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Introdução e Conceituação Básica Cyntia Gabriele Michel Cardoso Trant, PhD. Faculdade Pitágoras Disciplina: Interações Parasitárias

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Introdução e Conceituação Básica

Cyntia Gabriele Michel Cardoso Trant, PhD.

Faculdade Pitágoras

Disciplina: Interações Parasitárias

Vamos começar a pensar!!!!!https://www.youtube.com/watch?v=cuH-LUSB4lA

Leishmaniose

Sub-Reino: Protozoa

Filo: Sarcomastigophora

Sub-filo: Mastigophora

Classe: Zoomastigophora

Ordem: Kinetoplastida

Família: Trypanosomatidae

Gênero: Leishmania

Espécies: L. brasiliensis

L. chagasi

L. guyanensis

L. amazonensis

L. infantum

animais silvestres (roedores,preguiça, tamanduá, gambá,mão pelada) e peridomésticos(cão e roedores).

Leishmaniose - Flebotomíneo- Mosquito palha

- Lutzomiya longipalpis e L. wellcomei conhecido também comobirigui, cangalha, tatuquíra, asa branca. Bastante adaptado aoambiente peridomiciliar., elevado número tem sido encontrados noambiente domiciliar.

- Picada dolorosa- vive nas proximidades das residências, preferencialmente em

lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico.Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer

- Somente as fêmeas picam pois precisam do sangue paraamadurecimento dos ovos, colocam seus ovos em locais úmidos naterra (sob folhas e pedras).

- Prevenção: Uso de repelentes, telas de proteção, Borrifaçãofrequente de ambientes, Tratamento de sintomáticos eassintomáticos em regiões com alta incidência de flebotomíneos eembale sempre o lixo

Formas de apresentação da doença:a)Cutânea

Leishmaniose cutânea

- Úlceras únicas ou múltiplas confinadas na derme, comepiderme ulcerada-Espécies causadoras: L. amazonensis

L. braziliensis (úlcera de Bauru/ferida brava)L. guyanenisL. Iainsoni

-Detectável teste de Montenegro

Formas de apresentação da doença:b)Cutânea- mucosa

Leishmaniose cutânea-mucosa

- Infecção na derme (úlceras), invasão de mucosa e

destruição da cartilagem-Espécies causadoras: L. braziliensis

L. guyanenis (raramente)

-Detectável teste de Montenegro (resposta exagerada)

Formas de apresentação da doença:

c)Cutânea difusa

- Infecção confinada naderme, formandonódulos não ulcerados.

- Disseminação por todoo corpo

- Associado a deficiênciaimunológica do paciente

Leishmaniose cutânea difusa

-Espécies causadoras: L. pfanoiL. amazonensis (Brasil)

- O hospedeiro não consegue responder a infecção(ANERGIA)

- NÃO Detectável teste de Montenegro

• Clínico

Caraterísticas da lesão e dados epidemiológicos

• Laboratorial

- Exame direto de esfregaços corados (Romanowsky, Giemsa ou

Leishman)

- Exame histológico

- Cultura

- Inóculo em animais

- PCR (reação em cadeia da polimerase, permite a identificação daespécie infectante)

• Importante para exclusão de tuberculose cutânea, hanseníase,

infecções por fungos, úlcera tropical, neoplasmas

Diagnóstico Leishmaniose Tegumentaria

Tratamento LeishmanioseTegumentar

1. Quimioterapia

• Antimoniais

Tártaro emético

antimonial trivalente

Glucantime (antimoniato de N-metil-glucamina)

antimonial pentavalente

Pentostan (estibogluconato de sodio)

- antimonial pentavalente- inibe glicolise e síntese - administração intramuscular ouintravenosa absorção rápida

• Pentamidina

- liga ao DNA, inibindo a replicação

- Inibe a dihidrofolate reductase, interferecom o metabolismo de poliaminas

- Administração intramuscular

- Excretado lentamente, é seqüestrado nostecidos (tem uso profilático contra tripanossomiase)

- Produz hipo- ou hiperglicemia

•Anfotericina B

- lipofílico

- Liga a esterois (ergosterol) da membrana formando poros. Funciona como um ionóforo

- 2-5% excretado na urina

- 90% ligado a proteínas do plasma

- Meia vida 18 horas

Leishmaniose visceral

• Ocasionada: L. donovani,

L. infantum

L. chagasi (Brasil)

• Enfermidade crônica e grave.

• 350 milhões de pessoas em risco

• 1,5 a 2 milhões de novos casos anualmente leishmaniose

deste 500000 da forma visceral

• Alta letalidade se não tratada (2 anos)

• Fatores de risco: desnutrição, usuários de droga, uso de

drogas imunossupressoras e co-infecção com HIV.

Sintomatologia Leishmaniose Visceral

Sintomatologia Leishmaniose Visceral

Mecanismos de transmissão

• Picada fêmea L. longipalpis

• Compartilhamento agulhas e seringas

• Transfusões sanguíneas

• Transmissão congênita

• Acidentes em laboratório.

Diagnóstico

• Epidemiologia e quadro clínico;

• Pesquisa do parasita: hemocultura (30% são positivas), mielograma(75% são positivas) e aspirado de baço (padrão ouro);

• Pesquisa do anticorpo, por meio de IFI ou ELISA.

Punção de Linfonodo

Diagnóstico da LVC em diferentes amostras

Punção de Medula Óssea

Punção de Baço

Citológico, Histopatológico e Imunohistoquímica

30% a 50%

50% a 70%

40% a 60%

Sensibilidade e especificidade

PCR convencional

PCR Real Time

Reação em Cadeia da Polimerase

(PCR)

70% a 100%

Exames Sorológicos

ELISA

IFI

Imunocromatográfico

DPP

52% a 90% 80% a 100%

80% a 98%

TRATAMENTO

mesma droga leishmaniose tegumentar - os antimoniais pentavalentes – atuam nas formas amastigotas

- Antimonial pentavalente (Glucantime) primeira escolha

- Anfotericina-B – casos de falha terapêutica com antimônio

- Anfotericina B lipossomal – possui menores efeitos colaterais.

Desvantagens do medicamento:

Cardiotoxicidade

Pancreatite química, eventualmente clínica

tratamento inespecífico – correção manifestações clínicas próprias da doença.