it 17 - brigada de incêndio (revisão cap cassio) (1)

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SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO Corpo de Bombeiros INSTRUÇÃO TÉCNICA N O 17 BRIGADA DE INCÊNDIO SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Aplicação 3 Referências normativas e bibliográficas 4 Definições 5 Procedimentos Anexos A Tabela de Percentual de Cálculo para Composição da Brigada de Incêndio B Currículo Básico do Curso de Formação da Brigada de Incêndio C Questionário de avaliação de brigadista. D Questionário de avaliação de bombeiro profissional civil 1 Objetivo 1.1 Esta instrução técnica estabelece as condições mínimas para a formação, treinamento e reciclagem da brigada de incêndio para atuação em edificações e/ou áreas de risco no estado de São Paulo. 2 Aplicação 2.1 Esta instrução técnica se aplica a todas as edificações ou áreas de risco enquadradas na tabela 1 do Decreto Estadual nº 46.076/01. 3 Referências normativas e bibliográficas Para complementação desta instrução técnica recomenda-se consultar as seguintes normas técnicas: 3.1 Normativas NBR 9443 Extintor de incêndio classe A – Ensaio de fogo em engradado de madeira. NBR 9444 Extintor de incêndio classe B – Ensaio de fogo em líquido inflamável. NBR 14.023 Registro de atividades de bombeiros. NBR 14.096 Viaturas de combate a incêndio NBR 14.276 Programa de brigada de incêndio. NBR 14.277 Campo para treinamento de combate a incêndio. NBR 14561 Veículos para atendimento a emergências médicas e resgate. NBR 14.608 Bombeiro profissional civil. 3.2 Bibliográficas Manual de Fundamentos do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. 4 Definições Para os efeitos desta instrução técnica, aplicam-se as definições constantes da instrução técnica nº 03 "Terminologia de Proteção contra Incêndio". 5 Procedimentos 5.1 Composição da brigada de incêndio 5.1.1 A brigada de incêndio deve ser composta levando-se em conta a população fixa e o percentual de cálculo do anexo A, que é obtido levando-se em conta o grupo e a divisão de ocupação da planta. Para tanto, deve-se: 1º Condição: Determinar a população fixa da edificação, ressaltando que a população fixa é a população que regularmente permanece na edificação, conforme definição da IT-03. Obs: Há casos especiais para a base de cálculo para o número de brigadistas

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SUMRIO

PAGE 2Polcia Militar do Estado de So Paulo Corpo de BombeirosInstruo Tcnica em estudo IT 19

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGCIOS DA SEGURANA PBLICA

POLCIA MILITAR DO ESTADO DE SO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUO TCNICA NO 17

Brigada de incndioSUMRIO

1 Objetivo

2 Aplicao

3 Referncias normativas e bibliogrficas

4 Definies

5 Procedimentos

Anexos

A Tabela de Percentual de Clculo para Composio da Brigada de Incndio

B Currculo Bsico do Curso de Formao da Brigada de Incndio

C Questionrio de avaliao de brigadista.

D Questionrio de avaliao de bombeiro profissional civil

1 Objetivo

1.1 Esta instruo tcnica estabelece as condies mnimas para a formao, treinamento e reciclagem da brigada de incndio para atuao em edificaes e/ou reas de risco no estado de So Paulo.

2 Aplicao

2.1 Esta instruo tcnica se aplica a todas as edificaes ou reas de risco enquadradas na tabela 1 do Decreto Estadual n 46.076/01.

3 Referncias normativas e bibliogrficas

Para complementao desta instruo tcnica recomenda-se consultar as seguintes normas tcnicas:

3.1 Normativas

NBR 9443 Extintor de incndio classe A Ensaio de fogo em engradado de madeira.

NBR 9444 Extintor de incndio classe B Ensaio de fogo em lquido inflamvel.

NBR 14.023 Registro de atividades de bombeiros.

NBR 14.096 Viaturas de combate a incndioNBR 14.276 Programa de brigada de incndio.

