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ANÁLISE DOS
PRINCÍPIOS, PRÁTICAS, CAPACITADORES
E DIRECIONADORES DE MERCADO QUE
CONDUZIRAM O SENAI-SP A
CERTIFICAÇÃO ISO 14000: UM SURVEY
EXPLORATÓRIO.
Geraldo Cardoso de Oliveira Neto
(UNINOVE)
Marcos Lopes Fialho
(SENAI-SP)
Mário Mollo Neto
(UNIP)
Oduvaldo Vendrametto
(UNIP)
Resumo Esse artigo tem por objetivo geral identificar os princípios, as práticas, os
capacitadores e os direcionadores de mercado das escolas que iniciaram o
projeto piloto que levaram o SENAI/SP a implementação da ISO 14001. Em
específico foram aanalisados: (i) quais stakeholders influenciaram o
SENAI/SP a implementação da ISO 14001, além de identificar a tipologia da
influência; (ii) as densidades e grau de centralidades dos relacionamentos da
rede, além de desenvolver grafos por meio do Ucinet-Draw; e (iii) após a
certificação de algumas escolas pertencentes ao projeto piloto verificou-se a
formação de escolas multiplicadoras a fim de auxiliar a demais escolas da
rede nos procedimentos para a implementação da ISO 14001. O método de
pesquisa utilizado foi à aplicação de survey exploratório por e-mail por meio
de questionário estruturado e análise de dados por meio do software
aplicativo para análise de redes sociais - Ucinet-Draw. Os resultados
mostraram que das oito escolas, seis foram certificadas, e nessa análise
constataram-se os motivos, além disso, percebeu-se que algumas escolas
certificadas se tornaram multiplicadoras de conhecimentos para outras
escolas da rede.
Palavras-chaves: Sistema de Gestão Ambiental; ISO 14001; Análise de Redes
Sociais
20, 21 e 22 de junho de 2013
ISSN 1984-9354
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1 INTRODUÇÃO
A visão capitalista da humanidade impulsionou mudanças catastróficas no ecossistema em
relação às mudanças climáticas decorrente das emissões desenfreadas. O foco estava exclusivamente
em princípios, práticas, capacitadores, direcionadores de mercado e objetivos de desempenho que
trouxessem vantagens econômicas.
Godinho Filho (2004) menciona que os direcionadores são as condições de mercado que
possibilitam, requerem ou facilitam a implementação de mudanças de princípios, que são as idéias
(os fundamentos) que norteiam as empresas a implementação de capacitadores, compostos de
tecnologias, metodologias e ferramentas, que impulsionam a inserção de objetivos de desempenho ou
estratégicos da produção. “Os objetivos mais amplos que as operações produtivas necessitam
perseguir para satisfazer a seus stakeholders formam um pano de fundo para todo o processo
decisório da produção [...] no nível operacional é necessário um conjunto de objetivos mais
estritamente definidos” (SLACK, 2007).
No início do século XX o princípio básico estava calcado na eficiência operacional para a
produção em massa com o objetivo de aumentar a produtividade e ter baixo custo. De 1950 a 1970 o
mercado passou a ser estável e os clientes exigiam qualidade e diferenciação nos produtos. Sendo
assim, a empresa se adaptou a alta diversidade de produtos com enfoque na flexibilidade e qualidade
na operação.
Em 1987 os clientes passaram a exigir responsividade no desenvolvimento de produtos e
entrega em um ambiente com alta variedade de produtos. As empresas sobreviventes se adaptaram a
velocidade no desenvolvimento de produtos e pontualidade na entrega. No mesmo período, o
mercado passou a exigir customização impulsionando as organizações ao desenvolvimento de
produtos e serviços de acordo com as especificidades individuais dos clientes.
No ano de 1991 o direcionador de mercado visava o atendimento às mudanças inesperadas,
tornando a manufatura ágil com objetivo de se adaptar a essas mudanças e incertezas.
Porém na ultima década do século XX, surgiu à preocupação com a preservação do meio
ambiente. Visto que a transparência socioambiental, frente aos stakeholders, se tornou direcionador
de mercado indispensável para a competitividade. E desta forma, as organizações tendem a
desenvolverem princípios, práticas, capacitadores e objetivos de desempenho limpos, visando
principalmente ações de conscientização ambiental, conquistando além das vantagens econômicas,
ganhos ambientais. Segundo Barbieri (2007), diversos processos foram e continuam sendo
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desenvolvidos para capturar, tratar e dispor os poluentes, bem como utilizar os recursos de forma
mais eficiente.
Entretanto entende-se que a educação ambiental deve partir das escolas, principalmente se
referindo ao SENAI- SP que capacita mão de obra especificamente para as indústrias, incluindo o
jovem aprendiz. Desta forma, está ocorrendo mudanças incrementais, de tal modo, que as indústrias
dos diversos segmentos, principalmente as químicas sofrem pressões da política pública, dos agentes
econômicos e da sociedade para a concepção de transparência em suas ações socioambientais, que
necessitam de nova abordagem educativa frente à crise ambiental que fragiliza a humanidade e as
condições de sobrevivência futura.
Esse artigo tem por objetivo identificar os princípios, as práticas, os capacitadores e os
direcionadores de mercado das escolas que iniciaram o projeto piloto e em uma amplitude maior que
levaram o SENAI/SP a implementação da ISO 14001.
É importante salientar que a implementação da ISO 14001 no SENAI-SP não se trata apenas
de documentos de certificação, mas sim um conjunto de mudanças de princípios, práticas,
capacitadores e objetivos de desempenho na própria gestão visando transparecer e educar pelo
exemplo os stakeholders.
Em específico serão analisados, quais stakeholders influenciaram o SENAI/SP a
implementação da ISO 14001, além de identificar a tipologia de influencia exercida por eles. Os
dados foram coletados por meio de questionário estruturado e avaliados por ferramenta de software
gráfico dedicado UCINET-DRAW a fim de mostrar as densidades e centralidades dos
relacionamentos da rede por meio da representação gráfica das estruturas de relacionamentos no que
tange a implementação da ISO 14001 nas escolas e a tipologia de influência exercida pelos
stakeholders.
E por fim, após a certificação de algumas escolas pertencentes ao projeto piloto verificar-se-á
se formaram multiplicadores para auxiliar nos procedimentos para a implementação da ISO 14001 de
outras unidades, possibilitando verificar a ação das escolas certificadas frente às unidades que estão
em processo de certificação.
