jesse souza_a Ética protestante e a ideologia do atraso brasileiro

8/16/2019 Jesse Souza_a Ética Protestante e a Ideologia Do Atraso Brasileiro

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Revista Brasileira de Ciências Sociais

On-line version ISSN 1806-9053

Rev. bras. Ci. Soc. vol. 13 n. 38 So !a"lo Oct. 1998

A ÉTICA PROTESTANTE E A IDEOLOGIA DO ATRASO

BRASILEIRO

#ess$ So"%a

&a' (eber $) se* so*bra de d+vida) "*a das re,erências,"nda*entais das ciências sociais no Brasil. No s ele $"* dos a"tores *ais citados nas nossas disserta/es eteses de *estrado e do"torado (ernec 2ianna) no relo). 14) co*o) neste artic"lar) "nta*ente co* &ar') $ arincial ,onte de insirao ara a rriaa"toco*reenso do Brasil. esar disto) *"ito e*boraten7a*os e'celentes est"diosos da obra e de asectos da

obra eberiana) careca*os de interreta/es acerca destain:"ência. O trabal7o de ;"i% (ernec 2ianna) "e $ atrasado o"avanado o") e* o"tras alavras) o >"e $ tradicional o"*oderno est= i*lcito nestas an=lises co*o "*a

re,erência absol"ta. O >"e $ erdido neste rocesso $ a realdi*enso da noo de a*bi@Aidade c"lt"ral. sta noo)

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0102-6909&lng=en&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0102-6909&lng=en&nrm=iso


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,"nda*ental ara >"al>"er ciência da c"lt"ra) ercebe>"al>"er escol7a c"lt"ral contin@ente co*o envolvendosi*"ltanea*ente erdas e danos. Nesta e*reitada)roc"rarei *e valer de a*bi@Aidades da rria an=lise

eberiana sobre o desenvolvi*ento ec"liar do Ocidente.

Concordo co* a tese de (ernec 2ianna de >"e (eber ,oi"sado ara e'licar o atraso da sociedade brasileira. O*es*o oderia ser dito) certa*ente) de arl &ar'. Nessesentido) estes dois a"tores ,ora* "tili%ados ara a"dar aidentiDcar os obst=c"los >"e nos i*ede* de ser*odernos. Eado o vi$s desenvolvi*entista e *oderni%ador

das nossas ciências sociais) co*reende-se a in:"ênciaavassaladora destes a"tores cl=ssicos entre ns.

artir de "* interesse >"ase *etaterico) @ostaria de *econcentrar nas no/es *es*as de atrasado e *oderno. Fco*reensvel o "so de &a' (eber neste conte'to. sinterreta/es 7odierna*ente *ais in:"entes de &a'(eber) co*o as de Griedric7 Hennbr"c) #Ar@en aber*as e(ol,@an@ Sc7l"c7ter) en,ati%a* recisa*ente o asectoevol"cionista da sociolo@ia eberiana. !ara aber*as198J) . K53-K594) or e'e*lo) (eber teria) incl"sive)anteciado o neo-evol"cionis*o conte*orLneo. ocontr=rio do evol"cionis*o cl=ssico das ciências sociais dos$c"lo MIM) co*o o *ar'ista) or e'e*lo) (eber teriaroc"rado evitar c"idadosa*ente a noo de etaas >"e ses"cede* se@"ndo "*a orde* nor*ativa necess=ria >"earece inscrita na 7istria.

No entanto) se (eber reeita este evol"cionis*o *aterial)ele seria adeto de "* evol"cionis*o ,or*al) co*o) ore'e*lo) o do rrio aber*as. esar da rec"sa ?DlosoDa da 7istria contida na noo de etaas necess=riasde desenvolvi*ento) o evol"cionis*o ,or*al acreditaer,eita*ente na e'istência de est=@ios dedesenvolvi*ento co* validade "niversal. Nos dois

e'e*los >"e cita*os aci*a) aber*as e (eber) estes


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est=@ios de desenvolvi*ento 7ierar>"i%=veis e co*retens/es de "niversalidade concentrar-se-ia* no asectoco@nitivo e *oral.

Isto e'lica) incl"sive) or >"e os três co*entadores de &a'(eber aci*a citados ten7a* se dedicado)re,erencial*ente) ao est"do da sociolo@ia da reli@ioeberiana. F >"e tanto a *oralidade >"anto a necessidadede co*reenso do *"ndo) ara (eber) nasce* co*o*ovi*entos end@enos ? racionali%ao reli@iosa. Ea >"e(eber) ao roc"rar as ra%es da eseciDcidade da c"lt"raocidental) ten7a dado esecial ateno ao est"do

co*arativo das @randes reli@i/es *"ndiais. >"al seria aeseciDcidade *oral ocidental e* >"e *edida estaeseciDcidade te* a ver co* o >"e esta*os c7a*ando deideolo@ia do atraso brasileiro Gao "* aelo ? aciência doleitor e s"@iro >"e aborde*os essas >"est/es or artes.Ee incio) vea*os o >"e si@niDca ara &a' (eber aeseciDcidade da c"lt"ra e da *oralidade ocidentais.

(eber e o Ocidente

F certa*ente incorreto i*a@inar a i*ortLncia da es,erareli@iosa ara &a' (eber co*o "*a inverso daca"salidade econ*ica *ar'ista. i*ortLncia esecial daes,era reli@iosa ara (eber no $ ca"sal *as si*7e"rstica. Sendo o ,"ndador da sociolo@ia co*reensiva)

>"e roc"ra a interretao das a/es individ"ais a artirdo sentido dado elo a@ente) nada *ais nat"ral >"e aes,era social) onde ele identiDco" a @ênese da rod"o desentido social or e'celência d"rante *ilênios) ten7a tido ari*a%ia do se" interesse @en$tico e co*reensivo.

2a*os roc"rar ,a%er "*a leit"ra neo-evol"cionista dasociolo@ia reli@iosa eberiana) de *odo a erceber onde(eber locali%a a s"erioridade evol"tiva ocidental nos

ca*os *oral e co@nitivo. ste onto ser= ,"nda*ental


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ara >"e ossa*os co*reender o >"e constit"i a*odernidade) e* relao ? >"al nossa ideolo@ia do atraso $contraosta. O neo-evol"cionis*o eberiano) co*o vi*os)$ ,or*al e no *aterial) o" sea) retende-se "niversalidade

aenas ?s estr"t"ras de desenvolvi*entoP os conte+dosdestas ode* ser) ao contr=rio) artic"lares. s estr"t"rasde desenvolvi*ento >"e nos interessa* re,ere*-se tanto?s ,or*as de consciência *oral e co@nitiva4 individ"ais)>"anto ?s conce/es de *"ndo societ=rias.

He*os a>"i) ortanto) a "no das ersectivasonto@en$tica desenvolvi*ento individ"al4 e Dlo@en$tica

desenvolvi*ento societ=rio o" da es$cie4. ste tio deleit"ra ode Dcar *ais co*reensvel ao leitorconte*orLneo se nos le*brar*os das s"as aDnidadesco* a sicolo@ia do desenvolvi*ento co@nitivo de "*!ia@et o" o7lber@. ssi*) a racionali%ao interna ? es,erareli@iosa ode ser ercebida co*o "*a ,or*a de resolver odile*a da interao do 7o*e* co* o *eio social e nat"ral.ste rocesso de arendi%ado ress"/e "* a"*ento do

@ra" de consciência e re:e'ividade acerca da realidade >"enos cerca) assi* co*o do @ra" de a"tono*ia daconsciência *oral >"e nela at"a.

o ,alar da @ênese das reli@i/es) (eber esclarece >"e noretende tratar da "e co*reensivo) oonto de artida so se*re as vivências e reresenta/ess"betivas dos indivd"os atores) o" sea) o


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searara* e o "e (eber

c7a*ar= de "e roicia a

transio do r$-ani*is*o ao ani*is*o e* sentido estrito(eber) 1985) . KQ84. Na crena nas al*as) >"e ress"/e

= a r=tica dos *a@os) ocorre "*a searao entre a id$iada entidade sobrenat"ral e os obetos concretos) os >"ais)a@ora) assa* a ser aenas 7abitados o" oss"dos.

