J. S. HELIOS

2.ª edição

SÃO PAULO 2013

Copyright © 2012-2013, J. S. Helios

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito do autor.

Autor: J. S. Helios Design de capa: Wellington Consoli Projeto gráfico e diagramação: Wellington Consoli

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Helios, J. S.A Última Contagem Regressiva: O que Isaac Newton não descobriu /

J. S. Helios – 2ª edição – São Paulo: Perse, 2013

ISBN: 978-85-8196-440-9

1. Origem. 2. Profecias. 3. Literatura I. Título

F4751 CDD-820

Índice para catálogo sistemático1. Romances: Literatura inglesa 820

Todos os direitos desta obra pertencem à João Helios de Figueiredo Silva. Proibida cópia ou reprodução sem prévia autorização do autor.

SUMÁRIO

Introdução ...................................................................................... 07

01 - A profecia de São Malaquias .................................................. 0902 - A profecia oculta na Basílica de São Paulo Fora dos Muros ........ 1503 - Sinais premonitórios ............................................................... 2304 - Profecias de Hollywood ......................................................... 2905 - Barack Obama é a reencarnação de Abraham Lincoln? ......... 3506 - Estrela Nêmesis: o castigo de Deus ........................................ 4507 - Primeiro efeito Nêmesis sobre a Terra: impacto de asteroides ...... 5508 - Segundo efeito Nêmesis sobre a Terra: inversão dos polos magnéticos .............................................................................. 5909 - Terceiro efeito Nêmesis sobre a Terra: deslocamento dos polos geográficos ................................................................... 6510 - A profecia de Leonardo Da Vinci ........................................... 7111 - O efeito Nêmesis sobre Vênus ................................................ 7712 - A Ira de Deus em 2016 - corrigindo Joaquim de Fiore ........... 81

13 - A Ira de Deus em 2016 - o tempo de Deus. Quando 1260 é igual a 2016 .......................................................................... 8514 - Os manuscritos proféticos de Isaac Newton ........................... 8915 - A Ira de Deus em 2017 - revelando o que Isaac Newton não descobriu .......................................................................... 9316 - O início da Era Messiânica em 2018 ..................................... 10117 - O fim do papado na Igreja Católica em 2019 ........................ 10918 - O Retorno de Sedna ............................................................... 11519 - Segredos em Órion ................................................................ 12720 - A profecia de Jesus para uma catástrofe global ..................... 13321 - Jerusalém, a futura capital do mundo .................................... 141

Conclusão ...................................................................................... 147

5

Se a princípio a ideia não é absurda,então não há esperança para ela.

Albert Einstein

6

7

INTRODUÇÃO

“Esta terra será posta em desolação por causa dos seus moradores, por causa do fruto das suas obras.”

(Miqueias 7:13).

Se você vê uma pessoa caminhando distraída se aproximando de um bueiro aberto na calçada, o que você faz? Avisa a ela do perigo que se aproxima ou fica apenas olhando, torcendo para que ela não caia no buraco? Quando percebemos que alguém está em perigo, é nossa obrigação avisar, mesmo que exista alguma possibilidade de estarmos errados.

Toda a Bíblia prevê a ocorrência de uma grande catástrofe no futuro e denomina este evento apocalíptico de Ira de Deus ou Dia do Senhor, quando um cataclismo planetário marcará o fim deste mundo de violência, guerras, doenças, pobreza, egoísmo e intolerância racial e religiosa e o início de um novo mundo de paz e prosperidade. Jesus também previu essa nova era, a qual chamou de Reino de Deus.

Existe uma sensação generalizada de que algo está para acontecer no mundo. Essa preocupação foi recentemente canalizada para as profecias maias e o fim do 13º baktun do calendário maia. Embora nada tenha acontecido em 21 de dezembro de 2012, permanece a

8

sensação de um julgamento da humanidade e o cumprimento das previsões do livro do Apocalipse.

Este livro é o resultado de quatro anos de pesquisas em várias profecias, em particular aquelas encontradas na Bíblia. A conclusão é, no mínimo, desconfortante. Isaac Newton pesquisou a Sagrada Escritura e encontrou um ano que ele julgou ser muito significativo: 2060. No entanto, ele pode ter se equivocado na interpretação dos versículos, e o ano que ele tanto procurava pode ser 2017. Isto porque ele usou nos seus cálculos o ano 609 quando deveria ter considerado o ano 609 a.C. O alerta deve ser dado, mesmo sem a confirmação do perigo, pois, se este livro estiver certo, depois será muito tarde para se fazer qualquer coisa. As autoridades governamentais precisam estar preparadas para salvar vidas, preservar o conhecimento técnico, científico e a cultura da civilização humana.

