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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a Contribuição sindical patronal a Contribuição sindical rural a Rais - Ano-base 2011 a Previdência Social Parcelamento dos débitos das microempresas e empresas de pequeno porte apurados no Simples Nacional Os débitos tributários apurados na forma do Simples Nacional poderão ser parcelados em até 60 parcelas mensais e sucessivas, observando-se que o pedido de parcelamento deferido importa confissão irretratável do débito e configura confissão extrajudicial. Pág. 1 a IOB Setorial Contabilista - Declaração de Habilitação Profissional (DHP Eletrônica) - Obrigatoriedade a partir de 1 o .01.2012 A DHP Eletrônica, a qual constitui documento de controle de regularidade do profissional da contabilidade, tem eficácia em todo o território nacional e prazo de validade de 90 dias contados da data da sua emissão. Pág. 7 a IOB Perguntas e Respostas Parcelamento dos débitos das microempresas e empresas de pequeno porte apurados no Simples Nacional Neste Manual, publicamos seleção especial de “Perguntas e Respostas” relacionadas ao parcelamento dos débitos das microempresas e empresas de pequeno porte apurados no Simples Nacional, com o objetivo de solucionar algumas dúvidas acerca desse tema. Pág. 9 Legislação Trabalhista e Previdenciária Fascículo N o 02/2012

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Page 1: IOB - Legislação Trabalhista - nº 02/2012 - 2ª Sem Janeiro1.229/2011 divulgou os disciplinamentos a serem observados no parcelamento de sua competência, tratados no item 11 adiante

Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a Contribuição sindical patronal

a Contribuição sindical rural

a Rais - Ano-base 2011

a Previdência SocialParcelamento dos débitos das microempresas e empresas de pequeno porte apurados no Simples NacionalOs débitos tributários apurados na forma do Simples Nacional poderão ser parcelados em até 60 parcelas mensais e sucessivas, observando-se que o pedido de parcelamento deferido importa confissão irretratável do débito e configura confissão extrajudicial. Pág. 1

a IOB SetorialContabilista - Declaração de Habilitação Profissional (DHP Eletrônica) - Obrigatoriedade a partir de 1o.01.2012A DHP Eletrônica, a qual constitui documento de controle de regularidade do profissional da contabilidade, tem eficácia em todo o território nacional e prazo de validade de 90 dias contados da data da sua emissão. Pág. 7

a IOB Perguntas e RespostasParcelamento dos débitos das microempresas e empresas de pequeno porte apurados no Simples NacionalNeste Manual, publicamos seleção especial de “Perguntas e Respostas” relacionadas ao parcelamento dos débitos das microempresas e empresas de pequeno porte apurados no Simples Nacional, com o objetivo de solucionar algumas dúvidas acerca desse tema. Pág. 9

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Fascículo No 02/2012

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© 2012 by IOB

Capa:Marketing IOB

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Legislação trabalhista e previdenciária : parcelamento dos débitos das microempresas.... -- 8. ed. -- São Paulo : IOB, 2012. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-1289-8

1. Previdência social - Leis e legislação - Brasil 2. Trabalho - Leis e legislação - Brasil I. Série.

CDU-34:368.4(81)(094)11-14671 -34:331(81)(094)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Leis : Previdência social : Direito previdenciário 34:368.4(81)(094) 2. Leis trabalhistas : Brasil 34:331(81)(094)

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Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2012 - Fascículo 02 CT 1

Manual de ProcedimentosLegislação Trabalhista e Previdenciária

Boletimj

a Previdência Social

Parcelamento dos débitos das microempresas e empresas de pequeno porte apurados no Simples Nacional SUMÁRIO 1. Introdução 2. Parcelamento - Condições 3. Parcelamento - Não aplicação 4. Parcelamento - Concessão e administração 5. Pedido 6. Deferimento 7. Consolidação 8. Prestações 9. Reparcelamento 10. Rescisão 11. Débitos administrados pela RFB - Regulamentação

1. INtrODuçãOPor meio da Lei Complementar no

139/2011, entre outras disposições, foram incluídos os §§ 15 a 24 ao art. 21 da Lei Complementar no 123/2006 (a qual estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios), para determinar, entre outros, que compete ao Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) fixar os critérios, as condições para rescisão, os prazos, os valores míni-mos de amortização e os demais procedimentos para parcelamento dos recolhimentos em atraso dos débitos tributários apurados no Simples Nacional.

