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Guiaparaaconcepçãodecursos
emateriais pedagógicos
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As cada vez mais acentuadas exigências em matéria de qualidade e adequação das intervenções formativas apontadaspela sociedade, particularmente pelas organizações, aconselham vivamente o recurso a novas formas de pensar eorganizar as oportunidadesde aprendizagem e de desenvolvimento de competências.
Actualmente colocam-se às entidades formadoras e aos profissionais de formação grandes desafios no que toca aodesenho de soluções formativas que se desejam cada vez mais eficazes e ajustadas às necessidades dos respectivospúblicos-alvo e potenciadoras das competências necessárias a uma participação e responsabilização cada vez maisactivasnoscontextosdetrabalhoedevidadaspessoas.
Visando dar uma resposta concreta a necessidades específicas veiculadas pelas entidades/ indivíduos que intervêm na formação, o Instituto para a Qualidade na Formação I.P. (IQF), promove, com a apresentação deste documento, umanova colecção dedicada ao ciclo da formação, fortemente focalizada na disseminação e exploração de metodologias
de apoio ao desenvolvimento de intervenções formativas.
Esta colecção de guias metodológicos, que vem sendo coordenada no âmbito do departamento de metodologias temcontado com um forte desenvolvimento dos restantes serviços do IQF, designadamente das áreas Acreditação deEntidades Formadoras, Competências e Qualificações e Inovação Organizacional, constitui-se num suporte dedesenvolvimentointegradodoIQFàmelhoriadaspráticasdeformaçãoexistentes.
OGuiaMetodológicoqueagoraseapresenta,temcomotemáticadefundoaconcepçãodaformação.
Pela importância que assume, no âmbito do ciclo da formação, este domínio surge como o suporte de todo umprojecto de formação, sendo certo queas decisões assumidas nesta fase condicionam as actividades subsequentes. Por conseguinte, os adequados investimentos, em tempo e esforço desenvolvidos neste domíniode intervenção, tendema reverter sempre a favor dos que necessitam de desenvolver as respectivas competências, de forma a fazer frente aosdesafiosconstantes,decorrentesdasmudançasaceleradasverificadasnassociedadesactuais.
Na sequência e, à semelhança do trabalho que vem sendo realizado, designadamente ao nível da publicação de guiasmetodológicosdeapoioàmelhoriadepráticasformativas,esteguiaprocuraserumdoscontributosparaaelevaçãodaqualidade daspráticas de concepçãode intervenções formativas.
Nota de Abertura
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Neste âmbito, a proposta que se coloca às diversas entidades será, fundamentalmente, a realização de uma amplareflexão quepossibilite fornecer pistas de resposta às seguintes questões:
- Como desenvolver intervenções de formação ajustadas às necessidades dosrespectivospúblicos-alvo?
-Querecursosdeverãoser,àpartida,assegurados?-Queactoresecompetênciasprepararemobilizar?
A aposta na elaboração de documentos de carácter orientador e com forte componente instrumental, é assim maisuma das prioridades a seguir, justificando-se esta opção, em grande medida, pela escassa oferta de documentos destanatureza, assim como incipiente oferta formativa no domínio da Concepção da Formação. Nesta medida, espera-seque a opção pela estruturação do guia numa lógica de fases, processos e instrumentos de apoio seja claramente
facilitadora da sua apropriação pelos respectivos destinatários.
A par da presente publicação e, num quadro propiciador da sua apropriação pelos actores do sistema, bem como dasua sistemática actualização, será criada em simultâneo, uma comunidade de práticas de concepção que surge comoum interface privilegiado de apoio à troca de experiências e disseminação de outras práticas de concepção,promovendo o aprofundamento das reflexõesagora iniciadas no presente guiametodológico.
É nossa profunda convicção de que na base de um trabalhoeficaz e ajustado às necessidades dos respectivoscontextosestará sempre um trabalho colectivo, envolvendo o maior número de actores e agentes que intervêm na formação,pelo que se apela à sua participação activa, de forma a promover um aprofundamento da qualidade dos processos
formativos.
O Conselho Directivo
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Agradecimentos
O Instituto para a Qualidade na Formação gostaria de exprimir o seu reconhecimento aos vários elementos, entida-des e respectivos representantes, pelos contributos fornecidos ao longo da realização do presente documento, quemuitoenriqueceramosconteúdosagoradisponibilizados.
Neste contexto, agradecemos os contributos empenhados do Dr. Artur Nunes, Eng. José Lencastre e Dr. PedroMalheiro, bem como os contributos institucionais das entidades participantes nas sessões de validação deste GuiaMetodológico:
- AIP - Associação IndustrialPortuguesa- CAP- Confederaçãode Agricultores Portugueses- CCP-ConfederaçãodoComércioeServiçosdePortugal- CENFIM- Centrode FormaçãoProfissional da Indústria Metalúrgicae Metalomecânica
- CGTP-IN - Confederação Geraldos TrabalhadoresPortugueses Intersindical Nacional- CIP - Confederaçãoda Indústria Portuguesa- DGFV-DirecçãoGeraldeFormaçãoVocacional- Exército Português / Comando da Instrução- IEFP-InstitutodoEmpregoeFormaçãoProfissional- INA-InstitutoNacionaldeAdministração- MADRP-MinistériodaAgriculturadoDesenvolvimentoRuraledasPescas- UGT-UniãoGeraldosTrabalhadores
Relevem-se ainda os contributos dos vários departamentos do IQF, designadamente das seguintes unidades funcionais: Sistema de Acreditação de Entidades Formadoras, Competências e Qualificações e Inovação Organiza-cional.
*
*Actualmente Ministérioda Agricultura,Pescas e Florestas(MAPF)
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ÍndiceIntrodução
Apresentação do Modelo de Concepção ADORA
Auto-diagnóstico a efectuar pela entidade que intervém na formação
Desenvolvimento do Modelo de Concepção ADORA - fases, processos e instrumentos de concepção
Objectivos do Guia Metodológico A que necessidades procura dar respostaPúblicos-AlvoComo está organizado o GuiaOpções metodológicas seguidasComo utilizar o guia
As fases e os processos do Modelo ADORA Os diferentes enfoques do Modelo de concepção ADORA
Auto-diagnóstico a efectuar pela entidade que intervém na formaçãoCenários de Melhoria
- Analisar Competências Referenciadas a Contextos de DesempenhoInstrumentos de Apoio ao Processo
- Construir Objectivos de Aprendizagem válidos (adequados a públicos e contextosbem determinados)Instrumentos de Apoio ao Processo
- Agregar objectivos de aprendizagem por domínios do saber e formas de organizar a formaçãoInstrumentos de Apoio ao Processo
- Desenhar itinerários de aprendizagem, modularizáveis (ajustados a públicos e a contextos bemdeterminados)Instrumentos de Apoio ao Processo
- estabelecer sequências de conteúdos e respectivos saberes a adquirir/desenvolver Instrumentos de Apoio ao Processo
- Seleccionar estratégias de aprendizagem adequadas aos formandos e aos contextosInstrumentos de Apoio ao Processo
Fase I - Analisar os Contextos de Partida
Fase II - Desenhar a Proposta Formativa
Fase III - Organizar as sequências pedagógicas
Processo 1
Processo 2
Proposta 1
Processo 2
Processo 1
Processo 2
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171 Fase IV - Realizar recursos técnico-pedagógicos e preparar equipamentos de apoio
Fase V - Avaliar a estratégia pedagógica
Processo 1
Processo 2
Processo 3
Processo 1
- Conceber, validar e produzir guiões técnico-pedagógicosInstrumentos de Apoio ao Processo
- Estruturar, validar e produzir guiões pedagógicos (apoio ao formador)Instrumentos de Apoio ao Processo
- Produzir e validar ajudas ao trabalho adequadas aos públicos e contextos de trabalhoInstrumentos de Apoio ao Processo
- Definir a estratégia avaliativaInstrumentos de Apoio ao Processo
Controlar a aplicação das várias fases do Modelo de concepção ADORA
Referências Bibliográficas
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Introdução
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Introdução
Colecção Metodologias
A proposta de t raba lho apresentada neste Guia M etodológ ic o é , fundamental mente, um a a juda à m elhoria ereforço da qualidade das práti cas de concepção e desenho de soluções e itinerários formativos pelas entidades
formadoras e prof is sionai s de formação . O ut il izador será , po is , conv idado, ao longo do presente gu ia , a real izar uma reflexão crítica acerca das respectivas práticas formativas, com vis ta à identificação de eventuais aspectos amelhorare/oureforçar.
Em termos práticos, as equipas de concepção, envolvidas na procura de soluções formativas ajustadas àsnecessidades das organizações e das pessoas, são permanentemente desafiadas, pelas propostas metodo-lógicase instrumentospropostosno presenteguia, a responderou equacionarpropostasde acçãoe desolução aum conjunto de questões, que se perfilam como algumas das interrogações fundamenta is que são colocadas aquem tem como missão contribuir activamente para o desenvolvimento sustentado do conhecimento, da
autonomia, da responsabilidade, da competit ividade e da empregabilidade doscidadãos activos do nosso país, asaber:
- Sempre que se pensa formação, presume-se uma solução para resolução de algo: então torna-se fundam enta l prec is ar com clareza ?- Ao iniciar a procura ou a concepção de uma proposta formativa, torna-se crítico clarif icar:
que essa proposta deve incluir? Somos capa zes de indicar, de formaprecisa, com essa proposta?- É possív el identif icar, com rigor, quais os resul tados
oubeneficiáriasdapropostaformativaquesepretendeimplementar?-
? Sabemos quem irá pagar? As pessoas ou organizações já se comprometeram com esses
investimentos?-
dos produtos e acções emrealização?
Umaequipadeconcepçãoquenãoconsegueresponder,antecipadamente,aesteconjuntodequestõescorrerásempre o risco da proposta pedagógica a construir carecer de efectiva implicação por parte da gestão e/ouclientedos produtos a realizar. O resultadopoderá serobviamentea compreensivareticênciadestes últ imosemquerer“embarcar”embarcoscomnavegação“àvista”.
Noguia queagorase divulgasão apresentadas váriaspropostasmetodológicas, que, destaque-se, nãoinvalidam
quaisquer outras já existentes e t estadas pelos operadores de formação. O IQF visa incentivar, desta forma, apartilha de experiências no domínio da concepção da formação. Neste sentido, competirá sempre aos váriosoperadores de formação efectuarem as respectivas opções no sentido da selecção e/ou construção da melhor metodologiadeconcepção.
Destaque-se ainda que, existem recursos informáticos, tecnicamente designados por “ferramentas-autor”,consideradas verdadeiras ajudas interactivas ao trabalho de concepção que, quando exploradas de forma
qualéexactamenteoproblemaoudesafio
qual é
exactamente o valor acrescentado
oqueéqueosclientesdirectoseindirectosganham
que serão alcançados pelas pessoas, pelas equi pas e
pelasorganizaçõesenvolvidas
São claros e conhecidos os investimentos necessários à concepção e implementação da proposta
formativa
Os momentos críticos de concepção e implementação da proposta formativa (que remetem para
decisões críticas) são alvo de reflexão e legitimação pela gestão e/ou cliente
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
adequa da, podem const itui r-se como excelente s auxil iares à reflex ão crática e consequente tomada de decisãosobreaarquitecturadoscursosououtrasrespostasformativas.
Opresenteguiatemcomoprincipaisobjectivos:
1. e detidas pelos pro- fi ss iona is que in tervêm na formação, tendo em vi st a a me lhor ia cont ínua da qual idade das respecti vas in ter- venções;
2. , incentivando-se a partilha de expe-
riências e soluções entre organizações e profissiona is interessados no reforço das suas competências de con-cepção de soluções formativas, fornecendo sugestões metodológicas concretas que podem contribuir para amelhoriadessasmesmaspráticas;
3. de soluções eprodutos potenciadores de aprendizagem das entidades e profissionais que intervêm na formação, tendo em
vi sta uma maior prof is sional izaç ão e especial ização dos operadores e fornecedores (oferta) no domínio daconcepçãodaformaçãoprofissionalemPortugal;
4., e m t ermos d e q ual ida de: o da f ormação, c om v ista à adequa çã o do e e ficáci a do
daformação;
5. , nademonstração das respectivas capacidades para intervir neste domínio, em particular na apresentação dasrespectivas metodologias, processos/actividades de concepção, bem como respectivos instrumentos e estra-
tégi as de ac ompanhamento e va li dação;
A escassa ofer ta de gu ia s e suportes de apoio foca li zados na disseminação de metodologias e in st rumentosutilizadas no domínio da formação tem dificultado a i ntrodução sistemática de melhorias ao nível das prát icas
format ivas observadas .
Neste sentido, este guia visa dar um contributo válido ao nível da elevaçã o da qualidade das práticas de con-cepçãodaformaçãojáexistentes.
Objectivos do guia
antes durante depois
A qu e ne cess id ad es pr oc ur a da r re sp os ta
Reforçar as competências de concepção da formação, residentes nas organizações
Promover a reflexão em torno das práticas de concepção já existentes
Disponibilizar um conjunto de metodologi as e instrumentos de apoio às práticas de concepção
Incentivar a focalização das energi as e atenções das entidades e profissionais para o “momentum” crítico da formação
Apoiar as entidades acredi tadas ou em fase de acredi tação, no domínio da concepção da formação
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Colecção Metodologias
Públicos-alvo
Opções metodológicas seguidas
Este guia tem como destinatários finais entidades e/ou indivíduos que intervêm na formação profissional, comparticular destaque para responsáveis pelo desenvolvimento de .
As propostas metodológi cas apresentadas ne ste gu ia poderão todavia apoiar as entidades / indivíduos naconst rução de soluções formativas dirigidas a outros públi cos, mediante a introdução no modelo de concepçãopropostodeajustamentosquevisemdarrespostaanecessidadesespecíf icasdosdiferentespúblicos-alvo.
A el aboração do presente guia obedeceu a u m conjunto de opções metodológ ic as que decorreram do t ipo denecessidademanifestadapelopúblicoaoqualesteguiaédestinado.
1. A lógica que marcou o desenvolvimento de todo este primeiro trabalho: , visaremeteroutilizadorparaumaperspectivamaisdinâmicaepragmáticadodomíniodaconcepção.
2. O desafio aqui colocado traduz-se na realização, por parte do utilizador deste guia, de uma reflexão“minimamente orientada” que seja facilitadora do respectivo posicionamento numa lógica de “processo”, ouseja,“ref lexãopassoapasso”,porformaadarrespostaatrêsquestõescentrais:(1)conheçobemomeupontodepartida? (2) terei integrado, na proposta pedagógica, todos os elementos necessários à máxima eficácia daintervenção formativa? (3) disponho dos instrumentos adequados para o controlo da eficácia do processo deconcepção?
3 . Um nota de des taque rec ai sobre as a ssoc iados a cada um dos p roce ssos que integ ram
as diversas fases do modelo de concepção proposto (modelo ADORA). Estas questões surgem numa lógicasequencialporformaafaci l itaroprocessoderef lexãodouti l izadorf inal.Asmesmasvisamaindaestabelecerumdiálogopermanentecomosdestinatáriosdesteguia.Estasquestõessão,contudo,apresentadassemprejuízodeoutrasconsideradasigualmenteimportantes.
4. traduz-se numa das peças mais importantes do presente guia. De facto, osseus result ados poderão nortear, de forma signific ativa , a maior ou menor apropriação deste guia por parte dosseusdestinatários f inais,bem como a preparaçãode intervenções noterreno junto dasentidadese ouindivíduosquedesejempartilharasrespectivaspráticasnodomíniodaconcepçãodaformação.
5. Perante a diver sidade de práti cas de concepção, assim como formas dist inta s de, optou-se pornão se atribuirquaisquerresponsabil idadesaos diferentes actores no que
toca a “quem faz o quê” em determinado projec to de formaç ão. Tal posi cionam ento dependerá sempre da formacomoasentidadesseestruturam,assimcomooperf i ldecadaelementoqueimplicamnosrespectivosprojectos
format ivos . Devem ser,po is , as entidades a de fini r qual o pape l dos di ferentes ac tores no âmbi to de determinadoprojectodeformação.
acçõesdirigidasaactivosempregados
fases/processos/ in strumentos
questões orientadoras
A proposta de auto-diagnóst ico
mobilização dos diferentesactoresparaasmesmas
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Como está organizado o Guia
- Fase I do modelo ADORA Analisar os Contextos de Partida
- Fase II do modelo ADORA Desenhar a Proposta Formativa
- Fase III do modelo ADORA Organizar as Sequências Pedagógicas
Opresenteguiaencontra-seestruturadoemcincoblocosprincipais:
Neste bloco apresentam-se os objectivos deste Guia Metodológico, explicitam-se as necessidades a queprocura dar resposta, caracteriza-se de forma breve o seu público-alvo, discutem-se as opções metodológicasseguidas, refere-se a sua organização e s ugerem-se mecanismos de apropriação e exploração da metodologiadeconcepçãoproposta.
Neste bloco do guia são apresentadas, de forma sumária , as vári as fases e processos do modelo de concepçãoproposto, com destaque para os dois enfoques distintos do modelo (perspectiva sistémica e sistemática), assim
como paraos outputsf inaisde cada umdos processosde concepçãoa desenvolver.
O convite ao utilizador para a realização de um auto-dia gnóstico, relativamente às suas próprias práticas deconcepção,surgenesteblocodoguia.
O exercício proposto visa ajudar o utilizador a identif icar eventuais aspectos a melhorar ou a consolidar,aconselhando-o, no fin al do diagnóstico, a uma reflexão sobre as melhorias a implementar nas suas prát icas,atravésda sinal izaçãodas fasesde concepçãodo modeloADORA, paraondesãorecomendados investimentos edevemsercanalizadosesforçosdeaperfeiçoamentodassoluçõeseprodutosformativos.
Neste bloco são desenvolvidas as fases de concepção, demonstra m-se os principais processos a cumprir emcadafaseeoperacionalizam-seosinstrumentosnecessáriosàrealizaçãodecadaprocesso.
Nesta fase o utilizador poderá encontrar propostas metodológicas e instrumentos de apoio à sinal ização deactividades e respectivas competências, estas últimas a desenvolver/adquirir pela via da formação. É nestaparte do guia que se destaca a importância de uma rigorosa caracterização do ponto de partida de umprojectodeformação.
Nesta fase o uti l izador é confrontado com duas questões centrais: “Como agregar objectivos deaprendizagem por domínios do saber e formas de organizar a formação?” e “Como desenhar itineráriosespecíf icosdeaprendizagemmodularizáveis?
Nesta fase o utilizador é convidado a realizar uma reflexão focalizada na (1) delimitação e organização deconteúdos e sequências de aprendizagem, e na (2) identi ficação de estratégias pedagógicas que facili tem odesenvolvimentodasaprendizagens.
A In trodução
A apresentação do m odelo de concepção ADORA
O Auto diagnóstico a efectuar pela entidade
O desenvolvimento do modelo de concepção ADORA
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Colecção Metodologias
- Fase IV do modelo ADORA Realizar Recursos Técnico-Pedagógicos e Preparar Equipamentos de
Ap oi o
- Fase V do Modelo ADORA Avaliar a Estratégia Pedagógica
Como utilizar o guia
Estafaseremete o uti lizadorpara as seguintesref lexões: a estruturação e produção deguiõespedagógicos,apreparação e a selecção de recursos técnico-pedagógicos e a construção de ajudas ao trabalho. Destaca-seneste capítulo o conjunto de suportes/instrumentos que visam apoiar a figura do facilitador da formação(formador,monitor,tutor...),bemcomoummelhordesempenhodosparticipantesnaformação.
A fa se V e úl tima do mode lo de concepção proposto foca li za o ut il izador nas es tr atég ia s aval ia ti vas aimplementarnoâmbitodapropostaformativapré-concebida.
Trata-se da última parte do guia e visa sensibilizar as entidades/indivíduos, que realizam formação, para a
importância da implementação de procedimentos de controlo e acompanhamento das respectivas práticas deconcepçãodaformação.
O presente guia poderá ser apropriado, de formas distintas, pelo respectivo utilizador, consoante asnecessidades de informaçãoem causa, bemcomo,respectivo graude domíniode práticas de concepção.Nestesentido, o utilizador terá ao seu dispor vários materiais que poderá utilizar/explorar na exacta medida das suasnecessidades. O despiste do tipo de necessidade a colmatar será realizado a partir dos resultados do auto-diagnósticoquevisa remeter o uti lizadorpara umaparteespecíf ica doguia. Esteguiapode,assim,ser apropriadonasua formaintegralou apenasnumadas suaspartes,consoanteo tipodeinformaçãodesejada.
O utilizadir deste guia poderá encontrar ainda um conjunto de “navegadores” que visam ajudar a ident ificar anaturezadoconteúdoaexplorar/apropriar:
Remeteoutilizadorparaumareflexãosobreconceitos,definições,esclarecimentosadicionaisqueajudamaenquadrarasmetodologiaspropostas.
Vi sa in troduz ir o ut il izador no desenvolvimento/ execução de propostasmetodológicasconcretas.
Destaca os instrumentos a utiliz ar no âmbito dos diferentes processos do modelo ADORA.
O controlo da aplicação das várias fases do modelo de concepção ADORA
Remete o uti l izador para exemplos concretos que visam i lustrar eventuaisresultadosaproduzircomaaplicaçãodaspropostasmetodológicassugeridas.
3
2
1
Instrumentosde apoioao processo
A
Exemplo Prático
Oficinametodológica
Biblioteca
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Assim e, tendo em conta que a estrutura do pre sente Guia de Con cepção de Cursos e Mater ia is Pedagógicos, éconstituídapormódulosinterdependentes,masdeexploraçãoautónoma,recomenda-seque:
os profissionais envolvidos em actividades de concepção se apropriem dos processos sugeridos eadaptem/exploremos instrumentos aí propostos, tendo emvista o desenho, a produçãoe a implementaçãodesoluçõesformativasmaiseficazes,logomaisúteisaosclientesebeneficiários;
os utilizadores realizem uma análise crítica das melhorias introduzidas e partilhem essas práticas comoutrosprofissionaiseequipasdeconcepçãoenvolvidosemprocessossemelhantes;
Enquadram-se ainda, no âmbito desta iniciativa, activida des, tais como, a realização de jornadas técnicas noâmbitoda RededeCRC,a real izaçãodeuma deprát icasdeconcepçãoe a criaçãodeumacomunidade departi lha deconhecimentocomum espaçoon-linepara discussãoe parti lhade práticas e materiais deconcepção.
A bas e de part ida do conjun to de act iv idades propostas será o presente guia , que deverá ser re-equacionado e,eventualmente reconstruído a partir dos contributos recolhidos aquando da realização das actividades no
terreno. Neste sen tido, o Inst ituto para a Qual idade na Formação ( IQF) apoiará e dinamizará in ic ia ti vas que favoreçam a part il ha de práti cas e a rec olha de sugestões e rec omendações para a implementação de mel horiasemfuturasediçõesdopresenteGuiaMetodológico.
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
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Apresentaçãodo Modelo ADORA
Fases, processos e instrumentosde concepção
Modelo ADORA
Contexto Organizacional
Contexto
Cultural
Contexto Social
Contexto
Humano
ANALISAR
REALIZAR ORGANIZAR
AVALIAR
DESENHAR
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Apresentação do modelo ADORA
Colecção Metodologias
1. As fases e os processos do modelo de concepção “ADORA”
Figuranº1
O presente guia visa apoiar o desenvolvimento das tarefas e operações conducentes a uma adequada
operacionalização da concepção de cursos e materiais pedagógicos, beneficiando de uma designação simples e
fá ci l d e r et er, e st ab el ec id a a pa rt ir do ac ró ni mo da s d iv er sa s fas es do pr óp ri o c ic lo da co nc ep çã o d a f orma çã o -
AD OR A.
Este modeloé, antes demais,um conjuntoestruturado defases,processose instrumentosde apoio à concepção
de programas, cursos e soluções pedagógicas, podendo ser explorado e utilizado de diferentes formas isto é,
emfunçãodasnecessidadesedisponibilidades-pelasentidadeseprofissionaisqueintervêmnaformação.
Tendo em conta o desig nado “ciclo da formação ”, que integra, como referimo s, vários domín ios de intervençã o,neste guia propomo-nos abordar, de forma aprofundada, uma metodologia e conjunto de ferramentas que
possibilitemaconstruçãodeumapropostapedagógicaespecíf ica.
No guia que se apresenta o domínio da concepção será desenvolvido nas respectivas fases e estas decompostasem processos. Os restantes domínios serão apenas referidos na medida em que disponibilizem inputs de forte
interesse para o domínio da concepção, pelo que o seu desenvolvimento (em termos de fases, processos e
instrumentos)serãoabordadosemguiasespecíf icos.
Modelo ADORA
Diagnóstico
Organização
Concepção
Planeamento
Execução
Avaliação
Cicloda
formação
Contexto Organizacional
Contexto
Cultural
Contexto Social
Contexto
Humano
ANALISAR
REALIZAR ORGANIZAR
AVALIAR
DESENHAR
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
A pr op os ta efec tu ad a às en ti da de s e pr of is si on ai s qu e in te rv êm na conc ep çã o da fo rmaç ão é a se gu in te : nu m
primeiro momento, sugere-se que o Domínio “Concepção da Formação” seja declinado em cinco fases dis-
ti nt as , in te gr ad as e co mp le me nt ar es :
FASE I ANALISAR
DESENHAR
ORGANIZAR
REALIZAR
AVALIAR
OS CONTEXTOS DE PARTIDA
A PR OPOSTA FO RMATIVA
AS S EQUÊ NCIAS PE DAGÓGICAS
RECURSOS TÉCNICO- PEDAGÓGICOS E PREPARAR EQUIPAMENTOS DE APOIO
A ESTRATÉGIA PE DAG ÓGICA
Vi sa s in al iz ar c ompe tê nc ia s a dese nv ol ve r e cons tr ui r pa ra a def in iç ão d e obje ct iv os de apre nd i-
zagem, com base no pressuposto de que os objectivos consistem na tradução pedagógica das
competênciaspré-identificadas.
Vi sa d el in ea r it in er ár io s de a pr en di za ge m refe renc ia dos a co nt ex to s e pú bl ic os -a lv o, f oc al iz an -
do a equipa de concepção na agregação dos objectivos de a prendizagem e na construção do
próprioitinerárioadesenvolver.
Partindo da definição de objectivos, agregados em módulos a desenvolver, visa contribuir para
a sinalização e sequenciação de conteúdos a incorporar nas sol uções formativas, assim como
identif icarasmelhoresestratégiaspedagógicasaaplicar.
Vi sa ap oi ar a eq ui pa de co nc ep çã o na co ns tr uç ão / id en ti fi ca çã o de re cu rs os té cn ic o pe da gó -gicos e suportes de apoio a uti lizar, quer pela equipa de facilit adores (formadores, monitores,
tu to re s. .. ), qu er pe lo s pa rt ic ip an te s na form aç ão .
Vi sa ap oi ar o ut il iz ad or na cons tr uç ão da es tr at ég ia av al ia ti va ma is ad equa da às ca ra ct er ís ti ca s da
propostapedagógicapreviamenteconcebida.
FASE II
FASE III
FASE IV
FASE V
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023
Colecção Metodologias
Cada fase do modelo ADORA surge decomposta em sendo a realização das respectivas actividades
s up or ta da s, s em pr e q ue p os sí ve l, e m d e a po io à d ec is ão e à s is te ma ti za çã o d o t ra ba lh o d e
concepção, de forma a serem produzidas evidências (ver resultados dos vários processos) que documentem e
comprovem a coerência, a fundamentação e a robustez dos passos metodológicos desenvolvidos para a criação
deumapropostaformativa.
As ac ti vi da de s a de se nv ol ve r em ca da um a da s fa se s do ci cl o de conc epçã o AD OR A se rã o ab or da da s na
perspectiva de quem se responsabiliza pela . Aqui a equipa de concepção
assume um papel central, uma vez que assume desde logo a responsabilidade da preparação de uma proposta
form at iv a o ma is aj us ta da po ss ív el às ne cess id ad es do s re sp ec ti vo s pú bl ic os -a lv o.
Aqua nd o d a im pl emen ta çã o d o m od el o A DO RA a equi pa de co nc ep çã o s er á le va da a real iz ar um co nj un to de
produtos considerados aqui como eventuais evidências de um processo de concepção da formação. Das
evidênciasaproduzirnesteâmbito,destacam-seasseguintes:
processos
instrumentos
concepçãodeumprojectodeformação
Fases Processos Resultados dos processos(outputs)
Fase I- Analisar
os contextos
de partida
Modelo de Concepção da Formação ADORA
* Caracterização dos contextos de partida;
* Identificação de competências crític as (a desenvolver através
da formação);
* Identificação de requisitos de desempenho associados
a competências críticas;
* Sinalização de competências a desenvolver por outras vias
que não a formação;
* Identificação do perfil de entrada do participante na formação.
Processo 1- Analisar
competências referenciadas
a contextos de desempenho
* Identificação e descrição de objectivos gerai s e específicos da
formaç ão, c om clar if ic ação de;
- comportamentos esperados;
- condições para concretização de objectivos;
- critérios de êxito associados a cada um dos objectivos;
Fase II -
Desenhar
a proposta
formativa
* Identificação do tipo de saber associado a cada objectivo de
aprendizagem;
* Formas de organizar a formação a desenvolver na pro posta
pedagógica;
* Matriz com objectivos agregados por domínios do saber e formas
de organizar a formação;
Processo 1- Agregar
objectivos de aprendizagem
por domínios do saber
e formas de organizar
a formação
* Revisão das condições de partida;
* Propostas de sequências de objectivos e respectiva integração
em módulos de formação;
* Definição do itinerário pedagógico a desenvolver (sequenciação
modular) e respectivos momentos de avaliação;
Processo 2 - Desenhar
itinerários de aprendizagem
modularizáveis e ajustados
a públicos e contextos
determinados
Processo 2 - Construir
objectivos de aprendizagem
válidos ( adequa dos
a públicos e contextos
bem determinados)
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Fase III -
Organizar as sequências
pedagógicas
* Estruturação modular com definição de sequências
de conteúdos a desenvolver;* Matriz com identificação do tipo de conteúdo a integrar
em cada um dos módulos;
Processo 1- Definir
sequências de conteúdose respectivos saberes
a adquirir / desenvolver
* Identificação de métodos pedagógicos a aplic ar na formação
(por módulo formativo);
* Definição de estratégias de aprendizagem por módulo
de formação;
Processo 2 - Seleccionar
estratégias de aprendizagem
adequadas aos públicos e aos
contextos
Fase IV - Realizar
recursos
técnico-
pedagógicos
e preparar
equipamentosde apoio
* Identificar os recursos técnico pedagóg icos e suportes de apoio
a utilizar/explorar em cada módulo formativo (construção
de matriz);
* Orientações críticas para exploração de recursos técnico-
pedagógicos e suportes de apoio (se necessário);
* Disponibilização de uma ficha técnica para caracterizaçãode cada RTP a utilizar na formação;
Processo 1 - Conceber,
va lidar e prod uzir recu rsos
técn ic o- pedagógi cos
* Definição da estrutura do guião pedagógico dirigido
ao formador;
* Definição do conteúdo a desenvolver em cada elemento
do guião pedagógico;
* Apresentação de planos de sessão (ou estruturas de apoio
a construção de planos de sessão), a aplicar os módulos
format iv os ;
* Eventuais orientações metodológicas para exploração de planos
de sessão;
Processo 2 - Estruturar,
va lidar e prod uzir gu iõ es
pedagógicos
(apoio ao formador)
* Orientações específicas para a construção de ajudas ao trabalho;Processo 3 - Produzir ajudasao trabalho adequadas aos
públicos e contextos de
trabalho especí ficos
Fase V - Avaliar
a estratégia
pedagógica
* Estratégia avaliativa a aplicar à proposta pedagógica;Processo 1- Definir
a estratégia avaliativa
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025
Colecção Metodologias
2. Os diferentes enfoques do modelo de concepção ADORA
Enfoque Sistémico
( 1) O Modelo ADORA - visão dinâmica e in tegrada (olhar sistémico)
Enfoque Sistemático
Este modelo propõe-se ser uma ajuda a uma reflexão, duplamente sistémica e sistemática, da qual possam
resultar propostas formativas com valor acrescentado. Será de extrema util idade a exploração permanente das
vi sõ es si st ém ic a e si st em át ic a pela en ti da de en vo lv id a na co ns tr uç ão de um a pr op os ta fo rm at iv a:
: isto é, a proposta formativa deve integrar de forma dinâmica respostas às principais
necessidades dos públicos, compatibilizando-as com as condicionantes dos contextos de trabalho e de
aprendizagemecomasexigênciasnormativasdossistemasdereconhecimento,validaçãoecertif icação.
A pr es en ça su st en ta da da di mens ão si st ém ic a nu ma pr op os ta fo rm at iv a ga ra nt e a su a fi deli da de a ob ject iv os
estratégicos e, por isso, ganha eficácia enquanto serviço ou produto com valor acrescentado para os seus
beneficiárioseclientes.
A i nt eg ra çã o do mo delo pr opos to nu m c on te xt o ma is va st o, reme te a eq ui pa de co nc epçã o pa ra as ev en tu ai s
va ri áv ei s d e con te xt o q ue pode m con di ci on ar a m ai or ou me no r a pr op ri aç ão de su ge st õe s met od ol óg ic as qu e
apontem para a realização de actividades específ icas, consideradas centrais numa abordagem de natureza
form at iv a.
, isto é, a proposta formativa apresenta-se tecnicamente bem fundamentada, o que
garante coerência e robustez internas; os cursos desenhados segundo esta perspectiva ganham eficiência,
pois resultam de um trabalho de análise e discussão profundos, ancorado em abordagens técnico-
metodológicas e não em abordagens assentes apenas no bom senso de quem se responsabiliza pelos
processosdeconcepção.
>
>
Contexto Organizacional
ContextoCultural
Contexto Social
ContextoHumano
ANALISAR
REALIZAR ORGANIZAR
AVALIAR
DESENHAR
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Defendem-se abordagens que se preocupem, acima de tudo, com o valor acrescentado para os respectivos
utilizadores, ou seja, que correspondam a necessidades de competências sinalizadas de forma sustentada. Uma
proposta formativa deve, pois, revelar intencionalidade, adequação e possuir uma finalidade visível para as
pessoasquedelasevãoapropriar.
Um olhar sistemático posiciona, assim, a equipa de concepção nas dinâmicas e exigências específ icas dos
processos de concepção, que visa ser, sobretudo, um suporte de apoio à reflexão a efectuar pelas equipas
responsáveispelaelaboraçãodeumapropostadeformação.
(2) O Modelo ADORA visão da cadeia dos processos e instrumental (olhar sistemático):
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Analisar competências
referenciadas
a contextos
de desempenho
Agregar objectivos
de aprendizagem
por domínios do saber
e formas de organizar
a formação
Estabelecer sequências
de conteúdos
e respectivos saberes
a adquirir/desenvolver
Conceber, validar
e produzir recursos
técnico-pedagógicos
(formatação
pedagógica)
Definir a estratégia
avaliativa
Construir objectivos
de aprendizagem
válidos (adequados
a públicos e a contextos
bem determinados)
Desenhar itinerários
de aprendizagem,
modularizáveis
e ajustados a públicos
e contextos
determinados
Seleccionar estratégias
de aprendizagem
adequadas
aos formandos
e aos contextos
Estruturar, validar
e produzir guiões
pedagógicos
(apoio ao formador)
Produzir e validar
ajudas ao trabalho
adequadas aos públicos
e contextos de trabalho
Fase I
ANALISAR OS CONTEXTOSDE PARTIDA
Fase II
DESENHAR A PROPOSTA FORMATIVA
Fase III
ORGANIZAR AS SEQUÊNCIASPEDAGÓGICAS
Fase IV
REALIZAR RECURSOSTÉCNICO -PEDAGÓGICOSE PREPARAR EQUIPAMENTOSDE APOIO
Fase V
AVALIAR A ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
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Colecção Metodologias
O modelo de concepção da formação ADORA deve, assim, ser encarado como um instrumento de apoio à
análise e reflexão críticas das propostas formativas desenhadas e implementa das pelas entidades e profissionais
da educação e formação, consti tuin do-se també m como metodol ogia de apoio à tomad a de decisõ es e selecç ão
deopçõesdenaturezapedagógica.
Não se pretende, pois, que as entidades ignore m as suas práti cas formati vas e, muito menos, que abandonem as
estratégias e metodologias de concepção de cursos e materiais pedagógicos caso as utilizem e pratiquem e as
substituam pelas propostas contidas neste guia:
Darsentido e intencionalidade às estratégiasde aprendizageme aosprogramasde desenvolvimentosustentado
de competências dos activos portugueses, através da construção de propostas formativas com identidade,
geradoras de valor acrescentado, que respeitem e respondam às aspirações das pessoas e às expectativas dasorganizações é o trabalho essencial dos conceptores de programas e cursos de formação: a metodologia
AD OR A te rá cu mpri do os se us ob je ct iv os se co nt ri bu ir pa ra a co nc re ti za çã o dest as ta re fa s fu nd am en ta is ao ní ve l
daconcepçãodosprocessosformativos.
o desafio consiste em introduzir melhorias e aperfei-
çoamentos, reforçando o valor das soluções actuais com as conclusões resultantes das reflexões e
propostas,induzidaspelosprocessoseinstrumentosagorapropostos.
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Auto-diagnósticoa efectuar pela entidadeque intervémna formação
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Auto-diagnóstico a efectuar pela entidade que intervém na formação
Colecção Metodologias
A montante da apropr iação da m etodolog ia de concepção p roposta (modelo ADORA), propõe-se que se jarealizada uma análise crítica, a efectuar pelo utilizador do guia, com vista à identificação e caracterização (muitoemboradeumaformabastantesintética)dasrespectivaspráticasdeconcepção.
Comoprincipaisobjectivosdesteauto-diagnóstico,destacam-seosseguintes:
- Identificaras actividadesnas quaisa entidademaisinveste;- Identificar fragilidades e aspectos a melhorar; Ajudar a entidade/indivíduo a posiciona r-se, de acordo com as
frag il idades identi fi cadas, numa das fase s ou processos especí fi cos apresentados no âm bi to do modelo ADORA.- Ajudar a entidade/indivíduo a decidir se deve apropr iar-se de toda a metodo logia proposta ou apenas de umadassuaspartes(ex:umoumaisprocessosdirectamenteassociadosaosaspectosquepretendemelhorar);
- Estimula r a entidade à elaboração de planos de melhoria, no caso de serem identi ficados eventuai s aspectos amelhorar.
Este auto-diagnóstico deverá ser reportado aos cursos e acções que a entidade /indivíduoconcebeu(ouparticipounaconcepção)nosúltimos2anos.
Grelha1:
Ap li cada a pr im eira grelha deste exercício de diagnóst ico, sugere-se que o ut il izador identi fique a( s) fase(s ) e/ou
Checklist de auto-diagnóstico das práti cas de concepção de soluções e cursos de formação profissional
Observação:
Processos e actividades de concepção
(Indexados a Competências)
Nunca ouraramente
realizo
(considero)
(x)
Realizo(considero)
por vezes
(x)
Realizo(considero)
habitualmente
ou quase
sempre
(x)
Observações /Recomendações
(por ex: alterar/
desenvolver/
introduzir...)
1Regras,procedimentos,quadrosreguladores,tecnologiasutilizadas...
1. Conhece as característ icas e exigências dos contextos de ori-gemdoscandidatosàformação?
2. Sinalizaas competênciasa desenvolver atravésda formação?
3. Identifica o valor crítico das competências propostas paradesenvolvimento/aquisiçãoatravésdaformação?
4.Identif icaosrequisitosdedesempenho exigidospelamobili-zação/aplicaçãodascompetênciaspré-sinalizadas?
1
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
2
3Nívelderealizaçãoquepermitesaberseaacção(comportamento)observadaéaceitávelounão.
Talcomoteremosoportunidadedeverificar,adefiniçãodascargashoráriaspodeocorreremmomentosdistintos,quandoconsideradoociclodaconcepçãodaformação.
5.Sinalizaanaturezadascompetênciasadesenvolver(dist ingue
tipos de saber: saber saber,saber fazer e saber ser/es tar) ?6. Associa os objectivos de aprendizagem a competênci as pré-identificadas?
7.Nadefiniçãodosobjectivosdeaprendizagemidentif icaclara-mente os (acções concretas) a observar?
8 Na definição dos objectivos de aprendizagem identifica asque favorecem a realização dos comportamentos
pretendidos?
9.Nadefiniçãodosobjectivosdeaprendizagemidentif icaos?
10. Selecciona a(s) forma(s) de organizar a formação (ambientepresencial, formação no posto de trabalho, e-learning...) em função de cr itér ios prev iamente definidos (ex: públ icos- al vo,naturezadascompetências...)?
11. Realiza a agregação e sequenciação de objectivos deaprendizagem em função de critérios previamente definidos(ex:naturezadossaberes;etapasdeexecuçãodedeterminadasactividades/tarefas...)?
12.Estruturaesequência módulosdeformaçãodeacordocomcritérios pré-estabelecidos (ex: elaboração de um projecto;etapasdeexecuçãodedeterminadafunção...)?
13. Considera na construção dos itinerários pedagógicos asespecificidades dos contextos e a natureza dos objectivos deaprendizagemempresença?
14. Define as cargas horárias com base em critérios pré-esta-belecidos?
15. Sequencia conteúdos formativos em função de critériospré-definidos?
16. Tem em conta, aquando da construção dos conteúdos,eventuais orientações/prioridades associadas aos desafios dosectordeactividadee/oudaorganizaçãoemparticular?
17. Considera na elaboração dos conteúdos de formação osrequisitos, standards... que permitem posteriormente conferir umacertificação/qualificaçãoespecífica?
comportamentos
condições
cri- tério(s) de êx ito a al cançar 2
3
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033
Colecção Metodologias
4 As re fer ênc ias às prá ti cas de con tr olo e aco mpa nha me nto do cic lo de con cep çã o são apr ese nta das na últ im a par te do pre se nte gui a.
18. Selecciona os métodos pedagógicos a aplicar (expositivo,
demonstrativo...) em função das especificidades dos públicosalvodaformaçãoedanaturezadosobjectivosempresença?
19. Selecciona os recursos técnico-pedagógicos (manuais, fil-mes...) em função dos objectivos de aprendizagem e caracte-rísticasdospúblicosdestinatários?
