introdução a meta populações

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Meta-populações Prof. Dr. Harold Gordon Fowler [email protected] Ecologia de Populações

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Page 1: Introdução a meta populações

Meta-populações

Prof. Dr. Harold Gordon Fowler [email protected]

Ecologia de Populações

Page 2: Introdução a meta populações

• Definir uma meta-população e explicar sua relevância a ecologia de populações

• Descrever o processos que determinem a abundancia local dentro de uma meta-população

• Explicar as premissas e comportamento do modelo de meta-populações de Levin

• Aplicar o modelo de persistência de meta-populações de Hanksi aos habitats espacialmente heterogêneos

Sumário

Page 3: Introdução a meta populações

Sumário do Tópico

Heterogeneidade

Definições de dinâmicas

Detalhes Quantitativos

Exemplos Empíricos

Dispersão

Matrizes de transição

Implicações na Conservação

Page 4: Introdução a meta populações

A maioria dos ambientes naturais não são uniformes:

Frutas em árvores Árvores nos campos Matas, parques Ilhas, lagos, e reservatórios Plantas ou animais inteiros

Para parasitas e micro-parasitas

O habitat disponível pode variar em sua localização e recursos no tempo

Todos os membros da população não interagem igualmente devido a sua separação espacial

Por que Meta-populações?

Page 5: Introdução a meta populações

Escalas geográficas dos processos ecológicos e evolutivos

Continente

Região Paisagem

Local

Page 6: Introdução a meta populações

Heterogeneidade de Habitat

Page 7: Introdução a meta populações

“O mundo é heterogêneo, mas sempre foi, e atualmente, para muitas espécies, fica hoje em dia

ainda mais heterogêneo”

Ilkka Hanski 1999

Heterogeneidade

Page 8: Introdução a meta populações

Mosaicos Qualidade Aptidão etc...

Alimento

Cobertura

Locais de nidificação

Habitat

Recursos

Page 9: Introdução a meta populações

Fragmentação florestal na Finlândia durante 200 anos

Várzeas em depressões no Condado de Champaign, Illinois, USA

Anterior Atual

Perda e fragmentação de Habitat

Page 10: Introdução a meta populações

J. Ward, USDA Forest Service, www.forestryimages.org

Floresta Fragmentada na Kenya

Page 11: Introdução a meta populações

Conseqüências da heterogeneidade

espacial e temporal de habitats

Escala espacial: Natural e operacional Paisagem: divisão de espaço geográfico que

apresenta uma homogeneidade geomorfológica

Nível de organização biológica: Natural e operacional Populações e meta-populações

Baguette M. e V.M.. Stevens, Oikos 2003

Page 12: Introdução a meta populações

As espécies freqüentemente ocorrem em redes de populações nas quais a dinâmica espaço-temporal é interconectada por

indivíduos que dispersam (Groom et al. 2006)

População A

População B

População C

População D

Conseqüências da heterogeneidade

espacial e temporal de habitats

Page 13: Introdução a meta populações

População ou Habitat A

População ou Habitat B

População ou Habitat C

Pop. ou Habitat

D

As espécies freqüentemente ocorrem em redes de populações nas quais a dinâmica espaço-temporal é interconectada por

indivíduos que dispersam (Groom et al. 2006)

As populações habitam habitats de qualidades diferentes

Conseqüências da heterogeneidade

espacial e temporal de habitats

Page 14: Introdução a meta populações

A heterogeneidade é boa?

Se a heterogeneidade ambiental é boa, então porque a fragmentação do habitat pelo Homem percebido como ruim?

Page 15: Introdução a meta populações

•Habitat apropriado de várias espécies é naturalmente homogêneo.

•Habitat apropriado para outras espécies tem uma distribuição mais contínua mas tem sido fragmentado pelo uso da terra do Homem.

2. Fragmentação de Habitat •Tamanho reduzido de manchas •Aumento da quantidade de borda

Alteração de Habitat:

1. Perda de Habitat

3. Isolamento de Habitat •Aumento de isolamento das manchas

Perda e fragmentação de Habitat

Page 16: Introdução a meta populações

Alguns efeitos da fragmentação se manifestam pelo aumento de efeitos de borda. Quando as manchas de habitat diminuem de tamanho devido a fragmentação, as populações que moram nessas manchas ficam mais vulneráveis as condições adversas do ambiente que são prevalentes nas bordas da mancha de habitat, mas não no seu interior. Para uma mancha embutida numa paisagem agrícola ou perturbada, essas mudanças ambientais podem incluir um aumento de luz solar e temperatura ou diminuição de umidade.

Fragmentação de Habitat

Page 17: Introdução a meta populações

Perda e fragmentação de Habitat A perda de habitat exerce uma pressão seletiva forte sobre

populações. A perda de habitat freqüentemente resulta não somente na diminuição da quantidade de habitat, mas também na heterogeneidade da distribuição de habitat. A heterogeneidade pode ser gerada pelo uso da terra pela agricultura, construção de prédios, represas, rodavas, e corredores para linhas de gás ou força de alta tensão. O resultado é a fragmentação do habitat original que agora existe em manchas não continuas. Qualquer população que viveu no habitat original será reduzida a um tamanho total menor do que dividida em populações múltiplas. Uma fragmentação posterior resulta na diminuição do tamanho médio das manchas de habitat, e os torna isoladas.

Page 18: Introdução a meta populações

Dinâmica de Populações na Paisagem

As populações de várias espécies ocupam manchas de habitat de melhor qualidade e usam o habitat entre as manchas somente para mover de uma mancha para outra. Essas espécies existem em populações numerosas isoladas entre elas ou com uma troca limitada de indivíduos entre elas. Esse conjunto de populações da mesma espécie que interagem é uma meta-população. Cada população distinta na meta-população pode ser chamada uma sub-população, uma população local, ou simplesmente uma população.

