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ABNT NBR 14082 Segunda edição 31.12.2004 Válida a partir de 31.01.2005 Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas – Execução do substrato-padrão e aplicação de argamassa para ensaios Dry-set Portland cement mortars Preparation of a standard subsurface, mix and application of fresh mortar

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ISO/IEC TC /SC N

ABNT NBR 14082

Segunda edição

31.12.2004

Válida a partir de

31.01.2005

Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas – Execução do substrato-padrão e aplicação de argamassa para ensaios

Dry-set Portland cement mortars – Preparation of a standard subsurface, mix and application of fresh mortar

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

A ABNT NBR 14082 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18), pela Comissão de Estudo de Argamassa Colante (CE-18:406.04). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 04, de 30.04.2004, com o número Projeto NBR 14082.

Esta Norma contém os anexos A a C, de caráter normativo.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 14082:1998), a qual foi tecnicamente revisada.

Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas – Execução do substrato-padrão e aplicação de argamassa para ensaios

1 Objetivo

Esta Norma fixa os procedimentos para execução e caracterização do substrato-padrão e para aplicação da argamassa colante industrializada para os ensaios de tempo em aberto, resistência de aderência à tração e deslizamento.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir.A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

ABNT NBR 5733:1991 – Cimento Portiland de alta resistência inicial – Especificação

ABNT NBR 7211:1983 – Agregado para concreto – Especificação

ABNT NBR 14081:2004 – Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas – Requisitos

ABNT NBR 14085:2004 – Argamassa colante industrializada para assentamento de placas de cerâmica - Determinação do deslizamento

3 Aparelhagem

3.1 Balança

Deve apresentar no mínimo uma resolução de 0,1 g.

3.2 Misturador mecânico

O misturador mecânico consta de uma cuba de aço inoxidável com capacidade de aproximadamente 5 L e de uma pá de metal que gira em torno de si mesma e em movimento planetário. As dimensões da cuba e da pá estão mostradas no anexo A.

O misturador deve funcionar como indicado na tabela 1.

Tabela 0\IF >= 1 "A."

SEQ Table 1 — Ajustes do misturador mecânico para o preparo em laboratório de argamassas colantes industrializadas

Velocidade

Rotação em torno do eixorpm

Movimento planetáriorpm

Baixa

140 ± 5

62 ± 5

3.3 Desempenadeira metálica denteada

Desempenadeira retangular de chapa de aço, com dois lados adjacentes lisos e os demais denteados. Os dentes devem ter largura e altura de aproximadamente 6 mm e estar separados entre si à distância de aproximadamente 6 mm.

3.4 Cronômetro

3.5 Acessórios diversos de laboratório

4 Amostragem

A argamassa colante industrializada deve ser amostrada conforme seção 11 da ABNT NBR 14081:2004 e homogeneizada antes do início dos ensaios.

5 Condições ambientais do laboratório

5.1 No período da aplicação

O laboratório deve apresentar temperatura do ar de (23 ( 2)°C, umidade relativa do ar de (60 ± 2)%, sem presença de vento; sugere-se que portas e janelas permaneçam fechadas e que seja minimizada a insuflação de ar pela colocação de feltros nas saídas dos dutos, podendo ser monitorado por anemômetro que indique velocidade de vento máxima de 0,05m/s.

5.2 No período de cura

A umidade relativa deve ser de (60 ± 4)%. Temperatura e vento devem ser como estabelecidos em 5.1.

6 Preparo da argamassa colante

6.1No preparo das argamassas colantes para os ensaios físicos e mecânicos, a mistura do material anidro com a água deve ser realizada da seguinte maneira:

a) os materiais e a aparelhagem devem permanecer no laboratório durante pelo menos 12 h antes do início dos ensaios, com exceção do substrato-padrão;

b) antes do início dos ensaios, transferir o conteúdo total de argamassa colante para um saco plástico maior, limpo, seco e resistente, fechar a boca do saco, evitando a saída de ar, e agitar energicamente, por 3 min aproximadamente, para dispersar os aglomerados. Aguardar aproximadamente 2 min após a agitação para a execução dos ensaios;

c) pesar 2,5 kg de argamassa colante, com aproximação ao 0,001 kg mais próximo;

d) pesar a massa de água de amassamento de acordo com as indicações do fabricante, aproximado à 0,001 kg. A água deve estar com temperatura igual à (23 ( 2)°C;

e) verter a água no recipiente de mistura;

f) colocar o material seco sobre o líquido, de modo contínuo, dentro de um período de 30 s, e acionar o misturador na velocidade baixa;

g) misturar por 30 s e desligar o misturador;

h) raspar toda a superfície interna do recipiente e da pá e reunificar a massa em um intervalo de 60 s;

i) misturar por mais 60 s na velocidade baixa.

