, amor, paz, luz, evolu-ção, fé; é a grande nave que abriga a todos aqueles que se atrevem a praticar o bem e a caridade.

Minha Umbanda ainda é uma criança, que brinca de ensinar e aprende brincando; é o caminhante que não sabe exatamente qual o seu destino, mas segue plan-tando suas sementes de modo que por onde passar

haja flores e frutos para os que ficaram para trás.

Minha Umbanda é o conselho e o exemplo; é o cuida-do vigilante e a reprimenda necessária; é a boca fecha-da e o joelho dobrado.

Minha Umbanda é gratidão, contemplação, medita-ção. É o mestre que se vê nos olhos de seu discípulo.

Minha Umbanda não é dissimulada, olha nos olhos; é o coração aberto, o abraço fraterno, a mão estendida, a chance oferecida, o sorriso sincero.

Minha Umbanda não tem todas as respostas, mas sim todas as perguntas; o que a move é o querer, o buscar, o conquistar, o aprender e principalmente o compreender.

Minha Umbanda é a natureza, os animais, as árvores, as flores, as cores, os aromas, o céu, o sol, as estrelas.

Minha Umbanda é o Santo, o Anjo, o Orixá, o Mestre, o Deva, o Guardião, o Socorrista Anônimo.

Minha Umbanda é benção, fartura, prosperidade, saúde; é o suor do trabalho, o dinheiro honesto, é a lágrima de emoção e o despertar do coração.

Minha Umbanda é a certeza de do dever cumprido, o acelerar do coração ao sentir a presença do Divino, é terminar a gira com o corpo cansado, mas a alma leve.

Minha Umbanda me sustenta, ampara e faz de mim um ser humano melhor, Saravá Umbanda, Axé!

Por Mãe Valéria Siqueira Terreiro de UmbandaPai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas

e Mestre Zé PilintraCríticas e sugestões:

[email protected]

UmbandaLegalpor Valéria

Siqueira

MINHA UMBANDA

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Templo de UmbandaCaboclo Pena Roxa

Estão abertas as inscrições paraSACERDÓCIO DE UMBANDA

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Aulas Teóricas e PráticasCurso destinado a todos que desejam conhecer melhor a nossa religiãoRequisitos do Curso: Ser médium incorporanteInício: Palestra Explicativa - 29/05/2014 - Horário: das 20:00h às 22:00h1 aula por semana - Duração do Curso 2 anos

Conteúdo do Curso:Formação, estruturação e manutenção de Terreiro; Apresentação Ritualística dos 14 Orixás; Firmezas e Assentamentos; Batizados, casamentos e funerais; Firmeza da esquerda e da direita; Apresentação dos Exus e Pombagiras Guardiões; Identi�cação do Orixá Ancestre, Frente e Adjunto; Apresentação das Linhas de Trabalho; Apresentação do Guia Chefe, Guia de Frente e Mentor; Montagem de Oferendas - Orixás da Direita e da Esquerda; Altares e Tronqueiras; Entrecruzamentos; Descarrego na Umbanda; Encaminha-mento de Espíritos; Limpeza e Puri�cação; Sofredores, Eguns e Quiumbandas; Consa-gração dos Brajás; Toalha Sacerdotal; Pano Dourado.

Inscrições e Informações:

Atendimento Espiritual: Sextas-feiras - Terapia Alternativa e Cura: Quartas-feirasDesenvolvimento Mediúnico: Terças-feiras - 20:30h e Sábados 16:00h

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As Entidades espirituais manifestam-se na Umbanda de acordo com três formas de apresentação: Caboclos, Crianças e Pretos Velhos. Foi assim que tudo come-çou. Com o passar dos anos o Astral Superior permitiu a manifestação de outras Entidades como sub-planos dessas: Baianos, Boiadeiros, Marinheiros e Ciganos. Caboclos, Pretos Velhos e Crianças têm os seus execu-tores: os Exus e Pombagiras.

Quem são os Pretos Velhos? São ex-escravos?

Muitas dessas Entidades foram realmente escravos em solo brasileiro nos períodos colonial e imperial. Outros apenas utilizam essa vestimenta para se mani-festarem nos terreiros de tal modo que sejam aceitos pelos frequentadores que necessitam de uma palavra humilde e amiga de conforto.