Page 19: Introdução a meta populações

Heterogeneidade entre manchas

Heterogeneidade

Page 20: Introdução a meta populações

A Força Seletiva da Heterogeneidade

A redução ou ampliação de habitat pode ser uma força seletiva importante que favorece a adaptação local e a evolução rápida (Handcock e Britton 2006)

O tamanho da população é importante para permitir o

tempo suficiente para a adaptação antes da extinção estocástica (Glomulkiewicz e Holt (1995)

A fragmentação de habitat pode também afeitar a

evolução — o grau depende dos tamanhos das populações e o fluxo gênico e cultural entre populações — uma dinâmica básica de uma população

Page 21: Introdução a meta populações

Perda de Habitat

Fragmentação de Habitat

Extinção

Isolamento de Habitat

Manchas pequenas de habitat

Conectividade Demografia

Nicho da Espécie

Amplitude Geográfica

Page 22: Introdução a meta populações

Colonização Diferencial de Habitats Favoráveis

Page 23: Introdução a meta populações

Fragmentação e Heterogeneidade

Page 24: Introdução a meta populações

Fragmentação e Heterogeneidade

Page 25: Introdução a meta populações

Fragmentação e Heterogeneidade

Page 26: Introdução a meta populações

Tamanho Populacional Equilibrado

Perd

a A

nual S

uste

ntá

vel

Manchas

Atuais

K

Perda de

Manchas

K

Aumento de

Manchas

K

Manchas e Tamanho Populacional

Page 27: Introdução a meta populações

Fragmentaçao

Isolamento elevado Isolamento baixo

Page 28: Introdução a meta populações

Meta-populações e Evolução

A redução de habitat pode ser uma força seletiva importante na adaptação local e evolução rápida (Handcock e Britton 2006)

O tamanho populacional é importante porque proporciona um tempo suficiente para que ocorre a adaptação antes da extinção estocástica (Glomulkiewicz e Holt (1995)

A fragmentação pode ter um papel chave na evolução, mas depende da dinâmica básica de meta-populações ou seja tamanho populacional, e fluxos de migrantes e genes entre manchas

Page 29: Introdução a meta populações

Quantidade total de habitat na paisagem

Cap

acid

ade d

e D

ispe

rsão

Efeitos da fragmentação

são importantes aqui

Hanski, I, e OE Gaggiotti. 2004. Ecology, Genetics, and Evolution of Metapopulations.

Fragmentação e Extinção

Page 30: Introdução a meta populações

Populações Pequenas ou em perigo de extinção

As taxas do crescimento populacional provavelmente serão negativas – Tem tamanho inicial tem pouco efeito na extensão da

longevidade média de uma população Tempo a extinção escala com o logaritmo natural de K / r média (Lande 1993)

As espécies com fecundidade alta e sobrevivência anual baixa

provavelmente requerem populações maiores e taxas anuais de crescimento maiores para existir menos de que espécies menos fecundas com sobrevivência maior (Sæther et al. 2005) – Maior processos estocásticos sobre esses tipos de espécies

oportunistas O tamanho populacional sozinho não é suficiente para estabelecer a

vulnerabilidade de uma espécie (Sæther et al. 2005) – Necessidade de conhecer a tendência populacional (ou

tendência esperada a base dos parâmetros populacionais) devido ao tempo de retorno na perda específica do tamanho nas populações

Page 31: Introdução a meta populações

As causas de extinção de populações pequenas ou espécies

raras Poucas manchas

Poucos indivíduos em cada mancha

As manchas ficam apropriadas por pouco tempo

A distancia de dispersão é além da capacidade do indivíduo

Page 32: Introdução a meta populações

Sobrevivência de espécies em paisagens fragmentadas

Page 33: Introdução a meta populações

As florestas tropicais – Têm as maiores

concentrações de espécies

– Estão sob pressão de desmatamento a taxas cada vez maiores

Sobrevivência de espécies em paisagens fragmentadas

Page 34: Introdução a meta populações

Muitos paisagens naturais já existem de forma fragmentada – Fragmentação de

habitat em manchas pequenas

Sobrevivência de espécies em paisagens fragmentadas

Page 35: Introdução a meta populações

Fragmentação de habitat

A fragmentação de habitat tem dois componentes: – Uma redução na área coberta pelo tipo de

habitat

– Uma mudança na configuração de habitat

Page 36: Introdução a meta populações

Paisagens naturalmente heterogêneas versus

paisagens fragmentadas 1. A fragmentação resulta na redução da

extensão e a conectividade de habitats, e as espécies podem se ajustar a essa configuração nova e disponibilidade de habitat.

2. Uma paisagem naturalmente heterogênea tem uma estrutura rica de manchas internas, mas a paisagem fragmentada tipicamente tem manchas simplificadas, e uma matriz, como os campos agrícolas

Page 37: Introdução a meta populações

Paisagens naturalmente heterogêneas versus

paisagens fragmentadas 3. Uma paisagem natural geralmente

apresenta menos contraste entre manchas adjacentes do que uma paisagem fragmentada, e por isso apresentam potencialmente efeitos de borda menos intensos.

4. Certos atributos de paisagens fragmentadas, como estradas e várias atividades humanas, apresentam riscos específicos a viabilidade populacional

Page 38: Introdução a meta populações

O processo de fragmentação

Nos sistemas terrestres a fragmentação tipicamente começa com a formação de clareiras.

Quando crescem as clareiras ou quando ficam mais numerosas eventualmente formam a matriz.

Page 39: Introdução a meta populações

Conseqüências biológicas da fragmentação

Exclusão inicial

Efeito de densidades altas

Efeitos da fragmentação e área

Isolamento

Efeitos de borda

Efeitos da matriz

O problema especial de estradas – Invasões biológicas

Page 40: Introdução a meta populações

As populações de um animal podem ser dividas por estradas que inibem a migração entre sub-

populações

Page 41: Introdução a meta populações

Invasões biológicas

As estradas podem servir como avenidas da invasão de algumas espécies.

As estradas favorecem espécies com capacidades boas de dispersão em habitats perturbados aos custos de espécies com mobilidade limitada.

Page 42: Introdução a meta populações

Efeitos dos processos ecológicos

Regulação de acima por embaixo (efeitos de cascata)

Mudanças de micro-clima

Efeito de Allee

Mutualismos

Seqüência de baixa previsibilidade

Page 43: Introdução a meta populações

Espécies não vulneráveis a fragmentação

1. Uma espécie pode sobreviver numa matriz do uso da terra pelo Homem.

– Essas espécies são tipicamente “invasoras” e têm pouco interesse de conservação.

2. Uma espécie pode sobreviver ao manter populações viáveis dentro de fragmentos individuais de habitat.

– Essas espécies têm áreas vitais pequenas.

