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INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO, TRIBUTÁRIO E EMPRESARIAL PROFESSOR DIEGO ALVES DE OLIVEIRA IFMG CAMPUS OURO PRETO MARÇO DE 2017

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INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO, TRIBUTÁRIO E

EMPRESARIALPROFESSOR DIEGO ALVES DE OLIVEIRA

IFMG CAMPUS OURO PRETO

MARÇO DE 2017

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Direito Empresarial

• Ramo do Direito Privado, onde se estudam as normas relacionadas a organizar a atividade empresarial.

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Comércio

• Após as sociedades nômades e o surgimento da agricultura, os povos começaram a se fixar e produzir alimentos.

• Surgem trocas com outros povos, e alguns povos se aperfeiçoaram nesta troca de produtos, por exemplo, os fenícios.

• Assim, desde a Antiguidade até a metade da idade Média, possuíamos uma economia de escambo, ficando muito estagnada durante a idade média, devido a autossubsistência dos feudos.

• Desde esse perído, o homem já buscava uma mercadoria padrão (desejada por todos e não impedisse a realização das trocas). Essa seria a base da economia monetária, que surgiu na baixa idade Média, com os burgueses.

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Comércio

• Os burgueses começaram a utilizar os metais preciosos para isso, surgindo os lingotes e as moedas.

• No século XI, a economia na Europa volta a crescer, principalmente nos burgos.

• O comércio passa então a ser o conjunto das atividades que visavam facilitar a troca de mercadorias entre as pessoas (circulação).

• O lucro é o mecanismo que impulsiona o comércio, no ocidente, só foi possível com as doutrinas religiosas protestantes.

• Comércio: é o ramo de produção econômica que faz aumentar o valor dos produtos pela interposição entre produtores e consumidores, a fim de facilitar a troca das mercadorias.

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Direito empresarial

• Juntamente com a atividade comercial, sugiram os primeiros institutos do direito comercial, mas somente na idade Média é que ele surge como um sistema e se desenvolve devido ao aumento da atividade comercial. Assim, esta evolução ocorre em 3 fases:

• Primeira fase: Século XII até o XVIII. Período subjetivo-corporativista, onde o Direito Comercial é fechado e classista, apenas para as pessoas das corporações de mercadores. A resolução dos conflitos era feita sem formalidades e de acordo com os usos e costumes.

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Direito empresarial

• Segunda fase: Período objetivo, iniciando com o Liberalismo econômico, consolidando em 1808, com o Código Comercial Francês. Foram abolidas as corporações e estabelecida uma liberdade de trabalho e de comércio. Surgem os atos de comércio: atos praticados habitualmente com o objetivo de lucro para mediação, circulação e intermediação de bens e serviços.

• Terceira fase: corresponde ao Direito Empresarial (subjetivo moderno). Aqui, a atividade de negócios não se daria mais apenas pelos atos de comércio (troca e lucro) mas pelo exercício profissional de qualquer atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços: a empresa.

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Código Civil de 2002 e Direito Empresarial

• A partir desta lei, a denominação passa de Direito Comercial para Direito Empresarial.

• Esta nomenclatura se mostra mais adequada pois a preocupação do Direito não é apenas a atividade de intermediação de mercadorias, mas também a produção e a prestação de serviços.

• Conceito: conjunto de regras que disciplinam as atividades privadas implementadas com o escopo de produção ou circulação de bens ou serviços destinados ao mercado.

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Autonomia do Direito Empresarial

• Apesar de no novo Código Civil, ter sido alterada a sua denominação e ter reunido os 2 códigos em uma única lei, os 2 ramos permanecem independentes, pois tem princípios próprios e características peculiares.

• A principal fonte do Direito Comercial é a Lei. As fontes secundárias são os costumes, a analogia, a doutrina, a jurisprudência e os princípios gerais de Direito.

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Características do Direito Empresarial

• Internacionalização ou cosmopolitismo: são cada vez mais comuns contratos internacionais;

• Onerosidade presumida: a atividade empresária objetiva o lucro, mesmo em contrato que não faça referência a preço.

