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XIII CONESEF CONGRESSO ESPÍRITO-SANTENSE DE EDUCAÇÃO FÍSICA EDUCAÇÃO FÍSICA CONHECIMENTO E INTERVENÇÃO 17 a 20 de setembro de 2014 Centro de Educação Física e Desportos | Ufes XIII CONESEF CONGRESSO ESPÍRITO-SANTENSE DE EDUCAÇÃO FÍSICA EDUCAÇÃO FÍSICA CONHECIMENTO E INTERVENÇÃO ISBN: 978-85-67757-04-9

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17 a 20 de setembro de 2014

Centro de Educação Física e Desportos | Ufes

XIII CONESEFCONGRESSO ESPÍRITO-SANTENSE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

EDUCAÇÃO FÍSICACONHECIMENTO

E INTERVENÇÃO

17 a 20 de setembro de 2014

Centro de Educação Física e Desportos | Ufes

XIII CONESEFCONGRESSO ESPÍRITO-SANTENSE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

EDUCAÇÃO FÍSICACONHECIMENTO

E INTERVENÇÃO

ISBN: 978-85-67757-04-9

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ANAIS Educação Física: conhecimento e intervenção

Vitória 2014

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Capa: Omar Schneider

Imagem da capa: Omar Schneider

Imagem em background: Angêla Gomes

Programação visual e de interface: Omar Schneider

Editoração Eletrônica: Wagner dos Santos

Contatos: [email protected]

http://virtuallivros.com.br

Todos os direitos reservados aos organizadores.

Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP) (Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil)

Congresso Espírito-Santense de Educação Física (13. : 2014 : Vitória, ES)

C749a Anais [do] XIII Congresso Espírito-Santense de Educação Física [recurso eletrônico] : educação física : conhecimento e intervenção / Zenólia Christina Campos Figueiredo [org.]. – 1. ed. - Vitória : UFES, Centro de Educação Física e Desportos : Virtual Livros, 2014.

380 p : il. Congresso realizado no período de 17 a 20 de setembro de 2014,

na Universidade Federal do Espírito Santo, em Vitória-ES. Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-67757-04-9

Modo de acesso: <http://virtuallivros.com.br/>

1. Educação física – Congressos. I. Figueiredo, Zenólia Christina

Campos. II. Título. CDU: 796

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Organização

Centro de Educação Física e Desportos

Universidade Federal do Espírito Santo

Comissão Organizadora Profª Ms. Cláudia Aleixo Alves Doutoranda CEFD/UFES Prof. Dr. Ivan Marcelo Gomes Depto. Ginástica CEFD/UFES Profa. Dra. Maria das Graças Carvalho Silva de Sá Depto. Ginástica CEFD/UFES Mariana Bittencourt Paradela Graduanda CEFD/UFES Marcus Vinicius Medeiros Graduando CEFD/UFES Prof. Dr. Maurício dos Santos Oliveira Depto. Desportos CEFD/UFES Prof. Dr. Omar Schneider Depto. Ginástica CEFD/UFES Prof. Dr. Rodrigo Luiz Vancini Depto. Desportos CEFD/UFES Profa. Ms. Rosely Maria da Silva Pires Depto. Ginástica CEFD/UFES Profa. Dra. Rosianny Campos Berto Depto. Ginástica CEFD/UFES Profa. Dra. Zenólia Christina Campos Figueiredo Depto. Desportos CEFD/UFES - Diretora do CEFD/UFES

Comitê Científico

Dra. Adriana Estevão Dra. Ana Claúdia Silvério Dr. André da Silva Mello Dr. André Soares Leopoldo Dr. Anselmo José Perez Ms. Bethânia Alves Costa Zandomínegue Dr. Carlos Nazareno Ferreira Borges Ms. Elda Alvarenga Ms. Erineusa Maria da Silva Dr. Felipe Quintão de Almeida Gelsimar Jose Machado (Mestrando) Dr. Ivan Gomes Ms. Janaina Esfalsini Figueira Assereuy Jóctan Pimentel Cordeiro (Mestrando) Dr. José Francisco Chicon Ms. Júlia Miranda Falcão Dra. Karine Jacon Sarro Ms. Keni Tatiana Vazzoler Areias Dra. Kezia Rodrigues Nunes Dra. Liana Romera Ms. Lidiane Picoli Lima Liliane Ferreira Sant'Anna Bianchini Ciceri (Mestranda) Dr. Luiz Alexandre Oxley da Rocha Ms. Marcel Ivan dos Santos Ms. Marcelo Adolfo Duque Gomes da Costa Dra. Maria das Graças Carvalho Silva de Sá Ms. Mônica Frigini Siqueira (Mestranda) Dr. Otávio Tavares Ms. Penha Mara Nader Dr. Rodrigo Luiz Vancini Ms. Rosângela da Conceição Loyola Dra. Rosianny Campos Berto Ms. Sylvia Fernanda Nascimento Ms. Victor José Machado de Oliveira Ms. Vinnicius Camargo de Souza Laurindo Vitor Loureiro da Silva (Mestrando) Wanderson do Amaral Portilho (Mestrando) Dra. Zenólia Cristina Campos Figueiredo

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SUMÁRIO

Apresentação 19

GT: ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

COMUNICAÇÃO ORAL

Análise cinemática da mobilidade toracoabdominal de adolescentes obesos antes e

após um período de treinamento físico

Edna Oliveira Silva, Karine Jacon Sarro

25

Efeito de três periodizações do treinamento aeróbio sobre o limiar ventilatório

Deborah Sauer, Anselmo José Perez, Luciana Carletti, Walace David Monteiro

27

Academias da terceira idade: situando o movimento de pesquisa nas revistas científicas Vinnicius Camargo de Souza Laurindo, Ivan Marcelo Gomes, Felipe Quintão de

Almeida

29

A prática do profissional de educação física nos Centros de Atenção Psicossocial

Álcool e Drogas

Gelsimar J. Machado, Poliana N. de Castro, Liana A. Romera, Ivan Marcelo Gomes

31

O Programa Peso como uma estratégia de educação em saúde: uma interpretação

dos cuidados corporais a partir dos usuários do serviço

Thacia Ramos Varnier, Ivan Marcelo Gomes, Felipe Quintão de Almeida

33

Reflexões sobre saúde e atividade física no Programa Bem Estar da Rede Globo de

Televisão

Lorena Nascimento Ferreira, Ivan Marcelo Gomes

35

Risco cardiovascular em jogadores de futebol amador Sinara Moreira de Freitas Santos, Douglas de Assis Teles Santos

37

Análise da mobilidade toracoabdominal de adolescentes com excesso de peso

Jeniffer Lubiana Campos, Karine Jacon Sarro

39

PÔSTER

Respostas hemodinâmicas com o uso da tonometria de aplanação em indivíduos

com diferentes níveis de treinamento aeróbico

Edna Oliveira Silva, Luciana Carletti

43

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GT: COMUNICAÇÃO E MÍDIA

COMUNICAÇÃO ORAL

Reflexões sobre o corpo obeso no contexto midiático: uma análise do Programa

“Além do Peso”

Lorena Nascimento Ferreira, Ivan Marcelo Gomes

49

GT: CORPO E CULTURA

COMUNICAÇÃO ORAL

Estética e educação física: a expressão corporal como conteúdo de ensino

Patrícia Janaína Marques

55

Práticas esportivas na orla de Vitória-ES: um estudo entre praticantes de futevôlei e

futebol

Vinicius Nogueira Gaspar, Felipe Quintão de Almeida

57

Ao ar livre: um estudo na academia popular de Santo Antonio em Vitória-ES

Sayonara Carla Pinto

59

A descoberta de si como ser dançante: implicações e aprendizagens no Projeto

Cuidadores que Dançam

Bianca Carminati Schmidt, Erineusa Maria da Silva

61

PÔSTER

Práticas integradoras de ensino III - danças folclóricas: um relato de experiência

Rayane Natividade Dias da Costa

65

Promoção de estilos de vida na Revista Women´s Health Brasil: uma análise a partir

de suas leitoras

Ludmila dos Santos Almeida, Ivan Marcelo Gomes

67

Cultura e arte na Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo- um projeto de

extensão do curso de educação física

Juliana Moreira da Costa, Korine Cardoso Santana, Darlene Fabri Ferreira

69

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MOSTRA PEDAGÓGICA

Curso de formação em dança: experiência com a dança de rua

Lucas Yuri Silva Reis, Karen Calegari Santos Campos, Leonardo Luíz da Silva Araujo,

Wagner Miller Estevam, Webert Fernando da Silva

75

GT: EPISTEMOLOGIA

COMUNICAÇÃO ORAL

Relações entre o debate epistemológico da educação física e um currículo de

licenciatura

Cláudia Aleixo Alves, Zenólia Christina Campos Figueiredo

81

PÔSTER

O desenho como elemento investigativo do desenvolvimento cognitivo de crianças

com TDAH, submetidas a experiências de aprendizagem de natação

Leonardo Graffius Damasceno, Cláudia Patrocinio Pedroza Canal, Sávio Silveira de

Queiroz, Camila Biazussi Damasceno

85

Aspectos didáticos e pedagógicos na aprendizagem da natação com crianças

portadoras do TDAH

Leonardo Graffius Damasceno, Sávio Silveira de Queiroz

87

GT: ESCOLA

COMUNICAÇÃO ORAL

Identidades da educação física no cotidiano escolar: um diálogo com os alunos do

ensino fundamental

Sayonara Cunha de Paula, Matheus Lima Frossard, Wagner dos Santos

93

A produção acadêmica sobre o ensino em valores humanos no âmbito da educação

física

Rodrigo Marques, Wagner dos Santos

95

O cenário das políticas públicas para a educação infantil: a educação física neste contexto Karolina Sarmento Rodrigues, Wagner dos Santos

97

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Saúde na educação física escolar: ambivalência e prática pedagógica Victor José Machado de Oliveira, Izabella Rodrigues Martins, Valter Bracht

99

Experiências formativas de professores de educação física com a educação infantil

no contexto do PIBID/UFES

Rodrigo Lema Del Rio Martins, André da Silva Mello

101

As relações interpessoais das crianças em uma escola de Vitória–ES, participante do

PIBID

Isabela Moreira Sant’Anna, Renato Pereira Coimbra Retz, Marciel Barcelos, Elisa

Bolzani de Amorim, Wagner dos Santos

103

Das práticas pedagógicas à justificativa da educação física como componente

curricular

Matheus Lima Frossard, Igor Câmara Luiz, Wagner dos Santos

105

Avaliação na educação física escolar: diálogo com alunos do ensino fundamental

Bruna Jéssica Mathias, Juliana Martins Cassani Matos, Wagner dos Santos

109

Avaliação na educação física escolar: analisando as experiências docentes em três

anos de escolarização

Bruna Jéssica Mathias, Juliana Martins Cassani Matos, Wagner dos Santos

107

Circo como conteúdo de ensino da educação física: primeiras experiências do PET

educação física

Thais Almeida, Omar Schneider, Amanda Barcelos, Henrique Bernardino, Tiago Cardoso, Jean Gama, Sabrinny Gramilich, Matheus Marin, Marcus Medeiros, Débora Pandini, Lucas Pereira, Jéssica Silva

113

Práticas de apropriação dos professores de educação física nas formações

continuadas: compartilhando sentidos

Igor Câmara Luiz, Wagner dos Santos

117

Por uma perspectiva pedagógica para intervenção da educação física da educação infantil Livia Carvalho de Assis, André da Silva Mello

119

Representação social do professor de educação física na EMEF “Adão Benezarth”

participante do Pibid: diálogos com os alunos e outros profissionais da escola

Mariana Manuelinda Souza Brum, Riquel Martins Miranda, Wagner dos Santos

121

A educação física escolar na formação do atleta profissional – um estudo de caso

Matheus Marin, Wagner dos Santos

123

Aproximações ao conceito de “Professor Artista”: uma revisão bibliográfica Karen Lorena Gil Eusse, Valter Bracht, Felipe Quintão de Almeida

125

Relação entre espaço físico e conteúdos de ensino: implicações para a educação

física escolar

Paulo Roberto Silva Júnior, Juliana Martins Cassani Matos, Wagner dos Santos

127

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Educação em valores no contexto escolar: um estudo de caso

Adriano Lopes de Souza, Otávio Tavares

131

Educação física escolar e saúde: um olhar dos professores

Rafaela Gomes dos Santos, Adriano Lopes de Souza

133

Juventude e o funk: dificuldades e possibilidades de construção do conhecimento

dentro do espaço educacional

Fernanda Xavier Machado

135

Contribuições do PIBID/ESFA na formação dos alunos bolsistas

Chaiany Marquezini, Altair C. Lopes, Hércules S. Silva, Jocélio S. Rozário, Thayciane O.

Reis, Mariana Pozzatti

137

A formação em questão: reflexões dos professores supervisores do PIBID/ESFA

Natiele N. Souza, Elaine S. Duarte, Raique S.Rodrigues, Mariana Pozzatti

139

O planejamento e educação física: mapeamento das publicações em periódicos

Carol Farias Silva, Sandra Soares Della Fonte

141

Uma análise da educação infantil sob o olhar da teoria do cotidiano da Agnes Heller

Carol Farias Silva

143

Entre o prescrito e o vivido nas aulas de educação física

Janaína Esfalsini Figueira, Zenólia C. C. Figueiredo

145

Valores nas aulas de educação física escolar por meio de diversos conteúdos de

ensino

Thaise Ramos Varnier, Wagner dos Santos

147

PÔSTER

Representações sociais dos sujeitos escolares sobre o professor de educação física

de um CMEI de Vitória

Diego Soares Batista, Mery Ellen França Coelho, André da Silva Mello

151

A relação e comportamento entre alunos da escola ‘’Adão Benezath’’

Jader Vinicius Rocha, Mariáh Miranda de Andrade, Dionésio Anito Teixeira Heringer,

Wagner dos Santos

153

Rotinas na educação infantil: reflexão sobre o governo do processo ensino

aprendizagem com um olhar especial nas aulas de educação física

Christiane Dessaune Monteiro, Nelson Figueiredo de Andrade Filho

155

Do oficio de criança ao oficio de aluno: práticas de resistências no ensino

fundamental

Marciel Barcelos, Wagner dos Santos, Amarílio Ferreira Neto

157

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Educação física na educação infantil de Vitória: uma reflexão sobre as

representações observadas no cotidiano

Camila C. S. Rios, Christiane D. Monteiro, Luis Gustavo C. Sarcinelli, Maria Júlia N. de

Britto, Rodrigo P. de C. Lopes, Thiago Q. Sarnaglia, Nelson F. de Andrade Filho

159

Educação física na educação infantil: diálogos com a sociologia da infância

Bianca Andreatta Scottá, André da Silva Mello, Rodrigo Lema Del Rio Martins

163

A relação colaborativa entre o PIBID e a escola na construção do projeto pedagógico da educação física Mery Ellen França Coelho, Marina Leone Evangelista Monteiro de Assis, Márcia das

Dores Lauher, Diego Soares Batista, Marcos Vinicius Klippel, André da Silva Mello

165

Experiências de práticas avaliativas vivenciadas na educação física escolar: diálogos

com os alunos das Universidades Federais

Sayonara Cunha de Paula, Wagner dos Santos

169

Avaliação educacional: dialogo sobre avaliação com acadêmicos de educação física

Matheus Lima Frossard, Wagner dos Santos

171

Educação física na educação infantil: uma análise do tempo de ensino da

componente curricular em um CMEI de Vitória-ES

Camila Campos Souza Rios, Luis Gustavo Cardoso Sarcinelli, Thiago Queiroz Sarnaglia,

Nelson Figueiredo de Andrade Filho

173

Reflexões do PIBID: uma análise da prática avaliativa estabelecida na rede municipal de Vitória Caio Braga Carneiro, Patrick Gabrielli Alves, Elisa Bolzani de Amorim, Wagner dos

Santos

175

MOSTRA PEDAGÓGICA

Esportes radicais nas aulas de educação física escolar na educação infantil Bruno Vasconcellos Silva

179

Arte e cultura na Ong Lbv: contribuições do projeto Fordan/Cefd/Ufes

Karoline Flegler de Souza, Míriam Rodrigues Rangel Malaquias, Rosely Silva Pires,

Ariádny Brandão Gomes, Josiele Soares Ribeiro

181

Programa Criança Futuro no Presente: contribuições do Projeto Fordan Míriam Rodrigues Rangel Malaquias, Rosely Silva Pires, Karoline Flegler de Souza,

Gislene Tschaen, Josiele Soares Ribeiro

183

Aprendendo enquanto se ensina: uma experiência com ginástica historiada na

educação infantil

Daiane Matheus Pessoa, Sabrinny Gramilich Rufino

185

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A cultura corporal como forma de reconhecimento da cultura afro brasileira: uma relato de experiência no ensino fundamental I na Serra-ES Juliana Moreira da Costa, Fernanda Ignácio Gomes de Jesus, Nelci Ferreira de Oliveira Carvalho

187

A participação da educação física na educação infantil de Vila Velha Suzana Pacifico Rosa, Nelson Figueiredo de Andrade Filho

189

A experiência do ensino do futebol nas dimensões conceitual, procedimental e

atitudinal

Gabriel S. Souza, Leda D. Rogge, Pollyane R. Queiroz, Mariana Pozzatti

191

Gincana recreativa na escola

Bruno Vasconcellos Silva

193

GT: FORMAÇÃO PROFISSIONAL E MUNDO DO TRABALHO

COMUNICAÇÃO ORAL

Diretrizes curriculares para a formação profissional em educação física: imposição

ou interpretação?

Cláudia Aleixo Alves, Zenólia Christina Campos Figueiredo

199

A relação entre teoria e prática na formação e no trabalho docente: a pesquisa como solução? Marluza Secchin Malacarne, Sandra Soares Della Fonte

201

Da formação inicial em educação física: (re) significações das experiências avaliativas Francine de Lima Maximaino, Wagner dos Santos

203

O estágio e a formação inicial de professores: o hip hop como conteúdo escolar

Anna Karolina Dupphi, Letícia Sant’Ana Reis, Maique Vinicius Riguete Ribeiro, Kezia

Rodrigues Nunes

205

Percepção dos acadêmicos do curso de licenciatura em educação física sobre sua

experiência de formação no LAEFA

José Francisco Chicon, Ludmila Lima Peterle, Maria das Graças Carvalho Silva de Sá

207

A disciplina de estágio supervisionado na formação inicial em educação física na

ESFA

Brenda Dadalto Andrade, Vinicius Luis de Almeida Prata

209

Experiências formativas e investigativas no PIBID

Jéssica Lustosa Moreira, Cláudia Aleixo Alves, Francisco Eduardo Caparróz

213

Carreira docente em educação física: escolhas, perspectivas na formação inicial,

trajetórias e expectativas

Israel Martins Da Silva, Nilton Poletto Pimentel

215

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Experiências no PIBID educação física/UFES: a formação inicial em um processo de

trabalho coletivo-colaborativo

Ândrea Tragino Plotegher, Aline Britto Rodrigues, Cláudia Aleixo Alves, Francisco

Eduardo Caparróz

217

Formação inicial, mundo do trabalho e demandas sociais: uma proposta de ação-

reflexão-ação por meio do ensinoaprendizado da dança

Karen Calegari Santos Campos, Leonardo Luíz da Silva Araujo, Lucas Yuri Silva Reis,

Wagner Miller Estevam, Webert Fernando da Silva

219

A capoeira como um conteúdo na formação inicial em educação física

Jéssica Karina Silva Ferreira, Paula Cristina da Costa Silva

221

Formação inicial na perspectiva da inclusão: a experiência do LAEFA/CEFD/UFES

Michelly de Menezes Garcia, Maria das Graças C. Silva de Sá

223

PÔSTER

Formação inicial, educação física e inclusão: a percepção de egressos do CEFD/UFES

acerca do currículo vivido e sua articulação a perspectiva inclusiva

Daniela Lima Bonfat, Maria das Graças Carvalho Silva de Sá

227

Cine Infância: experiências empreendidas pelo PIBID na formação de professores

para a educação infantil

André da Silva Mello, Luís Gustavo Cardoso Sarcinelli, Diego Soares Batista, Rodrigo

Pimentel de Carvalho Lopes

229

Experiências formativas empreendidas pelo PIBID/EF na reformulação do PPP em

um CMEI de Vitória

Rodrigo Lema Del Rio Martins, Thiago Queiroz Sarnaglia, Janaina Gonçalves Rosa,

Bruna Almeida Ribeiro, Taysnara de Oliveira Gomes, Webert Fernando da Silva, Roger

Jardim Batista, Fernando Torres Otero de Souza, André da Silva Mello

233

A divisão social do trabalho e o protagonismo do professor de educação física no CMEI Rodrigo Pimentel de Carvalho Lopes, Nelson Figueiredo de Andrade Filho

235

A abordagem do conhecimento ginástica nos cursos de licenciatura em educação

física na cidade de Vitória/ES

Ágatha Pinheiro, Paula Cristina da Costa Silva

237

O processo de formação no curso de licenciatura em educação física do CEFD/UFES:

entre as expectativas e a experiência

Sabrinny Gramilich Rufino, Thais Lemos Almeida, Rosianny Campos Berto

239

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Implicações da articulação ensino/pesquisa/extensão na trajetória de formação

dos/as acadêmicos/as envolvidos/as no Projeto Criadança

Erineusa Maria da Silva, Rafaella Battisti, Julieny Pita

241

Trabalho e identidade docente na educação física: investigando os professores

supervisores do PIBID/ESFA

Karen Surlo Caetano, Mariana Pozzatti

243

PIBID-Educação Física CEFD/UFES: um movimento em espiral

Lorrayne Pereira da Silva, Cláudia Aleixo Alves, Giselle Santos Malfer, Francisco

Eduardo Caparróz

245

GT: GÊNERO

COMUNICAÇÃO ORAL

Mulheres cuidadoras de pessoas com deficiências: implicações da aproximação

entre a categoria gênero e o cuidado

Rafaela O. Bernardes, Erineusa Maria da Silva

251

Taekwondo feminino: gênero e motivação na literatura de educação física

Flavia Cristiane dos Reis Pereira, Felipe Ferreira Barros Carneiro

253

PÔSTER

O homem no universo da dança: experiencias na graduação

Webert Fernando da Silva, Karen Calegari Santos Campo, Leonardo Luíz da Silva

Araújo, Lucas Yuri Silva Reis, Wagner Müller Estevam

257

Gênero na Educação Infantil: um estudo com homens que trabalham como

professores na educação de crianças em um CMEI de Vitória

Thiago Queiroz Sarnaglia, Nelson Figueiredo de Andrade Filho

259

GT: INCLUSÃO E DIFERENÇA

COMUNICAÇÃO ORAL

Apontamentos reflexivos sobre formação continuada, educação física e inclusão

Jolimar Cosmo, José Francisco Chicon

253

Educação física, formação continuada e inclusão: a (re)construção da subjetividade

do trabalho docente

Jolimar Cosmo, José Francisco Chicon

265

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Educação física e a gestão da aula na inclusão de uma criança com deficiência

múltipla

Leonardo Pasolini, Paulo Roberto Silva Junior, José Francisco Chicon

267

A dança popular potencializando a inclusão de jovens e adultos com deficiência:

uma perspectiva criativa

Andressa Prata Leite Damiani, Maria das Graças Carvalho Silva de Sá

273

Trajetórias de vida e formação: o esporte adaptado nas aulas de educação física

Laís Albuquerque Rodrigues, Renata de Souza Santos, Adriana Estevão, José Francisco

Chicon

275

Inclusão e educação física: a mediação pedagógica do professor na brinquedoteca

Leilane Lauer Huber, Thaís Rodrigues Mardegan de Albiaís, José Francisco Chicon

277

Sábado animado: um dia de esporte e lazer para pessoas com deficiência e seus

familiares

Wagner Müller Estevam, Elissandra Caramuru Fritoli, Patricia dos Santos Uliana,

Vandré de Castro Tóffoli

279

PÔSTER

Ginástica na educação infantil: brincando e aprendendo com a ginástica

Jackson Pereira Rocha, Luyene Martins Rodrigues, José Francisco Chicon

283

Curso de formação em dança: a experiência com a dança clássica

Gislene Tschaen, Ariádny Brandão Gomes, Míriam Rodrigues Rangel Malaquias, Rosely da Silva Pires, Webert Fernando da Silva, Karoline Flegler Souza

285

Experiência do Projeto de Extensão “Cultura Popular e a Construção de um Mundo

sem Violência”

Josiele Soares Ribeiro, Ariádny Gomes Custodio, Míriam Rodrigues Rangel Malaquias,

Rosely da Silva Pires, Karoline Flegler Souza

287

Reflexão sobre práticas inclusivas: um olhar sobre o professor de educação física

surdo

Edimara de Jesus Marçal, Ludimila Mendes Cassoli, Júlia Miranda Falcão

289

Esporte adaptado: ser professor e atuação docente

Graziely Franklin Guimarães, Rosangela da C. Loyola

291

Práticas de inclusão/exclusão: uma pesquisa-ação nas aulas de educação física

José Roberto Gonçalves de Abreu

293

A criança com deficiência nas aulas de educação física: inclusão e protagonismo

infantil

Fabiana Zanol Araujo

295

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Práticas corporais da juventude para jovens e adultos em situação de deficiência: a

experiencia do LAEFA/CEFD/UFES

Thaís Dalfiôr Zorzal, Maria das Graças Carvalho Silva de Sá

297

GT: LAZER E SOCIEDADE

COMUNICAÇÃO ORAL

Esporte e lazer como função preventiva às drogas: dos equívocos às contribuições

Poliana N. de Castro, Gelsimar J. Machado, Liana A. Romera

303

Colônia de férias na Ufes: experiências de ensino do Petef Amanda Barcelos Lepaus, Omar Schneider, Sabrinny Gramilich Rufino, Henrique Vieira Bernardino, Tiago Cardoso de Barros, Jean Carlos Freitas Gama, Thais Lemos Almeida, Matheus Marin de Freitas, Marcus Vinícius Medeiros, Débora Ribeiro Pandini, Lucas Fraga Pereira, Jéssica de Souza Silva

305

“ID Capixaba”, educação para o lazer

Leonardo Perovano Camargo, Carlos Nazareno Ferreira Borges

307

PÔSTER

A socialização juvenil e sua relação com o slackline

Jaqueline Aparecida Meneghel, Anna Carolina Martins Cassani, Liana Romera

313

Lazer, consumos e práticas corporais no litoral capixaba Anna Carolina Martins Cassani, Jaqueline Aparecida Meneghel, Liana Abrão Romera

315

Núcleo de pesquisa Andaluz: inter-relações entre juventude, lazer e drogas

Victor Estevam Klippel

317

GT: MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

COMUNICAÇÃO ORAL

O corpo feminino nas páginas da Revista Vida Capichaba

Cecília Nunes da Silva, Felipe Quintão de Almeida, Ivan Marcelo Gomes

323

A Olimpíada Escolar como projeto educativo capixaba: 1946-1954 Marcelo Laquini Eller, Omar Schneider

325

As mulheres como autoras: produção e circulação de saberes sobre a educação

física no Espírito Santo (1931-1936)

Marcela Bruschi, Omar Schneider

327

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O ensino de história da educação física: circulação de modelos pedagógicos na

escola de educação física do Espírito Santo na década de 1930

Thiago Ferraz Will, Omar Schneider

329

Arquivo permanente do Centro de Educação Física e Desportos: organização e

tratamento documental

Michel Ferreira Muniz, Omar Schneider

331

PÔSTER

A presença da educação física na proposta da reforma Rafael Grisi: formação de

professores primários no Espírito Santo (1951-1952)

Bianca Andreatta Scottá, Korina Pedro Plaster, Rosianny Campos Berto

335

O Colégio Estadual do Espírito Santo na grande imprensa capixaba: as olimpíadas

escolares e o esporte escolar

Denise Maria da Silva Ribeiro, Omar Schneider

337

GT: MOVIMENTOS SOCIAIS

COMUNICAÇÃO ORAL

Do prescrito ao praticado: valores associados às atividades físicas e esportivas no

Projeto São José de Calazans

Renata Silva Jorge, André da Silva Mello

345

PÔSTER

Cultura popular e o enfrentamento da violência: a experiência com as crianças e

educadores da Ong LBV

Rosely Silva Pires, Míriam Rodrigues Rangel Malaquias, Karoline Fleger de Souza,

Josiele Soares Ribeiro, Gislene Tschaen, Ariádny Brandão Gomes

333

GT: POLÍTICAS PÚBLICAS

COMUNICAÇÃO ORAL

Aspectos conceituais sobre desigualdades sociais e saúde: contribuições para a

educação física

Liliane Ciceri, Moisés Roberto, Graziela Kiepert, Caroline Binow, Dílson Saulo, Marcos

Bagrichevsky

355

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PÔSTER

Política pública de formação continuada em gênero na contemporaneidade: lógicas,

dilemas e perspectivas

Erineusa Maria da Silva

361

GT: TREINAMENTO ESPORTIVO

COMUNICAÇÃO ORAL

Estado de equilíbrio fisiológico em diferentes intensidades de corrida: um estudo de

caso

Victor Hugo Gasparini Neto, Anselmo José Perez, Deborah Sauer, Kamilla Bolonha

Gomes, Luciana Carletti, Ananda Vasconcelos

367

Monitoramento da potência anaeróbia por meio de lactacidemia e plataforma de

saltos, em atletas de elite de natação, durante uma periodização em blocos

Helvio de Oliveira Affonso, Arilson Silva, Marcela Favoreto

371

Comparação das respostas da frequência cardíaca e consumo de oxigênio nos testes

máximos de esteira e de campo dos participantes do Projeto de Corrida Orientada

LAFEX/NUPEM/UFES

Elyse Falk G. Gomes, Leidiane Luciano Lobo, Anselmo Jose Perez

373

PÔSTER

Análise biomecânica do rúgbi em cadeira de rodas

Elaine Dalman Milagre, Karine Jacon Sarro

379

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APRESENTAÇÃO

O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando,

no fim terás o que colher Cora Coralina

O Congresso Espírito-Santense de Educação Física é um evento de caráter

profissional e acadêmico, portanto, reúne ações dos campos de conhecimento e

intervenção do ensino, da pesquisa e da extensão. Tem sido organizado e realizado

pelo Centro de Educação Física e Desportos, da Universidade Federal do Espírito Santo

(CEFD/UFES), desde 1994, com a finalidade de integrar os professores/profissionais

formados na área, em atuação no Espírito Santo, com a comunidade acadêmico-

universitária do Estado. Deixou de ser realizado após a sua sexta edição, em 1999 e,

em 2004, foi retomado como modo de a Universidade Pública afirmar seu

compromisso com o processo de formação inicial e continuada de

professores/profissionais de Educação Física críticos e reflexivos.

O partir do Congresso realizado em 2012, o evento passou a ser bianual e,

neste ano de 2014, terá como tema Educação Física: conhecimento e

intervenção com o objetivo geral de mobilizar a comunidade em torno do debate

sobre os conhecimentos e as práticas que envolvem a atuação nos diversos campos da

Educação Física, particularmente pela via da análise, da discussão e do

compartilhamento de suas experiências de intervenção e produção do conhecimento.

OBJETIVOS

● Possibilitar o debate em torno das relações entre os conhecimentos

produzidos na área da Educação Física e as experiências de intervenção

que envolvem professores/profissionais da área, em busca de

problematizar as práticas e os saberes nas diferentes áreas temáticas

(saúde, esporte, lazer e educação);

● Compartilhar experiências de intervenção que envolvem

professores/profissionais de Educação Física com instituições, programas

e projetos de trabalhos públicos e privados nas referidas áreas temáticas

(saúde, esporte, lazer e educação);

● Propiciar a análise das experiências de intervenção buscando

compreender criticamente o modo de participação, o papel social e a

contribuição teórico-metodológica dos profissionais de Educação Física

nas relações estabelecidas com os conhecimentos que compõem a área

da Educação Física e com a intervenção nos diversos campos de atuação;

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● Propiciar a formação continuada de profissionais/professores de

Educação Física que atuam tanto no campo do treinamento esportivo, da

saúde e do lazer , quanto da rede pública e particular de ensino dos

Estados do Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais;

● Estimular a troca de experiências, informações e a assunção de

compromissos mútuos, entre sujeitos e sujeitos, sujeitos e instituições e

instituições que compõem a grande comunidade de professores,

pesquisadores e gestores da área de Educação Física.

Vitória, ES, 17 de setembro de 2014.

Organização Prof. Dr. Ivan Marcelo Gomes

Profa. Dra. Maria das Graças Sá Prof. Dr. Maurício Oliveira Prof. Dr. Omar Schneider

Profa. Dr. Rodrigo Luiz Vancini Profa. Msc. Rosely Silva Pires

Prof. Dra. Rosianny Campos Berto Profa. Dra. Zenólia Christina Campos Figueiredo

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GT: ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

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COMUNICAÇÃO ORAL

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Análise cinemática da mobilidade toracoabdominal de adolescentes obesos antes e após um período de treinamento físico

Edna Oliveira Silva1 Karine Jacon Sarro2

Introdução

A obesidade pode desencadear inúmeras complicações respiratórias, como

restrições mecânicas e deterioração da função pulmonar em virtude do maior esforço

necessário para movimentar a parede torácica1. Uma boa mecânica respiratória depende

da força e propriedade dos músculos respiratórios2.

Objetivos

Avaliar por meio da cinemetria, a mobilidade toracoabdominal de adolescentes

obesos antes e após um período de treinamento físico.

Metodologia

Foram estudados 9 sujeitos, onde os mesmos foram submetidos a um programa

de treinamento aeróbico no período de 12 semanas, entretanto apenas 4 sujeitos

concluíram o programa de treinamento. Os adolescentes foram filmados por 5 câmeras.

As imagens foram utilizadas para a obtenção das coordenadas tridimensionais de 12

marcadores posicionados sobre o tórax e o abdome. A partir das coordenadas foi

calculada a distância linear anteroposterior (DAP) e transversal (DT) do tórax e do

abdome. Para comparar a DT e DAP dos sujeitos foram selecionadas as curvas das

distâncias referentes a quatro ciclos respiratórios em função do tempo, as quais foram

normalizadas em função do ciclo respiratório. Para caracterizar a variação das distâncias,

calculou-se o coeficiente de variação da curva média de cada DT e DAP para cada sujeito.

Para a apresentação e comparação dos resultados, foi realizada a análise descritiva dos

dados, onde os resultados foram expressos em média e desvio padrão.

1 Mestranda em Educação física, Universidade Federal do Espírito Santo, Laboratório de Biomecânica do

movimento e da Respiração (BIMOR), [email protected] 2 Professora Drª, Universidade Federal do Espírito Santo, Laboratório de Biomecânica do movimento e da

Respiração (BIMOR), [email protected]

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Resultados e discussão

Todos os adolescentes apresentaram a curva da variação da distância transversal

do abdome (DTA) inversa às demais curvas antes do período de treinamento, e a maioria

dos sujeitos apresentaram uma redução dessa variável pós-período de treinamento.

Ocorreu uma redução do IMC para os sujeitos A e D após o período de treinamento e um

aumento da mobilidade das DAPTS e DAPTI para o sujeito A e o aumento da DAPTI e

DAPA para o sujeito D.

Conclusão

Conclui-se que após o período de treinamento físico a maioria dos sujeitos

participantes desse estudo apresentaram resultados positivos na mobilidade torácica, em

especial os que tiveram redução do IMC.

Referências

Foss ML, Keteyian JS. Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6 ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan; 1998.

Parreira, F.V. Padrão respiratório e movimento toracoabdominal em indivíduos saudáveis:

influência da idade e do sexo. Rev Bras Fisioter, v. 14, n. 5, p. 411-6, set./out. 2010.

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Efeito de três periodizações do treinamento aeróbio sobre o limiar ventilatório

Deborah Sauer1 Anselmo José Perez2

Luciana Carletti3 Walace David Monteiro4

Introdução

Existe na literatura um grande número de estudos, avaliando os efeitos do

treinamento sobre o limiar ventilatório (LV). No entanto, nenhum deles discute uma

possível influência das formas de aplicação da sobrecarga na intensidade sobre esse

parâmetro. Com base no estudo de PEREZ (2013) esse trabalho se propõe a comparar três

protocolos de periodização da intensidade (crescente, escalonado e ondulatório).

Considerando que o aumento do LV é intensidade-dependente, levantou-se a hipótese

que treinar na zona intensa por mais tempo, por meio da periodização crescente, iria

potencializar o aumento do LV.

Objetivos

Comparar o efeito do treinamento aeróbio com diferentes periodizações da

intensidade sobre o LV e VO2pico de indivíduos saudáveis

Metodologia

48 homens foram distribuídos nos grupos crescente (GCRES), ondulatório (GOND)

e escalonado (GESC), e avaliados antes e após 13 semanas de treinamento contínuo,

realizado por 30 minutos, três vezes por semana. O limite inferior e superior da

intensidade nos três grupos foi de 65-90% da FCmáx., porém a progressão foi estruturada

diferentemente.

1 Educação Física, UFES, LAFEX, [email protected]

2 Educação Física, UFES, LAFEX, [email protected]

3 Educação Física, UFES, LAFEX, [email protected]

4 Educação Física, UERJ, LABSAU, [email protected]

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Resultados e Discussão

Houve aumento do LV (GOND 29±4 vs. 32±4; GCRES 30±4,6 vs. 34±5,7; GESC

32,8±4,6 vs. 35,7±5. ml.kg-1.min-1) e VO2pico (GOND 52,6±7vs. 57,8±10; GCRES 53±10 vs.

57,7±10; GESC 54±8 vs. 61,5±9 ml.kg-1.min-1) nos três grupos, sem diferenças entre eles.

Apesar de o GCRES ter treinado mais tempo na zona intensa, a hipótese que isso

potencializaria o aumento do LV foi rejeitada. Tendo em vista que o LV atinge o pico entre

as primeiras 8 a 12 semanas de treinamento, e que acima desse período poucas

alterações são encontradas, uma possível explicação é que tenha havido uma

estabilização do desempenho do GCRES entre a 8ª e 13ª semana. Especula-se que o

estímulo de treinamento do GCRES no último terço do período, não tenha sido suficiente

para provocar uma continuidade na evolução dos parâmetros avaliados.

Conclusão

Os protocolos escalonado e ondulatório, apresentaram a mesma eficácia que o

crescente no aumento do LV e VO2 pico, apesar da menor carga total de treinamento.

Referências

1 Perez AJ. Efeitos de diferentes modelos de periodização do treinamento aeróbio sobre

parâmetros cardiovasculares, metabólicos e composição corporal de bombeiros militares.

Rev Bras Educ Fís Esporte, 2013, 27(3):363-376.

2 Londeree BR. Effect of training on lactate/ventilatory thresholds: a meta-analysis. Med

Sci Sports Exerc 1997;29(6):837-43.

3 Smith DA, O'Donnell TV. The time course during 36 weeks' endurance training of

changes in VO2 max. and anaerobic threshold as determined with a new computerized

method. Clin Sci (Lond) 1984;67(2):229-36.

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Academias da terceira idade: situando o movimento de pesquisa nas revistas científicas

Vinnicius Camargo de Souza Laurindo1

Ivan Marcelo Gomes2 Felipe Quintão de Almeida3

Introdução

Atentos ao que tem sido produzido no meio científico, na última década vêm

sendo consubstanciada uma forma de estímulo ao desenvolvimento da prática

corporal/atividade física, através das Academias da Terceira Idade (GOZZI; SATO;

BERTOLIN, 2012).

A mensuração e quantificação da produção bibliográfica no meio científico, ou

mesmo a produção acadêmica, é significativa, pois permite uma visão global do que se

tem produzido a respeito de uma determinada temática de estudo, podendo se verificar

o que tem sido pesquisado, os avanços e limites em determinadas áreas de pesquisa,

revelando as carências dentro de cada área do saber (MUGNAINI; CARVALHO;

CAMPANATTI-OSTIZ, 2006).

Objetivos

Fundamentado na análise da produção do conhecimento a respeito das ATI‟ s,

busca-se entender como tem se constituído o consumo desse projeto de fomento a

prática corporal/atividade física na realidade brasileira. Nesta perspectiva, esse recorte da

pesquisa objetivou investigar a produção científica sobre as Academias da terceira idade

nas revistas científicas no Brasil.

Metodologia

Esta pesquisa utiliza como fonte levantamento bibliográfico nas revistas científicas

realizado em um recorte temporal que compreende o período de janeiro de 2000 a

fevereiro de 2013.4 Dessa maneira, podemos identificar como os estudos relacionados às

1 Mestre em Educação Física, Sedu-Es, Lesef, [email protected].

2 Doutor em ciências humanas, Ufes, Lesef, [email protected].

3 Doutor em educação, Ufes, Lesef, [email protected].

4 A escolha desse período se justifica visto que a primeira Academia da Terceira Idade foi instalada no Brasil

na primeira década do século XXI.

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Academias da Terceira Idade (ATI) têm se organizado na produção acadêmica no período

supracitado.

Resultados e discussão

Foram encontrados 6 artigos produzidos entre 2000 e 2013. Esses trabalhos estão

mais concentrados na região sul do Brasil, especialmente no município de Maringá-PR.

Dos trabalhos analisados, as palavras-chave mais utilizadas foram “idosos” e “atividade

física” sendo que as pesquisas foram publicadas, na sua maioria, em revistas

pertencentes à área da educação física. Nas pesquisas, se observou também uma

predominância majoritária de mulheres em todos os estudos.

Conclusão

Compreendemos a partir dos achados que as pesquisas sobre as ATI’s, apesar de

apresentarem uma produção crescente, suscita novas investigações a fim de que se possa

compreender melhor esse programa de fomento à prática corporal/atividade física.

Referências

GOZZI, S. D.; SATO, D. F.; BERTOLIN, S. M. M. G. Atividade Física nas academias da terceira

idade na cidade de Maringá, Paraná: impacto sobre a capacidade cognitiva. Revista

científica JOPEF – Vol. 13, n° 2 / ano 9 – 2012.

MUGNAINI, R.; STREHL, L. Recuperação e impacto da produção científica na era google:

uma análise comparativa entre o google acadêmico e a web of science. Encontros bibli:

Revista eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, V. 13, n.

esp., p. 92-105, 2008. Disponível em:

http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1518-2924.2008v13nesp1p92.

Acesso em: 31 de maio de 2013.

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A prática do profissional de educação física nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas

Gelsimar J. Machado1

Poliana N. de Castro Liana A. Romera2

Ivan Marcelo Gomes3 Introdução

Os assuntos relacionados ao consumo de drogas têm despertado grande interesse

ao longo dos anos. No Brasil, como fruto da Reforma Psiquiátrica iniciada na década de

1980, as intervenções de tratamento a nível federal para com os que consomem álcool e

outras drogas de modo prejudicial tornaram-se mais significativas a partir de 2002 com a

implantação dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad) (BRASIL,

2005). Estes serviços se expandiram enfatizando novas intervenções terapêuticas e

integrando novos profissionais de saúde na equipe multidisciplinar, entre eles o

profissional de Educação Física (EF).

Objetivos

Conhecer e analisar a prática do profissional de EF nos CAPSad da Grande Vitória,

ES, identificando pontos positivos e negativos a partir da análise deste e demais

profissionais da equipe de saúde.

Metodologia

A partir de dois instrumentos: observação participante e entrevista

semiestruturada com o profissional de EF e demais profissionais de saúde dos CAPSad.

Resultados e discussão

Estudos ressaltam que intervenções sanitárias têm sido fortemente pautadas no

viés biológico/físico utilizando-se da atividade física para ganhos em saúde (FRAGA,

CARVALHO & GOMES, 2013). Porém, para além da atividade física, pesquisadores veem 1 Mestrando (a), CEFD-UFES, Andaluz - [email protected] - [email protected]

2 Profª. Drª, CEFD-UFES, líder do grupo Andaluz - [email protected]

3 Doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), integrante do

LESEF/CEFD/UFES. Email: [email protected].

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nas práticas corporais um forte instrumento capaz de contemplar o ser humano em

múltiplos aspectos indo em direção à sua integralidade (CARVALHO, 2006; BILIBIO &

DÂMICO, 2011). Os primeiros resultados apontam para o trabalho do profissional de EF

distinto de outros espaços com intervenções que ultrapassam o campo de sua formação

acadêmica e que são coerentes com as necessidades dos pacientes.

Conclusão

A intervenção nos CAPSad tem ampliado a atuação do profissional de EF e sua

relação com os demais profissionais da equipe em prol do cuidado terapêutico dos

pacientes.

Referências

BILIBIO, L. F. S.; DAMICO, J. G. S. Carta a um jovem professor. Cadernos de Formação

RBCE – v. 2, n. 2 (2009) – Florianópolis: CBCE e Editora Tribo da Ilha, 2011.

BRASIL. Reforma Psiquiátrica e política de Saúde Mental no Brasil. Brasília, Ministério da

Saúde, 2005.

CARVALHO, Y. M. Promoção da Saúde, Práticas Corporais e Atenção Básica. Revista

Brasileira Saúde da Família. Brasília, Ministério da Saúde, 2006, p. 33-45.

FRAGA, A. B.; CARVALHO, Y. M. de; GOMES, I. M. (Orgs.). As práticas corporais no campo

da saúde. São Paulo: Hucitec. 2013.

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O Programa Peso como uma estratégia de educação em saúde: uma interpretação dos cuidados corporais a partir dos usuários do serviço

Thacia Ramos Varnier1 Ivan Marcelo Gomes2

Felipe Quintão de Almeida3 Introdução

Nos últimos anos, houve um aumento do número de ações educativas

governamentais na área da Saúde Pública por meio de políticas e programas de saúde

voltados, principalmente, para a prevenção e promoção de saúde da população. Essas

estratégias educativas propõem, dentre outras finalidades, a educação corporal das

pessoas para a adesão de um estilo de vida saudável/ativo, considerado como modelo

ideal contemporâneo. Com a incorporação e ampliação do conceito de risco pela

epidemiologia, os indivíduos obesos, com sobrepeso e sedentários, ganharam

notoriedade nos estudos da área da saúde tornando-se alvos de ações educativas

(FRAGA, 2006).

Objetivos

Esta pesquisa teve como objetivo investigar como os usuários do programa PESO

da Unidade de Saúde do bairro República da cidade de Vitória/ES lidam com as

informações que recebem do programa.

Metodologia

Os principais instrumentos de pesquisa foram a observação participante, a

utilização de entrevistas semi-estruturadas e a técnica de Narrativas de Mapas Corporais

(MACEDO, 2000; GASTALDO et al, 2012).

1 Mestre em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), integrante do

LESEF/CFED/UFES. E-mail: [email protected]. 2 Doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), integrante do

LESEF/CEFD/UFES. Email: [email protected]. 3Doutor em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), integrante do LESEF/CFED/UFES.

Email: [email protected].

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Resultados e discussão

Evidenciamos que o programa PESO se configurou como uma estratégia

contemporânea de Educação em Saúde em que os indivíduos, diante das suas angústias

carregadas em seus corpos com excesso de peso, buscaram o serviço como uma forma de

conselheiro (BAUMAN, 2001), vendo a adesão a um estilo de vida saudável/ativo como

uma possibilidade de diminuição de seus sofrimentos. Em relação à adesão dos usuários

as informações recebidas, os indivíduos apresentaram comportamentos de conformidade

ao absorverem e transportarem as condutas orientadas pelos especialistas para o seu

cotidiano.

Conclusão

Concluímos que os indivíduos investigados, mesmo relatando dificuldades em

aderir a um estilo de vida saudável, apresentaram um comportamento de conformidade

diante das informações recebidas pelo programa PESO. Diante disso, ao considerarmos

que em uma sociedade contemporânea o modelo correto de viver bem é atrelado ao

estilo de vida saudável, por mais que os participantes com excesso de peso apresentem

dificuldades em aderir a esse estilo, a “naturalização” desses ideais acaba por contribuir

na formação de conformidades de hábitos ao acreditarem que esta seria a única forma

correta de vida. Dessa forma, tal panorama contribui nessa busca pelo abandono desse

corpo gordo, carregado de peso moral e físico. Isto é, diante do "peso" em carregar um

corpo obeso, abandonar este corpo significa se libertar dos incômodos atrelados ao

estigma da gordura, assim como, significa conquistar um espaço na sociedade em que o

modelo hegemônico corporal em voga é o magro.

Referências

BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.

FRAGA, A. B. Exercício da informação: governo dos corpos no mercado da vida ativa.

Campinas: Autores Associados, 2006.

MACEDO, R. S. A etnopesquisa crítica e multirreferêncial nas ciências humanas e na

educação. Salvador: EDUFBA, 2000.

GASTALDO, D. et al. Body Map Storytelling as Research: Methodological considerations

for telling the stories of undocumented workers through body mapping. 2012.

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Reflexões sobre saúde e atividade física no Programa Bem Estar da Rede Globo de Televisão

Lorena Nascimento Ferreira1

Ivan Marcelo Gomes2 Introdução

Este estudo é originário de um Trabalho de Conclusão de Curso em Educação

Física que tematizou a relação entre mídia e saúde, estabelecendo interface na

concepção de atividade física proposta pelo programa “Bem Estar” da Rede Globo de

televisão. Neste trabalho fundamentamos nossas análises numa compreensão de

saúde que não se restringe às questões biológicas, mas como um direito universal e

socialmente construído.

Objetivo

Investigar quais as estratégias discursivas utilizadas pelo programa para

apresentar noções de saúde e atividade física aos telespectadores.

Metodologia

A pesquisa é caracterizada por um estudo observacional de caráter descritivo e

analítico de natureza qualitativa (MINAYO, 2009). A coleta de dados foi realizada no

período de 07 de Julho a 04 de Agosto de 2011 e se concretizou a partir da gravação de

15 programas diários. As transcrições foram realizadas a partir da análise de conteúdo

de Laurence Bardin (2009).

Resultados e discussão

Percebemos que o discurso apresentado pelo programa está seguramente

amparado no viés científico, à medida que se utiliza de especialistas da área da saúde

para legitimar os conselhos disseminados aos telespectadores por meio de dicas e

1 Mestranda junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do

Espírito Santo (PPGEF/UFES). Integrante do LESEF (Laboratório de Estudos em Educação Física). Email: [email protected]. 2 Doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Professor Adjunto

do CEFD/UFES. Integrante do LESEF. Email: [email protected].

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técnicas de como manter uma vida saudável. Assim, as propostas se direcionam para

ações individuais e as atitudes e comportamentos do indivíduo são o que definem sua

condição de saúde.

Nesse sentido, “*...+ predomina a ênfase na importância do exercício físico

como fator associado ao controle/prevenção de diversas doenças *...+” (NOGUEIRA;

PALMA, 2003, p. 109).

Conclusão

Os argumentos utilizados no programa indicam que a atividade física, de forma

prioritária, garantiria acesso à saúde. Isto posto, se negligencia outros elementos que

estão atrelados ao conceito de saúde, como por exemplo: condição nutricional, de

habitação, transporte, trabalho, dentre outros. Desta forma, o “Bem Estar” confere à

atividade física a centralidade da questão sanitária.

Referências

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade.

28ª Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

NOGUEIRA, Leandro; PALMA, Alexandre. Reflexões acerca das políticas de promoção

de atividade física e saúde: uma questão histórica. Revista Brasileira de Ciências do

Esporte, Campinas, v.24, n.3, p. 103-119, maio 2003.

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Risco cardiovascular em jogadores de futebol amador

Sinara Moreira de Freitas Santos1 Douglas de Assis Teles Santos2

Introdução

O controle dos fatores de risco cardiovasculares (RC) tem sido considerado a

melhor estratégia para reduzir o avanço das cardiopatias (FUSTER, et al., 2007). O

futebol amador é praticado por diversos públicos, seja por motivos de lazer ou por

pratica de atividade física (NETO e MENEGHELLO, 2012), os jogadores são submetidos

à exposição ao exercício físico, ao qual respondem com inúmeras alterações

morfofisiológicas e funcionais, sendo que o amador possui a presença de quase todos

os componentes do futebol profissional, porém diferindo em escala (DAMO, 2003). Por

se tratar de um esporte praticado de forma vigorosa, pode ser prejudicial à saúde, caso

o individuo possua problemas cardíacos não diagnosticados (STOLEN, et al., 2005),

portanto é relevante investigar os fatores de RC em jogadores de futebol amador para

que os resultados possam ser utilizados em estratégias de saúde pública.

Objetivos

Estimar a prevalência de RC e sua associação com variáveis sociodemográficas e

de saúde.

Metodologia

Estudo transversal, descritivo, com uma amostra de 31 jogadores de futebol

amador, do sexo masculino. A coleta de dados foi efetuada através de um questionário

referente às variáveis sociodemográficas e indicadores de saúde, posteriormente

foram mensurados a circunferência abdominal (CA), o IMC e a relação cintura/quadril

(RCQ). O RC foi avaliado através da associação de duas variáveis o IMC e a CA, sendo

considerados sujeitos com RC os que apresentaram IMC ≥25 kg/m2 e CA ≥94 cm. As

análises estatísticas foram efetuadas através do software SPSS 20.0 (p<0,05 e IC de

95%).

1 Graduada em Educação Física, Universidade Federal de Goiás, [email protected].

2 Mestre em Educação Física, Universidade do Estado da Bahia, NEAFISA/UFTM, [email protected].

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Resultados e discussão

A prevalência do RC foi de 29,03% (n= 9). A amostra apresentou médias de

idade 27,48 ± 7,71, CA 88,1 ± 10,51, IMC 24,83 ± 3,35 e RCQ 0,85 ± 0,047. A idade (p=

0,029 e IC [1,17 - 18,66]) e a atividade física (p= 0,001 e IC [0,16 – 0,58])

permaneceram associadas ao RC. Conforme a idade avança aumenta o risco

cardiovascular, entretanto o aumento do nível de atividade física pode diminuir este

risco (FUSTER, et al., 2007; NETO e MENEGHELLO, 2012).

Conclusão

A amostra demonstrou elevada prevalência de RC, sendo o principal fator de

risco a idade, enquanto a pratica de atividade física demonstrou ser um fator de

proteção.

Referências

DAMO A. S. Monopólio estético e diversidade configuracional no futebol brasileiro.

Movimento. v.9, n.2, p.129-56, 2003.

FUSTER, V.; VOUTE, J.; HUNN, M.; SMITH, C. Low priority of cardiovascular and chronic

diseases on the global health agenda: a cause for concern. Circulation, v.116, n.17,

p.166-70, 2007.

NETO, A. D. P.; MENEGHELLO, L. C. Fatores de risco relacionados à saúde de jogadores

de futebol de várzea da categoria máster de porto alegre. Revista Brasileira de Futsal

e Futebol. v.4, n.14, p.258-62, 2002.

STOLEN, T, et. al. Physiolology of soccer: and update. Sports Medicine, Baltimore, v.35,

n.6, p. 501-36, 2005.

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Análise da mobilidade toracoabdominal de adolescentes com excesso de peso

Jeniffer Lubiana Campos1 Karine Jacon Sarro2

Introdução

Consistindo a respiração em um ato dinâmico dependente da ação dos

músculos respiratórios e decorrente primariamente da movimentação da caixa

torácica, é importante o estudo da mobilidade toracoabdominal de indivíduos com

excesso de peso para saber se essa mobilidade é afetada diretamente pelo excesso de

peso.

Objetivos

Avaliar, por meio da cinemetria, a mobilidade toracoabdominal de

adolescentes do sexo masculino com excesso de peso (GE) e compará-la com

adolescentes com peso normal (GC).

Metodologia

Participaram do estudo 12 adolescentes (6 com excesso de peso e 6 com peso

normal), sem afecções agudas do sistema respiratório, sem diagnóstico clínico de

distúrbios posturais da coluna vertebral e com idade entre 12 e 17 anos. Os

adolescentes foram filmados por 5 câmeras enquanto respiravam em capacidade vital.

As imagens foram utilizadas para a obtenção das coordenadas tridimensionais de 12

marcadores representando o tórax superior, tórax inferior e abdome. A partir das

coordenadas foi calculada a distância linear anteroposterior e transversal do tórax

superior, tórax inferior e do abdome em função do tempo. Para caracterizar a variação

da mobilidade torácica e abdominal foi calculado o coeficiente de variação da curva da

distância transversal e anteroposterior em função do tempo em um ciclo respiratório.

O coeficiente de variação foi comparado entre os grupos por meio do teste t de

Student (p<0,05).

1 Educação Física Bacharelado,Universidade Federal do Espírito Santo, Laboratório de Biomecânica do

Movimento e da Respiração, [email protected]. 2 Fisioterapia, Universidade Federal do Espírito Santo, Laboratório de Biomecânica do Movimento e da

Respiração, [email protected].

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Resultados e discussão

A curva da distância transversal do abdome foi inversa em todos os sujeitos do

estudo. Segundo Gallego et al (1997) quando existe assincronia na mobilidade

toracoabdominal uma maior ativação dos músculos respiratórios é necessária e,

consequentemente, maior é o consumo de energia.

O GE apresentou uma menor mobilidade anteroposterior do tórax superior

(p=0,040) e inferior (p=0,004) em relação ao GC, o que pode estar relacionada ao

comprometimento da musculatura respiratória devido aos prejuízos mecânicos ligados

à restrição da expansibilidade torácica nos obesos (CASTELLO et al., 2007). Esse achado

é importante, já que Mead et al (1967) dizem que as mudanças no diâmetro

anteroposterior do tórax e abdome é quase linearmente relacionada às mudanças no

volume pulmonar.

Conclusão

Concluiu-se que os adolescentes do sexo masculino com excesso de peso

apresentam uma mobilidade anteroposterior do tórax menor quando comparados

com adolescentes do sexo masculino com índice de massa corporal normal.

Referências

Castello V, et al. Força muscular respiratória é marcantemente reduzida em mulheres

obesas mórbidas. Arquivos Médicos do ABC 2007;32(2):74-77.

Gallego J, et al. Influence of thoracoabdominal pattern of breathing on respiratory

resistance. Respiration Physiology 1997;108:143-152.

Mead J, Peterson N, Grimby G. Pulmonary ventilation measured from body surface

movements. Science, Washington 1967;156(780):383-1384.