O desenvolvi*ento co@nitivo se@"inte reresenta "* salto>"alitativo e i*lica a assa@e* do nat"ralis*o ara osi*bolis*o. O si*bolis*o ress"/e "*a crescenteabstrao dos oderes sobrenat"rais) disensando) dessa,or*a) >"al>"er relao co* obetos concretos. Eecisivaara esse *ovi*ento e* direo ? i*essoalidade dareresentao das ,oras sobrenat"rais $ a circ"nstLncia de>"e "e esto ae acontece* reresenta* "* ael na vida) *as ta*b$*coisas e ,en*enos >"e si@niDca* al@o e or>"erecisa*ente si@niDca* al@o< (eber) 1985) . KQ84.

Co*o en,ati%a od,re ;ien7ardt) o si*bolis*o roicia aos"eito) ela ri*eira ve%) "*a ,or*a de controle sobre oobeto da e'eriência atrav$s de "* ato de con7eci*ento)levando a >"e se s"ere a relao nat"ralista do 7o*e*co* o se" *eio or ,ora da a"tono*i%ao do conceito e*relao ? coisa.

T* ani*al o" o 7o*e* r$-reli@ioso ode* aenas resistirassiva*ente ? e'eriência do so,ri*ento e de o"tras


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li*ita/es i*ostas elas s"as condi/es de e'istência. O7o*e* reli@ioso) ao contr=rio) ode) atrav$s de s"acaacidade de si*boli%ao) de certa ,or*a "e) no*o*ento do rit"al) desaarece co*leta*ente >"ando "al>"er 7ora< trans,or*a-se no


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ser. sse asso ress"/e) recisa*ente) "*a conceode *"ndo d"alista) a >"al s se desenvolver= co* asreli@i/es de salvao) e reresenta) e* ter*os de l@ica dedesenvolvi*ento) "* asso evol"tivo decisivo e* relao ?

conceo de *"ndo *=@ica. o inv$s de "*a si*lesd"licao) te*os a>"i "*a e,etiva d"alidade) na *edidae* >"e) ao contr=rio do *"ndo *=@ico) a es,eratranscendental) eseciDca*ente reli@iosa) contra/e-se ?e*rica reivindicando ara si "*a ositividade e eDc=ciarrias. &ais ainda) a es,era transcendental assa a servista co*o a "al assaa ser o so,ri*ento. No incio do desenvolvi*ento da es,erareli@iosa o so,ri*ento era valori%ado ne@ativa*ente) co*ose ode observar elo co*orta*ento das co*"nidadesarcaicas e* ,estividades) ocasio e* >"e os doentes eso,redores e* @eral era* tidos co*o le@iti*a*ente"nidos elos de"ses e tornados obeto do dio e desre%o

@eral) sendo i*edidos de articiar dos ,esteos. reli@ioservia) ento) aos deseos dos oderosos e sa"d=veis de verle@iti*ada a rria ,elicidade (eber) 19QJ) . KQK4.

O ca*in7o ara a *"dana radical dessa conceoco*ea co* a distino) relativa*ente tardia) entre a c"rade al*as) entendida co*o c"lto individ"al) e o c"ltocoletivo) >"e c"idava aenas dos interesses *ais @erais da

co*"nidade. c"ra de al*as reoc"a-se) ao contr=rio)co* a >"esto da i*"tao ca"sal da c"la do so,ri*ento


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individ"al) a >"al ,oi ass"*ida or dinastias de *ista@o@oso" ro,etas de "*a divindade (eber) 19QJ) . KQ34. artir dessa eseciali%ao) ode* a@ora os sacerdotarvinc"lar se"s rrios interesses *ateriais e ideais aos

*otivos e necessidades da lebe.

T* asso se@"inte cons"*a-se co* a constr"o de *itosde salvao do so,ri*ento contin"ado) os >"ais er*ite*)elo *enos tendencial*ente) "*a interretao racionaldo so,ri*ento. *at$ria-ri*a ori@inal dessas constr"/esera* os ri*itivos *itos da nat"re%a >"e) a artir de sa@asde 7eris o" esritos inti*a*ente relacionados co*

,en*enos nat"rais) era* interretados co*o c"ltos desalvao (eber) 19QJ) . KQQ4. Ee "*a *aneira @eral) ,oi,or*ada a artir dessas eseranas de redeno "*a"anto


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a@ora) a distino entre as es,eras do ser e do dever ser.Co*o conse>Aência te*os "*a *"dana radical da relaodos 7o*ens consi@o *es*o) co* os o"tros e co* se"a*biente. Eeste *o*ento e* diante constit"i-se "* nova

es,era *oralP *ais ainda) te*os o aareci*ento da *oralen>"anto tal) co*o es,era a"tno*a co* "*a ositividaderria) na *edida e* >"e s"as Dnalidades se seara* detodas as o"tras Dnalidades *"ndanas.

Co* a conceo de *"ndo d"alista) or ,ora da distinoentre o sa@rado dever ser e o ro,ano *"ndo do ser)constit"e*-se d"as es,eras concorrentes e aralelas)

abrindo esao ara "*a Aências e dire/es dasreei/es reli@iosas do *"ndo $ levada a cabo or &a'(eber nas Aências as *ais distintas.K diversidade dessasconse>Aências e in:"ências sobre a cond"ta r=ticacon,ere) incl"sive) o Do cond"tor de toda a sociolo@ia dareli@io eberiana) assi* co*o e'lica o eso 7e"rstico daes,era reli@iosa ara a e'licao da eseciDcidade c"lt"raldo Ocidente.

s"erioridade c"lt"ral e *oral do rotestante

eseciDcidade do racionalis*o ocidental) ara (eber)res"lta da ,or*a ec"liar se@"ndo a >"al a reli@iosidadeocidental sol"ciona o se" d"alis*o esecDco. O d"alis*ona s"a verso ocidental $ otencial*ente tensional) o"sea) ao contr=rio do d"alis*o oriental) a ên,ase $

otencial*ente *ais $tica do >"e rit"alstica. Neste

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#1nothttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#2nothttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#1nothttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#2not


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sentido) abre-se a ossibilidade do con:ito aberto entre aositividade $tico-reli@iosa e as de*ais es,eras *"ndanas.F este o te*a das "i $ o da $tica >"e >"erdei'ar de ser "* ideal event"al e ocasional >"e e'i@e dosvirt"osos reli@iosos >"ase se*re "*a


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Eentre as seitas do rotestantis*o asc$tico) ,oi ocalvinis*o >"e* lidero" as @randes l"tas c"lt"rais nosases caitalistas *ais adiantados) con,erindo ta*b$* osest*"los *ais conse>Aentes ara "*a cond"o de vida

asc$tica (eber) 19J9) . 894. O do@*a *ais caractersticodo calvinis*o $ a do"trina da redestinao ide*) . 904.Se@"ndo essa do"trina) aenas al@"ns 7o*ens so eleitosara a vida eterna) se* >"e se ossa ter acesso aos*otivos >"e levara* Ee"s a ,a%er tal escol7a ide*) . 9K4.Co*o (eber en,ati%a) essa do"trina i*lica "*a distinoradical tanto e* relao ao catolicis*o >"anto e* relaoao l"teranis*o) na *edida e* >"e os +lti*os no s

de,ende* "*a o"tra conceo da divindade) co*ota*b$* oss"e* "*a conceo essencial*ente distintada iedade divina ide*) . 1034.

do"trina calvinista da redestinao ress"/e "*aconceo tal da divindade >"e) be* no sentido dadivindade no 2el7o Hesta*ento) i*lica "* abis*ointransonvel entre Ee"s e os 7o*ens (eber) 19J9) .

934) tra%endo) co*o conse>Aência) "*a e'tre*aintensiDcao da e'eriência 7"*ana da solido. T*ao"tra conse>Aência) talve% a *ais i*ortante) $ aeli*inao de toda *ediao *=@ica o" sacra*ental narelao Ee"sV7o*ens. !ara (eber) essa +lti*acirc"nstLncia ,oi absol"ta*ente decisiva ara a s"eraodo et7os catlico e) e* certa *edida) ta*b$* do l"teranoide*) . 9Q-954) no sentido de >"e a a"sência de

*ediao deter*ina o ,ec7a*ento dos esaos de


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Calvino no e'istia essa >"esto) osto >"e ele estavase@"ro da rria salvao. !ara os se@"idores) no entanto)a >"esto da d+vida da rria eleio @an7a "*si@niDcado central) roiciando a elaborao da do"trina da


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>"e direciono" toda a ,ora sicol@ica dos rê*iosreli@iosos ara o est*"lo do trabal7o se@"ndo os crit$riosde *aior dese*en7o e eDciência ossveis. O ele*entoasc$tico a@e co*o inibidor da ,r"io dos ,r"tos do

trabal7o) sendo o dese*en7o co*reendido co*oatrib"to da @raa divina e "* D* e* si.

