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Ir Aquinata Böckmann *

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Ir Aquinata Böckmann

*

“RB não traça um caminho espiritual que inclui aspectos místicos”

SERÁ?

*quando se lê atentamente e

*no contexto das fontes,

* encontraremos na RB muitas ideias que nos

permitem falar

de mística beneditina como

*progresso espiritual

e dinâmica espiritual.

*indica que em causa

estará sempre

mais de uma

pessoa.

*a dinâmica

fundamental

vem de Deus

em direção a nós

*movimento de um corpo,

* as causas desse movimento

* e uma alternância

*forças

*(dynamis — força).

*O QUE ENTENDEMOS

POR DINÂMICA

A oração constante nos permite perceber nossa

dinâmica interior,

o que nos influencia mais.

Que forças me movem?

Quando?

Em que circunstâncias.

*caminho, movimento, crescimento,

indicam

*penetrar progressivo nas profundezas do coração

humano,

e

*no segredo mais íntimo de Deus,

*

*

*a vivência de uma experiência diária

*de forma plena,

*como algo novo

*

No sentido cristão

é uma irrupção de Deus

nas profundezas da pessoa,

que se torna pura receptividade.

CRITÉRIOS DE AUTENTICIDADE:

SAGRADA ESCRITURA

MAGISTÉRIO DA IGREJA

VIDA SACRAMENTAL

VIRTUDES TEOLOGAIS

OBJETIVO DA

DINÂMICA

Um destino final:

• O REINO

• DE

• DEUS

Um destino

próximo:

Metas que alguns

autores, antes de

São Bento, indicaram:

Pureza de coração

Oração incessante

Amor apostólico

Para onde quer levar-nos, aqui na

terra, a espiritualidade

dinâmica da RB?

Quer conduzir-nos

a experiências

místicas?

Ou ao amor ao próximo na

Comunidade?

*1. A importância do Caminho

*VOCABULÁRIO

* DINÂMICO

*NA RB

*E SEU

SIGNIFICADO.

As irmãs estão

a caminho pela

obediência

Figurativamente para indicar o

caminho da vida em oposição

àquele caminho, que pode

aparecer como reto e plano,

mas que não conduz a Deus

Precisamos manter-nos sob o olhar do Senhor

e observarmos vigilantes:

o caminho de todos os dias e não apenas as

pedras e os desvios (RB 7,45)

“nossos caminhos”, e não aqueles do nosso

próximo (RB 6,1).

O caminho dos mandamentos, que pode

parecer estreito (RB 5,11), mas

é, no entanto,

o caminho da salvação (Prol 48), que leva

para

o reino celestial, a plenitude da vida e a felicidade em Deus

*

*Caminhos

que

conduzem a

Deus, mesmo

fora do

mosteiro.

*Caminhos que não são caminhos de vida, mesmo dentro do mosteiro.

*

Nós queremos prosseguir nele sob a orientação do

Evangelho (Prol 21),

a fim de alcançarmos,

por causa de um bom caminho percorrido,

o Criador (RB 73,4).

Guiados pelo Evangelho, trilhemos os seus caminhos

*Que caminho de

Cristo mais me fala

nesse momento da

minha vida?

*2. Como é descrito o

“Caminhar”?

caminhar (ambulare)

precisa ser com humildade

e obediência

(RB 7,3 e 5,12).

Em direção a uma meta:

Devemos ir a Deus (RB 58,8 e 71,2)

e nunca percorrer o caminho da desobediência

(RB 67,7).

*

*Ele prefere outras

palavras como

*“correr” (currere)

* “andar rápido”

(festinare).

*A isto deve impelir-nos

o amor.

*O monge apressa-se em direção à perfeição da vida monástica (73,2 RB) e à pátria celeste (73,8 RB)

*Deus: Ele “se apressa para vir em nossa ajuda” (ad adiuvandum me festina)

VOLTAR

“voltar para o Pai” (Prol 2) “voltar à paz” com seu irmão (RB 4.73).

Palavras que indicam movimento

pervenire, perducere,

Transparecem determinação no caminhar.

Nós queremos alcançar a Tenda, a vida eterna

(Prol 22; 42) as alturas celestes (RB 7.5) ou ao

nosso Criador (RB 73.4);

E aqui na terra

as mais altas virtudes,em particular, o amor

fervoroso (cfr. RB 72).

3. Qual é o caminho?

Existem verbos que indicam o “início”:

Antes de de fazer algo de bom, peçamos ao

Senhor com oração ferventissima que seja

por ele plenamente realizado (Prol 4).

