istoe gente

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Ediçao 586, 6 de dezembro de 2010.

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Page 1: ISTOE Gente
Page 2: ISTOE Gente

O CASAMENTO ESTÁ MARCADO PARA O DIA 8, mas Danielle Winits e Jonatas Faro viveram um final de semana típico de lua de mel em Búzios, na região dos Lagos. O casal chegou ao balneário na noite da sexta-feira 26 para participar da 16ª edição do Búzios Cine Festival. A mostra exibiu naque-la noite o longa Aparecida, o Milagre, de Tizuka Yamazaki, o primeiro filme da carreira de Jonatas. A exibição estava mar-cada para as 21h, mas o casal chegou meia hora antes, acom-panhado do mãe do ator, Priscila Sereno. Eles posaram para fotos no tapete vermelho, mas se negaram a falar sobre o casamento. “Estou aqui como convidada. A noite é do Jonatas. Viemos para falar do filme”, desconversou a atriz, tentando furar o cerco dos jornalistas poucos minutos antes de entrar no Cine Bardot. O ator seguiu a linha da futura mulher. “Vim aqui para falar sobre o filme”, esquivou-se.

Danielle parecia cansada após quase três horas de viagem de carro, do Rio a Búzios. Depois da exibição do filme, Jonatas ganhou um beijo demorado de Danielle e um abraço da mãe.

MA

RC

ELO

DU

TR

A

Daniele Maia FOTOS Marcelo Fernandes/Ag. IstoÉ

Na piscina do hotel Pérola, Jonatas

acaricia a barriga da namorada

“Fiquei emocionada. Cheguei a chorar. Já sabia algumas coi-sas da história, claro, mas, mesmo assim, ver é bem diferente. Bate mais forte”, dizia a atriz, enquanto Jonatas falava sobre as coincidências que envolveram as filmagens: “A casa escolhida para locação foi a mesma onde minha avó materna (Maria Aparecida) morou até os 15 anos, em Aparecida, interior de São Paulo. Ninguém sabia, foi uma coincidência muito espe-cial. Levei minha mãe para acompanhar o trabalho na casa e ela, assim que chegou, chorou de emoção”, relatou.

O casal ficou poucos minutos no coquetel oferecido pelos organizadores após a sessão e preferiu voltar ao Hotel Pérola, onde estava hospedado, para ficar mais à vontade. Na mesma noite, porém, foram vistos jantando no Bar do Zé, o badalado restaurante da Orla Bardot. A atriz experimentou um prato de espaguete com camarão e rúcula ao molho pomodoro. Jonatas comeu apenas carpaccio de carne e a mãe do ator,

Page 3: ISTOE Gente

O CASAMENTO ESTÁ MARCADO PARA O DIA 8, mas Danielle Winits e Jonatas Faro viveram um final de semana típico de lua de mel em Búzios, na região dos Lagos. O casal chegou ao balneário na noite da sexta-feira 26 para participar da 16ª edição do Búzios Cine Festival. A mostra exibiu naque-la noite o longa Aparecida, o Milagre, de Tizuka Yamazaki, o primeiro filme da carreira de Jonatas. A exibição estava mar-cada para as 21h, mas o casal chegou meia hora antes, acom-panhado do mãe do ator, Priscila Sereno. Eles posaram para fotos no tapete vermelho, mas se negaram a falar sobre o casamento. “Estou aqui como convidada. A noite é do Jonatas. Viemos para falar do filme”, desconversou a atriz, tentando furar o cerco dos jornalistas poucos minutos antes de entrar no Cine Bardot. O ator seguiu a linha da futura mulher. “Vim aqui para falar sobre o filme”, esquivou-se.

Danielle parecia cansada após quase três horas de viagem de carro, do Rio a Búzios. Depois da exibição do filme, Jonatas ganhou um beijo demorado de Danielle e um abraço da mãe.

MA

RC

ELO

DU

TR

A

Daniele Maia FOTOS Marcelo Fernandes/Ag. IstoÉ

Na piscina do hotel Pérola, Jonatas

acaricia a barriga da namorada

“Fiquei emocionada. Cheguei a chorar. Já sabia algumas coi-sas da história, claro, mas, mesmo assim, ver é bem diferente. Bate mais forte”, dizia a atriz, enquanto Jonatas falava sobre as coincidências que envolveram as filmagens: “A casa escolhida para locação foi a mesma onde minha avó materna (Maria Aparecida) morou até os 15 anos, em Aparecida, interior de São Paulo. Ninguém sabia, foi uma coincidência muito espe-cial. Levei minha mãe para acompanhar o trabalho na casa e ela, assim que chegou, chorou de emoção”, relatou.

O casal ficou poucos minutos no coquetel oferecido pelos organizadores após a sessão e preferiu voltar ao Hotel Pérola, onde estava hospedado, para ficar mais à vontade. Na mesma noite, porém, foram vistos jantando no Bar do Zé, o badalado restaurante da Orla Bardot. A atriz experimentou um prato de espaguete com camarão e rúcula ao molho pomodoro. Jonatas comeu apenas carpaccio de carne e a mãe do ator,

O casal passeou de mãos dadas pelo balneário

no sábado 27

Após a exibição

do filme Aparecida, o Milagre, de Tizuka

Yamazaki, o carinho entre

os atores

MA

RC

ELO

DU

TR

A

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Em sua 16ª edição, o Búzios Cine Festival levou ao balneário mais charmoso do Rio de Janeiro um time de artistas. Além de Danielle Winits e Jonatas Faro, Giulia Gam, Maria Paula, Bruno Garcia, Ingrid Guimarães, Marcos Paulo e Nanda Costa também passaram por lá. Cleo Pires, com a agenda apertada com as gravações de Araguaia, fez um bate e volta na quinta-feira 25, para divulgar o filme Qualquer Gato Vira-lata Tem uma Vida Sexual Mais Sadia que a Nossa. Apesar da badalação, o movimento foi menor do que nos anos anteriores. O comentário geral era de que a onda de violência no Rio tinha afastado muitas pessoas.

Acima, Giulia Gam, Marcos Paulo e Antônia Fontenelle. À esq., Márcio Garcia

Cleo Pires

FR

AN

CIS

CO

SIL

VA

/ A

G. N

EW

S

salada verde. Já o ator pediu uma caipirinha de maracujá para brindar o momento, enquanto Danielle, grávida de quatro meses, foi precavida e ficou no suco de laranja com morango. Depois receberam, como cortesia do restaurante, uma sobre-mesa de laranja lene – gominhos de laranja com calda feita da casca, amêndoas torradas e sorvete de creme.