Em atendimento a tais determinações, o CGSN, por meio da Resolução CGSN no 94/2011, divulgou os procedimentos a serem observados no parcelamento dos débitos tributários apurados na forma do Simples Nacional, conforme os itens a seguir, esclarecendo que a Receita Federal do Brasil (RFB) e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) poderão editar normas complementares relativas ao parcelamento em comento.

A RFB, por meio da Instrução Normativa no 1.229/2011 divulgou os disciplinamentos a serem observados no parcelamento de sua competência, tratados no item 11 adiante.

Notas

(1) O Simples Nacional, instituído pela Lei Complementar no 123/2006, alterada pela Lei Complementar no 133/2009 e pela Lei Complementar no 139/2011, implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, entre outros, da Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei no 8.212/1991, exceto no caso de ME e EPP que se dediquem às seguintes atividades de prestação de serviços:

a) construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores;

b) serviço de vigilância, limpeza ou conservação.

(2) Até 31.12.2011, o parcelamento dos débitos apura-dos no Simples Nacional observava as normas constan-

tes da Resolução CGSN no 92/2011, revogada pela Resolução CGSN no 94/2011, objeto deste texto.

2. ParCElamENtO - CONDIçõES

Os débitos apurados na forma do Simples Nacional poderão

ser parcelados, observando-se que:

a) o prazo máximo será de até 60 parcelas mensais e sucessivas;

b) o valor de cada prestação mensal, por oca-sião do pagamento, será acrescido de ju-ros equivalentes à taxa referencial do Sis-tema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada men-salmente, calculados a partir do mês subse-quente ao da consolidação até o mês ante-rior ao do pagamento, e de 1% relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado;

c) o pedido de parcelamento deferido importa confissão irretratável do débito e configura confissão extrajudicial;

Os débitos tributários

apurados na forma do Simples Nacional poderão ser parcelados em

até 60 parcelas mensais e sucessivas. Entretanto, é vedada a concessão

de parcelamento enquanto não integralmente pago parcelamento

anterior, salvo nas hipóteses de reparcelamento

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2 CT Manual de Procedimentos - Jan/2012 - Fascículo 02 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

d) serão aplicadas na consolidação as reduções das multas de lançamento de ofício previstas nos incisos II e IV do art. 6o da Lei no 8.218/1991, nos seguintes percentuais:d.1) 40%, se o sujeito passivo requerer o

parcelamento no prazo de 30 dias, contado da data em que foi notificado do lançamento; ou

d.2) 20%, se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de 30 dias, contado da data em que foi notificado da decisão administrativa de primeira instância;

Nota

Os incisos II e IV do art. 6o da Lei no 8.218/1991 determinam:

“Art. 6o Ao sujeito passivo que, notificado, efetuar o pagamento, a compensação ou o parcelamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, inclusive das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, será concedido redução da multa de lançamento de ofício nos seguintes percentuais:

I - [...]

II - 40% (quarenta por cento), se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data em que foi notificado do lançamento;

[...]

IV - 20% (vinte por cento), se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data em que foi notificado da decisão administrativa de primeira instância.

[...]”

e) no caso de parcelamento de débito inscrito em dívida ativa, o devedor pagará custas, emolumentos e demais encargos legais.

Somente serão parcelados:

a) os débitos vencidos e constituídos na data do pedido de parcelamento, excetuadas as multas de ofício vinculadas a débitos vencidos, que poderão ser parceladas antes da data de vencimento;

b) os débitos que não se encontrem com exigibilidade suspensa na forma do art. 151 do Código Tributário Nacional (CTN).

Nota

O art. 151 do CTN determina:

“Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - moratória;

II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança;

V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

VI - o parcelamento.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumpri-mento das obrigações assessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.”

Os débitos constituídos por meio de Auto de Infração e Notificação Fiscal (AINF) de que trata o art. 79 da Resolução CGSN no 94/2011 poderão ser parcelados desde a sua lavratura, observando-se o disposto na letra “b”.

Nota

O art. 79 da Resolução CGSN no 94/2011 determina:

“Art. 79. Verificada infração à legislação tributária por ME ou EPP optan-te pelo Simples Nacional, deverá ser lavrado Auto de Infração e Notificação Fiscal (AINF), emitido por meio do Sefisc.

§ 1o O AINF é o documento único de autuação, a ser utilizado por todos os entes federados, em relação ao inadimplemento da obrigação principal prevista na legislação do Simples Nacional.

§ 2o No caso de descumprimento de obrigações acessórias deverão ser utilizados os documentos de autuação e lançamento fiscal específicos de cada ente federado.

