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Dr. Adeney de Freitas Bueno Entomologista – Embrapa Soja Telefone: (43) 3371-6208 Email: [email protected] Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ? Foto: A. F. Bueno

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Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

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Page 1: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Dr. Adeney de Freitas BuenoEntomologista – Embrapa SojaTelefone: (43) 3371-6208Email: [email protected]

Manejo integrado de pragas da soja:

O que muda com a introdução daHelicoverpa armigera ?

Foto: A. F. Bueno

Page 2: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

NADA: Com relação à recomendação

TUDO: Com relação à ATITUDE

Page 3: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Estr

atég

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BIE

NTE

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ÉTO

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ULT

UR

AIIS

MORTALIDADE NATURAL NO AGROECOSSISTEMAMORTALIDADE NATURAL NO AGROECOSSISTEMA

NÍVEIS DE AÇÃONÍVEIS DE AÇÃOAlicerce

paradecisões

do manejo

MIP-Soja : estrutura inalterada

IDENTIFICAÇÃO DAS PRAGASIDENTIFICAÇÃO DAS PRAGAS

AMOSTRAGEMAMOSTRAGEM

Page 4: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

- Após 1975 -

1 a 2 aplicações

5-15 aplicações

- Início 1970s -

Aproximadamente6 aplicações

Inseticidas empregados:-DDT, Endrin, Toxafeno-Paration Metilico,Monocrotofós- E suas misturas!!

- Presente -

Mudanças de atitude frente ao MIP-Soja

Fotos: Embrapa Soja

Foto: Fabio Santos

Page 5: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Quais são os principaisdesafios do MIP-Soja após aintrodução da Helicoverpa

armigera?

Page 6: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

O Grande Desafio de Sempre

Produzir alimentos comuso racional de

agrotóxicos

Produzir de formasustentável sem deixar de

ser rentável

Page 7: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Como podemos usarracionalmente os

inseticidas?

Page 8: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

TEMPO

POPU

LAÇ

ÃO

NC ou NA

NDEMedida de Controle

Quando deveríamos estar usando inseticidas?Deveriamos usar inseticidas apenas quandonecessário (recomendado agronomicamente)

Page 9: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Abandono da amostragem (??) e uso errado do controle químico

Herbicida; Fungicida;(sendo aplicadocada vez mais cedo)

DesequilíbrioIneficiênciaRedução do CBResistência

“Efeitocarona”

Inseticidas“ Produtos

e doseserradas”

Quando estamos realmente usando inseticidas

na soja?

Page 10: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Não resolve monitorar e não acreditar nos Níveis de

Ação!

Page 11: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Desafio número 1

Confiar nos níveis deação de pragas

Page 12: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Base do MIP: Usar inseticidas apenas quando apopulação de pragas for igual ou superior ao NA

TEMPO

POPU

LAÇ

ÃO

NC ou NA

NDEMedida de Controle

NA lagartas desfolhadoras20 lag grandes/metro

30% desf. = vegetativo15% desf. = reprodutivo

NA Percevejos – A partir do R32 perc (≥0,5cm)/metro = grão

1 perc (≥0,5cm)/metro = semente

NA Vagens atacadas10% das vagens atacadas

Os níveis de ação = o momento certo de usar inseticidas

NA Heliothinae2 lagartas/metro = vegetativo

4 lagartas/metro = reprodutivo

Page 13: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Amostragem com o pano de batida1o passo

2o passoApenas um ladodas linhas éagitado

3o passo

4o passo

1,40 - 1,50 m

1 m

1 a 10 ha = 6 pontos;11 a 30 ha = 8 pontos;

31 a 100 ha = 10 pontos;

Não usar talhõesmaiores que 400 ha;

1 ponto/10ha;Vn até R7

Observar:1) número de lagartas pequenas (< ou = 1,5cm) e grandes (>1,5 cm); e 2) nota de desfolha (% visual),

3) percevejos (acima de 0,5 cm); * sacudir vigorosamente as plantas na amostragem;

Fotos: A. F. Bueno

Page 14: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Esses NAs são realmente seguros? A soja mudou!!!!Não tenho prejuízos com essa desfolha? E os percevejos?

Não é melhor prevenir do que perder o controle?E pragas novas como Helicoverpa armigera?

