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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo apresentar um estudo sobre a Géo-Histórica do
município de Piedade do Rio Grande, através de uma abordagem conceitual e teórica, calcada
em pesquisas bibliográficas e outras, bem como em coleta de dados “in loco” conforme a
demanda temática.
De início, os fundamentos gerais sobre a importância da Géo-História aparecem como
norteadores para o entendimento acerca da evolução do Município de Piedade do Rio Grande.
Além de oferecerem suporte para a organização e desenvolvimento do mesmo, tais
fundamentos muito contribuíram para a apresentação dos principais problemas e desafios hoje
existentes na localidade sob a ótica ambiental.
Para isso, a demonstração da unidade territorial passará pelo crivo de uma análise de
características geográficas, urbanas e ambientais do referido município. No intuito de
apresentar dados referentes aos mais diversos aspectos, a pesquisa contará com a utilização de
dados como economia predominante, área, vegetação, bioma, temperatura, densidade
demográfica, dentre outros. Não bastasse isso, também serão expostas questões sobre
urbanização e meio ambiente, além de abordar a atuação da Administração Pública no que se
refere aos principais problemas de ordem ambiental.
Em seqüência, apresenta propostas voltadas à conscientização populacional e do ente
administrativo para que o Departamento Municipal do Meio Ambiente seja desmembrado do
Departamento que também se refere à Cultura, Esporte e Lazer. Isso devido à importância e
viabilidade necessárias quanto à execução e controle dos serviços a ele inerentes para uma
aplicabilidade mais efetiva.
Além do exposto, as curiosidades sobre personagens de renome, os atrativos e demais
informações oferecem um verdadeiro ornamento ao trabalho. No entanto, o foco dos estudos
permaneceu sob a ótica das abordagens a que se propõe.
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1 – A GÉO-HISTÓRIA – FUNDAMENTOS GERAIS
As reflexões sobre os fundamentos gerais da Geo-História representam a importância
das avaliações pretendidas no presente trabalho, haja vista as contribuições trazidas com a
renovação do pensamento histórico e geográfico no decorrer dos tempos.
Esclarecer e discutir as relações interdisciplinares entre Geografia e História implica
em demonstrar as transformações presentes nas produções e intenções acadêmicas para as
novas tendências metodológicas e teóricas hoje adotadas como perspectivas educacionais.
Dessa forma, as relações dos viventes até os mais remotos estudiosos de ambas as
disciplinas só fizeram por aprimorar a forma de se entender e explicar a evolução do
pensamento em epígrafe.
Para um melhor entendimento acerca do tema proposto, qual seja a Geo-História do
Município de Piedade do Rio Grande, faz-se necessário esclarecer como ocorreram as
principais mudanças no decorrer da história, seja para a aceitação dessa relação
interdisciplinar como uma modalidade historiográfica, por parte dos geógrafos históricos, seja
para adoção dos parâmetros curriculares nacionais de ensino de produção acadêmica aceitos
atualmente.
Assim, os estudos demonstram que os pensamentos, tanto da geografia como da
história, como legado epistemológico, é formado por várias correntes de debates e argumentos
que fundamentaram a crítica concebida tradicionalmente em relação a ambas as ciências.
A princípio, a definição de Geo-História pode clarear, de antemão, várias das
transformações ocorridas. Isso porque as ciências surgiram como um paradigma individual,
conforme será apresentado mais adiante. Por ora, “Géo-História é o campo histórico que
estuda a vida humana no seu relacionamento com o ambiente natural e com o espaço
concebido geograficamente”. (GÉO-HISTÓRIA, 2011).
Tal definição será a premissa para a aplicabilidade desejada em que pesa relatar que, a
fusão de fatos históricos com as questões geográficas, a partir da idéia de espaço, oferecerão a
sustentação argumentativa do assunto. No entanto, relevante se faz a apresentação dos
principais pontos para renovação desse pensamento até a formação do presente conceito:
É com Fernando Braudel (1949) que este campo começa a se
destacar, passando a se definir e a se encaixar nos estudos
históricos de “longa duração” Por outro lado, a Geo-História pode se dedicar mais especificamente ao estudo de um aspecto
transversal no decurso de uma duração mais longa, como fez
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Le Roy Ladurie ao realizar uma "História do Clima" (1967).
(GÉO-HISTÓRIA, 2011).
De acordo com os estudos pode-se dizer que o “Espaço é o grande mediador das
relações entre estas duas disciplinas irmãs”. (GÉO-HISTÓRIA, 2011).
A questão da espacialidade foi fundamental para a definição do conceito de história.
Segundo Barros (2010, p. 68) a antiga definição é de que “a História é o estudo do homem no
Tempo”. No entanto, o mesmo afirma que “na verdade, a História é o estudo do Homem no
Tempo e no Espaço,” Assim, Barros (2010, p 68) esclarece que
A definição foi proposta por Marc Bloch por volta de meados
do século XX (1997, p.55), mas hoje parece tão óbvia que já deve ter sido mencionada inúmeras vezes em obras de
historiografia, e certamente na maioria dos manuais de
História. No entanto, quando Marc Bloch a propôs, estava confrontando esta definição a outra que também parecera
perfeitamente óbvia aos historiadores do século XIX: “a
História é o estudo do Passado Humano”.
Não obstante, Barros (2010, p. 68) admite que
A idéia de “estudo”, que aparece em ambas as definições,
aliás, é particularmente sintomática, e assinala um momento
no século XIX em que a história passa a ser considerada uma
Ciência – uma ciência interpretativa, com seus métodos próprios e abordagens teóricas, e que deve se processar sob o
métier de um novo tipo de estudioso e especialista que é o
Historiador (no sentido acadêmico).
Nesse contexto, o caminho traçado por essas duas ciências foi extenso e complexo em
termos do referido modelo de abordagem adotado antigamente. Tanto para história quanto
para geografia, a evolução foi possível diante de fortes debates nas mais diversas academias
de todo o mundo. Vale mencionar que foram os gregos os precursores desses estudos.
A geografia, então, é considerada uma das mais antigas disciplinas acadêmicas assim
como a história, astrologia, matemática e outras. Isso nos remete aos grandes personagens da
Grécia Antiga.