Para alcançar o objetivo o presente artigo é subdividido em quatro seções, a primeira mostra-
se a introdução, na segunda se apresenta o referencial teórico, na terceira conceitua-se a metodologia
adotada, na quarta elucida-se o estudo de caso, na quinta desenvolveu-se a discussão dos resultados
do survey exploratório empírico e por fim a conclusão.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
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Nesse tópico serão conceituados sobre educação ambiental em escolas, requisitos para
implementação de ISO 14001 e tipologia de influência dos stakeholders.
2.1 A educação ambiental e certificação ISO 14001 em escolas
Nessa seção será conceituado sobre a necessidade de implementação da educação ambiental e
certificação ISO 14000 nas escolas rumo à sustentabilidade.
Entende-se que a gestão ambiental deve ser intensificada na administração escolar para
reduzir impactos ambientais através de desenvolvimento de planos que vise o uso racional de
recursos e implementação de controle (Barbieri, 2007). Segundo Barbieri e Silva (2011) a sociedade
precisa estar atenta aos objetivos da educação ambiental e para isso as escolas devem disseminar o
comportamento, promovendo análise crítica nos envolvidos (Barbieri e Silva, 2011), visando à
resolução conjunta de problemas ambientais (Intergovernmental Conference on Environmental
Education, 1977) por meio de capacitação de pessoas para o pensamento ambiental nas decisões
rumo à sustentabilidade (Strife, 2010), mostrando a realidade (Kyburz-Graber, 2006).
Nos últimos anos as escolas estão aprimorando em seus conteúdos programáticos modelos
que vise a sustentabilidade (Barbieri e Cajazeira, 2009) para garantir a educação ambiental, conforme
rege a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 no artigo 225, que visa promover
educação ambiental no ensino por meio de práticas reais de atuação, que são, segundo Tachizawa e
Andrade (2008):
a) planejar integração entre a sociedade local e alunos; b) estabelecer parcerias com
organizações do entorno; c) sensibilizar os docentes e discentes sobre educação ambiental; d)
promover fóruns e reuniões de discussões entre comunidade, docentes, discentes e funcionários no
geral das escolas; e) firmar parcerias com fornecedores de tecnologia e equipamentos na área
educacional.
O objetivo principal é sensibilizar as pessoas a adoção de nova conduta (Barbieri, 2007).
Como por exemplo, o projeto recicle: a vida se renova, da Fundação Getúlio Vargas – FGV que
visa: a inclusão social, econômica e cultural dos catadores de lixos através do acesso à educação, o
incentivo a ações de tratamento, coleta seletiva e reciclagem de materiais, preservação ambiental e
desenvolvimento de atividades educativas (Tachizawa e Andrade, 2008). Essas ações tendem a
impulsionar mudanças nos padrões de consumo das pessoas resultando na redução no input físico por
unidade produzida pelas indústrias de recursos naturais (Seiffert, 2010).
A escola pesquisada - SENAI-SP visa à disseminação de educação ambiental para a gestão
escolar, discentes e comunidade e, como conseqüência visa conquistar a certificação ISO 14001.
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A ISO 14001 consiste em ferramenta estratégica da gestão ambiental visando equilibrar a
proteção ambiental e a prevenção da poluição (Carvalho e Paladini, 2005), tendo como
responsabilidade a circunvizinhança em que opera, visando o comprometimento da alta gerência e
todos os empregados a fim de assegurar o fornecimento de um nível apropriado de recursos para
garantir a implementação e manutenção do sistema de gestão ambiental, que intensifica os seguintes
requisitos que visam: (i) política ambiental; (ii) planejamento dos aspectos ambientais e
intensificação de objetivos e metas; (iii) implementação e operação por meio de matriz de
responsabilidade, treinamento, conscientização, comunicação e controle de documentos; (iv) controle
operacional para verificação e ação corretiva para avaliar não conformidades e ações corretivas e
preventivas e gerar registros de auditorias do SGA e (v) análise crítica da administração (ISO
14001:2000, 2003).
2.2 A influência dos Stakeholders nas organizações e a tipologia de classificação.
Essa seção menciona sobre a necessidade de gerenciar a ação dos stakeholders devido às
influencias exógenas que impulsionam mudanças incrementais nos princípios, práticas e ferramentas
de negócios das organizações.
As empresas devem responsabilidades para outros grupos ou indivíduos além dos
proprietários ou acionistas, que incluem em sentido amplo, grupos amigáveis ou hostis que pode
afetar a consecução dos objetivos da organização ou que pode ser afetado por tais objetivos. Neste
caso, agências de governo, associações comerciais, competidores, segmentos de clientes,
empregados, governos, agentes econômicos e sócios são todos considerados stakeholders. Em
sentido estrito, consideram-se todos e qualquer grupo ou indivíduo identificável no qual a
organização depende para sua sobrevivência, tais como: acionistas, empregados, clientes, instituições
financeiras. Porém para a formulação da estratégia é preciso considerar o sentido amplo (Freeman e
Reed, 1983).
No contexto da sustentabilidade um stakeholder é qualquer indivíduo ou instituição que afete
ou possa afetar as atividades de um determinado grupo para entronizar a educação ambiental na
gestão dos negócios, assim como também é ou pode ser afetado pelas atividades daquele mesmo
grupo (WBCSD, 2001). A responsabilidade ambiental abrange o relacionamento ético que uma
organização deve ter com os diversos stakeholders (Lyra et al., 2009) e esse relacionamento ético
impulsionam a aprendizagem entre os grupos envolvidos de maneira coletiva (Mostardeiro e
Ferreira, 2005).
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Em conseqüência disso, as empresas adotam novas formas de gestão, inovam na preocupação
de se ajustar com as exigências mundiais e criam estratégias colaborativas como forma de adquirirem
habilidades que ainda não possuem (Dyer e Singh, 1998).Representando um paradigma de
vinculação flexível incremental decorrentes a troca de informações mesmo em aglomerados de
empresas que trabalham independentes, mas em muitos casos com objetivos comuns (Venturini,
2008).