No dia seguinte, o casal passou a manhã na piscina do hotel e não foi à praia. Para comemorar a estreia de Jonatas no cinema, pediram champanhe. Carinhoso, Jonatas acariciava a barriga de Danielle enquanto tomavam sol. Depois, fizeram massagem relaxante no spa do hotel. À tarde, os dois fizeram um passeio pela rua das Pedras, point tradicional da cidade. Danielle tentava passar despercebida e não tirou o chapéu e os óculos escuros durante todo o tempo. No passeio, encon-traram o casal Marcos Paulo e Antônia Fontenelle. A mulher do diretor levou Danielle para conhecer sua loja de roupas, a Madame Simões. Lá, a atriz se encantou e levou para casa um vestido longo branco, de R$ 290.

À noite, jantaram no restaurante Tartaruguinha Fish House, também na Orla Bardot. Curiosamente, na noite do mesmo sábado 27, Danielle era esperada em São Paulo para um evento em uma casa noturna onde seria a DJ convidada. A atriz, contudo, alegou um mal-estar para desconfirmar sua presença. Segundo Priscila, a mãe de Jonatas, porém, a atriz já havia cancelado sua ida a São Paulo antes de chegar a Búzios: “Não, ela não passou mal, não. Muito pelo contrário. Passou foi bem demais. A cidade é linda, o sol está uma delícia Então, resolvemos ficar o final de semana todo”, entregou a sogra. Já no início da tarde de domingo, com a cidade mais vazia e sem o assédio da imprensa, Danielle e Jonatas curtiram a praia de Geribá. De biquíni branco, a atriz exibiu a barriguinha de quatro meses. No final da tarde, o casal e a sogra deixaram o balneário de carro rumo ao Rio.

Danielle exibiu a barriguinha de quatro meses de gravidez ao lado de Jonatas, na sexta-feira 26

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Em sua 16ª edição, o Búzios Cine Festival levou ao balneário mais charmoso do Rio de Janeiro um time de artistas. Além de Danielle Winits e Jonatas Faro, Giulia Gam, Maria Paula, Bruno Garcia, Ingrid Guimarães, Marcos Paulo e Nanda Costa também passaram por lá. Cleo Pires, com a agenda apertada com as gravações de Araguaia, fez um bate e volta na quinta-feira 25, para divulgar o filme Qualquer Gato Vira-lata Tem uma Vida Sexual Mais Sadia que a Nossa. Apesar da badalação, o movimento foi menor do que nos anos anteriores. O comentário geral era de que a onda de violência no Rio tinha afastado muitas pessoas.

Acima, Giulia Gam, Marcos Paulo e Antônia Fontenelle. À esq., Márcio Garcia

Cleo Pires

FR

AN

CIS

CO

SIL

VA

/ A

G. N

EW

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salada verde. Já o ator pediu uma caipirinha de maracujá para brindar o momento, enquanto Danielle, grávida de quatro meses, foi precavida e ficou no suco de laranja com morango. Depois receberam, como cortesia do restaurante, uma sobre-mesa de laranja lene – gominhos de laranja com calda feita da casca, amêndoas torradas e sorvete de creme.

No dia seguinte, o casal passou a manhã na piscina do hotel e não foi à praia. Para comemorar a estreia de Jonatas no cinema, pediram champanhe. Carinhoso, Jonatas acariciava a barriga de Danielle enquanto tomavam sol. Depois, fizeram massagem relaxante no spa do hotel. À tarde, os dois fizeram um passeio pela rua das Pedras, point tradicional da cidade. Danielle tentava passar despercebida e não tirou o chapéu e os óculos escuros durante todo o tempo. No passeio, encon-traram o casal Marcos Paulo e Antônia Fontenelle. A mulher do diretor levou Danielle para conhecer sua loja de roupas, a Madame Simões. Lá, a atriz se encantou e levou para casa um vestido longo branco, de R$ 290.

À noite, jantaram no restaurante Tartaruguinha Fish House, também na Orla Bardot. Curiosamente, na noite do mesmo sábado 27, Danielle era esperada em São Paulo para um evento em uma casa noturna onde seria a DJ convidada. A atriz, contudo, alegou um mal-estar para desconfirmar sua presença. Segundo Priscila, a mãe de Jonatas, porém, a atriz já havia cancelado sua ida a São Paulo antes de chegar a Búzios: “Não, ela não passou mal, não. Muito pelo contrário. Passou foi bem demais. A cidade é linda, o sol está uma delícia Então, resolvemos ficar o final de semana todo”, entregou a sogra. Já no início da tarde de domingo, com a cidade mais vazia e sem o assédio da imprensa, Danielle e Jonatas curtiram a praia de Geribá. De biquíni branco, a atriz exibiu a barriguinha de quatro meses. No final da tarde, o casal e a sogra deixaram o balneário de carro rumo ao Rio.

Danielle exibiu a barriguinha de quatro meses de gravidez ao lado de Jonatas, na sexta-feira 26

Daniele Maia

FOTOS Marcelo Fernandes

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No camarim, o carinho entre os

dois: “Acho que fui o primeiro que

entendeu meu pai completamente e

vice-versa”, diz Fiuk

PASSAVA DA MEIANOITE da quarta-feira 18. Fábio Jr. e Fiuk haviam gravado inúmeras cenas para o especial de fim de ano da Globo Tal Filho, Tal Pai, que irá ao ar em 28 de dezembro. Não havia, entretanto, qualquer sinal de cansaço dos dois artistas. “Descansar que nada! Hoje eu quero é comemorar muito”, dizia um empolgado Fábio Jr. Visivelmente emocionado, o cantor e ator de 57 anos não parava de falar do orgulho de contracenar pela primeira vez com o filho.

O programa também marca a volta dele à televisão depois de 12 anos sem atuar. Sua última novela foi Corpo Dourado, em 1998. Na balança, a carreira de ator perdeu espaço para a de cantor. Mas Fábio diz que, ao receber o convite para o especial, não pensou duas vezes: “Caramba! É claro que aceitei pelo prazer de trabalhar com meu filhote. Não perderia essa oportunidade por nada”. Ele não descarta voltar a fazer uma novela só para atuar novamente ao lado de Fiuk: “Fazer nove-la é um barato, mas demora muito tempo. Como estou sempre na estrada fazendo shows, é difícil conciliar. Mas por esse moleque aqui, toparia fazer mais uma!”, disse. Por enquanto, o único pro-jeto concreto é uma parceria musical: a gravação de um DVD pela Warner Music.

Tal Filho, Tal Pai mistura a vida real com ficção. Fábio e Fiuk interpretam eles mesmos: o garoto fica famoso e participa de um clipe do pai, um cantor consagrado. A música esco-

lhida é “Vinte e Poucos Anos”, sucesso de Fábio já cantado por Fiuk. Mas as semelhanças param por aí. No programa, o veterano ajuda o filho em início de carreira, mas Fábio nega que o mesmo tenha acontecido quando Fiuk se lançou como ator e cantor: “O moleque é obstinado, focado. Correu atrás do sonho dele. Me surpreende que tudo tenha acontecido assim tão rápido, mas posso garantir: minha ajuda foi só nos bastidores, dando apoio incondicio-nal, sempre”. Gente acompanhou a gravação do clipe, na Marina da Glória, no Rio, e foi testemunha da cumplicidade e carinho entre os dois.