Logo
Vários fatores contribuíram para que a Geografia tivesse
início na Grécia Antiga (século IV a. C.): os gregos dominavam uma grande parte da região do Mar Mediterrâneo,
principalmente o leste; buscavam novos territórios para seu
domínio e para ampliar seu comércio. Para tanto, era preciso que eles conhecessem os aspectos naturais e físicos do
ambiente. Observando as chuvas, as cheias dos rios, os ventos,
o céu, os gregos puderam detalhar certas características do espaço geográfico. (DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO E
TEORIAS A CERCA DA GEOGRAFIA, 2011).
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Esse fator deveu-se ao domínio exercido pelos gregos em grande parte do
mediterrâneo, pois, para êxito em suas relações comerciais, eles precisavam conhecer mais
sobre o ambiente físico para que lhes proporcionassem as conquistas e ambições pretendidas
naquele tempo, como a navegação, por exemplo. Para isso necessitavam fortemente dos
estudiosos para atingirem êxito em suas rotas. Logo,
A história do pensamento geográfico se inicia com os gregos, os quais foram a primeira cultura conhecida a explorar
activamente a Geografia como ciência e filosofia, sendos os
maiores contribuintes Tales de Mileto, Heródoto, Eratóstenes, Hiparco, Aristóteles, Estrabão e Ptolomeu. A cartografia feita
pelos romanos, à medida que exploravam novas terras, incluía
novas técnicas. O périplo era uma delas, uma descrição dos
portos e escalas que um marinheiro experimentado poderia encontrar ao longo da costa; dois exemplos que sobreviveram
até hoje são o périplo do cartaginês Hanão o Navegador e um
périplo do mar eritreu, que descreve as costas do Mar
Vermelho e do Golfo Pérsico. (HISTÓRIA DO
PENSAMENTO GEOGRÁFICO, 2011).
Dessa forma, passados vários séculos de aprimoramento dos estudos sobre geografia, a
mesma passa por fases veemente importantes, como no final do século XIX e início do século
XX, pois
...foi no final do século XIX e início do século XX que a disciplina passou por fases decisivas para construção de um novo modelo historiográfico de interligação disciplinar com a
história. Nesse período, a disciplina geográfica passou por
quatro fases importantes: determinismo geográfico, geografia regional, revolução quantitativa e geografia radical. (HISTÓRIA DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO, 2011)
Sobre essas mudanças, é possível dizer que o período foi de grandes observações
político-econômicas, filosóficas e científicas. Além de se observar o positivismo como outra
tendência a influenciar a formação intelectual dos geógrafos, pois
A principal oposição da Geografia Histórica à Geografia
Tradicional foi a revalorização da ciência da história no estudo
dos processos geográficos e dos aspectos socioculturais na análise dos processos espaciais. (UNIVERSIDADE DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO/INSTITUTO DE
GEOGRAFIA, 2011)
Foi então que, a partir dos anos 60, surgiram críticas acirradas quanto à Geografia
Tradicional. Isso porque a época vem de um período pós guerra e com uma ideologia
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Marxicista fortemente embasada no capitalismo. De qualquer forma, os estudos desse
momento ainda careciam da análise de alguns aspectos:
“Tanto a Geografia Tradicional como a Geografia Marxicista
militante negligenciaram a dimensão sensível de perceber o mundo: o cientificismo positivista da Geografia tradicional,
por negar ao homem a possibilidade de um conhecimento que
passasse pela subjetividade do imaginário; o marxismo ortodoxo e militante do professor, por tachar de idealismo
alienante qualquer explicação subjetiva e afetiva da relação da
sociedade com a natureza que não priorizasse a luta de classes.” (PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS,
2011).
Então, para centralizar o conceito de espaço e saber como considerá-lo, foi necessário
analisar as vertentes que o tornaria concebivel e aceitável argumentativamente. Tarefa essa
que foi cumprida sobre outras prerrogativas que, até então, não haviam sido formalmente
postuladas mas que, acabaram por fim a incluirem a abordagem de forma sustentável
teoricamente.
Sobre esse prisma, ou seja, retomando a idéia de espaço, a interdisciplinaridade entre
geo-história foi se alargando com o aparecimento de categorias que começaram a emergir
para que tal noção pudesse ser melhor visualizada. As considerações acerca do espaço não
podiam ser explicadas sem vislumbrar questões físicas como paisagem, território e região.
Foram critérios que passaram a delinear toda a estrutura geográfica e histórica a partir da
percepção ou até mesmo do imaginário envolto a mesma.
Muitas reflexões então trouxeram a noção de espaço sobre o aspecto regional,
territorial e até mesmo paisagístico.
Sobre esse assunto, Barros (2010, p. 70) entende por região e a grosso modo, “uma
unidade definível no espaço, que se caracteriza por uma relativa homogeneidade interna com
relação a certos critérios”. Critérios esses que, para serem identificados, trazem consigo
elementos internos de identificação como a percepção, por exemplo. No entanto, não são
necessariamente estáticos, haja vista que vários elementos podem delimitar sua identidade,
seja sobre a ótica econômica, cultural ou geológica. Logo
...critérios econômicos – relativos à produção, circulação ou
consumo – para definir uma região ou dividir uma espacialidade mais vasta em diversas regiões... critérios
culturais – considerar uma região lingüística, ou um território
sobre o qual são perceptíveis certas práticas culturais que o
singularizam, certos modos de vida e padrões de comportamento nas pessoas que o habitam ... critérios
geológicos – e estabelecer em um espaço mais vasto as
divisões que se referem aos tipos de minerais e solos que
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predominam em uma área ou outra – ou posso ainda
considerar zonas climáticas. (BARROS, 2010 p. 70).
Barros (2011, p. 71) prossegue com a afirmação de que
Para a Geografia, uma paisagem é uma associação típica de características geográficas concretas que se dão numa região –
ou numa extensão específica do espaço físico – e constitui um
determinado padrão visual que se forma a partir destas
características que a singularizam (pensemos na paisagem de um Deserto, de uma Floresta, ou de uma Cidade). Podemos
falar de uma “paisagem natural”, mas também de uma
“paisagem cultural” – esta última dando a perceber as interferências do homem que acabam por imprimir-se na
fisionomia de um determinado espaço conferindo-lhe uma
nova singularidade.
