intoxicações em animais domésticos prevalência e exames laboratoriais.pdf

15
 91 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013 Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, Jul   Dez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127  INTOXICAÇÕES EM ANIMAIS DOMÉSTICOS: PREVALÊNCIA E EXAMES LABORATORIAIS Mariele Aparecida Dos Santos, Renata Maria Maruso, Angélica A. Grigoli Dominato Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE RESUMO Os registros de episódios de intoxicações exógena s ocorrem diariamente em humanos. Estes casos acontecem também em animais domésticos de estimação, muitas vezes por curiosidade das vítimas, ou ainda por falta de segurança na manipulação dos produtos químicos. Inúmeras são as substâncias tóxicas existentes, sendo que a origem pode ser animal, vegetal, mineral ou sintética. Estes agentes químicos podem ser capazes de causar danos aos seres vivos, considerando a toxicidade dos mesmos, dose, via de exposição, tempo decorrido para os primeiros socorros. Poucos dados existem em relação aos animais, por tratar-se de não obrigatoriedade de notificações. O objetivo desta pesquisa foi realizar um levantamento sobre os casos de intoxicação em animais domésticos, bem como identificar as principais substâncias tóxicas envolvidas na rotina de um laboratório de análises toxicológicas de uma universidade do interior do estado de São Paulo, num período de 10 anos (2003-2012). Realizar exames laboratoriais solicitados ao laboratório de análises toxicológicas, para pesquisa de agentes tóxicos que forem solicitados no período de junho a outubro de 2012. O método utilizado para análise toxicológica foi CCD (Cromatografia em Camada Delgada) para identificação do agente tóxico causador da intoxicação e morte do animal. As espécies de animais foram 78,8% cães e 21,2% gatos, dentre os resultados positivos, estiveram 92,85% para dicumarínicos e 7,15% para organofosforado. Aumentar a vigilância e realizar campanhas educativas, podem ser um aliado no combate ao uso de agrotóxicos para eliminar cães e gatos. Palavras-chave:  Intoxicação. Animais domésticos. Agentes tóxicos. 1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA O reconhecimento da toxicologia como ciência ocorreu após a Segunda Guerra com o desenvolvimento de moléculas orgânicas como drogas, praguicidas e substâncias químicas de uso industrial (HANSEN, 2006). Agente tóxico é qualquer sólido, líquido ou gás; e venenos são toxinas de origem animal que, ao serem introduzidos nos organismos vivos por qualquer, via (oral, dérmica, respiratória, endovenosa, rinofaríngea), pode interferir com processos vitais das células no organismo. Esta interferência ocorre pelas qualidades inerent es do veneno ou agente tóxico, sem ação mecânica e independentemente da temperatura (OSWEILER,1998). Nos dias atuais, com o crescimento da indústria farmacêutica, observa-se um problema muito comum na medicina e medicina veterinária: o aumento das intoxicações por medicamentos, tanto de humanos como de animais. Os envenenamentos em animais ocorrem na maioria das vezes por imprudência de proprietários que buscam alternativas mais fortes para eliminar pragas

Upload: jose-philipe

Post on 06-Oct-2015

29 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 91 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    INTOXICAES EM ANIMAIS DOMSTICOS: PREVALNCIA E EXAMES LABORATORIAIS Mariele Aparecida Dos Santos, Renata Maria Maruso, Anglica A. Grigoli Dominato Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE

    RESUMO Os registros de episdios de intoxicaes exgenas ocorrem diariamente em humanos. Estes casos acontecem tambm em animais domsticos de estimao, muitas vezes por curiosidade das vtimas, ou ainda por falta de segurana na manipulao dos produtos qumicos. Inmeras so as substncias txicas existentes, sendo que a origem pode ser animal, vegetal, mineral ou sinttica. Estes agentes qumicos podem ser capazes de causar danos aos seres vivos, considerando a toxicidade dos mesmos, dose, via de exposio, tempo decorrido para os primeiros socorros. Poucos dados existem em relao aos animais, por tratar-se de no obrigatoriedade de notificaes. O objetivo desta pesquisa foi realizar um levantamento sobre os casos de intoxicao em animais domsticos, bem como identificar as principais substncias txicas envolvidas na rotina de um laboratrio de anlises toxicolgicas de uma universidade do interior do estado de So Paulo, num perodo de 10 anos (2003-2012). Realizar exames laboratoriais solicitados ao laboratrio de anlises toxicolgicas, para pesquisa de agentes txicos que forem solicitados no perodo de junho a outubro de 2012. O mtodo utilizado para anlise toxicolgica foi CCD (Cromatografia em Camada Delgada) para identificao do agente txico causador da intoxicao e morte do animal. As espcies de animais foram 78,8% ces e 21,2% gatos, dentre os resultados positivos, estiveram 92,85% para dicumarnicos e 7,15% para organofosforado. Aumentar a vigilncia e realizar campanhas educativas, podem ser um aliado no combate ao uso de agrotxicos para eliminar ces e gatos. Palavras-chave: Intoxicao. Animais domsticos. Agentes txicos. 1 INTRODUO E JUSTIFICATIVA

    O reconhecimento da toxicologia como cincia ocorreu aps a Segunda Guerra com o

    desenvolvimento de molculas orgnicas como drogas, praguicidas e substncias qumicas de uso

    industrial (HANSEN, 2006).