$

$ $$

Foto: A. C. Santos

Dúvidas comuns

Page 15: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Desfolha

Prod

ução Tolerância

Compensação

Linearidade

InsensibilizaçãoInsensibilidade

Passado Presente

Fastac 100 SC - 2002R$ 56,68/litro

Soja – 2002R$ 29,99/sc 60kg

Fonte: SEAB/PR

Fastac 100 SC - 2010R$ 28,00/litro

Soja – 2010R$ 35,95/sc 60kg

Fonte: SEAB/PR

POPU

LAÇ

ÃO

NA

NDE = C(V‘DI’K)

TEMPO

Inseticida

C = custo do controleV = valor da produçãoDI = dano (injúria)/insetoK= Eficiência do controle

C =

V =

CultivaresCrescimento: determinadoCiclo: médio - tardioIAF: maior ?

CultivaresCrescimento: indeterminadoCiclo: super prec - precoceIAF: menor ?

Santa RosaCrescimento: determinadoCiclo: tardioIAF: 3,85 a 4,72

ConquistaCrescimento: determinadoCiclo: tardio – GM 8.2IAF: 2,8 a 3,0

BRS 283 e BRS 284Crescimento: indeterminadoCiclo: precoce - GM 6.5 e 6.3

Possíveis mudanças no cenário produtivo da soja

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Evolução da Produtividade média da soja

- Menos de 1500 kg/ha na década de 70;

-Mais de 3000 kg/ha nos dias atuais.

Mudanças no cenário produtivo da soja

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Desfolha

Prod

ução

Tolerância

Não esquecer datolerância

Nível

de

Ação

Não podemos esquecer!

Page 18: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Não-me-toque, RS – safra 2008/2009BMX APOLO RR

Prod

utiv

idad

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g/ha

)

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

Testem

unha

33,3%

(V5)

66,6%

(V5)

100%

(V5)

33,3%

(V8)

66,6%

(V8)

100%

(V8)

33,3%

(R2)

66,6%

(R2)

100%

(R2)

33,3%

(V5-R

2)

66,6%

(V5-R

2)

100%

(V5-R

2)

100%

(V5-C

olheita)

abca

ab

abcabc abc

bc bc

ab

c

ab

abc

d

d

BMX APOLO RR- Porte: Médio- Grupo de maturidade: 5.5- Ciclo: super-precoce- Crescimento: indeterminado

Desfolha artificial x Produtividade

Page 19: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Desfolha artificial x Produtividade

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

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Testem

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o

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o

aab ab ab ab ab

b

M7908RR – Morrinhos, GO – safra 2009/2010

Prod

utiv

idad

e (k

g/ha

)M 7908 RR- Porte: 70 - 80 cm- Grupo de maturidade: 7.9- Ciclo: semi-precoce (médio)- Crescimento: determinado

Bueno et al (2010)

Page 20: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Desfolha artificial x Produtividade

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

Testem

unha

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16,7%

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a

aa

M7639RR – Morrinhos, GO – safra 2009/2010

Prod

utiv

idad

e (k

g/ha

)M 7639 RR- Porte: alto- Grupo de maturidade: 7.6- Ciclo: precoce- Crescimento: indeterminado

Bueno et al (2010)

Page 21: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Bueno et al (2010)

Mais informações!

Page 22: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Batistela et al (2012)

Mais informações!

Page 23: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Board et al. (2010)

Perda deprodutividade no

período maissensível ao

desfolhamento

DP4331 e P95M80 - EUA- GM: 3 e 4- Ciclo: precoce- Crescimento: determinado eindeterminado

Literatura internacional: desfolha vs produtividade

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E os percevejos ?

Hábito indeterminado = alimento por mais tempo = maior infestação ??

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Bueno et al. 2011

Arapongas, PR

0

2

4

6

8

10

V7 V8 V11 R1 R2 R3 R4 R5.2 R5.4 R5.5 R6 R7 R8

Nível de ação1/4 Nível de açãoTestemunhaPreventivo

Estádio da cultura

Per

ceve

jos(

?0,5

)/met

ro

Nível deação

População predominante de Euschistus heros

Per

ceve

jos

(≥ 0

,5 c

m)/m

etro

Confiabilidade do NA para percevejos

Page 26: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Confiabilidade do NA para percevejosPeso de sementes de

diferentes qualidades em50 gramas1

Teste de Tetrazólio(%) 1

Tratamento Produtividade(kg ha-1) 1

Peso 1000sementes (g) 1

Boas +médias Ruins2 Dano Percevejos

(escala 6-8)1) Nível de ação depercevejos 3812,5 ± 96,5 a 161,9 ± 1,4 b 49,8 ± 0,1 a 0,2 ± 0,1 bc 4,5 ± 2,6 b

