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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Consulta tributária a ICMS - Crédito acumulado a ICMS - Crédito outorgado ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 10/2014 São Paulo / a Federal IOF Factoring 01 / a Estadual ICMS Crédito fiscal 04 / a IOB Setorial Estadual Automotivo - ICMS - Base de cálculo reduzida para produtos de transporte 14 / a IOB Comenta Federal IOF - Operações de crédito - Aplicação da alíquota adicional 14 / a IOB Perguntas e Respostas IOF Mútuo - Pagamento das parcelas - Implicações no atraso 16 Mútuo - Pessoa jurídica - Equiparação a instituição financeira 16 Operações de crédito - Saldos a descoberto - Incidência 16 ICMS/SP Apuração - Centralização - Possibilidade 16 Benefício fiscal - Descumprimento de requisito - Consequência 16 Saldo credor - Encerramento das atividades - Restituição - Vedação 17 ITCMD/SP Contribuintes 17 Incidência - Hipóteses 17

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Consulta tributária

a ICMS - Crédito acumulado

a ICMS - Crédito outorgado

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 10/2014

São Paulo

/a FederalIOFFactoring . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSCrédito fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

/a IOB SetorialEstadualAutomotivo - ICMS - Base de cálculo reduzida para produtos de transporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

/a IOB ComentaFederalIOF - Operações de crédito - Aplicação da alíquota adicional . . . . . 14

/a IOB Perguntas e RespostasIOFMútuo - Pagamento das parcelas - Implicações no atraso . . . . . . . . 16Mútuo - Pessoa jurídica - Equiparação a instituição financeira . . . . . 16Operações de crédito - Saldos a descoberto - Incidência . . . . . . . . . 16

ICMS/SPApuração - Centralização - Possibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Benefício fiscal - Descumprimento de requisito - Consequência . . . . 16Saldo credor - Encerramento das atividades - Restituição - Vedação 17

ITCMD/SPContribuintes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17Incidência - Hipóteses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

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Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IOF : factoring. -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2083-1

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-01165 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

10-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 SP

IOF

Factoring SUMÁRIO 1. Introdução 2. Fato gerador 3. Contribuinte 4. Responsabilidade 5. Alíquota 6. Base de cálculo 7. Cobrança e recolhimento 8. Exemplo 9. Soluções de consultas

1. InTrODuçãO

O Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) incide sobre as operações citadas, incluindo-se, entre as de crédito, as realizadas por empresas que exercem as atividades de pres-tação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

Neste texto, examinaremos o tratamento tributário dispensado pela legislação do IOF às mencionadas operações.

(Regulamento do IOF - Decreto nº 6.306/2007, art. 2º, I, “b”)

2. FaTO gEraDOr

Constitui fato gerador do IOF a entrega do mon-tante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou a sua colocação à disposição do interessado.

A expressão “operações de crédito” compreende as operações de empréstimo sob qualquer modalidade, inclusive abertura de crédito e desconto de títulos, a alienação, à empresa que exercer as atividades de factoring, de direitos creditórios resultantes de venda a prazo e o mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 3º, caput, § 3º)

3. COnTrIBuInTE

O contribuinte é a pessoa física ou jurídica alie-nante do direito creditório resultante de venda a prazo a empresa de factoring.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 4º, parágrafo único)

4. rESPOnSaBIlIDaDE

A responsabilidade pela cobrança e pelo recolhimento do imposto é da empresa de factoring adquirente do direito

creditório.

Embora o contribuinte seja a pessoa jurídica ou a pessoa física que aliena o direito

creditório resultante de venda a prazo, a responsa-bilidade pelo recolhimento é atribuída à empresa de factoring, a exemplo do que ocorre nas demais operações de crédito, em que o tomador do financia-mento ou do empréstimo é o contribuinte.

A responsabilidade pelo recolhimento, no entanto, é atribuída pela legislação à instituição financeira.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 5º, caput, II)

5. alíquOTa

O imposto incide sobre o valor da respectiva ope-ração, mediante a aplicação das seguintes alíquotas:

a Federal

Constitui fato gerador do IOF a entrega

do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou

a sua colocação à disposição do interessado

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10-02 SP Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a) mutuário pessoa jurídica: 0,0041% ao dia;

b) mutuário pessoa física: 0,0041% ao dia.

Nota

Além das alíquotas citadas, há, ainda, a aplicação da alíquota adicional de 0,38%, independentemente do prazo da operação, seja o mutuário pes-soa física ou jurídica (Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, § 15).

O IOF não excederá o valor resultante da apli-cação da alíquota diária a cada valor de principal, prevista para a operação, multiplicada por 365 dias, acrescido da alíquota adicional de 0,38%, ainda que a operação seja de pagamento parcelado.

Cálculo: pessoa física ou jurídica: 0,0041 x 365 = 1,4965% + 0,38% = 1,8765%.

Note-se que o IOF incidirá no período compreen-dido entre a data da ocorrência do fato gerador e a data do vencimento de cada parcela do direito credi-tório alienado à empresa de factoring.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, caput, II, §§ 1º e 15)

5.1 Pessoa jurídica optante pelo Simples nacional

Quando se tratar de mutuário pessoa jurí-dica optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), em que o valor seja igual ou inferior a R$ 30.000,00, a alíquota será de 0,00137% ao dia.

Para reconhecimento da aplicabilidade da alí-quota reduzida, caberá ao mutuante exigir, no ato da realização da operação, declaração em 2 vias de que se enquadra como pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional e de que o signatário é seu repre-sentante legal e está ciente de que a falsidade na prestação desta informação o sujeitará, juntamente com as demais pessoas que para ela concorrem, às penalidades previstas na legislação criminal e tribu-tária, relativas à falsidade ideológica (Código Penal, art. 299) e ao crime contra a ordem tributária (Lei nº 8.137/1990, art. 1º).

Nota

Além da alíquota citada, haverá a aplicação da alíquota adicional de 0,38%, independentemente do prazo da operação (Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, § 15).

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, caput, VI, § 15, e art. 45, II)

6. BaSE DE CálCulO

A base de cálculo do IOF nas operações de fac-toring é o valor líquido entregue ou colocado à dispo-sição do alienante, correspondente ao valor nominal do título ou do direito creditório, deduzindo-se os juros cobrados antecipadamente.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, caput, II, § 4º)

7. COBrança E rECOlhIMEnTO

O IOF será cobrado na data da operação de desconto e recolhido por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) até o 3º dia útil subsequente ao decêndio de sua cobrança, utilizando-se o código de receita 6895.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 10, caput, III, parágrafo único)

7.1 recolhimento fora do prazo

O IOF não pago ou não recolhido no prazo legal será acrescido de:

a) juros de mora equivalentes à taxa Selic, acu-mulada mensalmente, calculados a partir do 1º dia do mês subsequente ao do vencimento até o mês anterior ao pagamento, e de 1% no mês do pagamento; e

b) multa de mora, calculada a partir do 1º dia subsequente ao do vencimento, à taxa de 0,33% por dia de atraso, limitada a 20%.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 47)

8. ExEMPlO

Suponhamos que uma duplicata de venda mer-cantil, sacada contra determinada pessoa jurídica, decorrente de operações comerciais, no valor de R$ 50.000,00, emitida em 03.01.2014, com vencimento em 05.05.2014, tenha sido negociada, no mesmo dia de sua emissão, pelo credor a uma empresa de factoring no valor líquido de R$ 45.000,00:

0,0041% (alíquota) × 123 dias (de 03.01 a 05.05.2014) = 0,5043% + 0,38%

R$ 45.000,00 × 0,8843% = R$ 397,94

O valor do IOF devido será de R$ 397,94 e deverá ser recolhido até o 3º dia útil subsequente ao decên-dio de sua cobrança (15.01.2014), com utilização do código de Darf 6895.