A tipologia de classificação dos stakeholders visa contribuir com a teoria combinando três
atributos de relacionamento (Quadro 1): (i) Poder, definido como posição para realizar sua própria
vontade apesar da resistência por meios coercitivos ou normativos; (ii) Legitimidade, caracteriza pelo
núcleo normativo, se concentra em como adquirir legitimidade entre as partes interessadas; e (iii)
Urgência, ajudar a mover o modelo estático para o dinâmico para agir com atenção imediata
(Mitchell et al. 1997).
Quadro 1 – Tipologia de stakeholders
Tipo de stakeholder Classificação
Stakeholder Latentes
(possuem apenas um
dos atributos,
provavelmente
recebem pouca atenção
da empresa)
(i) stakeholder adormecido – tem poder para impor sua vontade na organização, porém não é aceito
(legítimo) e nem tem urgência. Sendo assim fica em desuso, tendo ele pouca ou nenhuma interação com a
empresa.
(ii) stakeholder discricionário – é aceito (legítimo), mas não tem poder de influenciar a empresa e nem de
exigir urgência. Não há absolutamente nenhuma pressão sobre as demais partes envolvidas, apesar de ser
normativos e aceitáveis, os envolvidos podem optar por fazê-lo, principalmente pela falta de controle.
(iii) stakeholder exigente – quando o atributo mais importante é a urgência. Sem poder nem legitimidade.
Stakeholder
expectantes (possuem
dois atributos, o que
leva a uma postura
mais ativa do
stakeholder e da
própria empresa)
(iv) stakeholder dominante – é aceito sem contestação devido à legitimidade e poder.
(v) stakeholder perigoso – quando há poder e urgência, mas não existe aceitação. Esse é totalmente
coercitivo.
(vii) stakeholder dependente – é aquele que tem alegações com urgência com aceitação, mas não tem
poder por si só, dependendo de outro stakeholder para que suas reivindicações sejam aceitas.
Stakeholder definitivo – possui poder, legitimidade e urgência, exigindo dos envolvidos atenção e priorização imediata.
Não – stakeholder – não exerce nenhuma influência, nem é influenciado.
Fonte: Mitchell et.al 1997
É importante salientar que a teoria das redes sociais contribui com a análise dos stakeholders
para a formulação da estratégia, pois as empresas não respondem simplesmente a cada stakeholder
individualmente, mas sim à interação de múltiplas influências de todo um conjunto de stakeholders.
A sua proposta sustenta-se em dois fatores: densidade da rede e centralidade da organização focal
(Rowley, 1997).
3 METODOLOGIA
Para alcançar os objetivos propostos pelo presente trabalho, foi realizado survey exploratório
de natureza qualitativa e quantitativa por meio de questionário estruturado. Para tanto, os
procedimentos técnicos utilizados foram a pesquisa de levantamento do tipo survey (Forza, 2002). A
pesquisa survey exploratória permite estabelecer correspondência quantitativa para dados qualitativos
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por meio de estatística descritiva para obtenção de resultado mais robusto em explicações teóricas
(FORZA, 2002; CROOM, 2005; GODOY, 2006 e CAUCHICK et al., 2010).
Para o desenvolvimento do questionário estruturado foi realizado o levantamento do projeto
de implantação do Sistema de Gestão Ambiental no SENAI com base na ISO 14000 e entrevista com
o coordenador da implantação. Como resultado desse primeiro levantamento e aprofundamento dos
documentos pertinentes foram identificados os possíveis direcionadores de mercado, princípios,
práticas e capacitadores, além de constatar que inicialmente apenas 8 (oito) unidades da rede SENAI,
que fizeram parte do 1º grupo de implementação do SGA, esse questionário foi estruturado com 12
(doze) questões objetivas abordando itens relativos à implementação do sistema de gestão ambiental.
Segundo Fachim (2003) o instrumento de pesquisa denominado questionário estruturado tem
em sua principal função a explicação sistemática dos fatos que ocorrem na empresa pesquisada e que
geralmente se relacionam com uma multiplicidade de variáveis e apresentados por meio de uma
análise descritiva.
Também, no processo de entrevista junto ao coordenador geral da implementação do SGA no
SENAI-SP identificaram-se as pessoas responsáveis pela implantação do SGA em suas respectivas
unidades, permitindo estabelecer comunicação direcionada, com vistas à sensibilização, e-mail e
efetuadas ligações pontuais para um breve relato do objetivo da pesquisa e ressaltando sobre a
colaboração a respeito do questionário que seria enviado por e-mail posteriormente.
Com base nas informações do coordenador decidiu-se utilizar como amostra da pesquisa as 8
(oito) unidades piloto para identificar os princípios, as práticas, os capacitadores e os direcionadores
de mercado das escolas que iniciaram o projeto piloto e em uma amplitude maior que levaram o
SENAI/SP a implementação da ISO 14001.
Também no instrumento de coleta de dados, questionaram-se quais as escolas se tornaram
multiplicadoras após a certificação e quais foram os principais stakeholders que influenciaram o
SENAI-SP na certificação ISO 14000 para identificar a tipologia de influência exercida (Poder,
Legimitidade e Urgência), visando à combinação dos três atributos de relacionamento pelos
pesquisadores para a classificação da tipologia dos stakeholders, segundo (Mitchell et al., 1997).
Na análise de dados, auxiliado pela estatística descritiva, avaliou-se a densidade da rede, a
coesão e grau de centralidade do relacionamento da rede por meio do software Ucinet (Bogardi et al.,
2002) para demonstrar padrões de comportamento da rede analisada, quanto de seus atores imersos
(Wasserman e Faust (1994), entendendo a conectividade entre eles (Emirbayer e Goodwin, 1994). As
métricas utilizadas foram:
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a) Centralidade de grau é a medida pelo número de laços que um ator possui com outros
atores em uma rede (Wasserman e Faust, 1994).
b) A medida de densidade visa mensurar o número atual de ligações entre os atores da rede e
o número possível de ligações entre os atores da rede (Wasserman e Faust, 1994).
c) A coesão visa identificar subgrupos coesos de atores em uma rede. Em termos estruturais,
subgrupos coesos são subconjuntos de atores que apresentam laços relativamente fortes, diretos,
coesos, intensos e frequentes (Wasserman e Faust, 1994). Argumenta-se que subgrupos coesos
possuem suas próprias normas, valores, orientações e subculturas (Scott, 2000), sendo base para a
solidariedade, identidade e comportamento coletivo em maior intensidade entre esses atores de
dentro do grupo do que com os de fora. Esse fenômeno é conhecido como homofilia (De Nooy,
Mrvar e Batagelj, 2005).
