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O desafio da sojaBanco Central libera recursos para financiamento da produção agrícola

O Banco Central (BC) liberou mais recursos para �inanciar a produção agrícola no primeiro semestre. Em circular divulgada no dia 23, o BC autorizou os bancos a deduzir do depósito com-pulsório (dinheiro que os bancos são obrigados a depositar no BC) sobre recursos à vista parte do valor aplicado no crédito rural. A medida pode liberar até R$ 3 bilhões para o setor agrícola. A dedução está limitada a 5% do compulsório para algumas modali-dades de crédito. De acordo com a circular, pode ser deduzido do compulsório o saldo médio diário dos �inanciamentos de crédito rural de custeio agrícola referentes à safrinha (2ª safra) 2012, à safra de inverno 2012 e à safra do Nordeste 2012, contratados no período de 1º de janeiro a 30 de junho deste ano. Também pode ser deduzido o saldo médio diário das aplicações em Depósitos Inter�inanceiros Vinculados ao Crédito Rural (DIR), cujos recursos sejam destinados ao crédito rural.

A agricultura brasileira experimentou mudanças dig-nas de destaque na história da evolução do agronegócio. Desenvolveu tecnologias para climas tropicais e subtropi-cais, inexistentes em outras partes do mundo, com méritos à pesquisa e aos órgãos de transferência de informações.

O sistema de produção or-ganizado na década de 1970, com atribuições de�inidas para a pesquisa, extensão e interferência do Estado no �inanciamento e comercializa-ção determinaram a expansão de área da cultura da soja no Brasil.

A necessidade de preservar o ambiente e de reduzir custos levou produtores inovadores a adotar o plantio direto, com o mérito de reduzir em mais de 90% a erosão do solo e em 60% o consumo de combustí-vel, além de manter e melhorar a fertilidade e restabelecer intensa atividade biológica no solo.

O esforço dos agricultores foi insu�iciente para a viabili-dade econômica da produção rural, diante da combinação de fatores adversos do mercado aberto e da relação de câmbio da moeda brasileira. Para a maioria dos agricultores, o negócio de produção de grãos, com base na safra de 2006, tornou-se inviável.

A economia mundial, as rela-ções de negócios e as garantias do governo à produção mu-daram nas últimas décadas, exigindo nova postura dos produtores rurais. Chegou o momento da organização pro�issional e comprometida dos componentes das cadeias de produtos no agronegócio.

O Brasil, a Argentina e os

Grupo identifica disparidades tributárias na cadeia do vinho

Dirceu N. GassenGerente técnico da Cooplan-

tio, Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto Ltda.

O setor vitivinícola vai buscar junto ao governo federal soluções para a disparidade de preços entre o vinho nacional e importado. A alegação do setor é de que alguns estados brasileiros buscam aumentar arrecadação importando produtos e destinando para outros estados. Com isso, diferem o ICMS na entrada da mer-cadoria, tributam de forma baixa na operação interestadual e geram crédito para o estado seguinte. Este é o foco do trabalho do Grupo Técnico de Planejamento Tributário, constituído por representantes da cadeia produtiva. A comissão foi formada pelo então presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Julio Fante. Ele comenta como se dá a operação, por exemplo, com a vinda de produtos do estado de Santa Catarina. "O agente importa o produto, não paga o ICMS na entrada, e quando vende para o Rio Grande do Sul paga apenas 4% e gera para o comprador no Rio Grande do Sul um crédito de 12%. Existe um vazio de 8% que acaba se tornando uma forma de competição desleal", diz.

Colheita de milho 1ª safra no Brasil está adiantada

A colheita de milho, primeira safra no Brasil, havia sido re-alizada em 3,6% da área cultivada com o cereal até o �inal da semana passada. Os trabalhos estão adiantados na comparação com a mesma época do ano passado, quando menos de 2% da safra havia sido colhida. A colheita do cereal começa a ganhar ritmo no Paraná, maior produtor brasileiro, onde atingiu 5% do total semeado, avanço de mais de dois pontos percentuais ante a semana anterior. Na mesma data do ano passado, os produtores ainda não haviam colhido o milho no Estado. No Rio Grande do Sul, já foram colhidos 12% da safra, contra 8,4% em igual período de 2011. Em Mato Grosso, as chuvas recentes estão di�icultando a colheita da soja, consequentemente, postergando a semeadura do milho no Estado.

Paraná registra casos de raivaTécnicos da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abaste-

cimento continuam monitorando a incidência de raiva bovina, doença transmitida pelas mordidas dos morcegos hematófagos contaminados. Até o dia 20 deste mês foram noti�icados 22 ca-sos no Paraná, distribuídos principalmente na região Norte do Estado. Dos números comunicados à secretaria, 18 casos foram em bovinos, dois em equinos, um em mula. “O importante é que os produtores adotem medidas preventivas para que possamos combater e acompanhar esses focos”, alerta a médica veterinária Elzira Jorge Pierre, responsável pela área de raiva do Departa-mento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (De�is).

Estados Unidos produziram 9,2% da soja do mundo, no período entre 1990 e 2005. O grão de soja contém aproxi-madamente 40% de proteína e não há outra cultura que possa ser cultivada em escala, nem disponibilidade de área de terras com clima que possam substituir a produção de soja.

