jornal abaixo assinado de jacarepaguá ed. 51 out 2012

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O jornal das lutas comunitárias e da cultura popular Ano 7 - Número 51 Outubro de 2012 SOS Crianças Desaparecidas em Jacarepaguá Vila Autódromo luta contra a remoção e faz projeto A comunidade apresentou um projeto inédito de urbanização e exige a permanência como legado Olímpico de 2016 A Vila Autódromo é um dos grandes símbolos de resistência das comunidades do Rio de Janeiro pelo direito à moradia, contra a remoção e contra a segregação social.Está localizada ao lado de onde será o Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, bairro nobre da Zona Oeste da cidade. O prefeito quer remover para abrir caminho para a especulação imobiliária, mas o povo resiste. Com apoio das Universidades (UFF e UFRJ), a comunidade elaborou um Plano Popular de urbanização que contém propostas inéditas, que comprovam ser possível manter a Vila Autódromo. Trata-se de uma alternativa muito mais econômica, que respeita a legislação ambiental e os direitos humanos. Leia mais na página 5. Nome: Israel de Abreu de Oliveira Idade: 13 Anos Desaparecimento: 01/06/2012 Local do desaparecimento: Rio de Janeiro - Jacarepaguá Situação: Saiu de casa e não retornou Jornal faz parceria com a FIA/RJ em defesa de nossas crianças e jovens Página 8. Geração nem - nem: não estuda, não trabalha e não busca emprego Página 3 Conta de luz alta revolta moradores da Cidade de Deus Página 4 Cultura em Jacarepaguá. Leia a programação das Exposições do Atelier Pinte Aqui Página 6 Jacarepaguá também tem os seus arcos Página 7 Nome: Leonardo de Souza Brito Idade: Atualmente com 16 anos Desaparecimento: 14/11/2011 Local do desapareci- mento: ZonaOeste RJ Situação: Rapto por estranho Nome: Lucas Pereira Idade: Atualmente com 7 anos Desaparecimento: 21/06/2008 Local do desapa- recimento: São Carlos – SP Situação: Rapto por estranho

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Jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá Ed. 51 OUT 2012

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Page 1: Jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá Ed. 51 OUT 2012

O jornaldas lutas

comunitáriase da cultura

popular

Ano 7 - Número 51

Outubro de 2012

SOS Crianças Desaparecidasem Jacarepaguá

Vila Autódromo luta contraa remoção e faz projeto

A comunidade apresentou um projeto inédito de urbanizaçãoe exige a permanência como legado Olímpico de 2016

A Vila Autódromo é um dos grandes símbolos de resistência das

comunidades do Rio de Janeiro pelo direito à moradia, contra a remoção

e contra a segregação social.Está localizada ao lado de onde será o Parque

Olímpico, na Barra da Tijuca, bairro nobre da Zona Oeste da cidade.

O prefeito quer remover para abrir caminho para a especulação imobiliária,

mas o povo resiste. Com apoio das Universidades (UFF e UFRJ), a

comunidade elaborou um Plano Popular de urbanização que contém

propostas inéditas, que comprovam ser possível manter a Vila Autódromo.

Trata-se de uma alternativa muito mais econômica, que respeita a legislação

ambiental e os direitos humanos. Leia mais na página 5.

Nome: Israel de Abreu de OliveiraIdade: 13 AnosDesaparecimento: 01/06/2012Local do desaparecimento: Riode Janeiro - JacarepaguáSituação: Saiu de casa e não retornou

Jornal faz parceria com a FIA/RJ em

defesa de nossas crianças e jovens

Página 8.

Geração nem - nem: não estuda, nãotrabalha e não busca emprego

Página 3

Conta de luz alta revolta moradores daCidade de Deus

Página 4

Cultura em Jacarepaguá. Leia a programaçãodas Exposições do Atelier Pinte Aqui

Página 6

Jacarepaguá também tem os seus arcosPágina 7

Nome: Leonardo deSouza BritoIdade: Atualmentecom 16 anosDesaparecimento:

14/11/2011Local do desapareci-

mento: Zona Oeste – RJSituação: Rapto porestranho

Nome: Lucas PereiraIdade: Atualmente com7 anosDesaparecimento:

21/06/2008Local do desapa-

recimento: São Carlos– SPSituação: Rapto porestranho

Page 2: Jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá Ed. 51 OUT 2012

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Cartas & E-mails dos leitores

EXPEDIENTE

**As matérias assinadas são deresponsabilidade dos autores.

**Distribuição gratuita pelos bairros ecomunidades da Baixada de Jacarepaguá.

Visite nosso blog<www.jaajrj.wordpress.com>

Para críticas, sugestões e reclamações <[email protected]>

Caixa Postal 70615 - Taquara/RJCEP 22740-971

Para Anunciar ligue (21) 7119-6125 / 9282-1006

Coordenação Geral: Almir Paulo

Arte e Diagramação: Jane Fonseca

Gerência Comercial: Manoel Meirelles

Coordenação de Mídias Digital: Pedro Ivo

Conselho Editorial: Almir Paulo,Ivaneide,Ivan

Lima, José Carlos, Manoel Meirelles, Maraci

Soares, Mariluce, Melissa Mel, Nely, Pedro

Ivo, Sílvia Regina, Sônia dos Santos e Val Costa.

Colaboradores dessa edição: Ricardo Crô,

Zé da Lata, Elisângela e Osni.

