issn: 2238 6165 volume 1 - unifap.br · volume 1. composiÇÃo da comissÃo organizadora...
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CADERNO DE RESUMOS E
PROGRAMAÇÃO
Universidade Federal do Amapá Curso de Letras Português/Francês
ISSN: 2238-6165 Volume 1
COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO ORGANIZADORA
COORDENADORA GERAL DA VI JORNADA CIENTÍFICO-
CULTURAL DE FRANCÊS
Aldenice de Andrade Couto
COMISSÃO ORGANIZADORA
Aldenice de Andrade Couto
Marcus Vinicius Ribeiro Puresa
Raíza Ramos Neves
COORDENAÇÃO DA COMISSÃO CIENTÍFICA
Aldenice de Andrade Couto
Annick Marie Belrose
Érika Pinto de Azevedo
Janaína Oliveira da Costa
Kátiuscia Fernandes S. Dias
Marcus Vinicius Ribeiro Puresa
Olaci da Costa Carvalho
COORDENAÇÃO DA COMISSÃO FINANCEIRA
Fabrício Pires de Souza
Aldenice de Andrade couto
COORDENAÇÃO DA COMISSÃO CULTURAL
Luiz Carlos de Holanda Farias Junior
Fabrício Pires de Souza
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COORDENAÇÃO DA COMISSÃO DIVULGAÇÃO
Paola Carvalho de Oliveira
Angélica Franklin Gemaque
COORDENAÇÃO DA COMISSÃO LOGÍSTICA
July Estefanny Costa de Nazaré
COMISSÃO DE APOIO
Raíza Ramos Neves
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SUMÁRIO
Apresentação.....................................................................................................5
Programação......................................................................................................7
Resumos das palestras.....................................................................................12
Resumos das mesas-redondas........................................................................15
Resumos das comunicações............................................................................20
Resumos dos relatos de experiência................................................................26
Resumos dos minicursos..................................................................................30
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Apresentação
O Curso de Letras Português/Francês da Universidade Federal do
Amapá (UNIFAP) propõe a VI Jornada Científico-Cultural de Francês, que se
realiza no período de 29 a 31 de agosto, sob o tema: Identidades, crenças e
ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras: diálogos possíveis.
O referido evento se direciona à comunidade acadêmica da UNIFAP e
ao público externo a essa instituição com o objetivo de proporcionar a alunos e
professores de francês, a alunos e professores de Cursos de Línguas
Estrangeiras (LE) e áreas afins, a amantes dessa língua e das expressões de
sua cultura e à sociedade em geral um espaço para discussões concernentes
ao ensino-aprendizagem de LE, em especial do francês. Os debates se
organizam em três grandes eixos: 1) Identidades e ensino-aprendizagem de
LE; 2) Políticas linguísticas e suas implicações para o ensino-aprendizagem do
FLE; 3) o diálogo entre formação de professores de LE e Ensino-
aprendizagem de LE.
O primeiro eixo, intitulado Identidades e ensino- aprendizagem do
FLE, propõe reflexões sobre as questões identitárias e a prática de
ensino de línguas e de literaturas francesa e francófonas.
O segundo eixo, Políticas linguísticas e suas implicações para o
ensino-aprendizagem do FLE, promove uma discussão sobre o ensino do
Francês língua estrangeira em contexto escolar, qual seja: a língua francesa
como disciplina da matriz curricular das escolas públicas do Amapá e de
outros estados. O debate se centra nas implicações políticas e educacionais
desse ensino e no interesse, ou não, em torná-lo acessível.
O terceiro eixo, O diálogo entre formação inicial de professores de LE
e Ensino-aprendizagem de LE, visa apresentar discussões entre a
formação inicial de professores de LE e o Ensino-aprendizagem de LE. Sabe-
se que várias crenças intervêm positiva ou negativamente no processo de
ensino e aprendizagem de línguas, logo, conscientizar-se de suas crenças e
discutir sobre o esse conceito, possibilita aos participantes do evento, em
especial os alunos e professores de LE, melhor definir os objetivos de
aprendizagem, a metodologia de ensino/aprendizagem e, consequentemente,
melhor conduzir ações em sala de aula.
O evento é constituído de conferências, mesas-redondas, sessões de
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comunicações, relatos de experiências, minicursos e conta com a importante
presença de pesquisadores representativos das áreas de formação de
professores e de ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras, em especial,
o Francês Língua Estrangeira (FLE).
A Comissão Organizadora
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PROGRAMAÇÃO 29 de agosto de 2016 (segunda-feira) 16h às 22h: ABERTURA Local: ANFITEATRO DO CENTRO CULTURAL FRANCO AMAPAENSE 16h às 18h: Credenciamento 18h às 18h30: Abertura oficial do evento 18h30 às 19h20: PALESTRA Tiranias da identidade do professor de LE: crenças, emoções e ações por meio da linguagem. Ministrante: Prof. Dr. Hélvio Frank de Oliveira (Universidade Estadual de Goiás) 19h30 às 20h50: Atração cultural 21h: Coquetel 30 de agosto de 2016 (terça-feira) 08h às 10h: MINICURSOS Local: SALAS DO BLOCO DO CURSO DE LETRAS DA UNIFAP O uso de documentos autênticos em aulas de Francês Língua Estrangeira (FLE): desenvolvendo as competências comunicativas da compreensão e produção oral. Ministrantes: Elicelma Almeida de Sena, Mayara Priscila de Jesus Reis (IFAP), Rosiane Rodrigues Brito (SEED/AP). Les jeux de théâtre et le jeu dramatique comme outil pédagogique en classe de français langue étrangère (FLE). Ministrantes: Darcimara da Silva Matta (Escola Estadual Helenise Walmira Dias dos Santos), Jaqueline Nascimento da Silva Reis (Escola Estadual Professor Lucimar Amoras Del Castillo). Comment développer la production orale pour les niveaux A2 et B1 : des stratégies et des outils pour déclancher l’oralité. Ministrante: José Barreto Romariz dos Santos-Junior (CELCFDM) Les jeux en classe de FLE : des outils pour débloquer la parole. Ministrante: Lâna Kelly Sardinha Duarte (CELCFDM) Comment analyser et choisir un manuel de FLE : des questions pratiques. Ministrantes: Aucileide Regina Menezes Guimarães Pinto, José Barreto
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Romariz dos Santos-Junior (CELCFDM) 10h às 10h30: PAUSA 10h40 às 11h40: RELATOS DE EXPERIÊNCIAS Local: ANFITEATRO DE LETRAS Relato de experiência do ensino aprendizagem de Português Língua Estrangeira (PLE) em uma escola pública na Guiana Francesa. Ministrante : Janaína Oliveira da Costa Oliveira (UNIFAP) O ensino e aprendizagem de Francês Língua Estrangeira (FLE) com o auxílio das novas tecnologias. Ministrante : Rosa Maria Vilhena Farias 13h às 14h: ATELIER Local: SALA DO BLOCO DO CURSO DE LETRAS DA UNIFAP Alors on danse Ministrante: Luiz Carlos de Holanda Farias Junior (UNIFAP) 14h20 às 15h30: SESSÃO DE COMUNICAÇÕES Local: ANFITEATRO DE LETRAS Marcas identitárias do sujeito surdo na escrita de artigos de opinião: uma posição marcada ou reflexo da cultura ouvinte? Ministrante: Profª Drª Martha Zoni (UNIFAP) L’entretien d’auto-confrontation : un atout pour l’analyse de l’agir professoral touchant l’enseignement du discours oral en classe de FLE. Ministrante: Profª Ms. Ivanete Maria Souza dos Santos Gomes (CELCFDM) Contato Linguístico em Oiapoque: algumas considerações sobre o falante bilíngue francês/português. Ministrante: Profª Ms. Celeste Maria da Rocha Ribeiro (UNIFAP/UFRJ)