Parece tão evidente que os produtores de soja deveriam trabalhar em conjunto, com

parcerias efetivas, objetivando fazer o melhor negócio com os clientes, que são os países asiáticos (China e Índia) e a Comunidade Europeia. Os Tigres Asiáticos inundam a América com produtos indus-trializados, com base na mão-de-obra barata e em impactos

negativos sobre o ambiente.O Brasil e a Argentina pro-

duzem com a melhor tecno-logia de proteção de recursos naturais (plantio direto), sem proteções e subsídios gover-namentais e a comercialização é submetida à capacidade de barganha dos países compra-dores.

É o momento de estabelecer novas estratégias, organizan-do os produtores de proteína à semelhança da OPEP (Organi-zação dos Países Exportadores de Petróleo) com a mesma sigla (Organização dos Países Exportadores de Proteína) se posicionando de forma de-terminada e previsível para o negócio de alimentos.

Os três maiores produtores e exportadores de soja (Brasil, Estados Unidos e Argentina) unidos teriam a possibilidade de organizar a produção e posicionar políticas de preço praticadas nas estratégias de negócios internacionais. O Brasil deveria começar pelo fortalecimento da Associação dos Produtores de Soja, como representante e interlocutor do negócio.

Nesse momento, não é uma opção, mas uma necessidade, organizar os paises exporta-dores de proteína. É momento de agir com sabedoria, deixar disputas e interesses pessoais de lado e pensar em negócio de escala, em conjunto, buscando estabilidade, com a organiza-ção interna e parcerias efetivas e harmoniosas com a Argen-tina e com os Estados Unidos.

2 Ijuí, 31 de janeiro de 2012

Parece tão evidente que os produtores de soja deveriam trabalhar em

conjunto.

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Na edição anterior deste informativo, abordamos o ciclo evolutivo das empresas rurais até a etapa III, que se caracteriza pela descentra-lização das decisões e setorização da empresa, quando pelo menos as decisões de rotina passam a ser tomadas por gerentes ou chefes de setores. O empresário fi ca então liberado para a ação em outras áreas estratégicas importantes para o crescimento da empresa. Vi-mos também que é nessa fase que a crise do controle se manifesta, na medida em que os objetivos setoriais tendem a se sobrepor aos objetivos da empresa como um todo. Na verdade, de certo modo os setores começam a atuar como se fossem pequenas empresas individuais inseridas numa empresa maior. Surge, portanto, a neces-sidade de reorganizar a empresa no sentido de defi nir com clareza as responsabilidades e os limites de cada setor, sem perder a visão do todo que é a empresa. Assim ocorre a transição para a etapa IV.

Etapa IV – Crescimento pela Coordenação - Esta etapa inicia-se com uma profunda e ampla discussão sobre os objetivos e metas da empresa e uma redefi nição das atribuições de cada setor. É necessário que os responsáveis e os funcionários de cada setor, entendam e aceitem que fazem parte de um processo mais amplo e abrangente e que suas funções devem se somar às de outros setores visando o alcance das metas e objetivos da empresa. A partir daí, são implantadas as ações de planejamento debatidas com todo o quadro funcional.É nesta etapa que a empresa passa a servir-se de instrumentos ad-ministrativos como os planos de ações, regulamentos, orçamentos, relatórios, fl uxos de caixa e outros. A empresa então passa a andar de acordo com o que foi previamente estabelecido. Ocorre que fazer planejamento rígido em uma empresa rural é verdadeiramente um exercício de futurologia, tantos são os fatores incontroláveis que afetam de forma signifi cativa o desempenho dela. Entre outros, se pode citar: variações climáticas, políticas agrícolas do governo, infl ação, proble-mas de comercialização, mudanças cambiais, alterações bruscas de demanda e oferta no mercado e poder aquisitivo do consumidor. Isto não signifi ca que é inútil fazer planejamento nas empresas rurais. Na verdade se essas ocorrências causam problemas para uma empresa sob planejamento, certamente os impactos negativos serão muito mais profundos naquelas que não são planejadas. No entanto, a eventual ocorrência dos fatores acima citados, exige que a empresa seja muito ágil na tomada de decisões e aceite com naturalidade a correção de rumos quando necessária, mesmo contrariando o previamente es-tabelecido no planejamento. Mas se a empresa está engessada por um rígido esquema burocrático, será difícil implantar alterações nos rumos traçados, com a agilidade necessária. Identifi cada a crise de burocracia, está na hora da empresa passar para a etapa V.

Etapa V – Crescimento pela Cooperação - Pessoalmente não conheço nenhuma empresa agropecuária brasileira que tenha alcan-çado este nível de crescimento. Para alcançar esta fase, mais do que mudanças no esquema administrativo é importante uma mudança radical na cultura da empresa. Trata-se daquilo que alguns autores chamam de empresa solidária, onde se verifi ca em todos os níveis – desde o empresário até o funcionário mais humilde – um profundo grau de comprometimento com o desempenho da empresa. E isto não se consegue de uma hora para a outra. É necessário um criterioso planejamento e uma integração honesta e respeitosa entre todo o quadro funcional da empresa. O dirigente de uma empresa solidária, não estabelece barreiras à comunicação com os seus funcionários. Pelo contrário, convive com eles, dialoga, ouve-os e estimula a criatividade deles. A qualifi cação e atualização constante do quadro funcional são prioridades desse dirigente, bem como não mede esforços no sentido de garantir que os funcionários alcancem um alto grau de satisfação no cumprimento de suas obrigações. Nesse ambiente, as pessoas se sentem como parte integrante, efetiva e importante da empresa, cresce a autoestima, o entusiasmo e o grupo funcional passa a atuar como uma equipe coesa, solidária e comprometida com os resultados da empresa. Agora são muitas cabeças pensando, as informações fl uem com rapidez e transparência e a empresa se torna ágil e competitiva. A implantação de programas de qualidade total tende a conduzir as empresas agropecuárias para a etapa V.

