clima & tempoSertão

Fonte: INMET

LitoraLAltura

0.3m

Moeda

Informações úteis para a semana:Cariri-agreste l Campina Grande registra caso de leptospirose. Página 15 l Israel convoca reservistas para ampliar ataques. Página 19

l Visto para os EUA é suspenso no mundo todo. Página 19

l Inscrição na Meia Maratona é prorrogada até amanhã. Pág 22

R$ 1,00

R$ 160,00

Assinatura anualA UNIÃO

João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 1 de agosto de 2014 121 AnoS - PATRIMÔnIo DA PARAÍBA

Ano CXX1Número 154

Marés Hora

Fonte: Marinha do Brasil

AlturaDÓLAR R$ 2,266 (compra) R$ 2,267 (venda)

DÓLAR TURISMO R$ 2,200 (compra) R$ 2,390 (venda)

EURO R$ 3,034 (compra) R$ 3,035 (venda)

www.paraiba.pb.gov.br Twitter > @uniaogovpbauniao.pb.gov.br facebook.co m/uniaogovpb

27o Máx.22o Mín.

32o Máx.18o Mín.

Nublado com chuvas ocasionais

34o Máx.20o Mín.

Atendimento noTrauma vai mudar

ELEITORADO FICOU MAIOR EM QUATRO ANOS

Classificação de risco orientará recebimento de pacientes para evi-tar retenção de macas. PÁGInA 14

SEGURAnÇA Equipes do Corpo de Bombeiros inspecionaram on-tem os brinquedos da Festa das Neves, que começa hoje. PÁGInA 13

QUALIFICAÇÃo Artesãs paraibanas participaram esta semana de um curso de capacitação com o designer internacional Renato Imbroisi, que trouxe técnicas a Campina Grande. PÁGInA 3

baixa

baixa

00h56

13h19

0.6m

0.6m

ALTA

ALTA

07h15

19h39

2.1m

2.0m

FOTOS: Evando Pereira

FOTO: Walter Rafael

FOTO: Reprodução

FOTO: Edson Matos

FOTO: Reprodução

Ampliação, agilidade e maior qualidade e quan-tidade no processamento de dados da segurança no Estado será possível a partir de agora com a criação do Subsistema de Inteligência, cujo decreto de criação foi regulamentado e publicado no Diário Oficial. PÁGInA 3

A Paraíba teve aumento de 3,5% do eleitorado desde as elei-ções de 2010, indicam as estatísti-cas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Há quatro anos, o eleitora-do estadual era de 2.740.079. Este ano é 2.835.882. PÁGInA 17

Votos crescem 3,5%

Segurançapública temestruturafortalecida

Esportes

Tito Lobo exibetrajetória de 10anos em mostrana Estação Ciência

VISUAIS PÁGInA 5

Sol e poucas nuvens

Sol e poucas nuvens

Campeonato Brasileirocomeça hoje na capital

KITESURF PÁGInA 21

20Caderno

Nayara é o nome paraibano internacional Waldson explicou o método em entrevista

As certezas cien-tíficas não são unani-midades como com-provam as pessoas que não acreditam na viagem do homem à Lua. Nas ruas da capi-tal, o pessoense opina. PÁGInA 9

Viagem do homem à Lua: fatoou ficção?

OPINIÃO PÚBLICA

B

Marize Leôncio

Messias Januário

Solange Rodrigues

Um dos grandes desafios da so-ciedade contemporânea é conciliar as formas de promoção do desenvol-vimento econômico com um modo de ser e estar no mundo que tenha por base um profundo respeito à vida. Ou seja: ser rico apenas não basta. É ne-cessário fazer bom uso da riqueza.

Existem ainda hoje, em todo o mundo, zonas de extrema pobreza, onde há carência de praticamente tudo – desde o pão e o bem de con-sumo mais elementar ao mais trivial alimento espiritual. Mas a escalada da violência social não é privilégio dessas regiões que alguns conside-ram “esquecidas por Deus”.

Aos fenomenais avanços tecnológi-cos das últimas décadas- que formata-ram, definitivamente,a “Aldeia Global” preconizada pelo teórico da comuni-cação canadense Marshall McLuhan -, corresponde um mal-estar espiritual que se traduz no agravamento das re-lações sociais entre países e pessoas.

De um modo geral, ou seja, respei-tando-se as exceções comuns a toda regra, o mundo não enfrenta nenhu-ma crise estrutural na produção de alimentos. No entanto, a fartura de comida posta à mesa (seja a de casa, seja a do shopping), ao que parece, cresce na mesma proporção dos casos de cânceres.

Há registros de evolução nos índi-ces de compra de livros e de leitura em países como o Brasil, por exem-plo. No entanto, esses indicadores são batidos de longe pelo aumento

progressivo na aquisição de apare-lhos eletrônicos, com destaque para telefones móveis, micro computado-res e televisores.

Ainda em nosso país, a explosão de consumo no setor de veículos au-tomotores não só comprometeu a mobilidade urbana em praticamente todas as cidades, como se transfor-mou em um “caso de polícia” e de saú-de pública, com milhares de pessoas vindo a óbito, anualmente, devido, principalmente, a acidentes.

O que se lê, se ouve e se vê nos no-ticiários dos meios de comunicação deixa a impressão de que também está em franco crescimento o número de crimes absurdos, que rivalizam com a mais engenhosa imaginação dos ro-teiristas de filmes de drama, terror e suspense do cinema norte-americano.

Basta este exemplo: o engenheiro elétrico Josef Fritzl, de 73 anos, con-fessou à polícia que manteve a filha, Elisabeth Fritzl, presa em cativeiro na cidade de Amstetten, na Áustria. Eli-sabeth passou todo esse tempo no po-rão de sua própria casa, e teve sete fi-lhos do pai, três dos quais “adotados” por ele.

Como está posto, falar apenas em “desenvolvimento” é dizer pou-co. É vital que a população, através das várias formas em que se faz re-presentada, se organize, reflita sobre o seu “estilo” de vida e assuma uma atitude, digamos assim, propositiva, para que riqueza material não rime, jamais, com tragédia social.

Editorial

Qual a riqueza que interessa?

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 1 de agosto de 2014CONTATO: opiniao.auniao@gmail.com REDAÇÃO: 83.3218-6511/3218-6509

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Artigo Lau Siqueira - lausiqueira@gmail.com

Para que servem as bibliotecas?

Apesar do crescimento das ações direcionadas ao livro, leitura e bibliote-cas nos últimos anos, o Brasil ainda pos-sui um débito enorme na formação de leitores. O impacto pode ser observado na qualidade do ensino. Principalmen-te quanto ao “analfabetismo funcional” que frequenta algumas universidades e expõe a necessidade urgente de mais in-vestimentos no setor. O fato é que não te-mos uma tradição de bibliotecas em nos-so país. Tanto que João Pessoa, capital da Paraíba, ainda não possui uma bibliote-ca pública municipal. Pior que isso: não possui uma demanda. A população não pauta a necessidade desse equipamento. As bibliotecas deveriam ser o principal centro de formação cidadã. Mas, não é isso que se vê. Algumas situações, in-clusive, revelam a gravidade do proble-ma. A biblioteca de Malta, no Sertão da Paraíba, por exemplo, virou banheiro público. Outras tantas não passam de depósitos de livros. A mais importante Biblioteca da Paraíba, a Juarez Gama, se tornou um local específico para pessoas que estudam para concurso. Todavia, se esta é sua maior demanda, certamente, não pode ser sua única função.

O distanciamento entre a maioria das bibliotecas e o público leitor é alguma coisa espantosa e é muito fácil explicar. Afinal, as bibliotecas deveriam existir a partir de uma demanda: a popularização do hábito da leitura. Deveriam surgir a

partir da ampliação das necessidades do público leitor. Algo que poderia ser na-tural em um país que é um dos maiores fabricantes e compradores de livros do mundo. Essa deficiência na formação do leitor, especialmente do leitor lúdico é, provavelmente, o maior abismo entre as bibliotecas e as escolas públicas. Sejam elas bibliotecas públicas, escolares ou comunitárias. Há um sentimento patri-monialista sobre o livro. Mesmo que, em geral, todo livro acabe relegado após ser lido. Há um inexplicável sentimento de posse sobre o objeto quando o que im-porta é o conteúdo.

Mesmo assim é possível perceber que estamos caminhando. Em algu-mas escolas as políticas de incentivo à leitura já são uma realidade. Não é por acaso que essas são as que possuem o IDEB mais elevado. As conferências de cultura, cada vez mais, se deparam com as demandas do livro e da leitura. Mili-tantes apaixonados no país inteiro nos fazem acreditar que estamos vivendo momentos transformadores. Mas se ire-mos lidar com isso dentro de um siste-ma, precisamos entender o que as ara-nhas já sabem. Um sistema é uma teia, ligando e religando circunstâncias num objetivo que é único: alimentar a cida-dania através da mais ajustada ponte de acesso ao único meio de combater as desigualdades: a democratização do co-nhecimento.

A população não pauta a necessidade desse equipamento. As biblio-tecas deveriam ser o principal centro de formação cidadã.

.

Prefeitos de toda parte do Brasil aterrissam terça e quarta, em Brasília, para mais um capítulo da “Mobi-lização Permanente”. Evento organizado pela Confede-ração Nacional de Municípios, visa a buscar apoio dos gestores para a articulação de três pontos importan-tes no Congresso Nacional, com reflexos positivos nas administrações estaduais.O primeiro item a ser trabalhado é a votação da pro-posta que aumenta o Fundo de Participação dos Muni-cípios (FPM) por parte da Comissão Especial na Câmara dos Deputados. Na última reunião do grupo, 16 de julho, ficou decidido que a votação seria no dia 5 de agosto, provavelmente às 15 horas. O texto a ser votado pela Comissão é o parecer do deputado Danilo Forte (PMDB-CE), favorável à elevação do FPM em 2%. Os gestores devem estar presentes para pressionar a aprovação.Outro item também envolve o FPM. Após a aprovação unânime na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania do Senado Federal, também no dia 16, o projeto que aumenta o Fundo em 1% deve ser apreciado pelos senadores em Plenário. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 39/2014 chega ao pleno da Casa acompanhada de um pedido de urgência para acelerar a votação. Novamente, a atuação do movimento municipalista será crucial.E, por fim, pressionarão pela prorrogação do prazo estabelecido pela Lei dos Resíduos Sólidos – que determina o fim dos lixões, que passa a vigorar amanhã.

A Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, abriu processo de seleção de projetos munici-pais sobre os programas “Mulheres da Paz” e “Proteção de Jovens em Território Vulnerável – PROTEJO”. Entre os objetivos do “Mulheres da Paz” está a construção de re-des de prevenção da violência doméstica. Já o “PROTEJO” acompanha jovens entre 15 e 24 anos em situação de risco ou vulnerabilidade familiar e social.O objetivo é estabelecer parcerias com as prefeituras, por meio de convênios, para a execução das ações dos pro-gramas. Consórcios intermunicipais também são aptos a apresentar propostas. Os interessados devem cadastrar propostas no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (SICONV - www.convenios.gov.br). Será aceita apenas uma proposta para cada ente municipal. O prazo para cadastramento vai até o dia 29 de agosto.