15h30 às 16h: PAUSA 16h às 17h30: MESA REDONDA Local: ANFITEATRO DO BLOCO DE LETRAS CRENÇAS NA FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS E O DIÁLOGO ENTRE ÁREAS Breve reflexão sobre crenças de alunos-professores de línguas estrangeiras (LE) na formação inicial. Ministrante: Profª Ms. Aldenice de Andrade Couto (UNIFAP)
Crenças de aprendizagem de LE e seus reflexos na formação inicial de
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alunos-professores Ministrante: Profª Esp. Darllen Almeida da Silva (UNIFAP) Os gêneros textuais na formação dos professores de espanhol como língua estrangeira: crenças a serem discutidas. Ministrante: Profª Carla Beatriz Miranda Carvalho (Escola Gabriel Almeida Café) Mediador: Prof. Esp. Silvagne Vasconcelos Duarte 17h30 às 18h30: PALESTRA Local: ANFITEATRO DO BLOCO DE LETRAS Associação de Professores de Francês. Enfoques e possibilidades: em busca da valorização e da eficácia no/do FLE no Amapá. Ministrante: Profª Esp. Loide Cristina da Costa Trindade (Presidente da APROFAP) 18h30 às 19h30: ATRAÇÃO CULTURAL
31 de agosto de 2016 (quarta-feira) 08h às 10h: MINICURSOS (CONTINUAÇÃO) Local: SALAS DO BLOCO DE LETRAS O uso de documentos autênticos em aulas de Francês Língua Estrangeira (FLE): desenvolvendo as competências comunicativas da compreensão e produção oral. Ministrantes: Elicelma Almeida de Sena, Mayara Priscila de Jesus Reis (IFAP), Rosiane Rodrigues Brito (SEED/AP) Les jeux de théâtre et le jeu dramatique comme outil pédagogique en classe de français langue étrangère (FLE). Ministrantes: Darcimara da Silva Matta (Escola Estadual Helenise Walmira Dias dos Santos), Jaqueline Nascimento da Silva Reis (Escola Estadual Professor Lucimar Amoras Del Castillo) Comment développer la production orale pour les niveaux A2 et B1 : des stratégies et des outils pour déclancher l’oralité. Ministrante: José Barreto Romariz dos Santos-Junior (Centro Estadual Danielle Mitterrand) Les jeux en classe de FLE : des outils pour débloquer la parole. Ministrante : Lâna Kelly Sardinha Duarte (Centro Dannielle Miterrand) Comment analyser et choisir un manuel de FLE : des questions pratiques. Ministrantes: Aucileide Regina Menezes Guimarães Pinto, José Barreto Romariz dos Santos-Junior (Centro Dannielle Mitterrand) 10h às 10h30: PAUSA
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10h40 às 11h40: RELATOS DE EXPERIÊNCIAS Local: ANFITEATRO DO BLOCO DE LETRAS A experiência de aprender a língua francesa no processo de imersão. Ministrante: Deliane Oliveira Souza (UNIFAP) 2 É possível aprender língua estrangeira nas escolas públicas: uma experiência a ser ouvida. Ministrante: Luan Jimmy Ferreira Sales (Acadêmico de LETRAS/ UNIFAP) 13h às 14h: ATELIER (CONTINUAÇÃO) Local: SALA DO BLOCO DE LETRAS Alors on danse. Ministrante: Luiz Carlos de Holanda Farias Junior (UNIFAP) 14h20 às 15h30: SESSÃO DE COMUNICAÇÕES Local: ANFITEATRO DE LETRAS The foreign language teacher of public high school from Macapá. Ministrante: Lucas Ramon Alves Coutinho (UNIFAP/PROBIC) Orientadora: Prof. Esp. Darllen Almeida da Silva Alguns aspectos históricos da literatura de língua francesa e suas implicações no gênero narrativo fantástico. Ministrante: Marcus Vinícius Souza e Souza (UNIFAP) Orientadora: Profª Drª Natali Fabiana da Costa e Silva Relação fonética e fonológica da língua francesa com a língua indígena Kheuól. Ministrante: Paola Oliveira (UNIFAP/NELI) Orientador: Prof. Dr. Antônio Almir Silva Gomes 15h30 às 16h: PAUSA 16h às 17h30: MESA REDONDA Local: ANFITEATRO DO BLOCO DE LETRAS LITERATURA, IDENTIDADE, ALTERIDADE E ENSINO-APRENDIZAGEM DO FRANCÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA (FLE) Pour une formation des enseignants à la diversité linguistique par la littérature Ministrante : Profª Esp. Annick Marie Belrose (UNIFAP) Língua, identidade e literaturas de expressão em língua francesa: uma possibilidade de dinamizar a classe de FLE. Ministrante: Prof. Esp. Olaci da Costa Carvalho (UNIFAP) Mediadora: Profª Drª Érika Pinto de Azevedo (UNIFAP)
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17h30 às 20h: ENCERRAMENTO Local: ANFITEATRO DO BLOCO DE LETRAS 17h30 às 18h30: PALESTRA Políticas linguísticas educativas: efeitos da contemporaneidade. Ministrante: Profª Drª Kelly Cristina Nascimento Day (UEAP) 18h30 às 19h30: ATRAÇÃO CULTURAL 19h40: ENCERRAMENTO
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RESUMOS DAS PALESTRAS
TIRANIAS DA IDENTIDADE DO PROFESSOR DE LE:
CRENÇAS, EMOÇÕES E AÇÕES POR MEIO DA LINGUAGEM
Hélvio Frank de OLIVEIRA¹ Universidade Estadual de Goiás
A partir de estudos situados e relacionados a contextos escolares e universitários, de
ensino-aprendizagem e de formação inicial e continuada docente, nesta conferência
busco discutir a problemática social da identidade do professor de línguas estrangeiras,
vislumbrando possíveis aspectos dimensionadores dessa relação. Para isso, ancoro-me
em autores da Linguística Aplicada Crítica e da Pedagogia Crítica para compreender
como o trabalho social docente com a linguagem pode ser produtivo na des/re/
construção de crenças, representações, emoções e de práticas discursivas
contextualizadas, com vistas a repercutir (in)diretamente na própria identidade e na do/s
outro/s. Considerando as tiranias da identidade do professor de francês e, ao mesmo
tempo, apontando possibilidades linguísticas de se fortalecer o status social da docência
e o ensino da língua estrangeira, vasculho historicamente o conceito de identidade,
rastreando seu percurso interdisciplinar no que tange aos aspectos social, cultural,
cognitivo e discursivo em simbiose com outros conceitos clássicos provenientes da
Linguística Aplicada. Como exemplos para problematização, utilizo fragmentos de
histórias de vida tratadas sob o fazer narrativo e analiso-as à luz das condições de
produção e circulação que (d)enunciam a ação docente por meio da própria linguagem e
identidade incorporadas a outros elementos delas constituidores: crenças, emoções,
representações etc. Finalizo com a apresentação de pontos profícuos sobre como o
professor de línguas estrangeiras pode fazer do objeto linguagem a sua ponte entre
ensino de conteúdo, cultura, vida e mudança social.
Palavras-chave: Identidade. Crenças. Língua Estrangeira.
¹ Possui licenciaturas em Letras (Português/Inglês) pela Universidade Estadual de Goiás (2004) e em Pedagogia pela Fundação Antares de Ensino Superior, Pós-graduação, Pesquisa e Extensão (2014), especializações em Língua Portuguesa pela Universidade Salgado de Oliveira (2006) e em Estudos Linguísticos e o Ensino de Português pela Universidade Estadual de Goiás (2008), mestrado em Linguística Aplicada pela Universidade de Brasília (2010) e doutorado em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (2013). Concluiu estágio pós-doutoral em Linguística Aplicada no PPGLA/UnB (2014), onde também atuou como docente colaborador durante dois anos (2014-2016). É docente efetivo na Universidade Estadual de Goiás, atuando como professor na graduação em Letras (Português/Inglês) e no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT). É pesquisador integrante do Grupo de Pesquisa "Perspectivas linguísticas contemporâneas sobre identidade, subjetividade e conhecimento" (UFG), registrado no Diretório dos Grupos de Pesquisas no Brasil (CNPq). Tem experiência na área de Linguística Aplicada com ênfase em formação de professores, didática e educação em língua portuguesa.