• Informalidade: devido a celeridade necessária a atividade comercial, a lei supervaloriza a aparência e a boa-fé, dispensando o formalismo.

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Empresa

• Noção inicial: advém da economia, com a ideia central da organização dos fatores da produção (capital, trabalho e natureza) para realizar uma atividade econômica.

• Juridicamente, empresa é a “atividade econômica organizada de produção ou circulação de bens ou serviços”.

• Obs: conjunto e atos; finalidade comum; organização; novas riquezas; destinada ao mercado; necessidades alheias.

• Não é empresa a atividade daquele que cultiva ou fabrica para o próprio consumo.

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• Obs:

• 1) Atividades relativas a profissões intelectuais, científicas, artísticas e literárias não são exercidas por empresários, a menos que constituam elementos de empresa (art. 966, parágrafo único do Código Civil).

• 2) Distinção entre o sujeito praticante da atividade, o complexo de bens por meio do qual se exerce a atividade e a atividade econômica organizada: empresário, estabelecimento e a empresa.

• “atividade econômica organizada de produção e circulação de bens e serviços para o mercado, exercida pelo empresário, em caráter profissional, através de um complexo de bens (BULGARELLI, 1991).

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O empresário

• A empresa não possui personalidade jurídica e nem pode possuí-la e consequentemente não pode ser entendida como sujeito de direito, pois ela é atividade.

• Já o empresário pode ser qualquer pessoa que possua capacidade civil plena. Com exceção dos casos previstos em lei:

• - Funcionários públicos, militares, magistrados, corretores e leiloeiros, cônsules, o médico na atividade de farmácia, o falido e os estrangeiros não residentes no país.

• Estes não podem ser gerentes, mas podem ser investidores da sociedade empresarial.

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Obrigações do empresário

• Registro do nome empresarial (mais importante);

• Registro dos contratos e estatutos de constituição da empresa;

• Registro dos livros comerciais.

• Estes são feitos perante o órgão principal de comércio de cada cidade, a Junta Comercial, que compõe o Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis.

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Nome empresarial

• Os empresários: pessoa física (empresário individual) ou pessoa jurídica (sociedade empresária) necessitam de um nome para exercer sua atividade profissional.

• O nome empresarial é elemento de identificação do empresário nas relações jurídicas. Existem 2 espécies:

• A) Firma social: empresário individual ou sociedade empresária

• B) Denominação: sociedade empresária.

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Razão Social do Empresário Individual

• É o nome do empresário que exerce sozinho a atividade em nome, por conta e riscos próprios.

• A responsabilidade pelas dívidas sociais é ilimitada.

• Ele é equiparado à pessoa jurídica apenas para fins tributários, pois as demais obrigações ele é tratado como pessoa física.

• Deve ter Registro Público de Empresas Mercantil – Juntas Comerciais.

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Firma ou razão social

• De acordo com o Decreto 916 de 1890, é constituída sobre o patrimônio, nome de família, sobrenome do empresário individual e ou dos sócios que compõe a sociedade.

• Será o nome pelo qual o empresário ou sociedade assinará os atos.

• Dependendo do tipo de sociedade, é obrigatório o aditivo “& Cia., ou & Filhos, & Irmãos, & Sobrinhos”.

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Denominação Social

• É formada por expressões de fantasia, de palavras de uso comuns, escolhidas livremente, ou tiradas de seu objeto social.

• Deve sempre ser acrescida de palavras indicativas do tipo de sociedade: S/A ou LTDA.

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Estabelecimento empresarial

• Quando os atos estão devidamente registrados, o empresário tem o seu estabelecimento empresarial protegido.

• É conjunto de bens que o empresário reúne para exploração de sua atividade econômica destinada à produção de mercadorias e serviços com vistas ao mercado. Seus elementos são: capital, trabalho e a organização.

• Capital: coisas corpóreas ou materiais seriam as instalações, mercadorias, máquinas, etc. Coisas incorpóreas ou imateriais podem ser o contrato de locação comercial, nome empresarial, etc.

• Trabalho: serviços do proprietário como direção, gerenciamento e execução.