NBR 14.277 Campo para treinamento de combate a incndio.

NBR 14561 Veculos para atendimento a emergncias mdicas e resgate.

NBR 14.608 Bombeiro profissional civil.

3.2 BibliogrficasManual de Fundamentos do Corpo de Bombeiros da Polcia Militar do Estado de So Paulo.

4 Definies

Para os efeitos desta instruo tcnica, aplicam-se as definies constantes da instruo tcnica n 03 "Terminologia de Proteo contra Incndio".

5 Procedimentos

5.1 Composio da brigada de incndio

5.1.1 A brigada de incndio deve ser composta levando-se em conta a populao fixa e o percentual de clculo do anexo A, que obtido levando-se em conta o grupo e a diviso de ocupao da planta. Para tanto, deve-se:

1 Condio: Determinar a populao fixa da edificao, ressaltando que a populao fixa a populao que regularmente permanece na edificao, conforme definio da IT-03.

Obs: H casos especiais para a base de clculo para o nmero de brigadistas descritos na prpria tabela do anexo A. Ex: prdios residenciais necessitam treinar todos os funcionrios e um morador por pavimento.

2 Condio: Se a populao fixa for menor que 10 pessoas:

Nmero de brigadistas por pavimento ou compartimento = [populao fixa por pavimento ] X [% de clculo da coluna 1 do Anexo A (coluna at 10)], ou seja:

N Brig = PF x % C1

3 Condio: Se a populao fixa for maior que 10 pessoas:

Nmero de brigadistas por pavimento ou compartimento = [(populao fixa por pavimento de 10 pessoas) X (% de clculo da coluna1 do Anexo A ] + [(populao fixa por pavimento menos 10 pessoas ) X (% de clculo da coluna2 do Anexo A )], ou seja:

N Brig = [ 10 x % C1 ] + [ (PF 10) x % C2 ], onde:

N Brig = nmero de brigadistas por pavimento ou compartimento.

% C1 = porcentagem de clculo da coluna 1 da tabela do Anexo A

PF = nmero de pessoas que permanecem regularmente na edificao, considerando-se os turnos de trabalho, conforme IT 03.

% C2 = porcentagem de clculo da coluna 2 da tabela do Anexo A

OBS: Portanto, para dimensionamento do nmero de brigadistas quando a populao fixa for maior que 10 pessoas, deve-se:

Ex: Edificao com ocupao de agncia bancria (D-2) tendo uma populao fixa de 60 pessoas.

1 Passo: aplicar a porcentagem da coluna 1 (at 10) do Anexo A para as primeiras 10 pessoas, ou seja, 10 x 40% = 4.

2 Passo: em seguida pegaremos a populao fixa e subtramos de 10 pessoas, ou seja, 60 10 = 50 pessoas.

3 Passo: com o resultado obtido no 2 passo, multiplicamos este valor pela porcentagem da coluna 2 (acima de 10) do Anexo A, ou seja, 50 x 10% = 5.

4 Passo: portanto, o nmero de brigadistas ser a soma do valor obtido no 1 passo com o valor obtido no 3 passo, ou seja, 4 + 5 = 9.

N Brig = [ 10 x 40% ] + [ ( 60 - 10 ) x 10% ]

N Brig = 4 + ( 50 x 10%)

N Brig = 4 + 5 = 09 brigadistas

5.1.2 Para os nmeros mnimos de brigadistas, devem-se prever os turnos, a natureza de trabalho e os eventuais afastamentos.

5.1.3 Sempre que o resultado obtido do clculo do nmero de brigadistas por pavimento for fracionrio, deve-se arredond-lo para mais. Exemplo:

Loja

Populao fixa = 9 pessoas

N de brigadistas por pavimento = [populao fixa por pavimento] x [% de clculo da tabela A]

N de brigadistas por pavimento = (9 x 40%) = 3,6

N de brigadistas por pavimento = 4 pessoas

5.1.4 Quando em uma planta houver mais de um grupo de ocupao, o nmero de brigadistas deve ser calculado levando-se em conta o grupo de ocupao de maior risco.