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POLÍTICAS LINGUÍSTICAS EDUCATIVAS: EFEITOS DA
CONTEMPORANEIDADE
Kelly DAY¹ Universidade do Estado do Amapá
A palestra tem como objetivo promover reflexões no campo da política de
línguas estrangeiras, chamando atenção para o fato de que, seja no contexto
nacional, estadual ou municipal, a oferta da LE em diferentes âmbitos
educacionais, não acontece sem conflitos, sem disputas de poder entre as
comunidades acadêmico-disciplinares envolvidas no processo de imposição/
proposição da LE. Buscaremos evidenciar que quando o Estado delibera pelo
ensino de uma ou de outra LE, depreende-se um processo intenso de
imposição política, ideológica e cultural de determinados grupos sobre outros.
Nesse contexto, entram em jogo os interesses, os acordos realizados em
âmbito nacional ou regional, a relevância do oferecimento de um idioma em
determinado contexto histórico, geopolítico e social e todas as consequências
desse gesto. E nesse cenário que contextualizaremos a atual política
linguística educativa brasileira.
Palavras-chave: Política Linguística. Ensino. Língua Estrangeira.
¹ É graduada em Letras pela Universidade Federal do Pará (1994), fez especialização em tradução português/Francês pela Universidade do Estado do Rio de janeiro - UERJ (2004) mestrado em Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio (2005) e doutorado em Estudos da Linguagem, com ênfase em políticas linguísticas, pela Universidade Federal Fluminense - UFF (2016). Atualmente é professora assistente da Universidade do Estado do Amapá - UEAP
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ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES DE FRANCÊS – ENFOQUES E
POSSIBILIDADES: EM BUSCA DA VALORIZAÇÃO E DA EFICÁCIA NO/DO
FLE NO AMAPÁ
Loide Cristina da Costa TRINDADE¹ Centro Estadual de Língua e Cultura Francesa Danielle Mitterrand
Com um pouco mais de uma década da implantação do Francês nas escolas
públicas do Estado do Amapá, constatamos com entusiasmo o surgimento de
novos cursos de formação, o interesse crescente pela vida associativa por parte
dos professores e acadêmicos, bem como o interesse da população no
aprendizado do Francês Língua Estrangeira (FLE) no Estado. Mais do que
nunca, a língua francesa tem seu espaço e terá cada vez mais, sobretudo
quando pensamos nas oportunidades de desenvolvimento econômico, cultural e
educacional, entre outros, que sem dúvida encontraremos nas trocas com a
Guiana Francesa. Sem dúvida, as expectativas lançadas sobre as relações que
virão da ponte Binacional são grandes e apontam para a necessidade do
aprendizado cada vez mais eficiente e num curto prazo de tempo do FLE. Muitos
desafios nos esperam e é preciso ir em busca de uma identidade didático
metodológica que nos impulsione a esse futuro pleno de oportunidades, com
critérios cada vez mais rígidos de seleção e de excelência. É necessário
identificar qual o papel de uma associação nesse processo e contexto político,
econômico e sobretudo educacional. Como podemos influenciar positivamente
para a formação inicial e a formação continuada? Para o reconhecimento e
valorização do FLE? Em quais terrenos podemos pisar? Até onde vai a
competência de uma associação? É possível encontrar um viés fora da gestão
pública para que o FLE ganhe ainda mais espaço? Essas são algumas das
questões que nos motivaram a propor uma palestra que ponha em evidência a
Associação de Professores de Francês do Estado do Amapá.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem do Francês. Associação dos
professores de Francês. Gestão Pública. Formação continuada.
¹ É licenciada em Letras pela Universidade Federal do Pará. Trabalhou como professora de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa durante dez anos no Instituto de Educação do Estado do Amapá. É graduada em Francês pela Universidade Federal do Amapá e Especialista em Ensino/Aprendizagem de Francês Língua Estrangeira pela Universidade Federal do Pará. Trabalha há treze anos no Centro Estadual Danielle Mitterrand e atualmente é Presidente da Associação de Professores de Francês do Amapá (APROFAP).
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RESUMO DAS MESAS-REDONDAS
CRENÇAS NA FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR DE LÍNGUAS
ESTRANGEIRAS E O DIÁLOGO ENTRE ÁREAS.
BREVE REFLEXÃO SOBRE CRENÇAS DE ALUNOS-PROFESSORES DE
LÍNGUAS ESTRANGEIRAS (LE) NA FORMAÇÃO INICIAL
Aldenice de Andrade COUTO Universidade Federal do Amapá
Nos últimos anos, vários estudos, com foco em crenças e ensino-aprendizagem
de Línguas Estrangeiras (LE), têm despertado o interesse de inúmeros
pesquisadores no campo da Linguística Aplicada (LA), tanto no cenário brasileiro, tais como Leffa (1991), Almeida Filho (1995), Barcelos (1995), Vieira-
Abrahão (2004), Silva (2005); quanto no exterior, Horwtiz (1988), Wenden
(1986), Johnson (1992), Pajares (1992). Para Vieira-Abrahão (2004, p. 131),
teóricos e formadores são unânimes em afirmar que professores trazem para
seus “cursos de formação e para suas salas de aula, crenças, pressupostos,
valores, conhecimentos e experiências adquiridos ao longo de suas vidas, e
que esses funcionam como filtros de insumos recebidos por meio da exposição
às teorias e práticas”. Nessa perspectiva, esta fala irá endereçar como as
crenças de professores em formação sobre o ensino-aprendizado de LE se
mostra importante, pois possibilita que graduandos, futuros professores do curso de Letras, conheçam as crenças de seus alunos e possam influenciá-los
a refletir sobre elas. Em primeiro lugar apresentarei um panorama dos estudos
já realizados sobre crenças; em um segundo momento mostrarei ao lado de
Barcelos (2004, p. 136) a importância de se investigar crenças, pontuando que
elas desempenham papel fundamental no processo de formação de
professores já que “as crenças podem atuar como lentes através das quais os
alunos interpretam as novas informações recebidas durante sua formação”. Por
fim, demonstrarei juntamente com Barcelos (2004) a importância de os
professores estarem conscientes de suas crenças, haja vista que elas afetam diretamente suas ações na sala de aula. Evidenciarei também, de que forma
esta consciência poderá ser alcançada, levando o professor a explicar por que
ensina e como ensina.
Palavras-chave: Formação inicial. Língua Estrangeira. Crenças. Ensino
reflexivo.
¹ Possui graduação em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Federal do Amapá (1995). É especialista em Ensino-Aprendizagem do Francês Língua Estrangeira pela UFPA (2005). Tem mestrado em Ciências da Linguagem e Didáticas das Línguas pela Universidade das Antilles e das Guyanas UAG (2006). Tem Mestrado em Linguística Aplicada pela Universidade de Brasília-UNB (2015). É professora Assistente II de Francês Língua Estrangeira na Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) e idealizadora da Jornada Cientifico-Cultural de Francês Língua Estrangeira (FLE). Presidente da Associação dos Professores de Francês do Amapá - APROFAP (2011-2013 / 2014-2015). É membro do Grupo de Pesquisa Ensino de Línguas para Fins Específicos (LIFE/UNIFAP). Atua na área de pesquisa de Línguas Estrangeiras e Formação Inicial de professores de Línguas Estrangeiras. É coordenadora do Projeto de Pesquisa “Formação Inicial Crítico-Reflexiva de Professores de Língua Estrangeira em um Contexto de Fronteira”.
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CRENÇAS DE APRENDIZAGEM DE LE E SEUS REFLEXOS NA
FORMAÇÃO INICIAL DE ALUNOS-PROFESSORES.