Aqui no Brasil, estamos enfrentando um grave problema de estiagem que já registra perda de 1 milhão de litros de leite por dia. Sem pastagem, não existem muitas alter-nativas para alimentação das vacas. Na Alemanha quais as alternativas para a alimentação do gado, além das pastagens?

Na Alemanha, a maioria das vacas leiteiras nunca deixa os estábulos. A ma-nutenção de uma produção média de 8.100 litros de leite por vaca por ano não é possível com pastagens. As vacas na Alemanha são ali-mentadas com uma Ração Mista Total (TMR), baseada principalmente em silagem de milho e gramíneas, mais minerais e concentrados. Por manter as vacas den-tro dos estábulos e usar silagens para alimentação do rebanho, a propriedade agrícola �ica independente das condições climáticas. O lado negativo deste tipo de sistema de produção é o alto custo e a elevada quan-tidade de insumos, como fertilizantes e energia.

O que o Rio Grande do Sul poderia fazer para

Dr. Uwe Richter é biólogo pela Universidade de Osnabrück,

Alemanha e Doutor em Agricultura pela Universidade de Kassel. Atualmente é pesquisador da

Universidade de Kassel, atuando também no ensino das seguintes

disciplinas: Sistemas de Engenharia para Produção Animal; Eletrônica

na Agricultura; Estatística para Engenheiros. Ele estará no Rio

Grande do Sul entre os dias 19 e 26 de fevereiro e realizará visitas a instituições de ensino e empresas regionais. No dia 23 de fevereiro

será realizada uma palestra aberta à comunidade na Unijuí, no Auditório da Sede Acadêmica, às 9h sobre

a Aplicação da eletrônica na agricultura. A palestra terá tradução

simultânea pela Wizard de Ijuí.Esta entrevista foi realizada com a colaboração do Professor Adelar

Francisco Baggio (Unijuí), Professor Roberto Carbonera (Unijuí) e traduzida por Carolina Bilibio

(Doutora em Engenharia Agrícola Ufl a/UniKassel)

ENTREVISTA Uwe Richter

Etapas evolutivas de uma empresa rural (2)

amenizar a situação da estiagem na área leiteira?

É provável que a ocorrên-cia de secas se multipliquem nos próximos anos devido às alterações climáticas. Portanto, seria importante minimizar a in�luência das alterações climáticas na produção de leite. Isso pode ser feito com a substituição de pastagem como principal fonte de alimentação por ração baseada em silagem. As silagens podem ser es-tocadas por um longo pe-ríodo, consequentemente garantindo a alimentação de vacas leiteiras.

Como se percebe a po-tencialidade leiteira da região Noroeste do Rio Grande do Sul, onde exis-tem várias fábricas e inú-meros produtores?

Se os produtores do Rio Grande do Sul encontrarem uma maneira de compensar a in�luência das secas, o Estado terá um potencial no mínimo tão alto quanto o da Alemanha, se não maior. As condições de desenvolvi-mento de plantas forragei-ras são muito melhores no Noroeste do RS do que na Alemanha.

Quais as tecnologias que

poderiam ser aplicadas para aumentar ainda mais a produtividade?

O sistema de Ração Mista Total pode ser uma ótima al-ternativa para proporcionar o aumento da produtivida-de de leite. A alimentação com Ração Mista Total pos-sui muitas vantagens, como: maior consumo de ração, menor �lutuação do pH do rúmen, prevenção de sele-ção de alimentos, praticida-de no uso de componentes de sabor menos acentuado, dieta ajustada para vários grupos de animais, trabalho facilitado.

Como é percebida a di-ferença entre a produção brasileira e alemã?

Por causa das baixas tem-peraturas na Alemanha, o custo de energia para resfriar o leite é muito menor do que no Brasil. Além disso, a produção está concentrada em poucas e grandes empresas. O nú-mero de produtores de leite diminui enquanto o número de cabeças por produtor aumenta, alcançando uma média de 50 por agricultor. Também cresce o número de fazendas com mais de 1000 cabeças.

3Ijuí, 31 de janeiro de 2012

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Uma vez concluída a obra da Usina RS-155, a energia gerada vai acrescentar muito ao sistema elétrico regional. “A capacidade desta Pequena Central Hidrelétri-ca, de seis Megawatts - somadas a geração da Casa de Máquinas e da minicientral - tem uma grande importância para a Cooperativa e ao sistema elétrico local, pois vai melhorar a qualidade de energia para todos na região”, garante o engenheiro eletricista, João Fer-nando Costa, responsável pelo Setor de Geração da Ceriluz. Isso, provocando um baixo impacto ambiental ao inundar apenas 1,66 hectares fora do leito do Rio Ijuí. Por se tratar de uma PCH de baixa queda (9m) e uma vazão de 80m³/s, o setor de engenharia op-tou por turbinas Kaplan verticais, que se diferenciam das usadas nas demais usinas da Cooperativa, horizontais. “Em termos de gera-ção não há grandes diferenciais, apenas optamos por esse modelo por apresentar um melhor custo/bene�ício”, explica Costa.