A noite estava quente, mas uma chuvinha fina caía na cidade na noite da gravação do especial. Com o corre-corre e a ventania no rosto, o cabelo de Fábio insistia em ficar desalinhado. Vaidoso, ele não escondia a preocupação com o visual. “Me traz um espelho, por favor? Estou todo suado, todo desgre-nhado.” Retoque na maquiagem e no penteado, e ele volta ao set. Não sem antes ouvir um grito de “gostosoooo” de uma fã mais animadinha.

Fiuk faz questão de dizer que Fábio nunca lhe facilitou a vida. Quando algo não estava bom, o cantor não poupava críticas ao filho. Quando se

tornou um ídolo teen, ele teve no pai um conselheiro: “Nunca beije a boca da ilusão”, disse Fábio. O conselho, segundo Fiuk, o faz manter os pés no chão. “Não sou de me des-lumbrar, não. Sou o mesmo cara de antes. Normal. E devo isso a ele.”

Nesses quase dois anos de sucesso, Fiuk ainda não se acostumou totalmente à rotina de autógrafos e fotos. Em alguns momentos, mais parece um menino sem graça do que um ídolo. “Pô, véio, posso ver como ficaram as fotos?”, pede a um fotógrafo que registra a gravação. Ao ver as imagens na câmera digi-tal, comenta: “Não adianta. Me acho o maior coxinha quando saio em foto rindo”, diz. “Coxinha?” pergunta uma repórter não fami-liarizada com a gíria paulista. “É...é algo tipo almofadinha, entende?”, explica ele.

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que é trabalho”, diz. Na história, a namorada de Fiuk é uma mulher indepen-dente e mais velha como Natália, vivida pela atriz Amanda Richter.

Terminado o trabalho, a equipe técnica do especial entra no set com um bolo de chocolate, vela acesa e cantando “Parabéns pra Você”. A cena não estava no script e surpreende pai e filho que se olham sem entender direito. Fábio custou a perceber que o bolo era para ele, que havia feito aniversário três dias antes. Ainda surpreso, ele levantou e agradeceu com seu clássico “Brigaduuuuuuuu”.

No dia em que souberam do especial, Fiuk e Fábio se emocionaram: “Ah, chorei feito criança”, entrega Fábio. Fiuk aproveita para fazer uma declaração de amor ao pai: “Cara, ninguém entende direito a vida de músico. A gente precisa dos nossos momen-tos reclusos, pra compor, pra se inspirar, pra ensaiar. Acho que fui o primeiro que enten-deu meu pai completamente e vice-versa”.

No que se refere ao sucesso com as mulheres, Fiuk também segue o mesmo caminho do pai. Apesar de todo assédio, ele garante que está firme e forte com a publici-tária Natália Franscino, 28 anos, sua namora-da há três anos. “Putz, Natália é campeã. Por ser mais velha, é tranquila, segura. Sinceramente, se estivesse no lugar dela, não sei se ia aguentar, não. Sou ciumento, admito.” Ele conta que nem as cenas mais ousadas do especial tiram a segurança da moça: “Ela sabe

Amanda Richter interpreta a

namorada de Fiuk em Tal Filho, Tal Pai

No final das gravações, um

bolo e parabéns para

Fábio, que havia feito

aniversário três dias antes

O ator Eri Johnson vive um empresário picareta no programa e raspou a cabeça especialmente para o papel

Page 8: ISTOE Gente

A árvore do apartamento da

apresentadora tem enfeites

como bonecos de neve, papais noéis

e típicos doces natalinos

Page 9: ISTOE Gente

A árvore do apartamento da

apresentadora tem enfeites

como bonecos de neve, papais noéis

e típicos doces natalinos

Page 10: ISTOE Gente

Significa tudo. Porque o Natal agora vai fazer sentido nas nos-sas vidas. Agora tem outro sabor. Quando se perde as pessoas da família, o Natal fica um pouco sem razão de ser. Apesar de que sempre fiz questão de celebrar. Acho uma data tão bacana de reunir, não importa quantos familiares você tenha.

Não tenho dúvidas. Quando acabou a montagem da árvore, eu já fiquei com lágrimas nos olhos. Poder proporcionar para o meu filho o que eu não tive me emociona.

“Vittorio foi muito desejado, então, temos mais é que comemorar.

Dá gosto montar a árvore. Voltou a ter sentido os

presentes”, conta Adriane

Éramos só eu, minha mãe e minha tia. Mas sempre fiz um jantar, não no 24 de dezembro. Fazia uma semana antes, para comemorar com os meninos que trabalham comigo, que não são família, mas são grandes amigos. Mas na noite do Natal mesmo, a gente sempre viajava, cada ano num lugar. Já passei a meia-noite dentro de avião. Sempre celebrei o Natal com a minha mãe, o Réveillon não necessariamente. Natal é uma data que a gente relembra coisas demais. Não é para se entristecer, mas no final você acaba ficando melancólica. Mas agora tem um brilho especial. O Vittorio é o primeiro neto, primeiro sobrinho, então, está sendo muito importante para a minha família e para a do Alexandre. Ele foi muito desejado, muito amado, então, temos mais é que comemorar. Dá gosto montar a árvore. Voltou a ter sentido os presentes, o Papai Noel...

Minha família não tinha dinheiro, mas nunca faltou amor e carinho. Nossa árvore era pequena, prateada, com umas poucas bolas azuis. Eu adorava, enchia minha mãe para montarmos antes da hora. Eu sempre quebrava algumas bolas. Me lembro de uma vez ter pedido de presente um pianinho azul de madei-ra. Sumiram com ele uma semana depois, de tanto barulho que eu fazia (risos). Outra lembrança é de quando a professora do pré-primário me contou a verdade sobre o Papai Noel. Foi um choque, me senti enganada.

Sim, procurei uma árvore com tema infantil, bem colorida. Já tinha uma outra, mas era de adulto, com bolas. Queria uma árvore que representasse o primeiro Natal do Vittorio.

Os enfeites na entrada do apartamento

Page 11: ISTOE Gente

Significa tudo. Porque o Natal agora vai fazer sentido nas nos-sas vidas. Agora tem outro sabor. Quando se perde as pessoas da família, o Natal fica um pouco sem razão de ser. Apesar de que sempre fiz questão de celebrar. Acho uma data tão bacana de reunir, não importa quantos familiares você tenha.

Não tenho dúvidas. Quando acabou a montagem da árvore, eu já fiquei com lágrimas nos olhos. Poder proporcionar para o meu filho o que eu não tive me emociona.

“Vittorio foi muito desejado, então, temos mais é que comemorar.