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PÔSTER

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Respostas hemodinâmicas com o uso da tonometria de aplanação em indivíduos com diferentes níveis de treinamento aeróbico

Edna Oliveira Silva1

Luciana Carletti2

Introdução

O treinamento aeróbico tem sido indicado para o tratamento de doenças

cardiovasculares como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca1, 2. Os estudos da

função vascular têm avançado bastante nos últimos anos, pelo acesso a técnicas não

invasivas para medida da pressão arterial central, periférica e pela análise do contorno da

onda de pressão registrada, como é o caso da técnica da tonometria de aplanação. A

análise do contorno da onda pressórica nos fornece informações valiosas sobre a duração

da onda pressórica na fase sistólica e diastólica3.

Objetivos

Comparar as respostas hemodinâmicas de indivíduos com diferentes níveis de

treinamento aeróbico com o uso da tonometria de apalanação.

Metodologia

A amostra foi constituída por 53 voluntários, onde o nível de desempenho foi

classificado pelo teste cardiopulmonar de exercício. As respostas hemodinâmicas foram

adquiridas através do exame realizado com o equipamento SphygmoCor® (ArtCor

Medical Inc., Austrália) é um método de medida de pressão arterial que reconstitui de

forma indireta, através de algoritmo matemático, a pressão arterial central , isto é, a

pressão na raiz aorta.

Resultados e discussão

Para analise dos resultados foi utilizado ANOVA de uma via e nível de (P < 0,05)

para determinar significância. O grupo com desempenho superior apresentou frequência

cardíaca(51±4*), pressão sistólica e diastólica periférica( 120±7*; 68±6) e pressão sistólica

1 Mestranda, Universidade Federal do Espírito Santo, LAFEX,[email protected]

2 Professora Drª, Luciana Carletti, Universidade Federal do Espírito Santo, LAFEX,

[email protected]

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e diastólica central(103±9*;69±6) mais baixa em relação ao grupo inferior

(55±9;127±8;71±5;107±6*;72±5) e controle (62±8;130±8;77±8;113±11;78±8) e duração

diastólica maior (845±92*) em relação ao grupo inferior (786±177) e controle (645±124).

Conclusão

Conclui-se que o uso da tonometria de aplacação se apresentou como um bom

método de avaliação das respostas hemodinâmicas, visto que os resultados se

assemelham com os de outras técnicas convencionais.

Referências

FARINATTI, P. T.; OLIVEIRA, R. B.; PINTO,V. L.; MONTEIRO, W. D.; FRANCISCHETTI, E.

Programa domiciliar de exercícios: Efeitos de curto prazo sobre a aptidão física e pressão

arterial de indivíduos hipertensos. Arq Bras Cardiol, 2005, 84:473-9.

SILVA, M.V.; BOCCHI, A.; GUIMARÃES, G.V. Benefício do treinamento físico no

tratamento de insuficiência cardíaca. Estudo com grupo controle. Arq Bras Cardiol, 2002,

79:351-6.

KELLY, R.; HAYWARD, C.; AVOLIO, A.; O'ROURKE, M. Noninvasive determination of

agerelated changes in the human arterial pulse. Circulation, 1989, 80 (6):1652-9.

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GT: COMUNICAÇÃO E MÍDIA

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COMUNICAÇÃO ORAL

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Reflexões sobre o corpo obeso no contexto midiático: uma análise do Programa “Além do Peso”

Lorena Nascimento Ferreira1

Ivan Marcelo Gomes2

Introdução

Este estudo deriva de uma pesquisa em andamento de uma Dissertação de

Mestrado em Educação Física, no qual, se propõe a tematizar a relação entre corpo e

obesidade, problematizando a mídia como espaço privilegiado do discurso da educação

do corpo obeso no programa “Além do Peso” da Rede Record de televisão. Neste

trabalho nos debruçamos a entender o teor das informações referentes ao combate ao

corpo obeso neste programa.

Objetivo

Analisar e problematizar quais os discursos da educação do corpo obeso são

publicizados no programa “Além do Peso”.

Metodologia

A pesquisa é caracterizada por um estudo observacional de caráter descritivo e

analítico de natureza qualitativa (MINAYO, 2009). A materialização da pesquisa se dará

com a análise de uma temporada do programa, obtida através do site R7.com, filiado à

emissora Rede Record. A partir das transcrições das falas, das imagens e dos contextos

das filmagens, faremos a análise do material a partir da análise de conteúdo de Laurence

Bardin (2009).

Resultados e discussão

Observamos que os meios de comunicação de massa bombardeiam as pessoas

com imagens que associam a felicidade à figura esbelta. Desse modo, a mídia, com base

no discurso dos especialistas, legitima-se como lugar que adverte a existência de riscos

nos hábitos individuais e propõe os meios de contorná-los. Nesse sentido, os discursos 1 Mestranda junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Espírito

Santo (PPGEF/UFES). Integrante do LESEF (Laboratório de Estudos em Educação Física). Email: [email protected]. 2 Doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Professor Adjunto do

CEFD/UFES. Integrante do LESEF. Email: [email protected].

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produzidos enfatizam que os esforços devem ser travados pelos obesos para se livrar do

“mal” que os acompanha. Tais esforços são árduos, mas restritos a sua própria ação.

Corroborando com Bauman (2001, p.84), os indivíduos [...] ouvem diariamente que o que

está errado em suas vidas provém de seus próprios erros, foi sua própria culpa e deve ser

consertado com suas próprias ferramentas e por seus próprios esforços*...+”.

Conclusão

Pretendemos, então, operacionalizar um diálogo com a literatura para

problematizar o discurso sobre a educação do corpo obeso apresentado pelo programa

com o intuito de perceber como e porque essas pessoas que não seguem essas

informações são fortemente excluídas e estigmatizadas nas sociedades atuais.

Referências BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 28ª

Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editores, 2001.

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GT: CORPO E CULTURA

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COMUNICAÇÃO ORAL

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Estética e educação física: a expressão corporal como conteúdo de ensino

Patrícia Janaína Marques1

Introdução

O tema deste artigo diz respeito às relações existentes entre Estética e

Educação Física, e questiona se qualquer Expressão Corporal pode ser considerada

conteúdo de ensino da Educação Física. A fim de abordar essa questão, os conteúdos

de ensino da Educação Física na escola devem ser mediados pela escola, pois é nesse

ambiente que acontece o acesso ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura

erudita, destacando-se os tipos de aprendizagens que certos gestos exigem.

Percebendo que o termo estética está vinculado aos sentidos e à percepção humana,

as discussões filosóficas são as que mais se aproximam da ideia de expressividade

nesta pesquisa.

Objetivos

Compreender se qualquer expressão corporal pode ser considerada conteúdo

de ensino da educação física. Compreender o que é um conteúdo de ensino,

analisando de forma crítica a existência da instituição escolar. Apresentar o conteúdo

de ensino como conhecimento clássico e sistemático. Evidenciar os critérios para

definir a escolha de algumas expressões corporais que interessariam à Educação Física

Escolar.

Metodologia

Com base em referenciais bibliográficos, o estudo tem caráter essencialmente

analítico com objetivo de responder questionamentos.

Resultados e discussão

Existem poucas pesquisas realizadas no campo da Educação Física no que diz

respeito à Expressão Corporal remeter para um universo mais amplo de produção

humana, há o desafio de compreender que a Educação Física deve voltar seu olhar

1 Bacharel em Dança pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Licenciada em Educação Física pela

Universidade Federal do Espírito Santo. Professora de Dança. E-mail: [email protected]

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para formas de Expressão Corporal que sobreviveram ao tempo, identificando quais

fatores motivam a escolha dos conteúdos de ensino na escola. Por fim, é importante

registrar que a Expressão Corporal não é um outro conteúdo a ser acrescentado ao

lado das práticas corporais.

Conclusão

Como conclusões, considera-se que nem tudo que é Expressão Corporal é conteúdo da

Educação Física, pois a Educação Física não é possuidora do tratamento pedagógico da

Expressão Corporal no seu todo. A Expressão Corporal remete para um universo mais

amplo de produção humana no qual se encontram as práticas corporais. Além disso, os

gestos espontâneos e simples interessam à escola apenas como ponto de partida;

portanto, é relevante a essa instituição realizar a mediação entre a Expressão Corporal

cotidiana e o universo de gestos complexos.

Referências

CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. Extra Libris, 2005. Disponível em:

http://academica.extralibris.info/literatura/por_que_ler_os_classicos_italo.html.

Acesso em: 06 dez. 2011.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1999

SILVA, Ana Márcia; DAMIANI, Iara Regina (Org.). Práticas corporais. Florianópolis:

Nauemblu /Ciência & Arte, 2005.

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Práticas esportivas na orla de Vitória-ES: um estudo entre praticantes de futevôlei e futebol

Vinicius Nogueira Gaspar1

Felipe Quintão de Almeida2 Introdução

Do interior de dois grupos de práticas esportivas na orla de Vitória-ES, um de

futevôlei e um de futebol, esta pesquisa vem discutir uma fenômeno tão presente na

vida cotidiana. Amplamente difundido em nossa sociedade, o esporte deixou de ser

tratado como um tema menor pelas ciências sociais e começou a ser analisado com a

importância de um fenômeno sociocultural que perpassa pelos diversos setores da

sociedade.

Objetivos

O trabalho objetiva compreender as dinâmicas relacionais presentes entre os

sujeitos que, em grupos, praticam futebol e futevôlei na orla de Vitória-

ES, identificando as motivações individuais para as práticas esportivas dos inseridos

nos grupos anteriormente citados e analisando como estas práticas se relacionam com

outras instâncias da vida social dos praticantes.

Metodologia

O estudo tem caráter qualitativo, que segundo Denzin e Lincoln (2006), é uma

atividade situada que localiza o observador no mundo. Com intuito de se inserir no

universo particular que a pesquisa visa atender, utilizamos uma abordagem

etnográfica. A partir da entrada em um grupo de futebol e um de futevôlei, foram

coletados dados através de diários de campo, fotografias e entrevistas.

1 Mestrando junto ao Programa de Pós Graduação em Educação Física da Universidade Federal do

Espírito Santo (PPGEF/UFES). Integrante do LESEF (Laboratório de Estudos em Educação Física), [email protected]. 2 Doutor em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina.Professor Adjunto III da

Universidade Federal do Espírito Santo, LESEF, [email protected].

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Resultados e discussão

Os grupos apresentam estruturas diferentes de organização, manutenção e

desenvolvimento da prática esportiva. Enquanto o de futevôlei tem maiores alterações

nas regras, mecanismo prioritário de entrada por convite de amigo e relação de

proximidade entre os integrantes, mesmo em momentos fora da prática, o de futebol

possui uma maior ligação às regras de como é praticado em seu modelo competitivo,

mecanismos de entrada mais abertos a desconhecidos e uma relação mais distante

entre os praticante em momentos fora da prática esportiva. Entretanto, semelhanças

aparecem nas formas de liderança e nos discursos dos integrantes sobre motivação

individual para a prática.

Conclusão

Os dados corroboram com outros estudos, como o de Stigger (2002), que

apresenta um esporte cada vez mais heterogêneo e polissêmico. A regularidade com

que as práticas ocorrem e a importância ontológica que ganham na vida dos sujeitos

demonstram que o esforço de conhecimento desses grupos deve ser constante.

Referências

STIGGER, M. P. Esporte, lazer e estilos de vida: um estudo etnográfico. SP: Editora dos

Autores Associados, 2002.

DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. (Org.). O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e

abordagens. Porto Alegre: Artmed, 2006.

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Ao ar livre: um estudo na academia popular de Santo Antonio em Vitória-ES

Sayonara Carla Pinto1

Introdução

No Brasil, projetos políticos que envolvem a disseminação de ideias referentes

aos cuidados com a saúde têm tomado forma a partir de interferências diretas na vida

dos sujeitos. Em 2006, foi criada a Política Nacional de Promoção da Saúde, que

consiste em uma ação do governo que buscou ratificar o compromisso do Ministério

da Saúde na ampliação e qualificação de ações da promoção da saúde nos serviços e

na gestão do Sistema Único de Saúde. Esta pesquisa se insere no conjunto dos estudos

que derivam dessas novas políticas públicas na área da saúde. É idealizada a partir do

projeto “Políticas de Formação em Educação Física e Saúde Coletiva: atividade

física/práticas corporais no SUS”, desenvolvido por grupos de pesquisa de três

universidades públicas (UFRGS, USP, UFES).

Objetivos Compreender os sentidos que os sujeitos da Academia Popular (AP) de Santo

Antonio em Vitória-ES atribuem à saúde;

Analisar o espaço público da AP no que se refere à sua organização e

caracterização para o seu uso e funcionamento;

Identificar e compreender os motivos dos praticantes em buscar por esse

espaço público para a realização de suas práticas corporais.

Metodologia

Esta pesquisa se caracteriza como um estudo de cunho etnográfico, pois busco

compreender os ideais dos sujeitos da AP, por meio da observação participante nesse

espaço. Para Gerhardt e Silveira (2009, p. 41), “A pesquisa etnográfica pode ser

entendida como o estudo de um grupo ou povo”. Utilizarei da análise de conteúdo

para análise das entrevistas realizadas. Conforme Dionne e Laville (1999, p. 214), “É

este o princípio da análise de conteúdo: consiste em desmontar a estrutura e os

elementos desse conteúdo para esclarecer suas diferentes características e extrair sua

significação”.

1 Formada em EF; Mestranda em EF no Programa de Pós-Graduação em Educação Física CEFD/UFES;

[email protected].

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Resultados e discussão

A AP é utilizada para a prática da musculação e mostra-se um ambiente de

características singulares. A atuação dos professores vai além da prescrição seriada de

exercícios. O ‘cuidar/observar’ faz parte da sua rotina. Conhecer o aluno e suas

singularidades para poder apoiá-lo além da musculação. Para os usuários, os fatores de

socialização, estrutura e localização da AP são considerados essenciais para a busca

pelo espaço.

Conclusão

Ao finalizar a coleta de dados, problematizarei os conceitos de práticas

corporais, atividade física e saúde não somente no ambiente da AP, mas também em

seu projeto idealizador.

Referências DIONNE, J.; LAVILLE, C. (1999). A Construção do Saber: Manual de metodologia da

pesquisa em ciências humanas. Editora UFMG, Belo Horizonte, 1999.

GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D.T. (Org.). Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS.

Curso de Graduação Tecnológica. Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora da

UFRGS, 2009.

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A descoberta de si como ser dançante: implicações e aprendizagens no Projeto Cuidadores que Dançam

Bianca Carminati Schmidt1

Erineusa Maria da Silva2

Introdução

Apesar dos poucos estudos a respeito, sabe-se que a família é envolvida no

processo de vida da pessoa com deficiência desde o momento em que sabe dessa

deficiência, mas é com o nascimento de um membro com deficiência na família que,

de fato, o papel de cada um é remodelado (BUSCAGLIA, 1993). Normalmente, na

estrutura familiar, o pai fica responsável pela parte financeira e a mãe pelos cuidados

da casa e filhos. Esse cuidado se estende ao acompanhamento integral das atividades

que os filhos realizam (médico, fisioterapia e atendimentos em diversos locais) e, com

isso, o tempo para si fica exaurido. Buscando trabalhar essa lacuna, foi criado o projeto

de extensão “Cuidadores que dançam”.

Objetivos

Avaliar, a partir do olhar de suas participantes, o Projeto de extensão

“Cuidadores que dançam” apresentando as possíveis implicações, provocações,

aprendizagens e mudanças que o mesmo vem promovendo na vida das mesmas.

Especificamente buscou: a) identificar mudanças e aprendizagens que o projeto trouxe

para as cuidadoras, tanto no convívio exercido com o grupo no projeto, quanto no

convívio com a família e a sociedade em geral; b) identificar quais implicações as

vivências tem tido para a construção de sua corporeidade.

Metodologia

A pesquisa teve natureza qualitativa com caráter exploratório e descritivo. As

pesquisadas foram 15 familiares, do sexo feminino, dos jovens e adultos com

deficiência intelectual, inseridas no projeto supracitado. Como instrumentos de

recolha dos dados, utilizamos o diário de bordo, vídeogravações das aulas ministradas

1 Graduada em educação física pela Ufes, acadêmica de pós graduação em educação física escolar;

[email protected] 2 Professora da Ufes, doutoranda em educação pelo Ppge/ufes e membro pesquisador do praxis/cefd e

do Nepe/Ce – Ufes; [email protected]

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e uma entrevista com roteiro semiestruturado. A recolha dos dados teve início em

2011.2 e se encerrou no semestre 2013.1. Utilizou-se a análise de conteúdos para a

interpretação dos dados.

Conclusão

A análise indicou que o espaço/tempo da vivência no projeto tem, entre outras

aprendizagens, estimulado suas participantes a reafirmarem sua identidade para além

do ser cuidadora de pessoa com deficiência, descobrindo-se como pessoas capazes de

experimentarem seus limites e possibilidades por meio do seu encontro com a Dança.

Ademais indicou ausência de políticas públicas e equipamentos sociais que atendam

essa população em relação a sua condição, o que reforça a importância desse projeto

para essa população que precisa de atenção e cuidados tanto quanto seus familiares

que possuem algum tipo de deficiência.

Referências

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009.

BUSCAGLIA, L. Os deficientes e seus pais. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 1993.

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PÔSTER

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Práticas integradoras de ensino III - danças folclóricas: um relato de experiência

Rayane Natividade Dias da Costa

Introdução

A disciplina Práticas Integradoras de Ensino III é desenvolvida no curso de

Licenciatura em Dança no Instituto Federal de Brasília (IFB), sendo ministrada pela

Prof.Dr. Sabrina Cunha.

A disciplina tem como objetivo contribuir na formação pessoal, acadêmica e

profissional de alunos e professores. Tal disciplina, quando ofertada no segundo

semestre de 2012, teve como proposta oferecer para a sociedade do IFB (alunos,

professores e demais funcionários) mini cursos relacionados à dança, onde desenvolvi

o mini curso de Danças Folclóricas, que visou a indissociabilidade entre pesquisa,

ensino e extensão, além de trabalhar a cultura popular e ressaltar características de

algumas regiões do país, principalmente as festas do povo brasileiro.

Como resultado deste mini curso, foi criado um grupo de estudo onde são

discutidos textos, artigos e outros materiais referentes às danças folclóricas e cultura

popular, com intuito de aproximar prática e teoria.

Como tudo começou...

Ao início da disciplina de Práticas Integradoras de Ensino III, foi explicado que

nós, alunos, teríamos que ministrar mini cursos para a comunidade do IFB.

A professora regente viu nas danças folclóricas uma excelente oportunidade de

expandir a cultura popular brasileira dentro de uma sociedade leiga sobre tais danças.

Uma outra aluna, com formação no sapateado, se interessou e se dispôs a me ajudar.

Juntas, montamos o cronograma das aulas, que foram realizadas uma vez por

semana, e trocamos conhecimento. Dessa forma, organizamos nossas aulas integrando

alongamentos/aquecimentos do sapateado e movimentação de danças folclóricas.

As danças foram selecionadas por região geo-política brasileira e cada trio de

dança (baião, coco, samba de roda / lundu, síria, carimbo / pastoril, chiba cateretê,

catira) foi pensado para ser trabalhado a cada mês do semestre (setembro, outubro e

novembro).

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Objetivos

Vivenciar algumas das danças folclóricas presentes na cultura brasileira.

Metodologia

Texto selecionado acerca de cada dança; discussão sobre dúvidas e certezas e

experimentação de músicas características, de forma livre, a partir do que foi lido e

improvisação do que a música pudesse estimular.

Em seguida, era feito um laboratório de alguns dos passos básicos de cada

dança, seguido de montagem de uma célula de movimento. Ao final, havia uma

conversa sobre como foi vivenciar aquela aula.

Conclusão

Percebo que ministrar este curso contribuiu positivamente em aspectos sócio-

educativos, tanto para os discentes, quanto para os docentes. Entendo que o estudo

da cultura popular é de grande importância para o currículo escolar, uma vez que trata

da história de como nosso povo se divertia e ainda se diverte, inclusive nos momentos

de dificuldades.

Referência Bibliográfica

MONTEIRO, Marianna. Dança popular: espetáculo e devoção. São Paulo: ed. Terceiro

Nome, 2011.

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Promoção de estilos de vida na Revista Women´s Health Brasil: uma análise a partir de suas leitoras

Ludmila dos Santos Almeida1

Ivan Marcelo Gomes² Introdução

A presente pesquisa procura complementar os estudos iniciados no trabalho de

conclusão de curso de graduação, no qual foi analisada a promoção dos estilos de vida

na revista feminina Women’s Health Brasil. Inicialmente, a escolha dessa revista se deu

pelas temáticas abordadas por ela, por ser uma revista relativamente nova no

mercado brasileiro, e em crescente ascensão, tendo no mês de março de 2014 uma

média de leitores de 135.881 mil, sendo 55% localizados na região sudeste. Devido à

grande concentração de leitores na região sudeste, delimitamos para esse trabalho

leitoras que residam no Estado do Espírito Santo.

Objetivos

Essa pesquisa tem como objetivo geral analisar a recepção pela leitora da

Women´s Health Brasil das inculcações presentes no discurso dessa revista no que se

refere ao estilo de vida saudável e ao ideal de corpo feminino. Além disso, tem-se a

intenção de investigar o que as leitoras entendem por estilo de vida saudável e o que

elas consideram como ideal de corpo feminino.

Metodologia

Inicialmente fez-se um mapeamento no curso de educação física da UFES a fim

de localizar leitoras dessa revista, já que a mesma tematiza de forma intensa assuntos

relacionados ao fitness. Com esse esforço encontramos 2 leitoras que aceitaram

participar dessa pesquisa. Outro meio utilizado para encontrar possíveis leitoras foi

através da página que a revista mantém na rede social Facebook; com essa tentativa

encontramos mais 3 leitoras que estão participando desse trabalho. Até então foram

1 Licenciada em Educação Física (UFES) e mestranda em Educação Física (UFES), Bolsista CAPES,

integrante do grupo de estudos LESEF, [email protected]. ² Doutor em Ciências Humanas pela UFSC, Professor Adjunto do CEFD/UFES, membro do LESEF, [email protected]

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entrevistadas 5 leitoras de um total almejado de 15 leitoras até o final dessa pesquisa.

A análise desse material coletado será feita, sob a luz de um referencial teórico que

terá como centralidade as concepções do sociólogo Zygmunt Bauman (2001; 2008)

sobre o corpo na sociedade moderna.

Resultados e discussão

Devido a pesquisa se encontrar em andamento não se tem no momento atual

nenhum resultado empírico.

Conclusão

Esse estudo pretende contribuir para o entendimento do corpo feminino na

contemporaneidade, assim como colaborar com outros estudos que tematizam a

educação do corpo na modernidade.

Referências

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 2001.

______. Vida para Consumo: a transformação das pessoas em mercadorias. Rio de

Janeiro: Ed Zahar, 2008.

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Cultura e arte na Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo- um projeto de extensão do curso de educação física

Juliana Moreira da Costa2 Korine Cardoso Santana3

Darlene Fabri Ferreira4

Introdução

O presente trabalho refere-se a um relato de experiência das atividades

realizadas pelo projeto de extensão “Cultura e Arte na Faculdade”. O projeto teve

início em novembro de 2013, quando foi aprovado em um edital institucional e conta

com a participação ativa de duas alunas do curso de Educação Física.

Objetivos

Incentivar o conhecimento e o usufruto da arte no ambiente acadêmico. Como

objetivos específicos, exibir filmes na faculdade católica Salesiana do Espírito Santo;

Promover debates e comentários sobre produções cinematográficas e divulgar o

circuito cultural na cidade de Vitória afim de incentivar a experiência estética da

comunidade acadêmica.

Metodologia

Trata-se de um relato de experiência sobre as ações do projeto de extensão

desenvolvido na faculdade. As atividades do projeto neste semestre foram divididas

em três mostras, a primeira “Ganhadores do Oscar, a segunda “Adaptações literárias”

e a terceira Mostra “ Futebol”. No segundo momento começamos a divulgar os

eventos culturais da Grande Vitória por meio de um mural.

2 Mestre em Educação Física, Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo, NEPEFIL-UFES,

[email protected]. 3 Estudante do curso de licenciatura em Educação Física, Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo,

[email protected]. 4 Estudante do curso de licenciatura em Educação Física, Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo,

[email protected]

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Resultados e discussão

Conceber a formação de qualquer profissional, em um horizonte de formação

humana geral que contemple, seguindo as indicações de Severino (2006), a formação

técnico-científica, a sensibilidade ética, estética e política como dimensões

interrelacionadas e imprescindíveis ao exercício de qualquer ofício é o que tiramos

como eixo norteador do nosso projeto. Além disso a humanização envolve um

processo histórico de construção de um mundo humano, de sentidos e faculdades

humanas, como indica Marx (1989). Segundo o filósofo Alemão, além de representar

uma objetivação humana, um modo de o ser humano tornar-se humano, a arte

também é um modo de o ser humano conhecer o mundo, o seu tempo e de conhecer-

se. Assim é importante sinalizar o que, na perspectiva da Teoria Crítica, a

formação(Bildung) é o processo de constituição da subjetividade por meio da

apropriação do patrimônio cultural objetivo. Essa constituição envolve dois momentos

antagônicos e complementares. Por um lado, ela demanda que o sujeito se aproprie

do universo cultural existente; portanto, há aí uma força de integração e de

heteronomia. Por outro, essa incorporação permite que novas produções sejam

criadas. Desse modo, o processo formativo envolve o exercício da liberdade e da

autonomia diante da tradição legada, onde nosso projeto interfere tentado ir a contra

pelo da semiformação ou semicultura um fenômeno que apresenta uma ligação

fundamental com as determinações da indústria cultural segundo Schimied-Kowarzik

apud Maar (2003, p. 568).

Conclusão

O projeto demostrou ser um contribuinte promissor na formação humana e

artística da comunidade acadêmica. Pretendemos ampliar nossas ações para outros

públicos assim como atividades que envolvam outras linguagens artísticas. Esse

contato também nos mostrou ser também um espaço de socialização e troca de ideias.

O também convida a uma reflexão sobre o tempo de lazer dos participantes.

Referências

ADORNO, T. W. Teoria estética. São Paulo: Martins Fontes, 1982.

MAAR, W. L. Adorno, semiformação e educação. Educação e Sociedade. Campinas, vol.

24, n. 83, p. 459-476, agosto 2003 459. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br.

Consultado em 10/08/2009.

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MARX, K.; ENGELS, F. A história dos homens (A ideologia alemã). In: FLORESTAN,

Fernandes (Org.). Marx/Engels – História (coleção grandes cientistas sociais). 3. ed. São

Paulo: Ática, 1989. p. 182-219.

SEVERINO, A. J. A filosofia na formação universitária. In: MAAMARI, Adriana M.;

BARROS, A. Tadeu C. de; WEBER, J. Fernandes. (Org.). Filosofia na Universidade. Ijuí:

Editora Unijui, 2006. p. 91-106.

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MOSTRA PEDAGÓGICA

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Curso de formação em dança: experiência com a dança de rua

Lucas Yuri Silva Reis1 Karen Calegari Santos Campos2 Leonardo Luíz da Silva Araujo3

Wagner Miller Estevam4 Webert Fernando da Silva 5

Num contexto global, as danças urbanas têm conquistado um público cada vez

maior. Os motivos para tal popularidade são diversos: a dança de rua é uma “dança de

chão”, não pensada para o palco. São danças fundamentadas na diversão, derivadas de

uma cultura de festa, onde os dançarinos batalham diretamente, olho no olho.

Este trabalho pretende relatar minha experiência inicial com a dança de rua no

ambiente acadêmico, em que inicio estudos sobre as dimensões tanto práticas quanto

teóricas desta dança. Oriento-me a partir das seguintes premissas: Identificar os

conhecimentos indispensáveis para a compreensão da dança de rua enquanto

fenômeno extenso, indo além de apenas repassar passos de dança; Identificar e

discutir as dificuldades no ensino da dança de rua no ambiente acadêmico; Analisar os

métodos adotados para o estudo e ensino das danças urbanas, a fim de desenvolver

uma metodologia sólida e eficiente.

Todos os relatos e discussões têm como base minha experiência como bolsista

da profa. Rosely Pires (2014) através do LIDA (Laboratório Instrumental de Dança),

onde sou responsável por coordenar as aulas/oficina de danças urbanas. O projeto se

estendeu ao longo de todo o semestre letivo 2014/1. Seu objetivo é fornecer uma

preparação básica para os alunos de graduação de educação física na UFES para que

estes sejam capazes de desenvolver trabalhos com dança.

1 Graduando em Educação Física Bacharelado, bolsista de extensão FORDAN (Formação em Dança) do

Centro de Educação Física da UFES. Contato: [email protected] 2 Doutoranda em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo e membro do grupo FORDAN

(Formação em Dança), no Centro de Educação Física da UFES. Contato: [email protected] 3 Bacharel em Artes Plásticas pela UFES, membro-fundador do FORDAN (Formação em Dança). Contato:

[email protected] 4 Graduando em Educação Física e membro do grupo FORDAN (Formação em Dança), no Centro de

Educação Física da na Universidade Federal do Espírito Santo. Contato: [email protected] 5 Graduando em Educação Física e membro do grupo FORDAN (Formação em Dança), no Centro de

Educação Física da na Universidade Federal do Espírito Santo. Contato: [email protected]

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Possibilidades e dificuldades no ensino da dança de rua

As dificuldades durante o andamento das aulas foram mínimas. Os imprevistos

foram momentos específicos, quando não previa a evolução dos alunos, fosse

subestimando ou superestimando. Nesses casos, tive que partir para alguns improvisos

– aumentar ou diminuir o nível de dificuldade, trabalhar outros passos, voltar às bases,

acelerar ou reduzir a velocidade do movimento, dentre outros - mas todos foram bem

sucedidos e bem aceitos.

Acompanhei a evolução dos alunos ao longo do curso, desde o estranhamento

inicial com a dança de rua, até o fim, quando já estavam soltos e se sentiam a vontade

inclusive para “desafiarem os colegas”. A mudança de pensamento era clara: de uma

visão completamente diferente das danças urbanas, passaram a de fato considerá-la

como dança; e muitos se apropriaram de seus elementos nas modalidades de dança

que já dominavam.

Conclusão

Mesmo com boa parte do método sendo promissor, ainda há uma série de

lacunas, principalmente no que diz respeito à reconstrução e contextualização

histórica das danças urbanas. Despertar o interesse do aluno é o principal objetivo, e

para isso, o aprofundamento didático deve ser privilegiado. Concluo afirmando que é

imprescindível o estudo extenso dos parâmetros técnicos (NANNI, 1995), para que seja

possível fundamentar a dança de rua a partir desses parâmetros, ao mesmo tempo em

que possibilite maneiras de tornar acessível e interessante aos alunos. Um objetivo a

se alcançar, mas não sem muito estudo e pesquisa prévia.

Referências

NANNI, Dionísia. Dança Educação, Princípios, Métodos e Técnicas. Rio de Janeiro:

Sprint,1995.

PIRES, R; GONÇALVES, G; ARAUJO, L. Formação Instrumental em Dança. In: Anais do 6º

Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. Belem - Pará: 2014.

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GT: EPISTEMOLOGIA

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COMUNICAÇÃO ORAL

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Relações entre o debate epistemológico da educação física e um currículo de licenciatura

Cláudia Aleixo Alves1

Zenólia Christina Campos Figueiredo2

Introdução

O debate epistemológico da área vem se constituindo de forma polarizada,

permeado por divergências entre seus intelectuais. As polarizações compreendem os

discursos ditos social x biológico; progressista x reacionário; pedagógico x científico;

modernos x pós-modernos. Diante dessas divergências, pensamos que os currículos de

formação profissional não são elaborados alheios a esse debate.

Objetivos

Objetiva investigar de que forma o debate epistemológico da Educação Física se

materializa em um currículo prescrito de formação de professores, bem como

compreender as interpretações que o currículo faz desse debate. O currículo prescrito

analisado compreende o Projeto Pedagógico de Licenciatura, Graduação Plena em

Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais, elaborado em 2005.

Metodologia

Utilizamos a análise documental do Projeto Pedagógico em questão e de

documentos que auxiliaram a sua elaboração. Além disso, quatro professores que

compunham a comissão de elaboração do documento foram entrevistados. Para tal,

utilizamos os estudos de Orlandi (2012) para qual todo discurso é parte de um discurso

mais amplo que podemos recortar e a forma desse recorte acaba por determinar o

modo de análise e o dispositivo teórico da interpretação que construímos.

1Doutoranda em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo,

[email protected] 2 Professora Doutora, Universidade Federal do Espírito Santo, Coordenadora do Práxis - Centro de

Pesquisa de Formação Inicial e Continuada em Educação Física, [email protected].

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Resultados e discussão

Apesar das divergências presentes no documento curricular, o currículo

expressa um movimento epistemológico permeado por cinco tentativas: a)

compreensão da Educação Física numa perspectiva cultural; b) rompimento com o

colonialismo das ciências biológicas; c) superação de um modelo esportivo nos moldes

da racionalidade científica; d) superação da distância entre teoria e prática e e)

articulação entre diferentes campos de pesquisa. Falamos aqui de tentativas, pois

concepções contrárias a estas disputavam “espaço” no currículo, corroborando com o

entendimento do currículo como um documento que seleciona determinados

conhecimentos em detrimento de outros e como espaço de lutas e poder (SILVA,

2011).

Conclusão

Concluímos que a materialização do debate epistemológico no currículo

prescrito investigado não se deu no sentido de que este assumisse uma posição e

descartasse outra, ou seja, se orientasse apenas por um lado do debate como insistem

alguns intelectuais da área, já que as polaridades e divergências presentes no debate,

não só epistemológicas, mas também políticas se fazem presentes no momento de

elaboração desse documento.

Referências

ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 10. ed. Campinas:

Pontes Editores, 2012.

SILVA, T. T. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo

Horizonte: Autêntica, 2011.

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O desenho como elemento investigativo do desenvolvimento cognitivo de crianças com TDAH, submetidas a experiências de aprendizagem de natação

Leonardo Graffius Damasceno1

Cláudia Patrocinio Pedroza Canal2 Sávio Silveira de Queiroz3

Camila Biazussi Damasceno4

Justificativa

A situação imprevista e desfavorável para aprender alguma coisa que

acompanha o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) podem ser

encontradas na aprendizagem de quaisquer atividades. Entretanto, a escola é o lugar

no qual os sintomas se tornam mais explícitos, já que a criança deve obedecer a

normas compartilhadas por outras crianças e sua atenção é requerida de maneira mais

sistemática e por períodos mais longos (Rossi, 2008).

É necessário começar a criar espaços para construção no campo epistemológico

da educação física de novos conhecimentos, ante uma nova exigência didático-

pedagógica interposta pelo TDAH no cotidiano pedagógico docente.

Estimulada pela prática de uma atividade que mobiliza todo aparato sensório-

perceptivo e motor do praticante (Bonacelli, 2004) a natação torna-se um dos

condicionantes do desenvolvimento de estratégias de ação bem sucedidas no processo

ensino-aprendizagem pela criança com TDAH.

Objetivo

Investigar a apropriação cognitiva das noções de espaço (relações espaciais

topológicas elementares), por escolares com TDAH na faixa etária de 07 a 09 anos de

idade, submetidos a um programa experimental de aprendizagem de natação.

Metodologia

Trata-se de uma investigação de caráter exploratório, com referencial teórico

firmado na epistemolgia genética de Jean Paiget, que utiliza o desenho como elemento

1 CEFD/UFES. Email: [email protected]

2 PPGP/UFES. Email: [email protected]

3 PPGP/UFES. Email: [email protected]

4 EM/UFOP. Email: [email protected]

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possível de representar graficamente o que foi praticado, internalizado e, portanto,

aprendido.

Resultados

A análise comparativa do desenho antes e depois do experimento demonstra

um salto estrutural das funções cognitivas que passam de uma estruturação perceptiva

(fase Garatuja Ordenada), própria do período sensório-motor, para uma estruturação

representativa (fase do Pré-Esquematismo), própria do período pré-operatório.

Conclusões

Considerando que o período pré-operatório representa um avanço sobre a

inteligência sensório-motora e, de forma análoga, o operatório sobre seu antecessor,

ratifica-se o salto estrutural das funções cognitivas após as experiências de

aprendizagem de natação. A natação converte-se num elemento de alto poder

educativo, para criança com TDAH.

Referências Bonacelli, Maria Cecília L. M. (2004). A natação no deslizar aquático da corporeidade.

165 p. Tese (Doutorado em Educação Física). Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP), Campinas: São Paulo.

Rossi L. R (2008). Efeitos de um programa pedagógico-comportamental sobre TDAH

para professores do Ensino Fundamental. 193 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia

do Desenvolvimento e Aprendizagem) – UNESP, Faculdade de Ciências: Bauru.

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Aspectos didáticos e pedagógicos na aprendizagem da natação com crianças portadoras do TDAH

Leonardo Graffius Damasceno1

Sávio Silveira de Queiroz2

Justificativa

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno

do neurodesenvolvimento, cujos sintomas básicos são a falta de atenção, a

hiperatividade e a impulsividade. Além dos sintomas cardinais, o TDAH promove

alterações em algumas áreas cerebrais e seus circuitos associados, determinando

prejuízos em funções mentais mais complexas (Carriedo, 2014) .

A terapia farmacológica tem demostrado ser eficaz no manejo dos sintomas do

TDAH, embora seu alto custo e a existencia de efeitos potencialmente adversos, têm

incitado inúmeras investigações centradas em encontrar um tratamento sustitutivo

(Berwid e Halperin, 2012).

Na última década, numerosos estudos têm apontado efeitos positivos da

prática regular e sistematizada da atividade física sobre a função neurocognitiva e no

controle inibitório de crianças com TDAH, evidenciando a possibilidade de redução dos

sintomas básicos desse grupo (Smith et al.,2013).

Objetivo

Observar a conduta de escolares com TDAH na faixa etária de 07 a 09 anos de

idade, no desempenho das atividades de um programa experimental de aprendizagem

de natação.

Metodologia

Trata-se de uma pesquisa experimental, de caráter exploratório e descritivo,

valendo-se da aplicação do Método Clínico proposto por Piaget.

1 CEFD/UFES. Email: [email protected]

2 PPGP/UFES: Email: [email protected]

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Resultados

O déficit atencional como um dos sintomas cardinais do TDAH, não se mostrou

suficiente para interferir no desempenho das atividades pelas crianças. A

hiperatividade e a impulsividade evidenciaram ser uma conduta positiva na realização

de atividades desafiadoras já que a criança não “parava para pensar” nas

consequências, estimulando outros alunos com sentimento de apreensão.

Conclusão

A construção de protocolos de observação e avaliação das condutas da criança

com TDAH, podem ser bastante úteis para o trabalho em natação e outras atividades

próprias da educação física.

Referências

Berwid, O., Halperin, J. (2012). Emergin support for a role of exercise in Attention-

Deficit/Hyperactivity Disorder Intervention Planning. Current Psycriatry Reports, 14(5),

543-551.

Carriedo, A. (2014). Beneficios de la Educación Física en alumnos diagnosticados con

Trastorno por Déficit de atención con Hiperactividad (TDAH). Journal of Sport and

Health Research. 6(1):47-60.

Smith, A., Hoza, B., Linnea, K., McQuade, J., Tomb, M., Vaughn, A., Shoulberg, E., &

Hook, H. (2013). Pilot Physical Activity Intervention Reduces Severity of ADHD

Symptoms in Young Children. Journal of attention Disorders, 17(1), 70-80.

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GT: ESCOLA

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COMUNICAÇÃO ORAL

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Identidades da educação física no cotidiano escolar: um diálogo com os alunos do ensino fundamental

Sayonara Cunha de Paula1 Matheus Lima Frossard2

Wagner dos Santos3 Introdução

Pelo fato de a Educação Física ser uma disciplina que trabalha com as

experiências e práticas corporais, os alunos tendem a relacionar o aprendizado dos

conteúdos à ludicidade e ao prazer. Para compreender essa associação é preciso

remeter-se ao processo de escolarização e entender como ela se insere nesse

processo. O tipo de saber, o modo como é ensinado e o local em que as aulas ocorrem

configuram uma especificidade, mas precisa ser compreendida quando se pensa o

processo de escolarização, questão essa que atravessará a análise deste trabalho.

Objetivos

Analisar o modo como os alunos justificam a Educação Física no currículo

escolar;

Discutir as implicações dessas justificativas para a construção das representações

deste componente curricular;

Metodologia

Esta pesquisa se caracteriza como qualitativa do tipo exploratória e apresenta-

se como continuidade do subprojeto de Iniciação Científica de Frossard (2013). Possui

como colaboradores 55 alunos, sendo 30 do 6º ano e 25 do 9º ano, do Ensino

Fundamental. Para produção das fontes, utilizamos como instrumento desenhos,

grupos focais e entrevistas individuais semiestruturada.

1Graduanda em Educação Física no curso de graduação do Centro de Educação Física e Desportos,

Universidade Federal do Espírito Santo, Proteoria, [email protected]. 2Mestrando em Educação Física pelo Programa de Pós Graduação do Centro de Educação Física e

Desportos, Universidade Federal do Espírito Santo, Proteoria, [email protected] 3Doutorado em Educação pela Ufes, Centro de Educação Física e Desportos, Proteoria,

[email protected]

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Resultados e discussão

Mediante ao conteúdo apresentado duas questões emergiram: “O que é e o

que se aprende na Educação Física?” e “Como a Educação Física é justificada como

componente curricular?”. Estas questões se encontram imbricadas. Para os alunos a

ideia central é que na Educação Física se pode brincar para aprender, e isso a difere

das outras disciplinas, visto que privilegia a linguagem da experiência. Para justificar a

Educação Física na escola os alunos recorrem a dois argumentos: tentam fazê-lo

igualando-a as demais disciplinas, argumentando que ela “é tão importante quanto

qualquer outra” e “igual a todas”. Ou diferenciando-a e assumindo sua especificidade

levando em consideração as práticas corporais e a relação que estabelece com o saber,

consigo e com os outros.

Conclusão

Assim como os professores presentes no estudo de Frossard (2013), os alunos

justificam a presença da Educação Física diferenciando-a e/ou igualando-a com as

demais disciplinas de acordo com as relações de poder que se estabelecem na escola.

Referências

FROSSARD, M. L. Do lugar aos espaços praticados por um componente curricular:

identidades da educação física no cotidiano escolar. 2013. Relatório Parcial do

Programa de Iniciação Científica da UFES, Vitória, 2013.

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A produção acadêmica sobre o ensino em valores humanos no âmbito da educação física

Rodrigo Marques1

Wagner dos Santos2

Introdução

Vem ganhando força no meio acadêmico e social a discussão em torno da

educação em valores. As pesquisas acadêmicas e/ou científicas tentam desvelar os

motivos que tem levado alguns autores como Silva (2006), usarem expressões como

“crise de valores”, “valores em crise” e “desvalorização dos valores”. Porém ainda não

existe um levantamento e mapeamento dos estudos que discutem sobre a educação

em valores na área da educação física.

Objetivos

Produzir um estado do conhecimento em periódicos que discutem a educação

em valores humanos e valores em educação física.

Metodologia

O presente estudo é um levantamento bibliográfico do tipo estado do

conhecimento, realizado no portal de periódicos da CAPES. Utiliza como descritores:

Educação e Valores Humanos, Valores e Educação Física. Não foi delimitado o período

durante a busca pelos artigos. Organizamos os artigos a partir dos seguintes

indicadores bibliográficos: ano de sua publicação e quantidade por ano, revista, onde

foi publicado cada artigo, o local de sua circulação, a instituição de ensino e o formato

de sua publicação. Posteriormente fizemos a análise da textualidade dos trabalhos.

Resultados e discussão

Foram encontrados 22 artigos, distribuídos entre os anos de 1998-2013, nos

seguintes periódicos: revistas portuguesas (Repositorium Universidade do Minho,

Instituto Universitário de Lisboa, etc), tendo como local de circulação cidades como

1 Professor especialista em Educação Psicomotora pelo Centro de Estudos Avançados em Pós Graduação

e Pesquisa. E-mail: [email protected] 2 Pós-Graduação do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo. E-

mail: [email protected]

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Lisboa, Braga e Leiria, nos formatos de artigo, dissertação e tese. No Brasil os artigos

foram publicados em revistas como: Ciência e Educação, Educação e Pesquisa, E-

curriculum, Ensaio etc. Todas as publicações circularam em periódicos das cidades de

São Paulo e Rio de Janeiro.

Os 22 artigos encontrados foram organizados em 4 grupos: escola de ensino

básico 7, educação física escolar 4, formação docente 5 e filosofia 6. Os trabalhos

voltados para discutir os valores no ensino básico, na educação física escolar, na

formação docente ou para os aspectos filosóficos, apresentando temas como: meio

ambiente, sexualidade, políticas públicas, família, escola, desporto, envelhecimento,

etc. Todas essas temáticas se configuram como meio para a introdução do estudo da

moral e dos valores para diferentes áreas de formação educacional.

Conclusão

O levantamento desses estudos nos indica que a educação em valores deve

estar presente em todos os níveis de formação, ele se mostrou importante para

formação básica e acadêmica. Para os alunos, a educação em valores auxilia na

formação moral e social, que são princípios da família e da sociedade, já na formação

acadêmica a educação em valores prepara os futuros profissionais da educação para

planejar, executar e discutir as questões referentes ao tema.

Referências SILVA, Isolina Virgnia Pereira de. Educação para os valores em sexualidade: um estudo

com futuros professores e alunos do 9º Ano de escolaridade. 2006. Disponível em:

http://hdl.handle.net/1822/6749. Acesso em: 21/02/2013.

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O cenário das políticas públicas para a educação infantil: a educação física neste contexto

Karolina Sarmento Rodrigues1

Wagner dos Santos2

Introdução

A crescente inserção da Educação Física na Educação Infantil tem chamado a

atenção de pesquisadores da área em responder questões pedagógicas que surgem

neste contexto. Acreditamos que tem sido necessário sair do âmbito pedagógico e

voltar o foco para as políticas públicas para compreendermos a função da Educação

Física na Educação Infantil. Os documentos da educação da infância nacional oferecem

pistas para relacionarmos os direcionamentos e aproximações presentes com a área e

compreendermos a sua presença traduzida em linguagem na Educação Infantil.

Objetivos

Analisar suas orientações e objetivos que pautam os documentos legais e

orientadores da Educação Infantil no Brasil;

Apresentar os direcionamentos nacionais hoje existentes sobre os eixos

centrais da Educação Infantil;

Relacionar esses direcionamentos com os possíveis motivos para se inserir o

professor especialista em Educação Física na Educação Infantil.

Metodologia

Fundamenta-se na Análise Critica Documental (BLOCH, 2001; GINZBURG, 2002)

para discutir os documentos que têm direcionado a Educação Infantil Nacional. Os

documentos investigados são: Constituição de 1998; LDB 1996 e 2013; Estatuto da

Criança e do Adolescente; Lei 11. 738; Parâmetros Nacionais de Qualidade para a

Educação Infantil; RCNEI; DCNEI; e, Brinquedos e Brincadeiras de Creche – Manual de

Orientação Pedagógica.

1 Mestranda em Educação Física pelo Programa de Pós Graduação do Centro de Educação Física e

Desportos, Universidade Federal do Espírito Santo, PROTEORIA, [email protected]. 2 Doutorado em Educação pela UFES, Centro de Educação Física e Desportos, PROTEORIA,

[email protected].

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Resultados e discussão

A análise documental evidencia que a Educação Infantil tem se referenciado

nos eixos Brincar, Ludicidade, Movimento e Interação. Esses termos aparecem nos

documentos de orientação pedagógica como princípios da Educação Infantil, objetivos,

eixo de trabalho e especificidade infantil, baseando toda sua concepção de educação

no trabalho com as crianças, reconhecendo-as como sujeito de direitos e produtora da

cultura infantil. Apesar da LDB/96 determinar a Educação Física na Educação Básica os

documentos orientadores da Educação Infantil não definem a formação desse

profissional.

Conclusão

A análise feita nos dá indícios de que a inserção da Educação Física a partir das

políticas públicas, não foi primeiramente pensada e articulada como necessidade da

Educação Infantil, mas é resultado de uma demanda política, fruto, sobretudo, da

chamada Lei do Piso.

Referências BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar Editor, 2001, p. 51-68 (“A história, os homens e o tempo”).

GINZBURG, Carlo. Relações de força: história, retórica, prova. Trad: Jônatas Batista

Neto, São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

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Saúde na educação física escolar: ambivalência e prática pedagógica

Victor José Machado de Oliveira1 Izabella Rodrigues Martins2

Valter Bracht3

Este estudo está vinculado a uma pesquisa interinstitucional

(UFES/USP/UFRGS) que problematiza as políticas de formação voltadas à capacitação e

sensibilização de estudantes de Educação Física (EF) para atuação no Sistema Único de

Saúde (SUS). A partir dessa investigação, nosso foco foi a saúde na escola. O objetivo

geral foi investigar como a saúde tem sido abordada nas práticas pedagógicas de EF

escolar, quais as possibilidades de ampliação e operacionalização desse tema e as

contribuições da educação para a saúde nessa disciplina. Apropriamo-nos do debate

do tema da saúde no campo acadêmico da EF e da Saúde Coletiva. Ainda foi

privilegiada a abordagem sociológica de Zygmunt Bauman (1999; 2013) para o esforço

de reflexão sobre os conceitos de saúde, educação e ambivalência. Primeiramente,

realizamos um mapeamento dos documentos referentes ao Programa Saúde na Escola

(PSE) e dos planos de ação das escolas de Vitória/ES. Nos documentos, a EF se

relaciona com o PSE a partir do componente de promoção das práticas

corporais/atividade física. Nos planos de ação, ela pouco participa; e quando participa,

está ligada majoritariamente aos projetos de desporto escolar. Mediante essa

conjuntura, ofertamos uma formação continuada, baseada nos princípios da pesquisa-

ação (THIOLLENT, 1985). Recebemos 18 inscrições voluntárias, mas somente 6

professores de EF, colaboradores do processo, permaneceram até o fim. As

ferramentas de produção de dados foram: diário e transcrição de áudio da formação,

projetos produzidos pelos professores, diário das intervenções nas escolas, e-mails e

entrevistas semiestruturadas. No âmbito da inovação pedagógica (FARIA et al., 2010),

é notável, a partir dos projetos, o deslocamento de uma perspectiva restrita (biológica)

para uma concepção ampliada de saúde, com ênfase nas relações sociais. Outra

ampliação de visão consubstancia-se na ideia de que a saúde é uma questão

pedagógica (BRACHT, 2013). Sobre o desenvolvimento prático dos projetos, as análises

apontaram que esses são influenciados pelos elementos referentes à cultura escolar

como: violência, tempo e lutas por reconhecimento. Os projetos tornaram-se

produtores de ambivalência, uma vez que causaram uma série de estranhamentos por

1 Mestre em Educação Física pelo PPGEF/UFES, Professor Estatutário da Prefeitura da Serra, membro do

Laboratório de Estudos em Educação Física (LESEF), [email protected]. 2 Graduanda em Educação Física pelo CEFD/UFES, membro do LESEF.

3 Doutor pela Universität Oldenburg, Professor Visitante da UFES, membro do LESEF.

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não estarem ligados ao imaginário social tradicional atribuído à EF. As experiências

desenvolvidas apontam que a saúde, enquanto um tema transversal, deve ser

compreendida como responsabilidade de toda a escola e não somente dessa

disciplina.

Referências

BAUMAN, Z. Modernidade e ambivalência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

______. 44 cartas do mundo líquido moderno. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2013.

BRACHT, V. Educação Física e Saúde Coletiva: reflexões pedagógicas. In: FRAGA, A. B.;

CARVALHO, Y. M.; GOMES, I. M. As práticas corporais no campo da saúde. São Paulo:

Hucitec, 2013.

FARIA, B. A. et al. Inovação pedagógica na EF: o que aprender com práticas bem

sucedidas? Ágora para la Educación Física y el Deporte, v. 12, n. 1, p. 11-28, jan/abr

2010.

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez/Autores Associados,

1985.

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Experiências formativas de professores de educação física com a educação infantil no contexto do PIBID/UFES

Rodrigo Lema Del Rio Martins1

André da Silva Mello2

Introdução

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) é uma ação

do governo federal, centrada na formação inicial de professores para a Educação

Básica. Os cursos de licenciatura desenvolvem os seus subprojetos com foco nos

desafios por eles enfrentados em seus contextos de inserção. A formação inicial de

professores para atuar na Educação Infantil tem sido um dos principais desafios para

os cursos de Educação Física do Espírito Santo, pois, apesar da consolidação desse

componente curricular em diversos municípios do estado, ainda prevalecem práticas e

representações que não estão em consonância com os avanços legais e com as

concepções de infância e de crianças que orientam as ações pedagógicas nessa etapa

da Educação Básica. A fim de superar essa lacuna, o Pibid em Educação Física da Ufes

vem empreendendo um processo de formação, desenvolvido no cotidiano de dois

Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Vitória, centrado na compreensão

da criança como “sujeito de direitos”, protagonista da sua socialização e produtora de

cultura nas instituições educativas.

Objetivos

O objetivo desta pesquisa é analisar, por meio das ações desenvolvidas no

Pibid, os processos formativos de professores de Educação Física para atuação no

contexto da Educação Infantil.

Metodologia

Trata-se de uma Pesquisa Ação-Colaborativa (IBIAPINA, 2008), que busca

conciliar a produção do conhecimento com a formação de professores. O corpus da

pesquisa é constituído por 12 bolsistas de iniciação à docência e dois professores

supervisores, que atuam nos CMEIs conveniados.

1 Licenciado Pleno em Educação Física pela UFRRJ, Mestrando UFES, Proteoria, e-mail:

[email protected] 2 Dr. em Educação Física pela UGF, Ufes, Proteoria, [email protected]

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Os dados foram produzidos por meio da observação participante, registrada em

diário de campo, e imagens iconográficas em movimento (vídeo).

Resultados e discussão

Os dados analisados indicam a convergência dos pressupostos que orientam o

programa com as suas ações, evidenciando uma relação colaborativa entre a

universidade e as escolas, a centralidade das práticas nos processos formativos e a

pesquisa como eixo da formação docente. Esses pressupostos se articulam com as

concepções de infância e de crianças presentes nas orientações do Pibid. Em relação

aos desafios, constatamos relações assimétricas de poder nas práticas dialógicas, que

denotam que os indivíduos não possuem o mesmo capital simbólico, gerando trocas

comunicativas desiguais, em que algumas “vozes” são autorizadas em detrimento de

outras que são silenciadas.

Conclusão

Os resultados demonstram compatibilidade dos pressupostos que orientam o

programa com a formação empreendida, denotando que a relação colaborativa entre

professores da escola básica e da universidade contribui para superar a lacuna

apresentada de formação de professores de Educação Física para a Educação Infantil.

Referência

IBIAPINA, I. M. L. M.. Pesquisa Colaborativa: investigação, formação e produção de

conhecimentos. Brasília: Liber Livros, 2008.

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As relações interpessoais das crianças em uma escola de Vitória–ES, participante do PIBID

Isabela Moreira Sant’Anna1

Renato Pereira Coimbra Retz2 Marciel Barcelos3

Elisa Bolzani de Amorim4 Wagner dos Santos5

Introdução

Com o acompanhamento das ações pedagógicas desenvolvidas na EMEF

Experimental, participante do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência

(PIBID), nos sentimos inquietados pela forma com que as crianças agem/relacionam-se

de forma diferente em cada espaço da escola.

Com isso, apresentamos, neste estudo as análises das observações realizadas

sobre as relações interpessoais que as crianças estabelecem no ambiente escolar. Pois,

ao nosso ver, essas tensões interferem na formação do caráter de cada criança

envolvida no processo de escolarização.

Objetivos

Compreender quais as relações interpessoais estabelecidas pelas crianças nos

diferentes espaços pedagógicos da escola, sobretudo, nas aulas com a professora de

educação física e a professora com fomação em pedagogia

Metodologia

Utilizamos as observações advindas das atividades realizadas no cotidiano da

EMEF Experimental com a turma de 3° ano, composta por 25 alunos, sendo 13 do sexo

masculino e 12 do sexo feminino.

1 Licencianda em Educação Física – CEFD/UFES, bolsista de Iniciação a Docência,

[email protected] 2 Licenciando em Educação Física – CEFD/UFES, Bolsista de Iniciação a Docência, [email protected]

3 Mestrando em Educação Física – CEFD/UFES, membro PROTEORIA, [email protected]

4 Especialista em Educação Física para educação básica pela Universidade Federal do Espírito Santo,

professora na prefeitura municipal de Vitória, professora/supervisora do PIBID, [email protected] 5 Professor do Departamento de Ginástica e do programa de Mestrado e Doutorado de Educação Física,

Universidade Federal do Espirito Santo, Coordenador do PIBID, [email protected].

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Adotamos o estudo de caso etnográfico (SARMENTO, 2003), como metodologia

de pesquisa, e os instrumentos de produção de fontes são: o diário de campo e a

observação participante.

Resultados e discussão

Como fruto das primeiras análises, notamos que as relações estabelecidas se

expressam de formas diferentes de acordo com: espaços/ambientes em que as

crianças estão; professor regente/aluno; professor de EF/aluno; aluno/aluno.

Observamos uma tensão em que se busca transformar o oficio de crianças em oficio de

aluno (SARMENTO, 2011) em um movimento que visa ``enquadrar`` a criança nas

regras e normas da escola. Ao mesmo tempo as maneiras e artes de fazer das crianças

revelam suas ações astuciosas (CERTEAU, 2008) agindo no contexto escolar de modo a

satisfazer seus interesses e necessidades.

Conclusão

Apesar dos avanços sobre o papel da criança na escola, ainda podemos

encontrar os traços históricos que buscam incorporar a cultura escolar, de disciplinar o

corpo e mente das crianças presentes na escola (SARMENTO, 2011). Em contrapartida,

percebemos um movimento de resistência das crianças que se torna explicita no

cotidiano das aulas de educação física. Pois, nas aulas de educação física as crianças

são “livres” para expressar seus desejos e vontades, pela linguagem do brincar. Cabe

aos professores de educação física, potencializar e ampliar o capital cultural lúdico das

crianças, para que cada vez mais elas possam exercer seu “oficio de criança”.

Referências

CERTEAU, M. De. A invenção do cotidiano: artes de fazer. ed. 14. Petrópolis, Rio de

Janeiro: 2008.

SARMENTO, M. J. A reinvenção do oficio de criança e de aluno. Atos de Pesquisa em

Educação, v.6, n.3, p. 581-602, set./dez. 2011.

______. O estudo de caso etnográfico em educação. In: ZAGO, N; CARVALHO, M. P;

VILELA, R. A. T. Itinerários de pesquisa: perspectivas qualitativas em sociologia da

educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. p. 137 – 179.