O engenheiro explica que para o transporte da energia gerada nesta hidrelétrica, tem-se a necessidade de uma subesta-ção elevadora, uma linha de transmissão e uma subestação de conexão com a RGE, para se interligar ao sistema nacional. “Aí está a vantagem da Ceriluz,

Nova usina reforçará sistema elétrico regional

pois não teremos necessidade de fazer investimentos em uma su-bestação de conexão, uma vez que esta já existe. Nós iremos utilizar a mesma subestação de conexão utilizada para a Usina José Bara-suol, em Chorão”, destaca. É ne-cessário, contudo, construir uma subestação elevadora, de 6,6 mil volts para 69 mil volts, ao lado da Casa de Máquinas, e uma linha de transmissão de 1,3 quilômetros até a subestação de Chorão. “Essa variação de tensão é necessária para diminuir as perdas elétricas e também custos, pois quanto maior a tensão do gerador, maior é o custo dele. Em contrapartida, quanto maior a tensão, menos se gasta em condutores elétricos. Por isso é fundamental fazer uma análise de custo/bene�ício”, conclui Costa.

O presidente Iloir de Pauli ressalta que a nova usina trará tranquilidade ao setor. “A entrada em operação ainda neste verão crítico vai gerar uma solução para o sistema regional, neste período anterior a construção da nova subestação”. Isso porque a Cooperativa vai colocar seis Me-gawatts à disposição, o que vai aliviar às redes antigas e reduzir a necessidade de trazer energia de fora para estabilizar o sistema. Para o presidente, no entanto, a construção da nova subestação,

em 2012, será a solução de�initiva quanto ao transporte de energia, uma vez que vai colocar mais 160 MW à disposição. Esta subesta-ção será construída pela Eletrosul e viabilizada pelo consórcio for-mado por Ceriluz, Demei, CEEE,

RGE, Hidropan e Coprel.A nova Usina RS – 155 ingres-

sou em fase de conclusão da obra. No mês de outubro, o Rio Ijuí foi totalmente desviado para que a barragem pudesse ser construída no leito. O trabalho avança na

parte civil da Casa de Máquinas e da Minicentral, restando apenas as suas conclusões para a água ser desviada para o túnel adutor, com exceção da vazão sanitária, que deve passar obrigatoriamente no leito original.

Clima e solo - É hortaliça própria de clima quente para ameno, com temperatura va-riando entre entre 20 e 25ºC. Não gosta de frio intenso ou geadas.

Evitar solos muitos argilo-sos, rasos e com baixos teores de matéria orgânica. Os solos argilosos causam maior apo-drecimento de sementes. O solo deve ser fértil e ter acidez de média a fraca.

Colheita e embalagem - A colheita das variedades rasteiras pode iniciar-se aos 50 dias após a semeadura, perdurando por 15 dias, enquanto as trepadeiras iniciam a produção com 70 dias, perdurando por até 30 dias, sem-pre levando em consideração o vigor das plantas. O ponto ideal de colheita é quando as vagens

A construção da Usina RS-155 entra em sua fase final, com a expectativa de garantir geração ainda nos meses quentes deste verão, possibilitando uma maior estabilidade ao sistema elétrico regional, antes da construção de uma nova subestação.

Para Criar e Plantartipo manteiga estão com cer-ca 23 cm de comprimento e, as do tipo macarrão, com cerca de 15 cm. As vagens de-vem ser tenras, partindo-se as pontas ao se-rem dobradas. A cada dois dias deve ser feita a colheita das vagens.

Plantio - Nas regiões quentes e litorâneas plantar no período de abril a junho; nas regiões mais frias, no período de agosto a março e nas demais regiões com clima quente para ameno, pode ser plantada o ano todo.

O espaçamento para as varieda-des trepadeiras são de : 1,00m x

0,50m a 0,70m e 1,20 x 0,50m; para as variedades anãs, de 0,50 x 0,20m.

Pode-se cultivar até 20.000 plantas/ha para as variedades trepadeiras e de 100.000 plan-tas/ha para as anãs.

A semeadura é direta, a 2,5cm de profundidade, em sulcos, podendo ser manual ou me-canizada.

Vagem

4 Ijuí, 31 de janeiro de 2012

A nova Usina RS - 155 ingressou em fase de conclusão da obra, no mês de outubro o Rio Ijuí foi totalmente desviado

A Usina vai colocar seis Megawatts à disposição

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Irrigação garante boa produção de leite durante estiagem

Há 10 anos Domingos Dalla-brida mora no Barreriro e a há dois utiliza a irrigação para impulsionar a produção leiteira de sua propriedade. Ao chegar na propriedade de Domingos é possível perceber o gado leiteiro bem nutrido, pastando em um campo verde, imagem di�icil de se ter no campo em período de estiagem.

Ao lado das demais práticas, a irrigação integra um conjunto de atividades que tem por objetivo o aumento da produção. Ela busca criar e assegurar as condições ideais para o desenvolvimento da atividade. Para Dallabrida, que antes de viver no Barreiro morava na Linha 29, Ajuricaba, “o solo era muito seco e por isso procuramos lugares mais úmidos e que tivesse lagos e rios por perto”, revela.