6.2Deixar o material em maturação, coberto por pano úmido, durante intervalo de tempo especificado pelo fabricante. Caso não haja essa informação, adotar 15 min. Em seguida, ligar o equipamento e misturar na velocidade baixa por 15 s.

7 Substrato-padrão para ensaios de aderência, tempo em aberto e deslizamento

7.1O substrato-padrão deve ter uma espessura mínima de 20 mm e dimensões mínimas de 25 cm x 50 cm, de modo que as placas cerâmicas de cada série completa de ensaio caibam em um mesmo substrato.

7.2A execução do substrato-padrão deve ser procedida conforme anexo B. As características que ele deve apresentar aos 28 dias de idade estão no anexo C.

8 Aplicação da argamassa colante em cordões sobre o substrato-padrão

8.1O intervalo máximo para aplicação da argamassa deve ser de 15 min a contar do término da mistura. Durante este período o recipiente com a argamassa deve permanecer coberto com pano úmido.

8.2O substrato-padrão deve permanecer pelo menos 48 h em condições ambientais de laboratório(seção 5), estar livre de qualquer partícula solta e isento de manchas de óleo, tintas, gordura ou outras condições que prejudiquem a aderência.

8.3Aplicação:

j) colocar porções de argamassa sobre a face desempenada do substrato. Estendê-las com o lado liso da desempenadeira, num movimento de vaivém, apoiado firmente sobre a superfície. Retirar e descartar o excesso de argamassa retido na desempenadeira;

k) colocar novas porções de argamassa sobre o substrato já imprimado, e estendê-la com o lado liso desempenadeira num movimento de vaivém de modo que forme uma camada uniforme, com espessura suficiente para a conformação dos cordões;

l) com o lado denteado da desempenadeira apoiado firmemente sobre o substrato, num único movimento, formar cordões com altura de (5 ± 0,5) mm no sentido longitudinal do substrato. Para a realização do ensaio de deslizamento conforme ABNT NBR 14085, os cordões devem ser formados no sentido transversal.

NOTASe esta condição não for atingida na primeira passada, proceder imediatamente à regularização da camada de argamassa e passar novamente a desempenadeira denteada da maneira indicada, mudando a velocidade de deslocamento ou o ângulo de inclinação da desempenadeira.

Anexo A(normativo)

Características do misturador mecânico

Dimensões em milímetros

Figura A.0\IF >= 1 "A."

SEQ Figure 1 — Misturador mecânico de argamassa

Anexo B(normativo)

Procedimentos de execução do substrato-padrão

B.1Materiais

B.1.1Armadura em forma de tela eletrossoldada, com diâmetro mínimo de 2,5 mm e espaçamento entre fios de no máximo 5,0 cm, cortada nas dimensões aproximadas de 24 cm x 49 cm.

B.1.2Cimento Portland do tipo CPV ARI (ABNT NBR 5733).

B.1.3Agregados que devem cumprir as seguintes prescrições da ABNT NBR 7211 areia zona 3 (três) e agregado graúdo graduação 0 (zero).

B.1.4Desmoldante ou óleo lubrificante de baixa viscosidade.

B.2Aparelhagem

B.2.1Balança com resolução mínima de 20 g.

B.2.2Betoneira.

B.2.3Mesa vibratória.

B.2.4Formas confeccionadas em material rígido não absorvente, de no mínimo 2 mm de espessura, com as seguintes dimensões internas aproximadas: 20 mm x 250 mm x 500 mm. As paredes podem ser levemente inclinadas para facilitar a desforma.

B.2.5Acessórios diversos, tais como régua metálica, concha metálica, colher de pedreiro, desempenadeira de madeira, recipientes para pesagens de materiais, espátula, pincel, estopa e pá.

B.3Execução

O concreto para o substrato-padrão deve ser executado com cimento, areia e agregado graúdo, com relação água/cimento de 0,45 a 0,50 e consumo mínimo de cimento de 400 kg/m3. Como traço indicativo (em massa seca) é sugerido 1:2,6:1,3 (cimento:areia:agregado graúdo).

