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Serviços médicos e instituições de referência garantem ótimo atendimento sem sair do bairro (Páginas 4 e 5) Todas as artes no JB Circuito das Artes agitou o bairro com ateliês de portas abertas, oficinas e atividades infantis. (Página 3) Horto é o palco de Luis Igreja Diretor da Companhia do Gesto compartilha vidas pessoal e profissional no mesmo endereço. (Página 7) jb f olhas setembro/outubro 2012 | ano 8 | nº46 distribuição gratuita Jardim Botânico Horto | Gávea | Humaitá em o informativo do jardim botânico A saúde mora ao lado

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Informativo do Jardim Botânico

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Serviços médicos e instituições de referência garantem ótimo atendimento sem sair do bairro (Páginas 4 e 5)

Todas as artes no JB Circuito das Artes agitou o bairro com ateliês de portas abertas,

oficinas e atividades infantis. (Página 3)

Horto é o palco de Luis Igreja Diretor da Companhia do Gesto compartilha vidas

pessoal e profissional no mesmo endereço. (Página 7)

jb folhassetembro/outubro 2012 | ano 8 | nº46

distribuição gratuita

Jardim Botânico

Horto | Gávea | Humaitáem

o informativo do jardim botânico

A saúde mora ao lado

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INS

ExpedienteO JB em Folhas é uma publicação bimestral, editadapelo Armazém Comunicação Projetos Jornalísticos Ltda.www.armazemcomunica.com.br

Editora Responsável: Christina Martins (Mtb 15185 -RJ)

Redação: Betina Dowsley

Projeto Gráfico: Paulo Pelá - www.bolaoito.com.br

Revisão: Carla Paes Leme

Impressão: CMYK Gráfica - 2581-8406

Secretária de Redação: Sheila Gomes

Fotos da Capa: Chris Martins Glorinha do Patronato da Gávea, ala pediátrica no Hospital da Lagoa e Tobias, do Ambulatório da Praia do Pinto

Tiragem: 5.000 exemplares

Telefone: 3798-2418

e-mail: [email protected]

site: www.jbemfolhas.inf.br

Caro Leitor,

Não há coisa mais importante do que saúde. Nada mais preocupante também. Ainda mais se disser

respeito à mãe da gente. A minha, uma senhorinha de 78 anos, nunca cuidou muito bem da saúde

dela: tem diabetes, pressão alta e, recentemente, soubemos que há um risco de ter Mal de Parkin-

son. Por conta disso, acabei tomando contato com os serviços que nosso bairro oferece. Serviços de

primeira, a preços populares, alguns com hora marcada, mas todos com muita organização e gente

elegante e sincera, como o Tobias, segurança do Ambulatório Praia do Pinto, responsável pela distri-

buição de senhas, ou a dona Glorinha, que marca as consultas no Patronato da Gávea. Ambos estão

na capa desta edição e na matéria principal, como você vai conferir nas páginas 4 e 5.

Na contramão desse serviço, descobri que das farmácias que atendem o bairro, a Drogaria Pa-

checo presta o pior atendimento, vendendo, inclusive, insulina sem acondicionamento refrigerado

e sem orientação do farmacêutico. Coube à Cristal, recém aberta no bairro, o melhor atendimento,

com atendentes solícitos, que informam o público com boa vontade. A Droga Raia, apesar de aten-

ciosa, presta um serviço confuso, com filas e um sistema que está sempre fora do ar. Mas isso é

assunto para outra matéria.

Outra descoberta na produção desta edição diz respeito à ABBR. Ao procurar a direção da institui-

ção para saber informações sobre a construção do prédio da Amil em seu terreno, veio a surpresa:

ninguém quis prestar esclarecimentos sobre esse assunto, nem falar sobre os serviços oferecidos

pela associação para a matéria de capa. Apesar disso, não dá falar de saúde no bairro sem citar a

ABBR. Infelizmente, a dúvida continuará no ar: o que há por trás dessa parceria?