Uma publicação mensal da RPC Editora Gráfica LtdaCNPJ 08.855.227/0001-20

U t i l i d a d e P ú b l i c aFique por dentro dos seus direitos

O JAAJ publica quatro informações nãodivulgadas e que garantem o direito doconsumidor.1. Certidões: quem quiser tirar uma cópiada certidão de nascimento, ou decasamento, não precisa mais ir até umcartório, pegar senha e esperar um tempãona fila.O cartório eletrônico, já esta no ar!Nele você resolve essas (e outras)burocracias, 24 horas por dia, on-line.Cópias de certidões de óbitos, imóveis eprotestos também podem ser solicitadospela internet.Para pagar é preciso imprimirum boleto bancário. Depois, o documentochega por Sedex.2. Auxílio à Lista: Telefone 102, não.Agora é: 08002800102.Vejam só como não somos avisados dascoisas que realmente são importantes.Usando o 102 para uma consulta, pagamosR$ 1,20 pelo serviço. Só que a companhiatelefônica não avisa que existe um serviçogratuito.3. Multa de Trânsito: No caso de multapor infração leve ou média, se você não foimultado pelo mesmo motivo nos últimos 12meses, não precisa pagar multa. Basta ir aoDETRAN e pedir o formulário paraconverter a infração em advertência combase no Art. 267 do Código de TransitoBrasileiro (CTB). Levar cópia da carteira de

motorista e a notificação da multa. Em 30dias você recebe pelo correio a advertênciapor escrito. Perde os pontos, mas não paganada.O CTB no seu Artigo 267 diz: “Poderáser imposta a penalidade de advertência porescrito a infração de natureza leve ou média,passível de ser punida com multa, não sendoreincidente o infrator, na mesma infração, nosúltimos doze meses, quando a autoridade,considerando o prontuário do infrator,entender esta providência como maiseducativa”.4. Segunda via de documentos: Emcaso de documentos roubados faça numaDelegacia Policial um BO (Boletim deOcorrência). Com isso garanta a gratuidadeexpressa na Lei 3.051/98. Boa parte dapopulação não sabe. É que a Lei 3.051/98garante o direito de em caso de roubo oufurto, mediante a apresentação do Boletimde Ocorrência, ter gratuidade na emissãoda 2ª via dos seguintes documentos:Habilitação (custa R$ 42,97), Identidade(R$ 32,65) e Licenciamento Anual deVeículo (R$ 34,11). Para conseguir agratuidade, basta levar uma copia (nãoprecisa ser autenticada) do Boletim deOcorrência e o original ao DETRAN.Você Sabia? Não? Agora sabe!Divulgue, é uma forma de acabar com osabusos.

Um nome melhor para o tatu bolaEstamos no momento trans. O prefeitotransgressor (gosta de remoção decomunidades) adora estes nomes: TransOeste,TransOlímpica e TransCarioca. Por isso, o

nome do mascote da copadeveria ser TransBola.

Agora, só falta mesmo étransparência na

administração pública.*Fladmir Guimarães,

morador de Vargem Pequena.

Prevenção de Saúde no JAAJEu entrei no blog do jornal e acheiinteressante. Gostaria de escrever sobreformas de prevenção e transmissão dedoença.Sou biomédico formado pela UFRJ eatualmente faço doutorado no InstitutoNacional de Câncer (INCA), no Programade Biologia Celular.

*Douglas Faget, por e-mail.

Democratização do ConhecimentoCientífico no JAAJEm conversa com minha esposa, que éDoutoranda em Microbiologia e Imunologiae Professora da Faculdade de Farmácia daUFRJ, ela me disse que se fosse interessante

para o Jornal Abaixo-Assinado, gostaria deescrever uma coluna sobre temas científicos.Ela tem um blog que tem como objetivo ademocratização do conhecimento cientifico,pois hoje em dia essas informações serestringem ao mundo acadêmico.

*Rodrigo Brito, morador do Pechincha.

Mortes na TransOesteEm plena campanha eleitoral, o prefeito e ogovernador assistem passivamente a quintamorte no caminho da TransOeste. Nãoatenderam ainda, e provavelmente não vãoatender, a necessidade de que para resolver oproblema é preciso a construção, no mínimo,de cinco passarelas sobre as pistas da Avenidadas Américas. Essa é a solução tão importantepara a população usuária do sistema.Aguardem mais acidentes, se nada for feito.

*Ary Pestana, membro da Comissão deTransportes da FAM-RIO.

Cartas & E-mailsInforme nome completo, telefone e

endereço. O jornal se reserva o direito de,sem alterar o conteúdo, resumir ou

editar as cartas ou e-mails.Correios: Caixa Postal 70.615Taquara/RJ - CEP 22740-971

E-mail:[email protected]

Fico feliz com a notícia da volta do JornalAbaixo-Assinado. O sentimento me dizque quando um jornal se fecha no mínimose acaba um sonho. Oxalá, o JAAJ cumpriráo seu papel e quem sabe, circulará pornovos horizontes. Parabéns Almir Paulo,você ainda carrega o espírito que moldaum grande guerreiro.

*Ajuricaba Araújo, Engenheiro emorador do Jardim Clarice.

Muito bom, estava sentindo falta! Vidalonga para JAAJ. Saudaçõescomunitárias e jornalísticas.

*Inalva Mendes, Professora emoradora da Vila Autódromo.

Parabéns pela volta e circulação do JAAJ.Só fiquei decepcionado de não ternenhuma matéria falando da nossa Cidadede Deus.

*Cabral Senna, Empreendedor emorador da Cidade de Deus.

Parabéns! Ficou excelente o jornal. Lios artigos do Almir, do Val, do Eliomare do Chico Alencar, além de dar umapassada d'olhos nas demais notícias.Excelente, inclusive o visual. Coresvibrantes que nem o jornal é e se propõea sê-lo. Vida longa para o Jornal Abaixo-Assinado!Parabéns mesmo para aequipe do JAAJ.

*Zé da Lata, Associação dosFuncionários da Finep.

A volta do JAAJ teve uma repercussãopositiva. Quem leu gostou de nossa ediçãode número 50, setembro de 2012.

Acreditamos que uma mídia popularse faz necessária numa região quepredomina os interesses da especulaçãoimobiliária, a politicagem assistencialista,o domínio miliciano e o poder damáquina do governo que age nadesorganização do povo.

Apesar dos percalços, muitas pessoas naBaixada de Jacarepaguá, aposta na forçado poder popular e, de forma criativa,trabalham silenciosamente na organizaçãopopular e na conscientização de nossagente.

