iv congresso nacional de psicologia escolarabrapee.psc.br/documentos/programação-x-conpe.pdf · 2...

255
X CONGRESSO NACIONAL DE PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL TEMA Psicologia Escolar e Educacional: Caminhos Trilhados, Caminhos a Percorrer DATA: 03 a 06 de julho de 2011 LOCAL: Universidade Estadual de Maringá Maringá PR

Upload: trinhxuyen

Post on 06-Dec-2018

233 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

X CONGRESSO NACIONAL DE PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL

TEMA Psicologia Escolar e Educacional: Caminhos Trilhados,

Caminhos a Percorrer

DATA: 03 a 06 de julho de 2011 LOCAL: Universidade Estadual de Maring Maring PR

2

APRESENTAO

com grande satisfao que a ABRAPEE Associao Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional

convida psiclogos e profissionais que atuam no campo da educao bem como alunos de graduao, ps-

graduao, pesquisadores e docentes para participarem do X CONPE Congresso Nacional de Psicologia Escolar e

Educacional na Universidade Estadual de Maring, na cidade de Maring, Paran.

A temtica desta dcima edio do Congresso Psicologia Escolar e Educacional: Caminhos Trilhados,

Caminhos a Percorrer visa destacar os vinte anos da ABRAPEE enquanto entidade na luta pela insero do

psiclogo no campo educacional, articulando e apresentando as principais contribuies da Psicologia para o

campo da educao escolar e educacional em uma perspectiva da educao para todos e de uma sociedade

democrtica.

O Congresso contar com a apresentao de estudos e pesquisas, exposies, lanamentos de livros,

relatos de experincias e de atuao em discusso no mbito acadmico, cientfico e profissional no campo da

Psicologia Escolar e Educacional.

Contamos, neste Congresso, com a participao de pesquisadores estrangeiros, visando estreitar nossos

laos com demais pases que tambm discutem a insero da Psicologia no campo da Educao.

Agradecemos a participao de todos os colegas que permitiram que realizssemos este Congresso, em

especial s Dras. Marilda Gonalves Dias Facci, Marlene Aparecida Wischral Simionato, Marta Chaves, Nilza

Sanches Tessaro Leonardo e Sonia Mari Shima Barroco membros da Comisso Organizadora; Marilene Proena

Rebello de Souza, Maria Julia Lemes Ribeiro e Zaira de Ftima Rezende Gonzales Leal membros da Comisso

Cientfica - e demais profissionais que participaram como Consultores Ad hoc. Agradecemos tambm o apoio das

entidades cientficas e de fomento, FAPESP, CNPq, Fundao Araucria; Editora Casa do Psiclogo, Conselho

Federal de Psicologia, Conselho Regional de Psicologia de So Paulo, Conselho Regional de Psicologia do Paran e

Universidade Estadual de Maring que nos acolheu para a realizao deste evento.

Esperamos que o Congresso contribua para consolidar ainda mais a produo acadmica e cientfica na

rea de Psicologia Escolar, encaminhando propostas e ampliando a participao da Psicologia do campo da

Educao em uma perspectiva crtica e com compromisso social.

Um timo Congresso a todos!

Diretoria da ABRAPEE (Gesto 2010-2012)

DIRETORIA ABRAPEE BINIO 2010 2012

Presidente Atual: Dr Beatriz Belluzzo Brando Cunha - Universidade Estadual Paulista - SP

Presidente Eleita: Dr Marilda Gonalves Dias Facci Universidade Estadual de Maring PR

1 Secretria: Dr Marilene Proena Rebello de Souza Universidade de So Paulo SP

2 Secretria: Dr Iracema Neno Ceclio Tada Universidade Federal de Rondnia RO

1 Tesoureira: Dr Silvia Maria Cintra da Silva Universidade Federal de Uberlndia MG

2 Tesoureira: Dr Ftima Regina Pires de Assis Pontifcia Universidade Catlica de SP SP

CONSELHO FISCAL ELEITO PARA O BINIO 2010/2012

Membros Efetivos: Dr Mercedes Villa Cupolillo - Faculdade Paraso RJ

Dr. Lino de Macedo Universidade de So Paulo - SP

Dr. Celso Francisco Tondin Universidade Comunitria da Regio de Chapec - SC

Dr Roseli Fernandes Lins Caldas Universidade Presbiteriana Mackenzie SP

Membros Suplentes: Dr Lygia de Sousa Vigas Faculdade So Bento BA

Dr Anabela Almeida Costa e Santos Peretta Universidade Federal de Uberlndia MG

Dr Sueli di Rufini Guimares Universidade Estadual de Londrina PR

4

COMISSES

PRESIDENTE DO CONGRESSO: Dr Beatriz Belluzzo Brando Cunha

PRESIDENTE DE HONRA: Magnfico Reitor Dr. Jlio Santiago Prates Filho

COMISSO ORGANIZADORA: Presidente: Dr Marilda Gonalves Dias Facci Universidade Estadual de Maring Vice-Presidente: Dr Snia Mari Shima Barroco Universidade Estadual de Maring Participantes: Dr Nilza Sanches Tessaro Leonardo Universidade Estadual de Maring

Dr Marta Chaves Universidade Estadual de Maring Ms. Marlene Aparecida Wischral Simionato Universidade Estadual de Maring

COMISSO CIENTFICA: Presidente: Dr Marilene Proena Rebello de Souza Universidade de So Paulo Vice-Presidente: Dr Zaira de Ftima Rezende Gonzales Leal Universidade Estadual de Maring Participante: Dr Maria Julia Lemes Ribeiro Universidade Estadual de Maring CONSULTORES Ad Hoc: Dr Accia Aparecida Angeli dos Santos Universidade So Francisco SP Dr Adriana Marcondes Machado Universidade de So Paulo- SP Dr Alacir Villa Valle Cruces Centro Universitrio de Santo Andr SP Dr Alexandra Ayach Anache Universidade Federal do Mato Grosso do Sul MS Dr. Altemir Jos Gonalves Barbosa Universidade Federal de Juiz de Fora MG Dr Anabela Almeida C. e Santos Peretta Universidade Federal de Uberlndia MG Dr Angela Ftima Soligo Universidade Estadual de Campinas SP Dr Carla Biancha Angelucci Universidade Presbiteriana Mackenzie SP Dr Carla Witter Universidade So Judas Tadeu SP Dr Clia Vectore Universidade Federal de Uberlndia MG Dr Cristina Maria Carvalho Delou Universidade Federal Fluminense RJ Dr Dbora Del Bosco DelAglio Universidade Federal do R. G. do Sul RS Dr Denise Trento Rebello de Souza Universidade de So Paulo SP Dr Diana Carvalho de Carvalho Universidade Federal de Santa Catarina SC Dr Elenita de Rcio Tanamachi Universidade Estadual Paulista SP Dr Eliana Rose Maio Braga Universidade Estadual de Maring PR Dr Elisabeth Gelli Yazzle Universidade Estadual Paulista SP Dr Elsa Maria Mendes Pessoa Pullin Universidade Estadual de Londrina PR Dr Elza Midori Shimazaki Universidade Estadual de Maring PR Dr Eullia Henriques Maimoni Universidade de Uberaba MG Dr Evely Burochovitch Universidade Estadual de Campinas SP Dr Geraldina Porto Witter Universidade Camilo Castelo Branco SP Dr Gisele Toassa Universidade Federal de Gois GO Dr Heloisa Toshie Sato Irie Saito Universidade Estadual de Maring PR Dr. Herculano Ricardo Campos Universidade Federal do Rio Grande do Norte RN Dr Iolete Ribeiro da Silva Universidade Federal do Amazonas AM

Dr Iracema Neno Ceclio Tada Universidade Federal de Rondnia RO Dr Isabel Cristina Dib Bariani Pontifcia Universidade Catlica de Campinas SP Dr Isilda Campaner Palangana Universidade Estadual de Maring PR Dr Jane de Abreu Universidade Estadual do Centro Oeste Dr. Joo Batista Martins Universidade Estadual de Londrina PR Dr. Jorge Castell Sarriera Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS Dr. Jos Alusio Bzuneck Universidade Estadual de Londrina PR Dr. Jos Fernando Bittencourt Lomnaco Universidade de So Paulo SP Dr Leila Dupret Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro RJ Dr Leonor Paini Universidade Estadual de Maring PR Dr. Lino de Macedo Universidade de So Paulo SP Dr Luciane Maria Schlindwein Universidade Federal de Santa Catarina SC Dr Lygia de Sousa Vigas Universidade So Bento da Bahia BA Dr. Marcos Maestri Universidade Ing do Paran PR Dr Maria de Ftima Pires Carneiro da Cunha Universidade Estadual de Maring PR Dr Maria Ivonete Barbosa Tamboril Universidade Federal de Rondnia RO Dr Maria Ldia Sica Szymanski Universidade Estadual do Oeste do Paran PR Dr Maria Lcia Boarini Universidade Estadual de Maring PR Dr Marie Claire Sekkel Universidade de So Paulo- SP Dr Marisa Lopes da Rocha Universidade Estadual do Rio de Janeiro RJ Dr Marli Lucia Tonatto Zibetti Universidade Federal de Rondnia RO Dr Marta Chaves Universidade Estadual de Maring SP Dr Mercedes Villa Cupolillo Faculdade Paraso Rio de Janeiro RJ Dr Miriam Aparecida Graciano de Souza Pan Universidade Federal do Paran PR Dr Mitsuko Antunes Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo SP Dr Mnica Cintro Frana Ribeiro Universidade Paulista SP Dr Mnica Helena Tieppo Alves Gianfaldoni Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo SP Dr Nerli Nonato Ribeiro Mori Universidade Estadual de Maring PR Dr Nilza Sanches Tessaro Leonardo Universidade Estadual de Maring PR Dr Raquel Souza Lobo Guzzo Pontifcia Universidade Catlica de Campinas SP Dr Regina Lcia Sucupira Pedroza Universidade de Braslia DF Dr Rita Laura Avelino Calvacante Universidade Federal de So Joo del Rei MG Dr Rosane Gumiero Dias da Silva Universidade Estadual de Maring PR Dr Roseli Fernandes Lins Caldas Universidade Presbiteriana Mackenzie SP Dr. Srgio Antnio da Silva Leite Universidade Estadual de Campinas SP Dr Silvana Calvo Tuleski Universidade Estadual de Maring PR Dr Silvia Maria Cintra da Silva Universidade Federal de Uberlndia MG Dr Soely Polidoro Universidade Estadual de Campinas SP Dr Solange Franci Yegashi Universidade Estadual de Maring PR Dr Sonia Mari Shima Barroco Universidade Estadual de Maring PR Dr Sueli Rufini Guimares Universidade Estadual de Londrina PR Dr Tnia dos Santos Alvarez da Silva Universidade Estadual de Maring PR Dr Tania Suely Azevedo Brasileiro Universidade Federal de Rondnia - RO Dr Tatiana Platzer do Amaral Universidade de Mogi das Cruzes SP Dr Teresa Cristina Siqueira Cerqueira Universidade de Braslia DF Dr Wanda Maria Junqueira de Aguiar Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo SP