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10-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

8.1 Pagamento parcelado

Conforme o exemplo desenvolvido no item 8, suponhamos que o título fosse emitido para paga-mento em 4 parcelas iguais, no valor de R$ 12.500,00 cada uma, com vencimentos em 05.02, 05.03, 05.04 e 05.05.2014, respectivamente, e que tenha sido nego-ciado com a empresa de factoring pelo valor líquido de R$ 47.000,00.

Sendo que R$ 47.000,00 ÷ 4 = R$ 11.750,00 (cada parcela).

1ª Parcela (05.02.2014)

0,0041% × 34 dias = 0,1394% + 0,38%

R$ 11.750,00 × 0,5194% = R$ 61,03

2ª Parcela (05.03.2014)

0,0041% × 62 dias = 0,2542% + 0,38%

R$ 11.750,00 × 0,6342% = R$ 74,52

3ª Parcela (05.04.2014)

0,0041% × 93 dias = 0,3813% + 0,38%

R$ 11.750,00 × 0,7613% = R$ 89,45

4ª Parcela (05.05.2014)

0,0041% × 123 dias = 0,5043% + 0,38%

R$ 11.750,00 × 0,8843% = R$ 103,91

O total do IOF a recolher será de R$ 328,91 (soma das parcelas de R$ 61,03 + R$ 74,52 + R$ 89,45 + R$ 103,91).

9. SOluçõES DE COnSulTaS

Transcrevemos, a seguir, a íntegra da Solução de Consulta nº 345/2010, da Divisão de Tributação da Superintendência Regional da 8ª Região Fiscal, da Receita Federal do Brasil (RFB).

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 345, DE 28.09.2010 - DOU 1 DE 25.10.2010

Assunto: Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF

DIREITOS CREDITÓRIOS. AQUISIÇÃO. INCIDÊNCIA.

Não incide o IOF nas operações de crédito relativas às cessões de direitos creditórios resultantes de vendas a prazo, quando o cessionário for instituição financeira, por falta de previsão legal. O imposto somente incidirá quando o cessionário for empresa que executa atividade de factoring.

Dispositivos Legais: Lei nº 4.595, de 1964, art. 17; Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, § 1º, inciso III, alínea d; Lei nº 9.532, de 1997, art. 58; Decreto nº 6.306, de 2007 - Riof/07, art. 2º, inciso I, alínea b, art. 3º, § 3º, inciso II, art. 4º e art. 5º; IN RFB nº 907, de 2009, art. 6º; e Resolução nº 2.144, de 1995, do CMN.

SONIA DE QUEIROZ ACCIOLY BURLO

Chefe

A Coordenação-Geral de Tributação (Cosit), por meio da Solução de Consulta Cosit nº 25/2014, reformulou a Solução de Consulta SRRF/08 Disit nº 110/2008, no sentido de que não incide o IOF nas operações de cessão, sem coobrigação, de direitos creditórios decorrentes de vendas a prazo, quando o cessionário é instituição financeira. Todavia, quando do estabelecimento de cláusula de coobrigação do cedente (ou seja, em operações de cessão de direitos creditórios a instituição financeira com coo-brigação), incide o IOF/Crédito sempre que resta a operação caracterizada como desconto de títulos, na forma estabelecida pela Solução de Divergência Cosit nº 16/2011.

Veja, a seguir, a íntegra dessa Solução de Consulta:

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 25, DE 23.01.2014 - DOU 1 de 30.01.2014, RET. DOU 1 DE 04.02.2014

ASSUNTO: Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF)

Ementa: CESSÃO DE CRÉDITOS - INSTITUIÇÃO FINAN-CEIRA - INCIDÊNCIA - REFORMA A SOLUÇÃO DE CON-SULTA SRRF08/DISIT Nº 110, DE 2008.

Não incide o IOF nas operações de cessão, sem coo-brigação, de direitos creditórios decorrentes de vendas a prazo, quando o cessionário for instituição financeira. Todavia, quando do estabelecimento de cláusula de coobrigação do cedente (ou seja, em operações de cessão de direitos creditórios a instituição financeira com coobrigação), incide o IOF/Crédito sempre que restar a operação caracterizada como desconto de títulos, na forma estabelecida pela Solução de Divergência Cosit nº 16, de 2011.

Dispositivos Legais: Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, art. 2º, inciso I, alíneas “a” e “b” e art. 3º, § 3º; Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 58; Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, art.15, §1º, inciso III, alínea d.

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral da Cosit Substituta

(Solução de Consulta SRRF Disit nº 345/2010 - 8ª Região Fiscal; Solução de Consulta Cosit nº 25/2014)

N

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10-04 SP Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ICMS

Crédito fiscal SUMÁRIO 1. Introdução 2. Generalidades 3. Crédito do imposto 4. Créditos outorgados 5. Outros créditos 6. Recolhimento antecipado do imposto na aquisição

interestadual de mercadoria beneficiada ou incentivada sem amparo em convênio

1. InTrODuçãO

O ICMS é não cumulativo, portanto, compensa--se o que for devido em cada operação ou prestação com o anteriormente cobrado por esta ou por outra Unidade da Federação (UF), relativamente à merca-doria entrada ou à prestação de serviço recebida, acompanhada de documento fiscal hábil, emitido por contribuinte em situação regular perante o Fisco.

Neste texto, veremos as regras para apropriação do crédito do ICMS, previstas no RICMS-SP/2000.

2. gEnEralIDaDES

Para efeito da legislação do ICMS e da apropria-ção de créditos, considera-se:

a) imposto devido o resultante da aplicação da alíquota sobre a base de cálculo de cada ope-ração ou prestação sujeita à cobrança do tri-buto;

b) imposto anteriormente cobrado a importância calculada nos termos do item precedente e destacada em documento fiscal hábil;

c) documento fiscal hábil o que atenda a todas as exigências da legislação pertinente, seja emitido por contribuinte em situação regular perante o Fisco e esteja acompanhado, quan-do exigido, de comprovante do recolhimento do imposto; e

d) situação regular perante o Fisco a do contri-buinte que, à data da operação ou prestação, esteja inscrito na repartição fiscal competen-te, se encontre em atividade no local indicado e possibilite a comprovação da autenticidade dos demais dados cadastrais apontados ao Fisco.

Não se considera cobrado, ainda que destacado em documento fiscal, o montante do imposto que corresponder à vantagem econômica decorrente da concessão de qualquer subsídio, redução da base de cálculo, crédito presumido ou outro incentivo ou benefício fiscal em desacordo com a legislação.

(RICMS-SP/2000, art. 59)

2.1 hipóteses de não aproveitamento de crédito

A isenção ou a não incidência, salvo determina-ção em contrário:

a) não implicará crédito para compensação com o valor devido nas operações ou prestações seguintes;

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações ou às prestações anteriores;

c) no caso de operação ou prestação sujeita à redução de base de cálculo, não poderá ser apropriado o crédito relativo à parcela corres-pondente à redução.

(RICMS-SP/2000, art. 60)

3. CréDITO DO IMPOSTO

Para a compensação, será assegurado ao contribuinte, salvo disposição em contrário, o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado, relativamente a mercadoria entrada, real ou simbo-licamente, em seu estabelecimento, ou a serviço a ele prestado, em razão de operações ou prestações regulares e tributadas.

(RICMS-SP/2000, art. 61)

3.1 Condição para aproveitamento do crédito

O direito ao crédito do imposto está condicionado à escrituração do respectivo documento fiscal e ao cumprimento dos demais requisitos previstos na legislação.

(RICMS-SP/2000, art. 61, § 1º)

3.2 Valor a ser escriturado como crédito

O crédito deverá ser escriturado por seu valor nominal.

(RICMS-SP/2000, art. 61, § 2º)

a Estadual

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10-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

3.3 Manutenção de crédito

A legislação do ICMS prevê algumas operações ou prestações em que o imposto não incide, ou encontram-se amparadas pelo benefício de isenção, redução de base de cálculo; no entanto, os créditos efetuados por ocasião das entradas das mercadorias, matérias-primas, produtos intermediários, material de embalagem e serviços tomados poderão ser mantidos na sua escrita fiscal.