O nmero de brigadistas s calculado por grupo de ocupao, se as unidades forem compartimentadas e os riscos forem isolados. Exemplo: planta com duas ocupaes, sendo a primeira uma rea de escritrios com trs pavimentos e 19 pessoas por pavimento e a segunda uma indstria de mdio potencial de risco com um pavimento e 116 pessoas:

a) edificaes com pavimentos compartimentados e riscos isolados, calcula-se o nmero de brigadistas separadamente por grupo de ocupao:

rea administrativa

Populao fixa = 19 pessoas por pavimento (trs pavimentos)

N de brigadistas por pavimento = 10 x 30% + (19-10) x 10% = 3 + 0,9 = 3,9

N de brigadistas por pavimento = 4 pessoas

rea Industrial

Populao fixa = 116 pessoas

N de brigadistas por pavimento = 10 x 50% + (116 - 10) x 7% = 5 + 106 x 7% = 5 + 7,42 = 12,42

N de brigadistas por pavimento = 13 pessoas

N total de brigadistas (rea administrativa + rea industrial)

No total de brigadistas = (4 x 3) + 13 = 12 + 13 = 25

No total de brigadistas = 25 pessoas

b) edificaes sem compartimentao dos pavimentos e sem isolamento dos riscos, calcula-se o nmero de brigadistas atravs do grupo de ocupao de maior risco:

No caso utiliza-se o grupo da rea Industrial

rea Administrativa

Populao fixa = 19 pessoas por pavimento (trs pavimentos)

N de brigadistas por pavimento = 10 x 50% + (19-10) x 7% = 5 + 9 x 7% = 5 + 0,63 = 5,63

N de brigadistas por pavimento = 6 pessoas

rea Industrial

Populao fixa = 116 pessoas

N de brigadistas por pavimento = 10 x 50% + (116 - 10) x 7% = 5 + 106 x 7% = 5 + 7,42 = 12,42

N de brigadistas por pavimento = 13 pessoas

N total de brigadistas (rea administrativa + rea industrial)

No total de brigadistas = (6 x 3) + 13 = 18 + 13 = 31

N total de brigadistas = 31 pessoas

5.1.5 A composio da brigada de incndio deve levar em conta a participao de pessoas de todos os setores.

5.2 Critrios bsicos para seleo de candidatos a brigadista

Os candidatos a brigadista devem atender preferencialmente aos seguintes critrios bsicos:

a) permanecer na edificao;

b) preferencialmente possuir experincia anterior como brigadista;

c) possuir boa condio fsica e boa sade;

d) possuir bom conhecimento das instalaes;

e) ter responsabilidade legal;

f) ser alfabetizado.

NOTA - Caso nenhum candidato atenda aos critrios bsicos relacionados, devem ser selecionados aqueles que atendam ao maior nmero de requisitos.

5.3 Organizao da brigada

5.3.1 Brigada de incndio

A brigada de incndio deve ser organizada funcionalmente como segue:

a) brigadistas: membros da brigada que executam as atribuies de 5.5;

b) lder: responsvel pela coordenao e execuo das aes de emergncia em sua rea de atuao (pavimento/compartimento). escolhido dentre os brigadistas aprovados no processo seletivo;

c) chefe da brigada: responsvel por uma edificao com mais de um pavimento/compartimento. escolhido dentre os brigadistas aprovados no processo seletivo;

d) coordenador geral: responsvel geral por todas as edificaes que compem uma planta. escolhido dentre os brigadistas que tenham sido aprovados no processo seletivo.