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Das práticas pedagógicas à justificativa da educação física como componente curricular

Matheus Lima Frossard 1

Igor Câmara Luiz2 Wagner dos Santos3

Introdução

Acompanhamos, entre as décadas de 1980 e 1990, uma produção intelectual

que vêm discutindo sobre a justificativa da Educação Física ora como ciência, ora como

componente curricular. O debate vem sendo pautado pela tensão existente entre, “ser

ou não” ciência. Contudo, entendemos a necessidade de dar visibilidade ao modo

como, historicamente, os professores por meio de suas práticas (CERTEAU, 1994), tem

justificado a Educação Física como componente curricular.

Objetivos

Analisa como os docentes significam a presença, a permanência e a

contribuição da Educação Física no currículo escolar e as implicações para a construção

de suas identidades.

Metodologia

Trata-se de uma pesquisa narrativa (auto)biográfica (SOUZA, 2006) em que

realizamos uma formação continuada como contexto de pesquisa. Utiliza como

instrumentos entrevista, grupo focal e possui, como colaboradores, 14 docentes de

Educação Física que atuam na Educação Básica na região da Grande Vitória/ES.

Resultados e discussão

Os professores definem as identidades da Educação Física por meio da

igualdade, da diferença e de ambas, esse discurso varia de acordo com o as relações de

poder estabelecidas na escola. Na igualdade assumem a obrigatoriedade dos afazeres

1 Mestrando em Educação Física, UFES, Proteoria, [email protected].

2 Mestre em Educação Física, UFES, Proteoria, [email protected].

3 Doutor em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo, Professor do Programa de Pós-

Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo e Pesquisador do Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (Proteoria). Contato: [email protected].

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profissionais como planejar e avaliar. Na diferença, justificam por ensinar um conteúdo

que se pauta por um saber de domínio e relacional (CHARLOT, 2000). Na

igualdade/diferença justificam a disciplina por terem as mesmas obrigações que os

demais docentes, como a necessidade de atribuir a nota. Entretanto, diferenciam-se

de acordo com as especificidades da Educação Física.

Conclusão

Os professores definem as identidades da Educação Física de acordo com as

relações de poder estabelecidas na escola. Se por um lado, essa disciplina (re)significa

o espaço escolar, por outro, tem que se adequar a ele. Ao mesmo tempo em que a

Educação Física opera com as lógicas e procedimentos que oferecem fundamento à

forma escolar, também a subvertem ao estabelecer como estatuto privilegiado, o

domínio de uma atividade e o saber do qual se apropria na relação com o outro e

consigo.

Referências

CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artes

Médicas Sul, 2000.

CERTEAU. M. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes,

1994.

SOUZA, E. C. de. Pesquisa narrativa e escrita (auto) biográfica: interfaces

metodológicas e formativas. In: SOUZA, E. C. de; ABRAHÃO, M. H. M. B. (Org.).

Tempos, narrativas e ficções: a invenção de si. POA: EDIPUCRS, 2006.

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Avaliação na educação física escolar: diálogo com alunos do ensino fundamental

Bruna Jéssica Mathias1

Juliana Martins Cassani Matos2 Wagner dos Santos3

Introdução

Santos e Maximiano (2013) e Santos (2005, 2008) têm discutido sobre os

desafios para a Educação Física se adequar à lógica de avaliação presente no universo

da escola e, ao mesmo tempo, anunciado, no diálogo com professores, perspectivas

que se fundamentam no modo como os sujeitos se apropriam e produzem sentidos às

suas experiências com as práticas. Diante desse cenário, abordamos nesta pesquisa a

necessidade de se construir registros avaliativos que evidenciem a relação que os

alunos estabelecem com o saber (CHARLOT, 2000) e a especificidade da Educação

Física como componente curricular.

Objetivos

Problematizar o uso do desenho e do diário como instrumentos avaliativos para

a Educação Física e elaborar uma base teórica que problematize o seu uso.

Compreender em que medida esses instrumentos possibilitam percebermos os

sentidos que os discentes atribuem aos seus aprendizados nas aulas de Educação

Física.

Metodologia

Utiliza a pesquisa narrativa autobiográfica (SOUZA, 2006) como referencial

teórico-metodológico. Possui como fontes: 16 desenhos dos alunos do 1º ano; 41

atividades pedagógicas do 2º ano; 36 diários do 3º ano; 23 diários do 4º ano do ensino

fundamental de uma escola municipal da Prefeitura de Serra/Espírito Santo.

1 Acadêmica em Educação Física - Licenciatura, Ufes, Proteoria, [email protected]

2 Mestre em Educação Física pela Ufes, Proteoria, [email protected]

3 Doutorado em Educação pela Ufes, Centro de Educação Física e Desportos, Proteoria,

[email protected]

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Resultados e discussão

Nas análises dos registros, encontramos uma diversidade de conteúdos escritos

e revelados em desenhos, que foram trabalhados em aula, além também das

manifestações nas quais eles gostariam de vivenciar. Já nas escritas, os alunos revelam

seus processos de aprendizagem e a relação que estabelecem com o saber que confere

especificidade à Educação Física, no caso, os saberes de domínio, relacionais e objeto

(CHARLOT, 2000).

Conclusão

As práticas avaliativas produzidas na Educação Física, com base nos registros

iconográficos e nos diários, sinalizaram os conteúdos trabalhados em aula, as práticas

corporais que os alunos mais se identificam, as relações que se estabelecem com os

colegas e com a professora, seus sentimentos e emoções. Nos diários encontramos

pistas não apenas do que foi vivenciado, mas o que gostariam de aprender. Em todas

as fontes é possível perceber o modo como os alunos produzem sentidos às suas

experiências, se apresentando como importantes instrumentos avaliativos.

Referências

CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artes

Médicas, 2000.

MACEDO, L. R.Práticas avaliativas na educação física: olhares e perspectivas. 2012.

Relatório final do Programa de Iniciação Científica da Universidade Federal do Espírito

Santo, Vitória, 2012.

SANTOS, W. dos. Currículo e avaliação na educação física: do mergulho à intervenção.

Vitória: Proteoria, 2005.

______. Currículo e avaliação na educação física: práticas e saberes. In: SCHNEIDER, O.

et al. (Org.). Educação física esporte e sociedade: temas emergentes. São Cristovão:

Editora da UFS, 2008. v. 2, p. 87-106.

SANTOS, W. dos; MAXIMIANO, F. de L. Avaliação na educação física escolar:

singularidades e diferenciações de um componente curricular. Revista Brasileira de

Ciências do Esporte, Florianópolis, v. 35, n. 4, p. 883-896, out./dez. 2013.

SOUZA, E. C. A arte de contar e trocar experiência: reflexões teórico-metodológicas

sobre história de vida em formação. Revista educação em questão, Natal, v. 25, n. 11,

p. 222-39, jan./abr. 2006.

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Avaliação na educação física escolar: analisando as experiências docentes em três anos de escolarização

Bruna Jéssica Mathias1

Juliana Martins Cassani Matos2 Wagner dos Santos3

Introdução

O campo acadêmico da Educação Física tem sinalizado a importância de

estudos que levem em consideração a especificidade desse componente curricular

quando focalizamos os processos avaliativos. Nesse caso, Macedo (2012) e Mathias

(2013) também acenam para a necessidade de se produzir/utilizar instrumentos

avaliativos que deem visibilidade à relação com o saber (CHARLOT, 2000) produzido

por essa disciplina. Embora Mathias (2013) tenha iniciado a discussão sobre o uso do

desenho e do diário de Educação Física como possibilidades de instrumentos

avaliativos, faz-se relevante nos aprofundar neste tipo de pesquisa, haja vista não

encontrarmos, no levantamento bibliográfico realizado na área da Educação e da

Educação Física, textos que discutam os registros iconográficos como práticas

avaliativas.

Objetivos

Problematizar o uso do desenho e do diário como instrumentos avaliativos para

a Educação Física, produzidos durantes três anos de escolarização. Além disso,

buscaremos compreender em que medida esses instrumentos dão visibilidade aos

sentidos que os discentes atribuem aos seus aprendizados e as suas experiências sobre

avaliação na Educação Física.

Metodologia

A abordagem teórico-metodológica da pesquisa é a narrativa autobiográfica

(SOUZA, 2006). Com o intuito de aprofundarmos as questões colocadas por Mathias

(2013), retornamos aos alunos da professora colaborada da pesquisa anterior, que

1 Acadêmica em Educação Física - Licenciatura, Ufes, Proteoria, [email protected].

2 Mestre em Educação Física pela Ufes, Proteoria, [email protected].

3 Doutorado em Educação pela Ufes, Centro de Educação Física e Desportos, Proteoria,

[email protected].

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agora se encontram no 5º ano. São constituídas como fontes: sete narrativas escritas

com desenhos registradas em diários e quatro entrevistas semiestruturadas,

produzidos por alunos durante três anos de escolarização, 2011-2013, em uma escola

municipal da Prefeitura de Serra/Espírito Santo.

Resultados e discussão

As narrativas sinalizam que os alunos compreendem duas perspectivas de

avaliação. Uma que se pauta em provas objetivas que se configuram como

instrumentos de avaliação externa, que possuem como objetivo medir e quantificar o

que foi ensinado, e não compreender os sentidos que os alunos atribuem às

experiências vividas na Educação Física. A outra perspectiva de avaliação observada

nas suas narrativas está relacionada com os sentidos produzidos pelos alunos em sua

relação com as práticas (CERTEAU, 2002). Os diários nos mostram que os discentes

compreendem que a avaliação nessa disciplina não implica apenas expressar aquilo

que aprenderam nas aulas, mas também compartilhar seus sentimentos em relação

aos colegas, à professora e aos conteúdos de ensino.

O processo de produção das entrevistas sinalizou o estranhamento de si

(JOSSO, 2007) dos alunos quando rememoraram as suas experiências com as práticas

avaliativas produzidas nas aulas de Educação Física e em outras disciplinas.

Conclusão

Observamos que os alunos têm ancorado em si perspectivas de avaliação que

se pautam tanto nas provas objetivas quanto nas que estão relacionadas com os

sentidos atribuídos àquilo que aprendem, como os diários. Notamos ainda que a

própria releitura dessas fontes se constituem em práticas avaliativas que podem

contribuir para o processo de ensino-aprendizagem.

Referências

CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano: 1. artes de fazer. 15. ed. Petrópolis: Vozes,

2002.

CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artes

Médicas, 2000.

JOSSO, M-C. A transformação de si a partir da narração de histórias de vida. Educação,

Porto Alegre, v. 63, n. 3, p. 413-438, set./dez. 2007.

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MACEDO, L. R.Práticas avaliativas na educação física: olhares e perspectivas. 2012.

Relatório final do Programa de Iniciação Científica da Universidade Federal do Espírito

Santo, Vitória, 2012.

MATHIAS, B. J. Educação Física Escolar: da obrigatoriedade da nota à necessidade da

avaliação. 2013. Relatório Final do Programa de Iniciação Científica da UFES, Vitória,

2013.

SOUZA, E. C. A arte de contar e trocar experiência: reflexões teórico-metodológicas

sobre história de vida em formação. Revista educação em questão, Natal, v. 25, n. 11,

p. 222-39, jan./abr. 2006.

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Circo como conteúdo de ensino da educação física: primeiras experiências do PET educação física1

Thais Almeida Omar Schneider

Amanda Barcelos

Henrique Bernardino Tiago Cardoso

Jean Gama Sabrinny Gramilich

Matheus Marin

Marcus Medeiros

Débora Pandini Lucas Pereira

Jéssica Silva2

Introdução

Este trabalho surgiu como uma proposta do Programa de Educação Tutorial,

Educação Física (PETEF), ela foi organizada como uma forma para oferecer um

conteúdo diferenciado aos alunos do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD),

por meio de uma oficina designada Arte Circense como conteúdo da Educação Física,

contextualizando os saberes do circo com a cultura corporal de movimento, seus

conteúdos, seus processo de ensino-aprendizagem e seus aspectos teóricos e

metodológicos para o aprimoramento dos professores em formação da licenciatura e

do bacharelado em Educação Física da Universidade Federal do Espírito santo (UFES).

Objetivos

Entender e experienciar o circo a partir de suas práticas, aspectos históricos e

culturais, proporcionando aos alunos do CEFD um aprendizado siginificativo com base

em conteúdos não contemplados no currículo do curso de formação de professores

em Educação Física.

1 Projeto desenvolvido pelo PET Educação Física da Ufes.

2 Membros do Programa de Educação Tutorial/Centro de Educação Física e Desportos/UFES. Contato:

[email protected], site: petcefd.pro.br.

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Metodologia

Por meio da relação das atividades circenses com a escola e o espaço não

escolar, surge a possibilidade de formação, de vivência, de experiência e descoberta de

novas formas de expressão e de conhecimento inspirados na linguagem artística.

Como proposto na obra Jogando com o Circo (2011), “*...+ o conceito de atividades

circenses possibilita, para além do conhecimento técnico e desenvolvimento

específico, uma oportunidade de formação pessoal e coletiva, da expressividade

corporal, e de valores humanos”

Resultados e discussão

Conseguirmos reunir em torno da temática das artes circenses professores,

bolsistas petianos, alunos da graduação e visitantes externos que auxiliaram no

desenvolvimento coletivo das aprendizagem significativas e sensíveis que o tema do

circo permite. Sabendo que: O interesse pedagógico não está centralizado no domínio técnico dos conteúdos, mas sim no domínio conceitual deles, dentro de um espaço humano de convivência, no qual possam ser vivenciados aqueles valores humanos que aumentem os graus de confiança e de respeito entre os integrantes do grupo. (BORTOLETO et al, 2011, p. 13).

Selecionamos alguns temas da arte circense como o palhaço e suas

possibilidades de dramatizações, como a comédia física, o equilibrismo de objetos e do

próprio corpo, a mágica como forma de despertar a curiosidade e o malabarismo com

objetos, contribuído para uma aprendizagem significativa, tanto daqueles que

ensinavam, como daqueles que buscavam novos conhecimentos para uma formação

diferenciada no curso de Educação Física da Ufes.

Conclusão

É possível identificar que o aprendizado das artes circenses deve estar presente

no contexto educativo, possibilitando aos alunos o contato com essa cultura de

movimento expressivo. Oferecer tal vivência aos docentes em formação é colaborar

para a ampliação dessa arte na qual apresenta-se como um interessante elemento

pedagógico, não somente em questões corporais mas também histórico-culturais.

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Referências

BORTOLETO, M. A. C. ; PINHEIRO, P. H. G. ; PRODOCIMO, E. . Jogando com o circo. 1.

ed. Jundiaí - SP: Fontoura, 2011. v. 1. 13 p.

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Práticas de apropriação dos professores de educação física nas formações continuadas: compartilhando sentidos

Igor Câmara Luiz1

Wagner dos Santos2

Introdução

Pesquisas publicadas pela Anped e Endipe têm sinalizado que as constituições

dos processos de formação continuada vêm sendo pautadas pela investigação das

práticas pedagógicas docentes. Nesse intuito, trabalhos como os de Damiani e Melo

(2006) e Antunes Amaral e Luiz (2008), apresentam experiências de formação com

essa perspectiva. Dentre os desafios postos, percebemos a necessidade de estabelecer

diálogos entre os contextos vividos pelos docentes e a formação profissional.

Objetivos

Apresenta e analisa a formação continuada realizada pelo Proteoria/Ufes com

14 professores de Educação Física da Educação Básica da Grande Vitória/ES, no sentido

de contribuir para produção de políticas de formação que aproximem essas

instituições, valorizando a coautoria docente.

Metodologia

A narrativa foi assumida como fonte de pesquisa e de formação, produzidas em

um processo que se pautou pela ideia da investigação-formação. As fontes foram

produzidas por meio de entrevista semiestruturada e do tipo narrativa

(auto)biográfica, grupos focais, redes de conversações e questionário.

Resultados e discussão

Ganhou relevo os instrumentos de produção das fontes e a produção do livro

didático como contextos articulados de formação que potencializaram esse processo.

Todos eles implicaram um movimento individual/coletivo de investigação, reflexão,

1 Mestre em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo, Professor de Educação Física

da Rede Municipal de Serra/ES e Membro do Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (Proteoria). Contato: [email protected] 2 Doutor em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo, Professor do Programa de Pós-

Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo e Pesquisador do Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (Proteoria). Contato: [email protected].

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debate, escrita e reescrita sobre as práticas pedagógicas, contribuindo para que esses

profissionais atribuíssem outros sentidos à sua formação.

Conclusão

O trabalho acena para a necessidade de se produzir uma formação que

reconheça a especificidade da área e a coautoria docente focalizada nas práticas

pedagógicas como referências. A investigação como eixo de pesquisa e formação

(SOUZA, 2010) encontra nas narrativas (CERTEAU, 1994; PEREZ, 2003) uma forma de

linguagem que cumpre uma dupla missão: fonte de pesquisa e como elemento

potencializador da formação docente.

Referências ANTUNES, M. F. S.; AMARAL, G. A.; LUIZ, A. R. Proposta Curricular para a Educação

Física: uma experiência a partir da formação continuada. Motrivivência, Florianópolis,

ano XX, n. 31, p. 143-162, dez. 2008.

CERTEAU. M. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes,

1994.

DAMIANI, I. R.; C. K. MELO. Desafios na formação continuada: lidando com a

complexidade da rede de ensino. Motrivivência, Florianópolis, Ano XVIII, n. 27, p. 139-

153, dez. 2006.

PEREZ, C. L. V. Cotidiano: história(s), memória e narrativa: uma experiência de

formação continuada de professoras alfabetizadoras. In: GARCIA, R. L. (Org.). Pesquisa

com o cotidiano. Petrópolis: DP&A, 2003.

SOUZA, E. C. Acompanhar e formar – mediar e iniciar: Pesquisa (auto)biográfica e

formação de formadores. In: PASSEGI, M. C.; Silva, V. B. (Orgs.). Invenções de vidas,

compreensão de itinerários e alternativas de formação. São Paulo: Cultura

acadêmica, 2010. p. 157-179.

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Por uma perspectiva pedagógica para intervenção da educação física da educação infantil

Livia Carvalho de Assis1

André da Silva Mello2

Introdução

Apesar dos avanços nas concepções de infância e de criança que orientam as

condutas pedagógicas da Educação Física na Educação Infantil, ainda persistem

práticas que concebem a criança como seres incompletos e incapazes, pautados em

princípios universais de desenvolvimento. No intuito de superar essas práticas, estudos

no campo da Educação Física têm assumido os pressupostos da Sociologia da Infância

e dos Estudos com o Cotidiano como eixo norteador, em que a criança é vista como

sujeito de direitos, produtora de cultura e protagonista do seu próprio processo de

socialização. Ao considerarmos os estudos que concebem a infância e a sua educação a

partir dessas novas bases epistemológicas e teórico-metodológicas, evidenciamos a

necessidade de realizar uma pesquisa que compile as contribuições de cada estudo, a

fim de fornecer subsídios para a construção de uma “nova pedagogia” para a

intervenção da Educação Física na Educação Infantil.

Objetivos

Compilar e analisar estudos pautados na Sociologia da Infância e nos Estudo

com o Cotidiano em um amplo quadro interpretativo, formulando sínteses

integradoras que contribuam para construção de uma perspectiva pedagógica para a

intervenção da Educação Física na Educação Infantil.

Metodologia

Utilizamos a Metassíntese Qualitativa (LOPES, FRACOLLI, 2008) como

perspectiva metodológica. Compilamos estudos realizados nos cursos de Educação

Física e Educação da Ufes, o corpus da pesquisa é composto por 17 trabalhos,

extraídos de livros, artigos, teses e dissertações.

1 Mestrando em Educação Física da Ufes, Proteoria, [email protected]

2 Doutor em Educação Física pela UGF, Ufes, Proteoria, [email protected]

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Resultados e discussão

Os resultados apontam que, mesmo crianças pequenas, que ainda não

possuem a linguagem verbal articulada, consomem produtivamente o espaçotempo

dedicado a elas nas aulas de Educação Física. Esse consumo se materializa, sobretudo,

em suas experiências de movimento corporal, evidenciando modos específicos de

produção cultural. Compreender esses modos é pressuposto fundamental para

empreender práticas pedagógicas em consonância com as racionalidades infantis,

atribuindo autoria às crianças em seu processo de socialização.

Conclusão

Os textos analisados sinalizam que as ações táticas, decorrentes das estratégias

impostas pela escola, denotam modos específicos das crianças operarem,

configurando importantes subsídios para nortear as práticas pedagógicas da Educação

Física centradas nos interesses infantis.

Referências

LOPES, A. L.; FRACOLLI, L. Revisão sistemática de literatura e metassíntese qualitativa:

considerações sobre sua aplicação na pesquisa qualitativa. Texto Contexto Enferm,

Florianópolis, p. 771-778, out./dez. 2008.

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Representação social do professor de educação física na EMEF “Adão Benezarth” participante do Pibid: diálogos com os alunos e outros

profissionais da escola

Mariana Manuelinda Souza Brum1 Riquel Martins Miranda2

Wagner dos Santos3

Introdução

Este artigo tem por objetivo analisar a representação social (MOSCOVISCI,

2005) que o professor de Educação Física tem na Emef“Adão Benezath”. Para tanto,

estabelece um diálogo com os alunos do 3º ano, a professora, a pedagoga, a

coordenadora e a diretora da escola. Ele se insere dentro das ações Pibid-Educação

Física e surge das observações realizadas no inventário sobre a escola e os sujeitos que

ali se encontram. Entre as diferentes questões que emergiram, a que despertou maior

interesse foi investigar como se dá a representação social por meio das práticas

pedagógicas, políticas e sociais realizadas pelo professor.

Objetivos

Analisar as representações sociais produzidas pelos alunos, professora,

pedagoga, coordenadora e diretora sobre o professor de Educação Física na Emef

“Adão Benezath”.

Metodologia

Pesquisa de caráter qualitativo do tipo exploratória. A seleção dos

participantes do estudo se justifica na medida em que objetivamos produzir um

diálogo com diferentes sujeitos que constituem as ações escolares. Os dados foram

elaborados mediante a entrevista com a diretora, a coordenadora e a professora. Com

os alunos as narrativas foram produzidas de maneira espontânea durante as aulas de

Educação Física e registradas em diário de campo.

1 Licencianda em Educação Física- CEFD/UFES, bolsista de Iniciação a Docência (PIBID), E-mail:

[email protected] 2 Licenciando em Educação Física – CEFD/UFES, bolsista de Iniciação a Docência (PIBID), E-mail:

[email protected] 3 Professor do Departamento de Ginástica, mestrado e doutorado do CEFD/UFES, coordenador do PIBID

Educação Física.

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Resultados e discussão

Os dados sinalizam o reconhecimento da prática pedagógica desenvolvida pelo

professor de Educação Física e sua inserção política dentro da escola. Coexiste ai uma

dualidade a ser investigada sobre o reforço positivo definido pelas práticas, tanto em

seus projetos pedagógicos como na participação efetiva nas decisões políticas e

administrativas da escola; e negativa ao ficar para si a decisão de suas demandas sem,

muitas vezes, o devido acompanhamento pedagógico. A forma afetiva estabelecida

com os alunos define o modo como são construídas as representações sociais sobre o

professor de Educação Física. Nesse caso, fica evidente o reconhecimento das

particularidades dos sujeitos em uma ação que valoriza as crianças como tal e não

apenas como alunos.

Conclusão

As representações sociais estão ancoradas nas práticas produzidas pelo

professor de Educação Física. Práticas essas que não se limitam ao fazer pedagógico,

mas se ampliam na medida em que esse sujeito se insere, de maneira efetiva, nas

decisões políticas e administrativas da instituição escolar.

Referências

MOSCOVICCI, Serge. Representações sociais: investigando em psicologia social. Rio de

Janeiro: Vozes, 2005.

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A educação física escolar na formação do atleta profissional – um estudo de caso

Matheus Marin1

Wagner dos Santos2 Introdução

O esporte faz parte do cotidiano de muitos jovens em todo mundo, e o sonho

de tornar-se profissional nesse campo surge principalmente pela possibilidade de

ascensão social que ele oferece. Em muitos casos a formação esportiva na busca desse

sonho ocorre precocemente, dividindo espaço com a formação escolar do indivíduo.

Assim, tais campos de formação se tornam interessante para estudos, sendo que no

presente trabalho apresentam-se sob uma análise da Educação Física como disciplina

escolar e sua contribuição na formação do atleta profissional.

Objetivo

Analisar a influência da Educação Física escolar na formação do atleta

profissional partindo do olhar de um atleta de elite e um professor de Educação Física.

Metodologia

Esse trabalho é um estudo de caso com caráter qualitativo partindo de

entrevistas semiestruturadas com um atleta de elite (Anderson Varejão),3 e um

professor de Educação Física (Rubén Magnano).4 O conteúdo é apresentado em

categorias de análises, construidas a posteriori: possibilidades de conteúdos da

Educação Física na escola, a competição escolar, a formação do atleta e a contribuição

desse meio, a relação da família e o aluno/atleta.5

1 Aluno do curso de Educação Física / Bacharelado - Universidade Federal do Espírito. Bolsista PET. E-

mail: [email protected]. 2 Docente do curso de graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Espírito Santo.

Coordenador do PROTEORIA. E-mail: [email protected]

3 Anderson França Varejão. Jogador da Seleção brasileira de Basquetebol e do clube Cleveland Cavaliers

da NBA (National Basketball Association). 4 Rúbén Pablo Magnano. Professor de Educação Física oriundo da Província de Córdoba (Argentina),

campeão Olímpico em Atenas (2004) com a seleção argentina. Atualmente é treinador da Seleção brasileira de Basquetebol. 5 Aluno/atleta. O termo “Aluno/atleta” refere-se aos indivíduos em idade escolar nos que praticam

algum esporte.

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Resultados e discussão

A Educação Física escolar apresenta-se, no discurso dos entrevistados, como

meio para transmitir valores, atribuindo também esse papel paras as competições

escolares. A família obteve destaque no sentido do apoio à carreira esportiva. Além

disso, verificou-se um campo de tensão entre a formação escolar e esportiva, pois

ambos destacam a impossibilidade de conciliar os estudos à medida que o indivíduo

aumenta a dedicação ao esporte, principalmente na transição para o nível profissional.

Conclusão

Examinar a relação da Educação Física escolar com a formação do atleta é um

instrumento valioso para (re) pensar a intervenção do professor com esse público.

Proporcionar ações que valorize o contexto escolar como ambiente formador

relevante para o indivíduo é um caminho interessante, contribuindo de certa forma

para amenizar as tensões encontradas nesses campos. Sobre tais ações, é preciso

explorá-las mais detalhadamente em investigações de maior dimensão metodológica,

tanto quantitativa quanto qualitativa.

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Aproximações ao conceito de “Professor Artista”: uma revisão bibliográfica

Karen Lorena Gil Eusse1 Valter Bracht2

Felipe Quintão de Almeida3

Introdução

Na procura por abrir um caminho alternativo à racionalidade técnica e/ou

instrumental na educação, esta pesquisa discute a ideia do professor como artista que

faz da sua prática pedagógica uma obra de arte. Este artigo apresenta uma revisão do

conceito de professor artista, tentando aproximar a prática pedagógica de Educação

Física às diferentes manifestações da arte e, também, articulá-la a caraterísticas de

uma racionalidade estética.

Objetivo

Discutir algumas das possibilidades de compreender e fundamentar a prática

pedagógica como uma prática orientada nos princípios da arte.

Metodologia

A metodologia se encaixa no que Raupp e Beuren (2008) definem como

pesquisa bibliográfica, cujo objetivo é recolher informações e conhecimentos prévios

sobre um terminado tema, com o intuito, entre outros, de reunir diversas publicações

isoladas e atribui-lhes uma nova leitura. A catalogação se realizou entre as publicações

dos grupos de trabalho temático “Educação e Arte” da Associação Nacional de pós-

graduação em Educação (ANPED), no portal Capes e no Google Acadêmico. Nesta

busca, operou-se com os seguintes descritores: Professor Artista, Racionalidade

Estética e Experiência Estética e Educação.

Resultados e discussão

A revisão mostra uma inseparável relação entre o professor artista e a inserção

de alguma manifestação artística na sua prática, como a poesia ou teatro. Originar

1 Licenciada em Educação Física Universidade de Antioquia (Col.), mestranda PPGEF-UFES, Laboratório

de Estudos em Educação Física (LESEF-CEFD-UFES). [email protected] 2 Doutor em Filosofia. Doutor em Educação. LESEF-CEFD-UFES. [email protected]

3 Doutor em Educação. LESEF-CEFD-UFES. [email protected]

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uma sensibilidade criativa, artística e sensorial por meio da arte possibilita ao

professor uma ampliação nas opções de ações pedagógicas.

Conclusão

Pensar na construção de uma estetização da educação é pensar em uma

educação a partir da poética. É vislumbrar o professor como um ser do mundo, que se

dispõe a conhecer; um ser de experiência, que vive aguçando seus sentidos; um ser

crítico ou de forte voz, falante; um ser reflexivo, que consegue se pensar; um ser

criativo, aquele ser que transforma; um ser criador, desenhista do que imagina...

Enfim, é vislumbrar um artista. Pensar em abrir caminho através de uma discussão

estética é visualizar a prática pedagógica como uma obra de arte que cria novas formas

para compreender o mundo e a escola e, assim, habitá-los de um modo mais sensível.

Referências RAUPP, F. M.; BEUREN, I. M. Metodologia da pesquisa aplicada às ciências sociais. In:

RAUPP, F. M.; SOUSA, M. A. B.; BEUREN, I. M. (Org.). Como elaborar trabalhos

monográficos em contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2008. p. 46-97.

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Relação entre espaço físico e conteúdos de ensino: implicações para a educação física escolar

Paulo Roberto Silva Júnior1

Juliana Martins Cassani Matos2 Wagner dos Santos3

Introdução

A produção acadêmica da área tem sinalizado a relevância de estudos que

assumam como objeto de pesquisa os espaços físicos disponíveis às aulas de Educação

Física, haja vista que, dentre os artigos publicados em periódicos científicos (2001-

2012), apenas seis discutem a temática.4 Em um olhar detalhado sobre os trabalhos,

observamos a recorrência de debates acerca da necessidade de melhoria desses

espaços com o intuito de qualificar a prática pedagógica do professor, o que reitera a

lacuna de pesquisas que deem visibilidade às sugestões dos docentes em relação aos

seus usos (CERTEAU, 2002). Essas questões nos levam a perguntar: há relação entre os

espaços físicos e os conteúdos de ensino? Em que medida os espaços físicos impactam

aquilo os professores se propõem à ensinar?

Objetivos

Analisar as respostas de 266 professores do Estado do Espírito Santo sobre os

espaços físicos disponíveis para as aulas de Educação Física e suas implicações para o

processo de seleção dos conteúdos de ensino.

Metodologia

De natureza quanti-qualitativa, o estudo possui como corpus documental os

questionários preenchidos por professores Educação Física do Estado do Espírito Santo

à pesquisa “O professor de Educação Física no Espírito Santo: Inventário das práticas”,

1 Acadêmico do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo,

Proteoria, [email protected]. 2 Mestre em Educação Física pela Ufes, Proteoria, [email protected].

3 Doutorado em Educação pela UFES, Centro de Educação Física e Desportos, Proteoria,

[email protected]. 4 Em levantamento realizado nas revistas Motriz, Movimento, Pensar a Prática, Revista Brasileira de

Ciência do Esporte, Revista da UEM e Motrivivência, foram encontradas as pesquisas de Araújo (2012); Baruki, Alencar e Cruz (2012); Damazio e Silva (2008); Paula et al. (2012); Macedo e Goellner (2012); e Tschoke (2012).

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realizada por ocasião da disciplina Estágio Supervisionado I, do curso de Licenciatura

em Educação Física do Núcleo de Educação Aberta e a Distância da Ufes. Possui como

instrumento para a coleta de dados, um questionário semiestruturado composto por

43 perguntas, 31 fechadas e 12 semiabertas.

Resultados e discussão

Da natureza das escolas em que os professores atuam, sete se localizam no

campo e 259 em centros urbanos. O cruzamento entre os espaços físicos disponíveis

para as aulas de Educação Física com os conteúdos de ensino propostos pelos

professores apresenta, com maior relevância numérica, os seguintes dados:

Tabela 1 – Relação entre os espaços físicos e os conteúdos de ensino Espaços físicos Conteúdos

Esportes Jogos Brincadeiras Ginástica Dança Lutas

Quadra coberta (148)

135 129 115 88 71 22

Pátio (128) 111 110 105 69 73 21

Quadra (84) 76 63 62 41 51 10

Campo de areia (34)

28 30 28 18 18 4

Sala de jogos (17)

17 17 14 9 10 --

Conclusão

Os resultados iniciais da pesquisa nos oferecem pistas de que os espaços físicos

se constituem em critérios para a seleção dos conteúdos, já que os professores

articulam aquilo que ensinam com os espaços disponíveis para tal. Contudo,

observamos ainda proposições para além daquelas projetadas pela forma escolar, com

sugestões de práticas (CERTEAU, 2002) que, em um primeiro momento, não se

configuram como a finalidade destinada a determinado espaço. Esse é o caso da sala

de jogos, em que há a indicação da dança e da ginástica.

Referências

ARAÚJO, S. N. O tempo e o espaço da Educação Física em escola da rede municipal de

Guarani das Missões/RS. Motrivivência, Florianópolis, v. 39, p. 25-34, dez. 2012.

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BARUKI, V. L.; ALENCAR, J. M.; CRUZ, K. R. A. Implantação da brinquedoteca enquanto

espaço de produção do conhecimento em uma escola do campo: desafios e

possibilidades. Motrivivência, Florianópolis, v. 39, p. 14-24, dez. 2012.

CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano: 1. artes de fazer. 15. ed. Petrópolis: Vozes,

2002.

DAMAZIO, M. S.; SILVA, M. F. P. O ensino da Educação Física e o espaço físico em

questão. Pensar a Prática, v. 11, n. 2, p. 197-207, maio/ago. 2008.

MACEDO, C. G.; GOELLNER, S. V. Espaços e equipamentos para a Educação Física

escolar e não-escolar – entrevista com Celi Nelza Zulke Taffarel. Motrivivência,

Florianópolis, v. 39, p. 66-75, dez. 2012.

PAULA, A. S. N. et al. O ensino da educação física e sua infraestrutura em questão:

correlação com a prática pedagógica dos professores das escolas da rede municipal de

Sobral/CE. Motrivivência, Florianópolis, v. 39, p. 57-65, dez. 2012.

TSCHOKE, A. et al. Espaço, lugar e brincadeiras: o que pensam os professores e o que

vivem os alunos. Pensar a Prática, Goiânia, v. 15, n. 2, p. 272-550, abr./jun. 2012.

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Educação em valores no contexto escolar: um estudo de caso

Adriano Lopes de Souza1 Otávio Tavares2

Introdução

Nos marcos da reforma educacional espanhola, os conteúdos de ensino foram

reconfigurados em três dimensões: Conceitual, Procedimental e Atitudinal, as quais

devem estar presentes, de forma integrada, em todo o processo de ensino-

aprendizagem (COLL et al., 2000). No entanto, as práticas pedagógicas desenvolvidas

nas aulas Educação Física, ao longo de sua história, têm priorizado os conteúdos em

uma dimensão quase que exclusivamente procedimental, o saber fazer em detrimento

do saber sobre a cultura corporal e o saber ser (DARIDO, 2012), evidenciando que tais

práticas estariam situadas em um processo anacrônico.

Objetivos

A presente pesquisa tem como objetivo compreender como ocorre o

desenvolvimento da dimensão atitudinal no contexto de uma escola situada no

município de Vitória-ES, com ênfase nas aulas de Educação Física.

Metodologia

Será feito um Estudo de Caso, considerando a unidade social estudada como

um todo, no intuito de compreendê-la em seus próprios termos (GOLDENBERG, 2004),

de natureza descritiva e qualitativa. Para tanto, utilizaremos instrumentos como

observação, entrevistas e análise de documentos, na tentativa de compreender a

complexidade da lógica escolar no que diz respeito à educação em valores.

Resultados parciais

Este estudo faz parte de uma pesquisa maior. Nesse momento, foi feito um

levantamento do estado da arte sobre o tema, evidenciando que há na literatura

dados sobre a reduzida abordagem da dimensão atitudinal nas aulas de Educação

1 Mestrando de Pós graduação em Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES,

email:[email protected]. 2 Prof. Dr. da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, grupo PET/CEFD,

email:[email protected].

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Física escolar, sobretudo devido ao pouco conhecimento dos professores sobre a

referida dimensão. Porém, há poucos estudos que contemplem a complexidade que

envolve esta problemática no interior da escola, buscando compreender as ações dos

diferentes sujeitos escolares na sua operacionalização.

Conclusão

Nossas expectativas perpassam pela análise e descrição da lógica de um

contexto escolar, no que concerne à Educação em valores, por meio das práticas

travadas pelos diferentes sujeitos escolares, verificando as variáveis contextuais que

permeiam este ambiente educativo. Nossa intenção, portanto, não é avaliar se a

referida escola é boa ou ruim, mas, mostrar/construir possibilidades operacionalizáveis

da dimensão atitudinal.

Referências COLL, C. et al. Os conteúdos na reforma. Porto Alegre: Artmed, 2000.

DARIDO, S. C. Educação física escolar: o conteúdo e suas dimensões. In: DARIDO, S. C.;

MAITINO, E. M. Pedagogia cidadã: cadernos de formação: Educação Física. São Paulo:

Unesp, Pró-reitoria de graduação, 2012.

GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências

Sociais. 8º ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.

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Educação física escolar e saúde: um olhar dos professores

Rafaela Gomes dos Santos1 Adriano Lopes de Souza2

Introdução

Durante muito tempo o conceito de saúde esteve associado à simples ausência

de doenças. No entanto, este conceito evoluiu tornando-se o resultado de um

conjunto de determinadas condições particulares: alimentação, moradia, educação,

lazer, etc. (BRASIL, 1986). Não obstante, a história aponta que era conferida à

Educação Física Escolar a finalidade de desenvolver a saúde dos indivíduos, visando a

manutenção de corpos fortes e saudáveis, através de práticas militares e higiênicas,

reduzindo o ato de educar à mera exercitação (CASTELLANI FILHO, 2011). Portanto, em

face do exposto, emerge a necessidade de pensar e refletir sobre a prática pedagógica

dos professores de Educação Física escolar com relação à saúde, considerando as

dimensões orgânica e sociocultural.

Objetivos

Compreender as representações dos professores de educação física sobre a

temática da saúde no contexto da sua disciplina.

Metodologia

Será realizado um estudo de caso, de caráter qualitativo, visando reunir

informações acerca de um fenômeno, para o qual se procura formular uma

compreensão (MARCONI, LAKATOS, 2003). Os sujeitos respondentes da pesquisa serão

os professores de Educação Física de uma escola pública de Jequié-Ba. Serão realizadas

entrevistas semi-estruturadas, análise dos planos de aula, e observação de algumas

aulas ministradas.

1 Mestre em Educação Física. Professora da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - AGES,

email:[email protected]. 2 Mestrando de Pós graduação em Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES,

email:[email protected].

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Resultados parciais

O nosso propósito, nesse momento, foi fazer um levantamento do estado da

arte sobre o tema, evidenciando o resultado histórico de uma visão da atividade física

voltada estritamente para manutenção da saúde e melhoria da aptidão física. Assim,

pode-se apontar que a referida temática acabou perdendo a sua centralidade na

prática pedagógica da educação física escolar, proposta pelo movimento renovador, na

tentativa de mostrar que o desenvolvimento de alunos fisicamente aptos não deveria

mais se configurar como a principal finalidade dessa disciplina na escola.

Conclusão

Acredita-se que o presente estudo possa contribuir na ampliação de

publicações acadêmico-científicas no tocante à Educação Física e Saúde, com um olhar

evolutivo, contemporâneo e sociocultural do entendimento desta relação, uma vez

que a saúde precisa ser compreendida em uma visão ampliada, visando uma Educação

Física diferenciada e transformadora.

Referências BRASIL, Ministério da Saúde. Anais da VIII Conferência Nacional de Saúde. Brasília

(DF): Ministério da Saúde; 1986.

CASTELLANI FILHO, L. Educação Física no Brasil: A história que não se conta. 19º ed.

Campinas, São Paulo: Papirus, 2011.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5ª ed. São

Paulo: Atlas, 2003.

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Juventude e o funk: dificuldades e possibilidades de construção do conhecimento dentro do espaço educacional

Fernanda Xavier Machado1

Introdução

Tendo como base uma das minhas experiências pedagógicas, este estudo (que

é o desdobramento do meu projeto de mestrado) se configura como uma tentativa de

desconstruir os meus conceitos corriqueiros a respeito do funk, uma manifestação

cultural que permeia a vida de muitos jovens e pode influenciar nas atividades

desenvolvidas dentro do ambiente escolar.

Objetivos

Compreender como o funk, elemento cultural típico da juventude, está

presente no ambiente escolar e quais são as influências exercidas por esse fenômeno

sobre os saberes educacionais sistematizados.

Metodologia

Para compreender o objeto em questão, esta pesquisa assumiu um caráter

qualitativo, pois, de acordo com Minayo (2012) o universo das produções humanas

traduzidas por meio de suas relações, representações e intencionalidades dificilmente

podem ser demonstradas em indicadores meramente quantitativos.

O delineamento seguido é de um estudo de caso, tendo como técnica de coleta

de dados questionários, registros em diário de campo, entrevistas semi- estruturadas e

grupos focais. Os jovens e professores que integram a realidade escolar de uma

instituição de Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos -

Ensino Médio (EEEFM), localizada no bairro Dr. Pedro Feu Rosa, no município de Serra-

ES, são os principais sujeitos desta pesquisa.

Resultados e discussão

A escola investigada é caracterizada por rígidas regras, grande envolvimento

dos alunos com o tráfico de drogas, alta rotatividade de professores e forte relação

1 Licenciada em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo, bolsista CAPES do

programa de mestrado em Educação Física PPGEF-UFES. Integra como pesquisadora, o Laboratório de Estudo em Educação Física (LESEF).

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identitária dos discentes com o movimento funk. Dentro desse contexto, foram

encontrados professores que constroem saberes dentro dessa complexa realidade,

mas de forma isolada, sem estabelecer uma relação com as demais disciplinas.

Conclusão

Pinelli e Lara (2007) apontam que a realização de um trabalho dentro da escola

com o funk, pode ser capaz de construir um pensamento crítico sobre esse elemento

cultural, que certamente contribui para a obtenção de uma expressividade corporal

consciente por parte dos sujeitos que se identificam com esse movimento. No entanto,

embora a instituição investigada apresente ações nos quais problematizam o funk e as

suas influências na vida dos alunos, a grande maioria dos docentes, ainda lançam

olhares de descrença sobre os discentes e o funk como uma manifestação cultural.

Referências MINAYO,C (Org). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 31.ed- Petrópolis, RJ:

Vozes, 2012.

PINELLI, T.M.L; LARA ,L. M . Trá-lá-lá...que dança é essa? funk na escola: um olhar

crítico sobre a linguagem corporal .Instituição:UEL, 2007.

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Contribuições do PIBID/ESFA na formação dos alunos bolsistas1

Chaiany Marquezini2 Altair C. Lopes3

Hércules S. Silva4 Jocélio S. Rozário5 Thayciane O. Reis6 Mariana Pozzatti7

Introdução

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (Pibid) foi inserido na

Esfa em 2014 com o objetivo de promover a qualificação para a docência de

estudantes de licenciatura em educação física, incentivando sua inserção em escolas

públicas estaduais de Ensino Médio da região central-serrana do Espírito Santo.

Este estudo justifica-se pela possibilidade de formação e pela necessidade de

acompanhar e avaliar a compreensao das práticas desenvolvidas.

Objetivos

Objetiva analisar a concepção de formação do acadêmico bolsista e as possíveis

contribuições na sua formação, buscando dar visibilidade às primeiras análises de

acompanhamento das atividades e destacar seu impacto na formação dos bolsistas;

1 Trabalho desenvolvido com apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (Capes). 2 Discente do Curso de Licenciatura em Educação Física da Escola Superior São Francisco de Assis (Esfa),

Bolsista do Pibid/Esfa. E-mail: [email protected] 3 Discente do Curso de Licenciatura em Educação Física da Esfa, Bolsista do Pibid/Esfa. E-mail:

[email protected] 4 Discente do Curso de Licenciatura em Educação Física da Esfa, Bolsista do Pibid/Esfa. E-mail: hs_santos

@hotmail.com 5 Discente do Curso de Licenciatura em Educação Física da Esfa, Bolsista do Pibid/Esfa. E-mail:

[email protected] 6 Discente do Curso de Licenciatura em Educação Física da Esfa, Bolsista do Pibid/Esfa. E-mail:

[email protected] 7 Mestre em Educação Física, Professora da Esfa, Coordenadora voluntária do Pibid/Esfa, Pesquisadora

do Proteoria. E-mail: [email protected]

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Metodologia

Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, que utilizou a plataforma Moodle

e o blog8 como fonte, tendo como foco, as narrativas (auto)biográficas (IBIAPINA,

2008) dos 20 alunos bolsistas inseridos no programa.

Resultados e discussões

As narrativas evidenciaram os primeiros resultados do programa e os anseios

de formação dos bolsistas. As visões otimistas indicaram que a concepção de formação

se ancora na ideia de um contínuo que não se constrói por acumulação de cursos, mas

de um trabalho de reflexividade crítica sobre a realidade escolar (NÓVOA, 1995).

Conclusão

O estudo aponta que as expectativas dos futuros docentes vinculados ao

Pibid/Esfa, demonstram a compreensão de que o programa potencializa sua

qualificação acadêmica.

Referências IBIAPINA, I. M. L. M. Pesquisa colaborativa: investigação, formação e produção de

conhecimentos. Brasília: Líber Livro Editora, 2008.

NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: A. Nóvoa (Coord.). Os

professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1995.

8 Espaços virtuais (formal e informal), onde são registrados semanalmente as ações desenvolvidas no

programa (http://ead.esfa.edu.br e http://pibidesfa.blogspot.com.br).

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A formação em questão: reflexões dos professores supervisores do PIBID/ESFA1

Natiele N. Souza2 Elaine S. Duarte3

Raique S.Rodrigues4 Mariana Pozzatti5

Introdução

O Pibid, desde o início de 2014, está inserido no Curso de Licenciatura em

Educação Física da Esfa, objetivando promover a qualificação dos estudantes para a

docência no Ensino Médio da região central-serrana do Espírito Santo.

Atualmente o programa conta com 20 bolsistas de iniciação à Docência e 4

professores supervisores. Considerando que o professor supervisor tem fundamental

papel no seu desenvolvimento, este estudo se concentrou em investigá-los tendo

como foco a formação docente.

Objetivos

Como objetivo geral buscamos discutir formação com base nas primeiras

experiências dos professores supervisores no programa PIBID/ESFA, analisando a

percepção de formação que os professores supervisores do PIBID/ESFA têm em

relação ao programa; dando visibilidade à proposta de formação fomentada pela IES

do e no interior do Estado.

Metodologia

Trata-se de um estudo qualitativo, de caráter descritivo já que buscou

descrever as características de uma população (GIL, 2002). Considerando as

possibilidades de um instrumento aberto, na coleta de dados utilizamos entrevista

1 Trabalho desenvolvido com apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (Capes). 2 Discente do Curso de Licenciatura em Educação Física da ESFA, Bolsista do PIBID/ESFA. E-mail:

[email protected]. 3 Discente do Curso de Licenciatura em Educação Física da ESFA, Bolsista do PIBID/ESFA. E-mail:

[email protected] 4 Discente do Curso de Licenciatura em Educação Física da ESFA. E-mail: [email protected]

5 Mestre em Educação Física, Professora do Curso de Educação Física da ESFA, Coordenador Voluntário

do PIBID/ESFA, Pesquisadora do Proteoria. E-mail: [email protected].

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semi-estruturada, que segundo Marconi e Lakatos (2010), possibilita ao entrevistado,

dizer além do que lhe foi perguntado.

Resultados e discussão

As escolas acolheram o programa e mesmo com o pouco tempo de atividades,

os professores supervisores enxergaram uma oportunidade de formação tanto para

eles, quanto para os acadêmicos, acreditando que a aproximação dos futuros

professores com a realidade escolar, pode enriquecer a formação inicial e

proporcionar debates formativos. Disseram a oportunidade durante suas formações,

poderia tê-los preparado mais para ministrar as aulas e teriam adquirido experiências

que poderiam agregar aos seus planejamentos.

Conclusão

Concluímos que os professores supervisiores do PIBID/ESFA enxergam o

Programa uma possibilidade de formação tanto para eles quanto para os alunos. Além

disso, contribue também para sua formação como espaço de formação continuada e

aproximação entre as Escolas Públicas e a Instituição de Ensino Superior.

Referências GIL, A. C. Como elaborar projeto de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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O planejamento e educação física: mapeamento das publicações em periódicos

Carol Farias Silva1

Sandra Soares Della Fonte2 Introdução

O planejamento em educação pode ocorrer em diferentes níveis, desde os

sistemas de ensino expressos pelos documentos de políticas educacionais (Plano

Nacional de Educação - PNE, Lei de Diretrizes e Bases), passando pelas unidades

educativas com documentos como o projeto político pedagógico, até o trabalho do

professor e os planos de ensino que compõem a prática pedagógica (VASCONCELLOS,

2006).

Objetivos

O intuito deste texto foi elucidar através de um mapeamento das publicações

em periódicos da EF, como o tema tem sido tratado pela área. Este estudo faz parte de

um projeto de pesquisa mais abrangente que irá analisar como o momento do

planejamento é contemplado na jornada de trabalho do professor de EF.

Metodologia

O mapeamento foi realizado em 5 periódicos da área. A escolha levou em

consideração as revistas capazes de acolher essa discussão, assim como sua qualidade

e relevância a partir do Qualis da CAPES. Devido ao interesse de mapear pesquisas

mais atuais da área, a busca compreendeu os anos de 2004 a 2013, através dos sites

dos periódicos, sendo utilizado o descritor planejamento para título e\ou resumo.

Resultados e discussão Nesses 10 anos, foram encontrados 32 artigos. Como o descritor ficou bastante

genérico e não ganhou nenhuma qualificação (como planejamento educacional,

1 Discente do Mestrado em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo-UFES,

professora de Educação Física na Prefeitura Municipal de Serra, membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Filosofia-NEPEFIL, [email protected]. 2 Doutora em Educação, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Filosofia-

NEPEFIL Universidade Federal do Espírito Santo – UFES.

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planejamento didático-metodológico etc.) de modo a abranger a amplitude da

intervenção profissional do professor de EF, nossa expectativa era de chegar a muitas

publicações. Contudo, este total de 32 artigos é um número relativamente baixo, ainda

mais se atentarmos que cada um dos periódicos publicou em média 3 números por

ano e teve, em média, 12 trabalhos por número. Tomando como referência o número

total de artigos publicados, a quantidade de textos encontrados a partir do descritor

alcança o percentual de 1,64% desse montante. O que ratifica a nossa constatação de

um baixo número de publicações sobre o assunto.

Analisamos as publicações a partir de 3 eixos: tipo de planejamento; referencial

teórico e concepção de planejamento. Em relação ao referencial teórico, pouco foi

encontrado por conta de grande parte dos trabalhos não apresentarem uma definição

clara de planejamento. As concepções de planejamento foram variadas, haja vista que

cada tipo de planejamento se apropria do descritor de maneira particular. A quase

totalidade dos trabalhos não trouxe uma definição clara, não explicitou, no texto, as

concepções acerca de planejamento. Conclusão

Diante do que foi apresentado, é notável que exista uma variedade de

tratamentos ao tema planejamento nas publicações em EF. No geral, não há uma

definição clara do tema, mesmo a maioria sendo direcionada para o planejamento da

prática pedagógica. É possível perceber ainda que não há uma explanação específica

sobre o tema, vindo esse sempre como coadjuvante nas discussões, apesar de ser

tratado como algo importante e indispensável. Portanto, na maioria dos textos, o

termo planejamento é mais mencionado do que explicado.

Referências VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e

projeto político pedagógico – elementos metodológicos para elaboração e realização.

15. ed. São Paulo: Libertad Editora, 2006.

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Uma análise da educação infantil sob o olhar da teoria do cotidiano da Agnes Heller

Carol Farias Silva1

Introdução

A educação da criança é garantida legalmente desde a Constituição de 1988. A

LDB ratifica a Educação Infantil-EI como dever do estado, incluída como nível da

educação básica. Desde então, deixa-se para trás a ideia de um lugar onde as crianças

recebiam prioritariamente cuidados, para a concepção de instituição de ensino, com

objetivos e funções destinados à formação do indivíduo, seja em caráter intelectual,

social etc. Todavia, surgiu a preocupação em não igualar as instituições de EI com as

escolas de Ensino Fundamental e Médio por conta, por exemplo, do aspecto

escolarizante e disciplinar existente nessas outras instituições.

Objetivos

O intuito aqui é tentar refletir que a preocupação em garantir para

infância/criança e EI um lugar em si mesma, respeitando suas características e

necessidades chegou a um ponto e parou. Ao longo do processo de escolarização da EI,

o caráter assistencialista e compensatório foi marcante e sua criação se deve a priori a

uma necessidade do capital. A partir dessas considerações, observando as conquistas

da EI no decorrer desse processo, é possível constatar que as condições para afirmar a

importância desse nível de ensino estão pautadas nas suas implicações educacionais

ou ainda estamos vivendo a realidade assistencialista do séc. XX?

Metodologia

Para auxiliar nessa reflexão buscamos uma aproximação com a Teoria da vida

cotidiana de Heller. Afirmando que, todos nós vivemos na cotidianidade e a partir dela

e da apropriação das produções humanas nesse âmbito (objetivações genéricas em-si)

é que nos tornamos adultos. Porém, essa não é a única esfera da vida. A filósofa

apresenta o âmbito da vida não-cotidiana. Aqui a vida depende do que ela chama de

homogeneização, isto é, existe uma concentração maior de uma das capacidades

humanas numa atividade específica – objetivações genéricas para-si. 1 Discente do Mestrado em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo-UFES,

professora de Educação Física na Prefeitura Municipal de Serra, membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Filosofia-NEPEFIL, [email protected]

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Resultados e discussão Apesar das Diretrizes curriculares caracterizarem o espaço da EI como não

doméstico, o que temos visto é a escola como um prolongamento deste, ao

proporcionar às crianças apenas momentos que se relacionam com a vida cotidiana. É

nesse instante, que se insere a teoria da filósofa húngara, no sentido de refletir a EI

sob os seguintes aspectos: a infância é uma etapa de preparação para a vida adulta? É

possível a criança se apropriar e produzir conhecimento a partir da esfera não-

cotidiana da vida?

Este é um momento de aproximações com a teoria da vida cotidiana da Heller e

da relação desta teoria com a EI, entendendo a construção do pensamento como um

processo de esforço para apropriação e objetivação.

Conclusão

Com base na teoria, é possível refletir que se limitar na esfera das objetivações

genérica em-si é fazer uma EI que tende para o assistencialismo. A superação desse

caráter perpassa por uma mediação consciente da escola entre as duas esferas da vida.

Dessa forma, é possível reconhecer a EI realmente como uma instituição não

doméstica como proposto nas Diretrizes Curriculares para Educação Infantil. Referências BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares

nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília : MEC,

SEB, 2010.

HELLER, Agnes. O cotidiano e a história. 4. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1992.

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Entre o prescrito e o vivido nas aulas de educação física

Janaína Esfalsini Figueira1 Zenólia C. C. Figueiredo2

Introdução

A produção teórica acerca dos estudos sobre o currículo aponta para a

configuração do professor como ator central no que tange à construção e

desenvolvimento dos currículos, bem como expressa que este ator se relaciona direta

e indiretamente com os mesmos. No âmbito desse limiar diário, que pressupõe uma

tensa relação na qual se atravessam elementos da teoria/prática que atribuem

sentidos e significados à prática pedagógica, realizamos um estudo acompanhando o

desenvolvimento curricular em uma escola de ensino fundamental.

Objetivos

Nosso objetivo foi compreender como ocorre a construção e a objetivação de

um currículo de Educação Física, tendo como base as relações estabelecidas por uma

professora de Educação Física no seu dia a dia.

Metodologia

Assumimos uma abordagem teórico-metodológica que exigia de nós um

mergulho com os sujeitos (TURA, 2003), com a finalidade de compreender seus modos

de ação a partir do contexto e das relações estabelecidas por eles.

Buscamos inspiração na perspectiva da etnometodologia que, segundo Coulon

(1995), trata “*...+ da análise das maneiras habituais de proceder mobilizadas pelos

atores sociais comuns a fim de realizar suas ações habituais” (p.15).

Resultados e discussões

Para Arroyo (2007), as indagações sobre o currículo presentes nas escolas e na

teoria pedagógica mostram um primeiro significado: a consciência de que os currículos

não são conteúdos prontos a serem passados aos alunos. São uma construção e

1 Mestre em Educação Física (CEFD/UFES), Professora da Rede Munic. de Ens. da Serra (PMS),

[email protected]. 2 Pós doutorado pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto,

Professora do CEFD/UFES, [email protected]

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seleção de conhecimentos e práticas produzidas em contextos concretos e em

dinâmicas sociais, políticas e culturais, intelectuais e pedagógicas.

No decorrer do estudo percebemos situações que limitavam a autonomia e a

autoria da professora no trabalho pedagógico: as jornadas de trabalho que dificultam

momentos de estudo para além do planejamento; o adoecimento corriqueiro, a

ausência de espaços/tempos de formação no calendário escolar; fatores e condições

de trabalho que não favorecem a reflexão, os estudos e conseqüentemente,

possibilidade de autonomia e autoria dos professores. Sacristan (2000) alerta “*...+ a

autonomia sempre existe, mas suas fronteiras também” (p.168).

Conclusões

Identificamos, no contexto educacional estudado, a forte influência de

condicionantes internos e externos que regulam o desenvolvimento curricular na

educação física, seja via planejamento e organização das aulas, seja na tênue relação

entre o que se prescreve e o que de fato se materializa no cotidiano.

Vimos que os professores apresentam maiores possibilidades de aproximar o

currículo prescrito do currículo vivido e vice versa, quando eles próprios constroem o

currículo prescrito, quando transformam esse currículo e o reorganizam no âmbito do

vivido, motivados pelo interesse, participação e interações dos sujeitos.