Darllen Almeida da SILVA¹ Universidade Federal do Amapá
Muito se tem discutido acerca de como se aprende uma Língua Estrangeira
(LE), no entanto, no Brasil, somente a partir da década de 90 os estudos
começaram a voltar-se para as crenças de aprendizagem. Há diversas
definições para o termo, mas todas convergem para a necessidade de que o
aprendiz tenha consciência de suas crenças do que seja aprender e ensinar
línguas. Para o aluno em sua formação inicial como professor, isso se torna
ainda mais importante, uma vez que permeia tanto a maneira como esse
sujeito compreende seu próprio aprendizado, bem como de que forma isso se
refletirá em sua prática quando ele estiver em sala de aula. Nesse breve ensaio
sobre tão complexa temática busco discutir as diferentes conceituações para o
termo crenças e possíveis reflexos na formação inicial de alunos-professores.
Trata-se de um conceito complexo que antecede os estudos deste na área da
Linguística Aplicada (LA), uma vez que cada um de nós traz em si conceitos
pessoais para o termo, entretanto, no que diz respeito aos estudos sobre
aprendizagem de LE, vale discutir o que a LA nos trouxe nas últimas décadas
através das pesquisas que surgiram na área. Tais pesquisas trouxeram à tona
a necessidade de se compreender as concepções do ensinar e aprender uma
LE, gerando inclusive outros estudos, por exemplo, os relacionados à
autonomia. Ouso dizer que o reconhecimento da existência de crenças
relacionadas ao aprendiz e ao professor, retirou das costas deste último o fardo
pesado de sua responsabilidade única e exclusiva para o sucesso na
aprendizagem de (LE). Isso ocorreu devido ao reconhecimento de que o
aprendiz tem papel fundamental nas ações que irão nortear seu próprio
aprendizado.
Palavras-chave: Formação inicial. Crenças. Ensino-aprendizagem de LE.
¹ Professora especialista em Língua Inglesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas- e atuando na Universidade Federal do Amapá, com foco em Ensino Aprendizagem de LI como Língua Estrangeira. Coordenadora de grupo de pesquisa intitulado: O professor de Língua Inglesa das escolas públicas de ensino médio de Macapá: formação, competências e reflexos no ensino.
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OS GÊNEROS TEXTUAIS NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DE
ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA: CRENÇAS A SEREM
DISCUTIDAS
Carla Beatriz Miranda CARVALHO¹ Escola Estadual Profº Gabriel de Almeida Café
O ensino de línguas estrangeiras vem ganhando notoriedade no Brasil há
algumas décadas, com isso surge a necessidade de estudos a fim de atestar a
qualidade na formação destes profissionais e como os mesmo atuam nas
instituições de ensino. A formação do professor é tão importante quanto a
formação que dará aos seus alunos, pois há uma estreita relação entre estes
caminhos. A forma como foram educados está diretamente ligada à forma
como ensinarão seus alunos, uma vez que é natural a reprodução daquilo que
em seu íntimo julgam ser correto e o distanciamento do que, enquanto alunos,
viram como negativo ou errado, tais fatos envolvem diversos fatores como
metodologia, postura e afetividade dos mesmos em suas salas de aulas. Nas
universidades, a formação do profissional acaba se distanciando das
realidades em que estarão inseridos enquanto profissionais, uma vez que esta
deve estar ajustada às necessidades dos educandos, ao currículo, às
exigências da sociedade e questões socioculturais etc. Adequar o saber
acadêmico a todas as demandas das escolas, pode ser uma grande desafio,
visto que a formação dos profissionais se inicia enquanto estão nas cadeiras,
na posição de alunos, é o lugar em que serão formados leitores, escritores e
também pesquisadores, dependem assim, como já mencionamos, de outros
profissionais, daí a tendência que se reflete nas suas práticas. Considerando
as necessidades comunicativas, há uma exigência cada vez maior de trabalhar
com diferentes gêneros textuais em sala, o material didático – que atende a
orientações do MEC e dos PCN’s- já traz em suas páginas uma diversidade de
gêneros, algo que pode representar uma incógnita para o professor, pois
nossas universidades ainda seguem um certo tradicionalismo e não
adequaram seus currículos a essas demandas, representando assim um
abismo entre a formação e a realidade de trabalho.
¹ Carla Beatriz Miranda Carvalho, formada em Letras-Espanhol pela Universidade Estadual do Ceará. Professora do quadro efetivo da rede pública estadual do Amapá. Presidente da Associação de Professores de Espanhol do Amapá – APEEAP. Tutora em EAD, formada e certificada pela Universidade Federal do Ceará/Universidade Aberta do Brasil.
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LITERATURA, IDENTIDADE, ALETRIDADE E ENSINO-APRENDIZAGEM
DA LÍNGUA FRANCESA (FLE)
POUR UNE FORMATION DES ENSEIGNANTS À LA DIVERSITÉ
LINGUISTIQUE PAR LA LITTÉRATURE.
Annick Marie BELROSE¹ Université Fédérale de l’Amapá
Enseigner le Français Langue Étrangère (FLE), c’est enseigner une langue et
des cultures qui s’expriment en français. Nombreux sont les auteurs “venus
d’ailleurs” qui choisissent de renoncer momentanément ou définitivement pour
des motifs divers à leur langue première (langue de l’intimité, langue parlée en
famille) pour adopter le français. Les rapports que ces auteurs entretiennent
avec leurs différents patrimoines linguistiques et culturels les amènent à porter
une attention particulière au langage provoquant ainsi des pratiques d’écritures
originales qui permettent d’éduquer les futurs enseignants à la diversité
linguistique en leur donnant accès premièrement à une représentation d’un
français pluralisé, et deuxièmement en les invitant à un décentrement critique
sur la langue/culture qu’ils étudient, pratiquent et enseigneront. En m’appuyant
sur des auteurs tels que Godard (2015), Defays, Delbart, Harmmami, Saenen
(2014), et Corzani, Hoffmann, Piccione (2013), je propose dans cette
communication le rôle fondamental de ces littératures dans la formation initiale
et continue des enseignants de FLE ainsi que quelques pistes d’exploitations
possibles de textes littéraires de quelques auteurs “venus d’ailleurs”.
Mots-clés: Littérature. Français Langue Étrangère (FLE). Altérité.
Langues/ Cultures.
¹ Possui Mestrado em Ciências da Linguagem-Especialidade FLE pela Universidade Stendhal Grenoble 3 (França), especialização em Língua Francesa, e graduação em Letras-Tradutor Português-Francês pelo Instituto de Ensino Superior do Amapá (2008). Atualmente é Professora do colegiado de letras Português/Francês da UNIFAP - Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
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LÍNGUA, IDENTIDADE E LITERATURAS DE EXPRESÃO EM LÍNGUA
FRANCESA: UMA POSSIBILDADE DE DINAMIZAR A CLASSE DE FLE
Olaci da Costa CARVALHO¹ Universidade Federal do Amapá
Este trabalho objetiva analisar a relação entre língua, identidade e literaturas
produzidas em língua francesa, visto que a língua francesa não é exclusividade
dos franceses ( JOUBERT, 2004), dentro de possibilidades à inclusão de textos
literários francófonos no processo de ensino-aprendizagem de francês língua
estrangeira (FLE). Discutindo-se temas voltados às identidades literárias
francófonas, pretende-se mostrar que inserção de produções literárias de
autores como Patrick Chamoiseau (Martinica), Albert Cohen (Suíça), Ahmadou
Khourouma (Costa do Marfim), dentre outros, incluídos aqueles da literatura
francesa, possibilita importantes contribuições à dinamização das classes de
FLE, uma vez que o texto literário nasce de palavras (NATUREL, 1995).
Enfatizando-se que essa inserção pode ser realizada não somente pela
escritura, mas também, através de atividades de oralidade, já que estudar
literatura significa dizer, ler e escrever (CRINON et al., 2006).
Palavras-chave: Língua. Identidade. Literaturas em língua francesa. FLE.