Não será exigido o estorno do crédito do imposto:

a) em relação às operações não tributadas de-correntes de exportação;

b) na operação interna de transferência de bem do Ativo Permanente;

c) na saída, com destino a outro Estado, de ener-gia elétrica ou petróleo, inclusive lubrificante ou combustível, líquido ou gasoso, dele deri-vados;

d) em operação com papel destinado à impres-são de livro, jornal ou periódico.

Essas não são as únicas hipóteses de manutenção de crédito. Existem dispositivos legais que concedem isenções e reduções de base de cálculo que também trazem esta possibilidade. Assim, sempre que há um benefício fiscal, o dispositivo concessivo trará essa disposição expressa de manutenção do crédito, pois, se não houver, não será possível a permanência do crédito na escrita, devendo o contribuinte proceder ao seu estorno, no período de apuração em que deu a saída da mercadoria sem a tributação.

(RICMS-SP/2000, art. 68, I, III e IV; Comunicado CAT nº 6/2007)

3.4 Crédito extemporâneo

Na hipótese de o aproveitamento de crédito ser efetuado extemporaneamente, haverá 2 maneiras de proceder.

Caso a nota fiscal não tenha sido escriturada no livro Registro de Entradas, o contribuinte a lançará com o aproveitamento de crédito, informando no campo “Observações” as causas determinantes da escrituração extemporânea.

No entanto, se a nota fiscal já tiver sido escriturada no livro Registro de Entradas sem o aproveitamento de crédito, o ICMS será lançado no livro Registro de Apuração do ICMS, no campo “Crédito do Imposto -

Outros Créditos”, e no campo “Observações”, as causas determinantes da escrituração extemporânea.

(RICMS-SP/2000, art. 65)

3.5 Prazo para extinção do crédito

O direito ao crédito extingue-se após 5 anos, contados da data da emissão do documento fiscal.

(RICMS-SP/2000, art. 61, § 3º)

3.6 Impossibilidade de aproveitamento dos créditos

Há a impossibilidade de aproveitamento dos créditos de ICMS provenientes de operações ou pres-tações amparadas por benefícios fiscais do imposto não autorizados por convênio celebrado nos termos da Lei Complementar nº 24/1975.

O crédito do ICMS, correspondente à entrada de mercadoria remetida ou de serviço prestado a estabelecimento localizado em território paulista, por estabelecimento localizado em outra UF que se bene-ficie com incentivos fiscais, indicados nos Anexos I e II do Comunicado CAT nº 36/2004, somente será admitido até o montante em que o imposto tenha sido efetivamente cobrado pela UF de origem.

O crédito relativo a qualquer entrada de merca-doria ou recebimento de serviço com origem em outra UF somente será admitido ou deduzido, em confor-midade com o disposto no item 1 Comunicado CAT nº 36/2004, ainda que as operações ou prestações estejam beneficiadas por incentivos decorrentes de atos normativos não relacionados expressamente nos Anexos I e II do referido ato.

(Lei Complementar nº 24/1975; Comunicado CAT nº 36/2004)

3.7 Vedação ao crédito

Salvo hipóteses expressamente previstas no RICMS-SP/2000, é vedada a apropriação de crédito do imposto destacado em documento fiscal, se este:

a) indicar como destinatário da mercadoria ou to-mador do serviço estabelecimento diverso da-quele que o registrar;

b) não for a 1ª via.

Se o imposto for destacado a maior do que o devido no documento fiscal, o excesso não poderá ser apropriado como crédito. Esse procedimento

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10-06 SP Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

também se aplicará quando, em operação interesta-dual, a UF de origem fixar base de cálculo superior à estabelecida em lei complementar ou em acordo firmado entre as UF.

(RICMS-SP/2000, art. 59, § 2º, e art. 61, §§ 4º a 6º)

3.8 Saneamento de irregularidades para aproveitamento de crédito

O crédito será admitido somente depois de sana-das as irregularidades contidas em documento fiscal que:

a) não for o exigido para a respectiva operação ou prestação;

b) não contiver as indicações necessárias à per-feita identificação da operação ou prestação;

c) apresentar emenda ou rasura que lhe prejudi-que a clareza.

(RICMS-SP/2000, art. 61, § 7º)

3.9 Importação de mercadoria

Quando se tratar de mercadoria importada que deva ser registrada com direito a crédito, o imposto pago poderá ser escriturado no período de apuração em que tiver ocorrido o seu recolhimento, ainda que a entrada efetiva da mercadoria se verifique em período seguinte.

(RICMS-SP/2000, art. 61, § 8º)

3.10 Mercadoria destinada ao ativo Permanente

O crédito decorrente de entrada de mercadoria destinada à integração no Ativo Imobilizado, obser-vados os demais procedimentos previstos para tanto (as entradas e transferências desses bens ocorridas até 31.12.2000 devem observar os procedimentos previstos nos arts. 3º e 4º das Disposições Transitórias do RICMS-SP/2000):

a) será apropriado à razão de 1/48 por mês e a 1ª fração será creditada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento;

b) para seu cálculo, terá o quociente de 1/48 pro-porcionalmente aumentado ou diminuído pro rata die, caso o período de apuração seja su-perior ou inferior a 1 mês.

Na transferência de bem pertencente ao Ativo Imobilizado antes de ser concluída a apropriação do crédito, fica assegurado ao estabelecimento destina-

tário o direito de creditar-se das parcelas remanes-centes até consumar-se o aproveitamento integral do crédito relativo àquele bem.

Na nota fiscal relativa à transferência do bem, deverão ser indicados no campo “Informações Complementares” a expressão “Transferência de Crédito do Ativo Imobilizado - Art. 61, § 11, do RICMS”, o valor total do crédito remanescente, a quantidade e o valor das parcelas, o número, a data da nota fiscal de aquisição do bem e o valor do crédito original.

O contribuinte deverá juntar à nota fiscal de transferência do bem uma cópia reprográfica da nota fiscal relativa à aquisição do bem, a qual deverá ser conservada pelo prazo legal.

Notas

(1) O Decreto nº 51.520/2007 revogou o inciso II do art. 68 do RICMS--SP/2000, o qual dispunha sobre a manutenção do crédito na operação inter-na de transferência de bem do Ativo Permanente.

No entanto, foi publicado o Comunicado CAT nº 6/2007, o qual esclare-ce que, tendo em vista o disposto no inciso II do art. 43 da Lei nº 6.374/1989, permanece a não exigência de estorno do crédito do ICMS na operação interna de transferência de bem do Ativo Permanente, ou seja, tornou sem efeito a mencionada revogação.

(2) A Portaria CAT nº 41/2003 aprovou as normas para apropriação de crédito nas aquisições de bens destinados ao Ativo Permanente, mediante emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A.

(RICMS-SP/2000, art. 61, §§ 10 e 11)

3.10.1 Formas de utilização do crédito

O crédito simples do ICMS relativo à entrada de bem destinado à integração no Ativo Permanente poderá ser utilizado, por meio de transferência:

a) de um para outro estabelecimento do mesmo titular;

b) entre estabelecimentos:

b.1) de cooperativa e seus cooperados;

b.2) de uma mesma cooperativa;

b.3) de cooperativa e da cooperativa central ou da federação de cooperativas da qual fizer parte;

b.4) de cooperativa central e de federação de cooperativas da qual fizer parte; e

c) entre estabelecimentos interdependentes.

Esse crédito também poderá ser utilizado, me-diante compensação, para liquidação de débito fiscal relativo ao ICMS, exceto o relativo ao imposto retido em razão do regime jurídico-tributário de sujeição passiva por substituição.

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10-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 SP

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Manual de Procedimentos

O estabelecimento recebedor do crédito que não tenha débitos do imposto em valor suficiente para absorvê-lo poderá considerar a parcela excedente como crédito simples, podendo transferi-lo nas ante-riormente descritas.