O tema saúde continua na coluna Cidadania, com um pedido do Hospital da Lagoa, que procura

voluntários para falar sobre suas ocupações para os pacientes do setor de onco-hematologia. Eu já

abracei a causa e vou participar da primeira roda de conversa com essa turma falando sobre jorna-

lismo, no dia 12 de setembro, às 10h. Quer participar? Então leia na página 7.

Até novembro.

Christina Martins

Distribuição:Bancas de jornais, galerias e prédios comer ciais do Jardim Botânico, Bibi Sucos, Cavídeo, Jardim Botânico, Parque Lage, Clube Militar, Agência dos Correios da rua Jardim Botânico.

Telefones úteisBombeiros 193 / 3399-1234

Cedae (água e esgoto) 195 / 0800 281195

CEG (emergência) 0800 240197

CET-Rio 2286- 8010

Comlurb 2204-9999

Defesa Civil 199 / 2576-5665

Disque-Denúncia 2253-1177

Disque-Luz (Iluminação urbana) 2535-5151

Disque-Barulho e Patrulha Ambiental 2503-2795

Guarda Municipal 153

Light 0800 210196

15ª DP 2332-2871

Polícia Militar 190

Subprefeitura da Zona Sul 2274-4049 / 2511-0501

Vigilância Sanitária 2503-2280

Tele-Dengue 3553-4025

Tele-gripe 0800 2810 100

Procon 151

Atendimento ao Cidadão 1746

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Quando se inscreveu no projeto Imagem em Movimento, Wesley Sousa, 14 anos, apostou no

que viu – a possibilidade de aprender um pouco mais sobre cinema – e acertou no que não viu:

a oportunidade de ir a Paris trocar ideias sobre filmes e apresentar seu curta “A observadora”

na Cidade Luz. Aluno do 9º ano da Escola Municipal Camilo Castelo Branco, no Horto, o jovem,

que até então só tinha ido a São Paulo, gostou de conhecer a Torre Eiffel e de frequentar os ca-

fés da capital francesa. “Tinha um atrás do outro, onde eu parava, aproveitava para tomar um

cafezinho”, confessa.

Se no começo do ano Wesley pensava em seguir a profissão de biólogo, agora ele está encan-

tado pelo cinema. Ligado a outro projeto do cineasta francês Alain Bergala, a proposta do Ima-

gem em Movimento é a inserção do cinema como arte no currículo das escolas públicas.

Cara do JB Wesley Sousa

AULAS DE PIANO – professora formada na França, com

mais de 10 anos de experiência, especializada em aulas para crianças a partir de 4 anos.

Em domicílio ou na Rua Pacheco Leão. Béatrice: 2512-1940

Recebi o JB em Folhas de junho/julho, e gostaria de informar que a Praça Dag Hammaskjoeld, no Alto Jardim Botâ-

nico, definitivamente não vive deserta. Posso dizer isso por experiência própria, pois meu filho vai lá todos os dias

(a não ser que chova) e sempre há diversas outras crianças da região aproveitando o espaço e brincando. Sugiro

tomarem mais cuidado ao escreverem sobre os locais do nosso bairro. Não adianta querer generalizar apenas por

talvez terem ido lá em um dia que a praça estava vazia. Tomás Mariani Lemos

Nota da Redação: Antes de fazer a foto, a equipe do jornal passou pela praça em dias e horários diversos

e ainda tomou o cuidado de checar com alguns moradores do entorno sobre a ocupação do espaço, que

é muito bom, porém pouco aproveitado.

CLASSIFICADOS

Cartas

Editorial Segurança em alta

se cansam de investir aqui. É o caso da livraria

Ponte de Tábuas, que acaba de reformar seu

mezanino, acrescentando joias e arte contempo-

rânea de Cláudia Malagutti a seu mix de produ-

tos habituais.

MaioridadeBruno Ferreira, do Mercado Afonso Celso e par-

ceiro do jornal, completou em agosto 21 anos de

trabalho no estabelecimento. Parabéns!