20. Selecciona os equipamentos de apoio (quadro didax, fl ipchar t. .. ) em função dos ob ject ivos de aprendizagem e ca-racteríst icasdospúblicosalvodaformação?
21.Definecritériosparaaferirecontrolaraqualidadedosrecur-sospedagógicosautil izar?
22.Elaboraguiasdeapoioaoformador?
23. Desenvolve as intervenções formativas com base em pla-nosdesessão?
24.Elaboraguiasdeexploraçãoderecursospedagógicos?
25.Elaboraumplanogeraldapropostaformativa?
26.Elaboraummanualdeapoioaoparticipantenaformação?
27. Concebe ajudas ao trabalho dirigidas aos participantes da formação?
28. Define com clareza quais os objectivos da avaliaç ão a imple-mentar?
29. Define, a montante da formação, a respectiva estra tégia deavaliação?
30. Implementa um sistema de controlo e monitorização doprocessodeconcepçãodaformação?4
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
processo(s) que apresenta(m) maior(es) fragilidade(s), colocando, para esse efeito, um círculo em torn o donúmero dasquestões relativamenteàs quais pretende introduzir melhorias. Após a identificação da(s) fase(s)ouprocesso(s) que merecem uma maior atenção, o utilizador poderá inteirar-se do conteúdo das mesmas nas
versões mais desenvolvidas do presente Guia .
Grelha2:
Cenários de melhoria
FasesProcessosQuestões
1 - 2 - 3 - 4 Processo 1 - Analisar competências referenciadas a contextos
de desempenho Fase I- Analisar
os contextos
de partida5 - 6 - 7 - 8 - 9 Processo 2 - Construir objectivos de aprendizagem válidos
(adequados a públicos e a contextos bem determinados)10 - 11 Processo 1 - Agregar objectivos de aprendizagem por domínios
do saber e formas de organizar a formação Fase II - Desenhar
a proposta formativa12 - 13 - 14 Processo 2 - Desenhar itinerários de aprendizagem modularizáveis
e ajustados a públicos e contextos determinados
15 - 16 - 17 Processo 1 - Estabelecer sequências de conteúdos e respectivos
saberes a adquirir / desenvolver Fase III - Organizar
as sequências
pedagógicas18 Processo 2 - Seleccionar estratégias de aprendizagem adequadas
aos públicos e aos contextos
19 - 20 - 21 Processo 1 - Conceber, validar e produzi r recursos
técn ic o- pedagógicosFase IV - Realizar
recursos
técnic o- pedagó gi cose preparar
equipamentos
de apoio
22 - 23 - 24 - 25 - 26 Processo 2 - Estruturar, validar e produzir guiões pedagóg icos(apoio ao formador)
27 Processo 3 - Produzir ajudas ao trabalho adequadas aos público s
e contextos de trabalho específicos
30 Processo 1 - Definir a estratégia avaliativa Fase V - Avaliar
a estratégia
pedagógica
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Colecção Metodologias
Após a e laboração do d iagnósti co sugerido, o u ti li zador reúne neste m omento in formações que lhe permiteidentificar qual(ais) o(s) processo(s) e ou fase(s) do modelo ADORA, onde considera importante introduzir acçõesdemelhoria,deformaavalorizarassuassoluçõeseprodutosdeformaçãoe,poroutrolado,estánapossede elementos críticos que podem servir como recomendações para a melhoria sustentada das práticas deconcepçãodaentidadeoudoprofissional.
Obviamentequeestediagnósticoeconsequentesinal izaçãodefaseseprocessosdeconcepçãoamelhorarteráum impacto mais significativ o e duradoiro se for assumido e realizado pela equipa com responsabi lidades nodesenhodaspropostasformativasutilizadaspelaorganização.
A par ti r dos resul tados do auto-d iagnósti co o uti li zador ou a equipa poderão real izar uma ref le xão es tratég icamais global, visando a identif icação das fases de concepção onde as soluções e produtos formativos da
organização revelam maiores fragilidades, e, em consequência, delinearem acções de melhoria focalizadas nas fases cons ideradas como alvos pr io ri tá rios .
Neste sentido, em que entidades ou equipas de concepção (e mesmo oprofissionaldeformaçãocomresponsabilidadesdeconcepção)sepodemposicionar:
as acções de melhoria das práticas de concepção passam pela foca li zação nas fases es tr atég icas da concepção da formação : a ANÁLISE e o DESENHO.
sistematizam-se três cenários possíveis
Cenário de melhoria A - Foco Estratégico -
InvestimentosnasfasesIeII:
Modelo ADORA: Foco estratégico
Contexto Organizacional
Contexto
Cultural
Contexto Social
Contexto
Humano
REALIZAR ORGANIZAR
ANALISAR DESENHAR
AVALIAR
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
As ent idades e prof is sionai s olham para a concepção da formação como uma oportunidade para desenharemsoluçõesformativascomvalorestratégicoparaosseusbeneficiárioseclientes.
A percepção da c ul tu ra e dos valores dos c onte xtos de tr abalho e c arac terí st icas dos públ icos benef ic iá rios eclientes das soluções e produtos formativos constituem preocupações centrais de um modelo de concepçãocom fortes investimentos nas fases I e II, respectivamente “Analisar os contextos de partida ” e “Desenhar aproposta formativa”.
É de primordial importância a valorização dos contextos cultural, social, humano e organizacional na busca econstruçãodeuma proposta formativa,poisela sóseráválidase funcionar e respondernessescontextos.
Forte investimento nas Fases I e II
As entidades com frac o invest imento ao níve l destas duas fases conf rontam -se com maiores di fi cu ldadesaquandodaaferiçãodeeventuaisimpactosdecorrentesdasintervençõesrealizadas.
O fraco desenvolvimento metodológico ao nível das práticas de construção modular e organização deconteúdos, subordinados a objectivos de aprendizagem ancorados em competências concretas, pode ter como consequência o recurso a soluções formativas de baixo impacte nas competências dos indivíduos queparticipamnaformação.
De facto, sendo a formatação pedagógica tendencialmente standardizada, aquel as dificilmente tiram partidodas reflexões produzidas pelos vários actores implicados, normalmente, na construção de uma proposta
pedagógicaancoradaemcontextosespecíf icosdeaprendizagem.
Fraco investimento nas Fases I e II
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Modelo ADORA: Foco operacional
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Colecção Metodologias
Cenário de melhoria B - Foco Operacional
InvestimentosnasfasesIIIeIV:
- as acções de melhoria das práticas de concepção passam pela foca li zação nas fases operac iona is da concepção da formação : a ORGANIZAÇÃO e a REALIZ AÇÃO.
Contexto Organizacional
Contexto
Cultural
Contexto Social
Contexto
Humano
REALIZAR ORGANIZAR
ANALISAR DESENHAR
As entidades e prof is sionai s o lham para a concepção da formação como uma oportun idade para rea li za remevidênciase produtos quefuncionem, istoé, programase cursoscom impactee valor operacional.Este tipodeentidade investe sobretudo na produção de recursos de apoio aos vários intervenientes na acção formativa,apostandoaindanaselecçãoeorganizaçãodeconteúdos.
Forte investimento nas Fases III e IV
Um fraco investimento nestas duas fases pode significar que a entidade não recorre a actores com claraexperiência de terreno quando considerados os domínios em que intervém. Pode ainda significar fracosinvestimentos na preparação dos agentes que intervêm na formação, dada a escassez, por exemplo, de
orientaçõesclarasrelativamenteaosobjectivoseresultadosaalcançarcomarealizaçãodaacçãodeformação.
Fraco investimento nas Fases III e IV
AVALIAR
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038
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Cenário de melhoria C - Foco na Reflexão Crítica
InvestimentosnasfasesIeV:
- as acções de melhori a das práticas de concepção passa mpela focalizaçãonasfasesde reflexãocrít ica daconcepção daformação:a AVALIAÇÃOe a ANÁLISE.
Modelo ADORA: Foco reflexão crítica
Contexto Organizacional
Contexto
Cultural
Contexto Social
Contexto
Humano
REALIZAR ORGANIZAR
ANALISAR DESENHAR
AVALIAR
As entidades e prof is sionai s o lham para a concepção da formaç ão como uma oportun idade para rea li za remumaref lexão crít icasobre a qualidade e a ef icáciados programase doscursos.
Uma focalização nos contextos de partida e nos diferentes momentos avaliativos remetem o utilizador parauma melhoria permanente das suas prát icas, uma vez centrados nos processos de feedback ou de retornoimplementadosjuntodosrespectivosbeneficiários.
Forte investimento nas Fases I e V
Umfracoinvestimentona caracterizaçãodos contextosde partidae na avaliação da formação resulta, na maior parte das vezes, numa formação centrada no fornecedor de formação e não nas expectativas e necessidadesconcretas dos respectivos utilizadores. As entidades que investem pouco nestas duas fases deparam-se commaioresdif iculdades emverif icarem quemedida a proposta pedagógicadesenvolvida deuuma resposta ef icazàsnecessidadesdosrespectivosclientes.
Aqui a ausênc ia ou incipien te caracter ização clar a do ponto de part ida, as sim como não apuramento deresultados, após a aplicação da proposta formativa, tende a dificultar os processos de feedback permanente,momentosimportantesnaidentif icaçãodeeventuaisaspectosamelhorar.
Fraco investimento nas Fases I e V
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Colecção Metodologias
Após a aprec iação dos resu lt ados do au to -d iagnósti co proposto, sugere-se que o uti li zador “inv is ta ” em maior ou menor medida nas dife rentes fases do modelo de concepção, de acordo com os planos de acção que deseje
vi r a implementar.
A part ir das questões as sina ladas na página 39, cons ideradas como alvos de melhor ia e levando ainda emconsideração os cenários de melhoria anteriormente apresentados, podemos estabelecer um plano de acçãoparaa introduçãode melhoriasnas práticas deconcepção:
Planodemelhoria
Datas
de execuçãoRecursos
necessáriosResponsável
Ac çõ es
a implementar
Processos e actividades
de concepção
que se pretendem
melhorar
1.
2.
3.
4.
5.
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Desenvolvimentodo Modelo ADORA
Fases, processos e instrumentosde concepção
Modelo ADORA
Contexto Organizacional
ContextoCultural
Contexto Social
ContextoHumano
ANALISAR
REALIZAR ORGANIZAR
AVALIAR
DESENHAR
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Analisar os contextos de partida
Modelo ADORA
Contexto Organizacional
ContextoCultural
Contexto Social
ContextoHumano
ANALISAR
REALIZAR ORGANIZAR
AVALIAR
DESENHAR
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Fase IAnalisar os contextos de partida
Nofinaldestafaseaequipadeconcepçãodeverásercapazde:
(1) Caracteriz ar os contextos de partida da formação, identifica ndo as competências críticas a desenvolver pela via da formação, uti li zando os métodos e ins trumentos de anál ise propostos, de forma a ga rant ir uma leg it imação inequívocaporpartedocliente;
(2)Construirobjectivosdeaprendizagemajustadosàsespecif icidadesdoscontextosecaracteríst icasdospúblicosalvoda formação, respeitando os métodos de definição propostos, tendo em vista a obtenção de objectivos de aprendi-zagemválidos;
ANALISAR
Processos da Fase I Questões orientadoras Instrumentospropostos para a Fase I
Processo1 Anal isar competênciasesaberesreferenciadosacontextosdedesempenho
- Fluxograma do processo
- Matriz de análise para : estimar o valor crítico das competências,objectivar standards, normas,procedimentos, protocolose guidelines, identificar a natureza
da competência a mobilizar
Processo2Construirobjectivosde aprendizagem válidos(adequadosapúblicoseacontextosbemdeterminados)
- Qual a relação entrecompetências a desenvolvere aconstruçãode objectivosde aprendizagem?
-Porquedefinirobjectivosdeaprendizagem?
- Quais os erros mais frequentes na definição deobjectivosdeaprendizagem?
- Que níveis de objectivos de aprendizagem podemserconsiderados?
- Em que consiste a construção de um object ivo de a-prendizagem?
- Fluxograma do processo
- Grelha de verificaçãoda qualidade dos objectivosde aprendizagem
Objectivo
-Diagnósticodenecessidadesdecompetências.Queperspectivas?
-Comoalinharaestratégiaformativacomaestratégiadaorganização?
-Quecompetênciasmobilizarnaexecuçãodasactivi-
dadespré-identificadas?
- Como estimar o valor crítico e os requisitos de de-sempenhoassociadosa cadacompetênciasinalizada?
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047
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Processo 1Analisar competências referenciadas
a contextos de desempenho
Analisar competências
referenciadas
a contextos
de desempenho
Agregar objectivosde aprendizagempor domínios do saber
e formas de organizar a formação
Estabelecer sequências
de conteúdos
e respectivos saberes
a adquirir/desenvolver
Conceber, validar
e produzir recursos
técnico-pedagógicos
(formataçãopedagógica)
Definir a estratégia
avaliativa
Construir objectivos
de aprendizagem
válidos (adequados
a públicos e a contextos
bem determinados)
Desenhar itinerários
de aprendizagem,
modularizáveis
e ajustados a públicos
e contextos
determinados
Seleccionar estratégias
de aprendizagem
adequadas
aos formandos
e aos contextos
Estruturar, validar
e produzir guiões
pedagógicos
(apoio ao formador)
Produzir e validar
ajudas ao trabalho
adequadas aos públicos
e contextos de trabalho
Fase I
ANALISAR OS CONTEXTOSDE PARTIDA
Fase II
DESENHAR A PROPOSTA FORMATIVA
Fase III
ORGANIZAR AS SEQUÊNCIASPEDAGÓGICAS
Fase IV
REALIZAR RECURSOSTÉCNICO -PEDAGÓGICOSE PREPARAR EQUIPAMENTOSDE APOIO
Fase V
AVALIAR A ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
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As ac ti vidades de concepção da formação têm normalmente como ponto de part ida uma anál ise sobre oconjunto de competências pré-sinalizadas em processos de diagnósticos de necessida des de competências. A equipade concepçãodeveráter emseu poderinformaçãoquelhe permitadarrespostaàs seguintesquestões:
-Qualoperf i ldecompetênciasemcausa?-Quecompetênciassepretendeverdesenvolvidas?- Quala natureza dascompetências a desenvolver?-Qualacriticidadedascompetênciasquandoconsideradososrespectivoscontextosde
aplicação?-Querequisitosdedesempenhoestãoassociadosàscompetênciasadesenvolver?
Por forma a melhor compreender a articulação entre os processo de diagnósticos de competências e osprocessos de concepção da formação, optamos por apresentar uma possível (entre outras) abordagem exem-plif icativa,quevisasinalizarcompetênciasadesenvolveratravésdaformação.
Antes de avançarmos para a propos ta metodológi ca propri amente di ta , aqui fi ca uma re flexão que aconse lhamososutilizadoresafazeraquandodarealizaçãodosrespectivosdiagnósticosdenecessidades.
Um reflexão com base na revisão da literatura existente, em matéria de diagnóstico de necessidades decompetências,remete-nosparadiferentesabordagensdediagnósticodenecessidades:
-abordagensdenaturezareactivaoucurativa;
-abordagensantecipatóriaseprospectivas;-abordagensmistas,ouseja,queadoptam,paraproblemasedesafiossinalizados,soluções format ivas de carácter quer reac ti vo quer an tecipatório.
As d iferentes perspect ivas.. .
1.Diagnósticodenecessidadesdecompetências.Queperspectivas?
049
Processo 1: Analisar competências
referenciadas a contextos de desempenho
Colecção Metodologias
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050
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
A
SOLUÇÕESESTANDARDIZADAS
C
SOLUÇÕESESTRATÉGICAS
B
SOLUÇÕESCONVENCIONAIS
D
SOLUÇÕESOPERACIONAIS
Focalização nas exigênciasespecíficas da organização
(contexto)
Focalizaçãonas exigências
da certificação / qualificação(regulação)
O esquema que a segui r se apresenta permite ilustra r, de forma muito genér ica, os diferent es tipos de soluções format ivas :
(+)
(- ) (-) (+)
Impacte daabordagemao nível da concepçãoda formação
Vantagens associadas
a abordagens destanatureza
Permitem a elaboração de referenciais de formação, assente s em estudos aprofun-dadosacercadastendênciasdedeterminadosectordeactividade.Fornecem elementos que podem ser integrados aquando da construção das abor-dagensformativasdireccionadasacontextosdeintervençãomicro.
Preparação dos indivíduos para intervenções prolongadas no tempo, ancoradasnumreferencialdecompetênciaspré-definido.Exigeumaplanif icaçãoeumcontrolorigorososdasintervenções.Facilitaosprocessosdeacompanhamentoeavaliaçãoderesultados.
QuadranteA-SoluçõesEstandartizadas
Aqui se incluem as p ráti cas de d iagnósti co de necess idades de competências que podem conduz ir aodesenho de soluções de carácter essencialmente , focalizadas no médio-longo prazo (3 a 5 anos). Traduzem-se, regra geral , na reali zação de reflexões críti cas com incorporaçãode métodos e técnicas prospectivas ou previsionais. As organizações que recorrem a estes métodos,
procuramantecipar,aoníveldarespectivaenvolventeinternaeexterna,futuroscenárioscomosquaisasmesmasinevitavelmentevãoterdeseconfrontar.
antecipatório e/ou prospectivo
Limitações associadasa abordagens destanatureza
Abordagens meramente an tecipa tóri as e /ou prospect ivas não vi sam dar umaresposta concreta a problemas que surgem no imediato no contexto das orga ni-zações.
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051
Colecção Metodologias
Impacte da abordagemao nível da concepçãoda formação
Vantagens associadasa abordagensdesta natureza
Permite disponibili zar uma panóplia de acções no mercado da formação quepodemeventualmente encaixar-senoconjuntodenecessidadesdosrespec-
ti vos ut il izadores .Permite resolver, no imediato, alguns dos problemas sentidos pelas orga-nizações.Contribui para elevar o grau de empregabilidade dos indivíduos (numa ópticadeformaçãoaolongodavida).
Enfoquecentradonodesenvolvimentodecapacidadesindividuais. Acções de formaç ão normalm ente focal izadas na “á rea disc ip linar”/ temát ica format iva.
Intervençõesformativasdecurtaduração.
Limitações associadasa abordagensdesta natureza
Nãoaprofundam as necessidades sentidas pelas organizações,pelo queas ac-ções assentes neste tipo de diagnósti co encontram dificuldades nos respec-
ti vos processos de acompanham ento e aval iação de resu lt ados.Nãofornecem, regra geral, informações acercade níveis de conhecimentojádetidospelosindivíduos.Na generalidade, não permitem providenciar uma resposta à medida, foca-lizadaemquestõesconcretasdedesempenhoorganizacional.
A formaç ão que decorre deste tipo de abordagem não permite, regra geral , acertificação/reconhecimento de aprendizagens adquiridas (com excepçãodasacçõesjáhomologadas).
QuadranteB-Soluçõesconvencionais
Práticas de diagnóstico de necessidades que remetem para intervenções formativas que não obedecem,regra geral a requisitos exigidos por certificações/qualificações específicas,sendo normalmente
.Estetipodeacçõesvisadisponibil izarnomercadodeformaçãoumaofertaindiferenciadadeprodutosapresentadosnoschamadoscatálogoscaracterizadosporumconjuntodepropostasformativaspré-formatadas.
dina-mizadaspeloladodaofertaenãopeloladodaprocura
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052
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
QuadranteC-Soluçõesestratégicas
Neste quadrante inserem-se as des ignadas , que se t raduzem no conjunto de práticasque integram, simultaneamente, elementos reactivos e antecipatórios, na maior parte dos casoscentra das numa perspect iva de curto prazo (1 a 2 anos) . As organ izações que desenvolve m este tipo deabordagem visam, num primeiro momento, dar uma resposta a um ou mais problemas detectados n oimediato, assim, como paralelamente antecipar eventuais desafios que se colocam à organização nocurto/médioprazo.Assoluçõesdeformaçãoassociadasaestetipodediagnósticoatendem,regrageral,arequisitosquevisamconferirumacertif icaçãodosadquiridospelaviadaformação.
abordagens mistas
Impacte da abordagem
ao nível da concepçãoda formação
Vantagens associadasa abordagensdesta natureza
Integram resultados de diagnósticos de necessidades ditos prospectivos (a-nálisemacro/meso),eresultadosdediagnósticosdenecessidadesditosreac-
ti vos (aná li se micro) .Permitemelevaropotencialdeempregabilidadedosindivíduos.Facilitamossistemasdecontroloeavaliaçãoderesultadosfinais.
Exige um planeamento flexível, que permita o permanente ajustamento das
intervençõesformativasàsnecessidadesdosseusbeneficiáriosfinais.Permitearealizaçãodeintervençõesformativascomcarácterregulare,regrageral,decurtaduração.Facilitaosprocessosdeacompanhamentoeavaliaçãoderesultados.
Limitações associadasa abordagens
desta natureza
Exigemamobilizaçãodeperitos/expertsaoníveldaconcepçãodaformação.Exigem uma maior focalização nas competências dos indivíduos o que im-
plicaasuaprévia sinalização.
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053
Colecção Metodologias
QuadranteD-Soluçõesoperacionais
Deste tipo de diagnóstico resultam, regra geral, abordagens formativas centradas na resolução de pro-blemas que se colocam no imediato ou no curto prazo, as visam, na suageneralidade, a aquisição de competências necessárias à melhoria do desempenho organizacional, comparticularênfasena produtividade,na qualidade doproduto e do serviço e na simplificação/modernizaçãodoworkf loworganizacionale dascadeias e processosde geraçãode valor. Encontrar umequil íbrioentreodesempenhodesejado,eodesempenhoactualtorna-senoseuprincipalobjectivo.
abordagensreactivas oucurativas
Impacte da abordagemao nível da concepçãoda formação
Vantagens deste tipode abordagem
Permitem, com maior facilidade, a construção de intervenções formativas àmedida.Permitem conhecer, com algum rigor, as caracte rísti cas das situações de traba -lhoemanálise.
Enfoque centrado no desenvolvimento de capacidades individuais que con-duzamàresolução,noimediato,do(s)problema(s)pré-identif icado(s).Formaçãonormalmente centradanaparteenãono todo.
Disponibilizaçãodemétodoseinstrumentos(ajudasespecíf icasaotrabalho)deapoioàrápidaresoluçãodo(s)problema(s)emquestão.Intervençõesformativascomcarácterpermanenteedecurtaduração.
Limitações deste tipode abordagens
Abordagens muito foca li zadas na reso lução de prob le mas organizacionai s con-cretos (abordagem reactiva/curativa). Este tipo de in tervenção pode não pre-pararo indivíduoparadesaf iosde médioprazo.
Em termos de concepção da formação, a proposta apresentada neste guia, situa-se noquadrante C (abordagens mistas), dado que se procura construir uma propostapedagógicacapazderesponder,simultaneamente,aosobjectivosdeaumentodograudeempregabilidadedosindivíduoseàsnecessidadesespecíficasdasorganizações.
As sumir que as abordagens an tecipa tórias e prospect ivas , são, em todas as si tuações, melhores do que asabordagens meramente curativas ou reactivas, não é de todo correcto. De facto, as diferentes abordagensapresentamobjectivosdiferenteserespondemanecessidadesigualmentediferentes.Competirásempreacadaumadasorganizaçõesaopçãoporestaouaquelaabordagem,oumesmoaexploraçãodeambas,deacordocomosobjectivosdeformaçãopretendidos.
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Este cenário exige às organizações uma capacidade de adaptação face aos desafios daenvolvente, o que passa inevitavelmente por um conhecimento e acompanhamentosistemáticodotipodecompetênciasprofissionaisdequedispõe,porformaaaferir,commaior rigor, em que medida se encontra ou não à altura dos desafios que caracte rizam orespectivosectordeactividade.
054
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Nestesentido a abordagemde diagnósticoquea seguirse apresentavisa osseguintesobjectivos:
-Realizarumaarticulaçãoestreitaentreestratégiasdeformaçãoeestratégiasorganizacionais;-Facilitaraidentif icaçãodascompetênciasadesenvolverpelaviadaformação(competênciascríticas);-Identif icaroconjuntoderequisitosdedesempenhoassociadosacadaumadascompetências;
As organizações são, cada vez mai s, conf rontadas com a e xigênc ia de desenvolverem as suas estra tégi as numambiente de mudança permanente, caracterizado pela globalização dos mercados, flexibilização da regula-mentação, disponibilização em massa de informação, sofisticação das necessidades dos consumidores, intro-duçãodenovastecnologias,etc.
2.Como alinhara estratégiaformativacom a estratégiada organização?
Constituindo a formação uma das ferramentas ao serviço do desenvolvimento das competências dos colabora-dores de uma organi zação , importa retira r o máximo parti do da mesma, ou seja, importa garantir que a mesmasejaefectivamenteútil!
A a al cançar pela vi a da formação deverá ser ass im a prime ira preocupação de quemconcebe uma proposta formativa, já que devemos tentar perceber muito bem em que medida determinadacompetência,adesenvolverpelaviadaformação,contribuiparaalcançarosresultadosdesejados.
foca li zação nos resu lt ados
Tal “utilidade” decorre inevitavelmente dos resultados que essa formação consegueproduzir.
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Colecção Metodologias
3
2
1
5 D es ta qu e- se a qu i, m ai s um a ve z, q ue o c i cl o da c on ce pç ão n ão i nt eg ra o d om ín io d o di ag nó st ic o de n ec es si da de s de c om pe tê nc ia s, m as s im a . A
abordagem de diagnóstico sugerida surge aqui apenas como um exercício de demonstração da articulação entre dois dos domínios do ciclo da formação: diagnóstico de
necessidadeseconcepçãodaformação.
análisedosrespectivosoutputs
Uma proposta concreta...
Umaabordagemparaa sinalização dascompetênciasa desenvolver pela viada formação5
Por forma a ilus trar a apli cação da metodologia proposta para identifi cação de competência s a desenv olver pela vi a da formação , propõe-se uma reflexão sobre o segu inte caso:
Na sequência de vários investimentos urbanísticos e comerciais na região onde se encontra sediada, umaempresa do sector da restauração decide reforçar o seu número de colaboradores, designadamente nas áreasdacozinhaeatendimentoaopúblico.
Após a anál ise dos respecti vos resu lt ados nos úl timos se is meses, a mesma empresa veri fi ca :
-umdecréscimonasrespectivasvendas;-aexistênciadereclamaçõesassociadas afaltadequalidadedoserviçoprestado;- asbaixasvendas dasnovidades dacasa;
Trata- se de uma empresa que recebe, diariamente, cent enas de cliente s já que se encontra no centro da cidade ,prestandoum serviço debuffet,regrageralmuitoapreciado, nãosó pela rapidez noatendimento,comotambémpelaqualidadedosváriosserviçosquepresta.
Destaque-seofactodesetratardeumaempresalídernorespectivosectorqueprocuraactuardeacordocomo
seguinteprincípio:
Perante os maus resultados dos últimos meses, o empresário em causa resolve então contacta r uma empresaconsultora especializada na realizaçã o de auditorias no sector do turismo e restauração. Depressa surge umaproposta para serem efectuadas várias aborda gens cliente-mistério , a desenvolver duran te um período de ummês.Asconclusõesapresentadaspelaempresacontratada foramasseguintes:
máximaqualidadeparaumavidasaudável!
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Identif icaçãodeproblemaserespectivascausas:
(1)
*Confeccçãoincorrectadealgunsalimentos;* Utilização,na confecçãodospratos, dealimentosde fraca
qualidade;*Osclientesesperamdemasiadotempoparapagar;*Oatendimentoépoucoamigável;*Osalimentosnãosãosubstituídosatempadamente;*Nãoexisteofertaparapessoasvegetarianas.
(2)
* Os empregados de mesa não conhecem de forma suficiente as ca-racterísticasdospratosqueintegramomenu;* Os empregados não fazem uma apresentação prévia dos novos pro-dutos;*Osempregadosnãoavisamatempadamenteaáreadacozinhaquandoosalimentosseesgotam;
Reclamaçõesdosclientes
Causas
Osclientesnão selecionamas novidadesda casa;
Causas:
:
Secções/departamentos
envolvidos:
1. Área da cozinha;
2. Área do atendimentoao público;
No relatório apresentado pela empresa constava também aquilo a que a empresa chamava de conjunto depadrões a respeitar pelas áreas em questão, orientações expressas constantes do manual de qualidade daempresa.
Ospadrões dequalidadeem questãoeramos seguintes:
Sector da cozinha - Os alimentos utilizados na confecção dos pratos apresentam a qualidade-padrão pré-definida;-Sãoadquiridosprodutosalimentaresnumarelaçãoqualidadepreçoaceitável;-Osalimentossemi-preparadosencontram-seembomestadodeconservação;- Sãoaplicadastécnicascorrectasna confecçãodosváriospratos domenu;-Osalimentosencontram-seadequadamentearmazenadoseconservados;- As refeições são apresentadas de forma atractiva, gara ntindo a máxima satisfação doclienteexterno;- As refeiç ões são confecciona das de acordo com os normat ivos de higiene e segurançaprevistos;- As refeições são confeccionadas de acordo com as quantidades previstas nos recei-
tuár io s prev iamente aprovados e va lidados;
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Colecção Metodologias
Sector
do atendimentoao público
-Oatendimentoaopúblicoéexecutadodeacordocomasorientaçõespré-estabelecidas;
- O cliente é totalmente esclarecido no caso de eventuais dúvidas relacionadas com oserviçoquesolicitou;- O clienteaguardao mínimopossívelpelarespectiva factura;- O cliente é suficientemente informado sobre as características dos produtos servidos,bem como caract eríst icas de eventu ais novos produtos / servi ços; O clien te fica tota lmentesatisfeitocomoserviçoprestado;
Depois de se ter concluído que a maior parte das causas dos problemas estavam relacionadas com défices decompetências específ icas, sentidas por parte de alguns dos colaboradores da organização, optou-se pelaseguinteestratégiadeintervenção:identif icação deváriosactores queconjuntamentepudessemcontribuir,de
forma directa ou indi recta, para a reso lução dos prob le mas identi fi cados.
A equipa sina li zada fo i a segu in te :
Visões sobreas competências
e saberes
Papéis institucionais/sociais referenciadosàs competências e saberes
Documentosnecessários
para a reunião
Operacional Visão dos Profissional(ais) comprometido(s) com o resultado pre- tendido.(o(s)colaborador(es))
- os indivíduos que melhores resultados apresentavam, ao executaremasrespectivasfunções;
Foramconvocados:
Organizacional Visão dogestor que enquadrae planifica ascompetências(oindivíduoqueenquadraocolaborador)
-ocozinheiro-chefe;-ochefedosempregadosdemesa;
Foramconvocados:
Documento com descriçãodas funções em causae ou pefil de competênciaseventualmente existente (...)
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Utilidade
e Valor (visão externa
Visão do cliente ou beneficiário das competências
(oindivíduo/equipaqueusufruidoresultadododesempenho)Observação:Foramanalisadasaopormenorasreclamaçõesefectuadas;
Relatórios de satisfação
de clientes (...)
Técnica Visão do especialista dos processos e da performance, reunindoevidências relativas a padrões (standards), normas, protocolos,procedimentosetecnologiasmobilizadaspelascompetências.(o especialista responsável pela condução metodológica do próprio
focus group)
- o responsável pelos RecursosHumanos da empresa;
Foiconvocado:
Manual de qualidadeda empresa; regulamentosinternos; eventuaisprocedimentos associadosà execução de cada função(...)
O primeirodesaf io dogrupofoio departiciparnumametodologiaque aquidestacamos,designadaporDACUM(Develop a Curriculum) que visa mobilizar distintos actores com várias perspectivas sobre uma determinadasituaçãoousituaçõesdetrabalho.
Traduz-se numa metodologia centrada na anális e do conteúdo funcional de determina da profissão, que visadetalhar o processo produtivo assim como as respect ivas activi dades e taref as, por forma a produz ir uma matri zdetarefas/operações queumindividuodevesercapazderealizaremdeterminadasituaçãodetrabalho.
Permite ainda a identificação dos conhecimentos e saberes-fazer importantes para a execução do trabalho,comportamentos sociais requeridos (atitudes), materiais/equipamentos/ferramentas necessários, bem como
tendências e perspect ivas as soci adas à função em anál ise.
A parte mais cr ít ic a na abordagem DACUM é a identi fi cação rigorosa dos saberes- faze r especí fi cos dos quai s seinferem as respectivas condições/requisitos para desempenho. Esta informação assume um papel fundamentalnodesenhodapropostaformativa.
Alguns dos object ivos da abordagem são:
-Descrevernovasfunções;-Actualizarasdescriçõesdefunçõesjáexistentes;-Sinalizarnecessidadedenovastecnologias;-Actualizarprogramasdeformaçãojáexistentes.
6
7
6
7
OutrosmétodoscomplementaresdatécnicaDACUM:AMOD (Ummodeloparaaconstruçãodeumcurriculum)eSCID(Desenvolvimentosistemáticodeum
curriculum).
Esta metodologia é também aplicada, actual mente, na identifica ção de perfis profissionais numa perspectiv a mais lata, como é o caso da determina ção de perfis profissionais
par a de ter min ado s sec tor es de ac tiv ida de.
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Colecção Metodologias
A ref lexão teve o seu in íc io com uma focal izaç ão do grupo no conj unto de acti vidades associ adas à produç ão deresultadosdesejadosquandoconsideradososdoisperfisprofissionaisempresença:
-Operf i ldecozinheiro;-Operf i ldeempregadodemesa;
O grupo focaliz ou-se, num primeiro momento, no perfil do cozinheiro . Partin do dos resul tados da auditori a foipossí vel identifi car as activ idade s que, de acordo com os vários elementos do grupo, concor riam para a concre -
ti zação dos resu lt ados pretendidos:
Domíniode intervenção
Actividades 8
Produçãoexecução
1. Confeccionar os alimentos de acordo com os receituários e especificações técnicasdisponíveis,emfunçãodaementaestabelecida;
2. Empratar os alimentos, em pratos individuais ou travessas, e efectuar a respectivaguarniçãoedecoração;
Armazenamento 3. Armazenar e assegurar o estado de conservação das matérias-primas utilizadas noserviçodecozinha;
Controlee higiene
4.Controlaraqualidadedaconfecçãoeconservaçãodasrefeições.
4.Quecompetênciasmobilizarnaexecuçãodasactividadespré-identificadas?
A) Confeccionar os al imentos de acordo com os re ceituários e especi fi cações técnicas dispon íveis, emfunçãodaementaestabelecida;
A questão que norteou o exercício segu inte fo i: que competências serão necessár ia s mobi li za r por forma aexecutarasactividadesidentif icadas?Oresultadofoioseguinte:
- Aplicar as operações de cálculo numérico adequados na determinação das quantidades de ingredientesnecessáriosàconfecçãodosprodutos;
- Seleccionare preparar asmatérias-primase osprodutosadequadosà confecçãode refeições, emfunçãoda suaqualidadeedoprodutoaobter;
8 As act iv ida des e com pet ênc ia s re fer enc iad as no exe mpl o que se apr ese nta for am in spi rad as nos ref er enc ia is de com pet ênc ias já exi ste nte s.
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
- Interpretar receituários e utili zar os diferentes processos e técnicas de transformação/confecção de produtosdecozinhaedepastelaria;
-Rectif icar,semprequenecessárioaquantidadedeingredientesautilizar;
-Controlaratemperaturaetempodecozedura;
- Uti lizaros váriosutensíl iosdisponíveisde suporteà decoraçãodos váriostiposde pratos;
-Aplicarasváriastécnicasdisponíveisparasuportaraapresentaçãoderefeiçõesdediferentenatureza;
-Adquirir/seleccionarosprodutosparaconfecçãodasváriasrefeiçõesnumaadequadarelaçãoqualidade/preço;
-Verif icarascaracterísticaseaqualidadedasmatérias-primasedosprodutossemi-preparados;
- Efectuar o armazenamentodos bens deconsumo e do material e equipamento recepcionados, tendo emcontaosprocessosdeconservaçãoadequados;
- Uti l izaras técnicas e os produtos adequados por forma a manter as condições del impezae dehig ieneaquandodaconfecçãodasrefeições;
- Verificar se o processo de transformação / confecção dos alimentos está de acordo com os receituários pré-definidos;
- Verif icar se o processo de transformação / confecção dos alimentos está de acordo com as normas deconservaçãopré-definidas;
Seguidamente, importa ref lectir numa questão que se coloca de imediato: Que valor crít ico terão ascompetênciaspré-identificadas?Será queapresentama mesmaimportância/dif iculdade/complexidade?
B) Empratar os alimentos, em pratos individuais ou travessas e efectuar a respectiva guarnição edecoração;
C)Armazenare assegurar o estadode conservação dasmatérias-primasutil izadasno serviço decozinha;
D)Controlaraqualidadedaconfecçãoeconservaçãodasrefeições.
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Colecção Metodologias
5.Como estimaro valor crítico eos requisitosde desempenhoassociadosa cada competênciasinalizada?
Vejamo s al gumas no tas re la tivas ao concei tode maior ou menor criticidade de uma competência.....
Para a identificação do valor crítico de determinada competência, assim como dos respectivos requi sitos dedesempenho,propõe-sequesejamdesenvolvidasasseguintesetapas:
Etapa 1
Pretende-se nesta etapa do exercício estimar o valor crítico a atribuir às competências, em termos deimportânciae dif iculdade/complexidade.
Quest ão q ue p ermit e ident ifi ca r a da c ompet ência :importância
Se a competência não for mobilizada que impacto nos resultados preten-didos?(remeteparaovalorrelativodacompetência)
Escala:MIIPI
(muitoimportante)(Importante)(Poucoimportante)
Questões que permitem identificar a da compe-
tênc ia :
A ef icaz m obil ização da competência exige um treino e preparação perma-nentes?(dificuldade)
A mobil ização da competência exige re equacionar vári as vari áveis ao mes-motempo( )?(Complexidade)
dificuldade/complexidade
*
* implica: >probalidadedeerro;>dificuldadenocumprimentodepadrõesdequalidadepré-definidos...
Escala:
EDMDRD
(Elevadadif iculdade)(Médiadif iculdade)(Reduzidadif iculdade)
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Resultadoaapurar:
MI+ED=ElevadovalorcríticoI+ED=Médiovalorcrít icoMI+MD=Médiovalorcrít ico
O“focusgroup”poderáaindaconsideraroutrostiposdecritérios,comoporexemploograudefrequênciana
execução da actividade, caso o mesmo seja considerado relevante para o cumprimento dos resultadospretendidos.
Alguns dos cr itér io s que permitem de fini r al gumas pr ioridades em te rmos de inve st im ento na formação,decorrem da prévia identificação do conjunto de competências considerada s estratégicas ou chave, quandoconsideradosdeterminados objectivosorganizacionaisa alcançar.
Por exemplo, competências indispensáveis à implementação de um determinado processo de mudança,competênciasquesurjamrelacionadascomfactoresdistintivosdaempresa.
(1) As activ idades que reúnam MI/ED e I/ED (e MI/MD sempre que o grupo assim o entender) serão asque apresentam valor crítico médio/elevado. Neste exercício é normalmente aplicado o princípio dePareto (20/80), ou seja, num total de actividades que uma situação de trabalho pode incorporar apenas20%apresentam, em regra, um médio/elevadovalor crítico. A aplicação deste princípio, poderá ajudar a sinalizar o conjuntode actividades commaiorvalorcrítico.
Esta inform ação será útil no estabele ciment o de priori dades para a formação, uma vez que se sugere que ascompetências sinalizadas com MI/ED e I/ED sejam as competências a considerar na eventual proposta
pedagógicaadesenvolver.
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Colecção Metodologias
A re flexão do g rupo sobre a maior ou me nor cr it ic idade das competênc ia s em aprec iação permi tiu ch egar aosseguintesresultados:
Competências associadasà actividade A:
Confeccionar os alimentos de acordo com os receituáriose especificações técnicas disponíveis, em função da ementa estabelecida.
- Aplicar as operações de cálculo numérico adequados na determinação dasquantidadesdeingredientesnecessáriosàconfecçãodosprodutos;
- Seleccionar e preparar as matérias-primas e os produtos adequados à con-
fecção de re fe ições, em funç ão da sua qual idade e do produto a obte r;
-Rectif icar,semprequenecessário,aquantidadedeingredientesautilizar;
- Utilizar os vários utensí lios de suporte à decoração dos vários tipos de pra- tos;
- Aplicar as várias técnicas disponíveis para suportar a apresentação de refei-çõesdediferentenatureza;
Valor críticoda competência (x)
Graude importância
Graude dificuldade
MI I PI ED MD RD
X X
X X
X X - Interpreta r receituário s e util izar os diferen tes processos e técni cas de trans- formaç ão/confecção de produtos de cozinha e de pastel ar ia ;
X X
X X -Controlaratemperaturaetempodecozedura;
Valor críticoda competência (x)
Graude importância
Graude dificuldade
MI I PI ED MD RD
X X
X X
Competências associadas àactividade B:
Empratar os alimentos, em pratos individuais ou travessase efectuar a respectiva guarnição e decoração;
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Valor críticoda competência (x)
Graude importância
Graude dificuldade/complexidade
MI I PI ED MD RD
X X
X X
X X
Competências associadas à
Actividade C:
Armazenar e assegurar o estado de conservaçãodas matérias-primas utilizadas no serviço de cozinha;
- Adquirir/seleccionar os produtos para confecção das várias refeições numaadequadarelaçãoqualidade/preço;
- Verificar as características e a qualidade das matérias-primas e dos produtossemi-preparados;
- Efectuar o armazenamento dos bens de consumo e do material e equipa-
mento recepcionados, tendo em conta os processos de conservação ade-quados;
-Uti l izarastécnicaseosprodutosadequadosporformaamanterascondiçõesdelimpezae dehigiene aquandoda confecçãodas refeições;
Valor críticoda competência (x)
Graude importância
Graude dificuldade
MI I PI ED MD RD
X X
X X
X X
Competências associadas àactividade D:
Controlar a qualidade da confecção e conservação das refeições
- Verificar se o processo de transformação / confecção dos alimentos est á deacordocomosreceituáriospré-definidos;
- Verifica se o processo de transformação / confecção dos alimentos está deacordocomasnormasdeconservaçãoprevistas;
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Colecção Metodologias
Etapa 2
Nesta fase do exercíc io, o grupoé solic itadoa identif icarstandards, normasde desempenho, procedimentos,protocolos, as guidelines e as tecnologias que mais significativamente influenciam e balizam a situação dedesempenho em análise. Sugere-se que as competências de médio e elevado valor crítico sejam analisadascom maiorprofundidade,umavezqueserãoestasoprincipalenfoquedaformação.