Domingos Dallabrida conta que começou a trabalhar com a produção de leite no ano de 2005, mas antes produzia queijo em grande quantidade, que era

vendido em 22 mercados. “Essa era a nossa atividade, até que a �iscalização bateu na nossa porta, pois não aceitavam que vendêssemos mais dessa forma. Tínhamos então que montar uma microempresa de produção de queijo”, relata. Como na proprie-dade de Domingos havia poucas pessoas e muito trabalho, deci-diram vender leite. “Não fomos contra a lei, mas eu acreditei que não era viável, pois prejudicaria minha aposentadoria, a qual fal-tava apenas dois anos e meio, foi assim que começamos a produzir leite”, explica.

O produtor de leite lembra que decidiu inserir a irrigação para melhorar e garantir a alimen-tação do gado. “No dia que ouvi no rádio que os interessados em implantar a irrigação deveriam procurar a Cotrijui, procurei e fui um dos primeiros cinco pro-dutores a utilizar a irrigação na produção de leite”, acrescenta. Ele diz que os pro�issionais da

Cotrijui colaboraram muito na implantação desse sistema. “Eles demarcaram e �izeram as medi-ções na propriedade”, revela.

Na época, a implantação custou mil sacos de soja, sendo que R$ 23 mil ele �inanciou e o resto pagou. “Hoje possuo 72 cabeças de gado. Se estivesse passando por problemas em função da estiagem, já teria vendido a metade do meu gado leiteiro e, como tenho a irrigação, não tive nenhum problema”, a�irma

Domingos, que apesar de ter uma boa produtividade, viu o lago que abastece a irrigação cada dia mais baixo. “Mas, mesmo assim, ele ain-da dá conta da irrigação”, a�irma.

Segundo Dallabrida, são neces-sários oito milímetros de água por dia para irrigar a grama e o pasto. “Já o milho deveria de ser irrigado 12 milímetros, um dia sim e outro não. Mas eu quis plantar o milho apenas para silagem e então de-cidi por não implantar a irrigação nos três hectares, assim acabei

perdendo todo o milho que tinha plantado”, fala.

O agricultor destaca o único problema gerado pela irrigação. “O aumento na conta de luz é muito signi�icativo. Na minha propriedade a luz é bifásica, caso fosse trifásica haveria desconto, na conta e bifásica não tem. Aqui não há condições de vir a trifásica, pois é muito cara”, conclui. Mesmo assim ele acredita que compensa ter a irrigação, pois sem ela os prejuízos seriam enormes.

Perdas na agricultura podem somar R$ 90 milhõesMuitos são os prejuízos que os

produtores tiveram e, segundo o chefe do Escritório Municipal da Emater, Edwin Bernich, o cálculo das perdas é realizado a partir de uma estimativa de produção inicial baseada na tecnologia que os agricultores estão adotando na ocasião do plantio. “Por exemplo, quanto ao milho, esperava-se uma produtividade de 7200 kg por hectare na ocasião do plantio, agora com a estiagem, a produtividade média deve �icar em torno de 1500 kg por hectare”, explica. Ele destaca que acredita-se que hoje os números diretos da agropecuária estão ao redor dos R$ 90 milhões.

Segundo Edwin, todas as 40 localidades do município tiveram perdas. “Mas, algumas que se localizam na região oeste do mu-

nicípio tiveram perdas menores, pois lá ocorreu um maior número de pancadas que amenizaram os impactos da estiagem”, diz.

Quanto às culturas mais pre-judicadas, o chefe da Emater Municipal diz que em percentual de perdas foi o milho, em volume de dinheiro a soja. “Porém, o maior impacto social é no leite, que agrega renda mensal às famílias atingidas que diminuiu e somente vai voltar a crescer a partir de junho”, revela.

Para driblar as perdas, Edwin acredita que os agricultores fa-miliares precisam priorizar suas atividades dando preferência para as atividades de subsistência e para aquelas que lhe garantam rendas mais constantes e onde o impacto pode ser melhor assimi-lado. “Também devemos voltar a

ter mais atenção para o manejo do solo, hoje, além de ocorrer um exagerado trânsito de máquinas agrícolas sobre o solo, este tem ocorrido muitas vezes com o solo em condições inadequadas (solo muito úmido) causando a compactação dele e com isso a diminuição da capacidade de in�iltração de água para enfrentar um período de estiagem”, revela. Ele lembra ainda que outras prá-ticas também ajudam a melhorar esta condição, que é a rotação de culturas, cultivo em nível e aumento de palha sobre o solo.

A última chuva animou os agricultores. “Eles se animam ra-pidamente, porém o cenário real é que somente as atividades que têm produção continuada como a pecuária de leite e de corte mais a piscicultura terão recuperação,

e isso ainda vai demorar”, revela Edwin. Para ele, os prejuízos das culturas anuais não têm mais volta, pois estas têm um ciclo de desenvolvimento de�inido ao longo do ano e esse não retorna.

Edwin explica que “algumas cultivares de soja que foram plan-tadas em dezembro e que estão em período de �loração, têm po-tencial de produção mais alto que a média das lavouras, porém este não vai alcançar a produtividade projetada no início do plantio”.

Como funciona a irrigaçãoAs propriedades que dispõem de

água para trabalhar com irrigação têm condições de regular melhor a produção, porém deve ser destaca-do que esta é uma prática bastante cara, pois não consiste apenas em colocar uma bomba de água e canos para levá-la até as lavouras, precisa

também de energia para acionar a bomba, e de conhecimento para não fazer algo que vá somente onerar mais ainda a produção.