Canteiro da Praça Pio XIO Tabladinho foi o primeiro a adotar um canteiro

da Praça Pio XI, dentro da campanha “Adote um

canteiro”, promovida pelo JB em Folhas. A escoli-

nha vai usar o espaço para ensinar a seus alunos

educação ambiental dentro seu projeto pedagó-

gico desse ano, em parceria com professores do

Instituto Moleque Mateiro. A ideia é mostrar às

crianças que a iniciativa de adotar o canteiro é

uma forma de participação ativa da comunidade

que pode melhorar o meio ambiente.FO

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está em seu quarto ano e tem como objetivo

integrar o público infantil ao mundo da cultura e

das artes plásticas. Quem abriu os trabalhos es-

se ano foi Cris Cabus com sua oficina “Do gesto

à forma – escultura com barro”, que reuniu mais

de dez crianças (foto). A partir de vivências cor-

porais e jogos dramáticos, os pequenos deram

forma à argila e criaram suas obras de arte.

AMA-JB com nova diretoriaEm junho, foi eleita nova diretora da AMA-JB

por meio de uma Assembléia Geral Ordinária.

O atual presidente é João Mauro Senise, que

tem como vice Ricardo Jabace. As reuniões

continuam acontecendo na segunda segunda-

feira do mês, a partir das 20h, no colégio Divi-

na Providência, na Rua Lopes Quintas.

Chegadas e partidasComo de costume, o setor gastronômico é o que

mais tem movimentado o Jardim Botânico nos

últimos anos. Recentemente, dois novos restau-

rantes foram abertos no bairro: o Guacamole, de

comida mexicana, situado na JB, ao lado do Wer-

ner; e o Risata, também na JB, quase esquisa da

General Garzon, onde a especialidade são – como

o nome sugere – os risotos. Entre as partidas, o

curso de alemão Baukurs se despede do bairro,

onde funcionou por 11 anos, na rua Visconde de

Carandaí, promovendo cineclube, saraus, lança-

mentos de livros e debates. As atividades agora

ficarão todas concentradas no Baukurs Cultural, em

Botafogo, que é bem pertinho daqui, e na Barra.

Quem ficaA cada edição registramos o eterno ‘abriu-fe-

chou’ no bairro. Desta vez, queremos dar es-

paço também para os comerciantes que não

Folhas do Jardim

Praça Pio XI é uma festa!Mais uma vez, a Praça Pio XI montou seu Arraiá

da Pracinha, sem muita divulgação e tumulto,

reunindo, quase exclusivamente, moradores do

bairro. As brincadeiras foram comandas por Úr-

sula Brando, do Meleka de Jacaré, enquanto o

forró ficou a cargo do animado trio de Paulinho

do Carmo. O evento contou com vários apoia-

dores: Mercado Afonso Celso, Villa Ipanema,

Jóia Carioca, Kopenhagen, Debora Fashion Hair,

Michelle Ferreira Barros (advogada imobiliária),

Reservado (quiosque da Prainha), Bar Belmon-

te, Braseiro da Gávea, Andrews Baby (bandeiri-

nhas), Showbras, Chaveiro e Speed Bike.

Sebinho temporariamente suspensoO troca-troca de livros mais animado do bairro es-

tá em recesso. Promovido pelo site www.amigas-

dapracinha.com.br, o Sebinho nas Canelas não terá

edição esse ano. A organização do evento prome-

te novidades para o ano que vem, depois do ‘con-

centra, mas não sai’ do Bloco da Pracinha.

Circuito das Artes agita o JB

Mais uma vez, o Circuito das Artes ‘bombou’ o

Jardim Botânico. A 16ª edição do evento, pro-

duzido por Cattia Capistrano e Gabriella Civitate,

trouxe público de várias partes da cidade, que se

dividiu entre ateliês, oficinas e eventos espalha-

dos pelo bairro. Um dos pontos mais animados

foi o circuito gastronômico do Horto, que abran-

ge os restaurantes Borogodó, Bar do Horto, Jojô

Bistrô e Couve-Flor.

