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  • Espcies Nativas da Mata Atlntica | N 2, 2011

    Jatob | Hymenaea courbaril L. Jatob, vem do tupi e significa: fruto de casca dura.

    Ecologia, Manejo, Silvicultura e

    Tecnologia de

    Espcies Nativas da Mata

    Atlntica

  • Espcies Nativas da Mata Atlntica | N 2, 2011

    Jatob | Hymenaea courbaril L.

    Projeto: Prospeco do Conhecimento Cientfico de Espcies Florestais Nativas

    (Convnio de Cooperao Tcnica FAPEMIG / FUNARBE)

    Polo de Excelncia em Florestas

    Universidade Federal de Viosa, Viosa-MG.

    Walter da Silva Costa

    Engenheiro Florestal

    Universidade Federal de Viosa

    [email protected]

    Prof. Dr. Agostinho Lopes de Souza

    Departamento de Engenharia Florestal

    Universidade Federal de Viosa

    Priscila Bezerra de Souza

    Biloga, Mestre, doutora e Ps-Doutoranda

    Departamento de Engenharia Florestal

    Universidade Federal de Viosa

    Viosa MG

    Maro, 2011

  • Espcies Nativas da Mata Atlntica | N 2, 2011

    Jatob | Hymenaea courbaril L. SUMRIO

    Introduo ...................................................................... 1 Classificao ................................................................ 2 Taxonomia e Nomenclatura ....................................................... 2

    Morfologia, usos e aplicaes. .......................................... 3 Forma do Tronco e Copa ................................................................. 3 Casca e Madeira ............................................................................. 4 Casca .......................................................................................... 4 Madeira ........................................................................................ 5

    Folhas .............................................................................................. 8 Flores ................................................................................................ 8 Frutos ............................................................................................... 9 Sementes ......................................................................................... 9

    Caracteristicas Ecolgicas e Silviculturais ..................... 9 Distribuio Geogrfica ................................................................ 9 Associao Ambiental, Fisiogrfica e Biticas ........................ 10 Florao e Polinizao ................................................................ 10 Disperso de Sementes ................................................................... 11 Germinao e Produo de Mudas ............................................... 11 Regenerao e Sucesso ............................................................... 12 Pragas e Patgenos ...................................................................... 12 Valor para Fauna Silvestre ....................................................... 13

    MANEJO ....................................................................... 13 Crescimento e Densidade ..................................................... 13 Coleta e Armazenamento de Sementes ............................... 13 Potencial para Manejo Sustentvel e Recomendaes Silviculturais 14

    Referncias Bibliogrficas ............................................. 15

  • Espcies Nativas da Mata Atlntica | N 2, 2011

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    Jatob | Hymenaea courbaril L.

    Introduo

    O domnio do complexo revestimento florestal brasileiro, hoje chamado de reas primitivas da

    Mata Atlntica, ao tempo da revelao para o Mundo daquelas novas terras de alm-mar,

    encontradas pelos navegantes portugueses no sculo XVI, abrangia todo o horizonte continental,

    desde o litoral nordestino at bacia do Rio da Prata.

    Aps a ocupao do territrio brasileiro, o homem prosseguiu sem cessar com a eliminao

    das florestas, direta ou indiretamente provocada pelos ciclos econmicos da cana-de-acar, da

    criao extensiva do gado, das plantaes de caf e algodo, do extrativismo da minerao, da

    exportao de madeiras comerciais, do consumismo de carvo vegetal e da lenha, continuando at

    hoje com prticas agrcolas inadequadas, com a ocupao desenfreada dos solos, etc.

    Mais de cem milhes de brasileiros vivem na rea de Mata Atlntica e nela se concentraram

    os principais plos de urbanizao e o desenvolvimento econmico desde o incio de nossa Histria.

    Mesmo assim, at muito recentemente, cerca de duas dcadas atrs, a maior parte da populao no

    tinha conscincia da amplitude da distribuio, da riqueza em biodiversidade, da importncia scio-

    econmica e do estado de degradao que caracterizava esse conjunto florestal. Os remanescentes

    de Mata Atlntica esto reduzidos a apenas 7,3% da cobertura original. Tais remanescentes esto

    dispersos no denominado Domnio da Mata Atlntica (florestas e ecossistemas associados) que se

    estende por 17 Estados, abrangendo cerca de 15% do territrio nacional. Mais de 95% desse

    territrio composto por propriedades privadas.