3. Precisa de ter alta mobilidade

Page 44: Introdução a meta populações

Espécies vulneráveis a fragmentação

Espécies de distribuição ampla

Espécies com capacidades pobres de dispersão

Espécies com necessidades especializadas

Espécies de manchas grandes ou do interior

Espécies com recrutamento ou fecundidade baixo

Espécies vulneráveis a persignação ou exploração do homem

Page 45: Introdução a meta populações

O problema de mudanças climáticas

Fragmentação é um risco as populações num mundo relativamente estável.

Ao adicionar o fenômeno da mudança climática rápida, ocorre o risco potencial mais preto a persistência de populações.

Page 46: Introdução a meta populações

Perturbações: processo gerando padrão

Uso comum: uma interrupção não prevista

Requer a definição do sistema – Populações, comunidades, ecossistemas

ou paisagens – Dimensões espaciais – Escala temporal

Page 47: Introdução a meta populações

Mais obscuro mas interessante

“...uma mudança na estrutura mínima de um objeto causado por um fator externo ao nível de interesse.”

Pickett et al. 1989

Page 48: Introdução a meta populações

Exemplos de Perturbações Naturais Grandes

fogo (a perturbação mais estudada)

furacões

dinâmica de manchas

geados, etc.

enchentes, tempestades, estiagens

deslizamento de terra (e de lava)

bióticas (doenças, etc)

Page 49: Introdução a meta populações
Page 50: Introdução a meta populações
Page 51: Introdução a meta populações

Sinopse dos resultados de Yellowstone

Resultados do estudo empírico – Efeitos da invasão de espécies não evidentes

– Distribuição espacial de propágulos (sobreviventes) domina o padrão de recuperação

– Sistemas não em equilíbrio em escalas muito maiores do que os paisagens

Page 52: Introdução a meta populações

Resultado

Destruição de habitat causa “debito de extinção”

– Aumento de distancias aos sítios mais favoráveis causado pela destruição de habitat retarda a re-colonização

– Demoras produzem o “debito de extinção”

Limiares de extinção específicas as espécies

Destruição de habitat pior para a competidor superior (espécie chave?)

– Resultado depende das premissas do modelo

Page 53: Introdução a meta populações

Hipótese da perturbação parcial

Hipótese de Branca de Neve afirma que:

Perturbações raras permitam espécies competitivamente superiores a dominar

Perturbações freqüentes causam extinções locais

A perturbação parcial equilibra esses dois fatores e maximiza o número de espécies

Page 54: Introdução a meta populações

Regime de Perturbação

Padrão característico de perturbação melhor descrito por:

freqüência - tempo de retorno

extensão - área perturbada

intensidade - força física

severidade - impacto no sistema

Mas falta alguma coisa ....

Page 55: Introdução a meta populações

O espaço realmente importa?

As populações têm sensibilidade a regime de perturbação?

Existe um “nível parcial” de perturbação que maximiza o número de espécies?

– Seus parâmetros são dependentes espacialmente?

Page 56: Introdução a meta populações

Populações isoladas e o

vortice da extinção

População pequena

Aumento da consanguidade

Queda do aptidão (sobrevivência e reprodução)

Queda na taxa de cruzamento

Page 57: Introdução a meta populações

Processos chaves Extinção

– Usualmente um risco constante multiplicado pelo número de manchas ocupadas

Colonização – Dependente do número de manchas ocupadas

(fontes de colonizadoras) e vazias (alvos)

Substituição – Extinção de local populações locais e o

estabelecimento de populações locais novas em manchas vazias de habitat por migrantes de populações locais existentes

Foco em populações e não em espécies (distinto a biogeografia de ilhas)

Page 58: Introdução a meta populações

Necessidade de considerações da evolução

A redução de habitat pode ser uma força seletiva importante que favorece a adaptação local e a evolução rápida (Handcock e Britton 2006)

O tamanho da população é importante para permitir o tempo suficiente para a adaptação antes da extinção estocástica (Glomulkiewicz e Holt (1995)

A fragmentação pode também afeitar a evolução — o grau depende dos tamanhos das populações e o fluxo gênico e cultural entre populações — uma dinâmica básica de uma meta-população

Page 59: Introdução a meta populações

Demografia Específica ao Habitat

Teoria de ilhas

Teoria da meta-população

Page 60: Introdução a meta populações

Problemas com a biogeografia insular

•Não responde as perguntas importantes como: quais espécies seriam encontradas em áreas novas

•As taxas atuais de extinção menores que previstas

•É uma abordagem de tempo evolutivo e não ecológico

•Por isso, precisamos teorias novas para responder perguntas sobre a persistência de populações pequenas

Page 61: Introdução a meta populações

Meta-populações Por que o conceito de meta-populações é

importante? As populações pequenas são especialmente

vulneráveis a extinção – Mais indivíduos podem morrer ou nascer devido

somente a efeitos aleatórios – Pode acontecer ainda que as condições para o

crescimento populacional são favoráveis – Existe ainda o problema da deriva genética e

depressão da endogamia

Em populações maiores, as mudanças estocásticas da ordem de nascimentos e mortes não tem impacto porque os efeitos tendem a se cancelar

Em populações pequenas, porém, essa ordem pode ter importância crucial a sobrevivência da população

Page 62: Introdução a meta populações

Um mosaico de habitats

Page 63: Introdução a meta populações

Mas somente partes do mosaico

são aptas para uma espécie:

Page 64: Introdução a meta populações

As populações no mosaico não ficam isoladas e podem ser conectadas pela

migração

Page 65: Introdução a meta populações

Meta-populações teóricas

Metapopulações reais

(Wiens 1997)

Vista de mosaico de manchas Mosaico de Manchas

Vista de mosaico de manchas Matriz de manchas

Page 66: Introdução a meta populações

Quando ocorrem efeitos não lineares

Limiares

Contagio Espacial – Vizinhanças (dispersão)

• Perturbações (epidemias)

• Heterogeneidade espacial de recursos

)()( xfxf

Page 67: Introdução a meta populações

Porque importa?

Perda progressiva de áreas naturais

Fragmentação do habitat atual

Existência de limiares críticos que tornam as populações vulneráveis a mudanças pequenas e incrementais

Page 68: Introdução a meta populações

Limiares no padrão de paisagem

A conectividade muda repentinamente com mudanças pequenas de padrão – Detalhes de grão fino têm importância em escalas mais amplas

A teoria de percolação caracteriza mudanças na dinâmica nos limiares – Adaptação de teoria a ecologia de paisagem continua proporcionar novidades

Page 69: Introdução a meta populações

Limiares de padrão

Page 70: Introdução a meta populações

Limiares de padrão

Page 71: Introdução a meta populações

Resumo: Limiares de padrão

Limiares sempre devem existir

– Localização é dependente de escala (grão)

Os limiares de padrão são relacionados aos limiares de processos?