Com isso a paisagem assume, dentre outras, a configuração territorial ou configuração
espacial, em que vale mencionar que:
Do conceito de espaço geográfico temos como referência a necessidade de considerar sistemas de objetos e sistemas de
ações de forma indissociável em um processo contínuo pelo
qual a sociedade transforma a natureza, construindo e reconstruindo o espaço através do seu trabalho. Esta
concepção nos leva a pensar na interação entre as forças
criadoras; os sujeitos sociais que, por meio de suas estratégias,
influenciam a produção do espaço. Daí surge o território, resultado da impressão do poder no espaço, territorializado
pelo sujeito territorial, que é movido pela intencionalidade...
(ATLAS DA QUESTÃO AGRÁRIA BRASILEIRA, 2011).
Há que se mencionar, dando sequencia às pesquisas, que, de acordo com as produções
acadêmicas, Barros (2011, p. 73) se remete, inicialmente à escola francesa, conhecida como
escola geográfica de Vidal de La Blache, que tratou do possibilismo, para demonstrar que os
estudos evoluíram em relação à noção de espaço. Além da referida, outra escola importante
foi a
Clássica (Alemã): Sistematização com Humboldt e Ritter,
funda a Geografia acadêmica e estabelecem princípios,
objetos e objetivos para a ciência geográfica. Geografia surge nos moldes positivistas de uma ciência natural. A combinação
e entre fenômenos inter-relacionados (clima, relevo,
vegetação, geologia e outros) resultam nas correlações causais
que resultam na unidade da natureza( visão universalista, enciclopédica, empirismo descritivo, ...). Determinismo
Ambiental: Ratzel e a Escola Alemã (espaço vital, geopolítica,
ambientalismo). Visão naturalista aplicada ao estudo da sociedade. (GEOGRAFIA TRADICIONAL, 2011).
E também a seguinte
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Geografia Racional e Método regional: (HETTNER E
HARTSHORNE): Richard Hartshorne é considerado um dos
responsáveis pela transição para a renovação na Geografia. Moraes (2003, p. 85) denomina como Geografia Racional
devido a menor carga empírica dessa corrente. Alfred Hettner,
que publicou suas obras entre 1890 e 1910 influenciou
diretamente Hartshorne. Hettner foi uma espécie de terceiro caminho para a análise geográfica no período de maior
confronto entre o Determinismo e Possibilismo. HETTNER
propôs a Geografia como estudo de áreas,. A geografia tem para ele, o objetivo de explicar as razões pelas quais as
diversas porções da superfície terrestre se diferenciam. O
caráter singular das diferentes parcelas do espaço viria da
forma particular de inter-relação entre os fenômenos aí existentes, cabendo á geografia descobrir e explicar.
HARTSHORNE teve como maior característica a discussão
epistemológica da Geografia. O método regional, criado por Hartshorne (obra data de 1939) entendia ser objeto específico
da geografia a diferenciação de áreas que constituiria na
própria regionalização, na consideração do conjunto de fenômenos heterogêneos que definiria cada espaço. A região
seria produto mental obtido a partir do uso pelo pesquisador
de critérios metodológicos para o recorte espacial. Hartshorne
salientava a necessidade do estudo de casos individuais. A generalização viria depois com a comparação dos diferentes
estudos. (GEOGRAFIA TRADICIONAL, 2011).
Esses primeiros contatos didáticos vieram a calhar para o momento em que o estudo
começou a se inclinar, dentro da contemporaneidade, para os parâmetros educacionais
adotados no Brasil. Isso porque o estudo da geografia evoluiu para os moldes de discussões e
desenvolvimento didático de ensino hoje observados.
Tal evolução acadêmica pode ser analisada já com as propostas e perspectivas que
interessam no cotidiano.
Partindo dessa abordagem, os trabalhos referentes à origem e desenvolvimento do
município de Piedade do Rio Grande ganham campo de pesquisa, ou seja, os fundamentos
gerais para que cada dado referente ao município possa ser explorado diante dos principais
pontos de relevância.
No caso do município de Piedade do Rio Grande, a Géo-História começa a ser
analisada desde sua origem, com a exploração de metais preciosos, pelos bandeirantes. Isso
demonstra que a relação do homem com o meio já começa pelo despertar natural que possui
de romper em suas conquistas.
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2 – ORIGEM E SURGIMENTO DO MUNICÍPIO DE PIEDADE DO RIO
GRANDE
A origem de um município normalmente está relacionada com a localização em que
ocorrem devido a fatores quase sempre de ordem fisiográficos, econômicos, históricos,
religiosos ou até mesmo estratégicos em sua fase de formação.
É possível perceber, no decorrer da história das civilizações, que a formação iniciou-se
com o surgimento de vários lugarejos, povoados a beira de mares, margens de rios ou pontos
considerados de maior segurança para as hospedarias. Não obstante, as instalações se
iniciaram também influenciadas pelas atividades desenvolvidas ou pretendidas para a região,
como agricultura, exploração de metais preciosos, artesanato, criação de gado e outros mais.
A explicação pode estar relacionada à necessidade que o ser humano sempre teve de
condições que favorecessem suas demandas naturais de sobrevivência. (ORIGEM DOS
MUNICÍPIOS, 2011).
Com isso, conforme as condições de vida iam se mostrando mais favoráveis, as
pessoas começavam a migrar para essas regiões transformando povoados em vilas, vilas em
cidades até chegarem ao status de município. No entanto, um município pode surgir a partir
da existência de outro através da divisão ou incorporação, bem como os que ocorrem de
forma planejada, como no caso de Brasília – DF. (ORIGEM DOS MUNICÍPIOS, 2011).
No caso do município de Piedade do Rio Grande, sua origem está relacionada com a
rota traçada pelos bandeirantes, na busca por jazidas de ouro, no local denominado na época
de Vale do Rio Aiuroca. (PIEDADE DO RIO GRANDE, 2011a).
Dessa forma, as buscas por metais preciosos levaram várias expedições a explorarem a
região subindo pelo Rio Turvo, Pequeno e Grande até chegar ao Rio Grande. Durante essas
expedições já existia um povoado denominado de Turvo, hoje município de Andrelândia, em
decorrência do rio já mencionado. Foi então que em 1759, Piedade do Rio Grande passou a
ser considerada distrito do mesmo. (MENEZES, 2011).
Conforme dito anteriormente, o fator religioso também é bastante expressivo nesse
período de formação. Acontece que pela devoção dos bandeirantes, era praxe que após a
fundação de vilas, os mesmos construíssem capelas para seus cultos. No caso do município
em questão, a construção do santuário foi dedicada à Virgem Maria. (MENEZES, 2011).