Esse estudo sugere novas indagações acerca das políticas educativas e das

políticas curriculares enfatizando a aproximação destas aos contextos educativos.

Referências ARROYO, M. G. Indagações sobre currículo: educandos e educadores: seus direitos e

o currículo. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Brasília, 2007.

COULON A. Etnometodologia e educação. Tradução de Guilherme João de Freitas

Teixeira. Petrópolis: Vozes, 1999.

SACRISTAN, J. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre: Artmed, 2000.

TURA, M. de L. R. A observação do cotidiano escolar. In: ZAGO, N.; CARVALHO, M. P.

de. VILELA, R. A. T. (Org.). Itinerários de pesquisa: perspectivas qualitativas em

sociologia da educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. p.183-198.

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Valores nas aulas de educação física escolar por meio de diversos conteúdos de ensino

Thaise Ramos Varnier 1

Wagner dos Santos 2 Introdução

Ao adentrarmos no universo de pesquisas acadêmicas relacionadas ao ensino em

valores no campo da Educação Física escolar, podemos encontrar uma predileção para

o ensino em valores, tendo o conteúdo esporte como uma ferramenta funcional

adequada a fomentar uma educação moral: Knijnik e Tavares3, Barroso e Darido4, e

Deanna L. Binder5. Neste sentido, buscamos compreender como são trabalhados,

pedagogicamente, valores nas práticas pedagógicas de Educação Física, para além do

esporte?

Objetivos

Analisar as práticas pedagógicas produzidas no contexto da educação

escolarizada por onze professores de EF, que atuam na região da Grande Vitória,

direcionadas ao trabalho com valores.

Metodologia

Se configura como uma pesquisa narrativa (SOUZA, 2008) do tipo investigação

formação (NÓVOA, 1988), assumindo como fontes de análise as entrevistas e, as

produções bibliográficas, de onze professores de EF escolar, desenvolvidas em um

projeto de extensão. As narrativas orais produzidas durante as entrevistas, foram 1 Mestranda pelo Programa de Pós – Graduação do Centro de Educação Física e Desportos da

Universidade Federal do Espírito Santo, membro do Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (Proteoria), [email protected]. 2 Doutor em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo, Professor do Programa de Pós-

Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo e Pesquisador do Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (Proteoria), [email protected]. 3 KNIJNIK, J; TAVARES, O. Educating Copacabana: a critical analysis of the Second Half, an Olympic

education program of Rio 2016. Educational Review. Birmingham, v. 64, p. 353-368, 2012. 4 BARROSO, A; DARIDO, S. A pedagogia do esporte e as dimensões dos conteúdos: conceitual,

procedimental e atitudinal. Revista da Educação Física/ UEM. Maringá, v. 20, n. 2, p. 281-289, 2. trim. 2009. 5 BINDER, D. Olympic values education: evolution of a pedagogy. Educational Review. Birmingham, v. 64,

n. 3, p. 275–302, agost./ 2012.

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materializadas em forma de escrita, transformando-se, em narrativas das práticas

pedagógicas docentes, em forma de capítulo de livro.

Resultados e discussão

Percebemos que cinco professores trabalharam, pedagogicamente, valores em

seus projetos pedagógicos, partindo da realidade, por meio de atividades

sistematizadas que problematizaram temas como: a vulgarização do funk, a violência

no futebol e na sociedade, a inclusão social e o hip hop.

Conclusão

Os dados encontrados nos sinalizaram foram trabalhados os valores foram

trabalhados nos projetos pedagógicos por meio de atividades pedagógicas específicas

(vídeos e situações que dramatizassem a realidade dos alunos), através de diversos

conteúdos de ensino (esportes, danças, jogos e brincadeiras), de forma intencional.

Referências LA TAILLE, Y; MENIN, M. S. S. Crise de valores ou valores em crise?. Porto Alegre:

ARTMED, 2009.

NÓVOA, A; FINGER, M. Método (auto)biográfico e a formação. Lisboa:

MS/DRHS/CFAP, 1988.

SOUZA, E. A vida com as histórias de vida: apontamentos sobre pesquisa e formação.

In: PERES, E. et al. (Org.). Trajetórias e processos de ensinar e aprender: sujeitos,

currículos e culturas. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2008.

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PÔSTER

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Representações sociais dos sujeitos escolares sobre o professor de educação física de um CMEI de Vitória

Diego Soares Batista1

Mery Ellen França Coelho2 André da Silva Mello3

Introdução

A parceria estabelecida entre o Programa Institucional de Bolsa à Inicação a

Docência (Pibid) em Educação Física da Ufes e um Centro Municipal de Educação

Infantil (CMEI) de Vitória permitiu o ‘mergulho’ no cotidiano dessa escola, gerando

inúmeras indagações sobre a presença de um professor em um contexto

predominantemante feminino. A presença desse professor no CMEI, que tem uma

prática pedagógica amplamente reconhecida por diferentes sujeitos escolares, produz

representações sociais positivas acerca da sua atuação docente. Identificar os fatores

que geram essas representações sociais é pressuposto fundamental para compreender

as racionalidades desses sujeitos acerca das boas práticas pedagógicas que circulam no

contexto pesquisado.

Objetivos

Identificar e analisar as representações sociais dos sujeitos escolares sobre o

professor de Educação Física do CMEI Ocarlina Nunes de Andrade, a fim de

compreender os motivos que geram visões positivas acerca das práticas pedagógicas

desse professor.

Metodologia

Trata-se de um Estudo de Caso, em que os dados estão sendo produzidos pela

observação participante, registrada em diário de campo, e narrativas dos sujeitos

escolares, como crianças, professores, funcionários e famílias. Por se tratar de um

pesquisa em curso, neste estudo analisamos dados preliminares extraídos da nossa

observação no CMEI pesquisado.

1 Diego Soares Batista, Licenciando em EF da UFES, Pibid/EF, [email protected]

2 Mery Ellen França Coelho, Licencianda em EF da UFES, Pibid/EF, [email protected]

3 Doutor em Educação Física pela UGF, UFES, Proteoria, [email protected]

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Análise e Discussão

As representações sociais, geradas nas atividades comunicativas de diferentes

comunidades discursivas, são estruturas psicológicas que os indivíduos utilizam para

pensar ou agir em diferentes situações do cotidiano (MOSCOVICI, 2003). No contexto

pesquisado, percebemos que muitas crianças gostam do professor e transferem para

ele a imagem da figura paterna, estabelecendo relações pautadas, sobretudo, na

afetividade. Além disso, o protagonismo que ele atribui às crianças nas atividades que

desenvolve, faz com que elas o considerem como um professor legal, pois os seus

interesses, expectativas e necessidades são atendidas. No que tange às relações com

os pares, muitos docentes consideram o professor de Educação Física como um sujeito

agregador, pois ele esforça-se em articular a sua disciplina com outras áreas do

conhecimento que compõem o currículo do CMEI pesquisado.

Conclusões

Os dados analisados até o momento fornencem indícios para compreender

algumas representações positivas sobre o professor de Educação Física. Contudo,

temos convicção da necessidade de ampliar as fontes na produção dos dados, para

que a unilateralidade de uma única fonte não se sobreponha à complexidade da

realidade.

Referências

MOSCOVICI, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis:

Vozes, 2003.

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A relação e comportamento entre alunos da escola ‘’Adão Benezath’’

Jader Vinicius Rocha1 Mariáh Miranda de Andrade2

Dionésio Anito Teixeira Heringer3 Wagner dos Santos4

Introdução

O presente artigo tem como objetivo analisar as relações intrageracionais de

alunos do 5º ano da “Emef Adão Benezath”. Ele nasce das experiências vividas no

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, curso de Educação Física, da

Universidade Federal do Espírito Santo, Edital M.º 061/2013, sobretudo no momento

em que realizamos um inventário das práticas cotidianas. As nossas observações

iniciais indicavam uma atitude violenta entre as crianças, com mudança de

comportamento na troca de professores. A questão que emergia era: em que medida

nosso olhar adultocêntrico consegue captar as diferentes formas de interação das

crianças, compreendendo, inclusive o que se apresenta como atitude violenta como

manifestação do brincar?

Objetivos Analisar as relações sociais estabelecidas pelas crianças no contexto escolar,

tendo como foco suas atitudes e comportamentos. Para tanto nos debruçamos na

relação entre alunos-alunos, alunos-professores, seu convívio na sala de aula e a

interação entre eles durante as aulas de Educação Física.

Metodologia

A metodologia está baseada na pesquisa qualitativa do tipo exploratória (GIL,

1999). Os dados foram elaborados durante as observações realizadas no período de

março a julho de 2014. Para tanto, utilizamos o diário de campo e o registro

1Licenciando em Educação Física (Cefd/Ufes); bolsista de Iniciação à Docência (Pibid). E-mail:

[email protected] 2Licencianda em Educação Física (Cefd/Ufes); bolsista de Iniciação à Docência (Pibid). E-mail:

[email protected] 3Professor de Educação Física da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura Municpal de Vitória

(Seme/Pmv) e Professor Supervisor do Pibid Educação Física. E-mail: [email protected] 4 Professor do Departamento de Desporto do Cefd/Ufes, coordenador do Pibid Educação Física. E-mail :

[email protected]

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fotográfico. A turma do 5º ano é composta por 19 alunos, dez meninos e nove

meninas, com idade entre nove e dez.

Resultados e discussão

As observações iniciais evidenciam a necessidade de desnaturalizarmos o olhar

no sentido de ver com estranhamento aquilo que se apresenta como comum. Nesse

movimento, percebemos que a violência entre os alunos, muitas vezes, ocorria em

brincadeiras de lutas, acompanhadas de disputas por espaço, lugar e poder. As

relações estabelecidas entre gêneros e crianças de outras turmas são reveladoras

dessa disputa, já que sinalizam a luta pelo reconhecimento dos pares. A divisão por

gênero se inicia desde a sala de aula, sentando meninas de um lado e meninos de

outro. Essa questão também se apresenta na aula de Educação Física, já que os

meninos, principalmente, resistem em fazer atividades que, em sua visão, são “coisas”

de meninas. Sobre o assunto, não podemos desconsiderar a própria constituição social

de suas identidades e as implicações culturais desse processo. Por fim, destacamos a

violência verbal e física exercida por um pequeno grupo de alunos a um colega que

tem dificuldade na comunicação oral. Esse movimento traz pistas sobre a possibilidade

da presença do bullying no contexto escolar.

Referências

GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.

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Rotinas na educação infantil: reflexão sobre o governo do processo ensino aprendizagem com um olhar especial nas aulas de educação física

Christiane Dessaune Monteiro1

Nelson Figueiredo de Andrade Filho2 Introdução

O estudo surgiu da nossa participação no Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação a Docência (PIBID) do Curso de Licenciatura em Educação Física do Centro de

Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal do Espirito Santo (UFES).

Com as ações formativas desenvolvidas no PIBID, nos últimos três meses, pudemos

realizar observações do trabalho com as crianças em um Centro Municipal de

Educação Infantil (CMEI) de Vitória. Em contexto pudemos ver que a rotina

estabelecida naquele CMEI é, na prática, é o mecanismo que norteia as ações ali

desenvolvidas, entre o brincar, o cuidar e o educar. Com pouco tempo de observação

da rotina percebemos a necessidade da reflexão sobre o tema e, principalmente, sobre

as implicações da rotina nas aulas de Educação Física.

Objetivo

Compreender como a rotina é e está estabelecida pelo corpo técnico

pedagógico do CMEI em que atuamos. Queremos também verificar como a Educação

Física e as ações do seu professor contribuem para a realização do trabalho coletivo,

refletir sobre as interferências que a rotina faz no processo ensino aprendizagem e ver

se a criança é tomada como sujeito.

Metodologia

Vamos descrever detalhadamente o modo como a Instituição está organizada,

como a rotina está estruturada e funciona. Valorizaremos as observações realizadas e

a análise de documentos para viabilizar as descrições. Entrevistas e diálogos com o

corpo técnico pedagógico, os professores regentes e de Educação Física serão

necessárias para colher informações que permitirão interpretar a funcionalidade da

rotina do CMEI no que se refere a entender como o professor de Educação Física

1 Estudante do Curso de Licenciatura em Educação Física, integrante do

PIBID/CEFD/UFES,[email protected] 2 Professor do Curso de Licenciatura em Educação Física, coordenador do

PIBID/CEFD/UFES,[email protected]

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contribui com o trabalho coletivo e ver se a rotina considera o melhor interesse das

crianças.

Resultados e Discussão

Com a investigação vamos compreender as interferências que a rotina causa à

organização do trabalho pedagógico da Educação Física e ao processo ensino

aprendizagem cotidiano das crianças. Vamos verificar se há mais de uma rotina em um

mesmo CMEI, se é possível reformar a rotina para melhor atender as necessidades e os

interesses das crianças no que se refere ao seu direito de brincar e participar da

organização do processo de educação que lhes é oferecido no CMEI, particularmente

no que se refere ao direito de usufruir e fruir plenamente das suas experiências de

movimento corporal.

Conclusão

Estudar essas questões poderá orientar a ação de ensino nesse contexto e

ajudar na formação dos professores que atuam na Educação Infantil.

Referências BARBOSA, M. C. S. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre:

Artmed, 2006.

BUJES, M. I. E. Infância e maquinarias. RJ: DP&A, 2002.

Palavras chave: Educação Infantil. CMEI. Educação Física. Rotina.

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Do oficio de criança ao oficio de aluno: práticas de resistências no ensino fundamental

Marciel Barcelos1

Wagner dos Santos2 Amarílio Ferreira Neto3

Introdução

Com a promulgação da lei nº 11.271/2006, a Educação Básica ampliou sua

oferta em um ano, promovendo a incorporação de crianças com seis anos de idade nas

instituições de Ensino Fundamental. Com isso, as crianças matriculadas no 1º ano

passam a integrar um espaço com uma lógica de escolarização que se difere da

educação infantil.

Objetivos

Discutir a inserção da criança de seis anos no ensino fundamental,

compreendendo a transformação do oficio de criança para o oficio de aluno na EMEF

“Experimental”;

Metodologia

A metodologia que norteará nossas ações na pesquisa de campo será o estudo

de caso etnográfico (SARMENTO, 2003). Como instrumentos para a produção das

fontes e o caderno de observações de campo e imagens. Os sujeitos da pesquisa são a

professora de educação física e as crianças do 1º ano da EMEF “Experimental”, que

foram selecionados devido aos questionamentos expostos pela professora de

educação física quanto ao comportamento das crianças de seis anos nesse contexto.

Discussão

Ao entrar mais cedo no ensino fundamental, à criança com seis anos encontra-

se inserida em um projeto de escolarização que visa desloca-la do oficio de criança

para o oficio de aluno (SARMENTO, 2011). Esse movimento faz parte do projeto de

1 Mestrando em Educação Física, UFES, PROTEORIA, [email protected].

2 Doutor em Educação, UFES, PROTEORIA, [email protected]

3 Doutor em Educação Física, UFES, PROTEORIA, [email protected]

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escolarização que está associado ao ensino fundamental e que se pauta no privilégio

de determinado saberes em detrimentos de outros. Entretanto, as crianças inseridas

nesse contexto resistem a essa transformação, tencionando as relações de poder

existentes no espaço e tempo da escola. Com isso, é importante percebermos quais as

estratégias (CERTEAU, 2008) utilizadas pela escola e professor de educação física para

enquadrar a criança no oficio de aluno, ao mesmo tempo em que, a criança usa táticas

para burlar esse processo e se manter no seu oficio de criança.

Conclusão

Acreditamos que a conclusão desse estudo fornecerá pistas para a

compreensão da transformação do oficio de criança para o oficio de aluno no ensino

fundamental e nas aulas de educação física, bem como evidenciará os movimentos de

fuga produzidos pelas crianças a fim de atender suas lógicas.

Referências

CERTEAU, B. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Ed.14. Petrópolis, Rio de Janeiro:

2008.

SARMENTO, M. J. A reinvenção do oficio de criança e de aluno, v. 6, n. 3. Atos de

Pesquisa em Educação. PPGE/ME, FURB, set./dez. p. 581-602. 2011. Disponível em: <

http://proxy.furb.br/ojs/index.php/atosdepesquisa/article/viewFile/2819/1825>

Acesso em: 19 de junho de 2014.

_______. O estudo de caso etnográfico em educação. In: ZAGO, N; CARVALHO, M. P;

VILELA, R.A.T. Itinerários de pesquisa: perspectivas qualitativas em sociologia da

educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. p. 137 – 179.

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Educação física na educação infantil de Vitória: uma reflexão sobre as representações observadas no cotidiano

Camila Campos Souza Rios1

Christiane Dessaune Monteiro2 Luis Gustavo Cardoso Sarcinelli3

Maria Júlia Nunes de Britto4 Rodrigo Pimentel de Carvalho Lopes5

Thiago Queiroz Sarnaglia6 Nelson Figueiredo de Andrade Filho7

Introdução

O tema desse estudo emergiu da nossa participação noPrograma Institucional

de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) do curso de licenciatura em Educação Física

do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal do Espírito

Santo (UFES). No PIBID, nos últimos três meses, pudemos realizar observações

cotidianas do trabalho educativo desenvolvido com as crianças em um Centro

Municipal de Educação Infantil de Vitória. Lá começamos a perceber a necessidade de

realizar uma reflexão sobre representações observadas no cotidiano. As

representações que mais nos chamaram a atenção foram infância,Educação Infantil e

Educação Física.

Objetivo

Nosso objetivo é compreender essas representações. Tal compreensão será

significativa para dialogar com os sujeitos envolvidos na ação educativa sobre as

1 Estudante do Curso de Licenciatura em Educação Física, integrante do PIBID/CEFD/UFES.

[email protected] 2 Estudante do Curso de Licenciatura em Educação Física, integrante do PIBID/CEFD/UFES.

[email protected] 3 Estudante do Curso de Licenciatura em Educação Física, integrante do PIBID/CEFD/UFES.

[email protected] 4 Estudante do Curso de Licenciatura em Educação Física, integrante do PIBID/CEFD/UFES.

[email protected] 5 Estudante do Curso de Licenciatura em Educação Física, integrante do PIBID/CEFD/UFES.

[email protected] 6 Estudante do Curso de Licenciatura em Educação Física, integrante do PIBID/CEFD/UFES.

[email protected] 7 Professor do Curso de Licenciatura em Educação Física, coordenador do PIBID/CEFD/UFES

[email protected]

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160

possibilidades de o professor de Educação Física contribuir melhor para o trabalho

pedagógico coletivamente realizado no CMEI.

Metodologia

Como podemos estudar as representações de infância, Educação Infantil e

Educação Física no cotidiano de um CMEI de Vitória. ES? Na investigação dessa

questão temos em mente descrever o modo como a Instituição está organizada, além

de fazer entrevistas e discussões em grupo com os sujeitos escolares envolvidos para

determinar tais representações. Com isso faremos um estudo dialogando com algumas

referências bibliográficas que tratam das representações sociais de infância, Educação

Infantil e Educação Física. Moscovici (2003), Mello (2012) são alguns dos textos que

inicialmente utilizaremos como referência para discutir e interpretar as representações

sociais recolhidas.

Discussões e Resultados

Essa perspectiva de análise é interessante para a investigação do objeto de

estudo por nos permitir compreender que “*...+ a posse do real é uma verdadeira

impossibilidade e a consciência epistemológica desta impossibilidade é uma condição

necessária para entendermos alguma coisa do que se passa no quotidiano.” (PAIS,

2007, p. 30), e, por essa via, insinuar uma compreensão lúcida das representações

emitidas pelos atores adultos envolvidos com o processo de educação das crianças no

CMEI investigado.

Conclusão

Com a investigação esperamos auxiliar a Educação Física no seu trabalho

pedagógico, produzir melhores compreensões para orientar a ação educativa, produzir

conhecimentos úteis para a formação de futuros professores de Educação Física que

vão trabalhar com a Educação Infantil.

Referências MELLO, A. S. et al. Representações sociais sobre a Educação Física na Educação Infantil.

Revista da Educação Física/ UEM, Maringá, v. 23, n. 3, p. 443-455, 3. trim. 2012.

MOSCOVICI, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis:

Vozes, 2003.

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PAIS, J. M. Sociologia da Vida Quotidiana: teorias, métodos e estudos de caso. 3. ed.

Lisboa: ICS, 2007.

Palavras chave: Representações Sociais. Infância. Educação Física. Educação Infantil.

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Educação física na educação infantil: diálogos com a sociologia da infância

Bianca Andreatta Scottá1 André da Silva Mello2

Rodrigo Lema Del Rio Martins3

Introdução

A Educação Infantil tem avançado nas últimas duas décadas no Brasil,

especialmente no que tange a sua universalização, às conquistas no plano legal e as

concepções de infância e de crianças que orientam as práticas pedagógicas nessa

primeira etapa da Educação Básica. Entretanto, no cotidiano das escolas, ainda

prevalecem práticas e representações que concebem as crianças pela sua

negatividade, pelas suas ausências, tornando-as alvos da socialização imposta pelos

adultos, pois elas são consideradas incapazes de pensar e agir sobre si mesmas. No

contexto da Educação Física, foco deste estudo, as intervenções na Educação Infantil

têm se pautado nas perspectivas desenvolvimentistas e psicomotoras, em que o

desenvolvimento infantil é determinado por leis universais, relacionadas pela

maturação biológica do organismo. A fim de superar esses modelos de intervenção, o

Programa Institucional de Bolsa à Iniciação a Docência (Pibid) em Educação Física da

Ufes, tem implementado uma formação de professores pautada na Sociologia da

Infância (SARMENTO, 2008), perspectiva que concebe a criança como “sujeito de

direitos”, produtora de cultura e protagonista dos seus processos de socialização e de

desenvolvimento.

Objetivos

Discutir a intervenção pedagógica da Educação Física na Educação Infantil na

perspectiva da Sociologia da Infância, referencial que orienta as práticas formativas

empreendidas no contexto do Pibid/EF.

Metodologia

Trata-se, portanto, de uma pesquisa bibliográfica, que tem como corpus textos

sobre a Sociologia da Infância, a reformulação das Diretrizes Curriculares para a

Educação Infantil, de 2013, e produções no campo da Educação Física que dialogam

1 Licencianda do curso de Educação Física da Ufes, Proteoria, [email protected].

2 Doutor em Educação Física pela UGF, Ufes, Proteoria, [email protected]

3 Mestrando em EF da Ufes, PMV, Proteoria, [email protected]

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com esses referenciais. Foram analisados 13 textos relacionados à temática em

questão, extraídos de dissertações, livros e artigos científicos.

Resultados e discussão

As análises empreendidas denotam que as crianças não “consomem”

passivamente os bens culturais que lhes são ofertados nas aulas de Educação Física,

pois há uma estética da recepção, em que elas imprimem as suas marcas aos jogos e

brincadeiras trabalhadas em aula. Essa produção cultural se manifesta, sobretudo, em

suas ações corporais, exigindo dos adultos um olhar atento para esse tipo de

linguagem, que revela os anseios, as necessidades e as expectativas das crianças.

Conclusão

Concluímos que esse consumo produtivo das crianças, que evidencia uma

relação tática face as estratégias mobilizadas pelos adultos, precisa ganhar visibilidade

nos currículos prescritos e vivenciados, materializando, dessa forma, práticas

pedagógicas centradas nas racionalidades infantis e nos seus motivos para a ação.

Referências SARMENTO, M. J. Sociologia da infância: correntes e confluências. Petrópolis: Vozes,

2008.

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A relação colaborativa entre o PIBID e a escola na construção do projeto pedagógico da educação física

Mery Ellen França Coelho1

Marina Leone Evangelista Monteiro de Assis2 Márcia das Dores Lauher3

Diego Soares Batista4 Marcos Vinicius Klippel5

André da Silva Mello6

Introdução O Programa Institucional de Bolsa a Iniciação à Docência (Pibid) é uma ação do

Governo Federal centrada na formação de professores, desenvolvido por meio da

parceria entre universidades e escolas da Educação Básica. O Pibid em Educação Física

da Ufes focaliza a formação de professores para a Educação Infantil e têm como

princípios norteadores a centralidade das práticas, a pesquisa como eixo da formação

docente e a relação colaborativa entre a universidade e a escola (ZACCUR; ESTEBAN,

2002). Neste estudo, damos visibilidade a uma ação formativa realizada no Pibid em

Educação Física, que se materializou com base nos pressupostos que orientam o

programa.

Objetivo

Analisar o processo de construção do projeto pedagógico da Educação Física

em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de Vitória, que foi mediado pela

relação colaborativa entre o professor-supervisor e bolsistas participantes do Pibid.

Metodologia

Trata de uma Pesquisa-Ação Colaborativa (IBIAPINA, 2008), cujo foco centra-se

na produção do conhecimento e na formação docente. O corpus da pesquisa é

constituído por seis bolsistas do Pibid e pelo professor-supervisor, que atua no CMEI

1 Licencianda em EF da Ufes, Pibid/EF, [email protected]

2 Licencianda em EF da Ufes, Pibid/EF, [email protected]

3 Licencianda em EF da Ufes, Pibid/EF, [email protected]

4 Licenciando em EF da Ufes, Pibid/EF, [email protected]

5 Mestre em Educação Física pela Ufes, PMV, Proteoria, [email protected]

6 Doutor em Educação Física pela UGF, Ufes, Proteoria, [email protected]

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pesquisado. Os dados foram produzidos pela observação participante, registrada em

diário de campo, e por meio de imagens iconográficas.

Resultados e discussão

O processo de cooperação teve como ponto de partida o projeto institucional

do CMEI, cujo tema é a sustentabilidade. Com base nessa temática, iniciou-se a

construção do projeto “Experiências sociocorporais na natureza: aventuras na

Educação Física”. O objetivo desse projeto é possibilitar às crianças vivências de

atividades de aventura adaptadas para a Educação Infantil, focalizando questões

relativas à sustentabilidade pelo viés ambiental. O projeto da Educação Física foi

desenvolvido em consonância com o projeto institucional, para que os conhecimentos

tratados por esse componente curricular se articule com os saberes de outras áreas

presentes no currículo da Educação Infantil, superando, dessa forma, uma abordagem

fragmentada e disciplinar. Esse modo de operar institui outra racionalidade para a

Educação Infantil, ancorada no diálogo entre diferentes linguagens e conhecimentos

que fazem parte dessa etapa da Educação Básica (SARMENTO, 2008). Foram

empreendidas pesquisas para adaptar as atividades na natureza aos limites e as

possibilidades das crianças pequenas, garantindo a segurança e o protagonismo dos

infantis nas ações mediadas pelo projeto.

Conclusão

A relação colaborativa entre universidade e escola tem se mostrado eficiente

na formação inicial e continuada de professores de Educação Física. A troca de

experiências, mediadas pelas demandas que emergem do cotidiano, constitui

importante canal de mediação para que relações dialógicas e dialéticas sejam

estabelecidas na construção de conhecimentos que respeitem as singularidades das

crianças e das instituições dedicadas à sua educação (MELLO; SANTOS, 2012).

Referências ESTEBAN, M. T.; ZACCUR, E. (Orgs.). Professora-pesquisadora: uma práxis em

construção. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

IBIAPINA, I. M. L. M. Pesquisa Colaborativa: investigação, formação e produção de

conhecimentos. Brasília: Líber Livros, 2008.

MELLO, A. da S.; SANTOS, W. dos (Orgs.). Educação física na educação infantil: práticas

pedagógicas no cotidiano escolar. Curitiba: Editora CRV, 2012.

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SARMENTO, M. J. Sociologia da infância: correntes e confluências. In: SARMENTO, M.

J.; GOUVEA, M. C. S. (0rgs.). Estudos da infância: educação e práticas sociais.

Petrópolis: Vozes, 2008.

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Experiências de práticas avaliativas vivenciadas na educação física escolar: diálogos com os alunos das Universidades Federais

Sayonara Cunha de Paula1

Wagner dos Santos2

Introdução

Maximiano (2013), Santos e Maximiano (2013) buscam compreender como os

discentes, no término da formação inicial do curso de Licenciatura em Educação Física

da Universidade Federal do Espírito Santo, significam suas experiências com a

avaliação na Educação Básica. Dentre diferentes questões, destaque foi dado ao

entendimento de avaliação como sinônimo de nota, realizada na maioria das vezes,

como uma obrigação imposta pela lógica da escola.

Nota-se que a formação inicial vem contribuindo de maneira tímida para se

projetar ações em um movimento/necessidade da avaliação do processo ensino-

aprendizagem na aula de Educação Física, entendendo o exercício da docência como

dimensão central do processo formativo. Com isso, busca-se discutir em que medida a

formação inicial dos futuros professores de Educação Física de quatro Universidades

Federais contribui, ou não, para uma (re)significação das experiências avaliativas

vivenciadas na Educação Básica.

Objetivos

Analisar o modo como os alunos do último período do curso de Licenciatura em

Educação Física de quatro Universidades Federais do Brasil se apropriam do debate

sobre avaliação;

Compreender que perspectivas de avaliação se apresentam nos discursos dos

alunos da formação inicial;

Problematizar as implicações das perspectivas de avaliação anunciada pelos

alunos para a constituição do futuro exercício da docência.

1Graduanda em Educação Física no curso de graduação do Centro de Educação Física e Desportos,

Universidade Federal do Espírito Santo, Proteoria, [email protected]. 2 Doutorado em Educação pela Ufes, Centro de Educação Física e Desportos, Proteoria,

[email protected]

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Metodologia

Consiste em uma pesquisa narrativa (SOUZA, 2006; JOSSO, 2007) como

abordagem teórico-metodológica, que ainda se encontra em andamento. As

instituições participantes seguem os seguintes critérios: a) ser uma Universidade

federal; b) ter em seu currículo uma disciplina específica que trata da avaliação em

Educação Física escolar; c) ter o curso de Licenciatura em Educação Física na

modalidade presencial; e d) manifestar interesse em participar do estudo. Para a

produção das fontes realizaremos em diálogo, um grupo focal e uma entrevista

semiestruturada com os alunos que se encontram no último período da formação

inicial.

Referências MAXIMIANO, F. Autobiografias discentes: narrativas de experiências avaliativas

vivências nas aulas de Educação Física do ensino fundamental, médio e formação

inicial. 2013. Relatório do Programa de Iniciação Científica da UFES, Vitória, 2013.

JOSSO, M. A transformação de si a partir da narração de histórias de vida. Educação,

Porto Alegre, ano 30, n. 3 (63), p. 413-438, set./dez. 2007.

SANTOS, W. dos; MAXIMIANO, F. L. Memórias discentes em Educação Física na

educação básica: práticas avaliativas. Movimento, Porto Alegre, v. 19, n. 02, p. 79-101,

abr./jun. 2013.

SOUZA, E. C. A arte de contar e trocar experiência: reflexões teórico-metodológicas

sobre história de vida em formação. Revista educação em questão, Natal, v. 25, n. 11,

p. 222-39, jan./abr. 2006.

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Avaliação educacional: dialogo sobre avaliação com acadêmicos de educação física

Matheus Lima Frossard1

Wagner dos Santos2

Introdução

A avaliação educacional tem sido objeto de intensos debates no Brasil desde a

década de 1930. Na Educação Física, é possível afirmar que as pesquisas em avaliação

começam a expressar suas reflexões em meados da década de 1970, influenciadas

pelos trabalhos de Bloom, Pophan, Scriven, Stake, Stufflebeam e Tyler. A entrada pela

avaliação possibilita a análise das ações no processo ensino-aprendizado, a

contribuição da Educação Física na escola e as apropriações realizadas pelos discentes

da formação inicial e suas implicações para a prática pedagógica. De maneira mais

ampla, o estudo da avaliação nos leva a discutir o próprio estatuto epistemológico de

que trata a Educação Física na escola.

Objetivos

O estudo será dividido em três capítulos: O primeiro possui como objetivo

mapear a produção acadêmica sobre avaliação educacional no campo da Educação

Física, referentes ao período de 1930-2014 e discutir a especificidade da avaliação na

Educação Física. O segundo tem por objetivo problematizar o papel da formação inicial

na constituição de um corpo de saberes teóricos e práticos que possibilite a produção

de novas leituras sobre as experiências com avaliação. O terceiro capítulo busca

analisar o modo como os alunos do último período do curso de Licenciatura em

Educação Física se apropria do debate sobre avaliação.

Metodologia

A pesquisa compreenderá três capítulos, com referenciais teórico-

metodológicos específicos: o primeiro se configurará como uma pesquisa do tipo

“estado do conhecimento” (ANDRÉ, 2009), em que mapearemos a produção

acadêmica do campo da avaliação educacional.

1 Mestrando em Educação Física, UFES, Proteoria, [email protected].

2 Doutor em Educação Física, UFES, Proteoria, [email protected].

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O segundo e terceiro capitulo caracterizam-se por uma pesquisa narrativa

(JOSSO, 2004) e possui como colaboradores os alunos de seis Universidades Federais

que oferecem o curso de Licenciatura em Educação Física, sendo três no Sudeste e três

na região Nordeste. Utilizaremos como instrumentos para a produção das fontes a

entrevista semiestruturada e o Grupo focal.

Resultados e discussão

Neste primeiro momento de pesquisa mapeamos a produção acadêmica que

discute a avaliação educacional correspondente ao período de 1930-2014. Foram

selecionados 45 artigos, dentre os quais, apenas 11 trazem o debate da avaliação na

formação inicial. Nesse segundo momento de pesquisa visitaremos seis Universidades

Federais a fim de realizarmos as entrevistas e grupos focais com os alunos.

Conclusão

Pretendemos com esse trabalho compreender como se configura o debate de

avaliação no campo da Educação Física escolar e, especificamente nos cursos de

formação inicial nas Universidades Federais Brasileiras. A entrada pela avaliação

possibilita a análise das apropriações (CERTEAU, 1994) realizadas pelos discentes da

formação inicial e suas implicações para a prática pedagógica.

Referências

ANDRÉ, M. A produção acadêmica sobre formação de professores: um estudo

comparativo das dissertações e teses defendidas nos anos 1990 e 2000. Formação

Docente: Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação Docente, v. 1, n. 1, p. 41-56,

ago./dez. 2009.

CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 8 ed. Petrópolis, RJ: Vozes,

1994.

JOSSO, Marie-Christine. Experiências de vida e formação. São Paulo: Cortez, 2004.

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Educação física na educação infantil: uma análise do tempo de ensino da componente curricular em um CMEI de Vitória-ES

Camila Campos Souza Rios1

Luis Gustavo Cardoso Sarcinelli2 Thiago Queiroz Sarnaglia3

Nelson Figueiredo de Andrade Filho4 Introdução

Este tema surgiu das observações que estamos realizando em um Centro

Municipal de Educação Infantil (CMEI) em Vitória, ES. Tais observações concorrem para

nossa formação no Programa de Iniciação à Docência (PIBID) 5 do Centro de Educação

Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). A rotina

atravessa o tempo de aula de Educação Física e isso pode estar tirando a possibilidade

de o professor realizar um trabalho educativo que respeite a criança e promova

experiências de movimento corporal significativas para elas por meio das suas

brincadeiras.

Objetivos

Analisar a estruturação do tempo de trabalho da Educação Física para discutir

se o modo como a dinâmica está acontecendo caracteriza a melhor forma de organizar

o trabalho pedagógico da componente curricular na Educação Infantil.

Metodologia

Observação, registros escritos, registros fotográficos, entrevistas com

professoras e pedagogas do CMEI. A interpretação das informações colhidas ocorrerá

em diálogo com as perspectivas teóricas propostas por Bondioli (2004).

1 Estudante do Curdo de Licenciatura em Educação Física. Bolsista PIBID/CEFD/UFES. E-mail:

[email protected] 2 Estudante do Curdo de Licenciatura em Educação Física. Bolsista PIBID/CEFD/UFES. E-mail;

[email protected] 3 Estudante do Curdo de Licenciatura em Educação Física. Bolsista PIBID/CEFD/UFES. E-mail:

[email protected] 4 Doutor em Educação pela UNICAMP. Professor do DG/CEFD/UFES. Coordenador do PIBID/CEFD/UFES.

E-mail: [email protected] 5 Financiado pela CAPES/MEC/BR.

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Resultados e discussão

Até o momento foi percebido que o professor só consegue aplicar suas práticas

pedagógicas em horários iniciais para grupos com crianças menores. No grupo quatro

ocorre uma espécie de transição dentro do CMEI. As crianças passam a ser mais

autônomas em relação à higiene pessoal e nas atividades pedagógicas gerais. A partir

do G4 parece possível realizar as práticas pedagógicas fora do primeiro horário,

respeitando a dinâmica das experiências de movimento corporal das crianças

estabelecendo melhor os horários entre as refeições.

Conclusão

No CMEI há a preocupação em minimizar as interferências da rotina nas

práticas pedagógicas dos professores. Mas, a educação infantil tem especificidades. A

relação direta com a rotina é uma delas. Nessa investigação queremos compreender

essa influência e discutir melhorias com a comunidade da unidade como superar

determinadas influências para trazer melhores possibilidades ao processo de ensino

com as crianças.

Referências BONDIOLI, A. (Org.). O Tempo no Cotidiano Infantil: perspectivas de pesquisa e estudos

de casos. São Paulo: Cortez, 2004.

Palavras-Chave: Educação Infantil. Educação Física. Tempo. Ensino.

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Reflexões do PIBID: uma análise da prática avaliativa estabelecida na rede municipal de Vitória

Caio Braga Carneiro1

Patrick Gabrielli Alves2 Elisa Bolzani de Amorim3

Wagner dos Santos4

Introdução

Este trabalho procura discutir questionamentos encontrados diante das nossas

ações desenvolvidas no Pibid, estabelecidas com os alunos do 1° ano da “Emef –

Experimental de Vitória (Ufes)”. Ao nos depararmos com o modelo de avaliação

implementado, recentemente, na rede municipal, decidimos discutir as implicações do

seu uso na definição dos saberes a serem ensinados na Educação Física.

Este trabalho se justifica, pois não há estudos, sobretudo no que se refere ao

primeiro ano do primeiro ciclo do ensino fundamental, que abordam a atual prática

avaliativa. Isso porque somente a partir de 6 de fevereiro de 2006 a legislação muda e

a criança que estava na educação infantil é inserida no ensino fundamental (CNE/CEB

4/2008).5

Objetivos

Esta pesquisa tem como objetivo analisar a prática avaliativa aplicada, hoje, no

primeiro ano do primeiro ciclo do ensino fundamental.

Metodologia

Nossa pesquisa é qualitativa, do tipo estudo de caso. O caso que analisaremos é

a implementação de uma prática de avaliação para o primeiro ano do primeiro ciclo do

ensino fundamental no município de Vitória. Essa prática avaliativa é padrão para a

rede municipal e empregada em todas as escolas básicas.

1 Licenciando, Universidade Federal do Espírito Santo, PIBID, [email protected]

2 Licenciando, Universidade Federal do Espírito Santo, PIBID, [email protected]

3 Especialista em educação física para educação básica pela Universidade Federal do Espírito Santo,

professora na prefeitura municipal de Vitória, professora/supervisora do PIBID, [email protected] 4 Professor do departamento de ginástica e do programa de mestrado e doutorado de Educação Física,

Universidade Federal do Espírito Santo, coordenador do PIBID, [email protected] 5 Retirado do Projeto Político Pedagógico da EMEF Escola Experimental de Vitória (UFES).

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Resultados e Discussões

O Sistema de Avaliação Qualitativa/Descritiva extingue o registro por notas

numéricas, passando a verificação de rendimento escolar à luz dos objetivos a serem

alcançados. O método avaliativo atual para esses alunos está baseado em fichas com

apenas duas classificações: a opção de “Objetivo Alcançado” e de “Objetivo Não

Alcançado”.6

O modelo utilizado pela rede municipal está focalizado nos conteúdos e nos

objetivos a serem trabalhados pelos professores. Serve como prescrição do que deve

ser colocado em prática nas aulas de Educação Física. De fato, temos indícios que nos

levam a crer que o modelo está voltado para direcionar a prática do professor. O que é

analisado no final do ano é o trabalho pedagógico do docente e não a avaliação e

percepção do aluno como sujeito nesse processo.

Conclusão

A pesquisa evidencia o interesse da Rede em usar a avaliação como mecanismo

de controle da atuação pedagógica do professor (SACRISTÁN, 1998). Além disso,

segundo Esteban (2002c) e Santos (2005), ao produzir um instrumento fechado que

tem por intenção verificar os objetivos que foram ou não alcançados, desconsidera os

saberes em processo. No campo da temática avaliação, justamente o “ainda não

saber” é o que tem oferecido fundamentos de uma produção teórica, para que a busca

focalize os erros e os acertos, mas principalmente os aprendizados construídos pelos

alunos.

Referências ESTEBAN, Maria Tereza. O que sabe quem erra? Reflexões sobre avaliação e fracasso

escolar. 3. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002c.

SACRISTÁN, Gimeno. A avaliação no ensino: In: SACRISTÁN, Gimeno; GOMEZ, Pérez.

Compreender e transformar o ensino. 4. ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998. Cap. 10, p.

295-351.

SANTOS, Wagner dos. Currículo e avaliação na Educação Física: do mergulho a

intervenção. Vitória: Proteoria, 2005.

6 Retirado do Projeto Político Pedagógico da EMEF Escola Experimental de Vitória (UFES).

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MOSTRA PEDAGÓGICA

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Esportes radicais nas aulas de educação física escolar na educação infantil

Bruno Vasconcellos Silva1

Introdução/justificativa: A Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI),

localizada no bairro Santa Inês em Vila Velha, possui um espaço maravilhoso para

prática de esportes radicais.

A UMEI possui um pátio coberto, um pátio descoberto com areia, outro pátio

descoberto de balanços com areia, um pátio descoberto com playground e um imenso

pátio aberto com várias árvores. Tais espaços possibilitam as práticas dessa proposta

que junto aos alunos podem ser adaptadas nas aulas de Educação Física escolar,

possibilitando aos discentes vivências motoras diversificadas como: “falsa baiana”,

“slackline”, “escaladas”, “surf”, “skate” e tirolesa.

Objetivo Geral: Proporcionar uma aprendizagem interagindo os alunos com o

meio ambiente em que vivem e, ainda, promover práticas motoras diversificadas nas

aulas de Educação Física na UMEI.

Objetivos específicos: ampliar o acervo motor; proporcionar desenvolvimento

das qualidades físicas básicas; proporcionar autonomia motora; valorizar os espaços

naturais para as práticas motoras ao ar livre.

Público alvo: Esse projeto foi desenvolvido ao longo dos dois primeiros meses

do ano letivo com os alunos da turma do infantil 4C, 4D, 5B e 5C do turno vespertino

da UMEI.

Avaliação: Foi considerado satisfatório o envolvimento da maioria dos alunos

das turmas envolvidas, priorizando os pontos fundamentais para que os objetivos

fossem alcançados. Durante o desenvolvimento das práticas corporais foi identificada

uma relativa mudança do educando no que tange a percepção de valorizar o meio

ambiente e os espaços naturais para práticas de esportes radicais adaptados, além da

melhora do repertório motor.

Considerações finais: A nossa proposta foi de levantar possibilidades de

trabalho destas práticas motoras como prática pedagógica, tornando-as um elemento

capaz de potencializar a aprendizagem motora das crianças. Além de proporcionar

novos movimentos adaptando-as para a utilização, com segurança, na EFe na

educação infantil possibilitando uma amplitude das vivências e experiências motoras

nas crianças.

1 Licenciado Pleno em Educação Física, trabalho nas redes municipais de Cariacica e Vila Velha,

[email protected].

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Referências BECKER, H.. Escalada Esportiva. Revista Fator 2, Rio de Janeiro – RJ, Nº 10, p. 9, nov.

2000a.

CÔRTES, R. Escalada Tradicional. Revista Fator 2, Rio de Janeiro -RJ, Nº 10, p.9, nov.

2000.

COSTA, V. L. de M. Esporte de aventura e risco na montanha: uma trajetória de jogo

como limites e incertezas. Rio de Janeiro: UGF,1999. 214p.

COSTA, C. de S. C. Formação profissional no esporte escalada. Rio de Janeiro: UGF,

2004. 133p.

DAFLON, F. Qual é o Seu Estilo? Revista Fator 2, Rio de Janeiro -RJ, Nº 1, p.6, jan.

1998a.

VYGOTSKY, L. S. “O papel do brinquedo no desenvolvimento”. IN: A formação social da

mente. São Paulo: Ícone – Editorada Universidade de São Paulo, 1991.

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Arte e cultura na ONG LBV: contribuições do projeto Fordan/Cefd/Ufes

Karoline Flegler de Souza1 Míriam Rodrigues Rangel Malaquias2

Rosely Silva Pires3 Ariádny Brandão Gomes4 Josiele Soares Ribeiro5

Introdução

A arte tem um papel fundamental na sociedade, o de descortinar a visão, além

de registrar tudo o que já foi e é história. Assim iniciamos a parceria entre arte e o

esporte para apoiar crianças em risco e vulnerabilidade social no abrir os olhos e

possibilitar acessos à cidadania. Esse projeto tem como objetivo apresentar as

contribuições que o Centro de Educação Física da UFES, através do Programa de

Extensão Formação em Dança - FORDAN tem na minha formação enquanto educador,

projeto este desenvolvido nas oficinas de Arte e cultura na instituição “Legião da Boa

Vontade” – LBV, localizada em Vitória-ES. Como licenciada em Artes Visuais pela Ufes,

tenho desenvolvido trabalhos que auxiliam o desenvolvimento processos artísticos

tornando conhecidos os artistas, seus contextos e suas obras.

Contribuições do projeto de formação FORDAN para reflexões sobre a arte e cultura

Ao iniciar cada projeto, estudamos a história da arte, levamos as crianças a

conhecerem os artistas, suas vidas e o período histórico das obras de arte. A formação

promovida pelo FORDAN tem proporcionado o conhecimento da relação entre a arte e

o esporte, de modo a desenvolver práticas artísticas ligadas aos esportes.

Segundo Melo (2007), em seu artigo “esporte e arte: diálogos”, a arte tem valor

fundamental,

Assim sendo, estamos considerando que as obras de arte tanto são portadoras de uma representação sobre o passado quanto desempenharam uma função nesse percurso. Algumas ressalvas, todavia, merecem ser feitas. Nas obras não encontramos uma "reprodução" da realidade, mas um olhar

1 Graduada em Artes visuais – UFES, Educadora social da ONG Legião da Boa Vontade – LBV.

2 Pós graduando em gestão, controle e política social - EMESCAM, Gestora dos Projetos sociais da ONG

Legião da Boa Vontade - LBV, [email protected]. 3 Professora Ms. Rosely Silva Pires, CEFD/UFES (FORDAN/CEFD/UFES).

4 Acadêmico do curso de Educação Física, CEFD/UFES (FORDAN/CEFD/UFES).

5 Acadêmico do curso de Educação Física, CEFD/UFES (FORDAN/CEFD/UFES).

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específico do artista. Assim sendo, devem ser sempre contextualizadas, entendidas no contexto sócio-cultural de sua produção, no âmbito do movimento artístico a qual se filia, inserida no conjunto da história do próprio artista. (MELO, 2007, p.340 )

Com essa visão pode-se absorver conteúdos sobre a arte e cultura de forma

geral, fazendo reflexão sobre a importância dos dois assuntos, que são ferramentas

para o trabalho com crianças em vulnerabilidade e risco social, que é o caso da

instituição LBV.

Conclusão

Concluímos que sem as formações mediadas pelo projeto de extensão Fordan

do Centro de Educação Física e Deportos/UFES, dificilmente essas questões viriam a

tona para enriquecer o trabalho, por isso grande é a importância dos encontros de

formação com os educadores para a reflexão e também reinvenção do cotidiano. Ao

longo desses estudos me interessei por pesquisas nas áreas de Educação Física,

ciências sociais, psicologia e história que de certa forma dialogam com a arte e me

enriquecem enquanto profissional.

Referências MELO.V.A, O Projeto “Esporte E Arte: Diálogos”:A Construção De Um Banco De Dados.

Revista Pensar a prática. Disponível em:

http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/view/1072 > acesso em 11 de julho

de 2014.

RODRIGUES, M.B.F. Metodologia e Pesquisa em Projetos de Intervenção Social: A

experiência capixaba no município de Serra/ES. In: SINAIS - Revista Eletrônica –

Ciências Sociais. Vitória: CCHN, UFES, Edição n.06, v.1, Dez. 2009. pp. 154-178. 160.

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Programa Criança Futuro no Presente: contribuições do Projeto Fordan

Míriam Rodrigues Rangel Malaquias1 Rosely Silva Pires2

Karoline Flegler de Souza3 Gislene Tschaen4

Josiele Soares Ribeiro5

O trabalho visa apresentar sob a perspectiva da gestão a contribuição do

Projeto de Extensão Formação em Dança (FORDAN), desenvolvido pelo Centro de

Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo (CEFD/UFES), para a

formação dos educadores do Programa Criança Futuro no Presente desenvolvido pela

ONG Legião da Boa Vontade (LBV). Para balizar nossa discussão utilizaremos reflexões

dos autores Figueiredo (2010), Rodrigues (2009) Pires (2014). Temos como objetivo

construir um espaço que articule prática e teoria (re) significando saberes e

experiências contribuindo desta forma com a formação dos educadores da LBV.

O Programa Criança Futuro no Presente

Em relação à metodologia do trabalho, as atividades desenvolvidas pela LBV

estão em consonância com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais

atuando com o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Os usuários da

LBV estão inseridos em uma comunidade com alto indice de violêcia e tráfico de

drogas caracterizando situação de vulnerabilidade pessoal e social. Os programas

desenvolvidos pela Instituição são: Cidadão Bebê que atende gestantes

acompanhando-a na gestação e após o parto até a criança completar 1 ano, e Criança

Futuro no Presente que atende a 160 crianças entre 6 e 12 anos. Periodicamente é

realizado um estudo de caso onde participam além dos educadores, a assistente social

e a psicóloga quando são pontuados alguns casos e formas de agir dos profissionais em

relação a esses casos.

1 Pós graduando em gestão, controle e política social - EMESCAM, Gestora dos Projetos sociais da ONG

Legião da Boa Vontade - LBV, [email protected]. 2 Professora Ms. Rosely Silva Pires, CEFD/UFES (FORDAN/CEFD/UFES).

3 Graduada em Artes visuais – UFES, Educadora social da ONG Legião da Boa Vontade – LBV.

4 Acadêmico do curso de Educação Física, CEFD/UFES (FORDAN/CEFD/UFES).

5 Acadêmico do curso de Educação Física, CEFD/UFES (FORDAN/CEFD/UFES).

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A formação com base na perspectiva ação-reflexão-ação

Embora houvesse dentro da proposta da LBV uma tentativa da equipe

pedagógica em entender a subjetividade das crianças atendidas no projeto através dos

estudos de caso, as discussões aconteciam sob a perspectiva prática, focado no

comportamento cotidiano que a criança apresenta, não havia ainda uma dimensão

teórica que permitisse uma ação-reflexão-ação. Neste sentido o projeto de formação

realizado pelo FORDAN tem colaborado com reflexões importantes para a atuação da

equipe, pois é através de sua intervenção que nasce entre os educadores da LBV a

reflexão critica sobre questões como violência (RODRIGUES, 2009), complexidade da

realidade, invisibilidade da infância, dentre outros temas trazidos pelo projeto de

extensão.

Conclusão

O projeto de extensão FORDAN tem sido muito positivo para a LBV, pois

percebemos que os educadores estão conseguindo repensar o processo da violência

dentro de sua prática pedagógica resignificando sua própria experiência de vida e o

seu olhar em relação a criança. Nesta mesma perspectiva acreditamos que para a Ufes

também seja fundamental a participação, tendo em vista que os alunos bolsistas estão

tendo a possibilidade de vivenciar o trato pedagógico iniciando sua jornada

profissional.

Referências

FIGUEIREDO, Zenólia. Experiências profissionais, identidades e formação docente em

educação física. In: Revista Portuguesa de Educação, CIEd - Universidade do Minho

Mar. Braga 2010, v. 23 n.2, pp. 153-171.

PIRES, R; Et.all. PROSADANÇA: O Encontro entre pessoas que dançam para Dançar e

Prosear. In. Anais do V Congresso Internacional de Pedagogia do Esporte – CIPE e o II

Congresso Internacional de Educação Física e Esporte Olímpico. UEM. Maringá – Santa

Catarina. 2014.

RODRIGUES, M.B.F. Metodologia e Pesquisa em Projetos de Intervenção Social: A

experiência capixaba no município de Serra/ES. In: SINAIS - Revista Eletrônica –

Ciências Sociais. Vitória: CCHN, UFES, Edição n.06, v.1, Dez. 2009. pp. 154-178. 160.

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Aprendendo enquanto se ensina: uma experiência com ginástica historiada na educação infantil

Daiane Matheus Pessoa1

Sabrinny Gramilich Rufino2

Este trabalho se baseia em uma experiência com a ginástica historiada durante

a disciplina Estágio Supervisionado da Educação Física na Educação Infantil, do curso

de licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo, realizado

em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) da cidade de Vitória. Objetiva

apresentar e problematizar a experiência desenvolvida no estágio supervisionado com

crianças entre dois e cinco anos de idade por meio da ginástica geral e de atividades

que envolvessem animais. A proposta inicial, feita pela professora regente, foi

adaptada por nós, considerando as possibilidades do trato pedagógico de um mesmo

conteúdo para faixas etárias distintas da Educação Infantil. Tomamos como peças-

chave para o trabalho, as noções de ludicidade, simbolismo e imaginação, entendendo

a importância desses elementos no processo educativo das crianças (KISHIMOTO,

1998). O ponto de partida para as aulas foi a criação de uma história, a que chamamos

“A festa do leão”. Foram utilizados materiais como: cartões com imagens dos animais,

animais de pelúcia, vídeos dos animais na natureza, colchões e cadeiras para realização

de rolamentos, etc. A ideia é que as crianças ouvissem a história e, em seguida,

encenassem, criando os personagens e reconstruindo-a por meio da brincadeira. Os

momentos de aula foram registrados em fotografias e relatórios. Durante o processo,

observamos o aumento do repertório gestual das crianças e explorar movimentos

como: quatro apoios; ponta de pé; rolamento; deslizamento; ritmo; utilização dos

planos alto, médio e baixo; percepção de espaço; saltos e equilíbrio. Ao considerarmos

a importância que o brincar tem para a criança ao envolver o prazer (e o desprazer),

bem como sua importância para o processo educativo, ao interferir na maneira como

as crianças apreendem o mundo (KISHIMOTO, 1998), notamos que as habilidades se

desenvolviam naturalmente. Ressaltamos, nessa experiência, a necessidade de as

crianças participarem da construção da aula, pois se a proposta parte de sua

capacidade lúdica, é preciso compreender que vem delas a inventividade que dá

sentido ao processo educativo. Destacamos, também, a importância da busca de

alternativas para envolver os alunos, com base na produção de artefatos que

componham a aula ou de recursos como vídeos e brinquedos que contribuam para o

despertar da imaginação das crianças. Concluímos que as dificuldades de trabalhar 1 Estudante do CEFD/UFES, PID, e-mail: [email protected].

2 Estudante do CEFD/UFES, PET/Educação Física, e-mail: [email protected].

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com certos conteúdos na Educação Infantil relacionam-se com o medo de tentar. As

crianças também são produtoras de conhecimento e isso abre um universo de

possibilidades educativas, de modo que, como sujeitos das aulas elas experimentem o

prazer, a fantasia, a possibilidade de se transformar em outro personagem. Como

professoras em formação, a experimentação da escola proporcionada pelo estágio na

Educação Infantil e os desafios que ela representa, constituem uma experiência que

nos transforma e nos inspira nos caminhos da docência.

Referência

KISHIMOTO, T. M. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 1998.

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A cultura corporal como forma de reconhecimento da cultura afro brasileira: uma relato de experiência no ensino fundamental I na Serra-ES

Profª Ms. Juliana Moreira da Costa1

Profª Fernanda Ignácio Gomes de Jesus2 Profª Nelci Ferreira de Oliveira Carvalho3

Introdução

O presente texto refere-se a um relato de experiência de um trabalho realizado

na disciplina de Educação Física em uma escola de Ensino Fundamental da prefeitura

da Serra-ES.

Objetivos

Este trabalho teve como objetivo fomentar o conhecimento sobre a cultura

afro brasileira com os alunos a partir da criação de uma obra artística, no caso, o teatro

e a dança.

Metodologia

O trabalho foi realizado de forma interdisciplinar, onde foram abordados

conteúdos referentes à cultura afro descendente nas aulas como danças, religiões,

músicas e heróis negros. Estas se deram por meio de exibição de filmes, vídeos,

músicas, além de atividades envolvendo interpretação e produção de texto, desenhos,

pinturas, recortes e colagens. Nas aulas de História, Português, Artes e Educação Física

foram trabalhados também jogos e brincadeiras que envolviam personagens da

história negra e atividades rítmicas e expressivas.

Resultados e discussão

A ideia partiu de alguns anseios dos próprios alunos que, ao ter contato com a

capoeira como conteúdo da Educação Física, se demonstraram muito interessados em

aprofundar o assunto. Um dos motivos importantes para a realização desse projeto é

da inserção da História e Cultura Afro-Brasileira no contexto escolar, considerando o

1 Mestre em Educação Física, Prefeitura Municipal da Serra-ES e Faculdade Católica Salesiana do Espírito

Santo, NEPEFIL-UFES, [email protected]. 2 Professora generalista, Prefeitura Municipal da Serra-ES,

[email protected]. 3 Professora de Artes, Prefeitura Municipal da Serra- ES.

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que estabelece a Lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino da História e Cultura

Afro-Brasileira nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio, como sugere

Goellner (2010) ao discutir que a diversidade deve ser uma característica a ser

reconhecida, valorizada e respeitada na escola. Assim como é inegável a importância

de se trabalhar esse tema em uma escola pública onde uma grande parte dos alunos é

composta por negros e não se identificam com a cultura Afro brasileira. Outro aspecto

importante é que ao trabalhar de forma interdisciplinar eles construíram um

conhecimento acerca da cultura afro brasileira. Isso ocorreu na medida em que eles

foram se identificando com a história, com os personagens ali colocados e com a

cultura corporal.