Será apenas declaratória a sessão do dia 7 do Tribunal de Contas do Esta-do, ficando o julgamento dos proces-sos agendados para o encontro do dia 13 de agosto. A decisão, tomada pelo vice-presidente Umberto Porto, que está no exercício da Presidên-cia da Corte, decorre da viagem de alguns membros do TCE a Fortaleza, para o IV Encontro da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil) e da XIII Reunião dos Correge-dores e Ouvidores dos TCs, eventos que ocorrem de 4 a 6 de agosto.

TCE ADIA

MAGISTRADOS

PARCERIAS CONTRA A VIOLÊNCIA

UNInformeGeovaldo Carvalhogeovaldo_carvalho@hotmail.com

NÃO DECOLA ABANDONADO

PREFEITOS VOLTAM A PRESSIONAR

Expira-se às 17 horas de hoje o prazo para o registro de chapas para as eleições da Di-retoria Executiva, do Conselho Fiscal e respectivos suplentes da Associação dos Magistra-dos da Paraíba para a gestão 2014/2016 que acontecerá no dia 30 de agosto. Findo o prazo, serão divulgados os inscritos, conforme informa o juiz Marcos William de Olivei-ra, presidente da Junta Cen-tral Eleitoral. Ao todo, são 338 magistrados aptos a votar.

Não é das melhores a performan-ce do paraibano Lindberg Farias (PT) na corrida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. De aco-do com a Pesquisa do Ibope di-vulgada, ele aparece com apenas 11%. Anthony Garotinho (PR) li-dera com 21 pontos percentuais; Marcelo Crivela (PRB) tem 16%, e Pezão do PMDB tem 15 pontos. Teoricamente, os três primeiros estão na faixa de empate técnico. Lindberg está prejudicado pelo esquema de Dilma, que não queria sua candidatura.

Já em Pernambuco, ou o pre-sidenciável Eduardo Campos (PSB) precisa frequentar mais o Estado ou a candidatura de seu correligionário vai para o Brejo. Pela última pesquisa do Ibope, Paulo Câmara (PSB) aparece apenas com 11 pontos percen-tuais, contra 43% de Armando Monteiro Neto, do PTB. Já para o Senado João Paulo (PT) lidera com 37% das intenções de vo-tos contra 16% do ex-ministro Fernando Bezerra, e 3% de Si-mone Fontana, do PSTU.

UNIÃO ASUPERINTENDÊNCIA DE IMPRENSA E EDITORA

Fundado em 2 de fevereiro de 1893 no governo de Álvaro Machado

BR-101 Km 3 - CEP 58.082-010 Distrito Industrial - João Pessoa/PB PABX: (083) 3218-6500 / ASSINATURA-CIRCULAÇÃO: 3218-6518Comercial: 3218-6544 / 3218-6526 REDAÇÃO: 3218-6511 / 3218-6509

SUPERINTENDENTE

EDITORES SETORIAIS: Geraldo Varela, Carlos Cavalcanti e Alexandre Macedo

PROJETO GRÁFICO: Ricardo Araújo, Fernando Maradona e Klécio Bezerra

Albiege Fernandes

DIRETOR ADMINISTRATIVO

EDITORA ADJUNTAEDITOR GERAL

Murillo Padilha Câmara Neto

Renata FerreiraWalter Galvão

EDITORES ASSISTENTES: Carlos Vieira, Emmanuel Noronha, José Napoleão Ângelo, Marcos Lima e Marcos Pereira

DIRETOR TÉCNICO

Gilson Renato

CHEFE DE REPORTAGEMConceição Coutinho

BOLA CANTADAO Ministério Público do Trabalho, através do promotor Eduardo Varandas, classifica como inconstitucio-nal a exigência de ficha criminal para poder contratar um novo comerciário e corrobora com a questão levantada pela colina na semana passada, ao dizer: “É uma segunda condenação e vai contra a proposta de ressocializar um ex-apenado”. De fato, porta do emprego fechada a um ex-detento é um convite à volta ao crime.

Lei de Inteligência na Segurança Pública é regulamentada na PB

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 1 de agosto de 2014 3

Decreto já foi publicado no Diário Oficial do Estado na edição do último dia 30

Em cima da hora

O Diário Oficial da edi-ção do último dia 30 de ju-lho publicou o decreto que regulamenta a criação do Subsistema de Inteligência de Segurança Pública na Pa-raíba. A Lei Estadual de nú-mero 10.338/14 está inseri-da no Sistema Brasileiro de Inteligência, que foi criado em 1999. A lei consiste em um sistema que possa rea-lizar de forma permanente o processamento de dados, visando a produção de co-nhecimentos relativos à cri-minalidade e à violência no Estado. Além disso, a ideia é ampliar, integrar e aper-feiçoar o conhecimento das ações dos diversos órgãos de inteligência, no âmbito da administração pública esta-dual e federal.

Para o secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, a lei de inteli-gência valorizará ainda mais a integração entre as Polícias e o Judiciário, contribuindo para uma investigação ri-gorosa de criminosos bem como a punição dos mes-mos. “Com o sistema vamos criar uma doutrina de inteli-gência policial que possa ar-ticular e se comunicar entre os órgãos da Segurança Pú-blica (Polícia Militar, Civil, Corpo de Bombeiros e o Sistema Prisional) e assim interagir com outros órgãos como Receita Federal e Es-tadual, Ministério Público. Outra vantagem é a sistema-tização das informações, por meio de um banco de dados. Tudo isso contribui para uma repressão qualificada. A ideia é fazer uma polícia muito mais inteligente, com mais funcionalidade, com a reunião de provas, de mate-

rialidade que dê substância ao inquérito, contribuindo com o Poder Judiciário”, ex-plicou.

Registrado como Siste-ma Estadual de Inteligência de Segurança e da Defesa Social da Paraíba (SEINS-DS), fica exigido o funcio-namento de agências de inteligência voltadas para o exercício permanente e sistemático de ações espe-cializadas na produção de conhecimentos para prever, prevenir e reprimir atos deli-tuosos de qualquer natureza ou relativos a outros temas de interesse da segurança pública e da defesa social da Paraíba. O SEINSDS será um sistema integrado, for-mado por subsistemas cor-respondentes, como é o caso da Inteligência da Polícia Civil, a Unidade da Polícia Militar e também o Sistema Prisional, o Corpo de Bom-beiros e a Casa Militar.

O Governo Federal não vai dar mais prazo para que os municípios acabem com os lixões e passem a arma-zenar os resíduos sólidos em aterros sanitários. O prazo acaba amanhã, mas até agora menos da metade dos muni-cípios contam com destina-ção adequada do lixo.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Tei-xeira, uma ampliação pode ser discutida no Congresso Nacional. Para ela, a repac-tuação do prazo para a ade-quação deve vir acompanha-da de um debate ampliado sobre a lei, levando em conta a realidade de cada Municí-pio. “A necessidade de repac-tuar o prazo deve ser tratada no Congresso Nacional. O Go-

verno apoia uma discussão ampliada sobre a lei, ampliar o prazo sem considerar todas as questões entendemos que é insuficiente. Não se trata de empurrar com a barriga”, dis-se a ministra ontem. Segundo ela, é preciso entender a lógi-ca econômica dos municípios, a dificuldade que eles têm para operar, e considerar, ain-da, o tamanho dos municípios e sua localização.

O Brasil tem atualmente 2.202 municípios que contam com destinação adequada dos resíduos sólidos, o que repre-senta 39,5% das cidades do país. Por outro lado, 60% do volume de resíduos já está com destinação adequada.

Enquanto o assunto não é debatido no Congresso, o

Governo vai trabalhar com os Ministérios Públicos para “construir soluções” de acor-do com a realidade de cada Município. Uma reunião está marcada para o dia 22 deste mês para debater o assunto. Segundo a ministra, entre as soluções que podem ser apresentadas estão termos de compromisso e termos de ajustamento de condutas com os municípios.

Nos últimos quatro anos, desde que a Política Nacio-nal de Resíduos Sólidos foi aprovada, o Governo Federal disponibilizou R$ 1,2 bilhão para municípios e estados para ações de destinação de resíduos sólidos, incluindo a elaboração de planos e inves-timentos em aterros.

Prazo que acaba amanhã não vai ser mais ampliado pelo Governo

FIM DOS LIXÕES

O Aeroporto Castro Pinto, na Grande João Pessoa, passa a receber, a partir deste mês, quatro novos voos diários da compa-nhia TAM Linhas Aéreas. A partir de hoje, os novos voos farão ligação direta entre João Pessoa e Salvador, e outros três entre a ca-pital paraibana e o Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro, com saídas diárias a partir do dia 13 deste mês.

Desde o início de 2013, o Governo do Estado, por intermédio da SETDE e PBTur, vinha pleiteando a ampliação dos voos junto às empresas aéreas que operam no Castro Pinto. No dia 28 maio, o Governo do Estado assinou com a TAM o Protocolo de Intenções no qual se comprometia em re-duzir a alíquota de ICMS no combustível de aviação, de 17% para 12%. Seguindo o que determina o protocolo de intenções, a TAM iniciará novos voos para o Rio de Janeiro em horários negociados com o Governo para obtenção do benefício.

A presidente da PBTur, Ruth Avelino, comemorou a chegada de novos voos. Ela disse que isso é resultado de um trabalho do Poder Público (Estado e Prefeitura), o

trade e as empresas aéreas. Para o destino Rio de Janeiro, o primeiro voo decola às 19h13 chegando às 22h19 (todos os dias, exceto domingo); às 19h25, com chegada às 22h30 (aos sábados); e 15h34, com che-gada às 18h42 (todos os dias). Nos outros dois horários, os voos decolam do Castro Pinto às 2h03 e chega no Rio às 5h06 (todos os dias) e às 23h05, com chegada às 2h13 (todos os dias).

Já os voos para Salvador terão as saídas previstas para as 4h05, com chegada à ca-pital baiana às 5h25. No retorno, o voo sai do Aeroporto Deputado Luiz Eduardo Ma-galhães às 2h07 e chegada no Castro Pinto às 3h29. Com os voos, a TAM ampliará em 30% a frequência de voos no Castro Pinto e os passageiros que embarcaram do equi-pamento ganham novas alternativas de co-nexão para outros destinos. As tarifas para o novo voo entre João Pessoa e Salvador podem ser encontradas a partir de R$ 59 para compras com antecedência de 60 dias. Já para o voo entre João Pessoa e Rio de Ja-neiro, o preço inicial é R$ 169 para compras com antecedência de 60 dias.

Aeroporto Castro Pinto terá quatro novos voos da TAM

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Aposentadoria de Joaquim Barbosa é publicada no DO

A aposentadoria do mi-nistro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Bar-bosa foi publicada ontem no Diário Oficial da União. Em sua última sessão como pre-sidente do STF, no dia 1º de julho, Barbosa disse que dei-xava a Corte de forma tran-quila e com a “alma leve”.

Em maio, ele anunciou que se aposentaria antecipa-damente em julho, após 11 anos como ministro da Corte. Barbosa tem 59 anos e pode-ria continuar na Corte até a aposentadoria compulsória, em 2024, quando completa 70 anos.