• Organização: bens e serviços devem ser organizados para obtenção de produtividade.

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Ponto empresarial

• Representa o sucesso empresarial, constituindo-se no local onde se expõe as mercadorias e se atende a clientela.

• Sua proteção decorre da Lei 24150 de 1934 e a Lei 8245 de 1991.

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Propriedade industrial: marcas e patentes

• É o conjunto de normas aplicáveis à criação intelectual destinada a produzir bens e serviços para a atividade empresarial.

• Os titulares de direitos decorrentes da propriedade industrial podem ser pessoas físicas e pessoas jurídicas, sendo que a proteção se dá pelo Código de Propriedade Industrial (Lei 9279 de 1996).

• Concessão de patentes: abrange invenções e modelos de utilidade;

• Registro: protege a marca e o desenho industrial.

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• Invenção: algo novo que tem utilização industrial e comercial;

• Patente: direito do inventor de explorar exclusivamente seu invento por um período de 10 a 20 anos para obter rendimentos. Depois deste prazo passa para domínio público.

• Modelo de utilidade: aperfeiçoamento de aparelho, entre 7 a 15 anos.

• Marca: sinal distintivo que diferencia um produto ou serviço. Proteção de 10 anos e renováveis por períodos iguais e sucessivos.

• Desenho industrial: linhas estéticas de um produto que resultam em algo novo e original, ligando o produto à marca. Proteção de 10 anos, renováveis por 3 períodos de 5 anos.

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Direito societário

• O empresário pode realizar a atividade empresarial sozinho, arcando com todos os riscos inerentes.

• Ou pode associar-se a outas pessoas, surgindo a sociedade empresária.

• É o contrato celebrado entre pessoas físicas ou jurídicas, ou somente entre pessoas físicas (art. 1039 do Código Civil), por meio do qual se obrigam reciprocamente a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços.

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Elementos indispensáveis para constituir uma sociedade empresária:• Estatuto ou contrato social;

• Agentes capazes (art. 104, I do Código Civil);

• Objeto lícito, possível, determinado ou determinável (art. 104, II do Código Civil);

• Forma prescrita ou não defesa em lei (art. 104, III do Código Civil);

• Pluralidade de sócios;

• Capital;

• Affectio societatis ou interesse social;

• Participação dos sócios nos lucros ou prejuízos da empresa.

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• O ato constitutivo da empresa deve ser registrado na Junta Comercial, ou, se for o caso, com a autorização estatal para operar.

• Neste caso, a sociedade terá personalidade jurídica e será tratada como se fosse uma pessoa diferente das pessoas de seus sócios.

• Existem sociedades que não exercem atividade empresária (médicos, advogados), sendo consideradas sociedades simples.

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Modalidades de sociedades empresárias

• Sociedades despersonificadas: irregulares ou de fato sendo socidadescom atividade empresária, mas sem registro, existindo informalmente, sem nome empresarial.

• Elas tem a característica da responsabilidade dos sócios ser ilimitada, não tem responsabilidade jurídica plena.

• Irregular: possui ato constitutivo escrito mas não registrado;

• “de fato”: não possui ato constitutivo escrito.

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Modalidades de sociedades empresárias

• Sociedade em conta de participação: não possui nome empresarial próprio e as negociações são realizadas em nome próprio da firma ou denominação do sócio ostensivo. Não tem personalidade jurídica, pois não são registradas na Junta Comercial.

• Neste caso, existem 2 tipos de sócios:

• Ostensivo: responde ilimitadamente e todo o débito da sociedade é de sua responsabilidade, devendo ser, obrigatoriamente, um empresário, sendo as negociações feitas sob sua intervenção;

• Oculto: pode ou não ser empresário, tem responsabilidade limitada apenas na importância posta a disposição do sócio ostensivo.

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Sociedades personificadas

• Elas preenchem todos os requisitos necessários para sua constituição e são registradas no Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis. São elas:

• Sociedade em nome coletivo: só usa firma ou razão social, pode-se adotar o nome de todos os sócios, ligados pelo símbolo &, ou apenas alguns, seguido de “e Companhia”, por extenso ou abreviado “& Cia.” É pouco utilizado e todos os sócios respondem ilimitada e solidariamente e a gerência é atribuída a apenas 1 sócio.