Dá gosto montar a árvore. Voltou a ter sentido os

presentes”, conta Adriane

Éramos só eu, minha mãe e minha tia. Mas sempre fiz um jantar, não no 24 de dezembro. Fazia uma semana antes, para comemorar com os meninos que trabalham comigo, que não são família, mas são grandes amigos. Mas na noite do Natal mesmo, a gente sempre viajava, cada ano num lugar. Já passei a meia-noite dentro de avião. Sempre celebrei o Natal com a minha mãe, o Réveillon não necessariamente. Natal é uma data que a gente relembra coisas demais. Não é para se entristecer, mas no final você acaba ficando melancólica. Mas agora tem um brilho especial. O Vittorio é o primeiro neto, primeiro sobrinho, então, está sendo muito importante para a minha família e para a do Alexandre. Ele foi muito desejado, muito amado, então, temos mais é que comemorar. Dá gosto montar a árvore. Voltou a ter sentido os presentes, o Papai Noel...

Minha família não tinha dinheiro, mas nunca faltou amor e carinho. Nossa árvore era pequena, prateada, com umas poucas bolas azuis. Eu adorava, enchia minha mãe para montarmos antes da hora. Eu sempre quebrava algumas bolas. Me lembro de uma vez ter pedido de presente um pianinho azul de madei-ra. Sumiram com ele uma semana depois, de tanto barulho que eu fazia (risos). Outra lembrança é de quando a professora do pré-primário me contou a verdade sobre o Papai Noel. Foi um choque, me senti enganada.

Sim, procurei uma árvore com tema infantil, bem colorida. Já tinha uma outra, mas era de adulto, com bolas. Queria uma árvore que representasse o primeiro Natal do Vittorio.

Os enfeites na entrada do apartamento

O bebê, de 4 meses, ficou hipnotizado com as cores e as luzes da decoração, segundo Adriane. Nos detalhes, os brinquedos de Natal que tocam música, presentes da mãe da apresentadora, Ema Galisteu

Ele ficou hipnotizado pela cor e pelas luzes. E também pelos brinquedos natalinos que a avó comprou, que tocam música. Não vejo a hora em que ele esteja ajudando a montar a decoração.

Não, na casa dos pais do Alexandre. A mãe dele faz questão, é uma tradição. A família é grande, é mega divertido, é aquele Natal que eu sempre quis. Depois, no dia 25, viajamos. Pela primeira vez em seis anos, vou passar o Réveillon no Brasil. Vamos para a casa do Alexandre na praia de Camburizinho (litoral norte de SP) com a família, porque todo mundo quer ficar perto do Vittorio. Tinha pensado em ir para o Exterior, mas ele é muito novo para pegar voos longos. Apesar de ele ter se comportado super bem quando fomos para Salvador no avião da Claudinha (Leitte). Tive medo que tivesse dor de ouvido e estranhasse, mas não. Fiquei medro-sa depois de ser mãe. Já saltei de paraquedas duas vezes, hoje não teria mais coragem. Fico apavorada quando o Vittorio chora. O Alexandre é mais calmo nessas horas.

A casa já está ficando também com a cara do Ale, os quadros da sala são dele. Ele pintou o que está do lado da lareira. Trouxemos uns chifres da África que estavam na parede da casa dele e vieram para cá agora.

Depois de todas as dificuldades iniciais, está sendo um prazer. Meu bico assou, sangrou, eu chorei. Achei que não fosse conseguir. Tem um romance em torno da amamentação, parece que é fácil, mas não é. Mas se persistir por três ou quatro dias, você consegue. Agora, além do peito, ele já está tomando complemento.

Page 12: ISTOE Gente

Capa

Thaís Botelho FOTOS Pedro Dias/ Ag. IstoÉ

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Capa

Thaís Botelho FOTOS Pedro Dias/ Ag. IstoÉ

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ERAM 19H20 DO SÁBADO 27. O sol já baixava no hori-zonte em Itatiba, cidade do interior de São Paulo, e uma brisa leve anunciava a chegada da noite, quando Adriane Galisteu reapareceu caminhando sobre a grama, ao lado do marido, Alexandre Iodice, e carregando nos braços o filho Vittorio, de 4 meses. O pequeno estava com os olhinhos esverdeados abertos, depois de uma tarde de sono. Calmo, Vittorio recebia os carinhos da mãe, que o embalava em um dos jardins do SPA 7 Voltas, a cerca de 85 quilômetros da capital. A festa dupla armada pela apresentadora – a de bên-ção de alianças com o marido e o batizado do menino – ainda rolava, com o DJ Zé Pedro, velho amigo de Adriane, mandando um “Ilê Ayê”, de Daniela Mercury, nas carrapetas. Mas o clima era de paz, a ponto de Vittorio, a essa altura no colo do pai, ir aos poucos se deixando levar pelo sono.

O cansaço do menino tinha razão de ser. O dia do seu batizado começou às 6h30 da manhã, com um gostoso banho de sol, acompanhado de uma de suas duas babás. Noventa minutos depois, hora de mamar. Mamãe já acorda-da e começando a arrumação para a festa que aconteceria logo mais. Às 11h40, Vittorio e seus pais deixaram os quar-tos 23 e 24 em direção à capela. A passos lentos, a mãe o levava dormindo em um baby sling com o mesmo bordado do vestido de noiva, da estilista inglesa Stella McCartney, na cor off white. De mãos dadas, o casal sorria e cumprimenta-va os convidados, todos vestidos de branco – condição especificada no convite –, espalhados pelo trajeto.

Alexandre e Adriane caminham com Vittorio nos braços em direção à capela. “Tudo foi muito emocionante”, disse a apresentadora

Um quarteto de cordas – dois violinos, um violoncelo e uma viola – entoava o “3º Movimento de Vivaldi, Allegro de Primavera” , só interrompido com a leitura de Tobias, feita pelo padre Paulo Geraldo, da Igreja Católica Apostólica Brasileira. Vittorio permaneceu em seu sono inabalável quando, pouco antes do meio-dia, veio o batizado. No colo de dois dos padrinhos, Camila Iodice e o marido, Christian, veio o susto: água benta, fria, na cabeça da criança. Vittorio despertou na hora! Claro... “Olha, filho! Que legal!”, tentava a mãe distraí-lo, ao lado da avó materna, Emma, e dos avós paternos, Valdemar e Suely Iodice, além de Nelson Sacho, assessor da apresentadora e padrinho de Vittorio. “O Vittorião nem chorou”, disse o tio, Adriano Iodice.

À esquerda, o beijo dos noivos. Acima, o

batismo de Vittorio e, ao lado, Adriane

brinca com a chupeta do filho

No alto da página, o altar decorado com flores brancas e os noivos durante a cerimônia. Acima,

Adriane beija o filho cercada por Myriam Abicair, dona do spa, e pelas avós de Vittorio,

Emma Galisteu e Suely Iodice

Page 15: ISTOE Gente

Um quarteto de cordas – dois violinos, um violoncelo e uma viola – entoava o “3º Movimento de Vivaldi, Allegro de Primavera” , só interrompido com a leitura de Tobias, feita pelo padre Paulo Geraldo, da Igreja Católica Apostólica Brasileira. Vittorio permaneceu em seu sono inabalável quando, pouco antes do meio-dia, veio o batizado. No colo de dois dos padrinhos, Camila Iodice e o marido, Christian, veio o susto: água benta, fria, na cabeça da criança. Vittorio despertou na hora! Claro... “Olha, filho! Que legal!”, tentava a mãe distraí-lo, ao lado da avó materna, Emma, e dos avós paternos, Valdemar e Suely Iodice, além de Nelson Sacho, assessor da apresentadora e padrinho de Vittorio. “O Vittorião nem chorou”, disse o tio, Adriano Iodice.