No entanto) o esrito do caitalis*o no aenas in:"i no*"ndo do trabal7o o" na econo*ia e* sentido estrito)co*o ta*b$* contrib"i de ,or*a i*ortante ara aretiDcao da vida e* @eral.

enas o Ocidente conse@"e s"erar os li*ites de "*aconceo de *"ndo tradicional e da ,or*a de consciência>"e l7e corresonde. a>"isio de "*a consciência *orals-tradicional $ o >"e est= e* o@o na assa@e* da $ticada convico) tica de sociedades tradicionais le@iti*adasreli@iosa*ente se@"ndo "*a *oral s"bstantiva) ara a$tica da resonsabilidade) >"e ress"/e conte'tosec"lari%ado e s"betivao da roble*=tica *oral. staassa@e* $


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racionalista e individ"alista) >"e ele associa ? In@laterra eaos !ases Bai'os. S"a averso ? ri*eira tradio e s"aad*irao ela +lti*a Dca* claras e* "*a cartaendereada a dol, arnac no co*eo de 1906X "e co*andara* a c"riosidade de &a'

(eber. Ee incio ela si@niDca "*a relativi%ao dacontrib"io ,rancesa ara o racionalis*o ocidental. Revol"o Grancesa) aesar do alvoroo >"e rovoca) nose co*ara a "*a verdadeira revol"o da consciênciaco*o a do rotestantis*o asc$tico. Instit"i/es no sederr"ba* ela violência o" elo san@"e da vin@ana e doressenti*ento. T*a real *"dana instit"cional adv$* daconverso dos cora/es e *entes das essoas. Isto te* a

ver co* o *$todo co*reensivo da sociolo@ia eberiana)co* o interesse 7istrico e @en$tico de s"a sociolo@ia eco* o otencial 7e"rstico da racionali%ao reli@iosa =al"dido aci*a.

!ara Ant7er Rot7) (eber era "* 7i@ >"e tratava o"ritanis*o co*o antecessor do liberalis*o eindivid"alis*o *oderno e >"e ercebia o conte+do olticodas l"tas reli@iosas ela liberdade. !ara (eber) o,"nda*ento do individ"alis*o *oderno $ >"e Ee"s deveser *ais obedecido do >"e os 7o*ens. G"nda*ento este>"e = $ "daico) *as >"e o "ritanis*o leva ao li*ite. ste$ o real ele*ento criativo da c"lt"ra ocidental. sta arece-*e ser ta*b$* a ra%o da ideali%ao eberiana dasinstit"i/es olticas in@lesas. No se"

19584) onde roc"rava in:"enciar a @estao de novasinstit"i/es ara a le*an7a do i*ediato s-@"erra) a


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s"@esto $ de >"e as instit"i/es olticas britLnicas)esecial*ente "* arla*ento livre e at"ante) era* a basedo oderio *"ndial britLnico. I*ressionava a (eber acone'o entre "ritanis*o) de*ocracia) caitalis*o

co*etitivo e oderio *"ndial. ra isto >"e ele >"eria araa le*an7a de s"a $oca.

Interna*ente) nos sentidos essoal e oltico) (eber seinteressava elo co*onente vol"ntarista e radical dorotestantis*o asc$tico) >"e levava ? cone'o entrea"tocontrole e do*inao do *"ndo e'terior. steco*onente era visto or ele co*o antdoto ao

a"toritaris*o c"lt"ral e oltico ale*o (eber) 1958) .8J4. Se ns s"bstit"ir*os a In@laterra elos stados Tnidos)va*os reencontrar esta reoc"ao na tradio eberianado nosso ensa*ento social) >"e disc"tire*os a se@"ir.

He*os a>"i) talve%) as ca"sas da a*bi@Aidade eberianae* relao ao l"@ar do racionalis*o ocidental. (eber nose re,ere aenas ? si@niDcao c"lt"ral deste racionalis*o)*as ta*b$* U o >"e acarreta conse>Aências de lar@aescala U ? e'e*laridade do Ocidente rotestante e*relao ?s o"tras c"lt"ras *"ndiais. Co*o "ais as dire/es ara as >"ais ela aonta. F estaa ori@e* do se" *on"*ental est"do co*arativo sobre as@randes reli@i/es *"ndiais. >"esto $ deter*inar aeseciDcidade do racionalis*o ocidental. O ,ato $ >"e(eber Dca a *eio ca*in7o entre a oo de considerareste "* racionalis*o dentre o"tros de i@"al valor e deconsider=-lo


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!roble*as de 7istria "niversal vo ser en,rentados or "*Dl7o da *oderna c"lt"ra e"ro$ia de ,or*a correta einevit=vel sob o se@"inte onto de vistaX >"e associao decondi/es concorrera* ara >"e) recisa*ente no

Ocidente) e aenas nele) ten7a*os rod"/es c"lt"rais) as>"ais U elo *enos assi* @osta*os de i*a@inar Ureresenta* dire/es de desenvolvi*ento de si@niDcado evalidade "niversais

Ee incio) $ i*ortante notar) si@niDcado e validadesi@niDca* coisas distintas. Si@niDcado te* a ver co* anoo de einric7 Ricert de "e desi@na "* ,en*eno di@no derelevo) no sentido de i*ortante co*o obeto de est"do)e* co*arao co* o"tros *ais discretos. O conte'to)neste caso) $ ne"tro co* relao a valores) o" sea) noe'iste avaliao e si* si*les


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do s$c"lo assado) e de ,or*a *ais conse>Aente aenasco* o D* da !ri*eira "erra &"ndial) o rest@io olticodas s"as instit"i/es de*ocr=ticas = era "* ,ato "niversal.Nossa ri*eira Constit"io re"blicana = $ "* re:e'o

desta in:"ência.

No $ di,cil i*a@inar o >"e deve ter sido ara toda "*a@erao de olticos e ensadores reoc"ados co* asca"sas do atraso brasileiro o avassalador i*acto dessaco*arao to o"co ,avor=vel a ns. Dnal) 7ava*ossido coloni%ados deois dos T) tn7a*os "*a di*ensocontinental se*el7ante assi* co*o "*a ,ronteira interna

e "* adro de ovoa*ento i@"al*ente co*ar=veis4 e"*a o"lao >"e ta*b$* crescia) co* a *aciai*i@rao e"ro$ia) verti@inosa*ente. !or >"e so*os nsto obres e atrasados e eles to ricos e *odernos staer@"nta se i*"n7a >"ase >"e or si s.

escol7a dos stados Tnidos co*o nosso contraontoc"lt"ral or e'celência no si@niDca) @ostaria >"e istoDcasse be* claro) "*a si*les oosio de roetosnacionais) ? >"al ns "d$sse*os adicionar ? vontadeo"tras oosi/es) co*o e* relao ? Grana) ? le*an7ao" o"tro as >"al>"er. Racionalis*o ara (eber $ "*conceito s"ranacional. Hrata-se de "* conceitoabran@ente >"e en@loba ec"liaridades das ,or*a/esnacionais e* ,avor da e'licitao de traos *ais b=sicos e7e"ristica*ente *ais si@niDcativos >"e ,ronteirasnacionais. Racionalis*o $) ortanto) "* tio-ideal. escol7a dos stados Tnidos) e no da Grana o" dale*an7a) deve-se ao ,ato de >"e a ,or*ao concreta dasociedade a*ericana se aro'i*a) co*o nen7"*a o"tra)da reali%ao concreta do tio abstrato de racionalis*oocidental no sentido eberiano. Ea se" enor*e interesseara o *"ndo inteiro) e no aenas ara ns. Os stadosTnidos so a nao or e'celência do rotestantis*o

asc$tico) onde este ode se desenvolver livre de o"trasin:"ências) >"ase >"e co*o "* tio "ro.


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Nas ri*eiras d$cadas deste s$c"lo) >"ando "*a @eraode ensadores de e'traordin=rio talento se dedicava aroc"rar interretar o Brasil na s"a eseciDcidade c"lt"ral)a co*arao i*lcita o" e'lcita co* os T asso" a

ser "*a reoc"ao central. !ode*os) incl"sive) erceberco*o a receo de &a' (eber or arte destesensadores ossibilita "*a r"t"ra i*ortante nos nossosest"dos c"lt"rais) co* a s"erao do aradi@*a racialantes redo*inante.