– Ou seja., quando importa o espaço?

Page 72: Introdução a meta populações

Fragmentação e Extinção

A fragmentação tende aumentar a extinção por meio de cinco mecanismos – 1.) Exclusão inicial – Os fragmentos restantes

representam somente uma mostra do habitat original, muitas populações serão eliminadas por acaso

– 2.) Isolamento – a paisagem modificada pode atuar como uma barreira a dispersão

– 3.) Efeitos de populações - área – Fragmentos menores têm menos habitats, populações menores de muitas espécies (que são mais suscetíveis a extinção), e têm menos probabilidade de serem encontradas durante a dispersão

Page 73: Introdução a meta populações

Fragmentação e Extinção

A fragmentação tende aumentar a extinção por meio de cinco mecanismos

– 4.) Efeitos de borda – A fragmentação aumenta a quantidade de borda, que tende possuir um nível maior de predação, micro-climas diferentes, e outros.

– 5.) Mudança da estrutura de comunidades – Interferência na perturbação natural de regimes de perturbação e outros processos resulta em mudanças da comunidade

Page 74: Introdução a meta populações

•A teoria de meta-populações virou a paradigma dominante para entender e conservar espécies num paisagem altamente fragmentada.

•Levins (1970) propus o termo ‘meta-população’ como uma população de várias populações locais.

•Enfoque na dinâmica de extinções locais e a re-colonização de manchas.

•Força os ecólogos enfocar em escalas espacias maiores

•As populações já não são consideradas como fechadas mas abertas. Um conjunto de populações locais (sub-populações) são abertas e a dispersão entre esses locais é crítica para a persistência da meta-população.

Nt+1 = Nt + B + I - D - E

Ecologia Espacial

Page 75: Introdução a meta populações

Estrutura Espacial e Geografia Os modelos de meta-populações têm como premissa que algumas partes da paisagem formam manchas de habitat (que podem ser potencialmente ocupadas por populações), com o resto do habitat sendo não apropriado. Em alguns casos, a espécie tem uma necessidade especifica de habitat que tem fronteiras claras, permitindo sua identificação facilmente. A maioria dos exemplos de habitats heterogêneos se ajustam a essa categoria.

Page 76: Introdução a meta populações

Paisagem

Ecologia Espacial Mosaico -Mancha

Meta-populações

Page 77: Introdução a meta populações

Ecologia da Paisagem O estudo das

distribuições espaciais de indivíduos, populações e comunidades, e as causas e conseqüências desses padrões espaciais

Page 78: Introdução a meta populações

Meta-populações Dentro da amplitude geográfica de uma espécie, as

condições ambientais geralmente não são uniformemente favoráveis para a sobrevivência, crescimento e reprodução de sucesso

O habitat apropriado tende formar uma rede de manchas que variam em tamanho e forma dentro da paisagem maior de habitat não apropriado

Se as manchas têm tamanho suficiente, podem suportar populações reprodutivas locais

Por isso, uma população de uma espécie pode consistir de um grupo de sub-populações espacialmente discretas

Uma meta-população é uma coleção de populações locais que interagem dentro de uma área ou região maior

Page 79: Introdução a meta populações

Teoria de Meta-populações

As manchas de habitas sofrem extinções periódicas previsíveis

As manchas são re-colonizadas por dispersoras de ilhas vizinhas

Se a migração é maior do que a extinção a população persiste

Page 80: Introdução a meta populações

Sapos em poços da costa báltico

-Extinções relativamente freqüentes (predação por peixes)

- movimento entre poços é raro

- extinções criam poços vazios que são re-colonizados

Borboletas em morros de granito -Populações reprodutivas discretas

-Todas as populações são pequenas com alto risco

de extinção

-Re-colonização possível (manchas separadas <

4km)

Exemplos de espécies na balance de extinção e re-colonização

Harrison e Taylor 1997

Page 81: Introdução a meta populações

Entendimento de Meta-populações

Progressão de idéias: Levins 1970, Gilpin e Hanski 1991, Hanski e Gilpin 1997

“qualquer assembléia de populações locais discretas com migração entre elas” (Hanski e Gilpin 1997, p2)

As populações que são estruturadas espacialmente em assembléias de populações reprodutivas locais com migração entre elas que afeita a dinâmica da população local, incluindo a possibilidade de re-colonização após a extinção (Hanski e Simberloff 1997, p 6)

Contraste com uma população panmítica onde cada indivíduo tem uma probabilidade igual de interagir com cada outro indivíduo

Page 82: Introdução a meta populações

Natureza heterogênea versus rasgada

Os modelos de meta-populações, metáforas de paisagem, e outros conceitos de um ambiente heterogêneo não comportam bem a configuração rasgada.

As paisagens rasgadas podem forçar ecólogos desenvolver modelos novos da dinâmica populacional, demografia, dispersão e genética e aplicar os princípios da ecologia de paisagens.

E as conseqüências de conservação de habitats rasgados podem ser fundamentalmente distintas dos habitats fragmentados.

Page 83: Introdução a meta populações

Os habitats rasgados precisam estudos empíricos e modelagem próprios, porque são ecologicamente interessantes e proporcionam atributos significantes da paisagem nas fronteiras agrícolas neotropicais.

Também podem servir como refúgios possíveis

de espécies nativas, como corredores para, ou barreiras contra as espécies exóticas, e como reservatórios potenciais de espécies nativas para a restauração futura do ambiente

Natureza heterogênea versus rasgada

Page 84: Introdução a meta populações

população local

Meta-população

Biologia de meta-populações

Mancha de habitat

Paisagem

Ecologia de paisagem

Princípios gerais

Estrutura Espacial e Geografia

Page 85: Introdução a meta populações

Ecologia de meta-populações e paisagem se aproximam Hanski e Gaggiotti 2004

Page 86: Introdução a meta populações

Mudança de Paradigma (Hanski e Simberloff 1997)

Uma manifestação da mudança para incluir escalas espaciais e temporais maiores e foco explícito em manchas?