Intitulada Capela de Nossa Senhora da Piedade, foi edificada em 1748, em terra
batida, estilo barroco e filiada à Freguesia de Nossa Senhora da Conceição em Carrancas, até
o ano de 1775. Posteriormente, passou a pertencer às Freguesias de São João Del Rei até 1835
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e em seguida a de Madre de Deus do Rio Grande até o ano de 1892 quando foi elevada a
Matriz (antiga Matriz) em 10 de fevereiro de 1892. (MENEZES, 2011).
Na época da edificação dita acima, o povoado foi se desenvolvendo envolto à capela e
recebeu o nome de Águas Santas, devido às águas minadas de uma gruta de abastecimento
local serem consideradas milagrosas. No entanto, o nome passou por mais uma mudança em
30 de agosto de 1911, intitulado Arantes, cujo povoado ainda figurava como distrito de
Andrelândia (Antigo Município do Turvo), da divisão territorial datada de 1-VII-1950. Em
seqüência o nome de Piedade do Rio Grande é retomado já em fase de emancipação.
(MENEZES, 2011).
Com relação à característica fisiográfica, a de maior importância se revela por estar a
cidade localizada às margens do Rio Grande. Daí a origem do nome dado ao município. De
qualquer forma, a geografia local se manifesta sob outros aspectos também relevantes a serem
observados no decorrer do presente trabalho, como características gerais, urbanísticas e
ambientais. (MENEZES, 2011).
2.1 – Emancipação
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Arantes (Ex-Nossa
Senhora da Piedade do Rio Grande), figura no município de Turvo, hoje conhecido como
Andrelândia, conforme já mencionado.
Foi elevado à categoria de município com a denominação de Piedade do Rio Grande,
pela Lei nº 1.039 de 12/12/1953 e desmembrado daquele a que pertencia como distrito e
assim permanece até a atualidade. A divisão territorial foi datada em 01-XII-1960.
(MENEZES, 2011).
Pela Lei estadual nº 2.764, de 30/12/1962, foram criados os distritos de Paraíso e
Santo Antônio do Porto, anexados ao município em divisão territorial datada de 31-XII- 1963,
permanecendo assim até a atualidade (MENEZES, 2011).
O Município de Piedade do Rio Grande possui hoje, como principal rodovia de acesso
a BR-040, MG-338 e tem como limítrofes os municípios de São João Del Rei, Madre de Deus
de Minas, Andrelândia, Santana do Garambéu, Santa Rita do Ibitipoca e Ibertioga.(PIEDADE
DO RIO GRANDE, 2011b).
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2.2 – Organização e Desenvolvimento
Elevado à condição de município, em 12 de dezembro de 1953, o município de
Piedade do Rio Grande foi dividido em três distritos, sendo Piedade do Rio Grande, como
distrito sede e os outros como distritos do Paraíso da Piedade e Santo Antônio do Porto.
Conforme exposto acima.
No ano de 1954 foi eleito como o primeiro Prefeito Municipal o Sr Nicanor Martins
Gonçalves e seu Vice Sr. Edmundo Bosco Ribeiro. A posse ocorreu no dia 02 de fevereiro de
1955, com mandato de quatro anos. Posteriormente passaram pela prefeitura outros prefeitos e
seus vices. No período de 1977 a 1983, pelo mandato tampão de seis anos, tomaram posse
prefeito e vice, sem que conste de seus nomes na ata de registro. Atualmente o prefeito
municipal é o Sr. José Fernandes Neto e seu vice Sr. Renato Batista do Nascimento.
(CÂMARA MUNICIPAL DE PIEDADE DO RIO GRANDE, 2011).
O município, através da administração atual, adota as normas constantes da lei
Orgânica Municipal, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Leis de Responsabilidade Fiscal e
demais atos normativos editados, além da propositura de projetos de leis e leis sancionadas na
atualidade. Tudo em conformidade com os ditames da Constituição Federal da República de
1988 para o bom funcionamento da máquina administrativa.
Não obstante segue com a execução dos Planos do governo Federal de diversas áreas,
como educação, saúde, meio ambiente e outros. Para isso conta com as Secretarias respectivas
para atuação e uso de verbas destinadas ao bem estar social, além das receitas provenientes
dos tributos de sua responsabilidade, bem como dos repasses da união.
Com referência aos fatores e dados estatísticos, em conformidade com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Piedade do Rio Grande é um município
brasileiro do estado de Minas Gerais, localizado na Mesorregião do Campo das Vertentes,
com área de 322,814km², densidade demográfica de 14,59 hab/Km² e gentílico de piedadense
sendo também considerado como piedense os seus naturais. Sua população estimada em 4.709
pessoas, divide-se em habitantes da zona urbana e rural. O Produto interno bruto per capita a
preços correntes é de R$29.354,95, sendo que a economia local basea-se predominantemente
nas tividades da agricultura e pecuária. (PIEDADE DO RIO GRANDE, 2010c)
De acordo com o senso, as populações residentes dividem-se em urbana, com 3.477
pessoas e rural, ao somatório de 1.232. (PIEDADE DO RIO GRANDE, 2010c).
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Além disso, o município está situado na Zona Sul do Estado de Minas Gerais, com
aspecto geral de seu território montanhoso a 900 metros de altitude. Também é banhado pelos
rios Grande e Capivarí”. (PIEDADE DO RIO GRANDE, 2010d)
2.3 – Personagens de Renome
Os principais personagens da história do município de Piedade do Rio Grande foram
Salvador Lourenço de Oliveira e sua esposa, Inácia Lema de Godói. Ela, natural de São João
Del Rei, também referida como Ignácia de Lemos Oliveira e Godoy, casou-se com Salvador
Lourenço que faleceu antes de 1769. O casal teve doze filhos: 1- Manoel Lourenço, padre; 2-
Maria Lourença; 3- João Lourenço; 4- Luzia Felícia da Conceição; 5- Ana Felizarda; 6- Rita
Maria de Jesus; 7- Antonio Lourenço; 8- Francisco Lourenço de Oliveira; 9- Feliciana Maria
do Sacramento; 10- Joaquim Lourenço de Oliveira;11- Ignácia Theodora e 12- Helena
Francisca. (IGNACIA LEMOS DE GODOY, 2011).