Os Pretos Velhos e Pretas Velhas atuam intensa-mente no chacra básico, fazendo com o médium fique curvado. Não ficam nessa posição por que são “velhi-nhos”. A suas características principais são a paciên-cia, a fala mansa, sempre com uma palavra de carinho e conforto para as pessoas necessitadas que acorrem aos terreiros de Umbanda.

A primeira Entidade que assim se manifestou foi Pai Antonio pela maravilhosa mediunidade de Zélio Fernandino de Moraes que dizia: o rito nasceu na-turalmente como consequência, principalmente, da presença do índio e do elemento negro, não tanto pela presença física do negro, mas sim pela presença do Preto Velho incorporado.

No dia 16 de novembro de 1908, logo após a manifes-tação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, manifestou--se esse Preto Velho que indagado sobre o seu nome, disse que era “Tonho” e que era um preto escravo que na senzala era chamado de Pai Antonio. Surgiu assim, esta forma de chamar os pretos velhos de Pai.

Perguntado sobre como havia sido a sua morte, ex-plicou que por ser um ancião, não ia mais cortar lenha, porém quando foi buscar um feixe de lenha para uso próprio, sentiu um profundo cansaço, encostou-se a um tronco e nada mais lembrava.

Sensibilizado com tanta humildade alguém lhe per-guntou respeitosamente: “Vovô, o senhor tem sauda-de de alguma coisa que deixou ficar na terra?”. E este respondeu que a única coisa que era sua e que não pertencia ao senhor era o seu pito: minha cachimba, nego qué o pito que deixou no toco... Manda muréque buscá. Grande perplexidade tomou conta dos presen-tes que estavam presenciando a solicitação do primei-ro material ritualístico utilizado na Umbanda. Era a

primeira vez que algum espírito pedia alguma coisa de material e, a surpresa foi logo substituída pelo desejo de atender ao pedido do velhinho. Mas ninguém tinha um cachimbo para ceder ao Preto Velho.

Muitos pensaram no pedido do velhinho e na semana seguinte proliferaram cachimbos, dos mais diferentes tipos, nas mãos dos frequentadores da casa, incluindo alguns médiuns que haviam sido afastados de centros kardecistas, justamente porque haviam permitido a incorporação de índios, pobres ou pretos como aquele e que solidários buscavam na nova casa, a Tenda Nos-sa Senhora da Piedade, a oportunidade que lhes fora negada em seus centros de origem. Dessa maneira foi introduzido na “mesa espírita umbandista” o primeiro rito. Outros lhe seguiram, por exemplo, quando hou-ve a informação de que os índios tinham o hábito de fumar e que foram eles quem primeiro descobriram as propriedades dessa planta que eles enrolavam em um enorme charuto que era usado coletivamente por todos os participantes de seus cultos religiosos, sendo desta forma uma espécie de planta sagrada.

Pai Antonio foi a primeira entidade a solicitar uma guia de trabalho. Introduziu na Umbanda os pontos cantados, os chamados pontos de raiz. Enquanto es-teve presente incorporado na Tenda foi o responsável por muitos pontos. O primeiro ponto cantado nasceu na primeira sessão quando ele pediu o cachimbo:

Minha cachimba tá no toco

Manda muréque buscá

Minha cachimba tá no toco

Manda muréque buscá

No alto da derrubada

Minha cachimba ficou lá

No alto da derrubada

Minha cachimba ficou lá

No alto da derrubada

Minha cachimba ficou lá

Que arruda tão bonita

Que vovó mandou arrancar

Que arruda tão bonita

Que vovó mandou arrancar

Mas não chore meu netinho

Que vovó manda plantar

Mas não chore meu netinho

Que vovó manda plantar

Pai Antonio foi um escravo em uma de suas encar-nações. Em uma delas foi um médico respeitado da região serrana do Rio de Janeiro. Inúmeras curas fo-ram praticadas por essa entidade. Em outro ponto, Pai Antonio mostra o seu conhecimento médico:

Dá licença, Pai Antonio

Que eu não vim lhe visitar...

Eu estou muito doente

Vim pra você me curar...

Se a doença for feitiço

Bulalá em seu congá

Se a doença for de Deus

Pai Antonio vai curar!

Coitado de Pai Antonio

Preto Velho curandô

Foi parar na detenção

Por não ter um defensor

Pai Antonio é Kimbanda, é curandô

Pai Antonio é Kimbanda, é curandô

É Pai de mesa, é curandô

É Pai de mesa, é curando.