A irrigação também é uma prática para poucos, pois o limite da irri-gação é a água que está disponível. Toda a água super�icial que há em Ijuí é conduzida para os rios Ijuí, Potiribu, e Conceição, as águas que formam os banhados, sangas ou pe-quenos açudes vão para estes três rios. “Em Ijuí, o potencial é de irrigar apenas 4 mil a 5 mil hectares, e isto implicaria em secar estes três rios deixando a população sem água e sem luz”, revela Edevin.

Se o agricultor quer irrigar, primeiro precisa responder de onde virá a água? De quem serão os 5 mil hectares irrigados e como seria selecionado? E os outros agricultores como �icariam?

No início desse ano, muitos agricultores passaram por dificuldades, em função da falta de chuva que permaneceu por 67 dias, enquanto outros produtores, como Domingos Dallabrida, utlizaram a irrigação como forma de minimizar os prejuízos

O gado bem nutrido é uma das características da propriedade da família Dallabrida

5Ijuí, 31 de janeiro de 2012

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Produtores apostam no plantio de soja fora de época

As precipitações de chuva que ocorreram a partir da segunda quinzena de janeiro, não apenas animaram os agricultores atin-gidos pela seca, como também levaram produtores da região a uma tentativa arriscada e fora do normal. Como as lavouras não vingaram, apelaram para o plantio fora de época da soja.

Segundo o técnico da Emater de Cruz Alta, Enio Coelho, o calendário agrícola para a soja

Bolo de carne moída a Philadelphia

INGREDIENTES:

- 1/4 kg de carne moída bovina- 1/4 kg de carne moída de porco ou frango- 50 g de bacon frito bem picadinho- 1 ovo inteiro- 2 dentes de alho bem picadinhos- 3 colheres de sopa de cebola bem picadinha- 1 colher de sopa de salsinha bem picadinha- Pimenta a gosto

Recheio:- 150 g (1 pote) de Cream Cheese Philadelphia- 5 fatias de queijo prato

MODO DE PREPARO:

Combine todos os ingredientes da car-ne, acomode a metade da carne em uma forma refratária, adicione o Cream cheese Philadelphia e o queijo, cubra com a outra metade da carne. Cubra com papel alumínio. Asse a 180°C por 45 minutos, destapar e servir.

Dicas:Se desejar, pode adicionar a parte interna das folhas de espinafre, bem lavadas, junto com o quejio, para dar mais cor ao prato.

O período indicado para o plantio da soja na região encerrou no dia 31 de dezembro. Mesmo assim, alguns produtores aproveitaram

as chuvas da segunda quinzena de janeiro para realizar o plantio fora

do zoneamento agrícola

indica plantio até 31 de dezem-bro no Estado. Mesmo assim, ele destaca que nas últimas duas semanas viu máquinas agrícolas nas lavouras, realizando o plan-tio ou replantio. Segundo dados da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), no levantamento de perdas divulgado na última semana, estão sendo cultivados novamente mais de 12 mil hecta-res nos municípios de Cruz Alta, Tupanciretã e Jóia.

Segundo Enio, como o período é fora do zoneamento agrícola, não há !inanciamento ou seguro para as lavouras. “Tecnicamente não é recomendado. Produtores estão fazendo isso por conta e risco próprios”, ressalta.

Em Ijuí, alguns produtores tam-bém estão optando pelo plantio fora de época. Conforme o chefe do escritório municipal da Ema-ter, Edwin Bernich, a tentativa é bastante arriscada. “Além de necessitar de chuvas regulares, o produtor ainda precisa torcer

para não gear”, ressalta, expli-cando que nesta época a cultura precisa de uma maior regulari-dade de chuvas, já que, pelo dia ser mais comprido do que em novembro, o crescimento ocorre mais rapidamente no início. “Mas depois, com os dias mais curtos, o desenvolvimento começa a !icar mais lento, pois a planta depende muito das horas de luz. Outro problema é que a soja vai começar a !lorescer no mês de abril, que já é mês frio”, esclarece.

O produtor Walmir Antonio

Zardin concluiu na sexta-feira o plantio e replantio de 150 hectares de soja. Ele admi-te que considera arriscado, principalmente se persistir a estiagem. “O maior problema é se não chover nos próximos dias”, observa o produtor, des-tacando que a expectativa é de colher entre 25 a 30 sacas por hectare. “Uma colheita normal renderia cerca de 50 sacas por hectare, mas é melhor colher menos do que deixar a terra parada”, finaliza.

6 Ijuí, 31 de janeiro de 2012

Produtores da região afetados pela estiagem plantaram soja até a última semana

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Avançam perdas na safra de grãos com a estiagem no RS

Anistia do Troca-troca de Milho

Os estudos sobre resíduos de agrotóxicos em alimentos, elaborados pelas empresas para registrar esse tipo de produto no Brasil, terão que seguir metodo-logias semelhantes às adotadas internacionalmente. A norma está �ixada em resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada no Diário O�icial da União.