À esquerda, o beijo dos noivos. Acima, o

batismo de Vittorio e, ao lado, Adriane

brinca com a chupeta do filho

No alto da página, o altar decorado com flores brancas e os noivos durante a cerimônia. Acima,

Adriane beija o filho cercada por Myriam Abicair, dona do spa, e pelas avós de Vittorio,

Emma Galisteu e Suely Iodice

Page 16: ISTOE Gente

Entre os cerca de 400 convidados que acompa-nharam a liturgia de 24 minutos, a jornalista Glória Maria, junto das filhas, Maria, de 2 anos e 10 meses, e Laura, de 1 ano e 10 meses, atendeu uma vontade das meninas: pedir para o músico Heitor Fujinami tocar uma canção especialmente para elas. “Minhas filhas fazem aula de música no Rio. Elas adoram”, explicou Glória, enquanto can-tava trechos da música “Triste”, do compositor Tom Jobim, segurando as duas meninas no colo. “Aqui só tem baiano”, brincava a apresentadora Astrid Fontenelle, ao mostrar para o filho, Gabriel, as meninas da colega Glória Maria, já que as três crianças nasceram em Salvador.

Parênteses: momento saia-justa – sem trocadilho – da festa. A noiva encontra Geyse Arruda, polêmica estudante universitária que ganhou fama repentina por conta do lamentável episódio que viveu na facul-dade: fora hostilizada pelos colegas por conta de um vestido ousado que usava. “Oi, querida! Você veio com quem?”, perguntou Adriane, simpática. Geyse acom-panhava o sapateiro Fernando Pires e vestia um tomara-que-caia de renda justésimo.

A noiva estava linda. O noivo, impecável. Mas todos queriam paparicar Vittorio. “Minha ficha está começando a cair. Vittorio é a cara do Alexandre e tem o corpo e o jeito da família, com os olhinhos vivos. Quero mostrar pro meu neto que sou jovem e descolado”, disse Valdemar Iodice. A avó Emma Galisteu também comemorava a nova fase da vida da família. “Meu neto é uma bênção. Eu estou me surpreendendo muito com Adriane, que era desas-trada e estabanada. Hoje, ela faz tudo e é uma ótima mãe”, contou ela. “Este lugar tem muito a ver comigo. Além disso, hoje é o dia de Nossa Senhora das Graças e, durante minha gravidez, eu rezei muito para o Vittorio nascer bem e saudável”, comemorava Adriane, que distribuiu 600 medalhi-nhas de ouro da santa milagrosa, trazidas de Paris pelo amigo Bruno Astuto, colunista carioca.

Um contratempo fez com que a madrinha de Vittorio se atrasasse. A cantora Claudia Leitte teve problemas para embarcar no helicóptero em São Paulo e precisou viajar até Itatiba de carro mesmo.

Resultado: chegou uma hora depois da cerimô-nia, às 13h15. “Me ligaram em cima da hora, dizendo que não daria mais pra vir de helicóp-tero. Viemos de carro, na última hora. Foi uma loucura”, explicou Claudia, uma das melhores amigas de Adriane, que disse ainda ter errado o caminho na estrada. “Fiquei muito tensa, agora preciso relaxar”, emendou a cantora, que vestia uma bata Oscar de La Renta comprada espe-cialmente para a ocasião. Junto com o marido, Marcio Pedreira, Claudia levou o filho Davi, de um 1 e 10 meses, que pouco saiu do colo da

Os noivos com o filho, Vittorio, e os avós, Emma, Suely e Valdemar

O bolo assinado por Isabela Suplicy

Isabella Fiorentino

Astrid Fontenelle e o filho, Gabriel

Ricardo Almeida e Daiane Meuer

À esq., Piny Montoro e ao lado da noiva, Roberto Migotto

Luis Gustavo e Cris Botelho

Kaká Moraes, Gianne Albertoni, Alexandre e Vittorio Iodice

Márcio Pedreira com o filho, Davi, Emma Galisteu, Claudia Leitte e os noivos

Beth Szafir e Fábio Arruda

Ara VartanianBruno Astuto

Nelson Sascho

Page 17: ISTOE Gente

No alto, Davi brinca com a babá e Jorge, o cachorro de Adriane. Acima, a família reunida. Ao lado, o abraço da noiva em Claudia Leitte e a brincadeira de Davi e Vittorio, no colo das mães

Geisy Arruda posa na festa. “Você veio com quem, querida?”, perguntou Adriane

Dody e Fernanda Sirena

Acima, Glória Maria com as filhas, Maria (à frente) e Laura. Abaixo, canta Tom Jobim para as meninas

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Acima, a apresentadora leva o marido para a pista de dança

improvisada sobre o gramado. À esquerda, com o DJ Zé Pedro.

Abaixo, a dança dos noivosmãe. “Ele é muito ciumento comigo. Mas eu tinha de trazê-lo”, contou a cantora. “Eu amo Adriane, ela é minha irmã. Ainda estou chateada com o atraso, mas o importante é que eu estou aqui”, conformou-se ela, que precisou sair mais cedo da festa por conta de um show que faria em São Luís do Maranhão ainda no sábado.

Próximo à piscina do spa, o gramado fez as vezes de pista de dança. João Gordo, Zé Pedro e Fernando Gamba se reveza-ram nas pick-ups, que tocaram desde Aretha Franklin até música eletrônica. “Dri, vem dançar!”, insistia Alexandre para a mulher, que passou parte da festa entretida com os truques do ilusionista Philip Blue. Por volta das 15h, o casal finalmente se juntou aos animados convidados.

A festa acabou depois das 21h, com parte dos presentes dentro da piscina de roupa e tudo. Adriane tirou o vestidoe entrou na água com a segunda pele. “Queria reunir meus amigos. Tudo foi muito emocionante”, festejou ela, que embarcou em lua de mel para Las Vegas na segunda-feira 29, onde ficará por oito dias. “Vou morrer de saudades do meu filho. Mas faz tempo que eu não namoro e preciso dar beijo na boca”, brincou a apresentadora. “Talvez eu seja o único homem que se casou três vezes em menos de seis meses. Adriane vai ter que se casar comigo toda hora”, completou o noivo. O casal já havia feito o primeiro casamento no civil, em junho deste ano, antes do nascimento de Vittorio. E, confor-me a própria Adriane brincou, os dois deverão se casar em Las Vegas de novo, naqueles templos que fazem casamentos à jato e já viraram tradição na cidade.