9

01A PROFECIA DE SÃO MALAQUIAS

São Malaquias tem sido lembrado nos últimos anos graças à sua conhecida profecia dos Papas. Trata-se de uma relação composta por 112 divisas em latim, correspondendo aos 112 pontificados a partir do Papa Celestino II (1143-1144) até o Papa Francisco, o último da lista, incluindo os 10 antipapas do período. São Malaquias nasceu em uma família nobre da Irlanda em 1094. Desde a adolescência, ele se afeiçoou à vida religiosa tornando-se ainda jovem diácono do Bispo de Armagh. Em 1120, aos 25 anos, ele obteve a ordenação sacerdotal e, pouco tempo depois, transferiu-se para a diocese de Bangor, tornando--se abade na mais austera abadia da Irlanda. Em 1125, Malaquias foi nomeado bispo da diocese de Connerth, mas foi obrigado a sair da cidade por causa de uma guerra que acontecia na região. Aos 45 anos, Malaquias viajou a Roma para receber do Papa Inocêncio II a nomeação de Arcebispo. Seus últimos anos de vida foram vividos no mosteiro de Cister, em Clairvaux, na companhia do amigo e seu biógrafo, São Bernardo, que revelou no livro dons proféticos, curas milagrosas e até ressuscitamentos realizados pelo bispo irlandês. São Malaquias morreu exatamente no mesmo dia que profetizara, 2 de novembro de 1148, sendo canonizado em 1199 pelo Papa Clemente III.

Por mais de 400 anos, a profecia dos Papas ficou totalmente incógnita até que foi publicada pela primeira vez em 1595. Até a

J. S. HELIOS

10

profecia vir a público, ninguém soube da sua existência, nem mesmo São Bernardo fez qualquer referência a respeito da lista na biografia do santo. Existem duas versões para o aparecimento da profecia. Uma é a versão contada pelo abade Cucherat no livro Profecias das Sucessões dos Papas, de 1871. Para o autor, São Malaquias teria escrito a profecia em Roma entre os anos 1139 e 1140 quando visitou o Papa Inocêncio II para reportar os assuntos da sua diocese e receber a nomeação de Arcebispo. O papa teria guardado o manuscrito nos arquivos do Vaticano, onde ficou esquecido até sua descoberta, em 1590. Outra versão indica que a lista dos Papas foi encontrada na Abadia de São Bento, em Mantova, Itália, também em 1590 pelo monge beneditino Arnold de Wyon. Em 1595, o monge editou o livro Lignun Vitae (Árvore de Vida), que consistia no relato histórico da vida de vários clérigos beneditinos elevados ao cargo episcopal, dentre eles São Malaquias. Após contar vários episódios da vida do santo irlandês, o autor acrescentou: “Ele escreveu alguns opúsculos. Até hoje não tive oportunidade de ver nenhum, exceto uma profecia relativa aos soberanos pontífices. Como é muito breve, e que eu saiba não foi ainda impressa, e dado que a muitos comprazeria conhecê-la, passo a copiar aqui seu texto”. Dito isso, aparecia pela primeira vez a Profecia dos Papas de São Malaquias. Trataremos apenas dos dois últimos papas da lista profética de São Malaquias.

De Gloria Olivae (Da Glória da Oliveira). Bento XVI escolheu esse nome em homenagem a São Bento de Núrsia (480-547), fundador da Ordem Beneditina e padroeiro da Europa. A Ordem Beneditina ou Olivetana tem como símbolo a oliveira, mas podemos interpretar a epígrafe como um aviso para a importância do momento em que se deve trabalhar em prol da paz mundial. Na mitologia cristã e judaica, a pomba branca é o símbolo da paz. A origem desse significado está

A ÚLTIMA CONTAGEM REGRESSIVA

11

no livro do Gênesis. Depois do dilúvio, Noé soltou uma pomba para que encontrasse terra firme, que voltou trazendo no bico um ramo de oliveira, indicando que havia condições para Noé e sua família se estabelecerem novamente em terra seca. A pomba e o ramo de oliveira significariam que as destruições do dilúvio haviam terminado.