SUMRIO

LOCALIZAO DO CONGRESSO _____________________________________________________________ 01 LOCAIS DAS ATIVIDADES __________________________________________________________________ 01 PROGRAMAO _________________________________________________________________________ 02

Exposies - Dias 04, 05 e 06 de Julho de 2011 ______________________________________________ 03

Mini-Cursos - Dias 03, 04 e 05 de Julho de 2011 _____________________________________________ 05

Atividades - 03 de julho de 2011 _________________________________________________________ 20 Reunio de Estagirios ................................................................................................................................................ 20 GT Atuao do Psiclogo na Educao ....................................................................................................................... 20 Conferncia de Abertura ............................................................................................................................................. 20

Atividades - 04 de julho de 2011 _________________________________________________________ 21 Reunio de Pesquisa ................................................................................................................................................... 21 Conferncia 2 .............................................................................................................................................................. 21 Conferncia 3 .............................................................................................................................................................. 21 Mesas Redondas / Simpsios ...................................................................................................................................... 21 Conferncia 4 .............................................................................................................................................................. 45 Mesas Redondas / Simpsios ...................................................................................................................................... 45 Comunicaes Cientficas ............................................................................................................................................ 50 Partilhando Experincias ............................................................................................................................................. 64 Conferncia 5 .............................................................................................................................................................. 75 Mesas Redondas / Simpsios ...................................................................................................................................... 75 Comunicaes Cientficas ............................................................................................................................................ 90 Mostra de Filmes ........................................................................................................................................................ 105 Painis ........................................................................................................................................................................ 106 Lanamento de Livros ................................................................................................................................................. 116

Atividades - 05 de julho de 2011 _________________________________________________________ 117 Reunio Representaes ABRAPEE ............................................................................................................................. 117

Conferncia 6 .............................................................................................................................................................. 117 Conferncia 7 .............................................................................................................................................................. 117 Mesas Redondas / Simpsios ..................................................................................................................................... 117 Conferncia 8 ............................................................................................................................................................. 138 Mesas Redondas / Simpsios ..................................................................................................................................... 138 Comunicaes Cientficas ........................................................................................................................................... 142 Partilhando Experincias ........................................................................................................................................... 156 Conferncia 9 ............................................................................................................................................................. 165 Mesas Redondas / Simpsios ..................................................................................................................................... 165 Comunicaes Cientficas ........................................................................................................................................... 177 Mostra de Filmes ........................................................................................................................................................ 191 Painis ........................................................................................................................................................................ 191 Assemblia Geral da ABRAPEE ................................................................................................................................... 202

Atividades - 06 de julho de 2011 _________________________________________________________ 203 Frum de Debates Medicalizao .............................................................................................................................. 203

Conferncia de Encerramento .................................................................................................................................... 203 Comunicaes Cientficas ........................................................................................................................................... 203 Partilhando Experincias ............................................................................................................................................ 218 Comunicaes Cientficas ........................................................................................................................................... 225 Mostra de Filmes ........................................................................................................................................................ 238 Painis ........................................................................................................................................................................ 238

1

LOCALIZAO DO CONGRESSO

Universidade Estadual de Maring Av. Colombo, 5.790 Jd. Universitrio Maring PR

LOCAIS DAS ATIVIDADES

01 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARING - UEM

ANFITEATRO DO CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS DSC (DACESE) BLOCO 125: Credenciamento Entrega de materiais Livrarias Stand do Conselho Federal de Psicologia

BLOCO B-33 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PDE: Conferncias Exposio Secretaria da ABRAPEE Lanamento de livros Exposio de painis Frum da ABRAPEE Assemblia Geral da ABRAPEE

ANFITEATRO DO BLOCO C-67 DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL: Conferncias Mostra de Filmes

BLOCOS D-34, E-34, E-46, E-67, D-67: Mesas redondas/Simpsios Partilhando experincias Comunicaes cientficas Mini-cursos Reunio de estagirios Reunio das Representaes da ABRAPEE

02 FACULDADE METROPOLITANA DE MARING UNIFAMA

ANFITEATRO DA UNIFAMA Av. Mau, n 2854 Centro Maring PR: Conferencia de Abertura e de Encerramento Frum de Debates Medicalizao

Acesso pela Av. Morangueira Bloco 125 Entrega de Materiais

Acesso pela Av. Colombo

2

PROGRAMAO

Horrio Domingo

03/07/2011 Segunda-feira 04/07/2011

Tera-feira 05/07/2011

Quarta feira 06/07/2011

8h s 10h Entrega de credenciais

Mini-cursos

Entrega de credenciais

Exposio (Abertura)

Reunio de Pesquisa

Mini-cursos

Exposio

Reunio Representaes ABRAPEE

Frum de Debates Medicalizao

10h s 10h30 Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo

10h30 s 12h30 Entrega de credenciais

Conferncia 2: Maria Aparecida Moyss

Conferncia 3: Ramon Alzate

Mesas Redondas / Simpsios

Exposio

Conferncia 6: Marilene Proena

Conferncia 7: Angela Soligo

Mesas Redondas / Simpsios

Exposio

Conferncia de Encerramento: Raquel Guzzo

12h30 s 14h Almoo Almoo Almoo Almoo

14h s 16h

Mini-cursos

Reunio de Estagirios

Entrega de credenciais

Conferncia 4: Anne-Marie Chartier

Mesas Redondas / Simpsios

Comunicaes Cientficas

Partilhando Experincia

Painis

Exposio

Conferncia 8: Gloria Farias

Mesas Redondas / Simpsios

Comunicaes Cientficas

Partilhando Experincia

Painis

Exposio

Comunicaes Cientficas

Partilhando Experincia

Painis

Exposio (Encerramento)

16h s 16h30 Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo

16h30 s 18h30

Mini-cursos

Entrega de credenciais

GT Atuao do Psiclogo na Educao

Conferncia 5: Newton Duarte

Mesas Redondas / Simpsios

Comunicaes Cientficas

Painis

Mostra de Filmes

Exposio

Conferncia 9:

Sergio Leite

Mesas Redondas / Simpsios

Comunicaes Cientficas

Painis

Mostra de Filmes

Comunicaes Cientficas

Painis

Mostra de Filmes

19h

Sesso de Abertura

Conferncia de Abertura: Maria do Carmo Guedes

Lanamento de Livros Assemblia Geral da ABRAPEE

3

EXPOSIES

Dias 04, 05 e 06 de julho de 2009

EXPOSIES BLOCO B-33 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PDE SALA BL-33/PDE Dia 04 de julho de 2011

08h 10h EXPOSIO HISTRIA E MEMRIA DA PSICOLOGIA EDUCACIONAL E ESCOLAR NO BRASIL FINANCIADOR: CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DE SO PAULO CARMEM SILVIA R. TAVERNA

Recuperar a Histria da Psicologia na rea da Educao de suma importncia, pois atravs dela poderemos conhecer o sentido que teve e hoje tem a atuao da Psicologia neste campo que a Educao, tanto para a Psicologia como cincia e profisso quanto para a Educao brasileira. Neste sentido, neste X Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional da ABRAPEE prope-se a apresentao da exposio Histria e Memria da Psicologia Educacional e Escolar No Brasil. Esta exposio contar com a parceria de dois grupos compostos pelo Grupo de Trabalho (G.T.) Histria e Memria da Psicologia do Conselho Regional de Psicologia de So Paulo (CRP-SP), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) por meio da equipe do Centro de Documentao e Pesquisa Helena Antipoff (CDPHA), e de participantes do Grupo de Trabalho em Histria da Psicologia da Associao Nacional de Pesquisa e Ps-Graduao em Psicologia (ANPEPP). O CDPHA e os participantes do GT-ANPEPP sero responsveis pela parte da Exposio intitulada A Psicologia da Educao no Brasil: aspectos de sua histria e a construo da perspectiva scio-cultural que tem como objetivo apresentar documentos dos acervos da UFMG, da PUC-SP e do CDPHA buscando apresentar a perspectiva sociocultural na Psicologia da Educao nas obras de Manoel Bomfim e Helena Antipoff e o papel destes pioneiros da Psicologia Educacional e Escolar no Brasil. O CRP-SP e Projeto Histria e Memria levar ao X CONPE trs contribuies das produes do grupo: 1)Apresentao do vdeo documentrio A Psicologia Educacional e Escolar em So Paulo - A Construo de um Novo Homem, com registros sobre a Psicologia em sua relao com a Educao; 2)A Linha do Tempo em mdia eletrnica que trata dos principais acontecimentos da histria da Psicologia brasileira de 1830-1965 e 3)A Galeria dos Pioneiros da Psicologia Educacional e Escolar no Brasil que trata do material disponvel online do site do CRP-SP e tambm composto na forma de painis para exposies itinerantes. A exposio contar tambm com a exposio Memria da ABRAPEE: uma trajetria de 20 anos, expondo documentos em formato slide show do acervo documental da ABRAPEE. Sero apresentados documentos refe rentes aos congressos, reunies e outras atividades das diferentes diretorias, caracterizando-se como informao histrica, social, cultural e cientfica.

A PSICOLOGIA DA EDUCAO NO BRASIL: ASPECTOS DE SUA HISTRIA E A CONSTRUO DA PERSPECTIVA SCIO-CULTURAL REGINA HELENA DE FREITAS CAMPOS - FACULDADE DE EDUCAO/UFMG/ CDPHA-MG, MITSUKO MAKINO ANTUNES - PUC/SP / G.T. HISTRIA DA PSICOLOGIA - ANPEPP Atualmente tem crescido o nmero de investigaes em Histria da Psicologia no Brasil devido consolidao de grupos de pesquisa especializados nessa rea e ao fortalecimento de redes de pesquisadores interessados em estudos histricos sobre a psicologia. Nesse movimento, destacam-se pesquisas cujos objetos so as interfaces entre psicologia e educao. Considerando que o X Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educac ional tem como tema os caminhos trilhados pela Psicologia da Educao e Psicologia Escolar e seus dilogos com as perspectivas futuras para a rea, propomos a exposio Histria da Psicologia da Educao no Brasil: aspectos de sua histria e a construo da perspectiva scio-cultural" a ser apresentada no evento. A exposio tem como objetivo apresentar aspectos da histria da Psicologia da Educao no Brasil a partir dos documentos preservados nos Arquivos UFMG de Histria da Psicologia no Brasil, no acervo do Centro de Documentao Helena Antipoff e pesquisas recentes sobre a historiografia da Psicologia da Educao no pas. Diante disso, esta proposta se organizar em torno de trs grandes temas: interfaces entre Psicologia e Educao no Brasil do sculo XIX; a perspectiva sociocultural na Psicologia da Educao nas obras de Manoel Bomfim e de Helena Antipoff, suas contribuies para a compreenso dos aspectos psicossociais do desenvolvimento humano, e o papel dos laboratrios de Psicologia e no estabelecimento e consolidao da Psicologia da Educao como cincia e profisso: passado e presente. No sculo XIX, a Psicologia se constituiu a partir da relao com outros saberes como a Pedagogia e a Filosofia, mas j pode ser entendida como campo especfico de estudo, sendo ensinada nas matrias que compunham os currculos de cursos normais, seminrios e faculdades. possvel verificar a relao entre Pedagogia e Psicologia, j que a primeira se encarregava da direo da alma enquanto a Psicologia se responsabilizava pelo estudo das faculdades da alma. Apresentaremos pesquisas cujos resultados evidenciam a existncia de diversas teorias psicolgicas em circulao pelo Brasil, fundamentadas em teorias filosficas, que davam subsdios para a compreenso da natureza humana e das relaes entre faculdades da alma, Educao, cultura e desenvolvimento humano. A segunda parte da exposio ser dedicada s obras de Manoel Bomfim, responsvel pela instituio do primeiro laboratrio de Psicologia no Brasil, no Pedagogium, no Rio de Janeiro e de Helena Antipoff, psicloga e educadora russa radicada no Brasil, evidenciando seu importante papel na consolidao de uma perspectiva sociocultural em Psicologia da Educao e do desenvolvimento humano, bem como na proposta de renovao de prticas educativas e instituies educacionais em consonncia com o Movimento da Escola Nova vigente no Brasil da poca. Por fim, a exposio ser encerrada pelo tema dos laboratrios de Psicologia e seu papel no estabelecimento e consolidao da Psicologia da Educao como cincia e profisso. Os laboratrios foram elementos essenciais constituio do campo psicolgico no Brasil, especialmente no que diz respeito Psicologia Educacional e Escolar. Helena Antipoff esteve envolvida na criao de dois laboratrios: o Laboratrio de Psicologia da Escola de Aperfeioamento e o Laboratrio de Psicologia e Pesquisas Educacionais Edouard Claparde. Estas duas instituies seguiram um direcionamento semelhante ao de outros laboratrios de Psicologia no Brasil, ou seja, se constituram como centros de atendimento psicopedaggico e como espaos onde a pesquisa subsidiava a formao de psiclogos e educadores.

