João Paulo II

Uma vida dedicada à Unidade da Igreja

Chamava-se Karol. Nasceu na Polónia nos anos 20 do século passado.

Cedo perdeu a mãe e vivia só com o pai quando chegou a invasão nazi. Teve de encontrar trabalho numa pedreira, para não ser deportado.

Com os amigos, faz teatro, vai à Igreja … Diante da vontade de resistir pela violência aos nazis, adopta o lema: “não matar, não odiar”, que aconselha aos colegas de teatro.Gosta de fazer esqui, escaladas de montanhas, descidas de rios.

Um dia confessa ao grupo de amigos e amigas que sente vocação para a vida sacerdotal.

Sem tempo para respirar da ocupação nazi, chega o comunismo à Polónia. As pessoas não se podem deslocar para onde querem, nem se podem reunir facilmente.

Aos 38 anos, é ordenado bispo auxiliar de Cracóvia. Passados alguns anos, é escolhido para cardeal. Participa no Concílio Vaticano II (um encontro dos bispos de todo o mundo entre 1962 e 1965, em Roma) e deixa boas recordações das suas intervenções profundas e claras.

Em 1978, vem a Roma para participar na eleição do Papa João Paulo I, que viveria apenas mais 33 dias. Voltando a Roma para a escolha de um novo Papa, foi ele o eleito. Adopta o nome de João Paulo II.

É um verdadeiro missionário, com mais de 100 viagens, fora de Itália. Em toda a parte, apela à liberdade e ao cumprimento dos Direitos Humanos.

Aos jovens, incentiva-os a serem livres à maneira de Cristo, livres para o bem. Ficou famoso o seu grito: “Abri as portas a Cristo. Não tenhais medo!”

Um dos seus grandes projectos foi a unidade da Igreja. Aberto à reunificação de todas as confissões cristãs e ao diálogo entre as religiões, é sobretudo na interior da Igreja Católica que se nota a unidade construída. O Catecismo da Igreja Católica surgiu como contributo para a unidade na mesma fé.

Morreu pouco tempo depois da Irmã Lúcia, em 2005, no dia da Divina Misericórdia, uma das suas grandes devoções

Ecoa ainda o grito do seu lema “Totus Tuus” (todo teu), em que diz sim a Jesus através da consagração a Nossa Senhora.

O número de peregrinos que visitam os túmulos dos papas aumentou imenso depois da morte de João Paulo II.

Muitos cristãos continuam a pedir-lhe ajuda e a meditar os seus muitos escritos.

Há uma coisa que ele, unido a Cristo, fazia com uma intensidade enorme e que podemos fazer já aqui, também em união com Jesus: a oração!