    As florestas, como parte da vegetao, so um dos principais componentes naturais que

    garantem a vida sobre a superfcie da Terra. Elas exercem papel importantssimo no equilbrio

    ambiental, proporcionando aos seres vivos, inclusive ao homem, abrigo e segurana para uma vida

    saudvel. A sustentabilidade o grande desafio do sculo XXI. A busca coletiva por um mundo

    sustentvel do ponto de vista ecolgico, social e econmico o compromisso que temos que

    assumir.

    dentro dessa perspectiva ampla que se discute atualmente o uso sustentvel dos recursos

    naturais, especialmente o uso de produtos florestais. Produtos florestais madeireiros e no

    madeireiros (frutos, plantas ornamentais, plantas medicinais, etc.) foram, so e, aparentemente

    sempre sero, parte expressiva da base de nossa economia nos nveis local e global. A Histria nos

    mostra que no temos sabido utiliz-los de forma adequada. Desmatamentos, queimadas, eroso

    gentica, desperdcio, e todas as formas de explorao predatria tm sido a regra na utilizao no

  • Espcies Nativas da Mata Atlntica | N 2, 2011

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    Jatob | Hymenaea courbaril L. s de certas espcies florestais, mas tambm de praticamente todos os ecossistemas florestais, em

    escala mundial.

    Assim, estudos sobre as espcies que compe o bioma Floresta Atlntica so fundamentais

    para o desenvolvimento de tcnicas de manejo florestal. Estudos envolvendo economia dos recursos

    florestais, bem como a ecologia, silvicultura e mensurao das espcies devem ser incentivados e

    desenvolvidos para atingir estes objetivos. Partindo deste princpio, este trabalho rene informaes

    cientficas publicadas por vrios autores, a cerca da espcie Hymenaea courbaril L. (jatob).

    O jatob (Hymenaea courbaril L) tem larga utilizao no setor florestal e na medicina

    popular. O produto mais comercializado do jatob a madeira, utilizada para mveis e construes

    externas, os indgenas a usam para a confeco de canoas. A casca utilizada na medicina popular

    para tratar gripe, cistite, bronquite, infeces da bexiga e vermfugo. A resina extrada de sua casca

    usada como verniz vegetal, combustvel, incenso, polimento e impermeabilizador. A polpa do

    fruto utilizada pelos humanos para fazer farinha alm de ser apreciada pela fauna.

    Classificao

    Taxonomia e Nomenclatura

    De acordo com o Sistema de Classificao de Cronquist (1988), a posio taxonmica de

    Hymenaea courbaril L., obedece seguinte

    hierarquia:

    Diviso: Magnoliophyta (Angiospermae)

    Classe: Magnoliopsida (Dicotyledonae)

    Ordem: Fabales

    Famlia: Fabaceae (Leguminosae)

    Subfamlia: Caesalpinioideae

    Gnero: Hymenaea

    Espcie: Hymenaea courbaril L.

    Fonte: Flora brasilienses

    Nomes Populares jatob, juta, juta-au, juta-bravo, juta-grande, jata, jata-au, jata-

    grande, jata-peba, jata-uba, jata-uva, jataba, jataba, jatioba, jatiba, jupati, copal, entre

    outros.

  • Espcies Nativas da Mata Atlntica | N 2, 2011

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    Jatob | Hymenaea courbaril L. Sinommia botnica Hymenaea animifera Stokes, H. candolleana Kunth, H. courbaril var.

    obtusifolia Ducke, H. courbaril var. stilbocarpa (Hayne) Y. T. Lee & Lang., H. multiflora

    Kleinhoonte, H. resinifera Salisb., H. retusa Willd. ex Hayne, H. stilbocarpa Hayne e Inga

    megacarpa M. E. Jones.

    Comentrios:

    Ocorrem cerca de quinze espcies no gnero Hymenaea L., espalhadas pelo Mxico e partes

    tropicais da Amrica Central e do Sul. Dessas espcies, treze ocorrem no Brasil uma delas

    Hymenaea courbaril L., de acordo com Lee & Langenheim (1974) a mesma considerada uma

    espcie polimrfica, com seis variedades: courbaril; villosa; altissima; longifolia; stilbocarpa e

    subsessilis. Porm, Rizzini & Mors (1976) no aceitaram a proposta de Lee & Langenheim (1974)

    de reduzir Hymenaea stilbocarpa variedade de Hymenaea courbaril. J Rizzini (1971) diferencia

    as duas espcies Hymenaea stilbocarpa e Hymenaea courbaril pelo tipo de habitat, distribuio

    geogrfica, porte, caractersticas florais e foliares, alm do tamanho dos frutos. Uma espcie ocorre

    na costa leste da frica, Madagascar e Ilha Mascarenhas.

