intervenção do fonoaudiológo em perdas auditivas unilaterais-em-crianças

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Princesas: Luana Andrade Nayara Querino Scarlett Chayenne Sylvia Carvalho Tania Belusso Intervenção Fonoaudiológica nas Perdas Auditivas Unilaterais em Crianças

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Page 1: Intervenção do fonoaudiológo em Perdas auditivas unilaterais-em-crianças

Princesas:

Luana Andrade

Nayara Querino

Scarlett Chayenne

Sylvia Carvalho

Tania Belusso

Intervenção Fonoaudiológica nas

Perdas Auditivas Unilaterais em

Crianças

Page 2: Intervenção do fonoaudiológo em Perdas auditivas unilaterais-em-crianças

INTRODUÇÃOA introdução de programas de Triagem Auditiva

Neonatal Universal (TANU) no EUA e posteriormente nomundo possibilitou a identificação das perdas auditivasunilaterias (PAUn) logo após o nascimento e trouxe àtona um problema que requer atenção urgente dosprofissionais de saúde, ou seja, o estabelecimento deprotocolos de atendimento para essa população.

Nos casos de PAUn destaca-se a discussão sobre:

O uso de dispositivos eletrônicos para a audição eseu beneficio para a prevenção de possíveisdificuldades de linguagem e escolares;

As dificuldades no monitoramento dodesenvolvimento da linguagem e da audição;

Os critérios que determinam a necessidade daterapia fonoaudiológica , entre outras.

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ETIOLOGIA E PREVALÊNCIA

Nos casos das perdas auditivascondutivas entre as etiologias mais frequentesencontram-se as malformações das orelhasexterna e média, sendo estas em 70% a 85%dos casos unilaterais, o que justifica a altaincidência de perdas auditivas unilateraiscondutivas. A etiologia das perdas sensórioneurais compreende fatores genéticos,malformação da orelha interna, infecções, usode ototóxicos, traumatismos e causasdesconhecidas.

A prevalência de PAUn em recém-nascidosvarias de 0,3 a 1,0 em cada 1.000 crianças. Comrelação a prevalência dessas perdas na idadeescolar, a prevalência estimada varia de 0,1 a5%, sendo caracterizada como a maisprevalente nessa faixa etária.

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AUDIÇÃO BINAURAL E

PERCEPÇÃO AUDITIVA

Entre as habilidades auditivas favorecidas

pela audição binaural pode-se destacar a

localização. A audição binaural contribui para a

habilidade de localizar a fonte sonora com base

nas diferenças de tempo interaural (DTI) e

intensidade interaural (DII).

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A vantagem da audição binaural é a somação

binaural. Esta refere-se ao aumento da percepção do

loundness quando o estímulo é recebido pelas duas

orelhas simultaneamente.

O reconhecimento de sons, principalmente em

ambientes ruidosos, é outro aspecto favorecido pela

audição binaural.

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Dispositivos Eletrônicos De

Acessibilidade Auditiva

Embora se observe que algumas crianças com perdaunilateral se beneficiam do uso de amplificação,poucas pesquisas investigam os benefícios daampliação, e poucos achados são baseados, na suamaioria, em informações subjetivas de pais eprofessores e são controversos.

Os dispositivos eletrônicos disponíveis que podem seradaptados em crianças com PAUn caracterizam-sepor:

AASI convencional;

CROSS (Contralateral Routing of Signal);

BAHA (Bone-Anchored Hearing Aid);

Uso do sistema de frequência modulada (FM).

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AASI convencional

Há poucas evidencias clinicas que dão suporte a adaptaçãode AASIs em bebes com PAUn ate 6 meses de idade, faixaetária preconizada para crianças com perdas bilaterais.Observa-se na pratica clinica que crianças com perdasunilaterais, apesar de estarem sendo diagnosticadas por voltade 6 meses de idade, não tem sido aparelhadas antes dos 2a 3 anos.

Para crianças em idade escolar, o grau da perda auditivaparece ser um fator importante na adaptação do AASI.

A recomendação do Pediatric Amplification Protocol daAcademia Americana de Audiologia enfatiza que o uso daamplificação em crianças com perdas unilaterais deve serestudado caso a caso.