Outro aspecto relevante é a possibilidade de elucidar a representação gráfica das estruturas de
relacionamentos por meio do pacote agregado Net-Draw sobre os princípios, práticas, capacitadores
e direcionadores de mercado da implementação da ISO 14001 no SENAI e identificar as escolas
multiplicadoras.
3 ESTUDO DE CASO
3.1 Apresentação da Instituição de Ensino
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI tem atuação direta na formação
profissionalizante, com 90 escolas no Estado de São Paulo e sede regional localizada na capital
paulista, fundado há mais de 60 anos, com uma produção de mais de 650.000 matrículas/ano no
Estado de São Paulo em 2010.
Criado em 1942, por iniciativa do empresariado do setor, o SENAI é um dos mais
importantes pólos nacionais de geração e difusão de conhecimento aplicado ao desenvolvimento
industrial. Parte integrante do Sistema Confederação Nacional da Indústria - CNI e Federações das
Indústrias dos estados, o SENAI apóia 28 áreas industriais por meio da formação de recursos
humanos e da prestação de serviços como assistência ao setor produtivo, serviços de laboratório,
pesquisa aplicada e informação tecnológica.
No ano 2010 foi marcado pela sanção presidencial à lei que cria a Política Nacional de
Resíduos Sólidos no país. Entre importantes inovações apresentadas, o texto a introdução da
responsabilidade compartilhada na legislação brasileira, envolvendo sociedade, empresas, prefeituras
e governos estadual e federal na gestão dos resíduos sólidos. Estabelece, ainda, que as pessoas terão
de acondicionar de forma adequada o lixo para recolhimento, fazendo a separação onde houver a
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coleta seletiva. A indústria de reciclagem e os catadores de material reciclável devem receber
incentivos da União e dos governos estaduais. Por meio de incentivos e novas exigências o país
tentará resolver o problema da produção de lixo das cidades, que chega, nos maiores centros, a 150
mil toneladas por dia.
Neste contexto, a responsabilidade ambiental é prioridade de todas as empresas preocupadas
com a sustentabilidade dos seus negócios. E o SENAI, através da Rede de Meio Ambiente, apóia a
competitividade da indústria oferecendo o que há de melhor em suporte técnico no atendimento de
demandas ambientais associadas a requisitos legais e mercadológicos.
A escola procura estar sempre em sintonia com novas práticas de trabalho, a escola considera
que na atualidade a maior preocupação do sistema produtivo das empresas é reduzir a poluição, para
isso, precisam-se implementar práticas e princípios ambientais na governança, a fim de disseminar
conhecimento para o educando, indústrias e comunidade e, em consequência, conquistar a
certificação ISO 14000. Oliveira Neto et.al (2009) relatam que convergir desenvolvimento
econômico e sustentabilidade tornou-se uma questão paradigmática, por intensificar no pensamento
dos empresários a preocupação com as gerações futuras e busca manter a vida na terra de forma
indefinida através de princípios que visem a reciclagem, a produção mais limpa, o ciclo fechado.
Ambos buscam reduzir a poluição no processo produtivo.
3.2 Princípios, Práticas, Capacitadores e Direcionadores de Mercado do SENAI-SP
Os princípios, as práticas, os direcionadores de mercado e os capacitadores apresentados
foram elencados na entrevista junto a um coordenador com base na interpretação da Norma ISO
14001 e documentos internos do SENAI-SP que fazem parte do projeto de implementação do
Sistema de Gestão Ambiental em estudo em todas as escolas.
Quadro 2 – Princípios, práticas, Capacitadores de Mercado e Direcionadores de Mercado do SENAI-SP para
implementação da ISO 14000 O SENAI-SP considera 6 princípios para impulsionar mudança incremental rumo à gestão ambiental
i) Controle e manutenção sobre a gestão ambiental;
ii) Controle da poluição;
iii) Controle da destinação de resíduos sólidos;
iv) Controle de consumo de recursos naturais (água, energia elétrica);
v) Controle de registro de documentos internos e legislação aplicável; e
vi) Melhorias contínuas do processo de gestão ambiental.
O SENAI-SP considera 14 práticas necessárias para a implementação da gestão ambiental i) Disseminação da Política;
ii) Objetivos e metas do Sistema de Gestão do SENAI/SP;
iii) Implementação de programa para redução do volume dos resíduos perigosos gerados;
iv) Implementação de programa para redução do consumo ou substituição de produtos com substâncias restritivas por materiais
alternativos;
v) Implementação de programa para coleta seletiva;
vi) Reciclagem e destino adequado de resíduos sólidos;
vii) Monitoramento da conformidade legal;
viii) Capacitação de auditores líderes para acompanhamento do processo de gestão ambiental;
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ix) Estabelecimento de programa de capacitação para funcionários;
x) Restabelecimento de programa de capacitação para prestadores de serviços;
xi) Implementação de programa de auditoria interna;
xii) Elaboração de documentos;
xiii) Formulários e registros para manutenção e controle do Sistema de Gestão Ambiental; e
xiv) Monitoramento dos indicadores e programas de Gestão Ambiental.
O SENAI-SP considera 11 capacitadores/ferramentas para avaliação e controle visando a gestão da informação
i) Registro e controle de consumo de água;
ii) Registro e controle de consumo de energia elétrica;
iii) Registro e controle de consumo de papel;
iv) Planilha de avaliação de significância ambiental;
v) Planilha de controle de resultados ambientais;
vi) Cronograma de implantação do Sistema de Gestão;
vii) Sistema para controle e manutenção da legislação aplicável (Federal, Estadual e Municipal (Intranet);
viii) Sistema de Gestão Ambiental (Intranet);
ix) Matriz de responsabilidades;
x) Gráficos; e
xi) Fluxogramas.
O SENAI-SP considera 4 direcionadores de mercado que impulsionou a implementação da ISO 14001
i) Influência de clientes externos;
ii) Influência do Departamento Nacional;
iii) Influência do Departamento Regional; e
iv) Influência de fornecedores e empresas contribuintes do sistema FIESP.
Fonte: Dados da empresa.
Fundamentado nos princípios, práticas, capacitadores e direcionadores de mercado do
SENAI-SP desenvolveu-se e aplicou-se o survey exploratório por meio de questionário estruturado
com o apoio do “Google Docs”. Desta forma os respondentes após salvar suas respostas, geravam-se
dados estatísticos do processo para os pesquisadores, facilitando o levantamento de informações para
a análise dos dados posteriormente.