2.4 – Cultura Local
A cidade oferece um rol de costumes típicos das cidades interioranas do Estado de
Minas Gerais. Conta com uma culinária típica mineira, comidas de fogão a lenha, atividades
como feiras de artesanato, festas religiosas, dentre outras:
Uma delas é a Feira de Artesanato que acontece todo primeiro domingo de cada mês na Praça Salvador Lourenço, exibindo,
dentre outros trabalhos, cestaria, bordados, tricô, crochê e tear.
Interessantes utensílios de cozinha em aço inox também são
produzidos na cidade, com destaque para cafeteiras, canecas, chaleiras, baldes, copinhos para cachaça, etc., com bonitos
designs.Suas festas religiosas também ganham realce no
calendário de eventos do Circuito Trilha dos Inconfidentes.(PIEDADE DO RIO GRANDE, 2011d).
Merece destaque a Festa da Congada e Moçambique, existente no município desde
1928 e realizada na segunda quinzena do mês de maio em honra a Nossa Senhora das mercês,
São Benedito e Nossa Senhora do Rosário como sua padroeira. O evento é atrativo turístico
com duração de três dias. As duas danças contam com cerca de setenta e cinco congados
apresentando-se pelas ruas da cidade em clima de folia e fé misturados às celebrações na
Matriz de Nossa Senhora da Piedade.
De acordo com MENEZES (2008, p. 17)
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A população de Piedade do Rio Grande acolhe o terno de
Congada e Moçambique como parte de seu patrimônio
artístico, cultural e religioso. Todos os anos, por ocasião da Festa de Maio ou Festa da Congada e Moçambique, a
população acompanha todo trajeto do terno pelas ruas da
cidade. Um fato de grande atração é a dança em volta de uma
fogueira de mais ou menos quatro metros, que é acesa e queimada todas as noites, no largo da Igrejinha do Rosário.
Além da Guarda do Congado e Moçambique, o município ainda comemora a Festa da
Padroeira, 15 de Setembro e Folia de Reis em Janeiro. Não bastassem tais comemorações,
outros eventos são famosos e agitam a cidade. O alegre Carnaval, por exemplo, com os blocos
das Virgens e dos Presidiários Anônimos; a Semana Santa com as tradições características do
século XVIII; a Mostra de Gado, o Torneio Leiteiro e o Rural Fest constituem anualmente a
agenda cultural in loco. (PIEDADE DO RIO GRANDE, 2011e).
3 – CARÁCTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS, URBANAS E AMBIENTAIS
DA CIDADE DE PIEDADE DO RIO GRANDE, MG
As características geográficas, urbanas e ambientais são instrumentos importantes para
o presente trabalho. Além de oferecerem, sob o aspecto didático da pesquisa um volume
considerável de informações, são também norteadoras para as questões envoltas ao tema a
partir do direcionamento relativo ao município de Piedade do Rio Grande. Assim, os fatores
considerados como de maior relevância, geo-historicamente pretendidos para esta pesquisa,
serão inseridos para efeito descritivo deste espaço geográfico.
Utilizadas com o intuito de caracterizar o território, tais características são
extremamente necessárias para que ocorra o entendimento, a priori, da análise de fatores,
como por exemplo, da superfície terrestre e sua distribuição espacial; de fenômenos
significativos advindos da relação entre homem e meio; de orientação; de mobilização e toda
influência que exercem frente à sociedade, bem como junto ao ente federativo no que tange às
políticas adotadas em termos de legislação federal e local em prol do desenvolvimento
municipal.
De início, vale mencionar que as características geográficas, urbanas e ambientais nos
remetem a uma idéia de espaço e sua percepção. Segundo Sene et all (2001, p. 11)
A percepção é sempre um processo seletivo de apreensão. Se a
realidade é apenas uma, cada pessoa a vê de forma diferenciada; dessa forma, a visão pelo homem das coisas
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materiais é sempre deformada. Nossa tarefa é a de ultrapassar
a paisagem como aspecto, para chegar ao seu significado. A
percepção não é ainda o concebimento, que depende de sua interpretação, e esta será tanto mais válida quanto mais
limitarmos o risco de tomar por verdadeiro o que é só
aparência.
A compreensão do espaço, por sua vez, é fundamental para a concepção de diferentes
paisagens. Novamente nas palavras de Sene: “O espaço geográfico nada mais é do que a
paisagem em sua totalidade – a configuração territorial -, acrescida da sociedade.” (SENE et
all, 2001, p.11).
Já em termos da proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais, por sua vez, o
tratamento é específico como área, haja vista sua essencialidade para compreensão e
intervenção na realidade social. Por meio dela é possível compreender como diferentes
sociedades interagem com a natureza na construção de seu espaço, as singularidades do lugar,
o que o diferencia e o aproxima de outros lugares, propiciando uma consciência maior dos
vínculos afetivos e de identidade com o mesmo. Também possibilita o conhecimento das
múltiplas relações de um lugar com outros lugares, distantes no tempo e no espaço, bem como
as marcas do passado no presente. (BRASIL, 1997).
Dessa feita, seja por intermédio geográfico, urbanístico ou ambiental, as reflexões a
cerca da espacialidade são o ponto de partida para os fundamentos caracterizadores de
determinada região e suas particularidades.
Ao mencionar as questões urbanísticas, por exemplo, a Constituição da Republica
Federativa do Brasil de 1988 tratou da política urbana com margem para edição da lei federal,
hoje conhecida como Estatuto da Cidade. É um instrumento normativo de diretrizes gerais
fixadas para o pleno desenvolvimento das cidades. Tal lei é fundamental, pois, a partir dela, é
possível realizar de forma adequada o que se necessita em termos de ordenamento urbano.
(MEDUAR, 2011).
Não obstante, referente aos temas de ordem ambiental, a CRF/88 também é incisiva
quanto à edição de normas regulamentadoras em prol das atividades que envolvam o mesmo.
(MEDUAR, 2011). O Brasil possui hoje um rol de legislação esparsa para atuações diversas
envoltas às questões de meio ambiente. Controvérsias à parte, efetivamente aplicados ou não
tais regramentos, o país engatinha para que as políticas dessa área surtam resultados
satisfatórios frente aos desafios que o acometem. Para o Município de Piedade não é
diferente, assunto esse a ser abordado de forma específica em subtítulo próprio.
14
É nesse diapasão de discussões que os estudos realizados no Município de Piedade do
Rio Grande buscam os apontamentos pretendidos nos tópicos seguintes.