Mas o que a cada ano vem chamando mais

a atenção na programação é o Circuitinho, que

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Saúde para TodosTodo mundo sabe que com saúde não se brinca

e que ela deve estar sempre em primeiro lugar.

O que muitos ignoram é que, mesmo no Jardim

Botânico, é possível ter atendimento gratuito –

ou quase – para toda sorte de necessidade. Com

o Hospital da Lagoa, o Ambulatório Praia do

Pinto, a ABBR e o Patronato Operário da Gávea,

além dos inúmeros consultórios e clínicas parti-

culares, dá para dizer que estamos muito bem

servidos quando o assunto é saúde.

Maior unidade no JB, o Hospital da Lagoa vol-

tou ao controle do governo federal há sete anos,

integrando o SUS, e desde então só faz melho-

rar e ampliar seu atendimento. Atualmente, o

HL dispõe de 12 salas de cirurgias; 22 leitos em

CTI (12 para adultos e 10 para crianças); mais

de 200 leitos convencionais e é referência no

atendimento de média e alta complexidades,

especialmente nas cirurgias oncológicas, hema-

tologia pediátrica e adulta, oftalmologia, orto-

pedia e otorrinolaringologia.

A administração do hospital é comandada pe-

los médicos Adriana Proença (Diretora Assisten-

cial), Waldinez Oliveira (Diretor de Clínica Médi-

ca) e Roberli Bicharra (oftalmologista e Diretora

Geral desde março de 2006). A Dra Robeli lem-

bra que “para ser atendido no Hospital da Lagoa

o paciente deve se dirigir prioritaramente a uma

Unidade Básica (Postos de Saúde, UPAS, Clínicas

da Família etc) e solicitar o encaminhamento/

agendamento para cá”.

A marcação de consultas conta com um

sistema informatizado, mas o aspecto huma-

no nunca é deixado de lado a fim de garantir

atendimento de primeira qualidade; a começar

pelas instalações, totalmente renovadas e atra-

entes. Aqueles que precisam ficar internados

têm vista privigeliada para a Lagoa e os jar-

dins de Burle Marx. O projeto nacional Música

no Hospital e o grupo voluntário Saúde Criança

(antigo Renascer, criado no próprio HL) encon-

tram terreno fértil por ali.

Os pacientes e seus familiares são só elogios,

especialmente as mães de crianças com doenças

congênitas atendidas pela Onco-hematologia Pe-

diátrica. O setor - a partir de uma parceria com

o Instituto Desiderata – foi decorado com o tema

“Aquário”, melhorando a autoestima das crian-

ças que passam por ali. Que o diga Fátima Dias

Maia, que vem de Santa Cruz uma vez por se-

mana trazer o filho Miguel, de 4 anos, para fazer

transfusão de plaquetas e acompanhar a fila para

transplante de medula (foto 2).

Bem menos imponente, mas não menos im-

portante, o Ambulatório Praia do Pinto oferece

atendimento em 18 especialidades – incluindo

laboratório de análises clínicas –; sendo a Gi-

necologia, a Cardiologia, a Ultrassonografia e a

Urologia as mais procuradas. Os preços das con-

sultas vão de R$ 20 a R$ 70 (incluindo exame

preventivo), mas há possibilidade de gratuidade,

mediante comprovação avaliada pela diretora

que esitver presente no dia.

- Nosso maior diferencial é a preocupação

com o tratamento completo de cada paciente

que nos procura. Desde sua fundação, há 58

anos, o APP busca fornecer os remédios recei-

tados pelos médicos daqui, explica Eleonora de

Araújo Dale, Vice Presidente da instituição.

Há quatro anos à frente da Farmácia do APP,

Cristiane Kaiuca (foto 3) conta com a doação

dos mais importantes laboratórios, como Sanofi,

Merck, UCI Farma e Medley. Segundo ela, os me-

dicamentos de maior saída são os antibióticos,

antialérgicos e cremes ginecológicos.