Em angola, Kimbanda é nome dado ao sacerdote curador, aquele que cuida da comunidade. Algo como “cu¬ran¬deiro” em kimbundu, um idioma banto fala-do em Angola. O ponto cantado de Pai Antonio revela a sua atuação como curador.

Ainda na primeira sessão, Pai Antonio cantou tam-bém o ponto do Caboclo das Sete Encruzilhadas:

Chegou, chegou, chegou com Deus

Chegou com Deus, o Caboclo das Sete Encruzilhadas

Pai Antonio foi a última entidade a parar de traba-lhar com Zélio de Moraes, acompanhando seu cavalo até o final de sua encarnação, em 1975.

Saravá!Diamantino Fernandes Trindade

Doutor em Educação pela PUC-SPSacerdote da Cabana de Pai Benguela

PAI ANTONIO É KIMBANDA, É CURADOR!

Artigopor Diamantino

Fernandes Trindade Foto

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EventosA ALDEIA DE CABOCLOS PARABENIZA A TODOS OS TEMPLOS QUE REALIZARAM AS FESTIVIDADES EM HOMENAGEM AO NOSSO GRANDE ORIXÁ OGUM

É de conhecimento geral que foram desenvolvidas com muita fé, empenho e amor!

Festa de Ogum da AUEESP

27/04/2014

Parque da Mooca, São Paulo-SP

www.aueesp.com.br

23ª Festa de Ogum realizada pela FUCABRAD

Evento ocorrido em 27/04/2014 no Ginásio Polies-portivo Ayrton Senna, Centro, Diadema-SP.

www.fucabrad.com

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2ª Caminhada de Ogum realizada pela FUCESP

Evento ocorrido em 26/04/2014 na Alameda Iaiá, 79, Gopouva, Guarulhos-SP

www.fucesp.com

3ª Festa em Homenagem ao Orixá Ogum realizada pela FOUCESP e FILIADOS

Evento ocorrido no dia 26/04/2014 na Quadra da Mocidade Independente da Zona Leste, São Paulo-SP

federacaofoucesp.blogspot.com.br

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57ª Festa em Homenagem a São Jorge - Orixá Ogum

Organização: União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil e Associação Paulista de Umbanda

Realizada no Vale dos Orixás, Juquitiba-SP, no dia 27/04/2014.

www.uniaodetendas.com.br

FESTA DE OGUM da APEU

Realizada em 26/04/2014

APEU – ASSOCIAÇÃO DE PESQUISAS

ESPIRITUAIS UBATUBA

Blog http://apeuumbanda.blogspot.com

E-mail: [email protected]

(com Sandro Mattos)

Eventos

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46ª FESTIVIDADE DE OXOSSI EM HOMENAGEM AO GRANDIOSO ORIXÁ E AO CABOCLO ARRANCA TOCO

Eventos

No dia 06 de abril de 2014, às 13 horas, o Primado Organização Federativa de Umbanda e Candomblé do Brasil; realizou a 46ª Festividade de Oxossi em home-nagem a este grandioso Orixá e ao Caboclo Arranca Toco, no Centro Esportivo da Mooca situado a Rua Taquari, 635 no bairro da Mooca, em São Paulo- SP. Estiveram presentes diversos comandantes federados, e amigos ao Primado, seus comandados e outros visi-tantes, abrilhantando este importante evento.

Esta festividade em homenagem a Oxossi e ao Ca-boclo Arranca Toco é realizada todos os anos desde quando o Pai Felix Nascente Pinto (in memoriam), médium do Caboclo Arranca Toco, deu início. O Pai Félix foi um dos primeiros umbandistas a realizar fes-tas em ginásios, em que se reuniam um número gran-de de umbandistas.

A Primaz Maria Aparecida Naléssio deu início à festividade recebendo solenemente seus convidados, saudando a cada tenda, seus comandantes e coman-dados assim como autoridades presentes e amigos.

Nesta gira festiva de confraternização, do Prima-do, alcançamos nosso objetivo de fortalecimento es-piritual das tendas federadas e de seus médiuns bem como de toda a organização federativa e dos visitantes e assistentes que nos honraram com sua presença, e por isso agradecemos a Oxalá, a Oxossi, ao Caboclo Arranca Toco e a todos os Caboclos que lá estavam. Pudemos sentir a união e fraternidade entre os irmãos umbandistas e candomblecistas, fortalecendo assim a nossa religião.