Ele foi o primeiro negro a presidir o STF e ocupou a Presidência da Corte e do Conselho Nacional de Justiça desde novembro de 2012. O ministro foi indicado à Su-prema Corte em 2003, no mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Hoje, ocorre a eleição do novo presidente do Tribu-nal. Pela tradição do órgão, os ministros devem escolher o presidente interino e atu-al vice-presidente, Ricardo Lewandowski, por ser o inte-grante mais antigo que ainda não presidiu o colegiado.

O projeto de lei que cria um novo marco regulatório para as organizações não governamentais (ONGs) foi sancionado ontem pela pre-sidente Dilma Rousseff. A lei estabelece normas para as parcerias voluntárias da União, dos Estados, do Dis-trito Federal e dos Municí-pios com as organizações e estabelece regras para evi-tar o favorecimento de gru-pos específicos e a escolha de entidades sem preparo técnico ou estrutura para o cumprimento dos projetos.

Pela proposta, as ONGs terão que participar de pro-cesso seletivo (chamada pública) inscrevendo seus projetos para serem sele-cionados, pondo fim a uma das principais polêmicas re-ferentes às parcerias, a for-ma de seleção. Terão ainda que cumprir uma série de requisitos para fazer parce-rias com os governos. Entre as exigências para firmar os contratos estão: existir há, no mínimo, três anos; ter ex-periência prévia na realiza-ção do objeto do convênio; e ter capacidade técnica e operacional para desenvol-ver as atividades propostas.

A presidente Dilma Rousseff disse que a demo-cracia se fortalece quando se abre para a participa-ção social e destacou que a criação de regras claras vai permitir o reconhecimento por parte do Estado da rele-vância e importância dessas instituições.

“A legislação cria um ambiente muito mais ade-quado para a atuação das organizações da sociedade civil e reconhece nelas par-ceiras fundamentais do Es-tado na implementação de políticas em favor dos nos-sos cidadãos”.

A presidente destacou que as regras mais trans-parentes fortalecem o reco-nhecimento das organiza-ções e irá evitar que os erros de poucos contaminem o trabalho de milhares.

“A aprovação dessa lei representa, sem dúvida, ga-nho para todos nós, garante alicerces muito mais fortes para a atuação conjunta e complementar do Estado e da sociedade civil para a superação das nossas carên-cias e garantia de direitos a oportunidades”, completou Dilma.

Sancionada a lei que cria as regras no país

cOnvênIOS cOM OnGS

Os novos voos da TAM começam a partir de hoje e deverão ser ampliados até o próximo dia 13

Foto: Marcos Russo

A arte de unir linhas, fi-bras e pontos com apenas uma agulha de gancho e muita cria-tividade. Dessa maneira, cerca de 130 artesãs participaram da consultoria ministrada pelo te-celão e designer internacional de criação em projetos, o mi-neiro Renato Imbroisi, na Vila do Artesão, em Campina Gran-de. Na quarta-feira (30), no encerramento das atividades, elas tiveram a oportunidade de mostrar as técnicas aperfei-çoadas e utilizadas durante os exercícios. As criações serão expostas em uma das maiores feiras de design do mundo, a Craft Design, que acontece de 14 a 17 de agosto, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

A consultoria realizada pelo Programa de Artesanato da Paraíba (PAP), em parceria com o Sebrae, teve o objetivo de dar continuidade às oficinas realizadas por Renato Imbroisi no início do programa. Para a coordenadora do PAP, a pri-

meira-dama do Estado Pâmela Bório, a iniciativa também visa trazer novidades ao mercado e agregar valor comercial às peças produzidas. “Focamos a customização e a agilidade na produção valorizando temáti-cas regionais como o São João, nosso folclore e arte, para mos-trar a autenticidade da Paraíba. Devemos fazer novas consul-torias para melhorar cada vez mais nosso produto e quem sabe até sobre modelagem, demanda antiga das mulheres que trabalham com fios”, co-mentou a coordenadora.

O designer Renato Im-broisi ressaltou que conseguiu cumprir sua meta e trazer mais integração e cooperativismo às crocheteiras que antes tra-balhavam de forma individual. “Em um prazo curto de con-sultoria, conseguimos desen-volver uma pequena linha de produtos em alto padrão, que já será comercializada numa feira de negócios em São Paulo, onde o lojista poderá encon-

trar além de almofadas, xales, carteiras, jogos americanos até enfeites natalinos com muita originalidade”, enfatizou Im-broisi.

De acordo com a gestora do PAP, Ladjane Barbosa, ou-tras consultorias estão previs-tas. “A arte do crochê é desen-volvida por um grande número de mulheres e esse foi apenas o primeiro módulo. Agora es-peramos que ele retorne e as qualifique ainda mais para que possamos mostrar o crochê com grande potencial gerador de renda e ter seu lugar de des-taque nos próximos salões de artesanato”, antecipou Ladjane.

A artesã Maria do Socorro, integrante do Grupo de Mulhe-res na Fibra, do Município de Natuba, a oficina foi uma exce-lente oportunidade de agregar valor aos produtos e conseguir aliar a fibra ao crochê. “Nós produzimos uma grande va-riedade de flores em fibra de bananeira e utilizamos muito pouco o crochê.

Artesãs participam de capacitação com um designer internacional

EM caMpIna GranDE

João Pessoa > Paraíba > sexta-feira, 1 de agosto de 2014Publicidade4 A UNIÃO

SERVIÇO

Exposição: Guardião das CoresArtista: Tito LoboData: Até 14 de setembroLocal: Estação Cabo Branco - João PessoaVisitação: Terça a sexta, das 9h às 21h; sába-dos, domingos e feriados, das 10h às 21h.Entrada: Gratuita

A UNIÃO

Nunes fala de um livro de Pablo Neruda que completa 90 anos

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Feira Literária Internacional de Paraty realiza atividades ao ar livre

Escritor Jairo Cézar lança HQ sobre vida e obra de Augusto dos Anjos

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EVENTO LITERATURA

FOTOS: Divulgação

O artista plástico paraibano Tito Lobo confessou para o jornal A União estar satisfeito com a repercussão positiva do público para com a sua exposição intitu-lada Guardião das Cores, que permanece aberta gratuitamente no primeiro pavi-mento da Torre Mirante da Estação Cabo Branco, localizada no bairro Altiplano, em João Pessoa, até o dia 14 de setembro. A individu-al é integrada por 123 trabalhos inéditos, telas de seu próprio acervo, todas no estilo Naïff, cuja temática é a cultura popular. “A mostra vem sendo bem aceita e já foi vista por mais de 2.800 visitantes”, disse ele, que ocupa o espaço pela primeira vez, onde retornará em 21 de agosto para participar de um bate-papo a res-peito de sua obra e produção com artistas locais.

“Essa experiência está sendo muito interessante e super bacana”, comentou Tito Lobo, que, em sua indi-vidual, mostra uma retrospectiva de sua carreira, com obras produzidas em 2004, 2006 e até atuais, de 2014. A característica comum que o público pode perceber e apreciar nas telas do artista é a riqueza de detalhes de traços, cores e formas. “Eu considero meu primitivo um pouco mais contemporâneo, que diferencia dos trabalhos de outros artistas que pintam a arte Naiff”, disse ele, que também é desenhista, gravador, escultor e cenógrafo.

De acordo com Tito Lobo, o nome da exposição - que, a propósito, pode ser visitada sempre de terça a sexta-feira, no período das 9h às 21h, e, aos sábados, domingos e feriados, das 10h até 21h - surgiu de um texto escrito pelo seu amigo Bebé de Natércio para um material de uma empresa de designer. “Eu gostei mui-to desse nome que falava das minhas obras, da minha vida de artista”, comentou ele, cujo universo imagético é repleto de personagens regionais, históricos e místicos, que se misturam a representações da flora e da fauna brasileira, elementos que transmitem ao observador uma atmosfera alegre e festiva.

Já na opinião do músico e compositor Bebé de Na-tércio, “por causa da riqueza de detalhes e uma dança be-líssima das cores”, as obras de Tito Lobo causam deleite a quem as observa, mesmo que - eventualmente - não co-nheça ou, ainda, não tenha competência para uma visão crítica do conjunto dos trabalhos do artista, que nasceu em João Pessoa. “E eu, um aficionado pela cultura popu-lar, estabeleço uma relação muito estreita com cada peça, que me dá a impressão que a alegria folgada do meu povo passa obrigatoriamente pelos pinceis do mestre Tito”, diz ele, no texto de apresentação da exposição.

Sobre o artistaDesenhista, pintor, gravador, escultor e cenógra-

fo, o pessoense Tito Lobo começou a desenhar na in-fância e já demonstrava, precocemente, a tendência para as artes plásticas e visuais. Em 1986, ele iniciou suas exposições, pelas quais revelou-se um profissio-nal de qualidade. Prova desse talento foi a de ter par-ticipado de várias mostras coletivas e individuais no Brasil, Espanha, Portugal, Itália e França

O artista plástico Tito Lobo expõe pela primeira vez na Estação Cabo Branco obras de arte Naïf que retratam a cultura popular

João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 1 de agosto de 2014

Guilherme Cabral guipb_jornalista@hotmail.com

Guardião das Cores

Na sequência: O artista visual Tito Lobo e fotos da exposição durante a visitação de alunos da rede pública de ensino, na Estação Cabo Branco, Ciência, Cultura e Arte

UNIÃO A

Teatro

João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 1 de agosto de 2014

Diácono, jornalista e do IHGP

A canção desesperada de Neruda

No ano em que o belo livro “Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada” completa noventa anos, é motivo para fazer uma releitura de Pablo Neruda, o poeta que cantou o sofri-mento do povo desta parte sul das América, as-sim como o fez Walt Whitman do outro lado no nosso Continente.

Em pluralidade de interpretações, onde mistura amor e paixão, cruzando esses senti-mentos com a natureza, reunindo no poema o ardor por muitas mulheres, as belas mulheres latino-americanas simbolizadas por aquelas nascidas no Chile. Mas a canção desesperada também faz alusão àquela privilegiada donzela que encantou seus olhos.

Neste livro de estreia, publicado em 1924, no frescor de sua juventude, Neruda esbanjou genialidade ao mesclar percepções de sentimen-tos com parecenças ambientais, destacando o amor, o vento, os bosques, como também, a vida além dos limites de sua imaginação.

Poema de inigualável estética que nos en-canta a cada releitura, algo que tenho feito no decorrer destes quarenta anos desde quando o tive pela primeira vez em minhas mãos. Nessa ocasião Waldemar Solha falou-me deste livro com acentuada paixão, recordando que ao ser publicado ganhou grande simpatia entre os tra-balhadores chilenos. Contou-me que se tornou comum quando entre os frequentadores dos bares, durante seu descanso do trabalho nas minas ou no campo, os operários ergueram um brinde a cada poema lido, com um estrondoso olé, ao modo do toureiro espanhol ao driblar o touro.

Certamente este poema, assim como cen-tenas de outras de Pablo Neruda, tenha tocado tanto o povo de sua terra e a nós também, por-que o amor e a natureza foram muito cedo às ja-zidas de sua poesia, como ele próprio reconhece em suas memórias. Foi este poeta que mais en-trou na sombria solidão humana. Suas palavras aliviam a dor da paixão e nos conduzem para o jardim do naufrágio sem ondas nem temporais.