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O comentário nas mesas e rodas de convidados incluíam a produção impecável da festa. A organização ficou à cargo de Andrea Guimarães, que escalou uma espécie de dream team dos casórios estrelados para tor-nar a tarde inesquecível para os noivos e seus convida-dos. Responsável pela decoração, Vic Meirelles encheu o local de flores. “Ela pediu que ficasse rústico para não perder a identidade do lugar”, contou Vic, que usou 2.400 rosas brancas, mais 2.400 rosas amarelas, 500 vasos de hortênsias de diversas cores, além de bromélias, lírios e chuvas-de-prata. Para acomodar parte das flores, caixas de madeira foram pirografadas com o nome de Vittorio, na grafia de Adriane. O cardápio do almoço, elaborado pelo banqueteiro Toninho Mariutti, incluiu pratos como arroz de bacalhau com camarão e picadi-nho de filé-mignon guarnecido de arroz biro-biro, faro-fa e banana empanada. Duas mesas de doces foram montadas na sala principal do SPA, somando três mil guloseimas assinadas pela doceira Danielle Andrade e pela loja Brigaderia. O bolo de quatro andares, de nozes, era de Isabela Suplicy. “A data estava reservada para Adriane há cinco meses. E não poderia ser diferente. Aqui já é sua segunda casa”, contou a empresária Myriam Abicair, dona do spa, que fechou o lugar para o evento. Após a festa, que durou mais de dez horas, 64 convidados dormiram no local, ocupando 33 quartos.

No alto da página, Glória Maria ao lado de Adriane. Acima, Vittorio dorme no colo do pai, Alexandre, e

do avô, Valdemar. Ao lado, o casal brinca com o filho

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Divertido, Ricardo Darín brinca com as câmeras na Cinemateca Brasileira em São Paulo

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Divertido, Ricardo Darín brinca com as câmeras na Cinemateca Brasileira em São Paulo

RICARDO DARÍN É UM DOS ATORES mais importantes da América Latina na atu-alidade. Assim foi introduzido a uma plateia de jornalistas o homenageado na 5ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos, realizada recentemente em São Paulo. Embora forte, esta afirmação não soou como um elogio jogado irresponsavelmente para agradar ao convidado. Ela é sustentada pela obra desse argentino que protagonizou filmes como O Filho da Noiva, Nove Rainhas e, mais recen-temente, O Segredo de Seus Olhos, vencedor do Oscar de filme estrangeiro em 2010. Filho de atores, Darín começou a carreira cedo. Aos 12 anos, já emprestava sua voz ao rádio e estreava com pequenas participações no cinema. Aos 20, era galã de novelas e seria-dos na tevê e se “especializava” em comédias românticas. Mas foi aos 40 que o ator come-çou a conquistar notoriedade. Com o drama El Mismo amor, La Misma Lluvia, de Juan José Campanella, Darín abriu as portas do reconhecimento internacional. Hoje, aos 53, todos os filmes com os quais se envolve são aplaudidos pelo público e pela crítica. Seu novo projeto, Abutres, que narra uma história de amor que nasce em meio ao duro contexto da exploração das indeniza-ções provenientes de acidentes de trânsito em Buenos Aires, chega aos cinemas brasi-leiros na sexta-feira 3, já como o indicado argentino para concorrer ao Oscar de filme estrangeiro em 2011.

Longe da tão famosa prepotência dos portenhos, mas com a ironia e o humor refinado que lhes é característico, este buenairense não se dá a mesma importância com que é apresentado e tampouco o mérito de tantos sucessos na carreira. “Eu tenho sorte”, afirma com simplicidade quando perguntado sobre os filmes que estrelou. “Tive muitíssima sorte porque sempre encontrei pessoas dispostas a confiar em mim. Se não fosse por elas, não teria feito absolutamen-te nada por dois motivos fundamentais: primeiro, porque sou muito covarde e, segundo, porque sou muito vagabun-do”, disse sem tom de brincadeira.

Em uma longa entrevista, que mais parecia uma conver-sa graças à simpatia e leveza de Darín, o ator contou que os pais não queriam que ele fosse ator, falou sobre cinema na América Latina, sobre a mobilização social causada pelo filme Abutres na Argentina e, divertido, negou o rótulo de galã afirmando que não se considera um ícone de beleza sob nenhum aspecto.

“Meus pais não queriam que eu fosse ator, queriam que eu fosse advogado ou astronauta. Mas penso que a maior influência que tiveram sobre mim foi que me fizeram conhecer a ‘cozinha’ da profissão e, por isso, existem muitos tabus que eu nunca tive. Nunca tive, por exemplo, medo do ridículo. Por vir de uma família sem estabilidade econômi-ca, quando me ofereciam um trabalho, eu aceitava com alegria e não pensava se ia me trazer prestígio ou não.”

“Esse rótulo (de galã) para mim é muito estranho. Realmente sou uma pessoa muito sortuda porque, com este nariz e estes dentes que tenho, se não fossem meus olhos, eu não teria de responder a perguntas sobre isso.”

Maria Teresa Wassermann FOTOS Fabiano Cerchiari/Ag IstoÉ

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“Fiquei muito feliz com o prêmio para O Segredo dos Seus Olhos. Eu me dei o trabalho de ver os cinco finalistas e me pareceram incríveis. O que acho que fez com que ele tivesse esse destaque foi a utilização do humor de uma forma adequada e econômica. O humor que se desprende naturalmente de uma situação.”

“Estamos muito contentes com a aceitação artística que a história teve, mas também com os resultados. Na Argentina, aconteceu um fenômeno, uma mobilização que conseguiu com que, finalmente, o Congresso Nacional tratasse do tema. Hoje se busca que a vítima, que é a maior prejudicada, seja a que obtenha o maior benefício. A intenção era contar uma história de amor atípica e o filme conseguiu, sem que-rer, refrescar as sensibilidades das pessoas sobre o assunto.”

“Quando queremos abordar uma temática profunda ou sensível no cinema, como todos os temas ligados aos direi-tos humanos, quanto mais naturais somos, quanto menos sublinhemos o tema, temos maior possibilidade de sermos compreendidos sem ferir. Temos que aceitar o ponto de vista do outro porque ninguém pode considerar-se livre de culpa sobre todos os aspectos.”vista do outro porque ninguém pode considerar-se livre de

“Tenho a sensação de que existe algo que nos faz irmãos e isso é o senso de humor. Não me refiro à comicidade, mas a certo olhar, certa sensibilidade e capacidade de rir de nós mesmos. Nossas democracias são muito jovens, estão em pleno desenvolvimento e isso nos faz um pouco ingênuos. Nossa identidade está ligada à vocação de olhar com humor para as coisas graves que nos acontecem.”

