johann rossler 150anos
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150 Anos do Nascimento de Johann Rössler (2010)
Henrique Luiz Fendrich1
Em 2010, lembramos os 150 anos de nascimento do imigrante boêmio Johann
Rössler – o patriarca dessa família em São Bento do Sul. Johann nasceu no dia
14.04.1860 em Reichenau, no norte da Boêmia, atualmente conhecida como Rychnov u
Jablonce nad Nisou, na República Tcheca. Era filho de Franz Rössler, agricultor e
carreteiro em Reichenau #11, e de Antonia Lang, natural de Pelkowitz #40, filha de
Josef Lang, também agricultor e carreteiro, e sua esposa Barbara Wawrich – filha do
agricultor Josef Wawrich. Seu pai era filho de outro Franz Rössler, igualmente agricultor
e carreteiro, e sua esposa Klara Preissler, filha de Augustin Preissler. Os avós Rössler
já eram falecidos em 1860, ano em que Johann nasceu2.
Franz Rössler e Antonia Lang, que ainda vivia em Reichenau no ano de 1895,
tiveram três filhos conhecidos, e todos imigraram para São Bento do Sul: Juliana (Julia)
e Johann Rössler, que vieram em 1876, e Josef Rössler, que imigrou em 1877. O artigo
sobre os Roesler que o Coronel Osny Vasconcellos escreveu em parceria com
Alexandre Pfeiffer no livro “São Bento – Cousas do Nosso Tempo” não cita os irmãos
de Johann. Segundo os autores, Johann Rössler, na época com 16 anos, teria imigrado
sozinho, tendo como responsável Franz Rohrbacher, imigrante contratado pela
1 Jornalista, nascido em São Bento do Sul no dia 20.05.1987 e hoje residente em Brasília. Possui artigos publicados em periódicos locais e atualmente é colunista do Jornal Evolução. Trabalha nas publicações “Genealogia Boêmia de São Bento do Sul” e “Genealogia Nacional de São Bento do Sul e Campo Alegre”. Realiza a transcrição dos diários feitos pelo seu avô Herbert Alfredo Fendrich enquanto fez parte da Banda Treml e da Sociedade de Cantores local. 2 As informações sobre esses antepassados da família Rössler constam em uma fotografia, cedida por Marcelo Luiz Bork Roesler, do registro de batismo de Johann Rössler.
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Companhia Colonizadora para atrair novas famílias para São Bento. Na verdade,
Johann veio na companhia de sua irmã Juliana Rössler.
Rohrbacher havia iniciado sua busca por imigrantes na região do Böhmerwald,
de onde era originário e de onde imigraram várias das famílias pioneiras na colonização
de São Bento do Sul, entre 1873-1875. Não encontrando lá muita gente ainda disposta
a tentar nova sorte no Brasil, partiu para a Província de Reichenberg, no norte da
Boêmia, região mais desenvolvida economicamente mas que, na época, sofria com o
desemprego e a ameaça de depressão (PFEIFFER, 1991, p. 322). Lá, logrou êxito e
convenceu várias famílias a imigrar, inclusive algumas de Reichenau. Entre elas estava
a família de Juliana Roesler, na época com 26 anos, já casada com Josef Peukert e
com quatro filhos. O casal decidiu imigrar e trazer consigo o jovem Johann Rössler, que
acolheu com bons olhos o desafio de tentar uma vida melhor em outro continente.
Tomada a decisão, a família de Juliana e o seu irmão seguiram de trem em
direção ao porto de Hamburgo. Lá, embarcaram no Vapor Vandalia, que partiu em 20
de junho de 1876 e chegou ao porto de São Francisco do Sul exatamente um mês
depois, em 20 de julho de 18763 (LISTA, 2009).
No mesmo navio viajava aquela que, em São Bento do Sul, viria a ser esposa de
Johann. Chamava-se Amalie Preussler, nascida em Grafendorf no dia 12.10.1853. Era
filha de Bernard Preussler e Maria Anna Jäger, neta paterna de Ferdinand Preussler e
Anna Elisabeth Staffen, e neta materna de Augustin Jäger e Anna Maria Ehrentraud
(RECKZIEGEL, 2008, p. 1). O registro de imigração de Amalie aponta que ela viajava
na condição de criada, mas ainda não foi possível descobrir para quem trabalhava. Ao
3 Franz Rohrbacher também não poderia ter sido o responsável por Johann Rössler durante a viagem porque veio em outro navio, o Humboldt, que chegou ao porto de São Francisco do Sul nove dias antes, em 11.07.1876.