B.3.1A umidade dos agregados deve ser determinada com a finalidade de serem procedidos ajustes no traço.

B.3.2O concreto deve ser preparado da seguinte maneira:

m) colocar o agregado graúdo e a água na betoneira;

n) ligar a betoneira por aproximadamente 10 s;

o) adicionar o cimento;

p) misturar por aproximadamente 1 min;

q) adicionar a areia com a betoneira em movimento;

r) misturar por aproximadamente 5 min.

B.3.3Com o auxílio da concha, lançar o concreto na fôrma (previamente untada com óleo ou desmoldante) e espalhar, formando assim a primeira camada; em seguida assentar a armadura e preencher o restante da fôrma.

NOTADeve-se garantir que a armadura esteja a meia altura da seção transversal do substrato; sugere-se a utilização de espaçadores.

B.3.4As fôrmas com concreto são vibradas, em mesa vibratória, pelo tempo suficiente para que haja um adensamento adequado; nota-se pelo surgimento de brilho superficial, sem exudação de água. Regularizar a superfície com régua metálica.

B.3.5O acabamento final deve ser feito com desempenadeira de madeira após a evaporação de eventual água de exsudação, aproximadamente após 30 min a 60 min da regularização da superfície. A desempenadeira deve ser passada inicialmente em movimentos circulares para um perfeito nivelamento da superfície e finalmente no sentido longitudinal à fôrma, deixando o acabamento o mais rugoso possível.

B.3.6A cura do substrato-padrão deve ser feita durante 28 dias, sendo o primeiro dia no molde; seis dias imerso em água após a desforma e 21 dias ao abrigo das intempéries.

Anexo C(normativo)

Ensaios de caracterização do substrato-padrão

C.1Requisitos

C.1.1O volume de água absorvido pelo substrato deve ser inferior a 0,5 cm3, em um intervalo de 4 h, conforme procedimento descrito em C.4.

C.1.2A resistência de aderência à tração superficial deve ser de no mínimo 2,0 MPa, conforme procedimento descrito em C.5.

C.2Amostragem

Considera-se como um lote os substratos resultantes da produção de um dia, fabricados com os mesmos materiais e sob as mesmas condições, do qual devem ser retiradas duas placas de substrato-padrão, que devem ser destinadas uma para cada ensaio.

C.3Aparelhagem

C.3.1Colunas de vidro conforme figura C.1.

C.3.2Máquina para arrancamento por tração que permita uma velocidade uniforme de carregamento de (250 ( 50) N/s.

C.3.3Peças metálicas não deformáveis sob carga de ensaio, de seção quadrada, com aproximadamente 50 mm de aresta, com dispositivo no centro de uma das faces para acoplamento da máquina de tração.

C.4Determinação da absorção

C.4.1As condições climáticas do ensaio são as recomendadas na seção 5.

C.4.2Sobre a face desempenada, limpa e seca do substrato, devem ser fixadas três colunas de vidro, mediante um selante apropriado, distanciadas entre si no mínimo 15 cm.

C.4.3Introduzir água destilada ou desmineralizada na coluna de vidro até a graduação zero. Garantir que não haja escape de água na vedação com o substrato. Registrar o volume de água absorvido após 4 h.

C.4.4Os resultados individuais devem ser expressos em centímetros cúbicos com aproximação à primeira decimal.

C.5Determinação da resistência de aderência à tração superficial

C.5.1As condições climáticas do ensaio são as recomendadas na seção 5.

C.5.2Sobre a face desempenada, limpa e seca do substrato, devem ser fixadas seis peças metálicas quadradas com aresta de aproximadamente 50 mm, mediante um adesivo apropriado, distribuídas uniformemente ao longo da superfície.

C.5.3O ensaio é realizado aplicando-se carga a uma velocidade uniforme de (250 ( 50) N/s até a ruptura.

C.5.4Após a ruptura, a carga obtida, em Newtons, deve ser dividida por 2 500 mm2. Registra-se o valor de resistência de aderência à tração superficial com aproximação à segunda decimal.

C.5.5O resultado é a média das seis determinações, expresso em megapascals e aproximado à primeira decimal.

Figura C.10\IF >= 1 "A." — Coluna de vidro