5.3.2 Organograma da brigada de incndio

a) O organograma da brigada de incndio da empresa varia de acordo com o nmero de edificaes, o nmero de pavimentos em cada edificao e o nmero de empregados em cada pavimento/compartimento.

b) As empresas que possuem em sua planta somente uma edificao com apenas um pavimento/compartimento, devem ter um lder que deve coordenar a brigada (ver exemplo 1).

c) As empresas que possuem em sua planta somente uma edificao, com mais de um pavimento/compartimento, devem ter um lder para cada pavimento/compartimento, que coordenado pelo chefe da brigada dessa edificao (ver exemplo 2).

d) As empresas que possuem em sua planta mais de uma edificao, com mais de um pavimento/compartimento, devem ter um lder por pavimento/compartimento e um chefe da brigada para cada edificao, que devem ser coordenados pelo coordenador geral da brigada (ver exemplo 3).

5.4 Programa do curso de formao de brigada de incndio

Os candidatos a brigadista, selecionados conforme 5.2, devem freqentar curso com carga horria mnima de 12 h, abrangendo as partes terica e prtica, conforme anexo B. Exceo para o grupo A e divises G-1 e G-2, a carga horria mnima deve ser de 4 h, enfocando apenas a parte de preveno e combate a incndio.

5.4.1 O curso deve enfocar principalmente os riscos inerentes ao grupo de ocupao.

5.4.1.1 Para as edificaes enquadradas no risco alto o curso deve ter carga horria mnima de 16 horas.

5.4.2 A periodicidade do treinamento deve ser de um ano, ou quando houver alterao de 50% dos membros da Brigada.

5.4.3 Aos componentes da brigada que j tiverem freqentado o curso anterior ser facultada a parte terica, desde que o brigadista seja aprovado em pr-avaliao com 70% de aproveitamento.

5.4.4 Aps a formao da brigada de incndio, o profissional habilitado emitir o respectivo atestado, conforme anexo da IT 01.5.4.5 O profissional habilitado na formao de brigada de incndio toda pessoa com formao em Higiene, Segurana e Medicina do Trabalho, devidamente registrado nos Conselhos Regionais competentes ou no Ministrio do Trabalho e os militares das Foras Armadas, das Polcias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, com 2 grau completo e que possua especializao em Preveno e Combate a Incndio (carga horria mnima de 60 horas) e tcnicas de emergncias mdicas (carga horria mnima de 40 horas)

5.4.5.1 Para as edificaes enquadradas no risco alto, o profissional habilitado toda pessoa com curso de engenharia de segurana ou pessoa com curso de nvel superior, devendo possuir tambm curso de no mnimo 100 horas de primeiros socorros e 400 horas de preveno e combate a incndios.

5.4.6 A avaliao terica realizada na forma escrita, preferencialmente dissertativa, conforme parte A do anexo B, e a avaliao prtica realizada de acordo com o desempenho do aluno nos exerccios realizados, conforme parte B do anexo B.

5.5 Atribuies da brigada de incndio

5.5.1 Aes de preveno:

a) avaliao dos riscos existentes;

b) inspeo geral dos equipamentos de combate a incndio;

c) inspeo geral das rotas de fuga;

d) elaborao de relatrio das irregularidades encontradas;

e) encaminhamento do relatrio aos setores competentes;

f) orientao populao fixa e flutuante;

g) exerccios simulados.

5.5.2 Aes de emergncia:

a) identificao da situao;

b) alarme/abandono de rea;

c) acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa;

d) corte de energia;

e) primeiros socorros;

f) combate ao princpio de incndio;

g) recepo e orientao ao Corpo de Bombeiros;

h) preenchimento do formulrio de registro de trabalho dos bombeiros;

i) encaminhamento do formulrio ao Corpo de Bombeiros para atualizao de dados estatsticos.

5.6 Procedimentos bsicos de emergncia

5.6.1 AlertaIdentificada uma situao de emergncia, qualquer pessoa pode alertar, atravs dos meios de comunicao disponveis, os ocupantes e os brigadistas.5.6.2 Anlise da situaoAps o alerta, a brigada deve analisar a situao, desde o incio at o final do sinistro, em havendo necessidade, acionar o Corpo de Bombeiros e apoio externo, e desencadear os procedimentos necessrios, que podem ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com o nmero de brigadistas e os recursos disponveis no local.