S$r@io B"ar>"e de olanda) tido) co* toda a "stia) co*o"* dos nossos *aiores ensadores) $ "* caso tico do

>"e aDr*ei. No se" Ra%es do Brasil) nossa tradio c"lt"ral$ contraosta ? 7erana nrdica rotestante. O a"torintrod"% "* ei'o te*=tico >"e ir= tornar-se do*inante nonosso ensa*ento social a artir de entoX a nossa*entalidade $ avessa ao associativis*o racional tico dosases rotestantes) esecial*ente dos calvinistasB"ar>"e de olanda) 1963) . 114. Nossa tradio c"lt"ralseria "e caracteri%a as rela/es sociaisdos @r"os ri*=rios co*o a ,a*lia. Co*o as instit"i/es*odernas *ais i*ortantes) co*o o stado e o *ercado)ress"oria* a s"erao do 7ori%onte da solidariedade,a*iliar) a estaria* as ca"sas do nosso desco*assooltico e econ*ico. ,alta de vnc"lo associativo7ori%ontal) >"e ossibilite as constela/es de interesses delon@o ra%o) assa a ser ercebida co*o a ca"sa

,"nda*ental do nosso atraso social.ste ar@"*ento $ desenvolvido co* *aestria inco*ar=velor S$r@io B"ar>"e. s oosi/es entre trabal7o e avent"ra)assi* co*o entre o se*eador e o ladril7ador) trabal7adasnos cat"los iniciais do livro) re*ete* todas ?>"elascaractersticas e'licitadas aci*a >"e constit"e* asin@"laridade $tica *odelar e e'e*lar do Ocidente

rotestanteX a recedência do interesse de lon@o ra%osobre os de c"rto ra%oP a i*ortLncia do controle racional


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dos a,etos e as vanta@ens da cooerao social sobre oersonalis*o. sta s"erioridade de "e) aesar de o te*a do livro ser o con,ronto

entre as tradi/es rotestantes e catlicas sincr$ticas co*oa nossa) a s"a e'tenso ? es,era da ersonalidade $ ,eitade ,or*a inco*leta. o contraor cordialidade ? civilidade)o a"tor vinc"la esta +lti*a ?s "al creio >"e odera*os entender co*o al@"*a ,or*a decontrole dos a,etos elo esrito) ara "sar as alavras deS$r@io B"ar>"e U deDnida co*o boas *aneiras e o"tra

deDnida co*o dever ser $tico. Se@"ndo (eber) a ri*eira $reali%ada de


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rit"ali%adas de co*orta*ento ind"%idas social*ente. se@"nda) be* ao contr=rio) adv$* de "* i*"lso "e "ne civilidade a

boas *aneiras) $ certa*ente be* *enor do >"e adistLncia >"e o seara do rotestante asc$tico. T*a leit"raatenta da caracterolo@ia do 7o*e* cordial descobre >"e)ele si*) $) na verdade) o inverso er,eito do rotestanteasc$tico co*o deDnido or &a' (eber. O 7o*e* cordial $a antiersonalidade or e'celência) no sentido de >"e ocontraonto i*lcito na cabea de S$r@io B"ar>"e) leitorde (eber de ri*eira 7ora) $ a ersonalidade or

e'celência ara (eberX o rotestante asc$tico.6 enasneste +lti*o a cond"o da vida $ deter*inada


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S$r@io B"ar>"e de olanda) e eleito o "e)co*o c7a*a a ateno S$r@io B"ar>"e) ,alta ao 7o*e*cordial at$ *es*o o dado rit"alstico das boas *aneiras

>"e caracteri%a o con,"ciano e o oriental e* @eral e >"ei*lica al@"*a ,or*a) ainda >"e s"erDcial e ditada eloe'terior) de re@"lao da cond"ta. enas o 7o*e* cordial$ concebido co*o ne@atividade "ra) entidade a*or,a)do*inada elo conte+do e*otivo i*ediato e elanecessidade des*edida de recon7eci*ento al7eio. Co*ores"ltado U da a caracterolo@ia do 7o*e* cordial ser aessência do livro U) no te*os a>"i ne* *ercado

caitalista *oderno ne* de*ocracia di@na deste no*e.

Isto no si@niDca >"e o 7o*e* cordial) ara S$r@ioB"ar>"e) no ten7a >"alidades. O ,ato $ >"e essas>"alidades) >"e ,ora* to i*ortantes na criao de "*a@rande nao nos tricos) co*o a lasticidade) caacidadede aco*odao e co*ro*isso co* o @entio e co* o *eio,sico) so vistas a@ora co*o obst=c"lo ara a criao de

"*a @rande nao *oderna. ste $ o onto. !ara aconstr"o da *odernidade no Brasil) a 7erana ib$ricaassa a ser sinni*o de atraso e anacronis*o or oosio? 7erana rotestante nrdica. * S$r@io B"ar>"e) co*certe%a) te*os "* sentido a@"do de al@o >"e ir= ,altar av=rios contin"adores desta *es*a tradioX a necessidadede se artic"lar de al@"* *odo nosso ser real co* "*abe*-vinda in:"ência do *odelo rotestante ideali%ado.

ste onto $ esboado no ,a*oso cat"lo Dnal de Ra%esdo Brasil) e $ ainda *el7or desenvolvido e* te'tososteriores do a"tor B"ar>"e de olanda) 19J8) . K3-664. No e'iste e* S$r@io B"ar>"e) ne* talve% seriara%o=vel edir isto ? $oca da ,eit"ra do livro) "*aconsciência da a*bi@Aidade constit"tiva da 7eranarotestante. 2oltare*os a este onto *ais tarde.

ro'i*ada*ente "*a d$cada deois tera*osBandeirantes e ioneiros) de 2ianna &oo@. sta an=lise


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enetrante do a"tor @a+c7o to*a e'licita*ente o *ote daco*arao direta co* os T) o >"e $ antes raro do >"eco*"* na nossa tradio c"lt"ralista.J &oo@ e'ressa co*clare%a cristalina o >"e *"itas ve%es Dca aenas i*lcito

e* v=rias rod"/es do nosso ensa*ento socialX

Co*o ,oi ossvel ara os T) as *ais novo do >"e oBrasil e *enor e* s"er,cie continental contn"a) reali%ar oro@resso >"ase *ila@roso >"e reali%ara* e c7e@ar aosnossos dias) ? van@"arda das na/es) co* a rodi@iosarealidade do resente) sob *"itos asectos a *aisest"enda e rodi@iosa realidade de todos os te*os)

>"ando o nosso as) co* *ais de "* s$c"lo deantecedência 7istrica) ainda se aresenta) *es*o ? l"% deinterreta/es e ro,ecias *ais oti*istas) aenas co*o oincerto as do ,"t"ro &oo@) sVd.) . 154

O atraso brasileiro $ e'licado tanto elos ,atores@eo@r=Dcos >"anto or ,atores $tico-reli@iosos. !ara &oo@sVd.) . 1Q14) os T so o +nico as >"e nasce"calvinista. Ea decorre o or@"l7o de ser "eX individ"alis*o ersonalista) b"sca de ra%eresi*ediatos) descaso or ideais co*"nit=rios e de lon@ora%o. He*os nova*ente) a>"i ta*b$*) o con,ronto doabsol"ta*ente ositivo co* o absol"ta*ente ne@ativo.

esar de este ser o to* do livro) o" sea) a contraosiode ,or*as de coloni%ao a artir de 7eranas reli@iosas e

c"lt"rais distintas) "*a levando a "* desenvolvi*ento e*

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#7nothttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#7not


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ro@resso @eo*$trica o caso a*ericano4 e a o"tracond"%indo a "*a *era ro@resso arit*$tica o casobrasileiro4) &oo@ ercebe a*bi@Aidades da tradiorotestante) erceo esta rara entre ns. F >"e o a"tor

ercebe >"e a s"erioridade econ*ica rotestanteasc$tica no i*lica) obri@atoria*ente) s"erioridade e*todos os asectos da vida. &oo@ observa) co* *"itasensibilidade) a inco*atibilidade entre "ritanis*o e,raternidade) or e'e*lo) li@ando-a ? roa@anda racistado i*erialis*o in@lês e ? discri*inao racial aberta dosT. 2oltare*os a este onto *ais tarde. &oo@ ercebeno aenas a a*bi@Aidade rotestante e* artic"lar) *as

ta*b$* a a*bi@Aidade caitalista e* @eral) anteciandoal@"ns te*as crticos da escola de Gran,"rt) co*o ared"o de todas as >"alidades a "*a l@ica >"antitativa.ste te*a) creio e") no erde" e* nada de s"aat"alidade.8

