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IV Jornada de Estudos da Doença de Parkinson V Jornada de Estudos da Doença de Parkinson Pesquisa, intervenção e saúde

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IV Jornada de Estudos da Doença de Parkinson

V Jornada de Estudos da Doença de

Parkinson

Pesquisa, intervenção e saúde

V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

(8h – 8h30) Abertura da secretaria – entrega de materiais

(8h30) Abertura

Profa. Dra. Lilian Teresa Bucken Gobbi (UNESP/Rio Claro)

(8h45 – 10h45) Mesa Redonda – Doença de Parkinson: temas atuais

Profa. Drda. Carla da Silva Batista (USP/SP): Benefícios do treinamento de força com

instabilidade nos sintomas clínicos, cognitivos e motores da doença de Parkinson (DP).

Profa. Dra. Luciane Sande de Souza (UFTM/MG): Aplicativo computacional para análise

da espiral de Arquimedes para a avaliação da coordenação de pacientes com DP.

Prof. Dr. Clynton Lourenço Corrêa (UFRJ/RJ): Neurobiologia do exercício na DP: prática

baseada em evidências.

(10h45 – 11h) Coffee Break

(11h-12h15) Apresentações Orais

(12h15 – 14h) Almoço

(14h – 15h45) Workshop

1) Avaliação Motora: Prof. Drdo. Diego J. Rojas (UNESP Rio Claro); Prof. Msdo. Victor S.

Beretta (UNESP Rio Claro); Profa. Msda. Mayara B. Pestana (UNESP Rio Claro)

2) Intervenção Motora na doença de Parkinson: Profa. Drda. Alejandra Gimenez (UNESP

Rio Claro); Profa. Ms. Juliana Lahr (UNESP Rio Claro)

3) Intervenção de voz e deglutição: Profa. Drda. Lara Camargo (UNICAMP)

(15h45 – 16h30) Apresentações de pôsteres e Coffee Break

(16h30 – 17h30) Palestra de Encerramento: Dra. Rebecca Reed-Jones – University of

Prince Edward Island (Charlottetown, Canadá)

(17h – 18h) Premiação e encerramento

Profa. Dra. Lilian Teresa Bucken Gobbi (UNESP/Rio Claro)

V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

COMISSÃO ORGANIZADORA

Coordenadora do evento

Profa. Dra. Lilian Teresa Bucken

Gobbi

Coordenador Geral

Paulo Cezar Rocha dos Santos

Científica e Divulgação

Responsáveis: Ellen Lirani Silva e

Claudia Teixeira-Arroyo

Lucas Simieli

Nubia Ribeiro da Conceição

Priscila Nóbrega Souza

Paulo Henrique Silva Pelicioni

Secretaria e Web

Responsáveis: Diego Orcioli-Silva,

Diego Alejandro Rojas Jaimes e

Alejandra Franco Jimenez

Tamires Vicente Silva

Vinicius Cavassano Zampier

Letícia Sperandio Beraldo

Apoio e Patrocínio Responsáveis: Victor Spiandor Beretta e Juliana Lahr Stephannie Spiandor Beretta Guilherme Belardo Colatrella Thainá Lopes das Neves Lucas Meira Fiorio Sthefany Tofanelli Willian Serati Luizon Mariana Mendes Leal Rodrigues Transporte e Tesouraria Responsável: Rodrigo Vitório Mayara Borkowske André Macari Baptista

UNESP Rio Claro – Av. 24-A, 1515, Bela Vista

CONTATO: [email protected] Tel.: (19) 3526 4365

V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

PALESTRAS

BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA COM INSTABILIDADE NOS

SINTOMAS CLÍNICOS, COGNITIVOS E MOTORES DA DOENÇA DE

PARKINSON.

CARLA DA SILVA BATISTA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO(USP/SP)

A doença de Parkinson (DP) é uma desordem idiopática, neurodegenerativa e

principalmente progressiva. Os sintomas motores da DP, os déficits na mobilidade e o

comprometimento cognitivo progridem linearmente em proporção à duração da

doença. Não há tratamento para parar a progressão da DP, no entanto, o exercício

físico coadjuvante ao tratamento farmacológico tem sido utilizado como uma

ferramenta no intuito de atenuar a progressão da DP e melhorar a qualidade de vida

desses indivíduos. Dentre os tipos de exercício físico, o treinamento de força, tem sido

muito utilizado para aumentar a força muscular destes indivíduos e melhorar a

funcionalidade, no entanto, este método de treino apresenta efeitos limitados nos

sintomas clínicos da doença, e isto pode ser devido às características deste método de

treinamento. Neste sentido, estratégias de treinamento com alta complexidade motora,

como o treinamento de força com instabilidade, pode ser umas das principais

estratégias para atenuar a progressão clínica da DP, uma vez que intervenções com alta

complexidade motora promovem ativação cortical e subcortical o que está relacionada

com a melhora na cognição e no controle motor de indivíduos idosos saudáveis.

Assim, na palestra será abordado os efeitos positivos deste método de treinamento nos

sintomas clínicos (sintomas motores, mobilidade, cognição e qualidade de vida) da

doença que foram resultados do projeto de Doutorado da palestrante.

Palavras-chave: Doença de Parkinson; Força; Instabilidade.

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V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

APLICATIVO COMPUTACIONAL PARA ANÁLISE DA ESPIRAL DE

ARQUIMEDES PARA AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO DE PACIENTES

COM DOENÇA DE PARKINSON.