    Agente txico qualquer slido, lquido ou gs; e venenos so toxinas de origem animal

    que, ao serem introduzidos nos organismos vivos por qualquer, via (oral, drmica, respiratria,

    endovenosa, rinofarngea), pode interferir com processos vitais das clulas no organismo. Esta

    interferncia ocorre pelas qualidades inerentes do veneno ou agente txico, sem ao mecnica e

    independentemente da temperatura (OSWEILER,1998).

    Nos dias atuais, com o crescimento da indstria farmacutica, observa-se um problema

    muito comum na medicina e medicina veterinria: o aumento das intoxicaes por medicamentos,

    tanto de humanos como de animais. Os envenenamentos em animais ocorrem na maioria das

    vezes por imprudncia de proprietrios que buscam alternativas mais fortes para eliminar pragas

  • 92 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    como ratos, insetos, entre outros. Tambm h o aumento da criminalidade que faz com que

    pessoas envenenem propositalmente ces de guarda, para facilitar o furto (HANSEN, 2006).

    Esse interesse e a necessidade de cautela geraram, ao longo de discusses, leis

    especficas para armazenamento de produtos sintticos, alm de estudos em produtos naturais

    para impedir ou minimizar intoxicaes intencionais ou acidentais. As crianas e os animais

    domsticos pertencem ao grupo mais suscetvel de casos de intoxicao exgena. Os animais

    domsticos apresentam, em sua maioria, reduzida massa corporal, o que diminui a dose txica. As

    intoxicaes em animais ocorrem com frequncia, porm existem poucos dados sobre esses

    eventos. Atualmente, numa sociedade em que, os relacionamentos, em sua maioria so virtuais,

    os animais de estimao so muitas vezes, a nica companhia real e afetiva do homem moderno,

    fazendo com que a intoxicao ou at a morte desses animais torne-se um drama para seus

    donos.

    2 REVISO BIBLIOGRFICA

    As Intoxicaes exgenas agudas podem ser definidas como as consequncias clnicas

    e/ou bioqumicas da exposio aguda a substncias qumicas encontradas no ambiente (ar, gua,

    alimentos, plantas, animais peonhentos ou venenosos, outros.) ou isoladas (praguicidas,

    medicamentos, produtos de uso industrial, produtos de uso domiciliar, outros) (SCHVARTSMAN;

    SCHVARTSMAN, 1999).

    Os animais domsticos so vtimas de intoxicaes exgenas que, anualmente, tem

    aumentado o nmero de atendimentos nas clnicas e nos hospitais veterinrios brasileiros. Os

    eventos toxicolgicos podem ser acidentais ou intencionais, ocorrem principalmente no ambiente

    domstico e envolvem diferentes agentes txicos, tais como agrotxicos de uso agrcola,

    agrotxicos de uso domstico, raticidas, medicamentos, alimentos. A falta de informao uma

    das principais causas de intoxicao quanto ao uso adequado dessas substncias no ambiente

    domstico, muitas vezes administradas ou utilizadas sem orientao ou acompanhamento de

    profissional qualificado (MEDEIROS, et al 2009).

    As anlises toxicolgicas so instrumentos valiosos no auxlio para o diagnstico de

    intoxicaes agudas e crnicas. O laboratrio especializado necessrio para esclarecer e resolver

    eventuais situaes litigiosas. O diagnstico das intoxicaes deve estar baseado na anamnese

    criteriosa, com descrio de todos os sinais clnicos apresentados, assim como na ausncia ou

    presena de sintomas ante e post-mortem. O tempo, importante aliado no sucesso do tratamento,

    ou no auxlio do diagnstico laboratorial, que decorreu entre a observao dos primeiros sintomas

  • 93 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    e a morte do animal, e na resposta do mesmo teraputica instituda. Por anlise toxicolgica

    entende-se o conjunto de processos analticos utilizados para identificar a presena de um

    produto exgeno, com o objetivo de chegar a um diagnstico, estabelecer um prognstico e

    eventualmente aplicar a terapia especfica. A anlise qumica de amostras colhidas no animal ou

    no ambiente fundamental para estabelecer e confirmar o diagnstico de um quadro clnico de

    intoxicao. O resultado positivo ou negativo de uma anlise qumica nem sempre uma

    evidncia conclusiva da ocorrncia ou no de intoxicao. Um resultado negativo no exclui a

    ocorrncia de uma intoxicao, existem compostos qumicos com elevada toxicidade, cujas

    concentraes nos tecidos so impossveis de serem detectadas e quantificadas pelos mtodos

    analticos existentes atualmente. (OLIVEIRA; OLIVEIRA; COLAO, 2002).