“Toda a situação em que a liberdade de expressão é censurada, por lógica, termina chegando a um ponto que, quando as portas são abertas, necessariamente se pensa que a única coisa sobre a qual se pode falar é disso. Esse é o motivo pelo qual o cinema argentino, durante mais de 20 anos, falou exclusivamente da ditadura militar. Hoje, a nova geração de cineastas ainda fala do tema, mas com novo olhar. O olhar de quem era criança na época e fala mais dos sentimentos que aqueles aconte-cimentos causaram e não dos fatos em si. Essa geração mostra histórias com o coração, tenta estar com a cabeça aberta e isso nos está dando certa reputação no mundo.”

“Na Argentina, nós consumimos muito cinema brasileiro. Cidade de Deus foi um filme que me impactou muito. Gostei muito de Pixote também. O cinema brasileiro tem muitos filmes impactantes.”

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DRAMA

Darín em cena com Martina Gusman

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Fadinhafashion

O SUCESSO DE BILHETERIA dos filmes do bruxinho Harry Potter lançou nova magia no cinema, sobretudo no quesito moda. Não que o figurino dos personagens tenha virado hit nos guarda-roupas da garotada. O grande hit mesmo foi o surgimento da atriz Emma Watson para o mundo. Hoje, aos 20 anos – ela começou a saga com 11, no papel da aprendiz de feiticeira Her-mione –, é considerada ícone de elegância, virou queridinha de fashionistas e de fotógrafos como Mario Testino, além de figurar nas listas das mais bem-vestidas do ano de quase todas as revistas de moda do planeta. Em agosto passado, a atriz radicalizou e cortou os cabelos, bem curtinhos. Ficou um charme. Ex-garota-propaganda da Burberry, Emma lançou em 2010 uma coleção sustentável com a marca britânica People Tree e acaba de anunciar a criação de uma linha também eco friendly em parceria com a estilista italiana Alberta Ferretti. Nas sessões première de divulgação do recente filme Harry Potter e As Relíquias da Morte – Parte 1, Emma se destacou com looks de extremo bom gosto que aliavam plumas e rendas a sedas, na medida certa. Ela adora vestidos, em sua maioria sexy e preto, em um contraponto com a moda casual chic que ela usa no dia a dia, repleta de calças skinny, camisetas, echarpes...tudo acompanhado de belas sapatilhas.

AP

O rosto é de menina, mas ela sabe ser uma mulher sexy. Plumas, rendas e transparência... num primeiro momento estes três elementos juntos podem não combinar, mas, depois de ver o resultado no corpo da atriz, até mesmo esse mix de material caiu bem. Quando o vestido é poderoso, Emma prefere não usar joias. Algo que, realmente, não faz nenhuma falta para ela.

Luciane Angelo

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Fadinhafashion

O SUCESSO DE BILHETERIA dos filmes do bruxinho Harry Potter lançou nova magia no cinema, sobretudo no quesito moda. Não que o figurino dos personagens tenha virado hit nos guarda-roupas da garotada. O grande hit mesmo foi o surgimento da atriz Emma Watson para o mundo. Hoje, aos 20 anos – ela começou a saga com 11, no papel da aprendiz de feiticeira Her-mione –, é considerada ícone de elegância, virou queridinha de fashionistas e de fotógrafos como Mario Testino, além de figurar nas listas das mais bem-vestidas do ano de quase todas as revistas de moda do planeta. Em agosto passado, a atriz radicalizou e cortou os cabelos, bem curtinhos. Ficou um charme. Ex-garota-propaganda da Burberry, Emma lançou em 2010 uma coleção sustentável com a marca britânica People Tree e acaba de anunciar a criação de uma linha também eco friendly em parceria com a estilista italiana Alberta Ferretti. Nas sessões première de divulgação do recente filme Harry Potter e As Relíquias da Morte – Parte 1, Emma se destacou com looks de extremo bom gosto que aliavam plumas e rendas a sedas, na medida certa. Ela adora vestidos, em sua maioria sexy e preto, em um contraponto com a moda casual chic que ela usa no dia a dia, repleta de calças skinny, camisetas, echarpes...tudo acompanhado de belas sapatilhas.

AP

O rosto é de menina, mas ela sabe ser uma mulher sexy. Plumas, rendas e transparência... num primeiro momento estes três elementos juntos podem não combinar, mas, depois de ver o resultado no corpo da atriz, até mesmo esse mix de material caiu bem. Quando o vestido é poderoso, Emma prefere não usar joias. Algo que, realmente, não faz nenhuma falta para ela.

Luciane Angelo

A sobreposição também faz parte do guarda-roupa de Emma. A produção descontraída aposta na estampa floral com o preto e cinza, que são cores neutras. Assim, todas as peças podem ser notadas sem poluir o visual.

Neste caso, o menos é mais: o vestido longo liso

de seda em evasê + cabelos curtos + brincos e

pequenos + sandálias de tiras levam a atenção ao

bracelete de ouro, delicado. Um dos pontos fortes da atriz é escolher looks bem balanceados,

sem exageros até no tapete vermelho.

O trio-chave de Emma: trench-coat, calça skinny e sapatilha. Sempre, é claro, com acessórios charmosos como, no caso, óculos Wayfarer e a bolsa de tachas arrematando o look Burberry.

O trench-coat clássico e que Emma adora. Mais uma vez, os

acessórios são poucos e os botões da peça exercem

praticamente essa função. Uma bela clutch e saltos altíssimos

arrematam a escolha da atriz na medida certa.

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Nos 250 metros quadrados do apartamento da colecionadora SILVIA CINTRA, no Rio, peças assinadas por ícones contemporâneos e mobiliário de designers estrelados emprestam a sensação de que estamos numa autêntica galeria

Gustavo Autran Orestes Locatel FOTOS /Ag. IstoÉ

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Nos 250 metros quadrados do apartamento da colecionadora SILVIA CINTRA, no Rio, peças assinadas por ícones contemporâneos e mobiliário de designers estrelados emprestam a sensação de que estamos numa autêntica galeria

Gustavo Autran Orestes Locatel FOTOS /Ag. IstoÉ

UMA CÔMODA D. MARIA fabricada no século XVIII chama a atenção de quem entra no apartamento da marchande e galerista Silvia Cintra, em São Conrado, na zona sul carioca. Presente de sua ex-sogra, proprietária de um antiquário em Portugal, a peça destoa por quebrar o predomínio quase que abso-luto das obras de arte contemporânea distribuídas por todos os cômodos da casa. Só na sala de estar, estão espalhadas dezenas de telas, instalações e objetos que levam as assinaturas de renomados artistas plásticos nacionais − a exemplo do carioca Daniel Senise, do paulista Nelson Leirner e do pernambucano Tunga. Muitos deles são representados pela galeria que Silvia mantém na Gávea com a filha, Juliana, que ocupa um prédio de três andares com 400 metros quadrados de área.