Conclusão

O trabalho resultou em uma peça teatral onde os alunos atuaram, dançaram e

jogaram capoeira. Foi apresentada na mostra cultural da rede municipal da Serra-ES

que foi realizada em um cerimonial em 2013. A experiência foi muito significativa não

só para os professores envolvidos como para os alunos que se sentiram muito

importantes, se apropriaram de alguns elementos da cultura afro brasileira e que

demostravam em sua empolgação e brilho nos olhos que aquela experiência será

guardada para a vida toda.

Referências BRASIL, Diretrizes Curriculares nacionais para a educação das relações Étnicos Raciais

e para o ensino de história e cultura Afro Brasileira. Brasília, DF, 2005.

GOELLNER, S.V. A educação dos corpos, dos gêneros e das sexualidades e o

reconhecimento da diversidade. Caderno de formação RBCE. Campinas: CBCE e

Autores associados, 2010.

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A participação da educação física na educação infantil de Vila Velha

Suzana Pacifico Rosa1 Nelson Figueiredo de Andrade Filho2

Introdução

A ideia desse estudo surge a partir da nossa inquietação sobre a precarização e

a desvalorização do professor de Educação Física na Educação Infantil.

Compreendemos que neste nível de ensino as experiências de movimento corporal,

estão bem presentes. Frente a essas percepções passamos a aguçar o interesse e

curiosidade em compreender melhor como é a participação da Educação Física no

currículo da Educação Infantil do município de Vila Velha.

Objetivos

Objetivamos trazer a temática para ser discutida no meio acadêmico, no

sentido de que assim procedendo possamos conhecer e reconhecer a situação da

Educação Infantil e da Educação Física neste município.

Metodologia

Esta é uma pesquisa de campo de caráter qualitativo, as fontes de informações

são os documentos oficiais, entrevistas, observações de aulas de Educação Física e

uma revisão bibliográfica sobre a temática.

Resultados e discussão

Após os procedimentos metodológicos, percebemos que há uma divergência

no entendimento e na interpretação dos sentidos da componente curricular Educação

Física. Na Proposta Curricular de Vila Velha, a Educação Física se apresenta como uma

componente que trabalha em uma perspectiva histórico-cultural. A coordenadora da

Educação Infantil reforça os sentidos da componente curricular Educação Física com

base nos documentos oficiais de Vila Velha. Nas UMEI existem três sentidos para esta

componente curricular, o primeiro é defendido pela professora de Educação Física, 1 Graduanda do curso de Licenciatura em Educação Física pelo Centro de Educação Física e Desportos da

Universidade Federal do Espírito Santo, pesquisadora do Grupo Práxis/Cria (CEFD/UFES). [email protected] 2 Prof. do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo,

pesquisador do Grupo Práxis/Cria (CEFD/UFES). [email protected]

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esta relacionado ao que dizem os documentos norteadores. Outro é dado pelas

professoras regentes, que estão mais interessadas no momento do seu planejamento.

Por fim, o sentido dado pelas crianças, mostra que a presença desta componente

curricular está ligada ao seu momento de experienciar e se expressar, pois neste

momento elas têm a possibilidade de verdadeiramente serem crianças.

Conclusão

Diante das informações obtidas neste trabalho entendemos que a participação

da Educação Física nesta etapa da Educação Básica tem características peculiares à

infância, desta forma, o processo ensino-aprendizagem da Educação Física na

Educação Infantil oferece possibilidades para que as crianças possam refletir de forma

autônoma sobre as suas experiências de movimentos corporais.

Referências ANDRADE FILHO, N. F. Ensino da educação física na educação infantil, Vitória: UFES,

2011. BRASIL.

Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para Educação

Infantil. V. 1-3, Brasília: MEC/SEF, 1998.

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A experiência do ensino do futebol nas dimensões conceitual, procedimental e atitudinal

Gabriel S. Souza1

Leda D. Rogge2 Pollyane R. Queiroz3

Mariana Pozzatti4 Introdução

A aproximação com referenciais teóricos e com a escola reforça que a prática

da Educação Física precisa ir além da reprodução de manifestações esportivas, muitas

vezes, incorporadas ao sistema educacional.

Refletindo sobre a necessidade de superar a ideia de disciplina que alimenta a

indústria esportiva, sem fazer sentido para a formação do cidadão, essa pesquisa se

concretizou em intervenções, levantamento bibliográfico e análise de dados, tendo

como foco a possibilidade de ensinar o futebol no ambiente escolar abrangendo a

dimensão conceitual, atitudinal e procedimental do conhecimento (BARROSO;

DARIDO, 2009).

Objetivos

Objetivou verificar como o conteúdo futebol pode ser ensinado na escola

dentro do contexto das três dimensões do ensino (Conceitual, Procedimental e

Atitudinal), buscando realizar intervenções fundamentadas na concepção Crítico-

Emancipatória (KUNZ, 2001).

Metodologia

Trata-se de uma pesquisa de campo, cujo objetivo é investigar conhecimentos

sobre um problema, para qual se procura uma resposta ou a confirmação de uma

hipótese (MARCONI; LAKATOS, 2003), em um local específico (EEEFM “Graça Aranha”

do município de Santa Maria de Jetibá/ES). As intervenções foram acompanhadas da

realização da coleta de dados na produção de diário de campo elaborado junto aos

planos e relatórios de aulas. 1 Discente do Curso de Licenciatura em Educação Física da Esfa. E-mail: [email protected]

2 Discente do Curso de Licenciatura em Educação Física da Esfa. E-mail: [email protected]

3 Discente do Curso de Licenciatura em Educação Física da Esfa. E-mail: [email protected]

4 Professora do Curso de Educação Física da Esfa, Mestre em Educação Física (Cefd/Ufes), Pesquisadora

do Proteoria. E-mail: [email protected].

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Resultado e discussão

Para os alunos, as aulas de educação física estavam diretamente ligadas à

prática esportiva. Notamos o desinteresse às propostas que diziam respeito aos eixos

conceitual e atitudinal, uma vez que, a disciplina está impregnada de uma priorização

dos conteúdos procedimentais. A proposta foi ganhando espaço, porém, foi difícil

vencer algumas práticas institucionalizadas.

Conclusões

Vimos que o esporte como conteúdo pedagógico, vem sofrendo transformação

na sua maneira de ensino nas escolas, mas ainda é evidente a influência de

manifestações esportivas nesse processo. Percebemos que é possível transformar o

ensino, porém, essa ação demanda esforços dos mais variados.

Referências BARROSO, A. L. R.; DARIDO, S. C. A pedagogia do esporte e as dimensões dos

conteúdos: conceitual, procedimental e atitudinal. Revista da Educação Física/UEM,

Maringá, 2009.

KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. 7. ed. Ijuí: Unijuí, 2001.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São

Paulo: ATLAS, 2003.

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Gincana recreativa na escola

Bruno Vasconcellos Silva1

Introdução: A gincana foi desenvolvida na semana da criança do ano de 2013,

numa Escola Municipal de Ensino Fundamental, situada em Cariacica, no turno

matutino com as três turmas de 5º anos com as colaborações das professoras

regentes, coordenadas pelo professor de Educação Física (EF).

Justificativa: Resgatar e transmitir jogos e brincadeiras como um conhecimento

da cultura corporal, construído sócio-historicamente, pois são conteúdos de

fundamental importância da Educação Física escolar (EFe), bem como superar a ideia

dos jogos e brincadeiras como uma condição para o aprendizado do esporte e, ainda,

desenvolver uma relação de alegria e prazer da criança com a escola.

Objetivo Geral: Resgatar jogos e brincadeiras através da gincana recreativa.

Além de buscar pedagogicamente a identidade da escola, valorizar o aluno em seus

aspectos intelectuais, históricos, culturais e artísticos. Despertar nos alunos a

importância dos colegas, da integração entre alunos, professores e funcionários e os

princípios inerentes à formação do ser humano.

Metodologia/desenvolvimento: O professor de EF foi o responsável pela

elaboração das tarefas com auxilio da equipe constituída por membros da direção,

coordenação pedagógica, professores e funcionários.

Com intuito de melhor organizar os alunos e, sobretudo, garantir a participação

de todos na gincana as professoras de cada turma receberam, com antecedência, um

cronograma descrevendo as atividades e uma ficha de inscrição para preencher os

nomes dos alunos em cada atividade proposta.

Avaliação: Foi considerado satisfatório o envolvimento de todos docentes,

coordenação pedagógica, direção e discentes, priorizando os pontos fundamentais

para que os objetivos sejam alcançados. Perceberam-se durante o desenvolvimento da

gincana relativas mudanças do educando, que é a percepção dos valores morais e

éticos, o exercício da cidadania, solidariedade e cooperação.

Referências CARVALHO, Nazaré Cristina. Lúdico: sujeito proibido de entrar na escola.

Motrivivência, Florianópolis, Ano VII, nº8, p.300-307, 1996.

1 Licenciado Pleno em Educação Física, docente das redes municipais de Cariacica e Vila Velha,

[email protected]

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COLETIVO DE AUTORES. Metodologia de Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez,

1992.

COUTNHO, Analice. Brinquedos, jogos e brincadeiras: interações e intervenções

culturais. VIII ENCONTRO FLUMINENSE DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 2004, Niterói.

Anais... Niterói: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, Departamento de Educação

Física e Desporto, 2004.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida, (org). Jogo Brinquedo, Brincadeira e a Educação. São

Paulo. Cortez, 1996.

PINTO, Leila Mirtes Santos de Magalhães. Sentidos do jogo na educação física escolar.

Motrivivência, Florianópolis, Ano VII, nº8, p.95-108, 1996.

Page 197: ISBN: 978-85-67757-04-9 XIII CONESEF - virtuallivros.com.br · Profa. Dra. Maria das Graças Carvalho Silva de Sá Depto. Ginástica CEFD/UFES ... Ms. Lidiane Picoli Lima Liliane

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GT: FORMAÇÃO PROFISSIONAL E MUNDO DO TRABALHO

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COMUNICAÇÃO ORAL

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Diretrizes curriculares para a formação profissional em educação física: imposição ou interpretação?

Cláudia Aleixo Alves1

Zenólia Christina Campos Figueiredo2

Introdução

Desde que as diretrizes curriculares instituíram percursos diferentes para a

formação do licenciado e do bacharel, os currículos dos cursos de educação física

passaram a ser reformulados. Diante dessa reforma, muitos professores, estudantes e

pesquisadores passaram a manifestar suas opiniões. Em meio àqueles que criticam

essa nova reconfiguração curricular, o currículo é muitas vezes tratado nesse debate

como um elemento estático que apenas absorve as demandas legais.

Objetivos

Este estudo busca compreender a influência que as diretrizes curriculares

exercem sobre os currículos no momento em que estes passaram a ser reformulados

Metodologia

Utilizamos a análise documental do Projeto Pedagógico do curso de

Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Para tal, utilizamos os estudos de Orlandi (2012) para qual o texto não é um

documento que ilustra uma ideia pré-concebida possibilitando, dessa forma,

diferentes interpretações.

Resultados e discussão

Os resultados indicam que as Diretrizes Curriculares foram levadas em

consideração, porém, estas, não podem ser apontadas como uma forma de imposição,

pois como afirma Paraskeva (2008), tanto as diretrizes como os currículos são

entendidos como documentos que permitem múltiplas leituras. Esse entendimento se

revela em diferentes partes do documento curricular tais como: a) a utilização de 1 Douotranda em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo,

[email protected] 2 Professora Doutora Associada da Universidade Federal do Espírito Santo, Coordenadora do Práxis - Centro de Pesquisa de Formação Inicial e Continuada em Educação Física, [email protected].

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200

outras referências para a elaboração do currículo como sugestões dos professores do

curso, produção teórica da área e herança da tradição e da história de formação

desenvolvida pela Instituição de Ensino; b) a manutenção da autonomia da Escola de

Educação Física nas diversas maneiras de organização dos tempos para a realização

das atividades acadêmicas, porque, além da forma que a UFMG vem organizando a

distribuição das atividades acadêmicas em semestres letivos, há possibilidade de

outras formas de organização desses tempos serem adotadas a partir da proposição

dos docentes e dos departamentos, mediante autorização do colegiado; c) o

entendimento do currículo como um percurso que possibilita diferentes trajetórias; d)

a possibilidade do colegiado de curso aprovar, extinguir e criar áreas conexas para a

formação complementar.

Conclusão

Concluímos dessa investigação, que as diretrizes curriculares não foram

tomadas como uma “camisa de forças” pelo documento curricular investigado, pois

entendemos que o currículo ao ser elaborado e executado por pessoas, oferece além

da possibilidade de interpretação, a possibilidade da autonomia do professor quando

na realização do currículo vivido, no currículo que acontece no dia a dia de uma

instituição de ensino.

Referências ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 10. ed. Campinas:

Pontes Editores, 2012.

PARASKEVA, J. M. Currículo como prática (regulada) de significações. In: _______. (Org.).

Educação e poder: abordagens críticas e pós-estruturais. Porto: Edições Pedago. 2008. p.

135-168.

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A relação entre teoria e prática na formação e no trabalho docente: a pesquisa como solução?

Marluza Secchin Malacarne1

Sandra Soares Della Fonte (Orientadora)2

Esta investigação tem como temática a relação entre teoria e prática na

formação e no trabalho docente. A atividade da pesquisa na escola básica atravessa

essa discussão, por ser vista por grande parte da literatura acadêmica (incorporada até

mesmo nos discursos da legislação oficial) como uma estratégia formativa que

possibilitaria a melhor articulação entre teoria e prática na formação e no trabalho

docente. Desta forma, elegemos como objeto de investigação a seguinte questão:

como os professores de Educação Física que atuam na rede municipal de Serra (ES)

concebem e realizam a atividade de pesquisa em seu trabalho? Qual relação entre

teoria e prática embasa essa compreensão? Para enfrentar essa indagação, dados

foram coletados por meio de questionário e entrevista e apreciados pela técnica de

análise de conteúdo. A pesquisa recorre, ainda, aos escritos marxianos (1987, 2010,

2013), com especial destaque para as explicações referentes à constituição ontológica

do ser social e aos pressupostos do método do materialismo histórico e dialético,

como também, às formulações de vida cotidiana e não cotidiana da filósofa Agnes

Heller (1977, 2008). Na perspectiva marxista a relação entre teoria e prática é

entendida como unidade e não identidade. Apesar da indissociabilidade não há uma

simultaneidade entre esses polos, ao contrário, possuem ritmos diferentes e uma

dimensão não se aprisiona à outra. Assim, a relação entre teoria e prática não se dá de

forma imediata. A atividade da pesquisa é compreendida como uma busca não

cotidiana que surge da necessidade do homem conhecer a realidade para além da

aparência. De posse do conhecimento mais avançado sobre o objeto investigado o

pesquisador tem como objetivo fazer avançar o conhecimento, de forma a propiciar ao

homem uma ação mais consciente. Os dados indicam que os professores reconhecidos

pelos seus pares como pesquisadores realizam pesquisas quando se envolvem com

cursos de pós-graduação. Essas investigações abordam temas variados e não se

restringem à prática pedagógica. Apesar de os sujeitos entrevistados afirmarem que

existe uma forma específica de pesquisa na escola (vinculada a problemas imediatos,

1 Mestre em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo, professora da rede de ensino

municipal de Serra e Vitória (ES). E-mail: [email protected] 2 Doutora em Educação e professora da Universidade Federal do Espírito Santo, membro do grupo de

Estudos Marxistas em Educação e do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Educação e Filosofia (Ufes). E-mail: [email protected]

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sem referencial teórico e sistematização), eles próprios oferecem indícios de que esse

tipo de pesquisa não se sustenta, tendo em vista, em especial, as exigências do

pesquisar (tempo e distanciamento) e a precarização de suas condições de trabalho.

Em geral, os professores defendem uma relação articulada entre teoria e prática,

porém essa compreensão coexiste com momentos de elogio ao potencial catártico da

teoria e confusões que tendem a fundir ou a diluir a teoria à prática imediata.

Evidencia-se, assim, que a vida escolar cotidiana se move por uma contradição

fundamental: nela residem tanto os germens da realização de pesquisas educacionais

como os riscos de negação de atitudes investigativas, isto é, do esvaziamento das

pesquisas educacionais à dimensão dos problemas da prática pedagógica imediata.

Referências

HELLER, Agnes. O cotidiano e a história. São Paulo: Paz e Terra, 2008.

______. Sociología de la vida cotidiana. Barcelona: Península, 1977.

MARX, Karl. Introdução [à crítica da economia política]. Coleção Os pensadores. 4. ed.

São Paulo: Nova Cultural, 1987.

______. Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. 4. ed. São Paulo: Boitempo, 2010.

______. XI Teses sobre Feuerbach (1845). Disponível em:

<http://neppec.fe.ufg.br/uploads/4/original_feuerbach.pdf>. Acesso em: 10 mar.

2013.

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Da formação inicial em educação física: (re) significações das experiências avaliativas

Francine de Lima Maximaino1

Wagner dos Santos2 Introdução

Por que avaliamos? Qual o sentido da avaliação educacional? Essas questões

suscitam aspectos centrais sobre a finalidade da avaliação no contexto educacional.

Assim como nas disciplinas que compõem o currículo escolar, na Educação Física esse

é um importante tema em discussão. Contudo, como essas questões têm sido

enfrentadas na formação Inicial?3

Objetivos Compreender o modo como os alunos do último período do curso de

Licenciatura do Cefd/Ufes (re) significam as suas experiências com a atuação

vivenciada na formação inicial.

Metodologia

A abordagem teórico-metodológica utilizada é a narrativa (Certeau, 1994).

Apresentamos as experiências avaliativas de dez alunos do oitavo período do Curso de

Licenciatura em Educação Física da Ufes. Foram utilizadas três fontes na produção dos

dados: os portifólios, o grupo focal e a entrevista individual semiestruturada.

Resultados e discussão

De maneira geral, os discentes questionam as disciplinas que têm por objetivo

discutir os elementos que configuram os processos de avaliação desarticulados das

11

Graduada em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo e Mestranda pelo Programa

de Pós- Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo. Membro do Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (Proteoria). Contato: [email protected]. 2 Doutor em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo, Professor do Programa de Pós-

Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo e Pesquisador do Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (Proteoria). Contato: [email protected]. 3 Este trabalho é financiado pelo Edital Universal MCTI/CNPq nº 14/2013, sob o nº do processo:

481424/2013-0.

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práticas pedagógicas em Educação Física, fortalecendo o papel das que potencializam

o formar o professor no exercício da própria atuação.

Conclusão

Os discentes dão significados ao modo como são avaliados a partir de seu olhar

como aluno de formação inicial, utilizando-se dos mesmos critérios avaliativos da

Educação Básica. Além disso, é necessário que a formação inicial ofereça disciplinas

que deem visibilidade à avaliação na Educação Física, levando em consideração sua

especificidade como componente curricular. Faz-se necessário o desenvolvimento de

pesquisas a fim evidenciar às práticas avaliativas realizadas durante a formação inicial,

na formação continuada e atuação docente.

Referências CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 8. ed. Petrópolis, RJ:

Vozes, 1994.

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O estágio e a formação inicial de professores: o hip hop como conteúdo escolar

Anna Karolina Dupphi1

Letícia Sant’Ana Reis2 Maique Vinicius Riguete Ribeiro3

Kezia Rodrigues Nunes4 Introdução

Narra experiências de formação docente de estagiários e sua professora da

disciplina Estágio Supervisionado, vividas no segundo semestre letivo de 2013 na EMEF

"Eber Louzada Zippinotti", em Vitória/ES. Trata das atividades de observação,

planejamento e intervenção, realizadas em nove semanas, às quintas-feiras, com a

turma do 9º ano (28 alunos), com o conteúdo Hip Hop (Grafite e Break).

Objetivos

Consiste em discutir, problematizar e produzir experiências de formação

docente, tendo como contexto o Estágio Supervisionado nas séries finais do Ensino

Fundamental e as demais disciplinas do sexto período do curso de licenciatura em

Educação Física.

Metodologia

Utiliza as narrativas de formação (VENTORIM et al, 2011), que trata de um

modo de narrar e compartilhar coletivamente as experiências significativas que nos

constituem como professores. A experiência, ao modo de Larrosa (2002), se destaca

como elemento transformador da docência e motivador da narrativa. Considera o

intercâmbio de saberes produzidos pelos autores nas aulas e nos diários de campo;

bem como as avaliações dos alunos da escola a respeito das intervenções do estágio.

Vale-se das contribuições de Magro (2002) e Souza (2004) sobre o Hip Hop e a dança

na escola.

1 Acadêmica do curso de licenciatura em Educação Física, Ufes, [email protected]

2 Acadêmica do curso de licenciatura em Educação Física, Ufes [email protected]

3 Acadêmico do curso de licenciatura em Educação Física, Ufes, [email protected]

4 Doutora em Educação, Professora do Centro de Educação/Ufes, Membro do Proteoria e do Nupec3,

[email protected]

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206

Resultados e discussão

No trabalho com Grafite, potencializamos debates com os alunos envolvendo

os seguintes temas: violências, bullying, família, trabalho, cultura. Identificamos um

caso de gravidez na adolescência e de bullying. Nas pinturas dos alunos, houve grande

expressividade em alusão a política, corrupção e amor. Como limitador para um

trabalho com profundidade destacamos o curto período de realização do estágio e a

nossa falta de experiência técnica e teórica. No trabalho com o Break, notamos que a

dança, nesse nível de ensino, ainda consiste em um conteúdo desafiador uma vez que

houve resistência por parte dos alunos. Em pequenos períodos, toda a turma dançou,

acompanhando a orientação da professora quanto aos passos.

Conclusão

O trabalho com conteúdos pouco tradicionais foi desafiador e tratou-se de uma

oportunidade de ampliação de conhecimentos técnicos e teóricos para todos. O Hip

Hop compreendido como movimento da cultura juvenil (MAGRO, 2002) tratou-se de

uma experiência de desenvolvimento de nossas potencialidades de movimento e

conhecimento de forma democrática e não seletiva.

Referências LARROSA, J. Notas sobre, a experiência e o saber da experiência. Revista Brasileira de

Educação, Campinas, n. 19, p. 20-28, jan./abr. 2002.

MAGRO, V. Adolescentes como autores de si próprios: cotidiano, educação e o hip

hop. Cad. Cedes, Campinas, v. 22, n. 57, Ago. 2002.

SOUZA, M. I. G. . Arte, Cultura e Sociedade: Uma rede intrigante para algumas

reflexões sobre a Dança. In: VIII EnFEFE, 2004, Niterói. VIII EnFEFE - Universidade

Federal Fluminense, 2004.

VENTORIM, S; Nascimento, A.C.S.; NUNES, K.R.; SANTOS, W. Estágio Supervisionado 1.

1. ed. Vitória: UFES/NEAD, 2011.

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207

Percepção dos acadêmicos do curso de licenciatura em educação física sobre sua experiência de formação no LAEFA

José Francisco Chicon1 Ludmila Lima Peterle2

Maria das Graças Carvalho Silva de Sá3

Introdução Alguns estudos da área educacional (CHICON, 2005; JESUS, 2006) revelam que os

professores de educação física, de maneira geral, não se sentem capacitados para

receber um aluno com deficiência, apesar de acreditarem nos méritos da inclusão e

evidenciaram que a falta de preparo se torna um empecilho para que haja ações

pedagógicas mais condizentes com os fundamentos de uma educação inclusiva. Uma

forma de atender a esse alerta, que perpassa por todo o sistema de ensino, é o

investimento na formação do professor, oportunizando o aprimoramento de sua

prática.

Objetivo

A pesquisa objetiva identificar e analisar a percepção dos acadêmicos do Curso

de Licenciatura em Educação Física, sobre sua experiência de formação no

atendimento a duas turmas inclusivas, de crianças que apresentam deficiência

(intelectual, física e autismo), interagindo no mesmo espaço-tempo com crianças que

não apresentam deficiências.

Metodologia

O estudo se configura numa pesquisa qualitativa de caráter descritivo. Os

participantes do estudo foram 12 acadêmicos do curso de Licenciatura em Educação

Física da UFES. Os dados para análise foram coletados sob duas formas: 1) texto

elaborado pelos participantes sobre a experiência de formação no Laefa: jogo,

mediação e inclusão e 2) entrevista semiestruturada.

1 Professor doutor do departamento de ginástica do Centro de Educação Física e Desportos da UFES,

Laefa, [email protected] 2 Bolsista Fapes. Graduada do curso de Licenciatura em Educação física do Centro de Educação Física e

Desportos da UFES, Laefa, [email protected] 3 Professora doutora do departamento de ginástica do Centro de Educação Física e Desportos da UFES,

Laefa, [email protected]

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Resultados e Discussão

A partir dos dados analisados elencamos duas categorias: “planejamento

coletivo/colaborativo” no qual destacamos que na estruturação do planejamento

realizado dessa forma, é importante a ação conjunta de todos os membros, de forma a

ampliar os recursos pedagógicos e enaltecer a habilidade e conhecimento de cada um,

em prol de um objetivo comum, a educação inclusiva de todas as crianças. Os sujeitos

da pesquisa nos revelaram que essa forma de organização enriqueceu a experiência

formativa da equipe, trazendo resultados interessantes na materialização do

planejamento com os alunos nas turmas inclusivas. E também, a categoria “relação

teoria/prática” que nos mostrou a importância do grupo de estudos desenvolvidos no

Laefa durante o processo de intervenção, com discussões relacionadas com o eixo:

jogo, mediação pedagógica e inclusão, pois nesse momento os participantes tiveram a

chance de aprender por meio da leitura/vídeo e na interação com o outro.

Conclusão

Os dados anunciaram a importância da experiência vivida no Laefa, enquanto

uma ferramenta potencializadora de formação inicial na perspectiva inclusiva. Com

relação às duas categorias destacadas, a primeira referente ao “planejamento

coletivo/colaborativo” evidenciou o quanto o diálogo e a troca de experiência são

enaltecidos, e funcionou de forma a enriquecer a experiência formativa da equipe.

Com relação a segunda categoria “relação teoria/prática”, pudemos inferir o quanto o

grupo de estudo contribuiu para a equipe, na medida em que forneceu ferramentas

teórico-práticas que serviram de suporte para fundamentar a ação docente.

Referências CHICON, José Francisco. Inclusão na Educação Física escolar: construindo caminhos.

432 f. 2005. Tese (Doutorado em Educação) — Programa de Pós-Graduação em

Educação, Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo (FEUSP), São Paulo,

2005.

JESUS, Denise Meyrelles de. Inclusão escolar, formação continuada e pesquisa-ação

colaborativa. In: BAPTISTA, Claudio Roberto (Org.). Inclusão e escolarização: múltiplas

perspectivas. Porto Alegre: Mediação, 2006. p. 95-106.

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A disciplina de estágio supervisionado na formação inicial em educação física na ESFA

Brenda Dadalto Andrade1

Vinicius Luis de Almeida Prata2

O Estágio Supervisionado está presente em quatro semestres da grade

curricular dos licenciandos em Educação Física, porém, nosso envolvimento acadêmico

aponta que alguns estudantes negligenciam essa etapa/fase do processo de formação,

ao contrário de outros, que entendem a sua importância e com isto aprofundam seu

interesse de desenvolvimento deste processo. Essa realidade nos levou a buscar

compreender como o Estágio Supervisionado acontece na Escola Superior São

Francisco de Assis -ESFA.

Caracteriza-se como pesquisa documental, pois os documentos disponíveis na

fonte de coleta de dados são planos de ensino, planos de aula e relatórios das

intervenções dos estágios supervisionados desenvolvidos pelos acadêmicos do curso

de licenciatura em Educação Física da ESFA, durante o primeiro e segundo semestre

seletivo de 2013.

Quanto aos procedimentos técnicos utilizados, trabalhamos com levantamento

de dados na Plataforma Moodle, que é o espaço utilizado pela instituição para que

haja o controle das atividades do Estágio Supervisionado.

A resolução CNE/CP 02/2002 do MEC trata o Estágio Supervisionado como uma

prática obrigatória para que o futuro profissional exerça seu trabalho. O Estágio

Supervisionado não compõe as grades curriculares de licenciatura apenas pelo simples

fato dos acadêmicos terem uma preocupação a mais para conseguirem nota para

passar no semestre. Ele está lá, pois tem primordial importância na formação

acadêmica e futura atuação profissional.

Sendo assim, o estágio trabalha com aspectos imprescindíveis para formação

docente de um acadêmico, mostrando uma identificação com o que é ser professor.

Pimenta e Lima (2009, p. 62) reforçam ainda mais esta ideia quando dizem que “*...+ é

no processo de sua formação que são consolidados as opções e intenções da profissão

que o curso propõe legitimar”.

Nossa análise foi dividida em quatro etapas, que representam os quatro

estágios supervisionados analisados.

1 Acadêmica do 7º período de Educação Física, na Escola Superior São Francisco de Assis – ESFA.

E-mail: [email protected] 2 Acadêmico do 7º período de Educação Física, na Escola Superior São Francisco de Assis – ESFA.

E-mail: [email protected]

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A quantidade de grupos analisados para a coleta do Estágio Supervisionado I

(Educação Física na Educação Infantil) foram 08 grupos; no Estágio Supervisionado II

(Educação Física nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental), foram 13 grupos; no

Estágio Supervisionado III (Educação Física nas Séries Finais do Ensino Fundamental),

foram também 13 grupos e no Estágio Supervisionado IV (Educação Física no Ensino

Médio e Educação de Jovens e Adultos) foram 07 grupos, totalizando 41 grupos.

Ao lermos os resultados desta pesquisa é possível visualizar as diversas

conquistas durante o processo de estágio supervisionado, e ficou claro, a gama de

conhecimentos adquiridos durante seu desenvolvimento. Não é de se admirar o

amadurecimento dos acadêmicos com o passar dos períodos, que acontece de forma

gradativa.

Referências

A Plataforma Moodle. Disponível em:

<http://prismatreinamentos.com.br/mod/resource/view.php?id=8>. Acesso em: 29

abr. 2014.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução CNE/CP 02 de 19

de fevereiro de 2002. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CP022002.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2014.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO; et al. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação

Básica. Brasília, 2013. Disponível em

<file:///C:/Users/Brenda/Downloads/diretrizes_curiculares_nacionais_2013.pdf>.

Acesso em: 15 abr. 2014.

Moodle – Descrição geral. Disponível em: < http://www.sfm.pt/elearning/outras-

2/Moodle-plataforma-Moodle/>. Acesso em: 09 jun. 2014.

MOLETTA, A.F.; et al. Momentos Marcantes Do Estágio Curricular Supervisionado Na

Formação De Professores De Educação Física. Artigo publicado na revista Pensar a

Prática, Goiânia, v. 16, n. 3, p. 619955, jul./set. 2013.

PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. Revisão

técnica José Cerchi Fusari. – 4. Ed. – São Paulo: Cortez, 2009. (Coleção docência em

formação. Series saberes pedagógicos)

SANTINI, Joarez; NETO, Vicente Molina. A síndrome do esgotamento profissional em

professores de educação física: um estudo na rede municipal de ensino de Porto

Alegre. Rev. Bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.19, n.3, p.209-222, jul./set. 2005.

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ZOTOVICI, Sandra Aparecida; MELO, Janaína Benasse; CAMPOS, Márcia Zendron de;

LARA, Larissa Michelle. Reflexões sobre o estágio supervisionado no curso de

licenciatura em educação física: entre a teoria e a prática. Ed. Revista Pensar a

Prática, v. 16, n. 2, p. 568-582, abr./jun. 2013.

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Experiências formativas e investigativas no PIBID

Jéssica Lustosa Moreira1 Cláudia Aleixo Alves2

Francisco Eduardo Caparróz3

O subprojeto de Educação Física do Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação à Docência (Pibid) do Centro de Educação Física e Desportos (Cefd) da

Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) tem possibilitado aos licenciandos a

vivência da docência em escolas públicas da cidade de Vitória. Com base na narrativa

autobiográfica (SOUZA, 2008), este estudo teve como objetivo fomentar reflexões

sobre a minha experiência enquanto professora em formação, bem como diagnosticar

e compreender os fatores que integram a prática pedagógica nas aulas de Educação

Física e os elementos que fazem desta uma prática dinâmica e complexa. É,

justamente, nessa complexidade e dinamicidade que construo a minha identidade

docente que, segundo Pimenta (2000), é um processo de construção que reflete o

contexto e momentos históricos, respondendo, dessa forma, as novas demandas

colocadas pela sociedade. A dinâmica de trabalho teve como base a perspectiva

colaborativa, que, segundo Ponte e Serrazina (2003), é uma estratégia de grande

utilidade para enfrentar problemas ou dificuldades, em especial aqueles que não são

fáceis ou viáveis de resolver de modo puramente individual como aqueles que surgem

frequentemente no campo profissional do âmbito escolar. Dessa forma, todos os

integrantes do programa (professores da escola, professores universitários,

licenciandos e os alunos da escola) são considerados atores e autores na construção do

estudo. O futebol foi o conteúdo desenvolvido nas escolas, devido à proximidade com

os megaeventos como a Copa das Confederações, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos,

possibilitando uma chance de desenvolver este conteúdo em diferentes dimensões:

histórica, cultural, política, entre outras, extrapolando a forma como o futebol, muitas

vezes, é tratado, ou seja, somente o jogo pelo jogo. Os resultados indicam que as

investigações da minha prática numa perspectiva colaborativa e no contexto de

aproximação entre o conhecimento acadêmico e as experiências da prática docente

me fizeram entender que os obstáculos vivenciados nas escolas tais como as

incertezas, as angústias e toda a complexidade da prática pedagógica são elementos

que auxiliam a reflexão sobre o tipo de professora que quero ser. Conclui-se que o

1 Licencianda em educação Física (UFES) - [email protected]

2 Mestre em educação física (UFES) - [email protected]

3 Professor Adjunto do Centro de Educação Física e Desportos (UFES) - [email protected]

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estudo tem contribuído não somente para minha formação acadêmica, mas também

para a formação continuada dos professores envolvidos. Além disso, o estudo tem

oportunizado uma maior aproximação entre a universidade e as escolas parceiras do

programa.

Referências

PIMENTA, S. G. Formação de professores. Identidade e saberes da docência. IN: _____

(Org.) Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 2000, p. 15-34.

PONTE, J. P.; SERRAZINA, L. Professores e Formação Investigam a Sua Prática. O papel

da colaboração. Zetetiké, Lisboa, v.11, n. 20, jul/ago.2003

SOUZA, E. C. de. Memoriais autobiográficos, profissionalização docente e identidade:

histórias de vida e formação na pós-graduação. In.: PASSEGGI, M.C.; BARBOSA, T.M.

(Orgs.) Memórias, Memoriais: pesquisa e formação docente. Natal: EDUFRN; São

Paulo: PAULUS, 2008, pp. 119/133.

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Carreira docente em educação física: escolhas, perspectivas na formação inicial, trajetórias e expectativas

Israel Martins Da Silva 1

Nilton Poletto Pimentel2 Introdução

Escolher a carreira docente em Educação Física como profissão, trilhar por ela,

entender de fato quais motivações que definiram essa escolha e quais consequências

essas trazem na construção da identidade profissional e consequentemente a prática

pedagógica foram algumas das motivações que serviram de base para essa

investigação.

Objetivos

Objetivando encontrar respostas para tais questões optamos por analisar a

história oral de dois professores de Educação Física em diferentes momentos da

carreira docente, de forma a identificar o momento de escolha da profissão e suas

motivações, experiências vivenciadas durante a formação inicial, trajetória da carreira

docente e expectativas em relação à profissão.

Metodologia

Esta pesquisa se caracteriza como um estudo de caso sob uma perspectiva

qualitativa, com ênfase na história oral de dois professores que estão em diferentes

momentos da carreira docente. Utilizamos o modelo elaborado por Huberman (2000)

sobre o ciclo de vida profissional de professores para selecionar os sujeitos de nossa

pesquisa em duas fases distintas, a fase de entrada na carreira e a fase da serenidade.

Na coleta de dados utilizamos um roteiro de entrevista semiestruturado e a técnica da

narrativa na analise dos dados.

Resultados e discussão

Os resultados encontrados apontaram que a escolha da profissão sofre grande

influencias de familiares, a formação inicial sofreu mudanças durante os anos e foi

vivenciada de forma diferente por ambos os professores e que as dificuldades

1 Graduando, Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo, [email protected].

2 Doutor, Professor da Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo, [email protected].

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encontradas no inicio da profissão são muito parecidas mesmo em momentos

distintos.

Conclusão

Embora as trajetórias profissionais tenham apresentado divergências não

acontecendo da mesma maneira para ambos os professores, fica claro que as escolhas,

o processo de formação, as experiências vivenciadas assim como o ambiente de

trabalho dos sujeitos de nossa pesquisa moldam sua identidade profissional e sua

prática pedagógica trazendo realização profissional ou mesmo uma grande frustação

em relação à profissão.

Referências CORREIA, M.L. A formação inicial do professor: os desafios e tensões que a prática

pedagógica impõe. Revista Anacleta – Guarapuava – Paraná. V. 9, n. 2, jul/dez. 2008.

HUBERMAN, M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A. (Org). Vidas

de professores. 2. ed. Porto: Porto Editora, 2000. p. 31-61.

PIMENTA, S. G. Formação de professores: Saberes da docência e identidade do

professor. Nuance, Vol III. Presidente Prudente, 1997, p. 5-14.

SOARES, D.H.P. A Escolha profissional: do jovem ao adulto. São Paulo: Semmus, 2002.

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Experiências no PIBID educação física/UFES: a formação inicial em um processo de trabalho coletivo-colaborativo

Ândrea Tragino Plotegher1

Aline Britto Rodrigues2 Cláudia Aleixo Alves3

Francisco Eduardo Caparróz4

Introdução

Este estudo resulta das ações realizadas no Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação à Docência (Pibid) do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade

Federal do Espírito Santo (Cefd/Ufes). O Programa era composto por um grupo

bastante heterogêneo: professores coordenadores de área, que possuíam diferentes

titulações e experiências com o âmbito escolar, professores supervisores (professores

das escolas parceiras) e alunos bolsistas de diferentes períodos do curso de educação

Física.

Objetivos

Teve como objetivo compreender e reelaborar a prática pedagógica durante o

meu processo de formação inicial por meio das intervenções realizadas em duas

escolas da Rede Municipal da cidade de Vitória (ES).

Metodologia

A estratégia metodológica utilizada baseou-se em princípios da pesquisa-ação

que, segundo Franco (2005), obedece alguns princípios como a ação conjunta entre

pesquisador e pesquisados; a realização da pesquisa em ambientes onde acontecem as

próprias práticas; a organização de condições de autoformação e emancipação aos

sujeitos da ação bem como a criação de compromissos com a formação e o

desenvolvimento de procedimentos críticos-reflexivos sobre a realidade. Além da

pesquisa-ação utilizou-se a pesquisa colaborativa, já que todos os sujeitos envolveram-

se nos processos de diagnose, planejamento, execução das aulas, avaliação, grupos de

1 Licencianda em Educação Física (UFES) – [email protected]

2 Mestre em Educação Física PPGEF/CEFD/UFES – [email protected]

3 Mestre em Educação Física PPGEF/CEFD/UFES - [email protected]

4 Doutorando em Ciências da Educação pela Universidade de Barcelona, Professor Adjunto do Centro de

Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo CEFD/UFES - [email protected]

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estudo, entre outros. Como registro de todo o processo de investigação foi utilizado o

portfólio. Neste instrumento foi registrado também as minhas impressões, alegrias,

dúvidas, angústias, possibilitando, dessa forma, a (re)tomada das minhas ações com

base nas reflexões possibilitadas pela aproximação dos conhecimentos obtidos no

contexto acadêmico aos conhecimentos obtidos no cotidiano da vida escolar. Muitas

questões surgiram diante da complexidade da prática pedagógica e do processo que

envolve a constituição da identidade docente como: a) dificuldade em elaborar um

planejamento coletivo, b) o desinteresse dos alunos, c) a falta de um espaço específico

para as aulas de Educação Física e d) o clima de constante tensão entre os integrantes

do grupo.

Resultados e discussão

A possibilidade de desenvolver um estudo em uma perspectiva crítico-

colaborativa trouxe elementos que oportunizaram enfrentar esses problemas por

meio da troca de experiências entre os integrantes do grupo. Sobre isso Contreras et

al. (2004), afirmam que, esse tipo de estudo permite aos pesquisadores e aos

professores refletir sobre a ação de ensino e aprender conjuntamente, e, por isso, está

dotada de um enorme potencial de mudança nas formas de trabalho dos participantes.

Conclusão

A conclusão obtida é de que a investigação aliada à intervenção, num processo

coletivo-colaborativo, corroborou para o reconhecimento de minha autoridade como

professora, que se baseia justamente no processo contínuo em que o professor precisa

perceber-se como construtor desse planejamento e não como seu mero executor

(CAPARROZ; BRACHT, 2008).

Referências CAPARROZ, F. E.; BRACHT, V. O Tempo e o lugar de uma didática na educação

física. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, SC, v. 28, n. 2, Jul. 2008.

Disponível em:<http://rbceonline.org.br/revista/index.php/RBCE/article/view/53>.

Acesso em: 16 Jul. 2013.

CONTRERAS, O. R. et al. Una experiencia colaborativa: el diseño de materiales

curriculares para la iniciación deportiva. Tandém: Didática de la Educación Fisica,

Barcelona, n. 15, p.7-17, abr. 2004.

FRANCO, M. A. S. Pedagogia da Pesquisa-Ação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31,

n. 3, p. 483-502, set./dez. 2005.

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Formação inicial, mundo do trabalho e demandas sociais: uma proposta de ação-reflexão-ação por meio do ensinoaprendizado da dança

Karen Calegari Santos Campos1 Leonardo Luíz da Silva Araujo2

Lucas Yuri Silva Reis3 Wagner Miller Estevam4

Webert Fernando da Silva5

A preparação do cenário

A abordagem ao tema que trata da formação inicial e suas relações com o

mundo do trabalho no campo da Educação Física (EF) e a necessidade de

estreitamento nas relações entre a Universidade e a comunidade, já não nos é

estranha. Produções de fôlego têm buscado problematizar os modos possíveis de fazer

ecoar nas Universidades demandas sociais que nem sempre compõe, de modo

privilegiado, o currículo na formação inicial de professores de EF.

Nessa esteira, na tentativa de contribuir com esse movimento, um grupo de

trabalho foi organizado objetivando constituir um espaçotempo de formação e partilha

de experiências que focalizam a dança como conteúdo. O projeto Formação em Dança

(FORDAN) possui duas linhas de ação, quais sejam: a) Laboratório Instrumental de

Dança (LIDA), que objetiva a consolidação de um espaço de formação em dança; e, b)

Prosadança - o encontro entre pessoas para dançar e prosear, que também se

constitui como momento de formação dando centralidade às relações entre a dança e

a realidade social, tomando-a como foco do processo de ação-reflexão-ação para o

ensinoaprendizagem desse conteúdo. Realizado semestralmente, preocupa-se, com a

articulação dos saberes produzidos no âmbito da Universidade e da comunidade.

1 Doutoranda em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo e membro do grupo FORDAN

(Formação em Dança), no Centro de Educação Física da UFES. Contato: [email protected]. 2 Bacharel em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Espírito Santo e membro do grupo FORDAN

(Formação em Dança), no Centro de Educação Física da UFES. Contato: [email protected]. 3 Graduando em Educação Física e membro do grupo FORDAN (Formação em Dança), no Centro de

Educação Física da na Universidade Federal do Espírito Santo. Contato: [email protected]. 4 Bacharelando em Educação Física e membro do grupo FORDAN (Formação em Dança), no Centro de

Educação Física da na Universidade Federal do Espírito Santo. Contato: [email protected]. 5 Graduando em Educação Física e membro do grupo FORDAN (Formação em Dança), no Centro de

Educação Física da na Universidade Federal do Espírito Santo. Contato: [email protected].

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Em cena: a dança, os sujeitos ordinários e as nossas demandas

A pesquisa que deriva do projeto FORDAN objetiva: a) conhecer e visibilizar os

saberes presentes na comunidade em relação ao ensino da dança; b) repensar a

relação desse saber com o saber acadêmico perspectivando-o em fluxos discursivos

mais amplos – como, por exemplo, o debate sobre a erotização infantil e sobre a

cultura popular; já abordados nas duas últimas edições do evento Prosadança.

Atentos aos modos de produção do cotidiano (CERTEAU, 1994), o

acompanhamento do projeto tem nos permitido avaliar as nossas práticas como um

espaço potente de produção de sentidos e reflexão não somente sobre a dança, mas

também problematizar a formação inicial e os modos de produção de diálogos entre a

universidade e a comunidade.

Ao analisar os primeiros dados produzidos na pesquisa, por meio do uso do

registro imagético e textual bem como questionários semi-abertos encaminhados aos

sujeitos consumidores (alunos, componentes dos grupos de dança), foi possível avaliar

os impactos produzidos pelo/com o projeto. Ao tomarmos os dados produzidos, que

avaliam o processo formativo e o evento Prosandança, percebemos que é preciso

construir uma permanente escuta da comunidade para que se compreenda as

demandas desses espaços que nem sempre caminham ao mesmo passo que a

Universidade. Desse modo, constitui-se como um caminho possível nesse

estreitamento de laços.

Outrossim, no âmbito da formação inicial, o LIDA tem possibilitado a criação de

condições de possibilidade tanto à instrumentalização da dança, quanto à qualificação

do debate que cerca a profissionalização e suas relações com a comunidade e aos

diferentes espaços de atuação do professor de Educação Física.

Referências CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: 1, Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.

FELIPE, J. Erotização dos Corpos Infantis. In: LOURO, Guacira; FELIPE, Jane; GOELLNER,

Silvana (org.). Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação.

Petrópolis: Vozes, 2003.

FREIRE. P. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. São

Paulo: Paz e Terra, 1994.

SARMENTO, M. J. Visibilidade social e estudo da infância. In: VASCONCELLOS, V. M. R.;

SARMENTO, M. J. (orgs.). Infância (in) visível. Araraquara: Junqueira & Marin, 2007.

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A capoeira como um conteúdo na formação inicial em educação física

Jéssica Karina Silva Ferreira1 Paula Cristina da Costa Silva2

Este estudo tem como objetivo apresentar a repercussão do conteúdo capoeira

no processo de formação inicial de um grupo de estudantes do curso de licenciatura

em Educação Física. Buscamos apontar os sentidos e significados apreendidos por eles

nesse processo e se a experiência adquirida agregou aspectos positivos para uma

futura prática pedagógica.

Para isso, foi realizada uma investigação qualitativa com imersão em campo. A

coleta dos dados foi feita por meio da participação como observadoras (NEGRINE,

2010) durante as aulas da “Oficina de docência em Capoeira”. A disciplina visava

estimular a reflexão e contextualização do ensino-aprendizado da capoeira e seu trato

pedagógico. Além disso, foi aplicado um questionário semi-estruturado e também

realizado um estudo documental dos planos de ensino produzidos pelos alunos.

Os dados coletados foram interpretados a partir de três dimensões formativas:

a conceitual, procedimental e atitudinal (DARIDO; SOUZA JÚNIOR, 2009).

No âmbito conceitual mostrou-se relevante para os alunos a história da

capoeira. No procedimental, as estratégias e metodologias apresentadas para mediar e

facilitar o seu ensino-aprendizado. E no atitudinal os valores que permeiam a sua

prática como respeito, cooperação, confiança, valorização do negro e quebra de

preconceitos.

De acordo com Santos; Palhares (2010) é fundamental que o professor de

Educação Física, tenha a possibilidade de conhecer a capoeira, visto que, quando os

licenciandos a vivenciam se sentem mais preparados para trabalhar com esse

conhecimento.

Como resultado constatou-se que a experiência proporcionada foi positiva

servindo de base para uma futura prática profissional. Vemos que eles reconheceram

sua importância histórica, social e cultural, como também, os valores que regem a sua

prática, contribuindo assim, para a quebra de preconceitos e estereótipos.

Por fim, enfatizamos o tão relevante que é oportunizar aos estudantes de

Educação Física conhecer, aprender e estudar uma prática genuinamente brasileira,

fruto da nossa história, da nossa sociedade, e que é tão rica.

1 Licenciada em Educação Física, Prefeitura Municipal de Viana, Grupo Práxis – CEFD/UFES,

[email protected]. 2 Doutora em Educação, Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito

Santo (CEFD/UFES), Grupo Práxis – CEFD/UFES, [email protected].

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Referências

DARIDO, S. C.; SOUZA JÚNIOR, O. M. Para ensinar educação física. Campinas: Papirus,

2009 (Coleção Catálogo Geral).

NEGRINE, A. Instrumentos de coleta de informações na pesquisa qualitativa. In: NETO,

V. M.; TRIVIÑOS, A. N. S. (Org.). A pesquisa qualitativa na educação física: alternativas

metodológicas. 3. ed. Porto Alegre: Salina, 2010.

SANTOS, G. O.; PALHARES, L. R. A capoeira na formação docente de educação física.

Pensar a prática, Goiania, v. 13, n. 3, p. 01-14, set./dez. 2010.

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Formação inicial na perspectiva da inclusão: a experiência do LAEFA/CEFD/UFES

Michelly de Menezes Garcia1

Maria das Graças C. Silva de Sá2

Introdução

Desde 1995, o Laefa3, se constitui como um importante agente na produção de

conhecimentos e na realização de projetos de ensino/pesquisa/extensão voltados para

o desenvolvimento da área de EF4 Adaptada. Visa, também, qualificar o processo de

formação inicial dos graduandos envolvidos buscando aliar os conhecimentos teóricos

às ações pedagógicas e visando formar um profissional que atribua significado a sua

ação pedagógica.

Sendo assim, questionamos: Qual a importância destas situações concretas no

processo de formação inicial dos alunos/bolsistas envolvidos nesse processo?

Observando as implicações deste processo para as práticas pedagógicas

vigentes a EF Escolar, corroboramos Carmo (2001) ao afirmar que, embora haja uma

oferta de "conhecimento" na formação acadêmica, há uma grande defasagem da

exposição desse conhecimento. Contudo, essa oferta, não faz com que os acadêmicos

gerem seu próprio conhecimento, mas sim reproduzam o que lhes foi passado.

Objetivos

Analisar e discutir as implicações do ensino de uma proposta inclusiva com base

no Projeto “Prática Pedagógica de EF Adaptada para pessoas com deficiência”, nos

processos de formação inicial de nove acadêmicos do curso de EF.

1 Graduanda em Bacharelado em Educação Física e Graduada em Licenciatura em Educação Física, pelo

Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo, bolsista de extensão do Laboratório de Educação Física Adaptada, [email protected]. 2 Doutora em Educação pela UFES. Docente do CEFD/UFES. Coordenadora do LAEFA/CEFD/UFES.

[email protected] 3 Laboratório de Educação Física Adaptado do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade

Federal do Espírito Santo. 4 Educação Física.

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Metodologia

Pesquisa-ação Colaborativa envolvendo nove alunos do curso de EF atuantes

como monitores5 no Laefa. Para coleta de dados, utilizamos diário de campo,

entrevistas semiestruturadas e de um grupo focal. Os dados foram

analisados/discutidos com base na Análise de Conteúdos (BARDIN, 2004).

Resultados e discussão

Para efeito deste estudo, elencamos a categoria de análise que discorre acerca

dos limites e possibilidades identificados nos currículos vividos e prescritos pelos

envolvidos.

No que tange aos limites, estes apontam que as disciplinas existentes no

currículo não se fazem suficientes para abranger toda discussão que se faz necessário

para potencializar uma formação na perspectiva da inclusão. Destarte, evidenciam que

as ATIF’s6 e o Estágio de Lazer em consonância com os projetos desenvolvidos pelo

Laefa, se constituem enquanto uma possibilidade formativa no que diz respeito à

discussão/aprofundamento sobre a temática da Inclusão, já que este espaço fomenta a

possibilidade de pensar a formação e os conhecimentos ali produzidos, através da

análise da prática pedagógica a luz do referencial teórico, para que sejam capazes de

contextualizar, significar e analisar sua ação pedagógica.

Conclusão

Essa experiência possibilitou aos envolvidos subsídios para se pensar práticas

pedagógicas com base inclusiva com vistas a uma ação reflexiva, capaz de atribuir

sentidos e significados às potencialidades de seus/as alunos/as, além de contribuir

para a formação humana dos mesmos, tornando-os mais acessíveis a diversidade

humana.

Referências

BARDIN, L. (2004). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

CARMO, A. A. Inclusão escolar e a educação física: que movimento é este? In:

MARQUEZINE, M. C.; ALMEIDA, M. A.; TANAKA, D. O. (2001). Perspectivas

multidisciplinares em educação especial II. Londrina: UEL. p. 91-112.

5 No período de agosto/novembro de 2012.

6 Atividades Interativas de Formação.

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PÔSTER

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Formação inicial, educação física e inclusão: a percepção de egressos do CEFD/UFES acerca do currículo vivido e sua articulação a perspectiva inclusiva

Daniela Lima Bonfat1

Maria das Graças Carvalho Silva de Sá2

Introdução

Debates afetos aos processos de formação de professores na atualidade nos

anunciam a necessidade de uma melhor compreensão acerca destes processos. Nesta

direção, defendemos a formação inicial de professores alicerçado em pressupostos da

reflexão-crítica (PIMENTA, 1997), de forma que seus envolvidos se sintam em

condições para mediar os processos de apropriação e resignificação dos

conhecimentos de seus alunos. É preciso que a formação de professores não seja

encarado de forma técnica, é importante que o professor reflita sobre a escola, o

currículo, as praticas instrucionais e politicas escolares.

No que se referem à formação inicial nos cursos de Educação Física na

perspectiva inclusiva, muitos professores que afirmam que a experiência vivida na

formação inicial não é suficiente para prepara-los para atuar nesta perspectiva

(RODRIGUES, 2003). Sendo assim, é necessário que os currículos nos cursos de

Educação Física, invistam em possibilidades que aproximem os alunos em formação

dos sujeitos escolares, potencializando a docência na medida em que fomenta a

reflexão sobre a sua ação, despertando um olhar sensível sobre seus alunos.

Objetivos

A pesquisa em tela objetiva realizar um estudo comparado entre egressos do

curso de Licenciatura em Educação Física, bolsistas e não bolsistas do LAEFA, com

vistas a analisar em que medida a experiência de formação inicial dos acadêmicos do

curso de Educação Física da UFES contribui para a atuação profissional no contexto

escolar na perspectiva inclusiva. Nesta mesma direção, buscaremos identificar e

compreender também que elementos os principais avanços, tensões e limites

percebidos pelos egressos acerca do currículo vivido e suas implicações a autonomia

docente na perspectiva inclusiva.

1 Graduanda do curso de licenciatura em Educação Física no CEFD/UFES, LAEFA,

[email protected] 2 Professora doutora do departamento de ginástica do centro de Educação Física e desportos da UFES,

LAEFA, [email protected]

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Metodologia

O estudo em tela será desenvolvido de maneira qualitativa, descritiva com

aproximações etnográficas (ANDRÉ, 2005), uma vez que a preocupação principal do

estudo centra-se na compreensão acerca do processo educativo, com foco na inclusão

de pessoas com deficiência na rede regular de ensino.

Os dados serão coletados através de entrevistadas, grupos focais e

observações, que ocorrera no período de 2014 a 2015. Dentre os entrevistados, 5

serão ex-bolsistas do laboratório LAEFA e 5 docentes não participaram de nenhuma

atividade desta natureza. As análises dos dados serão discutidas tomando como base

as contribuições de Bardin (2004) por meio da análise de conteúdos.

Conclusão parcial

Buscamos com este estudo fomentar um entendimento sobre a formação

inicial de professores para atuar na Educação Básica no âmbito da Educação Física

escolar, alicerçados na concepção de sujeitos de sua própria formação num

movimento constante reflexão acerca dos saberes/fazeres pedagógicas, sem perder de

vista os diferentes/diversos contextos escolares. Em nossa entender tais ações

potencializam não só o processo de inclusão de alunos/as com deficiência, mas

também e principalmente, a todos/as os/as envolvidos/as no/com o processo.

Referências ANDRE, M. Etnografia da Pratica Escolar. São Paulo, Papirrus, 2005

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2004.

PIMENTA, S. G.. Formação de professores – saberes da docência e identidade do

professor. Nuances- vol.III- set. 1997.

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Cine Infância: experiências empreendidas pelo PIBID na formação de professores para a educação infantil

André da Silva Mello1

Luís Gustavo Cardoso Sarcinelli2 Diego Soares Batista3

Rodrigo Pimentel de Carvalho Lopes4

Introdução

Os processos de formação docente, empreendidos pelas instituições de ensino

superior, devem contemplar a diversidade metodológica, o exercício de atividades de

enriquecimento cultural, o uso de tecnologias da informação e da comunicação,

estratégias e materiais de apoio inovadores (Resolução CNE, n° 07/2004). Nessa

perspectiva, a linguagem cinematográfica vem se constituindo como importante

estratégia didático-metodológica na formação de professores, pois utiliza uma estética

comunicativa que articula imagem, texto e som na abordagem de temas correlatos à

atuação pedagógica nos diferentes níveis da Educação Básica (LOPES; TEIXEIRA,

LARROSA, 2006). Em consonância com esses princípios, o Programa Institucional de

Bolsa à Iniciação a Docência (Pibid) em Educação Física da Ufes desenvolveu o Projeto

Cine Infância, cujo o foco é contribuir na formação de professores para a Educação

Infantil, por meio de filmes que problematizem questões relacionadas às infâncias e as

crianças. Além dos 30 bolsistas e dos cinco supervisores vinculados ao Pibid,

participam do projeto 50 professores de cinco escolas púbicas de Vitória/ES

conveniadas ao programa.

Objetivos

Este estudo, que corresponde à fase inicial do Cine Infância, tem como objetivo

discutir os pressupostos teóricos que orientam o projeto, focalizando as contribuições

da linguagem cinematográfica na formação de professores.

1 Doutor em Educação Física pela UGF, Ufes, Proteoria, [email protected]

2 Licenciando em Educação Física da Ufes, Pibid/EF, [email protected]

3 Licenciando em Educação Física da Ufes, Pibid/EF, [email protected]

4 Licenciando em Educação Física da Ufes, Pibid/EF, [email protected]

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Metodologia

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, que analisou a relação entre cinema,

educação e formação de professores, em interface com a infância. O corpus do estudo

foi constituído por 9 (nove) livros e 3 (três) artigos científicos relacionados à temática

em questão.