    Morfologia, usos e aplicaes.

    Forma do Tronco e Copa

    A rvore atinge, geralmente, 30 a 45m

    de altura com dimetro altura do peito

    maior que 1m. fuste cilndrico,

    normalmente reto e de copa ampla

    figura 1.

    Figura 1 Aspecto vegetativo de Hymenaea courbaril, enfocando fuste reto, cilndrico e copa ampla.

  • Espcies Nativas da Mata Atlntica | N 2, 2011

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    Jatob | Hymenaea courbaril L. Casca e Madeira

    Casca

    A casca utilizada na

    medicina popular para tratar

    gripe, cistite, bronquite, infeces

    de bexiga e vermfugo

    (EMBRAPA, 2004.). A casca

    externa de H. courbaril

    geralmente de cor bege a cinza,

    mas s vezes apresenta-se na cor

    marrom-clara, alm disso, a casca externa apresenta estrias finas e superficiais alm de lenticelas

    salientes ao longo do tronco (figura 2).

    Figura 2 Aspecto vegetativo de Hymenaea courbaril, enfocando a casca externa onde a mesma apresenta estrias finas e superficiais alm de lenticelas salientes ao longo do tronco que varia de cor

    bege a cinza.

    A casca morta (casca externa) fina, mas a casca viva (casca interna) geralmente bem

    grossa e de cor vermelho-escuro com pontuaes brancas ou amarelas, alm disso, do alburno de

    cor branco-amarelado sai uma resina de cor transparente. Com relao ao corte a casca de H.

    courbaril mole, ou seja, de fcil manejo, enquanto que as outras espcies de Hymenaea a madeira

    mais dura, ou seja, difcil trabalhabilidade.

    As resinas naturais de Jatob so empregadas em obras de arte desde a antiguidade para fins

    variados, mas principalmente como componentes de vernizes. As resinas terpnicas tm sido

    bastante utilizadas, principalmente a resina de damar que, devido ao seu alto ndice de refrao e

    baixo peso molecular proporciona um filme de verniz com alta saturao de cores. Com o

    transcorrer do tempo, no entanto, o material sofre deterioraes de origem fotoqumica e trmicas,

    tornando-se amarelado e quebradio (REMADE).

    A resina um lquido amarelado transparente que exuda das cascas e se concentra cristalizado

    em pedaos ou massas por sobre as razes, com cheiro aromtico e brilho, tendo grande aplicao

    medicinal e poder teraputico (REMADE).

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    Jatob | Hymenaea courbaril L. Madeira

    Madeira muito pesada; cerne vermelho a marrom-

    claro, apresentando, s vezes, manchas escuras; gr

    irregular, textura mdia, recebendo bom acabamento;

    cheiro imperceptvel.

    Caractersticas anatmicas

    Poros (vasos): visveis a olho nu, difusos, mdios, poucos, solitrios (69%), mltiplos de 2

    (22%) e mltiplos de 3 a 6 poros (9%), sendo alguns obstrudos por tilos; seco arredondada;

    linhas vasculares visveis a olho nu, altas e retas, placas de perfurao simples; pontoaes

    intervasculares opostas, mais freqentes, ocorrendo tambm alternas, poligonais, inclusas e

    guarnecidas; pontoaes raio-vasculares, semelhantes s intervasculares (EMBRAPA, 2004).

    Fibras: fibras libriformes, no septadas e espessas (EMBRAPA, 2004).

    Parnquima: parnquima axial bem visvel a olho nu, aliforme losangular e em faixas

    marginais (EMBRAPA, 2004).

    Raios: raios na face transversal, distintos apenas sob lente, homogneos, predominantemente

    tetrasseriados e no estratificados, finos, poucos e regularmente espaados (EMBRAPA, 2004).

    Cristais: presena de cristais do tipo romboides, em cmaras nas clulas do parnquima axial

    (EMBRAPA, 2004).

    Camadas de Crescimento: camadas de crescimento bem demarcadas pelas faixas de

    parnquima marginal (EMBRAPA, 2004).

    Caractersticas fsicas Massa especfica:

    *Aparente a 15% de umidade: 0,97g/cm; Bsica: 0,75g/cm (REMADE).

    *Seca: 0,85g/cm3; Verde: 1,24g/cm

    3; Bsica: 0,76g/cm

    3 (IBAMA-LPF).