- construção dos objectivos específicos da formação (objectivos específicos dos módulos/sessões de apren-
dizagem);-construçãodosconteúdosadesenvolver;-identif icaçãodeestratégiaspedagógicasaaplicar;- definiçãoda estratégiade avaliação a implementar -elaboraçãodeajudasaotrabalho(ex:exercícios,elaboraçãodecasosparaanálise...)
Estainformaçãoseráúti laquandoda:
Note-se que a maior ou menor criticidade dependerá sempre dos contextos em análise, que condiciona oposicionamentodosdiferentesactoresnarespectivatomadadedecisão.
Competências(associadas à actividade A)
Confeccionar os alimentos de acordo
com os receituários e especificações técnicasdisponíveis, em função da ementa estabelecida
Identificar requisitos de desempenhoassociados a cada competência sinalizada
- Aplicar as operações de cálculo numérico adequa-dos na determinação das quantidades de ingredien-
te s necessár ios à confecção dos produtos ;
-Recorreradocumentosdereferêncianestamatéria;- Utilizar os instrum entos de medida adequados às di-
ferentes si tuações;
- Seleccionar e preparar as matérias-primas e os pro-dutos adequados à confecção de refeições, em fun-çãodasuaqualidadeedoprodutoaobter;
- Recorrer a documentos de referência nesta matéria(aferirpadrõesdequalidade);
- Interpretar receituários e utilizar os diferentes pro-cessosetécnicasdetransformação/confecçãodepro-
dutosdecozinhaedepastelaria;
-Utilizarreceituáriosdereferência;
-Rectif ica,semprequenecessário,aquantidadedein-gredientesautilizar;
-Recorreraosreceituáriosexistentes;
- Controla atemperaturae tempode cozedura; -Terpresenteas indicaçõesreferidas nosreceituários;-Utilizaraostemporizadoresexistentes;
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Competências
(associadas à actividade B)Empratar os alimentos em pratos individuais
ou travessas e efectuar a respectiva guarnição e decoração
Identificar requisitos de desempenhoassociados a cada competência sinalizada
- Utilizar os vários utensíli os de suporte à decoraçãodosváriostiposdepratos;
- Recorrer às instruções de uso dos vários utensíliosdesuporteàdecoraçãodosváriostiposdepratos;
- Aplicar as várias técnicas disponíveis para suportar aapresentaçãoderefeiçõesdediferentenatureza;
- Recorrer às orientações constantes nos documen- tos de re ferênc ia s;
Competências(associadas à actividade C)
Armazenar e assegurar o estado de conservaçãodas matérias-primas utilizadas no serviço de cozinha
Identificar requisitos de desempenhoassociados a cada competência sinalizada
-Adquirir/seleccionarosprodutosparaconfecçãodas várias re fe iç ões numa adequada re lação qual idade/-preço;
- Recorrer à list a de referên cias constantes no manualdequalidadedaempresa;
-Verif icarascaracteríst icaseaqualidadedasmatérias-primasedosprodutossemi-preparados;
-Recorreradocumentosdereferêncianestamatéria;-Utilizarosutensílios/materiaisadequados;
- Efectuar o armazenamento dos bens de consumo edo material e equipament o recebidos, tendo em con- ta os processos de conservação adequados;
- Recorrer às orientações do manual de qualidade daempresa;- Utilizar o sistema informático de apoio à gestão dosprodutosarmazenados;- Utilizar os materiais adequados no processo de ar-mazenamento dos bens de consumo e outros mat e-riais;
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Colecção Metodologias
A identi fi cação dos saberes ps ic o-motores (saberes fazer) , bem como dos respecti vos requis itos dedesempenho, possibilita a posterior identificação dos saberes cognitivos (saber-saber) necessários à mobi-lizaçãodascompetênciasdesejadas:
Após uma reflexão sobre esta maté ria o grupo propôs os segu in tes tipos de saberes:
-domíniobásicodegastronomiavegetariana;- domínioda legislaçãoaplicávelao sectorem matériade higienee segurançaalimentar;- domínioda composiçãodietética dosalimentos e doseu valor nutric ional,-domíniobásicodamatemática(operaçõesbásicasdecálculonumérico,proporçõesepercentagens);-domíniobásicodosistemainternacionaldeunidadesdemedida pesos,distâncias,volumesetemperaturas;- domínio profundo do funcionamento e de conservação dos equipamentos e utensílios de cozinha e depastelaria(tecnologiasdecozinha);-domíniobásicodeartesdecorativasdecozinhaepastelaria(decoraçãonarestauração)- domínio básico dos conceitos associados a microbiologia dos alimentos desenvolvimento de bactérias,leveduraseboloreseseusfactorescondicionantes;- domíniobásicodastécnicasdecontrolodequalidade
Competências
(associadas à actividade D)Controlar a qualidade da confecção e conservação
das refeições
Identificar requisitos de desempenho
associados a cada competência sinalizada
-Uti l izarastécnicaseosprodutosadequadosdeformaa manter as condições de limpeza e de higiene aqua n-dodaconfecçãodasrefeições;
-Recorreraosnormativosexistentes;- Respeitar as orientações constantes no manual dequalidadedaempresa;
- Verific ar se o processo de transforma ção / confecç ãodosalimentosestádeacordocomosreceituáriospré-definidos;
- Recorrer a receituários específicos relativos à con- fecção dos al imentos em questão;- Recorrerás normaspara preparaçãoe confecçãodosalimentosemcausa;
- Verific ar se o processo de transforma ção / confecç ãodos alimentos está de acordo com as normas de con-servaçãoprevistas;
-Recorreràsnormasdereferênciaexistentes;- Ter por referênc ia os padrões de qua lidade pré-de-
finidos;
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Após a sina li zação das competências cons ideradas cr ít icas , importa dec id ir ac erca da urgência e necess idade da
produção deajudasao trabalho paracadacompetência pré-identif icada. Este tipode instrumentoé, regra geral,considerado, em particular no que se refere às competências menos críticas, even tual substituto de acções de formação .
Uma última nota relativamente às competências menos críticas: podem igualmente ser abordadas no contextoda formação, não na condição de objectivos de aprendizagem propria-mente ditos, mas antes como umpequenoestudodecaso,umexercícioprático...).
O grupo em questão decidiu , em relaçã o a esta matéri a, recorrer à elaboração de pequenas ajudas ao traba lhoporformaasuportaramobilizaçãoeficazdasseguintescompetências:
Competências a sustentar/desenvolver com a implementação de ajudas ao trabalho Identificar tipo de ajuda ao trabalho
- Controlara temperatura e tempode cozedura; Elaborar l ista com tempos-padrão de cozedura por cada tipo de alimento, com referência a respectiva
temperatura de re ferênc ia .
- Utilizar os vários utensílios de suporte à decoraçãodosváriostiposdepratos;
Elaborar lista com os vários tipos de utensílios dispo-níveis para a execução das tarefas pretendidas. As-pectosaconsiderar:-Desenhoilustrativodapeça;-Uti l idadedapeça;-Produtosdereferência;
- Utilizar as técnicas e os produtos adequados por forma a mante r as cond ições de l impeza e de higieneaquandodaconfecçãodasrefeições
Elaborar lista com as principais regras de limpeza ehigiene (considerar e destacar as regras a cons iderar antes, durante e depois da realização da confecçãodosalimentos).
- Verificar se o processo de transformação / confec-ção dos alimentos está de acordo com os receituáriospré-definidos;
Incluirnomanualdequalidadeprevisto:- aspectos a respeitar nos receituários pré-estabe-lecidos;- desvios permitidos aos receituários pré-estabe-lecidos;
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Colecção Metodologias
Note-se que as competências acima identificadas foram al gumas das consideradas previamente como “menoscríticas”.
Umavez identificadas as competênciasconsideradascrít icas,importa determinaraindaem quemedida os vários ti tu la res da si tuaç ão de tr abalho em anál ise dominam as competências pré-sina li zadas, as sim como em quemedidanecessitamdeasverdesenvolvidas.
Na decisão de desenvolver ou não determinada acção de formação, recomenda-se que se reflicta sobre asseguintesquestões:
- O indivíduo apresenta umnívelde prof iciência aquém doníveldesejado?- O desenvolvimentoda competênciaemcausaé umaprioridade para a organização?
- O desenvolvimento da competênciapor parte doindivíduo contribui,de forma signif icativa, parauma melhoriadorespectivodesempenho?-Queimportânciaéqueoindivíduoatribuiàcompetênciaemcausa?
A resposta a estas questões poderá a judar a dete rminar :-prioridadesdeacção;-deníveisdeentradanaformação;-graudemotivaçãoparaaformação;-expectativasdeimpactodaformação;
9
9 Níveldedomíniodacompetênciaemanálise.
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Instrumentosde apoio ao processo
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073
Analisar resultados do diagnóstico
de necessidades de competências
(DNC)
MODELO ADORA - FASE I Analisar os contextos de partida
PROCESSO 1 - Analisar competências e saberes referenciados a contextos de desempenho
Análise de técnicas de DNC
Ficam claras
as competências indicadas
para formação?
Identificar valor crítico
das competências sinalizadas
Sinalizar alternativas à formação
no desenvolvimento das competências
Identificadas as competências
críticas?
Aplicar técnicas de DNC
Aplicar critérios de criticidade
de competências
Não
Não
Sim
Sim
Identificar requisitos de desempenho
associadas a competências críticas.
NãoSinalizadas outras alternativas?
Justificar que a formação é de facto
a única alternativa para a resolução
das situações pré identificadas.
Sim
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Sinalizar competências
que, não se traduzindo em objectivos
de aprendizagem específicos, deverão
ser afloradas durante a formação.
Não Associadas ajudas
a competências
específicas?
Averiguar, junto dos vários actores,
da possibilidade de elaborar ajudas
com forte valor acrescentado.
Sim
074
Construir ajudas ao trabalho
Informação validada pelos vários
actores?
Validar resultados alcançados.Não
Sim
Averiguar se existe informação suficiente
sobre o perfil de entrada
do potencial formando.
Definidos meios para respectiva
exploração?
Identificar meios através dos quais
essas competências podem
ser equacionadas (ex: exercícios
práticos, casos...)
Não
Sim
Conhecido o perfil de entrada
do formando?
Aferir: características profissionais
e pessoais do formando; grau
de domínio da competências
a considerar na formação...
Não
Sim
Concluída a análise
das competências a desenvolver
pela via da formação
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Competências associadas à
actividade X: Valor crítico da competência (x)
Grau de importância Grau de dificuldade
MI I PI ED MD RD
1.
2.
3.
(...)
4.
Escala:
MI
I
PI
(Muito importante)
(Importante)
(Pouco importante)
Escala:
ED
MD
RD
(Elevada dificuldade)
(Média dificuldade)
(Reduzida dificuldade)
Matrizde análiseparaestimar o valor crítico dascompetências
Pretende-s e com esta grelha apoiar o utilizar a determina r o valor crítico das competê ncias em
análise, por forma a facil itar a decisão no que toca à implementação ou não de acções de form ação es pe cí fi cas.
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Processo 2Construir objectivos de aprendizagem válidos
(adequados a públicos e a contextos bem determinados)
Analisar competências
referenciadas
a contextos
de desempenho
Agregar objectivos
de aprendizagem
por domínios do saber
e formas de organizar a formação
Estabelecer sequências
de conteúdos
e respectivos saberes
a adquirir/desenvolver
Conceber, validar
e produzir recursos
técnico-pedagógicos
(formataçãopedagógica)
Definir a estratégia
avaliativa
Construir objectivos
de aprendizagem
válidos (adequados
a públicos e a contextos
bem determinados)
Desenhar itinerários
de aprendizagem,
modularizáveis
e ajustados a públicos
e contextos
determinados
Seleccionar estratégias
de aprendizagem
adequadas
aos formandos
e aos contextos
Estruturar, validar
e produzir guiões
pedagógicos
(apoio ao formador)
Produzir e validar
ajudas ao trabalho
adequadas aos públicos
e contextos de trabalho
Fase I
ANALISAR OS CONTEXTOSDE PARTIDA
Fase II
DESENHAR A PROPOSTA FORMATIVA
Fase III
ORGANIZAR AS SEQUÊNCIASPEDAGÓGICAS
Fase IV
REALIZAR RECURSOSTÉCNICO -PEDAGÓGICOSE PREPARAR EQUIPAMENTOSDE APOIO
Fase V
AVALIAR A ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
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079
Processo 2: Construir objectivos de aprendizagem
válidos (adequados a públicos e a contextos bem determinados)
Colecção Metodologias
Algu mas no tas .. .
Pretende-se, ao longo deste processo, traduzir as competências pré-identi ficadas em objectivos específicos de
aprendizagem.Nestesentido,relembramosaquiquedevemostersemprepresenteque:
Partindo de uma perspectiva mais operacional, considera-se aqui uma noção de competência profissional que
remete para um saber agir concreto que implica a mobilização/combinação/transposição de recursos (con-
ju nt o de s ab er es ) nu ma si tu aç ão p ro fi ss io na l es pecí fi ca , com v is ta a um a det er mi na da f in al id ad e (C ar do so , et al.
2003).
Nestesentidoretomandoainformaçãoconstruídanoâmbitodoprocessoanterior:
- conjunto de competências a desenvolver pela via da formação (perspectiva do posto de trabalho e do indi-
ví du o);
-competênciasconsideradascríticasemenoscríticas;
-requisitosdedesempenhoassociadosacadaumadascompetênciasadesenvolver;
- situaçãodedomínio decompetênciasespecíf icaspor parte dosindivíduos / níveisde desempenho departida;
afigu ra-se mais fácil a compreensã o da noção de objectivo de aprendiz agem uma vez o contex to de parti da bem
caracterizadoe/ourelativamentebemconhecido.
Umobjectivodeaprendizageméatraduçãopedagógicadeumacompetência.
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
1.Quala relaçãoentre competênciasa desenvolver e a construçãode objectivosde aprendizagem ?
Partindo exactamente da identif icação do conjunto de competências a desenvolver pela via da formação,
respectivos requisitosde desempenho, bemcomoníveisde prof iciência,tal como seapresentano exemplo que
seguidamente se apresenta, a equipa de concepção consegue reunir a i nformação mínima necessária que lhe
permitedefinir,numafaseposterior,quaisosobjectivosdeaprendizagemaconcretizar:
Competências a desenvolver (input do DNF)
Nota: Implica a identificaçãode um saber agir concreto
Requisitos de desempenho necessários à mobilizaçãoda competências pré-identificadas
Resultado desejado
Ex:
- Verificar as característicase a qualidade das matérias-
primas e dos produtos
semi-preparados;
- Efectuar o armazenamento
dos bens de consumo
e do material e equipamento
recebidos, tendo em conta
os processos de conservação
adequados;
Ex:
- Recorrer a documentos de referência nesta matéria;
- Utilizar os utensílios / materiais adequados;
- Recorrer às orientações do manual de qualidade da empresa;
- Utilizar o sistema informático de apoio à gestão dos produtos
armazenados;
- Utilizar os materiais adequados no processo de armazenamento
dos bens de consumo e outros materiais;
Garantir que os alimentos
são armazenados
e consumidosem condições adequadas,
ou seja dentro
dos respectivos prazos
para consumo.
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Colecção Metodologias
Comportamento observávelCondições que suportam a execução
do comportamento desejado
Critérios de êxito que permitem verificar se o comportamento
é ou não aceitável
No final do módulo/sessão formativa
o formando deverá ser capaz de:
- Aplicar várias técnicas
de acondicionamento e armazenamento
de produtos alimentares;
- recorrendo aos utensílios/materiais
adequados,
- cumprindo 100% dos critérios
de qualidade da checklist a aplicar;
Ex: Se as competências a desenvolver forem:
- Verificar as características e a qualidade das matérias-primas e dos produtos semi-preparados;
- Efectuar o armazenamento dos bens de consumo e do material e equipamento recebidos, tendo em conta os processos de
conservação adequados;
Alguns dos objectivos de aprendizagem poderiam ser os seguintes:
Construção de objectivos de aprendizagem
- Aplicar técnicas para verificação
do estado de conservação de produtos
alimentares;
- recorrendo a uma checklist
com critérios de avaliação pré-definidos,
- apresentando no final um relatório
com a situação observada.
- Aplicar as regras de higiene e segurança
alimentar no manuseio dos produtos
alimentares;
- de acordo com as normas previstas
nos respectivos regulamentos;
- cumprindo 100% dos critérios
de qualidade da checklist a aplicar;
- Aplicar técnicas de manutençãode utensílios e equipamentos de cozinha; - recorrendo às instruçõesde manutenção constantes
nos respectivos manuais de utilização;
- demonstrando um claro domínionas instruções previamene consideradas
como críticas;
- Aplicar técnicas de gestão de stocks; - recorrendo a técnicas específicas
informáticas;
-Garantindo a reposição de alimentos
sempre que se verifique ¼ do total
de alimentos previstos para stock.
Como se pode verificar, a construção de um objectivo de aprendizagem remete não apenas para um deter-
m in ad o n o f in al d a f or ma çã o, m as t am bé m p ar a u m . U ma ú lt ima q ue st ão s er á s emp re a
seguinte: “como sabemos se f icou ou não bem feito?”- critério de êxito, que permite sinalizar o grau de
cumprimentodoobjectivodeaprendizagem.
saber fazer como fazer
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2. Porque definir objectivos de aprendizagem?
A im port ân ci a da cl ar a de fi ni çã o do s ob ject iv os d e um a ac çã o de f or ma çã o ju st if ic a- se , em gr an de m edid a, p el as
seguintesrazões:
, constituindo a primeira etapa daquil o a que designamos por concepção da
form aç ão . La ws on (199 8: 66 ) es ta be le ce um a an al og ia ba st an te es cl ar ec edor a en tr e a co nc ep çã o da fo rm aç ão e
oplaneamentodeumaviagem.
Para além de permitir esclarecer e apoiar os vários actores intervenientes numa acção formativa, ao nível doprocesso de construção, condução e avaliação das acções de formação (Avaliação Glossário, Inofor, 2003),
permiteaindaassegurarumacorrespondênciafundamentalentreaquiloquesãoasnecessidadesdaempresaem
te rm os de co mpet ên ci as a de se nv ol ve r po r pa rt e do s se us co la bo ra do re s e as ap re nd iz ag en s qu e a ac çã o
form at iv a vi sa de se nv ol ve r.
Facilita, igualmente, a a desenvolver, na medida em
queexige,à partida, a clara identif icaçãodos resultadosa alcançar coma intervençãoformativa.
Umobjectivodeaprendizagemdeve,pois,assumirtrêsfunçõesfundamentais:
- fornecerao formador e formando orientações paraa acção;
- fornecerao formador oselementosparaesteescolher osconteúdos, a progressãoe astécnicaspedagógicas;- indicaros critériosde avaliação dascapacidadesdo formando;
A au sê nc ia de ob ject iv os de ap re nd iz ag em ou a su a de fi ci en te de fi ni çã o, pode rá as si m pr ov oc ar ev en tu al
desnorte não só do responsável pela monitorização da execução da intervenção, mas também dos restantes
intervenientes.
Sustenta a estruturação da acção
definição da estratégia avaliativa do processo formativo
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082
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Primeiro decide-separa onde sequer ir (objectivos),depois define-secomo sevai, qual o
te mp o ne cess ár io e qu ai s os me io s de tr an sp or te (m ét od os e té cn ic as ).
Considera-se, assim, que um objectivo de aprendizagem bem definido é “meia-
formação”preparada!
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Colecção Metodologias
3.Quaisos“erros”maisfrequentesnadefiniçãodeobjectivosdeaprendizagem?
4.Queníveis deobjectivosdeaprendizagempodemserconsiderados?
Um doserros maiscorrentesneste exercício consiste um considerarcomo objectivosaquiloque vai serfeito ou
quevai serditonas sessões deformação, resultandonumenunciadode temase actividades.
De facto, não é este o espaç o para descrever o que fará o formador ou, num sentido gera l, a acção de formação,
nosentido depromovera aprendizagem.Nestecaso,teríamosuma focalizaçãono processoe nasactividadesdo
fo rmad or.
Os objectivos deverão, pelo contrário, centrar-se nos resultados a alcançar, focalizando-se assim a abordagem
noformando.Por essa razão umobjectivoé escritona perspectiva doformandoe nãodo formador, e exprime-se
sempreporumverboenãoporumsubstantivo.
Os objectivos podem-se situar a diferentes níveis. Esses níveis diferenciam-se consoante estamos a falar de
objectivosdo curso,objectivos deum módulo,objectivosde umasessãoou, ainda, objectivosde umaactividade
pedagógicaespecíf ica.
Esse exercício revela-se importante não só por permitir uma correspondência e coerência entre os diferentes
níveis,comotambém para fazerum acompanhamentoe avaliaçãodos módulose dassessões.
Nível1
Objectivosdocurso
Osobjectivosdocursodeformaçãodecorrem,regrageral,daagregaçãodasváriaspartes
oudomíniosdeintervençãopreconizados.
Nível2
Objectivosdomódulo
Este segundo nível está especificamente focalizado nos conteúdos de determinado
módulo, e decorre, regra geral, da agregação de objectivos específicos de aprendiza-
gem.
Desenvolvem-seperíodosdetempobemdeterminados.
Nível3
Objectivosdasessão
Trata-seaquidetrabalharváriascompetênciasnormalmenteassociadasentresi.
Os objectivos de uma sessão são ainda mais específicos que os anteriores tendo por
referênciaunidadesdetempobastantecurtas,comoporexemplo:1-2 horasdesessão.
Oscomportamentosenunciadossãonormalmenteobserváveisedefácilmen-suração.
Nível 4
Objectivos de uma
actividade pedagógica
Osobjectivosdeumaactividadefocalizammomentos/temposmuitocurtosetraduzemos
saberes necessários ao desempenho de uma actividade específica e concreta. Focalizam-
se normalmente nas condições necessárias ao cumprimentos dos comportamentos a
observar.
Como se pode verificar, à medida que se vai progredindo nos níveis, os objectivos tornam-se cada vez mais
específicos. Podemos afirmar que os objectivos de formação (nível 1) são, regra geral, da responsa bilidade do
serviço de formação, sendo os restantes normalmente formulados pelo formador ou f iguras equivalentes
(animador,tutor,orientadoretc.).
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
3
2
1
Concretizando...
5.Em queconsistea construçãode umobjectivodeaprendizagem?
Nesta parte do guia procura-se evidenciar, através de exemplos concretos, a passagem da noção de
competência para a noção de objectivo de aprendizagem, apresentando, paralelamente, um conjunto de
instrumentosdesuporteatodooprocessoqueseguidamentesedescreve.
Um dos autores que mais contribuiu para a clareza na identificação de objectivos de a prendizagem foi R. Mager
(1997), ao defender que estes deverão ser formula dos em termos de comportamentos (demonstração de um
saber agir concreto), obedecendo ao .“princípiodotriploC”
Um objectivo de aprendizagem contempla três componentes: o comportamento, a
condiç ão em que a mesma perf orma nce deverá ocorr er, e o critério de êxito, a parti r do
qualocomportamentoémedido/avaliado(Mager).
Princípio do triplo C
Umobjectivodevepreci-
s a r u m / c o m p e t ê n c i a
observável
C o m p o r t a -m e n t o
Um objectivo deve enumerar as e
as características do contexto de desempe-nho críticas à emergência desse comporta-
mento/competência
Condições Um objectivo deve precisar o (s)
(s), isto é, sejaca-paz de determinar de forma
inequívoca quando o comporta-
mento/ competência é aceitável
ounão
Critério de êxito
Comportamento
comportamento
Preferencialmente, um objectivo deverá descrever uma acção/actividade observável. Por essa razão, o
deverá ser descrito com um verbo de acção. Verbos como compreender ou saber, por
exemplo, não são adequados, pois para além de serem de dif ícil mensuração, são vagos e podem induzir a
interpretações subjectivas. O uso de um verbo de acção no início da descrição de um objectivo dá um carácter concretoaomesmo.
Cada objectivo deverá conter apenas uma acção concreta. Duas acções, ainda que
relacionadas,implicamdoisobjectivos.
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Colecção Metodologias
Exemplodeumobjectivobemdefinido
Exemplodeumobjectivomaldefinido
Demonstrarcomoprocessarumtextoinformaticamente.
Como se pode verif icar, o exemplo correctamente formulado, refere, com clareza a acção a realizar, as
condições de suporte para respectiva concretização, assim como o critério de êxito a observar. O segundoexemplo traduz, apenas, e de forma muito vaga, aqui lo que o formador irá fazer. Com esta última informação,
queroformandoqueroformadordif icilmenteentenderãoclaramenteoquedelesseespera.
Nofinaldaacçãodeformaçãooformandodeverásercapazde:
a)processarinformaticamenteumtexto(Acçãodesejada/traduzidanumcomportamentoobservável)
b)usandooprogramaMicrosoftWord,aoníveldasváriasfuncionalidadesdisponibilizadas,(Condição)
c)nosprazospré-estabelecidos (Critériodeêxito)
Um objectivo correctamente definido permite a ambo s identificar o percurso que se irá
realizarecompreenderosentidodomesmo,estabelecendoexpectativasmútuas,ponto
de partida para a relação pedagó gica. Os objecti vos deverão ser, pois, conce bidos com a
mesma transparência e com o mesmo carácter exaustivo de um qualquer (outro)
contratodecompraevenda.
Uma das taxonomias mais utilizadas na construçã o dos objectivos de aprendizagem é a designada taxonomia de
Bloom (1956). Ancorado nas próprias experiências de formação, esteautor propõeo recurso a um conjunto de
ve rb os qu e re mete m pa ra a re al iz aç ão de ac çõ es co nc re ta s, su sc ep tí ve is de se re m ob se rv ad as . Se gu nd o es te
autor, esta forma de construir o objectivo de aprendizagem permite estabelecer, de uma forma mais rigorosa, a
fo rm a de av al ia r o me sm o.
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Verbos adequados (exemplos)
Atitudes, valores, emoções sentimentos Decidir
Analisar
Aceder
Criticar
Escolher
Seleccionar
Avaliar
Adequar
Aconselhar
Mediar
Rejeitar
Obedecer
Aderir
Tipo de Aprendizagem
Comportamento, actividade motora, manipulação Fazer
Construir
Copiar
Desenvolver
Operar
Manipular
Falar
Provar
Processar
Preparar
Escrever
Contar
Desenhar
Reparar
Transportar
Observar
Usar
Montar
Ajustar
Introduzir
Conhecimento, pensamento Comparar
Identificar
Nomear
Reconhecer
Relatar
Reproduzir Definir
Diferenciar
Enumerar
Relatar
Listar
Citar
Associar
Classificar Descrever
Explicar
Verbos não Adequados Pensar
Compreender
Saber
Acreditar
Ser
Estar
Valorizar
Aprender
Crer
Possuir
Ter
Julgar
Conhecer
Idealizar
Ver bo s a util iz ar na desc ri çã o de um ob je ct iv o de ap re nd iz ag em
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Colecção Metodologias
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Condição
condiçãoR el at iv am en te à co mp on en te “ ” ta mb ém es ta de ve rá se r p re ci sa , o u s ej a, de ve rá tr ad uz ir as
circunstânciasassociadasàperformanceesperada,nomeadamente:
-tipodetecnologias;
-materiais/equipamentosautilizar;
- procedimentos, normas necessários ao desenvolvimento de uma actividade, ou associadas ao contexto em
queamesmaocorrerá;
-condiçõesambientais;
-exigênciasfísicasoupsicológicas;
(...)
Estainformaçãopermite:
aferir em que medida a acção desejada é, de facto, realista. Quando se fica apenas pela descrição do
comportamento a alcançar, corre-se o r isco de se procurar avaliar, posteriormente, a ef icácia do
desempenho sem considerar se, à partida, estavam de facto reunidos os meios/condições necessários de
suporteàrealizaçãododesempenhoemquestão;
determinarcomovaioudeveserexecutadaaacçãodesejada.Remeteoconceptorparaum“olhar”sobre
o(s)contexto(s)dedesempenhodepartida.
identificar, com rigor, as normas, sta ndards, procedimentos, materiais, equipamentos (...), inerentes a
cada desempenho desejado. Esta informação assume uma importância fundamental na construção dos
conteúdosformativosdeumaacçãodeformação.
Esta informação, é regra geral, explorada aquando da construção dos recursos pedagógicos a utilizar na
fo rm aç ão a dese nv ol ve r. Por exem pl o, po derá se r um a im po rt an te font e de in fo rm aç ão pa ra a el ab or aç ão de
exercícios,ajudasaotrabalho,eeventualmente,instrumentosavaliativos.
A eq ui pa d e co nc epçã o po de rá a in da qu er er q ue st io na r ac er ca d a impor tâ nc ia cr ít ic a de dete rmin ad a co nd iç ão
associada a determinado desempenho. Estainformação pode, posteriormente, determinara definição da carga
horáriaaatribuiradeterminadoconteúdoformativo.
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Critériodeêxito
critério de êxitoPor último, mas não menos importante, a def in ição de um mediante o qual será possível a ferir
documprimentoouincumprimentodoobjectivopré-estabelecido.
A co mp on en te as so ciad o a ca da ob je ct iv o de fi ne a fo rm a co mo se
“mede” o comportamento esperado. Es te traduz-se num elemento fundamental para a
avaliação. A descrição do critério de êxito deverá também ser o mais objectiva poss ível,
recorrendoaousodepalavrassimples.
critério de êxito
São vários os possíveis critérios de medida da performance, como a velocidade, o grau de qualidade,
complexidade, a unidade temporal, a quantidade, ...dependendo das actividades e do contexto em questão.
Também o graudeprecisão dosmesmo varia emfunçãodaquiloque seespera.
Por exemplo, não será muito comum, num curso que vise desenvolver capacida des ao nível do processamento
detexto,imporaapresentaçãodeumnúmerodeterminadodepalavrasporminuto.Noentanto,casofosseesse
o interesse dos responsáveis pela reali zação da formação, ter-se-ia que pré-definir o que se iria entender por
uma velocidade aceitável. Decorre daqui uma questão fundamental no estabelecimento dos critérios de êxito a
aplicaremdeterminadasituação:
A to ta l co mp re en sã o e acei ta çã o de um cr it ér io de êxit o re su lt a da ca pa ci da de de ne-
go ci aç ão e le gi ti mi da de de qu em o im põ e.
Exemplosde critériosde êxitoa uti lizarna descriçãode umobjectivodeaprendizagem
* grau de qualidade
* unidade temporal
* conformidade face a normas, standards
pré-estabelecidos
Etc.
Tipos de Critérios/ indicadores
de performance
(...) 80 palavras por minuto
(...) em 5 minutos
(...) 6 inquéritos por hora
(...) sem errar
(...) usando os procedimentos indicados
(...) segundo a legislação em vigor
(...) de acordo com as normas da
empresa(...) usando o equipamento de segurança
pré-estabelecido
(...)
(...) fazer bem
(...) com rapidez
(...) em pouco tempo
(...) bastantes inquéritos por hora
(...) com qualidade
(...) de forma eficiente
(...) como habitual
(...) normalmente(...) com segurança
(...) à vontade na sua realização
Definição adequada
(exemplos)Definição menos adequada
(exemplos)
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Colecção Metodologias
Os comportamentos, as condições e os critérios presentes no objectivo deverão traduzir a realidade profis-
siona l, ou seja, deverão, sempre que possív el, ter correspon dência com os que se aplicam e são requeridos nos
contextosreaisdetrabalho.
Dedica-se a inda u ma ú ltima n ota à distinção, n em s empre fácil, e ntre a noção d e e . N a
prática,umacondiçãopodeser,emdeterminadassituações,entendidacomocritériodeêxito.
Um exemplo ilustrativodestasituação ocorrecom frequênciaem contextosformativosque visem a apropriação
de determinada norma e a sua aplicação na integra , num determinado contexto de desempenho. Neste caso, o
critériodeêxitoseriaocumprimentodanormanostermosdoreferencialpré-concebido.
Exemplif iquemosestesníveiscomumhipotéticocursodecozinha:
condição critério de êxito
Nivel1-Objectivodocurso:
No final do curso o formando será capaz de confeccionar várias iguarias (como entradas, sopas, pratos de
carne, de marisco e de legumes, aves, legumes, frutas, sobremesas e/ou outros alimentos) para um número
alargado de pessoas, respeitando os receituários, as ementas programadas e /ou planos dietéticos pré-
estabelecidoe executandoastarefasnostempospré-definidos.
Nível2 - Objectivode umdos módulos:
Nofinaldo móduloo formandoserácapazde confeccionar6 refeições,paraum grupo de20 pessoas,
usando como ingrediente principal a carne, garantindo no f inal a qualidade de confecção e
apresentaçãodeacordocomosstandardspré-estabelecidos;
Nível 3 - Objectivode umadas sessões:
No final da sessão o formando será capaz de confeccionar uma canja de galinha para vinte
pessoas, respeitando o receituário pré-definido, bem como as normas de qualidade e
higieneprevistas,não levandomaisdo que30 minutosa preparara refeição;
Nível4-Objectivodeuma dasactividades pedagógicas:
Nofinaldaactividadeoformandoserácapazdeaplicarastécnicasparadesossar
uma galinha, recorrendo às instruções pré-definidas e sem ultrapassar os 10
minutosprevistos;
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
A tr ad uç ão pe da gó gi ca de um conj un to de co mp et ên ci as pa ra ob ject iv os de ap re nd iz ag em ef ec tu a- se , em re gr a,
com base na prévia identif icação de competências com elevado e/ médio valor crítico, considerando as
exigênciasda(s)função(ões)emanálise.
Este enfoque nas competências críticas contribuirá para que a construção de toda a proposta formativa gi re em
to rn o de qu es tõ es ef ecti va me nt e ce nt ra is , co nt ri bu in do ai nd a pa ra o al in ha ment o de to do s os in te rv en ie nt es na
execuçãodapropostaformativaproposta.
Seconsiderarmosumdosobjectivosacimadescritospodemosdestacar,comclareza,aaplicaçaodoprincípiodo
tr ip lo C.
No final do curso o formando será capaz de (como entradas, sopas, partos de carne,
de marisco e de legumes, aves, legumes, frutas, sobremesas e/ou outros alimentos) para um número alargado
de pessoas,;
confeccionarvárias iguarias
respeitando os receituários, as ementas progra madas e /ou planos dietéticos pré-estabelecidos eexecutandoastarefasnostempospré-definidos
Condição de execução Critério de êxito Comportamento a observar
Note-se queum especialista na matériaem questão, ao exercer as funções de conceptor
em determinado curso, poderá, com relativa facilidade, efectuar a transposição das
competências paraos objectivos de aprendizagem. Tal deverásignificarque a pessoa em
causa conhece bastante bema função em causa, assim comoos respectivos requisitosde
desempenho,e otipodesaberassociadoàexecuçãodedeterminadaactividade.
Uma última nota relativamente à distinção entre objectivos de aprendizagem, associados directamente ao
desenvolvimento de competências específicas, e a definição de outros objectivos igualmente importantes num
projectodeformação,masdestavezassociadosàaplicaçãodosadquiridosnoscontextosreaisdetrabalho.
Estadistinção é tanto maisimportantequantomaiorfor o interessedos váriosactores queintervêmna formação,
noapuramentodeeventuaisimpactosdecorrentesdarealizaçãodaformação.
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Colecção Metodologias
Aq ui fi ca en tã o, nu ma pe rs pe ct iv a m ai s i nt egra da e s is té mi ca , o s v ár io s o bj ecti vo s a ss oc ia do s a um pr oj ec to de
fo rm aç ão :
Objectivodeaprendizagem
Nofinaldaformaçãooformandodeverásercapazde:
Efectuar20mediçõesdiferentescomumnónio,semefectuarquaisquererros;
Objectivos a alcançar, no contexto real de trabalho, com a aplicação dos saberes adquiridos
/d es en vo lv id os (a ss oc ia do s a me ta s de de se mp en ho in di vi du al es pe cí fi ca s)
Comoresultadodaaplicaçãodesaberesadquiridos/desenvolvidos:
O indivíduo no contexto real de trabal ho deve ser capaz de efectuar, de forma sistemática e recorrendo aos
instrumentos adequados , o controlo das peças fabricadas de acordo com os standards de qualidade pré-
estabelecidos.
Objectivosdedesempenhoorganizacional
Comoresultadodacélulaprodutiva:
Deveráverificar-se,passadosseismeses,uma reduçãoem 50%de peçasrejeitadas pelo sectorde controlo de
qualidade.
Destaque-se que nem sempre existe uma distinção efectiva dos dois primeiros tipos de objectivos (de
aprendizagem e aplicação). Esta distinção será tanto maior quanto mais afastado o indivíduo estiver do
respectivo posto de trabalho. Compreende-se, pois, que possa haver uma real convergência entre estes doi s
ti po s de ob je ct iv os , po r exem pl o, qu an do fa la mo s de de form aç ão no cont ex to de tr ab al ho , be m co mo da
aplicaçãodametodologiadeformaçãoacção.
Neste dois últimos casos, o resultado da formação poderá coincidir com os resultados a alcançar numa situa çãorealdetrabalho.
A pe rcep çã o de st a re al id ad e po de aj ud ar, em gr an de medi da , à de fi ni çã o da es tr at ég ia de av al ia çã o a ap li ca r, be m
como à escolha dotipode técnica e instrumento avaliativoa aplicar.
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Instrumentosde apoio ao processo
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Ter presente as competências
consideradas de elevado
e médio valor crítico
MODELO ADORA - FASE I Analisar os contextos de partida
PROCESSO 2 - Construir objectivos de aprendizagem válidos, adequados a públicos e a contextos
determinados
Efectuar a “tradução pedagógica”das competências em objectivos
de aprendizagem
Identificados
os comportamentos
a alcançar?
Analisar a informação relativa às exigências
da função em análise
Rever standards / níveis de desempenho
desejados, estabelecidos na fase
de diag. de competências
Identificadas
as condições de execução
do comportamento?
Rever princípio do triplo “C”.Não
Não
Sim
Sim
Rever princípio do triplo “C”.
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Aplicar a grelha de verificação
de objectivos de aprendizagem
Foram cumpridos
os aspectos centrais?
Não
Não
Identificados
os vários critérios de êxito
para cada objectivo?
Sim
Rever princípio do triplo “C”.
Rever princípio do triplo “C”.
Sim
Fica concluída a fase da construção
de objectivos de aprendizagem
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Verificadores
Grelhadeverificaçãodaqualidadedosobjectivosdeaprendizagem
A fi na li da de pr in ci pa l de st a gr el ha de ve ri fi cado re s co ns iste na im pl em en tação de um su b-
processo de verificação e eventual melhoria da qualidade dos objectivos de aprendizagem
anteriormente definidos e, por outro lado, a sinalização de elementos importantes para o
detalhe posteri or da própria propos ta formativa. Esta meta pode ser atingida se os conceptor es
explorarem os verificadores como uma verdadeira checklist de questões a utilizar para se
conseguirumafi ltragemevalidaçãodosobjectivos
O b j e
c t i v o s
Obj 1
Obj 2Obj 3
Obj 4
Obj 5
(...)
O objectivo
está redigido
sob que ponto
de vista?
(do participante
ou do formador?)
A estrutura
do triplo C
(comportamento,
condição
e critério)
está presente
e definida
com clareza
no objectivo?
As capacidades
implícitas
no objectivo
são idênticas
às sinalizadas
nas competências
que lhes deram
origem?
Foram definidas
formas
para verificação
e mecanismos
de controlo
do grau
de cumprimento
dos objectivos?
Qual a amplitude
do objectivo
de aprendizagem
em análise?
(objectivo
referente a curso,
módulo
ou sessão?)
São dadas
indicações
que permitem
avaliar cada
um dos objectivos
em questão?
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Fase II
Desenhar a proposta formativa
DESENHAR
Contexto Organizacional
Contexto
Cultural
Contexto Social
Contexto
Humano
REALIZAR ORGANIZAR
AVALIAR
ANALISAR
Modelo ADORA
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Fase IIDesenhar a proposta formativa
DESENHAR
Nofinaldestafaseaequipadeconcepçãodeverásercapazde:
(1) identificar as formas mais comuns de agregação e sequenciaçã o de objectivos de aprendizage m, de acordo com asmetodologiaspropostasetendoemvistaoestabelecimentodeit ineráriosdeaprendizagemajustados;
(2) decidir sobre as formas de organizar a formação mais adequadas face à natureza dos objectivos em presença,
respeitandoasexigênciasdosobjectivoseasespecif icidadesdaspopulações-alvoeascondicionantesdoscontextosdeaprendizagem;
(3) identificar os vários factores a considerar na construção de uma estratégia pedagógica, de acordo com as reco-mendaçõesmetodológicassugeridas, deforma a obter-seuma propostaformativa comqualidade pedagógica;
(4)construirumaestratégiapedagógicanaqualsepossaidentif icar:-apropostadeagregaçãodeobjectivos;-otipodemóduloadesenvolver;-osmomentosdeavaliaçãodiagnósticaesumativa(casoconsiderados);-asequênciaaoníveldodesenvolvimentodasváriasformasdeorganizaraformação
(casoseidentif iquemaisqueuma).
Processos da Fase II Questões orientadorasInstrumentos
propostos para a Fase IIProcesso1
Agregar ob ject ivosde aprendizagempor domínios do saber e formas de organizar a formação
-Fluxogramadoprocesso
-Matrizdeapoioàestruturaçãode itineráriosformativos
Processo2
Desenhar itineráriosde aprendizagem,modularizáveise ajustados a públicose contextosdeterminados
-Comoconstruirmódulosdeformação?
- Que lógicas possíveis na agregação e sequenciaçãodeobjectivosdeaprendizagem?
-Fluxogramadoprocesso
Objectivo
-Qualanaturezadosobjectivosdeaprendizagememquestão?
- Que formas de organizar a formação podem ser uti-lizadas?
- Que aspectos determinam, regr a geral, a opção por estaouaquelaformadeorganizaraformação?
- Que formas de organizar a formação conside rar napropostaformativa?