Análise e Discussão

Com base nos textos analisados, compreendemos, assim como Melo (2006),

que o cinema aproxima o professor da realidade educacional com um “outro olhar”,

promovendo o exercício da sensibilidade e da fruição, por meio da emoção e de uma

nova experiência estética que não podem ser transmitidas pelas linguagens discursivas

e científicas, típicas dos contextos formativos tradicionais. O cinema é uma forma de

expressão artística e, como tal, traz em si, de modo peculiar, uma das múltiplas

funções da arte: “*...+ perscrutar, por meio da criatividade individual e através de um

processo estético, a natureza humana em toda sua plenitude e decadência” (TEIXEIRA;

LOPES, 2006, p. 28). Para Marcello (2008), as imagens das crianças no cinema nos

convocam a olhá-las, de pensar na capacidade que elas têm de nos atingir, de nos

perturbar e de nos mobilizar.

Conclusões

Consideramos que a linguagem cinematográfica potencializa a compreensão do

professor sobre as crianças e as suas infâncias, contribuindo para a ampliação do seu

capital cultural e para a consolidação de uma concepção de infância que considera as

crianças como “sujeito de direitos”, produtoras de culturas e protagonistas dos

processos de socialização promovidos pelas instituições dedicadas a sua educação.

Referências COUTINHO, L. M. Nas asas do cinema e da educação: vôo e desejo. Educação e

realidade, São Paulo, v. 33, n. 1, p. 225-238, jan/jun, 2008.

DINIS, N. F. Educação, cinema e alteridade. Educar, Curitiba, v. 1, n. 26, p. 67-79, 2005.

LOPES, J. S. M.; TEIXEIRA, I. A. C.; LARROSA, J. A infância vai ao cinema. Belo Horizonte:

Autêntica, 2006.

LOPES, J. S. M; LARROSA, J.; TEIXEIRA, I. A. C. (Orgs.). Miradas cinematográficas sobre

la infancia: ninos atravesando el paisage. Madrid/Buenos Aires: Miño y Dávilla, 2007.

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Horizonte: Autêntica, 2006.

LOPES, J. S. M.; TEIXEIRA, I. C. (Orgs.). A mulher vai ao cinema. 2. ed. Belo Horizonte:

Autêntica, 2008.

LOPES, J. S. M.; TEIXEIRA, I. A. C. (Orgs.). A diversidade cultural vai ao cinema. Belo

Horizonte: Autêntica, 2006.

LOPES, J. S. M. Educação e cinema: novos olhares na produção do saber. Porto Alegre:

Profedições, 2007.

MARCELLO, F. A. Cinema e educação: da criança que nos convoca à imagem que nos

afronta. Revista Brasileira de Educação, v. 13, n. 38, p. 343-413, maio/ago. 2008

MELO, V. A. Cinema e esporte. Rio de Janeiro: Editora Aeroplano, 2006.

ORICCHIO, L. Z. Cinema e futebol no Brasil: fome de bola. São Paulo: Imesp, 2006.

TEIXEIRA, I. A. A escola vai ao cinema. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

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Experiências formativas empreendidas pelo PIBID/EF na reformulação do PPP em um CMEI de Vitória

Rodrigo Lema Del Rio Martins1

Thiago Queiroz Sarnaglia2 Janaina Gonçalves Rosa3

Bruna Almeida Ribeiro4 Taysnara de Oliveira Gomes5

Webert Fernando da Silva6 Roger Jardim Batista7

Fernando Torres Otero de Souza8 André da Silva Mello9

Introdução

O Projeto Político-Pedagógico (PPP) é o documento norteador das ações nas

instituições educacionais. Ele deve ser elaborado coletivamente, articulando diferentes

áreas do conhecimento e sujeitos, em torno de um eixo curricular comum. Entretanto,

esse documento precisa de constante revisão, para que esteja em consonância com as

mudanças que ocorrem no plano legal, nas diretrizes educacionais e na dinâmica social

de cada escola, aproximando, dessa forma, a dimensão prescrita do documento com

as práticas e representações que circulam no currículo vivido.

Objetivos

Este estudo objetiva analisar a relação colaborativa entre o Programa

Institucional de Bolsa à Iniciação a Docência (Pibid) de Educação Física da Ufes e os

sujeitos escolares no processo de reformulação do PPP em um Centro Municipal de

Educação Infantil (CMEI) de Vitória.

1Mestrando em Educação Física pela Ufes, Proteoria, [email protected]

2Licenciando em Educação Física da Ufes, Pibid/EF, [email protected]

3Licenciando em Educação Física da Ufes, Pibid/EF, [email protected]

4Licenciando em Educação Física da Ufes, Pibid/EF, [email protected]

5 Licenciando em Educação Física da Ufes, Pibid/EF, [email protected]

6Licenciando em Educação Física da Ufes, Pibid/EF, [email protected]

7Licenciando em Educação Física da Ufes, Pibid/EF, [email protected]

8Licenciado em Educação Física pela Ufes, PMV, Pibid/EF, [email protected]

9Doutor em Educação Física pela UGF, Ufes, Proteoria, [email protected]

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Metodologia

Utiliza a Pesquisa-Ação Colaborativa (IBIAPINA, 2008) como pressuposto

metodológico, cujo foco está centrado na produção do conhecimento e na formação

dos professores. O corpus do estudo é constituído pelos sujeitos que representam os

diferentes segmentos presentes no cotidiano do CMEI Maria Nazareth Menegueli,

como bolsistas do Pibid, professores e equipe pedagógica do CMEI, funcionários e,

sobretudo, as crianças. Os dados estão sendo produzidos por meio da análise

documental, de entrevistas semiestruturadas e em grupo focal, e por meio da

observação participante, registrada em diário de campo.

Resultados e discussão

Por se tratar de uma pesquisa em curso, neste momento, apresentamos os

resultados da primeira etapa do estudo, que consiste em identificar os pontos de

convergência e de divergência entre o PPP atual do CMEI e as novas Diretrizes

Curriculares para a Educação Infantil (20013). As análises empreendidas por seis

bolsistas Pibid que atuam no CMEI e pelo professor-supervisor do CMEI indicam

algumas lacunas no PPP, especialmente, a ausência das concepções de infância e de

currículo que subsidiam o trabalho pedagógico no contexto pesquisado. Também A

culminância dessa ação ocorrerá na formação com toda a equipe pedagógica do CMEI,

a fim de apresentar a sistematização realizada e, coletivamente, concluir a escrita

desse documento, incorporando os apontamentos dos diferentes sujeitos escolares.

Conclusão

A relação colaborativa entre o Pibid e os sujeitos escolares no processo de

reformulação do PPP, além de deixar um importante legado para a escola, converge

com a orientação pedagógica do programa, ou seja, uma formação de professores que

contemple a centralidade das práticas pedagógicas, a pesquisa como eixo da formação

docente e a cooperação entre universidade e escola.

Referências IBIAPINA, Ivana Maria Lopes de Melo. Pesquisa Colaborativa: investigação, formação e

produção de conhecimentos. Brasília: Liber Livros, 2008.

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A divisão social do trabalho e o protagonismo do professor de educação física no CMEI

Rodrigo Pimentel de Carvalho Lopes1 Nelson Figueiredo de Andrade Filho 2

Introdução

Este tema surgiu da necessidade de compreendermos as relações de trabalho e

poder estabelecidas em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) em Vitória, ES.

O estudo faz parte das ações do Programa de Iniciação à Docência (PIBID) 3 do Centro de

Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Com essa estratégia formativa vivenciamos o cotidiano do CMEI e, desse ponto de vista,

vamos analisar a temática, particularmente o modelo de divisão social do trabalho, as

relações de poder e as implicações destas nas relações entre os professores, com as

crianças e suas as famílias.

Objetivos

Analisar a divisão social do trabalho que está posta na escola e interpretar suas

implicações no trabalho dos atores envolvidos, com ênfase nas ações do professor de

Educação Física.

Metodologia

Como se estrutura a divisão social do trabalho em um CMEI de Vitória, ES? Qual o

protagonismo do professor de Educação Física no processo pedagógico estruturado nessa

divisão? Na abordagem temática consideramos observações participantes, pois “[...]

avançar no conhecimento de uma cultura compartilhada por um grupo, vai descobrindo

as situações de injustiça e opressão que se estabelece entre seus membros [...+” (QUANTZ

1992, Apud MOLINA NETO, 1999, p. 116) e, também, utilizamos entrevistas realizadas

com as professoras de Educação Física, professoras regentes, o diretor e as pedagogas da

unidade. A interpretação da discussão originária das informações colhidas será realizada

1 Estudante do Curso de Licenciatura em Educação Física, membro do PIBID/CEFD/UFES. E-mail:

[email protected] 2 Doutor em Educação pela UNICAMP. Professor do DG/CEFD/UFES. Coordenador do PIBID/CEFD/UFES. E-

mail: [email protected] 3 Iniciativa financiada pela CAPES/MEC/BRASIL.

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com base nas ideias propostas por autores que discutem a questão, como Freyssenet

(1989), Durkheim (1999), Arroyo (2008).

Resultados e discussão

A pesquisa surgiu com a necessidade de compreender o papel do professor de

Educação Física dentro do CMEI. A partir das suas falas realizamos levantamentos

documentais e bibliográficos sobre o tema. Da investigação inicial, surgiu a necessidade

de aprofundarmos o debate, e notamos que na escola, Não há um movimento generalizado de desqualificação ou um movimento de aumento geral da qualificação, mas um movimento contraditório de desqualificação do trabalho de alguns pela “superqualificação” do trabalho de outros (Freyssenet, 1989: 78).

Na escola há um grande desafio a ser superado pelos professores. O desafio da

fragmentação da categoria. Lá, ainda “*...+ há interesses muito diversos na categoria do

magistério” (ARROYO, 2008: 217). Talvez isso ocorra em razão da visão de sociedade e de

educação que os atores envolvidos têm.

Conclusão

A pesquisa teve inicio em Junho de 2014. Esta sendo realizado no CMEI “Darcy

Castello de Mendonça”, localizado no bairro de Goiabeiras, em Vitoria. Tem previsão de

termino para o final deste ano.

Referências ARROYO, M. G. Oficio de Mestre: imagens e auto-imagens. - 10. ed.-. Vozes: Petrópolis,

RJ, 2008.

DURKHEIM, E.. Da Divisão do Trabalho Social. - 2. ed.-. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

FREYSSENET, M.. A Divisão Capitalista do Trabalho. Tempo Social. Dossiê organizado por

H. Hirata. São Paulo, USP, vol. I, nº2, 1989.

MOLINA NETO, V.. Etnografia: uma opção metodológica para alguns problemas de

investigação no âmbito da Educação Física. In: MOLINA NETO, V; TRIVIÑOS, A. N.

(Orgs.). Pesquisa Qualitativa na Educação Física: alternativas metodológicas. Porto

Alegre, RS: Editora da UFRGS/Sulina, 1999.

Palavras-chave: Educação Infantil. Educação Física. Divisão Social do Trabalho.

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A abordagem do conhecimento ginástica nos cursos de licenciatura em educação física na cidade de Vitória/ES

Ágatha Pinheiro1

Paula Cristina da Costa Silva2

Este trabalho teve como objetivo investigar quais os saberes gímnicos (BARBOSA-

RINALDI; SOUZA, 2008) são abordados nas disciplinas que tratam da ginástica, nos cursos

de Licenciatura dos Institutos de Ensino Superior (IES), da cidade de Vitória/ES, e

averiguar se esses saberes são apreendidos pelos estudantes de Educação Física. Como

objetivos específicos foram mapeadas quais disciplinas são oferecidas sobre esse tema

nos cursos estudados; analisou-se os conteúdos dos planos de ensino das disciplinas

obtidas no levantamento documental e mensurado, por meio de questionário, se os

saberes ginásticos apontados pelos planos de ensino têm sido apreendidos pelos

licenciandos desses cursos.

A pesquisa qualitativa foi adotada como metodologia de trabalho e para a coleta

de dados utilizou-se a análise documental dos planos de aulas e a aplicação de um

questionário estruturado com questões abertas e fechadas.

Foram analisados 4 planos de aulas e os questionários foram aplicados para cada

um deles, em 2 IEs da cidade de Vitória. Foi possível aferir que uma das IEs oferece em

seu currículo 1 disciplina obrigatória e 2 disciplinas optativas e a outra oferece somente 1

disciplina obrigatória.

Na análise dos resultados da IE denominada 1 os saberes que obtiveram um

percentual maior foram aqueles relativos aos aspectos históricos e pedagógicos, estilos e

metodologias de ensino, segurança na ginástica, construção de materiais adaptados à

prática da ginástica; seguidos daqueles relacionados à transposição didática das

modalidades gímnicas e a abordagem de seus aspectos pedagógicos.

Na IE denominada como 2 os saberes contemplados foram os que tratam dos

conhecimentos históricos, culturais e sociais das ginásticas, dos fundamentos rítmicos e

da construção de materiais adaptados à prática da ginástica. Em seguida, apareceram os

relativos aos conhecimentos técnicos, os de técnicas de estimulo à criatividade corporal,

aos estilos de ensino, metodologias e intervenções pedagógicas e os conhecimentos

sobre os aspectos que envolvem as composições coreográficas.

1 Licencianda em Educação Física, Centro de Educação Física e Desportos/UFES, Grupo Práxis – CEFD/UFES,

[email protected]. 2 Doutora em Educação, Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo

(CEFD/UFES), Grupo Práxis – CEFD/UFES, [email protected].

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Pode-se apontar como resultados que as IEs vêm desenvolvendo trabalhos que

contemplam os saberes relativos ao ensino-aprendizado da ginástica e que esse estudo

pode servir de ponto de partida para novas pesquisas sobre o tema.

Referências

BARBOSA-RINALDI, I.P.; SOUZA, E. P. M. Saberes ginásticos necessários à formação

profissional em educação física: encaminhamentos para uma estruturação curricular.

Revista Brasileira Ciências Esporte, Campinas, v. 29, n. 2, p. 227-243, jan. 2008.

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O processo de formação no curso de licenciatura em educação física do CEFD/UFES: entre as expectativas e a experiência

Sabrinny Gramilich Rufino1

Thais Lemos Almeida2 Rosianny Campos Berto3

Este trabalho analisa as expectativas dos estudantes de uma turma do curso de

Licenciatura em Educação Física, do Centro de Educação Física e Desportos da

Universidade Federal do Espírito Santo (CEFD/UFES), com relação ao seu processo de

formação. Toma como pontos de partida questionários respondidos por esses alunos

entre os anos 2011 e 2014, na unidade curricular Seminário Articulador de

Conhecimentos (SAC) – que visa à reflexão coletiva sobre os conhecimentos

compartilhados no curso – sobre as expectativas, a grade curricular e o processo de

formação. Com o propósito de compreender a relação que os graduandos estabelecem

com as experiências vividas no curso, que têm em vista o exercício da docência, objetiva

analisar as impressões iniciais, as mudanças e as permanências presentes nos discursos

dos alunos. Esses questionários foram discutidos durante as aulas, tendo em vista a

reflexão sobre o processo de formação e a constituição da identidade docente (PIMENTA,

2012). Assim, tomamos com fonte para a investigação dois questionários aplicados em

diferentes momentos da formação (no início e no meio do curso), os quais contêm seis

perguntas que contemplam: a escolha pela carreira docente, as expectativas com relação

ao curso, as escolhas de diferentes caminhos no âmbito da universidade, o significado de

ser professor e a relação entre Educação Física e esporte. Por meio da análise de

conteúdo de Bardin (2009), buscamos identificar os processos de constituição da

identidade docente na relação com as experiências (LARROSA, 2002) que são constituídas

no processo de formação. A análise das respostas dos estudantes indica a permanência

das expectativas com relação à necessidade de aprofundamento nas áreas com as quais

se identificam, atentando-se para a amplitude dos conhecimentos oferecidos pelo curso,

que satisfaz, até certo ponto, aos que pretendem seguir os caminhos da docência. Uma

mudança identificada nos discursos dos alunos, diz respeito à insatisfação com a proposta

do curso, ao considerarmos que 23,5% abandonaram a formação alegando o foco ao que

chamam de “pedagogização” da Educação Física, justificada pela ausência de disciplinas

que tratem, especificamente, das práticas corporais, o que precisa ser questionado.

17,6% dos alunos esperava que o curso fosse mais “prático” e “dinâmico”, mas dizem que

1 Estudante do CEFD/UFES, PET – Educação Física – E-mail: [email protected]

2 Estudante do CEFD/UFES, PET – Educação Física – E-mail: [email protected]

3 Professora do CEFD/UFES; membro do NUCAPHE/UFES – E-mail: [email protected]

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isso não impede seu envolvimento com os estudos em busca de se tornarem professores

“diferenciados”. Mas o que significa ser um professor “diferenciado”? O currículo de um

curso dá conta dessa formação? Entende-se que uma formação qualitativa é um passo

importante no exercício da docência, mas que ela caminha junto com o

comprometimento diante dos desafios e das possibilidades da profissão. Além disso, à

parte as insatisfações, consideramos que as experiências no curso Licenciatura em

Educação Física do CEFD/UFES têm produzido mudanças significativas, ou como dizia

Larrosa (2002), “alguns afetos” na formação dos estudantes.

Referências PIMENTA, S. G. . Formação de Professores: identidade e saberes da docência. In: Selma

Garrido Pimenta. (Org.). Saberes Pedagógicos e atividade docente. 8a. ed. São Paulo:

Cortez Editora, 2012, v. 1, p. 15-38.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2009.

LARROSA, J. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de

Educação, n. 19, Jan./Fev./Mar./Abr. 2002.

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Implicações da articulação ensino/pesquisa/extensão na trajetória de formação dos/as acadêmicos/as envolvidos/as no Projeto Criadança

Erineusa Maria da Silva1

Rafaella Battisti2 Julieny Pita3

Introdução

A formação tem se constituído em um desafio enorme para as instituições de

ensino, pois esta não se constrói puramente por acumulação de conhecimentos ou

técnicas, mas fundamentalmente situando a práxis como um espaço interativo de

formação de saberes como a reflexividade e a autonomia. Nessa linha, temos privilegiado

a articulação ensino-pesquisa-extensão como “*...+ redes de (auto) formação participada

*...+” (NÓVOA, 1995, p.26) onde o sujeito passa a ser compreendido em sua totalidade

num processo dinâmico e interativo, viabilizando trocas de informações e formação

mútua, além do protagonismo como formador/a em simultaneidade com o papel de

formando/a. Para tal, trabalhamos num processo de interrelação entre a disciplina Atif

(atividade interativa de formação) linguagens II, o projeto de extensão “Criadança” e a

presente pesquisa que tem como questão principal analisar as aprendizagens provocadas

na trajetória de formação dos/as acadêmicos/as envolvidos/as nessa experiência de

formação vivida pela articulação ensino/pesquisa/extensão.

Objetivos

Investigar que aprendizagens foram elaboradas por acadêmicos/as envolvidos/as

nas/pelas experiências de formação realizadas durante as intervenções no projeto

CriaDança, produzidas concomitantemente na/pela disciplina Atif linguagens II.

Especificamente busca-se: analisar as alegações de aprendizagens dos/as

acadêmicos em referência as suas trajetórias de formação antes e após suas intervenções

com/no projeto CriaDança e disciplina Atif, em especial quanto ao conteúdo dança nas

aulas de Educação Física; identificar possíveis dificuldades e potencialidades dos

acadêmicos na realização das intervenções em relação com a sua formação;

Metodologia 1Doutoranda em Educação, professora na Ufes, pesquisadora no Práxis/CEFD/Ufes,

[email protected] 2 Graduanda em Educação física, Ufes, bolsista no Práxis/CEFD/Ufes, [email protected]

3 Graduanda em Educação física, Ufes, bolsista no Práxis/CEFD/Ufes, [email protected]

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A pesquisa, em andamento, tem natureza qualitativa com objetivos exploratórios

e descritivos (GIL, 1999). Os sujeitos são os acadêmicos da disciplina Atif linguagens II no

semestre 2013.2. Como instrumentos de recolha de dados utilizamos de vídeo-gravação,

diários de campo e entrevistas semiestruturadas. Os dados recolhidos foram

categorizados e cruzados conforme sugere Bardin (2009).

Conclusão

Os dados já analisados nos anunciam que as aprendizagens elaboradas nas

experiências de formação articuladas pela relação ensino-pesquisa-extensão tem se

demonstrado mais significativas em possibilitar uma práxis mais autônoma e reflexiva.

Referências BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009.

NÓVOA, António. Os professores e a sua formação. 2. Ed. Publicações Dom Quixote, 1995.

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Trabalho e identidade docente na educação física: investigando os professores supervisores do PIBID/ESFA1

Karen Surlo Caetano2

Mariana Pozzatti3

Introdução

A identidade docente ou identidade profissional se constrói a partir da significação

social da profissão e também pelo significado que cada professor, enquanto ator e autor

conferem à atividade docente no seu cotidiano. Assim, o trabalho docente realizado é

elemento fundamental para se discutir constituição da identidade profissional (TARDIF,

2002).

Este estudo apresenta os resultados parciais de uma pesquisa que trata da

formação e do trabalho do docente em Educação Física do professor supervisor do

Pibid/Esfa e sua relação com o processo de construção de identidade profissional.

Objetivos

Discutir elementos da construção da identidade e trabalho docente com base nos

processos de formação inicial e continuada dos professores supervisores de Educação

Física do Pibid/Esfa, buscando analisar os elementos da formação dos docentes,

compreender a relação da formação inicial e continuada na construção da identidade

profissional na Educação Física, e identificar a os elementos da profissão docente e da

trajetória de formação dos professores envolvidos.

Metodologia

A proposta de trabalho concentra-se na análise, discussão e descrição de

elementos constitutivos do trabalho e da identidade docente dos professores

supervisores do Pibid/Esfa. Quanto aos objetivos, trata-se de uma pesquisa de natureza

quanti-qualitativa, do tipo descritiva e exploratória, que visa a aproximação à escola e aos

sujeitos docentes de Educação Física. Quanto aos procedimentos, está sendo realizada

uma pesquisa de campo. 1 Trabalho desenvolvido com apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (Capes). 2 Discente do Curso de Licenciatura em Educação Física da Escola Superior São Francisco de Assis (Esfa),

Bolsista do Pibid/Esfa e do Programa de Iniciação Científica (PIC). E-mail: [email protected] 3 Mestre em Educação Física, Professora da Esfa e orientadora do PIC, Coordenadora voluntária do

Pibid/Esfa, Pesquisadora do Proteoria. E-mail: [email protected]

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Resultados e discussões

Defendemos a ideia de que o professor é o principal ‘utensílio’ do seu trabalho e

que é o agente principal da sua formação. Percebemos que os docentes vão se

apropriando dos saberes que necessitam para desenvolver seu trabalho no ambiente

escolar muito mais pela própria prática, pois apesar de reconhecerem a importância de

participar de momentos formativos, nem sempre podem fazê-los.

Conclusão

Nas análises iniciais percebemos que o professor reconhece que o trabalho forma

e transforma a prática docente e que sua identidade é construída cotidianamente.

Referências TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.

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PIBID-Educação Física CEFD/UFES: um movimento em espiral

Lorrayne Pereira da Silva1 Cláudia Aleixo Alves2

Giselle Santos Malfer3 Francisco Eduardo Caparróz4

Introdução

Este estudo é fruto das ações realizadas no Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação à Docência (Pibid), em conjunto com o Centro de Educação Física e Desportos da

Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

O mesmo apresenta sua especificidade ao tratar da relação ação-reflexão-ação, ou

seja, o vínculo entre intervenção, pesquisa e construção de uma nova prática. Esse tipo de

estudo tem sido destacado na literatura como uma forma de colaborar para uma

formação de qualidade tanto para quem está na formação inicial, quanto para

professores que já estão exercendo a profissão.

Objetivos

Objetivamos assim compreender e investigar as mudanças ocorridas na prática

pedagógica dos licenciandos que integraram o Pibid por meio das experiências adquiridas

em duas escolas da rede Municipal, na cidade de Vitória (ES), possibilitando, dessa forma,

a construção coletiva da identidade docente dos professores envolvidos no estudo

(formação inicial e continuada).

Metodologia

Utilizamos como estratégia metodológica os princípios da pesquisa-ação que

segundo Caparroz et al. (2007) permite identificar os problemas pedagógicos por meio da

interação entre as experiências dos professores que estão nas escolas e suas

inexperiências, seus anseios , transformando a prática em um processo educativo. Além

da pesquisa-ação optamos pela perspectiva do trabalho coletivo-colaborativo-solidário,

fruto de um processo de ação-reflexão-ação, em que todos os envolvidos no estudo,

como professores das escolas parceiras, bolsistas do Pibid, professores coordenadores e

1 Licencianda em Educação Física (UFES) [email protected]

2 Mestre em Educação Física (UFES) [email protected]

3 Licencianda em Educação Física (UFES) [email protected]

4 Professor Adjunto do Centro de Educação Física e Desportos (UFES) [email protected]

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professores são partícipes (atores e autores), desmistificando a ideia de que o professor

da escola é apenas um simples consumidor do conhecimento que as universidades

produzem.

Resultados e discussão

Portanto, este estudo compreendeu assim como aponta Abreu e Almeida (2011)

não só um processo de busca de conhecimento, mas uma atitude política. Neste sentido,

essa pesquisa estabeleceu relações para se pensar melhoria da formação docente em um

país que, historicamente, apresenta deficiências no campo educacional. Os resultados

revelam que o estudo colaborativo provocou mudanças consideráveis na prática

pedagógica dos licenciandos e dos demais professores integrantes do projeto.

Conclusão

O estudo nos proporcionou uma aproximação com o universo escolar por meio de

valores, experiências e conhecimentos a respeito da complexidade que envolve o longo

caminho do tornar-se professor, e consequentemente uma oportunidade de melhorias da

formação docente dos envolvidos. As dificuldades encontradas nesse processo apontam a

complexidade que envolve a investigação do contexto escolar, tais como o planejamento,

a execução e avaliação das aulas.

Referências ABREU, R. M. de A.; ALMEIDA, D. Di M. de. Refletindo sobre a pesquisa e sua importância

na formação e na prática do professor do ensino fundamental. Revista Entreideias:

Educação, Cultura e Sociedade, n. 14, p. 73-85, jul./dez. 2008. Disponível em:

<www.portalseer.ufba.br/index.php/rfaced/article/.../3217/105>. Acesso em: 09 de mai,

2013.

CAPARRÓZ, F. E. et. al. Formação Inicial de Professores de Educação Física: a prática

pedagógica do professor universitário em questão. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE

CIÊNCIAS DO ESPORTE, 15./ CONGRESSO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE,

2.,Recife. Anais... Recife: CBCE, 2007, CD-ROM.

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GT: GÊNERO

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COMUNICAÇÃO ORAL

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Mulheres cuidadoras de pessoas com deficiências: implicações da aproximação entre a categoria gênero e o cuidado

Rafaela O. Bernardes1

Erineusa Maria da Silva2

Introdução

A discussão sobre a família da pessoa com deficiência ainda é pouco explorada

pelo meio acadêmico, em especial no que tange a figura da pessoa que cuida de filhos/as

com deficiência - geralmente uma mulher. Nosso objeto de estudo está centrado na

relação entre a categoria “cuidado” (MARCONDES, 2013) e categoria de análise “gênero”

(SILVA, 2004). Pressupomos que essa situação percebida acerca da família da pessoa com

deficiência (AMARAL, 1995), em especial da mãe, relaciona-se fundamentalmente pela

posição de gênero assumida/imputada pela/na mulher na sociedade, o que produz

consequências para a vida das mulheres pesquisadas e implica a presença/ausência do

pai nessa relação de cuidado.

Objetivos

Analisar o ser mulher cuidadora de pessoas com deficiência a luz da categoria

gênero em relação a categoria cuidado, buscando compreender o fato de a maioria ser do

sexo feminino, as consequências disso para a vida dessas mulheres, a presença/ausência

do pai nessa relação de cuidado e suas implicações.

Metodologia

O trabalho, de cunho qualitativo, com objetivo descritivo, teve como sujeitos da

pesquisa sete mães dos jovens e adultos com deficiência participantes do projeto de

extensão “Cuidadoras que dançam”. Utilizou como instrumentos de recolha de dados,

entrevistas com questões semiestruturadas, sendo que as interpretações se basearam na

análise de conteúdos.

1 Professora de Educação física, Ufes, pesquisadora no Práxis/CEFD/Ufes, [email protected]

2 Doutoranda em Educação, professora na Ufes, pesquisadora no Práxis/CEFD/Ufes,

[email protected]

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Conclusão

Concluímos que as mães cuidadoras estão nesse lugar por uma construção

histórico-cultural e que há uma sobrecarga de trabalho imputada a figura feminina que

carece do desenvolvimento de políticas públicas que garantam equipamentos sociais para

uma distribuição mais equitativa desse trabalho de cuidado entre o Estado e a família.

Ademais, a pesquisa sugeriu uma necessária reconfiguração dos papéis sociais de gênero

nesse processo familiar.

Referências AMARAL, Lígia Assumpção. Conhecendo a deficiência (em companhia de Hércules).Série

Encontros com a Psicologia. São Paulo-SP: Robe editorial, 1995.

MARCONDES, Mariana Mazzini. O cuidado na perspectiva da divisão sexual do trabalho:

contribuições para os estudos sobre a feminização do mundo do trabalho. In:

YANNOULAS, S.C. (Coord.). Trabalhadoras: Análise das profissões e ocupações. Brasília:

Editora Abaré, 2013.

SILVA, Erineusa Maria da Silva. As relações de gênero no magistério: a imagem da

feminização. Vitória: Edufes, 2004.

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Taekwondo feminino: gênero e motivação na literatura de educação física

Flavia Cristiane dos Reis Pereira1 Felipe Ferreira Barros Carneiro2

Introdução

Conforme Devide (2005), historicamente a mulher enfrentou dificuldades na

prática de esportes classicamente considerados exclusivamente masculinos, dentre os

quais incluía-se o Taekwondo. Em 1988, nos jogos olímpicos de Seul, a modalidade

figurou pela primeira vez como esporte de apresentação, porém somente em disputas

masculinas. A primeira presença de mulheres competindo nesse megaevento ocorreu

somente nos jogos de Sydney no ano de 2000 quando o Taekwondo consolidou-se como

esporte Olímpico. A busca das mulheres pelas artes marciais remete a discussão dos

conceitos de gênero que se construiu socialmente e questões sexuais ligadas às condições

endócrinas. A compreensão de si mesmo pelo indivíduo traz a preocupação com a saúde

e a busca pelo prazer, sendo os benefícios das artes marciais cada vez mais divulgados

pelas diversas formas de mídia.

Objetivos

O objetivo deste trabalho foi verificar as diferenças sexuais e de gênero da mulher

no Taekwondo, buscando soluções motivacionais contra possíveis problemas que possam

surgir devido dificuldades encontradas na prática.

Metodologia

Para o desenvolvimento desta pesquisa foi realizada uma revisão na literatura

sobre as temáticas Taekwondo, mulher e motivação, baseando-se em artigos científicos,

revistas e livros. Nestes termos a construção deste artigo está composta de dezesseis

obras, onde foram três livros, doze artigos e uma dissertação de mestrado.

Resultados e discussão

De acordo com Nicholson (2000) as definições de gênero construídas pela

sociedade estão relacionadas desde a forma de se vestir ao esporte que o homem ou a

mulher podem praticar. Devido a este cenário sócio-histórico apontado, para Poeschl

1 Graduada em Educação Física, Faculdade Unida de Vitória, [email protected]

2 Mestre em Educação Física, Universidade Vila Velha, Proteoria, [email protected]

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(2003), as mulheres, ao realizarem atividades, até então, contrárias à sua “natureza”,

sentem-se pouco confiantes, apresentando incertezas sobre suas competências. As

dificuldades das mulheres estão muito mais relacionadas às demandas de gênero do que

sexuais, onde através destes conceitos sociais as mulheres apresentam uma baixa na

autoconfiança que leva ao baixo rendimento em práticas competitivas ou nos treinos.

No estudo foi possível resgatar que, de acordo com suas características, as

mulheres apresentam vantagens e desvantagens nos esportes de lutas em geral

(Samulski, 2002). É importante trabalhar muito bem o feedback emocional e a relação

entre professor e aluno. A motivação é essencial na prática feminina do Taekwondo, pois

segundo Minicucci citado por Albuquerque (2008), trata-se de uma força impulsionadora

a obtenção de metas e alcance de objetivos.

Conclusão

Portanto, a motivação deve ser analisada pelo treinador individualmente com as

atletas, pois o que pode ser motivante para uns, pode não surgir o mesmo efeito para

outros, resgatando cada vez mais o melhor rendimento nos treinamentos,

proporcionando o bem estar, por meio de ferramentas que possibilitem o incentivo à

prática do esporte.

Referências ALBUQUERQUE, M. R. Avaliando a Motivação no esporte. 2008. Disponível em:

<http://www.bang.com.br/arq_enviados/Avaliando_a_Motivacao_no_Esporte.pdf >:

acesso em: 29 nov. 2011.

DEVIDE, F. P. Coubertin e Samaranch. Da exclusão à inclusão das mulheres nos jogos

Olímpicos modernos. Corpus et Scientia. 1(1): 00-00, 2005. Disponível em:

<http://scholar.google.com.br/scholar?cluster=14215155336897660792&hl=pt-

BR&as_sdt=0,5> acesso em: 30 abril. 2012.

NILCHOLSON, L. Interpretando o Gênero. Estudos Feministas, ISSN 0104-026X,

Florianópolis, Brasil. v.8, n.2. 2000. Disponível em: <

http://150.162.1.115/index.php/ref/article/view/11917/11167> Acesso em: 25 mar.

2012.

POESCHL, G. et al. As diferenças entre os sexos: mito ou realidade? Disponível em:

<http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v21n2/v21n2a08.pdf> acesso em: 19 nov.

2011.

SAMULSKI, Duetmar M. Psicologia do Esporte. São Paulo: Manole, 2002.

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PÔSTER

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O homem no universo da dança: experiencias na graduação

Webert Fernando da Silva1 Karen Calegari Santos Campo2 Leonardo Luíz da Silva Araújo3

Lucas Yuri Silva Reis4 Wagner Müller Estevam5

Introdução

Problematizando a dificuldade do homem com as danças questiono: Por que

consegui me encontrar neste universo da dança? Neste trabalho apresento minha

inserção no projetos de extensão: Andora e Fordan e também na disciplina

Conhecimentos metodologia da dança. Para produção deste texto foram estudados os

elementos textuais de Pacheco (1999) , Kleinubing ( 2009 ) e os filmes: “Sob a luz da

fama” e “honey, no ritimo dos seus sonhos”.

Experiência com a dança

No ano de 2013/1 ingressei na universidade federal do Espírito Santo. Tendo que

me matricular em minhas disciplinas obrigatórias tive a informação da necessidade de

também começar a fazer as optativas. Sendo assim decidi inicialmente escolher

atividades que eu tinha maior afinidade e interesse. Com isto em mente me matriculei na

disciplina Danças e Folguedos.

A oficina danças e folguedos que oportunizou vivenciar a diversidade das danças

do Brasil que até então eu não tinha nem um conhecimento. Esta oficina provocou em

mim o gosto pelas danças para-folcloricas e pouco tempo depois fui convidado a

participar do projeto de extensão Andora que criou a Cia de Dança Andora. Junto ao

grupo aprimorei meu conhecimento sobre as danças e tive/tenho a oportunidade de por

em pratica os conhecimentos em diversas apresentações. O projeto de extensão tem

1 Graduando em Educação Física e membro do grupo FORDAN (Formação em Dança), no Centro de

Educação Física da na Universidade Federal do Espírito Santo. Contato: [email protected] 2 Doutoranda em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo e membro do grupo FORDAN

(Formação em Dança), no Centro de Educação Física da UFES. Contato: [email protected] 3 Bacharel de Artes Plásticas da Universidade Federal do Espírito Santo e membro do grupo

FODAN(Formação em Dança), no Centro de Educação Física da na Universidade Federal do Espírito Santo. Contato: [email protected] 4 Graduando em Educação Física e membro do grupo FORDAN (Formação em Dança), no Centro de

Educação Física da na Universidade Federal do Espírito Santo. Contato: [email protected] 5 Graduando em Educação Física e membro do grupo FORDAN (Formação em Dança), no Centro de

Educação Física da na Universidade Federal do Espírito Santo. Contato: [email protected]

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como objetivo a formação de professores para atuação direta no ensino do folclore em

escolas e comunidades do estado do Espírito Santo.

Conhecendo outros espaços da universidade conheci o projeto de extensão

FORDAN que oferta aos alunos do centro de educação física a oportunidade de

conhecerem e vivenciarem diversas modalidades de dança. Sendo assim passei a fazer

parte também desse projeto onde além de aprender as danças também me foi ofertado

a possibilidade de compreender o processo de ensino das mesmas e reflexões criticas do

universo da dança.

Conclusão

Concluo este trabalho respondendo uma questão: Por que eu homem consegui

me encontrar neste universo da dança?Alguns estudos que podem responder esta

pergunta é os de (SARAIVA-KUNZ, 2003; KLEINUBING, 2009), que mostram que homem

ou mulheres que em sua infância possuem vivência em dança ou qualquer outro tipo de

atividades que trabalham expressão corporal tendem a gostar de dançar. Infelizmente

nos textos há um consenso de que mulheres ganham maior reforço e incentivo para

realizarem tais atividades. Minha experiência com a dança, no entanto, não foi na

infância, mas na graduação.

Sendo assim sugiro aos alunos que não tiveram experiência com dança, que

façam as disciplinas ofertadas pelo CEFD/UFES em dança, mas que também se insiram

em outras oportunidades para vivenciarem o conteúdo suprindo a dificuldade que trazem

da infância.

Referencias

PACHECO, A. J. P. Educação Física e dança: uma análise bibliográfica; Revista Pensar a

Pratica. Jun./Jun. 1999.

KLEINUBING, N. D. A dança com o espaço-tempo de intersubjetividades: possibilidade da

educação física no ensino médio. 2009. 132 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física)-

Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009.

SARAIVA-KUNZ, MC. Dança e Gênero na Escola: formas de ser e viver mediadas pela

educação estética. 2003. Tese (Doutorado em Motricidade Humana na especialidade de

dança)-Faculdade de Motricidade Humana, Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa, 2003.

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Gênero na Educação Infantil: um estudo com homens que trabalham como professores na educação de crianças em um CMEI de Vitória

Thiago Queiroz Sarnaglia1

Nelson Figueiredo de Andrade Filho2 Introdução

Este tema surgiu com as observações que estamos realizando em um Centro

Municipal de Educação Infantil (CMEI) em Vitória, ES. As observações são parte das

estratégias do Programa de Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID), com

vistas à nossa formação como professores no Curso de Licenciatura Educação Física do

CEFD/UFES. Com as observações notamos escassa presença de homens envolvidos no

processo de educação de crianças pequenas. Embora poucos funcionários, especialmente

professores homens, sejam encontrados nesse contexto, optamos por investigar como

estes se sentem e como consideram que contribuem na educação das referidas crianças.

Objetivo

Entender como os homens que atuam na Educação Infantil que atuam em um

CMEI de Vitória, ES, explicam seu interesse em trabalhar no processo de educação de

crianças pequenas.

Metodologia

Com entrevistas individuais e com diálogos em grupo pretendemos abordar a

temática em questão. Especificamente queremos saber quais interesses atraem os

homens que atuam na Educação Infantil em um CMEI de Vitória para realizar essa tarefa?

A interpretação dos sentidos colhidos nas entrevistas e na reunião de grupo será

realizada em diálogo com discussão teórica proposta por Sayão (2005, p. 17) “*...+ em que

o intuito não é problematizar o “sexo” dos sujeitos, mas as masculinidades e

feminilidades presentes no contexto educatitivo das instituições”.

1 Estudante do Curso de Licenciatura em Educação Física, integrante do PIBID/CEFD/UFES. E-mail:

[email protected] 2 Professor do Curso de Licenciatura em Educação Física, coordenador do PIBID/CEFD/UFES. E-mail:

[email protected]

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Resultados e Discussão

É interessante perceber que alguns homens se dedicam à Educação Infantil, um

campo de trabalho notadamente dominado pelas mulheres. Outros parecem não se

interessar por esta “aventura” exatamente por considera que esse é mesmo um terreno

feminino. Se há ou não há preconceito não sabemos. Para além dessa questão, é

interessante analisar a experiência de trabalho daqueles que se dispusera a participar

desse processo. Por isso, vamos tentar entender os sentimentos e as explicações

apresentadas pelos próprios atores envolvidos. Sem dúvida, entre estes, haveremos de

conversar com diretores, vigilantes, auxiliares de limpeza e professores, particularmente

de Educação Física.

Conclusão

A investigação está em andamento.

Referências SAYÃO, Deborah Thomé. Relações de gênero e trabalho docente na Educação Infantil:

um estudo de professores em creche. UFSC/CCE/PPGE – Curso de Doutorado em

Educação. Florianópolis –SC, 2005.

Palavras-chave: Educação Infantil. Homens. Educação Física.

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GT: INCLUSÃO E DIFERENÇA

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COMUNICAÇÃO ORAL

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Apontamentos reflexivos sobre formação continuada, educação física e inclusão

Jolimar Cosmo1 José Francisco Chicon2

Introdução

Diante da mutabilidade do mundo e de sua ressonância sobre o ambiente escolar,

é incoerente falar numa formação humana e/ou docente que seja finita e estática. Nesse

sentido, dialoga-se com o conceito de formação de Nóvoa (1995) como uma atividade

viva e contínua na construção da subjetividade humana e com a compreensão da

Educação Física como um espaço rico para se trabalhar a diversidade humana (CHICON,

2005). A Inclusão, por sua vez, coloca-se como um excelente pretexto para o

aprimoramento da escola e dos sujeitos que ali atuam para eliminar as formas de

discriminação e exclusão social (MANTOAN, 1999).

Objetivo

Analisar as temáticas de Formação Continuada (FC), Educação Física (EF) e

Inclusão e indicar, por meio dos referenciais teóricos abordados, possíveis caminhos para

constituição de espaços-tempos potencializadores dessa reflexão.

Metodologia

Trata-se de uma análise comparativa, de cunho qualitativo, de duas pesquisas

bibliográficas que versam sobre FC, EF e Inclusão (CHICON, COSMO, 2012; CHICON,

PETERLE, SANTANA, 2013).

Resultados e discussão

Cinco tópicos emergiram da convergência dos trabalhos analisados, a saber: a

fragilidade da formação docente inclusiva; FC como enriquecimento e reconstrução

profissional; práticas reflexivas e dialogais; espaços de trocas de experiência; valorização

das histórias de vida.

1 Licenciado em Pedagogia (UNITINS) e bacharel em Educação Física (UFES), mestrando –

PPGEF/CEFD/UFES, professor da PMV e PMS (ES), membro e pesquisador do LAEFA/CEFD/UFES, [email protected]. 2 Doutor em Educação (USP), professor associado - PPGEF/CEFD/UFES, coordenador do LAEFA/CEFD/UFES,

[email protected].

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Conclusão

Considera-se que os apontamentos podem elucidar a práxis, transpassada pelo

cotidiano escolar, bem como possibilitar para a (re)construção da prática docente

inclusiva.

Referências CHICON, J. F. Inclusão na educação física escolar: construindo caminhos. 2005. 426 f.

Tese (Doutorado em Educação) — Programa de Pós-Graduação em Educação, FEUSP, São

Paulo, 2005.

CHICON, J. F.; PETERLE, L. L.; SANTANA, M. A. G. de. Formação, educação física e inclusão:

um estudo em periódicos. In: CONBRACE/CONICE, 18 e 5., 2013, Brasília. Anais

eletrônicos... Disponível em: <

http://www.rbceonline.org.br/congressos/index.php/conbrace2013/5conice/paper/view

/5286/2942 >. Acesso em 22 fev. 2014.

COSMO, J.; CHICON, J. F. A formação do professor de educação física na perspectiva da

inclusão: um estudo em anais do Conbrace/Conice. In: SEM. NAC. DE EDUC.

ESPECIAL/SEM. CAPIXABA DE EDUC. INCLUSIVA, 2 e 13., 2012, Vitória-ES. Anais... Vitória-

ES: Ufes/PPGE, 2012. 1cd-rom, v.1. p. 837-848.

MANTOAN, M. T. E. Novos cenários de compreensão da aprendizagem. Educação em

Foco, Juiz de Fora, v. 4, n. 2, p. 13-25, 1999.

NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, A. (Org.). Os

professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1995. p. 15-33.

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Educação física, formação continuada e inclusão: a (re)construção da subjetividade do trabalho docente

Jolimar Cosmo1

José Francisco Chicon2

Introdução

A (re)construção da subjetividade tem sido abordada de diferentes formas e por

estudiosos de áreas diversas e sob múltiplas dimensões (cognitivas, afetivas e

emocionais). Nosso interesse reside no processo subjetivo que faz parte da construção da

individualidade humana, assim como compreender a constituição do ser-professor

enquanto uma postura social. Portanto, entende-se a subjetividade como um

macroconceito que integra processos complexos e organização psíquicas, desenvolvido

nas relações sociais e históricas como instâncias essenciais para compreender o gênero

humano, assim como as posturas sociais assumidas e vivenciadas no cotidiano

(GONZÁLEZ REY, 2004).

Objetivos

Analisar, sob o viés da Teoria da Subjetividade de González Rey (2004), a relação

entre Educação Física (EF), Formação Continuada (FC) e Inclusão.

Metodologia

Trata-se de uma revisão de literatura para compor o referencial teórico de uma

pesquisa de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação Física (UFES).

Resultados e discussão

Valendo-se das categorias de González Rey (2004; 2005), na busca de uma

compreensão sobre a subjetividade do trabalho docente, ou seja, do “ser-professor”,

chegou-se a quatro indicações interpretativas, a saber: 1) o sujeito enquanto ser histórico

e social, anterior e concomitante com a profissão; 2) o sentido subjetivo e a interpretação

do mundo, aspectos esclarecedores da posição do sujeito perante a realidade; 3) as 1 Licenciado em Pedagogia (UNITINS) e bacharel em Educação Física (UFES), mestrando –

PPGEF/CEFD/UFES, professor da PMV e PMS (ES), membro e pesquisador do LAEFA/CEFD/UFES, [email protected]. 2 Doutor em Educação (USP), professor associado - PPGEF/CEFD/UFES, coordenador do LAEFA/CEFD/UFES,

[email protected].

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subjetividades individuais e sociais que atravessam e são atravessadas pelas diversas

instâncias e tempos; e 4) a configuração subjetiva como representação sistêmica da ação

dos sujeitos do mundo.

Conclusão

Considerando a interconectividade e indivisibilidade das categorias propostas por

González Rey (2004, 2005), devido a relação dialética que as sustentam, percebe-se que

os processos constitutivos do ser-professor, são formados e reformulados nas mais

diversas situações de vida, nas variadas instâncias espaço-temporais e na multiplicidade

de relações, inclusive nos grupos de FC em Educação Física que potencializam discussões

capazes de incorporar e (re)construir um saber-fazer que modela o docente no decorrer

de sua trajetória pessoal, educacional e profissional.

Referências GONZÁLEZ REY, F. L. O social na psicologia e a psicologia social: a emergência do sujeito.

Petrópolis/RJ: Vozes, 2004.

______. Sujeito e subjetividade: uma aproximação histórico-cultural. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

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Educação física e a gestão da aula na inclusão de uma criança com deficiência múltipla

Leonardo Pasolini1

Paulo Roberto Silva Junior2 José Francisco Chicon3

Introdução O debate em torno da Educação Inclusiva se baseia no direito de todas as

pessoas de receberem uma educação de qualidade que considere suas características

e habilidades e que satisfaça suas necessidades básicas de aprendizagem. A inclusão,

no âmbito da educação, pressupõe a eliminação das barreiras físicas, atitudinais e

procedimentais que impedem o acesso ao direito à educação a muitos indivíduos.

Objetivos

Discutir e analisar as contribuições que a gestão da aula pelo professor de

Educação Física pode operar aos processos inclusivos de crianças com deficiência

múltipla.

Metodologia O estudo se configura em uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso

(MOLINA, 1999). Os participantes do estudo foram 15 crianças, de ambos os sexos,

com idades de quatro anos, sendo 14 crianças do Centro de Educação Infantil

Criarte/Ufes com desenvolvimento típico e uma com deficiência múltipla, oriunda da

comunidade de Vitória-ES. Como instrumentos de coleta de dados utilizamos a

observação, videogravação das sessões e registros em diário de campo.

1 Bolsista PID. Graduando em Educação Física/licenciatura. Universidade Federal do Espírito Santo.

Laboratório de Educação Física Adaptada (Laefa). [email protected] 2 Bolsista Fapes. Graduando em Educação Física/licenciatura. Universidade Federal do Espírito Santo.

Laboratório de Educação Física Adaptada. [email protected].] 3 Professor doutor do Departamento de Ginástica do Centro de Educação Física e Desportos da Ufes,

Laboratório de Educação Física Adaptado (Laefa), [email protected]

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Resultados e discussão Alunos com deficiência múltipla podem apresentar alterações significativas no

processo de desenvolvimento, aprendizagem e adaptação social. Possuem variadas

potencialidades, possibilidades funcionais e necessidades concretas que necessitam

ser compreendidas e consideradas.

H é uma criança de 11 anos que possui múltiplas deficiências. Considerando as

características desse caso (paralisia cerebral/cadeirante, autismo e baixa visão), nosso

trabalho foi norteado a partir das possibilidades/limitações do aluno. Buscamos

sempre estimular os seus sentidos acerca de sua percepção sensorial, para assim

conseguirmos provocar avanços e fomentar a inclusão. Com isso, trazemos um trecho

do diário de campo que destaca as ações pedagógicas propostas. - H estava tocando tambor com nossa ajuda e nós estávamos cantando, ele se divertia muito. Chamamos outras crianças para brincarem, falamos que íamos fazer uma banda, algumas pegaram instrumentos para tocar e um aluno disse que ia fazer o DVD da banda (Diário de campo, 25/10/2012).

Nesse bojo, tomaremos o lúdico como ferramenta ao desenvolvimento das

práticas corporais dentro do espaço da brinquedoteca, no sentido de promover ações

que contemplem a interação de um aluno que apresenta deficiência múltipla no

mesmo espaço/tempo (CHICON, 2013).

Conclusão

A partir das relações sociais e das atividades promovidas, o sujeito com

deficiência múltipla, pode se sentir pertencente ao grupo e o mesmo pode percebê-lo

enquanto membro. Esse movimento ocorreu por meio de uma mediação pedagógica

bem definida e sistematizada por parte dos professores oportunizando as interações

entre aluno/aluno e professor/aluno envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

Daí as contribuições de uma proposta pedagógica inclusiva em Educação Física,

fomentando aspectos, como mediação e interação, fundamentais para o processo de

inclusão do mesmo.

Referência RODRIGUES, A. J. Contextos de aprendizagem e integração/inclusão de alunos com

necessidades educacionais especiais. In: RIBEIRO, M. L. S.; BAUMEL, R. C. R. de C.

(Org.). Educação especial: do querer ao fazer. São Paulo: Avercamp, 2003. p. 13-26.

MOLINA, R. K. O enfoque teórico metodológico qualitativo e o estudo de caso: uma

reflexão introdutória. In: TRIVIÑOS, A. N. S.; MOLINA NETO, V. A pesquisa qualitativa

Page 273: ISBN: 978-85-67757-04-9 XIII CONESEF - virtuallivros.com.br · Profa. Dra. Maria das Graças Carvalho Silva de Sá Depto. Ginástica CEFD/UFES ... Ms. Lidiane Picoli Lima Liliane

271

na educação física: alternativas metodológicas. Porto Alegre: UFRGS/Sulina, 1999. p.

95-105.

CHICON, J. F. Jogo, mediação pedagógica e inclusão: um mergulho no brincar. 2. ed.

Várzea Paulista, SP: Fontoura, 2013.

Page 274: ISBN: 978-85-67757-04-9 XIII CONESEF - virtuallivros.com.br · Profa. Dra. Maria das Graças Carvalho Silva de Sá Depto. Ginástica CEFD/UFES ... Ms. Lidiane Picoli Lima Liliane

272

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273

A dança popular potencializando a inclusão de jovens e adultos com deficiência: uma perspectiva criativa

Andressa Prata Leite Damiani1

Maria das Graças Carvalho Silva de Sá2

Introdução

A dança é uma manifestação cultural que oportuniza aos seus praticantes

diferentes possibilidades para se movimentar, se expressar, se conhecer e se perceber

enquanto sujeito individual e, ao mesmo tempo coletivo, na medida em que dança

“*...+ pode propiciar a aceitação, a valorização e a experiência de que diferentes corpos

criam diferentes danças *...+” (SANTOS & FIGUEIREDO 2002-2003, p. 111).

Nesta mesma direção, as danças populares são compreendidas como uma

manifestação corporal que pode ou não, estar atrelada a uma tradição. Em grande

parte, são reapropriações de danças já existentes, que possibilitam entrar em contato

com a cultura de vários povos e suas diferentes formas de expressão (GOMES, 2012).

Mesmo considerando que as danças populares possuem uma técnica mais

tradicional de dançar, estas possibilitam um espaço/tempo de criação e expressão, de

forma que cada aluno possa vivenciá-las e recriá-las, ou seja, elas são dotadas de uma

liberdade que permite a ressiginificação e a criação de novos saberes corporais

multifacetados e polissêmicos (VIANA, 2005).

Objetivo

Descrever e analisar as experiências de dança popular para 40 jovens e adultos

com deficiência intelectual participantes do projeto de extensão: “Prática pedagógica

de Educação Física Adaptada para jovens e adultos com deficiência” do

LAEFA/CEFD/UFES com foco nas possibilidades de (re)conhecimento das capacidades

criativas e autônomas dos sujeitos dos envolvidos.

1 Graduanda em Educação Física/Bacharelado, Centro de Educação Física e Desportos/CEFD da

Universidade Federal do Espírito Santo/UFES, Laboratório de Educação Física Adaptada/LAEFA, [email protected]. 2 Profª Drª em Educação Física, Centro de Educação Física e Desportos/CEFD da Universidade Federal do

Espírito Santo/UFES, Laboratório de Educação Física Adaptada/LAEFA, [email protected].

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274

Metodologia Pesquisa qualitativa de natureza exploratória e descritiva. Os sujeitos

participantes foram 40 jovens e adultos com deficiência intelectual procedentes da

APAE de Vitória/ES, da Pestalozzi (Serra) e da comunidade. Como instrumentos de

coleta de dados, utilizamos os registros das aulas, fotografias e videogravações dos

momentos de intervenção. Os dados foram analisados com base na Análise de

conteúdos (BARDIN, 2004).

Resultados e discussão

Na medida em que seus praticantes vivenciam as diversas manifestações

rítmicas da dança, constroem novas expressões e formas de ser e agir no mundo,

possibilitando assim, a descoberta de novos sentidos, não somente da própria dança,

mas de como este sujeito se relaciona com o seu contexto.

No momento em que os sujeitos estão dançando, seus corpos se tocam e se

inter-relacionam, pois no encontro das diversas formas de corpo, de dança e de

expressão, o sujeito se (re)conhece, se (re)descobre, (re)conhece o outro e se percebe

nessa relação, seja pelas sensações, os movimentos, e o contato com os professores e

colegas.

Conclusão

Podemos concluir que a experimentação da dança popular como possibilidade

criativa proporcionou a seus praticantes a possibilidade conhecer e vivenciar a cultura

de diferentes povos em suas diferentes formas de expressão, num movimento

dialético de (re)descobrir de si e de si com o outro, provocando processos de

transformação e (re)construção de sua identidade, fortalecendo a sua autonomia e,

consequentemente, se sentindo pertencentes ao coletivo.

Referências BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2004.

GOMES, L. R. S. Oficina de docência de danças populares. – Vitória: Universidade

Federal do Espírito Santo, Núcleo de Educação Aberta e à Distância, 2012.

SANTOS, R. C. dos; FIGUEIREDO, V. M. C.. Dança e inclusão no contexto escolar, um

diálogo possível. Revista Pensar a prática, v.06, p.107-116, 2003.

VIANA, R. N. A. Corpo, Estética e Dança Popular: situando o Bumba-meu-boi. Revista

Pensar a Prática, v.08, n.02, 2005.

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Trajetórias de vida e formação: o esporte adaptado nas aulas de educação física

Laís Albuquerque Rodrigues1 Renata de Souza Santos2

Adriana Estevão3 José Francisco Chicon4

Introdução

O trabalho se constituiu a partir da necessidade de se apresentar a possibilidade

de ensino dos esportes adaptados nas aulas de educação física, não como um conteúdo

limitado para alunos com alguma deficiência, mas como uma prática corporal que faz

parte da produção de conhecimento e cultura humana. Nesse contexto, foi importante a

problematização em relação ao olhar que a sociedade lança sobre a deficiência e as

relações que vêm sendo construídas a partir dessa ótica. Nesse sentido, o estágio foi uma

oportunidade para propormos esse conteúdo de ensino nas aulas de educação física.

Objetivos

Esse estudo buscou analisar a nossa experiência de ensino, que teve como

proposta os esportes adaptados, vivenciada na disciplina de estágio supervisionado no

ensino médio, do curso de educação física (licenciatura) da Universidade Federal do

Espírito Santo (UFES).

Metodologia

Utilizamos como metodologia a pesquisa qualitativa, do tipo memorial, dando às

nossas trajetórias de vida e formação um papel relevante no trabalho, pois elas trazem os

sentidos e significados da nossa formação e evidenciam-se nas proporções que tomaram,

como foi, no caso, o do estágio no ensino médio. Também destacamos esta pesquisa

como descritiva, ao utilizarmos os detalhamentos da experiência do estágio e as reflexões

dos alunos acerca das discussões trazidas com o conteúdo proposto, tendo por base a

análise de conteúdo (BARDIN, 1977).

1 Licenciada em Educação Física, UFES, [email protected]

2 Licenciada em Educação Física, UFES, [email protected]

3 Doutora em Ciências Sociais, UFES, pesquisadora do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas sobre

Saúde, Cultura e Sociedade (Salus) e do Laboratório de Educação Física Adaptada (Laefa), [email protected] 4 Doutor em Educação, UFES, coordenador do Laboratório de Educação Física Adaptada (Laefa),

[email protected]

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Resultados e discussão

A temática da inclusão transversalizou as aulas de educação física para além da

apropriação do esporte como prática corporal da cultura humana, e atingiu a reflexão da

in/exclusão proposta por Veiga-Neto (2011). Inferimos que, mesmo que em sua maioria

apresentem uma visão assistencialista e heróica a respeito da temática, os alunos

ampliaram o olhar acerca da deficiência e da pessoa com deficiência a partir das

experiências e das problematizações propostas nas aulas.