§ 3o A ação fiscal relativa ao Simples Nacional poderá ser realizada por estabelecimento, porém o AINF deverá ser lavrado sempre com o CNPJ da matriz, observado o disposto no art. 77.

§ 4o Para a apuração do crédito tributário, deverão ser consideradas as receitas de todos os estabelecimentos da ME ou EPP, ainda que a ação fiscal seja realizada por estabelecimento.

§ 5o A competência para autuação por descumprimento de obrigação acessória é privativa da administração tributária perante a qual a obrigação deveria ter sido cumprida.

§ 6o A receita decorrente das autuações por descumprimento de obri-gação acessória será destinada ao ente federado responsável pela autuação de que trata o § 5o, caso em que deverá ser utilizado o documento de arre-cadação específico do referido ente que promover a autuação e lançamento fiscal, sujeitando-se o pagamento às normas previstas em sua respectiva legislação.

§ 7o Não se exigirá o registro no Sefisc de lançamento fiscal que trate exclusivamente do disposto no § 5o.

§ 8o Os débitos relativos aos impostos e contribuições resultantes das informações prestadas na DASN ou no PGDAS-D encontram-se devidamente constituídos, não sendo cabível lançamento de ofício por parte das adminis-trações tributárias federal, estaduais ou municipais.”

2.1 Vedação

Fica vedada a concessão de parcelamento para sujeitos passivos com falência decretada.

3. ParCElamENtO - NãO aPlICaçãO

O parcelamento dos tributos apurados no Simples Nacional não se aplica:

a) às multas por descumprimento de obrigação acessória;

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Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2012 - Fascículo 02 CT 3

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

b) à Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social para a empresa op-tante tributada com base:b.1) nos Anexos IV e V da Lei Complementar

no 123/2006, até 31.12.2008;b.2) no Anexo IV da Lei Complementar no

123/2006, a contar de 1o.01.2009;c) aos demais tributos ou fatos geradores não

abrangidos pelo Simples Nacional, previstos no § 1o do art. 13 da Lei Complementar no 123/2006, inclusive aqueles passíveis de re-tenção na fonte, de desconto de terceiros ou de sub-rogação, entre os quais se incluem os depósitos para o Fundo de Garantia do Tem-po de Serviço (FGTS), a contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao trabalhador, e a contribuição para a Segu-ridade Social, relativa à pessoa do empresá-rio, na qualidade de contribuinte individual.

4. ParCElamENtO - CONCESSãO E aDmINIStraçãO

A concessão e a administração do parcelamento serão de responsabilidade:

a) da RFB, caso o débito não tenha sido inscrito em Dívida Ativa da União (DAU);

b) da PGFN, relativamente aos débitos inscritos em DAU.

Nota

Por meio da Portaria Conjunta PGFN/RFB no 11/2011 foi delegada à RFB a competência para concessão e administração dos parcelamentos dos débitos inscritos em Dívida Ativa da União (DAU), relativos às contribuições sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212/1991, às contribuições instituídas a título de substituição e às contribuições devidas a terceiros.

Enquanto vigente a mencionada delegação de competência, competi-rá às unidades da PGFN a manifestação sobre a aceitação de garantia nos casos em que for necessário, avaliados os requisitos de idoneidade, sufici-ência e liquidez, considerados o montante consolidado do débito e o prazo pretendido para parcelamento.

5. PEDIDO

O pedido de parcelamento implica adesão aos termos e às condições mencionadas neste texto.

5.1 revisãoPoderá ser realizada, a pedido ou de ofício, a

revisão dos valores objeto do parcelamento para eventuais correções, ainda que já concedido o parcelamento.

5.2 Empresa com atos constitutivos baixados

O parcelamento de débitos da empresa, cujos atos constitutivos estejam baixados, será requerido em nome do titular ou de um dos sócios.

Esse procedimento será aplicado também aos parcelamentos de débitos cuja execução tenha sido redirecionada para o titular ou para os sócios.

6. DEfErImENtO

O órgão concessor (RFB ou PGFN) poderá, em disciplinamento próprio:

a) condicionar o deferimento do parcelamento à confirmação do pagamento tempestivo da 1a parcela;

b) considerar o pedido deferido automaticamente após decorrido determinado período da data do pedido sem manifestação da autoridade;

c) estabelecer condições complementares, obser-vadas as disposições mencionadas neste texto.