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Processo 1Agregar objectivos de aprendizagem
por domínios do saber e formas de organizar a formação
Analisar competências
referenciadas
a contextos
de desempenho
Agregar objectivosde aprendizagempor domínios do saber
e formas de organizar a formação
Estabelecer sequências
de conteúdos
e respectivos saberes
a adquirir/desenvolver
Conceber, validar
e produzir recursos
técnico-pedagógicos
(formataçãopedagógica)
Definir a estratégia
avaliativa
Construir objectivos
de aprendizagem
válidos (adequados
a públicos e a contextos
bem determinados)
Desenhar itinerários
de aprendizagem,
modularizáveis
e ajustados a públicos
e contextos
determinados
Seleccionar estratégias
de aprendizagem
adequadas
aos formandos
e aos contextos
Estruturar, validar
e produzir guiões
pedagógicos
(apoio ao formador)
Produzir e validar
ajudas ao trabalho
adequadas aos públicos
e contextos de trabalho
Fase I
ANALISAR OS CONTEXTOSDE PARTIDA
Fase III
ORGANIZAR AS SEQUÊNCIASPEDAGÓGICAS
Fase IV
REALIZAR RECURSOSTÉCNICO -PEDAGÓGICOSE PREPARAR EQUIPAMENTOSDE APOIO
Fase V
AVALIAR A ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
Fase II
DESENHAR A PROPOSTA FORMATIVA
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Processo 1: Agregar objectivos de aprendizagem
por domínios do saber e formas de organizar a formação
Colecção Metodologias
Vejamos p rimeiro al guns concei tos. ..
1. Qual a natureza dos objectivos de aprendizagem em questão?
A execução dos exercícios propostos nos processos an teriores resu lt a na construção de um conjun to de
objecti vos que podem ou não vir já associados entre si. A reflexão que de seguida se propõe remet e a equipa deconcepçãoparaaescolhadalógicadeagregaçãodeobjectivosauti l izar,porformaaobterasoluçãoquemelhor favoreça o processo de aprend izagem a desenvolver numa fase poster io r.
Sugere-se, assim, que a reflexão se desenvolva em torno de uma das questões sensíveis em matéria deobjectivos de aprendizagem: a natureza dos objectivos a desenvolver. De facto, estes, na respectiva redacção,podem integrar vários domínios do saber: domíni o cognitivo (saber), domínio afectivo (saber ser) e domíniopsicomotor(saberfazer).
Cada um destes domínios do saber remete, consequentemente, o ut ilizador para competências de naturez adistinta.
Quando nos referimos a objectivos do estamos centrados no planodos processos intelectuais, da aquisição de conhecimento e de informação, da com-
preensão, análisee resolução deproblemas.Estamos no plano cognitivo quando falamos
emactividadescomoidentificar,classificar,explicaretc.
domínio cognitivo
Os obj ectivo s do est ão relacion ado s co m a titu des pess oa is, valo res ,
emoções e sentimentos. Enquadram-se neste domínio as competências sociais e rela
cionais, associadas à relação com o ou tro e com o contexto. Este tipo de competências
te m vi nd o a me re cer um re co nh ec im en to cr es cent e no me rc ad o de tr ab al ho . En qu a
dram-se neste domínio, a capacidade de interio rizar valores e convicções, decidir, cri
ti ca r, re sp on de r, av al ia r ou me di ar.
domínio afectivo
-
-
-
Finalmente o prende-se com processos sensorio-motores, com
competências associadas a actividades motoras. A aprendizagem faz-se por modela
ge m/ tr ei no /r ep et iç ão e te m co mo ob je ct iv o fi na l cr ia r au to ma ti sm os . Acti vi da de s co mo
construir,fazer,manipular,porexemplo,inscrevem-senestedomínio.
domínio psicomotor
-
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Desta que-se aqui o facto de na execução de uma determ inada acti vidade serem mobilizados os vário s tipos desaber. Do ponto de vista da concepção da formação importa dist ingu ir a predominânci a dos difere ntes tipos desaber, já que esta informação poderá determinar a escolha de eventuais formas de organizar a formação,estratégiaspedagógicas,bemcomométodosetécnicasdeavaliaçãoaaplicar.
As figuras qu e se seguem v is am i lust ra r, em cer ta medida, esta rea lidade:
Fig.1: Uma acção concreta que exigeuma mobilização equilibrada dos três tipos de saberes.
Fig.2: Uma acção que exige uma maior mobilização de saberes de naturezapsico-motora (saber fazer).
Fig.3: Uma acção que exige uma maior mobilização de saberes de naturezasócio-afectiva (saber ser/estar).
Fig.4: Uma acção que exige uma maior mobilização de saberes de naturezacognitiva (saber saber).
Saber ser
Saber
Saber fazer Saber ser
Saber
Saber fazer
Saber ser Saber fazer Saber ser Saber fazer
Uma acção de formação tenderá, assim, a desenvolver nos indivíduos mais este ou
aquele tipo de saber, consoante as exigências das actividades em questão. Esta
informação assume uma importância central aquando da definição das estratégias
pedagógicas a implementar, bem como na forma como se avalia posteriormente os
comportamentoseosresultadosfinais.
Saber Saber
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Colecção Metodologias
2. Que formas de organizar a formação podem ser utilizadas?
3. Que aspectos determinam, regra geral, a opção por esta ou aquela forma de organizar a fo rmação?
As f ormas de organizar a formação ma is comuns são as se gu in tes:
- Formação em ambiente presencial;- Formação a distância;- Formação em contexto de trabalho;- Auto formação;
A opção por e sta ou aque la forma de organizar a formação resu lt a, regra gera l, de uma apreciaç ão de vários factores , ta is como:
A naturezadas competênciasa desenvolver / adquirir
Sugere-se aqui que a equipa de concepção não perca de vista a natureza dascompetências traduzidas nos objectivos de aprendizagem previamente estabe-lecidos. O apelo à aquisição/desenvolvimento de competências de natureza psi-co-motora pode vir a determ inar a opção por esta ou aquela forma de organi zar a
formação , como por exemplo a opção pela prá ti ca simulada em am biente pre-sencial.
As caracter ís ti casparticulares do públicodestinatário da formação
A vantagem de se fazer uma caracter ização da população está as sociada ao facto dese conhecer melhoros potenciaisformandos, em termosde aspectos biográficos,escolares e/ou profissionais, assim como respectivos estilos de aprendizagem,
aspectos que determinam, em grande medida, a opção por esta ou aquela formadeorganizaraformação.
Estetipo de informaçãoassumeum papel fundamental aquandoda caracterizaçãodoperf il deentrada doparticipantena formação.
Do perfil de entrada destaca-se a aferição do nível de autonomia, capacidade dedesempenhodo partic ipante,na medidaem queirá inf luenciaras decisões docon-ceptornoquedizrespeitoa:
-Definiçãodoitineráriopedagógicoadesenvolver;-Naturezaeprofundidadedosconteúdosadesenvolver;
-Estratégiaspedagógicasaaplicar;-Estratégiasdeavaliaçãoaaplicar;
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Exemplo de eventuais informações a recolher sobre os formandos:10
>
>
>
>
>
>
>
>
>
Idades
(chefia intermédia, chefia de topo...)
(civil, militar, religioso, liberal, industrial, serviços)
SexoEstado civilTipo de habilitações/qualificaçõesTipo e dimensão da empresa em que se insereRespectivo sector de actividadeFunções exercidas na empresaTipo de responsabilidade
Tipo de ambiente profissional
>
>
>
>
>
>
Experiências profissionais mais significativasTipo de conhecimentos prévios relacionados
com a formaçãoTipo de motivação/expectativas associadas à
formaçãoTipo de clima organizacional de origemEstilos de aprendizagem mais apreciados(...)
Os recursos disponíveis a afectar à formação A opção por esta ou aquela forma de organizar a for-mação pode ainda ser condicionada pela disponibi-lidade de recursos disponíveis a afectar ao projecto
format ivo. Por exemplo, a capacidade in stal ada daestrutura formadora pode determinar se a opção se
fi ca apenas pe la execução da formação em am bientepresencialounão.
A eq ui pa de co nc ep çã o pr oc ur a, as si m, de fi ni r qu al a fo rm at aç ão peda gó gi ca ma is
ajustada aos públicos em presença. Questiona-se, neste momento, se será possível
combinar estratégias que sirvam os vários interesses em presença: participantes,
formadores, coordenadores de projectos de aprendizagem, gestores e chefias,
responsáveis pela qual idade e regulação das soluções formativas e entidades
financiadoras.
A equipa de concepção procura, por ex emplo, afer ir em que me dida se to rna possí ve l prever e programar de forma combinada momentos de formaç ão presencial , de formação em contexto de trabalho, de e- learning .. .
10 Denotarque,estainformação,oupartedestainformação,podeserapreendidaantesdaacçãodeformação,porexemploatravésdequestionáriosindividuais,ounocomeçoda
acçãonumaconversacomosformandos.
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Colecção Metodologias
Vejamo s na prát ica. ..
Na sequência da leitura dos textos anteriores, propõe-se agora a rea lização de um exercício que irá permitir veri fi car qual a forma de organizar a formação mais adequada face às competências que se pretende que osindivíduosvenhamaadquirir/desenvolver.
A anál ise de um conjunto de prob lemas veri fi cados numa das empresas do sector da restauração permiteconcluir que urge desenvolver as competências de um conjunto de indivíduos, recentemente contratados pela
empresa.O perf i lprof issionalem causa erao deempregado demesa. Após terem sido identi fi cadas as competências a mobi li za r na real izaç ão da função em causa, foram aindaidentif icadosdoistiposderesultadosaobservarapósarealizaçãodaformação:
Comportamentosaobservaraquandodaexecuçãodafunção:
O(a)empregado(a)demesa:
* Executa o respectivotrabalhoemclaraarticulação comos restantescolegas deserviço;
* Emite e faz chegar a facturajunto docliente semultrapassaro limitemáximode5 minutosde espera;* Resolve os problemas que surgem aquando do contacto com os cliente ou chama o respectivo responsávelpararespectivaresolução;*Identif ica, de forma rigorosa, as dúvidas do cl iente e presta, em tempo oportuno os respectivosesclarecimentos,porformaaesclarecertotalmenteoclienteemcausa;* Aplica, aquando do lançamento de novos produtos, estratégias de atendimento e de incentivo ao consumoadequadasao tipodeconsumidor empresença, porforma a aumentar o volumede vendasnessesprodutos;* É afáve l no trato com o respect ivo cliente , durante a prestação dos vários serviços, garanti ndo a sati sfação domesmo;* Efectua umaconversaçãobásicana línguainglesa e francesa;
Consideremososeguinteexemplo:
-individuais:
3
2
1
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
-organizacionais;
Comoresultadosaalcançarforamidentif icadososseguintes:
* Reduzira 0%as reclamações (períodode referência 3 mesesapósa formação);*Aumentarasvendasdasnovidadesdacasaem10%,numperíodode3meses;* Confirmar através da abordagem cliente-mistério que os problemas inic iais foram completamenteultrapassados;
Competências consideradas críticas na realização da função em análise
(observação: note-se o facto das competências terem sido redigidas por forma a evidenciar com clareza o comportamento a observar)
Apresentar e interpretar receituários e cartas de vinhos para apoiar os clientes nas respectivas escolhas;
Esclarecer dúvidas que surjam por parte dos clientes em relação à ementa apresentada;
Efectuar o atendimento ao público direccionando os vários tipos de serviços de acordo com os diferentes tipos de clientela;
Fornecer explicações básicas utilizando a língua inglesa, solicitando ajuda sempre que necessário, de modo a suprir a necessidadede informação por parte dos clientes;
Informar o chefe de cozinha da necessidade de repor alguns alimentos em falta (em caso de buffet);
Dar uma resposta ao cliente logo que solicitado para apresentar a respectiva factura;
Agir de modo a criar um ambiente de empatia com os vários clientes; Verificar as condições de utilização e de limpeza do mobiliário, equipamentos, talheres e outros utensílios utilizados no serviço demesa;
Preparar as mesas de acordo com o serviço a prestar, aplicando as orientações pré-estabelecidas;
Agir de forma organizada, durante a execução do respectivo serviço e em clara articulação com os restantes colegas de serviço;
Realizar o respectivo serviço em clara articulação com os restantes colegas de serviço;
Decidir atempadamente no sentido da resolução de eventuais problemas que decorram da interacção com os clientes;
Efectuar a preparação do serviço de mesa;
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Colecção Metodologias
A e quipa de concepção, impl icando os restante s e lementos que part ic iparam na detecção das competências
anteriormentedescritas,propôsparaaformaçãoemcausa,osseguintesobjectivosdeaprendizagem:
Objectivos de aprendizagem(identificação do , desse comportamento e associado -
que deverá indicar se o comportamento é aceitável ou não)comportamento desejado condições de realização critério de êxito
1- Identificar, numa ementa, os diferentes tipos de oferta, identificando com rigor as características das váriasrefeiçõespropostas;
2- Identif icar, numa carta de vinhos, os diferentes tipos de vinhos, sinalizando com rigor as respectivascaracterísticasdistintivas;
3- Aplicaras diferentes técnicasde serviçode vinhos (abertura de garrafas, decantação, acondicionamento...),semefectuarerros;
4 - Aplicar, aquando do atendimento ao pú blico, as regras pré-estabelecidas para a recepção/contacto comclientes,cumprindoasregrasdeatendimentopré-estabelecidas;
5- Sinali zar os vários tipos de dúvidas que podem surgir no contacto com o clien te, recorrendo às “respos taspadrão”paraasmesmas;
6- Definir vários tipos de estratégias de atendimento e de incentivo ao consumo, aquando das práticassimuladas,porformaaalcançarosobjectivospré-estabelecidos;
7- Efectuar uma conversação básica na língua inglesa por forma a fazer-se entender, bem como entender
claramenteamensagemdorespectivoreceptor;8-Efectuarumaumaconversaçãobásicanalínguafrancesaporformaafazer-seentender,bemcomoentender claramenteamensagemdorespectivoreceptor;
9- Aplicar técnicas de diagnóstico para detectar necessidades de reposição de determinados alimentos,concluindooprocessocomaemissãodepedidosdeaquisiçãoe/ouconfecçãodedeterminadosprodutos;
10- Emitir facturas recorrendo a suporte informático, executando a tarefa no espaço de tempo pré-estabelecido;
11- Demonsta r uma atitude assert iva e afável na articul ação com os restante s indiv íduos , de modo a transmiti r asrespectivasmensagenssemcausar“atritos”;
12-Executar actividades em estreita articulaçãocom outros indivíduos queconcorrem para a concretizaçãodeobjectivoscomunsdemodoaalcançarosobjectivospré-definidos;
13-Aplicarváriastécnicasde resoluçãode problemas e respectivas causas,por formaa decidiratempadamenteperantesituaçõesproblemaouinesperadas;
14 - Preparar mesas, dispondo pratos, talheres, copos, guardanapos e outros u tensílios, de acordo com oserviçoaprestar,cumprindoparaoefeitoasregraspré-estabelecidas;
15- Interpretar, sempre que solicitado, informações inerentes à organização e distribuição do trabalho,respeitandoasorientaçõespré-estabelecidas;
Nofinaldaformaçãooformandodeverásercapazde:
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
O passo seguinte remete para uma clara identificação da natureza das competências a desenv olver pela via da formaç ão, bem como da forma de organizar a formação mais adequada ao desenvolvimento pretendido, face aoperfildeentradadoformando.
Esta informa ção terá obvias repercussões na escolh a do tipo de conteú do formativo a desenvolve r aquan do darealizaçãodaformação.
O resultado da reflexão anterior seria a construção de uma matriz que permite, em certa medida, preparar aequipaparaa decisãosobre a construçãodoitineráriopedagógico a aplicarna situaçãoemanálise:
Objectivos com maior focalizaçãonos saberes cognitivos
(SABER)
Objectivos com maior focalizaçãonos saberes psico-motores
(SABER FAZER)
Objectivos com maior focalizaçãonos saberes sócio-afectivos
(SABER SER)
Obj 1 Obj 7 Obj 3 Obj 10 Obj 11
Obj 2 Obj 8 Obj 4 Obj 14 Obj 12
Obj 5 Obj 9 Obj 13
Obj 6 Obj 15
Da análise das competências a desenvolver/adquirir por parte dos participantes na formação resultou umconhecimento mais pormenorizado sobre a natureza das competência s em causa, informação essencial paraumamaiorpreparaçãoeadequaçãodosconteúdosadesenvolvernaformação,respectivascargashorárias,bemcomoestratégiaspedagógicaseavaliativasaaplicar.
Relativamente às formas de organizar a formação, as opções foram as seguintes:
Objectivos com maior focalização
nos saberes cognitivos(SABER)
Objectivos com maior focalização
nos saberes psico motores(SABER FAZER)
Objectivos com maior focalização
nos saberes sócio-afectivos(SABER SER)
Dimensões do Saber
Formas de organizar a formação
Obj 1
Obj 2
Obj 9
Obj 15
Obj 4 Obj 11
Obj 12
Obj 13
Obj 3
Obj 10
Obj 14
Obj 7
Obj 8
Obj 5
Obj 6
Ambiente Presencial(em sala / prática simulada
A distânciae/ou mediada pelas TIC
Contexto realde trabalho (OJT)
Auto-formação
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Objectivos com maior focalização
nos saberes cognitivos(SABER)
Objectivos com maior focalização
nos saberes psico motores(SABER FAZER)
Objectivos com maior focalização nos saberes
sócio-afectivos(SABER SER)
Obj 1 - Identifica r,numa ementa,os diferentes tiposde oferta,caracterizando comrigor as característicasdas várias refeiçõespropostas;
Obj 7 - Efectuar uma conversaçãobásica na língua inglesapor forma a fazer-seentender, bem comoentender claramentea mensagemdo respectivoreceptor;
Obj 3 - Aplicar As d iferentes técn icasde serviço de vinhos(abertura de garrafas,decantação,acondicionamento...),sem efectuar erros.
Obj 10 - Emitir facturasrecorrendo a suporteinformático,executando a tarefa noespaço de tempo pré-estabelecido;
Obj 11 - Demonstar uma atitude assertivae afável na articulaçãocom os restantesindivíduos, de modoa transmitir asrespectivas mensagenssem causar atritos;
Obj 2 - Identifica r,
numa carta de vinhos,os diferentes tiposde vinhos, sinalizandocom rigor as respectivascaracterísticasdistintivas;
Obj 8 - Efectuar uma
conversação básicana língua francesapor forma a fazer-seentender, bem comoentender claramentea mensagem dorespectivo receptor;
Obj 4 - Aplicar,
aquandodo atendimentoao público, as regraspré-estabelecidaspara a recepção/ contacto com clientes,cumprindo as regrasde atendimentopré-estabelecidas;
Obj 14 - Prepara r
mesas, dispondopratos, talheres,copos, guardanapose outros utensílios,de acordocom o serviçoa prestar, cumprindopara o efeito as regraspré-estabelecidas;
Obj 12 - Executar
actividades em estreitaarticulação com outrosindivíduosque concorrempara a concretizaçãode objectivos comunsde modo a alcançar os objectivospré-definidos;
Obj 5 - Sinalizar os vários tiposde dúvidas que podem
surgir no contacto como cliente, recorrendoàs respostas-padrãopara as mesmas;
Obj 9 - Aplicar técnicasde diagnóstico paradetectar necessidades
de reposiçãode determinadosalimentos, concluindoo processo coma emissão de pedidosde aquisiçãoe/ou confecçãode determinadosprodutos;
Obj 13 - Aplicar várias técn icas d e resoluçãode problemas
E respectivas causas,por forma a decidir atempadamenteperante situaçõesproblema ouinesperadas;
Obj 6 - Definir vários tipos de estratégias deatendimento e deincentivo ao consumo,
aquando das práticassimuladas, por forma aalcançar os objectivospré-estabelecidos;
Obj 15 - Interpretar,sempre que solicitado,informações inerentes àorganização edistribuição do trabalho,respeitando asorientações pré-estabelecidas;
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Instrumentosde apoio ao processo
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Ter presente o conjunto
de objectivos de aprendizagem
previamente concebidos
MODELO ADORA - FASE 1I - Desenhar a proposta formativa
PROCESSO 1 - Agregar objectivos de aprendizagem por domínio do saber e formas
de organizar a formação
Verificar a natureza das competências
presentes nos objectivos de aprendizagem
Analisados os tipos
de saberes presentes
nos objectivos?
Considerar as vantagens e limitações
das várias formas de organizar a formação
Escolhidas
as várias formas de organizar
a formação?
Rever diferentes tipos de saberesNão
Não
Sim
Rever quadro com características
das várias formas de organizar
a formação
117
Sim
Identificar quais os objectivos a desenvolver
por forma de organizar a formação
As decisões tomadas
são pacíficas? NãoRever decisões até que as mesmas
reunam o máximo
de consenso possível.
Sim
Concluído o processo de preparação
da sequência de aprendizagem
a adoptar
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MatrizdeApoioàEstruturaçãodePercursoseItinerários
Esta matriz visa apoiar o utilizador na agregação dos objectivo s de aprendizagem a desenvolver.
Visa ainda pr ep arar a elab oraç ão do it iner ár io pe dagó gi co a im plem entar.
Predominância
dos saberes cognitivos
(SABER)
Predominência
dos saberes psico-motores
(SABER FAZER)
Predominância
dos saberes sócio-afectivos
(SABER SER
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Processo 2Desenhar itinerários de aprendizagem, modularizáveis
e ajustados a públicos e contextos determinados
Analisar competências
referenciadas
a contextos
de desempenho
Agregar objectivosde aprendizagempor domínios do saber
e formas de organizar a formação
Estabelecer sequências
de conteúdos
e respectivos saberes
a adquirir/desenvolver
Conceber, validar
e produzir recursos
técnico-pedagógicos
(formataçãopedagógica)
Definir a estratégia
avaliativa
Construir objectivos
de aprendizagem
válidos (adequados
a públicos e a contextos
bem determinados)
Desenhar itinerários
de aprendizagem,
modularizáveis
e ajustados a públicos
e contextos
determinados
Seleccionar estratégias
de aprendizagem
adequadas
aos formandos
e aos contextos
Estruturar, validar
e produzir guiões
pedagógicos
(apoio ao formador)
Produzir e validar
ajudas ao trabalho
adequadas aos públicos
e contextos de trabalho
Fase I
ANALISAR OS CONTEXTOSDE PARTIDA
Fase III
ORGANIZAR AS SEQUÊNCIASPEDAGÓGICAS
Fase IV
REALIZAR RECURSOSTÉCNICO -PEDAGÓGICOSE PREPARAR EQUIPAMENTOSDE APOIO
Fase V
AVALIAR A ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
Fase II
DESENHAR A PROPOSTA FORMATIVA
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Processo 2: Desenhar itinerários de aprendizagem,
modularizáveis e ajustados a públicos e contextos determinados
Colecção Metodologias
Este processo trata da construção de itinerários específicos de aprendizagem modulari záveis, ancorados nascaracterísticas dos públicos e contextos de desempenho em presença. Após a sinalização dos objectivos deaprend izagem a considerar no âmbito da formaç ão, bem como ident ificação de formas de organizar a formaçã oajustadas à natureza das competências a adquirir/desenvolver, importa estruturar os respectivos módulos
format ivos .
Destaque-seofactodeaopçãopelaestruturaçãomodularnãoseraúnicaopçãopossível,quandoconsideradaanecessidade dese desenvolver umaacçãode formaçao específ ica. Estaopçãonesteguiajusti fica-sepelo facto deseraopçãomaisgenericamenteutilizadapelasentidadesdeformação,assimcomopelapossibilidadedesefazer,commaiorfacilidade,umaformaçãoàmedidadasnecessidadesdosseuspúblicosdestinatários.
A construç ão de módulos de formaç ão ex ige que, à part ida, a equipa de concepção te nha efectuado uma revi sãodo trabalho produzido no âmbito dos ant eriores processos, de forma a reunir as informações necessárias desuporte à construção de um itinerário pedagógico o mais adequado possível às necessidades dos respectivospúblicosdestinatários:
1. Como construir módulos de formação?
Anal isemos algumas notas sobre a matéria. .. ..
Definição
dos objectivos
de aprendizagem
Reanálise
das condições
de partida
Construção
e estruturação
dos módulos
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
1.1.Oqueseentendepormódulodeformação?
CaracterísticasdeumMódulo
A compreensão da cons trução modula r,passa por uma re flexão sobre o concei to e a compos ição de um módulo.
Quantoaoconceito:
O conceito de módulo pode ser definido enquanto “unidade de curta duração, completa em si mesma, comumafunçãoprópriaesimultaneamenteautónomaeintegrávelcomoutrasunidadesnumaestruturamodularde
formação” (IEFP, 1998, p.6) .
Nesteentendimento,omóduloapresentaalgumascaracterísticasqueimportaseremmencionadas:
Módulo
Au to no mi a- porque visa um objectivo de aprendizagem determinado.
Au to -s uf ic iê nc ia- porque contém todo um conjunto de situações deaprendizagem necessárias ao alcance do objectivo.Transferibilidade - porque possui mecanismos de articulação e combinaçãoentre diferentes módulos.
Vi si bi li da de - porque a competência visada pelo módul o pode ser socialmentereconhecida e passível de ser certificada pa ra efeitos do mercado de trabalho.
(adap tado de IE FP, 1998)
Outrosautores (Vasamil let e D'Hainaut, 1989)apresentamaindaoutras definições, taiscomomeiode ensino ede aprendizagem assistida que (1) contém ou define um conjunto de formando um todo em si mesmo; (2) possui u ma função própri a de limi tada por objec ti vos pedagógicos e um n ível de part idadefini dos sem ambiguidades; (3) é suscep tível de se integ rar em conjun tos diferent es de formaç ão (cursos) e dedirigir-seapopulaçõesheterogéneas.
De um modo geral, podemos dizer qu e um módulo pode dividir-se em três partes (D'Hai naut e Vasamillet,1989):
a)osistemadeentrada;
b)ocorpodomóduloc)osistemadesaída
situações de aprendizagem
Quantoàestruturaçãodeummódulo:
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Colecção Metodologias
Sistemade entrada
* As : os autores do módulo e os trabalhos c ient í ficos de suporte à concepção domesmo;
* As : as compon en tes do módu lo e o ín dice de mat éria s; in formações qu edescrevem o módulo, nomeadamente a população alvo, o nív el do curso, o tempo necessário,resultadosetc;
* A d que permitam ao formando perceber se possuiounãoascompetênciastrabalhadasnomódulo;
* O t , que permite verificar se o formando domina ospré-requisitos, ou seja, se possui os saberes, saberes-fazer e saberes-ser que deverá uti lizar nomódulo.
referências
especificações
escriçãodosobjectivosgeraiseespecíficos
estedeentradaoutestedospré-requisitos
* Uma i dest inada a motivar o formando, a faze-lo compreender os objectivos domódulo,esquematizandooitinerárioqueseiráfazerearelacionaroquevaiseraprendidocomosadquiridos;
* As s propriamente ditas. Concretizam-se actividades de ensino-aprendizagem, usando métodos e técnicas adequados. São importantes as situações deintegração, de exploração e de consolidação dos adquiridos e as sínteses finais apresentadas aos
formandos ou consti tu ídas por ele.
Éút il comunicaraos formandosos quepres id irãoà ava liaçãodasact iv idadesg lobais.
ntrodução
ituações de aprendizagem
critérios
O permit e orient ar o formando n o i ní ci o, p ara o s o bject ivos d o p róprio m ódu lo, a rti cu la ndoestes com os objectivos dos módulos anteriores (caso tenham existido). Trata-se daquilo a que podemosdesignarde'estruturantesanterioresdeformação'(idem:p.15).
O c onsi ste no desenvo lv im ento das act iv idades de e ns ino-apre nd izagem nec essári as àrealizaçãodosobjectivos.
O c om pree nde elem entosque pe rm item orien ta ro f ormandoparao m ódulose gu in te .
sistemadeentrada
corpo do módulo
sistemadesaída
Corpodo módulo
* A e u m rela ci ona men to d o módul o com o s módu los a nt eriores;
* Uma ( ex: tes te f inal ou tes te de saída ) que c onsi ste e m c ontrolar o g rau de
concretização dos objectivos de aprendizagem pré-definidos. Esta avaliação permite aindaidentif icareventuaislacunasnoprocessoformativo.
*A para o módu lose gu in te e uma notac la ra sobre o pos icioname ntodom óduloqueacaba deser estudado,na estrutura modularglobal.
síntesegeral
avaliação final
preparação
(Adaptado de D'Hainaut e Vasamillet, 1996, p.15-21)
Sistemade saída
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
A es tr ut ur aç ão de um mó du lo nã o é as si m um exer cí ci o li ne ar. Tod av ia , desd e qu e
aplicado o princípio da m áxima coerência entre os objectivos a desenvolver, pode umasimples actividade justificar um módulo em determinado contexto/empresa e noutro
contexto/ empresa, essa actividade constituir apenas parte integrante de um módulo
maisabrangente,esgotando-senuma sessão.
Tal decisão dependerá, assim, da amplitude das competências que se pretendam
tr ab al ha r, as si m co mo da ma io r ou me no r ce nt ra li da de da s me sm as pa ra a ac ti vi da de
profissional,numdeterminadocontexto/empresa.
1.2. Quelógicaspossíveisnaagregaçãoesequenciaçãodeobjectivosdeaprendizagem?
a)Agregaçãoesequenciaçãosegundoalógicadodesempenho(lógicadeprocesso):
QuadranteD(soluçõesoperacionais).
Podemos agregar os objectivos segundo 3 lógicas distintas, que podem, embora tratan do-se de um processocomalgumacomplexidade,sercombinadas:
Significa que a equipa de concepção respeita a sequência da organização do trabalho ou a cadeia de valor daorgan ização. Neste caso, a propos ta formativa estrutura -se como uma réplica do lay out produtiv o, o que pode
favorecer o pr imado da performance e faci li ta a tr ansferência e a adap tação ao loca l de trabalho.
Estaopçãopodegerar,noentanto,algumasdif iculdades,designadamenteduas:
(1) a primeira tem a ver com a aplicação deste tipo de format o ( formação à medida) no contexto de acções
format ivas d it as correntes , ou seja, formação inter-empresas . Caracter izada pe la divers idade si gn if ic at iva doscontextosdedesempenhodepartidadospartic ipantes,podeobrigaratrabalharcomobjectivosdeâmbitomaisabrangenteoquepoderádif icultarasintervençõesdenaturezaavaliativa;
(2) a segunda relaciona-se com a dificul dade em introduzir objectivos de aprendiza gem de remetam para odesenvolvimento de competênciasde carácter mais transversal.
Quando considerada a informação apresentada no âmbit o da FASE I/ processo1 (designadamente as diferentesperspectivas de diagnósticos de necessidades de competências), diríamos que a lógica de agregação esequênciaçãodeobjectivosapresentadaseposicionano
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Colecção Metodologias
Umexemploilustrativodeste tipo deopção, pode sero seguinte:
Numa formação dirigida para vendedores, a formação a desenvolver poderia desenrolar-se de acordo com asseguintesetapasde umprocessode venda:
1.Oprimeirocontactocomocliente;2.Aapresentaçãodoproduto;3.Anegociaçãodascondiçõesdevenda;4.Apresentaçãodascondiçõesdoserviçopós-venda.
A agregação dos object ivos a desenvolver na formaç ão te nder ia a segu ir es ta lógi ca .
Aqui se inserem também as proposta de formaç ão desenvo lv idas numa lógi ca de projec to. A const rução de um
projecto de intervenção para posteriorimplementaçãosegue, regra geral,um passo porpasso,fundamentatal àcompreensãodedeterminadoprocesso.
Estaopçãosignif icaquedecidimospor,nomesmomomentodeaprendizagem,alinhareassociarobjectivosque,embora ancorados a competê ncias muito dista ntes entre si no lay out produtivo das organizações, fazem apeloaomesmotipode saberes (p.ex. aprofundarconhecimentose dominaras técnicas decomunicaçãoassertiva emcontextode negociação. Narealidade, estessaberes podemser úteis a actividadestãodísparescomo:
-negociaçãodepreçoscomosclientes;- construircompromissos coma equipana negociaçãodo plano devendas;
- diminuir comportamentosderiscoem matériade segurançae higieneno localde trabalho.
Nest e cas o, fa la mos de aos vá rios cola boradores de det ermi na da org ani za ção. Aquiseinserem,regrageral,asintervençõesformativasorganizadasnoformatointer-empresa.
Poderíamos inserir igualmente nesta lógica os chamados basic skills exigidos e aplicáveis em vários tipos de funções e empregos.
Quando considerada a informação apresentada no âmbit o da FASE I / process o1 (as difere ntes perspect ivas dediagnósticos de necessidades de competências), diríamos que a lógica de agregação e sequênciação deobjectivos apresentada se posiciona no .
b)Agregaçãoesequenciaçãodeacordocomocaráctertransversaldascompetênciassubjacentes:
QuadranteB(soluçõesconvencionais)
competências transversais
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c)Agregação esequenciaçãode acordocom a natureza dossaberesa mobilizar:
Quadrante A (soluções estandardizadas)
A na tureza dos saberes a mobi li za r pode ainda dete rminar a agregação dos ob ject ivos de aprend izagem adesenvolver. Neste caso, a equipa de concepção opta por agregar os diferentes saberes, desenvolvendo emmomentos distintos, aquando da execução da formação, saberes de natureza cognitiva (Saber); saberes psico-motores(Saberfazer)esaberessócioafectivos(Saberser/estar).
Quando considerada a inform ação apresentada no âmbito da FASE I / processo1 (as diferentes perspe ctiva s dediagnósticos de necessidades de competências), diríamos que a lógica de agregação e sequenciação deobjectivos apresentada se posiciona no , muito direcionadas para oreforço/aquisiçãodecompetênciasespecíf icas.
A cr ia ção de módu los ex clus iv am ente te ór ic os (s aber ), prát ic os (s aber-f azer ), ou as soci ad os ao
desenvolvimento de competências sociais e relacionais será tendencia lmente uma opção redutora. A opçãopela separação modular por dimensão do saber exigirá, naturalmente, um maior esforço em termos dearticulaçãoentreosváriosactoresintervenientesnaformação,oquenemsempreacontecenaprática.
Devemos, pois, ter presente que a forma como se agrega e sequencia os objectivos de
aprendizagem determina a forma como a solução formativa é desenvolvida junto dos
respectivosparticipantes.
A op çã o pe la co ns tr uç ão mo du la r é aq ui ap re se nt ad a co mo um a po ss ív el fo rm a de
estruturaraformação.Nãoétodaviaaúnicaformadeofazer,devendoaentidadeajuizar
sobre a forma mais adequada a desenvolver no âmbito do projecto formativo
preconizado.
Assim, uma vez definidos os ob ject ivos de aprend izagem, conhec idas as cond iç ões in ic ia is (per fi s de entrada daspopulações- alvo, condicionalismos, recursos disponí veis etc.), decisão sobre a melhor forma de agregar osobjectivosdeaprendizagempassa-seàconstruçãoeestruturaçãodemódulos.
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Colecção Metodologias
A proposta aqui apresentada segue, de grosso modo, o se gu in te it inerár io :
Trata-seaquidedelimitarocampodeestudoaconsideraremcadamódulo.Aslógicasauti l izarsãodiversas.Maisumavez,podemaquiserseguidasas lógicasdo layout produtivoou outra lógicade agregaçãomais adequada.
Os módulos são construídos, regra geral, a partir da agregação dos objectivos específicos. Destaque-se aqui o facto de, quan to mais se especi fi cam as competências , mais ef ic az será o resu lt ado ao níve l da construçãomodular.
Recomenda-se aqui que a construção modular favoreça a aquisição parcelar de determinado conjunto decompetências por forma a favorecer o processo de aprendizagem. Pode ainda contribuir para a eventual
aquisiçãodesenvolvimento de competências por créditos, susceptível de remeter o indivíduo para uma futuracertificação/reconhecimento dascompetênciasentretantoadquiridas/desenvolvidas.
A tr adução , an te riormente efectuada, das competências em ob ject ivos de aprend izagem permite-nos nestemomentodefinironúmerodemódulosadesenvolver,assimcomoarespectivadesignação.
A matr iz que a se gu ir se apresenta, vi sa il us trar a cons trução de um it inerár io de aprend izagem para determinadoperfil profissional, recorrendo a uma agregação de objectivos com base na prévia identificação do tipo decompetênciaemcausa.
-Agregaçãodosobjectivosdeaprendizagememmódulos:
-Identif icaçãodonúmeroedesignaçãodosváriosmódulos:
Objectivos com maior focalização
nos saberes cognitivos(SABER)
Objectivos com maior focalização
nos saberes psico motores(SABER FAZER)
Objectivos com maior focalização
nos saberes sócio-afectivos(SABER SER)
Dimensões do Saber
Formas de organizar a formação
Obj 1Obj 2
Obj 9Obj 15
Obj 4 Obj 11Obj 12Obj 13
Obj 3Obj 10Obj 14
Obj 7Obj 8
Obj 5Obj 6
Ambiente Presencial(em sala / prática simulada
A distância
e/ou mediada pelas TIC
Contexto realde trabalho (OJT)
Auto-formação
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Oitineráriopropostoparaasituaçãoemanálisefoientãoaseguinte:
A equipa de concepção opta pelo in íc io da formação em ambiente presenc ia l, ini ci ando com um módulo sobrePreparação para realizar o contacto com o cliente, seguido de um segundo módulo Execução do serviço -recepçãodopedidodocliente.
A mesma equipa decide ainda que irá efec tuar três momentos de aval iação: Uma aval iação di agnóst ic a (amontante da realização da formação), uma avaliação sumativa no final do primeiro módulo (que condiciona aentradano segundomódulo)e umaavaliaçãosumativano f inal dosegundo módulo.
Considerandoanaturezadascompetênciasadesenvolveraequipadeconcepçãosugerearealizaçãodepráticasimuladano querespeitaao cumprimentodosobjectivos:4 / 10/ 11 e12.
Percurso de Aprendizagem em Ambiente Presencial
Uma segunda proposta foi a realização de formação no contexto de trabalho. A natureza das competências aadquirir/desenvolver remeteu a equipa de concepção para os aspectos mais operacionais da formação adesenvolver.
Percurso Formati vo em Contexto de Trabalho
Nesteúltimocaso,aequipadeconcepçãoobtapeladisponibil izaçãodeumrecursomultimédia(CDROM)paraoreforçoetreinodascompetênciaspretendidas.
Percurso de Auto-Formação
Poderíamos,assim,inferirdoexemploapresentado,quecadaconjuntodeobjectivosconstituiriaummódulode formação a real izar num período de te mpo a determinar mais ta rde.
Por outro lado def inem-se os momentos de verif icação de condições de entrada, de avaliação deaquisição/desenvolvimentodecompetênciasedeverif icaçãodocumprimentodosobjectivospelosformandos.
momentos de avaliação diagnóstica e verif icação da concretização/cumprimento dos objectivos (condição sine qua non para aexploraçãodosobjectivosdosmódulosseguintes).
01-02-04-05-06 11-12-13
03- 10-14 09-15
07-08
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O itinerário pedagógico proposto insere-se numa est ratégia de desenvolvimento de competências capazes dedarumarespostaimeadiataadeterminadosdesafiosnopresente.
O desenho de um itinerário deste tipo não pode ser fruto do acaso, devendo antes
constituir uma estratégia facilitadora e integradora das melhores oportunidades econdições de aprendizagem, não perdendo de vista as diversas condicionantes e
especificidades, atrás referenciadas, e que deverão ser tidas em conta se quisermos
desenharumasoluçãoformativarealizáveleconsequentementeeficaz.
Umadasquestõesquesepoderácolocarnestemomentoéseguinte:
Esta proposta de formaçao dá resposta a eventuai s necessidades de reconhecimento e
certificação de competências dos indivíduos potenciais participantes na formação
proposta?
Se o object ivo for igualmente dotar os indiv íduos em questão de um conjun to de competê ncias susc eptíveis deserem certifi cadas , com visa à aquisição de um determinado nível de quali ficação, então a equipa de concepção
teri a que repensar a propos ta format iva, no sent ido de na mesma cons iderar um conjun to de outr ascompetênciasadesenvolver/adquirirporpartedosindivíduosemquestão.
A equipa de concepção es ta ria aqui a trabalhar numa perspect iva não apenas operac iona l mas sim numaperspectiva de natureza estratégia, que visa, fundamentalmente, elevar o grau de empregabilidade dosindivíduosassimcomofavorecerarespectivamobilidadenosectordeactividadeemqueseinserem.
Nestecaso faria sentidorecorreraos referenciais decompetênciase deformaçãojá existentes, já desenvolvidosporentidadesresponsáveispelacertif icaçãodaformaçãodesenvolvidaemdeterminadosdomíniosdosaber.
Após a del im itação de cada um dos módulos a desenvo lver, ass im como respecti vo número, importa re flec ti r acercadasrespectivascargashorárias.Note-sequeestaspodemserdefinidasemfunção:
-deeventuaisconvençõespedagógicasexistentes;- da natureza do conteúdo a desenvolver, regra geral, determinado pelo perfil de entrada dos participantes na
formação ;-dadisponibilidadedosparticipantesnaformação;- de regulamentação já existente que aponta para a normalização de cargas horárias em relação a determ inadospercursosdeformação(ex:exigênciasdecertif icaçõesexistentes);
Por estas razões, as cargas horárias poderão ser definidas em momentos distintos, devendo a equipa deconcepçãodecidiremfunçãodasinformaçõesquedispõe.
-Identif icaçãodascargashoráriasdeacçõesformativas
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Duração Global
A duração global de uma acção de formação deve ser es timada em função dos object ivos , públ icos ,actoresdeformaçãoerecursosdisponíveis.
Existem, no entanto, algumas convenções pedagógicas que estimam a duração global de umaacção de formação em múltiplos de 3, 4 ou 7 horas (vide convenção para a duração sequenc ial daacçãodeformação)
3h,6h,9h,12h,15h,18h,21h,24h,…60h,…90h,…120h…4h,8h, 12h,16h,20h,24h,28h, 32h,…60h,…100h,…120h…7h,14h,21h,28h,35h,42h,…70h,…84h,…126h…
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
SequencialOmeio-diade3horas,3horase30minutosou4horasouodiacompletode7horas,d iv id idasemmanhã e tarde (4h+3h ou 3h30+3h30), constituem as unidade de tempo mais utilizadas emacçõesdeformação.
Aconse lha- se , no entanto, a fazer a gestão do tempo recorrendo a in te rvalos e a diversi fi cação deobjectivosemétodosdeformação.