Conclusão

Consideramos enriquecedora a experiência de docência na elaboração de práticas

pedagógicas relacionadas a um conteúdo pouco trabalhado no cotidiano escolar; no

desenvolvimento de uma prática docente que extrapola, principalmente, as fronteiras

técnicas; além de nos sensibilizar juntamente com os alunos e fazer-nos pensar nas

práticas do cotidiano escolar, na relação e no cuidado com o outro, sobretudo quando se

trata de pessoas com deficiência, convidando-nos a uma reflexão de afirmação das

diferenças.

Referências BARDIN, Laurence. Análise de conteúdos. Lisboa: Edições 70, 1977.

VEIGA-NETO, Alfredo. Inclusão, exclusão, in/exclusão. Verve, 20: 121-135, 2011.

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Inclusão e educação física: a mediação pedagógica do professor na brinquedoteca

Leilane Lauer Huber1

Thaís Rodrigues Mardegan de Albiaís2 José Francisco Chicon3

Introdução

Tendo em vista a importância da brincadeira e do jogo na infância, utilizamos

esses conteúdos para estimular e desenvolver em diferentes aspectos as crianças

atendidas no projeto “Brinquedoteca: aprender brincando”, onde os

professores/brinquedistas do curso de Educação Física atuam na avaliação, planejamento

e execução das atividades a serem desenvolvidas com turmas inclusivas. Também cabe

destacar, a importância da interação de crianças com e sem deficiência no mesmo

espaço/tempo, mediadas pela ação dos brinquedista que estimulam, enriquecem e

ampliam as possibilidades lúdicas da criança.

Traçamos como objetivo descrever e analisar em que medida a mediação

pedagógica dos brinquedistas contribui no processo de inclusão de alunos com e sem

deficiência na brinquedoteca.

Metodologia

O estudo se configura numa pesquisa qualitativa de caráter descritivo e

exploratório (LUDKE; ANDRÉ, 1986). As intervenções tiveram uma conotação lúdica por

meio de jogos e brincadeiras.

Participaram do projeto 15 crianças do Centro de Educação Infantil da Ufes e 5

crianças com deficiência oriundas da comunidade. Os atendimentos foram realizados

todas as quintas-feiras, das 14 às 15h, na Brinquedoteca, no Laboratório de Educação

Física Adaptada, Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Espírito

Santo. Para além desse momento, a equipe de pesquisa se reunia logo após o

atendimento para realizar a avaliação da intervenção do dia e o planejamento do

encontro seguinte bem como estudos de textos relacionados à temática em tese.

1Graduada do curso de Licenciatura em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos da UFES,

Laefa, [email protected]. 2Graduada do curso de Licenciatura em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos da UFES,

Laefa, [email protected]. 3Professor Doutor do Departamento de Ginástica do Centro de Educação Física e Desportos da UFES, Laefa,

[email protected].

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Para o registro foram utilizados os seguintes instrumentos: diário de campo,

fotografias e vídeogravação. Os dados coletados foram analisados e interpretados,

culminando na descrição e análise de dois episódios representativos da ação mediadora

dos brinquedistas com os alunos no processo de inclusão.

Resultados e discussão

Destacamos e apresentamos dois episódios. Abordamos o caso da aluna Maria,

com desenvolvimento típico pertencente ao grupo da Criarte, na qual apresentava um

comportamento de isolamento dos demais alunos, o de Caio, criança com paralisia

cerebral e autismo, no qual as crianças não se aproximavam. Nos dois casos traçamos

estratégias de intervenção/mediação para promover o processo de inclusão. Podemos

observar, assim como afirma Vygotsky (1991), que as crianças aprendem melhor em um

espaço de interação, compartilhando as experiências com outros indivíduos de seu laço

de relação.

Conclusão

A mediação dos professores/brinquedistas foi fundamental para que o processo

de inclusão se consolidasse, visto que sem as ações desenvolvidas por eles, os quadros de

exclusão dos episódios supracitados poderiam não se alterar. Assim, fica claro que para

que o avanço efetivo do processo de mediação é preciso uma aproximação com os

sujeitos envolvidos. É na relação com o outro e a partir dos subsídios que ele oferece é

que se encontram as estratégias necessárias que ditarão a melhor forma de intervenção

para cada caso.

Referências LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São

Paulo: EPU, 1986. (Temas básicos de educação e ensino).

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos

psicológicos superiores. 4. ed. São Paulo: Martim Fontes, 1991.

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Sábado animado: um dia de esporte e lazer para pessoas com deficiência e seus familiares

Wagner Müller Estevam1

Elissandra Caramuru Fritoli2 Patricia dos Santos Uliana3

Vandré de Castro Tóffoli4

Introdução

Com o início na disciplina “Educação Física, Adaptação e Inclusão”, ministrada

pelo prof. Chicon para os alunos do 7° período do curso de Bacharelado em Educação

Física, no primeiro semestre de 2014, organizamos e realizamos o projeto “Sábado

Animado: um dia de esporte e lazer para pessoas com deficiência e seus familiares”,

fundamentado em duas vertentes: uma direcionada ao lazer e outra ao esporte, que se

interrelacionam. O lazer significa atividades praticadas nos tempos livres como

divertimento, entretenimento, distração, recreio e descanso (FERREIRA, 1999). Quanto

à prática do esporte para pessoas com deficiência, um dos seus compromissos foi com

a inclusão e a participação das pessoas, acreditando que qualquer pessoa pode

aprender a praticar esportes dentro de suas potencialidades e limitações (CHICON,

2013). Entende-se por inclusão a garantia, a todos, do acesso continuo ao espaço

comum da vida em sociedade (PARECER n.17/2001).

Objetivos

O Sábado Animado teve como objetivo promover atividades socioculturais para

atendimento de pessoas com deficiência e seus familiares na perspectiva do esporte e

lazer no CEFD. Propiciando interações entre alunos, pais e professores/acadêmicos do

Curso de Educação Física Bacharelado, durante a realização do evento.

Metodologia

O projeto “Sábado animado” foi realizado nas quadras externas do Centro de

Educação Física e Desportos/Ufes, no dia 7 de junho de 2014, das 9h às 12h e contou

com a participação de 40 adolescentes, jovens e adultos com deficiência e seus

1 Graduando em Educação Física Bacharelado, [email protected]

2 Graduando em Educação Física Bacharelado, [email protected]

3 Graduando em Educação Física Bacharelado, patrí[email protected]

4 Graduando em Educação Física Bacharelado, [email protected]

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familiares matriculados no Laboratório de Educação Física Adaptada, do Cefd/Ufes. O

projeto contou com as seguintes atividades: chute ao gol; basquete; ritmo com bolas

de soprar; pescaria; boca do palhaço e bocha adaptada. A atividade sociocultural foi

finalizada com uma peça teatral apresentada pelos acadêmicos — casamento na roça

e o “ARRAIÁ DO BACHESTER”.

Resultados e discussão

Por meio deste evento nos apropriamos da experiência da convivência e da

organização e realização de um evento visando contribuir para promover uma

sociedade inclusiva, ou seja, uma sociedade em que haja garantia de acesso de

pessoas com deficiência aos espaços comuns da vida social, orientada por relações de

acolhimento à diversidade humana e de aceitação das diferenças individuais (CHICON,

2004, 2013). Todas as atividades foram fotografadas e filmadas, organizando assim um

vídeo documentário sobre o evento, com o objetivo de apresentar aos alunos do curso

de Educação Física da UFES.

Conclusão

Acreditamos que a experiência da prática do esporte e lazer para pessoas com

deficiência e seus familiares, nós alunos do bacharelado em Educação Física fomos

sensibilizadas para a questão do acolhimento de pessoas com deficiência em espaços

de intervenção profissional, proporcionamos um momento de esporte e lazer e

confraternização para essas famílias, melhorando sua qualidade de vida.

Referências CHICON, J. F. Jogo, Mediação pedagógica e inclusão: um mergulho no brincar. 2. ed.

Várzea Paulista, SP: Fontoura, 2013.

CHICON, J. F. Educação especial: fundamentos para a prática pedagógica. Vitória, ES:

Edufes, 2004.

FERREIRA, A. B. de H. Novo Aurélio: o dicionário da língua portuguesa do século XX. 3.

ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

Parecer CNE/CEB nº 17, de 3 de julho de 2001. In: RIBEIRO, Maria Luisa Sprovieri;

BAUMEL, Roseli Cecília Rocha de Carvalho (Org.). Educação especial: do querer ao

fazer. São Paulo: Avercamp, 2003. p. 133-181.

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PÔSTER

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Ginástica na educação infantil: brincando e aprendendo com a ginástica

Jackson Pereira Rocha1 Luyene Martins Rodrigues2

José Francisco Chicon3

Introdução

O projeto “Brincando e aprendendo com a ginástica”, iniciado no primeiro

semestre de 2014, vem sendo realizado no Laboratório de Educação Física Adaptada

(LAEFA) e, se configurando como um espaço de intervenção pedagógica, formação

profissional e de pesquisa no atendimento de alunos com e sem deficiência.

O processo de intervenção foi realizado tendo como tema da cultura corporal de

movimento a ginástica infantil. Para Ayoub (2007) a ginástica geral tem como seu

principal alvo o sujeito que a prática e meta: a integração entre as pessoas e grupos,

desenvolvendo a criatividade e o interesse pela ginástica; a liberdade de expressão, a

criação e o componente lúdico são elementos marcantes desta prática.

Objetivos

Descrever e analisar arranjos didáticos que possibilitem a interação de alunos com

e sem deficiência, no mesmo espaço-tempo de intervenção.

Metodologia

Pesquisa qualitativa e descritiva (GIL, 2002).

Os participantes foram 20 crianças de ambos os sexos, com idades entre 5 e 7

anos, sendo 13 da Escola Experimental da UFES, com desenvolvimento típico e 7 que

apresentam transtorno global do desenvolvimento (autismo), constituindo uma turma

inclusiva. Para o processo de coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos:

portfólio crítico-reflexivo, fotografias e videogravação.

1 Graduando em Educação Física/ licenciatura pelo Centro de Educação Física e Desportos, Laboratório de

Educação Física Adaptado (Laefa), [email protected] 2 Graduando em Educação Física/licenciatura pelo Centro de Educação Física e Desportos, Laboratório de

Educação Física Adaptado (Laefa), [email protected] 3 Professor doutor do departamento de ginástica do Centro de Educação Física e Desportos da UFES,

Laboratório de Educação Física Adaptado (Laefa), [email protected]

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As aulas foram realizadas na sala de ginástica artística do Centro de Educação

Física e Desportos/UFES, sendo um encontro semanal, todas as quintas-feiras das 14 às

15 horas. Logo após as aulas, das 15 às 17h30min, a equipe de trabalho se reunia para

avaliação, planejamento e grupo de estudo (versando sobre conteúdos referentes ao eixo

jogo, mediação e inclusão).

Conclusões

Os resultados parciais apontam que o projeto vem se configurando como um

ambiente de ensino-aprendizagem, no qual os estagiários buscam planejar arranjos

didáticos nas aulas potencializadores de um ambiente que favoreça a interação dos

indivíduos envolvidos.

Os resultados evidenciam ainda que o tema da cultura corporal ginástica infantil

se mostrou promissor no processo ensino aprendizagem de crianças em situação de

inclusão, com destaque para a aceitação e participação das crianças com autismo. Além

disso, proporciona um espaço-tempo de reflexão sobre a importância da experiência para

a formação inicial de professores.

Referências AYOUB, E. Ginástica geral e educação física escolar. 2 ed. Campinas, São Paulo: Editora

da Unicamp, 2007.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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Curso de formação em dança: a experiência com a dança clássica

Gislene Tschaen1 Ariádny Brandão Gomes

Míriam Rodrigues Rangel Malaquias Rosely da Silva Pires

Webert Fernando da Silva Karoline Flegler Souza

Introdução

Este trabalho é fruto da minha experiência com no projeto de Extensão Formação

em Dança (FORDAN), este tem o objetivo de proporciona aos alunos de Educação Física

da UFES a experiência com a dança. Aos trabalhar a dança como os alunos percebei que

nunca haviam dançado, mas que desejavam ter a experiência com algum tipo de dança,

principalmente com o balé. Muitos procuravam o curso de dança ofertado pelo projeto

pelo certificado para atividade complementares.O curso de formação em dança,

oferecido pelo Fordan, começou meio tímido mais agora se tornou um projeto que ensina

e incentiva as pessoas a participarem das aulas de dança, não tem a função de formar

grandes bailarinos mais si promover a aprendizagem instrumental das danças (balé,

dança de salão e Hip Hip hop). A metodologia usada nas aulas tem como base a pesquisa-

ação (PIRES, 2007).

Resultados e discussão

O curso Formação em Dança Fordan proporciona aos alunos de Educação Física da

UFES a experiência e a prática da dança, alem de palestra sobre campo de atuação e

montagem coreográfica. Este projeto propõe a formação de profissionais de dança

centrada na realidade social, tomando-a como foco do processo de ação-reflexão-ação

para e no ensino-aprendizagem desse conteúdo. Para além da técnica entendemos que a

dança se localiza em campo limítrofe entre a Arte e a Educação Física. Ela se apresenta

como manifestação diversificada de movimentos corporais e de sua execução. A dança

precisa necessariamente incluir a emoção, que se apresenta por meio das expressões

corporais para quem dança, e por meio da surpresa perante os movimentos dos

bailarinos, por parte de quem assiste (HASELBACH, 1988)

1 Graduando em Educação Física Bacharelado, Monitora bolsista(FORDAN), [email protected]

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A principio qualquer aluno da graduação em educação física pode participar das

aulas, em relação as aulas de ballet ainda há um certo preconceito por parti de algumas

pessoas. Geralmente a procura maior procura é de pessoas do sexo feminino, que mesmo

com vergonha gostam e se interessam das aulas durante as aulas vão se soltando mais.

Conclusão

Percebi que ao longo das aulas tive que fazer modificações, pois tive um numero

grande de alunos do sexo masculino. Na aulas eles não tinham uma como referência uma

figura de professor homem para poderem se basear e preocupada com isso fiz algumas

modificações e incluir os alunos do sexo masculino, só me atentei a isso com estudos

realizados e com o grupo de estudos do Fordan. Alunos que nunca tiveram o contato com

danças em geral se saíram muito bem nas aulas de balé e perderam o preconceito. Ao

final do curso realizamos um questionário para todos os alunos, e alguns alunos relataram

a importância das aulas de balé para sua formação.

Referencia BOURCIER, Paul. História da Dança no Ocidente, 1° edição brasileira: Março de 1987

Sousa, Ana Aparecida Almeida de. A prática pedagógica do balé clássico na educação

infantil: revelando caminhos/Ana Aparecida de Sousa – 1° edição -2012 Várzea

Paulista,SP, Fontoura, 2012.

HASELBACH, Barbara. Dança improvisação e movimento: expressão corporal na Educação

Física. 1°ed. Rio de Janeiro,Ao livro Técnico,1988.

PIRES, R. M. S. Dançando para um mundo melhor: uma pesquisa-ação In: VI Jornada

Cientìfica. FAESA, 2007, Vitória-ES.

Page 289: ISBN: 978-85-67757-04-9 XIII CONESEF - virtuallivros.com.br · Profa. Dra. Maria das Graças Carvalho Silva de Sá Depto. Ginástica CEFD/UFES ... Ms. Lidiane Picoli Lima Liliane

287

Experiência do Projeto de Extensão “Cultura Popular e a Construção de um Mundo sem Violência”

Josiele Soares Ribeiro1

Ariádny Gomes Custodio2 Míriam Rodrigues Rangel Malaquias3

Rosely da Silva Pires4 Karoline Flegler Souza5

Introdução

A Ong Legião da Boa Vontade oferece, a jovens e adultos, escolas e programas

sociais que preparem para entrada, permanência e reinserção no mercado de trabalho,

além de potencializar seus talentos, com atividades educacionais e culturais. Conhecendo

o trabalho da LBV, a professora do curso de Educação Física da Ufes, Rosely da Silva Pires,

propôs uma parceria com as educadoras da LBV e seus monitores do projeto aprovado no

edital Proext 2014 para realizar intervenções com as crianças, enquanto isso as

educadoras tem uma formação pedagógica junto a professora e professores convidados.

Com o objetivo de abordar a violência na região onde acontece o projeto, propomos um

trabalho de intervenção pedagógica, por meio do ensino do forró, fazendo uso da figura

de Luiz Conzaga como uma relação amorosa com a cultura do forró, como afirma Bosi

(1992).

A experiência no ensino do forró com as crianças da Ong LBV

As intervenções na ONG com crianças de 07 a 08 anos e os educadores da LBV

com os monitores do projeto FORDAN, ocorrem nas terças-feiras pela manhã. O trabalho

foi organizado da seguinte forma: os monitores Josiele Soares Ribeiro e Lucas Yuri,

trabalham com três turmas com o conteúdo forró e Hip Hop e, no período da tarde,

1 Graduando em Educação Física e membro do grupo FORDAN (Formação em Dança), no Centro de

Educação Física da na Universidade Federal do Espírito Santo. Contato: [email protected]; 2 Graduando em Educação Física e membro do grupo FORDAN (Formação em Dança), no Centro de

Educação Física da na Universidade Federal do Espírito Santo. Contato: [email protected] 3 Pós graduando em gestão, controle e política social - EMESCAM, Gestora dos Projetos sociais da ONG

Legião da Boa Vontade - LBV,contato: [email protected] 4 Mestra em Educação pela Universidade Federal Fluminense , Professora do Centro de Educação Física da

Universidade Federal do Espírito Santo e Coordenadora do Projeto Formação em Dança (FORDAN), contato: [email protected] 5 Graduada em Artes visuais – UFES, Educadora social da ONG Legião da Boa Vontade – LBV,contato:

[email protected]

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Gislene e Douglas trabalham com quatro turmas com o conteúdo Contemporâneo e hip

hop. Os horários de intervenção são de 08:30 às 10:30 e de 14:30 às 16:30. Na turma

Infanto, trabalhamos com crianças de 07 a 08 anos e foi proposto o tema “Forró

combatendo a violência”. Essa proposta de intervenção com essas crianças foi uma forma

de abordar a violência na região, correlacionando com a história do Lampião e Luiz

Gonzaga. Temos trabalhado com a metodologia da pesquisa-ação (BRACHT, V. et all,

2002).

A LBV proporciona uma realidade que muitos acham que não existe, as crianças

falam sobre temas diversos de modo a nos provocar a escuta atenta. Essa escuta nos

coloca na condição de acessar o seu universo simbólico; desde as suas relações ou acesso

à criminalidade até o sonho de ser jogador de futebol. Chama-nos a atenção o carinho e

afeto que se manifesta em meio ao trabalho desenvolvido com as crianças. Trabalhar o

forró e a criminalidade com as crianças foi um desafio. Pela própria característica infantil

eles querem brincar, então de forma lúdica foi sendo introduzido o tema para os

mesmos, com figuras para desenhar (nordeste, seca, lampião e Maria bonita) foi passada

a história do nordeste, filme retratando a dança e criminalidade, criação de coreografia

de forró. O planejamento das ações do projeto é realizado coletivamente uma vez por

semana.

Conclusão

Este projeto nos fez refletir, como sermos educadores sensíveis e atentos em meio

a criminalidade que as crianças vivem. Buscamos incentivar a compreensão do espaço

que habitam, valorizar a educação e dar potência às experiências de alegria, criatividade e

cultura local que deles emana. Com essa experiência percebemos a necessidade de,

como educadores, produzir práticas educativas não dissociadas dos sujeitos que a

consomem.

Referências BOSI, A. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p.308-345:

ARENDT, H. Sobre a violência. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.

BRACHT; V., et al. Pesquisa em ação: educação física na escola, intervenção e

conhecimento. Ijuí: Unijuí, 2002.

RODRIGUES, M.B.F. Metodologia e Pesquisa em Projetos de Intervenção Social: A

experiência capixaba no município de Serra/ES. In: SINAIS - Revista Eletrônica – Ciências

Sociais. Vitória: CCHN, UFES, Edição n.06, v.1, Dez. 2009. pp. 154-178. 160

http://www.lbv.org/quem-somos/a-lbv

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Reflexão sobre práticas inclusivas: um olhar sobre o professor de educação física surdo

Edimara de Jesus Marçal1 Ludimila Mendes Cassoli2

Profª Ms. Júlia Miranda Falcão3

Resumo

Este projeto de pesquisa se interessa em descrever a biografia de um professor

de Educação Física com deficiência auditiva, tendo como ponto de partida a existência

de preconceitos que se estendem às pessoas com necessidades especiais e que

normalmente são discutidos, nos processos de exclusão e/ou inclusão da Educação

Física Escolar, no sentido do professor para o aluno. Nesse sentido, a pesquisa propõe

narrar, a partir de um campo subjetivo e concreto, as representações sobre a

identidade profissional, as relações de ensino-aprendizagem e os ciclos de vida, do

referido professor, ressaltando como ponto fundamental o olhar do mesmo em

relação ao seu processo de inclusão, na prática pedagógica. Nesse sentido, o estudo

busca, segundo Rodrigues, Andrade e Pereira (2013), a compreensão do sujeito e dos

seus sentidos que interferem no mundo e, especificamente, no contexto escolar. A

escolha da temática torna-se importante, pois de acordo com Richineli (2007, apud

Lopes e Nabeiro, 2008) a tentativa é apontar a deficiência como uma diferença, e

ainda acrescentar o quanto é fundamental a aceitação do diferente para que tudo seja

construído e estabelecido, sendo fundamental considerar as possibilidades da troca de

experiência e de aprendizagens. O estudo se insere nas discussões de práticas

inclusivas nos processos de ensino-aprendizagem, tendo o interesse de ressaltar,

inclusive, o ponto de vista dos alunos, considerando, de acordo com Ribas (2003), que

os seres humanos não são todos iguais e que possuem características diferentes,

podendo as pessoas com deficiências, por terem, em alguns casos seqüelas notáveis,

se apresentarem com maior notoriedade. A partir de Lopes e Nabeiro (2008), Perlin

(2011), Ribas (2003) e Rodrigues (2006), a pesquisa evidencia o tema Inclusão como

ação essencial que assegura a todos os cidadãos de dada sociedade o acesso e a

participação, sem discriminação, a todos os seus níveis e serviços, pressupondo que

ninguém pode ser discriminado por causa de uma condição pessoal no acesso à

1 Licenciando em Educação Física – Faculdade Multivix.

2 Licenciando em Educação Física – Faculdade Multivix.

3 Faculdade Multivix.

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educação, saúde, emprego, lazer, cultura, entre outros aspectos. Dentro das pesquisas

qualitativas, o estudo orienta-se pelo método de História de Vida ao pretender

apreender as articulações entre a trajetória individual e a trajetória social, tendo como

compromisso maior a compreensão da realidade do professor de Educação Física

(SILVA et al. 2007). Para registro de dados serão utilizados: entrevista; observação da

prática docente, com registro em diário de campo e fotografias; e as narrativas. As

narrativas, em especial, serão utilizadas devido a possibilidade de auto-formação,

tantos do pesquisado quantos dos pesquisadores envolvidos, permitindo as reflexões e

as adequações, quando necessário.

Palavras-chave: Inclusão; História de Vida; Educação Física. Referências LOPES, A. de C.; NABEIRO, M. Educação física escolar e o contexto inclusivo: o que

pensam os educandos sem deficiência? Motriz, Rio Claro, v. 14 n. 4, p. 494-504,

out./dez. 2008.

PERLIN, G.T.T. Identidades surdas. In: SKLIAR, C. A Surdez. Porto Alegre: Editora

Mediação, 2011.

RIBAS, J. B. C. O que são pessoas deficientes. São Paulo: Editora Brasiliense, 2003.

RODRIGUES, D. Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São

Paulo: Editora Summus, 2006.

RODRIGUES, A. B.; ANDRADE, C. B. de; PEREIRA, L. L. Falando de história/histórias de

vida. Interfaces da Educação, Paranaíba, v.4, n.10, p. 166-185, 2013. Disponível em: <

http://periodicos.uems.br/novo/index.php/interfaces/article/view/3906/1250 >.

Acesso em: 01 jun 2014.

SILVA, A. P. et al. “Conte-me sua história”: reflexões sobre o método de História de

Vida. Mosaico: estudos em psicologia. v. I, n 1, p.25-35, 2007. Disponível em:

<http://www.fafich.ufmg.br/mosaico/index.php/mosaico/article/viewFile/6/4 >.

Acesso em: 18 jun. 2014.

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Esporte adaptado: ser professor e atuação docente

Graziely Franklin Guimarães1 Rosangela da C. Loyola2

Introdução

A inclusão social constitui num processo bilateral no qual as pessoas ainda

excluídas e a sociedade buscam em parceria equacionar problemas e efetivar a

equiparação de oportunidades para todos. Portanto, é um processo que contribui para

a construção de um novo tipo de sociedade por meio de pequenas e grandes

transformações nos ambientes físicos e na mentalidade das pessoas. Nessa ótica

Omote ( 1995) faz uma leitura da deficiência como condição social que,

aparentemente iniciada na consideração da diferença, é constituída socialmente, a

partir de desvalorização social nos campos de atuação dos profissionais dessa área.

Dentro da realidade de inclusão, de percepção das potencialidades do deficiente, o

professor de educação física também recebe o desafio de atuar e desenvolver nesses

sujeitos suas capacidades, Chicon (2012). Razão que se investiga como os professores

atribui sentidos aos esportes adaptados e de que modo esses sentidos podem

constituir o ser professor de educação Física nos espaços formais e não formais.

Objetivos

Compreender quais sentidos que os professores de Educação Física atribuem

ao esportes adaptados ao atuar com pessoas deficientes.

Metodologia

É uma pesquisa de Campo, na modalidade TCC, com objetivos exploratórios e

de abordagem qualitativa. A amostra foi composta por profissionais de Educação

Física, sendo critério de inclusão, profissionais formados que desenvolvem trabalhos

com pessoas deficientes por meio do esporte adaptado. Aplicou-se um questionário

preliminar e, num segundo momento será realizada uma entrevista. Os dados serão

organizados e analisados, segundo Bardin (2009), tornando-se um conjunto de técnicas

de análise das comunicações, para as quais adotamos procedimentos sistemáticos e

objetivos de descrição do conteúdo das mensagens.

1 Graduanda do Curso de Bacharel em Educação Física da FESV.

2 Profa. Ms. Faculdade Estácio de Vitória –ES. [email protected]

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Resultados e discussão

A pesquisa está em andamento. Mas os dados serão apresentados por meio de

escores relativos para cada questão e em frequências absolutas e frequências

relativas. A análise de dados será realizada por meio de estatística descritiva e teste

estatísticonão-paramétricos. O nível de significância adotado será p≤0,05 e o software

estatístico utilizado será Microsofit Office Excel 2013 para Windows (Redmond, WA,

EUA).

Conclusão

Buscamos com a pesquisa transformar uma coleção de “eus” em um “nós”

coletivo, proporcionando-lhes, um sentido singular de identidade e de pertencimento

ao grupo e à comunidade.

Referências Chicon JF, Sá MdG. Educação Física, Adaptada e Inclusão. Vitória: Nead; 2012. OMOTE S. A integração do deficiente: um pseudo problema científico. Temas em Psicologia. 1995.

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Práticas de inclusão/exclusão: uma pesquisa-ação nas aulas de educação física

José Roberto Gonçalves de Abreu1

Introdução

O eixo central deste trabalho busca investigar, analisar e intervir no processo de

inclusão/exclusão de uma aluna com deficiência nas aulas de Educação Física. Partimos

da premissa que incluir na Educação Física não é simplesmente adaptar essa disciplina

escolar para que uma pessoa com Necessidades Educacionais Especiais (NEEs), incluir é

adotar uma perspectiva educacional cujos objetivos, conteúdos e métodos valorizem a

diversidade humana e estejam comprometidos com a construção de uma sociedade

inclusiva.

Objetivos

Realizar uma pesquisa-ação com a finalidade de investigar, analisar e intervir no

processo de inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física,

em uma escola de ensino fundamental no município de São Mateus-ES;

Metodologia

Através do trabalho de campo, iniciou-se uma pesquisa-ação do processo de

inclusão/exclusão de uma aluna na do ensino regular. Os dados foram coletados por

meio de observação participante, diário de campo, videogravação, fotografias,

entrevistas semiestruturadas, questionário e de fontes documentais. A pesquisa

envolveu a participação de diferentes pessoas com diversos papéis na escola..

Resultados e discussão

Observou-se que o modelo de aula de Educação Física voltada para a aptidão

física e esportivização, não favorece a inclusão de alunos com deficiência nas aulas de

Educação Física. A defasagem idade-série constitui-se um dos aspectos a impor

barreiras no processo de inclusão|. Ações de planejamento e sistematização do

trabalho pedagógico são imprescindíveis para o desenvolvimento qualitativo das aulas

de Educação Física e para o processo de inclusão.

1 Mestre em Educação Física CEFD/UFES, Coordenador do Curso de Educação Física da Faculdade Vale

do Cricaré. [email protected]

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Conclusão

No que tange as atividades de Educação Física e as práticas de

inclusão/exclusão identificamos três movimentos: ausência de planejamento e

sistematização das aulas; tentativa de planejamento e sistematização das aulas;

planejamento e sistematização das aulas. A partir das entrevistas identificamos que na

concepção tanto dos pais quanto dos educadores, a relação família-escola é

importante, mas constatamos que a interação entre a família e a escola de crianças

com NEEs é precária e insuficiente para promover um processo educacional

satisfatório.

Referências JESUS, Denise Meyrelles de. Formação continuada: constituindo um diálogo entre

teoria, prática, pesquisa e educação inclusiva. In: ______ et al. (Org). Pesquisa e

educação especial: mapeando produções. Vitória: Edufes, 2005.

MARTINS, Lúcia Araújo Ramos, PIRES, Gláucia Nascimento da Luz, MELO, Francisco

Ricardo Lins Vieira de. (Org.) Inclusão: compartilhando Saberes. 2. ed. Petrópolis. R.J.:

Vozes, 2006.

SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 7. ed. Rio de Janeiro:

WVA, 2006.

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A criança com deficiência nas aulas de educação física: inclusão e protagonismo infantil

Fabiana Zanol Araujo1

Introdução

A Educação Física e as propostas ligadas à educação de pessoas com deficiência

ou transtornos globais do desenvolvimento, aparecem como tema de diversos

encontros e congressos, possibilitando reflexões sobre questões próprias e as possíveis

relações entre cada área.

Para Drago (2013), pensar a proposição de ações pedagógicas com vistas à

inclusão total do aluno com algum comprometimento físico, mental ou sensorial é ter

a chance de, mais do que revelar a realidade do aluno, revelar a necessidade de

ter/desenvolver um processo educacional coerente com uma educação democrática,

que quebre barreiras tradicionais impostas pela sociedade que tenta impor, a todo o

momento, quem pode e quem não pode aprender.

Objetivos

Isto posto, pretendemos pesquisar a inclusão de um aluno com lesão cerebral e

seu protagonismo nas aulas de Educação Física na turma da 5°série em uma escola

municipal de Vitória.

Metodologia

Para a produção de dados as aulas foram planejada junto com a professora de

educação especial e um estagiário. Realizamos entrevista semiestruturada com o aluno

e com os pais, produzimos uma sistematização em diário de campo, com documentos

pedagógicos e registros icnográficos na turma da 5° série em uma escola pública de

ensino fundamental de Vitória. No final das aulas fizemos uma roda de conversa com

toda a turma, fazendo parte do processo de avaliação.

1 Licenciatura plena em Educação Física na UFES, Prefeitura Municipal de Vitória, GEPEI grupo de estudo

e pesquisa em educação e inclusão, [email protected]

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Resultados e discussão

A escola inclusiva precisa se perceber como um espaço onde os sujeitos com

deficiência sejam ouvidos, pois segundo Kassar (2006, p. 120) pouco se tem registrado

a respeito do que pensam as pessoas que vivem ou viveram esses processos.

Pensar em outras metodologias para pesquisar o protagonismo de crianças

com deficiência nas aulas de Educação Física, pressupõe compreender/reconhecer a

linguagem corporal como uma dimensão importante e fundamental dessas crianças

em sua relação com o mundo.

Conclusão

A conclusão que chegamos foi que ao ouvir o que os todos os alunos

perceberam nas aulas de educação física com a presença de um aluno com lesão

cerebral, possibilitou todos os pesquisadores repensar suas práticas de forma a

garantir a aprendizagem e a participação de todos, independente se é deficiente ou

não.

Referências CHICON, J. F. Inclusão na Educação física escolar: construindo caminhos. Tese

(Doutorado em Educação) – Programa de pós- Graduação em Educação, Faculdade de

Educação, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005.

KASSAR, M. C. M. Deficiência múltipla e educação no Brasil: discurso e silêncio na

história de sujeitos. São Paulo: Autores Associados, 2006.

VICTOR, S.L; DRAGO, R; PANTALEÃO, E. (Orgs.) Educação Especial: indícios, registros e

práticas de inclusão. São Carlos: Pedro & João Editores, 2013.

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Práticas corporais da juventude para jovens e adultos em situação de deficiência: a experiencia do LAEFA/CEFD/UFES

Thaís Dalfiôr Zorzal1

Maria das Graças Carvalho Silva de Sá2

Este estudo originou-se num projeto de pesquisa e extensão desenvolvido no

Laboratório de Educação Física Adaptada (LAEFA), cujas ações articuladas no âmbito

do ensino/pesquisa/extensão, buscam contribuir para a inclusão social das pessoas em

situação de deficiência. A construção deste veio com a proposta de incorporar a

cultura jovem, tendo em vista que nosso público alvo era composto por alunos com

idades variadas entre 15 a 60 anos, cujos comportamentos inerentes a juventude se

faziam presentes ao longo das atividades propostas. Assim, buscamos potencializar a

formação integral dos alunos envolvidos em suas diferentes dimensões, ou seja, tanto

nos aspectos físicos, cognitivos, psicológicos, culturais e sociais.

Desta forma, acreditamos que as práticas corporais da juventude podem

provocar nos envolvidos, momentos de alegria e prazer, pois, contribuem, para uma

boa relação entre os sujeitos envolvidos e principalmente com o meio em que vivem.

Como afirma Carvalho apud Bungenstab (2013, p. 12) as práticas corporais “*...+ dizem

respeito ao ser humano em movimento, a sua gestualidade e seus modos de se

expressar *...+”.

Assim, objetivamos com essa pesquisa narrar e discutir as contribuições de

uma proposta pedagógica voltada para o ensino das práticas corporais da

juventude no/para os processos de formação integral de jovens e adultos em situação

de deficiência numa perspectiva inclusiva.

Metodologia

Adotamos como eixo central no âmbito teórico-metodológico o estudo

qualitativo, exploratório e descritivo com base em pressupostos da pesquisa-ação

integral (BARBIER, 2007), pela possibilidade que esta perspectiva nos subsidia para que

juntamente com todos os envolvidos, possamos planejar, discutir e fomentar possíveis

mudanças, sem perder de vista a busca pelo exercício constante da reflexão crítica

acerca da realidade social e dos saberes produzidos no/pelo grupo.

1 Graduanda do curso de Licenciatura em Educação física do centro de educação física e desportos da

UFES, Laefa, [email protected] 2 Professora Doutora do departamento de ginástica do centro de educação física e desportos da UFES,

Laefa, [email protected]

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Os sujeitos participantes do projeto Praticas Corporais da Juventude foram 40

jovens e adultos com deficiência intelectual. O período de coletas de dados ocorreu

durante 2013/1 e 2013/2, e como instrumentos utilizados foram registros das aulas,

relatórios finais e fotografias.

Resultados e Discussões

Os resultados parciais apontam a significativa contribuição desta experiência no

processo de formação integral dos sujeitos envolvidos, visto que, a cada nova

experiência os mesmos demonstram por meio de sorrisos e gestos o que sentem

quando conseguem realizar individualmente e/ou coletivamente as atividades

propostas, aprendendo e apreendendo outras/novas informações e/ou referenciais

sobre si e o mundo, constituindo assim, a sua identidade.

Conclusão

O projeto ainda se encontra em fase de analise dos dados, todavia os dados

parciais já nos anunciam que as práticas corporais voltadas para a juventude,

contribuem para que os envolvidos possam se afirmar como jovens pertencentes a

uma sociedade, colaborando para sua formação integral, e assim, constituindo sua

identidade.

Referências ALMEIDA, M. L.. A prática pedagógica na educação especial: A contribuição da

pesquisa-ação. Vila Velha: Revista facevv, nº 6, jan./jun.2011.

BARBIER, R.. A pesquisa-ação/ René Barbier. Tradução de Lucie Didio. – Brasilia: Liber

Livro Editora, 2007.

BUNGENSTAB, G. C. Cultura jovem na cidade de Vitória/ES: as práticas corporais

juvenis e sua relação com a Educação Física escolar. 2013. 163 f. Dissertação

(Mestrado em Educação Física) Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória,2013.

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GT: LAZER E SOCIEDADE

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COMUNICAÇÃO ORAL

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Esporte e lazer como função preventiva às drogas: dos equívocos às contribuições

Poliana N. de Castro311

Gelsimar J. Machado Liana A. Romera312

Introdução

O consumo de drogas se configura como uma prática milenar, humana e

universal, sendo dissipado pela sociedade com usos e finalidades diversas. A temática

está presente nos meios de comunicação, mas nem sempre com o embasamento

científico necessário. No Brasil a discussão é polêmica, sendo o discurso midiático

apresentado de modo acrítico, moralista e emocional que, incorporado ao senso

comum, dissemina inverdades fantasiosas, equivocadas e preconceituosas (BUCHER,

1992; ROMERA, 2013).

Objetivos

Entender o complexo contexto social sobre as drogas e as reais contribuições

do esporte e lazer enquanto elemento preventivo.

Metodologia

Estudo bibliográfico e documental sobre os programas e projetos preventivos

voltados a crianças e jovens analisados pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas

e Crime (UNODC), especificamente os de esporte e lazer.

Resultados e discussão

Para o UNODC (2013) são as iniciativas de prevenção trabalhadas com famílias,

escolas e comunidades que tem contribuído de forma significativa e consistente com

crianças e jovens. Observa-se avanços nos últimos anos na área da prevenção bem

como o entendimento sobre o que torna os indivíduos mais ou menos vulneráveis a

experimentação/consumo de drogas.

311

Mestranda (o), CEFD/UFES, Andaluz, [email protected], [email protected] 312

Doutora em Educação Física, CEFD/UFES, líder do grupo Andaluz, [email protected]

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304

Os dados da UNODC (2013) apontam que o esporte e lazer sozinhos não têm

contribuído na proteção de crianças e jovens em condições vulneráveis, mas sim os

programas em treinamento de habilidades sociais e abordagens sobre as

vulnerabilidades. Essas informações não condizem com a retórica de ocupação do

tempo “ocioso” como garantia do afastamento da criminalidade/drogas (CORREIA,

2008; ROMERA, 2013).

Conclusão

Os estudos da ciência da prevenção vêm mostrando que o esporte pode e deve

ser entendido como um dos elementos da educação e não a única possibilidade de

amenizar as “carências” sociais. Assim como os demais componentes da cultura

corporal de movimento, o esporte e lazer têm seu papel colaborativo quando

articulados com outras ações socioeducativas integradas a políticas intersetoriais.

Referências BUCHER, R. Drogas e Drogadição no Brasil. Porto alegre: Artes e Médicas, 1992.

CORREIA, M. M. Projetos Sociais em Educação Física, Esporte e Lazer: reflexões e

considerações para uma gestão socialmente comprometida. Revista Eletrônica da

Escola de Educação Física e Desportos – UFRJ, vol.4, n. 1, jan./jun. 2008.

ROMERA, L. A. Esporte, Lazer e Prevenção ao uso Drogas :dos discursos Equivocados

aos caminhos possíveis. Revista Licere, Belo Horizonte, v.16, n.4, dez/2013.

UNODC - ESCRITÓRIO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DROGAS E CRIMES. Normas

Internacionais Sobre a Prevenção do Uso de Drogas. Viena, 2013

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Colônia de férias na Ufes: experiências de ensino do Petef1

Amanda Barcelos Lepaus Omar Schneider

Sabrinny Gramilich Rufino

Henrique Vieira Bernardino

Tiago Cardoso de Barros

Jean Carlos Freitas Gama Thais Lemos Almeida

Matheus Marin de Freitas

Marcus Vinícius Medeiros

Débora Ribeiro Pandini Lucas Fraga Pereira

Jéssica de Souza Silva

Introdução

O texto é o relato do projeto Colônia de Férias (CFU) na Universidade Federal

do Espírito Santo (UFES) desenvolvido pelo Programa de Educação Tutorial (PET) do

Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) que busca apresentar as experiências

acumuladas pelo grupo, as quais são realizadas desde o ano de 2008.

O projeto configura-se como um meio que permite aos alunos do Curso de

Educação Física exercitarem suas experiências e as converterem em conhecimento ao

serem aplicadas por meio de oficinas. Busca-se utilizar para analisar as experiências de

ensino-aprendizagem dos participantes do projeto a Teoria da Relação com Saber,

desenvolvida por Bernard Charlot (2000).

Objetivos

O objetivo da CFU é proporcionar a ampliação de experiências, conhecimentos

e saberes a partir das potencialidades, por meio de atividades que promovam a

integração, a socialização e o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor, de modo

prazeroso e lúdico das crianças.

Em relação aos alunos do Curso de Educação Física, também chamados de

professores em formação (bolsistas do PET/CEFD e voluntários), o objetivo principal é

possibilitar experiência aos futuros docentes durante as oficinas e experimentar o

exercício organizacional de uma colônia de férias.

1 Projeto desenvolvido pelo PET Educação Física da Ufes, com apoio da Proad/Ufes e da ProEx/Ufes.

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Metodologia

Os voluntários candidatos a oficineiros, para desenvolverem suas ações durante

a execução do projeto, devem produzir um plano de atividades de acordo com a faixa

etária das crianças, as quais são separadas em três grupos de 6-7, 8-9, 10-12 anos. As

oficinas são distribuídas de forma que todos os grupos possam vivenciar as atividades

durante os três dias.

Resultados e discussão

Em relação às crianças foi possível perceber por meio de suas narrativas sobre a

CFU que para elas o momento se constitui em um espaço em que podem brincar, fazer

amizades e experimentar novas atividades. As crianças são mobilizadas

constantemente pelos voluntários/oficineiros a participar das atividades envolvidas

nos grupos, ocorrendo interações positivas entre elas.

As narrativas dos participantes indiciam a satisfação dos envolvidos na CFU.

Analisando as respostas das crianças observamos que o interesse delas está associado

às atividades que já possuem afinidade e a novas experiências, além de fazerem novas

amizades que podem ou não ser duradouras (para além da CFU). Para os

voluntários/oficineiros esse é um momento de por em prática tudo que aprenderam

ao longo do curso de Educação Física e suas experiências anteriores, relacionadas às

vivências corporais que tiveram em outros espaços sociais.

Conclusão

As respostas reafirmam a necessidade da continuidade do projeto de extensão,

realizado pelo PETEF, uma vez que as diretrizes que fundamentam as atividades de

intervenção dos grupos PET preveem que suas ações devem ser pautadas pela ideia de

uma formação global.

Referências

CHARLOT, Bernard. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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“ID Capixaba”, educação para o lazer

Leonardo Perovano Camargo1 Carlos Nazareno Ferreira Borges2

O objetivo deste trabalho é identificar as contribuições que um periódico

regional pode dar para o processo de educação para o lazer. 3

Utilizamos como abordagem teórica basicamente os conceitos de interesses

culturais do Lazer (DUMAZEDIER, 1980) e duplo processo educativo do lazer

(MARCELLINO, 1996). Metodologicamente, ensaiamos uma estratégia de análise

documental tomando como base os projetos editoriais e gráficos da revista “ID

Capixaba”, desenvolvidos por Camargo (2007).

Segundo Melo e Alves Junior (2003, p. 26), “quando falamos em cultura,

tratamos de algo tenso, construído do diálogo e do conflito, de trocas, manipulações e

embates”. Corroborando com os autores, acreditamos que o debate e o

enriquecimento da cultura em nível regional, seriam favorecidos por um periódico

regional, ao contribuir para uma troca de informações. 4

As proposições acima nos lembram do duplo processo educativo do Lazer

proposto por Marcellino (1996), em que ao mesmo tempo o lazer é veículo de fim da

educação, e por isso mesmo podemos falar de uma educação pelo e uma educação

para o lazer. É justamente o que pensamos ser possível por meio da intervenção de um

periódico regional como a “Id Capixaba”.

1 Estudante de Educação Física do CEFD/UFES e Bacharel em Desenho Industrial – Especialista em

Programação Visual pelo Centro de Artes da UFES; e-mail: [email protected] 2 Docente associado I da UFES; Docente dos Programas de Pós Graduação em Educação Física (PPGEF) e

em Ciências Sociais (PPGCSO) da UFES; Editor da Revista Simbiótica (NEI/UFES); Revisor das revistas: Revista Brasileira de Ciência do Esporte, Movimento, Pensar a Prática, Licere, Revista da Educação Física/UEM, Revista Brasileira de educação Física e Esportes (REBEFE/USP); Atua como líder do CESPCEO/INSIÈME (diretório de grupos); Pós-doutor em Memória Social pela UFRJ; Doutor e mestre em Educação Física pela Universidade Gama Filho; Bacharel em Ciências Sociais pela UFES e Licenciado pleno em Educação Física pela Fundação Educacional do Estado do Pará; email: [email protected] 3 “*...+ como educar para o lazer conciliando a transmissão do que é desejável em termos de valores,

funções, conteúdos etc., com suas características de ‘livre’ escolha e expressão? Creio que a escolha será tão mais AUTÊNTICA quanto maior for o grau de conhecimento que permita o exercício da opção entre alternativas variadas.” Marcellino (1996, p.51). (Grifo nosso). 4 Tratar-se-ia de um espaço aberto para o posicionamento argumentativo de diversos indivíduos, além

de ser veículo de divulgação, conhecimento e vivências introdutórias de interesses culturais específicos, que favorecem uma melhor vivência real do lazer. Dessa forma, há uma dupla dimensão: a de educar a sensibilidade do público-alvo e a de possibilitar a vivência de novas experiências.

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“Id Capixaba” é o nome fantasia de projetos editoriais de um periódico regional

idealizado por Camargo (2007). Nesse periódico é possível identificar os diferentes

interesses culturais do lazer apresentados por Dumazedier (1980). 5

Revisando o projeto de “Id Capixaba”, observamos que os interesses culturais

do lazer acima mencionados são os protagonistas. Entre as evidências temos as

seguintes: interesses manuais na preparação de uma moqueca – a revista informaria o

modo de preparação da moqueca a partir das tradições históricas do estado;

interesses sociais na produção e consumo da moqueca – prepararia os leitores para

melhor apreciar uma moqueca em um grupo de amigos.

Poderia também como exemplo de interesse físico ou artístico (Os interesses se

cruzam diante das variadas manifestações), apresentar o funcionamento do Ticumbi,6

no norte do estado, para quem não o conhece, e quando o leitor vivenciasse a

experiência in loco, iria poder usufruir da manifestação cultural com mais propriedade.

Além também de estimular, divulgar e ajudar a compreender os potenciais turísticos

regionais.

A partir do estudo, notamos a possibilidade de valorização e divulgação das

culturas regionais. Assim, o periódico regional tem a possibilidade do duplo objetivo de

educar para o lazer (apresentando informações sobre as manifestações) e educar pelo

lazer (através do interesse intelectual, apresentando-se como meio atraente e

prazeroso de acesso às manifestações culturais regionais), fomentando a cultura

artística local.

Palavras-chave: Identidade Capixaba; Design; Educação; Lazer.

Referências

CAMARGO, Leonardo Perovano. ID Capixaba. Trabalho de Conclusão de Curso, Centro

de Artes/UFES. Vitória: UFES, 2007.

MELO, Victor Andrade de; JUNIOR, Edmundo de D. Alves. Introdução ao lazer. Barueri:

Manole, 2003.

5 Segundo os autores, esses interesses culturais são os seguintes: Interesses físicos – exercícios em geral,

com fins estéticos ou de saúde; Interesses manuais – manipulação, exploração e transformação da natureza; Interesses artísticos – busca pelo imaginário, pelo belo, a criatividade; Interesses intelectuais – prazer buscado no conhecimento; Interesses sociais – centrado no contato cultural de diferentes indivíduos; Interesses turísticos – mudança de paisagens, conhecer novos lugares, alterar a rotina cotidiana) 6 O Ticumbi é uma dança típica encontrada no Estado brasileiro do Espírito Santo. Manifestação

capixaba, étnica e ritualística, o Ticumbi mantém e reelabora elementos básicos da negritude, transmitindo valores capazes de atuar como expressões da cultura de um grupo. (LYRA, Bernadette. O TICUMBI OU A LÓGICA DA AMBIGUIDADE. paper, s/d.)

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MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do Lazer: uma introdução. Campinas: Autores

Associados, 1996.

DUMAZEDIER, Joffre. Valores e conteúdos culturais do Lazer. São Paulo: SESC, 1980.

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PÔSTER

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A socialização juvenil e sua relação com o slackline

Jaqueline Aparecida Meneghel1 Anna Carolina Martins Cassani2

Liana Romera ³

Introdução

Os locais de vivência do lazer apresentam-se como importantes espaços para

análise do comportamento da juventude. Oferecem oportunidade de observar e

melhor conhecer os costumes, consumos, preferências, e assim perceber, de modo

detalhado, os modos de construção da identidade desses jovens. Por buscar as

possíveis relações entre o uso de drogas lícitas e ilícitas com as práticas corporais,

junto aos grupos juvenis no seu tempo de lazer, escolhemos investigar os praticantes

da modalidade slackline, do litoral Capixaba. Segundo Henriques (2009), "A

organização e apropriação do espaço é um dos meios para apreender a identidade e

relação dos grupos sociais que aí se encontram. Os espaços dos novos consumos e de

lazer".

O slackline é um esporte que teve origem na Califórnia entre os alpinistas, que

aperfeiçoavam as técnicas e manobras sobre as cordas que utilizavam para escalar, até

que gradativamente foi se tornando conhecido principalmente entre o público juvenil.

Objetivos

Conhecer a juventude no seu espaço de lazer, seus costumes, consumos e

identidade, tendo como enfoque os praticantes de slackline. O estudo em questão se

dá como forma de contribuição para melhor entender uma parcela da juventude, seus

hábitos e vivências e a relação da especificidade do consumo à prática corporal

realizada.

Metodologia

A pesquisa descritiva com abordagem qualitativa foi realizada através de

pesquisa de campo, utilizando-se diários e entrevistas semiestruturadas junto aos

grupos juvenis de praticantes de slackline, tendo como base as praias do litoral

Capixaba.

1 Licenciando em Educação Física, UFES, Andaluz (CESPCEO), [email protected].

2 Licenciando em Educação Física, UFES, Andaluz (CESPCEO), [email protected].

³ Professor Doutor em Educação Física, UFES, Andaluz (CESPCEO), [email protected].

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Resultados e discussão

A pesquisa contou com sete participantes, cinco homens e duas mulheres. Do

total de entrevistados apenas um afirma fazer consumo de álcool e maconha e os

demais negaram qualquer envolvimento com alguma droga lícita ou ilícita. No entanto,

ao serem questionados sobre o consumo de drogas no grupo durante a prática do

slackline, com exceção de um, todos os demais afirmaram perceber a presença dos

psicoativos durante a prática, embora não haver influência dos usuários com os não

usuários, destacando-se assim o respeito no grupo. Foi constatado que a motivação

para a realização da prática se dá pelas sensações internas e a socialização que o

esporte proporciona e não por motivações esportivas, já as insatisfações ocorrem

devido à ausência de estrutura e a falta de valorização do esporte.

Conclusão

Pudemos notar o quão pouco se tem estudado sobre as possibilidades do lazer

da população juvenil e a relação deste com o consumo de drogas lícitas ou ilícitas.

O estigma das drogas tem um impacto negativo na construção da identidade

dessa população, já que o senso comum condena qualquer tipo de relação entre

homem e psicoativos, fazendo valer a não associação da droga com os praticantes

entrevistados, mas com a prática do esporte em si. No entanto o que é mais

significativo é que o slackline é motivado pela socialização e os benefícios internos que

esse o traz para o indivíduo.

Referências HENRIQUES, Susana – “Risco cultivado no consumo de novas drogas”. Sociologia,

Problemas e Práticas. Lisboa. ISSN 0873-6529. Nº 40 (2002).

CARVALHO, Jonas de Jesus; OLIVEIRA, Adamor e PEREIRA, Dimitri Wuo. Slackline uma

nova opção nas aulas de Educação Física. Buenos Aires, Argentina, Revista Digital:

EFDesportes.com, Nº 174 (2012).

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Lazer, consumos e práticas corporais no litoral capixaba

Anna Carolina Martins Cassani1 Jaqueline Aparecida Meneghel2

Liana Abrão Romera3

Introdução

O lazer representa como uma importante possibilidade para a construção de

identidade da juventude, em razão dos seus espaços facilitarem o encontro, com quem

estabelecem relações de troca. (MAGNANI, 2007, p.19). Essa sociabilidade dá sentido e

significado aos novos comportamentos e estilos de vida da juventude.

A compreensão de aspectos que envolvem o consumo de drogas evidenciam

uma relação destes com os momentos de lazer. Corroborando Henriques (2002), o que

leva um jovem a iniciar os consumos de substâncias é a curiosidade, a aventura, a

procura de prazer, o desejo de experimentar as sensações que ouve descrever. Nessa

perspectiva, considera-se: “*...+ três domínios de análise principais: os consumidores,

os contextos de consumo e as práticas associadas aos consumos”. (HENRIQUES, 2002,

p. 65).

Objetivos

Investigar os sujeitos, os espaços e as práticas corporais existentes na orla

capixaba, com ênfase no skate, e detectar os possíveis processos de consumo de

drogas lícitas ou ilícitas e a relação com esta prática corporal.

Metodologia

Pesquisa de campo de abordagem qualitativa com observação não-

participante, utilização de diários de campo e entrevistas semiestruturadas com

skatistas com idade superior a dezoito anos.

1 Bolsista PIBIC/UFES. Graduanda em Educação Física/licenciatura. Universidade Federal do Espírito

Santo. Andaluz (CESPCEO). [email protected] 2 Bolsista PIBIC/UFES. Graduanda em Educação Física/licenciatura. Universidade Federal do Espírito

Santo. Andaluz (CESPCEO). [email protected] 3 Professora Doutora do Departamento de Ginástica do Centro de Educação Física e Desportos da Ufes,

Andaluz (CESPCEO), [email protected]

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Resultados e discussão

Foram entrevistados 16 skatistas de ambos os sexos, dos quais 3 mulheres e 13

homens, com média de idade de 24 anos. A maioria privilegia as práticas corporais no

seu tempo de lazer e outras atividades que estão interligadas com a sociabilidade,

visto que o “espaço da cidade conduz a idéia de troca, socialização *...+ em que os

homens se encontram e se relacionam”. (SILVA et al, 2012, p. 3).

No que tange ao uso de drogas, 6 entrevistados são usuários de maconha, 12

são usuários de álcool, 4 consomem as duas drogas e 3 nunca utilizaram-se destas

e/ou de outras drogas. Um dado relevante para a pesquisa é perceber que o álcool

passa a ser considerado como droga pelos consumidores, visto que seu uso era tido

como frequente e natural nos momentos de lazer.

Conclusão

Esta pesquisa elegeu o skate como prática corporal a ser observada, visando

uma melhor compreensão dos estilos de vida da juventude e a relação entre o lazer, a

prática corporal escolhida e o possível consumo de drogas lícitas e ilícitas. Além disso,

a pesquisa pretende contribuir, através de estudos futuros, com subsídios de políticas

de lazer e de prevenção ao uso de drogas.

Referências HENRIQUES, Suzana. Risco cultivado de novas drogas. Sociologia, Problemas e Práticas, n.40, p. 63-85, 2002. MAGNANI, J. G. C. Introdução: Circuitos de jovens IN MAGNANI, J. G. C. SOUZA, B. M. (org.) Jovens na metrópole – etnografias de circuitos de lazer, encontro e sociabilidade.Sao Paulo: Editora Terceiro Nome, 2007. SILVA, E. A. P. C da. et al. Os espaços de lazer na cidade: significados do lugar. Licere,Belo Horizonte, v. 15, n.2, p. 1-19, jun/2012.

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Núcleo de pesquisa Andaluz: inter-relações entre juventude, lazer e drogas

Victor Estevam Klippel1

Introdução

A experimentação e uso de drogas ocorrem, frequentemente, em situações de

lazer caracterizado como tempo e espaço de sociabilidade e busca por tensões

agradáveis, sensações de prazer e liberdade das regras sociais (ELIAS & DUNNING,

1992). Os espaços de vivência do lazer representam um importante campo de

investigações de temas sociais, especialmente aqueles que envolvem a juventude, as

práticas corporais e os diferentes modos de consumos, lícitos e ilícitos (ROMERA,

2008).

O aspecto multifatorial que envolve a temática do uso de drogas aponta para a

necessidade de abordagens multi e interdisciplinares, visando não apenas o encontro

entre diferentes campos do conhecimento, como também os diálogos e as trocas, que

subsidiem programas de prevenção e terapêuticos. Nesse sentido, este trabalho visa

apresentar à comunidade acadêmica o grupo de estudos multidisciplinar que aborda a

temática das drogas que está sediado na Universidade Federal do Espírito Santo

(UFES), junto ao curso de Educação Física.

Objetivo

O grupo de pesquisa Andaluz tem por objetivo conhecer e estudar diferentes

manifestações de vivências do lazer da juventude e as possíveis relações estabelecidas

entre o tempo livre e os consumos lícitos e ilícitos. Com caráter multidisciplinar a

produção científica do grupo visa, em última instância, subsidiar a formação do

profissional de Educação Física, das políticas públicas de lazer, juventude e ações de

prevenção ao uso de drogas, ampliando o debate e qualificando a intervenção na área.

Metodologia

Dividida em duas linhas de pesquisa, o Andaluz desenvolve estudos qualitativos

sobre lazer, juventude, uso de drogas, práticas corporais, dentre outros. Espaços como

praia, escola, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), representam campos de estudos

nos quais os integrantes do grupo desenvolvem seus estudos atualmente.