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contrário do que é possível ler no artigo de Vasconcellos e Pfeiffer, Amalie não veio
com a família – ao menos, não existe qualquer menção a Bernard Preussler nas listas
de passageiros4.
Convivendo durante um mês a bordo, Johann e Amalie se interessaram um pelo
outro e começaram a construir a sua história. Ao chegar em solo são-bentense, Johann
comprou dois lotes de 30 alqueires cada na Estrada dos Bugres – região de solo pouco
fértil, como os primeiros colonos do lugar descobriram. Essa dificuldade, e as demais
que surgiram por conta da natureza inóspita que os rodeava, em muito contrastavam
com as promessas que foram feitas a eles quando ainda estavam na Europa.
Vasconcellos e Pfeiffer salientaram a dificuldade desses imigrantes para se
adaptar a uma realidade que não esperavam e tampouco estavam acostumados:
Não possuíam eles a menor experiência em relação à mata virgem, transitável apenas por picadas. Conflitos de fronteiras com o Paraná, cobras, animais selvagens, incursões de índios, doenças, privações de toda sorte, faziam-nos desanimar, e em nada contribuíram para o seu bem-estar. (PFEIFFER, 1991, p. 323).
Apesar de todas as dificuldades, as necessidades não deixavam alternativa que
não fosse a de trabalhar arduamente, pois só assim poderiam sobreviver e, alcançando
maior estabilidade, projetar um futuro mais promissor. Aos poucos essas famílias foram
se adaptando e conseguindo melhorar as suas condições de vida.
Naqueles primeiros anos, tudo indica que Johann Rössler já estava morando
com Amalie Preussler, embora o casamento não houvesse sido oficializado. No dia
04.09.1878, Amalie deu à luz o primogênito do casal, que recebeu o nome de Otto. Foi
4 Por esse mesmo motivo, não se compreende a citação, presente no mesmo artigo (p. 326) de que Bernard teria sido professor na Estrada dos Bugres e, não se adaptando, teria voltado à Europa.
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ele, assim, o primeiro Roesler brasileiro. O casamento religioso aconteceu apenas no
dia 21.03.1882, em uma cerimônia simples na Capela do quilômetro 17 (Siebzehn). Já
no mês de junho daquele ano, no dia 19, nasceu o segundo filho do casal, chamado
Raymundo. Além deles, Johann e Amalie também foram pais de Emma, nascida em
24.06.1884, Maria, nascida em fevereiro de 1887, e Anna, nascida em 02.04.18915.
Citando Josef Blau, Vasconcellos e Pfeiffer afirmam que Johann Rössler era um
homem bonito e elegante, que “andava sempre bem vestido e cuidadoso com a sua
aparência” (PFEIFFER, 1991, p. 325). Várias vezes Rössler teria tentado conseguir
uma vaga de Conselheiro Municipal, mas sem obter sucesso.
Em 27.08.1884, o então presidente da Província de Santa Catarina, Francisco da
Gama Rosa, assinou o processo de naturalização de Johann Rössler, que então
passava a ser considerado oficialmente um cidadão brasileiro. Esse documento, no
entanto, o qualifica como súdito alemão, quando, na verdade, era austríaco, posto que
a Boêmia, àquela época, fazia parte do Império Austro-húngaro.