Há seis anos, Silvia trocou o duplex que dividia com a filha, na Gávea, pela orla de São Conrado porque, em suas palavras, ficou com “saudosismo do mar”. “Cresci na Avenida Atlântica mas, durante 15 anos, morei com minha única filha em uma cobertura na Gávea. Aproveitei para fazer a mudança quando ela resolveu casar. Além dessa vista maravilhosa, fiquei realizada quando des-cobri que o prédio tinha quadra de tênis, uma das minhas maiores paixões”, conta Silvia. A opção em morar perto da praia exigiu

No destaque, uma visão panorâmica da sala de estar com a tela colorida de CARLOS VERGARA ao fundo. À esq., Silvia brinca com Lourinha, sua dachshund, entre a tela de Lygia Pape e instalação FUTEBOL, de NELSON LEIRNER, sobre a mesa. Abaixo, a sala de jantar com obras assinadas por Barrão, Antonio Dias e Miguel Rio Branco

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cuidados especiais para preservar o seu rico acervo doméstico, composto por pelo menos 50 peças. Além dos três desumidifi-cadores de ar, necessários para minimizar os efeitos destrutivos da maresia, Silvia passou a adquirir objetos com materiais mais resistentes − como o quadro todo em fórmica do fotógrafo e artista plástico Geraldo de Barros e o painel em borracha assi-nado pelo britânico Stephen Brandes, exposto na Bienal de Veneza e adquirida pela galerista há quatro anos.

Na saleta próxima à sala de jantar está um dos maiores xodós da colecionadora: uma tela assinada por Alfredo Volpi, adquirida no início dos anos 80 e feita especialmente para Silvia. “Lembro que cheguei até ele por intermédio de seu melhor amigo, o (pintor e escultor) Bruno Giorgi. No nosso encontro, disse que queria um quadro que tivesse uma bandei-ra, um mastro e uma vela. Em apenas dois meses o trabalho ficou pronto”, lembra. Perto do quadro do pintor ítalo-brasileiro há outro objeto com grande valor sentimental − uma mesa em fórmica feita por ninguém menos que Iberê Camargo, nos anos

Ana na sala de estar com a luminária em formato de navio ao fundo. Acima, vista do cinema. Abaixo, detalhe da estante com objetos de arte

70. “Essa é uma relíquia de família. Lembro de minha mãe, que me ensinou muito sobre a importância de se conviver com obras de arte. Ela detestava que colocassem os pés sobre ela. Mas todo mundo esquecia”, diverte-se.

As peças do mobiliário também levam assinaturas estrela-das de ícones do design. A mesa redonda com tampo de vidro que fica próxima à janela é uma criação de Franz Weissmann. Já as quatro cadeiras de forro azul são da consagrada dupla Andrew Morris e Bruce Hannah. Há ainda uma poltrona toda revestida em couro marrom da designer de móveis americana Florence Knoll. O projeto assinado pelo arquiteto e designer Ivan Rezende privilegia os tons neutros nas paredes e nos móveis. Tudo para não roubar a atenção do acervo da colecio-nadora. Sabiamente, ela conseguiu quebrar a monotonia com as telas coloridas de Antonio Dias e Carlos Vergara. “A decora-ção foi pensada realmente com o intuito de abrigar uma cole-ção de arte. Então, criar uma base mais neutra é fundamental para ressaltar o que está na parede”, diz Silvia.

Na foto ao lado, destaque para a cômoda

D. Maria, uma das poucas antiguidades no

ambiente dominado por peças contemporâneas. Acima, um detalhe da

TRANÇA EM METAL feita pelo artista plástico

Tunga, e novamente Lourinha, relaxada sobre a poltrona assinada pela

designer americana Florence Knoll

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cuidados especiais para preservar o seu rico acervo doméstico, composto por pelo menos 50 peças. Além dos três desumidifi-cadores de ar, necessários para minimizar os efeitos destrutivos da maresia, Silvia passou a adquirir objetos com materiais mais resistentes − como o quadro todo em fórmica do fotógrafo e artista plástico Geraldo de Barros e o painel em borracha assi-nado pelo britânico Stephen Brandes, exposto na Bienal de Veneza e adquirida pela galerista há quatro anos.

Na saleta próxima à sala de jantar está um dos maiores xodós da colecionadora: uma tela assinada por Alfredo Volpi, adquirida no início dos anos 80 e feita especialmente para Silvia. “Lembro que cheguei até ele por intermédio de seu melhor amigo, o (pintor e escultor) Bruno Giorgi. No nosso encontro, disse que queria um quadro que tivesse uma bandei-ra, um mastro e uma vela. Em apenas dois meses o trabalho ficou pronto”, lembra. Perto do quadro do pintor ítalo-brasileiro há outro objeto com grande valor sentimental − uma mesa em fórmica feita por ninguém menos que Iberê Camargo, nos anos

Ana na sala de estar com a luminária em formato de navio ao fundo. Acima, vista do cinema. Abaixo, detalhe da estante com objetos de arte

70. “Essa é uma relíquia de família. Lembro de minha mãe, que me ensinou muito sobre a importância de se conviver com obras de arte. Ela detestava que colocassem os pés sobre ela. Mas todo mundo esquecia”, diverte-se.

As peças do mobiliário também levam assinaturas estrela-das de ícones do design. A mesa redonda com tampo de vidro que fica próxima à janela é uma criação de Franz Weissmann. Já as quatro cadeiras de forro azul são da consagrada dupla Andrew Morris e Bruce Hannah. Há ainda uma poltrona toda revestida em couro marrom da designer de móveis americana Florence Knoll. O projeto assinado pelo arquiteto e designer Ivan Rezende privilegia os tons neutros nas paredes e nos móveis. Tudo para não roubar a atenção do acervo da colecio-nadora. Sabiamente, ela conseguiu quebrar a monotonia com as telas coloridas de Antonio Dias e Carlos Vergara. “A decora-ção foi pensada realmente com o intuito de abrigar uma cole-ção de arte. Então, criar uma base mais neutra é fundamental para ressaltar o que está na parede”, diz Silvia.

Na foto ao lado, destaque para a cômoda

D. Maria, uma das poucas antiguidades no

ambiente dominado por peças contemporâneas. Acima, um detalhe da

TRANÇA EM METAL feita pelo artista plástico

Tunga, e novamente Lourinha, relaxada sobre a poltrona assinada pela

designer americana Florence Knoll

Um dos destaques no quarto da galerista é a sequência de quadros com imagens de frascos, do artista plástico Laércio Redondo

Abaixo, SILVIA posa ao lado da tela assinada por Alfredo Volpi. Ao lado,

a sala de estar com um quadro remanescente da série PISCINAS, de Daniel Senise, e obra colorida de

Franz Weissmann, no chão

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AVALIA

INDISPENSÁVEL

MUITO BOM BOM

REGULAR

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AVALIA

INDISPENSÁVEL

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Jesse Eisenberg, em cena com Justin Timberlake, que interpreta Sean

Parker, cofundador do Napster. Ao lado, o verdadeiro Mark Zuckerberg G

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