O ambultório, aliás, funciona quase integral-

mente na base da boa vontade. A diretoria é

voluntária e os médicos recebem apenas parte

do valor de suas consultas – o restante do valor

cobrado fica para pagamentos de ordem ad-

ministrativa. Doações são sempre bem-vindas

e as diretoras estão sempre buscando formas

diferentes para financiar a operação do APP. Pa-

ra que os 18 médicos recebam 13º salário, por

exemplo, todo ano elas organizam um jantar

beneficente para arrecadar a quantia necessária.

Outras formas que encontraram para ajudar são

a doação de material para confecção de tapetes,

vendidos ali mesmo depois de prontos, ou ainda

a venda de enxovais para recém-nascidos.

Há 80 anos no bairro, o Patronato Operário da

Gávea cobra a quantia simbólica de R$ 40 em

suas consultas. Ali não há fila, o atendimento

é feito por agendamento, em geral na mesma

semana em que foi solicitado. Atual diretora do

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Patronato, Maria Helena Chermont está sempre

atenta às novidades e, atendendo a pedidos dos

pacientes, há dois anos passou a oferecer os ser-

viços de um massoterapeuta.

A funcionária Glória Pires do Santos, a Glori-

nha, há mais de 30 anos na instituição, afirma

que o local é ótimo para se trabalhar. No caso de

procura por especialidades médicas não ofereci-

das ali, Glorinha não se aperta e tem sempre à

mão uma lista de lugares com preços acessíveis

para ajudar quem passa por sua recepção.

Entre os particulares, a Villa Ipanema destaca-

se por seu serviço diferenciado. Dirigido pelo

psicólogo George Hellal, o centro de convivência

atende há seis anos no bairro cerca de 35 pacien-

tes com transtornos mentais e necessidades es-

peciais. Por conta da proximidade, a Praça Pio XI é

muitas vezes utilizada para atividades recreativas

como yoga (foto 1), esportivas e culturais.

Com mais de 50 anos de atividades, a ABBR é

referência no atendimento a lesões mais graves

de reabilitação e atrai gente de todo o Estado.

Atualmente, 70% dos pacientes que chegam à

instituição são do SUS, mas o atendimento com

planos de saúde conveniados e casos particula-

res também são recebidos.

Os serviços especializados e de ponta são manti-

dos com a ajuda de doações e colaborações de ter-

ceiros. A tecnologia faz parte do dia a dia da institui-

ção, que instalou computadores e jogos como Wii

para ajudar na reabilitação motora de seus pacien-

tes. Já a Sala Cognitiva simula o ambiente do lar,

mas, em alguns casos específicos, diante da impos-

sibilidade de conhecer a casa dos pacientes, a equi-

pe solicita fotos e vídeos que mostrem os móveis

e sua disposição na casa com o objetivo de sugerir

adaptações às novas necessidades do paciente.

A ABBR subdivide-se em três setores: indus-

trial (oficina ortopédica de cadeiras e próteses);

assistência ao grande lesado; e assistência ao

pequeno lesado. Um serviço que poucos conhe-

cem é o de confecção de calçados e palmilhas

sob medida. Já o setor de amputados é, sem dú-

vida, o de maior procura, com mais de 250 aten-

dimentos/mês, sendo mais de 95% via SUS.

É justamente por conta desse número expressi-

vo que os moradores do Jardim Botânico estão pre-

ocupados com o novo prédio em construção dentro

do terreno da ABBR (foto 4). Fala-se que o mesmo

pertencerá à Amil ou será alugado por ela. Questio-

nada pela equipe do JB em Folhas, a instituição se

negou a prestar maiores esclarecimentos, aumen-

tando ainda mais as suspeitas sobre a legalidade

da obra e seu futuro funcionamento. Uma pena!