3.1 – Aspectos geográficos predominantes
Piedade do Rio Grande, município da mesorregião do Campo das Vertentes, estado de
Minas Gerais é privilegiado pela natureza e propenso ao ecoturismo. Possui cachoeiras, lagos
e é banhada pelo Rio Grande, um dos rios mais importantes do Brasil por percorrer a região
sudeste e se juntar ao Rio Paranaíba. Isso porque propicia a formação do Rio Paraná cujas
águas formam a internacional Bacia do Prata. De acordo com os Comitês de Bacia e o
conselho Estadual de Meio Ambiente, o município está integrado ao GD1 por pertencer ao
Alto da Bacia do Rio Grande (PIEDADE DO RIO GRANDE, 2011f).
A vegetação dominante na região é a de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado
Tropical com a presença de vegetação de campo cerrado em ambientes de solo mais ralo e de
campos rupestres em locais de altitude superior a 1.000 m. (BACIA HIDROGRÁFICA DO
ALTO RIO GRANDE – GD1, 2011).
O município possui temperatura média anual de 19,2 C, média máxima anual de 25,8
C e média mínima anual de 14, 1 C. Seu índice médio pluviométrico é de 1470 mm. Além
disso, com relação ao relevo, o mesmo compõe-se topograficamente nos seguintes
percentuais: 30% plano, 60% ondulado e 10% montanhoso. Também possui altitude máxima
de 1338 m, com localização no Alto da Floresta; mínima de 999 m na foz do Córrego do
Azeite, sendo que no ponto central da cidade é de 980 m. Já a hidrografia conta com dois rios
considerados os principais: o Ribeirão dos Cavalos e Rio Grande pertencentes à Bacia do Rio
Grande, conforme anteriormente mencionado. (PIEDADE DO RIO GRANDE, 2011g).
Em relação às áreas de influência do bioma cerrado a fauna é extremamente rica. De
acordo com as pesquisas encontradas, apresenta 837 espécies de aves; 67 gêneros de
mamíferos, contando com 161 espécies e dezenove endêmicas; 150 espécies de anfíbios, das
quais 45 endêmicas; 120 espécies de répteis, das quais 45 endêmicas. São também
encontrados animais como a paca, cutia, preguiça, capivara, quati, cachorro-do-mato, lobo-
guará, gambá, tamanduá-mirim, tatu peba, tatu-de-rabo-mole, tatu-galinha, macacos como
sagüi, macaco-prego, lagarto teiú, cobras cascavel, várias espécies de jararaca, jibóia, coral. A
avifauna é caracterizada por jacus, mutuns, jacutingas, seriemas, tucanos e papagaios.
(BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO RIO GRANDE – GD1, 2011). Realizados os
15
apontamentos acima descritos, a dinâmica do trabalho agora caminha para novos aspectos de
consideração peculiares e de complementação conforme a seguir.
3.2 – Infra-Estrutura
A infra-estrutura de um município geralmente se relaciona com os mais variados
serviços necessários ao desenvolvimento das funções urbanas.
Definir tais funções é tarefa que envolve inúmeros aspectos. Portanto é trabalho
complexo que traz à tona tanto a observação dos direitos e garantias fundamentais do
indivíduo; deveres inerentes à administração em prol da estrutura e organização urbana;
observação quanto à economia predominante na região, dentre outros. Isso tudo porque o
interesse público paira pelo compromisso do Estado e seus entes perante seus representados.
Dito isso, referente aos aspectos definidores da infra-estrutura municipal, o primeiro a
ser observado seria o social, pois visa promover adequadas condições de moradia, trabalho,
saúde, educação, lazer e segurança. O econômico, com o dever de propiciar o
desenvolvimento de atividades de produção e comercialização de bens e serviços, bem como
o institucional, cujo dever é o de oferecer os meios necessários ao desenvolvimento das
atividades político-administrativas da própria cidade. (INFRA-ESTRUTURA URBANA,
2011)
A edição da lei nº 1.295 de 12/04/2011 (aprovada com a proposta de instituir nova
Estrutura Administrativa da Prefeitura Municipal de Piedade do Rio Grande), foi um ato
normativo de organização interna capaz de orientar a atuação da prefeitura em seus diversos
setores, dentre eles, os relativos ao desenvolvimento e infra-estrutura do referido ente.
(PIEDADE DO RIO GRANDE, 2011h)
Diante das premissas apontadas, importante destacar a atuação dos Órgãos Colegiados
de Aconselhamento, quais sejam: Conselho Municipal de Saúde; Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e Adolescentes; Conselho Municipal de Assistência Social; Conselho
Municipal de Educação; Conselho Municipal de Alimentação Escolar; Conselho Municipal
do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEB); Conselho Municipal de Patrimônio Cultural;
Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental e Conselho Municipal de Turismo.
(PIEDADE DO RIO GRANDE, 2011h).
Não obstante, para dar efetividade às diretrizes desta lei, a estrutura administrativa
compõe-se de sete órgãos da secretaria geral divididos em departamentos específicos de
16
execução e controle dos principais serviços, já que cada atividade precisa de dotações
orçamentárias próprias. Dessa forma, o Departamento Municipal Administrativo e Financeiro
executa e controla os Serviços de Pessoal, de Arrecadação e Tributos, de Compras, de
Licitação e de Frota; o Departamento Municipal de Obras Viação e urbanismo os serviços de
obras e seus setores de estrada e urbanismo; o Departamento de Educação os serviços de
educação e setor de merenda escolar; o Departamento Municipal de Saúde os serviços de
saúde, de PSF, de Estratégias em Saúde e de Endemias. (PIEDADE DO RIO GRANDE, 2011
h).
Além desses, Departamentos como o Departamento Municipal de Assistência Social,
Departamento Municipal de Agricultura e Pecuária e o Departamento Municipal de Cultura,
Turismo, Esportes, Lazer e Meio Ambiente realizam serviços e controle próprios da
intitulação referida. (PIEDADE DO RIO GRANDE, 2011h).
Sendo assim, as questões de infra-estrutura têm sido trabalhadas pela administração,
tomando por base as atividades oriundas de tais departamentos, como ocorreu no caso do
Depto. de Saúde, após a instituição do Plano Diretor de Vigilância Sanitária do município. Foi
possível, através desse trabalho, constatar que em 2009 o percentual de água tratada para a
população teve índice de 72,2%, sendo 26,78 por poço ou nascente e 1,20% de forma diversa;
que o tipo de instalação sanitária para o referido período ficou na margem de 52,05% com
rede de esgoto geral ou pluvial, 43,35% do tipo fossa e 4,60 a céu aberto; além de outros
dados como mortalidade infantil, mortalidade x faixa etária, etc. (PIEDADE DO RIO
GRANDE, 2010 j).