¹ Professor especialista em Francês Língua Estrangeira, membro do corpo docente do Curso de Letras Português/Francês da Universidade Federal do Amapá, nas disciplinas língua e literatura francesa.
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RESUMO DAS COMUNICAÇÕES
L’ENTRETIEN D’AUTO-CONFRONTATION : UN ATOUT POUR L’ANALYSE
DE L’AGIR PROFESSORAL TOUCHANT L’ENSEIGNEMENT DU DISCOURS
ORAL EN CLASSE DE FLE
Ivanete Maria Souza dos Santos GOMES¹ Centro Estadual de Língua e Cultura Francesa Danielle Mitterrand
Mon intervention portera sur une recherche doctorale que je mène à propos des
difficultés de formation des enseignant-e-s de Français Langue Etrangère (FLE)
de l’Amapa. J’interroge les interactions verbales en classe de FLE. Je m’intéresse
aux stratégies des acteurs. Mes recherches en master ont révélé des blocages
chez les apprenants en ce qui concerne la conversation et ont mis en exergue le
rôle fondateur des interactions verbales et de la médiation enseignante pour la
construction discursive. Les difficultés conversationnelles des étudiants sont à
l’origine de mon intérêt à la formation enseignante. Je porte aussi de l’intérêt au
rôle de la réflexivité enseignante dans ce processus. En me servant
d'observations, de filmages et de transcriptions de cours et en proposant à
l’enseignant des entretiens d’auto-confrontation, je me sens plus en mesure
d’interpréter ses actions. J’invite le professeur à voir le filmage d’un de ses cours
tout en verbalisant sur les motifs sousjacents à sa pratique de classe. Je
l’encourage à commenter la façon dont il joue le rôle de médiateur dans la
construction de la compétence discursive orale chez les apprenants. Ce retour sur
l'action enseignante par l'enseignant (Cicurel, 2011) lui donne l'occasion de se voir
en action. Ses autocommentaires rendent plus explicite l’intentionnalité de son
agir. Les entretiens d’auto-confrontation montrent que l’agir professoral est orienté
par des prescriptions institutionnelles mais aussi par la voix du métier (Lousada,
2011). Ils révèlent des principes bien établis par le professeur dans l’urgence de
son travail (Perrenoud, 2001). Selon Cicurel (idem, p. 127), la recherche « des
raisons d’agir d’un professeur montre très vite l’abondance des tactiques,
stratégies, motifs, opinions que l’enseignant est capable de faire émerger à la
découverte de sa propre pratique ». C’est donc de l’analyse de la partie de
l’implicite de l’action professoral qu’il s’agira ma communication.
Mots-clés : Agir professoral. Autoconfrontation. Médiation enseignante.
¹ Enseignante au Centro Estadual de Língua e Cultura Francesa Danielle Mitterrand, mestra en Linguistique par l’UFPA, doctorante en Didactique des langues et cultures à l’Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3, directrice de thèse: Danièle Manesse, adresse e-mail: [email protected]
20
CONTATO LINGUISTICO EM OIAPOQUE: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
SOBRE O FALANTE BILÍNGUE FRANCÊS/PORTUGUÊS
Profa. Ms. Celeste Maria da Rocha RIBEIRO Universidade Federal do Amapá/Universidade Federal do Rio de Janeiro¹
Orientadora: Profa. Dra. Christina Abreu GOMES Universidade Federal do Rio de Janeiro
A comunicação proposta insere-se parcialmente em uma tese que está sendo
desenvolvida acerca do contato linguístico oiapoquense. O objetivo central é
explicitar possíveis identidades do falante adulto, não nativo e bilíngue neste
local, além de certas crenças relativas ao processo aquisitivo, ao contexto de
aprendizagem, ao contexto de uso, às estratégias desenvolvidas e às
principais caracterizações do português segunda língua (L2) usado por esse
falante de francês língua materna (L1). Cumpre ressaltar que no cenário
globalizado em que as pessoas transitam, atualmente, faz-se fundamental,
sobretudo para os sujeitos agentes do processo ensino-aprendizagem de
línguas, destacando-se as estrangeiras, professores e alunos, ter o
conhecimento da realidade linguística da comunidade em que se inserem,
assim como do perfil de determinados aspectos que estruturam as gramáticas
das línguas em uso naquele local, a fim de que esses agentes possam
desenvolver capacidades consistentes e adequadas à situação linguística
contextual. É válido dizer ainda que para o aprendiz de uma L2, fatores como
transferência, influência e interferência de aspectos da L1 são muito comuns e
frequentes no processo aquisitivo de uma L2, por isso torna-se importante os
referidos sujeitos conhecerem o perfil do aprendiz de L2, assim como da
comunidade da qual ele participa, considerando nesta os aspectos geográficos,
sóciohistóricos, culturais e principalmente linguísticos. Os pressupostos teórico
-metodológicos que estão sendo utilizados seguem os parâmetros da
sociolinguística variacionista, à luz do contato linguístico. A análise preliminar
da amostra do português, língua alvo do falante francês, permite verificar que,
de forma geral, este falante adquire essa variedade sem grandes
problemáticas, porém fazendo uso de estratégias nem sempre ligadas ao
contexto escolar.
¹ Professora Mestra de Língua Portuguesa do quadro de docentes efetivos da UNIFAP; Doutoranda em Linguística, 5º semestre, UFRJ. E-mail: [email protected].
21
MARCAS IDENTITÁRIAS DO SUJEITO SURDO NA ESCRITA DE ARTIGOS
DE OPINIÃO: UMA POSIÇÃO MARCADA OU REFLEXO DA CULTURA
OUVINTE?
Martha ZONI¹ Universidade Federal do Amapá
Este trabalho é parte do resultado da pesquisa intitulada O Português escrito
de Surdos no Amapá: do processo de interlíngua à língua-alvo e objetiva
analisar a posição do sujeito Surdo na produção do gênero Artigo de Opinião.
Os dados, para essa análise, foram extraídos da prova de Redação do
Processo Seletivo Especial Letras Libras Português 2015. No trabalho,
discutem-se conceitos de multiculturalidade e identidade linguística (SEN,
2007; AURÉLIO, 1997; SANTOS, 2006; RAJAGOPALAN, 1998; ORLANDI,
1996; BORGES, 2016) e tecnologias na educação de Surdos (VAZ, 2012).
Tomou-se, como temática para a análise, a questão do uso de celulares,
smartphones e tablets em sala de aula. Nesse sentido, optou-se por verificar
de que forma os Surdos se colocavam perante essa temática; quais
argumentos utilizavam para defender ou refutar uma tese. A análise dos dados
demonstrou que a minoria defendeu o uso da tecnologia na sala de aula.
Grande parte dos Surdos optou por ir contra o uso de celulares, smartphones e
tabletes em sala, alegando que os mesmos atrapalhavam a aula. Essa questão
leva-nos a pensar que falta voz aos Surdos no Amapá e que eles ainda se
baseiam na cultura majoritária-ouvinte apesar de suas reais necessidades
quanto à melhor forma de ser, aprender e estar na escola.
Palavras-chave: Multiculturalismo. Identidade Linguística. Tecnologias na
Aprendizagem de Surdos.
É doutora em Letras pela Universidade Federal Fluminense (2010); fez mestrado em Linguística Aplicada na UNICAMP (2002); possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992). Atualmente é professora adjunta 6, nível 603, da Universidade Federal do Amapá. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Análise do Discurso de Linha Francesa, atuando principalmente nos temas relacionados ao discurso midiático. É professora Curso de Letras. É membro do Grupo de Pesquisa Ensino de Línguas para Fins Específicos (LIFE) e atua na área de pesquisa de Português como Língua Estrangeira e Português como Segunda Língua. Atualmente, é coordenadora do Curso de Letras Português/Francês do PARFOR da UNIFAP.