Poderá ser autorizada pela Secretaria da Fazenda a transferência de crédito do ICMS, simples ou decor-rente de hipótese geradora de crédito acumulado, de estabelecimento fabricante de açúcar ou etanol para cooperativa centralizadora de vendas de que faça parte.

Nota

A Portaria CAT nº 14/2012 divulgou disciplina para utilização de crédito relativo à entrada de Ativo Permanente.

(RICMS-SP/2000, art. 70, caput e §§ 8º e 9º, e art. 70-I; Portaria CAT nº 14/2012)

3.11 Partes e peças empregadas em reconstrução, reforma, conserto etc. de máquinas e equipamentos do ativo Imobilizado

Por meio da Decisão Normativa CAT nº 1/2000 foi aprovada a Resposta à Consulta nº 1.199/1999, da Consultoria Tributária da Secretaria da Fazenda, a qual dispõe sobre partes e peças empregadas em reconstrução, reforma, conserto etc. de máquinas e equipamentos do Ativo Imobilizado.

Os itens 16 e 17 da referida Resposta esclarecem o seguinte:

16 - Seguindo a doutrina exposta, a qual fundamenta-se nos artigos da Lei nº 6.404/1976, temos que as partes e peças que acompanham a máquina ou o equipamento quando de suas aquisições, são contabilizadas como Ativo Imobilizado, e como tal geram direito ao crédito do valor do ICMS correspondente.

17 - Já no que pertine às partes e peças adquiridas sepa-radamente para o fi m de manutenção, reparo, conserto etc. (não contabilizadas no Ativo Imobilizado), de máqui-nas ou equipamentos não geram, por suas aquisições, o direito de lançar na escrita fiscal o valor do imposto correspondente, por se tratar de valores de mercadorias que serão lançados na contabilidade da empresa como Ativo Circulante ou diretamente como despesas operacio-nais, gastos gerais de fabricação, custos de produção ou nome equivalente, cujo direito ao crédito somente se dará a partir de 1º.01.2003, por força da Lei Complementar nº 99/1999.

3.12 Construção de bem imóvel

Em Resposta a Consulta nº 282/1997, a Consul-toria Tributária da Secretaria da Fazenda concluiu pela impossibilidade de creditamento do imposto na

aquisição de materiais necessários à construção de bem imóvel.

Posteriormente, pela Decisão Normativa CAT nº 2/2000, foi aprovada a Resposta a Consulta nº 212/1997, que no seu item 21 reitera o mencionado entendimento:

21 - Concluindo, em relação à questão “a” (aquisição de materiais de construção) objeto da inicial, temos que a pretensão da peticionaria não pode prevalecer, posto que, como ficou demonstrado nos itens precedentes, Bem Imóvel é uma não-mercadoria, não obstante fazer parte do Ativo Permanente. O direito ao crédito aludido no art. 20 da Lei Complementar nº 87/1996, é legítimo quando decorrente de aquisição ou entrada de mercadoria “desti-nada...ao Ativo Permanente”, observadas, logicamente, as demais regras previstas nesta lei.

3.13 Equipamentos de escritório

Por meio da Decisão Normativa CAT nº 2/2000, conforme já exposto no subitem 3.12, foi aprovada a Resposta a Consulta nº 212/1997, que em seu item 23 disserta sobre a impossibilidade de crédito na aquisição de equipamentos de escritório, o qual reproduzimos a seguir.

23 - Com essa assertiva, podemos concluir que os ditos bens (‘equipamentos de escritório’), citados na inicial, não obstante possam até ser conceituados contabilmente como Ativo Permanente, na forma atrás exposta, em nada, em termos de ICMS, à vista do princípio da não-cumula-tividade, de que trata o art. 19 da Lei Complementar nº 87/1996, colaboram na industrialização e/ou comercializa-ção de mercadorias com saídas tributadas, como condi-ção indispensável para fins de lançamento do imposto a que tem direito o contribuinte.

3.14 Material de uso ou consumo

O direito ao crédito do ICMS relativo à entrada de mercadoria destinada ao seu uso ou consumo está previsto na Lei Complementar nº 87/1996, art. 20.

Inicialmente, esse direito estava assegurado somente a partir de 1º.01.1998.

Contudo, posteriormente, o mencionado prazo foi prorrogado 5 vezes: a 1ª para 1º.01.2000, por meio da Lei Complementar nº 92/1997, a 2ª para 1º.01.2003, por intermédio da Lei Complementar nº 99/1999, a 3ª para 1º.01.2007, por intermédio da Lei Complementar nº 114/2002, a 4ª para 01.11.2011, por intermédio da Lei Complementar nº 122/2006, e a 5ª para 1º.01.2020, por meio da Lei Complementar nº 138/2010.

Deste modo, somente darão direito ao aproveita-mento de crédito as mercadorias destinadas ao uso

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10-08 SP Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

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ou consumo do estabelecimento, nele entradas a partir de 1º.01.2020.

(Lei Complementar nº 87/1996, arts. 20 e 33, I; Lei Comple-mentar nº 92/1997; Lei Complementar nº 99/1999; Lei Comple-mentar nº 114/2002; Lei Complementar nº 122/2006; Lei Com-plementar nº 138/2010)

3.15 Energia elétrica

A Lei Complementar nº 87/1996, art. 33, II, na redação original, assegurava o direito ao crédito do imposto incidente sobre a energia elétrica consumida pelo estabelecimento a partir de 1º.11.1996, desde que utilizada em função de operações ou prestações alcançadas pela incidência do imposto.

A Lei Complementar nº 102/2000, ao introduzir alterações na Lei Complementar nº 87/1996, restrin-giu o direito ao citado aproveitamento em relação à entrada de energia elétrica. De acordo com o art. 7º do referido diploma, as suas disposições deveriam vigorar a partir de 1º.08.2000, ou seja, a partir do 1º dia do mês subsequente ao da sua publicação.

Entretanto, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, ao examinarem a Ação Direta de Inconstitu-cionalidade nº 2.325-0, decidiram, em medida liminar, que as modificações decorrentes da citada Lei Com-plementar somente produzirão eficácia a partir de 1º.01.2001, tendo em vista o princípio constitucional da anterioridade, uma vez que se tais disposições produzissem efeitos a partir de 1º.08.2000 resultaria em aumento do tributo no mesmo exercício em que a lei foi publicada.

Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.325-0 - medida liminar (1) - DOU de 11.12.2000

Proced.: Distrito Federal

Relator: Min. Marco Aurélio

Reqte: Confederação Nacional da Indústria

Advdos: Carlos Roberto Miguel e Outros

Reqdo: Presidente da República

Reqdo: Congresso Nacional

Decisão: o Tribunal, apreciando a questão do princípio da anterioridade, emprestou interpretação conforme à Cons-tituição e sem redução de texto, no sentido de afastar a eficácia do art. 7º da Lei Complementar nº 102, de 11 de julho de 2000, no tocante à inserção do § 5º do art. 20 da Lei Complementar nº 87/1996, e às inovações introduzi-das no art. 33, II, da referida lei, bem como à inserção do inciso IV. Observar-se-á, em relação a esses dispositivos, a vigência consentânea com o dispositivo constitucional da

anterioridade, vale dizer, terão eficácia a partir de 1º de janeiro de 2001. Votou o Presidente o Dr. Leonardo Greco. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Nelson Jobim. Plenário, 29.11.2000.

Diante da decisão em causa, os contribuintes poderão efetuar o crédito do ICMS na entrada de bens do Ativo Permanente e de energia elétrica e no recebimento de serviço de comunicação, em relação ao período de 1º.08 a 31.12.2000, de acordo com as disposições de que trata a Lei Complementar nº 87/1996. Note-se, sob esse aspecto, que alguns Estados já haviam se manifestado no sentido de que as modificações decorrentes da Lei Complementar nº 102/2000 produzirão efeitos somente a partir de 1º.01.2001.

