joÃo felipe bezerra associaÇÃo de polimorfismos … · o objetivo do presente trabalho é...

49
JOÃO FELIPE BEZERRA ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS DO GENE IRF6 EM PACIENTES COM FENDAS ORAIS NÃO-SINDRÔMICAS. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para a obtenção do título de Doutor em Ciências da Saúde Orientadora: Profa. Dra. Adriana Augusto de Rezende NATAL/RN 2017

Upload: phungtram

Post on 10-Feb-2019

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ii

JOÃO FELIPE BEZERRA

ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS DO GENE IRF6 EM PACIENTES COM

FENDAS ORAIS NÃO-SINDRÔMICAS.

Tese apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Ciências da

Saúde da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte como requisito

para a obtenção do título de Doutor

em Ciências da Saúde

Orientadora: Profa. Dra. Adriana

Augusto de Rezende

NATAL/RN

2017

ii

ii

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Bezerra, Joao Felipe.

Associação de polimorfismos do gene IRF6 em pacientes com

fendas orais não sindrômica / Joao Felipe Bezerra. - Natal, 2017. 49f.: il.

Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da

Saúde. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientadora: Adriana Augusto de Rezende.

1. Fenda Palatina - Tese. 2. Fendas Orais Não Sindrômicas -

Tese. 3. Polimorfismos - Tese. 4. Gene IRF6 - Tese. 5. Fenda

Labial - Tese. I. Rezende, Adriana Augusto de. II. Título.

RN/UF/BS-CCS CDU 616.315-007.254

iii

iii

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde:

Prof. Dr. Eryvaldo Sócrates Tabosa do Egito

iv

iv

JOÃO FELIPE BEZERRA

ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS DO GENE IRF6 EM PACIENTES COM

FENDAS ORAIS NÃO-SINDRÔMICAS

Aprovada em 03 /04 /2017

Banca examinadora:

Presidente da Banca: Profa. Dra. Adriana Augusto de Rezende

Membros da Banca:

Profa. Tirzah Braz Petta Lajus – Membro Interno

Prof. Dr. Leonardo Capistrano Ferreira – Membro Interno

Prof. Dr. Tarsis Antonio Paiva Vieira – Membro Externo

Profa. Dra. Gabriela Ferraz Leal – Membro Externo

v

v

DEDICATÓRIA

À Deus, que em sua infinita bondade me deu a vida e uma família maravilhosa.

Somente Nele por muitas vezes encontrei forças para vencer os desafios dessa

jornada.

À minha família, iniciando pela minha esposa MEIREKARLA SOARES pelo

amor incondicional, pela presença em todos os momentos da minha vida, que

mesmo com todos meus estresses, decepções e vitórias, e pelo apoio em

nossa luta diária pelo nosso ESPECIAL FILHO JOÃO FELIPE BEZERRA

FILHO que veio a esse mundo iluminar nossas vidas e nos fazer crescer a

cada aprendizado e dedicação!!

Minhas Mães: Maria de Fátima Bezerra, Maria Soares de Moura (in memorian)

e Maria das Graças Bezerra que tanto fizeram para eu chegar aonde cheguei.

Minhas irmãs e primos que compõem minha família.

vi

vi

AGRADECIMENTOS

À Profa. Dra. Adriana Augusto de Rezende, que ao longo destes 15

anos de convivência tanto me ajudou, me orientando de tanto no âmbito

profissional quanto pessoal e sempre abrindo caminhos para a realização deste

e de outros trabalhos. Ressaltando sua contribuição, integral e de forma única,

para me tornar um grande e vitorioso profissional.

À Profa. Dra. Maria das Graças Almeida pela disponibilidade e

ensinamentos, contribuindo para a minha formação profissional.

Ao Prof. Dr. André Ducati Luchessi, pela amizade e ensinamentos,

sou muito grato a você meu amigo, sempre apoiando e ensinando com um

único objetivo, meu crescimento e amadurecimento profissional e pessoal.

Ao meus dois grandes irmãos Raul Hernandes Bortolin e Francisco

Paulo Freire Neto, amigos para todos os momentos, presentes nas

dificuldades e nas alegrias. Devo muito desse sucesso a vocês meus amigos.

Ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde pela

contribuição na minha formação profissional.

À ao CNPq pelo apoio financeiro para a realização deste estudo.

À família LABMULT, meus amigos e companheiros de pesquisa, Ciele,

Felipe, Gustavo, Heglayne, Raul, Karla, Marcela, Melina, Thamara,

Thaynnan, Vinícius e Yonara.

A todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste

trabalho.

vii

vii

RESUMO

As fendas orais constituem um problema de saúde publica atingindo cerca de 15% de todas as malformações, caracterizando-se pela formação incompleta das estruturas que separam a cavidade nasal e a cavidade oral com fatores genéticos e ambientais que contribuem para sua etiologia. Atualmente, estudos de microarray, utilizando pacientes fissurados identificaram diversas regiões de susceptibilidade para o desenvolvimento das fendas orais não-sindrômicas, dentre essas alguns estudos demonstraram a região do gene Interferon Regulatory Factor 6 (IRF6) associado ao aumento de risco para o desenvolvimento das fendas. O objetivo do presente trabalho é pesquisar polimorfismos do gene IRF6 e as possíveis associações com o desenvolvimento das fendas orais não-sindrômicas. Para isso, um total de 368 individuos (186 pacientes FL/P e 182 controles) foram selecionados no Serviço de Atendimento ao Paciente Fissurado - HUOL/UFRN. Amostras de sangue foram coletadas para extração do DNA e análise dos polimorfismos do gene IRF6 (rs2235371, rs642961, rs2236907, rs861019, e rs1044516) por PCR em tempo real. Os pacientes foram classificados nos grupos Fenda Lábio-palatina (CLP), Fenda labial (CL) e Fenda Palatina (CP) e foi observada uma associação significativa de rs2235371 (OR: 11,24, 95% CI: 1.97-64.22, p = 0,016) no grupo com a fendas palatinas isoladas (CP). Além disso, a análise da combinação alélica mostrou um aumento do risco de fendas associado aos polimorfismos rs1044516 e rs2236907, uma vez que estavam presentes em todas as combinações significativas. Assim, a associação do rs2235371 com pacientes do grupo CP mostra-se como um fator de risco para CP em nossa população. A análise das combinações alélicas mostram a influência de polimorfismos do IRF6 combinadas, principalmente (rs1044516 e rs2236907) sugerem que cada polimorfismo pode contribuir minimamente para aumentar o risco de desenvolver fendas orais não-sindrômicas em uma população brasileira de Rio Grande do Norte.

Palavras-chave: fendas orais não-sindrômicas, polimorfismos, gene IRF6, PCR em tempo real.

.

viii

viii

ABSTRACT

Orofacial clefts are a public health problem accounting for approximately 15% of all malformations, characterized by the incomplete formation of structures that separate the nasal cavity and oral cavity with genetic and environmental factors that contribute to its etiology. Currently, microarray studies using fissured patients have identified several regions of susceptibility to the development of non-syndromic orofacial clefts among which some studies have demonstrated the region of the Interferon Regulatory Factor 6 (IRF6) gene associated with increased risk for non-syndromic orofacial clefts development. The aim of the present study is to investigate polymorphisms of the IRF6 gene and the possible correlations with the development of non-syndromic orofacial clefts. For this, a total of 368 individuals (186 FL / P patients and 182 controls) were selected in the Service of the Fissured Patient - HUOL / UFRN. Blood samples were collected for DNA extraction and analysis of the polymorphisms of the IRF6 gene (rs2235371, rs642961, rs2236907, rs861019, and rs1044516) by real-time PCR. Patients were classified into the CLP, CL and CP groups and a significant association of rs2235371 (OR: 11.24, 95% CI: 1.97-64.22, p = 0.016) was observed in the group with isolated palate clefts (CP). In addition, the analysis of the allelic combination showed an increased risk orofacial clefts associated with the polymorphisms rs1044516 and rs2236907, since they were present in all significant combinations. Thus, the association of rs2235371 with patients in the CP group is shown as a risk factor for CP in our population. The analysis of allelic combinations show the influence of combined IRF6 polymorphisms mainly (rs1044516 and rs2236907) suggest that each polymorphism may contribute minimally to increase the risk of developing non-syndromic orofacial clefts in a Brazilian population of Rio Grande do Norte. Keywords: Non-syndromic cleft lip and/or palate, polymorphisms, IRF6 gene, real time PCR.

ix

ix

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CB/UFRN – Centro de Biociências da UFRN.

CCS/UFRN – Centro de Ciências da Saúde da UFRN

CLP – Cleft lip and Palate

CL – Cleft Lip

CP – Cleft Palate

CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

DNA – Ácido Desoxirribonucleico

DP – Desvio padrão

EDTA – Ácido etilenodiamino tetra-acético

FLPNS – Fenda Lábio palatina Não-sindrômica

HRAC – Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais

HRM – High Resolution Melting

IRF6 - Interferon Regulatory Factor 6

LABIOMOL/UFRN – Laboratório de Biologia Molecular da UFRN

LABMULT/UFRN – Laboratório Multidisciplinar da UFRN

MSX1 – Muscle Segment Homeobox gene 1

NADH – Nicotinamida adenina dinucleotídeo reduzida

PCR – Reação em cadeia da polimerase

TBE – Tris Borato EDTA

TBX22 – T-box Transcription Factor

TGF-B – Transforming Growth Factor Beta

UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte

x

x

SUMÁRIO

1. Introdução......................................................................................................11

1.1. Fendas Orais..............................................................................................11

1.2. Fendas Orais: fatores etiológicos e aspectos genéticos ...........................13

1.3. Fator Regulador do Interferon 6 (IRF6)......................................................15

2. Justificativa ...................................................................................................16

3. Objetivos.......................................................................................................13

3.1. Objetivo geral.............................................................................................17

3.2. Objetivos específicos.................................................................................18

4. Casuística, Materiais e Métodos ..................................................................18

4.1. Casuística .................................................................................................18

4.1.1. Aspectos Éticos......................................................................................18

4.2. Extração e amplificação do DNA genômico .............................................19

4.3. Pesquisa de polimorfismos no gene IRF6..... ...........................................19

4.4. Análise estatística......................................................................................20

5. Artigo Produzido ..........................................................................................21

6. Comentário, Crítica ou Sugestão.................................................................40

7. Referências Bibliográficas............................................................................45

ANEXO – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido......................49

11

ii

1. INTRODUÇÃO

1.1 FENDAS ORAIS

As fendas orais são malformações caracterizadas pela formação

incompleta das estruturas que separam a cavidade nasal e a cavidade oral, tais

como os lábios, os alvéolos e o palato duro e/ou mole, podendo ainda afetar

outras regiões da face tais como as orelhas, as regiões palpebrais, que

poderão estar parcial ou totalmente acometidas (Marazita, 2013).

O desenvolvimento dos lábios e palatos envolve uma complexa série de

eventos de migração, crescimento, adesão, diferenciação e apoptose celular de

forma coordenada, pois uma possível falha nesses eventos culmina com a

formação de um dos diversos tipos de fendas (Knight, 2006).

As fendas são geralmente estabelecidas precocemente, ainda na vida

intrauterina, entre a 4ª e a 12ª semana, fase em que ocorre a fusão dos

diversos processos responsáveis pela formação desta área da face. Nesta

oportunidade, a ação de fatores etiológicos, sejam eles ambientais (álcool,

cigarro, medicamentos) ou genéticos, poderá resultar no desenvolvimento da

má formação do lábio e/ou palato (Shkoukani, 2013).