HISTRIA DA PSICOLOGIA EDUCACIONAL E ESCOLAR MARIA DE FTIMA NASSIF, DBORAH ROSRIA BARBOSA CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DE SO PAULO O objetivo da exposio o de apresentar o Projeto Histria e Memria da Psicologia do Conselho Regional de So Paulo, constitudo por documentrios em vdeos e por uma Linha do Tempo da Psicologia brasileira. Ao resgatar a memria da Psicologia, preserva-la e compreend-la como construo histrica, este projeto busca encontrar as concepes que a fundamentam em suas bases tericas e metodolgicas e as relaes que estabelecem com a sociedade brasileira e construir novos conhecimentos, na perspectiva de ampliar o campo de reflexo sobre a funo social do psiclogo; dos seus limites e das suas potencialidades. Nesta exposio apresentaremos: 1) Vdeo Documentrio A Psicologia Educacional e Escolar em So Paulo - a construo de um novo homem. O documentrio apresenta a Psicologia e a Educao como dois campos que historicamente, no Brasil, tm mantido estreita relao. Pois, se foi a partir das demandas da Educao que a Psicologia desenvolveu-se, em contrapartida foi na Psicologia que a Educao fundamentou suas atividades. Do perodo colonial o documentrio recupera a abordagem dos jesutas para a Educao e os fatores determinantes do comportamento como as emoes. Destaca a forte presena da psicometria a partir da Repblica e os vrios Laboratrios instalados no pas a fim de realizar pesquisas somato-antropolgicas e pesquisas sobre as funes mentais superiores. Busca refletir sobre a organizao e reorganizao das escolas em toda sua estrutura ao longo deste processo, considerando o contexto histrico e social e as concepes de cada poca. 2) Linha do Tempo da Psicologia Brasileira 1 etapa (1830 a 1965). A Linha do Tempo apresenta, em mdia eletrnica, registros sobre a Psicologia brasileira. o produto resultante de pesquisa sobre os acontecimentos, cientificamente reconhecidos como importantes para o desenvolvimento da Psicologia no Brasil e, sobre alguns dos personagens que os protagonizaram, apresentados na forma de verbetes. Respeitando a perspectiva histrica, enfatizou-se, em relao ao tempo, a ordem cronolgica dos acontecimentos e as datas de nascimento, ou de nascimento e morte dos personagens. Em relao ao espao, e, na perspectiva de apresentar a Histria da Psicologia no Brasil, destacamos as cidades e/ou estados nos quais os fatos ocorreram, o local de nascimento dos personagens a eles envolvidos, alm do local de formao e dos rgos e/ou entidades nos quais trabalharam. Nos verbetes biogrficos, ainda, destaca-se a rea de formao dos personagens, com o objetivo de apontar a importncia de diferentes formaes e especialidades, no desenvolvimento da psicologia brasileira. 3)Galeria dos Pioneiros da Psicologia Educacional e Escolar no Brasil material composto de dados biogrficos de psiclogos que contriburam reconhecidamente no processo de construo da rea de Psicologia Escolar e Educacional no pas, realizando prticas e pesquisas, no perodo que antecede a regulamentao da profisso (1920 1960). So painis utilizados em exposies itinerantes. Para esta produo, o CRP realizou em parceria com a USP, por meio do Programa de Ps-Graduao em Psicologia Escolar em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano e do Laboratrio Interinstitucional de Estudos e Pesquisas em

4

Psicologia Escolar (LIEPPE). At o momento, a Galeria compe dados de Helena Antipoff, Ulisses Pernambucano, Loureno Filho, Noemy Rudolfer, Durval Marcondes, Betti Katzenstein, Norberto de Souza Pinto e Virginia Leone Bicudo. Pretende-se completar esta mostra com novos personagens e materiais ilustrativos, como tambm, ampliar a Galeria de Pioneiros para outras reas da Psicologia. Este conjunto de banners tem por objetivo trazer apenas uma contribuio introdutria, pois aborda apenas alguns dos importantes personagens constitutivos da histria da Psicologia brasileira e da rea de Psicologia Educacional/Escolar no Brasil. Entretanto, os personagens escolhidos tiveram importantes contribuies que merecem ser conhecidas do grande pblico e dos profissionais psiclogos. Acreditamos que a produo desta mostra seja apenas o incio de um conjunto de materiais ilustrativos que possam atravs da imagem contar a histria da psicologia brasileira.

MEMRIA DA ABRAPEE: UMA TRAJETRIA DE 20 ANOS CARMEM SLVIA ROTONDANO TAVERNA, MARILENE PROENA REBELLO DE SOUZA, SILVIA MARIA CINTRA DA SILVA - ABRAPEE A ABRAPEE, desde a sua fundao em 1990, tem como um dos seus objetivos, incentivar a melhoria da qualificao e servios dos psiclogos escolares e educacionais, assegurando padres ticos e profissionais. Uma das possibilidades de a Associao contribuir na qualificao profissional preservar a histria da psicologia escolar e educacional no pas, incluindo sua prpria trajetria. nessa perspectiva que apresentamos a exposio Memria da ABRAPEE. A exposio em formato slide show constitui parte da pesquisa para organizao e divulgao do acervo documental desta Associao. Sero apresentados documentos referentes aos congressos, reunies e outras atividades das diferentes diretorias, caracterizando-se como informao histrica, social, cultural e cientfica. A ampla divulgao dos documentos oferecer aos psiclogos escolares e educacionais a oportunidade de encontrar companheiros de jornada, de perceber que seus prprios projetos vinculam-se a outros, de que seus propsitos podem ser os mesmos que outros colegas e grupos j defenderam. As informaes contidas nos documentos apresentados, podero oferecer pistas, caminhos construo de projetos futuros.

Confira toda a programao das Exposies do Congresso no

BLOCO B-33 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PDE

5

MINI-CURSOS

Dia 03 de julho de 2011 - das 14h s 18h30

MINI-CURSOS (carga horria: 4 horas)

14h - 18h30 COMO PREPARAR AULAS MEDIANTE A METODOLOGIA DA DCE DE FILOSOFIA DO PARAN D-67 - Sala 101 VANDERSON RONALDO TEIXEIRA, CAETANO ZAGANINI FILHO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

O mini-curso que propomos tem como principal objetivo apresentar aos professores e estudantes de filosofia, msica e pedagogia quatro possibilidades de se trabalhar e/ou elaborar aulas tratando de alguns dos conceitos centrais da filosofia (alienao; poltica e formao). Seguindo a metodologia sugerida na Diretrize Curricular Estadual da disciplina de Filosofia, quais sejam: mobilizao; problematizao; investigao e criao conceitual, partindo da composio, neste recorte de conceitos, especificamente com msicas autorais. Como o ponto inicial da metodologia nos sugere a mobilizao, apresentamos ento aos estudantes uma msica que ir incit-lo e a teremos despertado nele o interesse ou a inquietao necessria para partirmos para o passo dois, que a problematizao, tanto dirigida por ns como levantada pelos sujeitos do processo. Diante da inquietao e do problema, o trabalho filosfico por excelncia realizado na investigao, o terceiro passo, onde o professor traz o referencial terico-filosfico para a discusso, que culmina no passo final, ou seja, na criao de conceitos, maneira deleuziana.

14h - 18h30 CONTRIBUIES DA PEDAGOGIA INSTITUCIONAL NA CULTURA DA NO VIOLNCIA ESCOLAR D-67 - Sala 102 ROSANE GUMIERO DIAS DA SILVA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARING

Atualmente so muitas as queixas apresentadas pela escola, principalmente no que se refere violncia escolar. visvel que o sistema educacional brasileiro tem sentido dificuldade em prevenir essas queixas e seus sintomas, como a indisciplina, a agressividade, o roubo, a depredao da instituio, a dificuldade de aprendizagem - enfim, o fracasso escolar. A Escola ainda costuma atribuir a responsabilidade pelo ato violento exclusivamente ao aluno e sua famlia. Nosso interesse neste estudo discutir algumas contribuies da abordagem educativa, Pedagogia Institucional, que questiona as prticas individuais em relao violncia nas escolas atravs do seu enfoque psicossociolgico e apresenta uma alternativa de trabalho coletivo, envolvendo professores, alunos, pais e comunidade que fazem a condio humana em sociedade. 2. Objetivos Geral: - Conhecer a contribuio da Pedagogia Institucional para a preveno da violncia escolar, por meio das tcnicas de Freinet e de Fernando Oury. Objetivos Especficos 1- estudar sobre a preveno da violncia escolar na perspectiva da Pedagogia Institucional; 2- compreender o papel da escola, do educador e do aluno no processo de preveno da violncia escolar; Contedo: Apresentao de alguns conceitos e princpios da Pedagogia Institucional. A constituio da Pedagogia Institucional pelas Tcnicas de Freinet; O Conselho; Cooperao e Autogesto. A importncia da Pedagogia Institucinal como proposta de conteno da/ na violncia escolar e escolas alternativas. Referncias: PAIN, Jacques. coles: violence ou pdagogie? Vigneux. Matrice. 1992. ___________. Lcole et ses violences. Paris: Economica/Anthropos. 2006. OURY, F. & VASQUES, A. Vers une pdagogie institutionnelle?Vigneux. Matrice, 1998.