LUCIANE APARECIDA PASCUCCI SANDE DE SOUZA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO – UFTM/MG

Com o desenvolvimento crescente da tecnologia de dispositivos móveis e a sua fácil

acessibilidade, o uso variado dos mesmos tem sido muito explorado. A criação de

aplicativos para a área da saúde se tornou rotineira assim como seu uso para

monitoração, testes diagnósticos e inclusive como ferramentas de intervenção. A

possibilidade de obter dados clínicos e, por meio desta interface homem-máquina

proporcionar tarefas mais atraentes e/ou prazerosas ao paciente torna a investigação

destes dispositivos um desafio motivador. Assim, atualmente vários autores exploram

o desenvolvimento e a aplicabilidade de dispositivos na área biomédica. Com ênfase

na análise de tremor e na coordenação dos movimentos, vários aplicativos (Ex.

sensores acelerômetros em sistema iOS) e protocolos de avaliação (espiral de

Arquimedes) têm sido investigados. Alguns resultados importantes apontam para

possíveis diagnósticos diferenciais, como por exemplo, entre tipos de tremores

(essencial e da doença de Parkinson), o que pode facilitar o diagnóstico clínico. Neste

caso a onda gerada pelo tremor captada por acelerômetros pode estar alinhada ao

longo de um ou múltiplos eixos, o que auxiliaria nesta diferenciação. Outros autores

utilizaram sons em sistema iOS como abordagem para amenizar os sinais da doença de

Parkinson a partir de dados obtidos por sensores acelerômetros e giroscópios. Alguns

resultados parciais de estudos em nossa universidade serão apresentados, com dados

obtidos por meio de acelerômetros e também o uso de aplicativos para intervenção

associados a análise da espiral de Arquimedes. De modo geral a padronização de

avaliações utilizando sensores de dispositivos móveis se faz necessária, associada ao

desenvolvimento de novos aplicativos e testes em diferentes populações com tremores

e déficits de coordenação de diversas etiologias.

Palavras-chave: Espiral de Arquimedes; Coordenação; Doença de Parkinson.

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V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

NEUROBIOLOGIA DO EXERCÍCIO NA DOENÇA DE PARKINSON:

PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS

CLYNTON LOURENÇO CORRÊA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ/RJ)

A palestra pretende apresentar aspectos neurobiológicos do exercício em modelos

animais da doença de Parkinson, em especial, os possíveis efeitos do exercício nos

desfechos motores, bem como, na expressão de fatores neurotróficos de animais

induzidos à doença de Parkinson por meio de resultados baseados em testes

comportamentais, biologia celular e molecular. A palestra será baseada na pergunta

norteadora: Como o exercício protege neurônios dopaminérgicos contra a degeneração

neuronal? A partir da pergunta-chave, a palestra apresentará hipótese considerando os

fatores neurotróficos, assim como, o sistema renina-angiotensina como elementos

importantes da neuroproteção envolvidos no exercício em modelos animais induzidos

à doença de Parkinson e/ou modelo de envelhecimento com implicações na doença de

Parkinson.

Palavras-chave: Doença de Parkinson; Neurobiologia; Doença de Parkinson

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V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

VISUAL TRAINING FOR MOVEMENT DIFFICULTIES IN CLINICAL

POPULATIONS

REBECCA REED-JONES

UNIVERSITY OF PRINCE EDWARD ISLAND

Vision is an essential part of how humans adapt movement patterns to their

environment. Over the last several decades research has identified specific visual

behaviours that promote success and safety when performing a number of fundamental

locomotor tasks (e.g. stepping, turning, steering, and obstacle avoidance). Changes in

these visual behaviours are often observed in clinical populations who have trouble

with locomotor activities (e.g. fall prone older adults and individuals with Parkinson’s

disease). One major limitation in rehabilitation approaches to fall prevention is that

vision is often confined to metrics of sight e.g. measurements of visual acuity and

contrast sensitivity. However, the visual system networks with a complex series of

sensory, motor, and cognitive regions of the brain. Vision is much more than sight

alone and includes visual cognitive factors. These visual cognitive factors have

significant implications when studying clinical populations. For example, if a patient

has difficulty controlling eye movements, do they map their movement environment in

the same way as an individual without difficulty? Do patients prioritize where to look

in the environment and does this affect their success in movement planning?

Understanding the differences in how clinical populations perceive their movement

environment expands our current knowledge of the role of vision in locomotor

activities. In addition, how these differences affect planning and execution of

locomotor tasks in clinical populations provides an evidence base for intervention

strategies.

Keywords: Vision, Clinical Populations, Locomotor Activities.

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V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

TEMA: ASPECTOS CLÍNICOS E FUNCIONAIS NA DOENÇA DE

PARKINSON

UTILIZAÇÃO DO POMA-BRASIL PARA AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO E

MARCHA EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON

FIORELLI, C. M.¹; CARREIRA, T. C.²; PENEDO, T.²; SIMIELI, L.²; BARBIERI, F. A.²

1USC - Universidade Sagrado Coração, 2 UNESP - Faculdade de Ciências de Bauru

Introdução: Enquanto tremor e rigidez são os sintomas motores mais evidentes na doença de

Parkinson (DP), a instabilidade postural é um dos sintomas que levam a comprometimentos

funcionais mais limitantes, podendo causar quedas e suas consequências. Desta forma, avaliar

aspectos relacionados à instabilidade postural, como o equilíbrio funcional e a marcha, é

importante nesta população. A Performance Oriented Mobility Assessment (POMA) é um

instrumento traduzido e adaptado transculturalmente composto por duas escalas que avaliam

equilíbrio funcional e marcha orientada pelo desempenho. Por ser genérico, permite a

comparação do desempenho em portadores de diversas patologias, podendo ser úteis em

serviços de assistência ao idoso. Objetivo: Caracterizar o desempenho no equilíbrio funcional

e na marcha de pessoas com DP por meio do POMA. Materiais e método: Pessoas com DP

idiopática foram avaliados pelo POMA na fase ON da medicação. Participaram 9 pessoas (7

homens) entre os estágios 1 e 3 da escala Hoehn & Yahr, com idade média de 66,4(±6,9) anos

e tempo médio de diagnóstico de 118(±47,1) meses. A maior somatória possível nos 13 itens

que avaliam equilíbrio é 39. Em cada item, considera-se 3 como resposta normal, 2 como

adaptativa e 1 como anormal. A avaliação da marcha possui nove itens, com pontuação

máxima de 18, admitindo-se 2 como resposta normal e 1 como anormal. Quando somadas, as

escalas atingem valor máximo de 57, indicando respostas normais para o equilíbrio e marcha.

