iv seminário do comitê de estatísticas sociais ods para... · fonte: ibge, pesquisa nacional por...
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Aproveitando a Agenda ODS para repensar indicadores sociais como indicadores de políticas
Paulo Jannuzzi
SAGI/MDS
2015
IV Seminário do Comitê de Estatísticas Sociais
1. Decisões de Política Econômica a favor do Mercado Interno e Inclusão social
– Inflação sob controle, diminuição do juros real, aumento do crédito
– Aumento real de 66% no salario mínimo desde 2002
– Ativismo pró-emprego e formalização dos contratos
– Massificação do consumo de alimentos e bens duráveis
2. Estruturação de Sistema de Proteção Social (25% PIB em 2011-12)
– Fortalecimento de Políticas Universais na Educação, Saúde, Trabalho e Assistência Social
– Criação e rápida expansão de programas específicos voltados a proteção e promoção social e/ou ações afirmativas/compensatórias
• Programas Bolsa Família articulado com prestação de serviços socioassistencias, programas de inclusão produtiva, fortalecimento da agricultura familiar, ações em Segurança Alimentar
• Políticas afirmativas de cotas (gênero, pessoas com deficiências, negros, egressos de escolas públicas)
O Brasil passou por intensas transformações sociais nos últimos 25 anos, em particular nos ultimos 12 anos, por 4 grandes fatores
3. Avanços institucionais na gestão das Políticas Publicas
– Fortalecimento do papel do Planejamento de medio prazo nos 3 níveis de governo, com mecanismos de participação social
– Fortalecimento das instâncias de controle público e controle social (Conselhos, Mídia)
– Pactuação nos arranjos federativos para implementação e operação dos programas sociais
– Ampliação da inter-setorialidade das ações de Ministérios nas políticas sociais
4. Inovações técnicas na gestão das Políticas Publicas
– Ampliação e qualificação do pessoal técnico no setor público
– Maior sofisticação dos Sistemas de Gestão dos Programas
– Avanços na produção das Estatísticas Oficiais, Informação, Registros, Cadastros e Estudos Avaliativos em Políticas Públicas
O Brasil passou por intensas transformações sociais nos últimos 25 anos, em particular nos ultimos 12 anos, por 4 grandes fatores
Os avanços sociais se revelam por uma série de indicadores sociais e avaliações de políticas e
programas como
1) Estrutura de classes de rendimento domiciliar per capita
2) Perfil da Escolaridade Média da população de 18 anos ou +
3) Estruturação do Mercado de Trabalho
4) Estrutura sócio-ocupacional dos ocupados
Estrutura de classes de renda (%)
R$ 0 a 70
R$ 71 a 140
R$ 140 a 280
R$ 280 a 560
R$ 560 a 1.120
R$ 1.120 a 2.240
Acima de R$ 2.240
1992
2,4
7,6
12,2
22,3
24,3
17,7
13,5
Estrutura de classes de renda (%)
R$ 0 a 70
R$ 71 a 140
R$ 140 a 280
R$ 280 a 560
R$ 560 a 1.120
R$ 1.120 a 2.240
Acima de R$ 2.240
1998
4,6
10,9
15,9
23,8
22,9
13,8
8,1
Estrutura de classes de renda (%)
R$ 0 a 70
R$ 71 a 140
R$ 140 a 280
R$ 280 a 560
R$ 560 a 1.120
R$ 1.120 a 2.240
Acima de R$ 2.240
2002
4,0
9,5
15,1
24,6
23,5
15,1
8,3
Estrutura de classes de renda (%)
R$ 0 a 70
R$ 71 a 140
R$ 140 a 280
R$ 280 a 560
R$ 560 a 1.120
R$ 1.120 a 2.240
Acima de R$ 2.240
2008
4,7
12,5
20,4
28,4
20,7
9,1
4,2
Estrutura de classes de renda (%)
R$ 0 a 70
R$ 71 a 140
R$ 140 a 280
R$ 280 a 560
R$ 560 a 1.120
R$ 1.120 a 2.240
Acima de R$ 2.240
2013
6,2
17,8
27,5
25,6
15,2
4,7
3,1
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Obs: Os dados para região Norte das PNADs de 2001, 2002 e 2003 captam apenas a região urbana com exceção de Tocantins. O Rendimento utilizado para o cálculo do coeficiente foi o rendimento domiciliar per capita a partir da base de pessoas. Exclusive empregados domésticos, filhos de empregados domésticos e pensionistas, assim como, pessoas sem rendimento domiciliar per capita e sem declaração de rendimentos.