Posteriormente, com as alterações da Lei Com-plementar nº 114/2002 e da Lei Complementar nº 138/2010, o direito ao crédito passou a ser admitido em relação à entrada de energia elétrica no estabele-cimento, nas seguintes hipóteses:

a) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica;

b) quando consumida no processo de industriali-zação;

c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na pro-porção desta sobre as saídas e prestações totais;

d) a partir de 1º.01.2020, nas demais hipóteses.

Nota

A Decisão Normativa CAT nº 1/2007 dispõe sobre a legitimidade de cré-dito fiscal referente à utilização de energia elétrica despendida no comércio de produtos em atacado ou varejo (supermercado).

(Lei Complementar nº 87/1996; Lei Complementar nº 114/2002; Lei Complementar nº 122/2006; Lei Complementar nº 138/2010)

3.16 Serviços de comunicação

Inicialmente, o direito ao crédito relativo ao uso dos serviços de comunicação estava assegurado, de modo irrestrito, pela Lei Complementar nº 87/1996.

A Lei Complementar nº 102/2000 introduziu alte-rações na Lei Complementar nº 87/1996, restringindo o direito ao citado crédito com efeitos a partir de 1º.08.2000, ou seja, a partir do 1º dia do mês subse-quente ao da sua publicação.

Também neste caso a matéria foi objeto de aná-lise pelo Supremo Tribunal Federal, na Ação Direta

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10-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 SP

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de Inconstitucionalidade nº 2.325-0 anteriormente referida, tendo decidido que a restrição ao crédito produziria eficácia a partir de 1º.01.2001, tendo em vista o princípio constitucional da anterioridade, uma vez que, se tais disposições produzissem efeitos a partir de 1º.08.2000, resultaria em aumento do tributo no mesmo exercício em que a lei foi publi-cada.

Posteriormente, com as alterações da Lei Com-plementar nº 114/2002 e da Lei Complementar nº 138/2010, o direito ao crédito passou a ser admitido em relação aos serviços de comunicação utilizados pelo estabelecimento nas seguintes hipóteses:

a) ao qual tenham sido prestados na execução de serviços da mesma natureza;

b) quando sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na pro-porção desta sobre as saídas ou prestações totais; e

c) a partir de 1º.01.2020, nas demais hipóteses.(Lei Complementar nº 87/1996; Lei Complementar nº

114/2002; Lei Complementar nº 122/2006; Lei Complementar nº 138/2010)

3.17 aquisição de combustíveis

Os combustíveis propiciam direito ao crédito do imposto, quando adquiridos para consumo, tanto no processo produtivo como no transporte, por veículos próprios, de mercadorias regularmente oneradas pelo imposto.

Nesse sentido a Consultoria Tributária da Secretaria da Fazenda já se manifestou em várias Respostas à Consulta, reconhecendo que é legítimo o aproveitamento do crédito, já que essas mercadorias, geradora do funcionamento de máquinas produtoras e de veículos, revestem-se de características de insumo industrial.

A condição básica para que referidos insumos propiciem direito ao crédito é que, necessariamente, as mercadorias produzidas tenham sua saída onerada pelo ICMS, ou, se assim não for, haja previsão legal para que o crédito seja mantido (Decisão Normativa CAT nº 1/1991, itens 19 e seguintes).

Por outro lado, é vedado o crédito relativo à mer-cadoria entrada ou recebida para uso ou consumo do próprio estabelecimento, assim entendida a mercadoria que não for utilizada na comercialização

ou a que não for empregada para integração no produto ou para consumo no respectivo processo de industrialização ou produção rural ou, ainda, na prestação de serviço sujeita ao imposto (RICMS--SP/2000, art. 66, V)

Porém, somente darão direito ao crédito as mercadorias destinadas ao uso ou consumo do esta-belecimento, nele entradas a partir de 1º.01.2020, conforme exposto no item 3.14.

As operações com combustíveis encontram-se sujeitas ao regime de recolhimento do ICMS por subs-tituição tributária.

Assim, a partir de 1º.01.2020, o contribuinte que receber mercadoria com imposto retido, não des-tinada a comercialização subsequente, para efeito de aproveitamento do respectivo crédito fiscal, nas hipóteses comentadas neste item, calculará o valor correspondente, mediante aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo que seria atribuída à operação própria do remetente, caso estivesse submetida ao regime comum de tributação (RICMS--SP/2000, art. 272).

Se a operação abrangida pela sujeição passiva por substituição estiver beneficiada por redução de base de cálculo na data da aquisição da mercadoria, o seu valor, para cálculo do crédito fiscal, será redu-zido proporcionalmente (RICMS-SP/2000, art. 272, parágrafo único).

Importa observar que o crédito do imposto será considerado legítimo desde que a entrada do com-bustível no estabelecimento seja acobertada por nota fiscal, emitida por contribuinte em situação regular, não sendo admitido, para tanto, o Cupom Fiscal.

3.18 Microempresas e empresas de pequeno porte - Simples nacional

Nos termos da Lei Complementar federal nº 123/2006, as microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não fazem jus à apropriação nem à transferência de cré-dito relativo ao imposto.

No entanto, de acordo com o § 1º do art. 23 desta lei, acrescentado pela Lei Complementar nº 128/2008, as pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela legislação tributária não optantes pelo Simples Nacional terão direito a crédito correspondente ao

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10-10 SP Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

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ICMS incidente sobre as suas aquisições de mercado-rias de contribuintes optantes por esse regime, desde que destinadas à comercialização ou industrialização e observado, como limite, o valor efetivamente devido pelas optantes desse regime em relação a essas aquisições.

Nesse sentido, o Decreto nº 54.136/2009 intro-duziu alterações no RICMS-SP/2000, com efeitos retroativos a 1º.01.2009, para efeito de implementar na legislação paulista o direito de o contribuinte enquadrado no Regime Periódico de Apuração (RPA) creditar-se do valor correspondente ao ICMS incidente sobre as mercadorias adquiridas de microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, conforme previsto no citado art. 23 da Lei Complementar nº 123/2006.

Desse modo, as pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional não fazem jus à apropriação, nem transferem créditos relativos ao imposto, exceto na hipótese prevista no inciso XI do art. 63 do RICMS--SP/2000, o qual dispõe que o contribuinte poderá creditar-se, independentemente de autorização, do valor do imposto indicado no campo “Informações Complementares” ou no corpo da nota fiscal relativa à mercadoria adquirida de contribuinte sujeito às normas Simples Nacional, desde que a mercadoria seja destinada a industrialização ou a comercializa-ção.

Nesse caso, o valor do crédito fica limitado ao valor do imposto efetivamente devido pelo remetente sujeito às normas do Simples Nacional em relação à respectiva operação. A alíquota aplicável ao cálculo do crédito:

a) deverá estar informada no campo “Informa-ções Complementares” ou no corpo da nota fiscal relativa à entrada da mercadoria;

b) corresponderá ao percentual do imposto pre-visto na legislação federal que disciplina o Simples Nacional para a faixa de receita bruta a que o remetente estiver enquadrado.

O contribuinte não terá direito ao crédito do imposto na hipótese de:

a) o remetente estar sujeito à tributação no Simples Nacional por valores fixos mensais, bem como não informar o valor do crédito do imposto e a respectiva alíquota na nota fiscal relativa à saída da mercadoria;

b) optar pela incidência da alíquota determinada pela legislação do Simples Nacional sobre a receita recebida no mês;

c) haver isenção para a faixa de receita bruta na qual o remetente estiver enquadrado no mês em que ocorrer a operação;

d) a operação ou a prestação estar amparada por imunidade ou não incidência.

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 23, na redação dada pela Lei Complementar nº 128/2008; RICMS-SP/2000, art. 61, § 13º, e art. 63, XI, §§ 7º e 8º)

3.19 Bens do ativo Imobilizado

O art. 29 das Disposições Transitórias do RICMS--SP/2000 dispõe sobre a suspensão do imposto nas operações com bens destinados à integração ao Ativo Imobilizado.