Os resultados foram apresentados de forma descritiva. Resultados: A média obtida na

somatória dos itens de equilíbrio foi 33,6(±3,5) e nos de marcha 14,8(±1,7). A somatória

média alcançada nas duas escalas foi 48,3(±4,3). Os testes em que os participantes

apresentaram respostas adaptativas ou anormais foram: levantar da cadeira, equilíbrio ao girar

360º, virar o pescoço, extensão da coluna, sentar, altura do passo e estabilidade do tronco.

Conclusão: Indivíduos com DP em estágio inicial e moderado da doença apresentaram

respostas adaptativas e/ou anormais no equilíbrio e na marcha identificadas pelo POMA que

geram instabilidade postural e podem causar quedas.

Palavras-chaves: Doença de Parkinson; Equilíbrio funcional; Marcha; POMA-Brasil

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V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON UTILIZAM ESTRATÉGIA MAIS

ARRISCADA PARA DESVIAR DO OBSTÁCULO DO QUE INDIVÍDUOS

NEUROLOGICAMENTE SADIOS

SANTINELLI, F. B.1; BAPTISTA, A.M1; PEREIRA1, V. A. I.; IMAIZUMI1, L. F.;

PENEDO1, T.; BARBIERI1, F. A

¹ UNESP - Faculdade de Ciências de Bauru

Introdução: A doença de Parkinson (DP) afeta, além da execução das ações motoras, o

planejamento dos indivíduos acometidos com essa patologia. Desta forma, a escolha da

estratégia utilizada para realizar uma tarefa pode ser comprometida Objetivo: Comparar a

estratégia utilizada por pacientes com DP e pessoas neurologicamente sadias durante o desvio

de um obstáculo. Materiais e Método: Cinco pacientes com DP (idade 62,8±7,25 e H&Y

2,3±0,44) e cinco pessoas neurologicamente sadias (idade 68±8,75) realizaram 10 tentativas

de desviar do obstáculo durante o andar. Os participantes foram instruídos a desviar do

obstáculo, evitando o contato com ele, e retornar na mesma linha reta que estava antes do

desvio. Foram analisadas duas estratégias de desvio do obstáculo: membro de abordagem

próximo do obstáculo e membro de abordagem longe do obstáculo. As estratégias utilizadas

para o desvio do obstáculo foram comparadas através de ANOVA com fatores para grupo e

estratégia de desvio (p<0,05). Testes post hoc de Tukey foram utilizados quando foi

encontrado interação entre os fatores. Resultados: A interação entre os fatores indicou que os

indivíduos neurologicamente sadios utilizam a estratégia de posicionar o membro de

abordagem longe do obstáculo mais vezes que os pacientes com DP (p<0,01). Ainda, o teste

post hoc de Tukey mostrou que os pacientes com DP utilizam mais a estratégia de posicionar o

membro de abordagem próximo do obstáculo em comparação com a outra estratégia

(p<0,005), sem haver diferença no número de vezes de utilização das estratégias para

indivíduos neurologicamente sadios. Conclusão: Pacientes com DP utilizam estratégia mais

arriscada para desviar do obstáculo (membro de abordagem próximo do obstáculo)

comparados a pessoas neurologicamente sadias, o que indica um comprometimento no

planejamento da tarefa de desviar do obstáculo.

Palavras-chaves: Locomoção; Desviar do obstáculo; Planejamento

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V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

ESTADIMENTO E COGNIÇÃO PREDIZEM A MOBILIDADE SEM E COM

TAREFA DUPLA DE PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

COLATRELLA, G. B.1; SANTOS, P.C.R1; ORCIOLI-SILVA,D.1; LIRANI-SILVA,E.1;

PESTANA, M.B.; GOBBI, L.T.B.

UNESP - Instituto de Biociências - Campus - Rio Claro

Introdução: Problemas de mobilidade em pacientes podem estar relacionados com comprometimentos ocasionados pela doença de Parkinson (DP). Pacientes apresentam lentidão na mobilidade, principalmente quando uma segunda tarefa é realizada concomitantemente, e essa lentidão é acentuada em pacientes em estágios avançados, justificando estudos que buscam correlacionar o comprometimento, o estadiamento e a condição cognitiva de pacientes com DP com a mobilidade funcional sem e com tarefa dupla. Objetivo: Verificar o relacionamento e a predição de comprometimentos clínicos, estadiamento e condição cognitiva com a mobilidade funcional realizada sem e com tarefa secundária concomitantemente. Materiais e método: Participaram do estudo 59 pacientes com DP, que foram avaliados em relação aos comprometimentos clínicos pela Unified Parkinson's Disease Rating Scale (UPDRS), classificados em estágios pela escala de Hoehn e Yahr (H&Y) e avaliados em relação à condição cognitiva pelo Mini Exame do Estado Mental (MEEM). A mobilidade sem e com tarefa dupla foi avaliada por meio do Timed UP and Go Test (TUG), onde os indivíduos deveriam levantar da cadeira percorrer 3m, contornar um cone, voltar e sentar na cadeira, sendo registrado o tempo da realização da tarefa. Na condição de tarefa dupla os participantes deveriam realizar o TUG enquanto contavam de forma regressiva de dois em dois a partir de um determinado número escolhido pelo avaliados. Três tentativas foram realizadas para cada condição do TUG, sendo a tentativa de menor tempo sem e com tarefa dupla considerada para análise. Testes de correlação de Pearson foram utilizados considerando o TUG sem e com tarefa dupla como variáveis dependentes e a UPDRS, H&Y e MEEM como independentes. Resultados: A partir das relações encontradas, modelos de regressão foram criados. Resultados: Dois modelos foram preditores para o TUG e para o TUG com dupla tarefa. O modelo 1 mostrou que o MEEM prediz o TUG em 35,7% (R=0,597, p<0,001) e em 32,7% TUG com tarefa dupla (R=0,572, p>0,001). O modelo 2 indicou que o MEEM mais a H&Y prediz o TUG em 44,1% (R=0,664, p<0,001) e o TUG com dupla tarefa em 37,6% (R=0,613, p<0,001). Conclusão: O estadiamento da DP e a condição cognitiva influenciam no desempenho da mobilidade funcional de pacientes com DP, sendo estes fatores importantes também em condições onde os pacientes com DP necessitam desempenhar a mobilidade somada a outra tarefa.