14h - 18h30 POLTICAS PBLICAS EDUCACIONAIS: FALANDO SOBRE A INCLUSO ESCOLAR D-67 - Sala 103 MARISTELA SOBRAL CORTINHAS - FACULDADE ASSIS GURGACZ

Apresenta-se como tema a Poltica Pblica Educacional brasileira, focando especificamente sobre a incluso escolar no sculo XXI. O projeto de mini curso na rea das Polticas Pblicas Educacionais tendo como foco a incluso escolar no incio do sculo XXI justifica-se pelo momento histrico tanto na psicologia escolar como na educao. No que se refere psicologia escolar cada vez mais se percebe a emergente necessidade de delimitar a abrangncia do seu corpo terico, ou seja, quais os conhecimentos necessrios para a atuao do psiclogo dentro da escola. A educao, por sua vez, sente a necessidade do profissional da psicologia escolar pela complexidade dos problemas que tm ocorrido principalmente a partir da obrigatoriedade do ensino fundamental (Lei 9.394/96 ) e da poltica de incluso escolar (Resoluo 02/01). Parte-se do pressuposto de que as Polticas Pblicas Educacionais devem obrigatoriamente compor o corpo terico na formao do psiclogo escolar. Neste mini curso abordar-se- as principais Polticas Pblicas Educacionais Nacionais em vigor tendo como eixo de discusso o paradigma da incluso escolar. Ser estudada a Constituio de 1988, no captulo referente educao, passando pela Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (Lei 9.394/96), a resoluo 02/01 do Governo Federal, que determina as Diretrizes Nacionais para a Educao Especial na Educao Bsica, e o Projeto de Lei 60/07 que dispe sobre a prestao de servios de psicologia e de assistncia social nas escolas pblicas de educao bsica, que ainda tramita no Senado Federal. Alm destas Polticas Pblicas Nacionais, sero estudadas as principais Polticas Internacionais que referendam a perspectiva de incluso escolar no Brasil, tais como, a Declarao Universal de Direitos Humanos (1948) e a Declarao de Salamanca (1996).

14h - 18h30 A ORIENTAO PROFISSIONAL E DE CARREIRA PARA UNIVERSITRIOS D-67 - Sala 104 ANDRA KNABEM, PATRCIA MARIA LIMA DE FREITAS FACULDADE ING DO PARAN

Pblico Alvo: estudantes e profissionais interessados na rea de orientao profissional. Resumo: Este minicurso aborda a experincia das autoras no desenvolvimento de oficinas de planejamento de carreira, ligado com o projeto de vida e o projeto profissional de estudantes universitrios. O curso apresenta a estruturao do projeto em forma de oficinas e a organizao dos encontros, sendo que o nmero de encontros do projeto tem variado de no mnimo 3 (trs) e no mximo 10 (dez), com cada encontro com durao de 3 (trs) horas. O objetivo apresentar a sistemtica de abordagem para pensar sobre o projeto profissional e a carreira e a relao com o mundo do trabalho no desvinculado de um projeto de vida junto aos universitrios em perodo de concluso do curso. No minicurso so apresentadas as tcnicas relativas ao autoconhecimento profissional e do mundo do trabalho, possibilidades de atuao na rea de formao do estudante, as tendncias do mercado de trabalho e as profisses. A metodologia utilizada participativa e explora dinmicas de grupo e tcnica de orientao profissional.

14h - 18h30 TEORIA, MTODO E PESQUISA NA PSICOLOGIA HISTRICO-CULTURAL D-67 - Sala 105 ELENITA DE RICIO TANAMACHI UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, FLVIA DA SILVA FERREIRA ASBAHR, MARIA ELIZA MATTOSINHO BERNARDES ESCOLA DE

ARTES, CINCIA E HUMANIDADES O mini-curso apresenta uma sntese das discusses realizadas pelo grupo de estudos do LIEPPE (Laboratrio Interinstitucional de Estudos e Pesquisas em Psicologia Escolar) sobre a relao teoria, mtodo e pesquisa na Psicologia Histrico-cultural, com a finalidade de propor alternativa terico-metodolgica atividade do psiclogo na educao. Para tanto, discute a atualidade do mtodo criado por Marx, enfocando a categoria trabalho, o carter material e histrico que explica o processo de humanizao e a ateno s dimenses do conhecimento (ontolgicas, gnosiolgicas, epistemolgicas e lgicas), defendendo que a apropriao dessas categorias exige a explicitao do mtodo e a sistematizao do conhecimento j elaborado em funo de finalidades que vo alm do conhecimento especfico em foco, visando transformao da realidade investigada e do prprio pesquisador. Explicita o movimento que permitiu a Vigotski situar as vrias teorias da Psicologia como mediadoras entre o saber em geral e a Psicologia Geral como o Capital da Psicologia, objetivando o mtodo Materialista Histrico Dialtico para a anlise e explicao dos temas especficos da Psicologia. Isso o levou a pensar as aes humanas no contexto das possibilidades universais de desenvolvimento e a postular que o processo de humanizao no comporta apenas aspectos psicolgicos, desse modo superando as explicaes psicologizantes ainda presentes no contexto da Psicologia Escolar. Levanta implicaes desse estudo para a atividade de pesquisa, especificamente para a elaborao e anlise de teses, destacando a apresentao e a proposio das mesmas; a impossibilidade da aplicao direta do Materialismo Histrico Dialtico s questes especficas a serem investigadas e a alegada ausncia de procedimentos metodolgicos pertinentes ao mtodo para subsidiar a busca e a explicao dos dados apreendidos pela pesquisa. Defende que o movimento peculiar ao mtodo Materialista Histrico Dialtico e s investigaes de Vigotski deve ser considerado por aquelas pesquisas que anunciam ser essa a sua referncia terico-metodolgica, porque permite explicar a realidade e as possibilidades concretas de sua superao. Contedo: 1- Categorias do mtodo Materialista Histrico Dialtico na Psicologia Histrico-Cultural - Trabalho - Carter material e histrico da existncia humana - Lgica dialtica 2- As proposies de Vigotski para transformar o mtodo de Marx no Capital que falta Psicologia - Princpios necessrios investigao das funes psicolgicas superiores - Unidades de anlise e o mtodo gentico experimental 3- Consequncias do estudo do mtodo para as atividades de pesquisa - Relao entre o mtodo de Marx e as questes especficas investigadas - Procedimentos metodolgicos para a proposio e a explicao dos dados

6

14h - 18h30 O PSICLOGO ESCOLAR, A VIOLNCIA NA ESCOLA E O BULLYING D-67 - Sala 106 HERCULANO RICARDO CAMPOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, SAMIA DAYANA CARDOSO JORGE - FACULDADE MAURCIO DE

NASSAU/NATAL A violncia na escola um fenmeno que se constituiu enquanto objeto de estudo a partir da dcada de 1970, na Frana, inicialmente no campo da Sociologia. No Brasil, sua gradativa absoro pelo debate educacional se deu na medida em que assumiu a feio de padro de sociabilidade, no contexto da abertura da escola para estratos sociais antes impedidos de nela se fazerem presentes, e quando seus efeitos notadamente passaram a constituir bice ao processo ensino-aprendizagem. Dentre suas manifestaes encontra-se o bullying, prtica em geral associada violncia moral, cujas caractersticas ainda so por demais discutidas, inclusive dada sua camuflagem enquanto brincadeira, indisciplina, desrespeito. Estudo realizado em 14 escolas privadas de Natal/RN, em 2009, constatou que 40% dos educadores com at cinco anos de experincia profissional desconheciam esse fenmeno, e que 41% dos demais foram informados pela leitura de jornais ou revistas. Na mesma oportunidade, os psiclogos entrevistados relataram se sentir confusos na hora de intervir, lanando mo de estratgias tradicionais, que resultam em patologizao do espao escolar e consequente individualizao da ao: chamar a ateno do agressor, aplicar testes psicolgicos e encaminhar os alunos envolvidos para terapia individual. Por outro lado, tendo em vista a configurao de nova perspectiva de atuao para o psiclogo escolar, observada desde o incio do presente sculo, se faz necessrio que tambm em relao ao tema da violncia sua prtica se volte para os contextos de insero do indivduo e para o trabalho com a equipe pedaggica, na expectativa de construir um espao escolar mais democrtico. - Objetivo: Oferecer ao psiclogo escolar uma reflexo sobre alguns elementos constitutivos do fenmeno da violncia na escola, e do bullying em particular, com vistas a dot-lo de clara diretriz de ao no trato dessa questo. - Pblico alvo: Estudantes, professores de Psicologia, psiclogos e demais profissionais comprometidos com o contexto escolar/educacional. Bibliografia bsica: . Beaudoin, M. N. & Taylor, M. (2006). Bullying e desrespeito: como acabar com essa cultura na escola. Porto Alegre: Artmed. . Correia, M.; Campos, H. R. (2004) Psicologia escolar: histrias, tendncias e possibilidades. In Yamamoto, O. & Cabral Neto, A. (Orgs.), O psiclogo e a escola: uma introduo ao estudo da psicologia escolar. pp. 137-185. Natal: EDUFRN. . Debarbieux, E. (2001). A violncia na escola francesa: 30 anos de construo social do objeto (1967-1997). Educao e Pesquisa, 27(1), 163-193. . Fante, C. (2003). Fenmeno Bullying: estratgias de interveno e preveno da violncia entre escolares. So Jos do Rio Preto: Ativa. . Maluf, M. R. (2003). Psicologia escolar: novos olhares e o desafio das prticas. In Almeida, S. F. C. (Org.). Psicologia escolar: tica e competncias na formao e atuao profissional. pp. 135-146. Campinas/SP: Alnea. . Oliveira, E. C. S. & Martins, S. T. (2007). Violncia, sociedade e escola: da recusa do dilogo falncia da palavra. Psicologia e Sociedade, 19(1), 1-15.