É preciso dizer que, paradoxalmente, a Regra

de Bento é chamada uma regra para

iniciantes (73, 8 )

Depois de anos de caminhada,

cada vez mais estamos no início!

(veja. RB 73)

O começo é um estreito inicio Pról 48)

e no fim da regra se fala que demos apenas os

primeiros passos no caminho da conversão de

(initium conversationis- RB 73,1).

Chegado ao último grau de humildade, o monge

começa a fazer tudo

sem medo, com naturalidade e amor

(RB 7,68).

No entanto, há um progresso no caminho,

avançando na vida monástica e na fé

o coração se dilata (Prol 49)

*Pode um

homem

alcançar a

perfeição aqui

na terra? *Chega-se à perfeição,

seguindo os ensinamentos

dos Santos Padres;

*

*4. O caminho de

Seguimento de Cristo

O seguimento

de Cristo

constrói a comunidade.

*NO PRINCÍPIO, NA PRIMEIRA

PARTE DA REGRA-

* A obediência aparece como

uma forma de seguimento de

Cristo,

* NO FIM-

O SEGUIMENTO DE CRISTO É:

“Não procurar aquilo que

julga útil para si, mas,

principalmente, o que o é

para o outro”. RB 72,7-

Seguir a Regra como mestra

(RB 3,7) significa:

Seguir todos juntos o

caminho de Cristo

(RB 72.12).

*

*Neste caminho não se procede

arbitrariamente

* mas

*se é conduzido pelo

zelo bom (72,2 RB)

*e, em última análise,

por Cristo (RB 72,12).

*CRISTO

*- não só nos acompanha

no caminho,

* mas ele mesmo nos

abriu o caminho

*e nós o seguimos para a

vida (RB 5,11) e para a

gloria (Prol 7).

- no sentido positivo,

seguir em

conformidade a quem

dá uma ordem, por

meio da obediência

(RB 5).

*- procurar a paz e segui-la

- Cristo em pessoa é a paz!

*- sem favorecer as

inclinações do seu coração

(RB 3, 7-8),

*- ou seja, renunciando

totalmente a si próprios

(RB 4,10),

*

*Seguir Cristo

significa:

5. As tentações e dificuldades

*As tentações de

abandonar tudo

acontecem em todos os

momentos.

“querer parar (largar, abandonar)”

que Bento chama preguiça, ócio, relaxamento;

em sua opinião, este é um movimento que nos afasta de Deus

(cf. Prol 2; RB 73,7; 48, 23).

*

*não vaguear,

conduzido pelas

próprias

preocupações

que o levam a estar

ora aqui, ora ali,

por não conseguir

suportar a si

mesmo.

não afastar-se jamais do caminho indicado pela Regra

(RB 3, 7).

*NO QUARTO GRAU DA HUMILDADE NOS

ACONSELHA:

*a mantermo-nos fortes

*não desanimar-nos

* nem voltarmos atrás (RB 7,36).

***Parece que só quando sopram

ventos contrários,

é que as forças para suportar

as dificuldades aumentam.

*6. A dinâmica dos

movimentos recíprocos (uns

para com os outros)

*

*O verbo occurrere é

usado principalmente

quando se fala dos

membros da

Comunidade que se

reúnem em lugares

diferentes, tais como

à mesa e, no Oratório,

para as celebrações

litúrgicas.

Os locais de encontro

comunitário tornam

visível o “correr

juntos”.

*

A comunidade é reforçada no seu caminho.

*

*Vai-se rapidamente:

*ao encontro do hóspede

(RB 53,3)

com o qual se reza e dá-se o

beijo da paz (RB 53,4)

*aos pobres,

*aos quais se responde com a

prontidão que provém do

fervor da caridade

*(RB 66,4).

correr junto como

comunidade.

Estendendo o discurso, pode-se dizer:

- queremos chegar á meta, juntamente com todos aqueles que vêm até nós.

**Exemplos:

*O celereiro deve dar logo e

sem arrogância aquilo de

que os irmãos precisam (RB

31,16)

*Um deve prostrar-se diante

do outro, sem demora, para

obter o perdão (RB 71,8)

*e responder de imediato aos

pobres (RB 66,3).

*

Trata-se de um comportamento de uns para com os outros,

bem como para com aqueles que vêm de fora!

*

**O processo todo é uma

subida, um caminho que

tem "altos e baixos"

*Ou podemos imaginá-lo

ainda em forma de espiral.

*A dinâmica de progredir

destina-se a Deus e não a

autoglorificação.