5.6.3 Primeiros socorrosPrestar primeiros socorros s possveis vtimas, mantendo ou restabelecendo suas funes vitais com SBV (Suporte Bsico da Vida) e RCP (Reanimao Cardio-Pulmonar) at que se obtenha o socorro especializado.

5.6.4 Corte de energiaCortar, quando possvel ou necessrio, a energia eltrica dos equipamentos, da rea ou geral.

5.6.5 Abandono de reaProceder ao abandono da rea parcial ou total, quando necessrio, conforme comunicao preestabelecida, removendo para local seguro, a uma distncia mnima de 100 m do local do sinistro, permanecendo at a definio final.

5.6.6 Confinamento do sinistroEvitar a propagao do sinistro e suas conseqncias.

5.6.7 Isolamento da reaIsolar fisicamente a rea sinistrada, de modo a garantir os trabalhos de emergncia e evitar que pessoas no autorizadas adentrem ao local.

5.6.8 ExtinoEliminar o sinistro, restabelecendo a normalidade.

5.6.9 InvestigaoLevantar as possveis causas do sinistro e suas conseqncias e emitir relatrio para discusso nas reunies extraordinrias, com o objetivo de propor medidas corretivas para evitar a repetio da ocorrncia.

5.6.10 Com a chegada do Corpo de Bombeiros, a brigada deve ficar sua disposio.

5.6.11 Para a elaborao dos procedimentos bsicos de emergncia deve-se consultar o fluxograma constante no exemplo 4.

5.7 Controle do programa de brigada de incndio

5.7.1 Reunies ordinriasDevem ser realizadas reunies mensais com os membros da brigada, com registro em ata, onde so discutidos os seguintes assuntos:

a) funes de cada membro da brigada dentro do plano;

b) condies de uso dos equipamentos de combate a incndio;

c) apresentao de problemas relacionados preveno de incndios encontrados nas inspees para que sejam feitas propostas corretivas;

d) atualizao das tcnicas e tticas de combate a incndio;

e) alteraes ou mudanas do efetivo da brigada;

f) outros assuntos de interesse.

5.7.2 Reunies ExtraordinriasAps a ocorrncia de um sinistro ou quando identificada uma situao de risco iminente, fazer uma reunio extraordinria para discusso e providncias a serem tomadas. As decises tomadas so registradas em ata e enviadas s reas competentes para as providncias pertinentes.

5.7.3 Exerccios simuladosDeve ser realizado, a cada 6 meses, no mnimo um exerccio simulado no estabelecimento ou local de trabalho com participao de toda a populao. Imediatamente aps o simulado, deve ser realizada uma reunio extraordinria para avaliao e correo das falhas ocorridas. Deve ser elaborada ata na qual conste:

a) horrio do evento;

b) tempo gasto no abandono;

c) tempo gasto no retorno;

d) tempo gasto no atendimento de primeiros socorros;

e) atuao da brigada;

f) comportamento da populao;

g) participao do Corpo de Bombeiros e tempo gasto para sua chegada;

h) ajuda externa (PAM - Plano de Auxlio Mtuo);

i) falhas de equipamentos;

j) falhas operacionais;

l) demais problemas levantados na reunio.

5.8 Procedimentos complementares

5.8.1 Identificao da brigada

a) Devem ser distribudos em locais visveis e de grande circulao, quadros de aviso ou similar, sinalizando a existncia da brigada de incndio e indicando seus integrantes com suas respectivas localizaes.

b) O Brigadista deve utilizar constantemente em lugar visvel um crach que o identifique como membro da Brigada.

c) No caso de uma situao real ou simulado de emergncia, o brigadista deve usar braadeira, colete ou capacete para facilitar sua identificao e auxiliar na sua atuao.