Dia completo
Sendo, por norma, o período da manhã mais produtivo do que o da tarde é usual colocar noperíodo da manhã as actividades formativas mai s complexas e no período posterior ao almoço(depoisdas13h30m,14horasou14horase30m)asactividadessupostamentemaisagradáveis.
Denotar, quequerno período damanhã,querno períododatardede formação,deveseruti l izadoumintervalode15minutos.
Parte de dia
O período da manhã é referido, em vários manuais de formação, como um período particu-larmentefértiltantoparaformandoscomoparaformadores.
Contínua
Umaacçãodeformaçãodesenvolvidaemváriosdiasúteis,semperíodosdeinterrupção,permiteconcentrar a atenção na aprendizagem e, eventualmente, um melhor controlo sobre a progres-sãonaaprendizagem.
Por outro lado, pode não permitir um trabalho de assimilação mais pessoal e individualizado epodecolidirmaisintensamentecomocontextodetrabalho.
Intercalada
O intercal ar da acção de formação por 2 ou 3 dias a meio da semana permite, por vezes , concili ar melhor a formação com a vida prof issional e pessoal, no entanto, a formação pode ser percepcionadacomomenosintensaoueficaz.
Horários
TipodeFrequência
130
Aqui fi ca um quadro que poderá a tomar algumas decisões :
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Instrumentosde apoio ao processo
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Ter presente a natureza
dos objectivos e as características
das diferentes formas de organizar
a formação
MODELO ADORA - FASE 1I - Desenhar a proposta formativa
PROCESSO 1I - Desenhar itinerários de aprendizagem, modularizáveis e ajustados
a públicos e contextos determinados
Reanalisar as condições de partida
Existem dúvidas quanto
a condições de partida?
Decidir que lógica de agregação
de objectivos adoptar
A decisão é pacífica?
Reanalisar a informação recolhida;
recolher eventual informação em falta.Sim
Não
Não
Rever e reunir consensos.
133
Sim
Agregar os objectivos de aprendizagem,
de modo a identificar os módulos
a desenvolver
As decisões foram validadas
pelos clientes?
Não Aferir da pertinência
desta primeira validação.
Sim
Estabilizar número e designaçãode módulos
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Definir o itinerário pedagógico
a implementar (sequência a doptar
no desenvolvimento dos módulos)
As decisões foram validadas
pelos clientes?
Definir requisitos de frequência
para cada módulo
Consideradasas características
dos formandos?
Garantir que estão reunidas todas
as condições para a implementação
das sequências pedagógicas propostas.
Não
Sim
Rever requisitos estabelecidos.
Sim
Definir momentos de avaliação
(diagnóstica e sumativa)
Os momentos avaliativos
respeitam a lógica modular?
Não Rever itinerário pedagógico.
Sim
Definir cargas horárias a atribuir
a cada módulo formativo (se possível).
Não
Fica concluída a construção
do itinerário pedagógico
a implementar.
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Fase III
Organizar as sequênciaspedagógicas
ORGANIZAR Contexto
Organizacional
ContextoCultural
Contexto Social
ContextoHumano
REALIZAR
DESENHAR
AVALIAR
ANALISAR
Modelo ADORA
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Fase IIIOrganizar as sequências pedagógicas ORGANIZAR
De acordo com as exigências presentes nos objectivos de aprendizagem, as características da população-alvo e a
naturezados contextos deaprendizagem, nofinaldestafase,a equipadeconcepçãodeverá sercapaz de:
(1)sinalizaro tipodeconteúdosa integraremcadamóduloformativo,
(2)estabelecersequênciasdeconteúdosadesenvolverdentrodecadaumdosmódulos(3)seleccionarosmétodosesuportespedagógicosmaisadequadosàsexigênciasdosconteúdosformativos;
(4)definirestratégias pedagógicasa desenvolverno âmbitode cada umdos módulos;
deformaaobter-seumapropostaformativacomqualidadepedagógicaereconhecidacomoútilpeloCliente.
Processos da Fase III Questões orientadoras Instrumentospropostos para a Fase III
Processo 1 - Estabelecer
sequências de conteúdos
e respectivos saberes
A adquirir/desenvolver
- Que conteúdos seleccionar para a formação?
- Como sequenciar os conteúdos a desenvolver
Nos módulos e sessões de formação?
- Fluxograma do processo
- Matriz para a indicação
de conteúdos e temas associados
Aos objectivos de aprendizagem
Processo 2 - Seleccionar
estratégias de
aprendizagem adequadas
aos formandos e aos
contextos
- Que métodos e técnicas pedagógicos podem
ser utilizados?
- Que factores determinam, regra geral, a escolha
Dos métodos pedagógicos?
- Fluxograma do processo
- Matriz de apoio à tomada de
decisão quanto a estratégias
e métodos adequados à população-
-alvo, à natureza dos objectivos
e às especificidades dos contextos
de aprendizagem
Objectivo
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Analisar competências
referenciadas
a contextos
de desempenho
Agregar objectivos
de aprendizagem
por domínios do saber
e formas de organizar a formação
Estabelecer sequências
de conteúdos
e respectivos saberes
a adquirir/desenvolver
Conceber, validar
e produzir recursos
técnico-pedagógicos
(formataçãopedagógica)
Definir a estratégia
avaliativa
Construir objectivos
de aprendizagem
válidos (adequados
a públicos e a contextos
bem determinados)
Desenhar itinerários
de aprendizagem,
modularizáveis
e ajustados a públicos
e contextos
determinados
Seleccionar estratégias
de aprendizagem
adequadas
aos formandos
e aos contextos
Estruturar, validar
e produzir guiões
pedagógicos
(apoio ao formador)
Produzir e validar
ajudas ao trabalho
adequadas aos públicos
e contextos de trabalho
Fase I
ANALISAR OS CONTEXTOSDE PARTIDA
Fase II
DESENHAR A PROPOSTA FORMATIVA
Fase IV
REALIZAR RECURSOSTÉCNICO -PEDAGÓGICOSE PREPARAR EQUIPAMENTOSDE APOIO
Fase V
AVALIAR A ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
Processo 1Estabelecer sequências de conteúdos
e saberes a adquirir/desenvolver
Fase III
ORGANIZAR AS SEQUÊNCIASPEDAGÓGICAS
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1. Que conteúdos seleccionar para a formação?
Aqui fica m a lg umas brev es reflex ões. .. .
O processo 1 da fase III remete a equipa de concepção para a estruturação e sequenciação de conteúdos a
desenvolverpelaviadaformação.
A se ns ib il iz aç ão da eq ui pa de co nc ep çã o pa ra a in te gr aç ão , na s re sp ec ti va s so lu ções de form aç ão , de el emen to s
que permitam não apenas o desenvolvimento de competências numa perspectiva meramente reactiva, mas
ta mbém o de se nv ol vi ment o e/ou aq ui si çã o de co mpet ên ci as nu ma ló gi ca pr os pe ct iv a, ca pa z de do ta r os
indivíduos de ferramentas/recursos, elevando assim o respectivo potencia l de empregabilidade, não apenas na
organizaçãoemque seinsere, mastambém nummercadode trabalho cada vezmaisexigentee competit ivo.
Neste sentido, diríamos que os conteúdos a desenvolver são, regra geral, seleccionados em função das
necessidades específicas dos participantes na formação, designadamente, da criticidade das competências a
desenvolver/adquirirpelosmesmos, dostimings previstos para a formação,das formasde organizar a formação
anteriormenteseleccionadas,assimcomo,dasexpectativasdeumaeventualcertif icação.
Processo 1: Estabelecer sequências de conteúdos
e saberes a adquirir/desenvolver
Um dos aspectos críticos na construção de uma proposta pedagógica é, precisamente, a
delimitação dos conteúdos de formação a desenvolver, assim como a natu reza dessesmesmosconteúdos,jáquedamaioroumenoradequaçãodosconteúdosdaformaçãoàs
necessidades dos públicos-alvo depende a maior ou menor capacidade para dar uma
respostaeficazaosdesafioscolocadospelosrespectivoscontextosdetrabalho.
141
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No que diz respeito ao tipo de conteúdos a incluir nos diferentes módulos de formação, a informação pode ser
organizadaem4grandescategorias:
(adaptado de Nadler, 1994)
Essencial
Auxi liar C o nt e úd os s u pl e me n ta r es r el a ti v am e nt e a u m d et e rm i na d o o b je ct i vo o u
desempenhopreviamentedefinido.
Periférica Conteúdos não críticos mas associados a um determinado objectivo ou desempenho
previamentedefinido.
Marginal Conteúdos não d irectamente associados a um determinado objectivo ou
desempenhopreviamentedefinido.
Para facil ita r o t raba lho de sel ecção da podem-se col oca r 4 qu estões bás icas :
- A apreensãodesteconteúdosoluciona o problemaidentif icadoou o resultadoa atingirna organização?
- A apreensão deste conteúdo vai ao encontro do diagnóstico de necessidades?
-Aapreensãodesteconteúdorelaciona-secomodesempenhoexpectado?
-Aapreensãodesteconteúdovaiaoencontrodosobjectivosdeaprendizagemdefinidos?
De notar que, para uma informação definida como essencial, é recomendável que as 4 questões acima
mencionadas tenham uma resposta claramente afirmativa. Caso isso não aconteça sugere-se a redefinição do
estatutodainformação.
Ap ós es ta re m de fi ni do s to do s os cont eú do s, há qu e pr oced er à su a se qu en ci aç ão . A se qu en ci aç ão do s
conteúdos parte, regra geral, dos elementos mais simples para os mais complexos de forma a garantir uma
progressãopedagógicaeficaz.
O conceito de sequenciação remete assim, para a organização da informação de forma a torná-la facilmente
compreendidapelosformandos.
Os conteúdos devem ser criteriosamente seleccionados e organizados, assim como adaptados ao nível da
fo rm aç ão e ás ca ra ct er ís ti ca s so ci ocul tu ra is do s form an do s. Su gere -s e no rm al ment e ao form ad or qu e
fu nd am en te e co mp le ment e as te má ti ca s a de se nv ol ve r re corr en do a ou tr as fo nt es de in form aç ão co m el as
relacionadas(Ferreira,1999).
informação essencial
2.Como sequenciarconteúdosa desenvolvernos módulose sessõesde formação?
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Conteúdos essenciais á prossecução dos objectivos ou desempenhos previamente
definidos.
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Embora não existam consensos ou regras absolutas sobre como sequenciar os diferentes conteúdos de
fo rm aç ão , ex is te m, no en ta nt o, al gu ns pr in cí pi os de ap rend iz ag em , ma is ge ne ra li za do s na s pr át ic as da s
entidadesformadoras,quepodemserúteisnarealizaçãodestatarefa:
-Aaprendizagempartedoqueoformandosabeparachegaraoquenãosabe.
- A aprendizagem parte do simples para o complexo.
- A aprendizagem parte do concreto para o abstracto.
- A aprendizagem parte do geral para o particular.
- A aprendizagem parte do observável para o plano conceptual.
- A aprendizagem parte do conjunto para as partes e novamente das partes para o conjunto.
- A aprendizagem tem uma progressão lógica.
Deverá ficar claro, designadamente para o formando, a lógica da arrumação dos conteúdos dentro de cada
módulo, ou seja, o porquê daqueles cont eúdos e qual a relação entre eles.
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3
2
1
Aqui fica uma matr iz que vi sa apoiar o ut il iz ador na determinação dos cont eúdos a desenvolver pela via
da formação. Sugere-se que o preenchimento desta matriz se traduza na identif icação dos conteúdos
a incorporar nos módulos a desenvolver. Caberá ao utilizador aferir da pertinência da sua inclusão no módulo
ousessãoemanálise.
144
Nota:as famíliasde conteúdose conhecimentossão exemplif icativos,nãose aplicando a necessidades específ icas,peloquecabe à equipade concepçãoa identif icaçãodas fontes de informação e conhecimento, dos saberes e conteúdos com significativo impacto na construção da autonomia e responsabilidade pelo dese mpenho dascompetênciasincorporadasnosobjectivosdeaprendizagem.
Módulos
Natureza dos conteúdos a incorporar nos módulos a desenvolver
Informação de natureza macro que permita fazer o
enquadramento das competências em análise (ex:
informaçãosobreosectordeactividade...)
Módulo I
Obj 1 Obj 2 Obj 4 Obj 5 Obj 7 Obj 8 Obj 3 Obj 6
Saberes e conhecimentos associados à cidadania,
responsabilidade, participação (saberes transversais
/ vu lg o “bas ic sk il ls ”)
Conteúdos e conhecimentosexigidos para efeitosdecertif icação e de quali f icação (ex: competências
específ icasquepermitemumafuturacertif icação)
Requis i tos de desempenho e de performance
(normas, standards, protocolos, procedimentos,
guidelines, informação técnica sobre tecnologias a
uti lizar no contexto de desempenho de partida
(exigênciasdasituaçãodetrabalhoemanálise)
Outros conteúdos:
Módulo II Módulo III
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Passando à prática...
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Umaúltimareflexão....
Da grelha apresentada, conclui-se que podemos integrar, na proposta formativa, não só elementos endógenos
ouseja, associados directamenteaos contextosde desempenho dospúblicos alvoda formação (ver fase 1),mas
ta mbém el em en to s co ns id er ad os ex óg en os qu e, embo ra nã o di re ct am en te as so ci ad os às ne ce ss id ad es
imediatas dos contextos de desempenho em análise, podem concorrer para a construção de uma proposta de
form aç ão qu e vi se a po st er io r cert if ic aç ão /qua li fi ca çã o do re sp ecti vo pú bl ic o de st in at ár io .
A de te rmin aç ão de co nt eú do s é as si m efec tu ad a em fu nç ão do ti po de sa be r qu e os form an do s ne ce ss it am
dedesenvolver/adquirirdemodoaconcretizardeterminado(s)objectivo(s)deaprendizagem.
SOLUÇÕESESTRATÉGICAS
SOLUÇÕESCONVENCIONAIS
SOLUÇÕESESTANDARDIZADAS
Elementos exógenos à organização
Elementos endógenos
à organização
(+)
(-)
(-) (+)
SOLUÇÕESOPERACIONAIS
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Instrumentosde apoio ao processo
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149
Ter presente o itinerário
pedagógico pré-definido
MODELO ADORA - FASE III Organizar as sequências pedagógicas
A decisão consideraas necessidades dos públicos?
Sequenciar os conteúdos
a desenvolver em cada módulo
Decidir sobre natureza das abordagens
formativas (reactivas/antecipatórias/mistas)
Consideram-se aquios princípios de aprendizagem
Rever natureza das competênciasa desenvolver pela via da formação
Não
Não
Sim
Sim
Rever princípios básicos
de aprendizagem de adultos
PROCESSO 1 - Estabelecer sequências de conteúdos e respectivos saberes a adquirir/desenvolver
Seleccionar os conteúdos a desenvolver
em cada um dos módulos
Sim
Não
Rever decisão tomada. Aferir
da utilidade de se integrar na proposta
formativa elementos que reforçam
as competências dos indivíduos.
A opção resolve os problemasde partida?
Estabilizada a organizaçãode conteúdos formativos.
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Matriz para a indicação de conteúdos e temas associados aos objectivos de aprendizagem
Módulos
Natureza dos conteúdos a incorporar nos módulos a desenvolver
Informação de natureza macro
que permita fazer o enquadramento
das competências em análise
(ex: informação sobre o sector
de actividade...)
Módulo I
Obj Obj Obj Obj Obj Obj Obj Obj
Saberes e conhecimentos associados
à cidadania, responsabilidade,
participação (saberes transversais /
vu lg o “bas ic sk il ls ”)
Conteúdos e conhecimentos
exigidos para efeitos de certificação
e de qualificação (ex: competências
específicas que permitem uma futura
certificação)
Requisitos de desempenho e deperformance (normas, standards,
protocolos, procedimentos,
guidelines, informação técnica sobre
te cn ol og ia s a ut il iz ar no cont ex to de
desempenho de partida (exigências
da situação de trabalho em análise)
Outros conteúdos:
Módulo II Módulo III
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Analisar competências
referenciadas
a contextos
de desempenho
Agregar objectivos
de aprendizagem
por domínios do saber
e formas de organizar a formação
Estabelecer sequências
de conteúdos
e respectivos saberes
a adquirir/desenvolver
Conceber, validar
e produzir recursos
técnico-pedagógicos
(formataçãopedagógica)
Definir a estratégia
avaliativa
Construir objectivos
de aprendizagem
válidos (adequados
a públicos e a contextos
bem determinados)
Desenhar itinerários
de aprendizagem,
modularizáveis
e ajustados a públicos
e contextos
determinados
Seleccionar estratégias
de aprendizagem
adequadas
aos formandos
e aos contextos
Estruturar, validar
e produzir guiões
pedagógicos
(apoio ao formador)
Produzir e validar
ajudas ao trabalho
adequadas aos públicos
e contextos de trabalho
Fase I
ANALISAR OS CONTEXTOSDE PARTIDA
Fase II
DESENHAR A PROPOSTA FORMATIVA
Fase IV
REALIZAR RECURSOSTÉCNICO -PEDAGÓGICOSE PREPARAR EQUIPAMENTOSDE APOIO
Fase V
AVALIAR A ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
Processo 2Seleccionar estratégias de aprendizagem
adequadas aos públicos e aos contextos
Fase III
ORGANIZAR AS SEQUÊNCIASPEDAGÓGICAS
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153
Umas breves notas sobre os co nceitos a utililizar....
1.Quemétodos etécnicaspedagógicospodemserutilizados?
Uma vez def inidos os objectivos de aprendizagem, construídos os módulos de formação assim como
respectivos conteúdos, importa seleccionar os métodos pedagógicos mais adequados a aplicar nodesenvolvimentodapropostaformativapré-concebida.
A es colh a de méto do s pe da gó gi cos a ap li ca r nu ma de te rm in ad a pr op os ta fo rm at iv a nã o é um a es co lh a in ocen te ,
nem do ponto de vista da rel ação com o saber, nem do impact o que pode criar. O uso de determina do método
podedeterminarosucessoouoinsucessodealgunsformandos(Pereira;Ramos1991:11).
Basicamente, os métodos pedagógicos conf iguramuma ligaçãoentreos elementosbasilares de umasituação de
form aç ão , o fo rm ad or, os form an do s, o ob je ct o da form aç ão , um dete rmin ad o sa be r (con su bs ta nc ia do no
programadeformação),permitindoentreestesumainteracçãoharmoniosa.
Processo 2: Seleccionar estratégias de aprendizagem
adequadas aos públicos e aos contextos
Colecção Metodologias
Modo de gestão da rede de relações
que se estabelece entre o formador,
fo rm an do e o sabe r
DOMÍNIO DO SABER
FORMADOR FORMANDO
MÉTODO PEDAGÓGICO
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O que consiste em fazer uma
exposiçãosobredeterminadoconjuntodesaberes
método expositivo O que é utilizado sob a
mesma f i losof ia, mas aplicado especia lmente à
t r a n s m i s s ã o d e s a b e r e s - f a z e r. C o n s i s t e n a
exempli f icação de determinado procedimento,explicadoemostradoaoformando.
método demonstrativo
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Os métodos não deverão ser reduzidos a simples receitas independentes dos contextos de aplicação das
necessidades dos diferentes intervenientes, formandos e formador. Da mesma forma, e dada a natureza
estratégica dos métodos, eles não podem estar desgarrados ou serem contraditórios com as teorias de
aprendizagemeasactividadesorientadaseorganizadasporessasteorias(Ramos,Lucilia,1993:5).
Os vários tipos de métodos existentes podem ser aglutinados em três categorias:
, sendo essa classif icação fundamentada no carácter mais ou
menospassivo dosformadorese dosformandose nomodomaisou menosindividualizadodasintervenções.
Destacamos, aqui, alguns dos métodos mais frequentemente utilizados, suas principais características,
va nt ag en s e cond ic io na li sm os es pecí fi cos.
O s p ot en ci am u ma r el açã o p ed ag óg ic a a lg o u ni di rec ci on al e d ir ec ti va , t en do o f or ma do r
como principal protagonista. O formando assumeaqui, emregra,um papel passivo,sendoreceptor dossaberes
tr an sm it id os pe lo fo rm ad or. A ex po si çã o or al , a ap re se nt aç ão de fi lm es ou di ap os it iv os et c. sã o al gu ma s da s
té cn ic as de ap oi o as so ci ad as a es te s mé to do s.
métodos afirmativos,métodos interrogativos e métodos activos
Osmétodosafirmativos
11
métodos afirmativos
a)Quetiposdemétodosafirmativos?
Am bo s con si st em na tr an sm is sã o de um sab er cons tr uí do , do for ma do r par a o fo rm an do , n um a r el aç ão po uc o
interactivaefortementeassentenoreforçoenarepetiçãodasmensagens.
Os , p ela s su as c aract erí st icas p rát ica s e p elos o bject iv os q ue c umprem, d es igna dament e na
apresentação de determinados aspectos do saber, estará inevitavelmente presente em qualquer acção
fo rmat iv a.
métodosafirmativos
11Destaque-se o facto de outros autores classificarem os métodos pedagógicos em: .métodosactivosemétodospassivos
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Colecção Metodologias
b)Quelimitaçõespodemosassociaraosmétodosafirmativos?
-O recurso excessivo a este método poderá ser contraproducente, designadamente pela ausência de
interacção. Para além do risco de se instalar a monotonia, perde-se com este método a individualização da
aprendizagem e a adequação imediata e permanente dos saberes a transmitir aos saberes já detidos pelos
fo rm an do s.
-Poressesmotivos,ousosistemáticodemétodosafirmativosseráparticularmentedesaconselhadoaindivíduos
combaixaescolaridade,em particularparaaqueles quehá muito deixaramo ensinoformal.
-Este método não é aconselhado a públicos sociais desfavorecidos designadamente junto daqueles que
realizaramumpercursoescolarsemêxito.
MÉTODOS AFIRMATIVOSBaseiam-se na transmissão de um saber constituído do formador ao formando
Demonstrativo
transferência de competênciasde um profissional competente
para um formando
Expositivo
exposição de conhecimentos,debate
Principal vantagem Principal vantagem
Possibilidade de chegar a um grande número de pessoas e das
motivar pela transmissão audio-visual.
Contacto e apoio individualizado; identificação e correcção
imediata do erro.
Remete os formandos para um papel passivo; dificuldades
de síntese sentidas pelo formador, fraco apelo a diferenciação
de aprendizagens.
Risco se houver má relação entre tutor e formando; risco deste
último reproduzir os erros do primeiro.
Principal limitação Principal limitação
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1.1.2.Osmétodosinterrogativos
Os métodos interrogativos consistem na exploração dos saberes dos formandos, levando-os a procurar
respostas.Procura-secomautilizaçãodestesmétodosestimularoprocessodepensamentoactivo.
Tratam-se de métodos de descoberta. Parte-se de uma abordagem global à situação, sem imposição de um
caminho ou uma resposta. O formando progride ao seu ritmo, orientado pelo formador, ao encontro de uma
resposta.Trata-sedeummétodoque,porcomparaçãocomosmétodosafirmativos,implicamaisoformando.
156
MÉTODOS INTERROGATIVOSO formando é colocado numa situação de procura de respostas
Indutivo
Conhecimentos apreendidos peloprocesso experimental, ou seja,da observação de factos a uma
lei geral
Dedutivo
Conhecimentos apreendidos pelorigor lógico, ou seja, da lei geral
para uma aplicação particular
Principal vantagem Principal vantagem
Formação do raciocínio para o processo experimental, reforça a
memorização e motiva peladescoberta.
Pressupõe o domínio das operações intelectuais abstractas im-
plicatempo.
Pressupõe o domínio das operações intelectuais abstractas
implica tempo.
Estruturação clara da acção pedagógica, liga a formação inte-
lectual à aquisiçãode conhecimentos.
Principal limitação Principal limitação
Os métodos activos
Os métodos activos, focalizados no grupo, visam:
- a construção crítica do saber, mobilizando e integrando os conhecimentos do formando, implicando-o
profundamente na construção do seu próprio percurso, estimulando no formando uma auto-reflexão sobre o
seuprocesso deaprendizagema partirda parti lha depontos devistae deexperiênciasno grupo;
- implicar fortemente o formando, dotando-o, não só de saberes, mas também de motivação para a
aprendizagemaolongodavida;
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Muitoassociadosàsteorias construtivistasdaaprendizagem,osmétodosactivoscontribuem,igualmente,para:
- a aquis ição de competênc ias ao nível do aprender a aprender, pois os formando s são levados a “Compreende r
os objectivosdas aprendizagensque devem serapresentadosna suaglobalidade, nosseus vários elementose na
relaçãodaspartescomotodo”(Pereira;Ramos1993:8)
O tipo de comunicação é multidireccional, promovendo a interacção e implica por parte do formador uma
postura de observador, facilitador, mediador e animador. O formando é um agente activo e consci ente da sua
própriaformação.
MÉTODOS ACTIVOS
Pedagogia de projecto
Concretização de um projecto, uma ideia organizadorada acção, análise de situação e acção, geralmente feito
em grupo, a partir de actividades negociadas com oformador que põe à disposição os recursos necessários e
faz o acompanhamento do mesmo.
Principal vantagem Principal vantagem
157
Colecção Metodologias
Trabalho de pesquisa
Pesquisa individual ou em grupo sobre um tema, geralmente escolhido pelos formandos, sob orientação
do formador.
Desenvolve a autonomia, a capacidade de análise e síntese e de
tratamento da informação, e personaliza as tarefas e os resul-
tados; gratificante pela partilha do saber.
Implica exige o empenhamento activo de todos; desenvolve a
autonomia, a responsabilidade e a criatividade; relaciona teoria e
prática real; gratificante pelaconcretização.
Pressupõe autonomia e responsabilidade e consciência do
percurso total a seguir; necessita de uma verificação passo a
passo e porvezes de reformulação da acção.
Exige um saber investigar prévio e o domínio da expressão
escrita; pressupõe alguma autonomia e um acompanhamento
constante; dificuldade em equilibrar a participação em grupo.
Principal limitação Principal limitação
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158
MÉTODOS ACTIVOS
Estudos de caso
Consiste na apresentação de uma situação real ou fictícia,sujeita a discussão em grupo. O caso pode ser
apresentado oralmente, por escrito ou através dedramatização ou ainda com recurso a meios multimédia,devendo ter características que também o tornem real e
motivador.
Principal vantagem Principal vantagem
Simulação e Role-Playing ou Dramatização
Pode ser usado sob a forma de estudo de caso. Consisteem representar um papel, simulando ou imaginando, o
que cada formando interioriza, consciencializando asituação relacional em causa e o contexto em que ela
decorre, ao mesmo tempo que adquire e aplica
conhecimentos e reflecte sobre atitudes e valoresPode ser planificado ou espontâneo.
Para além das potencialidades enunciadas para os estudos de
caso, este método pode ser muito motivador, reforça a auto-
confiança exercita a memória, a imaginação, ajuda a adquirir
técnicas de comunicação adequadas à interacção, reforça a
relação entre os intervenientes e permite a concretização
simuladade uma aprendizagem teórica.
A utilização deste método é adequada quando os objectivos são
motivar os formandos, suscitar a reflexão crítica, desenvolver a
capacidade de tomada de decisão e procura de soluções
colectivas, e aplicar os conhecimentos e experiências em
situações diversas.
Pouco adequado aos domínios puros do saber ou aos domínios
psico-motores da aprendizagem.
Exige uma forte orientação com estímulo da reflexão e
preparação para a representação de um papel; pode provocar
competitividade e insatisfação pelo desempenho de um papel
menos central.
Principal limitação Principal limitação
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Colecção Metodologias
MÉTODOS ACTIVOS
Trabalho de grupo
Elaboração conjunta de um trabalho ou discussão à voltade um tema em que é valorizado o contributo individual
para o saber do grupo.
Principal vantagem Principal vantagem
Tempestade de Ideias (Brainstorming)
Consiste numa reflexão sobre determinado tema, deforma fluida, pouco orientada, antes de a submeter às
regras do pensamento lógico. Requer-se sobretudoimaginação. Especialmente eficaz quando aplicada aos
domínios do saber fazer e do saber ser.
Estimula o pensamento criativo e a imaginação. Assume que
todas as pessoas são capazes de produzir ideias ao não submeter
as ideias a uma análise crítica, reforçando a autoconfiança.
Participação individual, com ganhos de produtividade do grupo,
reforço da relação entre os elementos e dos valores demo-
cráticos, responsabilização colectiva; cria situações de interacção
social e de trabalhocooperativo.
Exige divisão equitativa de tarefas, definição rigorosa de metas e
papéis para facilitar a avaliação de desempenho; pode haver
aproveitamento do dinamismo, rapidez e criatividade de uns
pelos outros; a concretização dos resultados pode ser maisdemorada pela discussão e consensos que exige. Momento de
desenvolvimento de pensamento crítico e democrático, entre
outros.
Pouco adequado a grupos muito formais ou com uma cultura de
formação autoritária ou directiva.Pressupõe hábito de oralidade.
Principal limitação Principal limitação
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160
OUTROS MÉTODOS
O formando é colocado numa situação de procura de respostas
Pedagogia do centro de interesse
Exploração de situações de interesse, nomeadamente apartir de objectos escolhidos do ambiente dos
formandos; partir do conhecimento que já possuem,estrutura-lo e aplica-lo noutras situações.
Principal vantagem Principal vantagem
Permitem o treino de capacidades intelectuais e o aumento da
auto-confiança paraa aprendizagem
Formadores que conheçam bem o contexto de vida dos
formandos; exige tempo e uma planificação muito organizada
Exige tempo, pois trata-se de formação a médio e longo prazo;
implica que os formandos tenham a possibilidade de
concretização, pela aplicação das capacidades adquiridas, em
ambientede trabalho
Possibilidade de aprender a aprender, ou seja, desenvolvimento
do raciocínio lógico que requer um modo de pensamento
abstracto,conceptual
Principal limitação Principal limitação
Métodos de desenvolvimento cognitivo(ex: “treino mental”, “Ateliers de raciocínio lógico etc.
Ex: PEI Programa de Enriquecimento Instrumental)
Possibilidade de aprender a aprender, ou seja,desenvolvimento do raciocínio lógico que requer um
modo de pensamento abstracto, conceptual.
12Ferreira,P.(1999), “Construçãodo Planode umaActividade Formativa”.In Guiado animador:animaruma actividadede formação.Lisboa:Multinova.
(Adaptado deMeignant,1999, pp.177a206)
Qualquer que seja o método pedagógico a utili zar em determinada acção de formação, devemos ter sempre
presentealgunsobjectivosditostransversaisatodoseles,designadamente,que:
-possamseradaptadosasituaçõesimprevistas;
-despertemnosformandosumaatitudepermanentedeautocríticaecuriosidadeintelectual;
-facilitemaapropriaçãodosconhecimentosquevãosendoabordados;
-desenvolvamasmotivaçõesdosformandoseestimular-lhesogostopelareflexão,investigaçãoeinovação;
- proporcionem aos formandos a tomada de consciência dos progressos realizados, reforçando assim a sua
auto-estima;
- fomentemo trabalhoemgrupoe incentivaro relacionamentointerpessoal ;12
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161
Colecção Metodologias
2.Quefactoresdeterminam,regrageral,aescolhadosmétodospedagógicos?
A es co lh a do s méto do s e té cn ic as peda gó gi co s, a ut il iz ar em dete rmin ad a in te rv en çã o fo rm at iv a é,
normalmente,efectuadaemfunção:
Umprocessodeformaçãorequerinevitavelmenteumamultiplicidadederespostasaque
nenhum método em particular consegue corresponder na plenitude. A aplicaçãodiversificada de métodos numa determinada acção de formação, para além de quebrar a
rotina, é, igualmente, facilitadora do desenvolvimento das competências dos indivíduos
queparticipamnasacçõesdeformação.
Das características iniciais dos formandose respectivos contextos de partida
As in form aç õe s re co lh id as na s fa se s pr eced en te s,nomeadamente no diagnóstico de necessidades,
forn ecem e le me nt os i mpor ta nt es q ue perm it em f ix ar
o perfil de entrada dos participantes na formação,
informação esta que pode determinar a opção por
esteouaquelemétodo.
A tí tu lo ex empl if ic at iv o, po de mos aq ui de st ac ar co mo
informação relevante: o nível de qualif icações dos
p a r t i c i p a n t e s , o s r e s p e c t i v o s e s t i l o s d e
aprendizagem, motivação para a formação, expec-
ta ti va s, et c. ..
13
13Entende-se, aqui, por perfil de entra da o conjunto de competências que os formandos já possuem ao nível dos saberes, saberes-fa zer e saberes-ser, a montante da realização
daactividadeformativa(TrindadeFerreira,p.1999:133).
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162
A nat ur ez a dos ob ject iv os de a pr en di za gem po de c on di ci on ar, igu al me nt e, a
escolha dos métodos pedagógicos já que, de acordo com a sua própria
definição, estes métodos são indicados para contextos de aprendizagem
específ icos(verprocesso1,FaseII).
Da natureza dos objectivosde aprendizagem a alcançar
Das formas de organizar a formação propostas
Também a opção por esta ou aquela forma de organizar a formação
condicionaa escolha dosmétodospedagógicosa aplicar. Numcontextode e-
learning, porexemplo,a aplicação demétodos activosnão sendo impossível,acaba por ser dif icultada pela distância entre os vários participantes na
fo rm aç ão .
Dos estilos de aprendizagemdos participantes naformação
Embora existam diferentes abordagens sobre a forma como se processa a
aprendizagem a teoriado ciclo da aprendizagem,de Kolb (1984)constituium
importanteelementodereflexãosobreestetema.
O diagnóstico de necessidades de competências identif ica contextos facilitadores de aprendizagens mas
igualmente eventuais constrangimentos, com repercussões ao nível da construção da proposta de formação, emais, uma vez ao nível da escolha dos métodos pedagógicos a aplicar. Esta situação pode ser ilustrada com o
seguinteexemplo:
Pretende-se formar um grupo de trabalhadoras/ operadoras têxtil no sentido de as adaptar a uma nova
ferr am en ta de tr ab al ho:-Amaioriadospartic ipantesnãosabelernemescrever;
- Olocalda formaçãoé distante dopostode trabalho e da áreaderesidência dastrabalhadoras;
- As potenciaisformandas mostram-se indisponíveis para a frequênciade formação em horário pós-laboral;
- Os conjugues das trabalhadoras manifestamoposição ao facto destas frequentarem uma acção de formação;
-Ogrupodeformandoséconstituídoportrabalhadorasdeempresasdiferentes;
- Ogruponão temgrande experiênciana partic ipaçãodeacçãode formação.
Em contextos particularmente difíceis, a escolha dos métodos pedagógicos s erá sempre de acautelar, uma vez
que uma decisão acertada a este nív el poderá fazer toda a diferença no que diz respei to à motivação e melhor
apropriaçãodosconteúdos,porpartedosparticipantesnaacção.
Não obstante se defender que a escolha dos métodos seja efectuada a montante da execução da formação, amesma deverá ser equacionada durante a realização da formação no sentido de uma melhor adequação das
respectivascaracterísticasàsnecessidadesdospúblicosalvodaformação.
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163
Colecção Metodologias
As si m se nd o, a ac çã o de fo rmaç ão nã o de ve , de mo do al gu m, fa ze r tá bu a ra sa do s di fere nt es es ti lo s de
apren dizag em dos formado s mas, acima de tudo, deve orienta r-se em funçã o da natur eza das competênci as em
presença.
Nocasodeexistirumclaroconf l itoentreosesti losdeaprendizagemdosformandoseamelhorestratégiaparase
alcançarem determinados objectivos de formação, recomenda-se que a formação seja dinamizada a partir do
que os formandos sabem para o que não sabem. Trata-se de um importante princípio de aprendizagem que
orientaaformaçãoparaprocuradecompromissosenegociaçãoentrediferentesactoresformativos.
As qu es tõ es as so ci ad as ao s di fe re nt es es ti lo s de ap re nd iz ag em sã o pa rt ic ul ar me nt e
importantesaquandodaelaboraçãoderecursostécnico-pedagógicos.
A ap li ca çã o de de te rm in ad os méto do s po de ex ig ir um a ca pa ci da de
instalada que facilite tirar o máximo partido das respectivas poten-
cialidades. Acontece por vezes que nem sempre se conseguem
reunir as condições necessárias à respectiva aplicação. Um dos
métodos pedagógicos, ao qual se associam maiores constran-
gimentosdestanaturezaéprecisamenteométododemonstrativo.
Dos meios/ recursoshumanos/materiais/financeirosdisponíveis
Teórico -Programasdeformaçãoquemobilizemteorias,modelosacadémicos,argumentos
econceitos.
-Preponderânciadeactividadesdeleituraeinterpretaçãodemodelosteóricos.
Reflexivo -Eventosformativosqueintegremreflexõesediscussões.
-“Ambientes”eeventosdeformaçãoserenosecontemplativos.
-Recursoabrainstormingseaanálisededocumentoscomplementares.
Activista - Jogos e exercícios práticos.- Frequente mudança do programa formativo.
- Recurso a experiências laboratoriais, a prática simulada.
Pragmático - Material de aprendizagem assente em casos práticos retirados do mundo real.
- Preferência por actividades muito práticas e associa das ao contexto de trabalho.
- Recurso a estudos de caso.
EstilosDe aprendizagem Características de aprendizagem
Aq ui fi ca m os es ti lo s de ap re nd iz ag em ma is de st ac ad os :
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164
Estamatrizpodeser construídae uti lizada, porexemplo,por umaentidade querealize formação para diferentespúblicos-alvo e recorra a diversas formas de organizar a formação, pelo que os exemplos de estratégias e
metodologias têm apenas um valor exemplificati vo, pois não se reportam a nenhuma situação específica, pel o
quecadaentidadeformadora poderáelaborara matrizque melhorseadequar à situação emanálise.
3
2
1
De forma simples, e a título meramente exemplif icativo, aqui f ica uma matriz que permite efectuar uma
sinalização de estratégias e metodologias de aprendizagem, por diferentes segmentos de públicos-alvo, tais
como, jovens, adultos com baixas qualificações; adultos com qualificações médias; adultos com qualificações
superioresegestores,porexemplo.
Matriz de apoio à selecção de estratégias de aprendizagem ( que pode implicar uma combinação demétodos) adequados à população-alvo, à natur eza dos objectivos e às especificidades dos contextos deaprendizagem
Concretizando...
Saber Saber fazer Saber ser Tipologias
de populações--alvo
Domínios do saber (exigido nos objectivos)
Formas de organizar a formação
Presencial
Narrativa pessoal
Metodologias centradas na
relação
A
B
Real de trabalho
Consolidação de sequência
de procedimentos
Métodos
demonstrativos
Prática sob supervisão
A
B
Escuta activa
Metodologias centradas
no formador
Métodos de descoberta
Metodologias centradas no
formando
C
C
Mediada por TIC
Auto-formaçãoPesquisa supervisionada
Leitura crítica
Resolução de casos
Exercício individual
Simulação
Estudos de caso
B
C
D
Discussão conduzida
Procura activa de soluções Análise incidentes críticos Adaptação de ajuda
ao trabalho
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Instrumentosde apoio ao processo
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Ter presente a organização
de conteúdos pré-estabelecida
MODELO ADORA - FASE III Organizar as sequências pedagógicas
PROCESSO 2 - Seleccionar estratégias de aprendizagem adequadas aos formandos e aos contextos
Considerar os vários factoresque determinam a escolha de métodos
e técnicas pedagógicas
Conhecidas ascaracterísticas dos públicos alvo? Recolher informação necessária.Não
Não
Sim
Sim
Recolher informação necessária.
167
Conhecida a naturezados objectivos de aprendizagem?
Sim
Não Recolher informação necessária.Conhecidas as característicasdas formas org. Formação?
Sim
Não Recolher informação necessária.Conhecidos os estilosde aprendizagem dos formandos?
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Seleccionar os métodos
e as técnicas pedagógicas a aplicar
Ficam identificados os métodose técnicas pedagógicas a aplicar à solução formativa a desenvolver
Sim
Não Recolher informação necessária. Analisadas as características
dos vários métodos?
Sim
Não Recolher informação necessária.Conhecidos os meios materiais
e financeiros disponíveis?
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Matriz de apoio à tomada de decisão sobre estratégias de aprendizagem (que pode implicar uma combinação de métodos) adequados à população-alvo , à natureza dos objectivos e àsespecificidadesdoscontextosdeaprendizagem
Esta matriz visa apoiar o uti lizador na sinalização das melhores estratégias a aplicar no
desenvolvimentodoscursos/sessõesformativas.
Saber Saber fazer Saber ser Tipologias de
populações-alvo
Domínios do saber (exigido nos
objectivos)Formasde organizar
a formação
Presencial
Contexto real de trabalho
Mediada por TIC
Auto-formação
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Modelo ADORA
ContextoOrganizacional
ContextoCultural
Contexto Social
ContextoHumano
REALIZAR
ANALISAR
ORGANIZAR
AVALIAR
DESENHAR
Realizar RecursosTécnico-pedagógicos
e prepararequipamentos
de apoio
Realizar RecursosTécnico-pedagógicos
e preparar
equipamentos
de apoio
Fase IV
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Fase IVRealizar recursos técnico-pedagógicos
e preparar equipamentos de apoioREALÇAR
Nofinaldestafaseaequipadeconcepçãodeverásercapazderealizar,produzire/ouseleccionarosrecursos técn ico-pedagóg icos , outros supor tes de apoio e (eventuai s) a judas ao traba lho, adequados aos objec ti vosde aprendizagem e características da população-alvo, enqua nto evidências tangíveis e materiais que irãoproporcionar:
, os manuais, as ajudas que irão reforçar aaquisição/consolidaçãodecompetênciasesaberesemcontextosdeaprendizagemeasuatransferênciaparacontextosreaisdetrabalhoe/oudevida(...)
,osrecursosemeios(guiões,etc.)defaci l itação,animaçãoeconduçãoef icazdassessõesdeaprendizagem(...)
,ossuportesdeapoioàmonitorizaçãodaqualidadeeverif icaçãodaef icáciadassoluçõesformativas(...)
(1) aos beneficiários (formandos/participantes/aprendentes)
(2)aosformadores
(3)aoscoordenadoresegestores
Processos da Fase IV Questões orientadoras Instrumentospropostos para a Fase IV
Processo 1Conceber, validar e
produzir recursos técn ico-pedagóg icos
- O que são recursos técnico-pedagógicos esuportes de apoio?
- Que factores deveremos ter em conta naescolha dos recursos técnico-pedagógicos esuportes de apoio?