Os cinco filhos de Johann tiveram que ficar sob sua inteira responsabilidade
quando, às 3h do dia 23 ou 24.09.18936, ocorreu o prematuro falecimento de Amalie
Preussler, vítima de tísica, contando com apenas 39 anos. Seu corpo foi sepultado no
Cemitério Católico da Estrada dos Bugres, onde a família morava. Apesar disso, existe
uma lápide para Amalie no Cemitério Municipal de São Bento do Sul, no mesmo túmulo
5 Pfeiffer e Vasconcellos afirmam que em 16.04.1891 Johann Rössler compareceu ao Cartório do Registro Civil para registrar o nascimento de uma filha nascida no dia 03 daquele mês, sem, no entanto, que o escrivão informasse o nome da criança. Os autores concluem, erroneamente, que esse nascimento dizia respeito à Maria Roesler. Na verdade, esse registro é o de Anna Roesler, última filha de Johann Rössler com sua primeira esposa Amalie Preussler. Maria Roesler, por sua vez, nasceu em fevereiro de 1887, conforme a idade que lhe é atribuída no seu assento de óbito civil. De Maria não foi encontrado registro de batismo ou nascimento. 6 O dia 23 é aquele que aparece na lápide de Amalie Preussler no Cemitério Municipal, enquanto que o dia 24 é apontado pelo Cartório do Registro Civil de São Bento do Sul à página 157v do livro 2 de óbitos, assento nº 37. Vasconcellos e Pfeiffer desconheciam a data do falecimento de Amalie.
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de seu marido, razão pela qual sugere-se que tenha havido translado ou um grande
equívoco. Terminava, dessa forma, a história do romance iniciado ainda em alto-mar.
Em janeiro de 1894, Johann Rössler contraiu segundas núpcias com a também
viúva Franziska Augusta Mühlbauer – e não Kohlbeck, como apontado na obra de
Vasconcellos e Pfeiffer. O casamento civil dos dois foi oficializado apenas em
02.02.1895. Franziska havia nascido em Flecken ou Rothenbaum, na Boêmia, no dia
24.06.1867. Veio ao Brasil em 1876, a bordo do Humboldt, acompanhado dos pais
Michael Mühlbauer e Anna Maria Kordig.
Em São Bento do Sul, Franziska casou-se no dia 05.09.1883 com Anton
Augustin, nascido e batizado em Hammern, na Boêmia, filho de Josef Augustin e Anna
Maria Modl, com quem veio ao Brasil a bordo do mesmo navio. O casal passou a morar
na Estrada das Neves e teve, entre os filhos que chegaram à idade adulta, Catharina,
que se casaria com Eduardo Pscheidt, e Francisca, casada com Otto Zschoerper. Anton
Augustin faleceu aos 28 anos no dia 10.11.1890, vítima de desastre.
Era essa, até então, a história familiar de Franziska, que aceitou se casar
novamente, dessa vez com Johann Rössler, o qual, como visto, já contava com cinco
filhos de sua falecida esposa. Dessa segunda união de Johann nasceram mais quatro
filhos: Bertha, nascida no dia 20.07.1895; Júlia, nascida no dia 13.06.1897; João,
nascido no dia 20.04.1900; e Emília, nascida no dia 15.11.1904.
Ao que parece, Johann Rössler continuou morando na Estrada dos Bugres após
esse casamento. No entanto, essa segunda união seria interrompida tragicamente
pouco mais de dez anos depois. No dia 03.10.1905, Johann Rössler faleceu, aos 45
anos de idade. Foi vítima da queda de uma árvore de bracatinga sobre si, quando fazia
a derrubada de um pedaço de mata. O acidente matou-o instantaneamente. Rössler foi
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mais um dos vários casos de colonos que perderam a vida dessa maneira em São
Bento. Ao abordar o assunto, o cronista Josef Zipperer, um dos pioneiros da
colonização na cidade, comentou que a bracatinga
[...] racha com extrema facilidade e, sendo derrubada sem as necessárias precauções, lasca até uma altura de seis metros, toma, por vezes, numa queda sempre fulminante, direção diversa da prevista, causando, desse modo, tão trágicos acidentes. (ZIPPERER, 1951, p. 37)
Tal foi o destino de Johann Rössler. Seu corpo foi sepultado no Cemitério
Municipal de São Bento. No mesmo túmulo seria sepultada sua segunda esposa
Franziska Augusta Mühlbauer, falecida no dia 02.12.1956, vítima de senilidade.
A história da família na cidade continuou com os filhos de Johann, que passaram
a adotar como sobrenome a variante nacional “Roesler”, usada até os nossos dias.