0,634 0,636 0,639
0,649 0,652
0,661
0,674 0,677
0,686 0,688 0,691
0,696 0,695
0,701 0,704 0,703 0,702
0,705
0,688
0,58
0,6
0,62
0,64
0,66
0,68
0,7
0,72
2013 2012 2011 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 1999 1998 1997 1996 1995 1993 1992
Índice de Bonferroni para a população com rendimentos - Brasil, 1992 a 2013
Índice de Bonferroni
Avanços sociais que se revelam pela redução da desigualdade da renda, na cauda da distribuição.......
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Obs: Os dados para região Norte das PNADs de 2001, 2002 e 2003 captam apenas a região urbana com exceção de Tocantins. O Rendimento utilizado para o cálculo do coeficiente foi o rendimento domiciliar per capita a partir da base de pessoas. Exclusive empregados domésticos, filhos de empregados domésticos e pensionistas, assim como, pessoas sem rendimento domiciliar per capita e sem declaração de rendimentos.
Perfil de Escolaridade (%)
Sem instrução ouMenos de 1 ano de
escolaridade
1 a 4 anos
5 a 8 anos
9 a 11 anos
12 anos ou mais
1992
7,6
14,8
22,9
34,2
20,6
Perfil de Escolaridade (%)
Sem instrução ouMenos de 1 ano de
escolaridade
1 a 4 anos
5 a 8 anos
9 a 11 anos
12 anos ou mais
1998
9,1
19,7
24,9
30,0
16,2
Perfil de Escolaridade (%)
Sem instrução ouMenos de 1 ano de
escolaridade
1 a 4 anos
5 a 8 anos
9 a 11 anos
12 anos ou mais
2002
10,3
24,4
24,1
26,7
14,6
Perfil de Escolaridade (%)
Sem instrução ouMenos de 1 ano de
escolaridade
1 a 4 anos
5 a 8 anos
9 a 11 anos
12 anos ou mais
2008
13,8
30,7
21,9
21,4
12,2
Perfil de Escolaridade (%)
Sem instrução ouMenos de 1 ano de
escolaridade
1 a 4 anos
5 a 8 anos
9 a 11 anos
12 anos ou mais
2013
17,5
32,3
21,4
17,7
11,1
0,463
0,423
0,393
0,352 0,327
1992 1998 2002 2008 2013
Evolução do Gini Anos de estudo - 18 anos ou mais de idade. Brasil, 1992, 1998, 2002, 2008 e 2013
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
Avanços sociais que se revelam pela redução sistemática da desigualdade educacional
Estruturação do Mercado de Trabalho (%)
Desocupação
Ocupação informal
Ocupação formal
1992
48,3
45,0
6,7
Estruturação do Mercado de Trabalho (%)
Desocupação
Ocupação informal
Ocupação formal
1998
45,8
44,8
9,3
Estruturação do Mercado de Trabalho (%)
Desocupação
Ocupação informal
Ocupação formal
2002
45,1
45,4
9,5
Estruturação do Mercado de Trabalho (%)
Desocupação
Ocupação informal
Ocupação formal
2008
51,5
41,2
7,3
Estruturação do Mercado de Trabalho (%)
Desocupação
Ocupação informal
Ocupação formal
2013
59,1
34,4
6,5
Estratos Sócio-ocupacionais (%)
Baixo
Médio-baixo
Médio
Médio-Alto
Alto
1992
5,2
12,0
22,8
24,5
35,5
Estratos Sócio-ocupacionais (%)
Baixo
Médio-baixo
Médio
Médio-Alto
Alto
1998
6,2
12,6
24,7
26,5
30,0
Estratos Sócio-ocupacionais (%)
Baixo
Médio-baixo
Médio
Médio-Alto
Alto
2002
8,4
13,4
25,9
25,8
26,6
Estratos Sócio-ocupacionais (%)
Baixo
Médio-baixo
Médio
Médio-Alto
Alto
2008
9,0
15,0
27,0
26,5
22,6
Estratos Sócio-ocupacionais (%)
Baixo
Médio-baixo
Médio
Médio-Alto
Alto
2013
10,2
16,3
29,1
26,0
18,4
BRASIL - POPULAÇÃO EM SUBALIMENTAÇÃO (%)
Fonte: FAO, 2014 – elaboração SAGI/MDS.
Nos últimos 25 anos, há um grande conjunto de evidências empíricas e indicadores sociais que mostram avanços significativos no combate à
fome....