2) ¼ do nível de açãode percevejos 3992,9 ± 116,5 a 165,1 ± 1,1 ab 50,0 ± 0,0 a 0,0 ± 0,00 c 1,0 ± 0,4 b

3) Preventivo 3678,9 ± 76,6 a 170,2 ± 1,6 a 49,6 ± 0,1 ab 0,4 ± 0,1 b 4,8 ± 2,3 b4) Testemunha 3267,2 ± 39,9 b 160,0 ± 0,9 b 48,5 ± 0,5 b 1,5 ± 0,5 a 13,7 ± 2,2 a

CV (%) 4,78 1,72 1,00 36,25 30,00

Produtividade: apenas diferente em relação a testemunha;

Peso de 1000 sementes: pequenas diferenças (não houve diferença entre NA e ¼NA);

Qualidade das sementes: apenas diferença em relação a testemunha e tetrazólio inferior 6% desementes inviáveis para os tratamentos (dano não grave);

NA = 2 aplicações;

¼NA = 6 aplicações;

Preventivo = 4 aplicaçõesBueno et al. 2011

Arapongas, PR

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Bueno et al (2013)

Mais informações!

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NAs são confiáveis para as pragas mais conhecidas (falta praticar);

Desafios com as pragas mais recentes (+pesquisa);

Comodidade do controle calendarizado X Monitoramento x Tempo

disponível para o agrônomo X grandes áreas assistidas X equipamentos;

Confiabilidade dos níveis de ação

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Desafio número 2

Enfrentar ascomodidades e os

atrativos do manejocalendarizado

Page 30: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

O comércio de inseticidas: Paraná (exemplo)

- Total de Profissionais de Agronomia Habilitados para Emissãode Receitas: aproximadamente 13000 profissionais

- Número de profissionais que emitem receituários: 1925profissionais (15%)

- Média de Receitas por Emissor : 1809 receitas por ano = 5receitas por dia.

- Maior Emissor de Receitas em 2012: 23801 = 65 receitas pordia (um único CPF emissor).

- Média de Receitas Emitidas por Dia no Estado: 9540 receitas

Fonte: Allan G. C. Pimentel (ADAPAR) –SIAGRO 2011-2012

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Consultoria e vendas realizadas pelo mesmo profissional (Quem

vende não deveria receitar agrotóxico pois há um conflito de

interesse);

Vendas antecipadas de agrotóxicos e os pacotes e fidelizações;

Necessidade de fortalecimento de cooperativas como cooperativas;

Mudanças legislativas que incentivem o MIP;

Desafios para a retomada do MIP-Soja

Page 32: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Desafio número 3

Confiar nos benefícios doMIP

Page 33: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Tratamentos Rendim. bruto1

(kg/ha)Nº de Aplicaçõesde inseticidas

Rendim. Líquido1,2

(kg/ha)

M. Biológico 1 3476,5 a 3409,2 a

M. Integrado 3 3634,1 a 3466,2 a

M. do Produtor 5 (6) 3476,9 a 3078,5 b

C.V. (%) 3,3 3,51 Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.2 Cálculo a partir de valores de maio de 2007 – saca de soja a R$ 27,00

Produzir de forma mais rentável e sustentável

Rendimento bruto e líquido de áreas de soja submetidas a diferentesestratégias de controle de insetos-pragas na safra 2006/07.Rendimento bruto e líquido de áreas de soja submetidas a diferentesestratégias de controle de insetos-pragas na safra 2006/07.