Otto Roesler, o primeiro desses filhos, viria se casar no dia 26.06.1902 com
Maria Treml, filha dos imigrantes Jacob Treml e Maria Böhm. Otto possuía um engenho
de serra movido à água na localidade de Rio Antinha. Também fabricava farinha de
mandioca e criava gado vacum. Participou ativamente da Sociedade de Tiro, Caça e
Pesca “23 de Setembro”, de São Bento do Sul.
Ele e sua esposa tiveram os filhos Ana Maria, Francisco, Emma, João, José,
Otto, Roberto, Hilda, Alfredo, Alice, Amália e Theolinda Roesler. No dia 16.12.1956
ocorreu o falecimento de Otto Roesler. Sua esposa faleceu em 23.06.1965.
Raymundo, o segundo filho do casal Johann Rössler e Amalie Preussler, se
casou no dia 08.02.1908 com Bertha Zemann, filha de Stephan Zemann. Raymundo era
ferreiro e também se dedicou ao conserto de carroções que transportavam mate. Abriu
uma casa de comércio em Lençol, na qual vendia “roupas, tecidos, louças, miudezas,
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fumo, bebidas, gêneros alimentícios e quejandos” (PFEIFFER, 1991, p. 331). Instalou
ainda uma hospedaria para os carroceiros, a quem também fornecia refeições. E,
ainda, em um galpão à parte, deu início a um açougue. Certa vez, vendo-se atacado
por um homem desordeiro e armado em seu estabelecimento, Raymundo desferiu um
golpe de porrete em sua cabeça. O episódio rendeu uma série de ameaças a
Raymundo. Amigos e parentes da vítima deram mostras de querer armar tocaias para
matá-lo. Diante disso, Raymundo decidiu partir com a família para Imbituva, cidade
paranaense que já conhecia. Foi nessa cidade que o casal viveu o resto da vida.
Raymundo e sua esposa tiveram, entre os filhos que chegaram à idade adulta,
Dolores, Albino, Bruno, Adelaide, Ricardo, Milton e Mathilde Roesler. Uma rua no bairro
de Oxford leva o nome de Raymundo Roesler. Bertha Zemann faleceu em Imbituva no
dia 16.10.1969.
A primeira filha mulher de Johann Rössler chamava-se Emma Roesler. Ela se
casou no dia 06.05.1905 com um irmão da esposa de Otto Roesler – ou seja, foram
dois irmãos se casando com outros dois. O marido de Emma era João Treml, também
filho de Jacob Treml e Maria Böhm. João Treml era alfaiate e participava da banda de
música criada por Jorge Zipperer no início do século XX. Com a saída de Zipperer, João
a reformularia e assumiria a regência daquela que seria a Banda Treml, em 1913.
João Treml e sua esposa tiveram os filhos João, Maria, Antônio, Hilda, Amália,
Affonso, Ervino, Alexandre, Alice, Elfrida e Paulo Treml. Emma Roesler faleceu antes
do seu marido, no dia 01.10.1958. João Treml faleceu em 04.04.1968 e, no ano
seguinte, recebeu em sua homenagem uma praça com o seu busto em São Bento do
Sul. Os filhos homens de Emma e João fizeram parte da segunda geração da Banda
Treml, com especial destaque para o regente Affonso Treml, o “Xerife”.
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A próxima filha de Johann Rössler, chamada Maria Roesler, casou-se no dia
21.11.1906 com Aloís Kollross, filho de Georg Kollross e Therezia Müller. O casal foi pai
de Maria, Eduardo, Luiz Jorge, Anna, José, João, Hedwiges e Paulo Kollross. Maria
Roesler faleceu no dia 01.08.1954 e seu esposo apenas em 05.07.1977.
A última filha de Johann Rössler com Amalie Preussler foi Anna Luiza Roesler.
No dia 23.09.1908, ela se casou com o sapateiro Frederico Fendrich, filho de Friedrich
Fendrich, também sapateiro, e primeiro professor do núcleo central de São Bento, e de
sua esposa Catharina Zipperer. Além de lavradora e doméstica, Anna foi doceira de
prestígio na região, sempre solicitada para auxiliar em festas, casamentos e eventos
comunitários. Frederico Fendrich faleceu no dia 25.05.1947, e Anna Roesler no dia
14.06.1968. Ela recebeu, em sua homenagem, o nome de uma das ruas do município,
localizada no Bairro Colonial. Foram pais de Affonso, Luiza, Alexandre, Hilda, Paulo,
José, Wally, Erna, Lídia, Ana Cristina, uma menina natimorta, Matilde Irene, Herbert
Alfredo e Frederico Fendrich.