Observadas as condições previstas no mencio-nado dispositivo, a suspensão aplica-se às operações de importação de bens, sem similar produzido no País, por estabelecimento industrial paulista, inclusive nas situações em que o estabelecimento adquirente do bem estiver em fase pré-operacional, hipótese em que poderá ser concedido regime especial autori-zando que o imposto:

a) tenha seu lançamento suspenso para o mo-mento em que ocorrer a saída do produto re-sultante da industrialização; ou

b) no caso em que a saída referida na letra “a” tenha previsão de diferimento, seja exigido no momento estabelecido na legislação.

Ressalte-se que o crédito somente poderá ser apropriado quando as operações tiverem como des-tinatário estabelecimento industrial relacionado nos setores de que trata o § 3º do art. 29 das DDTT do RICMS-SP/2000.

O estabelecimento industrial que adquirir os referidos bens diretamente do fabricante localizado neste Estado poderá apropriar-se, integralmente e de uma só vez, do montante correspondente ao crédito do imposto relativo a essa aquisição.

Caso o bem não permaneça no Ativo Imobili-zado do estabelecimento adquirente pelo prazo de 48 meses, deverá ser recolhida, mediante guia de recolhimento especial, a parcela correspondente ao período que faltar para completá-lo, relativamente ao imposto que tenha sido:

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10-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 SP

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a) suspenso;b) creditado integralmente;c) suspenso ou diferido.

Aplicando-se, ainda, nas demais situações em que, nos termos da legislação, seja vedado o crédito ou não seja admitida a manutenção deste, integral ou parcial, relativamente ao imposto devido sobre a entrada de bem no Ativo Imobilizado.

(RICMS-SP/2000, art. 29 das Disposições Transitórias)

3.20 Substituição tributária

A Decisão Normativa CAT nº 14/2009 estabelece entendimento sobre crédito do imposto na hipótese de saída de mercadoria, com imposto retido, de estabelecimento substituído (atacadista ou varejista) com destino a estabelecimento de fabricante, nos seguintes termos:

a) na hipótese de a base de cálculo do imposto devido por substituição tributária ter sido fixa-da nos termos do art. 40-A do RICMS-SP/2000, o estabelecimento substituído (remetente da mercadoria para o estabelecimento fabrican-te) poderá ressarcir-se do imposto correspon-dente à diferença entre o valor que serviu de base de cálculo para a retenção antecipada e o valor da operação de saída efetivamente praticada, conforme previsto no art. 269, I, do RICMS-SP/2000;

b) nas demais hipóteses em que a base de cálculo do imposto devido por substituição tributária tenha sido determinada de forma diversa da prevista no art. 40-A do RICMS--SP/2000, o estabelecimento substituído (remetente da mercadoria para o estabe-lecimento fabricante) não poderá efetuar o ressarcimento, nem lhe será exigido o com-plemento do valor do imposto relativo à di-ferença entre o valor que serviu de base de cálculo para a retenção antecipada e o valor da operação de saída efetivamente pratica-da, conforme previsto no art. 265, I, e no art. 269, § 6º, do RICMS-SP/2000;

c) o estabelecimento de fabricante (destinatário), por sua vez, quando destinar a mercadoria re-cebida do estabelecimento substituído à inte-gração ou ao consumo em processo de indus-trialização de outro produto, poderá creditar--se do valor do imposto relativo à entrada da mercadoria, conforme previsto no art. 272 do RICMS-SP/2000.

O aproveitamento do crédito fiscal pelo estabele-cimento de fabricante será admitido:

a) nos termos e condições previstos nos arts. 59 a 68 do RICMS/2000;

b) quando a saída do produto resultante do pro-cesso de industrialização for tributada ou, não o sendo, houver expressa previsão de manu-tenção do crédito do imposto;

c) no montante que resultar da aplicação da alí-quota interna sobre a base de cálculo que seria atribuída à operação própria do estabe-lecimento atacadista, caso essa operação es-tivesse submetida ao regime comum de tribu-tação pelo ICMS.

(RICMS-SP/2000, art. 40-A, arts. 59 a 68, art. 265, I, art. 269, I, § 6º, art. 272; Decisão Normativa CAT nº 14/2009)

4. CréDITOS OuTOrgaDOS

Constituirão, também, crédito do imposto os valo-res indicados no Anexo III do RICMS-SP/2000, nas hipóteses ali indicadas.

São características do crédito outorgado a con-cessão por período certo e o fato de ser opcional. É periódico, pois depende de convênios celebrados pelas UF, em cumprimento da regra prevista na Lei Complementar nº 24/1975. Alguns convênios são sucessivamente prorrogados.

Ao optar pelo crédito outorgado, o contribuinte deve registrar essa opção no livro Registro de Utiliza-ção de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências (RUDFTO), modelo 6.

O crédito outorgado será lançado diretamente no livro Registro de Apuração do ICMS (RAICMS), Modelo 9 (Campo - Outros Créditos), e na Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA).

Notas

(1) Os créditos outorgados somente podem ser concedidos ou revo-gados por meio de convênios celebrados com outras UF (Lei Complementar nº 24/1975).

(2) O Comunicado CAT nº 2/2001 esclarece sobre a opção do contri-buinte pela utilização do crédito outorgado em substituição ao aproveitamen-to de crédito fiscal.

(RICMS-SP/2000, art. 62)

5. OuTrOS CréDITOS

Poderá, ainda, o contribuinte creditar-se indepen-dentemente de autorização:

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10-12 SP Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

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a) do valor do imposto debitado por ocasião da saída da mercadoria, no período em que tiver ocorrido a sua entrada no estabelecimento, e observadas as disposições regulamentares, nas seguintes hipóteses:

a.1) devolução de mercadoria, em virtude de garantia ou troca, efetuada por produtor ou por qualquer pessoa natural ou jurídi-ca não considerada contribuinte ou não obrigada à emissão de documentos fis-cais;

a.2) retorno de mercadoria por qualquer moti-vo não entregue ao destinatário;

a.3) devolução de mercadoria efetuada por estabelecimento de contribuinte sujeito às normas do Regime Especial Unifica-do de Arrecadação de Tributos e Contri-buições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) ou por estabelecimento sujeito a regime especial de tributação sempre que for vedado o destaque do valor do imposto no documento fiscal emitido por esses estabelecimentos;

b) do valor do imposto pago indevidamente, em virtude de erro de fato ocorrido na escritura-ção dos livros fiscais ou no preparo da guia de recolhimento, mediante lançamento, no período de sua constatação, no livro Registro de Apuração do ICMS, no quadro “Crédito do Imposto - Outros Créditos”, com anotação da origem do erro;

c) do valor do imposto correspondente à dife-rença, a seu favor, verificada entre a impor-tância recolhida e a apurada em decorrência de desenquadramento do regime de estima-tiva, no período de sua apuração (cabe-nos esclarecer que esse regime foi extinto des-de 2001, por meio do Comunicado CAT nº 116/2000);

d) do valor do crédito recebido em devolução ou transferência, efetuada em hipótese expressa-mente autorizada e com observância da disci-plina estabelecida pela legislação, no período de seu recebimento;

e) do valor do imposto indevidamente pago, in-clusive em caso de reforma, anulação, revo-gação ou rescisão de decisão condenatória, quando a restituição tiver sido requerida admi-nistrativamente e, por motivo a que o interes-sado não tiver dado causa, a decisão não tiver

sido proferida no prazo de 45 dias, contados da data do respectivo pedido;

f) do valor recolhido antecipadamente, a título de imposto, no caso de não ocorrer o fato ge-rador;

g) do valor do imposto indevidamente pago em razão de destaque a maior em documento fis-cal, até o limite estabelecido pela Secretaria da Fazenda, mediante lançamento no livro Re-gistro de Apuração do ICMS, no quadro “Cré-dito do Imposto - Outros Créditos”, com a ex-pressão “Recuperação de ICMS - Art. 63, VII, do RICMS”;

h) do valor do imposto destacado na nota fiscal relativa à aquisição do bem pela empresa ar-rendadora, por ocasião da entrada no esta-belecimento de bem objeto de arrendamento mercantil, observadas as regras pertinentes ao crédito, inclusive sobre vedação e estorno, contidas no RICMS-SP/2000;

i) do valor do imposto relativo às mercadorias existentes no estoque, no caso de enqua-dramento no Regime Periódico de Apura-ção (RPA) após a exclusão do Regime Espe-cial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Na-cional);

j) do valor correspondente às parcelas restan-tes do imposto relativo à entrada de merca-doria destinada à integração no Ativo Imo-bilizado ocorrida anteriormente à exclusão do Regime Especial Unificado de Arrecada-ção de Tributos e Contribuições devidos pe-las Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) nas condições do § 10 do art. 61 do RICMS-SP/2000 (veja subi-tem 3.10).