5 RESULTADOS
Os resultados aqui descritos tiveram um viés do ponto de vista geral dos atributos utilizados
pelas escolas do grupo piloto e, posteriormente, os resultados quanto à densidade e centralidade,
sendo que paralelamente, a verificação dos atributos e seus respectivos pesos para aquelas escolas
que atingiram a certificação e, finalmente, a relação existente quanto aos multiplicadores do processo
para as escolas do 2º grupo com ingresso na implantação do SGA.
5.1 Atributos do SENAI-SP para a implementação da ISO 14001.
Nessa seção fundamentada nas respostas das escolas serão discutidos por meio de estatística
descritiva os princípios, práticas, capacitadores e direcionadores de mercado que impulsionaram o
SENAI-SP à busca da certificação ISO 14001. Os dados estão presentes no Gráfico 1, que
possibilitou a seguinte análise:
A influência do departamento regional representa 75% dos respondentes como o direcionador
de mercado mais relevante para a implementação da ISO 14001, seguido de 63% da influência de
clientes externos, tais como indústrias locais e o novo perfil dos estudantes em relação à educação
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ambiental. Com 13% estão às influências dos fornecedores e departamento nacional e o menos
relevante, com nenhum aceite consiste na influência das empresas contribuintes do sistema FIESP.
Quanto aos princípios adotados pode-se constatar que o controle e manutenção da gestão
ambiental calcado na legislação vigente em relação à destinação de resíduos sólidos e uso
ecoeficiênte dos recursos naturais foi o princípio de maior relevância para a implementação da ISO
14001 , representando 88% das respostas, com 75% dos aceites está a busca da melhoria contínua no
processo de SGA e com menor relevância (37%), segundo os respondentes não há como controlar a
poluição em nível global, é possível apenas fazer o controle interno.
Quanto às práticas adotadas, a Capacitação dos prestadores de serviços, com 0% indica uma
prática não adotada pelas escolas e com baixa influência na supracitada implementação, por outro
lado, com 100% de adesão, a Disseminação da política, os objetivos e metas do sistema de gestão da
empresa, em busca da certificação, são pontos fortes a serem considerados.
Num contraponto, com 38% a Implementação de programa de redução do volume dos
resíduos perigosos gerados surge como uma prática de relevância apenas para escolas que possuem
processos que a justifiquem e, no caso, Monitoramento da conformidade legal, Capacitação de
auditores líderes para acompanhamento do processo de gestão ambiental, Implementação de
programa de auditoria interna, Elaboração de documentos, formulários e seus registros para
manutenção e controle do SGA e Monitoramento dos indicadores e programas de Gestão Ambiental
aparecem, ao lado daquelas com 100% de adesão, como as práticas de grande relevância, se
considerarmos o contexto geral das 8 (oito) escolas piloto.
Dos capacitadores, o único que não possui representatividade é o uso de fluxogramas, no
entanto, 100% dos respondentes defendem a importância no uso de planilhas para o registro e a
avaliação de significância ambiental e de controle de resultados ambientais, ou seja, mapeamento e
controle dos processos inerentes a cada unidade envolvida.
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Figura 1 – Aspectos avaliados em relação aos atributos selecionados para impulsionar a implementação da ISO
14001.
5.2 Atributos com influência na certificação
Nessa seção, fundamentado nas respostas das escolas serão apresentados por meio de redes
sociais os atributos que foram indispensáveis e facilitaram a implementação da ISO 14001. Cabe
ressaltar que das oito escolas pilotos, seis alcançaram a certificação. É importante salientar que na
seção anterior o objetivo era estabelecer quais os atributos foram elencados para impulsionar a
implementação da ISO 14001 e nessa seção visa-se demonstrar os atributos que foram indispensáveis
e facilitadores percebidos após a certificação.
Nesse sentido, analisando os gráficos das redes a seguir, pode-se perceber que:
Dos princípios elencados (Figura 2), apenas aquele que diz respeito ao Controle da Poluição
ficou abaixo dos 100% de adoção, tornando evidente o caminho que deve ser seguido por aquelas
unidades que desejam o mesmo resultado na implementação da ISO 14001.
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Figura 2 – Princípios adotados pelas escolas certificadas
Quanto às Práticas adotadas temos a seguinte relação: 1/6 das escolas apenas conforme a
Figura 3, indica a utilização da Implementação de programa de redução do volume de substâncias
perigosas e 50% com a Implementação de programa de redução do consumo de produtos com
substâncias restritivas e substituição por material alternativo. No que tange às demais práticas o alto
grau de relevância, 100% e 88%, indicam mais uma vez a importância dos itens apontados como
norteadores das práticas para o sucesso da implementação em questão. O Estabelecimento de
programa de capacitação de prestadores de serviços com 0% de aderência, conforme analisado
anteriormente pode indicar uma capacidade de implementação que se utiliza fortemente de
procedimentos internos para o cumprimento de ações que permitam aos prestadores o trabalho dentro
da conformidade necessária para não influenciar os resultados finais da implantação do SGA.
Figura 3 – Práticas adotadas pelas escolas certificadas
Com relação aos Capacitadores (Figura 4), constatou-se que o uso de fluxograma é totalmente
dispensável, com 50% das afirmativas das escolas: o uso do Sistema de Gestão Ambiental disponível
na Intranet da empresa auxiliou na certificação, e 67% das escolas relataram que registrar e controlar
o consumo de papel também foi um propulsor da certificação ambiental.
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Os capacitadores utilizados no processo de certificação, com 100% da afirmativa dos
respondentes são: planilha de avaliação de significância ambiental, planilha de controle de resultados
ambientais, sistema para controle e manutenção da legislação aplicável Federal, Estadual e
Municipal (Intranet), matriz de responsabilidades e Gráficos.
Com a afirmativa de 83% das escolas utilizou-se os seguintes capacitadores em prol da
certificação: registro e controle de consumo de água, registro e controle de consumo de energia
elétrica e cronograma de implantação do Sistema de Gestão.
Figura 4 – Capacitadores adotados pelas escolas
E por fim, no que tange a análise dos Direcionadores de Mercado (Figura 5) constatou-se que
o Departamento Regional de São Paulo, com sinalização de 83% dos respondentes, é o propulsor
para que o SENAI/SP caminhasse rumo à implementação de um sistema que colocasse a instituição
como referência no âmbito de Gestão Ambiental, além do Cliente Externo com 50% dos créditos
dessa influência.