- Que equipamentos de apoio podemosutilizar?
- Porque devemos recorrer a váriosequipamentos de apoio?
- Que tipo de recursos técnico-pedagógicosposso utilizar?
- Como validar a qualidade dos recursos técn ic o-pedagógicos produz idos?
- Que modos de apropr iação e exploraç ãopedagógica de recursos técnico-pedagógicos?
- Fluxograma do processo
- Ficha técnica dos recursos técn ico-pedagóg icos
- Checklist de suporte àconstrução de produtosscriptovisuais (ex: manual do
formando)
- Esquema com metodologiapara validação de RTP
Objectivo
173
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Processo 2
Estruturar, validar eproduzir guiõespedagógicos (apoio ao
formador)
- O que se entende por guiões pedagóg icos e
para que servem?
- Que guiões pedagógicos?
- O que é um plano geral da proposta format iva?
- O que é um guia do form ador?
- O que é um plano de sessão?
- Como planificar uma sessão deaprendizagem?
- Fluxograma do processo
- Checklis t de apoio àestruturação e planificação desessões de aprendizagem- Checklist de suporte àconstrução de um plano geralda proposta formativa- Checklis t de apoio àelaboração de guias de apoio ao
formador - Plano de sessão: versãosimplificada- Plano de sessão: versãodesenvolvida
Processo 3Produzir ajudas ao
trabalho adequadasaos públic os e acontextos de trabalhoespecíficos
- O que são as ajudas ao trabalho?
- Quais os contextos de aplicaç ão das ajudas ao trabalho?
- Que tipo de ajudas?
- Que obstáculos à aplicação das ajudas ao trabalho?
- Fluxograma do processo
- Bateria de itens de apoio àconstrução de checklists
- Checklist de apoio aconstrução de ajudas ao
trabalho
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Analisar competênciasreferenciadasa contextos
de desempenho
Agregar objectivosde aprendizagempor domínios do saber
e formas de organizar a formação
Estabelecer sequênciasde conteúdose respectivos saberes
a adquirir/desenvolver
Conceber, validar e produzir recursos técnico-pedagógicos
(formataçãopedagógica)
Definir a estratégiaavaliativa
Construir objectivosde aprendizagem válidos (adequadosa públicos e a contextosbem determinados)
Desenhar itineráriosde aprendizagem,modularizáveise ajustados a públicose contextosdeterminados
Seleccionar estratégiasde aprendizagemadequadasaos formandose aos contextos
Estruturar, validar e produzir guiõespedagógicos(apoio ao formador)
Produzir e validar ajudas ao trabalhoadequadas aos públicos
e contextos de trabalho
Fase I
ANALISAR OS CONTEXTOSDE PARTIDA
Fase II
DESENHAR A PROPOSTA FORMATIVA
Fase V
AVALIAR A ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
Processo 1Conceber, validar e produzir recursos técnico-pedagógicos
Fase III
ORGANIZAR AS SEQUÊNCIASPEDAGÓGICAS
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Fase IV
REALIZAR RECURSOSTÉCNICO -PEDAGÓGICOSE PREPARAR EQUIPAMENTOSDE APOIO
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1.O quesão recursos técnico-pedagógicose equipamentos deapoio?
2. Que factores se deverão ter em conta na escolh a dos recursos técnico -pedagógic os e equipamentos deapoio?
Entende-se por (RTP) “todo e q ualquer conteúdo de informação e c onhecimento,disponível em suporte f ísico, em formato digital ou configurando um objecto tecnológico, subordinável aobjectivos de formação e inserção, podendo ser explora do em contexto específico de aprendizagem e com
va lo r para o re forço ou desenvolvimento de competências especí fi cas de determinada população-alvo”(EQUAL,2003).
Por ent en de-se o con ju nt o de s uportes á udio, script o, mul ti médi a. .. ao a lcan ce do formador que permitem faci li ta r o processo de aprend izagem
Podemos, assim, dizer que os recursos técnico-pedagógicos podem ser encarados como “conteúdos”(software), enquanto os equipamentos de apoio, são aqui entendidos como a tecnologia/equipamento(hardware).
Os factores com maior implicação ao nível da decisão a exploração deste ou daquele recurso técnicopedagógico,assimcomosuportesdeapoioàformação,sãoessencialmenteosseguintes:
- a natureza dosconteúdosde aprendizagem;-ascaracterísticasdosmétodospedagógicosaaplicar;- ascaracteríst icas dopúblico alvoda formação;
-ascaracterísticasintrínsecasaopróprioRTPouequipamentodeapoio;-otempodisponívelparaarealizaçãodaacção;- a experiência e grau defamil iar idadedo formadorna aplicação dosmétodospedagógicose nauti l izaçãodosrecursosesuportestécnico-pedagógicos;-adimensãodapopulaçãoaformar;-acapacidadeinstaladadaorganizaçãoformadora.
recursotécnico-pedagógico
equipamentos de apoio
Processo 1: Conceber, validar e produzir
recursos técnico-pedagógicos
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Colecção Metodologias
Al guns eleme ntos úteis. ..
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Vi suais não projectáveis DocumentosescritosQuadroMagnéticoQuadroPretoQuadrodepapel
Quadrocomcopiador
Vi suais pro jectáveis Retroprojector ProjectordeDiapositivos
Audiov isua is TV/Vídeo/CDROM
3.Queequipamentosdeapoiopodemosutilizar?
Equipamentos/materiaisdeapoioaosRTP
O usode maisdo queum tipodeequipamento(visuais projectáveis,não projectáveis e audiovisuais), é condição faci li tadora do processo de aprend izagem.
178
4.Porque devemos recorrer a váriosequipamentos/ recursos deapoio?
Na medida em que as diferentes pessoas percepcionam e retêm a informação de forma diversa (sendo mais oumenos sensíveis a determinados estímulos sens oriais), e sendo que os diferentes meios de comunicação, elespróprios, estimulam diferentes sentidos, é importante que o formador possa utilizar os vários recursosdispon íveis no decurso de uma sessão, de forma a estimular os vários sentidos, passan do a mensagem de formaef icazaomaiornúmerodepessoas.
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Lembramo-nos de:
10% do que lemos
20% do que ouvim os30% do que vemos50% do que vemos e ouvimos80% do que dizemo s90% do que dizemo s e fazemos14
O gráf ico quese seguetraduza necessidade deuti l izar suportes queestimulemosváriossentidos.
14 Ad apt ado de Fe rr eir a, Pa ulo da Tri nda de, “G uia do A nim ado r Ani ma r um a A cti vi dad e de For maç ão” , Ed . Mu lti nov a, 2 ª ed iç ão, 19 99, p.7 4 a p art ir d e In dus tr ial Au dio vi sua l
Ass oc iat io n, 196 2, L' Au dio -Vi sue l au Ser vic e de la For mat io n, Pari s, Ent re pri se Mod er ne de l' Edi tio n, 19 71.
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Processos de transmissão Informação retida15
Somente Oral70%
Somente Visual
Após 3 horas Após 3 dias
10%
72% 20%
15 As per cen ta gen s do qua dro dev er ão ser re lat ivi zad as, te ndo em co nta o co nte xto soc io cul tur al de ca da ind iv ídu o.
SimultaneamenteOraleVisual85% 65%
Estes dados permite-nos ainda fazer algumas observações. A conclusão mais imediata é a de que os meiosaudiovisuais se revelam bastante completos enquant o auxiliares pedagógicos (na medida em que estimulammaisdoqueumsentido).
- Captar a atenção, nomeadamente, pela dinâmica que os meios audiovisuais em particular, conseguempotenciar;-Aumentar acapacidadederetençãoeacompreensãodoconteúdo,pelofactodeseenvolveremosprincipaissentidosnoprocessodecaptaçãodamensagem;
- Facil itara trocade ideias,diminuindo o tempode exposiçãoe apreensãoda mensagem;- Aumentar o interessee a interactividade,atravésdo envolvimento dosformandos na acçãoe tirandopartidodoseuespíritocrítico;-Diminuirotempodeformação,namedidaemqueosmeiospermitemfazerchegaramensagemdeformamaisrápidado quealguma vezseriapossívelao formadorcontandosomentecom a suapresençaf ís ica;
Os recursos de apoio a utilizar numa sessão estarão em certa medida associados aos objectivos da mesma(natureza da mensagem que se pretende transmi tir e o tipo de competência que se pretende desenvo lver) bemcomo,eprincipalmente,aométodopedagógicoautilizar.
O uso adequado de vários equipamentos de apoio pressupõe:
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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE APOIO AOS RTP´S
Documentos escritosLimitações Vantagens
- Melhora a exposição;
-Permite conservar os registos para consultaposterior;
- O formando pode adquirir e gerir a informação aoseu ritmo;
- Os formandos tem menos necessidade de tomar
notas, concentrando-se mais a ouvir o que está aser dito;
- Preparação a , poupando tempo à sessão;priori
- Não existe interactividade;
- O formador não controla tão facilment e aaquisição de conhecimento do formando;
- Não permite o registo espontâneo;
Quadro preto
Limitações Vantagens
- Melhora a exposição;
- Tendo a d imensão , este recurso éadequado a grupos grandes;
- Permite o registo espontâneo;
standard
- O regis to de nova informação impl ica ter deapagar a anterior;
- Perde-se o contacto visual com o grupo;
- Este meio não é muito versáti l em termos deutilização de cores;
- Facilmente associado ao ambiente escolar trad ic iona l;
- Pouco estét ico;
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Quadro de papel (flipchart)
Limitações Vantagens
- Melhora a exposição;
- Permite conservar os registos para consultaposterior;
- Permite preparação a ;
- Permite o registo espontâneo;
- Recurso económico;
- Evita o pó de giz;
- Não necessita ser limpo;
priori
- O cavalete de suporte é de difícil ma nuseamento;
- Espaço de registo limitado;
- Requer cuidados especiais para conservação dascanetas;
- A sua pequena dimensão não o torna adequado agrupos grandes;
- Perde-se contacto visua l com o grupo;
- Não adequado a grupos grandes;
Quadro magnético
Limitações Vantagens
- Melhora a exposição;
- Permite aplicaçõe s de materi ais pelo facto de ser magnético;
- Permite o registo espontâneo;
- Permite o uso de várias core s;
- Apaga-se facilmente;
- Boa qualidade estética;
- O regis to de nova informação impl ica ter queapagar a anterior;
- Como é fácil de apagar, permite faci lmenteactualizações, acompanhando as ideias que vãosurgindo durante a discussão;
- O espaço de registo é limi tado;
- A sua pequena dimensão não o torna adequadoa grupos grandes;
- Perde-se o contacto visua l com o grupo;
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- Melhora a exposição;
- Permite o uso de fotograf ias;
- Permite preparação a , poupando tempo nasessão;
- Não é necessário escurecer a sala para que a
imagem seja visível, possibilitando o contacto vi sual ;
- O formador não tem necess idade de voltar ascostas aos formandos;
priori
- Implica preparação a , não sendo muitoprático o registo espontâneo;
priori
182
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Limitações
Limitações
Vantagens
Vantagens
Quadro com copiador
- Melhora a exposição;
- Permite o uso de várias cores ;
- Apaga-se facilmente;
- Boa qualidade estética;
- Permite o registo espontâneo;
- Permite conservar os registos para consultaposter ior, através impressão em papel do que estáescrito no quadro;
- Os formandos têm menos necessida de de tomar notas;
- Tendo acesso a cópias impressasdos registos do quadro, os formandos atentam maisa ouvir o que está a ser dito;
- Requer alguns conhecimentos técnicos;
- Recurso menos económic o que os outros tipos dequadro existentes;
- Requer luz eléctrica;
Retroprojector
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- Recurso relativamente económico;
- Os acetatos podem ser utilizados várias vezes;
- Permite o uso de várias core s;
- Permite ampliar as imagens e nesse sentidoadapta-las à dimensão do grupo;
- Utilização simples;
- O data permite projectar imagens a partir deum computador;
show
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183
Limitações Vantagens
Projector de diapositivos
- Melhora a exposição;
- Permite o uso de fotograf ias;
- Boa qualidade de imagem;
- Recurso relativamente económico;- Permite visualizar imagens ant eriores;
- Permite ampl iar as imagens e nesse sentidoadapta-las à dimensão do grupo;
- Estimula a concentração;
- Imagens não animadas;
- Perde-se o contacto visua l com o grupo pelanecessidade de escurecer a sala;
- Implica preparação a , não sendo possível o
registo espontâneo;
priori
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5)Quetipoderecursostécnico-pedagógicospossoutilizar?
Usando uma tipologia de suportes mais pormenorizada é possível identificar um conjunto al argado de recursos técn ic o-pedagógicos, dos quai s se destacam alguns exemplos :
Scripto Bateria de exercíciosDocumentos de apoio / leituras complementaresChecklist de procedimentos
Suportes Recursos Técnico-Pedagógicos (exemplos)
Vi suais Cronograma
DiapositivosScriptovisuais Mapa de aprendizagem
Manual do participante (equilibrado com ilustrações)
Áu dio Registo de instruções
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Limitações Vantagens
TV/Vídeo
- Melhora a exposição;
- Boa qualidade de som e imagem;
- As fitas de vídeo permitem várias utilizações egravações;
- Possibilita a gravação de informação copiada deoutros suportes;
- O vídeo grava dor permite selec cionar, ordenar eexpor a informação de modo versátil;
- É possível avan çar, recuar, fixar a informaç ão;
- Os actores podem intervir directamente na vídeogravação como protagonistas;
- Estimula a concentração;
- Requer alguns conhecimentos técnicos;
- Implica alguma preparação
- Um telev isor de média dimensão não é adequa doa um grupo grande;
- Pouca interactividade (TV/Vídeo);
prévia;
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Au diov isua is Vídeo
Powerpoint VideogramaDiaporama
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
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Multimédia CD ROMSimulador
RelativamenteàgarantiadequalidadedosRTPelapoderáseratendidanãosópelosfactoresjáenumerados,que te m a ver com os cond ic iona li smos próprios da sua construção e ap li cação, mas ainda por um conjunto decritérios mais gerais que os visam analisar quanto à sua adequabil idade, uti l idade, transferibi l idade,universalidade,escalabilidadeeautonomia.
Critériosgeraisdeanálisedaqualidadedosrecursostécnico-pedagógicos
Adequabi lidade Ir ao encontro da experiência social e profissional dos beneficiários edestinatários.
Utilidade Ganhos e valor percebidos pelos destinatários finais.
Transferibilidade Facilidade e rapidez na transferência e in corporação dos conteúdos para ocontexto de trabalho (potencial de ajuda ao trabalho).
Universalidade Potencial de aplicação/ utilização do recurso em contextos e gru pos-alvorelativamente diversificados.
Escalabilidade Organização e sequenciação dos conteúdos de modo a garantir a suamodularidade, facilitando a apropriação dos conteúdos por parte dosutilizadores bem como a sua actualização e renovação.
Autonomia Facilidade e grau de independência do utilizador relativamente àexploração e utilização dos conteúdos e respectivo suporte.
Fonte: adaptado de Equal, 2004)
Aquando da elaboração dos recursos técn ic o-pedagógicos, as preocupações mais vi sí ve is por parte de quem osconcebe dizem respeito à qualidade técnica dos mesmos, o que faz com que, nem sempre sejam acauteladosaspectos que concorrem, quando presentes, para uma maior adequação e eficácia dos mesmos quandoconsideradasasnecessidadesdosrespectivospúblicosdestinatários.
Neste sentido, apresentam-se, seguidamente,um conjunto de critérios específ icos quevisamapoiaro controlodequalidadedaquelesrecursos.
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6)Comovalidaraqualidadedosrecursostécnico-pedagógicosproduzidos?
Critériosespecíficosdeanálisedaqualidadedosrecursostécnico-pedagógicos(RTP)
Sugere-se aos indivíduos/entidades que concebem este tipo de recurso a observação de um conjunto decritériosquepermitamanalisaraqualidadedosprodutosconcebidos.
186
3
2
1
Scriptovisuais (ex: manual do formando)
Organização dainformação
- Clareza da estrutura;- Equilíbrio e homogeneidade das diversas partes do produto;- Lógica de agrupamento de conteúdos;- Organização dos conteúdos em capítulos e sub-capítulos;- Articulação dos conteúdos com o itinerário pedagógico pré-estabelecido;
Critérios Sub-critérios
Apresentação - Atractividade, funcionalidade e harmonia do design;- Equilíbrio entre textos, imagens e gráficos;- Adequação da disposição dos conteúdos por página;- Uniformização e harmonia dos formatos ao longo do texto;
Utilização - Adequação das características físicas do recurso à sua utilização;- Funcionalidade e facilidade na consulta;
Conteúdos - Identificação, no título, da mensagem-chave;- Identificação do objectivos do recurso;- Redundâncias na informação disponibilizada;- Destaque da informação (mensagens) fundamentais;
- Adequação da terminologia utilizada ao contexto de partida dosparticipantes na acção (ex: nomenclaturas específicas de determinadoscontextos de trabalho);- Adequação dos estilos de linguagem face aos conteúdos e respectivosdestinatários;- Adequação da dimensão dos parágrafos;- Articulação entre os vários assuntos abordados;
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Construindo recursos...
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- Descrição dos gráficos e figuras ou outras ilustrações;- A integração das figuras com os textos respectivos;- Definição de termos técnicos;- Identificação de siglas, abreviaturas, acrónimos...- Indicação dos respectivos momentos e formas de utilização;- Equilíbrio entre teoria e prática;- Harmonia das formas de explicitação dos conteúdos (texto, ilustrações,esquemas etc.);- Considerações para eventuais aplicações, debates sobre mensagenscentrais;- Inclusão de um glossário de termos e uma lista bibliográfica cominformação adicional;
Audiovisuais (ex: um filme)
Organização dainformação
- Clareza da estrutura;- Equilíbrio e homogeneidade das diversas partes;- Lógica de agrupamento de conteúdos;- Explicitação da estrutu ra do recurso (vídeo, Powerpoint);
Critérios Sub-critérios
Apresentação - Adequação dos elementos texto, som e imagem ao conteúdo, bem comoa diversidade;
- Equilíbro dos vários elementos;- Síntese dos textos (quando presentes);- Adequação das condições de audição e visualização;
Utilização - Adequação dos suportes para o visionamento;- Inclusão de um guia de exploração do recurso;
Conteúdos - Adequação das formas de exposição ao suporte (texto, legendas,imagens, música, locução, desenhos etc.);- Equilíbrio entre teoria e prática;- Clareza das mensagens transmitidas;- Originalidade dos conteúdos;
- Possibilidade de exploração de saberes detidos e novos saberes;- Possibilidade de resolver problemas concretos;
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Multimédia (ex: um CDROM)
Organização dainformação
- Clareza da estrutura;- Equilíbrio e homogeneidade das partes;- Lógica na sequenciação dos conteúdos;- Articulação dos conteúdos com itinerário pedagógico pré-estabelecido;- Explicitação da estrutura do recurso;
Critérios Sub-critérios
Apresentação - Adequação dos elementos texto, som e imagem ao conteúdo;- Diversidade e equilibro desses elementos apresentados;- Síntese do elemento texto;- Adequação das condições de audição e visualização;
- Qualidade gráfica do recurso;Utilização - Facilidade de navegação;
- Adequação dos suportes para o visionamento (hardware e software),- Adequação do software aos vários sistemas operativos;- Simplicidade dos procedimentos de instalação;- Inclusão de um guia de exploração do recurso;- Facilidade na utilização diferenciada em função de diferentes tipos deutilizadores;- Respeito pelos diferentes ritmos de aprendiza gem em presença;
Conteúdos - Adequação das formas de exposição ao suporte (t exto, legendas,
imagens, música, locução, desenhos etc.);- Equilíbrio entre teoria e prática;- Possibilidade de interactividade;- Possibilidade de exploração de saberes detidos e novos saberes;- Possibilidade de resolver problemas concretos;
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(Adaptado de C.P. Campbell, 1 998)
Recomenda-seainda o registodos RTPno quedesignamos neste guiaporf icha técnica decaracterização decadarecursotécnicopedagógico.EssasfichasdecaracterizaçãopoderãoconstarnoGuiadoFormador, anexadasaosrespectivosrecursos.Asuaconstruçãopermitefaci l itaraouti l izadoraescolhaeaapropriaçãodosrecursosquelhesãodisponibilizados(verinstrumentoindicado).
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
No sentido de optimizar a exploração de determinado recurso técnico-pedagógico
sugere-se que o mesmo seja construído a partir de pequenas unida des formativas, ouseja, direccionado para intervenções pedagógicas específicas, por forma a facilitar aexploração dos conteúdos em cada um dos módulos. Esta decisão poderá aindaconstribuirparaumamaior“longevidade”dorecursoemcausa.
7.Quemodosdeapropriaçãoeexploraçãopedagógicaderecursostécnico-pedagógicos?
Para além da proposta de Ficha Técnica apresentada, os RTP poderão ainda ser acompanhados de um guiãoexplicativodosseusmodosdeapropriaçãoeexploração.
As li nhas or ientadoras para a cons trução de gu iões de exploração que a gora se propõe deverá, assim, serv ir essencialmentepara orientaro formador na exploraçãopedagógicade conteúdos relativos a determinadosRTP.
Um pode assemelhar-se a um plano de sessão, na medida em que poderá conter o
mesmo tipo de informação, designadamente, os temas/ conteúdos, contexto e finalidade, objectivos, duração,materiais, métodos pedagógicos, estratégia avali ativa etc. Permite, todavia, ir mais longe, já que especifica todoum conjunto de informações que permitem integrar, do ponto de vista pedagógico, os conteúdos do RTP nosobjectivosdasessão,módulooucursoadesenvolver.
Se considerarmos um , este deverá estar estruturadode forma a não suscitar qualquer dúvida quanto aos seus conteúdos designadamente respectiva sequenciaçãológica,stepbystep,momentosdesínteseedereforçodasmensagensprincipais,elementosvisuaisqueilustremosmesmosetc...(verchecklistdevalidaçãoderecursosscritovisuais).
A exploração de um manual desta natureza pode exig ir um conjunto de or ientações adic ionais , quandoconsideradaasuaexploração.Estasorientaçõespodemsurgiraolongodoprópriomanualatravésdeumaespéciedediálogoqueoautorestabelececomoutilizador,oualternativamente,umpeçasuplementaraoprópriomanual,
traduzindo-se num guião suplementar exclus ivamente dedicado à exploração pedagógica do manual.
Noque dizrespeitoa outrotipo deRTP, como porexemploos recursosaudiovisuaisou multimédia, pelo factodenãocomportarem muita informação, e sendo esta essencialmente visual,são, regra geral,acompanhadosde umpequenomanualdeexploraçãoanexo,quevisa apoiaroformadornaexploraçãodosconteúdosdaformação.
Vejamo s algumas notas sobre o concei to de guião de exploração.. ..
guiãodeexploraçãodosRTP
manua l de apoio ao formando, como exemplo de um RTP
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Apresenta- se de segu ida, a t ítulo meramente exempl if icat ivo, um pequeno guião de exploração pedagóg ica de
um vídeo dedicado à temát ica das relações interpe ssoai s, aplicado num curso dirig ido a técni cos de front officeemserviçosdeapoioaclientes, equeapresentacomotítulo:“comoreagirperanteumclientedescontente?”.
Opresenteguiãode exploraçãoé relativo apenasao vídeo I propostopara o cursoreferido.
Estes guiões de exploração consistem, assim, funda mentalmente, em sugerir o reforço
de determinada mensagem/ ideia, em propor pausas, momentos para sínteses,discussão,avaliaçãoetc.
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Titulo:“Comoreagirperanteumclientedescontente?”
Contexto:O maior desaf io e di ficuldade de um consiste em ser, por um lado, receptivo às necessidades eargumentos dos clientes e, por outro, simultaneamente, veículo de transmissão das orientações da empresa.Por vezes o desempenho simultâne o desses papéis pode ser difícil , nomeadamente , quando existe um conflitode interesses entre o cliente e a empresa.
O desempenha nestas s i tuações um papel de primeiro mediador numa si tuação de conf l ito, quepoderá constituir no limite uma reclamaçã o. O recurso judicia l é uma situação limite que deverá ser evitada.
O desempenha um papel fundamental na despistagem e f i ltragem de s i tuações que poderão dar origem a casos de conflito . Saber informar e comunicar são competências essenci ais para isso.
front o ff ic e
front o ff ic e
front o ff ic e
É fundamental ao front office dominar algumas técnicas de comunicação em situação de potencial conflit o.
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Objectivos:
Duração:
Materiais:
O vídeos I e II são constituíd os por um conjunto de sketchs que representam vária s situações de atendime nto acliente s. Situações essas caracterizada s por um potencial de conflito entre o cliente e a empresa.
Este vídeo (Video I) permite apenas visionar metade dos sketchs, nomeadamente um cliente representando várias si tuações, o ví deo II completa as cenas com a respos ta do com o qua l o c liente in terage.
O presente vídeo centra-se essencialmente nas técnicas de comunicação e relação interpessoal. Os problemasconcretos que são representados , e que enformam a relação entre o cliente e o front office, são meramenteilustrat ivos. Este vídeo não pretende dar respostas a esses problemas, cuja natureza e tipos de resposta variae m f un ção d os d ife re ntes con te xtos d e .
No final da exibiç ão do vídeo I, os formandos deverão ter discutido todas as situações apresent adas, bem comoencontra do eventuais resposta s para as mesmas, recor rendo para tal à ficha-e xercício em anexo.Posteriormente os formandos deverão visionar o vídeo II de modo a corrigirem as fichas e identificarem asrespostas correctas.
No final da exibição dos dois vídeos, o formando deverá saber aplic ar um conjunto de técnicas decomunica ção/ relação interpes soal adequadas a situações de potencial conflit o com um cliente em contexto de
Duração do filme I: 62 minutosDuração do filme II: 1h.30m.
- Videogravador (VHS)- Fichas de Trabalho - Exercíc ios- Canetas
front o ff ice
front o ff ic e
front o ff ice.
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Cenas 1,2,3: Quando umcliente reagenegativamente àsinformações/ esclarecimentos que estáa dar
Parte 1 (5 min.) - Após o visionamentoquestionar os formandossobre como reagiriamperante a situação;- Debate;- Preenchimento de fichade resposta;
Disponibilizar as fichas-exercício e canetas;
Explicar a situaçãorepresentada;
O formador deverá
Situação Vídeo Estratégia p edagógica Notas
Cenas 4 e 5: Quando umcliente coloca umproblema/ dúvida cujaresposta você
desconhece
Parte 2 (10 min.) - Visionamento Explicar a situaçãorepresentada
Cenas 6,7,8: Quando umcliente coloca umproblema/ dúvida relativaa uma situação atípica enão prevista
- Após o visionamentoquestionar os formandossobre como reagiriamperante as situações;- Debate- Preenchimento de fichade resposta
Explicar a situaçãorepresentada;
O formador deverámoderar e orientar odebate
Cena 9: Quando umcliente tem razão
- Visionamento Explicar a situaçãorepresentada
Parte 3 (12 min.)
Cena 10: Quando umcliente tem razão - Visionamento Explicar a situaçãorepresentada
Cena 11: Quando umcliente pode ter razão!
- Após o visionamentoquestionar os formandossobre como reagiriamperante a situação;- Debate- Preenchimento de fichade resposta
Explicar a situaçãorepresentada;
O formador deverámoderar e orientar odebate
Cena 12: Quando umclien te pede o livro dereclamações
- Após o visionamentoquestionar os formandossobre como reagiriamperante a situação;- Debate- Preenchimento de fichade resposta
Explicar a situaçãorepresentada ;
O formador deverámoderar e orientar odebate
Parte 4 (5 min.)
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Cenas 13,14: Quando um
cliente tenta suborná-lo
Parte 5 (15 min.) - Visionamento Explicar a situação
representada
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Cenas 15,16,17:Quando o cliente éagressivo
- Após o visionamentoquestionar os formandossobre como reagiriamperante a situação;- Debate- Preenchimento de fichade resposta
Explicar a situaçãorepresentada;
O formador deverámoderar e orientar odebate
Cenas 18,19: Quando ocliente pede para ser atendido por um colegaseu
Parte 6 (15 min.) - Visionamento Explicar a situaçãorepresentada
Cenas 20, 21: Quando ocliente pede para ser atendido pelo seusuperior hierárquico
- Visionamento Explicar a situaçãorepresentada
Cenas 22, 23: Quando ocliente pede para ser atendido por umresponsável máximo
- Após o visionamentoquestionar os formandossobre como reagiriamperante a situação;- Debate
- Preenchimento de fichade resposta
Explicar a situaçãorepresentada;
O formador deverámoderar e orientar o
debate;
O formador deverárecolher as fichas de
todos os fo rmandos, fazer o calculo da média derespostas a cada situação,apresentar os resultadose discuti-los com o grupo;
Preparar os formandospara o visionamento do
Video II
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Instrumentosde apoio ao processo
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Ter presente a organização
de conteúdos pré-estabelecida
MODELO ADORA - FASE IV Realizar recursos técnico-pedagógicos e recursos de apoio
Consideradosos factores que influenciam
esta decisão?
Seleccionar os recursos de apoio a utilizar
Aplicar critérios para aferir qualidade dos recursos técnico-pedagógicos
concebidos ou sinalizados
Considerados
os factores que influenciam
esta decisão?
Rever factores.Não
Não
Sim
Sim
PROCESSO 1 - ¨Conceber, validar e produzir recursos de aprendizagem (formatação pedagógica)
Seleccionar os recursos técnico-pedagógicos a utilizar
Sim
Não Reequacionar a utilização do recursoe/ou reelaboração do mesmo.
Resultados positivos?
Ficam seleccionados
e validados os RTP a utilizar
Rever factores.
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Fichatécnicadosrecursostécnico-pedagógicos(RTP)
Esta ficha técnic a tem como principa l objectivo sinal izar, de forma sucin tam, os aspectos centrai sde um qualquer RTP que venha a ser utilizado num determinado curso ou acção de formação.
Traduz-se, fundamentalmente, n um suporte de apoio à decisão aquando da selecção deste oudaquelerecursoautilizar.
Título doRecurso técnico-pedagógico ResponsávelTécnicopeloRTP
NomeTelefoneFaxE-mail
Área Temát ica Indique a área temática predominante em
que se insere o RTPPúblico-alvo Indique os potenciais utilizadores do RTP
CaracterísticastécnicasdoRTP Indique os temas, os exercícios e osinstrumentos que constam no RTP
SuportedebaseaoRTP Manual/Livro Áudio
Cd-Rom Website
Disquete OutroQual?
Vídeo
Objectivos - A que problem a pretende responder orecurso?
- Que tipo de solução prete nde ser?
- Que objectivos podem ser alcançadosatravés do recurso?
- Qual a utilidade imediata para osbeneficiários/utilizadores do RTP?
- Quais as competências que podem ser desenvolvidas com o recurso?
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Resumo/ Principais conteúdos Breve resum o do RTP (súmula do conteúdo tr atado, es tratég ia de c omun icação ,duração, dimensões, etc); principais
assuntos abordados e sua sequência; Como foram envo lv idos os destina tá rios e os váriosactores da formação na concepçãoe eventual validação do recurso?
Requisitos/ Especificações técnicas - Que normas técnica devem ser respeitadaspara a exploraçã o do RTP?
- Que tecnologias, equipamentose programas (hardware e sofware)devem ser utilizados para uma exploração
fiável do RTP?
- A que condições deve obedece r o espaço fí si co onde o RTP vai ser explorado?
- Quais os produtos, normas (de segurançaou outras) e standadsdevem estar presentes na exploraçãodo RTP?
- Esses requisitos, especificações e normasestão documentados?
Observações - Competências mobilizadaspara a concepção e produção do recurso;
- Qual a utilida de e o valor do RTPreconhecidos pelas entidades/profissionaisque o exploram/exploraram?
- Realizaram-se acções de validaçãodo recurso?
- Com que população-alvo
e em que contexto?
- Impacto do RTP nos beneficiários;
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-Longevidade do recurso: está previstaa revisão/actualização do RTP?
- Direitos de autor;
- Duplicação e disseminação;
- Custo;
-Contactos e links para aprofundamentodas temáticas relativa s ao RTP;
-Testemunhos de entidade se profis siona isque exploraram o RTP.
(Fonte: Adaptado de Covita, 2003)
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Checklistdeapoioàelaboraçãodeprodutosscriptovisuais(ex:manualdoformando)
Pretende-se que o uti l izador seja capaz de uti l izar a presente checklist nos produtosscriptovisuais(ex:manuais deapoioao formando...)que venha a produzir (oua seleccionar),por
forma a a feri r do g rau de qua lidade da mesma, resu lt ando na decisão de o ut il izar ou não e mdeterminadocursoouacçãodeformação.
Questões a considerar Sim(x)
Não(x)
Nãoaplicável
(x)
A es trutura do documento é c la ra?
As d iversas pa rtes s ão homogéneas e equi li bradas?
A lógi ca d e agrupamento d e co nteúdos é a mai s adequada?
A or ganização dos conteúdos e m ca pí tulos e sub-cap ítulosé a mais adequad a?
Ver if ica-se ar ticu lação dos conteúdos com o it inerár iopedagógico pré-estabelecido?
O design do produto é atractivo, funciona l e harmoni oso?
Ver if ica- se e qu il íbrio en tre te xtos , im agens e grá fi cos?
A di spos ição dos co nteúdos por p ág ina é adequada?
Os formatos ao longo do texto são uniformes e harmoniosos?
O documento é de consulta fácil?O título do produto deixa clara a mensagem central do mesmo?
Os objectivos do documento são claramente identificados?
São destacadas no documento as mensagens fundamentais?
A terminolog ia ut il izada ao co ntexto de par tida dos pa rt ic ipantesna acção (ex: nomenclaturas específicas de determinadoscontextos de trabalho) é a mais adequada?
Os estilos de linguage m são adequa dos aos conteúdose respectivos destinatários?
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São identificadas todas as siglas, abreviaturas, acrónimospresente s no texto?
A di mensão dos pa rágrafos é a ma is a dequada faceàs características do público-alvo?
Os vários assuntos abordados são apresentadosde forma articulada?
Os gráficos e figuras ou outras ilustraçõ es são devidamentedescritas?
As f iguras apresentadas s ão claramente a rt icul adas com os t extos?
Os termos técnicos utilizados são claramente descritos?
É apresentado um glossário de termos e uma lista bibliográficacom informação adicional?
São claramente identific ados os espaços para a reflexão/ veri fi cação de ap rendizagens?
São indicados os momentos e formas de utiliza ção do documento?
Ver if ic a-se um efect ivo equil íbrio en tre te or ia e pr át ica?
São efectuadas considerações para eventuais aplicações, debatessobre mensagens centrais?
São apresentados exemplos de reforço à transmissãodas mensagens?
Observações:
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1. Objectivo(s) de aprendizagem2. Referencial de validação
3. Identificação do suporte
Validação externa (peritos)
Experimentação individual
Produto pronto
para utilização por um/
dois indivíduos?
Não
Sim
Instrumento para validação de RTP
Revisão/validação interna
Não
Rever
Rever
Rever o produto após ter deixado passar algum tempo da respectiva concepção.Principais aspectos a considerar: rigor
técnico; actualização, clareza das frases econceitos; sinalizar informação redundante;rever pontuação; verificar adequação daarticulação dos elementos texto, gráficos,
figuras (aplicar checklist de verificadores).
Analisar o recurso pedagógico sob três vertentes distintas: (1) analisar suficiência das matérias; qualidade técnica;respeito pelas características dos
formandos; (2) revisão literária;construção gramatical, organização dosconteúdos, qualidade global do produto.(3) adequação do produto àscaracterísticas do público destinatário;utilidade do produto para os públicos alvo.
Técnica:
Editorial:
Valor:
(Actividade opcional)Sinalizar um formando com desempenhosacima da média e sugerir que explore orecurso pedagógico sozinho. Acompanhar essa experiência sinalizando eventuaisdificuldades (considere a elaboração dealgumas ajudas ao trabalho). Verifiqueadequação dos critérios de avaliação pré-
definidos (ver referencial de validação pré-definido).
Exploração do recurso por um pequenogrupo de utilizadores
O recurso adequa-seàs necessidades dos seus
destinatários?
(Actividade opcional)Seleccionar uma amostra de 10 a 20
formandos, com as características dopúblico destinatário do produto em análise.Sugerir que utilizem os materiais e queidentifiquem eventuais dificuldades. Registar as questões consideradas críticas. Registar (se possível) o tempo de apropriação dosmateriais propostos. Levar o grupo apartilhar os resultados da experiência.Rever o recurso pedagógico na sequênciados resultados deste teste.
Sim
NãoRever
O recurso adequa-se
às necessidades dos seus
destinatários?
Sim
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Exploração do produtopor um grupo alargado de indivíduos
Explorar o recurso pedagógico num grupo
alargado de participantes (ex: um grupo departicipantes de um determinado curso ouconjunto de cursos). Registar eventuaisquestões consideradas críticas,designadamente relativas a dificuldades naexploração dos materiais. Inquirir osparticipantes (por exemplo mediante aaplicação de um inquérito de opinião).Registar todos os comentários efectuados.Rever o recurso pedagógico de acordocom o feedback obtido.
Sim
NãoRever
O recurso adequa-se
às necessidades dos seus
destinatários?
Eficácia e valor do recurso confirmados
Após completar os vários procedimentosde validação do recurso pedagógico, o
mesmo estará pronto para respectivaduplicação e disseminação. Este processode validação não invalida futurasalterações de melhoria sobre o mesmorecurso.
(Adaptado de Campbell, 1998)
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Analisar competênciasreferenciadasa contextos
de desempenho
Agregar objectivosde aprendizagempor domínios do saber
e formas de organizar a formação
Estabelecer sequênciasde conteúdose respectivos saberes
a adquirir/desenvolver
Conceber, validar e produzir recursos técnico-pedagógicos
(formataçãopedagógica)
Definir a estratégiaavaliativa
Construir objectivosde aprendizagem válidos (adequadosa públicos e a contextosbem determinados)
Desenhar itineráriosde aprendizagem,modularizáveise ajustados a públicose contextosdeterminados
Estruturar, validar e produzir guiõespedagógicos(apoio ao formador)
Produzir e validar ajudas ao trabalhoadequadas aos públicos
e contextos de trabalho
Fase I
ANALISAR OS CONTEXTOSDE PARTIDA
Fase II
DESENHAR A PROPOSTA FORMATIVA
Fase V
AVALIAR A ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
Processo 2Estruturar, validar e produzir
guiões pedagógicos de apoio ao formador
Fase IV
REALIZAR RECURSOSTÉCNICO -PEDAGÓGICOSE PREPARAR EQUIPAMENTOSDE APOIO
Seleccionar estratégiasde aprendizagemadequadasaos formandose aos contextos
Fase III
ORGANIZAR AS SEQUÊNCIASPEDAGÓGICAS
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Colecção Metodologias
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Vejamos alguns concei tos. ..
Entendemos por gu iões pedagógicos, o conjunto de orientações e instrumentos de apoio ao formador/animador para o desenvolvimento de um módulo . Tra ta -se de ajudas ao tr abalho di ri gidas ao
formador, que podem ser organizadas e sintet izadas sob a forma de um doss ier de apoio ao módu lo. Es te poderáserconcebidopelaentidadeformadorae/oupelopróprioformador.
Um ao m ódu lo é , r egra g eral , const it uí do p or u m c on ju nt o de d ocumentos r ela ti vos a os v áriosaspectosdocurso/módulos,asaber:
-Planogeraldapropostaformativa;-Guiadoformador;-Planosdesessão;
Um plano geral da proposta formativa constitui um documento no qual constam todas a referências relativas àintervenção formativa que se pretende desenvolver, ou seja, relativo ao curso a desenv olver. Pode ainda ser designado por guião do curso. Este documento tem como principal objectivo dar a conhecer as característicascentraisdapropostaformativaadesenvolver.
2.Queguiõespedagógicos?
3.Oqueéumplanogeraldapropostaformativa?
dossierdeapoio
1.Oqueseentendeporguiõespedagógicoseparaqueservem?
Processo 2: Estruturar, validar e produzir
guiões pedagógicos de apoio ao formador
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
- Enquadramento e contextualização do programa
Requisitos e competências de entrada- Detalhe do perfil de saída (certificação/qualificação)- Identificação rigorosa do fornecedor do programa e si tuação em termos derespectivo reconhecimento e certificação- Locais e datas de realiz ação do programa e formas de acesso- Momentos de candidatura e mecanismos de selecção dos participantes- Contrato de formação- Natureza, tipo e valor da declaração/certificado/diploma a atribuir aosparticipantes- Responsável/coordenador do programa e contactos- Indicação clara dos formadores e outros responsáveis- Estrutura detalhada do programa (itinerário pedagógico): objectivosespecíficos de aprendizagem por módulo, conteúdos programát icos adesenvolver, metodologias de trabalho e aprendizagem, cargas horárias ,materiais necessários e recursos disponibilizados, estratégia de avaliação (planogenérico), responsabilidades e cargas de trabalho exigidas aos participant es,
formador(es) que irão conduz ir o módu lo ou unidade de aprendizagem- Requisitos e exigências técnicas para a exploração de tecnologias
Objectivos geraisPopulação-alvo
---
Plano geral daproposta formativa(guião do curso)
Obs: Um plano geralde formação integra,
normalmente, osresultados dosprocessos descritosnas fases anteriores.
Dos elementos que, regra geral, integram um plano geral de formação, destacam-se as seguintes:
4. O que se entende por guia do formador?
Um guia de apoio ao formador traduz-se num recurso de estrema importância já que disponibil iza um conjuntode orientações que visam garantir a qualidade das respectivas int ervenções. Apresenta ainda como objectivouniformizaras práticasde quem seresponsabil iza pela execuçãoda formação,casoseja essa a intençãoda equipadeconcepção.
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Colecção Metodologias
5.Oqueéumplanodesessão?
O plano de sessão é, poder-se-á dizer, o farol do formador. Para além de um in strumento de planificação daacção , o plano de sessão é também um recurso técnico -pedagógico, na medida em que serve de orientação esuporteduranteasessão.
Sendo fundamentalmente uma produção pessoal do formador, é importante que pelo menos a estrutura/ modelo do plano seja pensada pelo conceptor e disponibilizada ao formador (preferencialmente discut ida por ambos,comoaliásdeverãoseridealmentetodososprocessosdeconcepção,especialmentenoquedizrespeitoaosinstrumentoserecursospedagógicos).