De acordo com o Plano Diretor de Vigilância Sanitária, ao traçar o perfil econômico
constatou-se que as atividades do município predominantes são agricultura e pecuária,
normalmente realizadas em sistema de parceria e fonte de mão-de-obra para o setor primário.
O nível tecnológico utilizado ainda é retrógrado. Segundo o referido Plano diretor, o
município e o estado também atuam como geradores de emprego. (PIEDADE DO RIO
GRANDE, 2010 j)
Com relação à destinação do lixo, o município realizou memorial descritivo para
processo licitatório com vistas ao atendimento das demandas a partir da terceirização dos
serviços destinados ao tratamento do lixo (CRISTINO, 2011).
Outro ponto importante refere-se à execução de um projeto que trata da capitação de
rede de esgoto para tratamento de ETE. Tal projeto aguarda por soluções referentes aos
trâmites legais de atuação. (CRISTINO, 2011).
17
No entanto, já possui lei que “Autoriza o Município de Piedade do Rio Grande a
Contratar com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A – BDMG-, Operações
de Crédito com Outorga de Garantia e dá outras providências” (PIEDADE DO RIO
GRANDE, 2011i).
Segundo o art. 1º da Lei nº 1.301 de 01/04/2011
... Fica o Chefe do Executivo do Município de Piedade do Rio Grande autorizado a celebrar com o Banco de
Desenvolvimento de Minas Gerais S.A – BDMG-, operações
de crédito até o montante de R$1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais), destinados ao financiamento de projetos
de Infra-estrutura Urbana no âmbito do Programa de
Modernização Institucional e Ampliação da Infra-estrutura em
Municípios do Estado de Minas Gerais – Novo SOMMA, cujas condições encontram-se previstas no artigo 2º desta Lei,
observada a legislação vigente, em especial as disposições da
Lei Complementar 101 de 4 de maio de 2000. (PIEDADE DO RIO GRANDE, 2011 i).
O contrato em questão é fundamental para que os percentuais apontados anteriormente
sejam amenizados com as melhorias necessárias para a população de ordem infra-estrutural.
No tocante ao mesmo, não restam dúvidas quantos aos efeitos que surtirão sob a ótica
ambiental, próxima abordagem do presente.
3.3 – Observação e Exposição de mudanças ambientais de relevância para o
município
A princípio, o município está no estágio de mobilização social para que em parceria
com o Estado possa implantar políticas educacionais e efetivas no intuito de preservação
ambiental, como é o caso dos aqüíferos do Alto Rio Grande.
A destinação do lixo, rede de esgoto, preocupações com assoreamento nas encostas do
rio, matas ciliares, dentre outras, começaram a ganhar importância.
No entanto, nem sempre a administração atua espontaneamente, a exemplo da
intervenção do ministério público para regularização de atividades referentes ao depósito
irregular de lixo doméstico realizado por terceiros. (BRASIL, 2010)
Em conformidade com IC nº 0056.1000320-3, a promotoria especializada em defesa
do meio ambiente da comarca de Barbacena – MG enviou ao executivo municipal a Minuta
do Termo de Ajustamento de conduta em que pesou considerações referentes à diminuição do
risco de doenças, a execução de ações de vigilância sanitária e epidemiológica; bem como o
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terreno utilizado clandestinamente como depósito de lixo doméstico por terceiros, localizado
no local de obras para execução de um Parque de Exposições. (BRASIL, 2010).
O ajuste do contrato implicou em Obrigação de Fazer, no prazo de 60 (sessenta) dias
um cercamento do imóvel com o emprego de muro, tapume ou tela metálica, além de
afixação de placas contendo os dizeres “Proibido jogar lixo” no local. (BRASIL, 2010).
3.4 – A Administração Pública e a Sociedade frente aos problemas
existentes in loco e de ordem ambiental
Conforme exposto acima, a Administração passa a atuar com Órgãos Colegiados de
Aconselhamento. Assim, políticas como de Educação Ambiental, Nacional do Meio
Ambiente e mobilizações sociais, para uma maior participação da sociedade nas reuniões do
Conselho aludido serão de grande valia para os trabalhos que se pretendem alcançar em prol
do bem comum. . (PIEDADE DO RIO GRANDE, 2011 h).
Um dos trabalhos em andamento refere-se a um processo licitatório para “contratação
de empresa especializada na execução de coleta, transporte e destinação final de
resíduos domiciliares, comerciais e industriais, não tóxico, sólidos, compreendendo o lixo
seco e o lixo orgânico, em Aterro Sanitário devidamente licenciado”, a serem executados
em regime de empreitada global, na modalidade Tomada de Preço. O Edital ainda não foi
publicado por estar em fase de conclusão. (CAMARA MUNICIPAL DE PIEDADE DO RIO
GRANDE, 2011)
A iniciativa de tal processo licitatório deveu-se aos problemas já caracterizados pela
pratica irregular de execução e controle do lixo urbano. Não bastasse isso, teve co-relação
com a repercussão gerada por um informativo da Câmara Municipal, em que alunos do 3º ano
A, da Escola Estadual Dr. Antônio Batista do Nascimento, puderam manifestar, juntamente
com vereadores e prefeito municipal, sobre as irregularidades que vinham sendo observadas.
Assim, houve menção ao lixão da cidade, denominado de Tijuquinha, devido ao descarte
incorreto do lixo e suas conseqüências para quem reside nas proximidades. (CÂMARA
MUNICIPAL DE PIEDADE DO RIO GRANDE, 2011).
Isso demonstra que, diante de toda a responsabilidade do ente municipal, os serviços
inerentes ao bem estar social e as demandas ambientais têm caminhado para o atendimento e
evolução do desenvolvimento da cidade.
19
Os melhoramentos pretendidos, apesar de engatinharem em termos de planejamento
urbano e cuidados com o meio ambiente, ainda demanda por muito trabalho e quebra de
paradigmas enraizados na cultura local. No entanto, as mudanças trazem perspectivas e com
elas mais aprendizado.