Sobre o cliente externo, com maior poder de influenciar estão as empresas, que na atualidade
estão implementando políticas ambientais na estratégia de negócios.
Figura 5 – Direcionadores de Mercado das escolas certificadas
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5.3 Análise da densidade e grau de centralidade dos princípios, das práticas, dos capacitadores e
direcionadores de mercado
Nessa seção apresentar-se-á as medidas de densidade e centralidade da relação entre as
escolas e os atributos de análise no que tange os direcionadores de mercado, princípios, práticas e
capacitadores. Por meio da análise de densidade foi possível conhecer o número atual de ligações
entre os atores da rede e o número possível de ligações entre os atores da rede a fim de facilitar a
análise dos dados, possibilitando identificar as relações. Também, avaliou-se a centralidade das
relações visando identificar se um ator é localmente central, se ele apresenta grande número de
conexões na rede. Na Tabela 1 mostram-se os princípios, as práticas, os capacitadores e os
direcionadores de mercado.
Em relação aos direcionadores de mercado foi possível entender que as escolas apresentam
em média 0,13% de densidade e 0,32% de centralidade. O departamento regional, sede do SENAI-
SP, lidera com 83% de influencia sobre a implementação da política ambiental, com 50%, as
empresas que estão implementando a gestão ambiental na estratégia dos negócios e por fim com 17%
o departamento nacional.
Foi possível constatar as causas de duas escolas não conquistarem a certificação.
A escola CFP 1.16 apresentou percentual menor de densidade no que tange aos princípios,
com representatividade de 0,047%, além disso, utilizou apenas 0,038% de capacitadores, isto é,
ferramentas de gestão, apesar de colocar em prática grande parte desses princípios, com percentual
de 0,12% o estudo comprovou ineficiência no que tange a aceitação dos princípios e a forma de fazer
gestão.
Sobre a centralidade, com enfoque na escola CFP 1.16, foi possível contatar que: quanto aos
princípios apresentou 13,9% , 15,7% sobre os capacitadores e 66,1% sobre as práticas. Os dados
indicam que houve pouca conexão no que tange os princípios e ferramentas de gestão.
A escola CFP 1.14 apresenta um relacionamento forte de 0,24% sobre os princípios, no
entanto colocou em práticas apenas 0,076%, mostrando baixa densidade. Os dados mostram que
apesar de 0,076% de coesão no que tange as ferramentas de gestão não foram suficientes para a
certificação, devido a pouca aplicação da prática.
Agora analisando a centralidade da escola CFP 1.14 foi possível contatar que: quanto aos
princípios, com 69,4%, índice realmente considerável, porém não colocou em prática, com
percentual de 41,3% e consequentemente 41,3% de conexão com a usabilidade das ferramentas de
gestão. Os dados mostram que não adianta ter princípios e não colocá-los em prática, é preciso
sintonia entre a aceitação e implementação.
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Em contrapartida a escola CFP 1.01, escola certificada ISO 14001 apresenta densidade de
0,28% sobre princípios, 0,15% sobre as práticas e 0,12% quanto aos capacitadores. Esses dados
indicam forte relacionamento entre os atores. Segundo Sacomano Neto (2003), a coesão das relações
é uma propriedade relacional dos pares de atores de uma rede e pode ser compreendida por meio da
intensidade do relacionamento (forte ou fraco, estratégia de saída ou diálogo, relações de longo
prazo, etc.).
Sobre a análise da centralidade na escola certificada CFP 1.01 foi possível contatar que:
83,3% de conexões no que tange aos princípios, 82,6% quanto às práticas e 65,3 % sobre os
capacitadores. Os dados mostram grande número de conexões na rede.
Tabela 1 – Densidade e Centralidade dos princípios, práticas, capacitadores e direcionadores de mercado Princípios
Escola Profissionalizante Densidade Centralidade
Outdegree Indegree
1.01 0.2857 83.333% 83.333%
1.06 0.2381 69.444% 69.444%
1.07 0.1905 55.556% 55.556%
1.14 0.2381 69.444% 69.444%
1.16 0.0476 13.889% 13.889%
4.02 0.2381 69.444% 69.444%
6.04 0.2381 69.444% 69.444%
8.01 0.2381 69.444% 69.444%
Práticas
Escola Profissionalizante Densidade Centralidade
Outdegree Indegree
1.01 0.1515 82.645% 82.645%
1.06 0.1212 66.116% 66.116%
1.07 0.0909 49.587% 49.587%
1.14 0.0758 41.322% 41.322%
1.16 0.1212 66.116% 66.116%
4.02 0.1061 57.851% 57.851%
6.04 0.1364 74.380% 74.380%
8.01 0.1364 74.380% 74.380%
Capacitadores
Escola Profissionalizante Densidade Centralidade
Outdegree Indegree
1.01 0.1288 65.289% 75.207%
1.06 0.1136 57.025% 66.942%
1.07 0.0682 32.231% 42.149%
1.14 0.0758 41.322% 41.322%
1.16 0.0379 15.702% 25.620%
4.02 0.1288 65.289% 75.207%
6.04 0.1288 65.289% 75.207%
8.01 0.1288 65.289% 75.207%
Direcionadores de Mercado
Escola Profissionalizante Densidade Centralidade
Outdegree Indegree
1.01 0.0667 16.000% 16.000%
1.06 0.1333 32.000% 32.000%
1.07 0.1333 32.000% 32.000%
1.14 0.1333 32.000% 32.000%
1.16 0.1333 32.000% 32.000%
4.02 0.0667 16.000% 16.000%
6.04 0.1333 32.000% 32.000%
8.01 0.1333 32.000% 32.000%
Fonte: autores
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5.4 Escolas certificadas e multiplicadoras de informações para as demais escolas
E por fim, após a certificação de algumas escolas pertencentes ao projeto piloto verificar-se-á
se formaram multiplicadores para auxiliar nos procedimentos para a implementação da ISO 14001 de
outras unidades.
Para a situação, utilizou-se o UCINET, possibilitando a identificação dos valores de
densidade e centralidade da rede.