- Enquadramento do Guia (curso, módulo…)
- Caracterizar o módulo/unidade: objectivos gerais e específicos, cargashorárias, número de sessões/unidades, sequência dos conteúdos, estratégias emétodos, recursos técnico-pedagógicos e out ros materiais a explorar,equipamentos e tecnologias necessárias- Planos das sessões- Metodologia de avaliação (planos de intervenção específicos)- Ajudas ao formador: apresentações powerpoint, exercícios, casos e trabalhospráticos ou orientações para a respectiva elaboração- Orientações e sugestões para a realização de instrumentos de avaliação- Guias de exploração de recursos multimédia (caso estejam previstos);- Ajudas técnicas: textos fundamentais, bibliografia, hiperligações, etc.- Orientações relativas a materiais e ajudas pedagógicas a utili zar
16
Guia do formador
Uma correcta planif icação é fundamental para que o formador assegure que os formandos vão at ingi r os resu lt ados pretendidos no fina l da acção de formação .
Osplanosdesessãopodemserinseridosounão noguiadoformador.16
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Comocaracterísticasessenciaisdeumplanodesessãopodemapresentar-seasseguintes:
- pode assumirvárias conf iguraçõesem termosde apresentaçãof ís ica, layout;-deveráreflectiradinâmicaintrínsecadeumasessãoformativa;-podeserdinamizadodediversosmodos;- contém, normalmente todas as in formações de ordem teórica e prática necessárias ao desenvol vimento dasessãoformativa,comosejam:
- ostemas/conteúdosa ensinar;- osmétodose técnicasa uti lizarna exploraçãodosmesmos;-adescriçãodosmeioserecursostécnico-pedagógicosdesuporte.- osmomentos,oscritérioseinstrumentosdeavaliação.
Naelaboraçãodeumplanodesessão,destacamosaquiloaquesechamaritmoternáriopedagógico.Trata-sedeuma sugestão metodológica concreta, dirigida ao formandor, de modo a que este possa orientar maiseficazmenteasrespectivasintervençõesformativas.
O conceito de ritmo ternário pedagógico remete para a implementação de uma estratégia pedagógica quedefinetrêsmomentosdistintosnumasessãodeaprendizagem,asaber:
6)Comoplanificarumasessãodeaprendizagem?
Praticando...
210
3
2
1
- um 1º momento destinado a , permitindo aos participantes a apreensão de novoselementoseconhecimentos,recorrendoafontesdeinformaçãopreviamenteajustadas;
- um 2º momento dedicado ao , que visa facilitar a integração dos conhecimentos
recentesnasexperiênciaseaprendizagensanterioresdoparticipante;- u m 3º m omento focalizado n a , p ermitindo a o participante p reparar a t ransferência d asaprendizagens,efectuadasaolongodasessão,paraocontextoprofissional.
recolha de informação
tr atamento da in formação
aplicaçãodainformação
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As ca racter ís ti cas de cada um dos momentos recomendam a adopção de métodos pedagógicos especí fi cos(ver métodos pedagógicos, Fase D- Realizar). A aplicação do modelo do naestruturação das sessões formativas revela-se também bastante faci l i tadora da escolha dos métodospedagógicos.
Na prática, os três momento pedagógicos operacionalizam-se quando um plano de sessão se estrutura edesenvolvedaseguinteforma:
Oformadorpreocupa-se,nummomentoprévioàexecuçãodasessão,com:
-levantareventuaisexpectativasdosparticipantesnaacção;-discutirosobjectivosaatingir;-desenvolverestratégiasdemotivação;-aplicarmetodologiascentradasnoformador;
A concreti zação destas ac ti vidades é, regra gera l, suportada pe la exploração de metodologias cent radas no formador, ou se ja , conjun to de estratég ia s e dispos it ivos metodológicos em que a figura pedagógica dominante éoformador.Aplicam-se,nestafase,osmétodos:expositivo,interrogativoedemonstrativo.
Tra ta -se de dar iní cio ao 1º moment o peda gógico: a . A expl ora ção dos cont eúdos éefectuadacomrecursoadoistiposdemetodologias:
-metodologiascentradasnoformador(quevisamfornecerelementosnovos);- metodologias centradas no participante (desenvolviment o das reflexões e análises críticas, da memorização einterpretação)
Enquadra o 2º momento pedagógico: o . Visa a apropriação e integração de novosconhecimentospor parte dosparticipantesna acção.Assiste-senestafase ao recurso às metodologias centradasno grupo ou participativas, como por exemplo: trabalhos de grupo, discu ssão conduzida, estudos de casos esimulaçãodesituações.
ritmo ternário pedagógico
1ªparte:Introdução
2ªparte:Desenvolvimento
3ªparte:consolidação
recolha de informação
tratamento da in formação
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Colecção Metodologias
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
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4ªparte:Conclusão
Procura d ar v isibilidade a o 3º m omento p edagógico: a . V isa-se, n este m omento, c riar a scondições para que o participante possa praticar a trans ferências das aprendizagens adquiridas. O formador recorre aqui às metodologias centradas no participante, facilitando a reali zação de exercícios individuais ou nolaboratório, e ainda,e semprequepossível,a realizaçãode formaçãono contextode trabalho.
A sequência seri a então a se gu in te :
aplicação da informação
INTRODUÇÃO
Levantamento de expectativas;Identificação dos objectivos a atingir;Desenvolvimento de estratégiasde motivação;Metodologias centradasno formador;
DESENVOLVIMENTO
1ºMomento: recolha de informação:- A mente humana apreende arealidade;- Metodologias centradas no
formador ;- Metodologias centradas no
formando;
CONCLUSÃO
3º Momento: aplicação dainformação:- A mente humana transfere acçõespara o real;
- Metodologias centradas noparticipante
CONSOLIDAÇÃO
2ºMomento: tratamento dainformação:- A mente humana integra aspercepções;
- Metodologias centradas no grupoou participativas
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Colecção Metodologias
As várias componentes que podemos encontra r num :planodesessão
O tempoda sessão
Éimportantecalcularotempoadispensarparacadaumadasmatérias,tendoemcontao tempo dete rminado para cada sessão sendo que es te resu lt a do planeamento/ ponderação detempos destasfaceà duração total domódulo.
O descritivo dos temas/conteúdosa abordar
Traduz-se num dos princ ipais eleme ntos a considerar num plano de sessão. Da melhor ou menor exploração dos mesmos depende, em grande medida, a maior ou menor,eficáciadaintervenção.
A organ ização esequenciação dos
temas/ c onteúdos
A organização e sequenciação dos te mas/ conteúdos de uma sessão , obedecebasicamenteàs mesmascondiçõesenumeradaspara a estruturaçãoe sequenciação dosmódulos(vercapítulosanteriores).
É importante considerar se existe uma ordem lógica entre os saberes que se querem transmit ir. Se ela ex is ti r deverá ser cons iderada no planeamento da sessão , have ndo querespei tar a sequenciação dos conteú dos pré-estabelecidos para o módulo . No caso denão haver necessariamente uma ordem de sequenciação, deve assegurar-se que, namedidado possível, o conjunto deconteúdosde umasessão iniciee acabe umobjectivodeaprendizagem.
Os métodospedagógicos
É importante associar a cada tema desenvolvido numa sessão um determinado métodopedagógico e que preferencialmente a sessão resulte num conjunto diversificado demétodosaaplicar.
Os suportesde apoio O formador deverá ainda enumerar os suportes de apoio de que vai necessitar nasessão. A sua provisão antecipada pode evitar posteriores constrangimentosdecorrentesdasuaausênciaaquandodarealizaçãodaformação.Algunsdessesrecursosrequerem ainda alguma pré-pre paraç ão, factor que deve ser considerado embora essa
ta re fa deva ser real izada preferencialmente fora do horário da sessão.
Estratégiaavaliativa
A versão ma is es truturada do plano contempla a . Tra ta -se de umcampo onde para além da descrição do método ava liat ivo a usar na sessão, o formador poderá anotar informações relativas à avaliação das aprendi zagens dos formandos bemcomo à qualidade da adesão dos mesmos aos diferentes momentos (avaliação daprópriasessãoedaprópriaestratégiaavaliativa).
estratégia avaliativa
Bibliografia
recomendada /d isponibi li zada
A li stagem de bibl iograf ia recomendada/ dispon ib il izada, assim como outro tipo de
recursospedagógicospertinentes,poderátambémconstituirumelementoimportanteàplanif icação.
Relativamente aos momentos pedagógicos do modelo ternário eles deverão acima de tu do estar na mente dequem planifica a sessão, para sua própria orient ação. A sua representação no plano apenas poderá facili tar odesenhodomesmo.
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
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Exemplifiquemos um plano de sessão básico e um pla no de sessão mais estruturado (apli cando o modelo doritmoternáriopedagógico).
Planodesessão:Versãosimplificada.
Modo de conservação dealimentos
Como se faz umaementa?
Aspectos a cons iderar n aconstrução de umaementa variada eequilibrada (roda dosalimentos)
Elaboração de umaementa semanal para 3casos: normal;
vegetariano emacrobiótica;
Revisão da sessãoanterior
Brainstorming
Expositivo
Trabal ho de Grupo
Retroprojector/ Acetatos
Quadro de papel/Canetas
Quadro magnéticoDocumentos escritos
CartolinasCanetas de cor
09.00 09.30
09.30 10.00
10.00 10.30
10.30 -10.45
11.15 - 12.00
Dia: / / Sessão n.ºMóduloObjectivos da sessão
Temas/conteúdosTempo Método e técnicas Meios e recursos
10.45 - 11.15 intervalo para café
Elaboração de umaementa semanal(continuação)
Apresentação e di scussãodos trabalhos
Af ixaç ão dos trabalhos nasala
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Colecção Metodologias
Planodesessão:Versãodesenvolvida.
09.00 - 09.30
09.30 - 10.00
10.00 - 10.30
10.30 -10.45
10.45 - 11.15 intervalo para café
Temas/conteúdosTempo Método e técnicas Meios e recursos Observações
Modo de conservaçãode alimentos
Apresentaç ão ediscussão dos objectivosda sessãoIdentificação deexpectativas iniciaisExperiências anteriores
Como se faz umaementa?
Aspectos a cons iderar naconstrução de umaementa variada eequilibrada (roda dosalimentos)
Elaboração de umaementa semanal para 3casos: normal;
vegetariano emacrobiótica;
Revisão da sessãoanterior
ExpositivoInterrogativo
BrainstormingExpositivo
Trabalho de Grupo
Retroprojector/ Acetatos
Quadro depapel/Canetas
Quadro magnético
Documentosescritos
CartolinasCanetas de cor
1ª parteIntrodução
2ª parteDesenvolvimento
3ª parteConsolidação
11.15 - 12.00 Elaboração de umaementa semanal(continuação)
Apresentação ediscussão dos
trabalhos
Elaboração de umaementa semanal(continuação)
4ª parteConclusão
Dia: / / Sessão n.ºMóduloObjectivos da sessão
Contextualização da sessão no móduloPré requisitos
Grupo:
Estratégia Avaliativa:
Documentação e materiais:
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Ainda como modo de es truturaç ão pedagóg ic a das aprendizagens , de staca- se o modelo de Gagné ( 1985) queconsigna9componentes/etapasnoprocessodeaprendizagem,aosquaiscorrespondemdeterminadostiposdecomunicação que o formador deverá explorar. Trata-se de uma proposta de estrut uração de uma sessão de
formação um pouco ma is deta lhada em re lação ao modelo do ri tmo ternár io pedagógico.
Essas etapas traduzem os estímulos externos,a desencadear pelo formador, adequados ao queGagnéconsideraseremosprocessosinternosdeaprendizagemdosformandos.Sãouniversais,aplicando-seaqualquercontextode aprendizagem e constituem uma importante orientação à construção de um plano de sessão, já que nospermitemprovidenciarasmetodologiasnecessárias,bemcomoosmeioserecursosaaplicar.
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
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Despertar o interesse
Colocar um problema para despertar aatenção e favorecer a concentração;
Recorrer a recursos multimédia de forma a captar faci lm ente a atençãodos formandos;
Colocar questões no início, criando um
ambiente interactivo favorável àrelação pedagógica que se inicia.
Etapas no
processode aprendizagem(Gagné, 1985)
Interacção esperada
Exemplo
Curso de cozinhaSessão: elaboração de ementa
Questionar os formandos acerca dasrespectivas experiências culinárias.
Mostrar aos formandos variadasEmentas e solicitar preferências.
Informar oformando sobre osobjectivos aalcançar
Coloca r a questão: como se faz umaementa?
Colocar os formandos perante umaquestão, posicionando-os perante oque é esperado e preparando-os parareceber e trabalhar a informação.
Evocar conhecimentosimportantes ecomplementares,eventualmenteadquiridos
Explorar concepções e definições deementa
Confrontar os formandos com novasinformações, ancorando estas últimasnos conhecimentos já existentes enoutros conhecimentos relevantes paraa compreensão das mesmas.
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Colecção Metodologias
Exposição
da informação
Mostrar uma ementa e descrever as
suas propriedades.
Momento em que o formador estimula
os formandos para a aprendizagem,expõe o tema tema, fornece asinformações necessárias, expõe o stepby step, explora recursos técnico--pedagógicos.
Orientar aaprendizagem(dar exemplos)
Exemplificar a feitura de uma ementacompleta.
O formador faz uso das informaçõesrecolhidas anteriormente, concretiza,exemplifica, demonstra, disponibilizar aos formandos os instrumentos, amatéria prima de suporte.
Solicitar aosformandos umdesempenho
Pedir aos formandos para darem
exemplos de ementas para 3 tiposde regime alimentar distintos(normal, vegetariano, e macrobiótico).
Espera-se que o formando confirme se
adquiriu os conhecimentos necessáriose pertinentes ao desempenho, combase nas informações anteriormentedisponibilizadas pelo formador.
Dar feedback Verificar os exemplos dados pelos formandos; corr ig ir.
O formador corrige o desempenh o do formando e devo lve o resul tado, dandorespostas concretas às dúvidas quesuscitaram erros.Permite ao formando percepcionar/ avaliar as aprendizagens que efecti-
vamente fe z e reformulá-l as .
Aval ia r o processo Expor critérios de avaliação dodesempenho realizado (elaboraçãode uma ementa para cada tipo deregime alimentar) e dar respostaatempada às dúvidas dos formandos.
O formador corrige o desempenho do formando fornecendo as respostasnecessárias às dúvidas que suscitamerros.Permite ao formandopercepcionar/avaliar as aprendizagensque efectivamente fez, e eventualmentereformulá-las.
Reforçar aretenção/potencial de
transferência
Mostrar ementas e pedir aos formandos que i dent if iquem as queestão correctamente elaboradas.
O formador solici ta mais uma vez umdesempenho. Pode, por exemplo,desafiar um dos formandos a ensinar
um outro colega a avaliar o seudesempenho. O formador reforça asaprendizagens efectuadas e assegura-seda sua efectiva aquisição, assim comorespectivo potencial de transferênciapara os contexto de trabalho dos
formandos (c aso se tr atem de ac ti vosempregados por exemplo).
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
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As vi rtua lidades de um plano de sessão (nos vários formatos apresentados ) co locam-se a três níve is : no antes, noduran te e no depois da reali zação da formação. Na fase da concepção interess a, pois, ter presen te estes váriosmomentos deacção, jáque osmesmos condicionam asváriasdecisõesa tomar.
Antes Possibilita:Reflexão, análise, estruturação das ideias, selecção, previsão, antecipação
Durante Possibilita:Suporte,orientação,referencial, «farol»
(Adaptado de Romano, 2002).
Depois Possibilita:
Extracção de conclusões, reajustamentos, adequação, melhorias, avaliação
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Instrumentosde apoio ao processo
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Ter presente todas as decisões
tomadas anteriormente
MODELO ADORA - FASE IV Realizar recursos técnico-pedagógicos e preparar equipamentos de apoio
PROCESSO 2 - Estruturar, validar e produzir guiões pedagógicos (apoio ao formador)
Elaborar o Plano Geralda proposta formativa
Considera os outputsdos processos desenvolvidos?
Rever outputs dos vários processosdo modelo ADORA
Não
Sim
Elaborar o guia de apoio ao formador
Elaborar os planos de sessão a desenvolver na proposta formativa proposta (*)
Responde às necesidades
do público destinatário?
Não
Sim
Sim
Não Rever princípios do “ritmo ternáriopedagógico”.
Respeitam os princípiosdo ritmo ternário pedagógico?
Concluídos os produtos de apoioao desempenho do formador
Rever conteúdo do guia do formador
(*)Os planos de sessão podem ou não ser pré-estabelecidos, devendo esta decisão ser aferida com os implicados no processo.
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Checklistdeapoioàestruturaçãoeplanificaçãodesessõesdeaprendizagem
A presente che ck li st v isa apoiar o uti li zador na ver if ic ação da qual idade de determinado plano desessão. Note-se que se considera aqui, para efeitos de exemplificação, os elementos a integrar numplanodesessãonasuaversãodesenvolvida.
Situa a unidade/sessão no módulo de formação
Identifica a população-alvo destinatária
Identifica (caso seja considerado relevante) pré--requisit os ou condições de participação na sessão
Explicita rigorosamente os objectivos
de aprendizagem a alcançar
Indica tempo necessário e eventuais recursosa explorar na sessão
Apresenta sequência de conteúdos, t ópicose assuntos que irão ser tratados
Explicita principais métodos de animaçãoe de trabalho a utilizar
Identific a ajudas pedagógi cas que se prevê virema ser utilizadas
Apresenta exercí cios , ca sos e trabalhospráticos a desenvolver
Indica formas de verificação/cumprimentodos objectivos (avaliação)
Faz referê ncia a documentação e outros materiaisque irão ser explorados pelos formandos
Garante uma gestão pedagógica que permitaaos formandos a recolha, o tratamentoe a aplicação da informação , dos conhecimentos
e das técnicas apreendidas (aplicação doprincípio do ritmo ternário de aprendizagem)
Prevê a produção de evidência s quedocumentem a planificação da unidade/sessão,respeitando os itens anteriores (mais críticos)
Questões a considerar Sim(x)
Não(x)
Nãoaplicável
(x)Observações
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Refere natureza, tipo e valor da declaração/ certificado/diploma a atribuir aos participantes
Identifica responsável /coordenador do programae respectivos contactos
Indica claramente os formadorese outros agentes a implicar na formação
Apresenta uma es trutura de ta lhada do pr ograma/ itinerário pedagógico
Apresenta re qu is itos e ex igências técnicaspara a exploração de tecnologi as
Observações
Checklistdeapoioàestruturação deumplanogeraldaproposta formativa
A presente checkl is t vi sa apoiar o ut il izador na veri fi cação da qual idade de determinado plano gera ldeformação.Esteinstrumentopodeseruti l izado antes ouapósa elaboraçãodo plano proposto.
Elementos a considerar Sim(x)
Não(x)
Nãoaplicável
(x)
Enquadra e contextualiza o programa
Observações
Apresenta os ob ject ivos gerais da propos ta formativa
Refere as características do público destinatárioda proposta formativa
Apresenta os requ is itos e competênciasde entrada
Especifi ca o perfil de saída (certificação/ qualificação)
Identifica o fornecedor do programa e situação em termos de re spectivo r econhecimento e certi fi cação
Identifi ca locais e datas de realização do programae formas de acesso
Identifica momentos de candidaturae mecanismos de selecção dos participantes
Faz referência a celebração de contratosde formação
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Checklistde apoio à estruturação deum guia de apoio aoformador
A presente ch eckl is t v isa apo ia r o uti li zador na ver if icação da qual idade de determinado guia deapoioaoformador.Apresentechecklistpodeseruti l izadoduranteaelaboraçãodoguiadeapoio
ou após a elaboraçãodomesmo.
Descreve a metodologia de avaliação a utilizar (planos de intervenção específicos)
Apresenta ajudas ao fo rmador ( ex : ap resentaçõespowerpoint, exercícios, casos e trabalhospráticos ou orientações para a respectivaelaboração, ou orientações para elaboração dosmesmos)
Apresenta orientações e sugestões pa ra arealização de instrumentos de avaliação
Propõe guias de exploração de recursosmultimédia (caso estejam previstos), ou forneceorientações para a elaboração dos mesmos
Fornece ajudas técnicas: textos fundamentais,bibliografia, hiperligações, etc.
Fornece orientações relativas a materiais e ajudaspedagógicas a utilizar
Observações:
Elementos a considerar Sim(x)
Não(x)
Nãoaplicável
(x)
Apresenta um enquadramento que p ermitepercebe r o contexto de aplicação do mesmo(inserido em determinado curso, módulo…)
Observações
Apresenta um a br eve ca racter ização d o cu rso/ módulo (identifica objectivos gerais eespecíficos, cargas horárias, número desessões/unidades, sequência dos conteúdos,estratégias e métodos, recursos técnico-pedagógi cos e outros materiais a explorar,equipamentos e tecnologias necessárias)
Apresenta os pl anos d as ses sões a ut il izar (ou fornece orientaçõe s para a elabora ção dos
mesmos)
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Dia: / / Sessão n.º
Objectivos da sessão
Temas/conteúdosTempo Método e técnicas Meios e recursos
Pausa
Planodesessão:Versãosimplificada
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Dia: / / Sessão n.ºMóduloObjectivos da sessão:Contextualização da sessão no módulo:Pré-requisitos:
Temas /Conteúdos
Tempo Método e técn icas
Meios erecursos
Planodesessão:Versãodesenvolvida
Observações
Grupo:
Estratégia avaliativa:
Documentação e materiais:
1ª parte
Introdução
2ª parteDesenvolvimento
3ª parteConsolidação
4ª parte
Conclusão
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Processo 3Produzir ajudas ao trabalho adequadas
aos públicos e contextos de trabalho
Analisar competênciasreferenciadasa contextos
de desempenho
Agregar objectivosde aprendizagempor domínios do saber
e formas de organizar a formação
Estabelecer sequênciasde conteúdose respectivos saberes
a adquirir/desenvolver
Conceber, validar e produzir recursos técnico-pedagógicos
(formataçãopedagógica)
Definir a estratégiaavaliativa
Construir objectivosde aprendizagem válidos (adequadosa públicos e a contextosbem determinados)
Desenhar itineráriosde aprendizagem,modularizáveise ajustados a públicose contextosdeterminados
Seleccionar estratégiasde aprendizagemadequadasaos formandose aos contextos
Estruturar, validar e produzir guiõespedagógicos(apoio ao formador)
Produzir e validar ajudas ao trabalhoadequadas aos públicos
e contextos de trabalho
Fase I
ANALISAR OS CONTEXTOSDE PARTIDA
Fase II
DESENHAR A PROPOSTA FORMATIVA
Fase III
ORGANIZAR AS SEQUÊNCIASPEDAGÓGICAS
Fase V
AVALIAR A ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
Fase IV
REALIZAR RECURSOSTÉCNICO -PEDAGÓGICOSE PREPARAR EQUIPAMENTOSDE APOIO
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1.Oquesãoasajudasaotrabalho?
Vejamos alguns concei tos. ..
Constituem ajudas ao trabalho todos os instrumentos que fornecem orientações procedimentais ou factuaisaquando da execução de activ idades, tarefas ou operações específicas. Traduzem-se, em regra, em suport escomplementaresàformação,podendoconstituiraindaverdadeirasalternativasàprópriaformação.
Tratando-se de elementos externos aos indivíduos, não são aqui consideradas ajudas ao trabalho osinstrumentosouferramentasdetrabalho(computador,telefone,martelo,escadote,porexemplo).
- Visam servirde apoiodirectoe imediato à resoluçãode umproblemaconcretode desempenho;Focalizam os indivíduos nos aspectos críticos associados às actividades pelas quais assume respon-
sabilidades;
Facilitamoprocessodetransferênciadeadquiridosparaoscontextosreaisdetrabalho;Reduzemotemponecessárioàexecuçãodasactividadessolicitadas;Potenciamosresultadosdaformação;Possibilitamumaaprendizagemcontextualizada;Permitecorrigirrapidamenteeventuaiserroseanteciparmáspráticas;Possibilitaadefiniçãodestandardseocontrolodequalidade;Melhoraaqualidadedoserviço/produto.
Não se tratando de um instrumento de aprendizagem, as ajudas ao trabalho apresentam característicasespecíf icasedistintasdosrestantesmateriaispedagógicos,queremtermosdeformato,querdeconteúdo.
Exemplifiquemos com alguns casos, que podendo ser situações profissionais, são sobretudo situações do dia adia,emquerecorremosaajudas.
Como principais potencialidades das ajudas ao trabalho, desta cam-se as seguintes:
-
-------
229
Processo 3: Produzir ajudas ao trabalho
adquadas aos públicos e contextos de trabalho
Colecção Metodologias
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- Recorrer ao de apoio ao utilizador do videogravador para efectuarmos a gravação de um programa te le vi sivo ;
- Observar a de lavagem da camisola, para escolhermos o programa de lavagemadequadoatecidosdelicados;
- Escolher a o pção help se temos dúvidas sobre como colocar uma n ota d e rodapé numapáginadetextoemWord;
- Procura r na o c on ta ct o de u ma p es soa d e qu em a penas s ab emos a m orada ;
-Procurarnal is ta de deumapáginaWebsobredire itosdoconsumidora respostaa uma dúvidaprocessual;
manual
etiqueta com instruções
doMicrosoftWindows
listatelefónica
FAQ
230
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
- Usaruma paragarant irmosa quantidadenecessár iadeingredientesa uti l izarnaconfecçãodeum bolo;
-Usaro e um pre goparaco locarmosum quadronaparede ;
-Lerum f ilosóf icopara fundamentarmosumatese;
- Consultar a para fundamentarmos uma reivindicação da comissão de
tr abalhadores;
- Esclarecer, em com um colega, uma dúvida sobre as normas internas da empresa relativas ao uso das vi aturas de serv iç o;
- ocódigodaestradaparaumas i tuaçãodeconduçãocomtransportedemercadorias ;
balança
martelo
ensaio
lei de bases da formação profissional
conversa
Relembrar
Não constituem ajudas ao trabalho...
Constituem ajudas ao trabalho...
2.Quaisoscontextosdeaplicaçãodasajudasaotrabalho?
As ajudas ao trabalho , são inst rumentos de ap li cação no contexto de trabalho. É poss ível enumerar um conjuntodecircunstânciasem queé particularmenteaconselhável o usode ajudasao trabalho:
-Asconsequênciasdeumerrosãoelevadas;-Asactividadessãocomplexas/dif íceis;- Asexigências emtermos desegurançasãoelevadas;-Odesempenhosurgeindexadoanormas/standardsespecíf icos;-Arotatividadedepessoalafectoàsituaçãodedesempenhoemcausaéelevada;
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Colecção Metodologias
- A execuçãodas actividadesexigemum númeroelevadode decisões;-Osprocedimentos,osprocessosouequipamentosnãorecentesousãoalteradoscomalgumafrequência;-Osrecursosparaaformaçãosãoescassos;- Errosfrequentes sãoimputáveis a falha humana;-Osindivíduosapresentam reduzidaexperiêncianasactividadespropostas;
a) O diagnóstico de necessidades de formação, mais concretamente, a sinalização das competências críticas,remete-nos para segundoplanoum conjunto deoutrascompetências,que emboranão sejam quali f icadas comocríticasmerecemalgumaatenção.
Estas últimas, são, com alguma frequência adquiridas (via auto formação) e/ou desenvolvidas através daelaboraçãodeajudasaotrabalho.
Uma trabalhadora têxtil opera diariamente com uma máquina de costura. Ocasio-nalmente a máquina bloqueia . Nem sempre o técnico de manutenção está disponível.Uma ajuda ao traba lho orientada para a resolução de alguns tipos de avari a mais simplespodepermitirquetrabalhadorarapidamenteresolvaasituação.
ExemploCaso 1
Um vendedor de tapetes orientais é confrontado com alguns clientes que manifestamcuriosidade relativamente à origem e aos processos manuais de confecção de algumaspeças. Neste caso poderá ser útil disponibilizar ao vendedor um pequeno manualilustrado com um breve descritivo das várias peças. Essa ajuda ao trabalho poderáenriquecerastécnicasdevenda.
Exemplo
Caso 2
b) Sempre que determinada actividade se reveste de um el evado grau de complexidade é sempre de grandeuti lidade,para quem a executa, terdisponível umauxil iarde memória. Nestecasoas ajudasao trabalhoassumemumcarácterdecomplemento,reforço.
ExemploCaso 3
Os operadores de call center, serviço telefóni co de apoio a clientes, de uma empresa de te lecomunicações móve is , deparam-se diar iamente com um conjun to al argado de
solicitações por parte dos clientes, solicita ções essas de ordem muito diversa. Nestecaso, é importante sistematizar as questões-problema e as respectivas respostas-t ipo edisponibilizá-las ao operador de modo a que estes possam dar uma resposta rápida eeficienteàsdúvidasdocliente.
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
ExemploCaso 4
Uma fábrica possui um espaço onde armazena substâncias químicas tóxicas. A entradade qualquer trabalhador nesse espaço requer cuidados especiais de segurança(equipamento e procedimentos técnicos). Qualquer negligência coloca em risco a vidado trabalhador. No sentidode evitar qualquer problema, é importantecolocar à entradado espaço e em lugar bem visível um painel com todos os proced imentos de segurança,de preferência com recurso a ilustrações que ajudem a reforçar e ilustrar os mesmos,prevenindoeventuaisdistracções.
c) Numa situação em que é necessária uma solução imediata e sem margem para erro, qualquer dúvida ou lapsodememóriapodemsercríticos.
d) As ajudas ao traba lho poderão em alguns casos servir como recurso quando por algum a razão não é possí veldesenvolverumaacçãodeformação.
ExemploCaso 5
Uma escola contrata um novo professor a meio do ano lectivo em substituição de umoutro docente. Faceà indisponibil idadeda escola(porausência detempoe derecursos),para fazer um acolhimento e uma integração personalizados do novo professor, é-lhe
fornec ido um manual com as normas de func ionamento do es tabe le cimento, bem comoos horários, informação relativa a turmas, alunos e ponto de situação da matéria dadaparaadisciplinaqueestevaileccionar.
3. Que tiposde ajudas?
ajudas orientadas para procedimentos
SegundoRosseteGauier-Downes(1991)poder-se-ãocaracterizartrêstiposdeajudas:-paraprocedimentos;-parainformação;-para
a) Por , entendem-se as que se destinam a orientar a realização de umaoperação.Elasdeverãodemonstraras acçõesa realizar, a ordemdas mesmase osresultados.
Gener icamente respondem às questões do e do , fazendo uso de verbos de acção, em que os
procedimentossãoapresentadosstepbystep,seguindoasequêncianaturaldodesempenho.Por exemplo, a acção de instalar um fusível, obedece a uma ordem de procedimentos, a qual se não for respeitada pode inclusive colocar o sujeito em perigo! A const rução de uma ajuda para esta actividade deveráexpressar essa ordem/ sequência de uma forma cla ra e de forma a que o indivídu o perceba não só o que fazer ecomo,mastambémemquefasedoprocesso.
coaching.
como quando
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Colecção Metodologias
Estetipode ajudaspoderão assumirvariadas conf iguraçõese usando vários suportes, atendendo ao contexto deaplicação, designadamente à natureza dos procedimentos em si e às característ icas dos uti l izadores.Frequentemente este tipo de ajudas são gráficas, recorrendo a ilustrações já que visualmente se traduzemmelhordeterminadasactividades,especialmenteasdecaráctermanual.
- Deverão descrever os procediment os associados a umaacção, pela ordem natural da sua realização, ou seja, stepbystep;
- As ajudas orientadas para procedimentos requeremsimplicidadeeobjectividade;
-Asacçõesdevemserdescritasusandoverbosdeacção;
- A sua apropriação deverá ser fácil, rápida e não deixar espaçoparadúvidas;
- As suas potencialidades podem ser maximizadas comrecurso a i lustrações já que o que se pretende épraticamenteumaimitação;
Factores a considerar naconstrução das ajudas
orientadas paraprocedimentos
b) As , sendo mais abrangentes do que as ajudas orientadas
paraprocedimentos,nãosão,porisso,menosprecisasemtermosderigor.Este tipo de ajudas deve permitir responder a questões sobre o quê, quem, qual, quando ou onde. Estamultiplicidade de questões deriva do facto de aqui se tratar de uma informação que é orientada para asnecessidades concretas e, naturalmente, a forma como esta é organiz ada e apresentada, diz respeito mais aaquilosãoasnecessidadesdosujeitoenãotantoàordememqueumaacçãodeveserrealizada.
Umdicionário, ummapa e umalistatelefónica sãoalgunsexemplos destetipo deajudas. A principal preocupaçãoaternaconstruçãodestetipodeajudas,paraalémdaquelasquesãotransversaisatodosostipos,prende-secoma necessidade de proporc ionar ao utilizador o máxim o de informação possí vel, devendo a sua estrut uração ser simples,claraepermitirumaapropriaçãoparcialdainformação.
ajudas ao trabalho orientadas para a informação
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c) Finalmente podemos considerar as . Neste caso trata-se de ajudas menosincisivas e precisas. Não se trat a de descrever procedimentos, nem de disponibilizar simplesmente informaçãoúti l,masacimadetudodarorientaçõesparaaconcretizaçãodedeterminadaacção/objectivo.Nestesentido,asajudas orientadas para terão um carácter mais aproximado daquilo que são os recursos didácticosusadosnaformação.
Podemos dizer que este tipo de ajudas tem um carácter mais pedagógico na medida em que não dão umarespos ta directa, antes orient am o util izador para a solução que procura. Implicam alguma reflex ão por parte doutilizadorapartirdeinformações-chave.
Comoexemplodestetipodeajuda,podemosconsideraresteprópriodocumento!Longedeserumreceituáriopara a concepção , este Guia de Apoio à Concepç ão de Cursos e Recursos pretende ser uma ajuda ao trabalho
queseaproximadotipoqueagoradescrevemos,namedidaemquevisaproporàequipadeconcepçãoalgumasorientaçõespara a acção,a partirda exposição deperspectivas e problemas-chavee disponibil izando pistasparareflexão.
As não indi cam um caminho, ante s procuram dotar o ut il izador deconhecimentos necessários para o percorrer. Os tipos de ajudas ao trabalhos são naturalmente, e em largamedida, determinados pela própria natureza da mensagem que pretendem transmitir. Este tipo de ajuda serveacçõesespecialmentecomplexas.
ajudas orientadas para
ajudas orientadas para
coaching
coaching
coaching
234
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
- As ajudas orientadas para a informação deverão ser
simples,objectivasedefácilerápidaapropriação;
- A estruturação da informação deve ser feita de forma apermitir uma apropriação parcelar da mesma, indo aoencontrodanecessidadeconcretadoutilizador;
- Deverãoconter o máximode informaçãoúti lpossível;
- Deveráter umformatoreduzido,funcionale atractivo;
Factores a considerar Na construção das ajudas
orientadas para aInformação
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Uma ajuda ao trabalho bastante comum, e que é particularmente utilizada neste guia, é a checklist. Trata-se deumagrelhadeverif icaçãodaexecuçãodaperformance.Oexemplomaissimplesetrivialdeumachecklistéal istadecomprasqueutilizamosfrequentementecomoauxiliardememórianossupermercados.
Todos os trabalhos que envolvam logística recorrem correntemente a este instrumento. As checklistssistematizam o que é importante considerar numa observação, inspecção ou avaliação. Uma checklist podeconteruma lista demateriais,uma descriçãode procedimentos, questões orientadoras,etc.,ou seja, trata-sedeuminstrumentoquepodeservirdesuporteaosváriostiposdeajudasenumeradosanteriormente.
Podemosencontrar ainda outros autores quese preocuparam em caracterizar, de forma distinta, os vários tiposdeajudasao trabalho. Sãoaquidestacadas apenasas maisgeneralizadas:
- Inclui perspectivas;
- Contém informação sobre como pensar sobredeterminada matéria;
- Coloca o indivíduo perante reflexões e ideias;
- Ajuda o indivíduo a elaborar raciocínios
Factores a considerar naconstrução das ajudas
orientadas para coaching
235
Colecção Metodologias
Instruções do tipo step by step(passo a passo)
(1) instruçõe s indi cadas nos cartuchos de toner de máquinas de fotocopiar e/ou imprimir;(2) instruçõesparamontarpeças delego;(3) instruçõesparausarumtelefonecomváriasfuncionalidades;
Exemplo de situações onde podem ser aplicadas Ajudas ao trabalho (exemplos)
Instruções “faça vocêmesmo”
Aqui se incluem muitas das in st ruções dist ribu ídas pe la s empresas debricolage, como por exemplo: (1) instruções para instalar mosaicos nacozinha,pintarparedes,etc...
Pequenos livros/panfletos com
instruções associados adeterminadosequipamentos/materiais
Incluem, regra geral, ilustrações e visam dar orientações concretas que
permitem pôr a funcionar determinado equipamento/máquina, por ex: (1)livro de instruções para instalar e ligar um ar condicionado; (2) livro deinstruçõesdeumaagendaelectrónica;
Instruções de segurança eevacuação de pessoas
(1) instruçõesquesãotransmitidasaospassageirosdeumaviãoe/oubarco;(2)plantadeemergênciadedeterminadoedifício;
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Instruções de bolso (pequenos
cartões de bolso).
Instruçõesque devemestar disponíveissempre quenecessárias,como por
exemplo: (1) cartões para efectuar chamadas nacionais ou internacionais,com números de acesso; (2) pequenas cábulas para atendimento te le fónico, etc. ..
Pequenas etiquetas/placas Peças (de d iversos materia i s) que são co ladas a determinadosequipamentos para dar indicações de, por exemplo, ligar, desligar, ouavisos para realizar determinadas operações; (2) instruções de manu-
tenção , lubr if ic ação de si stemas hi dráu li cos, etc. ..
(Adaptado de Campbell, 1996)
4. Queobstáculos à aplicaçãodas ajudasao trabalho?
Seasajudasaotrabalhopodemserumexcelenteapoionaexecuçãodedeterminadodesempenhoprof issional,importa alertar, no entanto, para um conjunto de situações que, em determinada medida, podem vir acondicionar o usoe/ouexploraçãodas mesmas, a saber:
-Asactividadessãobastantefrequentes,simplese/ourepetitivas;-Ascondiçõesorganizacionaisnãosãofacilitadorasdasuaaplicação;-Ocorrênciadesituaçõesimprevistas;- As actividades/tarefas devem ser executadas com rapidez não permitindo a consulta de qualquer ajuda ao
tr abalho ;-Osprocedimentosassociadosàrealizaçãodasactividades/tarefasnãoforamestabilizados;- Os indivíduos responsáveis pela utilização da ajuda ao trabalh o não se sentem à vontade na interpretação de
esquemas/figuras;- Actividades/tarefas altamente especia lizadas que exigem um claro domínio de todos os detalhes/pormenoresassociadosàrespectivaexecução;-Actividadesaexecutardecorrentesdedeterminadasituaçãodeurgência;
236
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
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Instrumentosde apoio ao processo
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Considerar os conteúdos da solução
formativa a desenvolver.
MODELO ADORA - FASE IV Realizar recursos técnico-pedagógicos e suportes de apoio
PROCESSO 3 - Produzir e validar ajudas ao trabalho adequadas aos públicos e contextos de trabalho
Ter presente os contextos nos quaispodem ser aplicadas ajudas ao trabalho
Faz sentido construir ajudas ao trabalho?
Considerar os vários tipos de ajudasao trabalho
Elaborar ajudas ao trabalho.
Sabe-se qual o tipo
de ajuda a construir?
Não avançar com as restantes etapas.Não
Não
Sim
Sim
Rever características da ajuda
ao trabalho proposta.
239
NãoResultado positivoapós validação do instrumento?
Sim
Considerar critérios de avaliaçãodeste tipo de instrumento
Concluído o processo de elaboração
de ajudas ao trabalho.
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Sim(x)
Não(x)
Destaca no topo a designação da acção/ou contexto na(o) qual vai ser aplicada?
Faz referência aos respectivos objectivos?
Fornece informações sobre respectivas aplicação e exploração?
É clara na descrição das acções que o utilizador deve sinalizar (x)?
As acções a sinalizar estão redigidas na linguagem do utilizador?
É de fácil utilização?
Tem caixas de verificação, antes de cada item?
É um instrumento sintético e objectivo?
Tem apenas um item por linha?
Contém notas, comentários, avisos e cuidados a ter (quando necessário)?
Inclui exemplos (quando necessário)?
Ver if icar a qua lidade de uma checkli st
Este instrumento v isa apo iar o uti l izador na e laboração de check l is ts que sejam verdadei ramente ef icazes .Podeseraplicadoàmedidaqueaconstruçãodachecklistpretendidaocorre,ouapósafeituradamesma, funcionado aqui os elementos apresentados como verif icadores da respectivaqualidade.
Aspectos a considerar
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Sim(x)
Não(x)
As páginas são claramente identificadas (mais de uma página)?
A tarefa a realizar (comportamento a observar) é claramente identificadoe destacado (a bold) na primeira página?
São indicados e claramente designados todas as ferramentas de trabalho,equipamentos, matérias primas (...) a utilizar na realização da tarefa?
São indicadas as formas como se devem usar as ferramentas, equipamentose matérias primas (...) Indicadas?
É claramente indicada a forma como a ajuda de trabalho deve ser utilizada?
A sequência de realização das tarefas/operações é suficientemente curtapara permitir a sua realização após uma única consulta?
As várias operações a realizar são iniciadas com um verbo de acção?
As sequências de realização de tarefas /operações são as correctas? A informação apresentada é suficientemente sintética (sem informação supérflua)?
O nível de linguagem utilizado é o apropriado quando consideradasas características do respectivo público destinatário?
Checklist deapoioà construçãoe/ou validaçãode ajudasao trabalho(versãomaisdesenvolvida)
Esta checklist visa apoiar o utilizador na construção e ou validação de ajudas ao trabalho, aexplorarduranteouapósaformação,pelosparticipantesdedeterminadaacçãoformativa.
É claramente referido realizar correctamente cada tarefa / operação?como
São apresentadas ilustrações relativamente às operações críticas a realizar?(Quando aplicável)?
As ilustrações referenciam tarefas/operações concretas e são claramenteperceptíveis?
241
Aspectos a considerar
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As ilustrações estão posicionadas no sítio certo?
As notas de aviso (ATENÇÃO/ NOTA/ AVISO/ CUIDADO)estão correctamente colocadas?