&oo@ trabal7a "*a distino te*oral interessante >"antoaos tios sociais a*ericanos >"e analisa. So d"as as

D@"ras reresentativas do esrito do nrdico a*ericanoara o a"torX o ioneiro e o anee. O ioneiro $ o e>"enorod"tor r"ral) te*oral*ente anterior. F ele o ovoador econ>"istador de terras. O anee) or s"a ve%) $ o ioneiro

= caitalista) e*reendedor e "rbano. civili%ao anee)ara &oo@) oderia ser res"*ida na se@"inte ,rase de

H7o*as !aineX "e*contin"a no i*a@in=rio a*ericano co*o "* *ito) co*o,onte de insirao) oesia e son7o. Co*o acontecese*re) ao converter-se e* s*bolo e a,astar-se darealidade) a i*a@e* do ioneiro torna-se resistente a esta+lti*a. i*a@e* do residente ;incoln $ aenas "* dos

e'e*los desta transD@"rao. !ara &oo@) o *es*oacontece co* a i*a@e* do bandeirante entre ns. No >"e



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di% reseito ? realidade 7istrica) o bandeirante $ ocontr=rio do ioneiroX errante e de Lni*o econ*icoredatrio e e'trativista.9 Na es,era do s*bolo) noentanto) ele reresentaria ara ns o *es*o >"e a i*a@e*

transD@"rada do ioneiro ara os a*ericanos.

So !a"lo) o rincial estado brasileiro e* >"ase todos osasectos) seria "* e'e*lo er,eito) ara &oo@) destatransD@"rao se* vnc"los co* a realidade. Se e'iste "*>"in7o do Brasil c"os *$ritos esto li@ados ao esrito doioneiro seria recisa*ente So !a"lo. No entanto)ec"liaridade da transD@"rao si*blica) atrib"i-se ao

bandeirante as reali%a/es a"listas) con,erindo-l7e>"alidades >"e ele n"nca teve. ste onto $ esecial*entei*ortante ara ns) = >"e este te*a de &oo@ $ reto*ado*ais tarde) se@"ndo "* re@istro *"ito artic"lar.

l$* desta vertente *ais estrita*ente c"lt"ralista dain:"ência eberiana entre ns) te*os "*a tradio >"e)se* desc"idar dos est*"los socioc"lt"rais ara oco*orta*ento r=tico) re,ere en,ati%ar o asecto *aisroria*ente instit"cional da an=lise. Rai*"ndo Gaoro eSi*on Sc7art%*an so bons e'e*los desta tradio"ia atri*onial ort"@"esa)

o rei) sen7or de toda a ri>"e%a) sea ela territorial o"co*ercial) diri@e a econo*ia nacional co*o se ,osse coisas"a) "*a e'tenso da casa do soberano Gaoro) 198Q) .K04. stas so as bases ara o >"e Gaoro c7a*a de"e) seela or "* lado contrib"i ara a estabili%ao e :e'ibilidadeda econo*ia) de *odo a er*itir "*a not=vel e'anso de



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"* caitalis*o de tio co*ercial) or o"tro i*ede olana*ento das bases racionais do caitalis*o ind"strial.

!ara Gaoro) a di,erena entre as coloni%a/es in@lesa e

ort"@"esa na *$rica decorreria) ortanto) da diversaconstit"io da instit"io estatal e* cada "*a delas. *!ort"@al tera*os o stado atri*onial) esta*ental ecentrali%ador. Na In@laterra) ao contr=rio) "* stado >"ereele a centrali%ao b"rocr=tica) re:etindo *ais o o@odos interesses da sociedade. O ri*eiro roicia o es,oroconcentrado necess=rio ?s avent"ras do caitalis*oco*ercial) o se@"ndo ,avorece a livre iniciativa dos

interesses sociais >"e caracteri%a o caitalis*o ind"strial.Si*on Sc7art%*an $ talve% o contin"ador *ais e*inentedesta tradio instit"cionalista ,aoriana de insiraoeberiana. !ara Sc7art%*an) o conceito eberiano deatri*onialis*o no teria sido ainda devida*entearoveitado no se" otencial e'licativo ara o casobrasileiro. T*a noo be* co*reendida do do*nioatri*onial oderia ossibilitar "*a interretaoalternativa da assa@e* cl=ssica do ,e"dalis*o aocaitalis*o ind"strial na s"a variante e"ro$ia e* @eral ean@lo-sa' e* artic"lar) de *odo a e'licar asin@"laridade do desenvolvi*ento brasileiro.

"a a este *odelo) no sendo ne* tradicional o"ri*itivo) ne* *"ito *enos desenvolvido o"ind"striali%ado. O conceito eberiano de atri*onialis*oseria ,"nda*ental recisa*ente ara dar conta desteca*in7o esecDco) ib$rico e brasileiro. s lin7as @eraisdeste tio de desenvolvi*ento obedece* ao es>"e*a =

traado or Gaoro. No e'iste searao recisa entre as


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es,eras econ*ica e oltica da sociedade e a b"sca dooder oltico no ode ser interretada co*o decorrentede interesses a"tno*os e artic"lados. o contr=rio) ab"sca de oder oltico obedece ? l@ica do controle direto

de "*a ,onte s"bstancial de ri>"e%a e* siX o rrioaarel7o estatal.

n>"anto) e* Gaoro) o esta*ento b"rocr=tico torna-se "*aes$cie de ;eviat social) coeso e se* Dss"ras) al,a e*e@a de toda a estr"t"ra social) Sc7art%*an roc"radescrever "*a d"alidade ,"nda*ental. esar de arealidade do do*nio atri*onial ter sido o asecto

,"nda*ental e do*inante na nossa 7istria) e'iste "*a


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do o"ro e* &inas erais so os e'e*los *ais elo>Aentesdesta dinL*ica social. artir da decadência econ*icadestes e*reendi*entos) a elite local tende a s"bstit"ir as"adro era de a"tono*ia)indeendência e ins"bordinao e* relao a esta ide*) .634. O eisdio da "erra dos *boabas si@niDcaria *ais"* asso nessa tradio de rebeldia e* relao ao do*nio

atri*onial ort"@"ês. O estabeleci*ento deste na re@iodas *inas ? c"sta da 7e@e*onia a"lista aenas re,oro" oadro de a"tono*ia local. Os a"listas "e i*edi" "* siste*a oltico de reresentao de tioan@lo-sa'o no Brasil ide*) . 1Q54.

esecialidade do stado de So !a"lo no ar@"*ento deSc7art%*an arece-*e) no entanto) Dctcia. Se $ verdade>"e) esecial*ente co* a *acia i*ortao de *o-de-obra e"ro$ia a artir da se@"nda *etade do s$c"lo MIM e*

todo o Brasil *eridional) te*os "* adro socialsi@niDcativa*ente di,erente do >"e i*erava no Brasil


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escravocrata) a esecialidade a"lista $ "* rec"rso da,antasia. contece co* Sc7art%*an a>"ilo >"e 2ianna&oo@) tratando eseciDca*ente do bandeirante) c7a*avade "e ind"strial da*$rica do S"l) $ obra e'cl"siva do bandeirante e doesrito da bandeira. !or>"e nisto de e*restar aobandeirante atrib"to >"e ele n"nca teve) o a"lista de>"atrocentos anos $ "* er,eito ian>"e. Se) ara valori%aro s*bolo >"e l7e $ caro) ,or reciso atrib"ir ao bandeiranteatrib"tos or@Lnicos) ele o atrib"ir=P se ara *a@niDc=-lo ,orreciso torcer a 7istria ele a torcer=. *bora to*ando dee*r$sti*o ao ioneiro) ara dar ao bandeirante>"alidades) inten/es e reoc"a/es >"e ele n"nca teve)ainda $ a i*a@e* ideali%ada do bandeirante a >"earado'al*ente *ais c"lt"a o estado *ais ioneiro doBrasil. &oo@) sVd.) . KKJ4