Palavras-chaves: Doença de Parkinson; Comprometimentos clínicos, Estadiamento da doença de Parkinson, Cognição, Mobilidade.

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V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

COMPORTAMENTO DO OLHAR DURANTE A TAREFA DE DESVIAR

OBSTÁCULO PARA O LADO MAIS ACOMETIDO E MENOS ACOMETIDO EM

PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

IMAIZUMI, L. F. I.1; SIMIELI, L.1 ; BAPTISTA, A. M.1; MORETTO, G. F.1; FIORELLI, C.

M.2; BARBIERI, F. A.1

1UNESP - Faculdade de Ciências de Bauru; 2USC - Universidade Sagrado Coração

Introdução: A doença de Parkinson (DP) é caracterizada por sintomas motores que afetam

diferentemente os membros do lado direito e esquerdo. Além disso, a DP tem efeitos não

motores, como na percepção do ambiente. Entretanto, a relação entre os efeitos unilaterais dos

sintomas motores e da percepção são pouco conhecidos, especialmente na tarefa de desviar do

obstáculo. Objetivo: Comparar o comportamento do olhar durante a tarefa de desviar do

obstáculo para o lado mais acometido e menos acometido pela DP. Materiais e Método:

Participaram do estudo 5 pacientes com DP (idade: 63,8±8,34 anos, UPDRS motora: 22±6,97

pontos H&Y: estágio de 1 a 3). O lado mais acometido pela DP foi determinado através de

itens da UPDRS-motora. A tarefa do estudo consistiu em percorrer andando uma plataforma

de 10 m em velocidade preferida e desviar de um obstáculo localizado no centro da plataforma

(a 5m de distância do início da plataforma). Cada participante realizou 10 tentativas de desvio

do obstáculo, sendo 5 tentativas para o lado mais acometido pela doença e 5 tentativas para o

lado menos acometido pela doença. Para a análise do comportamento do olhar foi utilizado um

Eye Tracker da marca Applied Sciences Laboratories® (ASL, Eye Tracking Mobile System -

modelo Mobile Eye-XG). A frequência de aquisição dos dados foi de 30 Hz. Foram analisadas

as seguintes variáveis: número de fixações, duração total de fixações, duração média de

fixações e porcentagem de duração das fixações em relação ao tempo da tentativa. Para

responder ao questionamento do estudo foi calculado um teste t-Student com amostras

pareadas (p<0,05). Resultados: A análise estatística não revelou diferença significativa entre

as variáveis do comportamento do olhar quando o paciente com DP desviou para o lado mais

acometido e menos acometido pela doença. Conclusão: O comportamento do olhar parece

independente do lado (mais acometido e menos acometido) que o paciente com DP realiza o

desvio do obstáculo durante o andar. Entretanto, continua o questionamento relacionado a

diferença de comportamento motor entre os lados corporais em pacientes com DP.

Palavras-chaves: Comportamento do olhar; Assimetria; Controle motor

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V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

LINGUAGEM, FUNCIONALIDADE E PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA DOENÇA DE

PARKINSON UTILIZANDO A CIF

FIERI, M.1; CHUN, R. S.1

UNICAMP – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa crônica

progressiva com comprometimentos variados nas funções motoras, sensoriais e lingüístico-

cognitivas, atividades de vida diária e participação social. A Organização Mundial de Saúde

criou a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), em uma

visão positiva de saúde, visando abarcar questões de funcionalidade e participação. Objetivo:

Investigar aspectos de linguagem, funcionalidade e participação na DP utilizando CIF e

caracterizar o perfil sociodemográfico dos participantes. Materiais e Método: Pesquisa

aprovada pelo CEP-FCM/UNICAMP sob nº 074.636/2015. Trata-se de pesquisa descritiva

analítica transversal, com amostra de 15 participantes com DP em acompanhamento

fonaudiológico no CEPRE/FCM/UNICAMP e no Ambulatório de Fonoaudiologia -

ORL/Disfagia do HC/UNICAMP. Para coleta dos dados realizou-se: (i) levantamento dos

dados dos prontuários para caracterização sociodemográfica e (ii) entrevista com o

participante e/ou seu responsável legal, gravada em vídeo e transcrita para análise. Foi

elaborado pela pesquisadora responsável instrumento próprio para a entrevista, com base na

CIF. Resultados: A idade variou entre 40 e 83 anos, a maioria (80%) do sexo masculino.

Todos participantes referiram dificuldades no componente Funções do corpo, nos domínios da

CIF de funções de articulação, funções da fluência e ritmo de fala e funções relacionadas com

a mobilidade das articulações. No componente de Atividade e Participação, relataram

dificuldades nos domínios de vida comunitária (80%), recreação e lazer (80%), atividade de

motricidade fina da mão (93,3%), levantar e transportar objetos (93,3%) e escrever mensagens

(86,6%). No componente Fatores Ambientais, o domínio de profissionais de saúde foi

considerado facilitador para todos entrevistados e família imediata foi considerado facilitador

para a maior parte (93,2%) do grupo estudado e como barreira por uma baixa porcentagem

(6,6%) dos participantes. Conclusão: Os achados mostram que a utilização da CIF possibilitou

análise da funcionalidade e participação desse grupo populacional por meio de uma

abordagem dos aspectos biopsicossociais, além da dimensão organo-patológica, que contribui

para o cuidado, a saúde e o bem-estar dessas pessoas em uma abordagem integral e

humanizada.