22
ALGUNS ASPECTOS HISTÓRICOS DA LITERATURA DE LÍNGUA
FRANCESA E SUAS IMPLICAÇÕES NO GÊNERO NARRATIVO
FANTÁSTICO
Marcus Vinícius Souza e SOUZA¹ Orientadora: Profª Drª Natali Fabiana da Costa e SILVA²
Universidade Federal do Amapá
A presente comunicação é uma ramificação da pesquisa de iniciação científica
de natureza bibliográfica realizada no ano de 2015 e aprimorada em 2016.
Nela, discute-se acerca do gênero narrativo fantástico e suas transformações,
situando entre os séculos XVIII ao XX com embasamento nos estudos de Karin
Volobuef (2000), em Uma leitura do fantástico: A invenção de Morel de Bioy
Casares e o processo de Kafka, em que a autora assinala que no século XVIII
o fantástico necessita da presença do sobrenatural, no século posterior envolve
além do sobrenatural, temáticas que exploram o psicológico. No XX, abandona
os acontecimentos surpreendentes e assustadores para lidar com ambientes
cotidianos, sem criar mundos e criaturas imaginárias. Toma-se como ponto
relevante de estudo, à literatura francesa, visto que às origens do fantástico
estão na França, como informa José Paulo Paes (1985), no artigo As
dimensões do fantástico, no século XVIII em um período denominado século
das luzes, com a contestação das explicações sagradas por meio do cientifico.
Fundamenta-se as discussões sobre o fantástico com Tzvetan Todorov (2012),
em Introdução à Literatura Fantástica, que é uma teoria tradicional. Com base
em Ana Luiza Silva Camarani (2014), em A literatura fantástica: Caminhos
teóricos, são mostrados os traços contemporâneos deste gênero literário. A
autora também apresenta os textos fundadores do fantástico na França, como
Nodier. A partir da apreciação dessas teorias pretende-se verificar as
convergências e divergências do fantástico tradicional ao atual, também
chamado de neofantástico.
² Doutora em Estudos literários pela Universidade Estadual Paulista – UNESP e professora de Teoria Literária na Universidade Federal do Amapá. E-mail: [email protected]
¹ Acadêmico do Curso de Licenciatura em Letras Português e Inglês pela Universidade Federal do Amapá – UNIFAP. Bolsista pelo Programa de Iniciação Científica Voluntária – PROVIC. E-mail: [email protected]
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THE FOREIGN LANGUAGE TEACHER OF PUBLIC HIGH SCHOOL FROM
MACAPÁ.
Lucas Ramon Alves COUTINHO¹ Orientadora: Prof. Esp. Darllen Almeida da SILVA²
Universidade Federal do Amapá/PROBIC
The following abstract is the result of a current scientific project at Federal
University of Amapá-UNIFAP headed by Professor Darllen Almeida da Silva
that aims to search professionals in English, French and Spanish from Macapá,
who have been working in public high school institutions, as well as presenting
real data about training and pedagogical practices of teachers who work in the
public high schools of the State of Amapá and understand the importance of
initial or continuous training teachers for a proficient teaching in this language.
This project is divided into stages, which consist of the literature review,
analysis of documents related to Universities in Macapá, corpus of memory
learning of teachers surveyed, data tab to make considerations about the profile
of the teacher and the development proposal of continued training and
extension courses that could meet the concerns diagnosed in research. It is
expected that getting acquainted with the profile of these professionals current
working in Macapá, it will provide discussions that produce a change in the
reality of teaching, as well as future continuing training programs and extension
projects about the languages and its challenges.
Key-words: Language. Teaching. Learning. Pedagogical. Practices.
¹ Graduando do 7º semestre do curso de Letras Português/Francês da Universidade Federal do Amapá. E-mail: [email protected]
² Professora especialista em Língua Inglesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas- e atuando na Universidade Federal do Amapá, com foco em Ensino Aprendizagem de LI como Língua Estrangeira. Coordenadora de grupo de pesquisa intitulado: O professor de Língua Inglesa das escolas públicas de ensino médio de Macapá: formação, competências e reflexos no ensino. E-mail: [email protected]
24
RELAÇÃO FONÉTICA E FONOLÓGICA DA LÍNGUA FRANCESA COM A
LÍNGUA INDÍGENA KHEUÓL
Paola OLIVEIRA¹ Orientador Prof. Dr. Antonio Almir Silva Gomes
Universidade Federal do Amapá
A língua Kheuól é uma língua indígena crioula, pois é resultado de influencias
da Língua Francesa, da Língua Portuguesa e do Galiby Antigo, é falada por
duas etnias, os Karipunas e os Galibi-Warworno, que se encontram no estado
do Amapá, no município do Oiapoque, especificamente nas terras indígenas do
Uaçá. O estudo do Kheuól começou por volta de 1980, as influências do
Francês foi se tornando cada vez maior, pela aproximação com a Guiana
Francesa, logo alguns indígenas falam o Francês, mas sem perder suas
verdadeiras identidades com sua língua. Este trabalho surgiu de uma pesquisa
de Iniciação Científica, orientada pelo Prof. Dr. Antonio Almir Silva Gomes,
onde minha pesquisa era voltada para todas as classes gramaticais da Língua
Kheuól, e como também sou estudante da Língua Francesa, durante meus
estudos para a pesquisa comecei a notar as semelhanças da forma escrita do
Kheuól, com a fonologia da Língua Francesa, a fala neste caso, então procurei
investigar um pouco mais e foi através das transcrições fonéticas que essa
semelhança foi comprovada, mas como não sou falante de Kheuól, precisei
esperar a contribuição de um acadêmico do Curso de Licenciatura Intercultural
Indígena, da Universidade Federal do Amapá, do campus de Oiapoque, e
falante do Kheuól, foi com a ajuda dele que consegui tirar algumas dúvidas e
obter respostas. Essa pesquisa a parte acabou se tornando um capítulo do
meu artigo final da iniciação científica. É necessário dizer que não são todas as
palavras da Língua Kheuól que se assemelham na escrita da forma
pronunciada do Francês, já que por ser uma língua crioula também recebe
influências das outras línguas como já dito acima, mas é necessário que haja a
discussão desse aspecto encontrado e que nos mostra as riquezas das
Línguas Indígenas e da Língua Francesa.
Palavras-chave: Fonética. Fonologia. Língua Francesa. Língua Indígena
Kheuól.
¹ Acadêmica do 6º semestre do Curso de Letras Português/Francês da Universidade Federal do Amapá. Membro do Núcleo de Estudos em Línguas Indígenas ( NELI). E-mail: [email protected]
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RESUMOS DOS RELATOS DE EXPERIÊNCIA
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ENSINO APRENDIZAGEM DE
PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA (PLE) EM UMA ESCOLA PÚBLICA
NA GUIANA FRANCESA
Janaina Oliveira Da COSTA Universidade Federal do Amapá
Este estudo objetiva relatar minha experiência como assistente de Português
Língua Estrangeira (PLE) em uma escola de ensino fundamental em Macouria
na Guiana Francesa, durante sete meses no período de outubro de 2015 a
abril de 2016. O estágio foi oferecido pelo programa de intercâmbio
denominado Assistente de Langue Vivante Étrangère (ALVE) desenvolvido
pelo Departamento Dareic/ Rectorat da Guiana. Este relato visa evidenciar
minha experiência com as metodologias e abordagens empregadas nas aulas
de Língua Portuguesa na referida escola, evidenciando os pontos positivos e
negativos de sua aplicação relacionados ao contexto educacional da Guiana
Francesa. O relato também tem como interesse destacar os problemas
impostos pela vertente de avaliação baseada no autoritarismo e classificação,
funcionando como um instrumento de estatização do processo de crescimento
(LUCKESI, 2000), a utilização do reducionismo com a forte tendência nas
práticas formais dentro de diálogos e textos pequenos descontextualizados
como afirma Almeida Filho (2007), à respeito disso Morin (2000) salienta que o
conhecimento não deve ser apreendido de maneira fragmentada ou
compartimentada por separação ou redução, dando ênfase ao estudo do todo
sem dividi-lo examinando de modo sistêmico, pois a divisão por graus de
dificuldades no ensino de uma língua estrangeira inibem o desenvolvimento
das habilidades comunicativas que estão relacionadas a interação com o meio
educacional em sala de aula (HYMES, 1972).