Sobre tais mudanças ocorridas, o município de Piedade do Rio Grande realiza, todas
as quartas-feiras, a coleta de lixo reciclável. O lixo é recolhido pelo caminhão da própria
prefeitura que posteriormente o deposita no local denominado de Barracão, pertencente ao
Departamento de Obras, viação e Urbanismo, para que seja separado e prensado. (CRISTINO,
2011).
Além do lixo reciclável, o lixo contaminado também é recolhido todas as quartas
feiras pelo caminhão do CISVER – Consórcio Intermunicipal de Saúde das Vertentes. São
recolhidos os lixos do Hospital Nossa Senhora da Piedade, da Unidade Básica de Saúde e
Laboratório Químico. (CRISTINO, 2011).
Já em relação ao lixo sólido, oriundo de restos de construção e afins, quando viável,
são reaproveitados para manutenção de estradas.
Infelizmente os demais resíduos são recolhidos pela prefeitura e descartados em um
terreno alugado pela mesma, localizado nas proximidades do povoado de São Sebastião do
Paraíso, de forma irregular. Porém, a situação aguarda regularização através do processo
licitatório já mencionado acima. (CRISTINO, 2011).
No que se refere à participação da sociedade, a mobilização tem sido realizada em
todos os seguimentos do município. A exemplo da participação popular em reuniões da
Câmara Municipal, trabalhos e atividades escolares, bem como nos eventos que a Prefeitura
promove todos os anos, chamado de Ação Social, por iniciativa do Departamento de Saúde.
(CRISTINO, 2011).
Outro ponto que chama atenção refere-se a uma área de degradação ambiental que
tem tido a paisagem modificada de forma natural, ou seja, uma voçoroca localizada no
povoado denominado de Cruzeiro do Rio Grande, também apelidado de Desbarrancado. Até o
presente momento nenhum projeto de recuperação ambiental foi proposto para tratar do
assunto.
Dessa forma, o Departamento de Meio Ambiente pode contribuir de forma eficaz para
que, a partir do levantamento de problemas dessa magnitude sejam levados ao seu
conhecimento para que as devidas providências sejam tomadas. Assunto pertinente ao
próximo item.
20
3.5 – Departamento de Meio Ambiente – Execução e Controle de seus
Serviços.
Em verdade, o município possui o Departamento Municipal de Cultura, Turismo,
Esportes, Lazer e Meio Ambiente. (PIEDADE DO RIO GRANDE, 2011h).
Devido à complexidade dos problemas de ordem ambiental, a proposta seria a
criação de um Departamento de Meio Ambiente, autônomo, com dotações orçamentárias
separadas e Diretor exclusivo para que a Administração possa realizar, com melhor
aproveitamento das funções que acometem o cargo, os serviços objeto desse departamento.
Propiciaria um trabalho mais direcionado e eficiente no controle das atividades junto aos
órgãos do governo, Câmara Municipal, bem como em parceria com toda população.
Segundo Marcatto (2002), a elaboração do Manual de Gestão Ambiental Municipal
foi muito satisfatória, devido a forma simples que responde as dúvidas mais freqüentes a cerca
do assunto.
Realizado em tiragem limitada, foi enviado a todos os municípios no intuito de
colaborar e instruir os entes sobre normas, instrumentos de gestão, participação da sociedade
civil, dentre outras. Aborda sobre os vários órgãos de Meio Ambiente e explica suas
finalidades. (MARCATTO, 2002).
Diante o exposto, os serviços e controle de atividades inerentes ao Meio Ambiente
dividem atenção do responsável com os trabalhos de cultura, esporte e lazer. Apesar da
importância que os demais serviços possuem para sociedade, acabam por inviabilizar a
conveniência para tal estrutura dada a um único Departamento.
4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os estudos realizados a cerca da Géo-História do Município de Piedade do Rio Grande
podem ser considerados de grande valia para o conhecimento acadêmico.
De forma direcionada, ao tratar dos assuntos que foram absorvidos durante o Curso de
Geografia e Meio Ambiente, no decorrer desses quatro anos, uma considerável experiência foi
adquirida. Com ela, o exercício da profissão torna-se mais desejoso na trajetória que um aluno
pretenda seguir.
Os fundamentos gerais da Géo-História, por exemplo, trouxeram para Piedade do Rio
Grande um volume de informações que demonstraram a importância da evolução do
21
pensamento, desde os primórdios até a atualidade, sobre como essas disciplinas são essenciais
para a sociedade.
Dessa forma, o entendimento a cerca da emancipação, organização e desenvolvimento
do município foi possível graças as reflexões tidas tanto no campo da Geografia como no
campo da História.
Não bastasse isso, as características geográficas, urbanísticas e ambientais, pautadas
por essas ciências, carregam aspectos relevantes para configuração de um Município. Assim,
Piedade do Rio Grande pode ser estudada através do suporte que as disciplinas do curso
proporcionaram durante as pesquisas, haja vista que as demonstrações territoriais assim se
manifestaram.
Diante desse desafio, os três capítulos da presente foram sendo desenvolvidos frente
aos fatores e dados que os referenciaram, só que de forma a apontar aspectos tanto positivos
como negativos observados sobre a ótica ambiental.
O que vale dizer é que, com o trabalho da Administração Pública e Sociedade juntos,
muito se tem a ganhar com o bem estar de todos se os problemas enfrentados forem discutidos
e levados a uma maior conscientização da importância que representam.
22
5 – ANEXOS
VISÃO PANORÂMICA DE
PIEDADE DO RIO GRANDE
(ERNANI, 2002).
VISÃO AÉRIA DE PIEDADE DO RIO
GRANDE (ERNANI, 2002).
IGREJINHA DO ROSÃRIO
(ERNANI, 2004).
CONGADO DE PIEDADE DO RIO
GRANDE (ERNANI, 2009).
MATRIZ E IGREJINHA DO
ROSÁRIO (ERNANI, 2009).
MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA
PIEDADE (ERNANI, 2002).
23
RIO GRANDE (ERNANI, 2009). RIO GRANDE (ERNANI, 2010).
CACHOEIRA DE CIMA - AZEITE
(ERNANI, 2010).
CACHOEIRA DE PIEDADE DO RIO
GRANDE (ERNANI, 2010).
CACHOEIRA DO MEIO - AZEITE
(ERNANI, 2010).
CACHOEIRA DE CIMA - AZEITE
(ERNANI, 2010).
24
6 – REFERÊNCIAS
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