    *12% de umidade: 0,89g/cm; Verde: 1,24 g/cm; Bsica: 0,90 g/cm (ORSA FLORESTAL).

    *Aparente a 15% de umidade: 0,96g/cm (IPT-SP, 2009).

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    Jatob | Hymenaea courbaril L. Contrao:

    *Radial: 3,1%; Tangencial: 7,2%; Volumtrica: 10,7% (REMADE).

    *Radial: 3,4%; Tangencial: 7,7%; Volumtrica: 11,4 %; Contrao Tangencial/Radial: 2,26%

    (IBAMA-LPF).

    *Radial: 3,7%; Tangencial: 9,7%; Contrao Tangencial/Radial: 2,62 (ORSA FLORESTAL).

    *Radial: 3,1%; Tangencial: 7,2%; Volumtrica: 10,7% (IPT-SP, 2009).

    Propriedades mecnicas

    Flexo - Resistncia (fM)

    Madeira verde (MPa): 131,6; Madeira a 15% de umidade (MPa): 151,8

    Mdulo de Elasticidade - madeira verde (MPa): 148,37

    Limite de Proporcionalidade - madeira verde (Mpa): 55,8

    Compresso Paralela s Fibras - Resistncia (fc0)

    Madeira Verde (MPa): 67,0; Madeira a 15% de umidade (MPa): 82,2

    Limite de Proporcionalidade - madeira verde (Mpa): 46,3

    Mdulo de Elasticidade - madeira verde (MPa): 176,91

    Coeficiente de Influncia de Umidade (%): 3,2

    Outras Propriedades Mecnicas

    Resistncia ao Impacto na Flexo - madeira a 15% (choque)

    Trabalho Absorvido (J): 33,7

    Cisalhamento - madeira verde (MPa): 17,5

    Dureza Janka paralela - madeira verde (N): 11 180

    Trao Normal s Fibras - madeira verde (Mpa): 13,1

    Fendilhamento - madeira verde (MPa): 1,5

    (Fonte: 2009, IPT Instituto de Pesquisas Tecnolgicas do Estado de So Paulo).

    Condio

    Trao Fendilhamento Cisalhamento

    Perpendicular s Fibras

    Resistncia

    Ruptura (kgf/cm)

    Resistncia Ruptura

    (kgf/cm) Resistncia Ruptura

    (kgf/cm2)

    Verde 69 88 148

    Seca 68 76 194

    (Fonte: IBAMA-LPF)

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    Jatob | Hymenaea courbaril L.

    Condio

    Flexo Esttica Compresso Dureza Janka

    Mdulo de

    Ruptura

    (kgf/cm2)

    Mdulo de

    Elasticidade

    (1.000kgf/cm2)

    Paralelas s

    Fibras

    Perpendicular s

    Fibras

    Paralelas s

    Fibras (kgf)

    Transversal s

    Fibras (kgf) Resistncia

    Ruptura

    (kgf/cm2)

    Resistncia no

    Limite

    Proporcional

    (kgf/cm2)

    Verde 1093 146 559 101 902 965

    Seca 1399 159 773 141 1253 1116

    (Fonte: IBAMA-LPF)

    Propriedades qumicas do cerne e alburno

    A madeira um material altamente heterogneo. Variaes entre e dentro das espcies so

    atribudas, principalmente, a fatores genticos e ambientais. Diferenas significativas ocorrem entre

    o alburno e cerne, madeira de incio e madeira de fim de estao de crescimento, e, em escala

    microscpica, observa-se diferena at mesmo entre clulas individuais (Klitzke et al., 2008).

    O cerne, em relao ao alburno, menos permevel, possuindo maiores dificuldades na

    secagem e na absoro de produtos preservativos. A proporo de cerne e alburno uma

    caracterstica de cada espcie, idade, stio, solo e clima, alm de outros fatores.

    Na Tabela 1, podem ser observados os resultados obtidos por Klitzke et al., 2008, para as

    propriedades qumicas da madeira de cerne e alburno de jatob.

    Tabela 1 Resultados mdios das propriedades qumicas de cerne e alburno de jatob

    Tratamento Holocelulose Lignina Extrativos totais Cinzas

    (%)

    Alburno 64,01 28,69 6,97 0,32

    Cerne 58,53 30,39 10,76 0,32

    Corte e processamento

    A madeira de jatob moderadamente fcil de

    trabalhar, pode ser aplainada, colada, parafusada e

    pregada sem problemas. Apresenta resistncia para

    tornear e faquear. O acabamento bom alm de aceitar

    pintura, verniz e lustre.