14h - 18h30 ORIENTAO PROFISSIONAL NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SCIO-HISTRICA D-67 - Sala 107 FINANCIADOR: CNPq ALESSANDRA DOS SANTOS OLIVEIRA - PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE SO PAULO

Possui graduao em Psicologia pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste-SP, 2006). Mestre em Psicologia da Educao pela Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo, (PUC/SP, 2009). Atualmente doutoranda (sob orientao da Profa. Dra. Ana Mercs Bahia Bock) e bolsis ta do CNPq pela PUC-SP com a pesquisa, A dimenso subjetiva do processo de escolha da profisso: um estudo com jovens universitrios do Prouni. Participa do grupo de pesquisa A dimenso subjetiva da realidade social, coordenado pela Profa. Dra. Ana Mercs Bahia Bock. Leciona as disciplinas de Psicologia Scio-Histrica, Psicologia Escolar e Introduo Psicologia da Educao no curso de Psicologia da Universidade Nove de Julho (Uninove-SP). Tem experincia na rea de Psicologia, com nfase em orientao profissional. Artigos Publicados OLIVEIRA, A. S.; LUENGO, F. C. ; BARROS, F. C. O. M. Brinquedoteca: proporcionando reflexes sob trs experincias significativas. Travessias (UNIOESTE. Online), v. 5, p. 1-19, 2009. OLIVEIRA, A. S. Adolescncia prolongada: um olhar sobre a nova gerao. Colloquium Humanarum, v. 4, p. 31-45, 2007. Captulo de Livro OLIVEIRA, A. S. et. al. Orientao Profissional no Projeto Ns do Centro: uma experincia de pesquisa para o enfrentamento da vulnerabilidade social entre jovens. In: O mundo do Trabalho e o desafio da incluso social: relato de uma experincia no centro de So Paulo. BOCK, A. M. B., MYRT, T. S. C. (orgs.). Santos-SP: Brasileira, 2009. Resumo do curso Partindo do pressuposto que devemos considerar a idia de que teoria e prtica so indissociveis em nossa atuao profissional (FREIRE, 1999), o presente trabalho ser norteado por esse pressuposto. O minicurso Orientao Profissional na perspectiva da psicologia scio-histrica est embasado nos autores Bock, S. (2002, 2008), Aguiar (2001), Ozella (2002), Bock, A. (1993, 1999) referncias da psicologia scio-histrica, que contriburam com o avano da rea de orientao profissional. O objetivo da realizao do minicurso de apresentar o campo de orientao profissional a partir d perspectiva scio-histrica e colaborar para que a atuao nessa rea se constitua de forma crtica e consciente. Este minicurso destina-se a estudantes e profissionais (das reas de pedagogia e psicologia) que se interessam e\ou atuam nesta rea. Para tanto, o mesmo est organizado em duas partes: 1 etapa - sero discutidas temticas centrais que norteiam a prtica em orientao profissional: concepo de indivduo e adolescncia, escolha da profisso, o modo capitalista do trabalho, teorias em orientao profissional e atuao do orientador profissional. 2 etapa Est dividida em quatro temticas: I. O significado da escolha da profisso, II. O trabalho, III. Auto-conhecimento e IV. Informao Profissional. Nesse momento, o objetivo de apresentar algumas tcnicas (como por exemplo: curtigrama, frases polmicas, projeto de futuro, dentre outras), que podem ser empregadas no trabalho com os jovens que solicitam a prestao desse servio.

14h - 18h30 ACOLHIMENTO INFANTIL: PERSPECTIVAS PARA A ATUAO DO PSCLOGO ESCOLAR/EDUCACIONAL D-67 - Sala 108 FINANCIADOR: FAPEMIG CELIA VECTORE UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLNDIA, CNTIA CARVALHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

Esse mini-curso foi organizado com o objetivo de refletir acerca das possibilidades de atuao do profissional de psicologia escolar/educacional em contextos de acolhimento infantil. Entende-se por instituies de acolhimento, s que se destinam a promover a proteo temporria de crianas e adolescentes que se encontram em situao de abandono, quer pelo Estado ou por negligncias familiares. Sero tratadas temticas, como a importncia e as dificuldades na formao de vnculos em tais contextos; a legislao envolvendo o processo de institucionalizao e suas derivaes, abarcadas pelas interaes com a famlia de origem ou substituta, enfatizando a importncia do psiclogo nessas instituies. So previstos relatos de pesquisas recentes realizadas junto Universidade Federal de Uberlndia e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Portanto, trata-se de estudo indito, no qual se priorizou o trabalho com grupos pequenos de crianas de quatro a sete anos, de modo a facilitar-lhes a escuta sobre o processo de sua institucionalizao. Os estudos empreendidos, sugerem que as crianas so capazes de protagonizar suas prprias vivncias, por meio de diversas linguagens facilitadoras dessa comunicao, em especial, as narrativas infantis (contos de fadas), sendo a mesma, um importante recurso para a construo de narrativas e da prpria subjetividade de cada criana. Assim, o presente mini-curso trar alguns instrumentos facilitadores, para a expresso infantil, haja vista a importncia de se ouvir as crianas e de se vislumbrar o cuidado com a formao de vnculos no seio dessas instituies. Bibliografia bsica Bruner, J. (2001). A cultura da educao. Porto Alegre: Artmed. Carvalho, C.;Vectore C. (2009) Abrigamento, Narrativas infantis: a importncia da psicologia escolar em contexto de abrigo. In: Marinho-Arajo (Org) (2009). Psicologia escolar: novos cenrios e contextos de pesquisa, prtica e formao. Campinas, SP: editora Alnea. Dorian, M. (2003). Repensando a perspectiva institucional e a interveno em abrigos para crianas e adolescentes. Psicologia Cincia e Profisso, 21(3), 70-75. Estatuto da Criana e do Adolescente (1990). Dirio Oficial da Unio. Lei n 8.069 de 13 de julho de 1990. Braslia, D.F, Palcio do Planalto. Formosinho, J. O (2008) (org.). A Escola vista pelas Crianas. Porto: Porto Editora. Gomes, H. S. (2005). Narrativas infantis. Contribuio para a autoria da criana. Dissertao (Mestrado).Universidade de So Paulo. So Paulo, SP. Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada/Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente. (2004). O Direito convivncia familiar e comunitria. Os abrigos para crianas e adolescentes no Brasil. Braslia. Kishimoto, T. M. (2007). Narrativas infantis: Um estudo de caso de uma instituio infantil. Educao e Pesquisa, 33 (3), 427- 444. Malaguzzi, L (1994). As Cem Linguagens. In: Faria; Palhares (orgs). Educao Infantil ps LDB. Rumos e desafios. Campinas, Autores associados.

14h - 18h30 A (IN)DISCIPLINA E A VIOLNCIA ESCOLAR: REFLEXES E AES D-67 - Sala 109 MARCOS MAESTRI UNIVERSIDADE ING DO PARAN

O mini-curso objetiva refletir sobre a Indisciplina e a Violncia na escola atual e discutir estratgias de ao para uma relao mais sadia entre os envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Inicialmente, sero identificadas as principais potencialidades e fragilidades da instituio escolar, hoje. Na sequncia, sero discutidos aspectos do contexto em que a instituio escolar est inserida e as influncias que recebe desse contexto. o mo mento de VER a realidade dos atores que atuam na instituio e as influncias que sofrem. O prximo passo ser compreender as possveis causas ou explicaes para entender o que ocorre nesse processo de ensino-aprendizagem que gera indisciplina, violncia, estresse (burnout), fobia escolar entre outros. o passo do JULGAR/ANALISAR a realidade apresentada. O que fazer diante desta realidade e quais so os desafios para a Educao (Escola)? Terceiro momento do mini-curso para apresentar alguns caminhos, alternativas, propostas no processo ensino-aprendizagem para a superao desta realidade. Ciente que no existem respostas prontas ou formular mgicas. O intuito levar a reflexo para compreender o que est acontecendo com a escola e com os educadores na poca atual. Contedos: . Potencialidades e fragilidades da instituio escolar, hoje; . Contexto (pano de fundo) (zeitgeist = esprito ou clima intelectual de uma poca) da instituio

7

escolar; . Causas ou explicaes sobre a (in)disciplina e a violncia escolar; . Sugestes / Propostas de superao da (in)disciplina e da violncia na escola; . Reflexes e discusses sobre a temtica. Referncias: ABRAMOVAY, Miriam. Violncia na escola. 4 Ed. Editor(es): UNESCO, Instituto Ayrton Senna, UNAIDS, Banco Mundial, 2004 CONTINI, M. L. J. O psiclogo e a educao de sade na educao. So Paulo: Casa do Psiclogo, 2001. FERNNDEZ, A. A inteligncia aprisionada: abordagem psicopedaggica clnica da criana e sua famlia. Porto Alegre: Artmed, 1991. FONSECA, V. Introduo s dificuldades de aprendizagem. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 1995. FONTANA, R. Psicologia e trabalho pedaggico. So Paulo: Atual, 1997. FUNAYAMA. C. A. R.. (org.). Problemas de aprendizagem: enfoque multidisciplinar. Campinas: Alnea, 2000. GARCIA, J. N. Manual de dificuldades de aprendizagem: linguagem, leitura, escrita e matemtica. Porto Alegre: Artmed, 1998. GASPARIN, J. L. Uma didtica para a pedagogia histrico-crtica. 3.ed. Campinas: Autores Associados, 2005. GERBER, A. Problemas de aprendizagem relacionados linguagem: sua natureza e tratamento. Porto Alegre: Artmed, 1996. LA TAILLE, Y. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenticas em discusso. So Paulo: Summus, 1992. LUCKESI, C. C. Avaliao da aprendizagem escolar: estudos e proposies.14.ed. So Paulo: Cortez, 2002. MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. So Paulo: EPU, 1986. PAIN, S. Diagnstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 1992. PATTO, M. H. S. A produo do fracasso escolar: histrias de submisso e rebe ldia. So Paulo: Casa do Psiclogo, 1999. PATTO, M. H. S. Uma introduo crtica a psicologia escolar. 3.ed. So Paulo: Casa do Psiclogo, 1997. SALVADOR, C. C. Aprendizagem escolar e construo do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 1994. WALLON, H. Psicologia e educao da criana. Lisboa: Vega, 1979. WITTER, G. P. e LOMONACO, J. F. B.(orgs.). Psicologia da aprendizagem.. So Paulo: EPU, 1984. WITTER, G. P. e LOMONACO, J. F. B. (orgs.). Psicologia da aprendizagem: aplicaes na escola. So Paulo: EPU, 1987. WITTER, G. P (org.). Psicologia e educao: professor, ensino e aprendizagem. So Paulo: Alnea, 2004.

14h - 18h30 CREBRO E APRENDIZAGEM D-67 - Sala 110 JOS FERNANDO BITENCOURT LOMNACO - UNIVERSIDADE DE SO PAULO

O avano tecnolgico no estudo do crebro levou a uma compreenso muito mais profunda do que tnhamos alguns poucos anos atrs a respeito de sua estrutura e de suas funes. Alguns dos muitos conhecimentos propiciados por tais recursos, tais como os relacionados a localizaes cerebrais, formao de sinapses, papel do hipocampo na consolidao das memrias etc. esto intimamente relacionados ao processo de aprendizagem, constituindo um substrato fisiolgico para muitas teorias psicolgicas que, ao longo do tempo, tem procurado explicar esse processo. O minicurso em apreo procura resgatar essas contribuies e analisar/discutir as implicaes de descobertas neurocientficas para uma melhor compreenso e fundamentao do processo de aprendizagem.