Caso a decisão do pedido de parcelamento não esteja condicionada à confirmação do pagamento da 1a parcela, o deferimento do parcelamento se dará sob condição resolutória, tornando-se sem efeito caso não seja efetuado o respectivo pagamento no prazo estipulado pelo órgão concessor. Nessa hipótese, tornando-se sem efeito o deferimento, o contribuinte será excluído do Simples Nacional, com efeitos retro-ativos, caso o parcelamento tenha sido solicitado para possibilitar o deferimento do pedido de opção.

É vedada a concessão de parcelamento enquanto não integralmente pago parcelamento anterior, salvo nas hipóteses de reparcelamento.

7. CONSOlIDaçãO

Atendidos os requisitos para a concessão do parcelamento, será feita a consolidação da dívida, considerando-se como data de consolidação a data do pedido.

Compreende-se por dívida consolidada o somató-rio dos débitos parcelados, acrescidos dos encargos, custas, emolumentos e acréscimos legais, devidos até a data do pedido de parcelamento.

A multa de mora será aplicada no valor máximo fixado pela legislação.

8. PrEStaçõES

Tanto nos parcelamentos de competência da RFB como nos de competência da PGFN, deve ser observado que:

a) o valor de cada parcela será obtido mediante a divisão do valor da dívida consolidada pelo número de parcelas solicitadas, observado

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4 CT Manual de Procedimentos - Jan/2012 - Fascículo 02 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

o limite mínimo de R$ 500,00, exceto quanto aos débitos de responsabilidade do microem-preendedor individual, quando o valor mínimo será estipulado em ato do órgão concessor;

b) as prestações do parcelamento vencerão no último dia útil de cada mês;

c) o repasse para os entes federados dos valores pa-gos e a amortização dos débitos parcelados serão efetuados proporcionalmente ao valor de cada tri-buto na composição da dívida consolidada.

O valor de cada parcela, inclusive do valor mínimo, estará sujeito ao acréscimo de juros equivalentes à Selic, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado.

9. rEParCElamENtO

No âmbito de cada órgão concessor, serão admi-tidos até 2 reparcelamentos de débitos do Simples Nacional constantes de parcelamento em curso ou que tenha sido rescindido, podendo ser incluídos novos débitos, concedendo-se novo prazo, obser-vado o limite de 60 parcelas mensais e sucessivas.

A formalização de reparcelamento de débitos fica condicionada ao recolhimento da 1a parcela em valor correspondente a:

a) 10% do total dos débitos consolidados; ou

b) 20% do total dos débitos consolidados, caso haja débito com histórico de reparcelamento anterior.

Para os débitos inscritos em DAU, será verificado o histórico de parcelamento no âmbito da RFB e da PGFN.

A desistência de parcelamento cujos débitos foram objeto de redução de multa de lançamento de ofício mencionada na letra “d” do item 2, com a fina-lidade de reparcelamento do saldo devedor, implica restabelecimento do montante da multa proporcional-mente ao valor da receita não satisfeita, e o benefício da redução será aplicado ao reparcelamento caso a negociação deste ocorra dentro dos prazos previstos nas letras “d.1” e “d.2” do mesmo item.

O reparcelamento para inclusão de débitos relati-vos ao ano-calendário de 2011, no prazo estabelecido pelo órgão concessor:

a) não contará para efeito do limite de 2 reparce-lamentos, conforme mencionado no primeiro parágrafo deste item;

b) não estará sujeito ao recolhimento da 1a parce-la mencionada neste item.

10. rESCISãOImplicará rescisão do parcelamento:a) a falta de pagamento de 3 parcelas, consecu-

tivas ou não; oub) a existência de saldo devedor, após a data de

vencimento da última parcela do parcelamento.

É considerada inadimplente a parcela parcial-mente paga.

Rescindido o parcelamento, apurar-se-á o saldo devedor, providenciando-se, conforme o caso, o encaminhamento do débito para inscrição em dívida ativa ou o prosseguimento da cobrança, se já reali-zada aquela, inclusive quando em execução fiscal.

A rescisão do parcelamento motivada pelo des-cumprimento das normas que o regulam implicará restabelecimento do montante das multas de lança-mento de ofício mencionadas na letra “d” do item 2, proporcionalmente ao valor da receita não satisfeita.

11. DéBItOS aDmINIStraDOS PEla rfB - rEgulamENtaçãOPor meio da Instrução Normativa RFB no

1.229/2011, foram divulgados os procedimentos a serem observados no parcelamento dos débitos cuja concessão e administração são de responsabilidade da RFB, ou seja, débitos que não tenham sido inscri-tos em DAU, conforme os subitens adiante.