Nosso papel fica claro cada vez mais.Somos um grupo de moradores da Baixadade Jacarepaguá que busca contribuir nofortalecimento e na organização dasociedade civil e na luta pelo resgate danossa história e da memória cultural denossa gente. Queremos contribuir nodebate dos problemas e necessidades daregião e das comunidades, e principalmentepensar o futuro da cidade do Rio de Janeiro,a partir da Baixada de Jacarepaguá. E darvoz a quem faz a luta e a história em defesados oprimidos.

Nossos desafios são muitos. Um deles,como manter o jornal em circulaçãomensalmente e ampliar a tiragem para dezmil exemplares, sem apoio publicitário dogrande capital? Temos, ainda, outrosprojetos de mídias que pretendemosavançar em 2013, como ter um site e umarádio na internet.

Mas, o importante é que estamos de voltae convictos de que temos nossa importânciana luta por um Brasil justo, igualitário edemocrático, bem como de que é possívelconstruir um jornal popular voltado paraos movimentos sociais.

JAAJ voltou e quem leu gostou

Valeu pela volta do Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá! Mais que umjornal de bairro, é um meio de luta pordireitos, cidadania e cultura.

*Tatiana Lima, Assistente Social emoradora da Praça Seca.

Editorial

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Opinião

O Jornal Abaixo-Assinado participaráda campanha que vai revelar quem sãoos verdadeiros proprietários do Brasil equais as empresas que movimentam amaior parte dos recursos públicos noBrasil.

A campanha acontece a partir do dia25 de outubro e é organizada peloInstituto Mais Democracia. Entre na rede

Quem são os verdadeiros proprietários do Brasil?www.maisdemocracia.org.br

“Queremos mais o controle sobre opoder econômico, mais justiça social eambiental, mais democracia.Divulgaremos em nossas páginas e emnosso blog como a concentraçãoeconômica e de capital interfere nasnossas vidas, afirma Manoel Meirelles, daCoordenação Editorial do JAAJ.

*Ricardo CrôTodos soubemos das mortes dos jovens

no Rio. As vítimas: Glauber Eugênio,Christian Vieira, Patrick de Carvalho,Douglas da Silva, Josias Searles, Victor daCosta. Um policial (Jorge Junior), um pastor(Alexandre Lima) e um outro jovem (JoséJunior) também foram assassinados. Não foina capital, foi na Baixada, mas poderia tersido em qualquer outro local.Mais umachacina de pobres, jovens, negros,favelados. Chacina é coisa que envolvepobres. Essa nomenclatura não é muitoutilizada quando se fala de nobres. Na natada sociedade, quando algo desse tipoacontece, as definições são maissofisticadas. Quando ocorre no varejo,nem sempre vira notícia, diria o velho Chico,o artista. Ou o caso é tratado como sefossem, os mortos, meliantes que mereciammorrer. Punguistas. Tinham antecedentes,suspeitos, com seus grossos cordões de latano peito. Marcaram touca, tinham seusnarizes nervosos muito perto da boca. Temmuita gente boa que acha que bandido temmesmo é que morrer. Pobres, eles nãosabem o que fazem. Ou têm pouco, muitopouco a fazer. Dá dó. Pena. Pena de morte.É pobre, é preto, não branco, tá de bobeira.

Chico

Alencar

Chico

Alencar

Esculacha, senta o dedo, manda bala, jogana vala. É bandido e merece morrer. Ealguns, preocupados com seus própriosumbigos, seguem sua vidinha: - Não écomigo, não é com os meus. Enquanto elesestiverem se matando... Enquanto omorticínio se restringe às comunidades,tudo certo. O abastado, o esperto, entãofinge que não vê, tapa o nariz e vairomanceando o que é de resto: - Sou bomcidadão, sou honesto. Compro, logo evito,por isso me presto. Alunos de favelas comUPPs rendem mais. Mais pra quem?Pensemos um pouco e vejamos o que nossascrianças aprendem. Em termos gerais,estamos formando um bando deanalfabetos funcionais. É como se fosse umaguerra genocida num país alheio, bemdistante de nossas consciências. Como“não podia deixar de ocorrer”, o truculentoBope invadiu a comunidade, aterrorizandoainda mais a vida dos moradores. Daí virãosequelas, incrustadas na alma dessa genteem abundância. Que sofre com a omissãodo Estado, o preconceito da sociedade ecom sua própria ignorância. Aos que aindacreem na eficácia das UPPs comoinstrumento de “pacificação” dascomunidades, abram o olho. Ponham suashipocrisias de molho. No que tange àviolência, esses fatos são a consequênciadireta da competente e midiática campanhade ocupação militarizada das favelas, como intuito, quase exclusivo, de varrer apobreza e suas mazelas para debaixo dostapetes

*Ricardo Crô participa do mandatoChico Alencar.

Chico Alencar está se recuperando,muito bem, de uma cirurgia cardíacana qual implantou quatro pontes desafena, em 25 de setembro. Enquanto,Chico não volta às atividades ,escalamos o seu assessor Ricardo Crôpara escrever para o JAAJ.

Debaixodo tapete

Ambulância – SAMU – 192Corpo de Bombeiros – 193Defesa Civil – 199Delegacia da Mulher – 180Polícia Federal – 194

Polícia Militar – 190Narcóticos Anônimos – Linha de Ajuda – 2533-5015/8653-4486Neuróticos Anônimos – 2233-0220Alcoólicos Anônimos – Linha de Ajuda – 2253-3377

Em caso de acidentes e emergência

Telefones úteis

Fiquei surpreso, e confessoestarrecido, com o estudo “Juventude,desigualdades e o futuro do Rio de Janeiro”,do Instituto de Estudos Sociais e Políticos(Iesp) da UERJ, a partir de dados do CensoDemográfico de 2010, do IBGE, queanalisa o quanto está perdida a juventudebrasileira.

São dados impressionantes: um quintodos brasileiros de 18 a 25 anos não estuda,não trabalha e nem procura emprego. Sãocinco milhões e trezentos mil jovens. Umem cada cinco jovens vive esse drama noslares brasileiros. Representa 19,5% dototal dos 27,3 milhões de pessoas de 18 a25 anos no país. É a chamada geração dos“Nem-Nem”.