14h - 18h30 AS POLITICAS PUBLICAS PARA A EDUCAO INFANTIL: DESAFIOS PARA A ATUAO DO PSICLOGO D-67 - Sala 111 ELIZABETH GELLI YAZLLE UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

A proposta deste Mini Curso a de apresentar e debater um histrico da Educao Infantil no Brasil como poltica publica implantada a partir da Constituio de 1988 e das Leis subsequentes, e os encontros/desencontros decorrentes das vrias concepes oficiais, institucionais e sociais que foram se constituindo na histria da infncia brasileira.Paralelamente, sero oferecidos elementos para a discusso sobre a construo de uma psicologia voltada para a infncia brasileira na escola e os desafios que se a apresentam. A Lei de Diretrizes e Bases ( 9.394/96), como desdobramento da Constituio de 1988, j dispunha sobre o atendimento das crianas em creches e pr escolas na primeira etapa da Educao Bsica, optativa para a criana e sua famlia, porm de oferecimento obrigatrio por todos os municpios brasileiros. Os Pareceres de especialistas sobre as Diretrizes Curriculares para a Educao Infantil, de carter mandatrio tanto em sua primeira verso como o Parecer de 2009 - ressaltam o protagonismo da infncia, compreendendo a criana como ser ntegro, histrico e social que se desenvolve nas interaes, relaes e prticas cotidianas com diferentes adultos e diferentes crianas, em ambiente seguro, acolhedor, respeitando a especificidade de sua condio de infncia e seu direito a um espao pblico coletivo de socializao e aprendizagens. Entretanto, este espao planejado pelo sistema educacional para a infncia brasileira tem se apresentado com mltiplas faces. Por um lado temos as recomendaes oficiais, resultantes de srios trabalhos de pesquisas nacionais e internacionais. Por outro temos, cotidianamente, j na Educao de crianas pequenas a perversa e covarde inculcao de uma ideologia para a manuteno do projeto neoliberal de sociedade. O mundo adulto, que inclui as famlias, as professoras, as propostas pedaggicas, olham para a criana de hoje projetando-a num futuro triunfalista, de sucesso, de vencedores. Em suas relaes com a escola, muitas diferentes psicologias se apresentam; porm, no que se refere educao de crianas pequenas, vemos a predominncia de uma psicologia universal, etapista, naturalizante. A grande questo para a prtica psicolgica em contextos educacionais tem sido a de buscar maneiras que lhe sejam inditas, a partir de paradigmas qualitativos, que dem conta de compreender o universo da criana brasileira pequena e acompanhar, nesse universo, sua singularidade em meio s mltiplas infncias imaginadas.

14h - 18h30 MEDICALIZAO/JUDICIALIZAO: A INFNCIA NOS MOVIMENTOS DE CONTROLE E APRISIONAMENTO DA VIDA. D-67 - Sala 112 MARIA HELENA DO REGO MONTEIRO DE ABREU, GIOVANNA MARAFON - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, LUCIANA CALIMAN - UNIVERSIDADE FEDERAL

DO ESPRITO SANTO Neste curso, abordaremos a Judicializao e a Medicalizao como duas faces de um mesmo processo, de controle e aprisionamento da vida. Deleuze (1990) nos chama a ateno para modos contemporneos de confinamento. Soma-se ao lugar do espao esquadrinhado pela famlia, escola, priso, fbrica, pelo hospital, manicmio, to caractersticos do perodo moderno e da sociedade disciplinar, uma sociedade de controle com novas instituies, novas tecnologias de assujeitamento que funcionam atravs de mecanismos de monitoramento. O biopoder que antes era exercido em espaos fechados com a funo de correo ou ortopedia, agora age de modo mais sutil, a cu aberto, interferindo diretamente na produo dos modos de viver, inventando assim, novos modos de aprisionamento da vida. A Judicializao tem se constitudo como uma tendncia contempornea, experimentada no apenas no Brasil, a qual se caracteriza pela mediao das relaes sociais a partir de dispositivos jurdicos e da defesa do direito, mas de um direito que s poder ser obtido e defendido no campo jurdico, no mais no campo do dilogo. Tendo em vista o outro lado desta mesma moeda - a medicalizao da vida - propomos pens-lo para alm da excessiva prescrio de medicamentos observada no contemporneo, tomando-a como engrenagem na qual a medicina transforma a vida em objeto de sua interveno, prescrevendo normas e condutas para todos os nveis da existncia. Que foras permitiram a extenso do poder medico e judicirio a domnios que eram habitados por outros discursos e prticas? Objetivo Nosso objetivo entender as duas faces desse processo de captura e assujeitamento na perspectiva de engrenagens que se acoplam e fabricam modos de produo de subjetividade medicalizados, medicalizantes e judicalizantes. Como tem se dado a emergncia destas engrenagens e que efeitos/movimentos tm produzido sobre a infncia no contemporneo? Como analisadores dessa problemtica, utilizaremos recortes de experincias das proponentes e de matrias miditicas que tm a infncia como alvo de controle e aprisionamento no contemporneo. PBLICO- ALVO: Estudantes e profissionais que atuam na clnica, em escolas e/ou no sistema de garantia de direitos interessados em pensar a maneira como o biopoder tem operado na construo dos corpos medicalizados e judicializados e, ainda, os efeitos do funcionamento do controle contemporneo no movimento de captura e aprisionamento da vida.

14h - 18h30 APRENDENDO A PLANEJAR E MEDIAR PROGRAMAS SOCIOEDUCACIONAIS E-34 - Sala 1 JAQUELINE CAMARGO BRISOLA, LVIA BRUZASCO DE OLIVEIRA, DEIVIS PEREZ - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

Pblico-alvo: Profissionais e estudantes de Psicologia e Educao. Resumo Temos encontrado em diversos segmentos sociais, uma preocupao crescente com os direitos do cidado, com criao de oportunidades para insero dos indivduos no mundo do trabalho e com a construo de uma sociedade democrtica de fato. No h dvida que tais preocupaes nos remetem necessidade de formao das novas geraes para a participao produtiva e ativa no mundo do trabalho e nas prticas cidads. Nesse cenrio, observa-se a emergncia de um campo de atuao do psiclogo voltado para a realizao de programas socioeducacionais, com foco na formao de jovens e adultos, provenientes das classes empobrecidas, para o mundo do trabalho e da cidadania. Comumente, os psiclogos e profissionais da educao escolar e reas conexas, so conduzidos ao trabalho socioeducacional, realizado fora dos processos tradicionais de escolarizao. Entretanto, observa-se a escassez de oportunidades de capacitao para o campo socioeducacional, que favorea a compreenso das teorias e prticas dessa rea de trabalho. Em funo disso, elaboramos essa proposta de minicurso, que ter como objetivo introduzir os seus participantes aos fundamentos terico-prticos da atuao do psiclogo e demais profissionais interessados no tema. Especificamente, o minicurso tem como objetivo capacitar seus participantes para o uso de instrumentos de planejamento e mediao de programas socioeducacionais, voltados para a formao de jovens e adultos para o mundo do trabalho e cidadania. Durante o minicurso sero abordados os seguintes temas: a) caractersticas dos programas socioeducacionais de formao de jovens e adultos para o trabalho e cidadania; b) ferramentas e tcnicas para o planejamento de atividades socioeducacionais; c) planejamento de atividades procedimentais, conceituais e atitudinais; d) instrumentos e tcnicas de mediao: interveno, encaminhamento e devoluo; e) metodologia de trabalho com jovens e adultos em programas socioeduacionais. Os temas propostos sero abordados utilizando-se metodologia ativa e estratgias como dinmicas de grupo, recursos audiovisuais e anlise de textos referenciais sobre o trabalho do psiclogo no campo socioeduacional. Ao final do minicurso

8

espera-se que os participantes identifiquem: a) as principais caractersticas do trabalho socioeducacional junto a jovens e adultos em formao para o mundo do trabalho e cidadania; b) reconheam e utilizem de forma bsica ferramentas e estratgias de planejamento e mediao especficas para o trabalho socioeducacional. Resumo biogrfico dos proponentes Lvia Bruzasco de Oliveira graduanda do curso de Psicologia da UNESP Assis, bolsista da Pr-Reitoria de Extenso da UNESP. Jaqueline Camargo Brisola - graduanda do curso de Psicologia da UNESP Assis, bolsista da Pr-Reitoria de Extenso da UNESP. Deivis Perez Doutor em Educao e professor de Psicologia da UNESP Assis. Bibliografica CLOT, Yves. A Funo Psicolgica do Trabalho. 2 edio, trad. Adail Sobral, Petrpolis, RJ: Vozes, 2007.

14h - 18h30 PESQUISA QUALITATIVA EM POLTICAS PBLICAS EDUCACIONAIS: PSICOLOGIA ESCOLAR EM UMA PERSPECTIVA CRTICA E-34 - Sala 2 LYGIA DE SOUSA VIEGAS UNIVERSIDADE SOCIAL DA BAHIA

O presente curso tem por objetivo apresentar alguns aspectos terico-metodolgicos fundamentais da pesquisa qualitativa em psicologia escolar e educacional em uma perspectiva crtica que tenham como objeto de estudo as polticas pblicas educacionais. Para tanto, inicia apresentando elementos que compem a fundamentao terica dessa modalidade de pesquisa, em especial as concepes que sustentam as modalidades de relao entre o pesquisador, o grupo pesquisado e o tema de pesquisa, em sua triangulao. Tambm sero discutidos alguns elementos essenciais na leitura crtica do discurso oficial em torno da implantao e defesa das polticas pblicas educacionais. Em seguida, sero apresentados os procedimentos mais consagrados na coleta de dados da pesquisa qualitativa em psicologia escolar e educacional, a saber: observao participante em diversos contextos educacionais ; entrevistas com todos os envolvidos na pesquisa; anlise de documentos que compem os pronturios institucionais; e encontros grupais com os diferentes coletivos que do vida instituio pesquisada. Finalmente, o curso aborda questes metodolgicas em torno da anlise do material construdo na pesquisa, luz da abordagem qualitativa. Espera-se, com esse minicurso, contribuir com a formao de pesquisadores na rea de psicologia escolar e educacional em uma perspectiva crtica, que tenham como foco do estudo as politicas pblicas educacionais. Contedo: 1. Pesquisa qualitativa em psicologia: aspectos terico-metodolgicos; 2. Anlise crtica do discurso oficial das polticas pblicas educacionais; 3. Procedimentos de coleta de dados na pesquisa qual itativa em psicologia escolar e educacional; 4. Procedimentos de anlise de dados na pesquisa qualitativa. Referncias: EZPELETA, J. & ROCKWELL, E. Pesquisa Participante. So Paulo: Cortez, 1986. GEERTZ, C. A interpretao das Culturas. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989. LDKE, M. & ANDR, M. E. D. A. Pesquisa em Educao: Abordagens Qualitativas. So Paulo: EPU, 1986. PATTO, M. H. S. A Produo do Fracasso Escolar: histrias de submisso e rebeldia. So Paulo: T. A. Queiroz, 1990. VIGAS, L.S. Reflexes sobre a pesquisa etnogrfica em Psicologia e Educao. Dilogos Possveis (FSBA), v.1, p. 101-123, 2007.