A formação da face inicia-se na 4ª semana de gestação ao redor da

futura cavidade oral, chamada stomodeum. Ao redor desta, encontramos as

proeminências embriológicas, que são: a proeminência fronto-nasal

(superiormente), as proeminências pares maxilares (lateralmente) e

mandibulares (inferiormente), e os placódios nasais (Requeijo, 2006). A

proeminência fronto-nasal formará o segmento central da face. Lateralmente, a

união das proeminências nasais mediais formará a ponta nasal, a columela, o

filtro labial e o septo nasal e a união das proeminências nasais laterais

formarão as asas do nariz. As proeminências maxilares originarão a maxila, os

arcos zigomáticos, o lábio superior e o palato secundário, já as mandibulares

formarão o lábio inferior e a mandíbula (Requeijo, 2006, Shkoukani, 2013).

Já a formação do palato tem inicio entre a 6ª e a 9ª semanas, e começa

a se desenvolver a partir da maxila, formando o palato primário, até o forame

12

incisivo. O palato secundário desenvolve-se a partir de duas projeções das

proeminências maxilares que crescem para dentro da cavidade oral. Durante a

7ª semana, os processos laterais do palato se alongam e assumem orientação

horizontal, fundindo-se no plano médio. A falha na fusão desses processos

resulta na típica fenda palatina em seus variados graus (Requeijo, 2006,

Shkoukani, 2013).

Dispostos a descrever as fendas orais de maneira a facilitar seu estudo

e unificar a nomenclatura acerca dessas anomalias craniofaciais, vários

autores buscaram classificá-las de acordo com seu entendimento Em 1942,

Fogh-Andersen apresentou uma classificação baseada na embriologia e na

genética envolvida na formação das fendas. Nesta, as fendas foram divididas

em três principais grupos: I) Fenda labial (simples ou dupla), II) Fenda lábio-

palatina, que é o maior grupo (abrangendo fendas completas da narina até a

úvula), III) Fenda de palato, sendo sempre mediana e nunca ultrapassando o

forame incisivo (Nunes, 2007).

Além disso, as fendas orais podem ser agrupadas em sindrômicas e

não-sindrômicas. As não-sindrômicas estão presentes isoladamente, sem

outras doenças associadas (Nouri, 2015). Entretanto, as sindrômicas ocorrem

conjuntamente a outras anomalias relevantes, podendo assim ser associadas a

uma variedade de síndromes. Os portadores de fendas com exposição

conhecida à agentes teratogênicos estão incluídos na categoria dos

sindrômicos (Merritt, 2005).

As fendas são a 2ª má-formação mais comum atrás apenas da

Síndrome de Down. Nos EUA nascem em torno de 7.000 crianças com fendas

anualmente afetadas pelas fendas orais assim, ocorrendo em 1:500-2500

nascidos dependendo da ancestralidade, localização, idade materna,

exposições pré-natais e status socioeconômico (Shkoukani, 2013). Esses

pacientes requerem várias cirurgias corretivas, intervenções nutricionais,

odontológicas, fonoaudiológicas e psicológicas, impondo um substancial custo

de tratamento (Wehby, 2012).

No que diz respeito à incidência das fendas orais foi realizado um estudo

no Brasil entre 1975 e 1994 usando como fonte dados do Hospital de

Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC-USP), do Ministério da Saúde

13

(DATASUS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os

resultados revelaram para a região Sudeste uma prevalência de 0,47 por 1000

nascidos vivos, no período de 1990 a 1995. Nesse estudo, constatou-se que a

prevalência aumentou em 2,58 vezes em 20 anos (Nunes, 2007).

Em 2004, Cunha et al.(2004) realizaram um estudo de caso controle em

cinco hospitais-maternidade da cidade de Pelotas-RS no período de 1990 a

2002. Foram registrados 71.500 nascimentos. Destes, 56 possuíam fenda

labial ou labiopalatal, chegando-se a uma incidência de 0,78 por 1000. Neste

estudo, os autores citam uma correlação importante entre o grau de instrução

materna, além da presença de malformações na família, e a ocorrência das

fendas orais.

No Estado do Rio Grande do Norte, estima-se que a cada ano nascem

cerca de 100 a 120 crianças com fissuras de lábio e/ou palato. Como não

existe até o momento um estudo epidemiológico específico para as fissuras no

Rio Grande do Norte, o número anual de crianças fissuradas deve ser superior

a 100 – 120 casos. Além disso, estima-se que a ocorrência desta malformação

nos estados do Nordeste, especialmente no Rio Grande do Norte, é

consideravelmente superior do que na região Centro-Sul.

1.2 FENDAS ORAIS: FATORES ETIOLÓGICOS E ASPECTOS GENÉTICOS

A etiologia das fendas orais envolve múltiplos fatores ambientais e

genéticos. Na literatura, há o consenso em considerar que a associação dos

fatores socioeconômicos, condições nutricionais na gestação, uso de álcool,

uso de cigarro, uso de drogas, e as predisposições genéticas, constituem

elementos para a alta incidência das fendas orais. Além destes, existem outros

fatores como o sexo, a localização geográfica, ocorrendo variações num

mesmo país onde são encontrados diferentes estilos de vida e condições

ambientais (Carinci, 2005; Kobayashi, 2013; Gil-da-Silva-Lopes, 2014).

Dos fatores ambientais, o consumo materno de álcool durante a gravidez

tem sido um dos mais associados ao aumento da incidência de fendas,

estando relacionado inclusive com um aumento na incidência tanto das fendas

sindrômicas quanto das não-sindrômicas. O mesmo tem sido encontrado para

14

o fumo, resultando no dobro de casos de fendas quando comparados com

mães não-fumantes (Eppley, 2005; Shi, 2007; Leslie, 2013).

Diversos estudos observacionais provêm evidências de um efeito

protetor da suplementação de ácido fólico na ocorrência das fendas orais.

Estudos que avaliaram o efeito de doses altas versus doses baixas

demonstram um significante efeito protetor com uso de doses altas com

diminuição de até 50% na recorrência (Wehby et al., 2013).

O uso de medicamentos durante a gravidez tem sido associado a um

aumento na incidência das fendas orais. Este aumento tem sido confirmado por

vários investigadores que estudam as fendas orais não-sindrômicas

(Carmichael, 2000; Park-Wyllie, 2000). Os anticonvulsivantes, incluindo

fenitoína, oxazolidinodionas e ácido valpróico também estão envolvidos como

agentes etiológicos das fendas orais. A fenitoína leva a um aumento da ordem

de 10 vezes na incidência das fendas orais e exerce seu efeito pelo mecanismo

de inibição da enzima NADH desidrogenase na cadeia transportadora de

elétrons. Outros agentes farmacológicos, incluindo o ácido retinóico, têm sido

implicados no desenvolvimento das fendas, mas o mecanismo de ação ainda

não foi determinado (Eppley, 2005). O ácido retinóico, tem sido ainda implicado

no desenvolvimento das fendas orais, embora o mecanismo de ação ainda não

foi determinado (Carmichael, 2000; Park-Wyllie, 2000).

Amplas tentativas para revelar as bases genéticas das fendas orofaciais

estão sendo realizadas através de diferentes abordagens metodológicas como,

triagem de mutações de genes específicos, estudos de associação, triagem de

associação ampla de genomas, mapeamento de quebras cromossômicas,

modelos animais e etc. Como resultado, genes candidatos em todo o genoma

humano foram localizados, alguns deles até em mais de um estudo como

MSX1, TGFB. DHCR, FGFR1, IRF6, MID1, TP73L, TBX22, PVRL1. Aplicação

de modernas técnicas de genotipagem entre elas a discriminação alélica, HRM

(High Resolution Melting), sequenciamento direto, também aumenta a lista de

genes candidatos (Leslie, 2013; Ludwig, 2013; Shkoukani, 2013).

Além disso, os pesquisadores têm falhado em revelar a base molecular

das fendas orofaciais devido a sua complexidade, falha de replicação de

resultados e insignificância estatística dos resultados de vários estudos.

15

Achados recentes sugerem que pelo menos alguns genes como MSX1, PVRL1

e IRF6 demonstram uma sobreposição significativa no desenvolvimento tanto

das fendas sindrômicas quanto não-sindrômicas, uma vez que a redução da

atividade das proteínas que eles codificam pode afetar o desenvolvimento

orofacial embrionário (Morkuniene et al., 2006).

1.3 FATOR REGULADOR DE INTERFERON 6 (IRF6)

O gene IRF6 contém 27Kpb, contendo 9 éxons. Pertence a uma família

de fatores de transcrição que compartilham um domínio altamente conservado

e que desempenham importante papel no desenvolvimento facial, sendo

expresso nas extremidades mediais das lâminas palatinas, antes e durante a

fusão palatal (Knight, 2006).

Figura 1. Gene IRF6

Estudos dos genes candidatos têm encontrado forte associação do IRF6

com as fendas orofaciais não-sindrômicas. Localizado no cromossomo 1q32.2-

q41 codifica o fator regulador 6 do interferon, que é um elemento chave no

desenvolvimento oral e maxilofacial (Kwa, et al 2014). É altamente expresso no

ectoderma das placas palatinas antes e durante a formação do palato primário

(Zucchero, 2004; Rahimov, 2008; Mostowska, 2010). É sabido que

camundongos nocautes para o gene IRF6 tem desenvolvimento anormal da

pele, dos membros, e da região craniofacial. Metanálises de 13 triagens de

genoma confirmaram que o IRF6 é um dos principais genes candidatos, com

polimorfismos comuns que aumentam o risco de desenvolvimento de fendas

orofaciais (Wang et al., 2012).

Zucchero et al (2004) foi o primeiro a associar o polimorfismo rs2235371

(C1124T) do gene IRF6 com as fendas não-sindrômicas, polimorfismos este

que atua no domínio de ligação da proteína possuindo uma variante associada

com o fenótipo das fendas orofaciais não-sindrômicas. Foi identificado que o

alelo C1124 é a variante comum nos indivíduos com fenda e que o alelo 1124T

é raro. Resultados de testes de desequilíbrio de ligação revelaram uma

significante transmissão do alelo 1124T em algumas populações,

16

particularmente na Ásia e America do Sul, sugerindo-o como alelo de risco para

fendas (Morkuniene, 2006; Brito, 2012).

Um segundo polimorfismo, rs642961 (G>A) localizado na região de

enhancer do IRF6 foi associado como uma das causas das fendas não-

sindrômicas, tendo um efeito mais pronunciado nas fendas de palato isolado.

Genótipos deste polimorfismo modulam a expressão do IRF6 no lábio de

pacientes afetados (Rahimov, 2012).

Em todo o mundo estão sendo realizados estudos para entender a

genética associada ao desenvolvimento das fendas orais não-sindrômicas,

assumindo um modelo de herança multifatorial com uma origem comum para

alelos de risco. No entanto, essas contribuições ainda são desconhecidas e a

associação dos polimorfismos depende da população estudada. Os

polimorfismos rs861019 e rs2236907 foram selecionados em virtude de terem

uma prevalência acima de 5% e por serem Tag SNP para outras variantes

gênicas.