Foi um livro que me tocou profundamen-te, talvez porque vivia o período de devaneios próprios da idade. Recordo que periodicamente havia reunião em Arara entre Fernando Guedes, Walter Maria Bastos e eu, sempre num recanto de um bar, sob os olhares de pinguços, para re-citarmos poemas. Em certa ocasião apresentei “O teu riso”, da lavra de Neruda, retirado da obra que agora completa noventa anos de en-cantamento dos leitores, para nossas abstrações noturnas.

Hoje posso dizer ao jovem escritor que nin-guém escreve sem o estremecimento da solidão, por mais bizarro que pareça. O mesmo aconte-cendo com o escritor maduro porque ninguém não pode se afastar do convívio humano. Por isso seus poemas, assim como são os que com-põem este agradável livro de estreia de Neruda, onde encontramos pitadas de solidão e de pai-xão.

Peço permissão para transcrever um trecho deste poema tão belo e emocionante:

Tira-me o pão, se quiseres,tira-me o ar, mas nãome tires o teu riso. Não me tires a rosa,a lança que desfolhas,a água que de súbitobrota da tua alegria,a repentina ondade prata que em ti nasce. Um poeta deste quilate é obra de Deus e

estamos conversados. É universal porque pro-fundamente humano.

José Nunes

Reflexão sobre questões sociais é transposta para espetáculo encenado por estudantes da UFPB

FOTOS: Hélder Nóbrega

Questões como amizade, solidão, feminilidade, desejo sexual, filhos, da vida pós-prisão e do que já mu-dou com o tempo, são colocadas em cena pelo elenco da montagem “A Cela”, fruto do

exercício teatral dos alunos da disciplina Estágio Supervisionado II do Curso de Bacharelado em Teatro do período 2013.2. O espe-táculo faz parte da Mostra Encena 2014 e tem direção do professor Elias de Lima com texto do drama-turgo e romancista francês Michel Azama. Com entrada gratuita, a peça tem início hoje às 20h, no Teatro do Sesi, no Centro de João Pessoa.

“A Cela” conta a história de uma mulher que passa 16 anos da sua vida num presídio, acusada de ter assassinado seu marido, em sua cela, isolada num espa-ço “transitório” e asséptico, ela então rememora sua vida diante do futuro incógnito que a espera, conforme conta Elias. “Ela faz uma reflexão da sua condição entre dois mundos, o de fora da prisão, e o que ela vive diariamente nessa cela”, explica o professor.

Questões políticas e sociais pós-modernas de não saber o dia de amanhã são temáticas recorrentes durante a encenação. “Mexe com questões de memórias afetivas e emocionais não só da personagem principal, mas tam-bém dos outros atores que são levados à improvisação, da desco-berta existencial e da tessitura em conjunto”, revela Elias

Estreado em março deste ano no Teatro Lima Penante, “A Cela” ficou em cartaz por três semanas, sendo posteriormente convidada para participar da Mostra de Tea-

Conflitos políticos e da sociedade se entrelaçam no meio da trama que tem como destaque a interpretação

A protagonista passou 16 anos presa, acusada da morte do seu marido

tro Escola e Diversidade apresen-tada este ano de 2014 pelo Sesc, ganhando três prêmios: melhor ator para Joziel Santos e melhor atriz para Tamires Amaral, ficando ainda na mesma mostra como o segundo Melhor Espetáculo.

Além de Elias de Lima, a ce-nografia foi criada pelo também professor do curso de Teatro, Everaldo Vasconcelos, com prepa-ração vocal da professora Adriana Fernandes, preparação corporal do professor Sérgio Oliveira, os figurinos e adereços do artis-ta Hélder Nóbrega, iluminação de Tiago Dion e sonoplastia do

grupo. O elenco é composto pelos atores Jean Oliveira, Josiel Santos, Katheryne Menezes, Mônica Le-tícia, Tamires Amaral, Thaismary Ribeiro, Coca Ribeiro.

Para a continuidade da ence-nação, Elias diz não ter certeza, mas que talvez, em setembro a outubro, a montagem poderá ser reapresentada. “Nós estamos recebendo convites a projetos da própria universidade ligados a questão da psicologia e de direi-tos humanos, porém o certo é que continuaremos ensaiando, revisitando e analisando a obra”, conclui.

Rafael Andrade rafaelandradecm@gmail.com

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 1 de agosto de 2014

Roteiro

Evento

A vida dos candidatos é desvendada ao público

O livro de Chico Gois e Simone Iglesias, O lado B dos cndidatos, com acontecimentos da vida dos principais candidatos à Presidência da República será lançado este mês nas principais livrarias do país. Em outubro, os brasileiros vão eleger o(a) próximo(a) presidente da República, que terá como missão fazer o país crescer, gerar empregos, melhorar a qualidade da educação e da saúde, investir em infraestrutura e tornar o Brasil um país melhor.

Os três principais concorrentes ao cargo – Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos – aparecerão nas propagandas eleitorais como as melhores opções para o futuro e irão mostrar aquilo que consideram como pontos positivos em seus governos. Este livro tem como objetivo contar um outro lado dos três candidatos, tornan-do-os mais humanos e próximos à realidade, seja apontando seus defeitos (pessoais e administrati-vos) e particularidades, seja abordando questões polêmicas na atuação de cada um. A intenção não é transformar cada um deles em pequenos de-mônios, mas tirar dos três qualquer pretensão de se apresentarem como salvadores da pátria aos olhos dos eleitores.

Livros

A estudante Letícia Aníbal Gonçalves, 11 anos, saiu de Guaratinguetá, re-gião do Vale do Paraíba, em São Paulo, com mais 22 co-legas da Escola Professora Maria Giannico e chegou a Paraty, Costa Verde flumi-nense. O motivo da viagem é a Festa Literária Interna-cional de Paraty (Flip), que começou no último dia 30. Na Praça da Matriz, livros pendurados em árvores e espalhados por tapetes en-cantaram a menina.

“Achei muito criativo esse cantinho especial para lermos os livros. É a primei-ra vez que vejo isso e é bom para se acostumar com a leitura”, disse ela, que con-fessou ser uma amante dos livros. “Leio muito, tenho vários livros em casa”, con-tou.

Livros infantis pendu-rados em árvores atraem crianças na Praça da Ma-triz durante a 12ª Festa Literária Internacional de Paraty. A vice-diretora da escola de Letícia, Isabel Si-mone Cristina Ribeiro Si-

FotoS: Divulgação

mões dos Santos, explicou que vem à Flip há três anos e que a ideia de trazer os alunos para as atividades infantojuvenis foi possível graças à Secretaria da Edu-cação, que cedeu o ônibus.

“Era para ter vindo 40 alunos, mas os pais têm medo da distância, mas não sabem da riqueza que há aqui”, comentou ela. “Vim mais para incentivar os alunos a ler. Hoje eles só querem saber de celular, Facebook, computador, jo-

gos. Quero que eles desen-volvam o hábito da leitura”, explicou.

Isabel gostou tanto dos livros pendurados em ár-vores que pensa em adotar a ideia no jardim da escola. “Temos árvores na escola e achamos essa ideia espeta-cular, pois os professores re-clamam que não há espaço amplo para a leitura”.

O estudante Luan Reis dos Santos, 11 anos, mora em Paraty e participa das ativi-dades da festa há dois anos.

Participantes têm a opção de fazer a leitura na praça

Em cartaz

Guardiões da GaláxiaEm uma Terra alternativa do século XXXI, o aventureiro Peter

Quill rouba uma esfera pertencente ao poderoso vilão Ronan, e passa a ser procurado por vários caçadores de recompensas. Para escapar ao perigo, ele une forças com quatro personagens fora do sistema: Groot, uma árvore humanóide, a sombria e perigosa Gamora, o texu-go rápido no gatilho Rocket Racoon e o vingativo Drax, o Destruidor. Mas Quill descobre que a esfera roubada possui um poder capaz de mudar os rumos do universo, e logo o grupo deverá proteger o objeto para salvar o futuro da galáxia.

Foto: Divulgação

Funesc [3211-6280] Mag Shopping [3246-9200] Shopping Tambiá [3214-4000] Shopping Iguatemi [3337-6000] Shopping Sul [3235-5585] Shopping Manaíra (Box) [3246-3188] Sesc - Campina Grande [3337-1942] Sesc - João Pessoa [3208-3158] Teatro Lima Penante [3221-5835 ] Teatro Ednaldo do Egypto [3247-1449] Teatro Severino Cabral [3341-6538] Bar dos Artistas [3241-4148] Galeria Archidy Picado [3211-6224] Casa do Cantador [3337-4646]

SERVIÇO

Humor

Tônio

Da Agência Brasil

Missão do quinteto é proteger o equilíbrio do universo

Capa do livro que mostra a outra face dos candidatos

Atividades culturais ao ar livre da Flip atraem escolas de fora de Paraty

A CULPA É DAS ESTRELAS (The Fault In Our Stars, EUA, 2014). Gênero: Drama. Duração: 126 min. Classificação: 12 anos. Direção: Josh Boone, com Shailene Woodley, Ansel Elgort, Nat Wolff. Diagnosticada com câncer, Hazel Grace Lancaster se mantém viva graças a uma droga experimental. Após passar anos lutando com a doença, a jovem é forçada pelos pais a participar de um grupo de apoio e logo conhece Augustus Waters, um rapaz que vai mudar completamente a sua vida. Manaíra 2: 16h45. Tambiá 3: 18h30 e 20h50.

AVIÕES 2 - HERÓIS DO FOGO AO RESGATE (EUA 2014). Gênero: Animação / Comédia. Duração: 84 min. Classificação: Livre. Direção: Roberts Gannaway. Com Dane Cook, Ed Harris e Julie Bowen.Dusty descobre que seu motor está severamente danificado e nunca mais poderá participar de corridas. Após algumas adaptações ele acaba realocado na brigada aérea de incêndio, onde conhece o veterano helicóptero Blade Ranger e a equipe ter-restre conhecida como The Smokejumpers. Enfrentando o fogo diariamente, Dusty finalmente entende o significado da palavra “heroi”. Manaíra 7/3D: 12h50 e 14h50.

COMO TREINAR O SEU DRAGÃO 2 (How to Train Your Dragon 2, EUA, 2014). Gênero: Animação. Duração: 102 min. Classificação: Livre. Direção: Dean DeBlois. Cinco anos após convencer os habitantes de seu vilarejo que os dragões não devem ser combatidos, Soluço convive com seu dragão Fúria da Noite, e estes animais integraram pacifi-camente a rotina dos moradores da ilha de Berk. Entre viagens pelos céus e corridas de dragões, Soluço descobre uma caverna secreta, onde centenas de novos dragões

vivem. O local é protegido por Valka, mãe de Soluço, que foi afastada do filho quando ele ainda era um bebê. Juntos, eles pre-cisarão proteger o mundo que conhecem do perigoso Drago Bludvist, que deseja controlar todos os dragões existentes. Manaíra 2: 14h15. Tambiá 3: 14h15 e 16h25.