Nota

Por meio da Portaria Conjunta PGFN/RFB no 11/2011 foi delegada à RFB a competência para concessão e administração dos parcelamentos dos débitos inscritos em Dívida Ativa da União (DAU), relativos às contribuições sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212/1991, às contribuições instituídas a título de substituição e às contribuições devidas a terceiros.

Enquanto vigente a mencionada delegação de competência, competi-rá às unidades da PGFN a manifestação sobre a aceitação de garantia nos casos em que for necessário, avaliados os requisitos de idoneidade, sufici-ência e liquidez, considerados o montante consolidado do débito e o prazo pretendido para parcelamento.

11.1 Parcelamento - abrangênciaOs débitos de responsabilidade das ME e das EPP

apurados no Simples Nacional poderão ser parcelados em até 60 parcelas mensais e sucessivas.

11.2 Parcelamento - Não aplicaçãoO mencionado parcelamento não se aplica, entre

outros:a) aos débitos inscritos em DAU;b) às multas por descumprimento de obrigação

acessória;

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Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2012 - Fascículo 02 CT 5

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

c) à Contribuição Patronal Previdenciária para a Seguridade Social, no caso de empresa op-tante, tributada com base:

c.1) nos Anexos IV e V à Lei Complemen-tar no 123/2006, até 31.12.2008;

c.2) no Anexo IV à Lei Complementar no 123/2006, a contar de 1o.01.2009;

d) aos demais tributos ou fatos geradores não abrangidos pelo Simples Nacional, previstos no § 1o do art. 13 da Lei Complementar no 123/2006, inclusive aqueles passíveis de re-tenção na fonte, de desconto de terceiros ou de sub-rogação, entre os quais se incluem os depósitos para o FGTS, a contribuição para manutenção da Seguridade Social, re-lativa ao trabalhador, e a contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do em-presário, na qualidade de contribuinte indivi-dual;

e) aos débitos lançados de ofício pela RFB ante-riormente à disponibilização do Sistema Único de Fiscalização, Lançamento e Contencioso (Sefisc), de que trata o art. 78 da Resolução CGSN no 94/2011. Nessa hipótese, os débitos poderão ser parcelados na forma da Portaria Conjunta PGFN/RFB no 15/2009.

11.3 Vedações

É vedado o parcelamento:

a) para os sujeitos passivos com falência decre-tada; e

b) enquanto não integralmente pago parcela-mento anterior.

11.4 Pedido

Os pedidos de parcelamento deverão ser apre-sentados exclusivamente no site da RFB, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br>, por meio da opção “Pedido de Parcelamento de Débitos Apurados no Simples Nacional”.

O pedido deverá ser formulado em nome do estabelecimento matriz, pelo responsável perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Na hipótese de empresa cujos atos constitutivos estejam baixados, o pedido de parcelamento será formulado em nome do titular ou de um dos sócios.

11.4.1 Implicações

Os pedidos implicarão confissão irrevogável e irretratável da totalidade dos débitos abrangidos pelo parcelamento, existentes em nome da pessoa jurídica na condição de contribuinte ou responsável, e configurarão confissão extrajudicial, nos termos dos arts. 348, 353 e 354 da Lei no 5.869/1973 (Código de Processo Civil - CPC), sujeitando a pessoa jurídica à aceitação plena e irretratável de todas as condi-ções estabelecidas na Instrução Normativa RFB no 1.229/2011.

Nota

Os arts 348, 353 e 354 do CPC determinam:

“Art. 348. Há confissão, quando a parte admite a verdade de um fato, contrário ao seu interesse e favorável ao adversário. A confissão é judicial ou extrajudicial.

Art. 353. A confissão extrajudicial, feita por escrito à parte ou a quem a represente, tem a mesma eficácia probatória da judicial; feita a terceiro, ou contida em testamento, será livremente apreciada pelo juiz.

Parágrafo único. Todavia, quando feita verbalmente, só terá eficácia nos casos em que a lei não exija prova literal.

Art. 354. A confissão é, de regra, indivisível, não podendo a parte, que a quiser invocar como prova, aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá--la no que Ihe for desfavorável. Cindir-se-á, todavia, quando o confitente Ihe aduzir fatos novos, suscetíveis de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.”

11.5 Deferimento

O pedido de parcelamento importa em suspensão da exigibilidade dos débitos, ficando o deferimento do pedido condicionado à existência de posterior pagamento da 1a prestação.

Até a divulgação das informações sobre a consolidação dos débitos objeto de pedidos de parcelamento, o devedor fica desobrigado de efetuar qualquer pagamento.