14h - 18h30 DESENVOLVIMENTO POSITIVO NA ADOLESCNCIA E-34 - Sala 3 DBORA DALBOSCO DELL'AGLIO, LUCIANA FERNANDES MARQUES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Este mini-curso tem por objetivo instrumentalizar profissionais e estudantes que atuam na rea da educao para trabalhar sob a tica da psicologia positiva com adolescentes. Parte-se do pressuposto que a adolescncia um perodo normativo do desenvolvimento e que a maioria dos jovens vivencia esta etapa de forma saudvel e adaptativa. A partir disso, apresentaremos o referencial terico da psicologia positiva, enfocando aspectos relacionados aos processos de resilincia durante a adolescncia, assim como a importncia do fortalecimento das redes de apoio e dos fatores de proteo nos contextos de insero dos adolescentes, especialmente no ambiente escolar. Sero discutidos os conceitos de resilincia, vulnerabilidade, fatores de risco e proteo na adolescncia e redes de apoio. Tambm sero explorados diferentes conceitos relacionados psicologia positiva, destacando a espiritualidade e religiosidade. O tema da religiosidade/espiritualidade tem estado presente em estudos da Psicologia, mas ainda cercado de alguns tabus e muitas dvidas de como o psiclogo pode inserir na sua prtica o trabalho com essa dimenso com base na Psicologia como cincia e profisso. Muitos so os equvocos encontrados na prtica profissional, usando tcnicas, prticas e conceitos sem base cientfica que ao invs de promover a qualidade de vida e enfrentamentos saudveis por parte do pblico-alvo, geram desconforto e mal-estar. Este curso de cunho terico, visando oferecer uma reviso de estudos cientficos atuais sobre a psicologia positiva e o conceito de espiritualidade e dialogar com o pblico sobre as principais dificuldades e avanos no trabalho com adolescentes na rea PSI. Pretende-se instrumentalizar os participantes, a partir de reflexes e trocas grupais, para uma viso complexa e multifacetada do ser humano, numa perspectiva positiva no trabalho com adolescentes. Contedo: psicologia positiva, fatores de risco e proteo, resilincia e vulnerabilidade, redes de apoio, religiosidade e espiritualidade, pesquisas atuais. Referncias Calvetti, P. U., Muller, M. C, & Nunes, M. L. T. (2007). Psicologia da sade e psicologia positiva: Perspectivas e desafios. Psicologia Cincia e Profisso, 27(4), 706-717. Dell'Aglio, D. D., Koller, S. H., & Yunes, M. A. M. (2006). Resilincia e psicologia positiva: Interfaces do risco proteo. So Paulo: Casa do Psiclogo. Marques, L. F. & Dell'Aglio, D. D. (2009). A espiritualidade como fator de proteo na adolescncia. Cadernos IHU Idias (Unisinos), 7, 1-18. Paludo, S. S. & Koller, S. H. (2007). Psicologia Positiva: uma nova abordagem para antigas questes. Paidia, Ribeiro Preto, 17(36), 9-20. Sanchez, Z. V. M., Oliveira, L. G., & Nappo, S. (2004). Fatores protetores de adolescentes contra o uso de drogas com nfase na religiosidade. Cincia & Sade Coletiva, 9(1), 43-55. Sapienza, G. & Pedromonico, M. R. M.(2005). Risco, proteo e resilincia no desenvolvimento da criana e do adolescente. Psicologia em Estudo, 10(2), 209-216. Seligman, M. E. P. & Csikszentmihalyi, M. (2000). Positive psychology: An introduction. American Psychologist, 55, 5-14

14h - 18h30 NEUROCINCIA E EDUCAO SOB UM ENFOQUE HISTRICO CULTURAL E-34 - Sala 4 CLAUDIA LOPES DA SILVA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO DE SO BERNARDO DO CAMPO

Num cenrio de preocupao crescente dos governos com a melhoria da educao, observa-se o avano da neurocincia em reas relacionadas educao, como a forma com que a aprendizagem ocorre e a neurofisiologia cerebral. Surge da a tentativa de aplicao de tais resultados de forma prtica nas escolas, atravs de programas educacionais. So os chamados programas brain-based learning, ou de aprendizagem baseada no crebro. Surgem produtos e mtodos de questionvel embasamento cientfico e resultados frustrantes, que perpetuam neuromitos, apresentando informaes discutveis como fatos cientficos irrefutveis. Alm de superficiais e questionveis, tais propostas podem induzir atitudes discriminatrias, reforando a crena acrtica em explicaes biolgicas para questes com importante vis scio-econmico, como a questo da escolarizao. A busca de uma prtica educacional baseada em evidncias deve deixar claros os limites em que tais apropriaes da neurocincia podem ser feitas atualmente, pois se h extraordinrios e promissores avanos, ainda h pouca ou quase nenhuma operacionalizao prtica de aplicao escolar destes aportes. Discute ainda a questo da incluso escolar e a contribuio da neurocincia. O O enfoque terico a partir da produo da Psicologia Histrico-Cultural, particularmente as produes de Vigotski e Luria, discutindo que contribuies os autores podem fazer para possibilitar um olhar a partir das potencialidade de desenvolvimento dos alunos.

14h - 18h30 ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI: A FORMAO-ATUAO DO PSICLOGO ESCOLAR E AS MEDIDAS SCIO-EDUCATIVAS E-34 - Sala 5 ERIKA PESSANHA DOLIVEIRA, RAFAELA MEZZOMO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARING

O minicurso que se pretende desenvolver surgiu a partir da prtica profissional de superviso de acadmicos do quinto ano da graduao de Psicologia nos estgios profissionalizantes em um programa municipal de Medidas Scio-Educativas em Meio Aberto, previsto pelo Estatuto da Criana e do Adolescente 8.069/90. O contato semanal com os profissionais de Psicologia, Servio Social, Pedagogia e Direito responsveis pela implementao das Medidas Scio-Educativas em Meio Aberto (MSE) explicitadas no artigo 112 evidenciou concepes, expectativas e prticas preconceituosas sobre as famlias de origem e extensas responsveis judicialmente por adolescentes autores de atos infracionais. Era possvel observar na fala de tais profissionais uma estreita vinculao naturalizante e a-histrica entre pobreza, periculosidade e a suposta desestrutura familiar. As inquietaes decorrentes levaram-nos a problematizar, como uma hiptese explicativa para esses comportamentos dos profissionais, uma formao acadmico-profissional mais tecnicista, que demonstra sinais de ter sido aligeirada quanto ao debate prprio das Cincias Humanas e Sociais sobre a construo social da infncia, da famlia burguesa, a produo do fracasso escolar, entre outros temas. Conforme alguns autores discutem, no desenvolvimento da profisso de psiclogo no Brasil, a formao tambm responsabilidade dos professores, que imprimem suas vises de mundo em seus cursos a partir da concepo de que profissional querem formar. Tambm estabelecem relaes entre o contexto poltico do Regime Militar e a ideologia de adaptao do indivduo sociedade. As autoras, ao retomarem pesquisas sobre o perfil do psiclogo brasileiro (CFP, 1988, 1994) entre outros pesquisadores, demonstram o carter predominantemente clnico e de profissional liberal dos currculos, uma formao que privilegia o tcnico em detrimento do generalista. Por meio de uma leitura mais atenta dos documentos que procuram subsidiar a ao dos gestores sociais, percebe-se que tais referncias bibliogrficas no atribuem s famlias monoparentais ou incompetncia familiares a responsabilidade exclusiva pela infrao cometida pelo adolescente, e esses autores optam por tentar elucidar a multideterminao do ato infracional, ao invs de se utilizarem de explicaes lineares e simplistas. Contudo, essas obras no delimitam com maior preciso de qual concepo de famlia partem, qual seria a sua funo social, se sempre se estruturou do mesmo modo e com os mesmos objetivos ao longo da histria humana. A fundamentao terica desse curso ser baseada nos princpios da Psicologia ScioHistrica, da Pedagogia HistricoCrtica. O objetivo do minicurso debater sobre os limites e possibilidades das interfaces do trabalho do psiclogo escolar com a atuao em programa de medidas socioeducativas, uma vez que os adolescentes em

9

conflito com a lei possuem histrias de fracasso escolar. Para isso, ocorrer a historicizao da proteo social e jurdica da criana e do adolescente no pas, considerando que as instncias jurdicas e pedaggicas dos programas de MSE costumam realizar um encaminhamento discriminatr io em vrias etapas do processo de aplicao das medidas, penalizando os adolescentes e as famlias de menor poder aquisitivo. Da depreende-se a relevncia social e terica do acmulo de conhecimentos e prticas que tentem superar a viso de mundo representada pelo antigo Cdigo de Menores.

14h - 18h30 DESENVOLVIMENTO PSICOLGICO DAS CRIANAS PEQUENAS E AS PRTICAS REALIZADAS NA EDUCAO INFANTIL E-34 - Sala 6 VIVIANE APARECIDA FERREIRA FAVARETO CACHEFFO, DANIELE RAMOS DE OLIVEIRA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

O mini-curso tem como objetivos discutir as caractersticas de desenvolvimento da criana de 0 a 5 anos, segundo a teoria histrico-cultural e a teoria walloniana, propiciar reflexes por parte das (dos) participantes em relao s prticas educativas desenvolvidas na educao infantil a partir dos pressupostos dessas teorias, de modo a fornecer subsdios terico-prticos para os profissionais que atuam em instituies de educao infantil. O atendimento as crianas nesse nvel de ensino inclui o educar e o cuidar, de forma a assegurar o acolhimento, a segurana, o lugar para a emoo, para o gosto, para o desenvolvimento da sensibilidade, habilidades sociais, domnio do espao, do corpo, das modalidades expressivas e favorecimento da curiosidade e investigao. Para desenvolver esses aspectos, porm, consideramos que os profissionais de creches e pr-escolas necessitam de subsdios terico-prticos que permitam refletir sobre as contribuies das prticas realizadas no cotidiano para o desenvolvimento das crianas. Pretendemos, nesse sentido, discutir a relao entre o desenvolvimento infantil e as mediaes realizadas pelos educadores. De acordo com a teoria histrico-cultural, cada estdio de desenvolvimento caracterizado por um tipo de atividade principal, concebida como aquela que promove o desenvolvimento por possibilitar o surgimento de outras atividades, desde que diferenciadas; reorganizar os processos psquicos e promover mudanas psicolgicas na personalidade infantil. Desta forma, a atividade principal modifica-se conforme o desenvolvimento infantil. As atividades principais nos primeiros anos de vida so: comunicao, ao com objetos e o jogo. O beb, mesmo sem o domnio da linguagem falada, comunica-se emocionalmente com o adulto; posteriormente o interesse pelos adultos transfere-se para o conhecimento e explorao dos objetos e, conforme o desenvolvimento, a criana passar a utilizar-se do jogo para satisfazer suas necessidades, resolver seus conflitos e vivenciar situaes imaginrias. Sobre o desenvolvimento da criana, a teoria walloniana pontua que esse composto por estgios: impulsivo emocional; sensrio-motor e projetivo e personalismo. Para a sucesso dos estgios, necessrio que ocorra a alternncia e predominncia funcional, ou seja, em cada estgio ocorre o predomnio de uma dimenso (afetiva, cognitiva, motora), o que no ocasiona o desaparecimento das demais; e a integrao funcional, que significa que cada estgio traz as conquistas dos anteriores e permite a integrao da motricidade, afetividade e cognio para a constituio do quarto domnio, a pessoa. A partir das contribuies desses tericos, portanto, pensamos ser possvel refletir com os participantes o desenvolvimento de prticas para uma educao integral a ser realizada com as crianas pequenas, que propicie o desenvolvimento psicolgico infantil.