Assim mais uma vez pudemos enriquecer a nossa Umbanda e ainda nos preenchermos de esperança e energia para darmos continuidade a nossa labuta di-ária, com muito mais força espiritual para enfrentar-mos as adversidades da vida, pois temos a certeza de que estamos amparados pelas entidades espirituais.

Agradecemos a presença de todos nossos irmãos de fé, representados por seus Comandantes e Comanda-dos, autoridades, Federação e Organizações!

“Mesmo que tivesse em minhas mãos todo o perfu-me das rosas, toda a beleza do céu, toda a pureza dos anjos, toda a inocência das crianças, toda a grandeza do mar, toda a força das ondas, mesmo que eu tivesse todas as coisas belas da vida e todos os belos luga-res do mundo nada teriam sentido se eu não tivesse o presente mais valioso, mais nobre e mais sagrado que Deus pode me dar...” “Amigos, Irmãos, Filhos e Diretores do Primado do Brasil e Tupã Oca do Ca-boclo Arranca Toco !!! Eu só tenho a agradecer por vocês existirem em minha vida.”

Grata por participarem do grande evento “46° Festa de Oxossi e Caboclo Arranca Toco”, e se este evento foi majestoso, emocionante, foi porque vocês esta-vam lá para a confraternização e louvação ao grande Orixá Oxossi.

Meu Saravá! Maria Aparecida Naléssio Primaz

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1ª CERIMÔNIA DE CASAMENTO REALIZADA NO TEMPLODE UMBANDA ENCONTRO DAS ÁGUAS

O Templo de Umbanda Encontro das Águas, dirigido pelas Babás Daniela Thieri, Daniele de Souza, Simone Candice e Silene Guimarães de Vita, realizou no dia 12 de Abril de 2014, a primeira cerimônia de casamento dentro do templo.

A União dos filhos Tabata Gabriela Oliveira e Nelson Muniz, iniciou-se com uma linda abertura dos trabalhos promovida por Ogum e Oxum, e seguiu com Xangô trazendo o noivo e Iemanjá levando a noiva até o altar.

A belíssima cerimônia foi realizada pela Babá Daniele de Souza e apadrinhada pelo Marinheiro da Babá Silene Guimarães de Vita - Tião da Canoa.

Contamos com a presença e com a bênção, igualmente, de nossa dirigente espiri-tual Babá Nair Saturnino que levou todo seu axé do Templo de Umbanda Cacique Xingú, grande lar espiritual de onde todas as dirigentes saíram para continuar a jornada em prol da caridade e evolução espiritual.

Que os Orixás e Guias de Luz iluminem mais esta bela união!

A nossa casa está aberta a todos, venham nos visitar, pois será um prazer recebê-los!

Axé!

Templo de Umbanda Encontro das ÁguasRua Vemag, 500, Vila Carioca, São Paulo-SP. Próximo ao Metrô Tamanduateí.

Dia de Gira: todos os sábados a partir das 17h

Eventos

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XVIII ENCONTRO UMBANDISTA DE DIRIGENTES ESPIRITUAIS

Eventos

O evento em destaque foi realizado pela T.U Cacique Pena Vermelha e Ogum Iara, sendo que mais esta edição notoriamente se efetivou com grande empenho e dedica-ção através dos trabalhos da distinta referida entidade, no dia 27/04/2014, na Rua Estado do Sergipe, 355, Jardim Imperador - São Mateus- SP.

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Renata Abreu e o Centro de Tradições Nordesti-nas (CTN) proporcionaram uma Páscoa bem doce às crianças, jovens e idosos de diversas entidades e co-munidades da Capital. Por iniciativa da jovem empre-sária, que desenvolve brilhantes trabalhos sociais no CTN, mais de 2.000 ovos de chocolate foram distri-buídos.

“Foi um dia mágico. Distribuímos ovos de chocolate e recebemos sorriso, abraços e carinho dessas pessoas muito especiais”, ressalta Renata Abreu.

Renata esteve acompanhada de seus dois filhos, Ra-fael e Felipe, e de eficiente e prestativa equipe de co-laboradores. Todo o grupo entrou no clima festivo da

Páscoa, inclusive assumindo o papel do Coelhinho da Páscoa, para a alegria, principalmente, das crianças presenteadas.