Page 34: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

MIP-Soja: tecnologia de sucesso garantidoM 7908 RR – Sta Helena de Goiás, GO

- Porte: 70 - 80 cm- Grupo de maturidade: 7.9

- Ciclo: semi-precoce (médio)- Crescimento: determinado

Produtividade Kg/haTratamento Santa Helena de Goiás, GO

Safra de 2008/2009MIP 2.447,01 ± 178,60ns

CB 2.336,39 ± 155,62

MC 2.441,33 ± 208,19

Test 2.228,62 ± 166,52

CV (%) 4,54

M 7908 RR – Morrinhos,GO- Porte: 70 - 80 cm

- Grupo de maturidade: 7.9- Ciclo: semi-precoce (médio)- Crescimento: determinado

Safra de 2009/2010Tratamento

Morrinhos, GOMIP 4.179,25 ± 128,64 ns

CB 3.948,75 ± 139,80

MC 3.902,50 ± 84,18

Test 3.797,50 ± 96,81

CV (%) 5,79

Vmax – Arapongas,PR- Grupo de maturidade: 5.9

- Ciclo: precoce- Crescimento: indeterminado

Safra de 2009/2010Tratamento

Arapongas, PRMIP 2.992,57 ± 65,86 ab

CB 2.826,58 ± 30,42 bc

MC 3.175,72 ± 51,49 a

Test 2.667,83 ± 89,42 c

CV (%) 3,84

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Mais informações!

Bueno et al (2011)Corrêa-Ferreira et al ( 2010 e 2013)

Page 36: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Alexandre (2010)

A importância do uso racional de agrotóxicos!

0

5

10

15

20

25

30

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13avaliações

Nº P

lusi

nae

Produtor-piretróide

MIP-diflubenzuron

Testemunha- VPN

Piretróide

ins. reg. de cresc.

Test – Bac.

Menor ocorrência de pragas em áreas com MIP

Page 37: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

- Uso racional de agrotóxicos e não só de inseticidas -Impacto de fungicidas sobre o fungo N. rileyi

Número médio de Anticarsia gemmatalis amostradas em2 m de soja. Safra 1998/99.

0

4

8

12

16

20

23 30 5 7 11 14 18 21 25 28 1 4 9 11 15

ScoreTestem.Benomil

Dec Jan Fev

b

Menor ocorrência de pragas em áreas com MIP

Page 38: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Desafio número 4

Visão a longo prazo

Ver os malefícios da nãoadoção do MIP a longo prazo

Page 39: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

POPU

LAÇ

ÃO

NE 1 - secundária

TEMPO

NDE

NE 2 - chave

Foto: Fabio SantosFoto: A. F. Bueno

Uso abusivo (errado)de agrotóxicos;

Mudanças no sistemaprodutivo;

Foto: A. F. Bueno

Aumentos de surtos de pragas secundárias

Foto: Embrapa Soja

Page 40: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Resistência de pragas aos inseticidas

Sosa-Goméz et al. (2000)

Page 41: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Desafio número 5

Manejo da resistência deinsetos as táticas de

controle

Inseticidas e Soja Bt

Page 42: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Passado

Endossulfam

Metamidofós

Acefato

Clorpirifós

Monocrotofós

Paration

Estes produtos têm sido utilizados por mais de 30 anos na culturada soja

Presente• Endossulfam• Metamidofós• Acefato• Clorpirifós• Monocrotofós• Paration

• Neonicotinóide + piretróide/outro

Uso de inseticidas

Page 43: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

TempoTempo

100

0

50 Produto AProduto A Produto BProduto B

Seleção a favor de indivíduos resistentesSeleção a favor de indivíduos resistentesao produto Bao produto B

Curvas de Degradação da Atividade Biológica de PesticidasCurvas de Degradação da Atividade Biológica de Pesticidas

% Mortalidade% Mortalidade

Mistura de inseticidas ou proteínas Cry

Page 44: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

Sosa-Gómez et al.( 2009)

Page 45: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

COMO NÃO HÁ MUITAS OPÇÕES PARACONTROLE DE PERCEVEJOS É IMPORTANTE

PRESERVAR OS INSETICIDAS QUE TEMOS

Não usar os inseticidas das misturas (neonicotinoides +piretroides), ou acefato, ou outros produtos de percevejos paracontrole de pragas no vegetativo = utilizar apenas no reprodutivopara percevejos: reduz pressão de seleção para insetos resistentes;

Importante

Page 46: IV WSF, Vilhena - Adeney de Freitas Bueno - Manejo integrado de pragas da soja: O que muda com a introdução da Helicoverpa armigera ?