Depois da divulgação da consolidação, caso não seja efetuado o pagamento da 1a parcela até o último dia útil do mês subsequente ao da divulgação, o pedido de parcelamento será considerando sem efeito.

11.6 Consolidação

A consolidação dos débitos terá por base o mês em que será formalizado o pedido de parcelamento e resultará da soma:

a) do principal;b) da multa de mora;c) da multa de ofício; ed) dos juros de mora.

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6 CT Manual de Procedimentos - Jan/2012 - Fascículo 02 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

11.6.1 redução das multas de lançamento de ofício

Serão aplicadas, na consolidação, as reduções das multas de lançamento de ofício nos seguintes percentuais:

a) 40%, se o sujeito passivo requerer o parcela-mento no prazo de 30 dias, contado da data em que foi notificado do lançamento; ou

b) 20%, se o sujeito passivo requerer o parcela-mento no prazo de 30 dias, contado da data em que foi notificado da decisão administrati-va de 1a instância.

O valor consolidado da dívida, bem como o acompanhamento dos pedidos, serão divulgados no site da RFB, no endereço mencionado no subitem 11.4, no Portal e-CAC.

11.7 Valor das prestações - Pagamento

O valor das prestações será obtido mediante divi-são da dívida consolidada pelo número de parcelas do parcelamento concedido, sendo o valor mínimo da parcela de R$ 500,00.

O valor de cada prestação será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Selic para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado.

As prestações vencerão no último dia útil de cada mês e o seu pagamento deverá ser efetuado mediante Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).

11.8 reparcelamento

Serão admitidos até 2 reparcelamentos de débi-tos do Simples Nacional, constantes de parcelamento em curso ou que tenha sido rescindido, podendo ser incluídos novos débitos.

O deferimento do pedido de reparcelamento fica condicionado ao recolhimento da 1a parcela em valor correspondente a:

a) 10% do total dos débitos consolidados; ou

b) 20 do total dos débitos consolidados, caso haja débito com histórico de reparcelamento anterior.

Caso haja parcelamento de débitos do Simples Nacional em curso, é facultado ao sujeito passivo solicitar a desistência do referido parcelamento com o objetivo de solicitar reparcelamento.

A desistência de parcelamento cujos débitos foram objeto do benefício de redução de multa de lançamento de ofício mencionada no subitem 11.6.1, com a finalidade de reparcelamento do saldo deve-dor, implica restabelecimento do montante da multa proporcionalmente ao valor da receita não satisfeita, sendo que o benefício da redução será aplicado ao reparcelamento caso a negociação deste ocorra dentro dos prazos mencionados nas letras “a” e “b” do subitem 11.6.1.

O reparcelamento para inclusão de débitos rela-tivos ao ano-calendário de 2011, se solicitado até a data de divulgação da consolidação:

a) não contará para efeito do limite de 2 reparce-lamentos; e

b) não estará sujeito ao recolhimento da 1a parce-la.

11.9 rescisão

Implicará rescisão do parcelamento:

a) a falta de pagamento de 3 parcelas, consecu-tivas ou não; ou

b) a existência de saldo devedor após a data de vencimento da última parcela.

É considerada inadimplida a parcela parcialmente paga.

Rescindido o parcelamento, será apurado o saldo devedor, providenciando-se, conforme o caso, o encaminhamento do débito para inscrição em dívida ativa ou o prosseguimento da cobrança.

A rescisão do parcelamento motivada pelo des-cumprimento das normas que o regulam implicará restabelecimento do montante das multas de lança-mento de ofício proporcionalmente ao valor da receita não satisfeita.

11.10 Dívida consolidada - revisão

Poderá ser realizada, de ofício ou a pedido, revi-são da dívida consolidada. Na hipótese de revisão a pedido, o sujeito passivo deverá dirigir-se à unidade da RFB de seu domicílio tributário, onde deverá protocolar o Pedido de Revisão de Dívida Parcelada, adiante reproduzido.

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Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2012 - Fascículo 02 CT 7

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11.11 Norma aplicada subsidiariamenteAplica-se subsidiariamente aos parcelamentos mencionados no item 11 e respectivos subitens o disposto na

Portaria Conjunta PGFN/RFB no 15/2009, a qual dispõe sobre o parcelamento de débitos para com a Fazenda Nacional.