Na hipótese da letra “e”, a superveniente decisão contrária obrigará o contribuinte a efetuar o recolhi-mento da importância creditada, até 15 dias contados da data da notificação, com atualização monetária e acréscimos legais, inclusive multa, mediante a utilização de guia de recolhimentos especiais. O recurso interposto contra decisão que tiver negado a restituição não terá efeito suspensivo.

Para efeito da atualização monetária, efetuar-se-á:

a) a conversão da importância creditada em quantidade determinada de Ufesp, conside-rado o seu valor no último dia do período de

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10-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

apuração em que for constatada a falta de pa-gamento do imposto em razão do lançamento como crédito;

b) a reconversão em moeda corrente, pelo valor daquela unidade fiscal na data do efetivo pa-gamento.

O crédito a que se refere a letra “g” somente poderá ser efetuado à vista de autorização firmada pelo destinatário do documento fiscal, com declaração sobre a sua não utilização, devendo tal documento ser conservado pelo prazo legal. O limite mencionado na letra “g” foi fixado pela Portaria CAT nº 83/1991 até a importância correspondente a 50 Ufesp, em função de cada documento fiscal, tomando-se como referência o valor dessa unidade vigente no 1º dia do mês da ocorrência do pagamento indevido.

O crédito do imposto referido na letra “h” será lançado à vista de via adicional ou de cópia auten-ticada da 1ª via da nota fiscal relativa à aquisição do bem pelo arrendador, na qual constarão, além dos demais requisitos, os dados cadastrais do estabelecimento arrendatário, observadas as regras pertinentes ao crédito do imposto relativo ao bem do Ativo Permanente.

A utilização do crédito fiscal de que trata a letra “i” restringe-se às mercadorias:

a) existentes no estoque inicial do dia a partir do qual o contribuinte estiver enquadrado no Re-gime Periódico de Apuração (RPA);

b) recebidas de contribuintes enquadrados no RPA, desde que a operação subsequente seja tributada ou, não o sendo, haja expressa pre-visão legal de manutenção do crédito.

O direito ao crédito fica condicionado ao levan-tamento do estoque de mercadorias existente no dia imediatamente anterior ao da exclusão do Simples Nacional, mediante escrituração do livro Registro de Inventário, modelo 7, na forma do art. 221 do RICMS--SP/2000, desde a data da entrada das referidas mercadorias no estoque.

O valor do crédito será apurado com base nos documentos fiscais relativos às entradas das mer-cadorias no estabelecimento, observado o critério contábil PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai).

(RICMS-SP/2000, art. 63, caput, I a X, §§ 1º a 6º)

6. rECOlhIMEnTO anTECIPaDO DO IMPOSTO na aquISIçãO InTErESTaDual DE MErCaDOrIa BEnEFICIaDa Ou InCEnTIVaDa SEM aMParO EM COnVênIO

Com objetivo de evitar a denominada Guerra Fiscal e no interesse da arrecadação tributária, da preservação do emprego, do investimento privado, do desenvolvimento econômico do Estado e da competi-tividade da economia paulista, desde 1º.03.2013, nas operações interestaduais destinadas a contribuinte paulista, beneficiadas ou incentivadas sem respaldo em convênio ICMS celebrado entre os Estados e o Distrito Federal, o valor do imposto correspondente ao benefício ou incentivo deverá ser recolhido ao Estado de São Paulo, pelo adquirente da mercadoria, até o momento da sua entrada em território paulista, inclu-sive nas operações sujeitas ao regime da substituição tributária.

O imposto deverá ser recolhido por meio de guia de recolhimentos especiais, conforme disciplina esta-belecida pela Secretaria da Fazenda.

A Secretaria da Fazenda divulgará os benefícios ou incentivos concedidos por outras UF, para fins de cálculo do valor a ser recolhido, presumindo-se que foram utilizados pelo remetente da mercadoria, acarretando ao adquirente paulista a obrigação do recolhimento do imposto.

Será admitido o recolhimento pelo remetente, por meio de Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE), desde que efetuado antes da entrada da mercadoria no Estado de São Paulo, conforme disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda.

Uma via do documento de arrecadação referido deverá acompanhar a mercadoria durante o seu transporte.

Poderão ser dispensados desse recolhimento nas hipóteses em que o remetente comprovar, ante-cipadamente, conforme disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda, que não utilizou os benefícios ou incentivos fiscais divulgados pela Sefaz.

O crédito integral do imposto destacado no documento fiscal correspondente às aquisições interestaduais fica condicionado ao recolhimento do imposto relativo ao benefício ou incentivo fiscal, além das demais normas estabelecidas na legislação.

(RICMS-SP/2000, art. 426-C)

N

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10-14 SP Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

EStadual

Automotivo - ICMS - Base de cálculo reduzida para produtos de transporte

Com o objetivo de assegurar a competitividade dos contribuintes do Estado de São Paulo, que enfrentam forte concorrência em razão de benefícios fiscais semelhantes concedidos por outras Unidades da Federação, foi concedida, desde 15.01.2014, redução da base de cálculo do ICMS incidente:

a) nas operações internas com carrocerias sobre chassi, classificadas no código 8704.2 da No-menclatura Comum do Mercosul (NCM);

b) nas saídas internas com os seguintes produ-tos:b.1) vagões ferroviários de carga (NCM 8606);b.2) carrocerias para os veículos automóveis

das posições 8701 a 8705 da NCM, in-cluindo as cabinas (NCM 8707); e

b.3) reboques e semirreboques, para quais-quer veículos; outros veículos não auto-propulsados; suas partes (NCM 8716).

A base de cálculo deverá ser reduzida de forma que a carga tributária do imposto resulte no percen-tual de 12%.

Para se chegar ao percentual de redução, o con-tribuinte deverá dividir o percentual da carga tributária efetiva pela alíquota correspondente ao produto.

Vejamos o seguinte exemplo, considerando que o produto sujeite-se à alíquota interna do ICMS de 18%:

Percentual tributável do valor da operação: 12% (carga tributá-ria)/18% (alíquota do produto) = 66.66%66,66% x 18% = 12%

Considerando-se que o valor da operação seja de R$ 10.000,00, teremos: R$ 10.000,00 x 66,66% = R$ 6.666,00 (base de cálculo reduzida) x 18% = R$ 1.200,00 (carga tributária da operação).

Saliente-se que a legislação permite a manuten-ção do crédito do imposto relativo às mercadorias beneficiadas com a redução de base de cálculo.

(RICMS-SP/2000, Anexo II, art. 65)

N

a IOB Setorial

a IOB Comenta

FEdERal

IOF - Operações de crédito - Aplicação da alíquota adicional

O fato gerador do IOF ocorre na entrega do mon-tante ou do valor que constitua o objeto da obrigação ou a sua colocação à disposição do interessado nos seguintes momentos:

a) na data da efetiva entrega, total ou parcial, do valor que constitua o objeto da obrigação ou sua colocação à disposição do interessado;

b) no momento da liberação de cada uma das parcelas, nas hipóteses de crédito sujeito, contratualmente, à liberação parcelada;

c) na data do adiantamento a depositante, assim considerado o saldo a descoberto em conta de depósito;

d) na data do registro efetuado em conta deve-dora por crédito liquidado no exterior;

e) na data em que se verificar excesso de limite, assim entendido o saldo a descoberto ocorrido em operação de empréstimo ou financiamento, inclusive sob a forma de abertura de crédito;

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10-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 SP

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Manual de Procedimentos

f) na data da novação, composição, consolida-ção, confissão de dívida e dos negócios asse-melhados; e

g) na data do lançamento contábil, em relação às operações e às transferências internas que não tenham classificação específica, mas que, pela sua natureza, se enquadrem como opera-ções de crédito.