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ABBR Rua Jardim Botânico, 660 Tel.: 3528.6363 / 6355 / 6356 / 6357 www.abbr.org.br

Ambulatório Praia do Pinto Rua Jardim Botânico 187 - Tel.: 2527-7715

Hospital da Lagoa Rua Jardim Botânico 501 – Tel.: 3111-5108

Patronato da Gávea Rua Lineu de Paula Machado 795 Tel.: 2294-8397) www.patronatodagavea.net

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O amor do pássaro rebeldeA inspiração da artista plástica Brígida Baltar

é a cantora lírica Gabriella Besanzoni, que na

década de 1930 viveu no casarão do Parque

Lage, onde hoje funciona a Escola de Artes Vi-

suais. A exposição é composta por esculturas

e vídeos inéditos filmados nos jardins e no ter-

raço da EAV especialmente para a mostra, que

tem curadoria de Marcelo Campos. “O amor

do pássaro rebelde” fica em cartaz nas Cava-

lariças até 28 de outubro (Grátis).

Desenhos do Rio antigoA exposição Géza Heller: um carioca sonha-

dor documenta a história do Rio de Janeiro –

inclusive da Lagoa e do Jardim Botânico (ao

JBF InDICA lado) –, vinte anos após a morte do pintor, arqui-

teto e gravador húngaro naturalizado brasileiro.

No ano em que o artista completaria 110 anos,

a mostra reúne mais de 30 desenhos – em sua

grande parte da década de 1930 –, acompanha-

dos de fotografias das mesmas paisagens retra-

tadas nos dias de hoje pelo fotógrafo Hermano

Taruma. A mostra fica em cartaz no Centro Cul-

tural Parque das Ruínas, em Santa Teresa, até 7

de outubro, com entrada franca.

Peça comemora os 60 anos de O TabladoO Teatro O Tablado, fundado por Maria Clara

Machado, comemora seus 60 anos no palco

com o infantil “A menina e o vento”, dirigido

por Cacá Mourthé, sobrinha da autora, em car-

taz até dezembro, aos sábados e domingos, às

17h e ingressos a R$30 e R$15 (meia).

Se o candi-

dato Maurício

Peixe – que precisa do voto popular – já es-

tá agindo dessa forma durante a campanha,

imagine se for eleito vereador. A sequência de

fotos, feita pela leitora Vera Rupp, mostra vá-

rias penalidades: estacionar na calçada, cruzar

a via principal com faixa contínua e dirigir na

contramão. É bem verdade que pode não ter

sido o próprio candidato ao volante, mas é sua

imagem que está circulando pela cidade.

Flagrante

O segredo do oratórioLançamento da Editora Record, “O segredo do

oratório,” de Luize Valente, resgata, em forma

de ficção, a história de judeus da Península

Ibérica que, obrigados a fugir da Inquisição,

se abrigaram nos Países Baixos e acabaram

aportando ao sul da Ilha de Manhattan. Em

Nova York, eles criaram a primeira comunida-

de judaica da América do Norte e fundaram

a primeira sinagoga dos Estados Unidos. A

autora, jornalista e moradora do bairro, co-

nhece bem a causa judaica. Em 1999, ela

lançou o livro “Israel – Rotas e Raízes” e fez

os documentários “Caminhos da memória – a

trajetória dos judeus em Portugal” (2002) e

“A estrela oculta do Sertão” (2005).

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A SDA Reciclagem (Simplicidade em Danos

Ambientais) fechou parceria com a Apoena

Ambiental no gerenciamento de resíduos para restaurantes. O objetivo

é reduzir o volume de lixo e, com isso, facilitar a limpeza dos estabele-

cimentos e direcionar a coleta para os postos de reciclagem. Atualmen-

Eco Dica te as empresas atendem os restaurantes Couve- Flor, Paxeco Bar, Jôjô e

Yumê, que integram o corredor gastronômico do Horto. Para João Victor

Daim, um dos sócios da SDA, João Victor a principal ecodica é um recado:

“Você faz parte da mudança,não espere os outros!” Saiba mais no site

http://sdareciclagem.blogspot.com.br/

O universo de Luís Igreja é a sua casa. É ali, nu-

ma calma rua do Horto, que ele se divide entre

os papéis de diretor e pai de família. Garoto de

Ipanema, ele chegou a morar um tempo na rua

Pacheco Leão, mas passou dez anos procurando

a atual morada, onde reside há três anos e reú-

ne todos os predicados de que precisa.