Com o objetivo de contribuir com o conhecimento relativo dos fatores de

risco que influenciam no desenvolvimento das fendas orais, propomos

pesquisar os polimorfismos rs1044516, rs642961, rs2236907, rs2235371 e

rs861019 do gene IRF6 e suas correlações com o desenvolvimento das fendas

orais não-sindrômicas. Os resultados obtidos poderão contribuir com estudos

posteriores das famílias portadoras de mutações características desta doença,

para que assim seja promovida uma diminuição na incidência dessa má-

formação que acarreta grandes problemas psicológicos, financeiros e de saúde

nos pacientes acometidos e suas famílias.

2. JUSTIFICATIVA

Há cerca de 15.000 crianças nascendo por hora com fendas orais no

mundo e aproximadamente a cada 2 minutos e meio nasce uma criança

afetada por essa malformação. Desde o nascimento essas crianças necessitam

de tratamento cirúrgico e não cirúrgico que deve ser realizado por uma equipe

17

multidisciplinar. Esse tratamento modifica a vida dessas crianças e suas

famílias, podendo ter como consequências os problemas psicológicos que

interferem na vida social dos afetados (Merritt, 2004).

Estudo de Figueiredo et al., (2011) utilizando dados do Sistema de

Informações de Nascidos Vivos observou uma prevalência de 0,49:1000

nascido vivos no Estado do rio Grande do Norte.

Embora vários episódios de fendas orais ocorram esporadicamente, os

casos dentro de uma mesma família ocorrem em aproximadamente 20-30%,

sugerindo um componente genético na etiologia desta má-formação. O risco de

recorrência familiar é 28-40 vezes maior que o da população geral. Isto leva a

crer que a interação de fatores ambientais com genes envolvidos na

embriogênese apresenta um importante papel na ocorrência de fendas orais.

Contudo, a verdadeira contribuição genética para a etiologia da FLPNS é ainda

pouco investigada (Gaspar, 2002; Lace, 2006). Atualmente, o modelo de

herança mais aceito é o oligogênico o qual propõe que vários genes interagem

participando do desenvolvimento da FLPNS (Suazo, 2005). A biologia

molecular tem contribuído de maneira significativa para a compreensão de

como os genes funcionam, quando normais e por que causam doenças quando

sofrem alterações. Dessa forma, um estudo genético é necessário e importante

para uma melhor compreensão e esclarecimento do envolvimento desses

genes na gênese de fendas não-sindrômicas.

3. OBJETIVOS

3.1 – Objetivo Geral

3.1.1 Pesquisar a associação dos polimorfismos rs1044516, rs861019,

rs2235371, ts2236907 e rs642961 do gene IRF6 com o

desenvolvimento das fendas orais não-sindrômicas.

18

3.2 - Objetivos Específicos

3.2.1. Classificar o paciente quanto ao gênero, tipo de fissura, e histórico

familiar quanto à ocorrência de antecedentes familiares de fissura

labiopalatinas.

3.2.2. Determinar as frequências genotípicas dos polimorfismos do gene

IRF6 (rs1044516, rs2235371, rs2236907, rs861019 e rs642961)

em todos os indivíduos portadores ou não de fendas orais.

3.2.3. Caracterizar esta população acometida pelas fendas orais para

que, no futuro, possamos contribuir para um estudo

epidemiológico do estado e da região.

4. CASUÍSTICA, MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 –Casuistica

Foram estudados 186 pacientes portadoras de fendas orais, com idade a

partir de 2 anos de idade, com diagnóstico baseado em critérios clínicos. O

diagnóstico dos indivíduos, bem como a avaliação quanto a classificação

sindrômica e não-sindrômica, foi realizada pela equipe do Programa de

Atendimento aos Fissurados do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) –

Unidade Pediátrica, constituida pelo neonatologista Dr. Rui Medeiros de

Oliveira, pela pediatra Dra. Maria Edinilma Felinto Brito. Os indivíduos

diagnosticados que apresentaram diagnóstico diferencial com suspeita de

fenda oral sindrômica foram encaminhados a geneticista Dra. Maria Ione

Ferreira da Costa (Geneticista), para avaliar a(s) síndrome(s) associadas. Os

indivíduos diagnosticados com fenda oral não-sindrômica foram incluídos no

presente projeto. Os responsáveis pelas crianças selecionadas foram

informados sobre o protocolo de estudo e assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 1).

Os dados foram coletados através de um formulário pré-testado através

do banco de dados CranFlow-brasileiro sobre fendas orofaciais, disponível em:

http://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/paganex/form_fenda_inicial_fi

19

nal.pdf (Monlleó et al., 2013). As 182 crianças do grupo controle fazem parte

do Centro Comunitário do Bairro de Brasília Teimosa/Natal-RN, por possuirem

o mesmo nível sócio-econômico das crianças portadoras de fendas orais.

Foram coletados 6 mL de sangue de todos os pacientes e controles para

realização da extração do DNA genômico.

Critérios de Inclusão:

Ser portador de fissura labial e/ou palatina não-sindrômica.

Critérios de Exclusão:

Presença de fissuras orofaciais associadas a outras malformações congênitas (fenda oral sindrômica).

Presença de outras doenças não relacionadas a presença de fendas.

4.1.1 Aspectos Éticos

O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa

do Hospital Onofre Lopes/UFRN, obedecendo às diretrizes regulamentadas da

pesquisa envolvendo seres humanos, que constam na Resolução do Conselho

Nacional de Saúde nº 466/12, aprovado sob o parecer nº 328.230.

4.2 - Extração e amplificação do DNA genômico

O DNA genômico foi extraído dos leucócitos do sangue periférico, após

lise dos eritrócitos, utilizando kits de extração DNA Blood mini kit da Qiagen®

(Qiagen, Valencia, CA, USA).

A integridade das amostras de DNA foram avaliadas por eletroforese

em gel de agarose a 0,8% utilizando tampão TBE 0,5X [Tris-HCl a 45 mM,

ácido bórico a 45 mM e EDTA a 1mM (pH 8,0)] 48. A separação eletroforética

foi realizada a 100 v, 60mA, por 30 min, em cuba de eletroforese horizontal

(Gibco BRL, Life Technologies Inc. Gaithersburg, MD, EUA) e fonte modelo

EPS 200 (GE Healthcare, Amersham Biosciences do Brasil, São Paulo, SP).

Como referência foi utilizado um marcador de tamanho molecular de DNA de

1000bp (1Kb) (Invitrogen Corporation, Carlsbad, CA, EUA).

20

As bandas eletroforéticas foram visualizadas sob luz UV, após

coloração do gel com GelRed® (0,5 mg/mL) e fotodocumentadas em sistema

de captura de imagem ChemiImager 4400 (v5.5) (Alpha Innotech

Corporation, San Leandro, CA, EUA).

A quantificação de DNA foi realizada por espectrofotometria a 260nm, e

a pureza do DNA determinada pela relação A260nm/A280nm 42.

4.3 –Pesquisa dos polimorfismos do Gene IRF6

A pesquisa dos polimorfimos no gene IRF6 (rs642961, rs1044516,

rs2236907, rs2235371 e rs861019) foiá realizada pela técnica da discriminação

alélica (sistema TaqMan®) em um sistema de PCR em tempo real 7500 fast

(Applied BioSystems, Foster City, EUA). Os polimorfismos IRF6 (rs642961,

rs2236907, rs2235371 e rs861019) foram detectados utilizando ensaios

TaqMan® customizados (Applied Biosystems, Foster City, EUA):

C_2238941_10, C_11672849_20, C_15952140_10 e C_2500178_10,

respectivamente. Para o polimorfismo IRF6 rs1044516, os iniciadores e as

sondas foram desenhados utilizando o Primer Express® (Applied Biosystems,

Foster City, CA, EUA) e sintetizados pela Integrated DNA Technology

(Coralville, EUA) e Applied Biosystems (Foster City, CA, EUA),

respectivamente. Os iniciadores e sondas utilizados foram: sense, 5´

GAGGAATGGATGAGTGATTTGTGA 3´; anti-sense, 5´

ATGTACTCTCCCGGCATTCTGA 3´; sonda 1, 5´-FAM-

TCTTAACTAGATACCCCGGTT-MGB- 3´; e sonda 2, 5´-VIC-

TAGATAACCCGGTTTC-MGB-3´. Para validar a genotipagem, 10% das

amostras foram escolhidas aleatoriamente e re-genotipadas.

4.4 - Análises estatísticas

Os resultados foram analisados pelo software SPSS v 20 (SPSS Inc.,

Chicago, M EUA). O nível de significância considerado foi de p<0,05.

Para avaliar a associação dos polimorfismos e a distribuição significativa

da amostragem do estudo foi utilizado o Teste do qui-quadrado e teste de

equibrio de distribuição de Hardy –Weinberg, respectivamente. As análises de

combinação de polimorfismos foram realizadas no Software R versão 2.152

utilizando o pacote SNPassoc.

21

5. ARTIGO PRODUZIDO

O artigo “Association of IRF6 polymorphisms and Non-syndromic

Cleft Lip with or without palate” está submetido para publicação na Clinics

que possui impacto 1,33 e é classificado como B2 na área Medicina II.

Association of IRF6 polymorphisms and Non-syndromic Cleft Lip with or

without palate

Running title: Association of IFR6 SNPs with NSCL/P

João Felipe Bezerra1, Raul Hernandes Bortolin1, André Ducati Luchessi1,

Gustavo Henrique de Medeiros Oliveira1, Maria Leila Cardoso1, Valéria

Morgiana Gualberto Duarte Moreira Lima2, Marcela Abbott Galvão Ururahy1,

Melina Bezerra Loureiro1, Aglauciele Maria Lima de Oliveira1, Gisele Correia

Pacheco Leite3, Vera Lúcia Gil-da-Silva-Lopes4, Maria das Graças Almeida1,

Viviane Souza do Amaral5, Adriana Augusto de Rezende1*

1Department of Clinical and Toxicological Analyses, Federal University of Rio

Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brazil

2Department of Clinical and Toxicological Analyses, State University of Paraiba,

Campina Grande, Paraiba, Brazil

3Department of Pediatrics, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal,

Rio Grande do Norte, Brazil

4Department of Medical Genetics, University of Campinas, Campinas, São

Paulo, Brazil

5Department of Cell Biology and Genetics, Federal University of Rio Grande do

Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brazil

*Corresponding author

Address: Av. General Gustavo Cordeiro de Farias, S/N, Faculty of Pharmacy

Petropolis, Natal, RN, Brazil CEP: 59012-570

22

Phone: +55 84 3342-9807Fax: +55 84 3342-9833

e-mail: [email protected]

Conflict of Interest

The authors declare that they have no conflict of interest

Abstract

Objectives: Non-syndromic cleft lip/palate (NSCL/P) etiology is not well

understood, therefore, we aimed to evaluated the association between IRF6

polymorphisms and the development’s risk of NSCL/P. Also, an analysis of

allelic combinations of these polymorphisms was performed to evaluate their

relationship with NSCL/P. Method: Blood samples of 186 NSCL/P patients and

182 controls from Rio Grande do Norte state, Brazil were obtained to analyze

IRF6 polymorphisms (rs2235371, rs642961, rs2236907, rs861019, and

rs1044516) by qPCR. NSCL/P patients were classified in cleft lip and palate

(CLP), cleft palate only (CP) and cleft lip only (CL) groups. Results: A

significant association of rs2235371 (OR: 11.24, CI 95%: 1.97–64.22, p =

0.016) with the CP group was observed. Further, the analysis of the allelic

combination showed an increased risk of rs1044516 and rs2236907 in NSCL/P,

which was present in all the significant combinations. Conclusions: The

association of rs2235371 with CP in patients suggest that it is a risk factor in our

population. The analysis of allelic combinations showing the influence of IRF6

combined polymorphisms, mainly rs1044516 and rs2236907 in NSCL/P, also

suggest that each polymorphism could contribute minimally to increase the risk

of developing NSCL/P in a Brazilian population.