Palavras-chaves: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde;

Doença de Parkinson; Fonoaudiologia; Atenção à Saúde 11

V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

EFEITO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA NA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE

DIFICULDADE/FACILIDADE PARA SUBIR E DESCER DEGRAUS DE PACIENTES

COM DOENÇA DE PARKINSON

CONCEIÇÃO, N. R1.; TEIXEIRA-ARROYO, C1.; VITÓRIO, R.1; ORCIOLI-SILVA, D.1; LIRANI-SILVA, E1. ; GOBBI, L.T.B.1

1UNESP - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"- Câmpus Rio Claro

Introdução: A inatividade física tende a acompanhar o processo de envelhecimento devido à perda de capacidades funcionais ou outros problemas ligados a saúde desses indivíduos, mesmo que comprovadamente a atividade física é importante para a manutenção da independência, independentemente da idade e da condição de saúde. Pacientes com DP além de apresentarem declínios tanto referentes ao processo de envelhecimento sofrem com diversos sinais e sintomas provocadas pela doença, principalmente comprometimentos motores e sensoriais, esses são intensificados quando a tarefa é complexa como é o caso da locomoção em escadas. Estudos já mostraram que a perda dopaminérgica da DP pode levar a alteração do processamento das informações proprioceptivas, ocasionando prejuízos sensoriais. Com isso os objetivos do presente estudo são verificar o nível de atividade física da amostra e verificar o efeito do nível de atividade física na auto percepção de dificuldade para subir e descer degraus em pacientes com DP. Materiais e método: Participaram do estudo 35 pacientes com doença de Parkinson divididos em 2 grupos: 11 participantes no Grupo Ativo e 24 participantes no Grupo Inativo. Foi aplicado o questionário de Baecke modificado para idosos (QBMI) a fim de avaliar o nível de atividade física e também um questionário referente a percepção subjetiva de facilidade/dificuldade para subir e descer degraus de escadas utilizadas no cotidiano com 5 sub escalas que vão de muito fácil à muito difícil. Resultados: Para análise estatística foi aplicado o Test-t para amostras independentes onde o mesmo mostrou diferença entre grupos para a percepção subjetiva de dificuldade/facilidade tanto para a subida (p=0,002 e t=3,394) como para a descida de degraus (p=0,006 e t=3,04). Ainda foi possível verificar que 68,5% da amostra foi classificada como inativa através do QBMI e 31,5% classificada como indivíduos ativos. Conclusão: Com os resultados é possível concluir que a atividade física não somente auxilia na melhora dos componentes motores, melhorando a mobilidade e independência do paciente, mas também está diretamente relacionada com seu sistema sensorial de percepção, entretanto isso também pode ser explicado por um possível senso de capacidade que indivíduos ativos sentem, alterando com isso sua percepção de dificuldade/facilidade. Contudo o baixo percentual de indivíduos ativos é motivo de preocupação sabendo dos variados benefícios que a atividade física propicia a esses indivíduos.

Palavras-chaves: Doença de Parkinson, Nível de atividade física, Percepção de esforço. 12

V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

SINTOMAS DE ANSIEDADE PODEM INTERFERIR NO CONTROLE DO ANDAR

DURANTE AMBIENTES DESAFIADORES EM IDOSOS COM DOENÇA DE

PARKINSON

SOUSA, P. N.1; ORCIOLI-SILVA, D.1; SIMIELI, L.2; BERETTA, V. S.1; ZAMPIER, V. C.1;

HERNANDES, F. B.1; GOBBI, L. T. B1.

1UNESP - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"- Câmpus Rio Claro, 2UNESP - Faculdade de Ciências de Bauru

Introdução: a doença de Parkinson (DP) é uma patologia neurodegenerativa que causa prejuízos no andar, principalmente, durante o andar com obstáculos, como por exemplo, diminuição da velocidade e comprimento da passada. Ainda, estudos têm demonstrado que sintomas de ansiedade podem exacerbar os comprometimentos do andar de idosos com DP. Entretanto, poucos estudos têm investigado a influência dos sintomas de ansiedade no andar com a presença de obstáculo em idosos com DP. Objetivo: analisar a influência dos sintomas de ansiedade no andar de idosos com DP, sobretudo na presença de obstáculo. Materiais e método: participaram do estudo 44 idosos com diagnóstico de DP(idade: 70,81±7,68 anos), entre os estágios leve e moderado da escala de Hoehn e Yahr, divididos em 2 grupos: i) baixo (BSA) e ii) alto sintoma de ansiedade (ASA). Os sintomas de ansiedade foram avaliados pela escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (subescala ansiedade), sendo usado 8 pontos como nota de corte para divisão dos grupos. Para análise do andar, os idosos realizaram 3 tentativas para cada condição experimental: i) andar sem obstáculo; ii) andar com obstáculo (15 cm de altura). O ciclo analisado foi a passada central na tarefa sem obstáculo e a passada da fase de aproximação para o obstáculo. As variáveis espaço-temporais do andar foram calculadas em ambiente MATLAB e para verificar as diferenças entre as grupos e condições foi utilizado ANOVA two-way, com nível de significância de p<0,05. Resultados: a ANOVA revelou interação grupo*marcha no comprimento (p=0,014), duração (p=0,032) e velocidade da passada (p=0,05). O grupo ASA diminuiu o comprimento da passada na presença de obstáculo comparado ao andar sem obstáculo e, ainda, apresentou menor comprimento na fase de aproximação em relação ao grupo BSA. O grupo BSA aumentou a duração da passada na fase de aproximação em relação ao andar sem obstáculo, enquanto o grupo ASA não alterou esse parâmetro. Por fim, o grupo ASA apresentou menor velocidade em ambas as condições quando comparado ao grupo BSA. Além disso, ambos os grupos diminuíram a velocidade na condição com obstáculo, porém a redução no grupo ASA foi de 17,3% e do grupo BSA foi de 7,54%. Conclusão: sintomas de ansiedade podem interferir no controle do andar durante ambientes desafiadores, causando maiores modulações no andar de idosos com DP. Assim, idosos com DP com alto sintoma de ansiedade utilizam estratégias mais cautelosas para se locomoverem nesses ambientes.