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    Jatob | Hymenaea courbaril L. Secagem: a madeira seca ao ar com poucas deformaes. Observa-se a presena de

    rachaduras e empenamentos quando a secagem muito rpida. A secagem ao ar deve ser realizada

    em local protegido da luz solar direta, com boa ventilao, para evitar rachaduras radiais.

    Usos finais

    Usos na Construo Civil

    Pesada externa: dormentes ferrovirios e cruzetas; Pesada interna: vigas, caibros e tesouras; Leve

    em esquadrias: portas, janelas e batentes; Leve interna decorativa: guarnies, rodaps, painis,

    forros e lambris; Assoalhos: tbuas, tacos, parquetes e degraus de escada. Alm de Instrumentos

    musicais, moblias e peas de moblia.

    Folhas

    As folhas so pecioladas, bifoliadas e com disposio alterna; os fololos so subssseis, com

    disposio oposta e formato oblongo-lanceolado e falciforme; a base desigual; o pice atenuado

    a acuminado; a margem inteira; a lmina lustrosa, glabra, coricea e com pontos translcidos; a

    nervura central proeminente e as secundrias so planas na face abaxial (figura 3).

    Figura 2 Aspecto vegetativo de Hymenaea courbaril, enfocando a casca externa onde a mesma apresenta estrias finas e superficiais alm de lenticelas salientes ao longo do tronco que varia de cor

    bege a cinza.

    O extrato hidrocetnico de folhas de jatob mostrou ser rico em flavonides e foram

    detectadas atividades antifngica e anticolinestersico (Rossi, 2008).

    Flores

    As flores so actinomorfas, hermafroditas, unicarpelares e uniloculares, estando dispostas em

    panculas terminais; as 4 spalas so verde-cremes; as 5 ptalas obovadas, so brancas a creme-

    alaranjadas.

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    Jatob | Hymenaea courbaril L. Frutos

    O fruto um legume indeiscente, lenhoso, de cor

    verde quando imaturo, marrom escuro quando maduro

    e preto quando velho, oblongo a cilndrico, que mede

    de 8 a 15cm de comprimento; o exocarpo espesso e

    vermelho-escuro; o endocarpo farinceo, adocicado e

    amarelo-claro. O fruto composto por sementes (25%

    a 40% do peso), vagem (50% a 70%) e polpa (apenas

    5% a 10%). O valor protico da farinha de jatob

    semelhante ao do fub de milho e superior ao da farinha de mandioca. Cem gramas do fruto

    fornecem 115 calorias, 29,4 gramas de glicdios e 33 miligramas de vitamina C5 (Shanley et al.,

    2005).

    Sementes

    As sementes, em nmero de 2 a 6 por fruto ou

    mais, apresentam formato obovide a elipside,

    medem 1,8 a 2,8cm de comprimento, 1,4 a 2,0cm de

    largura, 0,8 a 1,4cm de espessura e pesam 2,1 a 6,2g;

    o tegumento ptreo, liso e pardo-claro a pardo-

    escuro.

    Caracteristicas Ecolgicas e Silviculturais

    Distribuio Geogrfica

    Ocorre desde o sul do Mxico at grande parte da Amrica do Sul, incluindo o Brasil, Guiana

    Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colmbia, Peru e Bolvia; no Brasil, ocorre do norte at o

    sudeste; ocorre tanto em solos de alta como de mdia fertilidade.

  • Espcies Nativas da Mata Atlntica | N 2, 2011

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    Jatob | Hymenaea courbaril L. Associao Ambiental, Fisiogrfica e Biticas

    Hymenaea courbaril uma espcie

    caracterstica da Floresta Estacional Semidecidual, na

    formao Submontana, onde ocupa o estrato

    dominante (Rizzini, 1971; Carvalho et al., 1996).

    Entretanto o mesmo pode ser encontrado na Floresta

    Ombrfila Densa (Floresta Atlntica), na Floresta

    Estacional Decidual no Vale do Rio Paran, em Gois

    (Sevilha & Scariot, 2000), na Floresta Estacional

    Decidual Submontana, no baixo Paranaba, em Minas Gerais (Carvalho et al., 1999); no Cerrado,

    preferencialmente na mata ciliar (Durigan et al., 1997), e nos encraves vegetacionais na Regio

    Nordeste, nas serras (Fernandes, 1992). encontrada em altitudes de at 900m acima do nvel do

    mar, em solos arenosos e argilosos bem drenados de terra firme e em vrzeas altas, mas raramente

    em campos abertos. Cresce bem em zonas midas com precipitao anual entre 1.500 mm a 3.000

    mm, entretanto sua deficincia hdrica no deve passar de 100 mm.