GUARDIÕES DA GALÁXIA (Guardians of The Galaxy). Gênero: Ficção Científica. Duração: 121 min. Classificação: 12 anos. Direção: James Gunn, com Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista. Em uma Terra alternativa do século XXXI, o aventureiro Peter Quill rouba uma esfera pertencente ao poderoso vilão Ronan, e passa a ser procurado por vários caçadores de recompensas. Para escapar ao perigo, ele une forças com quatro perso-nagens fora do sistema: Groot, uma árvore humanóide, a sombria e perigosa Gamora, o texugo rápido no gatilho Rocket Racoon e o vingativo Drax, o Destruidor. Mas Quill descobre que a esfera roubada possui um poder capaz de mudar os rumos do universo, e logo o grupo deverá proteger o objeto para salvar o futuro da galáxia. CinEspaço 3/3D: 16h30, 19h e 21h30. CinEspaço 4: 14h10, 16h40, 19h10 e 21h40. Manaíra 2: 19h30 e 22h15. Manaíra 4: 12h20, 15h, 17h45 e 20h30. Manaíra 5/3D: 13h15, 16h, 18h45 e 21h30.

JUNTOS E MISTURADOS (EUA 2014). Gênero: Comédia. Duração: 117 min. Classificação: 10 anos. Direção: Frank Coraci. Com Adam Sandler, Drew Barrymore, Bella Thorne. Após um primeiro encontro desastroso, Jim (Adam Sandler) e Lauren (Drew Barrymore) viajam, por coincidência, para o mesmo resort fami-liar durante as férias, junto com seus filhos de casamentos anteriores. Sendo obrigados

a conviver, uma atração começa a surgir entre os dois. CinEspaço 1: 14h e 21h40. Manaíra 8: 13h20, 15h45, 18h30 e 21h15. Tambiá 2: 14h10, 16h20, 18h30 e 20h40.

MALÉVOLA (Maleficent, EUA, 2014). Gênero: Fantasia. Duração: 97 min. Classificação: 10 anos. Direção: Robert Stromberg, com An-gelina Jolie, Elle Fanning, Brenton Thwaites. Baseado no conto da Bela Adormecida, o filme conta a história de Malévola, uma mulher movida pelo sentimento de vingança e pelo desejo de se manter no poder. Para enfrentar o rei, ela coloca um feitiço na filha dele, Auro-ra, fazendo com que a garota fique indecisa entre defender o reino dos humanos e o reino da floresta, de que aprendeu a gostar. Quan-do Malévola percebe que Aurora está prestes a estabelecer a paz entre os mundos, a vilã é obrigada a tomar uma decisão drástica. Tambiá 1: 14h30, 16h30, 18h30 e 20h30.

O HOMEM DAS MULTIDÕES (BRA, 2013). Gênero: Drama. Duração: 95 min. Classifi-cação: 14 anos. Direção: Marcelo Gomes, Cao Guimarães, com Sílvia Lourenço, Paulo André, Jean-Claude Bernardet. Juvenal é um maquinista de metrô em Belo Hori-zonte, Margô controla o fluxo dos trens. Ambos vivem em um estado de profunda solidão - cada um a sua maneira. Esse filme é uma reflexão sobre diferentes formas de solidão e amizade no universo urbano brasileiro. CinEspaço 1: 19h40.

PLANETA DOS MACACOS: O CONFRONTO (Dawn of the Planet of the Apes, EUA, 2014). Gênero: Ficção Científica. Duração: 130 min. Classificação: 12 anos. Direção: Matt Reeves, com Gary Oldman, Amanda Silver, Rick Jaffa,

Jason Clarke, Andy Serkis. Depois de quinze anos após conquistar sua liberdade, César e os demais macacos vivem em paz na floresta próxima a San Francisco. Eles de-senvolveram uma comunidade baseada em apoio mútuo, para que possam se manter. Enquanto isso, os humanos enfrentam uma das maiores epidemias já vistas, causada pela gripe símia, um vírus criado em laboratório. Diante disto, um grupo de sobvreviventes liderado por Dreyfus planeja atacar os macacos para usá-los como cobaias na busca por uma vacina. Porém, Malcolm não quer que esse o con-fronto aconteça. CinEspaço 2: 13h50, 16h20, 18h50 e 21h20. CinEspaço 3/3D: 14h. Manaíra 1: 17h, 19h45 e 22h30. Manaíra 3: 12h30, 15h15, 18h e 21h. Manaíra 6/3D: 13h, 16h15, 19h e 21h50. Tambiá 5: 13h50, 16h15, 18h40 e 21h05. Tambiá 6/3D: 14h.

TRANSFORMERS – A ERA DA EXTINÇÃO (Trans-formers: Age Of Extinction, EUA, 2014). Gênero: Ação. Duração: 165 min. Classifi-cação: 12 anos. Direção: Michael Bay, com Mark Wahlberg, Nicola Peltz, Jack Reynor. Alguns anos após o grande confronto entre Autobots e Decepticons em Chicago, os gigantescos robôs alienígenas desapare-ceram. Eles são atualmente caçados pelos humanos, que não desejam passar por apuros novamente. Quando Cade encontra um caminhão abandonado, ele jamais poderia imaginar que o veículo é na verdade Optimus Prime, o líder dos Autobots. Muito menos que, ao ajudar a trazê-lo de volta à vida, Cade e sua filha Tessa entrariam na mira das autoridades americanas. CinEspaço 1: 16h40. Manaíra 7/3D: 14h45, 18h15 e 22h. Tambiá 4: 14h10, 17h10 e 20h10.

BARTOLO

Embora ache a programação divertida, admitiu que não gosta muito de ler. “Prefiro que leiam para mim”, contou ele, encabulado.

A estudante de magisté-rio Juliana Ramos, 19 anos, é voluntária há três anos da inciativa Pé de Livros, que faz parte da Flip desde 2008. Para ela, a forma lúdi-ca como os livros são apre-sentados seduz crianças e adolescentes, mesmo aque-les que não gostam de ler. “As crianças podem sentar, ler, manusear o livro. Eles se interessam muito. Alguns só folheiam, outros gostam de ler e se demoram aqui. A gente também lê para os mais novos”, contou. “A Flip incentiva as pessoas a ler e a se sentir à vontade com os livros”, completou ela.

Além do Pé de Livros, que funcionará todos os dias até o final do evento, estão previstos musicais, teatro, conversa com auto-res de livros infantojuvenis e leituras em diferentes pontos da cidade e mais de 30 atividades ao ar livre na Praça da Matriz. A Flip vai até o próximo domingo (3).

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 1 de agosto de 2014

Diversidade

O escritor Jairo Cézar lançará dia 7, em Campina Grande, obra em quadrinhos sobre Augusto dos Anjos e, para A União, disse que o poeta do ‘Eu’ amava a Paraíba

Sesc abre inscrições para Mostra de Música ParaibanaA edição 2014 da Mostra Sesc de

Música Paraibana está com inscrições abertas para bandas e artistas inte-ressados de todo o E stado (instru-mentais ou não) até o dia 15 de agosto nas unidades do Sesc Centro João Pes-soa, Campina Grande ou Guarabira, das 9 às 18 horas. O evento acontece entre 24 e 26 de setembro, na Usina Cultural Energisa, na capital e tem a proposta de intensificar o movimento musical na Paraíba, descobrir novos artistas e valorizar os nomes da terra

As inscrições são abertas a com-posições autorais de quaisquer es-tilos, desde que sejam brasileiras, em língua portuguesa e inéditas, ou seja, não ter sido apresentada em festivais ou mostras anteriores (lembrando que a veiculação em plataformas digitais, como youtube ou soundcloud, não invalidam a ins-crição). Cada artista ou grupo deve inscrever três composições, poden-do as três serem selecionadas para a apresentação ao vivo e uma delas

integrar o CD e DVD da Mostra.Todo o material solicitado no edi-

tal para a inscrição na Mostra de Mú-sica Paraibana deve ser entregue em um dos endereços nas cidades de João Pessoa, Campina Grande ou Guarabi-ra, junto com a ficha de inscrição e a autorização de imagem, devidamente preenchidas e assinadas. Todas as ins-crições serão avaliadas pela Comissão Julgadora, formada por profissionais da área convidados pelo Sesc Paraíba, e o resultado dos 18 artistas e com-

posições selecionados será divulgado no dia 29 de agosto, no site da insti-tuição.

O edital, bem como o formulário de inscrição e autorização de imagem, está disponível no site da instituição (www.sescpb.com.br). Mais informa-ções sobre a Mostra Sesc de Música Paraibana 2014 podem ser obtidas pelo telefone (83) 3208-3194 ou no Setor de Cultura do Sesc Centro na ca-pital, que fica na Rua Desembargador Souto Maior, 281, Centro

Guilherme Cabralguipb_jornalista@hotmail.com

Quebrar alguns mitos históricos criados em torno do paraibano que foi autor de um único livro, o Eu. Um deles, por exemplo, é o de que teria sido o poeta da morte. Outro, o de que odiava o próprio Estado onde nasceu. Esse é o propósito do escritor e professor Jairo Cézar Soares com o lançamento, na próxima

quinta-feira, dia 7 a partir das 18h, no Clube Ludi, instalado no Shopping

Luiza Motta, em Campina Grande, do livro intitulado Augusto dos Anjos em Quadrinhos (Patmos Editora, de João Pessoa, 2014). A obra, contendo 30 ilustrações coloridas cria-das por Luyse Costa, será vendida ao público, na ocasião, ao preço especial de R$ 24,90. No entanto, ele antecipou para o jornal A União que pretende lançar, também, uma versão didática, contendo, em anexo, suplementos para trabalhos por alunos em sala de aula e, nesse sentido, espera se articular com órgãos públicos no intuito de realizar esse projeto.

“Quero desmistificar, por meio da voz lírica que fala na obra, essa imagem de que Augusto é o poeta da morte. Ele é bem mais que o poeta da morte. É o poeta da vida e vida é um grande presente que merece ser compar-tilhado, sobretudo com nossas crianças”, disse Jairo Cézar. Ele comentou achar “simplória” essa ideia de que Augusto dos Anjos tinha fixação pela morte, por considerar que, para o poeta do Eu, o fato de se morrer significaria, também, uma libertação para alguma coisa que viria depois.

O escritor também classificou como sendo “uma inverdade” a ideia - ainda hoje corrente - de que Augusto dos Anjos odiava a Paraíba a tal ponto de não querer voltar ao Estado nem depois de seu falecimento. “No seu leito de morte, quando já morava na cidade de Leopol-dina, em Minas Gerais, o poeta pediu à esposa, Ester, que voltasse à Paraíba com os dois filhos do casal, os garotos Glória e Guilherme, pois temia que contraíssem a doença que o aco-metia, a pneumonia. Depois que ele faleceu, a mulher veio para a então Parahyba do Norte, mas, por não conseguir emprego e condições de vida, retornou a Leopoldina, onde casou no-vamente e teve mais filhos”, relatou Jairo Cézar.

De acordo, ainda, com Jairo Cézar, o pe-dido do poeta do Eu é uma das provas de que Augusto amava sua terra natal. A propósito, Jairo fez questão de esclarecer que, na verda-de, foi Ester que, em 1977, pediu aos filhos que fosse lavrado documento em cartório proibin-do o traslado dos restos mortais do marido ao Estado natal. “Eu até compreendo esse pedido dela, porque Augusto era muito querido em Leopoldina, onde criou a família e viveu até os seus últimos dias”, admitiu o autor, acrescen-tando que há cópia dessa documentação em painel no acervo do Memorial Augusto dos Anjos em Sapé, cidade natal do paraibano.