A geração “Nem-Nem” sofre asconsequências sociais e coloca em risco ofuturo da nação. Jovens com menoseducação gera índices de violência,aumenta a gravidez na adolescência,nãohá qualificação profissional e a inserçãono mercado de trabalho é difícil (quasesempre de baixa remuneração e semcarteira assinada).

As moças de 18 a 25 anos que ficamem casa é quase o dobro dos rapazes. São3,5 milhões de moças e 1,8 milhão de

rapazes. Os mais pobres são os maisatingidos, quase 46,2% dos jovens estãofora da escola e do mercado de trabalho.Vale ressaltar que esse abandono dosestudos, da escola, vai comprometer parasempre o futuro desses jovens.

Os números crescem ao incluir osjovens que buscam trabalho, mas nãoconseguem. Os 5,3 milhões pulam para 7,2milhões, ou seja, a cada quatro jovens entre18 e 25 anos, um, está literalmente parado.

A inatividade dos jovens que nãoestudam e nem trabalham é maior nasregiões Norte com 25,2% e no Nordeste,25,1%. O Sudeste tem 16,8%, o Sul13,1% e o Centro-Oeste 16,7%.NoMaranhão, estado da família Sarney, éonde encontramos a maior parcela,29,2%, dos nem estudam, nem trabalhame nem buscam emprego. Logo depois, vemAlagoas com 28%. Pará, 26,8. Ceará,26,8%. Pernambuco, 24,6%. Rio deJaneiro, 19,6%. São Paulo, 15,7%. Paraná14,5%. Distrito Federal, 13,8%. RioGrande do Sul, 13,3%. Santa Catarina,10,7%.

A escola não consegue atrair o jovem,o que eleva a evasão escolar e o desalentotoma conta do corpo, da mente e da alma.A qualificação é ruim ou nenhuma. O quefaz o mercado não absorver essa mão deobra. Os jovens de famílias de baixa rendasão os mais afetados.

A falta de investimentos na criança ena juventude tem impacto econômico esocial, bem como compromete o futurodo país. Por tudo isso, é que defendemosa destinação de 10% do Produto InternoBruto (PIB) para a Educação –infelizmente o governo Dilma teima emnão apoiar essa proposta contida noProjeto de Lei 8035.

Participe da Campanha 10% do PIBpara a Educação, Já! Leia mais no Blog doJAAJ www.jaajrj.wordpress.com

A geração dos nem-nemNem estuda, nem trabalhae nem busca emprego

“A beleza não é apenas

uma coisa terrível, mas é

também misteriosa. Nela

há a luta entre Deus e o

diabo, e o campo de

batalha é o coração

humano” (Dostoiévski)

O Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá (JAAJ) traz uma boa notícia para seunegócio e para sua empresa em tempo de crise financeira e econômica. Reduzimosos preços dos anúncios em até 60%. O Jornal Abaixo-Assinado abre suas páginaspara você, que é um empreendedor, divulgar sua empresa e seu produto e serviço

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Para anunciar no JAAJ ligue para 9282-1006 (Ivan) ou 7119-6125

(Meirelles). [email protected]

O Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá

reduziu os valores dos anúncios

Page 4: Jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá Ed. 51 OUT 2012

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Comunidade em luta

Conselho Regional da FAMRIO – Federação dasAssociações de Moradores do Município do Rio de Janeiro,que reúne as Associações de Moradores de Jacarepaguá,

Vila Valqueire, Barra, Recreio e das Vargens.

Calendário das Plenárias do Conselho Regional da FAM-RIO13 de outubro de 2012 – 16h

Lutas gerais em debate:o Situação da Biblioteca Popular de Jacarepaguá – Cecília Meirelles.

o Implantação de Escola Técnica em Jacarepaguá (PROEJA /FIOCRUZ).

o Organização do Seminário sobre Saneamento e Enchentes em Jacarepaguá.

o Proposta de revisão do PEU Taquara (Plano de Estruturação Urbana) e a

Criação do PEU de Jacarepaguá.

10 de novembro de 2012 – 16hPrêmio Miriam Mendonça de Cultura.

08 de dezembro de 2012 – 16hFesta de Confraternização das LiderançasComunitárias da Baixada de Jacarepaguá.

Local das Plenárias: Centro Médico de Saúde do Tanque

Avenida Geremário Dantas, nº 135 – Largo do Tanque

Participe da Associação de Moradores de sua comunidade.

Sua participação faz acontecer a luta

por melhores condições de vida.

Reuniões da Coordenação do Conselho Regional da FAMRIO

(Sempre às 18h no Posto de Saúde do Tanque)

Dias 11 e 25 de outubro

Dias 08 e 22 de novembro

Dias 06 e 20 de dezembro

Moradores da Cidade de Deus estão revoltados com a Light

“Nós, moradores de Jacarepaguá,entregamos em vossas mãos este documentorelacionando os maiores problemas queenfrentamos, cotidianamente, em nossobairro.

Estamos acompanhando, temerosos, ocrescimento desordenado de nossa região.No ano de 2006, quase 80% dos lançamentosimobiliários da cidade concentraram-se naregião que engloba Jacarepaguá e Barra daTijuca. Somente no primeiro semestre de2006, o bairro recebeu 2.168 alvarás deconstruções e, até hoje, continua este processofrenético de “boom” imobiliário.

O ritmo da construção civil na região éacelerado de tal maneira que, a cada dia,vemos uma casa antiga ser demolida e, emseu lugar, surgir um imenso condomínio deapartamentos. A chegada de novosmoradores faz aumentar a demanda porserviços e opções de comércio, e, emdecorrência dessa expansão, surgeminaugurações constantes de novosrestaurantes, lanchonetes, “home centers” eoutros tipos de negócios.

Porém, o crescimento do bairro, quedeveria ser positivo para seus moradores, temse tornado um pesadelo, na medida em queacontece de forma desordenada, semplanejamento urbano e alheio aos interessesda comunidade, atendendo somente àespeculação imobiliária.