% População
0
5
10
15
1,7
82% de redução
Avanços na redução da insegurança alimentar, seja na percepção de risco de falta de alimentos no domicílio, seja nas
situações de restrição de acesso aos mesmo
+ 50% de queda da
Insegurança Grave
13,613,5
9,210,0 9,6
8,9 9,19,9
9,0 9,0
7,67,0
5,8 5,74,8 4,6 4,4
3,6 4,02,8
31,4 31,3
23,624,1 23,9
22,924,0
24,7 24,3 24,7
22,3
21,0
16,916,1
14,113,0
11,0
8,9 8,8
7,3
13,5 13,4
8,69,3 8,8
8,1 8,49,0
8,3 8,27,1
6,55,3 4,9
4,2 4,0 3,72,9 3,1 2,5
31,1 30,8
22,9 23,3 23,021,9
23,2 23,5 23,4 23,6
21,520,3
16,315,1
13,312,2
10,2
8,0 7,87,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0 ExtremapobrezacomexclusãodosSDesemanálisediscriminantenosSReSD
PobrezacomexclusãodosSDesemanálisediscriminantenosSReSD
ExtremapobrezasemexclusãodosSDecomanálisediscriminantenosSReSD
PobrezasemexclusãodosSDecomanálisediscriminantenosSReSD
Avanços sociais que se revelam pela redução da pobreza e extrema pobreza monetária ...
Avanços no acesso a direitos e a programas sociais pela população mais pobre…
População de 6 a 14 anos que frequênta escola (%)
95,8
98,4
92,5
97,5
90,0
91,0
92,0
93,0
94,0
95,0
96,0
97,0
98,0
99,0
2002 2004 2008 2013
Total
5% maispobres
5,5%
2,8%
Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: MDS
No acesso à água ....
88,6
94,6
59,7
79,9
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
2002 2004 2008 2013
Total
5% maispobres
Domicílios com acesso à água por rede geral, cisterna, poço ou nascente com canalização (%)
Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: MDS
33,8%
6,8%
No acesso à energia elétrica ....
Domicílios com energia elétrica (%)
96,5 99,3
84,0
97,6
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
2002 2004 2008 2013
Total
5% maispobres
Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: MDS
16,1%
3,0%
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Bens duráveis linha branca: fogão, freezer, geladeira máquina de lavar roupas.
0,340
0,276
0,245
0,205
0,162
0,000
0,050
0,100
0,150
0,200
0,250
0,300
0,350
0,400
1992 1998 2002 2008 2013
Evolução Gini Linha Branca. Brasil, 1992, 1998, 2002, 2008 e 2013.
Gini Linha Branca
Avanços sociais que se revelam pela redução sistemática da desigualdade no “patrimônio doméstico”
Avanços, nem sempre sistemáticos, nas diversas categorias de Pobreza Multidimensional .....
Brasil 1992 a 2013 (%)
A queda do contingente de Pobres Crônicos, aqueles com
baixa renda e baixo acesso a programas sociais, caiu mais
intensamente a partir de 2004 e ainda mais rápido nos anos 2010 (-14 % ao ano, contra -13% aa em 2004 e 2009)
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
30.000.000
35.000.000
Crônicos
-7,4 %aa -2,9% aa -2,7% aa
-12,8% aa -14,1% aa
Plano BSM + Busca Ativa
Redução da Inflação
Aumento do acesso à escola
Bolsa Familia + Sal Mínimo + Redução Desemprego
O contingente de Vulneráveis, residentes, em grande
medida, na zona rural e NE/Norte, diminuiu mais rapidamente a partir de 2009
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
Vulneráveis
+3,4 %aa -9,5% aa
-5,5% aa
-1,7% aa
-6,1% aa
Busca Ativa Fomento, Água e Luz no Rural
Implantação da LOAS/BPC
A queda do contingente de Pobres Carentes, residentes em
geral nas cidades pequenas e médias, mantem ritmo de
queda desde 2004 (acima de 6% ao ano), mesmo com Mercado de Trabalho menos dinâmico
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
Carentes
-7,9 %aa +11,6% aa
+7,1% aa -6,8% aa
-6,4% aa
Aumento do Desemprego e perda de poder aquisitivo
PBF + Sal Mínimo + Redução Desemprego + Formalização
Acesso a serviços e Busca Ativa
Os Pobres Transitórios, por estarem concentrados nos
grandes centros urbanos, caem com maior intensidade que os Carentes desde 2009 (acima de 11 % ao ano)
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
700.000
800.000
Transitórios
-21,8 %aa
+12,0% aa +25,4% aa -12,3% aa -11,0% aa
Aumento do Desemprego e perda de poder aquisitivo
PBF + Sal Mínimo + Redução Desemprego + Formalização
Acesso a bens Inclusão Produtiva Urbana
Obrigado!
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