Keywords: Non-syndromic Cleft Lip with or without Palate; Etiology; IRF6; Polymorphisms

23

Introduction

Nonsyndromic cleft lip and/or palate (NSCL/P) is craniofacial birth defect,

with an average prevalence of 1:500 – 1000 live births worldwide, comprising

almost one-half of all craniofacial anomalies(1,2). NSCL/P is characterized by a

lack of complete fusion of upper lip and palate in the absence of other

congenital anomalies (3,4). Individuals with NSCL/P often have multiple health

problems, such as feeding difficulties, speech changes, nutritional deficiency,

developmental delays, orthodontics abnormalities, middle ear infections and

hearing loss, and psychosocial disorders (3,5).

NSCL/P etiology is considered complex because of contributions from

both genetic and environmental risk factors (6,7), such as NSCL/P maternal

exposure to cigarette smoking and alcohol ingestion, medicines (mainly

anticonvulsants), teratogens, viral infection, as well as vitamin deficiencies and

presence of metabolic disorders such as diabetes, obesity and low weight (1,8).

Especially maternal smoking and alcohol consumption during pregnancy are

recognized as the most frequent. According a review performed by Gil-da-Silva-

Lopes and Monlleo (1) the maternal smoking during pregnancy is often

associated with an increased risk of NSCL/P. Also, previous study of our

laboratory showed an increased risk of fetal NSCL/P development in mothers

consuming alcohol during pregnancy (9).

Regarding genetic susceptibility, it has been associated with a major

factor of NSCL/P’s etiology. Studies with monozygotic twin indicated an

accordance rate of 40–60% in NSCL/P, while in dizygotic was observed an

accordance of 3-5% rate (10). However, the identification of target genes

associated with NSCL/P etiology is difficult by many factors, including

heterogeneity, limited sample size and non-Mendelian inheritance patterns (6).

IRF6 was firstly identified by Zucchero et al. (11) as a gene strongly associated

with the genetic etiology of NSCL/P. Previously, the IRF6 was identified as

etiologic for Van der Woude syndrome (VWS), which includes cleft lip and/or

palate (CL/P) as part of the clinical spectrum (12,13). Moretti et al. (14) studying

a possible mechanism that regulates the proliferation-differentiation balance of

keratinocytes involved in palate fusion and skin differentiation, identified the

24

IRF6 gene as a transcription factors that plays an important role in facial

development, including palatal complete development and formation and

maintenance of the oral periderm (15–17). In keratinocytes, the IRF6 represent

a transcriptional target of ΔNp63 (an isoform of p63 gene), and transcription

of IRF6 in turn promotes ΔNp63 degradation, representing a limit to

keratinocyte proliferation and terminal differentiation leading thus to a palate

closure during embryonic development. Also, mutations in p63 or IRF6 could

lead to a defects including as phenotypic features cleft lip/palate(14).

Several genetic polymorphism of IRF6, such as rs2235371 (11,16,18),

rs642961 (16,19), and rs1044516 (20), have been studied showing their

association with NSCL/P development in many populations. The IRF6

polymorphism rs2235371 represents one of the first associated with NSCL/P,

which is located in exon 7 of IRF6, especially in South American and Asian

populations (11). This association was also reproduced in other populations,

including those of European ancestry (11,21). However, there are no consensus

in the relationship between rs2235371 and NSCL/P etiology. Wang et al. (22)

showed a decreased risk of rs2235371 associated with NSCL/P and Shi et al.

(23) observed a lack of association of rs2235371 with NSCL/P in Chinese. In

Brazil, a study with 287 NSCL/P patients from Southeastern also observed a

lack of association of rs2235371 (24).

Regarding the SNP rs642961, it is located in a region of enhancer of

IRF6 and was associated with the control of IRF6 expression allele-dose

manner in lip skin adjacent to the lip cleft of affected patients(19). However,

Paranaiba et al. (24) failed to show the association of rs642961 in Brazilian

NSCL/P patients. A study on 326 Chinese case-parent trios showed that the

polymorphisms interacted with environmental factors: smoking interacted with

rs1044516, and multivitamin supplementation showed an association, after

Bonferroni correction, of SNP rs2236907 with NSCL/P (25).

Currently, worldwide studies have been conducted by several

investigators to better understand the genetics association with NSCL/P

development, especially using a multifactorial model of inheritance (9,15,16,26).

Nevertheless, the genetic contributions to NSCL/P are still unknown and the

polymorphisms association depends on the studied population.

25

Therefore, the aim of this study was to investigate the association of

IRF6 polymorphisms (rs2235371, rs642961, rs2236907, rs861019, and

rs1044516) with NSCL/P development in a population from Rio Grande do

Norte/Brazil. In addition, we also performed the analysis of allelic combinations

of IRF6 polymorphisms to evaluate the potential effect of polymorphic

combinations in the development of NSCL/P.

Methods

Subjects

The study sample consisted of 186 NSCL/P patients and 182 control

individuals. NSCL/P patients aged between 2 and 25 years of both genders

were recruited from Pediatric Endocrinology Unit, Hospital Onofre Lopes

(HUOL) of the Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN) and from the

Pediatric Hospital Varela Santiago, both in Natal, Rio Grande do Norte, Brazil.

The control group consisted of children above 5 years of age without a family

history of clefts, recruited in public schools in Natal.

NSCL/P patients were classified according to the Fogh-Andersen

scheme (27) in cleft lip and palate (CLP), cleft palate only (CP) and cleft lip only

(CL) groups. A geneticist evaluated the patients, excluding those with

characteristics of any syndrome.

This study is part of Brazil’s CranioFacial project

(http://www.fcm.unicamp.br/fcm/cranio-face-brasil/projeto-cranio-face-brasil).

Data were collected using a pre-tested form through the CranFlow-Brazilian

database on Orofacial Clefts, available at :

http://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/paganex/form_fenda_inicial_fi

nal.pdf (28).

The Ethics Committee on Human Research of the Federal University of

Rio Grande do Norte approved the study under the number 328.230, according

to Declaration of Helsinki and the resolution nº 466/12 of Brazil’s National

Health Council. Written informed consent was first obtained from all of the adult

subjects and parents or legal guardians of the underage patients and controls,

and then peripheral blood was collected in tubes containing EDTA for DNA

extraction.

26

Genetic Analysis

Genomic DNA was isolated from peripheral blood leukocytes using a

QIAamp DNA Blood Mini Kit (Qiagen, Valencia, CA, USA). Genotyping was

carried out by TaqMan® allelic discrimination and performed in a 7500 Fast

Real-Time PCR System (Applied Biosystems, Foster City, CA, USA). The

following pre-designed assays were used for genotyping the rs2235371,

rs642961, rs2236907, and rs861019 polymorphisms of IRF6: C_15952140_10,

C_2238941_10, C_11672849_20, and C_2500178_10, respectively. For the

rs1044516 polymorphism, primers and probes were designed using Primer

Express® software (Applied Biosystems, Foster City, CA, USA). Primers were

synthesized by Integrated DNA Technologies (Coralville, Iowa, USA) and

probes by Applied Biosystems. The primers and probes for this assay are as

follows: forward, 5′ GAGGAATGGATGAGTGATTTGTGA 3′; reverse, 5′

ATGTACTCTCCCGGCATTCTGA 3′; probe 1, 5′-FAM-

TCTTAACTAGATACCCCGGTT-MGB- 3′; and probe 2, 5′-VIC-

TAGATAACCCGGTTTC-MGB-3′. To validate the genotyping, 10% of the

samples chosen randomly were re-genotyped.

Analysis of gene and disease network interactions

The genes and diseases interactions were further analyzed using the

software Ingenuity Pathways Analysis v.6 (IPA) (Ingenuity® Systems, Ca.,

Redwood City, EUA), which shows a direct relation of IRF6 and Oral Clefts. IPA

is a web-based software application that enables researchers to analyze data

derived from expression and SNP microarrays, RNA-sequencing, proteomics

and metabolomics experiments, and small-scale experiments (such as PCR)

that generate gene or protein lists. It also allows search for targeted information

on genes, proteins, chemicals, diseases, and drugs, as well as building your

own biological models. IPA’s data analysis and experimental modeling enables

understanding the significance of data or target(s) of interest in relation to larger

biological or chemical systems(29).

27

Statistical analyses

Hardy-Weinberg equilibrium was evaluated using the chi-square test.

The associations between polymorphisms and phenotype groups, as well as the

analysis of combinations were performed by the SNPassoc package (González

et al.., 2007) from the statistical software R version 2.15.2 (R foundation for

statistical Computing, Vienna, Austria; http://cran.r-

project.org/web/packages/SNPassoc/index.html). Tests with p-values <0.05

were considered significant.

Results

Sample characterization

Table 1 shows the clinical characteristics of the case and control groups.

Among the 186 NSCL/P patients, there was a prevalence of males in the case

group. No difference was observed in age distribution between the groups,

showing their homogeneity and allowing a better comparison. A major

prevalence of CLP, followed by CP and CL was observed. Approximately one

third of the patients had family history of clefts.

Genetic analysis

The Table 2 shows the primary information for the polymorphisms

studied. All polymorphisms were in Hardy-Weinberg equilibrium. For a more

detailed evaluation, the group containing all patients (CL/P – cleft lip with or

without cleft palate) was subdivided in a CL group containing only patients with

an isolated cleft lip and a CP group containing only patients having only an

isolated cleft palate. Table 3 shows the genotypic frequencies of polymorphisms

ofIRF6 (rs2235371, rs642961, rs2236907, rs861019, and rs1044516) of the

case and control groups according to cleft type. There was a significant

association of rs2235371 (OR: 11.24, CI 95%: 1.97–64.22, p=0.016) with CP

group compared to the controls. The pattern of linkage disequilibrium (LD)

betweenIRF6 polymorphisms is shown in Figure 1. One haplotype block was

constructed in this region between rs861019 and rs642961. In the haplotype

28

analysis, the distribution between cases and controls was compared, however,

no haplotype was found to be associated with NSCL/P (p>0.05).

The potential interactions ofIRF6 polymorphisms were investigated. For

these analyses, models were created combining all of the polymorphisms of

IRF6, similar to a combinatorial analysis (Table 4). The combinations included

five, four, and three polymorphisms and showed significant associations with

NSCL/P. In Model 1, which includes all of the polymorphisms, two combinations

were significantly associated with an increased risk of NSCL/P: AGCAA, in the

sequence rs1044516/rs642961/rs2235371/rs2236907/rs861019, and the

combination of rare genotypes. Two combinations were also significantly

associated with an increased risk of NSCL/P in Model 2: AGCA and rare

genotypes, which includes the same polymorphisms included in Model 1 in the

same sequence, except for rs861019. In Model 3, in which the polymorphism

rs861019 was added back and rs2235371 was excluded, there was just one

significant combination: AAGA in the sequence

rs1044516/rs2236907/rs642961/rs861019. In Model 4, the exclusion of

rs861019of Model 3, led to two significant combinations: AAG in the sequence

rs1044516/rs2236907/rs642961 and rare genotypes. In Model 5, the exchange

of rs642961 in Model 4 for rs861019, led to two significant combinations: AAA in

the sequence rs1044516/rs2236907/rs861019 and rare genotypes.