Vários são os problemas de Jacarepaguá:urbanização, saúde pública, a necessidade deum mercado popular para legalizar ocomércio informal da região e gerar mais

empregos, saneamento básico nascomunidades, dentre outros. Entretanto, detodos os problemas de Jacarepaguá, o trânsitoé o que causa o maior número de queixas dosmoradores. Na Avenida Geremário Dantas ena Estrada dos Três Rios, o tráfego é intensodurante boa parte do dia, mas, nada secompara ao caos da Taquara. Ruas como aAvenida Nelson Cardoso ficam engarrafadasaté mesmo tarde da noite, devido ao fluxointenso de carros.

Não há transporte coletivo eficaz naregião. Ficamos à mercê das cooperativas detransporte alternativo, que não oferecemsegurança e não sofrem nenhum tipo defiscalização dos órgãos competentes. Asempresas de ônibus que monopolizam aregião e não prestam um serviço digno edecente à população fazem o que bemquerem. Apenas duas linhas de ônibus servemao Jardim Boiúna, por exemplo. Em todaregião, o problema se agrava nos finais desemana, quando os ônibus desaparecem, edepois das 20h, quando o tempo de esperade um ônibus passa de 40 minutos. Em geral,o morador de Jacarepaguá precisa pagar maisde uma condução para sair ou entrar nobairro. A situação piora, pois não podemoscontar com as integrações de ônibus-trem,ônibus-metrô, o que torna o custo comtransporte coletivo elevado.

Mediante o exposto, esperamos pormudanças que nos permitam algumaqualidade de vida.

Atenciosamente, Danielli Pinho (nascidae criada em Jacarepaguá)”.

*Ivan de LimaCom a chegada da UPP, a Cidade de

Deus foi invadida pelos prestadores deserviços: Cedae, Net, Sky, Oi, Light e até aprefeitura e o governo do estado deram seu“ar da graça”, coisa que não acontecia hámuito tempo.

Os moradores da Cidade de Deus háanos não tinham direito, a TV por assinatura,banco 24horas, atendimento médico e etc.A comunidade sofria com a falta do suporteda companhia de luz (Light) que não tratavadevidamente dos problemas de energia dacomunidade. Quando faltava luz,

especialmente, à noite as casas dacomunidade passavam até o dia seguintesem energia. Os representantes dacompanhia de luz (Light) alegavam que eraárea de risco e por este motivo não iriamao local no horário da noite. Então àcomunidade ficava toda à noite e às vezes,a metade do dia seguinte, sem energia.

“Com implantação da UPP, a Lightchegou toda prosa e dizendo ter váriosbenefícios para a comunidade”, disse omorador Charles Silveira.

A Light trocou toda a rede elétrica dacomunidade, substituiu os medidores,

modificou os relógios analógicos pordigital. O serviço realizado, principalmentenos prédios da Gabinal e da Margarida foide uma falta total de sensibilidade e, porquenão dizer, de incompetência profissional ede projeto, pelas seguintes razões citadaspelos síndicos e moradores: trocaram arede até os medidores, mas não trocaramdos medidores até ao apartamento doconsumidor - uma fiação de mais de 40 anos;acabaram com o trifásico, que permitia acolocação de uma bomba d’água de 2hp,portanto mais potente; e colocaram postesde madeira para sustentação da rede.

“A Light simplesmente colocou postesde madeiras, tenho dúvidas sobre a eficáciado trabalho da empresa de luz, será queem um condomínio da Zona Sul ou da Barrada Tijuca teria sido feito desta forma”, falou

Raquel Neves.Completando os maiores de todos os

problemas, temos uma questão crucial, oaumento abusivo das contas de luz. Osmedidores digitais dispararam, e quem“paga o pato” são os consumidores. Asqueixas contra a Light aumentaram numaproporção geométrica. Existem casos demoradores que a conta da luz chegou à maisde R$ 300,00. Temos o caso da dona Neucirda Silva que teve um aumento exageradonas suas contas.

A Cidade de Deus, não quer deixar depagar as suas contas, só quer um tratamentojusto e igual às outras comunidades que têmas mesmas dificuldades. O povo aguardauma resposta da Ligth.

*Ivan é empreendedor, morador da CDDe participa do Conselho Editorial do JAAJ.

Carta em defesa de Jacarepaguá

O JAAJ recebeu carta de uma leitora que foi entregue a Marcelo Freixo no dia 17/09/12, quandoo candidato do PSOL esteve no Largo da Taquara fazendo campanha para a prefeitura do Rio. É umacarta expressiva e aguda que aponta os principais e atuais problemas de Jacarepaguá. Com aexpressiva vitória, em primeiro turno, de Eduardo Paes, decidimos publicar no JAAJ a referida cartade Danielli Pinho e endereçá-la ao prefeito reeleito.

Onde reclamarA Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) atende a dúvidas e reclamações dosconsumidores sobre os serviços prestados pelas concessionárias de setor, como aLight, pelo site www.aneel.gov.br, seção Fale Conosco, e pelo telefone/fax 167. Desegunda a sexta-feira das 8 às 20h.Endereço da Aneel: SGAN, Quadra 603, Módulo I, Térreo, Protocolo Geral, CEP70.830-030, Brasília (DF).

Page 5: Jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá Ed. 51 OUT 2012

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Luta popular

Para provar que é possível continuarmorando em área nobre, os moradores daVila Autódromo, com apoio acadêmico, fezum Plano Popular de urbanização quecustará apenas 35% do previsto com aremoção da comunidade. O estudo já foientregue ao Prefeito.

Com a chegada da bandeira Olímpicaao Brasil e o debate sobre o real legadopara a cidade do Rio de Janeiro, após asOlimpíadas de 2016, uma comunidade sabeexatamente o que quer: a urbanização e apermanência de seus moradores no lugarque estão há décadas, preservando suasrelações e vínculos sociais. Por isso a VilaAutódromo entregou ao prefeito EduardoPaes no dia 16 de agosto, projeto que mostraque a opção pela permanência é técnica esocialmente viável, inclusive, mais vantajosapara os cofres públicos.