A apresentação da ajuda ao trabalho é visualmente atractiva?
A respectiva informação encontra-se suficientemente arrumada?
A ajuda ao trabalho é de fácil utilização?
São identificados erros nas indicações propostas?
A ajuda ao trabalho pode ser utilizada sem risco de se danificar?(No caso de se esperar um uso frequente da ferramenta ou da mesma ficar exposta a materiais que a possam danificar).
(Adaptado de Campbell, 1999)
242
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- Equipamentos a utilizar (hardware)
- Matéria(s)-prima(s) a utilizar
- Normas / Standards a aplicar
- Níveis de desempenho a alcançar
243
Elaborar uma ajuda ao trabalho…
-Justificaçãodaajudaaotrabalho/objectivosdamesma
- Tarefa / operaç ão a realizar
- Condições para realização da tarefa/operação
- Instrumentos a utilizar (ferramentas concretas)
Este instrumento visa exemplif icar uma possível ajuda ao trabalho, destacando alguns dosaspectosregrageralcontempladosnestetipodesuporte.
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-Etapasapercorrer(comdestaquesparatarefas/operaçõescríticas)
1.1.1.1.2.
2.2.1.
ATENÇÃO :
Controlo:(controlarresultadosantesdepassaràtarefa/operaçãoseguinte)
3.4.
4.1.4.2.
NOTA:
5.
5.1.
CUIDADO:
Controlo:(controlarresultadosantesdepassaràtarefa/operaçãoseguinte)
6 .6.1
AVISO
Errosfrequentesnarealizaçãodastarefasreferidas:---
244
FIGURA
A
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Fase V
Avaliar a estratégia pedagógica
Modelo ADORA
Contexto Organizacional
Contexto
Cultural
Contexto Social
Contexto
Humano
ANALISAR
REALIZAR ORGANIZAR
DESENHAR
AVALIAR
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Fase VAvaliar a estratégia pedagógica
Nofinaldestafaseaequipadeconcepçãodeverásercapazde:
(1) elaborar uma estratégia de avaliação a aplicar à proposta formativa proposta, de forma a aferir os resultados da
formaç ão após a implementaçã o da prop os ta format iv a.
(2) efectuar a meta-análise do processo de avaliação implementado, com vista à introdução de eventauis melho rias no
processoavaliativo.
Processos da Fase V Questões orientadoras Instrumentospropostos para a Fase V
Processo 1
Definir a estratégia
avaliativa
- Fluxograma do processo
- Instrumento de apoio a
planificação do processo
avaliativo.
- Instrumento que visa efectuar a
meta-análise do processo
avaliativo.
Objectivo
- O que se entende por estratégia avaliativa?
- Qual o papel de quem concebe a estratégia
avaliativa?
- Em que momentos deve ser concebida a
estratégia avaliativa?
- Como construir uma estratégia avaliativa?
- Objectivos pretendidos;- Objecto de avaliação;
- Momentos de avaliação;
- Dimensões a avaliar;
- Fontes de informação;
- Quadro referencial de partida;
- Técnicas a aplicar;
- Beneficiários do processo;
AVALIAR
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Processo 1Definir a estratégia avaliativa
Analisar competências
referenciadas
a contextos
de desempenho
Agregar objectivos
de aprendizagem
por domínios do saber
e formas de organizar a formação
Estabelecer sequências
de conteúdos
e respectivos saberes
a adquirir/desenvolver
Conceber, validar
e produzir recursos
técnico-pedagógicos
(formataçãopedagógica)
Definir a estratégia
avaliativa
Construir objectivos
de aprendizagem
válidos (adequados
a públicos e a contextos
bem determinados)
Desenhar itinerários
de aprendizagem,
modularizáveis
e ajustados a públicos
e contextos
determinados
Seleccionar estratégias
de aprendizagem
adequadas
aos formandos
e aos contextos
Estruturar, validar
e produzir guiões
pedagógicos
(apoio ao formador)
Produzir e validar
ajudas ao trabalho
adequadas aos públicos
e contextos de trabalho
Fase I
ANALISAR OS CONTEXTOSDE PARTIDA
Fase II
DESENHAR A PROPOSTA FORMATIVA
Fase III
ORGANIZAR AS SEQUÊNCIASPEDAGÓGICAS
Fase IV
REALIZAR RECURSOSTÉCNICO -PEDAGÓGICOSE PREPARAR EQUIPAMENTOSDE APOIO
Fase V
AVALIAR A ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
7/22/2019 iqf-manual_para_realizar_materiais_pedagógicos
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Umas breves notas sobre a importância da avaliação e da s ua preparação a montante
da execução da formação....
Cumpridas as anteriores fases do ciclo da concepção, das quais resultou a elaboração da proposta formativa,
importa decidiracerca da melhorestratégiaavaliativaa desenvolver. Estaé aqui assumidacomo um instrumento
ao serviço de quem gere o processo de formação e não como um fim em si mesmo. Nesta perspectiva, aavaliaçãotraduz-senuminstrumentoestratégico,aoserviçodetrêsfunçõesfundamentais:
-regulaçãodoprocessodeformação,quandovisarealinharasintervençõesdeacordocomasnecessidades
dosseusdestinatários,assimcomocontrolaregarantiraqualidadedasintervenções;
-mediçãodosresultadosalcançados,quandosereportaareferenciaispré-definidos;
-desenvolvimentoemelhoriacontínua,quandoapostanadisponibilizaçãoderecomendações,assimcomo
partilhadeaprendizagensefectuadasduranteaimplementaçãodoprocessoavaliativo;
O desafio que se coloca ao responsável pela definição da estratégia avaliativa (que poderá ser ou não o
responsável pela construção da proposta formativa) é o de conceber instrumentos que, quando aplicados,
produzaminformaçãonecessáriaaocumprimentodasfunçõessuprareferidas.
O responsável pela definição da estratégia de avaliação assume, regra geral, o papel de facilitador do processo
avaliativo na medida em que concebe um dispositivo de aval iação a aplicar pelos vários elementos que intervêm
na formação. Responsabiliza-se igualmente pela va lidação, junto dos vários actores, da abordagem proposta,
gestão de todo o processo, bem como tratamento, análise de informação e respectiva devolução aos
beneficiáriosdoprocesso.
Sugere-se aqui que a estratégia avaliativa seja concebida logo após a estabilização da proposta formativa a
desenvolver.
1.O quese entendepor estratégiaavaliativa ?
2.Qualopapeldequemconcebeaestratégiaavaliativa?
3. Em que momento deve ser concebida a estratégia de avaliação a aplicar a determinado projecto de
formação?
17
251
Processo 1: Definir a estratégia avaliativa
Colecção Metodologias
17 A de fi niç ão de uma est rat égi a de a val ia ção n um c ont ext o ma rca do pe la n orm ali zaç ão d e pr oce di men tos / es tan dar ti zaç ão d e in ter ven çõe s, r eme te m ai s par a a ap li caç ão d e
quadros de referência pré-definidos que para construção, numa lógica de implicação de actores, de uma estratégia avaliativa. Nestes casos, a lógica avaliativa dominante
foc al iza -se , na sua mai or par te , na apl ica ção de pro ced ime nto s de con tr olo .
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Uma estratégia avaliativa equacionada apenas no final da execução da formação resulta, com frequência, em
avaliações estéreis, ou seja, avaliações cujos resultados não dão uma resposta adequada às necessidades de
informaçãodosrespectivosdestinatários.
252
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Ver if ic a- se aq ui um a su ge st ão cl ar a pa ra se pe ns ar a av al ia çã o an te s da exec uç ão da
formação.Asvantagensdecorrentesdestaantecipaçãotraduzem-seemresultados,tais
como: maior focalizaçãonas dimensões chavea avaliar;maiorrentabil ização deesforços
(humanos, logísticos, financeiros...), maior adequação dos resultados às necessidades
dosseusutilizadores.
Nestesentido,pensaraavaliação, amontantedaexecuçãodaformação, épensarnuma
estreita articulação entre a estratégia avaliativa a aplicar e os objectivos da formaçãopreconizada.
4.Comoconstruirumaestratégiaavaliativa?
Etapa1:Adefiniçãodosobjectivosdaavaliaçãopretendida (Porquê: finalidades)
Esta questão assume uma importância funda mental uma vez que qualquer processo de avaliação deverá deixar
claroquaisasrespectivasfinalidades.
Umprocessodeavaliaçãopodeapresentarobjectivosdistintos,taiscomo:
- Avaliar para determinar a eficiência e eficácia de determinados componentes da intervenção formativa
(perspectivainterna);
- Avaliarparadeterminar a continuidade,a redução, o desenvolvimentoou extinção dedeterminadaspráticas de
form aç ão (p ersp ec ti va in te rn a/ ex te rn a) ;- Avaliar para determinar se a oferta formativa deve manter-se quando considerado o grau de inserção
profissionalapósaformação(perspectivaexterna);
-Avaliarparaaferirimpactosaoníveldedesempenhosindividuaiseorganizacionais(perspectivainterna);
Vejamo s d e s eguida algu mas das pr in cipa is et apa s n a c on st ru çã o d e u ma estr até gia a va li ati va .. ..
18 19
3
2
1
Av al iar a efi ci ênc ia: ver if ica em que med ida os res ul tad os do pro ces so for mat ivo jus tif ic am os rec urs os mob il iza dos (hu man os, mat eri ais , fi nan ce iro s. ..)
Av al iar a efi các ia : ve rif ic a em que med id a os re sul tad os obt id os rep ort am aos obj ec ti vos pre via men te est abe le cid os.
18
19
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Colecção Metodologias
-Avaliarparacumprimentosdeprocedimentosburocrático-administrativos(perspectivaexterna);
-Avaliarparacumprirrequisitosdeeventuaiscertif icações(perspectivaexterna);
(...)
Ao id en ti fi ca r c la ra me nt e o qu e s e p re te nd e c om os resu lt ad os av al ia ti vo s, es tá -s e p ar al el am en te a p ré -d ef in ir
qual o âmbito da abordagem avaliativa , informação que suporta, posteriormente, a identificação dos act ores a
implicarnoprocesso.
Nãorarasvezes,a avaliação daformaçãosurgeassociadaapenasa dois momentos doprocessoformativo:
a) o momento em que se procura verif icar em que medida os participantes se sentem satisfeitos com aintervenção formativa em curso (ou já terminada). Trata-se aqui da realização de uma avaliação de reacções, ou
ta mbém de si gn ad a av al ia çã o a qu en te (a va li aç ão de reac çã o) ;
b) o momento em que se procura determinar em que medida os part icipantes adquiriram/desenvolveram os
saberesquelhespermiteconcretizarosobjectivospré-definidos(avaliaçãodeaprendizagens).
Etapa 2: A definição das questões avaliativas a efectuar (O quê: objecto de análise)
Paraalémdaavaliaçãodereacçãoedeaprendizagens,asentidadesvisam,cadavezmais,
aferir o impacto da formação no desempenho profissional dos indivíduos. Verifica-se
neste caso uma clara focalização nos resultados decorrentes das intervenções
formativas.
Uma das abordagens mais conhecidas que visa dar uma resposta concreta a esta realidade é, precisamente a
abordagemmultiníveldeD.KirkPatrick(1998),quesustentaumaintervençãoavaliativaem4níveisdistintos
- Nível 1: Aval iação de (em que medida os part icipantes f icaram satisfei tos com a intervenção
fo rm at iv a) ?;
- N ível 2 . Ava li ação d e (em q ue m edida o correra m aprendiz agens ?);
- N ível 3 Av al ia ção d e (em q ue m edida a s a pren diz agens a dqui ridas /desenv olv idas f ora m
tr an sf er id as pa ra os cont ex to s de tr ab al ho ?) ;
- Ní ve l 4 A va li açã o d e ( em q ue m ed id a a a pl ic aç ão do s n ov os s ab ere s p ro vo ca ra m m uda nç as n o
desempenhodaorganização?).
Recomenda-seaquiqueo(s)responsável(eis)peladefiniçãodaestratégiaavaliativa,tenha(m)presentemaisque
um tipo de abordagem, uma vez que os objectivos da avaliação pretendida pode exigir a construção de uma
abordagemque integreelementosassociadosa metodologiasde avaliaçãodistintas .
reacção
aprendizagens
comportamentos
resultados
20
20 Destaque-se aqui o facto de existirem diferente s perspectivas de avaliação, propostas por vários autores que as elaboraram de acordo com as necessidades e exigências dos
contextosemqueforamtestadaseimplementadas.
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
As si m, pa ra al ém do s as pect os ac im a refe ri do s, po de m ai nd a se r cons id er ad os ou tr os en foqu es av al ia ti vo s. Par a
uma melhor compreensão de diferentes enfoques , apresenta-se um quadro com os diferentes momentos
avaliativos (antes/durant e e após a formação), assim como as dimensões avaliativas mais utilizadas aquando das
intervençõesavaliativas.
21
Etapa 3: Em quemomentos deverãoser desenvolvidas as intervenções de natureza avaliativa? (Quando?).
Quedimensõesavaliativassão,normalmente,consideradasemcadamomentoavaliativo?
Dimensões avaliativas (Objectos de avaliação)
Antes da formação Os resultados do diagnóstico de necessidades de competências;
As características da proposta formativa preconizada;
O perfil de entrada dos participantes na formação;
Momentos em que a avaliação daformação pretende intervir
Avaliação EX - ANTE
Durante a execução da formação
Avaliação
ON-GOING
Nível 1: Avaliação de reacção:
Nível 2: Avaliação de aprendizagens:
- As expectativas iniciais dos participantes;
- O desempenho dos vários agentes que intervêm na formação;
- Os conteúdos desenvolvidos;
- A organização de suporte à formação;
- Os métodos pedagógicos aplicados;
- A documentação/recursos de apoio à formação;
(...)
- A aquisição / desenvolvimento de competências por parte dos participantes na
formação;
Após a execução da formação
(regresso ao local de trabalho)
Avaliação EX-POST
Nível 3: Avaliação de comportamentos e resultados individuais
- As mudanças verificadas nos comportamentos dos indivíduos (alteração de métodos de
trabalho, introdução de inovações, maior autonomia individual...);
- Os resultados decorrentes da alteração de comportamentos;
- A aplicação do plano de desenvolvimento de competências;
- Os factores que inibem o processo de transferência de “adquiridos”pela via da formação;
- As necessidades de novas competências;
As per spe ct iva s apr ese nta das não esg ota m as vár ias abo rda gen s ava li ati vas ex ist ent es.21
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Colecção Metodologias
No quadro acima apresentado é possível verif icar outro tipo de preocupação, para além do enfoque da
abordagemmultinívelpropostaporD.KirkPatrick,talcomo:
- A aplicaçãode abordagensde avaliação diagnóstica( inserida numcontextode avaliação ex-ante) ;
- A aferição de impactos que ultrapassam o contexto da organização (ex: impactos na comunidade na qual a
organizaçãoseinsere);
Competirá aos vários actores que intervêm na formação decidir sobre o âmbito da intervenção do processo
avaliativo .
Trata-seaqui dedef inir as responsabil idadesde cada actor noâmbitodo processo avaliativo.Sugere-seuma clara
distinção depapéisentreos queplaneiame acompanham o processoavaliativoe osque executam as respectivas
actividades.Sugere-se,noentantoofeedbackpermanenteentreosváriosactores.
A im pl ic aç ão do s vá ri os pú bl ic os aq ua nd o da de fi ni çã o da es tr at ég ia av al ia ti va as su me aq ui um pa pe l fu nd am en ta l.
Trata-se do momento idea l para estabelecer compromissos relativamente ao cumprimento de determinadosobjectivos do projecto de formação. O estabelecimento desses compromissos de partida têm o seu início
aquandodadefiniçãodoquadrodereferênciadepartida.
22
23
Etapa 4:Identificaras fontesde informação(Quem?)
Após a aplicação dos adquiridos
e produção de resultados(impacto nos indicadores
da organização)
Avaliação EX-POST
Impacto da formação
Ao nível das comunidades/regiões
/ países
Avaliação EX-POST
Nível 4: Avaliação de resultados:
- As alterações no painel de indicadores da organização;
- Os impactos de desempenhos individuais/colectivos nos resultados da organização;
- O custo-benefício associado à formação desenvolvida;
- O retorno de investimentos efectuados na formação;
- Os contributos da formação para o desenvolvimento das competências de
determinada comunidade/ região / país;
- Os resultados de análises que contrapõe benefícios globais versus custos totais da
formação;
- O retorno do investimento (perspectiva meso/ macro);- Os interesses das populações versus medidas de política associadas ao
desenvolvimento das comunidades em questão;
22 Av al iaç ão e fec tua da ant es da r ea liz açã o da for maç ão q ue a pre sen ta com o ob jec tiv o úl ti mo, a c omp ree nsã o do s i ndi ca dor es d e r eal iza çã o, d e r esu lt ado s e de i mpa ct es d a
for ma ção .
Comexcepçãodeintervençõesefectuadasemcontextostotalmentenormalizados.23
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Etapa 5: Identificar / construir o quadrode referênciado processo avaliativo(avaliarcom baseemquê?)
Uma vez identificado o âmbito da av aliação a desenvolver, importa reflectir sobre o quadro de referência do
processo avaliativo. A identif icação (quando existente) ou construção do quadro de partida, afigura-se
particularmente importante na medida em que permitirá aferir, numa fase posterior, qual o efectivo valor
acrescentadodaformação.
Aq ui fi ca m al gu ma s da s qu es tõ es , regr a ge ra l, colo ca da s aq ua nd o da id en ti fi ca çã o/ co ns tr uç ão do qu ad ro
referencialdepartida:
Questões que permitem identificar ou construir os vários referenciais para a avaliação:
Antes da formação
Momentos em que a avaliaçãoda formação pode ser realizada
Durante a execução da formação
Nível 1 de 2
de D. KirkPatrick
- Quais os padrões de qualidade (standards) a acautelar durante a realização da
formação, relativamente a:
- desempenho de formadores?
- selecção de formadores?- organização de suporte?
- utilização/ exploração de recursos e métodos pedagógicos?
- concepção de recursos técnico-pedagógicos?
- Quais os objectivos de aprendizagem a alcançar?
- Quais os objectivos de partida (de aprendizagem, de desempenho individual e
colectivo);
- Qual o nível de entrada dos participantes, em termos de domínio de competências
(avaliação diagnóstica)?
- Que resultados se pretendem alcançar (a nível dos indivíduos, das organizações, das
comunidades...)
(...)
Nível 3de D. KirkPatrick
256
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Após a execução da formação
(regresso ao local de trabalho)- Que comportamentos são os esperados após a realização da formação?
- Que níveis de desempenho individual são os desejados após a aplicação dos adquiridos
através da formação?
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A id en ti fi ca çã o / cons tr uç ão do s qu ad ro s de re ferê nc ia de pa rt id a fa ci li ta rá a an ál is e so br e a co rr ecçã o ou
incorrecção na descrição dos objectivos de aprendizagem a alcançar, bem como, outro tipo de objectivos
associadosadesempenhosindividuais/colectivosaalcançar.
Para além de dar contri butos impor tante s para a fase da concepção e preparação da interven ção formativ a, uma
reflexãosobreas questões daavaliaçãopermitiráaindaverif icarem quemedida estão reunidas ascondiçõespara
sepoderavaliardeterminadosaspectospré-definidos.
As que stõ es dos mét odo s e das téc nic as de ava li aç ão a uti li zar ser ão des env olv ido s em gui a me tod oló gic o pró pri o.24
Após a aplicação dos adquiridos
(impacto nos indicadores daorganização)
Nível 1 de 2
de D. KirkPatrick
Impacto da formação ao nível das
comunidades/regiões /países24
- Que indicadores de desempenho organizacional estão relacionados com as competências
a desenvolver(ver painel de indicadores da empresa)?- Queresultados da concorrência?(benchmarking)?
- Que estratégias / políticas de desenvolvimento existem para a comunidade / região/ país
em causa?
- Que resultados/impactos decorreram de intervenções formativas anteriormente desen-
volvidas?
- Queresultados foramverificados em comunidades/ regiões homólogas?(benchmarking)?
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Colecção Metodologias
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Um exemplo concreto...
Consideremos o seguinte objectivo de aprendizagem....
Objectivo de aprendizagem
No final da formação o formando deve ser capaz de:
Comportamento Condição Critério
...comunicar eficazmente com os
respectivos clientes externos
... respeitando os procedimentos
pré-estabelecidos...
...de forma a aumentar o grau de
satisfação dos mesmos para “nível 4”
(MUITO BOM).
O quese considera,no contextoem questãoum comunicaçãoef icaz?
Osváriosactores,amontantedaformaçãodefiniramcomocomunicaçãoeficazoseguinte:
- escutaratentamenteasopiniõesdosclientesexternos;
-utilizarumléxicoperceptívelpelosváriosclientesinternos;
- demonstrar convicção na apresentação dos respectivos a rgumentos, quando confrontado com opiniões
contrárias;
-seguirasinstruçõesdosregulamentosinternosdaorganização;
-verif icarseamensagemfoiclaramentepercebidapeloreceptor,pedindoparatalfeedback;
-recorreràtecnologiadisponívelnaorganização,diversif icandooscanaisdecontacto;
- responder numprazomáximode 5 horasa eventuaispedidos deesclarecimento;
-(...)
Este tipo de reflexão, realizada a montante da execução da formação, irá possibilitar numa fase posterior
elaborar, com maior rigor, eventuais instrumentos avalia tivos, como por exemplo, uma grel ha de observação a
aplicarnoâmbitodeumaabordagem“clientemistério”.
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Etapa 6: Identificar métodos e técnicas de avaliação a utilizar (Como?)25
Aq ui fi ca m al gu ma s da s té cn ic as ma is ut il iz ad as no cont ex to da av al ia çã o da form aç ão :
Técnicas de avaliação mais utilizadas
Antes da formação
Momentos em que a avaliaçãoda formação pode ser realizada
- Aplicação de entrevistas de saída (quando a formação é desenvolvida fora do contexto real
de trabalho)
- Aplicaçãode grelhas de análise paraaferição/caracterização dos contextos de partida;
259
As que stõ es dos mét odo s e das téc nic as de av ali açã o a uti li zar ser ão des env olv ido s em gui a met odo lóg ico pró pri o.25
Durante a execução
da formação
Nível 1 de 2 de D.
KirkPatrick
Técnicas centradas na verificação da qualidade do processo:
Técnicas centradas na verificação da aquisição/ desenvolvimento de aprendizagens por
parte dos formandos:
- Questionários para aferição do grau de satisfação dos formandos;
- Grupos de discussão;
- Entrevistas estruturadas ou semi-estruturadas;
- Comentários mais ou menos estruturados dos participantes na formação;
- Comentários mais ou menos estruturados dos elementos da equipa de formação;
- Aplicação de instrumentos de controlo e acompanhamento do processo;
- Teste de entrada/teste de saída;
- Testes orais;
- Testes de conhecimentos;
- Testes de performance ;
- Observações directas e indirectas;
- Elaboração de projectos;
- Auto-avaliação;
- Videoescopias;
- Observações directas / indirectas;
- Jogos de empresa;
Colecção Metodologias
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Técnicas centradas na verificação da transferência de aprendizagens para os contextos de
trabalho:
- Entrevista de chegada (aquando do regresso do colaborador ao posto de trabalho);
- Aplicação de questionários;
- Construção de um plano de intervenção específico;
- Observação directa e indirecta;
- Análise de performance (avaliação inter-pares ou outra);
- Análise dos incidentes críticos (análise comparativa);
- Auto-avaliação;
- (...)
Após a aplicação dos
adquiridos (impacto
nos indicadores daorganização)
Nível 4
de D. KirkPatrick
- Análise de painel de indicadores de performance;
- Aplicação da fórmula ROI (Return on Investment);
- Análise custo-benefício;- Análise dos resultados de planos de intervenção específicos;
- Análise dos resultados de planos de desenvolvimento de competências (valor do capital
humano da organização);
- (...)
260
Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Após a execução da
formação (regressoao local de trabalho)
Nível 3
de D. KirkPatrick
Impacto da formação
ao nível das
comunidades/regiões
/ países
- Análises custo-benefício;
- Análises comparativas entre resultados de medidas de política formativa e
desenvolvimento social e económico das comunidades/ regiões/ do país;
- Análises sobre qualificação de recursos;
- Análises estatísticas (indicadores de mudança sócio-económica);
-(...)
Nesta etapa importa decidir acerca da melhor técni ca avaliativa a aplicar. Qualquer que seja a opção importa
ve ri fi ca r se a mesm a pe rmit e:
-recolherainformaçãonecessáriaaosváriosactoresqueintervêmnoprocessoformativo;
- necessita de sertriangulada comuma outra técnica? (cruzamentode dados recolhidosatravés da aplicação
deváriastécnicas)
- é a mais adequada quando considerada a natureza das competências a avaliar (saber / saber fazer/
saberser)?
-ébemaceitepelorespectivopúblicodestinatário;
- é compatívelcomoutrastécnicasde avaliação jáaplicadasna organização;
- permiteo tratamentoe análisedosdadosno tempopré-def inidono plano;
Num plano de avaliação importa ainda definir quem irá ser implicado no tratamento, análise dos dados e
va li da çã o de re su lt ad os .
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Colecção Metodologias
Etapa 7: Identificar actores interessados nos r esultados da avaliação (Para quem?)
Itineráriodoprocessodeavaliação
Parte1:
Trata-seaqui de fazer chegaros resultados produzidosaos seusdestinatários,procurando garantir à partida que
asinformaçõesdisponibilizadassãoefectivamenteúteisparaquemasvaireceber.
O recurso à elaboração de sumários executivos, ou seja, breves sínteses dos resultados de um processo de
avaliação, como orientação para os responsáveis pela elaboração dos relatórios avaliativos, é regra geral, uma
sugestãodeixadaàequipaqueintervémnarealizaçãodaformação.
Maisumavez serefere queestatentativade personalizara apresentaçãodos resultadosvisa,tão somente, ajudar
osváriosactoresatomarasdecisõesquemaisfavorecemasintervençõesdesenvolvidas.
A de vo lu çã o dos re su lt ad os da av al ia çã o exig e as si m qu e, à pr io ri , se ja m co ns id er ad as as se gu in te s qu es tõ es :
- Quetipode informaçãodesejamobter osváriosactoresacerca daformaçãoem causa?
-Comopretendemusarainformaçãodisponibilizada?
Uma outra questão associada às públicos destinatários da informação produzida prende-se com a forma
uti lizada na disseminação dessesresultados. Defacto,um feedback bemsucedidona transmissãodos resultados
avaliativos facilitará em grande medida a respectiva apropriação pelos vários actores. Sugere-se aqui uma
reflexãosobreasváriastécnicaspossíveisdedesenvolvernestafase,taiscomo:
-reuniõesparaapresentaçãoderesultados,
- realizaçãodeworkshops,
-apresentaçõesmaisoumenospersonalizadas,entreoutras....
Ap re se nt a- se de se gu id a um a prop os ta de it in er ár io pa ra um proc es so de av al ia çã o:
Planearaavaliação
-Definirosobjectivosdaavaliaçãoadesenvolver;
-Identif icartipodeinformaçãoarecolher(questõesavaliativas)
-Identif icarfontesdeinformação;
- Identificarmétodose técnicas derecolhade dados;
-Identif icarresponsávelpelocontroloeacompanhamentodoprocessodeavaliação;
-Identif icarcustosassociadosaoprocesso;
-Elaborarumcronogramadeaplicação
-Validarapropostadeintervençãocomosdiferentesactoresdoprojectoformativo;
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
Parte2.
Parte3.
Parte4.
Recolher,tratareanalisarosdados
-Prepararosinstrumentos/aplicartestesparavalidaçãodeinstrumentos;
-Aplicarinstrumentosdeavaliação;
-Recolheretratarosdados;
Elaborarrelatóriosdeavaliação/recomendaçõeseprepararplanosdeacção
-Elaborarrelatórioscomrecomendações;
-Elaborarpropostasdeplanoparaintervençõesdereforço/intervençõescorrectivas
Ap re se nt ar e di ss em in ar re su lt ad os ju nt o do s resp ec ti vo s in te re ss ad os
-Prepararapresentações;-Definirestratégiasdeenvolvimentodeactores;
- Apresentarplano deacompanhamentode planosde acção
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Instrumentosde apoio ao processo
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Considerar a proposta
pedagógica já elaborada
MODELO ADORA - FASE V Avaliar a estratégia pedagógica
PROCESSO 1 - Definir a estratégia avaliativa
Construir uma estratégia avaliativa adequada
às características da proposta formativa
a desenvolver.
Definidos os objectivosda proposta avaliativa?
Definido o que se quer
avaliar?
Definir objectivosNão
Não
Sim
Sim
Identificar questões avaliativas.
265
Implicaram-se os actoresda acção formativa?
São claramente enunciadosos momentos avaliativos?
Implicar os vários actores no sentida
da validação das questões
avaliativas a aplicar?
Não
Não
Sim
Sim
Definir com clareza os váriosmomentos para intervenção avaliativa.
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É conhecido o quadrode referência da avaliação?
Os instrumentos de avaliaçãosão os mais adequados?
Identificar e / ou construir o quadro
de referência do processo de avaliação.
Não
Não
Sim
Sim
Identificaram-se todosos interessados nos resultados?
Aferir tipo de informação desejada
pelos vários interessados no processo
de avaliação
Não
Sim
Validar a estratégia junto dos que
efectuaram a “encomenda”.
Definida a estratégia
avaliativa a aplicar.
Verificar se os instrumentos
avaliativos são fiáveis e
fornecem exactamente as
informações que se pretende.
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Checklist de apoio à realizaçãoda meta-avaliação(verificaçãoda qualidade do processode
avaliaçãodesenvolvido)
Este instrumento visa apoiar o utilizador na construção e/ ou validação de uma estratégia
avaliativaaaplicaraoprocessopedagógicoproposto.
Sim(x)
Não(x)
Não Aplicável
(x)
O referencial de avaliação foi previamente validado antes de ser
aplicado?
A proposta metodológica a desenvolver foi suficientemente
fundamentada?
São conhecidas as várias abordagens possíveis em matéria de
avaliação da formação?
A proposta avaliativa vem suportada numa planificação rigorosa,
permitindo saber : o porquê, o quê, o quem, o como e o para
quem avaliar?
268
A proposta de implementação reúne o máximo de consenso
entre as partes interessadas?
As fontes de recolha de informação previstas são
credíveis?
A proposta avaliativa é suficientemente flexível de modo a adoptar
eventuais “desvios” sempre que necessários?
Os resultados avaliativos previstos satisfazem os respectivos
utilizadores?
As sugestões para feitura de recomendações obedecem a
critérios de exequibilidade?
A análise custo-benefício do processo apresenta-se, na sua
globalidade, aceitável?
Observações:
Foram implicados na concepção da proposta formativa os
indivíduos que irão usufruir dos seus resultados? (clientes
chave)
A abordagem avaliativa reúne o máximo de consenso
relativamente às dimensões e critérios de avaliação a
aplicar?
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Controlara aplicação das várias fasesdo modelo de concepção
ADORA
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1.Quala utilidadede práticas deauto-avaliação?
Nesta parte do guia destacam-se as actividades que conduzem à construção de normas/standards/ proce-
dimentos de actuação a cumprir por todos os implicados no processo de formação, com vista à garantia de
qualidadedasrespectivasintervenções.
Os mecanismos de controlo e garantia de qualidade, aqui considerados, prendem-se apenas com as actividades
de concepção, uma vez que as restantes actividades de controlo e garantia de qualidade, associadas a cada uma
das restantes fases do ciclo da formação, serão oportunamente desenvolvidas no âmbito de outros Guias
Metodológicos,algunsdelesjáemfasedeelaboração.
A im pl em en ta çã o de pr oc ed im en to s de au to -a va li aç ão pe rmit e à en ti da de , re sp on sá ve l pe la co nc ep çã o da
form aç ão , cont ro la r a ef ic ác ia da s resp ec ti va s in te rv en çõ es . As so ci ad os a es te s pr oc edim en to s de co nt ro lo
surgem os designados standards ou normas, construídos com base em princípios de qualidade defendidos e
promovidospelasentidadesquerealizamformação.
As no rmas ou pa dr õe s de qua li da de a u ti li za r, como qu ad ro re fere nc ia l de pro ce di me nt os au to -a va li at iv os sã o,
regrageral,utilizadospara:
-Estimularadiscussãoacercadasactividadesemcurso(oqueseestáafazer?)
-Determinaroseventuaisindicadoresdequalidade(fazemosoqueerasupostoestarmosafazer?)
-Identif icarpráticasdesucesso(comparandocomoutraspráticasexternas,comoestamos?)
-Reduzir eventuais dúvidas(relativamentea: o quedevefazer? porquedevefazer?quemdevefazer? quando
devefazer?comodevefazer?)
-Promovereventuaisacçõescorrectivas/alteraçõesestratégias(queplanodeacçãofaceadesvios?)
Um outro aspecto a destacar no que toca a procedimentos auto-avaliati vos traduz-se na necessária procura de
evidências susceptíveis de demonstrar o não-cumprimento de determinada s normas ou standards de qualidade
pré-estabelecidos, evidências essas que se podem traduzir em acções concretas de melhoria, produtosrealizados,resultadosalcançados(quandoconhecidos),entreoutros.
O resultado deste esforço será a construção de uma “bateria de indicadore s de quali dade” a monitorar por parte
da entidade que realiza a formação, que lhe permitirá efectuar, de forma sistemática, o alinhamento das
intervençõesfaceaoquadrodesejadodeintervenções,anteriormenteestabelecido
Algu mas no tas so br e implementa çã o de pr ocedimento s de co nt ro lo in ter no de
intervençõesformativasrealizadas....
271
Colecção Metodologias
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
2.Comoacompanhar/validar asváriasfasesdomodelodeconcepçãoproposto(ADORA)?
As pr opos ta s pa ra ac om pa nh am en to /v al id aç ão da s vá ri as fa se s do do mí ni o da conc ep çã o da form aç ão sã o
apresentadasno f inaldos processosde cada umadas fasesdo modelo.
Oscritériosdeavaliaçãoutilizadosforamosseguintes:
Fase Processos Critérios de avaliação
Fase I
An al is ar os co ntextos
de partida
- Grau de conhecimento dos
contextos que determinam os
déficits de competências;
- Rigor na sinalização das
competências a
adquirir/desenvolver pela via da
fo rmação;
- Rigor na identificação dos
requisitos de desempenho
associados à mobilização das
competências sinalizadas;
- Comparação da mais valia da
fo rmação fa ce a d ema is
alternativas que visem o
desenvolvimento de competências
específicas;
- Rigor na determinação do nível
de entrada dos formandos na
fo rmação;
Modelo de Concepção da Formatação ADORA
Processo 1
An al is ar compe tênc ia s r eferen ciadas a c on te xtos de
desempenho
- Rigor na definição dos
comportamentos a
desenvolver/adquirir pela
fo rmação;
- Rigor na definição das condições
para cumprimento de objectivos
pré-definidos;
- Rigor na identificação de critérios
de êxito para verificação de
cumprimento de objectivos;
Processo 2
Construir objectivos de aprendizagem válidos
(adequadas a públicos e a contextos bem
determinados)
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Colecção Metodologias
Fase II
Desenhar a proposta format iv a
- Grau de conhecimento
relativamente à natureza dascompetências (tipo de saberes) a
desenvolver/ adquirir pela via da
fo rmação;
- Adequação das escolhas
relativamente às formas de
organizar a formação;
- Adequação dos critérios de
agregação e sequenciação de
objectivos de aprendizagem;
- Adequação dos critérios de
estruturação e sequenciação de
módulos de formação;
Processo 1
Processo 2
Agrega r objec tivos d e a prendizage m por domíniosdo saber e formas de organizar a fo rmação
Desenhar itinerários de aprendizagem
modularizáveis e ajustados a públicos e contextos
determinados
- Adequação dos critérios de
agregação e sequenciação de
conteúdos;
- Suficiência das fontes que dão
origem aos conteúdos de
fo rmação;
- Adequação da definição das
cargas horárias a aplicar a cada
módulo /sessão;
- Adequação da escolha dos
métodos e das técnicaspedagógicas aplicadas na proposta
fo rmat iv a p roposta;
- Adequação das estratégia
pedagógicas face às características
dos destinatários da formação;
- Adequação das estratégias face às
características das formas de
organizar a formação utilizadas;
Processo 1
Processo 2
Definir sequências de conteúdos e respectivos
saberes a adquirir / desenvolver
Definir estratégias de aprendizagem adequadas aospúblicos e aos contextos
Fase III
Organizar as
Sequências
Pedagógicas
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Guia de Concepção de Cursos e Materiais Pedagógicos
- Qualidade dos recursos técnico-
pedagógicos;- Adequação das opções sobre
equipamentos/materiais de apoio
a utilizar;
- Qualidade do guia de apoio ao
formador ;
- Qualidade dos planos de sessão;
- Qualidade do plano geral da
proposta formativa;
- Adequação das ajudas ao
trabalho fa ce às necess id ades dos
respectivos destinatários;- Qualidade das ajudas
ao trabalho;
Processo 1
Processo 2
Processo 3
Conceber, validar e produz ir recursos técn ic o- pedag ógic os
Estruturar, validar e produzir guiões pedagógicos
(apoio à equipa de acompanhamento e execução da
fo rmação)
Produzir ajudas ao trabalho adequadas aos públicos
e contextos de trabalho específ
Fase IV
Realizar recursos técn ic o- pedagó gicos e
preparar suportes de
apoio
- Adequação da estratégia
avaliativa, face às características do
público alvo e contextos da
formaç ão;
Processo 1
Definir a estratégia avaliativa
Fase V
Aval ia r a estr atégia
pedagógica
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Instrumentosde apoio
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Ter presente as várias decisões
tomadas durante a realização
do processo de concepção
Controlar a aplicação das várias fases do modelo de concepção ADORA
Construir e validar o referencial a aplicar
ao processo de concepção da formação.
Validado o referencial ?
Aplicar mecanismos de controle
da qualidade dos resultados das várias
fases do modelo ADORA
Elaborar e disseminar
manuais de boas práticas
Resultados positivos?
Validar e consensualizar o referencial
junto de todos aqueles que o vão ter
que aplicar
Não
Não
Sim
Sim
Rever aspectos menos positivos
e reflectir acerca as respectivas causas.
Aplicar eventuais planos
de melhoria/ acções correctivas.
Regulação do processo
de concepção concluída
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Grau de conhecimento relativamente à natureza
das competências (tipo de saberes) a desenvolver/
adquirir pela via da formação;
Ad eq uaçã o d as es co lhas re la tivame nt e à s f or ma s
De organizar a formação;
Ad eq uaçã o d os cr it ér io s d e a gr eg aç ão e
sequenciação de objectivos de aprendizagem;
Ad eq uaçã o d os cr it ér io s d e e st ru tu raçã o e
sequenciação de módulos de formação;
Rigor na sinalização das competências a
adquirir/desenvolver pela via da formação;
Rigor na identificação dos requisitos de
desempenho associados à mobilização das
competências sinalizadas;
Grau de conhecimento dos contextos que ajudam
a determinar os déficits de competências;
Rigor na definição dos comportamentos a
desenvolver/adquirir pela formação;
Rigor na definição das condições para cumpri-
mento de objectivos pré-definidos;
FASE I - Analisar os contextos de partida
Critério de análise a verificar/validar
Manter
intervenção
(x)
Melhorar
intervenção
(x)
Observações/
recomendações
FASE II- Desenhar a proposta formativa
Critério de análise a verificar/validar
Manter
intervenção
(x)
Melhorar
intervenção
(x)
Observações/
recomendações
Instrumento de apoio à verificação da qualidade do ciclo da concepção
Rigor na identificação de critérios de êxito para
veri fica çã o d e cu mp riment o de ob je ct ivos ;
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Ad equa ção do s c ri téri os de ag re gaçã o e
sequenciação de conteúdos;
Suficiência das fontes que dão origem aos
conteúdos de formação;
Ad equa ção da de finiçã o das ca rg as horári as a
aplicar a cada módulo /sessão;
Ad equa ção da es co lha d os mé todo s e das
técn icas peda gógica s apli cada s n a p ropo st a fo rmat iva;
Ad equa ção da s e st ratégia pe dagógica s face às
características dos destinatários da formação;
Ad equa ção da s e st ratégias face às ca ract er ís tica s
das formas de organizar a formação;
Critério de análise a verificar/validar
Manter
intervenção(x)
Melhorar
intervenção(x)
Observações/
recomendações
FASE III - Organizar o percurso pedagógico
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Critério de análise a verificar/validar
Manter
intervenção
(x)
Melhorar
intervenção
(x)
Observações/recomendações
FASE V - Avaliar a estratégia pedagógica
Eficácia da estratégia avaliativa;
Qualidade dos recursos técnico-pedagógicos;
Ad eq ua çã o d as op ções so br e s up orte s
De apoio a utilizar;
Qualidade do guia de apoio ao formador;
Qualidade dos planos de sessão;
Qualidade do plano geral da proposta fo rmat iv a;
Critério de análise a verificar/validar
Manter
intervenção(x)
Melhorar
intervenção(x)
Observações/
recomendações
FASE IV Realizar recursos técnico-pedagógicose preparar suportes de apoio
Qualidade dos guiões de exploração;
Adeq ua çã o d as aj ud as ao tr ab al ho fa ce às
necessidades dos respectivos destinatários;
Qualidade das ajudas ao trabalho;
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ReferênciasBibliográficas
7/22/2019 iqf-manual_para_realizar_materiais_pedagógicos
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Cómo crear programasde formacionde alto impacto
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Recursos Técnico-Pedagógicos & Práticas Bem Sucedidas
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Conceber um Plano de Formação
Effectivetraining strategies: a comprehensive guideto maximizing learning in
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Principlesofinstructionaldesign
Systematic training program design : maximizing effectiveness and minimizing liabil ity
CléspourlaFormation
A fo rm ação modu lar
Pe r f il P ro f is s i on a l: c a rp i n te i ro / a / c a r pi n te i r o/ a d e l i mp o s
Dossierdeformaçãodocursodeformaçãopedagógicadeformadores
O SectordaMadeirae suas Obrasem Portugal
Sistema de Acreditação de Entidades Formadoras
Evaluating training programs: the four levels
TheTrainer'sHandbook
Multimedia-basedinstructionaldesign:computer-basedtrainingweb-based
training di st ance br oa dcas t training
Concepção e Produção de Materiais para Auto-Estudo
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