Jairo Cézar - que foi o primeiro diretor do Memorial Augusto dos Anjos - informou, também, que ainda constam do acervo da instituição cópias de cartas do poeta para a

Quebrando mitos

Em sentido horário: O escritor Jairo Cézar Soares, autor do livro, a capa da história em quadrinhos, uma das páginas ilustradas e ilustradora da obra, Luyse Costa

FotoS: Divulgação

mãe. “A correspondência trocada entre os dois é farta e em todas não há esse sentimento de animosidade do poeta com a Paraíba”, garantiu ele. No entanto, destacou que uma das missivas mais significativas de ambos consta do livro intitulado Augusto dos Anjos - Obras Comple-tas (Editora Nova Aguilar, 1994), organizado por Alexei Bueno. No teor há um trecho que é o seguinte: “Não sei quando voltarei à Parahyba do Norte, carinhosíssima terra do meu nasci-mento”.

Porém, o equívoco que teria originado a eventual aversão de Augusto ao seu Estado na-tal - a ponto de, na época da eleição do Paraiba-no do Século, o nome do poeta ter encontrado resistência, por causa dessa imagem que se tinha, a qual Jairo César considera “mito”, pois não foi por causa de raiva da Paraíba - pode-ria ter se originado em 1910, quando saiu do Estado. De acordo com o autor da revista em quadrinhos, o poeta era professor no Colégio Lyceu Paraibano, em João Pessoa, e solicitou uma licença do cargo para lançar seu livro no Rio de Janeiro. “Augusto não era, na época, o que hoje se chama de professor efetivo e, por não ter direito ao benefício, o então presidente Álvaro Machado negou o pedido. Chateado e magoado com a recusa, Augusto pediu de-missão e foi para o Rio, onde ainda enfrentou dificuldades (mudou várias vezes de endereço) e lançou - com ajuda financeira de um irmão - o Eu em 1912. A obra causou um rebuliço,

na época, e foi discutida até na Assembleia Le-gislativa do Rio de Janeiro. Em junho de 1914 ele foi morar na cidade mineira de Leopoldina, onde morreria em novembro daquele mesmo ano”, lembrou ele.

“Augusto dos Anjos em Quadrinhos é a his-tória de um menino poeta, de um homem doce, educado, respeitoso, amante dos livros e da lei-tura, querido por todos que o cercavam e que sempre acreditou que tudo ia dar certo, mesmo nos piores momentos”, antecipou Jairo Cézar, ao comentar sobre o enredo da revista, que é fruto de suas pesquisas iniciadas em 2005. Ele também enalteceu o trabalho da ilustradora Luyse Costa. “Casou perfeitamente”, disse.

O escritor e professor Jairo Cézar - que nasceu em João Pessoa mas está radicado na cidade de Sapé - esclareceu que optou por lançar a história em quadrinhos direcionada ao público infantil ao descobrir, por meio do estu-do Retratos de Leitura do Brasil, realizado pelo Ibope no ano passado, em parceria com outro instituto, que 47% das crianças na faixa etária dos cinco aos 10 anos de idade preferem a HQ como gênero literário. “Esse dado foi decisivo para que os quadrinhos fossem o meio pelo qual pudesse alcançá-las”, disse ele.

Sobre os autoresJairo Cézar, que nasceu na capital, em

1977, foi o primeiro diretor do Memorial Augusto dos Anjos em Sapé. Em 2010 ele

lançou o livro de poemas intitulado Escritos no Ônibus, que lhe rendeu o Prêmio Novos Es-critos da Funjope (Fundação Cultural de João Pessoa), órgão da Prefeitura Municipal. Em 2011, ele foi um dos vencedores do Prêmio Nacional Canon de Poesia, pelo poema O Ma-estro e integra antologia com mais 49 poetas de todo país. Em 2012, pela Forma Editorial, lançou Rapunzel e outros poemas da infância. No ano passado, foi selecionado para integrar a coletânea Contos Mínimos S/A, pelo selo da editora Penalux, de São Paulo. Foi. Mantém ainda, forte atividade cultural voltada à forma-ção de leitores e de incentivo à leitura literária nas escolas.

Já a ilustradora Luyse Costa, de 27 anos de idade, também é paraibana, nascida em João Pessoa, mas está radicada na capital paulista. Ela - que é graduada em História pela Universidade Federal da Paraíba - demons-trou desde criança o gosto por desenhar, mas foi durante a graduação que descobriu que ilustrar poderia ser mais do que uma brin-cadeira. Em seu currículo estão ilustrações para diversos livros destinados a adultos e crianças. Além de Anayde Beiriz – Uma Bio-grafia em Quadrinhos, obra contemplada pelo Fundo Municipal de Cultura da Prefeitura de João Pessoa, e Chá de Sumiço e Outros Poe-mas Assombrados (Autêntica Editora), é dona do traço da Coleção Sonhos de Ser (Editora DSOP).

O homem pisou na LuaA UNIÃO João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 1 de agosto de 2014

Ou a maior conquista foi apenas uma farsa?

Página 10

Paraíbanos se queixam dos atrasos das correspondências conduzidas pelos Correios

A maior das viagens da humanidade indiscutivelmente foi a que levou os astronautas à Lua. Há 40 anos, quando Neil Armstrong de-sembarcou no satélite da Terra, realmente a humanidade deu um salto gigantesco quanto à confirmação de uma das vocações extre-mas da espécie: a conquista de novas fronteiras. Passados tantos anos, porém, há quem argumente com todas as forças da sinceridade e convicção plena de que tudo não passou de uma farsa, que jamais o homem pisou na Lua e o mito é mantido até hoje apenas para demonstrar suposta “superioridade” dos norte-americanos. Esta se-mana, o escritor e publicitário Sitônio Pinto publicou em A União uma crônica em que pede provas da ida do homem à Lua. Para ele, o fato de não haver um filme mostrando o feito é prova suficiente de que ele não aconteceu. A União foi às ruas ouvir as pessoas sobre o que elas acham. A enquete está nesta página em que estão publica-dos cinco fatos que, segundo o jornalista Salvador Nogueira, do diá-rio Folha de S. Paulo, comprovam que o homem fez a viagem. E tam-bém 20 dos questionamentos de quem considera tudo uma farsa.

1- Ninguém conspira quando meio milhão de pessoas sabem a verdade.

Se você juntar todo mundo que trabalhava na Nasa e nas empresas contratadas para desenvolver as espaçonaves - os astronautas, os engenheiros, os técnicos, os cien-tistas, os burocratas etc. –, são mais de 400 mil pessoas espalhadas pe-los Estados Unidos, livres, leves e soltas. Nosso amigo Snowden já demonstrou como é difícil qual-quer governo fazer algo muito con-troverso e manter isso em segredo por muito tempo. E tenho certeza de que muito menos gente trabalha no Big Brother do Obama do que no mamute que era o programa espa-cial americano nos anos 1960. De-talhe: esse segredinho teria de ser guardado durante cinco décadas. Até hoje, ninguém envolvido com o Projeto Apollo deu com a língua nos dentes, o que já consiste em evidên-cia concreta de que as missões não foram encenadas.

2- Os caras trouxeram ro-chas lunares. Muitas rochas.

As pedras trazidas pelos astro-nautas do Projeto Apollo foram es-tudadas por muita gente, no mundo inteiro, inclusive entre os arquirri-vais russos. Aliás, eles são os maio-res defensores involuntários do su-cesso americano, porque também colheram suas amostras lunares, em missões não-tripuladas da série Lunar. Se houvesse uma discrepân-cia de composição entre as pedras americanas e as russas, os cama-radas certamente gritariam. Aí os teóricos da conspiração rebatem

dizendo que as rochas americanas são reais, mas também foram tra-zidas — secretamente — por mis-sões não-tripuladas. Só que tem um probleminha: é muita pedra. São 382 kg de rochas lunares america-nas, contra 326 g das missões rus-sas. O “k” de quilograma aí em cima é sinônimo de “mil vezes mais”.

Para trazer esse monte de coi-sa lá de cima, os americanos pre-cisariam de uma nave tão grande que… você adivinhou, tão grande que caberiam tranquilamente dois astronautas nela. Então, achar que eles mandaram a nave para lá va-zia, magicamente usaram robôs dos anos 1960 (quem sabe iguais àque-le da série “Perdidos no Espaço”?) para recolher mais de 50 kg de pe-dras em cada missão, e trouxeram a nave de volta automaticamente, para depois encenar o envio de as-tronautas, é, no mínimo, ingenuida-de. Para não dizer burrice.

3- As missões deixaram “es-pelhinhos”.

Um dos experimentos que os astronautas fizeram foi instalar pe-quenos dispositivos com espelhos na superfície lunar. Não era por vaidade. O objetivo era medir com precisão milimétrica a distância da Terra à Lua. Um laser disparado da-qui chega até lá, é rebatido pelo es-pelhinho e volta. Contando o tempo de ida e volta (e sabendo qual é a velocidade da luz), eles podem cal-cular com precisão a distância. Le-gal, né? E o mais legal é que esses espelhinhos podem ser usados por qualquer um que tiver um laser dos bons (aqueles que apontam para a

5 comprovações da viagem

Enquete

20 razões para não acreditar

Quem não lembra da imagem de seres humanos pisando o solo da Lua pela primeira vez em julho de 1969? A missão Apollo 11 é a mais lendária, e já o era na época, pois foi o momento em que Neil Armstrong cravou a bandeira dos Estados Uni-dos no satélite diante de milhões de espectadores no mundo. Ao longo dos tempos, muitas controvérsias rondam esse acontecimento. A re-portagem de A União foi às ruas e perguntou aos pessoenses se acre-ditam que o homem realmente pi-sou na Lua. As respostas causam reflexões, arrancou sorrisos e a conclusão de que, se foi realmente fotografado e filmado, não há como contestar de que foi verdade.

Edilane FerreiraEspecial para A União

“Eu acredito porque já vi documen-tários sobre o assun-to. Acho que nem podiam manipular imagens naquele tempo. Mas hoje, vejo que não há necessidade do homem vol-tar lá. Vai descobrir mais o quê?”.

Marize Leôncio Brandão, 53, promotora de eventos

“Claro que acredi-to! Eu já li diversas re-portagens, vi matérias na TV e, se fosse mentira, a imprensa não daria

crédito. Eu até ia querer ir pra lá para ver como é a visão da Terra a partir daquela perspectiva. O homem foi, mas mulher deve ir também”.

Solange Rodrigues, 33, en-fermeira

“Eu sou meio cético quanto a isso. Na própria Terra tem lugares que o homem não foi, como o fun-do do mar e algumas regiões da Sibéria. Se eu for no deserto de Nevada, nos Esta-dos Unidos, consigo fazer uma foto simulando algo igual. Mas, para que adianta o homem ir à Lua?”.

Messias Januário Junior, 50, advogado

“A tecnologia antes não era tão avançada e hoje em dia eles não conse-guiram ir lá de novo, pelo menos

acho. Então não acredito. Isso é invenção, jogo de marketing da Nasa e dos Estados Unidos”.