O Plano Popular da Vila Autódromo foielaborado pela Associação de Moradoresdo local, com a assessoria técnica deespecialistas da Universidade Federal doRio de Janeiro (UFRJ) e da UniversidadeFederal Fluminense (UFF), que fazem partedo Comitê Popular da Copa e Olimpíadasdo Rio de Janeiro.

A Vila Autódromo é um dos grandessímbolos de resistência das comunidadesdo Rio de Janeiro pelo direito à moradia eestá localizada ao lado de onde será oParque Olímpico, na Barra da Tijuca,bairro nobre da Zona Oeste da cidade.

“Nós estamos aqui há 40 anos, temosque ter direito a cidade que ajudamos aconstruir. Esperamos que o Prefeito faça oque tem que ser feito pela comunidade, queé a urbanização, e não a remoção. EmboraEduardo Paes tenha dito que nos removerá,eu ainda espero que ele mude de ideia apósrever o projeto”, disse Altair Guimarães,presidente da Associação de Moradores daVila Autódromo.

O estudo comprova que a urbanização éopção mais vantajosa para os cofres públicosque remover os moradores. A implementaçãodo Plano está orçada em R$ 13,5 milhões,valor que corresponde a apenas 35% dos R$38 milhões previstos pela Prefeitura para oreassentamento total da comunidade. O PlanoPopular prevê, dentre outras coisas, novascasas,o esgotamento sanitário de toda acomunidade, a dragagem do canal paralelo àAvenida Abelardo Bueno, a recuperação dafaixa marginal da Lagoa de Jacarepaguá, acriação de novas áreas comunitárias deesporte e lazer, a inclusão da comunidade noprograma Saúde da Família, além daconstrução de uma creche e de uma escolamunicipal.

O povo aguarda resposta do prefeitoreeleito, e continua a luta contra a remoçãoautoritária e arbitrária. Vila Autódromoexige sua permanência como legado socialdos Jogos Olímpicos. Com a palavra Dilma,Cabral, Paes e o presidente do ComitêOlímpico Brasileiro.

Paes ignora o projeto deurbanização da Vila Autódromo

A comunidade de Vila Autódromo apresentou

um projeto inédito de urbanização e exige

permanência como legado Olímpico de 2016

O Grito dos Excluídos realizou passeata,na Presidente Vargas no dia 7 de setembro,Dia da Independência do Brasil, paradenunciar que no Rio de Janeiro, cerca de22 mil pessoas estão ameaçadas deremoção, sendo que 8 mil já foramremovidas, afetando diretamente 24comunidades.

Os dados são do dossiê Megaeventos eViolação de Direitos Humanos do ComitêPopular da Copa e Olimpíadas do Rio deJaneiro. As remoções no Rio de Janeirorepresentam um flagrante desrespeito àlegislação brasileira e aos compromissosinternacionais assumidos pelo país para a

defesa dos direitos humanos, e não são casosisolados.Elas acontecem quase sempre emáreas de interesse do mercado imobiliário,o que demonstra que se trata de umapolítica de reorganização da população debaixa renda na cidade com fins especulativose comerciais, que pouco tem a ver com osgrandes eventos esportivos, usados comoargumento.

A Vila Recreio 2, Favela doSambódromo,Vila das Torres, Largo doCampinho e Restinga são comunidades quejá foram totalmente removidas, e muitasoutras estão sob risco de remoção no Riode Janeiro e em diversas capitais do Brasil.

Grito dos Excluídos

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CVltura

Rua Bacairis,633 (próximo ao Hospital das Clínicas) TaquaraHorários dos Cultos:

Segunda a Sábado às 20h / Quarta-Feira às 14h30minDomingo às 10h e 19h

Diversos artistas plásticos estãorealizando suas exposições de quadros eesculturas em vários pontos de Jacarepaguádentro de uma singela programaçãoidealizada pelos artistas do Atelier PinteAqui.

“Todas as exposições tem entradafranca.Nosso Atelier Pinte Aqui está abertoa toda comunidade de Jacarepaguá”, falaentusiasmado o artista plástico VanderPinto, membro da família Pinte Aqui.

Confira a programação das exposições: Mostra de Pinturas do artista WilsonTupinambáAté o dia 3 de novembro na ABANERJEstrada da Covanca, 1.245 – Tanque. Coletiva de Pinturas Atelier PinteAquiDe 18 de outubro a 27 de novembro noBar do Adão

Exposições emJacarepaguá

Rua Xingu, 145 –Freguesia. Mostra dePinturas daartista Idilia VianaDe 10 de novembro a 11 de janeiro de2013 na ABANERJEstrada da Covanca, 1.245 – Tanque. Exposição Individual da artistaValéria FleuryDe 14 de novembro a 22 de janeiro de2013 no Restaurante TabocaEstrada de Jacarepaguá, 6.555 – Anil. Coletiva Pinte Aqui de Pinturas eEsculturasDe 16 de novembro a 28 de dezembrono Espaço Via AlternativaEstrada dos Bandeirantes, 12.320 –Vargem Pequena.

Artistas do Atelier Livre Pinte Aqui em frente ao Condomínio Maçônico:

Desidério da Silva Bastos. 1º Plano - Maria Cátia, Paulo Damásio, Lucy Porto

e Duda, Simone Valle e Mônica Rossi; 2º Plano - Sandra Barreto e Mauricio

Lafayette; 3º Plano - Jackeline Vargas, Lya Paixão, Carlos França, Vanda Sinder,

Cláudio Bispo, Lucia Serpa, Vander Pinto e Marilurdes Martins.

Atelier Livre Pinte Aqui em suas instalações na Rua Cândido Benício, 3.631 - Tanque,disponibilizado pelo sr. Paulo Roberto Cardoso Carvalho do Condomínio MaçônicoDesidério da Silva Bastos.