Page 87: Introdução a meta populações

Mudança de Paradigma (Hanski e Simberloff 1997)

A inclusão de escalas espaciais e temporais ocorre a uma velocidade elevada e força considerações da heterogeneidadeambiental

Page 88: Introdução a meta populações

O conceito de população é melhor visto como hierarquia

Definição clássica de uma população Grupo de indivíduos da mesma espécie que ocupam uma área definida num intervalo de tempo definido

Definição muito geral e não muito útil

É melhor pensar em populações como uma hierarquia População Local Meta-população Sub-espécie Espécie

Page 89: Introdução a meta populações

Definições (Hanski e Simberloff 1997)

População Local: “População, sub-população, deme”

Conjunto de indivíduos que vivem na mesma mancha de habitat e assim interagem entre eles A unidade espacial na qual é razoável estimar taxas de natalidade, mortalidade, emigração e imigração Os indivíduos geralmente têm uma distribuição contínua numa mancha única de habitat um grupo de indivíduos da mesma espécie que vivem e reproduzem no mesmo espaço

Page 90: Introdução a meta populações

Sub-população:: uma população que é parte de uma meta- população

Coleção de meta-populações dentro de uma região Populações locais e meta-populações ocupam manchas de habitat que podem ser separadas por distancias grandes Existe uma independência demográfica substancial entre as meta-populações Eventos raros de dispersão mantêm algum fluxo gênico

Espécies: Coleção de sub-espécies que incorpora a amplitude e distribuição geográfica da espécie

Dinâmica de Meta-populações: A dinâmica da ocupação de manchas. Extinção Local: A extinção de uma sub-população Colonização: um habitat vazio mais apto que depois e colonizado por emigrantes

Definições (Hanski e Simberloff 1997)

Page 91: Introdução a meta populações

Definições (Hanski e Simberloff 1997)

Meta-população:

Conjunto de populações locais dentro de uma área maior, onde tipicamente é possível a migração de uma população local a pelo menos algumas outras manchas Coleção de populações locais em proximidade onde a dispersão de indivíduos pode colonizar manchas vazias de habitat resultantes da extinção local As taxas baixas de dispersão são suficientes para manter um fluxo genético suficiente entre as populações um grupo de várias populações locais conectadas pela movimentação ocasional de indivíduos entre as populações (imigração e emigração).

Page 92: Introdução a meta populações

Meta-população Uma coleção de sub-populações ou populações

locais que interagem dentro de uma área ou região maior, cada uma com uma probabilidade aleatória de sendo extinta e colonizada, mas a meta-população persiste em forma estável como resultado da balance entre extinções e re-colonizações aleatórias das manchas.

Conceitos: manchas, heterogeneidade, dispersão, dinâmica dentro de manchas

Page 93: Introdução a meta populações

Meta-populações Uma meta-população é um conjunto de populações locais conectadas por indivíduos migrantes. As populações locais geralmente vivem em manchas isoladas de recursos, e o grau de isolamento varia dependendo da distancia entre as manchas: Os modelos de meta-populações consideram as populações locais como indivíduos. A dinâmica das populações locais geralmente não é considerada ou tratada de forma simplificada. A maioria dos modelos de meta-populações se baseiam no equilíbrio entre colonização e extinção.

Page 94: Introdução a meta populações

Definição: Meta-população Qualquer população que

é uma população de populações locais estabelecidas por colonos, sobrevivem, emitam migrantes, e eventualmente desaparecem (Levins 1970)

Levins, R. 1970. Some demographic and genetic consequences of heterogeneity for biological control. Bull. Ent. Soc. Am. 15:237-240

Page 95: Introdução a meta populações

Essas manchas ocupadas formam: • uma população? • três populações? • nove populações? •Outro número?

Como decidir?

Page 96: Introdução a meta populações

Um grupo de populações que reproduzem independentemente mas com dinâmica influenciada pela migração entre elas.

Meta-populaçã0 (meta = além de)

Um C

ontínu

o População (todos os indivíduos interagem com probabilidade igual)

Populações (indivíduos isoladas dentro do habitat)

Meta-população

Page 97: Introdução a meta populações

Quatro condições definem uma meta-população

Muitas populações podem ter distribuição heterogênea, mas isso não implica a existência de uma meta-população

Os 4 critérios de meta-população de Hanski: O habitat apropriado ocorre em manchas discretas que podem

ser ocupados por populações reprodutivas locais Ainda as populações maiores enfrentam um risco substancial

da extinção As manchas de habitat precisam ser não muito isolados de

forma de inibir a re-colonização após a extinção A dinâmica de populações locais não é sincronizada

Esses critérios são bastante restritivos

Page 98: Introdução a meta populações

Certos fatores podem sincronizar a dinâmica de populações locais

A persistência de uma meta-população depende da dinâmica assíncrona das sub-populações locais

A probabilidade de extinção diminua quando

as sub-populações são assíncronas Se as probabilidades de extinção são

correlacionadas, as meta-populações são mais suscetíveis a extinção

Quais fatores potencialmente podem

sincronizar a dinâmica de populações locais?

Page 99: Introdução a meta populações

Certos fatores podem sincronizar a dinâmica de populações locais

Os fatores que potencialmente sincronizar a dinâmica de populações locais Estocasticidade ambiental operando a nível regional

Eventos extremos de clima

Mudanças de paisagem e habitat Mudanças a escala grande na qualidade e disponibilidade de habitat

Mudanças no uso da terra Usualmente ocorrem em áreas extensas em períodos curtos de tempo

Page 100: Introdução a meta populações
Page 101: Introdução a meta populações

Dinâmica da meta-população

A dispersão geralmente é ignorado pelos ecólogos, mas pode ser um fator vital na regulação ou determinação de abundancia.

Devido a fragmentação de habitats, a heterogeneidade está em todo lugar

A população pode demonstrar uma variedade de dinâmicas

Page 102: Introdução a meta populações

Dispersão e Meta-populações Se uma espécie vive em várias manchas, o que acontece depende de onde ficam as manchas, ou de seu arranjo espacial. Isso determina as distancias entre as manchas, o que é importante para a taxa de dispersão. Também determina quanto similar (ou correlacionada) as condições ambientais são em manchas vizinhas. Esses fatores espaciais (dispersão e correlação) são importantes na determinação do risco de extinção ou declínio de uma espécie. Por isso o risco de extinção de uma espécie que forma uma meta-população não pode ser estimado por um modelo de população solitária, ou por uma coleção desses modelos. Para simular corretamente a dinâmica de uma meta-população, todas as sub-populações da meta-população precisam ser modeladas juntamente, e sua geografia (ou localidades) também precisa ser incorporada.

