O uso de analogias no Ensino de Química: Um processo comunicativo em sala de aula

Jaqueline dos Santos Santos¹* (IC), Marcelly Costa Santos¹ (IC), Maria Dulcimar de Brito Silva¹ (PQ), Caio Renan Goes Serrão¹ (PG), Jennyfer

Alzira Pinto Palheta¹ (IC), André Silva dos Reis¹ (TC). *jaqueline.dss@hotmail.com

¹Universidade do Estado do Pará. Centro de Ciências Sociais e Educação - Travessa Djalma Dutra SN, Telégrafo. Grupo de Pesquisa: Ciências e Tecnologias

Aplicadas à Educação, Saúde e Meio Ambiente.

Após serem feitas analogias para cada enunciado, 90% conseguiram

compreender quais os assuntos abordados nos enunciados;

Foram poucos os que conseguiram entender os conceitos utilizados no

questionário sem o uso desta estratégia didática. Isso mostra que as

analogias contribuem para que a linguagem seja algo mais próximo da

realidade do aluno.

85% disseram que seus professores já utilizaram analogias para a

explicação de conteúdos em suas aulas de química;

Dos alunos que já tiveram aula com o emprego de analogias, 91%

afirmam que compreenderam melhor a partir de sua utilização;

Do total de alunos questionados, 85% pensam que com o maior uso

de analogias por seus professores na explicação dos assuntos, melhor

será a sua compreensão da disciplina química.

A compreensão de maior parte dos conceitos na área de Ciências e

Química requer que os alunos sejam capazes de imaginar, modelar,

extrair partes do todo e integrá-las mentalmente. Com o emprego das

Analogias, essa compreensão se torna mais fácil.

Quando questionados se eles achavam que com o maior uso de

analogias nas aulas iriam ter uma melhor compreensão do que estava

sendo lhe explicado, 15% expuseram que não. Este número pode ser

entendido devido estes alunos terem maior facilidade em absorver

informações que lhe são repassadas, ou porque as analogias utilizadas

pelos professores não são satisfatórias para eles.

CONCLUSÕES

As analogias são uma ferramenta valiosa no ensino e aprendizagem para

que possamos trabalhar a disciplina química, uma vez que facilitam a

compreensão de algo desconhecido por meio de sua semelhança com

algo mais familiar da vida do aluno. Porém, o professor deve saber

utilizar esta ferramenta de maneira adequada, deve saber esclarecer a

semelhança entre o objeto alvo e o análogo. Orgill e Bodner (2004)

recomendam que as analogias devem ser usadas quando o conceito alvo

é difícil de ser explicado, entendido e/ou não pode ser visualizado. Sendo

apresentadas com clareza de modo que as relações entre os dois

domínios sejam facilmente compreendidos.

INTRODUÇÃO

Os professores encontram dificuldades em transmitir os conteúdos aos

seus alunos, devido a isto, se torna necessário a utilização de

estratégias didáticas para apresentação desses conteúdos, de maneira

que eles possam ter uma melhor compreensão do assunto. Dentre as

várias estratégias, tem se destacado o papel das analogias na

comunicação entre professores e alunos em sala de aula.

O conceito de analogia adotado neste trabalho será o de Glynn (et al.,

1998), o qual afirma que um domínio menos familiar (conceito científico

a ser esclarecido), que chamaremos de “alvo” é tornado compreensível

por semelhança com um domínio mais familiar, que chamaremos de

“análogo”.

Tendo como exemplo o modelo atômico de Thompson, a partir do

momento que se faz a analogia com o pudim de passas, deve-se

esclarecer que é devido o átomo ser composto de elétrons embebidos

numa sopa de carga positiva, como as passas num pudim, e não que o

átomo seria igual ao pudim de passas.

Pelo uso incorreto desta ferramenta, alguns alunos tendem a

compreender de forma errada o conceito e a utilizar a analogia como o

conceito em si. Por isso o seu uso requer cuidado, uma vez que

empregada equivocadamente pode levar o pensamento do aluno a uma

confusão maior que a anterior à analogia. Neste sentido, a pesquisa foi

aplicada por meio de questionário contendo 06 questões fechadas para

40 alunos de um curso preparatório de vestibular da cidade de Belém-

PA, para que pudéssemos observar o conhecimento que estes alunos

tinham a respeito do tema Analogias sobre os Modelos Atômicos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a análise dos questionários foi verificado que:

85% dos alunos não sabem o que é Analogia;

Quando deparados com conceitos de química relacionados a uma

análise de visualização microscópica como, por exemplo, o modelo

atômico de Thompson, 75% não souberam a que assuntos o enunciado

no questionário se referia;