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O JAAJ visitou, em Vargem Grande, parasaber qual o livro de cabeceira da nossa leitoraSilvia Baptista,Mestranda do Programa deInformação e Comunicação em Saúde(PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) e uma defensorada saúde pública de qualidade na Baixada deJacarepaguá.

“Estou lendo “Ciência em Ação: SeguindoCientistas e Engenheiros Sociedade Afora”.No Brasil foi traduzido por Ivone Benedetti elançado pela Editora Unesp. O autor é osociólogo francês Bruno Latour.

O autor estuda a atividade científica do pontode vista da antropologia, que, há algum tempo sóera concebida para analisar sociedades primitivase isoladas. A relevância do trabalho de Latourestá em desmistificar a produção científicamostrando a influência de questões sociais,econômicas e de gestão na produção científica.

Como poucos autores o fazem, Latourme conquistou já nas primeiras páginas. Elecomeça utilizando a figura mítica de Juno, queem latim é Janus e deu origem a palavraJaneiro. Era um deus romano, tinha duas faces,uma olhando para a frente e outra para trás.Então para Latour, o produto científico

acabado tem uma face. Enquanto está seelaborando a ciência apresenta outra face.

Leio por que estou investigando do pontode vista das Ciências Sociais Aplicadas, arelação entre o conhecimento tradicional epopular de plantas medicinais e o podertécnico-científico-informacional. Está sendoprazeroso verificar que intuições há muitoidentificadas são confirmadas por teóricos devárias escolas pelo mundo. Acredito queaqueles que defendem a saúde coletiva e oSistema Único de Saúde têm muito a aprendercom Bruno Latour”

Meu livro de Cabeceira

A ciência tem duas caras?

Massa3 xícaras de farinha de trigo2 ovos1 colher (café) de açúcar1 colher de chá de sal30 g de fermento de pão2 colheres (sopa) de azeite1 colher (sopa) de margarina1 xícara de leite morno2 batatas cozidas e amassadas1/2 cebola ralada

Modo de fazerColoque o fermento, o açúcar e o sal emuma vasilha e misture bem até derreter ofermento. Logo após, adicione o leite, osovos, a margarina, o azeite, a cebola e oleite e as batatas. Misture bem a cadaadição. Acrescente por último a farinha emisture tudo até formar uma massa meiogrudenta. Unte uma forma e espalhe amassa com o auxílio de uma colher. Cubracom o recheio, deixe crescer mais umpouquinho com o forno desligado. Depoisacenda o forno e deixe cozinhar por maisou menos trinta minutos em forno médio,porém se começar a cheirar, verifique comum garfo para saber se já está cozida (nãodeixe cozinhar demais para não endurecer).

Cobertura1 colher (sopa) de azeite1 lata de sardinha3 tomates1 pimentão pequeno1 cebola2 dentes de alho2 colheres (sopa) salsinha picada1 colher (sobremesa) de oréganosal e pimenta-do-reino a gosto100ml de molho pronto tipo pomarolacom manjericão

Modo de fazerColocar a cebola para fritar no azeite.Quando estiver douradinha, colocar o alhopara fritar também. Quando o alho estiverdouradinho adicione a salsa, mexa e depoiso tomate, o pimentão e o molho. Deixeapurar. Desligue o fogo coloque o oréganoo sal e a pimenta-do-reino.Um beijo e um queijo! Tia Neli

Essa é sucesso garantido em todas reuniões que vou.Não sobra nenhum pedacinho para contar a história.

Pizza de Sardinha

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História & Cultura

*Val Costa

“Sandra Andrade é meu nome e tenho

55 anos de idade. Sou jornaleira há 8

anos. Antes de ser jornaleira, trabalhei

19 anos como secretária executiva da

Universidade Gama Filho. Mas, me

orgulho de ser jornaleira e de ser

torcedora do Flamengo. Aqui na

minha banca no Largo da Taquara você

encontra o Jornal Abaixo-Assinado de

Jacarepaguá.”

Banca da SandrBanca da SandrBanca da SandrBanca da SandrBanca da Sandra tem o Ja tem o Ja tem o Ja tem o Ja tem o JAAJAAJAAJAAJAAJ

Banca da Sandra fica na Estrada do Tindiba, nº 2.070,

em frente a Agência dos Correios da Taquara

A Jornada Mundial da Juventude seráaqui, no Rio de Janeiro, em julho de 2013.Esse grande encontro de fé terá apresença do Papa Bento XVI e de milhõesde jovens católicos do mundo inteiro edo Brasil. Por isso é muito importante serfamília de acolhida. Recebam em sua casade coração aberto os milhões de

peregrinos do Brasil e do mundo afora.É um momento pelo qual o povo cariocadeve mostrar o verdadeiro espíritoacolhedor.Inscreva-se como hospedeiro da JornadaMundial da Juventude Rio 2013 no sitewww.rio2013.com ou procure aparóquia mais próxima da sua casa.

Jornada Mundial da Juventude

Rio 2013

O Aqueduto da Carioca, mais conhecidocomo Arcos da Lapa, é um ícone da arquiteturacolonial brasileira e um dos principaissímbolos da nossa cidade. Construído entreos anos de 1719 e 1723, essa magnífica obrade engenharia possuía 6,6 km de extensão etinha como objetivo captar as águas dos riosque formam a sub-bacia do Rio Carioca, quedeu origem a denominação dos habitantes dacidade do Rio de Janeiro, e levá-las até o Largoda Carioca. Próximo ao final do Aquedutoforam construídos os chamados “ArcosVelhos do Carioca” para sustentar apassagem da água entre o morro do Desterro(local onde está Santa Teresa) e o então Morrode Santo Antônio. Entre 1744 e 1750, os arcosvelhos encontravam-se bastante deteriorados,sendo necessário substituí-los por novos arcosde traçado retilínio, construidos comargamassa de cal hidratada, terra misturadacom óleo de baleia e pedras portuguesas.Sobre o topo foram colocadas canaletas eabóbadas de tijolos para evitar vazamentos ea contaminação da água. Com o passar dotempo, o aqueduto foi substituido por

encanamentos de ferro fundido. O quechamamos hoje de “Arcos da Lapa” foi aparte que restou do aqueduto, uma pontecanal em estilo romano, com 270 metros decomprimento e altura de 17,6 metros. Em1896, ele passou a ser um suporte para osbondes que ligam o Centro da cidade aobairro de Santa Teresa.