Heloísa Albuquerque, 20, estudante

cara do goleiro no estádio não ser-vem) para refazer o experimento. Será que os camaradas russos não teriam avisado seus colegas ian-ques de que os espelhinhos esta-vam com defeito e não rebatiam os lasers vermelhos deles? Ah, claro, os espelhinhos foram colocados lá pelas naves gigantes vazias que le-varam os robôs do “Perdidos no Es-paço” para colher as rochas lunares.

4- No espaço, todo mundo ouve você falar pelo rádio.

Os russos monitoravam as co-municações por rádio entre o con-trole da missão e os astronautas. Dava para ver que as transmissões vinham de onde os americanos di-ziam que vinham — da Lua. Há até quem alegue que as naves vazias en-viadas pelos americanos para fingir que a missão estava rolando trans-mitiam diálogos gravados automa-ticamente, para enganar a turma do outro lado da cortina de ferro. Pode ser. Mas, de novo, era mais fácil man-dar os astronautas até a Lua para valer do que combinar todas essas encenações ao mesmo tempo.

5- Tem fotos de satélite dos cacarecos deixados pelos astro-nautas.

Algumas das imagens mais ba-canas da sonda americana Lunar

Reconnaissance Orbiter, lançada pela Nasa em 2009, mostram os sí-tios de pouso das missões Apollo. É possível ver o que sobrou do mó-dulo de pouso e dos instrumentos, assim como as trilhas deixadas pe-los jipes usados pelos americanos nas últimas missões. Até mesmo os caminhos de rato deixados pelos astronautas ao caminhar sobre a Lua são vísiveis, e há agora evidên-cia de que Buzz Aldrin estava certo ao reportar que a vibração causada pela decolagem da Eagle (Módulo Lunar da Apollo 11) provavelmen-te derrubou a bandeira america-na fincada ali pelos astronautas. Então, para descartar essas novas evidências, os fãs da conspiração apontam que a LRO é americana, e nenhuma sonda de outro país obteve imagens similares. Os cien-tistas americanos de hoje estariam só seguindo a tradição de seus pre-decessores e mantendo a farsa em pé. Certo. O que ninguém responde é porque nenhum outro país (Rús-sia ou China adorariam embarcar nessa) projetou um satélite com o propósito expresso de desmascarar os americanos. Não seria tão difícil para quem pousou jipinhos não-tri-pulados na Lua nos anos 1960, caso da antiga União Soviética. A respos-ta é: ninguém fez isso porque seria uma imensa perda de tempo.

1 - Existem diversas fotos com sombras em várias direções, sendo que a única fonte de luz seria o Sol e todas as sombras deveriam ser paralelas.

2 - Fotos com diferentes tama-nhos da Terra, vista da Lua, eviden-ciando montagens desproporcionais.

3 - Existem milhares de fotos com penumbra, sendo que não deveria haver penumbra na Lua devido à ausência da atmosfera.

4 - Faltam as estrelas no fundo de todas as fotos. Com a ausência da atmosfera, as estrelas seriam ainda mais reluzentes.

5 - Nas fotos e vídeos, a ban-deira dos EUA aparece tremulando na superfície lunar. Porém, não existe vento na Lua simplesmente porque na Lua não há atmosfera.

6 - Em centenas de fotos, há pegadas dos astronautas na Lua. Mas, seria difícil haver formação de pegadas devido à falta de umidade

e de gravidade. 7 - Numa das fotos, há indício

de alguém ter colocado embaixo de um dos pés do Módulo Lunar um montinho de terra para que este pé não ficasse no ar.

8 - Pelo que se vê nas fotos, não houve pouso do Módulo Lunar. Ele teria sido colocado delicada-mente naquele local. Não há marcas no solo do propulsor da nave.

9 - No mesmo lugar onde o pé do astronauta cria uma profunda pegada na superfície lunar, o pé do módulo lunar se mostra muito delicado na superfície da Lua, sem causar qualquer estrago.

10 - Pelo tamanho do Módulo Lunar, dificilmente existiria nele combustível o suficiente para colo-cá-lo em órbita novamente.

11 - Não existem, até hoje, filmes fotográficos que resistam à enorme variação de temperatura que ocorre na Lua.

12 - Em 1969, os astronautas conversavam, da Lua, com a NASA, na Terra, em tempo real. Esta tec-nologia não existe até hoje.

13 - A radiação solar incidente na Lua, sem atmosfera, é mortal para qualquer ser humano.

14 - Dificilmente existiriam roupas espaciais, na época, que resistissem às enormes variações de temperaturas da Lua (-153ºC a +107ºC).

15 - Dificilmente existiriam roupas espaciais, na época, que resistissem à ausência da pressão atmosférica na Lua.

16 - Extrema semelhança do ambiente das fotos mostradas pela NASA com o Deserto de Nevada, nos Estados Unidos.

17 - Indício de Stanley Kubrick dentro da NASA, que poderia ter auxiliado na criação dos efeitos especiais utilizados na fraude.

18 - Oficialmente, a NASA só te-

ria realizado seis missões tripuladas à Lua, de 1969 a 1972, exatamente durante a gestão do presidente Ri-chard Nixon. Após isso, nunca mais o homem teria voltado à Lua.

19 - Richard Nixon, envolvido em falcatruas que mancharam a imagem dos Estados Unidos, foi o principal articulador do escandalo-so Caso Watergate, o qual culminou em sua renúncia durante o primeiro processo de impeachment estadu-nidense. Nixon poderia ter tramado a fraude do homem na Lua para atrair investimentos para os Estados Unidos. Sua história o condena.

20 - Indício de manipulação na foto do “Jogo dos 7 Erros” mostra várias cruzes distorcidas, mas tais cruzes não poderiam estar distorci-das nem mesmo por lentes objeti-vas, que ficam do lado externo da câmera, já que essas cruzes fazem parte de um recurso interno da câmera.

Edwin Aldrin caminhou na Lua, ao lado de Asmstrong, por quase três horas

FOtO: Reprodução/Internet

FOtOS: Evandro Pereira

Mercado de trabalho

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 1 de agosto de 2014

Vacinação contra hepatite começa hojeImunIzação de crIanças

Vacinas estão disponíveis em todas as Unidades de Saúde Básica do Estado

Inss paga segurado a partir de hoje

País dá refúgio a 680 estrangeiros

especialização em saúde faz inscrição

asteroides são alvo de estudos

Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que possuem cartão com final 1 e 6, des-considerando o dígito, receberão os depósitos de julho a partir de hoje. Os valores serão concedidos para quem recebe acima do salário mínimo. Além dos casos citados, quem recebe até um salário mínimo e conta com cartão final 6 também podem sacar o benefí-cio na data. A folha de julho vai pagar mais de 31 milhões de benefícios em todo o país, transferindo mais de R$ 29 bilhões para economias dos mu-nicípios brasileiros. Os segurados do INSS podem acompanhar o calendário de pagamentos de 2014 pelo site da Previdência Social. Basta acessar o ícone “Tabela de Pagamento de Ben-efícios de 2014” e seguir as datas de depósito.

Ao todo, 680 estrangeiros de quinze países, sendo 532 sírios, receberam refúgio do país, na última quarta-feira, do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), órgão colegi-ado vinculado ao Ministério da Justiça. O número de refúgios concedidos na sessão já é superior ao total do ano passado, quando foram concedidas 664 autorizações de permanência para refugiados. Com os novos recon-hecidos, o total no país passa a ser de 6.588. Segundo o secretário Nacional de Justiça e presidente do Conare, Paulo Abrão, a diversidade da origem dos solicitantes se deve ao fato de o Brasil ser reconhecido internacional-mente como um país acolhedor. “A diversificação dos países de origem dos refugiados reafirma o Brasil como local de proteção”, afirma Abrão.

A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) está com inscrições abertas, até a próxima segunda-feira, para o curso de especialização de Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente, na modalidade a distância. O curso, que oferece mil vagas para todos os Es-tados brasileiros e o Distrito Federal, tem como objetivo proporcionar o desenvolvimento de competências e conhecimentos científicos sobre as questões da qualidade e da seguran-ça do paciente enquanto questões-chave da prestação de cuidados de saúde. Podem se inscrever profissio-nais portadores de diploma de nível superior que que atuam na área de saúde e que tenham sido indicados por representantes dos estabeleci-mentos e instituições de saúde que constam do edital. A carga horária total é de 48 horas.

O caráter atípico da família de asteroides de Eufrosina – uma das várias situadas entre os planetas Marte e Júpiter, que durante anos in-trigou os astrônomos – foi finalmente esclarecido pela equipe liderada por Valerio Carruba, professor da Univer-sidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Guaratinguetá. A expli-cação, apresentada na conferência Asteroids, Comets, Meteors 2014, em Helsinque, na Finlândia, é tema de um artigo que será publicado pela revista The Astrophysical Journal (ApJ). A peculiaridade dessa família, compos-ta por mais de 2,5 mil objetos, vem do fato de que – exceto pelo asteroide principal, Eufrosina, que dá nome ao grupo – ela tem poucos asteroides grandes ou médios, com diâmetros entre oito e 12 quilômetros.

Crianças de 1 ano até 1 ano e 11 meses devem receber a vacina e 56.764 devem ser imunizadas

A partir de hoje, a vaci-na contra a hepatite passa a fazer parte do Calendário Na-cional de Vacinação do Siste-ma Único de Saúde (SUS). Ela será ofertada para crianças de 1 ano até 1 ano e 11 meses, em todo país. Na Paraíba, o público-alvo é composto por 56.764 crianças e a meta é va-cinar, durante este primeiro ano de implantação, pelo me-nos 55.914 crianças. A expec-tativa da Secretaria de Estado da Saúde é que no primeiro mês sejam imunizadas cerca de seis mil crianças.

De acordo com o enfer-meiro do Núcleo de Imuni-zação, da Secretaria de Es-tado da Saúde, Edson Lira, a vacina estará disponível em todas as Unidades de Saúde da Família e nas Unidades Básicas de Saúde.

“Os profissionais das unidades estão passando as informações para as famílias e enfatizando a importância dessa nova vacina. É bom

lembrar que não se trata de uma campanha e sim da in-trodução de uma nova vacina de rotina”, disse. Edson lem-bra ainda da importância da vacina: “Nessa faixa etária, as crianças ainda estão toman-do suas vacinas de rotina e esta será uma maneira de prevenir mais uma enfer-midade”. A meta fixada pelo Ministério da Saúde é atingir três milhões de crianças em todo o país.

A introdução da nova vacina é uma ação do Minis-tério da Saúde e marca o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.

Hepatite A Os principais sintomas

da hepatite A são: pele e olhos amarelados, vômitos, cansaço, urina com colora-ção escura e fezes esbran-quiçadas. A hepatite A é con-siderada uma forma branda de hepatite e não resulta em consequências mais graves. Em alguns casos, ela não apresenta sintomas.

A hepatite A é habitual-mente benigna e raramente apresenta uma forma grave

(aguda e fulminante) que pode levar à hospitalização ou morte em 2% a 7% dos casos graves. De acordo com levantamento da Organiza-ção Mundial de Saúde (OMS), todos os anos acontecem cerca de 1,4 milhão de casos da doença no mundo.