    Os principais agentes txicos presentes nos casos registrados so agrotxicos, animais

    peonhentos, medicamentos, alimentos. As anlises laboratoriais dos agentes txicos podem

    estar limitados s classes das substncias qumicas sintetizadas como agrotxicos/praguicidas e

    medicamentos. Os agrotxicos so definidos pela lei Federal n. 7802, de 11/7/89, regulamentada

    pelo Decreto n 98816, no seu artigo 2, inciso I, define o termo agrotxico da seguinte forma:

    produtos aos processos fsicos, qumicos ou biolgicos destinados ao uso nos setores de produo,

    armazenamento e beneficiamento de produtos agrcolas, nas pastagens, na proteo de florestas

    nativas ou implantadas e de outros ecossistemas e tambm em ambientes urbanos, hdricos e

    industriais, cuja finalidade seja alterar a composio da flora e da fauna, a fim de preserv-la da

    ao danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como substncias e produtos empregados

    como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores do crescimento (BRASIL,1989).

    No Brasil, os praguicidas foram primeiramente utilizados em programas de sade

    pblica, no combate de vetores a controle de parasitas, passando a ser utilizados mais

    intensivamente na agricultura, na dcada de 1960 (OPAS, 1997).

    De acordo com Larini (1999), existem registros desde 1943 do uso do

    Diclorodifeniltricloroetano,(DDT) com o nome Gesarol, como primeiro composto orgnico

    utilizado na agricultura brasileira e que foram extintos a partir de 1970.

    Segundo dados do sistema nacional de informaes txico farmacolgicas (SINITOX), os

    agrotxicos foram responsveis por 95 casos de intoxicao de animais, alm de 258 casos com

    agrotxicos de uso domstico, no ano de 2009 em todo Brasil (BRASIL, 2009).

    Dentre os agrotxicos, a classe dos herbicidas, o paraquat tem sido utilizado na

    intoxicao intencional em ces. Apresenta em humanos alto ndice de mortalidade, que para os

    animais ainda no est descrito. Aparentemente, ces e bovinos tm sido intoxicados mais

  • 94 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    freqentemente do que outras espcies de animais domsticos. Nos ces, as intoxicaes

    descritas ocorreram acidentalmente, por ingesto de grama tratada previamente com o herbicida,

    carcaa tratada, vmito de outro co intoxicado e de forma no identificada em ambiente rural

    onde houve aplicao do produto ou intencionalmente (ALMEIDA, et al, 2007).

    O Aldicarb um praguicida utilizado na lavoura de algodo, beterraba, frutas ctricas

    entre outras. O produto comercial Temik, conhecido popularmente como chumbinho, devido

    cor cinza escura e formato de pequenos grnulos arredondados que lembram a forma de um

    chumbinho de arma de fogo. O uso ilegal, armazenamento e descarte desta substncia tm sido

    observados nas intoxicaes exgenas em humanos e animais. A dose letal mdia para esta

    substncia est descrita, para camundongos de 0,38 a 1,5mg/kg (via oral) (MELITO, 2004).

    O monofluoracetato de sdio (MF) um agente txico utilizado para exterminar

    roedores. Em muitos pases, inclusive no Brasil, seu uso proibido devido a sua toxicidade. Ingerir

    carne, mesmo que cozida, de animais envenenados por este agente txico pode ser perigoso tanto

    para os seres humanos como para os animais. Ces e gatos so as principais espcies intoxicadas

    por monofluoracetato de sdio, seja em situaes acidentais ou criminosas, e os atendimentos

    clnicos dos animais com suspeita de intoxicao por esse agente so frequentes. Durante o

    perodo de 1999-2003, MF foi responsvel por apenas 1,6% das mortes em ces, causadas por

    agentes txicos no Hospital Veterinrio da FMVZ-Unesp, em Botucatu, SP (NOGUERIA, et al, 2011).

    Os dicumarnicos so raticidas antagonistas da vitamina k, pode-se citar como exemplo:

    Warfarin, Brodifacoum, Bromadiolone, Difenacoum, Chlorophacinone, Diphacinone, Pindone,

    Valone e Coumatetralyl, sendo a Warfarin utilizada em humanos como anticoagulante com dose

    segura especificada, conhecido comercialmente como Marevan.

    Aps a proibio dos arsenicais como raticidas, os dicumarnicos so os nicos

    atualmente comercializados. So inibidores competitivos da vitamina k, interferindo na y-

    carboxilao final dos fatores II, VII, IX e X da qual ela cofator.(OLIVEIRA;MENEZES,2003,p.478).