Maria Cristina Abreu, mãe de Renata, também este-ve envolvida nessa iniciativa social, marcando presen-ça, com ovos de chocolate, no Centro de Hemodiálise da Freguesia do Ó e na Asescom. Para os pacientes e idosos das duas instituições, a visita de Cristina e equi-pe do CTN proporcionou um dia de muitas alegrias.

Renata Abreu tem desenvolvido muitas ações benefi-centes do CTN diretamente nas comunidades carentes de São Paulo, sempre com o objetivo de proporcionar bem-estar e alegria a crianças, jovens e idosos. “Não

abro mão de estar sempre muito presente nesses nú-cleos. É um trabalho que nos proporciona intensa tro-ca intensa de carinho e satisfação”, destaca a jovem comandante do CTN.

A Páscoa Feliz de Renata e do CTN esteve presente na Associação Jardim das Graças, no CEI Sonho de Criança, na Vila Nova Cachoeirinha, no Centro de He-modiálise da Freguesia do Ó, na Asescom, na Associa-ção Anjos e Anjos Elenial, na Casa da Criança Instituto Paulo de Tarso, na CEI Jaraguá, na Associação José Francisco, de atendimento a jovens e idosos e diversas outras creches de São Paulo.

RENATA ABREU E CTN GARANTEM PÁSCOA FELIZ A MAIS DE 2.000 PESSOAS

Amor aoPróximo

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O amor ao samba e a fé nas religiões de matrizes afri-canas, deram início ao projeto musical Samba de Jor-ge. Tal nome foi escolhido como forma de homenagem ao Santo São Jorge, cujo culto e representação aparece em diversas religiões no Brasil.

As músicas apresentadas no projeto Samba de Jorge trazem, para dentro do samba, os temas e ritmos das religiões afro exaltando a diversidade da cultura brasi-leira. O cantar e o dançar como manifestação de fé são representados entre canções inéditas e outras tantas já consagradas dentro do samba.

O primeiro registro desse trabalho é o CD de divulga-ção “Sambas e Curimba” lançado em 2011.

Em Abril de 2013 teve início no Bar Templo, localiza-do na Mooca-SP, o Projeto Saravá Seu Zé, nome dado em homenagem a Seu Zé Pilintra, entidade famosa em diversos cultos afros, realizado todo último domingo de cada mês.

O projeto inovou o cenário do Samba de Jorge, tra-zendo a cada apresentação um bailarino representan-do Seu Zé Pilintra para dançar e interagir com todos os presentes. A cada mês também, dentro do Projeto e nas demais apresentações do grupo, é feita uma home-nagem aos Orixás, contando com bailarinos fazendo toda representação com vestimentas e danças típicas.

O Samba de Jorge tem cada vez mais simpatizantes com o projeto e o ideal de unir Samba de Qualidade e exaltação a cultura afro.

www.sambadejorge.com.br

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ROUPA BOA A GENTE DOAA Aldeia de Caboclos colabora e par-

ticipa desta iniciativa, somos efetivos

parceiros da Campanha do Agasalho

promovida pelo Fundo Social de So-

lidariedade do Estado de São Paulo

(FUSSESP) em mais este ano.

Portanto, convocamos todos os tem-

plos, lojas e instituições para abra-

çar essa Campanha. Vamos mostrar

que a nossa Umbanda participa de

ações para ajudar milhares de famí-

lias carentes a enfrentar o inverno

que está por vir com mais seguran-

ça, dignidade e calor humano.

As doações serão encaminhadas às

entidades assistenciais, hospitais,

albergues da Capital e de todos os

Municípios do Estado de São Paulo.

Os cobertores, agasalhos, camise-

tas, roupas diversas, novas ou usa-

das, devem estar em bom estado.

Não temos estrutura para remendar

roupas.

Os sapatos devem vir em pares firme-

mente amarrados, se tiverem cordões,

ou em bolsa plástica fechada para fa-

cilitar a separação.

Os agasalhos serão distribuídos nos

próprios municípios em que foram

arrecadados. Havendo sobra, serão

encaminhados para regiões mais

pobres e/ou mais frias.

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2796-4374 sede

7746-5011 Pai Engels de Xangô

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