Palavras-chave: Português Língua estrangeira. Guiana Francesa. Escola
pública.
¹ Graduanda do curso de letras português com habilitação em língua francesa na Universidade Federal do Amapá UNIFAP. E-mail: [email protected]
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A EXPERIÊNCIA DE APRENDER A LÍNGUA FRANCESA NO PROCESSO
DE IMERSÃO
Deliane Oliveirta SOUZA¹
Universidade Federal do Amapá
Este trabalho tem por objetivo relatar uma experiência vivenciada por uma
brasileira na cidade de Toulon, na França. A referida vivência proporcionou
uma reflexão sobre os fatores que favorecem em um processo de imersão, a
importância de uma adesão a nova cultura (francesa) no aprendizado do
idioma francês e os resultados dessa. De acordo com pesquisas feitas em
artigos científicos e segundo TONDELLI (2005), este relato abordará sobre o
processo de aprendizado da língua num contexto de imersão, enfatizando a
importância de não somente dominar o outro idioma, mas de iniciar uma troca
de experiências culturais a partir do conhecimento e adesão aos valores e
hábitos, tidos como base para estabelecer estas relações entre pessoas de
culturas opostas, ressaltando ainda etapas de transformação, as quais cada
um vive ao ser inserido em uma nova cultura, assim como as consequências
deste processo de transformação, estas muitas vezes consideradas
inevitáveis. Esclarecerá assim, diante da vivência pessoal, a experiência de um
choque cultural, que todo e qualquer estrangeiro vive ao se deparar com uma
outra cultura. Tais transformações estão baseadas em uma disposição do
indivíduo para o desprendimento e adesão de pensamentos e hábitos. Por fim,
objetiva-se esclarecer que o aprendizado de uma língua estrangeira precisa
ser vivenciado.
Palavras-chave: Língua Francês. Imersão. Choque cultural. Adesão.
¹ Graduanda do primeiro semestre do curso Letras Português-Francês da Universidade Federal do
Amapá. E-mail: [email protected]
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É POSSÍVEL APRENDER LÍNGUA ESTRANGEIRA NAS ESCOLAS
PÚBLICAS: UMA EXPERIÊNCIA A SER OUVIDA
Luan Jimmy Ferreira SALES¹ Universidade Federal do Estado do Amapá
Este trabalho tem como objetivo descrever a proposta de relato de experiência
de um aluno que teve seus primeiros contatos coma a língua francesa em
escolas públicas amapaenses e que propõe apresentar seu progresso na
aprendizagem do Francês Língua Estrangeira (FLE). Será tratado sobre a
teoria motivacional intrínseca e extrínseca, partindo do conceito de motivação
por Stephen Robbins (2009). Autores como Harter (1991), Stipek (1998),
Cordova e Leper (1996), entre outros, reportaram que, embora haja um
predomínio da motivação intrínseca no início da escolarização formal, ele
tende a decair à medida que os alunos avançam nas séries escolares,
passando a prevalecer a motivação extrínseca. As crenças podem ser
depreendidas a partir do comportamento e ações dos indivíduos podendo ser
relacionada com a motivação. Segundo Hagmeyer (2008 apud NETO,
RODRIGUES e SILVA, 2010) a motivação é um dos fatores que compõe o
complexo processo de aprendizagem e, no entanto, pode estar relacionada
com a língua, à influência de um professor e até as habilidades que os alunos
têm. Serão apresentadas ainda algumas crenças por parte de alunos e de
professores referentes ao ensino-aprendizagem de idiomas na rede pública de
ensino e as principais metodologias utilizadas por uma professora de língua
francesa no ensino fundamental para desfazer tais crenças.
Palavras-chave: Motivação. Crenças. Ensino público. Língua francesa.
¹ Graduando do primeiro semestre do Curso de Letras Português/Francês da Universidade Federal do Amapá. E-mail: [email protected]
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O ENSINO E APRENDIZAGEM DE FRANCÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA
(FLE) COM O AUXÍLIO DAS NOVAS TECNOLOGIAS
Rosa Maria Vilhena FARIAS¹ Orientador: Roberto Oliveira Souza JÚNIOR
O presente trabalho tem como proposta apresentar um relato de experiência
do uso da tecnologia da informação e comunicação (TIC) no ensino e
aprendizagem da Língua Francesa. Foram observadas turmas do 6º ano de
uma escola pública da cidade de Macapá-Ap para averiguar se as novas
tecnologias são utilizadas na escola observada e como os alunos se
comportam diante dessas inovações. O objetivo geral consistiu em investigar,
como o processo ensino- aprendizagem de L2 pode ser mediado pelo uso
dessas ferramentas. Verificou que a escola pesquisada enfrenta várias
dificuldades, as quais impossibilitam a plena integração das novas
tecnologias no contexto escolar. No decorrer da pesquisa, percebeu-se uma
certa resistência do professor e da escola, no primeiro, pode ser por falta de
interesse em mudar sua prática pedagógica de ensino, insistindo com o
método tradicional, e no segundo porque as escolas têm dificuldades de se
reorganizar para promover práticas pedagógicas inovadoras. Ao fim do
trabalho observou-se que quando as aulas de Língua Francesa são
auxiliadas pelo uso das novas tecnologias, elas se tornam para professores e
alunos mais motivadoras e prazerosas.
¹ Graduada em Licenciatura Plena em Letras com Habilitação em Língua Francesa pela Fundação Universidade Federal do Amapá. ² Professor Mestre em Literatura Brasileira
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RESUMOS MINICURSOS
O USO DE DOCUMENTOS AUTÊNTICOS EM AULAS DE FRANCÊS
LÍNGUA ESTRANGEIRA (FLE): DESENVOLVENDO AS COMPETÊNCIAS
COMUNICATIVAS DA COMPREENSÃO E PRODUÇÃO ORAL
Elicelma Almeida de SENA¹ Mayara Priscila de Jesus REIS
Instituto Federal do Amapá² Rosiane Rodrigues BRITO³
Secretaria Estadual de Educação do Amapá
Aprender um novo idioma é, sobretudo, buscar compreender também os
aspectos linguísticos e culturais do povo que faz uso desta língua. No processo
de ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira, especificamente, do
Francês Língua Estrangeira (FLE), a competência comunicativa é considerada
um fator essencial para que o entendimento entre falantes seja efetivado
satisfatoriamente, pois o estudante necessita desenvolver habilidades
comunicativas tanto na escrita, compreensão escrita (CE) e produção escrita
(PE), quanto na oralidade, compreensão oral (CO) e produção oral (PO),
dentro de sala de aula, assim como fora dela em prática social com outros
falantes da língua estudada. Nesse sentido, a presente oficina tem como
objetivo apresentar a atividades que utilizem documentos autênticos em aulas
de FLE, focalizando o desenvolvimento das competências CO e PO, atividades
estas que abrangem diversos temas cotidianos, normas sociais e culturais;
bem como o enriquecimento do vocabulário da língua estudada. Esta oficina foi
elaborada a partir de reflexões de autores que retratam o tema, como: Cyr
(1998), Germain (1993), Rosen e Reinhardt (2011), Cuq e Gruca (2002), Lhote
(1995), Dolz e Schneuwly (1998) e Tagliante (2001). Serão utilizadas diversas
tecnologias educacionais com a finalidade de proporcionar aos ouvintes uma
melhor acepção sobre esse tema: como vídeos, áudios, notebook, data-show,
fotocópias e quadro branco para ajudar nas atividades aplicadas. Nesse
enfoque, a metodologia desenvolvida seguirá da forma: será feito um breve
1 Especialista em Metodologia do Ensino Fundamental e Médio: com ênfase em Língua Portuguesa e Literatura pela Faculdade Atual e Licenciada em Letras com habilitação em Língua e Literatura Francesa pela Universidade Federal do Amapá. E-mail: [email protected]. ² Professora de Língua Francesa do Instituto Federal do Amapá (campus avançado Oiapoque) e Especialista em Linguística Aplicada pela FTA/APOENA. E-mail: [email protected]. ³ Professora de Língua Francesa na rede pública de ensino do Estado do Amapá e Licenciada em Letras com habilitação em Língua e Literatura Francesa pela Universidade Federal do Amapá. E-mail: [email protected].