(Lei Complementar no 123/2006, art. 21, §§ 15, 16, 17, 18, 20, 21, 23 e 24, na redação da Lei Complementar no 139/2011; Re-solução CGSN no 94/2011; Instrução Normativa RFB no 1.229/2011) N

a IOB SetorialCOntáBIl

Contabilista - Declaração de Habilitação Profissional (DHP Eletrônica) - Obrigatoriedade a contar de 1o.01.2012

1. INtrODuçãO

A Resolução no 1.363/2011 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que entrará em vigor a contar de 1o.01.2012, considerando, entre outros requisitos,

que o exercício de qualquer atividade contábil é prer-rogativa do profissional da contabilidade em situação regular perante o respectivo Conselho Regional de Contabilidade (CRC), instituiu o documento de con-trole de regularidade do profissional da contabilidade denominado Declaração de Habilitação Profissional (DHP Eletrônica), conforme os itens a seguir.

2. ExtENSãO E PrazO DE ValIDaDE

A DHP Eletrônica tem eficácia em todo o território nacional e tem prazo de validade de 90 dias contados da data da sua emissão.

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3. EmISSãO E utIlIzaçãO

A DHP Eletrônica será expedida exclusivamente através do site do CRC do registro originário ou do registro originário transferido do profissional, con-forme modelo e especificações constantes do Anexo I da Resolução em comento, reproduzido no item 6 adiante.

A emissão da declaração deverá conter meca-nismo de segurança por meio de autenticação auto-mática e código de segurança, e será utilizada:

a) no relatório de auditoria;

b) no laudo e/ou parecer pericial;

c) no livro diário;

d) na Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos (Decore);

e) no balanço patrimonial, registrado na Junta Comercial;

f) por solicitação de editais de licitação;

g) em outros documentos definidos em convê-nios com entidades público-privadas.

A finalidade da DHP Eletrônica é comprovar exclusivamente a regularidade do profissional da contabilidade perante o CRC no momento de sua emissão.

No caso de emissão do relatório de auditoria ou do laudo e/ou parecer pericial, a DHP Eletrônica deverá ser incluída após a folha com a assinatura de cada profissional responsável pelo trabalho técnico executado. Também deverá ser incluída após o termo de encerramento do livro diário.

Quando da emissão da Decore, a DHP Eletrônica estará impressa no próprio documento.

Nos casos de registros na Junta Comercial de demonstrações contábeis em separado do livro diá-rio, a DHP Eletrônica deverá ser incluída após a folha com a assinatura do profissional da contabilidade.

Quando utilizada em documentos sob respon-sabilidade técnica do profissional da contabilidade, por solicitação em editais de processos licitatórios, a DHP Eletrônica deverá acompanhar os documentos exigidos no respectivo edital.

Quando estabelecido em convênios público--privados, a DHP Eletrônica será emitida e entregue, conforme estabelecido no convênio, preferencial-

mente, após toda a documentação contábil assinada pelo profissional da contabilidade.

3.1 Dados da declaração

A DHP Eletrônica será emitida por meio do site do CRC ao profissional da contabilidade, devendo conter no documento os seguintes dados necessários à sua impressão:

a) indicação do CRC expedidor;

b) numeração sequencial (exemplo: UF/ano/nú-mero);

c) data de validade da declaração; e

d) nome, número de registro no CRC e categoria profissional.

A emissão observará numeração sequencial, que será reiniciada em cada exercício, com mecanismo de segurança por meio de autenticação automática.

A mencionada declaração estará liberada para emissão somente quando o requerente e a organiza-ção contábil da qual o profissional da contabilidade seja sócio e/ou proprietário estiverem regulares perante o CRC, ou seja, sem possuírem qualquer espécie de débito.

Nos casos de parcelamentos de débitos, a emissão somente será permitida se a quitação das parcelas estiverem em dia.

O profissional da contabilidade deverá estar com seu registro ativo, sendo vedada a emissão de DHP Eletrônica aos profissionais com registro baixado ou suspenso até o restabelecimento do registro, bem como aos que tenham tido seu exercício profissional cassado.

O documento será emitido nos padrões estabele-cidos pelo CFC.

4. PENalIDaDES

O profissional da contabilidade que descumprir as Normas da Resolução CFC no 1.363/2011 estará sujeito às penalidades previstas na legislação perti-nente.

5. rEVOgaçãO

A contar de 1o.01.2012, fica revogada a Resolução CFC no 871/2000, que trata do mesmo assunto.

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6. aNExO I Da rESOluçãO CfC No 1.363/2011 - mODElO Da DHP ElEtrôNICa

(Resolução CFC no 1.363/2011)

N

a IOB Perguntas e RespostasSimples Nacional - Parcelamento - Condições

1) Os débitos apurados na forma do Simples Na-cional poderão ser parcelados?