5.8.2 Comunicao interna e externa

a) Nas plantas em que houver mais de um pavimento, setor, bloco ou edificao, deve ser estabelecido previamente um sistema de comunicao entre os brigadistas, a fim de facilitar as operaes durante a ocorrncia de uma situao real ou simulado de emergncia.

b) Essa comunicao pode ser feita atravs de telefones, quadros sinpticos, interfones, sistemas de alarme, rdios, alto-falantes, sistemas de som interno, etc.

c) Caso seja necessria a comunicao com meios externos (Corpo de Bombeiros ou Plano de Auxlio Mtuo) a telefonista ou o rdio-operador a(o) responsvel por ela. Para tanto faz-se necessrio que essa pessoa seja devidamente treinada e que esteja instalada em local seguro e estratgico para o abandono.

5.8.3 Ordem de abandonoO responsvel mximo da brigada de incndio (Coordenador geral, Chefe da brigada ou Lder, conforme o caso) determina o incio do abandono, devendo priorizar o(s) local(is) sinistrado(s), o(s) pavimento(s) superior(es) a este(s), o(s) setor(es) prximo(s) e o(s) local(is) de maior risco.

5.8.4 Ponto de encontroDevem ser previstos um ou mais pontos de encontro dos brigadistas, para distribuio das tarefas conforme 5.6.

5.8.5 Grupo de apoioO grupo de apoio formado com a participao da Segurana Patrimonial, de eletricistas, encanadores, telefonistas e tcnicos especializados na natureza da ocupao.

5.9 Recomendaes gerais

Em caso de simulado ou incndio adotar os seguintes procedimentos:

a) manter a calma;

b) caminhar em ordem sem atropelos;

c) no correr e no empurrar;

d) no gritar e no fazer algazarras;

e) no ficar na frente de pessoas em pnico, se no puder acalm-las, evite-as. Se possvel avisar um brigadista;

f) todos os empregados, independente do cargo que ocupar na empresa, devem seguir rigorosamente as instrues do brigadista;

g) nunca voltar para apanhar objetos;

ao sair de um lugar, fechar as portas e janelas sem tranc-las;

h) no se afastar dos outros e no parar nos andares;

i) levar consigo os visitantes que estiverem em seu local de trabalho;

j) sapatos de salto alto, devem ser retirados;

l) no acender ou apagar luzes, principalmente se sentir cheiro de gs;

m) deixar a rua e as entradas livres para a ao dos bombeiros e do pessoal de socorro mdico;

n) ver como seguro, local pr-determinado pela brigada e aguardar novas instrues;

Em locais com mais de um pavimento:

o) nunca utilizar o elevador;

p) no subir, procurar sempre descer;

q) ao utilizar as escadas de emergncia, descer sempre utilizando o lado direito da escada;

Em situaes extremas:

r) nunca retirar as roupas, procurar molh-las a fim de proteger a pele da temperatura elevada (exceto em simulados);

s) se houver necessidade de atravessar uma barreira de fogo, molhar todo o corpo, roupas, sapatos e cabelo. Proteger a respirao com um leno molhado junto boca e o nariz, manter-se sempre o mais prximo do cho, j que o local com menor concentrao de fumaa;

t) sempre que precisar abrir uma porta, verificar se ela no est quente, e mesmo assim s abrir vagarosamente;

u) se ficar preso em algum ambiente, procurar inundar o local com gua, sempre se mantendo molhado;

v) no saltar mesmo que esteja com queimaduras ou intoxicaes.

5.10 Certificao e avaliao

5.10.1 Os integrantes da brigada de incndio podem ser avaliados pelo Corpo de Bombeiros, durante as vistorias tcnicas, de acordo com o anexo C desta instruo tcnica.

5.10.1.1 Para esta avaliao, o vistoriador deve escolher um brigadista e fazer 6 (seis) perguntas dentre as 23 (vinte e trs) constantes do anexo C. O avaliado deve acertar no mnimo 3 (trs) das perguntas feitas. Quando isto no ocorrer, deve ser avaliado outro brigadista e caso este tambm no acerte o mnimo estipulado acima, deve ser exigido um novo treinamento.