14h - 18h30 AS CONTRIBUIES DE LEONTIEV E BLAGONADEZHINA PARA A ORGANIZAO DO TEMPO E DO ESPAO NA EDUCAO INFANTIL E-34 - Sala 7 MARTA CHAVES UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARING

Esta exposio firma a defesa de que as escolas de Educao Infantil podem se apresentar como espaos de educao por excelncia, o que equivale a dizer que, a rotina, ou seja, a organizao do tempo e do espao s se justificam se forem instrumentalizados enquanto prticas edu cativas, capazes de promover o desenvolvimento, onde o brincar e o aprender figurem como os objetivos principais. Consideramos que as salas, ptios, corredores, reas externas e outros espaos ocupados por crianas devem ser organizados com intencionalidade e sistematizao das mais diversas cores, formas, letras, nmeros, ilustraes advindas da arte e de autores e personagens da Literatura Infantil. Defendemos que esta preocupao no secundariza a importncia da formao inicial e em servio de psiclogos e pedagogos, ao contrrio reafirma a necessidade de defesa de uma formao atenta e rigorosa permite. Isto permite estudo e reflexo acerca da infncia que se mostra, neste incio de sculo XXI, empobrecida. Neste sentido, a Teoria ou Psicologia Histrico-Cultural apresenta-se na condio de amparo possvel para uma proposta de formao e atuao junto s crianas pequenas, numa perspectiva de humanizao e emancipao. Assim, para que os procedimentos didticos sejam ricos de significado, a afetividade, a comunicao, as diversas formas de linguagem e a escolha de recursos e procedimentos devem figurar como caractersticas essenciais no processo de ensino. Neste propsito de educao, recorremos ideia de que os sentimentos estticos se desenvolvem mais quando se apresentam versos especialmente escritos para as crianas, com desenhos de qualidade, com boa msica e com rtmicos variados. Neste sentido a organizao do tempo e do espao deve favorecer as vivncias estticas elaboradas, visto que estas mostram-se essenciais aprendizagem e ao desenvolvimento. Contedo: A organizao do tempo e do espao nas Instituies de Educao Infantil Referncias: BLAGONADEZHINA, L. V. Las emociones y los sentimientos. In: SMIRNOV, LEONTIEV e outros. Psicologia. Havana: Imprensa Nacional de Cuba, 1961, p. 375 CHAVES, M. et all (Org). Professores Repensando a Prtica Pedaggica: propostas, objetivos e conquistas coletivas. Maring: 1 ed. Programa Interdisciplinar de Estudos de Populaes, Laboratrio de Arqueologia, Etnologia, 2008. FACCI, M. G. D. Valorizao ou esvaziamento do trabalho do professor?: um estudo crtico-comparativo da teoria do professor reflexivo, do construtivismo e da psicologia vigotskiana. Campinas, SP: Autores Associados, 2004. LEONTIEV e outros. Psicologia. Havana: Imprensa Nacional de Cuba, 1961. LIMA, E. A de. Infncia e Teoria Histrico-Cultural: (Des) Encontros da Teoria e da Prtica. 2005, Tese (Doutorado em Ensino na Educao Brasileira). Faculdade de Filosofia e Cincias, UNESP, Marlia, 2005. MUKHINA,V. Psicologia da Idade Pr-escolar. Trad. Claudia Berliner. So Paulo: Martins Fontes, 1996. VIGOTSKY, L. S. La imaginacin y el arte en la infancia: ensayo psicolgico. 8. ed. Madrid: Akal, 2007. (Akal bsica de bolsillo, 87)

14h - 18h30 ESTRUTURAS ADITIVAS E MULTIPLICATIVAS: ASPECTOS DA TEORIA DOS CAMPOS CONCEITUAIS E-34 - Sala 8 JULIANE DO NASCIMENTO UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

Modalidade do curso: mini-curso Estruturas aditivas e multiplicativas: aspectos da teoria dos campos conceituais Carga horria: 4 horas Juliane do Nascimento FCT/ UNESP - Cmpus de Presidente Prudente [email protected] Resumo Biogrfico Possui graduao em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Filosofia e Cincias cmpus de Marlia (2007) com Habilitao em Administrao Escolar, Orientao Educacional (2008) e Superviso Escolar (2009). De 2004 2009 atuou como professora das sries/anos iniciais do Ensino Fundamental na rede municipal de Pompeia/SP. Em 2010 atuou na rea de coordenao de projetos na mesma rede. Atualmente mestranda em Educao pelo programa de ps-graduao da UNESP/ FCT/ Cmpus de Presidente Prudente, na linha de pesquisa: Prticas e Processos Formativos, desenvolvendo pesquisa na rea de Educao Matemtica. Integrante do grupo de pesquisa: Ensino e Aprendizagem como Objeto da Formao de Professores (GPEA) coordenado por Maria Raquel Miotto Morelatti e Paulo Csar de Almeida Raboni. Resumo Este mini-curso tem por objetivo abordar o ensino e a aprendizagem das estruturas aditivas e multiplicativas nas sries iniciais do ensino fundamental tendo como base a teoria dos campos conceituais de Vergnaud. De acordo com essa teoria so vrios os fatores que interferem e influenciam no desenvolvimento e na formao dos conceitos, sendo o conhecimento conceitual originado a partir de situaes-problemas. Os conceitos matemticos, s adquirem sentido a partir de uma variedade de situaes que so vivenciadas pelos sujeitos. Nessa perspectiva, um campo conceitual pode ser ento compreendido como o conjunto de situaes que envolvem o domnio de vrios conceitos de naturezas diferentes. A aprendizagem de um campo conceitual, est assim relacionada a capacidade de resolver diferentes situaes-problemas, o que vai alm de simplesmente saber resolver clculos numricos. Isso implica reconhecer que uma mesma operao aritmtica pode estar associada a diferentes ideias em uma situao-problema. A competncia para resolver problemas que envolvem estruturas aditivas e multiplicativas requer tempo e precisa ser desenvolvida ao longo de todo ensino fundamental. Para tanto, desenvolver um trabalho com estruturas aditivas e multiplicativas implica em oferecer ao aluno diferentes tipos de situaes que envolvam diferentes modos de raciocinar. Implica tambm considerar que adio e subtrao, multiplicao e diviso pertencem a um mesmo campo conceitual e, portanto esto intimamente relacionadas. As atividades que sero desenvolvidas no mini-curso visam dessa forma, apresentar e discutir aspectos da teoria dos campos conceituais para o desenvolvimento das estruturas aditivas e multiplicativas; analisar os diferentes raciocnios envolvidos nas situaes-problemas do campo aditivo e multiplicativo e apresentar propostas para o trabalho com os dois campos nas sries iniciais do ensino fundamental. Pblico alvo: professores que atuam nas sries iniciais do ensino fundamental e educadores interessados pelo assunto. Bibliografia bsica: MAGINA, S., CAMPOS, T. M. M., GATIRANA, V. & NUNES, T. Repensando adio e subtrao: contribuies da Teoria dos Campos Conceituais. So Paulo: PROEM, 2001.

14h - 18h30 ESTRATGIAS DE APRENDIZAGEM E DA MOTIVAO PARA APRENDER: COMO AVALIAR? E-34 - Sala 9 NEIDE DE BRITO CUNHA, ACCIA APARECIDA ANGELI DOS SANTOS - UNIVERSIDADE SO FRANCISCO

As grades curriculares raramente contemplam todos os aspectos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Dentre os que dificilmente so trabalhados esto as estratgias de aprendizagem e a motivao para aprender, o que leva muitos professores, dos vrios nveis de ensino, a se perguntarem qual seria o caminho para desenvolv-los em seus alunos. A Psicologia Cognitiva, com base na Teoria do Processamento da Informao, acredita na possibilidade de a judar o aluno a organizar e controlar sua prpria aprendizagem por meio de estratgias mais eficazes. Elas so competncias ou processos que facilitam a aquisio, o armazenamento e a recuperao da informao e so teis para manejar, dirigir e controlar a prpria aprendizagem em diferentes contextos. Por sua vez, a

10

motivao aparece em sala de aula como um elemento gerador de energia, que ajuda o indivduo a atingir um determinado objetivo, por meio da seleo de dados importantes e organizao de sequncias que exigem estratgias de ao. Tendo em vista a importncia do desenvolvimento tanto das estratgias de aprendizagem como da motivao em sala de aula, julga-se necessrio melhorar a capacidade de aprender a aprender e de ensinar para o aprender a aprender, bem como conhecer as orientaes motivacionais de alunos em geral e futuros docentes. Com esses conhec imentos, os educadores poderiam modificar suas prticas e traar metas e objetivos que contribuiriam para a aprendizagem mais efetiva de seus alunos. Sero apresentados resultados de pesquisas recentes desenvolvidas em vrios nveis de educao. Objetivos do curso: apresentar como podem ser avaliadas as estratgias de aprendizagem e a motivao por meio de diferentes instrumentos de medida; demonstrar como os dados coletados podem ser tratados estatisticamente por meio de anlises qualitativas e quantitativas. Referncias: 1. SANTOS, A. A. A.; SISTO, Fermino Fernandes; BORUCHOVITCH, Evely & Nascimento, E. (Orgs.). Perspectivas em Avaliao Psicolgica. 1. ed. So Paulo: Casa do Psiclogo, 2010. 2. OLIVEIRA, Katya Luciane, BORUCHOVITCH, Evely & SANTOS, A. A. A. . Escala de avaliao das estratgias de aprendizagem para o ensino fundamental - EAVAP-EF. 1. ed. So Paulo: Casa do Psiclogo, 2010. 3. SANTOS, A. A. A., BORUCHOVITCH, Evely, & OLIVEIRA, Katya Luciane de (Org.) . Cloze: um instrumento de diagnstico e interveno. 1. ed. So Paulo-SP: Casa do Psiclogo, 2009. 348 p.

14h - 18h30 COREOGRAFIA DO DESENHO: DINMICA EDUCACIONAL E-34 - Sala 10 PEDRO MOREIRA DA SILVA NETO, MARIA SARA DE LIMA DIAS - UNIVERSIDADE TUITI DO PARAN

Objetiva-se aproximaes entre psicologia e as artes cnicas, atravs de vivncias estticas, baseado no referencial proposto por Vygotsky. A arte se processa em variados grupos sociais e fornece referencial para o psiclogo em prticas sociais ticas e estticas. A interveno comunitria deve propor atividades emancipadoras e capazes de gerar novos sentidos e significados prtica educativa nas escolas, no dizer de Freire a promoo da ingenuidade criticidade no pode ou no deve ser feita a distncia de uma rigorosa formao tica ao lado sempre da esttica(p.32). Isto possvel atravs das relaes entre a psicologia e a arte. Considera-se a educao esttica e atividade criadora essencial ao trabalho com grupos. A proposta da coreografia pretende desenvolver materialmente a atividade criadora atravs do desenho, como um circuito que vai possibilitar a expresso corporal do sujeito. O espao colaborativo de trabalho favorece a transformao de motivos ao permitir que as aes sejam planejadas coletivamente e que se parte do sujeito singular/coletivo. A educao acentua o lgico-formal e o discurso, num processo de coisificao das relaes interpessoais, assim, tcnica e dinamizao cnica, no caso da dana, revitalizam as configuraes sociais que delimitam a afetividade e sua representatividade no trabalho grupal. Bibliografia bsica: CAMARGO, Denise de; BULGACOV, Yara (Orgs.). (2006) Identidade e emoo. Curitiba: Travessa dos Editores. FREIRE, P. (2000) Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra. INGARDEN, e Cols.(1976) O Signo teatral : semiologia aplicada a arte dramtica. SP: Globo. SANTOS, F.D.(2003) A esttica mxima. CHAPEC, Argos. VYGOTSKY, L. S. (2008)