O Núcleo Histórico do InstitutoMunicipal de Assistência à Saúde JulianoMoreira possui um aqueduto edificado noséculo XVIII e muito parecido com os Arcosda Lapa. Composto por sete arcos simples,originalmente eram nove, conduzia a águaque movia a moenda de cana-de-açúcar doEngenho Novo da Taquara. O trecho finaldesse aqueduto, construído por escravos,está tombado pelo Iphan (Instituto doPatrimônio Histórico e Artístico Nacional)desde maio de 1938. Esse sistema detransporte de água foi o modo encontradopelo comendador Antônio Telles de Menezes,dono do engenho no século XVIII, paraabastecer a propriedade com o preciosolíquido. Diferentemente do Aqueduto da

O livro destina-se aos moradores da Baixada de Jacarepaguá,aos seus estudantes e a todos aqueles que possuem uma relaçãode amor com o antigo Sertão Carioca. Constitui-se em umacompilação de artigos publicados no JAAJ pelo professor ValCosta e pela geógrafa Luciana Araujo, que abordam aspectosgeomorfológicos, ambientais, sociais, históricos e econômicosda região.

Pelo blog: http://barra-jpa.blogspot.com.br/ os leitores doJAAJ podem adquirir por um preço especial a segunda ediçãodo livro “Desvendando a Barra da Tijuca e Jacarepaguá”.

Jacarepaguá também tem os seus arcos

Carioca, que teve a suamaior parte deteriorada,na colônia houve apreservação da rede decaptação da água. A áreaonde se encontra oaqueduto é atualmenteadministrada pela Fiocruze está coberta por MataAtlântica Secundária. O aqueduto possui 3km entre os arcos e o ponto de captação daágua, em um açude ao lado da cachoeira doEngenho Novo. Possui pequenos canais ladeadospor um calçamento formado por blocos de

Colunistas lançam segunda edição do livro“Desvendando a Barra da Tijuca e Jacarepaguá”

pedras maciças, que descem pelas encostas doMaciço da Pedra Branca até os arcos.

*Val Costa é Professor, pesquisador emembro do Instituto Histórico da

Baixada de Jacarepaguá.

Leia o Blog do JAAJ

No Blog do Jaaj, você, caro leitor, podeescrever também sobre seu bairro, enviar uma

foto denunciando as mazelas da suacomunidade ou a beleza do seu lugar para o

Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá.

<http://jaajrj.wordpress.com/>

Page 8: Jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá Ed. 51 OUT 2012

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Cidadania

Frases de Bob Marley“Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama. Eu desisti. Mas nãopense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer”“Para que levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemosvivos.”“Não cruze os braços diante de uma dificuldade, pois o maior homem do mundo morreu de braçosabertos!”

SOS CriançasDesaparecidas

O Jornal Abaixo-Assinado e a Fundação para a Infância e a

Adolescência (FIA/RJ) firmaram importante parceria para ampla

divulgação do Programa SOS Crianças Desaparecidas.

A partir dessa edição o jornal impresso e o Blog do JAAJ divulgam

fotos e dados de crianças e adolescentes desaparecidas nas

cidades fluminenses, em especial na região de Jacarepaguá.

SECRETARIA DE

ASSISTENCIA SOCIAL

E DIREITOS HUMANOSS O M A N D O F O R Ç A S

Nome: CARLOS ALEXANDREFERREIRAIdade: 14anosDesaparecimento: 16/09/2012Local do desaparecimento:

Baixada Fluminense – RJSituação: Saiu de casa e não retornou

Nome: DAIANE MOREIRA SILVAIdade: Atualmente com 16 anosDesaparecimento: 08/05/2010Local do desaparecimento:

Zona Norte – RJSituação: Saiu de casa e nãoretornou

Nome: ISRAEL DE ABREU DEOLIVEIRAIdade: 13 AnosDesaparecimento: 01/06/2012Local do desaparecimento: Riode Janeiro - JacarepaguáSituação: Saiu de casa e não retornou

Nome: HERISON RAMONSANCHES FARIASIdade: Atualmente com 17 anosDesaparecimento: 10/01/2007Local do desaparecimento:

Maricá – RJSituação: Saiu de casa e não retornou

Nome: KAROLAINE DEOLIVEIRA CALDASIdade: Atualmente com 15anosDesaparecimento: 04/12/2010Local do desaparecimento: Riode Janeiro – RJSituação: Rapto por estranho

Nome: LEONARDO DE SOUZA BRITO

Idade: Atualmente com 16 anosDesaparecimento: 14/11/2011Local do desaparecimento:

Zona Oeste – RJSituação: Rapto por estranho

Nome: LUCAS PEREIRAIdade: Atualmente com 7 anosDesaparecimento: 21/06/2008Local do desaparecimento: SãoCarlos – SPSituação: Rapto por estranho

Nome: LUIZ FERNANDOCORREA PEREIRA Idade: Atualmente com 15 anosDesaparecimento: 17/04/2012Local do desaparecimento:

Zona Oeste – RJSituação: Saiu de casa e nãoretornou

Nome: MAGNO SANTOS DEABREUIdade: 15 anosDesaparecimento: 23/06/2012Local do desaparecimento:

Baixada Fluminense – RJSituação: Saiu de casa e nãoretornou

Nome: PAMELA DENAZARETH SILVAIdade: Atualmente com 13 anosDesaparecimento: 05/08/2009Local do desaparecimento:

Saquarema – RJSituação: Rapto por estranho Qualquer informação faça contato com a FIA/RJ

SOS Crianças Desaparecidas

(21) 2286-8337 / 2334-8008Rua Voluntários da Pátria, 120 - Botafogo

RJ- Rio de Janeiro - CEP. [email protected]

www.fia.rj.gov.br

Frases & Pensamentos