Palavras-chaves: Doença de Parkinson; Sintomas de ansiedade; Controle do andar 13

V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON COM RISCO DE QUEDA

APRESENTAM PIOR EQUILÍBRIO FUNCIONAL EM TAREFA DE GIRAR SOBRE

O PRÓPRIO EIXO E APOIO UNIPODÁLICO

NEVES, T. L. D.1; GOBBI, L.T.B.1; PELICIONI, P. H.S1.; LAHR, J1; BARBIERI, F. A.2;

VITÓRIO, R.1

1UNESP - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"- Câmpus Rio Claro, 2UNESP - Faculdade de Ciências de Bauru

Introdução: a doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa decorrente da perda progressiva dos neurônios dopaminérgicos, que ocasiona sintomas motores de instabilidade postural e alterações no andar. Como consequências destes sintomas, os pacientes apresentam pior equilíbrio funcional e maior risco de queda. Por tanto há a necessidade de entender como a doença interfere em diferentes tarefas de equilíbrio e no risco de cair, principalmente pela queda ser debilitante. Objetivos: avaliar o equilíbrio funcional de pacientes com DP com e sem risco de queda e comparar os grupos em tarefas específicas de equilíbrio. Materiais e Método: participaram do estudo 48 pacientes com DP, sendo 17 pacientes sem risco de queda (SR) e 31 com risco de queda (CR). Os pacientes foram classificados de acordo com o risco de queda por meio da Falls Efficacy Scale - International (FES-I), sendo que para pontuações superiores a 23 o paciente foi classificado com risco de queda. O comprometimento clínico (psíquico, funcional e motor) e o estágio da doença foram avaliados por meio da Unified Parkinson's Disease Rating Scale (UPDRS) e o equilíbrio funcional, estático e dinâmico, foi avaliado por meio das tarefas da Escala de Equilíbrio Funcional de Berg (EEFB). Análises estatísticas apropriadas (p<0,05) foram aplicadas para comparar as variáveis entre os grupos. Resultados: A análise estatística revelou que os grupos foram estatisticamente diferentes quanto ao comprometimento funcional (UPDRS II: p=0,034), ao equilíbrio funcional (EEFB: p=0,009) e as tarefas específicas de equilíbrio: girar 360 graus (p=0,015) e permanecer sobre um pé (p=0,012), sendo que o grupo CR apresentou os piores valores. Conclusão: Os resultados revelaram que os pacientes com risco de queda apresentam maiores déficits funcionais e de equilíbrio, com destaque para a tarefa dinâmica de girar sobre o próprio eixo e para a tarefa estática de apoio unipodálico. Estes resultados corroboram os achados da literatura que relatam a maior ocorrência de quedas em situações de girar em torno do próprio eixo, contornar um obstáculo, permanecer em suporte simples para ultrapassar um obstáculo ou subir e descer um degrau. Essas tarefas podem favorecer a queda principalmente para pacientes que apresentam risco. Por tanto, futuras intervenções motoras com o enfoque de prevenção de quedas devem conter exercícios que executem as tarefa de girar sobre o próprio eixo e a manutenção do apoio unipodálico.

Palavras-chaves: Doença de Parkinson, Equilíbrio funcional, Risco de queda.

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V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

COMPORTAMENTO DO OLHAR DURANTE A FASE DE APROXIMAÇÃO PARA

DESVIAR DE UM OBSTÁCULO EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

PENEDO, T.1; BAPTISTA, A. M.1; PEREIRA, V. A. I1.; COSTA, E. E. C1.; ODA, R. M1.;

BARBIERI, F. A.1

1UNESP - Faculdade de Ciências de Bauru

Introdução: A visão é uma informação sensorial importante durante o andar com desvio de

obstáculo. Entretanto, pacientes com doença de Parkinson (DP) apresentam problemas para

selecionar e utilizar a informação visual, podendo prejudicar a eficiência do andar. Objetivo:

Analisar o comportamento do olhar de pacientes com DP durante o andar com desvio de

obstáculo e comparar o comportamento do olhar com indivíduos neurologicamente sadios.

Materiais e Método: A amostra foi composta por 5 pacientes com DP (62,8±7,25anos; H&Y

- 2 a 3; UPDRS - 31±13,78pts) e 5 indivíduos neurologicamente sadios (68,2±7,59anos). Cada

participante realizou 5 tentativas (randomizadas) em cada situação experimental: andar sem

obstáculo e andar com desvio do obstáculo. Nas tentativas com obstáculo, os participantes

foram instruídos a desviar do obstáculo para o lado de preferência, evitando o contato, e

retornar na mesma linha reta que estava antes do desvio. Ambas as tarefas foram realizadas em

velocidade preferida. Para a análise do comportamento do olhar foi utilizado o sistema da

marca Applied Sciences Laboratories® (ASL, EyeTracking Mobile System - modelo Mobile

Eye-XG). A freqüência de aquisição de dados foi de 30 Hz. Foram calculadas as seguintes

variáveis: número de fixações, duração total das fixações, duração média das fixações e

porcentagem de duração das fixações em relação ao tempo da tentativa. Para responder aos

questionamentos do estudo, foram realizadas ANOVAs two-way com fator para grupo e tipo

de andar, com medidas repetidas para o segundo fator (p<0,05). Testes Post hoc de Tukey

foram utilizados quando interação significativa entre os fatores foi indicada. Resultados: A

análise estatística indicou efeito principal para tipo de andar com maior número de fixações

(F1,48=14,04, p<0,001) e duração total das fixações (F1,48=13,08, p<0,001) para o andar sem

presença de obstáculo em comparação ao andar com desvio do obstáculo. Não houve diferença

significativa para grupo e interação entre os fatores. Conclusão: Pacientes com DP e

indivíduos neurologicamente sadios apresentam comportamento do olhar semelhante durante a

aproximação para desvio do obstáculo. Ainda, ambos os grupos necessitam de mais

informações visuais durante o andar sem presença de obstáculo, apesar da tarefa de andar com

desvio do obstáculo ser mais complexa.