Note-se que o débito de encargos não configura entrega ou colocação de recursos à disposição do

interessado, exceto quando apurado pela soma dos saldos devedores diários.

A alíquota máxima do IOF é de 1,5% ao dia, incidente sobre o valor das operações de crédito. A base de cálculo dessas operações e as respectivas alíquotas reduzidas vigentes, de acordo com o tipo de operação, são as indicadas no quadro a seguir, observando-se que deverá ser adicionado às respec-tivas alíquotas o percentual de 0,38%, na forma do § 15 do art. 7º do Decreto nº 6.306/2007.

OPERAÇÃO BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTA

a) empréstimo sob qualquer modalidade, in-clusive abertura de crédito:

a.1) valor do principal não definido a ser utili-zado pelo mutuário

soma dos saldos devedores diários apura-dos no último dia de cada mês mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041%

a.2) valor do principal definido a ser utilizado pelo mutuário

o principal entregue ou colocado à disposição mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia

b) desconto, inclusive alienação de direitos creditórios a empresas de factoring

valor líquido obtido (valor nominal, deduzi-dos os juros cobrados antecipadamente)

mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia

c) adiantamento a depositante soma dos saldos devedores diários apura-dos no último dia de cada mês mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041%

d) empréstimos, inclusive sob a forma de fi-nanciamento, sujeitos à liberação dos recur-sos em parcelas

valor do principal de cada liberação mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia

e) excessos de limite

e.1) valor do principal não definido a ser uti-lizado

valor dos excessos computados na soma dos saldos devedores diários apurados no último dia de cada mês

mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041%

e.2) valor do principal definido a ser utilizadovalor de cada excesso apurado diariamen-te, resultante de novos valores entregues ao interessado

mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia

f) financiamento para aquisição de imóveis não residenciais valor da operação de crédito (contrato) mutuário pessoa física: 0,0041% ao dia

O art. 8º do Decreto nº 6.306/2007 especifica as operações de crédito tributadas à alíquota zero.

No entanto, diversas dessas operações estão sujeitas à alíquota adicional de 0,38%, independente-mente do prazo da operação, na forma do § 5º do art. 8º do referido Decreto.

Desse modo, sobre a base de cálculo do IOF será aplicada a alíquota correspondente à respectiva ope-ração e, em seguida, a alíquota adicional de 0,38%, conforme o exemplo a seguir:

- mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041 x 30 dias = 0,123 + 0,38 = 0,503%.

Admitindo-se que a base de cálculo corresponda a R$ 10.000,00, teremos: 0,503% x 10.000,00 = R$ 50,30 (IOF a recolher).

(RIOF - Decreto nº 6.306/2007, arts. 3º, §§ 1º e 2º, 6º, 7º, caput, §§ 12 e 15, e 8º, caput, § 5º)

N

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10-16 SP Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

a IOB Perguntas e Respostas

IOF

Mútuo - Pagamento das parcelas - Implicações no atraso

1) Qual a consequência tributária, em relação ao IOF, no caso de as parcelas de empréstimo pessoal não serem pagas no vencimento?

Do ponto de vista obrigacional, as partes devem cumprir com o que foi contratado.

Assim, o valor da parcela deve ser pago na data de vencimento. Porém, pode acontecer de o mutuário não realizar o pagamento na data prevista.

Em caso de prorrogação ou renovação de ope-ração de crédito sem alteração do devedor, o IOF deverá ser calculado sobre o valor não liquidado da operação anteriormente tributada e será considerado complementar à anteriormente feita com aplicação da mesma alíquota vigente na data da operação inicial.

A alíquota máxima do IOF é de 1,5% ao dia. Assim sendo, se houver prorrogação do prazo superior a 365 dias, não será exigido o IOF complementar sobre o tempo que excedê-lo.

No entanto, deverá ser acrescido ao valor tributá-vel o adicional de 0,38%, previsto no § 15 do art. 7º do Decreto nº 6.306/2007.

(Decreto nº 6.306/2007, arts. 6º e 7º, §§ 1º, 7º e 15)

Mútuo - Pessoa jurídica - Equiparação a instituição financeira

2) A pessoa jurídica que realiza operação de mú-tuo é equiparada a instituição financeira?

Sim. A pessoa que realiza operações de mútuo é equiparada a instituição financeira.

Na realização dessa operação, o contrato deverá conter cláusula prevendo as condições de pagamento (prazo, forma de pagamento e acréscimos).

(Constituição Federal/1988, art. 192, § 3º; Lei nº 9.779/1999, art. 13)

Operações de crédito - Saldos a descoberto - Incidência

3) Os adiantamentos de valores para suprir saldo a descoberto nas contas-correntes estão sujeitos ao IOF?

Sim. Os valores destinados à cobertura de saldos a descoberto nas contas-correntes são fatos gerado-res do IOF.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 3º, § 1º, III)

ICMS/SP

Apuração - Centralização - Possibilidade

4) Pode ser centralizada em um estabelecimento a apuração do ICMS?

Sim. Observadas as regras estabelecidas nos arts. 96 a 102 do RICMS-SP/2000, os saldos deve-dores e credores resultantes da apuração, efetuada a cada período em cada um dos estabelecimentos do mesmo titular localizados em território paulista, poderão ser compensados centralizadamente, sendo o resultado, quando devedor, objeto de recolhimento único.

(RICMS-SP/2000, art. 96)

Benefício fiscal - Descumprimento de requisito - Consequência

5) Qual a consequência na hipótese de descum-primento de requisito necessário à fruição de benefício fiscal?

O benefício fiscal que dependa de requisito não prevalecerá se este não for satisfeito, considerando-se devido o imposto no momento em que tiver ocorrido a operação ou a prestação.

O pagamento do imposto deverá ser feito por meio de guia de recolhimentos especiais, com multa e demais acréscimos legais, que serão devidos a partir do vencimento do prazo em que o tributo deveria ter sido pago caso a operação ou a prestação não fosse efetuada com o benefício fiscal, observadas, quanto ao termo inicial de incidência, as normas reguladoras da matéria.

(RICMS-SP/2000, art. 5º)

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10-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Saldo credor - Encerramento das atividades - Restituição - Vedação

6) Pode ser restituído o saldo credor do ICMS exis-tente na escrita fiscal do estabelecimento, na data do encerramento de suas atividades?

Não. Ressalvadas as disposições em contrário, é vedada a restituição ou a autorização para aproveita-mento de saldo de crédito existente na data do encer-ramento das atividades de qualquer estabelecimento.

(RICMS-SP/2000, art. 69, II)

ItCMd/SP

Contribuintes

7) Quem são os contribuintes do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD)?

São contribuintes do imposto:

a) na transmissão causa mortis: o herdeiro ou o legatário;

b) no fideicomisso: o fiduciário;

c) na doação: o donatário; caso o donatário não resida nem seja domiciliado no Estado de São Paulo, o contribuinte será o doador; e

d) na cessão de herança ou de bem ou direito a título não oneroso: o cessionário.

(Decreto nº 46.655/2002, art. 10)

Incidência - Hipóteses

8) Quais são as hipóteses de incidência do Im-posto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD)?

O ITCMD incide sobre a transmissão de qualquer bem ou direito havido:

a) por sucessão legítima ou testamentária, inclu-sive a sucessão provisória; e

b) por doação.

(Decreto nº 46.655/2002, art. 1º)