Interestingly, rs1044516 and rs2236907 were present in all combinations

showing significant associations and the rs642961 was present in four of the

five significant combinations (Table 4).

The IPA interactions between diseases/functions annotation and target

genes are displayed at the Figure 2. Fifteen genes (RYK, TGFA, IRF6, MSX1,

FDFR2, PTCH1, ADAM, TS20, CHD7, BMP4, FGF10, CDH1, FDFR1, FGF18

and FGF8) were selected as target of eight diseases/functions annotation

(differentiation of cells, orofacial cleft, familial non-syndromic cleft lip with or

without cleft palate, differentiation of epidermal cells, congenital malformation of

face, cleft lip, cleft palate syndrome and development of exocrine gland)

associated with orofacial disorders. Interestingly, this integrative analysis

showed that the IRF6 was associated with six diseases/functions annotation

such as differentiation of cells, orofacial cleft, familial non-syndromic cleft lip

29

with or without cleft palate, differentiation of epidermal cells and congenital

malformation of face and cleft lip.

Discussion

NSCL/P has been studied for years looking for its etiology. Among the

findings, the genetic factors has been well recognized to play an important role

in the development of the clefts once there is an increased recurrence risk of

20-40 fold in families with one affected patient (21). Therefore, considering that

Brazil is a continental country with mixed population (28), the identification of

new genetic targets related to NSCL/P development could be relevant to

genetic counseling.

In a recent study of unaffected relatives, Miller et al. (30) investigated the

relationship between distinct facial morphology and the genotypes of genes

previously associated with NSCL/P. Their results showed that polymorphisms in

IRF6 were associated with symmetric shape variation including a more

protrusive forehead, a shorter nose, and a steep mandibular plane (30). In

addition, IRF6 polymorphisms have also been recognized by many authors as

the most associated with NSCL/P risk (1,7,8,13,23).

In our study, firstly, we confirmed by IPA interactions analysis a direct

relation of IRF6 with six of the eight diseases/functions annotation associated

with the fifteen selected target genes (differentiation of cells, orofacial cleft,

familial non-syndromic cleft lip with or without cleft palate, differentiation of

epidermal cells, congenital malformation of face and cleft lip). Then, we have

chosen to evaluate rs2235371, rs642961, rs2236907, rs861019, and rs1044516

polymorphisms, in order, to contribute to the knowledge about IRF6 association

with NSCL/P of patients in a population of RN. In the CP group the presence of

SNP rs2235371 showed an increased risk for NSCL/P development (OR: 11.24,

CI 95%: 1.97–64.22, p = 0.016). Despite of the limited sample size, this find

represent a result of Northeast State of Brazil. Similar association was obtained

by Letra et al. (13) studying 142 case-parent trios from São Paulo, Brazil.

Although, several studies have reported the associations between rs2235371

and NSCL/P risk, only a few studies have identified the rs2235371 as a risk

factor for isolated CP development. Souza et al. (31) also observed an

association of rs2235371, however, with Cleft lip and palate and Cleft lip only

30

studying 673 individuals form southern, southeastern and northeastern of Brazil.

A study of 236 unrelated patients in China also showed an association of the

IRF6 polymorphism rs2235371 (OR: 0.61, CI 95%: 0.44–0.85, p = 0.03)(18), but

they did not evaluated cleft subtype. The association between rs2235371 and

NSCL/P was also found by Park et al. (32), who showed an increased risk in

Taiwanese trios (OR: 2.75, CI 95%: 1.37–5.52, p< 1 × 10-4). Another study of

192 NSCL/P Thai patients showed an elevated risk associated with the GG

genotype (OR: 1.67, CI 95%: 1.13–2.47, p = 0.02)(33). Paranaiba et al. (24)

studying 228 patients from Minas Gerais-Brazil did not observe association of

rs2235371 with NSCL/P.

Considering that the target genes responsible for the development of

NSCL/P are not well understood, we performed an analysis of allelic

combination of IRF6 polymorphisms. Interestingly, the polymorphisms

rs1044516 and rs2236907 were present in all combinations and the rs642961

was present in four combinations, indicating that they may contribute to the risk

associated with NSCL/P. These results suggest that each polymorphism could

contribute minimally to increase the risk of developing NSCL/P even without

being significantly associated when isolated. Also, it is important to consider

that certain allelic combinations may influence more pronouncedly than the

isolated polymorphism.

The rs1044516 is located in the 3'UTR region, related to messenger RNA

stability that can generate major disruptions and the rs2236907 is an intronic

polymorphism. Wu et al. (25) demonstrated excess maternal transmission of the

minor allele of rs1044516 and they found that heterozygotes that were exposed

to maternal smoke had a high risk of NSCL/P. Regarding the rs2236907, Wu et

al. (25) also observed an association of this SNP with NSCL/P.

For rs642961, that is located in the enhancer region, it binds to RNA

polymerase to initiate gene transcription, what could indicate a great

contribution to the risk of NSCL/P. It is related to the association of the balance

between cellular differentiation and proliferation during fetal development

(14,19). In contrast to other Asian populations, that has significant association

with the rs642961 (23,34), study performed by Nouri et al. (35) in 102 families

from Iran did not observe association of rs642961, which can be a feature of the

regional population.

31

A meta-analysis by Wang et al. (22) was performed in order to evaluate

the conflicts related to the association of polymorphisms in IRF6 with NSCL/P in

various populations. Their findings suggest that ethnic differences in genetic

backgrounds may play a distinct role in the specific polymorphisms associated

with NSCL/P risk. They showed that rs2235371 was associated with NSCL/P in

Chinese and Indian populations, but not in American or Brazilian populations

and that rs642961 was associated with NSCL/P in a Danish population, but not

in a Brazilian population.

In conclusion, the rs2235371 represent a risk factor for CP in our

patients, and also the analysis of allelic combinations showed the influence of

IRF6polymorphism rs1044516 and rs2236907 in NSCL/P suggesting that these

polymorphisms could contribute minimally to increase the risk of developing

NSCL/P in a Brazilian population of Rio Grande do Norte state.

Acknowledgments

Supported by grants from CNPq 477608/2011-6 received by V.S.A. and,

FAPESP 2011/51799-6 and CNPq 304455/2012-1 received by V.L.G.S.L. J.F.B

was recipient of fellowships from CNPq-Brazil. R.H.B is recipient of fellowship

from CAPES-Brazil. G.H.M.O, M.A.G.U, and A.D.L were recipients of

fellowships from CAPES-Brazil. We are also grateful to the students and

technicians from LABMULT/UFRN/RN.

Author Contributions

AAR was the principal investigator and supervised the study. JFB

gathered, analyzed the data and wrote the manuscript. MAGU, GCPL, GHMO,

MLC, VMGDML, MLB, AMLO, RHB, VNS, and ADL gathered and analyzed the

data. AAR, VLGSL, MGA and VSA contributed to conception, planning of the

study, and critically revising the manuscript.

32

References

1. Gil-da-Silva-Lopes VL, Monlleo IL. Risk factors and the prevention of oral

clefts. Braz Oral Res. 2014 Jan;28:1–5.

2. Lu Y, Liu Q, Xu W, Li Z, Jiang M, Li X, et al. TGFA and IRF6 contribute to

the risk of nonsyndromic cleft lip with or without cleft palate in northeast

China. PLoS One. 2013 Jan 8;8(8):e70754.

3. Kohli SS, Kohli VS. A comprehensive review of the genetic basis of cleft lip

and palate. J Oral Maxillofac Pathol. 2012 Jan 20;16(1):64–72.

4. Cardoso ML, Bezerra JF, Oliveira GHM, Soares CD, Oliveira SR, de Souza

KSC, et al. MSX1 gene polymorphisms in non-syndromic cleft lip and/or

palate. Oral Dis. 2013;19(5):507–12.

5. Nagarajan R, Savitha VH, Subramaniyan B. Communication disorders in

individuals with cleft lip and palate: An overview. Indian J Plast Surg. 2009

Oct;42 Suppl:S137-43.

6. Shkoukani MA, Chen M, Vong A. Cleft Lip – A Comprehensive Review.

Front Pediatr. 2013 Jan;1:53.

7. Aldhorae KA, Böhmer AC, Ludwig KU, Esmail AHA, Al-Hebshi NN, Lippke

B, et al. Nonsyndromic cleft lip with or without cleft palate in arab

populations: genetic analysis of 15 risk loci in a novel case-control sample

recruited in Yemen. Birth Defects Res A Clin Mol Teratol. 2014

Apr;100(4):307–13.

8. de Aquino SN, Hoshi R, Bagordakis E, Pucciarelli MGR, Messetti AC,

Moreira H, et al. MTHFR rs2274976 polymorphism is a risk marker for

nonsyndromic cleft lip with or without cleft palate in the Brazilian population.

Birth Defects Res A Clin Mol Teratol. 2014 Jan;100(1):30–5.

9. Bezerra JF, Oliveira GHM, Soares CD, Cardoso ML, Ururahy MAG, Neto

FPF, et al. Genetic and non-genetic factors that increase the risk of non-

syndromic cleft lip and/or palate development. Oral Dis. 2015

Apr;21(3):393–9.

33

10. Leslie EJ, Marazita ML. Genetics of cleft lip and cleft palate. Am J Med

Genet C Semin Med Genet. 2013 Dec;163C(4):246–58.

11. Zucchero TM, Cooper ME, Maher BS, Daack-Hirsch S, Nepomuceno B,

Ribeiro L, et al. Interferon regulatory factor 6 (IRF6) gene variants and the

risk of isolated cleft lip or palate. N Engl J Med. 2004 Aug 19;351(8):769–

80.

12. Freitas JA de S, Garib DG, Oliveira M, Lauris R de CMC, Almeida ALPF de,

Neves LT, et al. Rehabilitative treatment of cleft lip and palate: experience

of the Hospital for Rehabilitation of Craniofacial Anomalies - USP (HRAC-

USP) - Part 2: Pediatric Dentistry and Orthodontics. J Appl Oral Sci. 2012

Apr;20(2):272–85.

13. Letra A, Fakhouri W, Fonseca RF, Menezes R, Kempa I, Prasad JL, et al.

Interaction between IRF6 and TGFA genes contribute to the risk of

nonsyndromic cleft lip/palate. PLoS One. 2012 Jan;7(9):e45441.

14. Moretti F, Marinari B, Lo Iacono N, Botti E, Giunta A, Spallone G, et al. A

regulatory feedback loop involving p63 and IRF6 links the pathogenesis of 2

genetically different human ectodermal dysplasias. J Clin Invest. 2010

May;120(5):1570–7.

15. Knight AS, Schutte BC, Jiang R, Dixon MJ. Developmental expression

analysis of the mouse and chick orthologues of IRF6: the gene mutated in

Van der Woude syndrome. Dev Dyn. 2006 May;235(5):1441–7.

16. Pegelow M, Koillinen H, Magnusson M, Fransson I, Unneberg P, Kere J, et

al. Association and Mutation Analyses of the IRF6 Gene in Families With

Nonsyndromic and Syndromic Cleft Lip and/or Cleft Palate. Cleft Palate

Craniofac J. 2014 Jan;51(1):49–55.

17. Ingraham CR, Kinoshita A, Kondo S, Yang B, Sajan S, Trout KJ, et al.

Abnormal skin, limb and craniofacial morphogenesis in mice deficient for

interferon regulatory factor 6 (Irf6). Nat Genet. 2006 Nov;38(11):1335–40.