No Brasil, estima-se que

ocorram por ano 130 novos casos a cada 100 mil habi-tantes. Não existe tratamen-to específico para a hepatite A. Este é realizado apenas com repouso e alimentação balanceada. Geralmente, o organismo se recupera após 4 a 15 semanas. O tempo de recuperação depende de

características pessoais do indivíduo contaminado e da quantidade de vírus pre-sente no organismo. A pre-venção da hepatite A inclui, principalmente, medidas de higiene pessoal, como lavar as mãos antes das refeições, e a ingestão de água e ali-mentos de origem confiável.

Dengue tem redução de 59,41% na PBPedido de aditamento se estende até agosto

recursos do FIes

FOTO: Arquivo

De 1º de janeiro a 19 de julho de 2014, foram notifi-cados 5.265 casos suspeitos de dengue na Paraíba, o que representa uma redução de 59,41% em relação ao núme-ro de notificações em igual período de 2013, quando foram registrados 12.970 ca-sos. Do total de casos notifi-cados este ano, 1.097 foram descartados e 1.986 confir-mados por dengue. Os demais (2.117) seguem em investiga-ção, aguardando o encerra-mento por parte das Secreta-rias Municipais de Saúde.

Os dados constam do 7º boletim epidemiológico divulgado no dia de ontem pela Secretaria de Estado da Saúde, segundo o qual foram notificados ainda 58 casos de dengue com sinais de alarme, sendo que 25 foram confir-mados e 33 seguem em inves-tigação.

Já como dengue grave foram notificados sete casos, dos quais seis confirmados e um descartado. Quanto ao número de óbitos, não hou-ve nenhuma alteração. Per-manecem as cinco mortes por dengue, sendo duas em Campina Grande; uma em Patos; outra em Cuité e uma em Cruz do Espírito Santo. No mesmo período em 2013, foram 13 óbitos confirmados pelo agravo, o que demons-

tra uma redução de 61,54%. O manejo clínico da dengue, oferecido aos profissionais que prestam assistência nos serviços de saúde, alinha-mento técnico, visitas técni-cas aos municípios e ao mo-nitoramento dos planos de contingência municipais são algumas das ações realizadas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, em 2013 e 2014, que contribuíram para a re-dução dos casos de dengue na Paraíba.

Dos 223 municípios do Estado, 183 registraram a ocorrência de casos, restan-do ainda 40 municípios sem nenhuma notificação: Água Branca, Aguiar, Alcantil, Am-paro, Aparecida, Assunção, Bonito de Santa Fé, Caiçara, Caldas Brandão, Casserengue, Campo de Santana, Congo, Co-xixola, Conceição, Cuité de Ma-manguape, Curral Velho, Gado Bravo, Imaculada, Itapororoca, Junco do Seridó, Juripiranga, Lagoa de Dentro, Marcação, Mogeiro, Monte Horebe, Oli-vedos, Riachão do Bacamarte, Riachão do Poço, Salgadinho, Santa Inês, São Domingos do Cariri, São João do Cariri, São José do Brejo do Cruz; São José dos Cordeiros, São Miguel de Taipu, São Vicente do Seridó, Serra da Raiz, Serra Grande, Serraria e Tavares. A técnica

da Secretaria de Estado da Saúde (SES) responsável pela dengue, Izabel Sarmento, faz um alerta para os municípios que ainda não registraram nenhuma notificação: “É importante evidenciar que sinalizar a possibilidade de casos suspeitos é uma forma de manter todas as equipes de vigilância e assistência atentas para o agravo, o que contribui para as ações de vigilância epidemiológica e ambiental, necessárias para o controle da doença em seu território”, disse.

O Laboratório Central do Estado (Lacen), consolidou a parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) para a realização de isola-mento viral. Até o momento foram enviadas 36 amostras para isolamento viral com previsão de resultados para primeira semana de agosto.

Dos 223 municípios paraibanos,152 realizaram o 3º ciclo de levantamento do IIP, até o momento, e, destes, 38 estão em situação de risco para ocor-rência de aumento de casos da doen-ça; enquanto 79 municípios estão em situação de alerta.

Comparando com o 1º e o 2º ciclos, foi observado que 57 municípios, que apresentaram IIP acima de 4%, conse-guiram reduzir o índice. Os dados são reflexos do trabalho realizado, como intensificação do trabalho de cam-po pelos ACE’s, reuniões técnicas com os supervisores e gerências, além de orientações à população, por meio de

informes técnicos. Além disso, essa re-dução pode estar associada à sazona-lidade da doença em algumas regiões do Estado.

O boletim destaca também que existe uma questão cultural, que quando a doença recua, as ações dos municípios também recuam. À medi-da que avançam os casos da doença avançam também as medidas de com-bate. Dessa forma, a SES recomenda que são necessárias ações intermiten-tes, tendo em vista que a oscilação produz uma falsa sensação de que está tudo bem na vigilância de com-bate ao Aedes aegypti.

Índice de Infestação

Dos 223 municí-pios, 183 comu-nicaram ocorrên-cias de casos, conforme o bo-letim da Secre-taria de Saúde

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Edu-cação (FNDE) definiu que os alunos beneficiados com recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) terão até o dia 31 de agosto para a realização de aditamentos dos contratos do financiamento.

O prazo foi publicado no Diário Oficial da União de ontem e abrange todos os pedidos relacionados ao benefício, como o de reno-vação, suspensão, transfe-rência, dilatação e encerra-mento.

O Fies é destinado a alunos regularmente ma-triculados em cursos su-periores de graduação presenciais não gratuitos, oferecidos por instituições cadastradas no programa e que tenham obtido resul-tados positivos nas avalia-ções do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

Sobre o FiesO Fundo de Financia-

mento Estudantil (Fies) é destinado a financiar a graduação na educação su-

perior de estudantes matri-culados em instituições não gratuitas. Podem recorrer ao financiamento os estu-dantes matriculados em cursos superiores que te-nham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação.

O Fies financia de 50% a 100% dos encargos edu-cacionais, dependendo da renda familiar mensal bru-ta e do comprometimento dessa renda com os custos da mensalidade. Apenas alunos com renda familiar mensal bruta de no máximo 20 salários mínimos podem requerer o financiamento.

A taxa de juros é de 3,4% ao ano, e os estudan-tes só começam a amorti-zar o financiamento 18 me-ses após o encerramento do curso.

O prazo para quitar a dívida é de três vezes o pe-ríodo financiado acrescido de doze meses. No caso de um curso com duração de quatro anos, por exemplo, o aluno tem 13 anos para amortizar o financiamento (3 x 4 anos do curso regu-lar + 12 meses).

Sisutec: matrícula segue até hojeOs selecionados na

primeira chamada do Sis-tema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec) podem fazer a matrícula nas instituições até hoje. O candidato deverá verificar, na instituição de ensino em que foi aprovado, o local, horário e procedimentos para a matrícula.

A segunda chamada será divulgada no dia 5 de agosto, e as matrículas es-tão previstas para os dias 6, 7 e 8. As vagas remanes-centes serão disponibili-zadas on-line para todos

aqueles que fizeram o En-sino Médio, independen-temente de terem feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Além disso, o sistema atenderá prioritariamen-te estudantes que tenham cursado o Ensino Médio completo em escola da rede pública ou em insti-tuições privadas na con-dição de bolsista integral, nos termos do regulamen-to. Pelas regras, 85% das vagas serão destinadas a esses estudantes, indepen-dentemente de renda per capita familiar.

Direito do consumidor

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 1 de agosto de 2014

ALEXANDRO DE CARVALHO BASILIO – CPF Nº 031.094.394-92 - Torna público que requereu a SUDEMA – Superintendência de Administração do Meio Ambiente, Autorização Ambiental – Pro-paganda Volante Eleitoral 2014= Kombi=Placas: MNN-7052 – PB= percurso: Lagoa de Dentro e Região. Processo nº 2014-005008/TEC/AA-2462.

COPOBRAS S/A. INDUSTRIA E COMÉRCIO DE EMBALAGENS – CNPJ/CPF Nº 86.445.822/0003-63 – Torna público que a SUDEMA – Superintendência de Administração do Meio Ambiente, emitiu a Licença de Operação nº 2226/2014 em João Pessoa, 25 de julho de 2014 – Prazo: 730 dias. Para atividade de: Fabricação de Embalagens de Material Plásticos e Posto de Abastecimento Combustível Na (o) – Rua Maria Rufino dos Santos Medeiros, BL/B, Nº 201, Dist. Industrial – Município: João Pessoa – UF: PB. Processo: 2014-003632/TEC/LO -7818.

INCOPLAST EMBALAGENS DO NORDESTE LTDA – CNPJ/CPF Nº 07.491.690/0002-59 – Torna público que a SUDEMA – Superintendência de Administração do Meio Ambiente, emitiu a Licença de Operação nº 2225/2014 em João Pessoa, 25 de juho de 2014 – Prazo: 730 dias. Para a ativi-dade de: Fabricações de Embalagens Plásticas Na (o) – R. Rufino dos Santos Medeiros, Distrito Industrial, BL-B, nº 201, Município: João pessoa – UF: PB. Processo: 2014-003631/TEC/LO-7817.

LEAL CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS LTDA – CNPJ/CPF Nº 10.477.812/0001-86 – Torna público que a SUDEMA – Superintendência de Administração do Meio Ambiente, emitiu a Licença de Operação nº 1813/2014 em João Pessoa, 20 de junho de 2014 – prazo: 730 dias. Para a atividade de: Operação de Loteamento Urbano, com área total de 25ha, divididos em 44 quadras e 936 lotes, localizado no Sítio Lagoa D’Agua, município de Itapororoca/PB – Na (o) Margem da PB 057 Km 01, Sítio Lagoa do Saco – Município: Itapororoca – UF:PB. Processo: 2014-002801/TEC/LO-7575.

LEAL CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS LTDA – CNPJ/CPF Nº 10.477.812/0001-86 – Torna público que a SUDEMA – Superintendência de Administração do Meio Ambiente, emitiu a Licença Prévia nº 1814/2014 em João Pessoa, 20 de junho de 2014 – prazo: 730 dias. Para a atividade de: Implantação de Loteamento Urbano. Com área total de 61.644,14m², dividido em 10 quadras e 205 lotes. Localizado no Sítio lagoa D’agua – Município de Cacimba de Dentro/PB. Na (o) – Sítio Lagoa D’Agua – Loteamento Alto Parque – Município: Cacimba de Dentro – UF: PB. Processo: 2014-002658/TEC/LP-2081.

POLO DE LAZER SERTANEJA DE IBIARA LTDA = CNPJ/CPF Nº 08.035.985/0001-00, Torna público que a SUDEMA – Superintendência de Administração do Meio Ambiente, emitiu a LICENÇA DE OPERAÇÃO . Para atividades de: ÁREA DE LAZER E RECREAÇÃO. Na Rua Joaquim Lopes Ribeiro – S/N - IBIARA – UF/PB. PROCESSO Nº 2014-004979/TEC/LO/8150

CLINICA OFTALMOLOGICA RODRIGUES LTDA – CNPJ Nº 12.012.075/0001-71, torna público que a SUDEMA – Superintendência de Administração do Meio Ambiente, emitiu a Licença de Operação nº 2130/2014 em João Pessoa, 21 de julho de 201