1 Licenciado em educação física/UFES, [email protected]

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Resultados e discussão

O grupo realiza pesquisas interinstitucionais junto à UNESP (Universidade

Estadual de São Paulo), UTL/FMH (Universidade Técnica de Lisboa/ Faculdade de

Motricidade Humana), Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto

Universitário de Lisboa em Portugal e com o Instituto de Psicologia Social da

Universidade de Barcelona na Espanha visando ampliação do debate e das abordagens

multi e interdisciplinares.

Referências ELIAS, N.; DUNNING, E. A busca da Excitação. Lisboa: Difel, 1992.

ROMERA, L.A. Juventude, lazer e uso abusivo de álcool. Tese (doutorado). Faculdade

de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, SP, 2008.

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GT: MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

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320

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321

COMUNICAÇÃO ORAL

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322

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O corpo feminino nas páginas da Revista Vida Capichaba

Prof. Ms. Cecília Nunes da Silva1 Prof. Dr. Felipe Quintão de Almeida2

Prof. Dr. Ivan Marcelo Gomes3

Esse trabalho sintetiza as análises de uma dissertação de mestrado na linha

intitulada “Educação Física, Corpo e Movimento” do PPGEF/UFES, teve como objetivo

investigar as imagens do feminino presentes na revista Vida Capichaba, periódico de

publicação quinzenal que circulou, no Estado do Espírito Santo, entre as décadas de

1920 e 1950. A Vida Capichaba foi o quinzenal mais lido da história do Estado

(BITTENCOURT, 1998) e esteve sempre buscando reproduzir os conceitos e ideias de

urbanização “em alta”. Para Rangel (2011), a Vida Capichaba tinha como um de seus

objetivos dar visibilidade à participação feminina na revista e não houve, no período,

outro órgão da imprensa local que desse tanta visibilidade a mulher. Diante da

longevidade do periódico, optamos por concentrar nossos esforços analíticos nas

décadas de 1920 e 1930, especificamente entre os anos de 1925 e 1939. O material

efetivamente analisado corresponde a 328 números publicados entre os anos de 1925

e 1939. Compreendemos que as imagens, como escopo da análise, se caracterizam

como modo de interpretar os códigos sociais, os corpos, valores representados e as

promessas da revista destinadas a classe social a qual ela se designou no período

histórico de sua existência. Os desenhos de mulher e as fotografias apresentadas nas

edições da revista podem ser entendidas como o símbolo do feminino idealizado. Nos

apoiando em Lipovetsky (1997) para interpretação das imagens percebemos que,

graças à imprensa, o “universo feminino” vai, a partir dos anos 1920, ganhando

visibilidade por meio dos desenhos e de fotos, e cada vez mais as mulheres belas e

elegantes são representadas. Na análise observamos que o ideal de mulher presente

na revista passou pela construção de requisitos morais e uma formação adequada para

desempenhar papéis concebidos como naturalmente femininos como o casamento e a

maternidade. Além dessa característica, outras práticas se fizeram ainda mais

destacadas, se tornando características da nova mulher capixaba, tais como: a

construção da beleza, de um corpo magro e jovem associado à valorização dos

esportes e da moda. A moda e o esporte tiveram papel primordial na construção de

novas imagens do feminino, visto que o crescimento dos esportes contribuiu para

desencadear um processo de desnudação do corpo feminino. O periódico conseguiu,

1 LESEF/CEFD/UFES. Email: [email protected]

2 LESEF/CEFD/UFES. Email: [email protected]

3 LESEF/CEFD/UFES. Email: [email protected]

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nos anos de 1920 e 1930 ser conservador, tradicional e, ao mesmo tempo, inovador e

moderno. Numa sociedade como Vitória, onde as mudanças urbanas, sociais e

estéticas estavam emergindo, a aceitação e o desejo pelo efêmero colocado pela moda

e pelos esportes falam das novas relações humanas, dos anseios, do desejo e aceitação

do novo. Eficiência e delicadeza, sensualidade e obediência, maternidade e

independência, agilidade e elegância, beleza e liberdade. São dualidades como essas,

nas quais códigos sociais tradicionais e novos valores culturais se articulam definindo

novos modos de ser, que compuseram o quadro de imagens presente na Vida

Capichaba.

Referências BITTENCOURT, G. Historiografia capixaba e imprensa no Espírito Santo. Vitória: Edit,

1998.

LIPOVETSKY, G. A terceira mulher: permanência e revolução do feminino. São Paulo:

Cia. das Letras, 1997.

RANGEL, L. A. S. “Feminismo ideal e sadio”: os discursos feministas nas vozes das

mulheres intelectuais capixabas. 2011. 268f. Dissertação (Mestrado em História) –

Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal do Espírito Santo,

Vitória, 2011.

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A Olimpíada Escolar como projeto educativo capixaba: 1946-19541

Marcelo Laquini Eller2 Omar Schneider3

Introdução

A Olimpíada Escolar Capixaba foi instituída a partir do ano de 1946 pelo Serviço

de Educação Física (SEF), órgão ligado à Secretaria de Educação e Saúde Pública do

Estado do Espírito Santo, sendo realizada bianualmente nos moldes das Olimpíadas da

Era Moderna e tendo como ápice uma organização espetacularizada. Após longo

período de autoritarismo que utilizava o sistema educacional como projeto de

nacionalização, um novo contexto sociopolítico do país, sob o governo de Eurico

Gaspar Dutra, apontava para a redemocratização com ênfase no desenvolvimento

industrial. No Estado, a Olimpíada Escolar materializou tal processo modernizador ao

promover a escolarização e esportivização da Educação Física, que ganhou maior

visibilidade desde a criação da Escola de Educação Física, no ano de 1931, uma das

pioneiras no Brasil na formação de professores civis.

Objetivos

Compreender a relação da Olimpíada Escolar com o processo de Escolarização

do Esporte como conteúdo da Educação Física no período de 1946 a 1954. Utiliza

como fonte dois períodicos da imprensa capixaba, os Jornais a Gazeta e A Tribuna em

suas seções esportivas.

Metodologia

Como referencial, utilizamos os conceitos de estratégia e tática (CERTEAU,

1994) e de lutas de representação (CHARTIER, 1991) na construção da narrativa

histórica. A temática nos faz perceber as lutas de representações para a escolha da

cidade sede da Olimpíada Escolar, as estratégias utilizadas pela organização para

definição das escolas participantes e das táticas empregadas por aqueles que

participavam dos eventos.

1 Pesquisa com financiamento da Capes, da Fapes, do CNPq, com bolsa da PRPPG/Ufes e ProEx/Ufes.

2 Mestrando no Cefd/ Ufes, Proteoria, [email protected]

3 Doutor/Docente do Cefd/ Ufes, Proteoria, [email protected]

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326

Resultados e discussão

A imprensa ajuda a dar forma ao que por ela é registrado, sendo uma força que

não deve ser desconsiderada na construção de uma dada realidade (SCHNEIDER,

2010). Sendo assim, ao analisar a Olimpíada Escolar e o processo de escolarização da

Educação Física por meio da grande imprensa, conseguimos perceber a veiculaçao do

esporte que fazia circular representações do próprio Estado sobre as finalidades da

Educação Física na escola, que era formar o atleta, um homem mais competitivo, mais

especializado e preparado para a sociedade moderna.

Conclusão

A Olimpíada Escolar surgiu como um projeto cívico patriótico, realizado

bianualmente em datas comemorativas, ressignificando a Educação Física ao lhe

atribuir novos sentidos como o controle das pulsões (ELIAS, 1992), a civilidade como

objetivo do esporte e a busca pelo melhor desempenho.

Referências CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. Petrópolis, RJ: Vozes,

1994.

CHARTIER, R. A história cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 1991.

ELIAS, N.; DUNNING, E. A busca da Excitação. DIFEL, 1992.

SCHNEIDER, O. Educação Physica: a arqueologia de um impresso. Vitória: Edufes, 2010.

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As mulheres como autoras: produção e circulação de saberes sobre a educação física no Espírito Santo (1931-1936)1

Marcela Bruschi2 Omar Schneider3

Introdução

O estudo busca dar visibilidade à formação de professores de Educação Física na

década de 1930, ao focalizar a presença de professoras normalistas como alunas do Curso

de Educação Física do Espírito Santo. Analisa a produção e a circulação de algumas

monografias das alunas que os publicaram em formato de artigos na impressa periódica

capixaba na década de 1930.

Objetivos

Objetiva compreender a representação e a contribuição dessas mulheres na

configuração de uma teorização da Educação Física no período, analisando o

conhecimento produzido sobre essa disciplina, revelado em suas monografias, requisito

obrigatório para obtenção do diploma de professor de Educação Física.

Metodologia

Utiliza, como referencial teórico-metodológico, os conceitos de lutas de

representações, estratégia, tática e consumo produtivo para entender como a realidade é

construída por seus atores sociais (CHARTIER, 1991; CERTEAU, 1994). Para tanto, faz uso

da crítica documental e do modelo indiciário para analisar a documentação, sua produção

e conservação (GINZBURG, 1999). Como fonte documental, utilizam-se os documentos da

Escola Normal “Pedro II” e do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, o Arquivo Permanente

do Centro de Educação Física e Desportos (1931-1940), a Revista de Educação (1934-

1937) e o Diário da Manhã (1908-1937), analisando a formação das mulheres nos Cursos

Normais e no Curso de Educação Física, observando a construção de suas monografias

sobre a Educação Física e como se deu a divulgação desses trabalhos em impressos que

circularam no mesmo período na sociedade capixaba.

1 Pesquisa com financiamento da Capes, da Fapes, do CNPq, com bolsa da PRPPG/Ufes e ProEx/Ufes.

2 Aluna de Pós-Graduação em Educação Física do Centro de Educação Física da Universidade Federal do

Espírito Santo (Cefd/Ufes) e membro do Instituto de Pesquisa em Educação e Educação Física (Proteoria). E-mail: [email protected] 3 Professor do Cefd/Ufes e membro do Proteoria. Email: [email protected]

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Resultados e discussão

O Curso de Educação Física, criado em 1931, é considerado o primeiro curso

aberto à especialização de civis, e passa a atender aos professores normalistas, cuja

maioria era de mulheres. Ao apresentar a presença feminina na Educação Física, é

possível compreender os atores sociais que se apresentaram na linha de frente no

desenvolvimento da Educação Física no Espírito Santo.

Conclusão

Na análise dos documentos, pode-se constatar que o Curso de Educação Física

sofreu forte participação dos militares em sua organização curricular, o que permite

visualizar as continuidades e descontinuidades desse processo no projeto pretendido no

ensino da Educação Física nas escolas primárias. Esse corpus documental apresenta as

apropriações e usos realizados pelas alunas na construção de suas monografias que

circularam na Revista de Educação e no periódico Diário da Manhã. Com esses indícios,

ainda é possível perceber que essas professoras passaram a ocupar cadeiras em escolas

de maior representatividade, principalmente instituições localizados na capital, como

Grupos Escolares e instituições de ensino normal, e como professoras do próprio Curso

de Educação Física, demonstrando a aquisição de capital simbólico que esse curso

proporcionava àquelas alunas que fizeram circular seus trabalhos na imprensa capixaba.

Referências CERTEAU, M. A invenção do cotidiano. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.

CHARTIER, R. A história cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 1990.

GINZBURG, C. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: ______ Mitos, emblemas,

sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 143-17.

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O ensino de história da educação física: circulação de modelos pedagógicos na escola de educação física do Espírito Santo na década de 1930

Thiago Ferraz Will 1

Omar Schneider 2

Introdução

No ano de 1931, foi instituído o Departamento de Educação Física do Espírito

Santo, funcionando como curso de emergência para formação de professores de

Educação Física (SILVA, 1996). O curso deu origem ao que é hoje o Centro de Educação

Física e Desportos. No CEFD temos o Arquivo Histórico do Curso de Educação Física do

Espírito Santo, e ele guarda a memória por meio dos documentos, do que foi ensinado

aos professores em formação na década de 1930.

Objetivos

Busca compreender na história da Escola de Educação Física do Espírito Santo,

a história do ensino da disciplina História da Educação Física, na década de 1930.

Analisar os documentos guardados do Arquivo Permanente do CEFD/UFES, nos ajuda a

compreender o lugar da história na formação docente, qual o sentido atribuído à

história na década de 1930, para o recém criado curso de Educação Física do Espírito

Santo e o lugar desse saber em uma proposta educacional, que ao mesmo tempo é

política e pedagógica.

Metodologia

Utilizamos com fontes, a documentação da década de 1930 do Arquivo

Permanente. Foram localizadas Atas de Reuniões, Folha de Exercício Pessoal Docente e

Administrativo, provas da disciplina História da Educação Física, quadro de notas dos

alunos, programas da disciplina História da Educação Física, dentre outros. Após esse

levantamento, foi realizada uma categorização dos programas de disciplina e uma

análise das temáticas e periodizações utilizadas para o ensino de História da Educação

Física. Para interpretar os documentos, usamos como o referencial teórico-

metodológico Chartier (1991) e Le Goff (2003).

1 Graduando em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e membro do

Instituto de pesquisa em Educação e em Educação Física (Proteoria). E-mail: [email protected]. 2 Professor do Centro de Educação Física e Desportos da Ufes e membro do Proteoria. E-mail:

[email protected].

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Resultados e discussão

No Arquivo Permanente foram encontrados programas de disciplinas de

História da Educação Física. Foi possível perceber que os principais temas em

circulação estavam voltados para a História das civilizações, desde o homem primitivo

até a década de 1930, e também eram estudados os métodos de Educação Física em

suas linhas gerais.

Ao analisar os documentos percebe-se que os conteúdos ministrados, foram

extraídos do livro didático Histórico da Educação Física, obra produzida pelos tenentes

do Exército Laurentino Lopes Bonorino, Antonio de Mendonça Molina e Carlos M. de

Medeiros, e era utilizado como conteúdo de ensinos nas aulas de História da Educação

Física.

Conclusão

Percebemos que a disciplina História da Educação Física buscava dar aos alunos

uma formação ampla, para que pudessem localizar historicamente como cada povo

havia organizado seus sistemas ginásticos, ajudando os professores a significar o seu

papel educacional no campo da pedagogia e da formação histórica dos povos.

Referências

CHARTIER, R. O mundo como representação. Estudos Avançados, n. 11, p.115-127.

jan./abr. 1991.

LE GOFF, Jaques. História e Memória. Campina: Editora da Unicamp, 2003.

SILVA, D. M. C. da. A Escola de Educação Física do Espírito Santo: suas histórias, seus

caminhos (1931-1961). 1996. 224f Dissertação (Mestrando em Educação) –

Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 1996.

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Arquivo permanente do Centro de Educação Física e Desportos: organização e tratamento documental1

Michel Ferreira Muniz 2

Omar Schneider3 Introdução

O estudo relata o processo de conversão do arquivo setorial do Centro de

Educação Física e Desportos (CEFD), também conhecido como "arquivo morto" em

Arquivo Permanente (AP), que faz parte do projeto de extensão Memórias da

Educação Física e do Esporte no Espírito Santo: organização e tratamento dos arquivos

do CEFD/UFES.

Objetivos

O objetivo do projeto de extensão é organizar a memória da Educação Física e

do Esporte capixaba, criando as condições para o desenvolvimento de pesquisa que

permitam aos interessados nas temáticas de história desenvolver seus estudos nos

arquivos. Como objetivo específico buscamos verificar as necessidades de informação

dos usuários do AP para melhorar o atendimento das necessidades dos pesquisadores,

Para tanto, foi utilizado um instrumento qualitativo de pesquisa (questionário) que

possibilitou identificar as principais necessidades dos seus frequentadores.

Metodologia

O questionário foi constituído por questões abertas e fechadas, aplicadas aos

frequentadores do arquivo e com as informações coletadas foi possível fazer a

tabulação dos resultados sobre o perfil do usuário. O projeto também faz parte do

programa “Arquivo Permanente: em busca da memória institucional da Ufes”, e

objetiva realizar o tratamento e organização dos documentos localizados nos arquivos

institucionais da Ufes, sua a higienização, recuperação, catalogação e descrição

conforme as Normas brasileiras de descrição Arquivísticas (NOBRADE).

1 Pesquisa com financiamento da Fapes, do CNPq, com bolsa da PRPPG/Ufes e ProEx/Ufes.

2 Aluno do Curso de Arquivologia da Universidade Federal do Espírito Santo e bolsista Proex/Ufes.

3 Professor do CEFD/Ufes e coordenador do projeto de extensão.

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Resultados e discussão

O Projeto está contribuindo para o desenvolvimento de monografias, de

dissertações e de teses, além de servir como espaço para atividades práticas, estágio

supervisionado dos estudantes do curso de Arquivologia da Ufes, fazendo com que eles

tenham oportunidade de aplicado os conhecimentos adquiridos em sala de aula. O

projeto de extensão presta um importante serviço não só para o CEFD, como também

para a sociedade, pois contribui para a preservação da memória e cultura do Estado do

Espírito Santo.

Conclusão

O arquivo Permanente não é mais visto como um simples local para a guarda

dos documentos, mas agora é tratado como fonte de pesquisa de conhecimento e o

lugar onde toda a informação fica registrada. Conhecer o usuário da sua unidade de

informação, seu perfil, suas necessidades de informação, sua dificuldades encontradas

para caracterizar suas pesquisas, tudo isso deve ser levado em conta e registrado pela

unidade de informação, a partir daí trabalhar métodos e mecanismos para suprir toda

essas dificuldades antes enfrentada pelos pesquisadores. Disponibilizar a informação

de forma eficiente, para a pessoa certa, no momento certo é um legado que não é

simples de se executar, a todo o momento há mudanças em nossa sociedade e as

necessidades de informação também aumentam. Com isso, aumentam a

responsabilidade do profissional da informação, a revisão dos processos de trabalhos,

as atualizações bibliográficas tudo isso é indispensável para que os serviços de

informação melhorem a cada dia.

Referências SCHNEIDER, Omar. Memórias da Educação Física e do Esporte no Espirito Santo:

organização e tratamento dos arquivos do CEFD/UFES. Vitória: UFES, Pró-Reitoria de

Extensão da UFES/PROEX, jun. 2012.

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PÔSTER

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A presença da educação física na proposta da reforma Rafael Grisi: formação de professores primários no Espírito Santo (1951-1952)1

Bianca Andreatta Scottá2

Korina Pedro Plaster3 Rosianny Campos Berto4

Este trabalho objetiva identificar a presença da Educação Física no contexto da Reforma Rafael Grisi, ocorrida no Estado do Espírito Santo entre os anos 1951 e 1952, durante o governo de Jones dos Santos Neves, com vistas a compreender os processos de formação de professores para atuarem no ensino primário nesse período. As intenções do governo voltavam-se para a criação e consolidação do Plano de Valorização Econômica do Estado (PVEE) (SIQUEIRA, 2010), mas incluía e enfatizava, entre suas propostas, a educação. Nesse sentido, convidou o professor paulista Rafael Grisi para assumir a Secretaria de Educação do Estado, com a finalidade de reestruturar o ensino primário e encaminhar a criação da Universidade do Espírito Santo. As fontes analisadas envolvem três periódicos em circulação no Estado do Espírito Santo, no período: o jornal Diário Oficial, o jornal A Gazeta e a revista Vida Capichaba e a mensagem de governo de 1952. Tomamos como referência as proposições de Bloch (2001) para quem as fontes são testemunhos de um tempo, e de Ginzburg (2002), ao ensinar sobre a postura interrogativa e narrativa no trabalho de busca, seleção e interpretação das fontes. No Diário Oficial localizamos maior número de matérias sobre a Educação Física que abordam desde atos oficiais até temas como: Educação Física nas escolas, cursos de formação, ensino Normal e práticas de civilidade. No jornal A Gazeta e na revista Vida Capichaba, as matérias sobre o tema são mais raras e contemplam: os desportos estudantis, o Serviço de Educação Física, as comemorações e festividades cívicas. A proposta de governo indica a necessidade de reorganização da Educação Física no Estado com base no sentido cívico e social dos desportos, mas também com o foco na formação superior. Nas matérias localizadas, a formação de professores para atuarem com a Educação Física nas escolas, aparece em dois espaços: na Escola de Educação Física e na Escola Normal. A formação de professores primários deveria contemplar os aspectos intelectual, físico e cívico dos alunos. O “Programa Teórico-Prático de Educação Física, Jogos e Recreação” para o Curso Normal deveria oferecer noções de Metodologia da Educação Física direcionada a cada ano do ensino primário. Os dados apontam que, mesmo tendo um curso de formação específica em Educação Física, a formação na Escola Normal precisaria dar

1 Este trabalho é fruto da pesquisa realizada na Iniciação Científica PIBIC/PIVIC, Edital 2013/2014.

2 Estudante do curso de Licenciatura em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos da

Universidade Federal do Espírito Santo (CEFD/UFES); bolsista PIBIC/UFES. 3 Estudantes do curso de Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFES; voluntária PIVIC/UFES.

4 Professora do CEFD/UFES; membro do Núcleo Capixaba de Pesquisa em História da Educação

(NUCAPHE/UFES); e-mail: [email protected].

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conta de preparar professores que soubessem conduzir o ensino dessa prática, o que indica o número insuficiente de professores de Educação Física para atuarem nas escolas primárias do interior do Estado. Conclui-se que a formação de professores primários no Estado teve seu repertório ampliado de modo que considerasse as especificidades da educação das crianças, incluindo a recreação, os jogos, a ginástica e os exercícios físicos em geral como elementos importantes em sua preparação. Além disso, a relação passado/presente nos coloca diante dos desafios que ainda se apresentam na formação de professores no Estado. Referências

BLOCH, Marc. Apologia da história, ou o ofício do historiador. Tradução de André

Telles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.

GINZBURG, Carlo. Relações de força: história, retórica, prova. São Paulo: Companhia

das Letras, 2002.

SIQUEIRA, Maria da Penha S. Industrialização e empobrecimento urbano: O caso da

Grande Vitória (1950-1980). Vitória: Grafitusa, 2010.

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O Colégio Estadual do Espírito Santo na grande imprensa capixaba: as olimpíadas escolares e o esporte escolar

Denise Maria da Silva Ribeiro1

Omar Schneider2

Introdução

Este estudo esta inserido em um projeto maior denominado História e

Memória da Educação Física e do Esporte Capixaba, que busca analisar a participação

da União Atlética do Ginásio do Espírito Santo (UAGES), nas olimpíadas escolares do

Espírito Santo, com foco principal nos noticiários da grande imprensa capixaba. Com

isso usamos a teoria desenvolvida por Chartier (1991) para compreender a

representação que circula nos jornais sobre a agremiação e a sua participação nos

eventos esportivos no cenário capixaba.

Objetivos

Busca-se compreender a criação da Uages, estabelecendo relações entre a

cultura esportiva capixaba e a proposta de sua criação, analisando assim a circulação

das olimpíadas escolares na imprensa periódica capixaba. Nesse processo procura-se

analisar a participação do Colégio Estadual do Espírito Santo, entre os anos de 1943 e

1957, nas olimpíadas escolares no Espírito Santo, verificando assim como a grande

imprensa capixaba tomou parte da significação do esporte como conteúdo da

Educação Física no Espírito Santo.

Metodologia

A investigação se configura como uma pesquisa histórica, de base qualitativa,

que nos ajuda a ter uma visão, mas clara sobre as potencialidades do estudo do

discurso, compreendendo também os seus limites (TRIVIÑOS, 2006). Iniciamos a

pesquisa pela busca das fontes, iniciando a investigação por meio do Arquivo

Municipal de Vitória. O objetivo era fazer um levantamento dos noticiários da época

(1943 a 1957), no Jornal A tribuna e no jornal A gazeta e também em uma revista de

variedades conhecida como Vida Capichaba, que fez circular matérias sobre a Uages e

a sua participação nas olimpíadas escolares.

1 Graduanda em Educação Física, Ufes, Proteoria, [email protected].

2 Doutor em Educação, Ufes, Proteoria, [email protected].

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Resultados e discussão

Em 1º de setembro de 1934 o professor Aloyr sentiu a necessidade de criar

uma agremiação esportiva, surgindo assim a Uages, que nasceu com intuito de inserir

nas aulas de Educação Física o esporte, por que antes a Educação Física se

fundamentava na ginástica, e ele queria modificar essa realidade, fazendo com que o

esporte fosse percebido como um conteúdo. Em 1946 o professor Aloyr introduziu nos

programas de ensino secundário, a realização das Olimpíadas Escolares. Essas

competições foram efetuadas de dois em dois anos com o objetivo de incrementar,

nos meios estudantis, o gosto pela prática do esporte (BARROS. 1997). A competição

acontecia entre os meses de agosto e outubro, sendo que em 1946 a cidade que

sediou os jogos foi Domingos Martins, em 1948 a cidade de Vitória, em 1950 a cidade

de Colatina, em 1952 a cidade Muqui e em 1954 a cidade de Vitória.

Conclusão

O Colégio Estadual participou das olimpíadas escolares em todas as edições,

sendo favorita em boa parte. Sua agremiação era a Uages, possuía sempre um discurso

vitorioso e favorito em quase todas as modalidades. A imprensa noticiava todos os

acontecimentos, sendo uns dos principais eventos esportivos do Estado. As

modalidades disputadas era o atletismo, futebol, voleibol, basquetebol, tênis de mesa

e o ciclismo.

Referências ARAUJO A. Q. A educação physica no gymnasio do Espírito Santo. Vitória: Revista de

Educação, p. 29-41. 1935.

BARROS M. G. F. Professor Aloyr Queiroz de Araújo. Vitória: Universidade Federal do

Espírito Santos, 1997.

BLOCH M. Apologia da história: ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,

2001.

BOREL, Tatiana. Processos de formação e práticas docentes na constituição histórica

da educação física escolar no Espírito Santo, nas décadas de 1930 e 1940. 2012.

Dissertação (Mestrado em Educação) - Curso de Educação, Departamento de

Educação, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2012.

BRITTES J. G. Imprensa Capixaba: aspectos históricos da imprensa capixaba. Vitória:

Universidade do Espírito Santo, 2010.

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CHARTIER, R. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro:

DIFEL, 2002.

TRIVIÑOS A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais. São Paulo: editora Atlas

S.A, 2006.

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GT: MOVIMENTOS SOCIAIS

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COMUNICAÇÃO ORAL

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Do prescrito ao praticado: valores associados às atividades físicas e esportivas no Projeto São José de Calazans

Renata Silva Jorge1

André da Silva Mello2

Introdução

A inserção de projetos vinculados às atividades físicas e esportivas em áreas de

vulnerabilidade tem como discurso central a retirada de crianças e adolescentes de

situações de risco social. Contudo, os objetivos desses projetos, registrados em seus

documentos norteadores, nem sempre convergem com as práticas e representações de

seus usuários, exigindo de seus gestores constantes reorientações pedagógicas, para que

haja consonância entre as suas dimensões prescritas e praticadas. Nesta pesquisa,

analisamos o Projeto São José de Calazans (PSJC), localizado no município de Serra, cujo

foco é desenvolver, por meio das atividades físicas e esportivas, valores sociais com

crianças e adolescentes.

Objetivo

Analisar, por meio das práticas e representações de crianças e adolescentes

participantes do PSJC, os pontos de convergência e de divergência entre as dimensões

prescrita e praticada do projeto.

Metodologia

Trata-se de uma pesquisa etnográfica, no viés da Etnopesquisa Implicada

(Macedo, 2012), que pressupõe a noção de pertencimento, criação de saberes e

afirmação. Para tanto, nos inserimos no contexto do PSJC no início de 2014, frequentando

as atividades do projeto duas vezes por semana. Os dados estão sendo produzidos pela

observação participante, registrada em diário de campo, imagens iconográficas,

narrativas autobiográficas e grupo focal. Por se tratar de uma pesquisa em curso, neste

estudo apresentamos análises preliminares dos dados produzidos até o momento.

1 Mestranda PPGEF/UFES, PROTEORIA, [email protected]

2 Prof. Dr.UFES, PROTEORIA, [email protected]

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Resultados e discussão

No contexto do projeto investigado, não há uma unidade metodológica e os

valores são trabalhados, majoritariamente, de duas formas: por meio de práticas

discursivas ou pelas condutas estabelecidas nas atividades desenvolvidas. Os dados

analisados evidenciam que os valores são internalizados com mais eficiência quando

vivenciados na prática, ou seja, por meio de comportamentos associados às atividades

físicas e esportivas. Constatamos que a ausência de progressão pedagógica dos

conteúdos trabalhados é um desafio a ser superado, no sentido de adequar às atividades

aos interesses e necessidades das diferentes faixas etárias atendidas pelo projeto.

Também percebemos que as atividades que atribuem protagonismo aos educandos no

processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos abordados têm mais êxito no alcance

de suas metas.

Conclusão

Consideramos que a aproximação entre as dimensões prescrita e praticada é

fundamental para que o PSJC alcance os seus objetivos. Essa aproximação ocorre,

sobretudo, na ausculta dos seus participantes, que evidencia diferentes racionalidades e

motivos para a ação.

Referência

MACEDO, R. S. A etnospesquisa implicada: pertencimento, criação de saberes e

afirmação. Brasília: Liber Livro, 2012.

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Cultura popular e o enfrentamento da violência: a experiência com as crianças e educadores da Ong LBV

Rosely Silva Pires1

Míriam Rodrigues Rangel Malaquias 2 Karoline Fleger de Souza 3

Josiele Soares Ribeiro4 Gislene Tschaen 5

Ariádny Brandão Gomes6

Este trabalho é fruto da experiência com o projeto “A cultura popular e a

construção de um mundo sem violência para a criança e com a criança”, aprovado pelo

MEC - Proext 2014. Temos problematizado a violência como um fenômeno social,

multicausal e multifacetado. O projeto possui como objetivos: Contribuir na formação dos

monitores do projeto de extensão possibilitando a estes o ensino-aprendizagem das

danças (forró, Hip Hop e Contemporâneo) com crianças de periferia; contribuir com o

enfrentamento da violência e fortalecimento de valores democráticos e promoção de

direitos humanos junto a 150 crianças e educadores da ONG LBV localizada em Vitória-ES.

Esse projeto terá como metodologia a pesquisa-ação. Nossa experiência com a pesquisa-

ação foi publicada no livro “Pesquisa em ação: educação física na escola (2002)”.

A experiência com as crianças e educadores da ONG LBV

As atividades que estamos desenvolvendo englobam dois eixos: a formação dos

estudantes dos cursos de licenciatura e bacharelado do centro de educação física da UFES

e; curso de formação de educadores e oficinas de cultura popular para alunos de 7 a 12

anos da ONG LBV. Esses eixos embora nesse momento sejam apresentados de forma

separada eles se entrelaçam em suas ações. Mas como o trabalho com a cultura popular

poderá contribuir com essa perspectiva defendida? As atividades envolvendo o forró, o

hip hop, e a dança contemporânea em que são estudadas o contexto de criação destas

danças, trazendo a figura de Luiz Gonzaga e a luta pelo Nordeste, a análise do Happer do

Marcelo D2 “Qual é”, problematizando o artista diante dos processos de violência

individual e coletivo; a criação de Happers pelas crianças, o passeio pelo bairro vendo

1 Mestre em Educação, profª. Da UFES e Coordenadora do FORDAN/CEFD/UFES,

[email protected] 2 Pós-graduada em Políticas Pública pela Emescan. Coordenadora da ONG LBV.

3 Graduada em artes pela UFES, Educadora da ONG LBV.

4 Acadêmica em Educação Física pela UFES. Monitor do projeto de Extensão Fordan/CEFD/UFES

5 Acadêmica em Educação Física pela UFES. Monitor do projeto de Extensão Fordan/CEFD/UFES

6 Acadêmica em Educação Física pela UFES. Monitor do projeto de Extensão Fordan/CEFD/UFES

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contradições entre os espaços que tem acesso a cultura e os que não possuem essa

possibilidade. A narrativa de cada criança compondo um vídeo coletivo sobre o bairro em

que vivem nos aproxima das discussões de Bosi (1992) um dos maiores estudiosos da

cultura popular, para o autor a universidade precisa promover em um encontro

“amoroso”, pois um projeto democrático não deixará de ser pluralista e o mais

abrangente possível.

Conclusão

Estar nesse espaço com estas crianças e educadores da ONG LBV tem nos

ajudados a problematizar e enfrentar a violência buscando oportunidade da expressão

das necessidades e reivindicações daqueles sujeitos. Temos também como afirma Hanna

Arend (1994) buscado vivenciar a sadia busca do dissenso e da diferença pela criação de

espaços coletivos de discussão. Este trabalho tem nos possibilitado estreitar a relação

entre ensino, pesquisa e extensão, pois os alunos que participam do projeto têm

experienciado a relação com o ensino-aprendizagem da dança junto as criança e também

participado nos momentos de formação junto aos educadores. Nas avaliações e

planejamentos temos percebido o aprendizado tanto para a equipe do projeto de

extensão do CEFD/UFES, como das crianças e educadores da ONG/LBV.

Referências BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p.308-

345:

ARENDT, H. Sobre a violência. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.

BRACHT; V., et al. Pesquisa em ação: educação física na escola, intervenção e

conhecimento. Ijuí: Unijuí, 2002.

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GT: POLÍTICAS PÚBLICAS

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COMUNICAÇÃO ORAL

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Aspectos conceituais sobre desigualdades sociais e saúde: contribuições para a educação física

Liliane Ciceri; Moisés da Silva Roberto1

Graziela kiepert; Caroline Binow2 Dílson Saulo3

Marcos Bagrichevsky4

Introdução

Em levantamento realizado nas revistas nacionais de Educação Física (EF)

verificamos ausência de estudos que abordem de modo contíguo as categorias:

“desigualdades sociais”, “saúde” e “Educação Física”. Pensando nisso, estruturamos o

trabalho em três partes: as duas primeiras sintetizam a compreensão de como

“condicionantes” sociais produzem consequências importantes para a saúde das

pessoas e dos coletivos populacionais; ao final apontamos possíveis contribuições

desse debate para o campo da Educação Física.

Objetivos

Apresentar e discutir, sumariamente, importantes aspectos conceituais que

tratam da relação entre desigualdades sociais, saúde e EF.

Metodologia

Estudo elaborado a partir de uma revisão bibliográfica na qual foram

selecionados e analisados textos-chave acerca do tema.

Resultados e discussão

Entre os condicionantes sociais produtores de consequências nefastas para a

saúde dos brasileiros, estão as desigualdades sociais injustas relacionadas à

1 Membros dos SALUS (Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas sobre Saúde, Cultura e Sociedade)

e Alunos de Mestrado do PPGEF; e-mail para contato: [email protected] /[email protected] 2 Membros dos SALUS; Alunas de Iniciação Científica do SALUS e do Bacharelado em Educação Física da

UFES; 3 Membro dos SALUS e Aluno do Bacharelado em Educação Física da UFES;

4 Coordenador do SALUS e Professor Permanente do PPGEF/UFES; [email protected]

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inacessibilidade das pessoas às condições básicas de sobrevivência, levando ao

adoecimento e morte precoce.

Nesse contexto, a Educação Física que recentemente ampliou seu campo de

atuação para a Saúde Coletiva, ainda possui restrições na compreensão do processo

saúde-doença-cuidado para além do biologicismo (entre as causas estão: discussões

negligenciadas, estigmas que se reproduzem no campo e incongruência das práticas no

campo).

O ensino e as práticas apoiam-se no modelo de causalidade das doenças e nos

fatores individuais para o adoecimento. Segundo Carvalho (2006, 2007), no âmbito da

SC as práticas corporais são uma estratégia interessante que fogem à atuação

puramente biológica, ampliando as possibilidades dos profissionais de encontrar,

escutar, observar e mobilizar os sujeitos para que efetivamente construam relações

socialmente inclusivas de vínculo e co-responsabilidade nos cuidados em saúde.

Conclusão

Apesar dos desafios relacionados às ideologias dos educadores físicos sobre os

condicionantes do processo saúde-doença-cuidado e como este se manifesta nos

contextos de vida, podemos galgar possibilidades de práticas inovadoras da EF no

âmbito da SC, como por exemplo, a atuação baseada no “Método Paidéia”, proposto

por Campos (2006); em que doenças são encarnadas em pessoas concretas que

possuem histórias, culturas e necessidades diferentes.

Nessa perspectiva, a criação de rodas- espaços coletivos- que envolvam sujeitos

e os profissionais é um passo metodológico importante, em que a interação segundo

Freitas, Brasil e Silva (2006) pode privilegiar o sujeito (doente ou não) em vez da

doença; auxiliar os educadores físicos a lidar com diferentes conteúdos da cultura

corporal de movimento (e não apenas aqueles considerados “eficazes” para promover

saúde como o exercício físico); auxiliar no respeito da autonomia dos sujeitos (que

podem optar inclusive, por estilos de vida deletérios à saúde); auxiliar na discussão de

temas que sejam interesse do grupo (incluindo as práticas corporais).

Referências CAMPOS, G.W de S. Efeito paidéia e o campo da saúde: reflexões sobre a relação entre

o sujeito e o mundo da vida. Trabalho, Educação e Saúde, v. 4, n. 1, p. 19-31, 2006.

CARVALHO. Y. M. Práticas corporais e comunidade: um projeto de educação física no

Centro de Saúde Escola Samuel B. Pessoa (Universidade de São Paulo). In: FRAGA, A. B;

WACHS. F. (Orgs.). Educação física e saúde coletiva: políticas de formação e

perspectivas de intervenção. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007.

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CARVALHO, Y. M. Promoção da saúde, práticas corporais e atenção básica. Revista

Brasileira de Saúde da Família, v. 7, p. 33-45, 2006.

FREITAS, F. F. de; BRASIL, F. K; SILVA, C. L.da. Práticas corporais e saúde novos olhares.

Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 27, n. 3, p. 169-183, 2006.

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PÔSTER

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Política pública de formação continuada em gênero na contemporaneidade: lógicas, dilemas e perspectivas

Erineusa Maria da Silva1

Introdução

Nas democracias capitalistas, o Estado é considerado politicamente

responsável pela promoção de justiça social e de igualdade. Isto ocorre para

compensar as desigualdades que o próprio sistema social e econômico promovem

(OLIVEIRA, 2009). A formação do/a professor/a, nesse contexto, tem sido alvo dessa

lógica compensatória e ainda mais, da descentralização e singularização das políticas

públicas. No entanto, essas políticas são geradas a partir das tensões entre as

necessidades do Estado e as demandas dos diversos atores sociais (TOURAINE, 1994),

num estado brasileiro atual que hibridiza elementos da politica neoliberal e do Estado

de bem-estar. Considerando as tensões apontadas, faz-se necessário questionar que

processualidades as políticas de formação continuada em Gênero e diversidade na

escola (GDE) vem assumindo nessa relação atores sociais-Estado nos últimos dez anos

no Brasil e Espírito Santo e quais impactos de formação tem gerado.

Objetivos

Mapear os documentos (planos, programas, estratégias, diretrizes e cursos)

que delineiam e se articulam com a política de formação continuada de professores/as

da educação básica brasileira denominada “Gênero e diversidade na escola”, em nível

federal e no ES;

Identificar possíveis contradições/jogos políticos que se apresentam entre a

concepção da política pelo governo federal e sua materialização tanto em nível federal

como no Estado do ES,

Analisar quais os impactos dessa formação nas ações pedagógicas dos atores da

escola que realizaram o curso GDE.

Metodologia

Estudo de natureza qualiquantitativa, terá como sujeitos os atores da

implementação da política em nível federal e estadual, inclusive os professores e se

utilizará de análise documental, entrevistas semiestruturadas e grupo focal como 1 Doutoranda em Educação, professora na Ufes, pesquisadora no Práxis/CEFD/Ufes,

[email protected]

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instrumentos de recolha de dados. O Banco de dados CLAM/IMS/UERJ sobre o curso

GDE no ES será utilizado como elemento orientador na construção das entrevistas e

grupo focal. A análise dos dados também será realizada por meio da análise da

estatística descritiva.

Conclusão

Os estudos prévios anunciam que a escola brasileira tem sido convocada a

contribuir para que se reverta as desigualdades no Brasil, e os/as professores/as tem

sido pensados como sujeitos fundamentais nesse processo. Nessa perspectiva, um dos

focos de tais políticas tem sido a formação docente, como um dos modos de

enfrentamento de todo a sorte de desigualdade, inclusive as de gênero.

Referências OLIVEIRA, D. A. Política educativa, crise da escola e a promoção de justiça social. In:

FERREIRA, E. B.i; OLIVEIRA, D. A. (org.). Crise da escola e políticas educativas. Belo

Horizonte: Autêntica Editora, 2009. Cap. 1, p. 17- 32.

TOURAINE, A. Crítica da modernidade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.

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GT: TREINAMENTO ESPORTIVO

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COMUNICAÇÃO ORAL

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Estado de equilíbrio fisiológico em diferentes intensidades de corrida: um estudo de caso

Victor Hugo Gasparini Neto1

Anselmo José Perez2 Deborah Sauer3

Kamilla Bolonha Gomes4 Luciana Carletti5

Ananda Vasconcelos6

Introdução

O exercício corporal humano permite diversas adaptações morfofuncionais em

equilíbrio fisiológico, a partir de intensidades caracterizadas como moderadas, pesadas

e severas. Essas intensidades podem ser identificadas de acordo com a mensuração do

limiar anaeróbio ventilatório que representa a resposta da mudança metabólica.

Entende-se por estado de equilíbrio fisiológico (steady state), ajustes intrínsecos do

organismo a fim de manter o equilíbrio na produção de substratos energéticos. A nível

metabólico, durante o exercício físico de intensidade constante considera-se a

concentração sanguínea de lactato que pode ser suportada em condições no qual sua

produção e remoção permanecem equilibradas havendo predomínio do metabolismo

oxidativo. (ASCENÇÃO et.al, 2001; LOURENÇO et.al, 2007; PIRES et. al, 2011). Estudos

que mediram lactato sanguíneo demonstraram estado de equilíbrio fisiológico

(ASCENÇÃO et.al, 2001), porém ainda não está claro na literatura quais variáveis

metabólicas e respiratórias que definem o estado de equilíbrio fisiológico em

exercícios com velocidades fixas e intensidades diferentes, estimulando-se tal

caracterização.

1 Professor de Educação Física, Programa de Pós-Graduação em Educação Física do CEFD/UFES,

Laboratório de Fisiologia do Exercício – LAFEX, [email protected] 2 Professor de Educação Física, Departamento de Desportos – DD/CEFD/UFES, Laboratório de Fisiologia

do Exercício – LAFEX, [email protected] 3 Professora de Educação Física, Laboratório de Fisiologia do Exercício – LAFEX,

[email protected] 4 Professora de Educação Física, Laboratório de Fisiologia do Exercício – LAFEX,

[email protected] 5 Professora de Educação Física, Departamento de Desportos – DD/CEFD/UFES, Laboratório de Fisiologia

do Exercício – LAFEX, [email protected] 6 Estudante de Educação Física, Laboratório de Fisiologia do Exercício – LAFEX, [email protected]

[email protected]

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Objetivos

Descrever o comportamento de diferentes variáveis cardiopulmonares em

sessões de exercício com velocidades constantes de corrida, correspondentes às

intensidades do Limiar Anaeróbio Ventilatório (LAV) e do Ponto de Compensação

Respiratória (PCR), identificando a existência do estado de equilíbrio fisiológico.

Metodologia

A amostra foi composta por um indivíduo não atleta, treinado em corrida de

rua por mais de dez anos, com idade: 54 anos, peso: 65,9 kg, estatura: 1,68, IMC:

23,3kg/m2 e VO2máx 53 ml.kg-1.min-1. Para coleta dos dados utilizou-se o analisador

metabólico Cortex MetaLyzer® 3B com realização TCPE máximo a fim de determinar o

LAV e o PCR. Foram feitas duas sessões de exercício, na velocidade do LAV e do PCR

com aquecimento prévio de 5min, intervalo de 48h entre as sessões e tempo máximo

de 1hora.

Resultados e discussão

Os dados apresentados nos gráficos abaixo representam o comportamento de

duas variáveis cardiopulmonares e metabólicas, considerando estado de equilíbrio

uma variação limite de 5% como proposto por Ribeiro e colaboradores (1986).

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Fig.2- Comportamento do VO2 ml/kg/min-1no Limiar Anaeróbio Ventilatório

(LAV) e no Ponto de Compensação Respiratória (PCR).

Fig. 3- Comportamento da frequência cardíaca no Limiar Anaeróbio Ventilatório

(LAV) e no Ponto de Compensação Respiratória (PCR).

Os resultados apresentados em estado de equilíbrio corroboram com os

achados de estudos anteriores (RIBEIRO et.al, 1986), podendo colaborar para uma

estratégia tempo-eficiente não invasivo na prescrição de exercício físico em

intensidades específicas para indivíduos corredores de rua.

Conclusão

Com a estratégia proposta desse trabalho, foi possível identificar o estado de

equilíbrio fisiológico pelo VO2máx nas variáveis estudadas.

Referências ASCENÇÃO, A.A, SANTOS, P. MAGALHÃES, J. OLIVEIRA, J. MAIA, J. SOARES, J.

Concentrações sanguíneas de lactato durante uma carga constante a uma

intensidade correspondente ao limiar aeróbio-anaeróbio em jovens atletas. Rev.

paul. Educ. Fís. v.15, n.2, p. 186-194. 2001

LOURENÇO T F. Interpretação Metabólica Dos Parâmetros Ventilatórios Obtidos

Durante um Teste de Esforço Máximo e Sua Aplicabilidade no Esporte. Rev. Bras.

Cineant. & Desemp. Humano, n.9 pag. 303-310, 2007

RIBEIRO, J.P, HUGHES, V. FIELDING, R.A, HOLDEN, W. EVANS, W. KNUTTGEN, H.G.

Metabolic and ventilatory responses to steady state exercise relative to lactate

thresholds. Eur J Appl Physiol, n. 55 p. 215-221, 1986.

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PIRES, F.O; LIMA-SILVA, A.E; KOKUBUN, E; KISS, M.A.P.D.M. Modelo de equilíbrio

dinâmico: breve revisão da sua origem, implicações e novas perspectivas.

Rev.bras.Educ.Fís.Esporte. v.25,n.3, p.547-55. 2011.

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Monitoramento da potência anaeróbia por meio de lactacidemia e plataforma de saltos, em atletas de elite de natação, durante uma periodização em blocos

Helvio de Oliveira Affonso1

Arilson Silva2 Marcela Favoreto3

Introdução

Os níveis de Força são extremamente importantes para economia de

movimento no desporto, VERKHOSHANSK (2001), todavia a potência determina o

resultado final para a natação que sempre visa redução dos tempos de prova.

Objetivos

Monitorar a Potência Anaeróbia e Lactacidemia de 4 atletas de elite de natação

frente a um bloco com cargas concentradas para o desenvolvimento da Força. Estes

atletas integram as Seleções Brasileira e Venezuelana, ranqueados top 3, 10 e 20 do

mundo.

Métodos e resultados

O bloco de treinamento durou 8 semanas, sendo periodizado com 4 seções

semanais, GOMES (2002) e os exercícios adotados foram: SQUAT, POWER SNATCH e

POWER CLEAN, LPO (Levantamento de Peso Olímpico).

O treinamento específico na água, foi com o auxílio de Palmar, Paraquedas e Pé

de Pato. A potência foi verificada na Plataforma de saltos - JUMP SYSTEM© / CEFISE.

com protocolo de BOSCO et. al. (1983) e a lactacidemia, conforme FIGUEIRA &

DENADAI (2004), 30 segundos após o término do teste de saltos, com auxílio do

aparelho ©Lactate Plus Professional USA.

Os valores médios foram:

Composição corporal = Pré: 83,95±6,2 e Pós: 84,77±7,10 kg

1 Professor Esp. Treinamento Desportivo e Fisiologia do Exercício, APPTO ASSESSORIA ESPORTIVA,

[email protected] 2 Professor Esp. Treinamento Desportivo e Fisiologia do Exercício, ARILSON SWIMMING COACH,

[email protected] 3 Professora Educação Física, APPTO ASSESSORIA ESPORTIVA, [email protected]

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Altura = 1,88±3 cm

% Gordura = Pré: 11,34±4,58% e Pós: 10,64±2,21%

Lactato = PRÉ: 8,9±3,3 e PÓS: 18,42±4,2 mMol.

Potência Absoluta = PRÉ: 822,70±343,04 e PÓS: 1367,45±190,50 Watts.

Para composição corporal o protocolo utilizado foi: 7 pregas cutâneas, Pollock e

Jackson, adipômetro científico Sanny, Balança Profissional com estadiômetro.

Para execução do teste foi feito aquecimento com 10 minutos de Bike e 80

Watts de carga, sem trabalho prévio de flexibilidade.

Conclusão

O treinamento de Força pode ter induzido a um incremento da potência e

Hiperlactacidemia, por consequência das adaptações Neurais do treinamento de

Força, pelo aumento de MCTs e pela hipertrofia seletiva de fibras tipo II, conforme

VERKHOSHANK (2001). Novos estudos devem ser desenvolvidos visando um maior

esclarecimento sobre o tema. Importante ressaltar que tais incrementos de potência,

não necessariamente significarão melhora de rendimento, para tanto, outras variáveis

precisam ser controladas.

Referências

GOMES, A. C. Treinamento Desportivo: estruturação e periodização. 1. ed. Porto

Alegre: Artmed, 2002.

Bosco C, Luhtanen P, Komi PV (1983) A simple method for measurement of mechanical

power in jumping. Eur JAppl Physiol 50: 273-282

DENADAI, B. S. ; FIGUEIRA, T. R. ; O, F. ; GONÇALVES M . Effect of the aerobic capacity

on the validity of the anaerobic threshold for determination of the maximal lactate

steady state in cycling. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v. 37, n.

10, p. 1551-1556, 2004.

VERKHOSHANSKI, Y. V. Treinamento Desportivo: teoria e metodologia. Porto Alegre:

ARTMED, 2001. p. 53 e 58

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Comparação das respostas da frequência cardíaca e consumo de oxigênio nos testes máximos de esteira e de campo dos participantes do Projeto de Corrida

Orientada LAFEX/NUPEM/UFES

Elyse Falk G. Gomes1 Leidiane Luciano Lobo2

Anselmo Jose Perez3

Introdução

Diferentes variáveis fisiológicas podem embasar a prescrição do treinamento

aeróbico, entretanto as principais são frequência cardíaca máxima (FCmáx) e o

consumo máximo de oxigênio (VO2máx), sendo que ambas as variáveis podem ser

obtidas por meio de testes máximos em laboratório e de campo (AMERICAN COLLEGE

OF SPORTS MEDICINE, 2003; SANTOS et al., 2005; MAKKAI et al., 2008; CERQUEIRA et

al., 2012). Os estudos comparativos são conduzidos em amostras que apresentam

indivíduos saudáveis e fisicamente ativos, com relativa baixa média de idade,

apresentando características homogêneas entre os indivíduos. Entretanto, estudos

com amostra que apresentam características mais heterogêneas são escassos. Essas

características podem apresentar diferenças nos valores de FCmáx e VO2máx entre os

testes laboratoriais e de campo.

Objetivos

O presente estudo tem por objetivo verificar se há diferenças nos valores de

FCmáx e VO2máx para os testes máximo de campo e de laboratório.

Metodologia

Trata-se de pesquisa bibliográfica com fundamentação teórica quanto a

utilização da FCmáx e VO2máx na prescrição da intensidade do treinamento aeróbico.

A amostra foi composta por 15 indivíduos, sendo 7 do sexo feminino, participantes do

projeto de extensão Grupo de Corrida Orientada – GCO/LAFEX/NUPEM/UFES. Para o

início do treinamento de corrida no GCO todos devem passar por um teste de esforço

máximo, em laboratório clínico, com o objetivo de avaliação cardiológica pelo médico

1 Graduanda em Educação física bacharelado, CEFED, UFES, [email protected].

2 Graduanda em Educação física bacharelado, CEFED, UFES, [email protected].

3 Prof. Dr. Anselmo José Perez, professor do CEFD/UFES, Coordenador do LAFEX e do Grupo de Corrida

Orientada, [email protected].

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cardiologista. Os protocolos variam em função da clínica/laboratório. Após este

atestado os indivíduos passavam por um teste de campo de corrida de 2400 m, na

pista de atletismo da UFES, com o objetivo de desempenho no menor tempo possível.

A FC era monitorada por meio de um frequencímetro polar RS100. Assim, era possível

obtermos as medidas preditas de VO2máx e as medidas de FCmáx. Para as análises

estatísticas foram utilizados: o teste t Student para diferença de médias; e o teste de

correlação de Pearson. Foi adotado o nível de significância de p<0,05.

Resultados e discussão

A média de idade foi 39,9 ± 10,3 anos, e de IMC de 25,7 ± 4,3, indicando

diagnóstico nutricional de sobrepeso. A FCmáx não apresentou diferenças estatísticas

entre o teste de campo e os testes de laboratório. Já o VO2máx foi significativamente

maior para os testes de laboratório. Essa diferença pode ter ocorrido em função de os

protocolos utilizados nos testes clínicos/laboratórios em geral privilegiarem a exaustão

voluntária pela caminhada com inclinação acentuada, e não pela corrida no plano, o

que já é exigido na pista. Verificou-se uma correlação positiva e significante, a 5%,

entre o VO2máx de campo e FCmáx de campo. Esses resultados se mostram alinhados

à teoria que versa sobre a relação de VO2máx e FCmáx.

Conclusão

Conclui-se que a prescrição do treinamento aeróbico com base na FCmáx

poderá ser embasada por ambos os protocolos. Já para a prescrição pelo VO2máx para

o grupo analisado indica-se a utilização dos resultados obtidos pelos testes em campo,

os quais são mais específicos.

Referências AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Manual de pesquisa das diretrizes do

ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2003.

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Manual do ACSM para avaliação da

aptidão física relacionada à saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

CERQUEIRA, M. S. et al. Comparação da frequência cardíaca máxima obtida em testes

de esteira e de campo em homens saudáveis. Brazilian Journal of Biomotricity, v. 6, n.

1, 2012.

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MAKKAI, L. F. C. et al. Análise comparativa de testes laboratoriais de esteira e de

campo para determinar a frequência cardíaca máxima e o consumo máximo de

oxigênio em mulheres saudáveis. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, v. 7, n.

2, p. 67–73, 2008.

SANTOS, A. L. et al. Respostas da frequência cardíaca de pico em testes máximos de

campo e laboratório. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 11, n. 3, 2005

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PÔSTER

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Análise biomecânica do rúgbi em cadeira de rodas

Elaine Dalman Milagre 371 Karine Jacon Sarro372

Introdução

O rúgbi em cadeira de rodas é um jogo disputado em uma quadra e possui uma linha

de gol que se constitui na linha de fundo, sendo esta a área chave (IRWF, 2012). As equipes

são compostas por 12 membros, com apenas 4 jogadores em quadra. Todos os jogadores

são classificados de acordo com suas funções e habilidades motoras pelo sistema de

classificação IWRF, o que determina uma pontuação para eles que varia de 0,5 (menor

função) a 3,5 (maior função). O somatório dos pontos de classificação dos jogadores de uma

equipe na quadra não pode ultrapassar 8,0 (IRWF, 2012). O objetivo do jogo é marcar o gol,

passando a linha de gol adversária em posse da bola com as duas rodas da cadeira até a

linha de gol do adversário (IRWF, 2012). Nessa modalidade a trajetória percorrida pelo atleta

fornece informação importante sobre a dinâmica da modalidade, pois depende dela para

conduzir a bola até ultrapassar a linha de gol adversária.

Objetivos

Analisar a função tática adotada por equipes brasileiras de rúgbi em cadeira de rodas

de acordo com a classificação funcional dos jogadores em quadra.

Metodologia

Para a obtenção das trajetórias dos jogadores, dois jogos do II Campeonato Brasileiro

de Rúgbi em Cadeira de Rodas em 2009 (Paulínia, São Paulo) foram filmados por duas

câmeras da marca JVC e modelo GR-DVL 9500 posicionadas a 14 metros de altura. Cada

câmera cobriu uma metade da quadra, e operou com freqüência de 30 Hz, a qual foi

reduzida para 7,5 Hz.

As imagens foram calibradas com 44 pontos conhecidos da quadra (linhas laterais, linhas de

gol, linha do meio, entre outros). Os jogadores foram rastreados manualmente de modo a

obter suas coordenadas de tela utilizando o software Dvideo (Figueroa et al., 2003). A partir

dessas coordenadas, com o software Matlab®, foi possível obter os gráficos das trajetórias,

representando a movimentação em quadra durante a partida.

371

Mestranda em Educação Física, UFES, BIMOR, [email protected]. 372

Doutora em Educação Física, UFES, BIMOR, [email protected].

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380

Resultados e discussão

Ao dividir a quadra em área de ataque e de defesa, os jogadores percorreram ambos, com

exceção dos jogadores de classificação funcional 0,5 e 1,0, que permanecem em apenas na

área de ataque, realizando pouca trajetória ao lado oposto. Apesar de não terem sido

encontradas diferenças nas regiões ocupadas de acordo com a classificação funcional, Molik

et all (2008) identificaram padrão de sistema ofensivo dos jogadores em relação a

classificação funcional por meio das ações realizadas, entretanto não encontrou diferenças

significativas entre os jogadores de classificação superiores (2,5-3,5), porém confirma o

menor nível funcional dos jogadores de classe 0,5 e em menor medida os da classe 1,0.

Conclusão

As trajetórias dos jogadores nos sugere que não houve padrão de movimentação destes em

relação as suas classificações funcionais, ou seja, todos percorrem todas as regiões da

quadra não existindo uma posição específica. Sendo assim, torna-se necessário a

implementação da análise de outras variáveis cinemáticas e/ou fatores que possam

contribuir na aquisição de melhores resultados.

Referências

FIGUEROA, P. et al. Detecção automática da posição de jogadores de futebol usando

processamento de dados de imagens. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA.

Anais, v.1, n.1, p. 189-193, 2003.

INTERNATIONAL WHEELCHAIR€ RUGBY FEDERATION (Richmond).

Introduction to Wheelchair Rugby. 2014. Disponível em:

<http://www.iwrf.com/resources/iwrf_docs/Introduction-to-Wheelchair-Rugby- 2012.pdf>.

Acesso em: 10 jul. 2014.

MOLIK, B.; et al. An examinationof the international wheelchair rugby federation

classification system utilizing parameters of offensive game efficiency. AdaptPhys Activ. V.

25. n. 4. p. 335-351.2008

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