Page 103: Introdução a meta populações

Processos de paisagens e a dinâmica de meta-populações

As manchas de habitat e a dispersão ocorrem dentro do contexto de uma paisagem

Page 104: Introdução a meta populações

A qualidade do habitat varia de forma contínua e a designação de áreas como habitat e não habitat pode ser arbitraria. Mas, as fronteiras podem não ser percebidas pelo Homem: o que para nós é uma paisagem homogênea pode ser interpretada como manchas ou habitat fragmentado por outra espécie. Se a aptidão do habitat para uma espécie depende de mais de um fator, e alguns desses fatores não são facilmente observados, a heterogeneidade do habitat observada pode ser diferente da heterogeneidade percebida pela espécie.

Dispersão e Meta-populações

Page 105: Introdução a meta populações

Dispersão

(Wiens 1995)

Page 106: Introdução a meta populações

As espécies diferem nas taxas potencias de colonização e extinção As espécies diferem em termos de:

A susceptibilidade a extinção local e A capacidade de colonizar habitats disponíveis

A taxa de dispersão é importante A historia vital considera a taxa de dispersão

(espécies r e K) A dispersão freqüente é comum onde os habitats

são variáveis Menos dispersão ocorre em habitats estáveis ou

isolados

A taxa de dispersão é influenciada por: Fecundidade Modo de reprodução Tamanho corporal e área vital

Page 107: Introdução a meta populações

A escala é importante

As capacidades de dispersão por animais determinam as fronteiras de uma meta-população

Também existem conexões chaves na paisagem

•Chetkiewicz et al. 2006

Page 108: Introdução a meta populações

A dispersão geralmente é ignorado pelos ecólogos, mas pode ser um fator vital na regulação ou determinação de abundancia.

Devido a fragmentação de habitats, a heterogeneidade está em todo lugar

Uma população pode demonstrar uma variedade de dinâmicas

Dispersão, Dispersão, e

Distribuição

Page 109: Introdução a meta populações

Dispersão, Dispersão, e

Distribuição

A dispersão é a movimentação de um indivíduo do local de nascimento ao local onde reproduz – Não deve ser confundida com a migração ou

movimentação local (movimentação dentro de uma área vital)

A dispersão também pode ser o padrão da

distribuição espacial do organismo numa área – Pode ser agregada, aleatória, ou uniforme

A distribuição é a área ocupada por uma

população ou uma espécie

Page 110: Introdução a meta populações

Dispersão Populacional

Page 111: Introdução a meta populações

Tipos de Dispersão

A dispersão pode ser ativa (autocoria) ou passiva – Os organismos podem dispersar por processos de difusão

da área de nascimento ou por pulos (dispersão a larga distancia)

Page 112: Introdução a meta populações

Podem existir vários tipos de dispersão Caminhada aleatória – os organismos dispersam aleatoriamente da área de nascimento Caminhada direcionada – os organismos se movimentem na direção de manchas de habitat melhor e tendem a dispersar pela frente Seleção da mais próxima – os organismos dispersam a área de reprodução mais próxima

Dispersão continua - habitat é homogêneo e o Movimento descrito por equações de difusão

As interações entre espécies podem gerar manchas num ambiente homogênea

Seleção do ótimo – os organismos dispersam a melhor área de reprodução

Modelos Conceituais da Dispersão

Page 113: Introdução a meta populações

Dispersão

Os indivíduos que dispersão são distintos dos outros, ou a dispersão somente um contínuo de movimentação?

Número dispersando como função de abundância

Onde vão ao se dispersar?

Page 114: Introdução a meta populações

Dispersão como função

de densidade

tt pND A dispersão proporcional a densidade

k

Np

pND

t

tt

A proporção da dispersão aumenta com densidade, alcançando em k

Page 115: Introdução a meta populações

Dispersão em densidades altas

Ka

NKap

1.

)ln(

(exp

é a porcentagem máxima da dispersão, é a fração de que ocorre em .9 K

Affect of alpha parameter

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

0 5000 10000 15000 20000

Population size

Th

eta

0.1

0.3

0.5

0.7

0.9

Page 116: Introdução a meta populações

Funções de dispersão por

distância

Exponencial ou quadrado inverso versus distância

Matriz direta de probabilidade entre manchas

Os migrantes retornam a mancha natal?

Page 117: Introdução a meta populações

Corre-lação

Dispersão

Nenhuma Media/Baixa Elevada

- Populações separadas, ambientes constrantes; populações múltiplas. altamente benéfica

Uma meta-população muita efetiva

Uma população com habitats contrastantes

0 Populações separadas., taxas não correlacionadas; populações múltiplas, benéfica

Uma metapopulação fracamente efetiva

Uma população nivelamento espacial

+ Populações separadas., taxas correlacionadas; populações múltiplas. Não muita efetiva

Uma meta-população não efetiva

Uma população

Dispersão

Page 118: Introdução a meta populações

Dispersão em meta-

populações

A dinâmica de meta-populações é definida pelo equilíbrio entre a extinção e re-colonização local.

Page 119: Introdução a meta populações

Influencias sobre a colonização A conectividade aumenta com o aumento

de número, tamanho ou diminuição de distancias as populações locais que ocorrem dentro da distancia de migração da mancha focal

Adicionalmente, o aumento de propágulos

(= tamanho da população fundadora), aumentando o tamanho da mancha de habitat, aumento de qualidade da mancha aumentam a taxa de colonização com sucesso

Page 120: Introdução a meta populações

Efeitos da heterogeneidade do matriz sobre a colonização

•Modelagem de custo-distância1

•Modelos alternativos de paisagem, nos quais o matriz de habitats tem custos de deslocamento

•Conectividade de manchas calculada como custo acumulado ao largo da via de menos custo a mancha fonte mais próxima

1Spatial Analyst extension em ArcView GIS

•Distancia medida como o roedor possa andar em vez de voar.

Page 121: Introdução a meta populações

A dispersão de meta-populações precisa ser modelado como um processo complexo e heterogêneo.

Podemos entender a dinâmica de meta-populações pela analise direita da estrutura da dispersão usando a teoria de redes.