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• Sociedade em comantida simples: só uma firma ou razão social, composta pelos nomes apenas dos sócios comanditados, ou de alguns destes, acrescido do complemento & Cia. Existem 2 tipos de sócios: Comanditário: entra com o capital, mas não gere; e o Comanditado “comandante” é o sócio que contribui com o trabalho. As responsabilidades são diferenciadas. Os comanditados são solidariamente responsáveis pelo pagamento do total dos débitos da sociedade.

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• Sociedade em comandita por ações: pode utilizar denominação ou firma/razão social, acrescida sempre da expressão “comandita por ações”.

• Esta sociedade é regida apenas pela Lei 6404 de 1976, a Lei das S/As.

• Em termos de sócios adota a mesma nomenclatura e responsabilidade da comandita simples. A diferença é que ela é um híbrido com a Sociedade Anônima, por ter seu capital dividido em Ações, o que facilita a entrada e saída de sócios.

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Sociedade limitada

• É o tipo de sociedade mais aplicado no Brasil.

• Adota firma/razão social ou denominação, acrescida da palavra limitada (Ltda.)

• É formada por 1 ou mais pessoas que tem interesses comuns e possuem responsabilidade limitada ao capital subscrito na sociedade.

• Todos os sócios são solidariamente responsáveis, mas no limite de seu capital social. À medida que ocorre a integralização do capital, sua responsabilidade diminui, desaparecendo ao ser totalmente integralizado.

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• Somente em algumas hipóteses é que os sócios respondem subsidiária e solidariamente com seu patrimônio pessoal.

• A administração da sociedade pode ocorrer quando prevista no contrato social, por meio de aditivo ou por meio de ato separado (ata de reunião, assembleia de sócios).

• Aqui, o sócio dirigente tem direito além da parcela de lucros, de uma remuneração pelo trabalho de administrador.

• A deliberação das decisões é feita pelos sócios, pela maioria dos votos, contados segundo o valor das quotas de cada um.

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Sociedade por ações S/A

• Neste caso, o capital é dividido em ações. Geralmente são criadas em grandes empreendimentos.

• Seu nome comercial adota a Denominação, podendo usar um nome fantasia, seguido da expressão S/A ou CIA, podendo este último estar no início. Pode usar o nome de uma pessoa homenageada.

• Neste caso, seus dirigentes não precisam ser sócios da empresa, basta que quem controle a maioria do capital social os indique em assembleia.

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• Nela os acionistas tem responsabilidade apenas ao capital subscrito, o capital social é dividido em frações negociáveis: as ações.

• As empresas podem ser companhias abertas (valores mobiliários de sua emissão forem negociados em Bolsas ou mercado de balcão, devendo neste caso serem registradas na CVM – Comissão de Valores Mobiliários), ou podem ser companhias fechadas: não tem registro na CVM e são geralmente empresas familiares, onde o controle é interno pelos sócios majoritários.

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Tipos de capital

• Capital social: composto da contribuição material prestada pelos acionistas, sendo composto de ações diferentes do Patrimônio Social (ativo e passivo).

• Subscrito: representa o total adquirido pelos acionistas;

• Integralizado: parcela do capital subscrito já quitada pelos acionistas;

• Autorizado: montante autorizado pela Assembleia Geral de acionistas que poderão ser elevados (valor) pelo Conselho de Administração ou a Diretoria, sem necessitar de nova Assembleia.

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• Sócios: majoritários (detém controle acionário, tem a maioria das ações ordinárias nominativas, com direito a voto) e minoritários: poderão ter ações ordinárias (com direito a voto ou preferenciais –sem direito a voto).

• Geralmente nelas existem 4 grandes órgãos: Assembleia Geral, Conselho Fiscal, Conselho da Administração e Diretoria.

• Estas sociedades podem originar-se por: transformação; incorporação; fusão; cisão; consórcio; sociedades coligadas e o grupo de sociedades.