  • 95 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    Figura 1.:Ao dos rodenticidas anticoagulantes sobre a vitamina K

    Fonte: http://www.ropana.cl/toxivet/rodenticidas.htm.

    Segundo Parada (2009) a vitamina inativada ("vitamina K epxido") depois de ter sido

    usado pelos hepatcitos para a sntese de fatores de coagulao II, VII, IX e X, e reativada por um

    processo no qual a enzima "vitamina K epxido redutase desempenha um papel fundamental. A

    vitamina K armazenada pelo fgado na forma ativa, e assim, recomea o ciclo. Rodenticidas

    anticoagulantes inativam a enzima acima mencionada, que impede a reativao da vitamina e

    gera uma coagulopatia grave,nesse caso hemorragia.

    Ainda segundo Oliveira e Menezes (2003,p.478), o indivduo intoxicado pode no

    apresentar sintomas at 24 horas aps a ingesto, isso se deve ao tempo de meia vida do fator VII,

    aps este perodo que o paciente ir apresentar alteraes na coagulao com hemorragia em

    qualquer rea no organismo.

    Quando houver suspeita de intoxicao por dicumarnico e o paciente no apresentar

    sangramento utilizar vitamina k 10mg intramuscular a cada 6 ou 8 horas. Fazer lavagem gstrica e

    utilizar colestiramina na dose de 4g em 200ml de lquido cada 8 horas. O tempo de pr-trombina

    deve ser solicitado e repetido diariamente.

    Quando h sangramento identificado pode-se utilizar plasma fresco utilizado na dose de

    20ml/kg de peso cada 6 horas.

    Por ser o dicumarnico um composto com tempo de meia vida longa (40 horas para

    Warfarin e 6 dias para Femprocumona).Por isso o tratamento com vitamina k deve permanecer

    por 24 48 horas aps a normalizao do tempo de pr-trombina.

  • 96 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    Segundo Stahnke (2005) os animais peonhentos so aqueles capazes de inocular o

    veneno por meio de uma peonha, ou seja, rgo inoculador. Animais venenosos so aqueles

    produtores de veneno, que podem ou no inocular o veneno em suas vtimas, de forma ativa por

    meio de peonha, ou passiva aps a mordida do animal venenoso, por exemplo, os sapos que

    liberam a toxina bufotoxina.

    Os medicamentos so substncias qumicas utilizadas em tratamentos teraputicos para

    as diversas patologias existentes, tanto para humanos como para animais. Tendo em vista a

    facilidade de acesso da populao inmera variedade de medicamentos e o hbito de

    automedicao. Desde 1994 a intoxicao por medicamentos em humanos tem destaque nas

    estatsticas e no diferente em ces (BRASIL, 2009).

    O selnio (Se) um mineral utilizado na suplementao da alimentao em animais. Os

    mdicos veterinrios que atuam na rea clnica e patolgica, com diagnstico e pesquisa na rea

    de toxicologia relatam que existem informaes desencontradas ou inconsistentes ou em pouca

    quantidade, sobretudo no que se refere a Blind Staggers (BS) e Alkali Disease (AD),

    enfermidades descritas como diferentes expresses da intoxicao crnica. Depois dos numerosos

    surtos de intoxicao - dcada de 1960 - que se seguiram descoberta da essencialidade

    metablica do Se, o foco sobre esse elemento tem sido centrado nos seus efeitos benficos, como

    agente capaz de diminuir a peroxidao de membranas. O risco de intoxicao para animais e para

    o homem - o elemento vem sendo includo nos suplementos minerais e consumido

    indiscriminadamente por pessoas que buscam melhorias no desempenho como atletas ou no

    retardo do envelhecimento no pequeno, uma vez que as doses teraputicas ou profilticas

    no so muito maiores que as doses txicas (OLIVEIRA, et al, 2007) .

    Os alimentos podem ser fontes de contaminao por microrganismos capazes de

    produzir toxinas, como bactrias e fungos. A alimentao dos animais domsticos deve ser

    realizada de forma criteriosa e cuidadosa, com raes de qualidade e evitar os restos de

    alimentos, pois os mesmos podem ser veculo para as toxinas ou de substncias de difcil

    eliminao pelos animais (HANSEN, 2006)

    Os alimentos para a nutrio de animais devem estar armazenados corretamente, visto

    que podem perder suas caractersticas organolpticas, nutricionais e de segurana. Os

    microrganismos, por exemplo, os fungos podem deteriorar as raes, assim como produzir toxinas

    (micotoxignicas) capazes de causar danos sade animal. O controle de qualidade deve ser

    realizado em todos os processos destes alimentos, desde a fabricao, estocagem e transporte da

    rao (Custdio, et al, 2005).