Dispersão em meta-

populações

Page 122: Introdução a meta populações

Modelos distintos de

dispersão

Modelos que não variam no tempo.

Dispersão bem misturada.

Dispersão como função de distancia.

Dispersão complexa.

Page 123: Introdução a meta populações

Modelos em que a

dispersão não varia no

tempo

A probabilidade de re-colonização é constante

A probabilidade da extinção da meta-população e sobre-estimada.

Page 124: Introdução a meta populações

Dispersão bem

misturada

Todas as manchas têm conectividade igual

A meta-população resultante é heterogênea

Page 125: Introdução a meta populações

A dispersão baseada em distância

(A meta-população “espacialmente

real”)

A força da migração se define a partir da distancia entre manchas.

Resulta na migração simétrica,

onde cada mancha é conectada.

)),(()()( jidfijmjim

Page 126: Introdução a meta populações

Migração complexa

As meta-populações podem ser vistas como redes

Podemos analisar direitamente a estrutura de meta-populações para elucidar sua dinâmica

Usando essa técnica podemos analisar rapidamente meta-populações grandes

Page 127: Introdução a meta populações

Da dispersão a conectividade

Matriz isotrópico de Distancia Euclidiana

Núm

ero

de ind

ivíd

uos

Distancia

Matriz Complexo da distancia de menor custo

Page 128: Introdução a meta populações

Métrica de Redes

Como podemos caracterizar o padrão da dispersão?

Agregado/Isolado?

Assimétrico?

Page 129: Introdução a meta populações

Determinando a importância

das métricas de rede

Construa um padrão complexo

de migração

Use as métricas de transição de Markov para determinar a probabilidade de persistência da meta-

população

Calcule a rede em métrica

As métricas prevêem a dinâmica da

meta-população?

Page 130: Introdução a meta populações

Simulação dos padrões de

dispersão de meta-populações

Teia regular Rede complexa

Page 131: Introdução a meta populações

A fração de redes ocupadas depende do número de manchas numa rede e conforma as esperanças teóricas do modelo de ocupação de manchas de Gurney e

Nisbet (1978). Dados redesenhados do trabalho de Thomas e Hanski (1997). A linha vertical indica o limiar teórico do modelo de Gurney e Nisbet.

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

0 10 20 30 40

Número de manchas por rede

Fra

ção

de r

edes

ocup

adas

Page 132: Introdução a meta populações

Padrões complexos afeitam a

persistência de meta-populações? Pr

(Extinç

ão)

Quantidade de migração

Meta-populações (a) e (b) têm • a mesma migração total • o mesmo número de vias de migração Mas se diferem no padrão de migração

Rede complexa

Rede complexa

Page 133: Introdução a meta populações

Previsão da probabilidade de extinção da meta-população

Comprimento média do caminho ( )

Assimetria da migração de meta-população (Z)

(onde M é a matriz de migração)

N

i

N

j

ijLN

L1 1

2

1L

TMMMZ 2

1

Page 134: Introdução a meta populações

Assim

etria

(Z)

Symmetric

Asymmetric

Previsão da probabilidade de extinção da

meta-população

Comprimento Médio do Padrão de Migração (L) Prob

abilidade d

e e

xtinç

ão

em 1

00 a

nod

Page 135: Introdução a meta populações

Previsão da incidência usando

a centralidade da mancha

Ci = S (caminho mais curto a i)

=(0.4+0.4+0.8+(0.3X0.8) = 1,84

0.3

0.8 0.4

0.4

Page 136: Introdução a meta populações

Previsão da incidencia de mancha usando a centralidade

Linhas indicam o IC de 95%

Centralidade da mancha (Ci)

Fra

ção

do

tempo

ocu

pado

Page 137: Introdução a meta populações

Implicações da retirada de manchas

Retirada da centralidade da mancha Alta Baixa

Prob

abilidade d

a e

xtinç

ão

da

meta

-po

pulaçã

o re

sultant

e

Retirada de uma mancha

Page 138: Introdução a meta populações

Implicacões da retirada sequencial de manchas P

rob

ab

ild

ad

e d

a e

xti

nção

da

meta

po

pu

lação

resu

ltan

te

0

Número de manchas retiradas

3 2 4 1

Estratégia média

Estratégia solitária

Meta-população não perturbada

Retirada por centralidade

Page 139: Introdução a meta populações

Simulação dos padrões de

dispersão de meta-populações

Quantidade de dispersão

Prob

abilidade d

e E

xtinç

ão

em 5

00 a

nos

Rede complexa

Rede complexa

Page 140: Introdução a meta populações

Limitações e extensões

Falta marca lógica.

Incorpora tamanhos diferentes de manchas.

Modelagem de abundâncias.

Page 141: Introdução a meta populações

Perguntas para o Futuro • Indução da dispersão – Mais indivíduos dispersarão de uma mancha se tem um corredor com conectividade?

• Efeito de funil –Os indivíduos dispersores preferencialmente seguem corredores?

• Efeito de cerca – Os corredores interceptam os dispersores e direcionam a manchas de habitat apropriado?

Versus

Versus

Versus

Page 142: Introdução a meta populações

Efeito da Indução de Dispersão

Conexões podem induzir indivíduos a dispersar. Assim, o Efeito da indução de dispersão aumenta o número de indivíduos que se movimentam.

Quando a dispersão e baixa (0.2), mais dispersão das manchas ligadas as conexões pode aumentar a persistência de uma meta-população.

0

50

100

150

200

250

300

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Te

mp

o a

Ex

tin

çã

o

Taxa de emigração

Efeito da Indução da Dispersão

Corridor

No corridor

Page 143: Introdução a meta populações

O Efeito de Funil Quando um indivíduo sai de uma mancha a presença de um corredor pode influenciar onde vai, e por isso a probabilidade que imigrará a uma mancha.

Quando a emigração é baixa (0.1),existe menos tempo a extinção (=0.05) quando o efeito de funil => 0,6. Simulações de taxas de natalidade e sobrevivência =1.085. Quando a emigração é alta (0.9), há tempos menores a extinção quando o efeito de funil => 0,3. Simulações de taxas de natalidade e sobrevivência =1.0754.