No dia 11 de fevereiro de 2013, o Papa Bento XVI surpreendeu o mundo ao anunciar que renunciaria no fim daquele mês. Alegando fragilidade física e mental para exercer suas funções, Bento XVI foi o quinto papa a renunciar à cadeira petrina. Antes dele, também renunciaram Bento IX, Gregório VI, Celestino V e Gregório XII. O pontificado de Bento XVI foi o momento adequado para o mundo encontrar a paz. Com a eleição do sucessor, o último papa da profecia, algo de muito terrível no cenário global poderia estar próximo de acontecer.

Petrus Romanus (Pedro Romano). Durante dois milênios de existência da Igreja Católica, nenhum papa até hoje adotou o nome de Pedro em sinal de respeito e veneração ao apóstolo que recebeu de Cristo a incumbência de formar sua igreja. Nem mesmo os papas João XIV (983) e Sérgio IV (1009), cujos nomes de batismo eram Pedro, mantiveram o nome do primeiro papa. Por tradição, o nome do apóstolo fundador da Igreja Católica deve ser reservado apenas para ele. Para esse lema, podemos pensar que o último papa da lista será também o primeiro papa de uma nova era para o catolicismo. A designação de Pedro Romano sugere que a Igreja Católica deverá retornar aos primeiros tempos do cristianismo, quando a comunidade cristã consistia de uma reunião de homens simples que buscavam a prática do Evangelho ensinado por Jesus.

J. S. HELIOS

12

Eleito em 13 de março de 2013, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio não pensava na profecia de São Malaquias quando escolheu o nome Francisco, mas em São Francisco de Assis (1182 - 1226). Era uma referência à simplicidade e dedicação aos pobres que o santo dedicou sua vida. Ele teve o insight do nome logo após a eleição, ainda na Capela Sistina, quando o arcebispo emérito de São Paulo, Dom Cláudio Hummes, lhe disse: “Não esqueça dos pobres”.

Existem três curiosas coincidências que relacionam o Papa Francisco à designação Petrus Romanus. 1- São Francisco de Assis, padroeiro da Itália (capital Roma), também era Pedro, sendo seu nome completo Francesco Giovanni di Pietro Bernardone. 2- O Papa Francisco foi o único papa a visitar o túmulo de São Pedro. Em primeiro de abril de 2013, o Papa desceu até a cripta da Basílica de São Pedro e orou silenciosamente diante do túmulo contendo os restos mortais do primeiro papa da igreja, descobertos em 1950. 3- Em 29 de maio de 2013, falando de improviso a uma multidão na Praça de São Pedro, disse: “Também o papa tem muitos pecados, mas quando nos damos conta desse pecado, encontramos a miseri-córdia de Deus. Deus sempre perdoa. Não nos esqueçamos disso”. Francisco foi o único papa a admitir que tem pecados e tal fato inédito na história da igreja remete-nos a São Pedro, o discípulo que negou por três vezes conhecer Jesus.

Sobre este último Papa, Malaquias fez a seguinte profecia: “Na perseguição final à Santa Igreja Romana, reinará Pedro Romano, que apascentará suas ovelhas no meio de muitas tribulações. Depois disto, a cidade das sete colinas (Roma) será destruída e o terrível juiz julgará seu povo”. Segundo a profecia de São Malaquias, o Papa Francisco será o último papa, mas isso não representará o fim

A ÚLTIMA CONTAGEM REGRESSIVA

13

da Igreja Católica, mas tão somente o fim da hierarquia papal e de um ciclo na história do catolicismo. Certamente que algo profundo deverá acontecer para que essa tradição de séculos seja interrompida.

No pontificado de Francisco, segundo São Malaquias, Roma “será destruída e o terrível juiz julgará seu povo”. Deus não é o terrível juiz, porque Ele é a máxima bondade, mas o instrumento que Ele utilizará para julgar o mundo, este sim, será terrível. Trata-se de um astro que surpreenderá o mundo, do qual será explicado adiante, causando grandes destruições em todo o planeta e, segundo o santo irlandês, Roma não será poupada, consequentemente o Vaticano também não.

Após a eleição, o Papa Francisco saudou a multidão de fiéis que o aguardava na Praça de São Pedro e disse: “Parece que meus amigos cardeais foram quase até o fim do mundo para buscar um papa, mas aqui estamos”. Certamente que ele estava se referindo à distância do seu país de origem, Argentina, mas será que não existe uma mensagem oculta revelando o tempo de “fim de mundo” que marcará seu pontificado? Dessa forma, a profecia de São Malaquias revela que, nos próximos anos, graves acontecimentos afetarão a Igreja Católica e nosso planeta.

J. S. HELIOS

14