  • 97 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    2.1 Anlises Toxicolgicas

    Os atendimentos toxicolgicos em animais esto destinados ao tratamento ou

    diagnstico post morten de intoxicaes exgenas envolvendo animais de companhia, que, de

    modo geral, tm alta representao em rotinas ambulatoriais e hospitalares na Medicina

    Veterinria. Frente a essa realidade e escassez de dados sobre o perfil das intoxicaes exgenas

    em animais, observa-se a necessidade da realizao de estudos envolvendo a casustica de

    intoxicaes em animais, contribuindo para o desenvolvimento do atendimento, do tratamento e

    das medidas de preveno e controle mais eficazes, para alertar a populao sobre um risco

    iminente de exposio a diversas substncias, bem como para melhorar as estatsticas nacionais

    (MEDEIROS, et al, 2009).

    As anlises toxicolgicas em animais, ou seja, a determinao analtica de substncias

    txicas pode ser solicitada nos seguintes casos: a) animais com sinais ou sintomas caractersticos

    das intoxicaes mais frequentes (estricnina, organoclorados, organofosforados, rodenticidas); b)

    morte sbita de um animal (co ou gato) clinicamente saudvel durante as horas que precederam

    a sua morte; c) morte de um ou de vrios animais num contexto de atitude mal intencionada

    (envenenamento). As amostras utilizadas podem ser: lquido orgnico (sangue ou urina), pores

    de tecidos (fgado, rim, crebro, plos, faneras) ou material suspeito considerado como

    potencialmente perigoso (rao, restos de comida, contedo gstrico com pontos escuros). O

    quadro clnico apresentado pelo animal deve ser relatado, pois auxilia o laboratorista na realizao

    das anlises. Os sintomas, como: distrbios do sistema nervoso (excitao, espasmos musculares,

    convulses, paralisia, miose, midrase e coma), desordens gastrintestinais (vmitos, diarreia,

    hipersilia), problemas cardacos, dificuldades respiratrias, alteraes da coagulao, bem como

    distrbios nas funes de outros rgos apresentados pelos animais so dados importantes na

    realizao da anlise, pois orienta o analista nos possveis agentes txicos causadores do evento

    toxicolgico. Os sintomas clnicos no so suficientes para o diagnstico preciso, por isso, da

    importncia das anlises toxicolgicas (OLIVEIRA; OLIVEIRA; COLAO, 2002)

    3 OBJETIVOS

    3.1 Objetivo Geral

    Realizar levantamento de intoxicaes ocorridas nos ltimos 10 anos (2003-2012) no

    laboratrio de anlises toxicolgica localizado em um municpio do interior do Estado de So

    Paulo.

    3.2 Objetivos Especficos

  • 98 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    Obter nmeros de animais intoxicados de 2003-2012 no laboratrio de anlise

    toxicolgica de um municpio do interior do Estado de So Paulo.

    Identificar principais agentes txicos envolvidos nas intoxicaes.

    Identificar as espcies de animais domsticos que foram vtimas das intoxicaes.

    Realizar as anlises toxicolgicas solicitadas a partir de junho de 2012, no laboratrio de

    toxicologia de uma universidade do interior do estado de So Paulo.

    4 MATERIAL E MTODOS

    A pesquisa foi realizada no laboratrio de anlises toxicolgicas de uma universidade do

    interior do estado de So Paulo, onde os dados registrados foram obtidos aps a cincia e o aceite

    do responsvel pelas informaes. O mtodo utilizado para esta pesquisa foi realizao do

    levantamento dos laudos periciais e tcnicos arquivados no laboratrio.

    No perodo de junho a outubro de 2012 foi encaminhada apenas 1 (uma) amostra para o

    laboratrio para anlise toxicolgica, que era restos de alimentos regurgitado pelo animal.

    O procedimento foi realizado com amostra congelada (figura 3, em apndice) Aps

    descongelamento foi retirada uma alquota e distribuda no fundo de um bquer, para aumentar a

    superfcie de contato, com o agente extrator (figura 4, em apndice) n-hexano/1 hora (extrao de

    substncias apolares) e em seguida foi filtrado sobre sulfato de sdio anidro (Na2SO4). O contedo

    do bquer foi mantido para a extrao de agentes txicos polares com acetona/15 minutos. Aps

    o procedimento de extrao foi realizada a filtrao com Na2SO4 anidro, e os extratos foram

    concentrados at evaporao total dos extratores, com fluxo de nitrognio (figura 5, em

    apndice).

    Para a identificao do agente txico causador da intoxicao, o concentrado foi

    ressuspendido, e assim como os padres foram aplicados na placa cromatogrfica de slica gel,

    previamente ativada em estufa a 80C por 1 hora (figura 6,em apndice). Os padres utilizados

    foram Racumin e Aldicarb (chumbinho). Os padres foram selecionados de acordo com

    histrico clinico apresentado pelo animal antes do bito.