    Aproximadamente 69% do Estado do Esprito Santo inapto ao cultivo do jatob,

    principalmente devido a ocorrncia de dficit hdrico maior que 100 mm/ano. De uma maneira geral

    a implantao do jatob no Estado pode ser recomendada em 31% de sua rea total, sendo que, a

    maior parte de reas aptas est concentrada no Sul do Estado do ES (Klippel et al., 2007).

    Florao e Polinizao

    Os eventos reprodutivos so iniciados aos 8 a 12 anos de idade

    e no so necessariamente anuais. Floresce entre setembro e outubro,

    frutifica entre maro e julho e desfolha quase que totalmente entre

    junho e agosto. Na Amaznia Central, floresce de agosto a novembro

    e frutifica de fevereiro a setembro. Uma rvore adulta produz, em

    mdia, 800 frutos, mas pode alcanar at 2.000 frutos. As flores do

    jatob so melferas, produzindo nctar (Bobrowiec et al., 2000) e mel

    de alta qualidade. A etimologia do vulgar jataba corresponde a jata +

    iba = rvore da abelha nativa jata.

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    Jatob | Hymenaea courbaril L. Disperso de Sementes

    Disperso autocrica, principalmente barocrica, por

    gravidade e zoocrica, principalmente, grandes mamferos,

    destacando-se a anta (Tapirus terrestris), a paca (Agouti

    paca), a cutia (Dasyprocta azarae) e o macaco-prego

    (Cebus apella nigritus) (Pedroni & Galetti, 1995). Na

    natureza, a semente passa pelo trato digestivo dos animais,

    superando a dormncia.

    Germinao e Produo de Mudas

    A coleta pode ser feita no cho ou diretamente na rvore, quando os frutos apresentarem

    colorao marrom e iniciarem a queda espontnea. O transporte dos frutos realizado em sacos de

    rfia para evitar excesso de umidade, aquecimento e proliferao de microrganismos.

    A extrao consiste na quebra do fruto com martelo ou basto de madeira. A retirada do

    endocarpo farinceo feita com uma faca, seguida pela macerao das sementes, em gua corrente

    sobre peneira. O teor de gua das sementes varia de 9 a 12%. Em mdia, 1000 sementes pesam 4 a

    5kg, mas podem variar de 2 a 6kg e, por conseguinte, 1kg de sementes pode conter 166 a 500

    unidades.

    As sementes devem ser submetidas, antes da semeadura, a tratamento para a superao da

    impermeabilidade do tegumento, como: escarificao manual no lado oposto a protruso da

    radcula, seguida de imerso em gua, por 24 horas; imerso em gua quente, at a temperatura

    voltar ambiente; ou imerso em cido sulfrico concentrado, por 30 minutos, seguido por lavagem

    em gua corrente, por 10 minutos. A semeadura pode ser feita, a 1cm de profundidade e 10cm de

    distncia, em sementeira com areia peneirada lavada ou em embalagem individual. A germinao

    epgea e fanerocotiledonar, iniciando aos 20 dias e finalizando aos 40 dias, com porcentagem de 80

    a 100%. possvel obter material para micropropagao utilizando explantes de plntulas.

    A plntula glabra apresenta cotildones carnosos, ssseis e com disposio oposta; efilos

    simples de disposio oposta, formato ovado, base reniforme assimtrica, pice obtuso, margem

    inteira e colorao verde-escura; metfilos bifoliolados com disposio alterna; fololos elptico-

    falcados, com base oblqua, pice acuminado, margem inteira e colorao verde-clara (EMBRAPA,

    2004).

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    Jatob | Hymenaea courbaril L. As mudas devem ser repicadas para sacos de polietileno, contendo terra preparada com

    esterco curtido, quando os efilos tornarem-se visveis. Devem ser mantidas em viveiro, com

    sombreamento parcial, e ser transplantadas quando atingirem cerca de 30 cm de altura.

    Lima et al., 2010 afirma que, o cultivo sob sol pleno afetou negativamente o crescimento das

    plantas de Hymenaea courbaril e Enterolobium contortisiliquum. O sombreamento em H. courbaril

    e E. contortisiliquum favorece para formao de mudas mais vigorosas, alm das mudas crescidas

    sob 50% e 80% de sombreamento apresentarem um melhor desenvolvimento.