Palavras-chaves: Desviar do obstáculo; Comportamento do olhar

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V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

O EQUILÍBRIO FUNCIONAL É PREDITO A PARTIR DA FORÇA MUSCULAR DE

MEMBROS INFERIORES EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON

ZAMPIER, V. C.1; LIRANI-SILVA, E.1; VITÓRIO, R.1; CASTRO, J. A.1; SOUSA, P. N.1;

GOBBI, L. T. B.1

1UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"- Câmpus Rio Claro

Introdução: A redução da força muscular é comumente observada em pacientes com doença

de Parkinson (DP), e está relacionada com o aumento do risco de quedas nesta população.

Apesar disso, a relação entre a redução da força muscular e do equilíbrio na DP ainda não está

clara na literatura. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi testar a força de membros

inferiores e o comprometimento clínico como preditores do equilíbrio funcional em pacientes

com DP. Materiais e método: Participaram desse estudo 44 indivíduos diagnosticados com

DP, com idade entre 68 e 78 anos, entre os estágios 1 e 3 da escala de Hoehn & Yahr. Os

testes utilizados foram: (i) Unified Parkinson's Disease Ratin Scale (UPDRS III), para

verificar o grau de acometimento da doença e a motricidade dos pacientes; (ii) para a avaliação

da resistência de força de membros inferiores, o teste de sentar e levantar foi utilizado. O

paciente deveria sentar e levantar de uma cadeira o maior número de vezes possível no tempo

estipulado (30 segundos); (iii)a Escala de Equilíbrio Funcional de Berg foi empregada para

avaliar o equilíbrio funcional dos pacientes. A análise de regressão linear (stepwise) foi

realizada para testar a força de membros inferiores (número de ciclos completos) e o

comprometimento clínico (pontuação na UPDRS III) como possíveis preditores do equilíbrio

funcional (pontuação na Escala de Berg). Resultados: a força de membros inferiores foi

identificada como preditora individual do equilíbrio funcional dos pacientes com DP

(R=0,460; R²=0,211; p=0,002). Ainda, a associação da força de membros inferiores com o

comprometimento clínico da DP prediz 29,6% do equilíbrio funcional dos pacientes (R=0,544;

R²=0,296; p=0,034). Conclusão: Como a força muscular de membros inferiores tem forte

relação com o equilíbrio funcional dos pacientes com DP, é possível especular que exercícios

com o intuito de fortalecer os membros inferiores podem promover melhora no equilíbrio

funcional dos pacientes.

Palavras-chaves: Doença de Parkinson Equilíbrio funcional Força muscular

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V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

EFEITO DA MEDICAÇÃO DOPAMINÉRGICA SOBRE O COMPORTAMENTO

VISUAL DURANTE A TAREFA DE DESVIAR DE UM OBSTÁCULO EM

PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

ODA, R. M1.;SIMIELI, L.1; BAPTISTA, A. M.1; DE PAULA, P. H. A.1; FIORELLI, C. M.2;

BARBIERI, F. A.1

1UNESP - Faculdade de Ciências de Bauru; 2USC - Universidade Sagrado Coração

Introdução: O uso da medicação dopaminérgica produz melhoras significativas nos sintomas

motores dos pacientes com doença de Parkinson (DP), especialmente na locomoção.

Entretanto, pouco é conhecido sobre o efeito da medicação na percepção durante o andar,

especialmente em tarefas mais complexas como desviar de um obstáculo. Objetivos:Verificar

o efeito da medicação dopaminérgica no comportamento do olhar durante a tarefa de desviar

de um obstáculo em pacientes com DP. Materiais e método: Participaram do estudo 5 idosos

com DP (média de idade - 63,8 anos; H&Y - 1,7; UPDRS-motora estado OFF - 33±4,47 pts e

UPDRS-motora estado ON - 22±6,97pts). Os participantes do estudo realizaram a avaliação

clínica e do comportamento do olhar durante a tarefa de desviar de um obstáculo em dois

momentos: estado OFF (mais de 12 horas sem medicação) e ON (após uma hora da ingestão

do medicamento) da medicação dopaminérgica. Os participantes realizaram 5 tentativas da

tarefa de desviar do obstáculo durante o andar para cada estado da medicação. O participante

foi instruído a percorrer andando, em sua velocidade preferida, uma distância retilínea de 10

m, desviando de um obstáculo (0,40 m de diâmetro, com altura de 1,30 m). Para as coletas de

dados do comportamento do olhar foi utilizado o sistema da marca Applied Sciences

Laboratories® (ASL,EyeTracking Mobile System - modelo Mobile Eye-XG). As variáveis

analisadas foram: número de fixação, duração total das fixações, duração média das fixações e

porcentagem de duração das fixações em relação ao tempo da tentativa. Para verificar o efeito

da medicação dopaminérgica, o nível de significância (α) foi mantido em 0,05 e foi realizado

teste t-Student para amostras dependentes. Resultados: A medicação dopaminérgica (estado

ON) diminuiu significativamente o número de fixações (OFF - 9,04±5,60 e fixações; ON -

6,98±3,08 - p<0,02) e a duração total das fixações (OFF - 1,52±1,03s; ON - 1,11±0,56s;

p<0,02). Conclusão: A medicação dopaminérgica tem efeito positivo no comportamento do

olhar de pacientes com DP na tarefa de desviar do obstáculo durante o andar, diminuindo a

necessidade de informação visual.

Palavras-chaves: Medicação dopaminérgica, Comportamento do olhar, Desvio de obstáculo.