Aparentemente há, então, um "ser-em-Deus" e um "crescer

nesta imersão em Deus".

É verdadeiramente uma dinâmica ilimitada!

*Trata-se

*- não de uma dinâmica de

superação do outro, de

oposição

*- mas de aceitação

recíproca, sob uma regra e

um abade

*

*

não se fala da vida como um ninho,

- mas como um caminho

- que não percorremos sozinhos,

- mas no qual nos apressamos

- todos juntos.

* Corre-se sob uma regra e um

abade, na obediência e

humildade, mas acima de tudo,

com amor.

* “Mas, com o progresso da vida

monástica e da fé, dilata-se o

coração e com inenarrável doçura

de amor é percorrido o caminho

dos mandamentos de Deus”

PRÓLOGO V/49,

DENTRO DO PRÓLOGO

*

*É o ápice do prólogo e

é original de São Bento.

Após as durezas do início, ele promete para o monge, certamente, com base na sua própria experiência, que o coração se expande e se corre sem esforço, antes, com a alegria inexplicável do amor.

* Eu corro nos caminhos dos teus

preceitos, porque me dilataste

meu coração "

*O caminho que leva à vida é estreito.

*Mas como se pode conciliar isso com Mt 11, 28-30, onde Jesus diz que seu jugo é suave?

*Bento encontrou a solução nas palavras de um salmo: " (Sl. 118 [119], 32)

*1) O progresso

ocorre no caminho

que nos é indicado

pelos

mandamentos e

pela Sagrada

Escritura.

2) Não é o caminho que se

torna largo, mas o coração

que se expande (dilata)

3) “Coração dilatado” alude

também à presença pessoal

e a atividade de Deus em

nós.

* * Hilário de Poitiers:

“O nosso coração se

expande: nele vive o

mistério do Pai e do Filho,

nele se alegra o Espírito

Santo como em uma morada

conveniente” (in

PS.118,12).

Agostinho: “O espaço distendido é onde Deus

caminha; nele vem armazenado o amor, ou seja,

em nossos corações, pelo Espírito Santo que

habita em nós” (in PS.118, s. 10.6).

Bento diz que se corre com inefável

doçura de amor.

Menciona uma experiência

espiritual que podemos chamar de

mística.

O que é difícil se torna fácil para

aqueles que amam a Deus.

S. Jerônimo (EP. 22.40).

A doçura mostra como a

experiência íntima envolve toda a

pessoa.

*Não há nenhuma divergência entre o destino final e o objetivo próximo.

Na prática, como

chegamos a isso?“De modo que... participemos,

pela paciência, dos sofrimentos

do Cristo”.

“a fim de também merecermos

ser co-herdeiros de seu reino”.

RB Pról 50

Coexistem tanto a doçura

quanto a tristeza.

Encontramos de oito a dez

pequenas unidades,

Cada uma delas tem um

novo começo, e juntas

formam um espiral.

* O PRÓLOGO como

um todo.

* Dinâmica interna das unidades

*Na maioria dos casos- podemos

distinguir quatro passos:

*1. A iniciativa do Senhor, ou seja

o seu chamado, a sua graça, seu

convite,

*2. Abertura, a escuta e a

disponibilidade, da parte do

homem,

*3. O ato, de fazer o bem (muitas

vezes de forma muito energética)

- o apressar-se.

*4. Da atividade humana ao

trabalho do Senhor, ou seja, à

contemplação do que ele faz.

*o Senhor no Prol

não só está

presente em nós,

mas também atua

em nós.

*Prol 1-4:

* aquele a quem se fala é

filho e isto é um dom (1),

*ele deve ouvir(2)

* e mostrar-se dinâmico no

agir(3);

*em seguida, no entanto,

se diz que é Deus que

leva tudo a realização

plena(4).

Novo é o nosso tipo

de atividade:

agora é o Senhor que

habita em nós e nos

move.

Trata-se,

portanto, de

uma mística

que não nos

convida a

descansar em

alguma

experiência,

mas que, pelo

contrário, tem

uma

perspectiva

dinâmica!

*Se desejarmos,

podemos pensar nos

vários períodos da

vida. Há sempre um

novo começo, mas

não no sentido de

uma repetição do

passado. Tudo vai para

um novo nível.

Requer um acordo entre a força divina e a força humana.

*A dinâmica da

espiritualidade está

ancorada em Deus.

É ele quem inicia, é

ele quem leva tudo a

seu cumprimento,

mas em sinergia com

as atividades e

receptividade

humana.

*AMÉM !

DILATATO

CORDE!