Sim. Os débitos apurados na forma do Simples Nacional poderão ser parcelados, observando-se que:

a) o prazo máximo será de até 60 parcelas men-sais e sucessivas;

b) o valor de cada prestação mensal, por oca-sião do pagamento, será acrescido de ju-ros equivalentes à taxa referencial do Sis-

tema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada men-salmente, calculados a partir do mês subse-quente ao da consolidação até o mês ante-rior ao do pagamento, e de 1% relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado;

c) o pedido de parcelamento deferido importa confissão irretratável do débito e configura confissão extrajudicial;

d) serão aplicadas na consolidação as redu-ções das multas de lançamento de ofício pre-

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vistas nos incisos II e IV do art. 6o da Lei no 8.218/1991, nos seguintes percentuais:d.1) 40%, se o sujeito passivo requerer o par-

celamento no prazo de 30 dias, contado da data em que foi notificado do lança-mento; ou

d.2) 20%, se o sujeito passivo requerer o par-celamento no prazo de 30 dias, contado da data em que foi notificado da decisão administrativa de primeira instância;

e) no caso de parcelamento de débito inscri-to em dívida ativa, o devedor pagará custas, emolumentos e demais encargos legais.

Somente serão parcelados:

a) os débitos vencidos e constituídos na data do pedido de parcelamento, excetuadas as mul-tas de ofício vinculadas a débitos vencidos, que poderão ser parceladas antes da data de vencimento;

b) os débitos que não se encontrarem com exi-gibilidade suspensa na forma do art. 151 do Código Tributário Nacional (CTN).

Os débitos constituídos por meio de Auto de Infração e Notificação Fiscal (AINF) de que trata o art. 79 da Resolução CGSN no 94/2011 poderão ser parcelados desde a sua lavratura, observando-se o disposto na letra “b”.

(Resolução CGSN no 94/2011, art. 44)

Simples Nacional - Parcelamento - Sujeito passivo com falência decretada

2) Os débitos apurados na forma do Simples Na-cional do sujeito passivo com falência decretada pode-rão ser parcelados?

Não. É vedada a concessão de parcelamento dos débitos apurados na forma do Simples Nacional aos sujeitos passivos com falência decretada.

(Resolução CGSN no 94/2011, art. 44, § 4o)

Simples Nacional - Parcelamento - Não aplicabilidade

3) Em que situações não se aplica o parcelamento de débitos apurados na forma do Simples Nacional?

O parcelamento dos tributos apurados no Simples Nacional não se aplica:

a) às multas por descumprimento de obrigação acessória;

b) à Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social para a empresa op-tante tributada com base:a) nos Anexos IV e V da Lei Complementar

no 123/2006, até 31.12.2008;b) no Anexo IV da Lei Complementar no

123/2006, a contar de 1o.01.2009;c) aos demais tributos ou fatos geradores não

abrangidos pelo Simples Nacional, previs-tos no § 1o do art. 13 da Lei Complementar no 123/2006, inclusive aqueles passíveis de re-tenção na fonte, de desconto de terceiros ou de sub-rogação, entre os quais se incluem os depósitos para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a contribuição para manu-tenção da Seguridade Social, relativa ao tra-balhador, e a contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual.

(Resolução CGSN no 94/2011, art. 45)

Simples Nacional - Parcelamento - Concessão e administração

4) A quem competem a concessão e a administra-ção do parcelamento de débitos apurados na forma do Simples Nacional?

A concessão e a administração do parcelamento serão de responsabilidade:

a) da RFB, caso o débito não tenha sido inscrito na Dívida Ativa da União (DAU);

b) da PGFN, relativamente aos débitos inscritos na DAU.

Observa-se que por meio da Portaria Conjunta PGFN/RFB no 11/2011 foi delegada à RFB a compe-tência para concessão e administração dos parce-lamentos dos débitos inscritos em DAU, relativos às contribuições sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212/1991, às contribuições instituídas a título de substituição e às contribuições devidas a terceiros.

Enquanto vigente a mencionada delegação de competência, competirá às unidades da PGFN a manifestação sobre a aceitação de garantia nos casos em que for necessário, avaliados os requisitos de idoneidade, suficiência e liquidez, considerados o montante consolidado do débito e o prazo pretendido para parcelamento.

(Resolução CGSN no 94/2011, art. 46; Portaria Conjunta PGFN/RFB no 11/2011)