O desafio do manejo de resistência em plantas Bts

Controle 24 h/dia 7 dias/semana = Seleção de insetos resistentes

Pragas alvo da soja Bt – 1ª geração

Anticarsia gemmatalis = lagarta-da-soja;

Chrysodeixis includens = lagarta falsa-medideira;

Heliothis virescens = Lagarta-da-maça;

Crocidosema aporema = Broca-das-axilas;

Outras, ????, Helicoverpa armigera (supressão);

Cry 1Ac não controla Spodoptera

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20% área de refúgio – até 800 metros

Estratégias de manejo da resistência

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Fonte: www.planterefugio.com.br

Refúgio

Não Controlado

Controlado

Controlado

Soja Bt

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Mudança de paradigma e importância do MIP

A área de refúgio tem além da função de produzir soja

economicamente de também produzir insetos suscetíveis;

Não será eficiente uma área de refúgio com tolerância zero a

pragas e aplicações massivas de inseticidas;

MIP-Soja é ainda mais importante após a tecnologia Bt e é a única

alternativa para a sustentabilidade do sistema produtivo.

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Desafio número 6

Melhorar tecnologia deaplicação

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Efeito guarda-chuva protegendo os Percevejos e algumas lagartas

Controle químico

Mistura de sal de cozinha (NaCl) a 0,5% v/v na calda (melhora o contato doinseto com o inseticida e não a eficiência do inseticida)

O desafio da tecnologia de aplicação de inseticidas

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Foto: A. F. BuenoFoto: O. C. Bortolotto

Helicoverpa armigera

Desafio número 7

Desafios de novas pragas

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Identificação das lagartas

Helicoverpa Heliothis

Fotos: Fabio Santos

Fotos: Edson Hirose

Spodoptera Helicoverpa + Heliothis

Falsa-medideiraLagarta da

soja

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Pré-semeadura Dessecação de plantio sequencial sem inseticidas (1ª

aplicação de Herbicida 3-4 semanas antes da semeadura e

a 2ª aplicação próximo ao dia do plantio);

Semeadura Em áreas com histórico de ocorrência o tratamento de

sementes com inseticidas pode ser adotado;

Em área com histórico de ocorrência a soja-Bt (Cry1Ac)

pode ser mais uma opção com a adoção do refúgio de

20% da área (obs: proteína Cry 1Ac não controla pragas

do gênero Spodoptera);

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Quando utilizar inseticida para Heliothinae?

4 lag/metro (pano-de-batida)

VEGETATIVO REPRODUTIVO

2 lag/metro (pano-de-batida)

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Que inseticidas utilizar?

Lagartas pequenas (≤ 1,5cm) = preferência porentomopatógenos (vírus e bactéria) e inseticidas do grupo dereguladores de crescimento (fisiológicos) seletivos

Lagartas grandes (>1,5 cm) preferência por inseticidas comefeito mais rápido (choque): Diamidas e espinosinas tem choque e são seletivos

Somente utilizar produtosregistrados;

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Não usar inseticida abusivamente

0

1

2

3

4

5

06/11/2013(V3-V4)

13/11/13(V4-V5)

19/11/13(V5-V6)

Controle biológico

MIP

Produtor

Bt

TratamentosÁREA MIP: Aplicado inseticida do grupo das diamidas 50 ml pc/ha em 15/11/13 (62% lg grandes)ÁREA PRODUTOR: Aplicado Aplicado inseticida do grupo das diamidas 50 ml pc/ha em 05/11/13 einseticida regulador de crescimento 62 ml/ha em 15/11/13ÁREA CONTROLE BIOLÓGICO: Liberado T. pretiosum em 07/11/13 e 15/11/13

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Plantahospedeira

Nº delagartas

coletadas

Nº de lagartas mortasAdultos

emergidosEspécie

Parasitoide Fungo Bactéria Causadesconhecida

Trigo 22 17 1 3 1 0Soja em V1-

V2 40 27 0 6 5 2 Helicoverpasp.

Buva 22 16 0 5 1 0

Total 84 60 - 71,4% 1 - 1,2% 14 -16,7% 7 - 8,3% 2 - 2,4%

Resultado da coleta de lagartas de Heliothinae realizada em lavourasno município de Campo Mourão em 14/10/2013.

Preservar os inimigos naturais

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Saiba mais no site

www.embrapa.br/helicoverpa-soja

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A nossa visão a longo prazo

Atitude para vencer todos os desafios para

implementação do MIP-Soja na prática.

O que precisar mudar após a introdução da

Helicoverpa armigera

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