Na Tabela 2 a densidade no que tange as escolas multiplicadoras apresentam 5,84% que
indica densidade baixa. Sobre a centralidade, foi possível constatar o peso do relacionamento entre as
escolas. A escola certifiacada que apresenta maior relacionamento no auxílio de outras escolas para a
certificação é a escola CFP 1.01, com peso de 232, em contrapartida a escola que possui menor
relação com as outras escolas em certificação, com peso 59, é a escola CFP 8.01.
Tabela 2 - Densidade e Centralidade das escolas multiplicadoras de informações
Multiplicador Densidade Centralidade
(Outdegree)
CFP 101
5,84
232
Sede 182
CFP 114 150
CFP 106 109
CFP 402 100
CFP 107 86
CFP 604 77
CFP 801 59
Fonte: autores
Outro aspecto que se destaca nessa análise no relacionamento entre as escolas multiplicadoras
(Figura 6) é a baixa fragmentação dessa rede, uma vez que, a Sede continuou sendo referência para a
maioria dos atores em fase de implementação do SGA e, ainda, houve a participação daquelas
escolas conhecedoras do processo. Por fragmentação de uma rede, Lazzarini (2008) comenta que
“uma rede é fragmentada quando existirem diferentes “subredes” desconectadas umas das outras”. E,
reafirmando sobre o que foi dito aqui, sobre a significante densidade observada, Lazzarini
complementa que uma fragmentação alta na rede indica baixa coesão.
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Figura 6 – Escolas multiplicadoras
Após o desenvolvimento da rede com todos os atores, decidiu-se tirar a sede como elemento
multiplicador de atributos para auxílio às escolas em certificação. O objetivo principal foi de mostrar
a escola com maior centralidade (CFP 1.01) e influência. Também se tornou possível afirmar que
realmente houve baixa densidade, isto é, há poucos laços entre os atores.
Figura 7 – Escolas multiplicadoras
5.5 Classificação da Tipologia dos stakeholders.
Nessa seção apresentar-se-á a tipologia de influência exercida, com base no Mitchell et al
(1997) em relação ao poder, a legitimidade e urgência possibilitando uma análise conjunta dos dados,
já que se tornou possível conhecer os stakeholders influenciadores mostrados na Figura 5, além de
mostrar em segundo momento com enfoque na figura 6 e 7 a tipologia de influencia das escolas
multiplicadoras para as 10 escolas que buscam a certificação.
O Quadro 2 resume a classificação dos stakeholders mencionada pelas escolas certificadas
pertencentes ao projeto piloto. Essa análise permitiu conhecer com maior profundidade porque a
Sede é a mais respeitada em suas decisões em relação a busca da certificação ISO 14001. Além de
identificar que os fornecedores e empresas contribuintes não exerceram nenhuma influência às
escolas.
Quadro 2 – Classificação dos stakeholders do projeto piloto
Stakeholders do
projeto piloto
Justificativa Tipologia
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Departamento regional /
Sede
83% das escolas mencionaram que a sede exerce poder, também
busca a legitimidade por meio de reuniões participativas e deixa bem
claro a urgência quanto a implementação da ISO 14001.
Definitivo, no qual exige dos envolvidos
atenção e priorização imediata.
Clientes externos – empresas
50% das escolas avaliadas mencionaram que as empresas que buscam capacitação para seus funcionários na certificação ISSO 14001 não
apresentam poder, mas mostram claramente a legitimidade e urgência
sobre essa necessidade para a competitividade.
Dependente, é aquele que tem alegações com urgência com aceitação, mas não tem poder
por si só, dependendo de outro stakeholder
para que suas reivindicações sejam aceitas.
Departamento nacional 17% das escolas relataram que apresenta poder e urgência, mas não
tem legitimidade, sendo totalmente coercitivo.
Perigoso, devido a ação coercitiva pode levar
os envolvidos a falta de motivação ao
cumprimento dos objetivos.
Fornecedores Nenhuma escola mencionou que os fornecedores estão exercendo influência para a implementação da ISO 14001.
Não é stakeholder, onde não exerce influência e não é influenciado.
Empresas contribuintes Nenhuma escola mencionou que os empresas contribuintes estão
exercendo influência para a implementação da ISO 14001.
Não é stakeholder, onde não exerce influência
e não é influenciado.
Fonte: autores
O Quadro 3 mostra a classificação dos stakeholders (escolas certificadas) multiplicadoras. A
escola CFP 101 e 402 influenciam as escolas à serem certificadas com legitimidade, poder e
urgência, exigindo priorização imediata. A escola 106 está utilizando o poder coercitivo para
influenciar. A escola 604 e 801 apresentam influencia adormecida, já a 107 é muito exigente sem
legitimidade e por fim um aspecto relevante é que apesar da escola 114 não conquistar a certificação
ela tem legitimidade para influenciar outras, enquanto que a 116 não conquistou a certificação e não
tem condições de exercer influencias.
Quadro 3 – Classificação dos stakeholders multiplicadoras
Stakeholders
multiplicadoras
Justificativa Tipologia
CFP 101 Influencia 100% a certificação de duas escolas (126 e 601) mostrando poder,
legitimidade e urgência.
Definitivo, exigindo dos envolvidos atenção e
priorização imediata.
CFP 106 Está coordenando duas escolas, a 502 auxiliando em 95% e a 109 apenas 14%. Segundo as escolas exerce influencia por meio de poder e urgência, mas
percebe-se ausência de legitimidade nas ações. Isso prejudica muito a 109.
Perigoso, devido ao poder coercitivo pode ocorrer pontos extremos em relação ao alcance
dos objetivos.
CFP 402 Está administrando a 512 em 100% das atividades. Definitivo.
CFP 107 Influencia visando a urgência a escola 122 em 86%, porém falta poder e
legitimidade necessitado de apoio da sede.
Exigente, quando o atributo mais importante é
a urgência. Sem poder nem legitimidade.
CFP 604 Está auxiliando a escola 603 em 77% apesar de falta legitimidade e urgência
nas ações, busca apoio da sede.
Adormecido, tem poder para impor sua
vontade na organização, porém não é aceito (legítimo) e nem tem urgência.
CFP 801 Auxilia a escola 914 em 59%, porém não tem legitimidade e urgência, busca
apoio da sede.
Adormecido.
CFP 114 Essa escola não conquistou a certificação, mas tem legitimidade para auxiliar duas escolas: 82% a escola 103 e 68% a escola 108 e precisa do apoio da
sede.