    Filho et al., 2003 avaliaram o efeito de dois ambientes (pleno sol e ambiente protegido com

    tela sombrite 50%), quatro misturas de substratos (solo; solo + esterco (2:1); solo + areia (1:1); solo

    + areia + esterco (2:1:1)) e dois tamanhos de recipientes (sacos de polietileno 11x18 cm e 15x20

    cm) na emergncia e no crescimento de mudas Hymenaea courbaril L. (jatob). A emergncia das

    sementes do jatob teve inicio aos vinte dias aps semeadura e prolongou-se at 180 dias aps

    semeadura, atingindo 41% de amerngncia a pleno sol e 26% em ambiente protegido com tela

    sombrite 50%. Filho et al., 2003 recomendam uma mistura de substratos contendo solo + areia +

    esterco (2:1:1) em sacos de polietileno15x20 cm, em ambiente a pleno sol, para a produo de

    mudas de jatob.

    Junior et al., 2007 estudaram o crescimento de. sob efeito da inoculao micorrizica e

    adubao fosfatada os autores citam que, os ndices fisiolgicos das plantas de Hymenaea courbaril

    L. caracterizam-na como espcie facultativa em relao inoculao com fungo micorrzico

    arbuscular Glomus clarum e aplicao de P em seu desenvolvimento inicial.

    Duboc et al., 1994 citam que, o jatob apresenta muito baixo requerimento nutricional para B

    e Zn, inclusive com alta susceptibilidade fitotoxidez com a aplicao dos mesmos; para os

    macronutrientes, com destaque para o K.

    Regenerao e Sucesso

    A regenerao do jatob parece ser limitada, provavelmente por causa da predao das

    sementes, alm disso, vale ressaltar, que a maior parte das sementes que germinam na sombra

    morrem aps 4 meses (Shanley et al., 2005). O jatob pertence ao grupo sucessional das espcies

    secundrias tardias a clmax exigente luz, sendo caracterstico de interior de floresta primria.

    Pragas e Patgenos

    A rvore apresenta resistncia a pragas e doenas, entretanto, as sementes podem ser atacadas

    por alguns colepteros e dpteros.

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    Jatob | Hymenaea courbaril L. Valor para Fauna Silvestre

    Segundo Shanley et al., 2005 foram observados alguns animais silvestres (veado, paca, cutia e

    macaco) comendo o fruto de Hymenaea courbaril L. (jatob). O comportamento dos animais com os

    frutos curioso, por exemplo, os macacos derrubam muitos frutos quando esto em cima da rvore,

    eles batem o fruto no galho para abri-lo, da mesma forma que os humanos, j os roedores como a

    paca e a anta alm de roerem o frutos tambm espalham as sementes na mata, contribuindo assim

    para dispersso.

    A floresta oferece alimentos e abrigo para os animais, portanto, quando as rvores frutferas

    de um modo geral so derrubadas, a fauna perde seu abrigo e sua fonte de alimento.

    MANEJO

    Crescimento e Densidade

    O crescimento do jatob lento a moderado, atingindo um incremento volumtrico de at 10

    m3/ha.ano

    -1. Estima-se uma rotao de 30 a 60 anos para produo de madeira para processamento

    mecnico. uma espcie rara (menos de 1 rvore por ha) com distribuio irregular. A abundncia

    de jatob est diminuindo devido a grande procura por sua madeira.

    Paiva et al., 2000 estudando o crescimento de mudas de espcies arbreas nativas plantadas no

    sub-bosque de um fragmento florestal, observaram que, o angico (Anadenanthera macrocarpa)

    cresceu em um ano 25,82 cm, o cedro (Cedrella fissilis) 25,61 cm, seguidos pelo jatob (Hymenaea

    courbaril) 20,30 cm, com crescimento intermedirio, Guatambu (Aspidosperma parvifolium) 14,24

    cm e Ip-Roxo (Tabebuia avellanidae) 13,51 cm.

    Coleta e Armazenamento de Sementes

    O armazenamento de sementes passou a ser uma atividade essencial quando o homem deixou

    de ser nmade e passou a cultivar o seu alimento, necessitando conservar sementes para o prximo

    plantio. O aprendizado dessa atividade envolveu inicialmente a proteo das sementes contra aves,

    insetos e microrganismos e, mais tarde, os aspectos ligados germinao e aos fatores ambientais

    que influenciam a sua longevidade (Medeiros et al. 2006).