    Em seguida foi realizada a corrida cromatogrfica com a fase mvel Hexano:Acetona (4:1)

    (figura 7, em apndice). Aps foi aspergido a soluo de sal de azul slido B 0,2% (Metanol: gua

    (3:1) (figura 8, em apndice). Em seguida as manchas, da amostra e padres foram visualizadas e

    delineadas para realizar o clculo (figura 9, em apndice). As frmulas para clculo esto no

    Apndice 1.

  • 99 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    Figura 2. Delineamento Experimental

    Fonte: produzida pelos autores

    5 RESULTADOS E DISCUSSO

    O total de laudos analisados no Laboratrio de Toxicologia, de uma universidade

    localizada em um municpio no interior de So Paulo, foram 33, relativos aos exames toxicolgicos

    realizados nos ltimos 10 anos em vsceras de animais de estimao.

    O grfico 1 apresenta as espcies de animais encaminhadas ao laboratrio de anlises

    toxicolgicas, sendo que 78,8% eram caninos (26 casos) e 21,2% eram felinos (7 casos). Hansen

    Amostra

    Amostra + n- Hexano

    1 hora e Filtrar (Na2SO4 anidro)

    Amostra + Acetona Filtrado (hexano)

    15 minutos e Filtrar

    Filtrado (acetona)

    extrato (hexano)

    Concentrao (fluxo nitrognio)

    Concentrao (fluxo nitrognio)

    extrato (acetona)

    CCD

    Fase mvel (hexano:acetona) (4:1)

    Revelador (sal de azul slido B)

  • 100 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    (2006) demonstrou que 81,1% dos casos de intoxicao em animais eram em caninos, enquanto

    que 18,9% eram felinos. Medeiros e colaboradores (2009) mostraram que 86,1% eram ces e

    13,9% eram gatos. Estes resultados das pesquisas realizadas vm demonstrar que h maior risco

    de intoxicao em caninos do que em felinos e Medeiros (2009) atribui a caracterstica dos gatos

    de selecionar seu alimento e recusar obstinadamente se sentirem odor que no lhes agrade o

    menor nmero de gatos intoxicados nas estatsticas.

    Grfico 1. Espcies de Animais que Foram Encaminhadas ao Laboratrio de Anlises Toxicolgicas.

    Nota:Dados trabalhados pelos autores.

    Tabela 1. Parmetros analisados dos laudos periciais e tcnicos dos animais analisados (ano de

    atendimento, espcie, agente txico encontrado, amostra, resultado)

    Ano Espcie Agente txico Material analisado Resultado

    2002 Canino Dicumarnicos Fgado Positivo

    2002 Canino Dicumarnicos Fgado Positivo

    2002 Canino Organofosforados Fgado Positivo

    2002 Canino Organofosforados Fgado Positivo

    2003 Canino Arsnio/Cumarnico/Cianeto Contedo Gstrico Negativo

    2003 Canino Arsnio/Cumarnico/Cianeto Contedo Gstrico Negativo

    2003 Canino Dicumarnicos Fgado/Rins Positivo

    2004 Canino Dicumarnicos Fgado/Rins Positivo

    2004 Canino Dicumarnicos Sangue Positivo

    2004 Canino Dicumarnicos Fgado Positivo

    2004 Canino Dicumarnicos Fgado Positivo

    2004 Canino Dicumarnicos Fgado/Contedo Positivo

  • 101 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    Gstrico

    2004 Canino Dicumarnicos Fgado Positivo

    2004 Canino Dicumarnicos Fgado/Rins Positivo

    2005 Felino Dicumarnicos Fgado/Rins Positivo

    2005 Canino Dicumarnicos Fgado Positivo

    2005 Canino Dicumarnicos Fgado/Rins Positivo

    2005 Canino Dicumarnicos Fgado/Rins Positivo

    2005 Canino Dicumarnicos Fgado/Rins Positivo

    2007 Canino Dicumarnicos/Carbamatos Fgado Negativo

    2007 Felino Dicumarnicos/Carbamatos Fgado Negativo

    2008 Felino Dicumarnicos/Carbamatos Fgado/Rins Negativo

    2008 Canino Dicumarnicos Fgado/Rins Positivo

    2008 Canino Dicumarnicos Fgado/Rins Positivo

    2009 Canino Dicumarnicos Fgado/Rins Positivo

    2009 Canino Dicumarnicos Vsceras Positivo

    2011 Felino Dicumarinicos Fgado/Rins Positivo

    2011 Felino Dicumarinicos Fgado/Rins Positivo

    2011 Canino Dicumarinicos Fgado/Rins Positivo

    2011 Felino Dicumarinicos Fgado/Rins Positivo

    2011 Felino Dicumarinicos Fgado Positivo

    2011 Canino Dicumarinicos Fgado Positivo

    2012 Canino Dicumarinicos Contedo Gstrico Positivo

    Nota: Dados trabalhados pelos autores.