18. Lu Y, Liu Q, Xu W, Li Z, Jiang M, Li X, et al. TGFA and IRF6 contribute to

the risk of nonsyndromic cleft lip with or without cleft palate in northeast

China. PLoS One. 2013 Jan;8(8):e70754.

19. Rahimov F, Marazita ML, Visel A, Cooper ME, Hitchler MJ, Rubini M, et al.

Disruption of an AP-2alpha binding site in an IRF6 enhancer is associated

with cleft lip. Nat Genet. 2008 Nov;40(11):1341–7.

34

20. Wu-Chou Y-H, Lo L-J, Chen K-TP, Chang C-SF, Chen Y-R. A combined

targeted mutation analysis of IRF6 gene would be useful in the first

screening of oral facial clefts. BMC Med Genet. 2013 Dec 20;14(1):37.

21. Brito LA, Bassi CFS, Masotti C, Malcher C, Rocha KM, Schlesinger D, et al.

IRF6 is a risk factor for nonsyndromic cleft lip in the Brazilian population.

Am J Med Genet A. 2012 Sep;158A(9):2170–5.

22. Wang M, Pan Y, Zhang Z, Wang L. Three polymorphisms in IRF6 and 8q24

are associated with nonsyndromic cleft lip with or without cleft palate:

evidence from 20 studies. Am J Med Genet A. 2012 Dec;158A(12):3080–6.

23. Shi J, Song T, Jiao X, Qin C, Zhou J. Single-nucleotide polymorphisms

(SNPs) of the IRF6 and TFAP2A in non-syndromic cleft lip with or without

cleft palate (NSCLP) in a northern Chinese population. Biochem Biophys

Res Commun. 2011 Jul 15;410(4):732–6.

24. Paranaíba LMR, Bufalino A, Martelli-Júnior H, de Barros LM, Graner E,

Coletta RD. Lack of association between IRF6 polymorphisms (rs2235371

and rs642961) and non-syndromic cleft lip and/or palate in a Brazilian

population. Oral Dis. 2010 Mar;16(2):193–7.

25. Wu T, Liang KY, Hetmanski JB, Ruczinski I, Fallin MD, Ingersoll RG, et al.

Evidence of gene-environment interaction for the IRF6 gene and maternal

multivitamin supplementation in controlling the risk of cleft lip with/without

cleft palate. Hum Genet. 2010 Oct;128(4):401–10.

26. Ludwig KU, Wahle P, Reutter H, Paredes-Zenteno M, Muñoz-Jimenez SG,

Ortiz-Lopez R, et al. Evaluating eight newly identified susceptibility loci for

nonsyndromic cleft lip with or without cleft palate in a Mesoamerican

population. Birth Defects Res A Clin Mol Teratol. 2014 Jan;100(1):43–7.

27. Fogh-Andersen P. Inheritance of Harelip and Cleft Palate: Contribution to

the Elucidation of the Etiology of the Congenital Clefts of the Face. Nyt

nordisk forlag; 1947.

28. Monlleó IL, Fontes MÍB, Ribeiro EM, de Souza J, Leal GF, Félix TM, et al.

Implementing the Brazilian Database on Orofacial Clefts. Plast Surg Int.

2013 Jan;2013:1–10.

29. Krämer A, Green J, Pollard J, Tugendreich S. Causal analysis approaches

in Ingenuity Pathway Analysis. Bioinformatics. 2014 Feb;30(4):523–30.

30. Miller SF, Weinberg SM, Nidey NL, Defay DK, Marazita ML, Wehby GL, et

al. Exploratory genotype-phenotype correlations of facial form and

35

asymmetry in unaffected relatives of children with non-syndromic cleft lip

and/or palate. J Anat. 2014 Jun;224(6):688–709.

31. de Souza LT, Kowalski TW, Ferrari J, Monlléo IL, Ribeiro EM, de Souza J,

et al. Study of IRF6 and 8q24 region in non-syndromic oral clefts in the

Brazilian population. Oral Dis. 2016 Apr;22(3):241–5.

32. Park JW, McIntosh I, Hetmanski JB, Jabs EW, Vander Kolk CA, Wu-Chou

Y-H, et al. Association between IRF6 and nonsyndromic cleft lip with or

without cleft palate in four populations. Genet Med. 2007 Apr;9(4):219–27.

33. Srichomthong C, Siriwan P, Shotelersuk V. Significant association between

IRF6 820G->A and non-syndromic cleft lip with or without cleft palate in the

Thai population. J Med Genet. 2005;42(7):e46.

34. Pan Y, Ma J, Zhang W, Du Y, Niu Y, Wang M, et al. IRF6 polymorphisms

are associated with nonsyndromic orofacial clefts in a Chinese Han

population. Am J Med Genet A. 2010 Oct;152A(10):2505–11.

35. Nouri N, Memarzadeh M, Carinci F, Cura F, Scapoli L, Nouri N, et al.

Family-based association analysis between nonsyndromic cleft lip with or

without cleft palate and IRF6 polymorphism in an Iranian population. Clin

Oral Investig. 2015 May;19(4):891–4.

Figure Captions

Figure 1. Pairwise linkage disequilibrium plot of IRF6/rs1044516, rs2235371,

rs2236907, rs861019, and rs642961 in the combined sample (cases & controls)

showing r2 (×100) values. The block is designed according to the internally

developed solid spine of linkage disequilibrium (LD). The value within each

diamond represents the pairwise correlation between pairs of Single-nucleotide

polymorphisms (SNPs) (measured as 100 × r2) defined by the upper left and the

36

upper right sides of the diamond. Below are showed the frequency of each

haplotype.

Tables

Table 1. Clinical characteristics of studied groups

a = Chi-square test, b = T-test

Characteristics Case

(n = 186) Control

(n = 182) p value

Gendera Male 119 (64.1%) 90 (49.4%)

< 0.001 Female 67 (35.9%) 92 (50.6%) Ageb Range 1–25 years 5–23 years

0.175 Mean 8.1 years 11.7 years Cleft types Cleft lip and palate 111 (60.0%) - Cleft palate only 45 (24.0%) - - Cleft lip only 30 (16.0%) - Family history Yes 65 (35.1%) 00 (0.0%)

- No 121 (64.9%) 182 (100.0%)

37

Table 2. Primary information of SNPs

Gene SNP ID Genomic location

Base change

MAF (1000 genomes)

HWE

IRF6 rs2235371 Exon-7 C>T 0.138 0.109 rs642961 Enhancer G>A 0.174 0.124 rs2236907 Intron C>A 0.403 1.000 rs861019 5′-UTR A>G 0.398 0.667 rs1044516 3′-UTR C>A 0.297 0.771

HWE were calculated by Chi-square test HWE: Hardy-Weinberg equilibrium MAF: minor allele frequency SNP: single nucleotide polymorphism

38

ii

Table 3. Genotypic frequencies of polymorphisms of IRF6 of patients

*Significant association, p < 0.05. #CLP: group that include all patients. CL, Cleft lip only; CP, Cleft palate only

Polymorphism Genotypes

#CLP CL CP

Case Control OR (CI 95%) P

value Case Control OR (CI 95%)

P value

Case Control OR (CI 95%) P

value

rs2235371 CC 146 (83.7%) 163 (89.6%) 1.00

0.247

23 (95.8%) 163 (89.6%) 1.00

0.767

29 (76.3%) 163 (89.6%) 1.00

0.016* CT 21 (14.0%) 17 (9.3%) 1.61 [0.84–3.10] 01 (4.2%) 17 (9.3%) 0.42 [0.05–3.28] 05 (13.2%) 17 (9.3%) 1.65 [0.57–4.83]

TT 03 (2.2%) 02 (1.1%) 2.19 [0.39–12.12] 0 (0.0%) 02 (1.1%) 0.0 [0.00–0.00] 04 (10.5%) 02 (1.1%) 11.24[1.97–64.22]

rs642961

GG 136 (76.0%) 133 (73.5%) 1.00

0.754

19 (82.6%) 133 (73.5%) 1.00

0.454

30 (76.9%) 133 (73.5%) 1.00

0.590 GA 37 (20.7%) 43 (23.8%) 0.84 [0.51–1.39] 03 (13.0%) 43 (23.8%) 0.49 [014–1.73] 07 (17.9%) 43 (23.8%) 0.72 [0.30–1.76]

AA 06 (3.4%) 05 (2.8%) 1.17 [0.35–3.94] 01 (4.3%) 05 (2.8%) 1.40 [0.16–12.64] 02 (5.1%) 05 (2.8%) 1.77 [0.33–9.58]

rs2236907

CC 64 (35.0%) 59 (32.8%) 1.00

0.216

10 (41.7%) 59 (32.8%) 1.00

0.584

10 (25.6%) 59 (32.8%) 1.00

0.384 CA 82 (44.8%) 95 (52.8%) 0.80 [0.50–1.26] 10 (41.7%) 95 (52.8%) 0.62 [0.24–1.58] 20 (51.3%) 95 (52.8%) 1.24 [0.54–2.84]

AA 37 (20.2%) 26 (14.4%) 1.31 [0.71–2.42] 04 (16.7%) 26 (14.4%) 0.91 [0.26–3.16] 09 (23.1%) 26 (14.4%) 2.04 [0.74–5.62]

rs861019

AA 63 (34.2%) 63 (35.0%) 1.00

0.827

07 (28.0%) 63 (35.0%) 1.00

0.554

15 (38.5%) 63 (35.0%) 1.00

0.396 AG 90 (48.9%) 83 (46.1%) 1.08 [0.69–1.72] 11 (44.0%) 83 (46.1%) 1.19 [0.44–3.25] 20 (51.3%) 83 (46.1%) 1.01 [0.48–2.13]

GG 31 (16.8%) 34 (18.9%) 0.91 [0.50–1.66] 07 (28.0%) 34 (18.9%) 1.85 [0.60–5.72] 04 (10.3%) 34 (18.9%) 0.49 [0.15–1.61]

rs1044516

AA 106 (59.9%) 99 (55.0%) 1.00

0.645

12 (48.0%) 99 (55.0%) 1.00

0.374

20 (51.3%) 99 (55.0%) 1.00

0.893 AC 62 (35.0%) 71 (39.4%) 0.82 [0.53–1.26] 13 (52.0%) 71 (39.4%) 1.51 [0.65–3.51] 17 (43.6%) 71 (39.4%) 1.19 [0.58–2.42]

CC 09 (5.1%) 10 (5.6%) 0.84 [0.33–2.15] 0 (0.0%) 10 (5.6%) 0.0 [0.00–0.00] 02 (5.1%) 10 (5.6%) 0.99 [0.20–4.87]

39

ii

Table 4. Interaction of alleles of IRF6 polymorphisms in cleft patients

*Significant association Model 1: rs1044516 + rs642961 + rs2235371 + rs2236907 + rs861019 Model 2: rs1044516 + rs642961 + rs2235371 + rs2236907 Model 3: rs1044516 + rs2236907 + rs642961 + 861019 Model 4: rs1044516 + rs2236907 + rs642961 Model 5: rs1044516 + rs2236907+ rs861019