5.10.2 Os profissionais habilitados para formao de brigada de incndio devero apresentar, junto com o atestado de formao da brigada, a sua habilitao especfica.

5.10.3 O descumprimento dos requisitos estabelecidos por esta instruo tcnica ser motivo para o rgo tcnico do Corpo de Bombeiros no fornecer ou cassar o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).

5.10.4 Recomenda-se para os casos isentos de brigada de incndio, a permanncia de pessoas capacitadas a operar os equipamentos de combate a incndio existentes na edificao.

5.10.4.1 (Item excludo)5.10.5 As edificaes que possuem bombeiro profissional civil, que execute exclusivamente servios de preveno e proteo contra incndio, tero decrscimo na proporo de 20% na quantidade mnima de brigadistas, para cada bombeiro, por turno de 24 horas, at o limite de 60%.

5.10.5.1 Os bombeiros profissionais civis, computados para decrscimo, conforme exposto acima, devem ser avaliados pelo Corpo de Bombeiros, durante as vistorias tcnicas, de acordo com o anexo D desta instruo tcnica.

5.10.5.2 Para esta avaliao, o vistoriador deve escolher um bombeiro civil e fazer 8 (oito) perguntas dentre as 30 (trinta) constantes do anexo D. O avaliado deve acertar no mnimo 4 (quatro) das perguntas feitas. Quando isto no ocorrer, deve ser avaliado outro bombeiro e caso este tambm no acerte o mnimo estipulado acima, deve ser exigido a reciclagem nos termos da NBR 14608.

5.10.5.3 A formao e reciclagem do bombeiro profissional civil deve atender as exigncias da NBR 14608.

5.10.6 A edificao que possuir posto de bombeiro interno, com efetivo mnimo de 5 (cinco) bombeiros profissionais civis (por turno de 24 horas) e viatura de combate a incndio devidamente equipada, nos parmetros da NBR 14096 - Viaturas de combate a incndio, estar isenta da exigncia de brigada de incndio.

Exemplos de organogramas de brigadas de incndio:

Exemplo 1: Empresa com uma edificao, um pavimento e cinco brigadistas.

Exemplo 2: Empresa com uma edificao, trs pavimentos e trs brigadistas por pavimento.

Exemplo 3: Empresa com duas edificaes, a primeira com trs pavimentos e dois brigadistas por pavimento, e a segunda com um pavimento e quatro brigadistas por pavimento.

Exemplo 4:

Fluxograma de procedimento de emergncia da brigada de incndio (recomendao)

ANEXO A - Percentual de clculo para composio da brigada de incndio

Populao fixa

por pavimento

Coluna 1Coluna 2

GrupoDivisoDescrioAt 10Acima de 10

A

ResidencialA-1Habitao unifamiliarIsento

A-2Habitao multifamiliarFazem parte da brigada de incndio todos os funcionrios da edificao mais um brigadista (morador) por pavimento

A-3Habitao coletiva (*)50%10%

B

Servio de HospedagemB-1Hotel e assemelhado50%10%

B-2Hotel residencial (**)50%10%

C

ComercialC-1Comrcio com baixa carga incndio40%10%

C-2Comrcio com mdia e alta carga incndio40%10%

C-3Shoppings centers50%20%

D

Servio profissionalD-1Local para prestao de servio profissional ou conduo de negcios30%10%

D-2Agncia bancria40%10%

D-3Servio de reparao (exceto os classificados em G4)40%10%

D-4Laboratrio40%10%

E

Educacional e cultura fsicaE-1Escola em geral40%20%

E-2Escola especial40%20%

E-3Espao para cultura fsica40%20%

E-4Centro de treinamento profissional40%20%

E-5Pr-escolaFaz parte da brigada de incndio todos os funcionrios da edificao

E-6Escola para portadores de deficinciasFaz parte da brigada de incndio toda a populao fixa