    Os dados coletados apresentados na tabela 1 demonstram que 29 amostras (87,90%)

    eram de vsceras, sendo que o fgado era o rgo mais encaminhado, devido facilidade de

    encontrar o agente txico. O contedo gstrico, representado por 4 amostras (12,20%), uma

    amostra excelente por facilitar a determinao do agente txico, in natura. A obteno deste

    material pode ser por mese, desde que, o tempo decorrido no tenha sido superior a 3 horas.

    Xavier; Righi; Spinosa (2007) relataram que o contedo estomacal de animais uma matriz

    excelente para identificao laboratorial de aldicarb, visto que, os grnulos so altamente solveis

  • 102 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    no fludo gstrico. Outro fator importante para a viabilidade desta amostra o tempo decorrido

    entre a exposio, a precocidade dos sinais e sintomas e bito do animal.

    Grfico 2. Idade da Espcie Prevalente (Canina).

    Nota: Dados trabalhados pelos autores.

    O grfico 2 ilustra a faixa etria dos ces intoxicados, sendo que esta varivel est de

    acordo com a raa e porte do animal. possvel observar que ces adultos so os que mais

    morrem, ou seja, 54 % dos casos. Este fato pode estar relacionado tendncia do canino adulto

    em defender a residncia, o que dificulta a ao dos criminosos,fazendo-os suscetveis a

    intoxicaes intencionais.

    A espcie qumica do agente txico encontrado nas amostras encaminhadas foram

    dicumarnicos, classificados como raticidas ou rodenticidas que so utilizados para o extermnio de

    roedores, apresentaram 92,85% dos casos positivos, e 7,15% para organofosforados. Os caninos

    apresentaram 21 casos (74,95%) de intoxicao por dicumarnico, enquanto que 5 casos eram em

    felino (17,85%), e os 2 casos (6,07%) de intoxicao por organofosforados ocorreram em ces.

    Medeiros e colaboradores (2009) relataram que, no perodo de 2002 a 2008 foram relatados101

    casos de intoxicaes em animais domsticos, sendo que 21,80% foram por medicamentos,

    13,90% por agrotxico, 7,90% por raticidas cumarnicos, 5,90% por domissanitrios, 5,90% por

    plantas txicas 3,00% por acidentes ofdicos, 33,70% no confirmados ou por causas no definidas.

  • 103 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    Grfico 3. Agentes Txicos Encontrados nos Resultados Positivos das Amostras de Animais

    Encaminhadas ao Laboratrio de Anlises Toxicolgicas.

    Nota: Dados trabalhados pelos autores.

    O mtodo de escolha para realizar a pesquisa foi cromatografia em camada delgada, por

    tratar-se de mtodo de simples execuo. Bulco e colaboradores (2010) relataram que dentre os

    mtodos para anlise qumica de

    agentes txicos, a cromatografia tem se mostrado como uma ferramenta valiosa para o

    isolamento e a identificao desses agentes em diversos tipos de amostras, incluindo as

    ambientais, embora existam poucos mtodos simples para a identificao de agentes em

    amostras biolgicas.

    A anlise toxicolgica por cromatografia em camada delgada confere diagnstico

    definitivo intoxicao por dicumarinicos ou com a finalidade de laudos toxicolgicos (NOGUEIRA;

    ANDRADE, 2011, p.176).

    O clculo para porcentagem de erro resultou em 3,8% sendo positivo para ingesto de

    Racumin, um dicumarinico pelo animal.

    6 CONCLUSO

    As substncias txicas so de rotina diria a toda populao, e podem ser de origem

    animal, vegetal, mineral ou sinttica, sendo a toxicidade, via de exposio, dose ou tempo de

    exposio o que as torna perigosas. O armazenamento incorreto destas substncias, tambm

    favorece os casos de intoxicao, alm do uso inadequado ou intencional dos agentes txicos.

    Os dicumarnicos, agentes txicos determinados nesta pesquisa, como resultado positivo

    para a maioria dos casos analisados no laboratrio de anlises toxicolgicas, pode estar

    relacionado ao fcil acesso, da populao em geral, aos praguicidas, pois podem ser adquiridos em

  • 104 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    casas especializadas ou supermercados. A facilidade de acesso, e intenes criminosas aumentam

    os casos de morte de animais de estimao, em especial ces em idade adulta, quando esto

    protegendo as residncias e seus proprietrios. Os cuidados com a alimentao e segurana dos

    animais deveriam ser aumentados, alm de controlar a comercializao dos produtos qumicos

    com ao praguicida.

    Enfim, h necessidade de programas educativos para que a populao se conscientize dos

    riscos iminentes a que se expe e para que se evite a perda desse animal que muitas vezes

    considerado um membro da famlia.