Polymorphisms Genotype

combination Frequency

(%) OR [CI 95%] P value

Model 1

AGCCG 37.5 1.00 AACCA 12.7 1.05 [0.66–1.67] 0.835 AGTAA 19.3 1.78 [1.14–2.79] 0.011* CGCAA 15.2 0.75 [0.47–1.19] 0.222 CGTAA 5.5 1.22 [0.63–2.39] 0.554

geno.rare 9.5 1.95 [1.07–3.53] 0.028*

Model 2

AGCC 41.0 1.00 AACC 13.5 1.01 [0.64–1.60] 0.959 AGTA 19.7 1.79 [1.16–2.78] 0.008* CGCA 15.3 0.79 [0.50–1.25] 0.310 CGTA 5.4 1.02 [0.51–2.07] 0.949

geno.rare 4.9 9.88 [2.82–34.55] < 0.001*

Model 3

ACGG 38.4 1.00 AAGA 20.0 1.81 [1.71–2.81] 0.007* ACAA 12.8 1.04 [0.66–1.65] 0.854 CAGA 20.7 0.84 [0.56–1.26] 0.407

geno.rare 08.0 1.48 [0.81–2.72] 0.204

Model 4

ACG 41.8 1.00 AAG 20.3 1.80 [1.17–2.77] 0.007* ACA 13.6 1.01 [0.64–1.59] 0.979 CAG 20.7 0.85 [0.57–1.27] 0.420

geno.rare 3.4 5.48 [1.53–19.63] 0.009*

Model 5

ACG 38.5 1.00 AAA 20.3 1.85 [1.20–2.85] 0.005* ACA 17.0 0.97 [0.64–1.49] 0.895 CAA 20.9 0.85 [0.57–1.27] 0.428

geno.rare 3.2 4.10 [1.29–13.00] 0.016*

40

6. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E CONCLUSÕES

O Projeto intitulado “Pesquisa de Polimorfismos no gene IRF6 (Interferon

Regulatory Factor 6) em pacientes portadores da fendas orais” foi desenvolvido

após os resultados do Projeto anterior intitulado pesquisa de mutações nos

genes RARA e BCL-3 não ter fornecido resultados considerados de impacto

para publicação. Foi realizado através de uma parceria com a Profa Dra.

Viviane Souza do Amaral do Departamento de Genética e biologia Molecular

do Centro de Biociências e pelo financiamento de um Edital Universal.

Como o estudo foi iniciado já com o prazo do doutorado em curso, a

realização do manuscrito a ser submetido para publicação teve atrasos,

estando submetido na Revista Clinics. Deste mesmo Projeto tivemos a recente

publicação do Artigo “Analysis of genome instability biomarkers in children with

non-syndromic orofacial clefts” na revista Mutagenesis com fator de impacto

2,29 sendo classificada como B1, o qual fui 2º autor por ter tido participação

ativa no desenvolvimento do Projeto.

O nosso estudo contribuiu de forma importante para o entendimento dos

fatores genéticos que estão associados ao desenvolvimento das fendas orais

em nossa região, visto que em nosso país a miscigenação confere fatores

genéticos diferentes de acordo com as diferentes regiões estudadas.

Em nível pessoal, o doutorado resultou em um aprofundamento científico

e intelectual, adquirido através do aprendizado de novas metodologias de

análise estatística, formatação de Projeto de Pesquisa e redação de artigo

proporcionando um amadurecimento científico e da discussão de artigos em

nosso grupo de pesquisa.

Ainda no âmbito pessoal, quanto à graduação, fui professor substituto na

disciplina de Bioquímica Clínica no Departamento de Análises Clínicas e

Toxicológicas da UFRN, o que me permitiu adquirir um pouco de vivência em

sala de aula, no preparo das aulas e de outras atividades relacionadas ao

ensino, com a segurança de ser um professor sempre presente.

Toda essa formação foi refletida em minha aprovação em 3º lugar no

Concurso para Professor Efetivo para a disciplina de Bioquímica Clínica da

UFRN. Ao mesmo tempo demonstrou uma necessidade em melhorar minhas

publicações a fim de obter êxito e o 1º lugar no próximo concurso para

41

professor efetivo em Instituição Pública de Ensino Superior. Toda essa

experiência me ajudou na minha formação e atualmente atuo Coordenador do

Curso de Farmácia de uma instituição privada do RN, onde venho

desenvolvendo Projeto na área de Arboviroses.

Com o objetivo de ampliar os meus conhecimentos e experiência

científica e concorrer ao ingresso em uma instituição de ensino superior, estou

buscando oportunidades de desenvolver novos projetos com o auxílio de

bolsas de pós-doutorado CAPES/PNPD em minha área de atuação.

Segue a produção técnico-científica que foi gerada pelo projeto de

pesquisa:

- Artigos Publicados

1. XAVIER, LUÍZA ARAUJO DA COSTA; BEZERRA, JOÃO FELIPE; DE

REZENDE, ADRIANA AUGUSTO; OLIVEIRA, RAFFAEL AZEVEDO DE

CARVALHO; DALMOLIN, RODRIGO JULIANI SIQUEIRA; DO AMARAL,

VIVIANE SOUZA. Analysis of genomic instability biomarkers in children with

non-syndromic orofacial clefts. Mutagenesis. v.00, P. gew068, 2017.

- Participação em congressos

1. Apresentado no 12th International Congress Cleft lip/palate and Related

Craniofacial Anomalies, de 5 a 10 de Maio de 2013, em Lake Buena

Vista, Florida, EUA. “MTHFR, MTR, MTRR and RFC1 polymorphisms

and the susceptibility to nonsyndromic cleft lip/palate in patients of

Rio Grande do Norte, Brazil”

2. Apresentado no V Congresso Norte-Nordeste de Genética Médica, 31

de Outubro a 02 de Novembro de 2015, em Natal, Rio Grande do Norte,

Brasil. “Associação de polimorfismos do gene IRF6 e as fendas

orais não-sindrômicas”.

3. Apresentado no V Congresso Norte-Nordeste de Genética Médica, 31

de Outubro a 02 de Novembro de 2015, em Natal, Rio Grande do Norte,

Brasil. “Alterçãoes cardiovasculares em paciente com fenda oral:

um estudo clínico-ecocardiográfico”.

42

- Lista de trabalhos publicados, aceitos, prontos para submissão e em

preparação

- Artigos prontos para submissão

1. Biodemographic characteristics of patients with oral clefts attending

the University Hospital Onofre Lopes/Federal University of Rio Grande do

Norte

Thaynnan Thomaz Silva Arruda1, João Felipe Bezerra1, Raul Hernandes

Bortolin1, Gustavo Henrique de Medeiros Oliveira1, Valeria Morgiana Gualberto

Duarte1, Marcela Abbott Galvão Ururahy1, Gisele Correia Pacheco Leite2,

Felipe Braga de Lira1, Vinicius Xavier da Silva1, Andre Ducati Luchessi1, Maria

Edinilma Felinto de Brito2, Vera Lucia Gil-da-Silva-Lopes3, Maria das Graças

Almeida1, Adriana Augusto de Rezende1

1 Department of Clinical and Toxicological Analyses, Federal University of Rio

Grande do Norte, Natal, RN, Brazil

2 Department of Pediatrics, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal,

RN, Brazil

3 Department of Medical Genetics, University of Campinas, Campinas, SP,

Brazil

*Corresponding author:

Adriana Augusto de Rezende

Address: Av. General Gustavo Cordeiro de Farias, S/N, Faculty of Pharmacy

Petrópolis, Natal, RN, Brazil CEP: 59012-570

Phone: +55 84 3342-9807

Fax: +55 84 3342-9833

e-mail: [email protected]

43

2. Down regulated mRNA expression of folate metabolism enzymes Clélio D Soares1, André D Luchessi1, Gustavo H M Oliveira1, Maria L Cardoso1, João F Bezerra1, Sandra R Oliveira2, Leandro Vinícius de Morais1, Fabrício M dos Santos1 Vivian N Silbiger1, Joanlise Marco L Andrade3, Cristina M Fajardo4, Rosário D C Hirata4, Maria das Graças Almeida1, Mário H Hirata4, Adriana A de Rezende1*.

1Department of Clinical and Toxicological Analysis, Federal University of Rio

Grande do Norte, Natal, RN, Brazil.

2Care Program to Children with Cleft Lip and Palate, Pediatrics Hospital

Professor Heriberto Bezerra, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal,

Rio Grande do Norte, Brazil.

3Department of Statistical, University of Brasilia, Brasilia, DF, Brazil.

4Department of Clinical and Toxicological Analysis, School of Pharmaceutical

Sciences, University of Sao Paulo, São Paulo, SP, Brazil.

*Corresponding author:

Dra. Adriana A. Rezende

Federal University of Rio Grande do Norte

Department of Clinical and Toxicological Analysis

Av General Gustavo Cordeiro de Farias, S/N, Petropolis

59012-570, Natal-RN, Brazil,

Phone +55 84 3342-9807/ Fax: +55 84 3342-9833

Email: [email protected]

3. Cardiovascular Abnormalities in Patients with Oral Cleft: A Clinical-

Electrocardiographic-Echocardiographic Study

Gisele Correia Pacheco Leite; 1Marcela Abbott Galvão Ururahy ; 1João Felipe

Bezerra · 1André Ducati Luchessi; Sandra Socorro Correia Freire; Maria Ione

Ferreira Costa; Thaynnan Thomaz Silva Arruda; Valeria Morgiana Gualberto

Duarte Moreira Lima; Gustavo Henrique de Medeiros Oliveira; Jussara Melo

Cerqueira Maia; Vera Lúcia Gil-da-Silva-Lopes; 1*Adriana Augusto de Rezende

44

1Department of Clinical and Toxicological Analysis, Federal University of Rio

Grande do Norte, Natal, RN, Brazil.

2Department of Biochemistry, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal,

RN, Brazil.

3Radiology Center, Onofre Lopes University Hospital of Federal University of

Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brazil.

4Department of Pediatrics, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal,

RN, Brazil.

5Department of Clinical and Toxicological Analysis, University of São Paulo,

São Paulo, SP, Brazil

*Corresponding author:

Avenida General Gustavo Cordeiro de Farias, S/N, Faculdade de Farmácia

Petrópolis, Natal, RN, Brazil CEP: 59012-570

Tel: +55 84 3207-9807

Fax: +55 84 3342-9833

e-mail: [email protected] and [email protected]

45

7. REFERÊNCIAS

1. Baroneza JE, Faria MJSS, Kuasne H, Carneiro JLV, Oliveira JC. Dados epidemiológicos de portadores de fissuras labiopalatinas de uma instituição especializada de Londrina, Estado do Paraná. Acta Sci. 2005; 27(1):31-5.

2. BRASIL, Resolução nº 196/96, de 10 de outubro de 1996. Resolve aprovar as diretrizes e normas regulamentadoras da pesquisa envolvendo seres humanos. Conselho Nacional de Saúde. Brasília, DF, 10 out 1996. Disponível em: www.conselho.saude.gov.br/comissao/conep/resolucao.html. Acesso em: 18 out 1996.

3. Carinci F, Rullo R, Farina A, Morano D, Festa V, Mazzarella N, et al. Non-syndromic orofacial clefts in Southern Italy: pattern analysis according to gender, history of maternal smoking, folic acid intake and familial diabetes. J Craniomaxillofac Surg. 2005; 33: 91–4.

4. Carmichael SL, Shaw GM. Maternal Life Event Stress and Congenital Anomalies. Obstet Gynecol Surv. 2000; 55(8):468-9.

5. Castilla EE, Lopez-Camilo JS, Campana H. Altitude as a risk factor for congenital anomalies. Am J Med Genet. 1999; 86:9-14.