F sobea*ente con7ecido >"e Si*on Sc7art%*an no $nen7"* a"lista >"atrocento) *as si* "* dos *ais

talentosos reresentantes de "*a @erao i*ortante deensadores sociais *ineiros. O >"e o leva a "tili%ar ai*a@e* si*boli%ada do bandeirante a"lista $ a tentativade *ateriali%ar se" deseode trans,or*ao social ara oBrasil e* "* s"orte social concreto. Se) ao contr=rio dosT) o tradicionalis*o atri*onialista lo@ro" ser do*inanteno Brasil) ns tera*os) no entanto) todas as condi/es dereverter este >"adro 7istrico na *edida e* >"e a>"i

*es*o) e* So !a"lo *ais recisa*ente) te*os "*a


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es$cie de Nova In@laterra troical) a >"al) se assar deele*ento oltico do*inado a do*inante) ode nos dar "*desenvolvi*ento oltico e econ*ico alternativoX livreiniciativa na econo*ia e "* siste*a oltico baseado na

reresentao) co*o no *odelo an@lo-sa'o.

ostaria de iniciar *in7a areciao crtica roc"randodesenvolver at$ os se"s li*ites l@icos "*a ersectiva>"e servi" de est*"lo ao trabal7o do rrioSc7art%*an. Co*o vi*os) o conceito de atri*onialis*o,ascinava o a"tor ela ossibilidade de) a artir dele)desaDar "*a certa tradio sociol@ica >"e s""n7a "*a

dada se>Aência de etaas 7istricas ara odesenvolvi*ento caitalista. o inv$s de leitear-secondi/es ,e"dais o" de >"al>"er *odo co*ar=veis aorocesso 7istrico e"roe") o" ainda de lanar *o desit"a/es tradicionais o" ri*itivas indi,erenciadas e @erais)o conceito de atri*onialis*o serviria ara eseciDcar)deter*inar) artic"lari%ar "* rocesso 7istrico e* siec"liar. Ee resto) este $ recisa*ente o desiderato do

con7eci*ento das ciências 7"*anas ara &a' (eberX ocon7eci*ento do artic"lar) e'licar o ser desta ,or*a dos,en*enos. Sc7art%*an contrib"i) assi* co*o os o"trosa"tores disc"tidos) co* *"ito talento ara estadeter*inao artic"lar.

No entanto) se Sc7art%*an reconstri a noo derocesso 7istrico e'e*lar) ele dei'a intocada a noo,"nda*ental de res"ltado 7istrico e'e*lar. * o"trasalavras) o a"tor lo@ra constr"ir "*a l@ica dedesenvolvi*ento do nosso atraso) dei'ando a rria noode atraso intocada. O >"e $ atraso er*aneceindeter*inado) va@o) i*lcito) co*o se ,osse al@o bvio eindisc"tvel. No creio >"e este estado de coisas searivil$@io do nosso ensa*ento social insirado or &a'(eber. le $) rovavel*ente) tico ara a *aior arte do

nosso ensa*ento social.10 O dado relevante da re,erênciaa (eber $ >"e o car=ter *"lti,acetado) tensional e a*b@"o



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da obra deste a"tor nos er*ite visl"*brar ca*in7osalternativos ara a te*ati%ao do rrio loatrasadoV*oderno.

Ee incio) $ o rrio (eber >"e* aarente*ente seinc"*be de absol"ti%ar) tornar indisc"tvel) bvio) a *edidado >"e $ *oderno e do >"e $ atrasado. !ara (eber) orotestantis*o asc$tico at"ali%a e radicali%a "*a ,or*a deconsciência >"e = e'istia e* se*ente desde a conceode *"ndo 7elênica) na s"a di*enso co@nitiva) e noconte'to do "das*o anti@o) na s"a di*enso *oral. staat"ali%ao re,ere-se ao rincio do controle racional do

*"ndo ? *edida >"e este $ desencantado. $tica rotestante e o esrito do caitalis*o re:eterecisa*ente o es,oro de erceber a @ênese destarevol"o de consciência >"e e>"ivaleria ? *aiortrans,or*ao da 7istria 7"*ana. leit"ra >"e ercebe a$tica rotestante inter,erindo aenas na $tica do trabal7o)o" sea) co* e,eitos aenas na es,era econ*ica dasociedade) no ercebe a di*enso do livro. Hrata-se a>"ide "*a "e todas as es,eras da sociedade) assi* co*o todas asa/es individ"ais no conte'to dessas) vo obedecer a "*novo e "b>"o >"adro de re,erência.

No caso do racionalis*o ocidental) este >"adro de

re,erência $ o rincio da do*inao do *"ndo. Istoi*lica >"e todas as di*ens/es do ensa*ento e da ao7"*anas) o" sea) nos se"s asectos s"betivo) social eobetvo) vo obedecer ao crit$rio da instr"*entalidade.Nesse sentido) a $tica rotestante ,avorece no aenas "*


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Ca"sas da reiDcao vê (eber) antes de t"do) na no,raternidade essencial do ca*in7o da salvao dorotestantis*o asc$tico e na s"seita de divini%ao dascriat"ras e* toda doao de valor ara as rela/es

7"*anas) levando ao >"e se oderia c7a*ar de"er relao "ra*ente e*ocional U isto $) no*otivada racional*ente U baseada e* "*a relao

essoal de "* 7o*e* co* o"tro ,acil*ente cai) na $tica"ritana assi* co*o e* >"al>"er o"tra $tica asc$tica) nas"seita de idolatria da carne. * adio ao >"e ,oi dito)isto $ *ostrado bastante clara*ente no caso da a*i%adeela se@"inte advertênciaX Aente atit"de instr"*ental e*relao a si e aos o"tros e ? nat"re%a so res"ltados das"bordinao de todos os valores ao servio a Ee"s. Odecisivo) a>"i) $ >"e a reiDcao ir= reenc7er as condi/esara o aareci*ento no s de "*a nova conceo"e,avorece o isola*ento individ"al e a necessidade dorecon7eci*ento) or >"al>"er ao co* retenso des"cesso) das leis >"e re@e* o *"ndo. conceo de*"ndo teocêntrica e d"alista $ desvalori%ada elaabsol"ti%ao do onto de artida do racionalis*o dado*inao do *"ndo *otivado reli@iosa*ente) o >"ee'ressa o car=ter a"todestr"tivo da $tica rotestante. O

*es*o *"ndo >"e ,oi


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ve* a ser) or ,ora da necessidade do recon7eci*ento dasleis esecDcas >"e o re@e*) desencantado.

credito >"e reencontra*os a>"i o rincio e'licitado do

nosso atraso. No *"ndo da oltica) or e'e*lo) oatri*onialis*o si*boli%a o "niverso da oltica onde seobedece* "e analisa*os)ass"*i-lo co*o @eral) i*lcito) indeter*inado e) co*ores"ltado Dnal) absol"to.

T* rincio absol"to) e* se tratando de co*ara/es

c"lt"rais) no serve ? ciência) *as ? ideolo@ia. ciência) eentre as ciências 7"*anas esecial*ente a Sociolo@ia) ,a%avalia/es co*arativas entre c"lt"ras) e $ bo* >"e as,aa. F necess=rio) no entanto) saber o >"e se co*ara. Ynossa indeter*inao neste onto e>"ivale a *es*aindeter*inao da Sociolo@ia a*ericana neste artic"lar.Se* d+vida so os T a ri*eira nao calvinista do*"ndo) co*o nos le*bra 2ianna &oo@. F claro) or todas

as in"n/esde rest@io e oder >"e li@a* a ciência ?s


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o"tras es,eras da sociedade) >"e @rande arte do enor*erest@io de &a' (eber na>"ele as te* vnc"los co* ose" dia@nstico esecDco do *"ndo *oderno. No $cas"al >"e o *aior ensador social a*ericano deste s$c"lo)

Halcott !arsons) ten7a sido no s "* dos *ais in:"entesint$rretes de (eber) co*o ten7a sido) ele rrio)in:"enciado ,orte*ente or este +lti*o.