A norma �ixa todas as condições técnicas a serem observadas pelas empresas na condução dos

As chuvas registradas na última quinzena no Rio Grande do Sul amenizaram a estiagem, mas não foram su�icientes para conter o avanço dos prejuízos nas lavouras dos principais grãos de verão. Se-gundo dados divulgados no dia 26 deste mês pela Emater/RS-Ascar e Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), os produtores de feijão, milho, arroz e soja contabilizam perdas de R$ 2.892.889.801,03. As lavouras de milho já registram redução de 41,89% na produção em relação à estimativa inicial da Emater/RS-Ascar, calculada com

O governador Tarso Genro anunciou no dia 24 deste mês, em reunião extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Conselhão), medidas de apoio aos agricultores familiares atingidos pela estiagem no Estado.

Dentre elas está a anistia do pagamento das sementes de milho do Programa Troca-troca para os agricultores familiares que perderam suas lavouras em função da estiagem que assola o Rio Grande do Sul.

Conforme Airton Hochscheid, assessor de Política Agrícola da Fetag, a medida atende reivindicação da Federação entregue ao governo no último dia 16 de janeiro.

Anvisa publica novos critérios para registro de agrotóxicos

estudos de resíduos de agrotó-xicos em alimentos, tais como: critérios para preservação de amostras, apresentação de estu-do de estabilidade de agrotóxico na cultura e curva de dissipação.

Com esse regulamento, a An-visa espera garantir mais segu-rança na condução das análises de resíduos de agrotóxicos em alimentos. O novo regulamento é uma atualização da Resolu-ção RDC 216/2006 da Agência. Com essa norma, os estudos

de resíduos de agrotóxicos em alimentos passam a seguir as re-comendações metodológicas do Codex Alimentarius, programa da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

No Brasil, o registro de agro-tóxicos é feito pelo Ministério da Agricultura, órgão que analisa a e�icácia agronômica desses produtos. Porém, a anuência da Anvisa e do Ibama é requisito obrigatório para que o agrotóxico seja registrado.

A Anvisa faz a avaliação toxi-cológica dos produtos quanto ao impacto na saúde da população e estabelece os limites máximos de resíduos em alimento, bem como, o intervalo de segurança que deve ser observado entre a última aplicação do agrotóxico e a colheita. Já o Ibama observa os riscos que essas substâncias oferecem ao meio ambiente.

base na média histórica dos últi-mos dez anos. Na soja a quebra é de 22,33%, no arroz de 6,62%, e no feijão 1ª safra de 6,47%.

As estimativas se baseiam em dados coletados entre os dias 16 e 25 de janeiro, em um universo que abrange 97% da área cultivada com milho e soja no Estado, 87% da área de arroz e 75% de feijão. O secretário de Desenvolvimento Rural, Ivar Pavan, destacou que a abrangência da pesquisa é de 411 municípios, somada à expe-riência da Emater/RS-Ascar no levantamento de informações, procedimento realizado quinze-nalmente desde a década de 70 e on-line desde 2005, reforça a precisão dos números divulga-dos. “Estes são os dados o�iciais do governo”, disse.

O milho ainda é a cultura mais afetada pela estiagem, já que a escassez de chuvas atingiu sua fase de maior necessidade hí-drica, de �loração e enchimento de grão. Com isso a produção não vai ultrapassar 3,08 milhões de toneladas, o que representa queda de 46,63% em relação à safra passada (5,78 milhões de toneladas). A situação é mais grave na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo. Com participação de 25,97%, é a maior produtora do

grão no Estado, e já contabiliza uma redução de 59% na produção em relação à estimativa inicial.

”Não há possibilidade de recu-peração no milho. A situação pode se agravar se continuar a estia-gem, mas as perdas divulgadas já estão consolidadas”, lamenta o presidente da Emater/RS, Lino De David. Hoje, 20% das lavouras de milho estão em desenvolvimento vegetativo, 16% em �loração, 29% em enchimento de grãos, 18% maduras e 17% já colhidas.

A expectativa dos produtores e técnicos agora é que volte a chover de forma contínua e bem distribuída no Rio Grande do Sul, de forma a estancar, principal-mente, os prejuízos nas lavouras de soja. As precipitações das próximas semanas determinarão a produtividade �inal da cultura, já que 13% da área cultivada está em fase de enchimento de grãos e 47% em �loração. “As maiores perdas estão nas variedades precoces, que já estão a�lorando”, avalia o presidente da Emater/RS.

Caso a situação hídrica se nor-malize, os prejuízos poderão ser estancados, mas não serão rever-tidas as perdas já consolidadas, de 22,33% na produção em relação à estimativa inicial da Emater/RS-Ascar. A produtividade média, até o momento, é de 1.948 kg/ha,

e a produção não vai ultrapassar oito milhões de toneladas. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, responsável por 23,3% da produção total do Estado, a quebra de safra chega a 26,4% e, em Santa Maria, onde são produzidos 18,96% do total, já está consolidada redução de 32,70% da safra.

A cultura menos impactada pelo clima é a do arroz, que, de-vido à irrigação, mantém a pro-dutividade média em 6.861 kg/

ha, rendimento que projeta uma produção total de 7,53 milhões de toneladas para esta safra, mar-cando uma diferença de – 6,62% em relação à estimativa inicial.

O levantamento abrangeu ain-da a cultura do feijão da primeira safra, que registra queda de - 6,47% em relação à estimativa inicial, e de -17,91% em relação à safra 2011, quando foram colhi-das 93.019 mil toneladas – este ano não deverá passar de 76.357 toneladas.