30
isso serão feitas sugestões de referenciais teóricos a respeito dessa temática,
bem como uma atividade avaliativa a fim de verificar se os objetivos desta
oficina foram alcançados.
Palavras-chave: Francês Língua Estrangeira. Documentos Autênticos.
Competência Comunicativa. Oralidade.
COMMENT ANALYSER ET CHOISIR UN MANUEL DE FLE : DES
QUESTIONS PRATIQUES.
Aucileide Regina Menezes Guimarães PINTO¹ José Barreto Romariz dos SANTOS-JUNIOR²
Centro Estadual de Língua e Cultura Francesa Danielle Mitterrand
La langue était pendant longtemps comprise comme un synonyme de
grammaire, mais, on sait aujourd’hui, qu’elle comprend la phonétique, la
sémantique, les connaissances linguistique-grammaticales, le discours, etc.
Pour essayer d’atteindre tous ces domaines il est important de varier les
pratiques en salle (et pas seulement avoir un travail qui donne la première
place à la grammaire) pour que l’apprenant puisse bien maîtriser toutes les
structures linguistique-sociales de la langue. Alors, cet atelier a comme but
montrer aux professeurs et aux futurs professeurs de FLE des questions utiles
à se poser pendant le choix d’un nouveau manuel de FLE, puisque pour
développer ce type de travail, il faut avoir un manuel qui guide le processus
d’enseignement-apprentissage de la langue pour que l’apprenant puisse avoir
des moments en salle pour utiliser la langue à travers les situations réelles de
communication. Pour comprendre l’importance de ces pratiques, on a comme
soutien surtout le Cadre Européen Commun de Références pour les Langues
(2001), mais aussi les idées de Robert, Rosen, Reinhardt (2011), Courtillon
(2003), Tagliante (2006), Cuq (2003), Cuq et Gruca (2003) qui nous aident à
voir la salle de classe de FLE comme un lieu ouvert à la découverte et à
l’interaction.
Mots-clés : Manuel de FLE. Enseignement-apprentissage. Perspective
Actionnelle. Langue Étrangère.
¹ Professora do Centro Estadual de Língua e Cultura Francesa Danielle Mitterrand, especialista em Língua Francesa. E-mail: [email protected] ² Professor do Centro Estadual de Língua e Cultura Francesa Danielle Mitterrand, especialista em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Literatura. E-mail: [email protected]
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LES JEUX DE THÉÂTRE ET LE JEU DRAMATIQUE COMME OUTIL
PÉDAGOGIQUE EN CLASSE DE FRANÇAIS LANGUE ÉTRANGÈRE (FLE)
Darcimara da Silva MATTA¹ Jaqueline Nascimento da Silva REIS²
Cet atelier propose de montrer que les pratiques artistiques, telles que les jeux
de théâtre (VIOLA SPOLIN, 1989) et les jeux dramatiques (RYNGAERT, 1996),
peuvent motiver les apprennants à apprendre une langue étrangère, rendant
ainsi propice leur engagement discursif plus naturel et agréable. Nous
présenterons une expérience de pédagogie active que nous avons menée à
Macapá, au collège Lucimar Amoras Del Castillo, auprès de dix-huit
adolescents inscrits en septième année, pendant laquelle nous avons travaillé
des tâches conduisant à l’accomplissement de deux objectifs communicatifs:
parler de ses loisirs et décrire un espace externe. En général, les apprenants
sont assez résistants aux activités d’expression orale, par peur de commettre
des fautes, des erreurs. Inspirés des recherches menées par Massaro (2008),
nous avons conçu une séquence didactique centrée sur des pratiques
artistiques interliées (plastiques, musicales et théâtrales). Nous avons pu
observer que par le biais de la créativité, les adolescents s’exprimaient de
façon plus autonome. Ainsi, l’atelier se propose de présenter la séquence
didactique utilisée afin que de futurs enseignants puissent s’y inspirer ou
construire des séquences avec d’autres pratiques artistiques.
Mots-clés: Pratiques artistiques. Jeux de théâtre. Jeu dramatique.
¹ Professora de Língua Francesa na Escola Estadual Helenise Dias dos Santos. Licenciada Plena em Letras com habilitação em Língua e Literatura Francesa pela Universidade Federal do Amapá; Especialista em Metodologia do Ensino da Língua e das Literaturas de Expressão Francesa pela Faculdade de Tecnologia de Macapá. E-mail: [email protected] ² Professora de Língua Francesa na Escola Estadual Professor Lucimar Amoras Del Castillo. Licenciada Plena em Letras com habilitação em Língua e Literatura Francesa pela Universidade Federal do Amapá; Especialista em Metodologia do Ensino da Língua e das Literaturas de Expressão Francesa pela Faculdade de Tecnologia de Macapá. E-mail: [email protected]
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COMMENT DÉVELOPPER LA PRODUCTION ORALE POUR LES NIVEAUX
A2 ET B1 : DES STRATÉGIES ET DES OUTILS POUR DÉCLANCHER
L’ORALITÉ
José Barreto Romariz dos SANTOS-JUNIOR
Centro Estadual de Língua e Cultura Francesa Danielle Mitterrand
L’oralité est parfois comprise comme le principal but de l’enseignement-
apprentissage d’une langue étrangère, mais les enseignants ont toujours la
même question : comment faire les apprenants parler ? En réfléchissant sur
cette question, cet atelier a comme but montrer des stratégies qu’on peut
utiliser en classe pour développer la production orale. On peut donc utiliser un
document déclencheur, comme par exemple, les chansons francophones, les
reportages, les vidéos. Il faut que l’apprenant ait quoi parler, s’il ne sait pas sur
quoi il va parler, les activités de production orale ne seront que des moments
évaluatifs et n’auront aucun rapport avec ce qu’il vit hors l’école. Quand on
utilise des documents authentiques, on a comme matériel didactique ce que les
gens utilisent pour se communiquer, pour s’informer, pour interagir avec l’autre.
Pour comprendre la production en tant qu’un discours socialement situé, on a
comme soutien les idées de Courtillon (2003), Cuq et Gruca (203), Roulet
(1991), Steffen (1991) et Mayor (1991) qui comprennent les activités de
production orale sur un biais plus actionelle et socio-communicatif.
Mots-clés : Production orale. Interaction sociale. Stratégies
d’apprentissage.
¹ Professor do Centro Estadual de Língua e Cultura Francesa Danielle Mitterrand, especialista em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Literatura. E-mail: [email protected]
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Observação editorial: os resumos publicados neste volume são de inteira responsabilidade do autor.
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REALIZAÇÃO
CURSO DE LETRAS PORTUGUÊS/FRANCÊS
PROMAD
APOIO
Associação de Professores de Francês do Amapá (APROFAP)
Centro Cultural Franco-Amapaense (CCFA)
Centro Estadual de Língua e Cultura Francesa Dannielle Mitterrand
(CELCFDM)
Instituto de Ensino Superior do Amapá (IESAP)
Universidade Estadual do Amapá (UEAP)
Curso de Especialização em Produção de Material Didático e
Formação de Mediadores para a Educação de Jovens e Adultos
(PROMAD)
Programa do Governo Federal Pacto Nacional pelo Fortalecimento do
Ensino Médio (PNEM)
Pró-Reitoria de Extensão e Ações Comunitárias (PROEAC)
Centro Acadêmico de Letras (CAL-UNIFAP)
Yazigy
TOP Internacional
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