Hanto a sociolo@ia arsoniana >"anto a sociolo@ia da*oderni%ao >"e te* e* !arsons "*a das rinciaisre,erências tericas 7iostasiara* o dia@nstico 7istricoeberiano acerca do racionalis*o ocidental) e* "*

siste*a cate@orial v=lido ara >"ais>"er rela/es entretradio e *odernidade. in:"ência desta vertentesociol@ica sobre o nosso ensa*ento social *ais recente,oi e $ avassaladora. sta in:"ência) e* +lti*a an=lise)


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te*os a alicao do rincio de >"e se deve dei'ar deobedecer aos 7o*ens ara obedecer a Ee"s a nor*a*oral abstrata4. F este asecto ,"nda*ental >"e ossibilitarela/es "i%ado daco*"nidade ,a*iliar. Ee ,or*a *"ito si@niDcativa) este $ oonto central das teorias sobre c"lt"ra oltica desde ocl=ssico de l*ond e 2erba) assando or BanDeld) at$ ostrabal7os *ais conte*orLneos de "* Ronald In@le7art1990) . K3-K54. Co* sinal trocado) este te*a ta*b$* $

central no nosso ensa*ento social) o" sea) nossa relativao" absol"ta incaacidade de*ocr=tica $ ercebida co*odecorrendo da a"sência desta caacidade. Reencontra*osa>"i desde as incaacidades do 7o*e* cordial de S$r@ioB"ar>"e at$ a a"sência de associativis*o e iniciativa doBrasil tradicional de Sc7art%*an.

2ale a ena aco*an7ar*os a @ênese 7istrica da

"e ,oi "* dos ioneiros ardorosos

da searao entre a I@rea e o stado. s"rresa sedissia ? *edida >"e ercebe*os a necessidade


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econ*ica e social ,"nda*ental da aDliao reli@iosana>"ele as. O no ertenci*ento a "*a seita si@niDcavar"na econ*ica) erda de cr$dito e de clientela. ra oertenci*ento ? seita >"e rod"%ia a "ele as recisa*ente a artir deste,ato +nico.

F >"e sendo o as do rotestantis*o sect=rio or

e'celência) os T aresenta*) no @ra" *ais "ro) as>"alidades distintivas do esrito da seita. o contr=rio daI@rea) onde o ertenci*ento $ res"*ido desde onasci*ento o batis*o in,antil $ o *el7or e'e*lo disto4)as seitas ress"/e* a associao vol"nt=ria do *e*broad"lto) a artir de >"aliDca/es $ticas ad>"irveisindivid"al*ente. (eber 19QJ) . K1J4 = ,a%ia *eno ?sec"lari%ao deste rincio nos T do co*eo deste

s$c"lo) sendo a Dliao reli@iosa acrescida o" s"bstit"daela Dliao ?s *ais diversas associa/es) sociedades)cl"bes e "niversidades. O rincio vol"nt=rio e'i@iata*b$* severo controle @r"al da co*"nidade local sobrese"s associados) +nica instLncia caa% de ad*itir e atestara >"aliDcao dos Dliados. He*os a>"i = "*a interessantein:"ência reli@iosa do rincio localista e co*"nit=rioa*ericano. coeso destas co*"nidades era to ,orte >"e

este arece ter sido "* dos *otivos ara o ovoa*entocitadino) or oosio ? coloni%ao r"ral) da NovaIn@laterra a*ericana.

Co*o = era de se eserar) (eber interreta este estado decoisas de *aneira aberta*ente ositiva. s seitas a"da* arod"%ir o indivd"o *oderno) e* :a@rante oosio aosconte'tos de obediência essoal da a"toridade atriarcal.

las a"da* a criar "eles 7o*ens >"e obedece* antesa Ee"s >"e a o"tros 7o*ens< (eber) 19QJ) . K354. !ara


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(eber) esta seria) incl"sive) a caracterstica esecDca dade*ocracia a*ericana en>"anto talX o ,ato de no seraenas "* *onte dis,or*e de indivd"os) *as "*a re"niovol"nt=ria) ainda >"e severa*ente e'cl"siva) de indivd"os

associados ide*) . K154.

a*bi@Aidade do rincio associativo) to caro ao rrio(eber) = ve* no*eada no "e severa*entee'cl"siva"alidade no se*ant$* aenas no nvel do co*$rcio econ*ico) *as see'ande ara todas as es,eras da vida) incl"sive a es,eraoltica.

sta interessante distino eberiana entre seita e I@rea,oi aroriada e radicali%ada or rnst Hroeltsc7 199Q4co*o dois rincios ,"nda*entais de or@ani%ao social.

Ha*b$* Robert Bella7 et al. 19854 ercebera* a ri>"e%adesta distino cate@orial no aenas ara a es,erareli@iosa) *as ara a sociedade co*o "* todo. Dnal) o >"eest= e* o@o so ,or*as radical*ente oostas de ver-se asi e aos o"tros) o >"e i*lica ,alar) ortanto) de ,or*asalternativas de solidariedade social e* sentido a*lo.

!ara Bella7) a I@rea ode ser caracteri%ada co*o "*aconceo or@Lnica de instit"io reli@iosa e social)

ossibilitando a erceo da resena viva de Cristo na Herra. F deste oder >"e deriva* todos os sacra*entos.G"nda*ental ara nossa disc"sso $ o ,ato de >"e a I@rea$ vista co*o oss"indo rioridade ontol@ica e te*oralsobre os indivd"os. &ediante a alavra sa@rada e ossacra*entos a I@rea aceita e recebe todos os indivd"os talco*o eles so) estabelecendo "*a 7ierar>"ia entre eles aartir do @ra" de esirit"alidade e virt"osis*o >"e $

ossvel a cada >"al e* ter*os de vida crist. O conceito


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de I@rea envolve) ara "*a teoria social e oltica) asno/es co*le*entares de 7ierar>"ia e elitis*o.

seita) ao contr=rio) en,ati%a) co*o vi*os) o ele*ento de

associao vol"nt=ria de D$is. Neste sentido) o indivd"ote* certa rioridade) te*oral ao *enos) sobre aco*"nidade reli@iosa. enor*e ên,ase sect=ria novol"ntaris*o e i@"aldade entre todos os crentes torna-aaD* do i@"alitaris*o de*ocr=tico e das ,or*asassociativistas baseadas na a"tono*ia individ"al. Co*o&a' (eber) Robert Bella7 et al. 1985) . KQ3-KQ84considera* o sectaris*o a *aior ,onte do individ"alis*o

a*ericano e da id$ia ec"liar*ente a*ericana ervasivea*erican4 de >"e os @r"os sociais so ,r=@eis e recisa*de constante ener@ia ara se *antere* ,"ncionando.

&ais interessante ara ns) no entanto) $ a a*bi@Aidade dorincio de*ocr=tico da seita. ên,ase na "re%a)resons=vel e* +lti*a instLncia ela enor*e ener@iasect=ria e* erse@"ir se"s Dns associativos) acarreta)si*"ltanea*ente) "*a intransonvel oosio entresect=rios tidos co*o "ros e no-sect=rios tidos co*oi*"ros. di,erena co* relao ao rincio da I@rea no$ a osio aradi@*=tica do conceito de "re%a. Orincio da "re%a $ b=sico tanto na I@rea >"anto na seita.O rincio 7ier=r>"ico da I@rea) no entanto) er*iteaceitar o i*"ro) ao asso >"e a seita o reeita. Ea ointeresse das a*bi@Aidades c"lt"rais ara o est"do de>"est/es "niversais) da a aDnidade eletiva "ico da I@rea) >"e a todos acol7e e@arante "* l"@ar) e no co* o rincio e'cl"sivo da seita. seita) ao traar "*a lin7a divisria intransonvel entre osanto e o r$robo) retira a ossibilidade de >"al>"erco*$rcio entre os dois. ên,ase a>"i $ na intolerLncia co*o o"tro) sea este o ne@ro) o latino etc. Co* a sec"lari%ao

deste rincio) este o"tro ode ser >"al>"er "* >"e seadi,erente e no aenas o inDel.


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O at"al debate acerca do *"ltic"lt"ralis*o nos T nos d="*a id$ia interessante do estado de coisas conte*orLneoneste conte'to. Co*o se sabe) o debate sobre o*"ltic"lt"ralis*o ocorre n"* conte'to de renovao de

te*as olticos) esecial*ente no ca*o da es>"erda.ssi*) se antes a reoc"ao do*inante re,eria-se) >"ase>"e e'cl"siva*ente) ao te*a da redistrib"io de ri>"e%as)vê-se a@ora "* interesse crescente elo te*a dorecon7eci*ento das di,erenas. O ,ato interessante nestedebate) ara nossos rositos) no $ aenas oenri>"eci*ento da a@enda oltica e intelect"al co* novosdesaDos antes ins"seitos. O ,ato *ais interessante ara

ns $ >"e o desaDo terico e r=tico a*ericano se d= noca*o da aceitao do di,erente) no sentido *ais a*lodeste ter*o) >"e 7ava*os aontado aci*a.