    REFERNCIAS

    ALMEIDA, G L de; SCHMITT, G C; BAIRROS, A.V de; EMANUELLI, T; GARCIA, S C. Os riscos e danos nas intoxicaes por paraquat em animais domsticoS.Cincia Rural, Santa Maria, v.37, n.5, p.1506-1512, set-out, 2007. BRASIL. Decreto 98816. Lei 7802, de 11 de julho de 1989. Dispe sobre a pesquisa, a experimentao, a produo, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercializao, a propaganda comercial, a utilizao, a importao, a exportao, o destino final dos resduos e embalagens, o registro, a classificao, o controle, a inspeo e a fiscalizao de agrotxicos, seus componentes e afins, e d outras providncias. Disponvel em: . Acesso em 21 nov. 2011. BRASIL, 2009. Sistema Nacional de informaes toxico farmacolgicas. (Sinitox). Fundao Oswaldo Cruz. Disponvel em: . Acesso em: 13 out. 2011. BULCO,R.P;et al.Intoxicao em ces e gatos: diagnstico toxicolgico empregando cromatografia em camada delgada e cromatografia lquida de alta presso com deteco ultravioleta em amostras estomacais.Cincia Rural,Santa Maria,v.40,n 5.Maio 2010.Disponvel em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-84782010000500017&script=sci_arttext>.Acesso em 06/11/2012. CUSTDIO, D. P; .et al.Rao:alimento animal perecvel. Revista eletrnica Faculdade Montes Belos. Gois, v1, n.2, p. 131 - 147, nov. 2005. Disponvel em : Acesso em: 11 nov. 2011. HANSEN, D.T.K. Prevalncia de intoxicaes de ces e gatos em Curitiba. 2006. 49f. Dissertao(Mestrado em Cincias Veterinrias)- Universidade Federal do Paran. LARINI, L.Toxicologia dos praguicidas.1.ed. So Paulo:Manole,1999, p.2. MEDEIROS, R. J.; MONTEIRO, F. de O.; SILVA, G C da; NASCIMENTO JNIOR, A. Casos de intoxicaes exgenas em ces e gatos atendidos na Faculdade de Veterinria da Universidade Federal Fluminense durante o perodo de 2002 a 2008. Cincia Rural, Santa Maria, v.39, n.7, p.2105-2110, out, 2009

  • 105 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extenso, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013

    Colloquium Agrariae, vol. 9, n. Especial, JulDez, 2013, p. 91-105. ISSN: 1809-8215. DOI: 10.5747/ca.2013.v09.nesp.000127

    MELITO, A L. Metodologia para identificao cromatogrfica de aldicarb em sangue de ces e gatos intoxicados. 2004. Dissertao (Mestrado em Patologia Experimental e Comparada) - Faculdade de Medicina Veterinria e Zootecnia, Universidade de So Paulo, So Paulo, 2004. Disponvel em: . Acesso em: 21 abr.2012. NOGUEIRA, V A; PEIXOTO, T C; FRANA, T N; CALDAS, S A; PEIXOTO, P V. Intoxicao por monofluoroacetato em animais Pesq. Vet. Bras. V. 31, n.10, p.823-838, outubro 2011 OLIVEIRA, K D; FRANA, T N.; NOGUEIRA, V A.; PEIXOTO, P V. Enfermidades associadas intoxicao por selnio em animais .Pesq. Vet. Bras. 27(4):125-136, abril 2007 Disponvel em . Acesso em 18 de abr. 2012. NOGUEIRA, R. M. B. Manual de toxicologia veterinria. 1. Ed. So Paulo: Roca, 2011, p.172-194. OLIVEIRA, P; OLIVEIRA, J; COLAO, A. Recolha e envio de amostras biolgicas para o diagnstico de intoxicaes em carnvoros domsticos. RPCV v. 97, n. 544, p.161-169, 2002. Disponvel em http://fmv.utl.pt/spcv/PDF/pdf12_2002/544_161_169.pdf Acesso em 18 abr. 2012. OPAS, 1997, Organizao Pan-Americana da Sade. Manual de vigilncia da sade de populaes expostas agrotxicos.Disponvel em .Acesso em 19 nov.2011. OSWEILER,GARY D. Toxicologia veterinria. 1.ed. Porto Alegre: Artes Mdicas,1998,p.15. PARADA, R.N. Toxicologia clnica veterinria. Disponvel em: .Acesso em 30 out. 2012. SCHVARTSMAN, C; SCHVARTSMAN, S Intoxicaes exgenas agudas J. pediatr. (Rio J.). v. 75, Supl.2, p. S244-S250: poisoning, children, treatment. 1999 STAHNKE, L. F. 2005. Curiosidades sobre Serpentes. Disponvel em: . Acesso em 21 nov.2011. XAVIER, F. B; RIGHI, D.A; SPINOSA, H.S.2007. Toxicologia do praguicida aldicarb (chumbinho): aspectos gerais, clnicos e teraputicos em ces e gatos. Cincia Rural, Santa Maria, v.37, n.4, p.1206-1211, jul-ago, 2007. Disponvel em:< http://www.scielo.br/pdf/cr/v37n4/a51v37n4.pdf>.Acesso em 06/11/2012