- Eu gosto de montanha, mar, cachoeira,

verde e tranquilidade. Não é à toa que o meu

apelido é Índio – confessa o diretor. E valeu a

espera, porque consegui morar no lugar em que

sempre sonhei!

Para Luís Igreja, a divisão do espaço é simples.

Como o terreno é grande, o estúdio fica meio

isolado, nos fundos da casa. E mesmo os filhos –

Pedro e Ravi, com 9 e 4 anos, respectivamente –

já entenderam e costumam curtir essa liberdade

e, ao mesmo tempo, respeitar o espaço. O diretor

lembra a vez em que o mais velho saiu para ir ao

banheiro e, quando voltou, perguntou se o grupo

podia repetir a cena que ele não tinha visto, o

que rendeu boas risadas e o replay, claro.

Luís consegue dividir bem o seu tempo. Em

casa, ou melhor, no estúdio, ele dirige os atores

da Companhia do Gesto, que estreia o espetáculo

infantil “A cozinheira, o bebê e a dona do restau-

rante”, no Teatro do Oi Futuro do Flamengo, dia 8

de setembro. Além disso, duas vezes por semana

atravessa a cidade para coordenar as oficinas do

projeto Manguinhos em Cena, com o qual pre-

tende formar até o final do ano um núcleo de

teatro da Biblioteca Parque de Manguinhos, em

parceria com a Secretaria de Estado de Cultura. E

quando sobra um tempo, bota a prancha de surfe

no carro e vai pegar onda na Prainha.

Manguinhos em Cena é a atual menina dos

olhos da companhia, que existe desde 1986 e

desenvolve a pesquisa de linguagem gestual,

focando em máscaras teatrais e no palhaço co-

7

mo mecanismo de expressão. Não é a primeira

vez que o grupo trabalha em comunidades. Na

década de 1990, a companhia criou o projeto Rir

é Viver, que já rodou o Rio de Janeiro com sua

oficina de sensibilização em hospitais, abrigos e

instituições de atendimento a crianças, idosos e

população de rua. Luís – que integra a companhia

desde 1989 – gosta de contar, com certo orgulho,

o que ouviu do chefe da pediatria do Hospital da

Lagoa em 1998: “Ele disse que, se pudesse, re-

ceitaria um palhaço duas vezes ao dia”.

No bairro, sua rotina se concentra no Horto.

Frequenta os restaurantes Jojô Bistrô e Borogo-

dó, e, apesar da casa espaçosa, costuma passar

Ilustre Morador

LuíS

IG

REJ

A

CIDADAnIA

A doutora Soraia Rouxinol, chefe

do setor de Onco-Hematologia Pe-

diátrica do Hospital da Lagoa, quer

promover, uma vez por mês, um

encontro com profissionais liberais

residentes no bairro. A ideia é que

eles falem um pouco sobre seus

o dia com a família no Clube dos Macacos.

“Gosto da mistura que o clube oferece. É mui-

to bom aquele visual dentro da Mata Atlântica

e a galera que de lá que é muito tranquila,

sem frescura. Todo mundo se conhece e tem

um astral legal”, atesta.

A distância do comércio não é empecilho

para o diretor que costuma ir ao banco de bici-

cleta ou voltar do colégio dos filhos, em Botafo-

go, andando. O Bibi e a feira orgânica junto da

Igreja São José também fazem parte da progra-

mação saudável do diretor no bairro. Vegetaria-

no por dez anos, Luis hoje já não é tão radical,

mas, mesmo assim, come pouca carne.

trabalhos e experiências para os pa-

cientes – entre 10 e 18 anos -, que,

por conta do tratamento a que são

submetidos, muitas vezes têm difi-

culdade em encontrar um trabalho.

Os voluntários que tiverem interesse

em participar podem entrar em con-

tato pelo telefone 3111-5223 e falar

com Raquel ou Soraia.

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PRÓXIMA EDIÇÃO NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012. RESERVE JÁ O SEU ESPAÇO: 3798-2418