Dos filhos de Johann Rössler com sua segunda esposa, Franziska Augusta
Mühlbauer, Bertha Roesler faleceu solteira em 02.04.1968, tendo sido sepultada no
mesmo túmulo dos pais, no Cemitério Municipal.
Júlia Roesler foi casada no dia 10.02.1915 com Frederico Rückl, filho de Carlos
e Anna Maria Rückl, com quem teve os filhos Francisca, Berta, João, Frederico, Ervino,
Carlos, Rosa, Olinda e Hilda Rückl. Júlia faleceu no dia 14.08.1975, já viúva de
Frederico, falecido em 09.08.1966.
João Roesler casou-se no dia 08.11.1924 com Rosália Pscheidt, filha de
Johann Pscheidt e Rosalia Augustin. Sua esposa faleceu no dia 06.06.1965, e João no
dia 04.04.1972. Foram pais de Emília, Frederico, Bertha, Emília e Matilde Roesler.
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Já Emília Roesler foi casada no dia 28.04.1928 com José Fleischmann, filho de
Jorge e Maria Fleischmann, de quem parece não ter havido geração. Viúva, Emília
voltou a se casar em 11.05.1935 com Carlos Müller, viúvo de Catharina Pscheidt, filho
de Carl Müller e Mathildes Senn, e com quem teve uma filha chamada Cristina Müller.
Seu segundo esposo faleceu no dia 21.05.1983 e Emília em 09.04.1984.
São essas, em suma, algumas das informações que atualmente são
conhecidas sobre os Roesler na cidade de São Bento do Sul, família que descende do
imigrante Johann Rössler, que com apenas 16 anos decidiu acompanhar a família da
irmã e tentar a sorte em um novo continente. Vindos numa segunda leva de imigrantes,
os Rössler não encontraram mais o mesmo cenário oferecido aos pioneiros, pois, para
a Administração da Colônia, “tornou-se bem mais difícil prover a sua alimentação e
conceder as regalias que tinham proporcionado aos primeiros” (ZIPPERER, 1951, p.
41). As compras a crédito foram sendo limitadas e o ganho na construção de estradas
já não beneficiava a todos que imigravam. Ao chegarem, também não dispunham de
colheitas ou outros meios de viver.
Todas essas dificuldades, a custa de muito trabalho, puderam ser superadas
pelo imigrante Johann Rössler, que, ao constituir família, pôde oferecer condições de
vida mais dignas aos seus descendentes. Estes, com o passar dos anos, se tornaram
pessoas de destacada atuação em suas atividades profissionais e sociais. E, dessa
maneira, a história da família continua até os nossos dias e sugere a constante
lembrança dos méritos que carrega.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA CEMITÉRIO MUNICIPAL DE SÃO BENTO DO SUL. [Lápides da família Roesler] JÜRGENSEN, Paulo Henrique. Famílias tradicionais: Povoamento do Alto Vale do Rio Negro. São Bento do Sul: Ed. do Autor, 2006. LISTA dos imigrantes. Joinville, Arquivo Histórico de Joinville, 2009. Apresenta lista de passageiros dos navios que chegaram ao porto de São Francisco do Sul. Disponível em: <http://www.arquivohistoricojoinville.com.br/ListaImigrantes/lista/tudo.htm>. Acesso em: 21 Nov. 2010. PFEIFFER, Alexandre; VASCONCELLOS, Osny de. São Bento: Cousas do Nosso Tempo. São Bento do Sul: Ed. dos Autores, 1991. RECKZIEGEL, Bruno. Publicação eletrônica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 02 Out. 2008. SÃO BENTO DO SUL. Livros de registros de nascimentos, matrimônios e óbitos. [Livros depositados no Cartório de São Bento do Sul-SC] ZIPPERER, Josef. São Bento no passado: Reminiscências da época da fundação e povoação do município. Curitiba: João Haupt, 1951.