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V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

TEMA: INTERVENÇÕES NA DOENÇA DE PARKINSON

APRENDIZAGEM DE UMA TAREFA DE CONTROLE POSTURAL EM AMBIENTE DE REALIDADE VIRTUAL EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON:

ESTUDO DE CASO

FREITAS, T. B1.; BACHA, J. M. R.2; GUEDES, K3.; DONÁ, F.4; POMPEU, J. E.3; TORRIANI-PASIN, C.5

1USP - Universidade de São Paulo; 2FMUSP - Departamento de Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Faculdade de Medicina, Universid; 3IP/USP -

Departamento de Neurociências e Comportamento, Instituto de Psicologia, Faculdade de Medicina, Unive; 4UNIAN - Programa de Pós-Graduação de Reabilitação do Equilíbrio e

Inclusão Social, Universidade Anhanguera; 5EEFE/USP - Escola de Educação Física e Esporte

Introdução: O déficit de controle postural é uma característica presente em indivíduos com doença de Parkinson (DP) e a aprendizagem de tarefas que envolvam o controle postural é de primordial importância para esses indivíduos. Recentemente, estudos têm mostrado a melhora do desempenho nessa população em tarefas que envolvem o controle motor em ambiente virtual, no entanto, a aprendizagem motora ainda não foi investigada. Objetivo: investigar a aprendizagem de tarefas que envolvam o controle postural em um indivíduo com DP comparando-o com um idoso saudável. Materiais e método: Sujeito do sexo feminino, com 76 anos, com DP idiopática e caracterizado segundo as seguintes escalas de avaliação: escala de Hoehn e Yahr = 1,5; Mini exame do Estado Mental (MEEM) = 27; Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson/III = 12 pontos e Mini best test (MBT) = 19. O sujeito controle selecionado foi do sexo feminino, saudável, 79 anos; MEEM = 29, Mini best test = 23. Os participantes realizaram 14 sessões individuais com duração de uma hora, 2x/semana por 7 semanas, no período “on” da medicação para a reposição dopaminérgica. A prática consistiu em jogar quatro jogos do sistema Kinect, Vazamentos, Bolhas Espaciais, Corredeiras e Cume dos Reflexos, sendo cinco tentativas cada jogo. O primeiro dia de treino foi considerado pré-teste para cada jogo e o último dia, pós-teste. O teste de retenção foi realizado 30 dias após o término do treino. O teste de transferência foi realizado através do MBT, a curto prazo e a longo prazo. Resultados: Foi possível observar melhora do desempenho durante prática, sendo que o idoso saudável apresentou melhor desempenho do que o sujeito com DP. Ambos os sujeitos aprenderam a tarefa, pois mantiveram seu desempenho no teste de retenção em longo prazo (30 dias). Além disso, a aprendizagem também foi observada no teste de transferência a curto prazo para ambos os sujeitos, no entanto, o sujeito saudável deteriorou seu desempenho no teste de transferência em longo prazo. Conclusão: Apesar do desempenho superior apresentado pelo sujeito controle, o sujeito com DP foi capaz de aprender a tarefa, e isso foi evidenciado através dos testes de retenção e transferência, tanto em curto quanto em longo prazo. Palavras-chaves: Doença de Parkinson, Aprendizagem Motora, Controle Postural, Realidade Virtual

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V Jornada de Estudos da doença de Parkinson – 09 de abril de 2016

TREINO DE FORÇA MUSCULAR EXPIRATÓRIA EM INDIVÍDUOS COM

DOENÇA DE PARKINSON: EFEITOS NA VOZ E DEGLUTIÇÃO

SARPI, T. M. F. C.1; CONSTANTINI, A. C1

1UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa que ocasiona

alterações na voz e na deglutição. Devido à rigidez muscular geral, característica da doença, os

músculos respiratórios são afetados e geram alterações em todo o sistema respiratório podendo

influenciar aumentar queixas vocais e de disfagia. Objetivo: Avaliar os possíveis efeitos de

um treino exclusivo de força muscular expiratória na voz e deglutição de sujeitos com DP

pacientes. Materiais e método: Participaram do estudo sete membros do grupo de reabilitação

fonoaudiológica de DP do Centro de Estudos e Pesquisa em Reabilitação Gabriel Porto

(CEPRE), com idade entre 40 a 82 anos (média = 60, desvio-padrão = 14). Foi realizada uma

intervenção terapêutica grupal e semanal, com a duração total de oito semanas, sendo o

treinamento exclusivo de exercícios de força muscular expiratória. A intervenção focou o

aumento da força muscular expiratória máxima e o treinamento consistiu em três exercícios

específicos com uso de bexigas e do bocal de um espirômetro. Os participantes foram

avaliados antes, durante e após a intervenção. Os parâmetros analisados foram tempo máximo

fonatório (TMF), relação s/z e aspectos da capacidade respiratória. Foi também aplicado

questionário de auto avaliação sobre as possíveis queixas de deglutição. Conclusão: Houve

melhora na capacidade respiratória vital funcional e volume espirométrico forçado dos

participantes, com magnitude de mudança de até 237% comparando pré e pós-intervenção,

refletindo melhora na eficiência respiratória, que poderia contribuir, por exemplo, para tosse

mais eficaz. A relação s/z e o TMF não apresentaram mudanças estatisticamente significativas,

porém, sugere-se, para próximos estudos o uso de protocolos de análise perceptivo-auditiva

para maior detalhamento das características vocais. As queixas autoreferidas de deglutição

apresentaram diminuição em alguns participantes, porém houve aparecimento de novas

queixas no decorrer da intervenção. O treinamento exclusivo de força muscular expiratória

aumentou consideravelmente parâmetros respiratórios de sujeitos com DP, bem como

diminuiu o número de queixas de disfagia em alguns participantes. O tempo de doença e as

manifestações individuais da doença em cada participante podem ter contribuído para o

pequeno efeito nos parâmetros relacionados à voz.

Palavras-chaves: Doença de Parkinson; Voz; Deglutição; Respiração.

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UNESP RIO CLARO)

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