No se deve *enosre%ar a i*ortLncia deste debate. leina"@"ra "*a co*le'idade ina"dita ara o debate olticoterico e r=tico deste Dnal de s$c"lo. O >"e ve* sendoc7a*ado de oltica do recon7eci*ento obedece a "*a

l@ica s"bstancial*ente distinta do aradi@*aredistrib"tivo anterior. Co*o observa aroriada*enteNanc Graser 199J) . 154) a necessidade de redistrib"io$ "*a in"stia econ*ica >"e ede al@"*a ,or*a dereestr"t"rao socioecon*ica) ao asso >"e anecessidade de recon7eci*ento ede "*a *"danac"lt"ral o" si*blica. esar dos dois >"ase se*reaarecere* "ntos na realidade e*rica) $ necess=rio

sear=-los analitica*ente.Co*o di% C7arles Halor 199Q4 no se" H7e olitics o,reco@nition) a nossa identidade $ ,or*ada elorecon7eci*ento o" ela a"sência deste. Eeste *odo) "*aessoa ode so,rer "*a distoro real se a sociedade e*volta dela re:etir "*a i*a@e* de si des,avor=vel. Nestesentido) no recon7eci*ento no $ al@o ino,ensivo e se*

conse>AênciasP ode ser "*a ,or*a de oresso insidiosa)arisionando "*a essoa e* "*a conceo ,alsa)


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distorcida e red"%ida de si. ssi*) recon7eci*ento no $"*a cortesia o" @entile%a) *as "*a necessidade vital. T*ai*a@e* dereciativa de ovos o" co*"nidades odetornar-se "*a das ,or*as *ais otentes e e'ressivas da

oresso destes. ;ivrar-se de "*a identidade dereciativatorna-se ,"nda*ental) sea ara a vida rivada) sea ara avida coletiva.

Recon7eci*ento) nas *odernas sociedades de*ocr=ticas)i*lica recon7eci*ento entre i@"ais) i*lica di@nidade) novocab"l=rio de Halor) or oosio a 7onra) na >"al $essencial >"e aenas al@"ns a oss"a*. !or o"tro lado)

esta assa@e* da 7onra ? di@nidade) se@"ndo Halor 199Q). KJ-304) acarreta ta*b$* "*a *"dana na ,or*a deerceo da *oralidade. sta assa a ser vista e*cone'o co* a a"tenticidade) o" sea) co* "*a vo% interna>"e e*ana da nat"re%a s"betiva de cada "*. 'iste) nestesentido) "*a certa ,or*a de ser @ente >"e $ o *odoesecDco de cada essoa. O desaDo *oderno $ artic"lar"niversalidade e di,erena) ortanto.

O >"e torna a >"esto esecial*ente di,cil $ >"e esterincio da cidadania i@"alit=ria "niversal*ente aceitoode entrar e* contradio co* o rincio daa"tenticidade) o >"al $) antes de t"do) "* ideal dorecon7eci*ento da di,erena. Se* d+vida e'iste *ar@e*ara "*a de,esa "niversalista deste +lti*o ta*b$*) na*edida e* >"e cada >"al te* o direito de ser recon7ecidona "nicidade da s"a identidade) o" sea) na eseciDcidadeda s"a di,erena. r=tica $ >"e os @r"os e essoas >"ese sente* discri*inados ercebe* recisa*ente o se"direito ? di,erena i@norado e assi*ilado a al@"*a o"tra,or*a do*inante de identidade social) acarretando) desse*odo) a e'istência de di,erenas do*inantes e ori*idas.

*bora este tio de roble*a sea co*"* a todas associedades *odernas) ele torna-se "* roble*a

esecial*ente delicado e* tios de sociedades co*o a


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a*ericana) baseadas no rincio sect=rio de or@ani%aosocial. O d$Dcit tico de "*a sociedade deste tio no $ oassociativis*o o" a considerao racional de interesses delon@o ra%o) *as os e,eitos do >"e (eber c7a*ava de "*a

$tica da no ,raternidade) tica do ascetis*o rotestante.Ea o d$Dcit nas >"est/es de recon7eci*ento) na di*ensosi*blica do recon7eci*ento do o"tro) ortanto) e nororia*ente na di*enso socioecon*ica daredistrib"io. Ea) talve%) ta*b$* a erle'idade acercado ins"cesso de certas olticas redistrib"tivas a *inoriasraciais) or e'e*lo.1K !roc"ra-se "e o rrio Halor) "* dosrinciais crticos do individ"alis*o e do liberalis*o radical),"nda*enta a s"a de,esa de @r"os do*inados e ori*idoselo no recon7eci*ento de s"a eseciDcidade c"lt"ral) aartir de "* transorte do *odelo de direitos individ"aisara os direitos @r"ais. Halve% o "niverso si*blico re,erido

ela noo de recon7eci*ento estea) elo *enosarcial*ente) a>"$* e al$* do alcance da eDc=cia le@al.

Halve% este "niverso se reDra a valores ainda *ais b=sicosda convivência social) *ist"rando asectos e*otivos e*otivacionais co* asectos racionais e conscientes dasolidariedade social.

No retendo "tili%ar o Brasil co*o "* contra-e'e*lo.Seria aressado e talve% eri@oso ,a%ê-lo. stes sodesaDos co*"ns a >"al>"er sociedade *oderna. Halve% asên,ases e as roor/es entre os diversos d$Dcitssocioecon*icos e c"lt"rais varie*. 'iste "*a @randerobabilidade >"e assi* o sea. !es>"isas osterioresode*) talve%) tra%er *aior clare%a neste ca*o. O *e"int"ito neste te'to ,oi aenas c7a*ar a ateno ara ai*ortLncia de reeitar*os *odelos societ=rios e'e*lares

e absol"tos. s escol7as c"lt"rais) assi* co*o asindivid"ais) i*lica* erdas e @an7os. !erceber aonde



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te*os a arender co* o"tros ovos e sociedades $ "*are:e'o >"e deve ser si*"ltLnea ?>"ilo >"e deve*osreeitar co*o i*rrio. O ri*eiro asso ara estedesiderato arece-*e ser a tentativa de >"aliDcar*os

nosso atraso) torn=-lo relativo) deter*inado. ntes do >"etentar sol"/es e snteses aressadas) recisa*os erceber>"e vale a ena nos roor a er@"nta.

NOHS

1 ste te'to ,oi "blicado e* ort"@"ês) sob o tt"lo


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Q F interessante notar >"e) *ais tarde) Sc7l"c7ter torna-sebe* *ais reticente e c"idadoso e* relao a este asecto.C,. Sc7l"c7ter 1988) . 98-1014.

5 !a"lo ;"i% ;avi@ne steves 1998) . 1004) e* "* te'tode resto *"ito esti*"lante) associa) indevida*ente) estacivilidade rit"al "ia $ ercebido co*o "nilateral*ente

ne@ativo) ao contr=rio do >"e ensa se" *estre ;o"isE"*ont. C,. Ea &atta 19J8) . 139-1934.

11 O rrio Sc7art%*an 19J5) . 1Q34) recorrendo ate'tos de Stein Roan e S.&. ;iset) ,a% "*a e'osiointeressante deste instr"*ental terico alicado ? an=liseoltica.

1K 2er) sobre isto) a coletLnea co* te'tos co*arativos

&"ltic"lt"ralis*o e racis*oX "*a co*arao Brasil estados Tnidos So"%a) or@.) 199J4.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not4http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not5http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not6http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not7http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not8http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not9http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not10http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not11http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not12http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not4http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not5http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not6http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not7http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not8http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not9http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not10http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not11http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000300006#not12


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BIB;IORGI

B;;) Robert. 19J34)


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(RNC 2INN) ;"i%. no relo4) "e rot$stanteP Rationalis*eP !ens$e socialebr$silienneP R$tardP Id$olo@ie.;e travail de &a' (eber est *ar>"$ ar "ne a*bi@"it$

,onda*entaleX la seciDcit$ d" rationalis*e occidental est-elle s"$riere o" $@ale a"' a"tres ,or*es de rationalis*e


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jesse souza_a Ética protestante e a ideologia do atraso brasileiro

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