    A tolerncia dessecao uma das mais importantes propriedades da semente. um

    fenmeno necessrio ao ciclo de vida da planta, como uma estratgia de adaptao que permite a

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    Jatob | Hymenaea courbaril L. sobrevivncia da semente durante o armazenamento, sob condies estressantes do ambiente e

    assegura a disseminao da espcie. Vrias estratgias para evitar os efeitos deletrios da

    dessecao j foram identificadas. No entanto, pouco se sabe sobre a razo pela qual sementes de

    algumas espcies sobrevivem remoo quase total do seu contedo de gua, enquanto que outras

    perdem a viabilidade ao serem desidratadas (Medeiros et al. 2006).

    Quanto ao o grau de tolerncia das sementes desidratao, so classificadas em tolerantes

    dessecao ou ortodoxas; no tolerantes dessecao ou recalcitrantes e ainda as intermedirias,

    cujo comportamento durante a secagem e armazenamento apresenta ora caractersticas semelhantes

    s ortodoxas ora s recalcitrantes.

    As sementes de Hymenaea courbaril so de comportamento ortodoxo, apresentando alto

    potencial de armazenamento em cmara fria (5 a 6C), podendo, inclusive, aumentar a porcentagem

    de germinao em perodos de armazenamento de at 260 dias (Barbosa & Barbosa, 1985).

    Utilizando-se do teste de Tetrazlio, sementes de jatob apresentaram 75% de sementes viveis em

    27 meses (Guardia & Pagano, 1996).

    Potencial para Manejo Sustentvel e Recomendaes Silviculturais

    O jatob uma espcie semi-helifila, podendo ser plantado desde a condio de bordas e

    clareiras at fechamento de dossel (Mazzei et al., 1999), entretanto, uma espcie que no tolera

    baixas temperaturas.

    Hbito: espcie com ramificao simpodial inerente, irregular e varivel, com tronco curto,

    sem definio de dominncia apical, com ramificao pesada e vrias bifurcaes. Apresenta

    desrama natural deficiente, necessitando de podas peridicas: conduo e galhos, para apresentar

    fuste definido.

    Mtodos de regenerao: o jatob pode ser plantado em plantio puro, a pleno sol e sob

    espaamento denso. Porm, o comportamento silvicultural desta espcie melhor em plantio misto

    do que sob plantio puro (Silva & Torres, 1993); em plantio misto a pleno sol, associado com

    espcies pioneiras, conforme resultado positivo consorciado com Centrolobium tomentosum.

    Porm, em plantio consorciado com Pinus sp., o crescimento do jatob foi prejudicado pelo

    crescimento mais rpido do Pinus e pelo fato do povoamento no haver sofrido nenhum tipo de

    manejo (Aoki & Souza, 1990); em vegetao matricial arbrea, em faixas abertas em florestas

    secundrias, e plantado em enriquecimento em linhas (Leles et al., 2000) ou grupos. O jatob

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    Jatob | Hymenaea courbaril L. cresceu menos quando plantado sombra ou sombra parcial, do que o plantado a pleno sol

    (Kageyama, 1992), alm disso vale ressaltar que o jatob brota da toua aps o corte.

    Sistemas agroflorestais: espcie recomendada para sistema silvipastoril e na arborizao de

    pastos. Na Bolvia recomendado seu uso em quebra-ventos, como componente das cortinas de trs

    ou mais fileiras, nas fileiras centrais e para o enriquecimento de cortinas naturais (Johnson &

    Tarima, 1995), lembrando que, nas cortinas deve se plantar rvores de jatob num espaamento de 4

    a 5 m entre as rvores.

    Reflorestamento para recuperao ambiental: os frutos so procurados por animais

    silvestres como paca (Cuniculus paca), cutia (Dasyprocta azarae) e macacos, entre outros, que

    comem a polpa doce dos frutos e dispersam as sementes pela floresta. A espcie recomendada

    para reflorestamentos heterogneos e reposio de mata ciliar, em solos bem drenados ou com

    inundaes peridicas de rpida durao e com encharcamento leve (Durigan & Nogueira, 1990).

    Apesar de apresentar sintoma moderado de fitotoxidez, o jatob considerado promissor para

    programas de revegetao de reas com solo contaminado com metais pesados, tais como zinco

    (Zn), cdmio (Cd), chumbo (Pb) e cobre (Cu) (Marques et al., 1997).

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