6. Cunha ECM, Fontana R, Fontana T, Silva WR, Moreira QVP, Garcias GL, et al. Antropometria e fatores de risco em récem-nascidos com fendas faciais. Rev Bras Epidemiol. 2004; 7(4):417-22.

7. Eppley BA, Van Aalst JA, Robey A, Havlik RJ, Sadove M. The spectrum of orofacial clefting. Plast Reconstr Surg. 2005; 115(7):101-14.

8. Farina A, Wyszynski DF, Pezzetti F, Scapoli L, Martinelli M, Carinci F, et al. Classification of oral clefts by affection site and laterality: a genotype–phenotype correlation study. Orthod Craniofac Res. 2002; 5:185–91.

9. Figueiredo, CJR; Vasconcelos, WKS; Maciel, SSSV; Maciel, WV; Gondim, LAM; Tassitano, RF. Prevalence of oral clefts in the State of Rio Grnade do Norte, Brazil, between 2000-2005. Rev Pau Ped. 2011:29(1):29-34.

10. Freitas JAS, Dalben GS, Santamaria Júnior M, Freitas PZ. Current data on the characterization of oral clefts in Brazil. Braz Oral Res. 2004; 8(2):128-33.

11. Fujita H, Nagata M, Ono K, Okubo H, Takagi R. Linkage analysis between BCL3 and nearby genes on 19q13.2 and non-syndromic cleft lip with or without cleft palate in multigenerational Japanese families. Oral Maxillofac Surg. 2004; 10:353-9.

46

12. Honein MA, Rasmussen SA, Reefhuis J, Romitti PA, Lammer EJ, Sun L, Correa A. Marternal smoking and environmental tobacco smoke exposure and the risk of orofacial clefts. Epidemiol. 2007; 18:226-33

13. Kanno K, Suzuli Y, Yang X, Yamada A, Aoki Y, Kure S, et al. Lack of evidence for a significant association between nonsyndromic cleft lip with or without cleft palate and the retinoic acid receptor alpha gene in Japanese population. J Hum Genet. 2002; 47:269-74.

14. Kwa MQ, Nguyen T, Huynh J, Ramnath D, De Nardo D, Lam PY, Reyolds EC, Hamilton JÁ, Sweet MJ, Scholz GM. Interferon Regulatory Factor 6 differentially regulates Toll-like receptor 2 independent chemokine gene expression in epithelial cells. J Biol Chem. 2014;289(28):19758-19768.

15. Lace B, Vailjeva I, Dundure I, Barkane B, Akota I, Krumina A. Mutation analysis of the MSX1 gene exons and intron in patients with nonsyndromic cleft lip and palate. Stomatol. 2006; 8: 21-4.

16. Lary JM, Paulozzi LJ. Sex differences in the prevalence of human birth defects: a populationbased study. Teratol. 2001; 64:237-51.

17. Magdalenić-Meštrović M, Bagatin M. An epidemiological study of orofacial clefts in Croatia 1988–1998. J Cranio Maxill Surg. 2005; 33: 85-90.

18. Marteli Junior H, Orsi Junior J, Chaves MR, Barros ML, Bonan PRF, Freitas JAS. Estudo epidemiológico das fissuras labiais e palatais em Alfenas – Minas Gerais – de 1986 a 1998. Rev Pos-Grad. 2006; 13(1):31-5.

19. McInnes RR, Michaud J. Developmental Biology: Frontiers for clinical genetics. Clin Genet. 2002; 61:248-56.

20. Merritt L. Understanding the embryology and genetics of cleft lip and palate. Adv Neonatal Care. 2005; 5:64-71.

21. Mihailova S, Ivanova M, Mihaylova A, Quin L, Mikova O, Naumova E.

Pro and anti-inflammatory cytokine gene polymorphism profiles in Bulgarian multiple sclerosis patients. J Neuroimmunol. 2005;168(1-2):138-43.

22. Mitchell LE, Murray JC, O´Brien S, Christensen K. Retinoic acid receptor alpha gene variants, multivitamin use, and liver intake as risk factors for oral clefts: a population-based case-control study in Denmark, 1991-1994. Am J Epidemiol. 2003; 158: 69-76

23. Nunes LMN, Queluz DP, Pereira AC . Prevalência de fissuras labiopalatais no municipio de Campo dos Goytacazes-RJ, 1999-2004. Rev Bras Epidemiol. 2007; 10(1):109-16.

47

24. Park-Wyllie L, Mazzotta P, Pastuszak A, Moretti ME, Beique L, Hunnisett

L, et al. Birth defects after maternal exposure to corticosteroids: Prospective cohort study and meta-analysis of epidemiological studies.

Teratol. 2000; 62: 385- 92.

25. Pereira AC, Schettert IT, Morandini Filho AAF, Shinohara EMG, Krieger

JE. Methylenetetrahydrofolate reductase (MTHFR) C677T gene variant modulates th homocysteine folate correlation in a mild folate-deficient population. Clin Chim Acta. 2004; 340: 99-105.

26. Requeijo MJR. Fenda facial diagnosticada no pré-natal: aspectos epidemiologicos, ultra-sonográficos e pós-natais [Dissertação de Mestrado] – FMUSP, São Paulo, 2006.

27. Rosenberg N, Mitsuru M, Yasuo I, Ohene O, Ariella Z, Eli G, et al. The

Frequent 5,10 Methylenetetrahydrofolate Reductase C677T Polymorphism Is Associated with a Common Haplotype in Whites, Japanese, and Africans. Am J Hum Genet. 2002; 70:758–62

28. Sandrini FAL, Chaves Júnior AC, Beltrão RG, Panarello AF, Robinson WM. Fissuras labiopalatinas em gêmeos: relato de caso. Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-Fac. 2005; 5(4):43-8.

29. Shi M, Christensen K, Weinberg C, Romitti P, Bathum L, Lozada A et al. Orofacial cleft risk is increased with maternal smoking and specific detoxification-gene variants. Am J Hum Genet. 2007; 80: 76-90.

30. Stanier P, Moore GE. Genetics of cleft lip and palate: syndromic genes

contribute to the incidence of non-syndromic clefts. Hum Mol Gen. 2004; 13(1):73-81.

31. Suazo J, Santos JL, Silva V, Jara L, Palomino H, Blanco R. Estúdio de

asociación por desequilíbrio de ligamiento entre los genes TGFA, RARA y BCL3 y fisura labiopalatina no sindrómica (FLPNS) en la población chilena. Rev Méd Chile. 2005; 133: 1051-8.

32. Wehby GL, Felix TM, Goco N, Richieri-Costa A, Chakraborty H, Souza J, Pereira R, Padovani C, Moretti-Ferreira D, Murray JC. High dosage folic acid supplementation, Oral Cleft recurrence and fetal growth. Int J Environ Res Public Health. 2013; 10:590-605.

48

ANEXO – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Projeto de pesquisa: PESQUISA DE POLIMORFISMOS NO GENE IRF6 EM

PACIENTES PORTADORES DE FENDAS ORAIS

Meu nome é Adriana Augusto de Rezende, sou professora do Departamento de Análises

Clínicas e toxicólogicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e

estou convidando você para participar do projeto de pesquisa que estou desenvolvendo

com a equipe de Hospital de Pediatria Professor Heriberto Bezerra (HOSPED). Esta

pesquisa visa avaliar a presença de polirmofismos no gene IRF6 e sua correlação com

as fissuras labiais e/ou palatinas em crianças. Se aceitar participar desta pesquisa,

utilizaresmo amostras de DNA armazenadas de um Projeto anterior, o qual você ou seu

filho participaram, e que, para este novo Projeto necessito de sua autorização. Além de

você, outras trezentas e noventa e nove pessoas também participarão da pesquisa. Após

a realização de todos os exames, o paciente poderá ter acesso aos resultados no

Programa de Atendimento aos Pacientes Fissurados do HOSPED-UFRN, com a Dra.

Sandra Regina de Oliveira Caso haja interesse de realizarmos futuras pesquisas

entraremos em contato com você, e somente com sua autorização e aprovação dos

novos projetos no Comitê de Ética em Pesquisa realizaremos os estudos.

Confidencialidade do estudo: Os registros de sua participação no estudo serão

mantidos confidenciais. Eles serão guardados e somente os pesquisadores trabalhando

com a pesquisa terão acesso. Cada pessoa participante receberá um número para ser

utilizado na pesquisa. Se qualquer relatório ou publicação resultar deste trabalho, sua

identificação não será revelada.

Dano decorrente da pesquisa: Em qualquer momento, se o paciente tiver algum

problema de saúde decorrente da pesquisa, será garantido atendimento médico na

instituição.

Riscos inerentes da coleta: O risco a saúde será mínimo, por causa da coleta de sangue

que pode formar uma mancha roxa (hematoma) no local da picada da agulha. Riscos

esses que serão minimizados através de procedimentos de coleta cuidadosos.

Ressarcimento de despesas: O pesquisador será responsável pelo ressarcimento de

eventuais despesas decorrentes da pesquisa.

Participação voluntária: Sua participação neste estudo é totalmente voluntária,

podendo recusar-se fazer parte do mesmo ou interromper se julgar conveniente, sem

prejuízo para o andamento do trabalho de pesquisa. Caso você tenha alguma dúvida em

relação à pesquisa você pode entrar em contato com a Profa. Dra. Adriana Augusto de

Rezende a qualquer hora do dia (telefone: 3342-9807)

49

Perguntas: Estimulamos que você faça perguntas a respeito da pesquisa. Se houver

alguma dúvida, entre em contato com a Profa. Dra. Adriana Augusto pelo telefone

3342-9907 no Laboratório Multidisciplinar da Faculdade de Farmácia da UFRN. Por

quaisquer motivo adequado, independente do seu consentimento, os membros da equipe

de pesquisa podem encerrar sua participação no estudo. O motivo será explicado e

poderá ser devido a alguma alteração médica que pode colocá-lo em risco ou outras

complicações se continuar a participar, como também cancelamento do estudo pela

coordenação caso o sujeito não cumpra as orientações ou outras questões

administrativas.

Comitê de ética: Este projeto foi avaliado pelo Comitê de ética em pesquisa da UFRN

(CEP). Informações adicionais podem ser obtidas pelo telefone 3215-3135.

Consentimento para participação

Estou de acordo com a participação do estudo descrito acima. Fui devidamente

esclarecido (a) quanto aos objetivos da pesquisa, aos procedimentos aos quais serei

submetido (a). Foram garantidos esclarecimentos que eu venha a solicitar durante o

curso da pesquisa e o direito de desistir da participação a qualquer momento, sem que

minha desistência implique em qualquer prejuízo à minha pessoa ou à minha família. A

minha participação na pesquisa não implicará em custos ou prejuízos adicionais, sejam

eles de caráter econômico, social, psicológico ou moral. Foi-me garantido o anonimato,

o sigilo dos dados referentes a minha identificação e o compromisso de que serei

contactado (a) para avaliação de estudo futuro usando as amostras biológicas obtidas

nesse instante.

___________________________

Paciente

____________________________

Responsável Legal

(Polegar Direito)

Compromisso do pesquisador: Eu discuti as questões acima com o (a) participante do

presente estudo ou com seus responsáveis legais. É minha convicção que o paciente

entende os riscos, benefícios e obrigações relacionados com este projeto.

--------------------------------------------------------------------------

Profa. Dra. Adriana Augusto de Rezende