Discricionário, é aceito (legítimo), mas não tem poder de influenciar a empresa e nem de
exigir urgência
CFP 116 Não conquistou a certificação e não influencia ninguém. Não Stakeholder.
Fonte: autores
Portanto a escola pesquisada SENAI-SP visa à disseminação de educação ambiental para a
gestão escolar, discentes e comunidade.
Na atualidade as indústrias estão sofrendo pressões do poder público e da sociedade para a
produção de bens sem poluir o meio ambiente, além disso, a certificação ISO 14001 passou ser
critério ganhador de pedido. Sendo assim, precisa institucionalizar a educação ambiental na gestão. E
para isso, solicita cursos específicos ao SENAI-SP pertinentes aos treinamentos exigidos para a
certificação ambiental.
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É importante esclarecer que diversas indústrias investem recursos financeiros na instituição
de ensino e em troca solicita qualificação profissional no que tange a responsabilidade ambiental
para os funcionários ou até mesmo novo colaboradores oriundos do curso de aprendizagem.
Portanto, para o SENAI-SP é de suma importância estar em sintonia com os stakeholders, por
meio deles é possível constar necessidades de mudanças nos objetivos organizacionais, que por sua
vez influenciam a percepção de novos direcionadores de mercado, que consequentemente norteiam
os princípios, as práticas e os capacitadores.
6 CONCLUSÃO
Portanto há uma crescente sensibilização das instituições educacionais para práticas de
estratégias ambientais, nas quais as principais são de desenvolvimento de projetos sociais em meio
ambiente que objetiva a educação ambiental.
Com esse intuito, foram identificados os princípios, as práticas, os capacitadores e os
direcionadores de mercado das escolas que iniciaram o projeto piloto e em uma amplitude maior que
levaram o SENAI/SP a implementação da ISO 14001.
Levando-se em conta que das 8 (oito) escolas piloto, 6 (seis) alcançaram a certificação, dos
princípios elencados apenas o Controle da Poluição ficou abaixo dos 100% de adoção, tornando
evidente o caminho que deve ser seguido por aquelas unidades que desejam o mesmo resultado na
implementação da ISO 14001.
Quanto às Práticas adotadas temos a seguinte relação: 1/6 das escolas apenas, indica a
utilização da Implementação de programa de redução do volume de substâncias perigosas e 50%
com a Implementação de programa de redução do consumo de produtos com substâncias restritivas e
substituição por material alternativo. No que tange às demais práticas o alto grau de relevância,
100% e 88%, indicam mais uma vez a importância dos itens apontados como norteadores das
práticas para o sucesso da implementação em questão. O Estabelecimento de programa de
capacitação de prestadores de serviços com 0% de aderência, conforme analisado anteriormente pode
indicar uma capacidade de implementação que se utiliza fortemente de procedimentos internos para o
cumprimento de ações que permitam aos prestadores o trabalho dentro da conformidade necessária
para não influenciar os resultados finais da implantação do SGA.
Com relação aos Capacitadores, constatou-se que o uso de fluxograma é totalmente
dispensável, com 50% das afirmativas das escolas: o uso do Sistema de Gestão Ambiental disponível
na Intranet da empresa auxiliou na certificação, e 67% das escolas relataram que registrar e controlar
o consumo de papel também foi um propulsor da certificação ambiental.
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Os capacitadores utilizados no processo de certificação, com 100% da afirmativa dos
respondentes são: planilha de avaliação de significância ambiental, planilha de controle de resultados
ambientais, sistema para controle e manutenção da legislação aplicável Federal, Estadual e
Municipal (Intranet), matriz de responsabilidades e Gráficos.
Com a afirmativa de 83% das escolas utilizou-se os seguintes capacitadores em prol da
certificação: registro e controle de consumo de água, registro e controle de consumo de energia
elétrica e cronograma de implantação do Sistema de Gestão.
E por fim, sobre a análise dos Direcionadores de Mercado constatou-se que o Departamento
Regional de São Paulo foi o principal stakeholder, com sinalização de 83% dos respondentes para
que o SENAI/SP caminhasse rumo à implementação de um sistema que colocasse a instituição como
referência no âmbito de Gestão Ambiental, além do stakeholder - Cliente Externo com 50% dos
créditos dessa influência.
Sobre o cliente externo, com maior poder de influenciar estão as empresas, que na atualidade
estão implementando políticas ambientais na estratégia de negócios.
Em específico decidiu-se avaliar a densidade e o grau de centralidade do relacionamento da
rede por meio da representação gráfica das estruturas de relacionamentos no que tange a
implementação da ISO 14001 nas escolas, por meio de ferramentas de software gráfico dedicadas.
Para essa análise o estudo foi subdividido em atributos e multiplicadores.
Quanto aos atributos foi possível contatar que duas escolas (CFP 1.16 e 1.14) não
conquistarem a certificação devido à baixa densidade e centralidade quanto a utilização dos
princípios e as práticas necessárias para a implementação da ISO 14001.
Em contrapartida a escola certificada CFP 1.01 apresenta melhores índices de densidade e
centralidade. Esses dados indicam forte relacionamento entre os atores. Segundo Sacomano Neto
(2003), a coesão das relações é uma propriedade relacional dos pares de atores de uma rede e pode
ser compreendida por meio da intensidade do relacionamento (forte ou fraco, estratégia de saída ou
diálogo, relações de longo prazo, etc.).
E por fim, após a certificação de algumas escolas pertencentes ao projeto piloto verificou-se a
formação de multiplicadores que estão auxiliando nos procedimentos para a implementação da ISO
14001 de outras unidades.
Percebeu-se nessa análise do relacionamento entre as escolas multiplicadoras a baixa
fragmentação dessa rede, uma vez que, a Sede continuou sendo referência para a maioria dos atores
em fase de implementação do SGA e, ainda, houve a participação daquelas escolas conhecedoras do
processo.
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Quanto a centralidade, foi possível constatar o peso do relacionamento entre as escolas. A
escola certifiacada que apresenta maior relacionamento no auxílio de outras escolas para a
certificação é a escola CFP 1.01, com peso de 232, em contrapartida a escola que possui menor
relação com as outras escolas em certificação, com peso 59, é a escola CFP 8.01.
Portanto é de suma importancia a preocupação ambiental, esse estudo serve de alguma
maneira para a contribuição nesse campo de pesquisa.
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