F

Local de Reunio Pblica

F-1Local onde h objeto de valor inestimvel100%50%

F-2Local religioso e velrio100%50%

F-3Centro esportivo e de exibio100%50%

F-4Estao e terminal de passageiro60%20%

F-5Arte cnica e auditrio100%50%

F-6Clube social e diverso100%50%

F-7Construo provisria100%50%

F-8Local para refeio60%20%

F-9Recreao pblica40%10%

F-10Exposio de objetos e animais100%50%

G

Servio automotivoG-1Garagem sem acesso de pblico e sem abastecimentoFaz parte da brigada de incndio toda a populao fixa

G-2Garagem com acesso de pblico e sem abastecimentoFaz parte da brigada de incndio toda a populao fixa

G-3Local dotado de abastecimento de combustivelFaz parte da brigada de incndio toda a populao fixa

G-4Servio de conservao, manuteno e reparos50 %10 %

G-5Hangares100 %80 %

H

Servio de sade e institucionalH-1Hospitais veterinrios e assemelhados50%10%

H-2Local onde pessoas requerem cuidados especiais por limitaes fsicas ou mentaisFaz parte da brigada de incndio todos os funcionrios da edificao

H-3Hospital e assemelhado.60%20%

H-4Repartio pblica, edificaes das foras armadas e policiais30%10%

H-5Local onde a liberdade das pessoas sofre restries Faz parte da brigada de incndio todos os funcionrios da edificao

H-6Clnica e consultrio mdico e odontolgico 40%20%

I

IndstriaI-1Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados apresentam baixo potencial de incndio. Locais onde a carga de incndio no chega a 300 MJ/m240%5%

I-2Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados apresentam mdio potencial de incndio. Locais com carga de incndio entre 300 a 1.200 MJ/m250%7%

I-3Locais onde h alto risco de incndio. Locais com carga de incndio superior a 1.200 MJ/m260%10%

J

DepsitoJ-1Depsitos de material incombustvel40%10%

J-2Todo tipo de depsito (baixa carga incndio)40%10%

J-3Todo tipo de depsito (mdia carga incndio)50%20%

J-4Todo tipo de depsito (alta carga incndio)Faz parte da brigada de incndio toda a populao fixa

L

ExplosivosL-1ComrcioFaz parte da brigada de incndio toda a populao fixa

L-2IndstriaFaz parte da brigada de incndio toda a populao fixa

L-3DepsitoFaz parte da brigada de incndio toda a populao fixa

M

EspecialM-1TnelIsento

M-2Tanques ou Parque de tanquesFaz parte da brigada de incndio toda a populao fixa

M-3Central de comunicao e energiaFaz parte da brigada de incndio toda a populao fixa

M-4Propriedade em transformao30%5%

M-5Processamento de lixo50%7%

M-6Terra selvagemIsento

M-7Ptio de containers60%10%

(*) Na diviso A-3 no se aplica o ndice populao fixa com idade acima de 60 anos e abaixo de 18 anos.

(**) Na diviso B-2 o ndice aplica-se somente aos funcionrios da edificao.

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BRIGADISTA

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CHEFE DA BRIGADA

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CHEFE DA BRIGADA

CHEFE DA BRIGADA

COORDENADOR GERAL

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no

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INCNDIO

COMBATE AO

REA

CONFINAMENTO DA

REA

ISOLAMENTO DE

REA

ABANDONO DE

ENERGIA

CORTE DE

SOCORROS

PRIMEIROS

controlado?

O sinistro foi

Fim

Cpia para arquivo

responsveis

Cpia para os setores

Elaborao de relatrio

INVESTIGAO

Socorro especializado

de remoo?

necessidade

H

Incio

ALERTA

Anlise da situao.

emergncia?

H

necessrios.

Procedimentos

H incndio?

H vtimas?

de combate?

necessidade

H

da rea?

confinamento

de

necessidade

H

de rea?

de isolamento

necessidade

H

de rea?

de abandono

necessidade

H

eltrica?

energia

de cortar a

necessidade

H

de socorro?

necessidade

H

Acionamento do Corpo de Bombeiros e apoio externo