50

100

150

200

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Te

mp

o a

Ex

tin

çã

o

Efeito de Funil

Emigração Alta

No corridor

Corridor

850

900

950

1000

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Tim

e to

Ex

tin

cti

on

Efeito de Funil

Emigração Baixa

No corridor

Corridor

Page 144: Introdução a meta populações

O efeito de cerca Os indivíduos dispersores que encontram um corredor na

dispersão o seguem até uma mancha.

• as populações em paisagens com corredores periféricos (centro) persistem mais do que populações sem corredores (esquerda) porque o corredor captura indivíduos que podem ficar perdidos na paisagem.

• as populações em paisagens com corredores interiores (direta) tem a mesma longevidade como populações sem corredores (esquerda) O corredor captura os indivíduos dispersores que poderiam ficar perdidos, mas também inibe que algumas manchas recebem dispersores e manda outros dispersores a outras manchas. Assim, não existe diferença entre paisagens sem corredores e paisagens com corredores interiores

Page 145: Introdução a meta populações

Mais corredores são melhores?

Anderson, G.S. and Danielson, B.J. 1997. The effects of landscape composition and physiognomy on metapopulation size: the role of corridors.

Landscape Ecology 12: 261-271

A conectividade máxima pode não ser melhor do que níveis intermédios de conectividade.

A conectividade igual entre populações é mais importante do que a conectividade máxima ou média.

Page 146: Introdução a meta populações

Premissa de que as taxas de extinção e colonização são constantes

Pika Moilanen et al 1998 Roedor - Crone et al 2001 Bodie, California Tvarrminne, Finlândia 4 anos - 76 manchas 5 anos - 76 ilhas Parâmetros variam 2-100 vezes entre anos Efeitos de área diferem entre anos Mas O uso de valores médios capturou a dinâmica dos sistemas

Limitações

Page 147: Introdução a meta populações

As meta-populações são comuns? Hanski Muitas espécies podem estar na balance de extinção e re- colonização muitas borboletas insetos florestais em árvores mortas Daphnia em poços rochosos sapos em lagoas aves em matas fragmentadas mamíferos pequenos em ilhas ou em habitat heterogêneo

Harrison e Taylor 1993, Baguet 2004 espécies em na balance extinção e re-colonização são raras

Limitações

Page 148: Introdução a meta populações

O paradigma da Meta-populaçâoontin

Houve uma mudança do conceito da natureza em estado de equilíbrio ao conceito da natureza não equilibrada

O conceito de meta-populações incorpora a estrutura espacial a dinâmica populacional – mas ligado a fragmentação de habitat

Os modelos de meta-população“ resgataram” locais pequenos devem sua idealização baseada na teoria de biogeografia insular.

Resumo: Meta-populações

Page 149: Introdução a meta populações

Resumo A teoria de meta-populações tem refinada

a teoria de biogeografia de ilhas

A teoria de meta-populações sugere que a variabilidade de habitat é importante para a persistência populacional

Mudou nossa idéia de ecossistemas em equilíbrio: mudança constante

Page 150: Introdução a meta populações

Resumo Mudança nas tentativas de preservar

áreas, como parques, a tentativas de influenciar os processos do ecossistemas como fogo, regimes de água, herbívoria e fluxo de nutrientes.

Page 151: Introdução a meta populações

Conclusões

As florestas do mundo têm um débito grande de extinção

Pode ser mais barato implementar ações já Métodos novos como a proteção de manchas

pequenas de habitat chave e sua ligação com corredores pode piorar a situação se as áreas de floresta são tratadas iguais

Devemos concentrar nossos esforços de conservação.

Page 152: Introdução a meta populações

Recomendações 1. Conduzir um analise detalhada da paisagem

(conexões) 2. Avaliar a paisagem dentro do contexto maior.

Qual significância tem a paisagem as metas de conservação em escalas regionais, nacionais e globais?

3. Evitar mais fragmentação ou isolamento de áreas naturais.

4. Minimizar os efeitos de borda ao redor dos vestígios de áreas naturais (zonas tampões)

Page 153: Introdução a meta populações

153

Recomendações 5. Ao conservar manchas grandes não fragmentas

de habitat, não desconsiderar os fragmentos pequenos. Essas áreas podem ser os últimos refúgios de várias espécies em regiões altamente fragmentadas e podem suportar populações por décadas.

6. Não considerar a matriz da paisagem como habitat não apropriado. Nunca haverá área suficiente preservada para proteger a totalidade da biodiversidade de uma região.

7. Identificar as rotas tradicionais da fauna e implementar medidas para sua proteção.

8. Manter a vegetação nativa ao largo de cursos de água, estradas, e outros corredores em larguras maiores como possíveis.

Page 154: Introdução a meta populações

Recomendações 9. Minimizar a área e continuidade de habitats

artificialmente perturbados dominadas por espécies exóticas, como estradas, para reduzir o potencial de invasões biológicas de áreas naturais.

10. Fragmentos pequenos freqüentemente sofrem da inibição dos processos naturais, como regimes de fogo. (o manejo ativo é necessário)

11. Evitar a construção de represas, reversões de rios, e outros atividades que interferem com a conectividade hidrológica, e reviram essas quebras quando possível.

Page 155: Introdução a meta populações

Hanski e Gilpin 1997

...e conheça sua paisagem!

Lembre “O mundo é

heterogêneo, sempre foi, e

desafortunadamente para muitas espécies,

está ficando ainda mais heterogêneo”

Ilkka Hanski 1999

Page 156: Introdução a meta populações

Temas para lembrar

Desconhecidos são inúmeros – Precisamos cuidar de direcionar nossos

esforços

Teoria antes de experimentos – O que devemos medir e como?

Teoria não é difícil – Mas os experimentos são

Page 157: Introdução a meta populações

Dicas do Emprego de Meta-populações

(Hanski 1997)

MPMV podem consistir de 10 a 20 manchas pequenas de habitat bem conectadas – Precisam ser maiores se existe uma auto-correlação regional

forte e uma probabilidade elevada de estocasticidade

O estado dos “mortos vivos” pode ser muito comum – As meta-populações não equilibradas tendem a extinção – 10/94 das borboletas pesquisadas por Hanski e Kuussaari

1995

O arranjo de manchas de reserva é uma troca entre distâncias para colonização e dispersão e longe suficiente para escapar da auto-correlação da dinâmica – A auto-correlação pode ser reduzida a aumentar as

diferencias de qualidade de habitat entre as manchas, A incorporação de todo o habitat ótimo pode não ser suficiente!

Page 158: Introdução a meta populações