7Ijuí, 31 de janeiro de 2012

O milho é a cultura mais afetada pela estiagem, já que a escassez de chuva atingiu sua fase de maior necessidade hídrica de floração e enchimento de grão.

Caso a situação hidrica normalize os prejuízos não serão revertidos

Anvisa espera maior segurança na condução das análises de resíduos

Anistia do pagamento das sementes de milho é uma das medidas

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Produtores de uva utilizam a fruta para fabricação de sucos, geleias e chimias

A uva é utilizada in natura na região, além da fabricação de chimias, geleias, sucos e vinhos. Como a fruta foi be-ne�iciada pela falta de chuva, o grau de glicose está elevado, em relação aos anos anterio-res. Assim os produtores da fruta estão aproveitando para a fabricação desses produtos para armazenar e consumir durante todo o ano.

Para a agricultura Melita Maria Dallabrida, o suco, chimia e a geleia renderam mais. “O suco que �iz também rendeu mais graças à falta de chuva que deixou a fruta mais doce”, revela.

O processamento da uva é feito no momento da colheita. ”Já vou vendo os cachos que posso usar no momento que estou colhendo, as que estão estragadas já jogo fora”, a�irma Melita. No momento de fazer a chimia são tirados todos os grãos do cacho e o que não é bom já vai �icando de fora.

Melita Dallabrida sugere como fazer uma boa chimia. “Os grãos bons são colocados dentro de uma panela com um pouco de água, fervido ela até �icar transparente, depois

Desenvolvimento Rural oferece manual do processameto da uvaA produção de uva no mu-

nicípio tem aumentado ano a ano, mas, segundo o assessor do Núcleo de Produção Vege-tal da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural, Eloir Torres Hass, sempre falta uva no município. "É necessário vir de fora para suprir a ne-cessidade", revela.

Para Eloir, a necessidade continua sendo a mesma para a produção de sucos, vinhos, chimia e geleias. "A Secretaria Municipal de Desenvolvmen-to Rural convida os produ-tores para tirar as dúvidas e conta também com manual que explica desde a chegada da uva até o processamento para o suco e para o vinho", lembra o assessor.

Eloir explica que "hoje o município produz em torno de 450 toneladas de uva, mas entra muito produto de fora", acredita.

passa-se ela em uma peneira onde vai �icar somente a semente e a casca, depois com o resto é feito a geleia”, explica. Esse ano o que sobrou, por exemplo, do suco de uva a agricultora a�irma que foi fora, mas daria para fazer suco. “Uma vizinha fez isso, com a so-bra ela fez suco e com a sobra do suco ela colocou em um balde e vai fazer vinagre”, diz. Quanto a geleia, sobra apenas a casca e a semente. “Pouca coisa sobra, que daí vai fora”, a�irma.

A diferença entre chimia e geleia é que a geleia é feita com o suco e a chimia com toda a massa da uva, �icando mais consistente. “ O suco para fazer a geleia é tirado em uma panela no fogo através do vapor, com isso fazemos a geleia”, explica. E a chimia é feita com a polpa e suco de uva.

A agricultora diz que produz chimia, suco e geleia com a ajuda de sua �ilha, Sara Dallabrida. Mas através de um curso oferecido pelo Senar aprendeu a fazer a verdadeira chimia. “A vida toda fazia chimia, mas não �icava o gosto da uva e a cor”, acrescenta. Na comunidade de Barreiro fez cinco dias de curso e ali aprendeu todos os passos para fazer uma boa geleia. “O maior segredo que

aprendi é que o suco deve ser colocado com a terceira parte do açúcar para fazer a geleia, o açúcar deve ser dividido em três partes, assim que a geleia começa a ferver coloca-se uma parte, daí ela dá uma esfriada, por causa do açúcar. Quando ela começa a ferver de novo,

coloca-se mais uma parte de açúcar, assim ela esfria e quando ela ferve novamente coloca-se a terceira parte do açúcar”, frisa. Ela conta que coloca junto duas colheres de sopa de um litro de suco de limão. “É isso que dará a cor e o gosto da uva. Para saber quando ela está pronta,

coloca-se água dentro de um prato com uma colher de geleia, ela vai para o fundo, espera um pouco, se �icar uma estradinha, que ela se separa, é porque está pronta ou se junta novamente é porque não está pronta, que tem que ferver mais”, explica o segredo de uma boa chimia.

Ijuí, 31 de janeiro de 2012

Anos atrás a Secretaria distri-buiu a videira aos produtores. "Eles recebiam 200 mudas e tinham que ter mais ou menos ou-tras 100 mudas. Nesse ano, todos os produtores que receberam as videiras estão com as plantas em fase de produção", revela.

Festas da Uva pelo muni-cípio:

44ª Festa da Uva - Paróquia São Geraldo, acontece nos dias 3,4 e 9 a 12 de fevereiro.

36ª festa da Uvae do Vinho na Vila Santo Antônio, em Ijuí, na Capela São Paulo. Acontece no dia 26 de fevereiro.

A falta de chuva deixou a uva com alto grau de glicose, fa-zendo com que renda mais para fazer os produtos

Mãe e filha aproveitam a época para produzir produtos para consumir o ano inteiro

Mesmo o município produzindo 450 toneladas de uva não é suficiente para suprir a necessidade de produtores de

chimia, geleia, sucos e vinhos, tendo que vir de outros municípios

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