Para os casos condutivos com malformações de orelhaexterna e/ou media, podem ser testados os AASI porcondução aérea ou por condução óssea.

Quando o individuo não apresenta condições anatômicaspara esse tipo de adaptação, pode ser indicado um AASI porcondução óssea.

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CROSS (Contralateral Routing of

Signal)

É para pessoas com perdas unilaterais severas

ou profundas que não podem usar AASI

convencional.

Consiste de um microfone adaptado na orelha

afetada e um receptor adaptado na orelha com

audição normal ou com perda auditiva de menor

grau, no caso das perdas bilaterais assimétricas.

Pode não ser adequado em situações de ruído,

devido a introdução do ruido na orelha com

audição normal por meio do microfone adaptado

do lado da perda auditiva.

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BAHA (Bone-Anchored Hearing

Aid) Favorece a transmissão do som por

condução óssea a orelha contralateral

Inicialmente indicado apenas para pessoascom hipoacusia bilateral com malformaçõesdas orelhas externa e media e em casos deotorreia crônica. Atualmente seu usoestende-se para pessoas com perdasunilaterais graves.

Devido a fatores relacionados à maturaçãoanatômica, o BAHA foi a provado pela FDAnos EUA apenas para crianças com mais de5 anos de idade. No Brasil, foi aprovado pelaANVISA em 2007, e pode ser implantado emcrianças com idade superior a 3 anos.

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Uso do sistema de frequência

modulada (FM) Kenworthy et al. Compararam a habilidade de

reconhecimento da fala sem aparelho, com aparelhoCROS e com sistema FM em várias condições deescuta, em seis crianças com perdas sensório-neuraisunilaterais moderadamente severas e profundas. Osmelhores resultados foram obtidos com o uso dosistema FM em todas as condições de escuta.

Updike em estudo semelhante com seis crianças comdiferentes graus de perda auditiva unilateral, tambémcomparou a habilidade de reconhecimento de falacom aparelho convencional, com aparelho CROS esistema FM. Concluíram que o melhor desempenhopara todos os sujeitos ocorreu com o uso do FMindependente do grau da perda. Os resultadosobtidos com o uso do aparelho convencional ouCROS revelaram que não houve melhora e, emalguns casos, até houve piora do reconhecimento dafala em situação de ruído.

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Intervenção fonoaudiológica

Há alguns anos, a intervenção fonoaudiológica, nos casos de crianças com perdas auditivas unilaterais, era principalmente de caráter “remediativo”, em resposta às queixas de dificuldades acadêmicas na idade escolar.

Atualmente, com a identificação precoce das crianças com perda auditiva unilateral, cabe ao fonoaudiólogo desenvolver conhecimento para lidar com as necessidades das crianças diagnosticadas, orientar os pais e educadores e propor protocolos de avaliação e procedimentos terapêuticos para prevenir e intervir nos problemas de linguagem que podem decorrer das dificuldades impostas pelo prejuízo na audição binaural.

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- Realização de monitoramento auditivo, para avaliar qualquer alteração da perda auditiva

- Acompanhamento das condições de alterações na orelha média (possível fator intercorrente)

- Acompanhamento do desenvolvimento de linguagem e os efeitos sobre o desenvolvimento global da criança

- Acompanhamento dos efeitos do diagnóstico da perda auditiva unilateral sobre a família da criança

- Decisão e acompanhamento sobre o uso da amplificação ou necessidade de equipamentos de transmissão por um FM

- Acompanhamento na área acadêmica

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Crianças com perda auditiva unilateral é muito

diversificado e, em função disso, suas

necessidades são específicas e a intervenção deve

considerar fatores como o tipo de perda, grau da

perda, etiologia (síndromes e malformações),

aspectos familiares e características de linguagem

e audição de cada criança.

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Conclusão A maior parte dos autores concorda que é necessário

acompanhar o desenvolvimento dessas crianças. Além disso,os estudos apontam para maior adesão da criança e de suasfamílias o uso de amplificação na orelha afetada, quando aperda auditiva é de leve a moderada.

Foi destacado a necessidade de melhor documentação dosbenefícios da amplificação na orelha afetada, de acordo com ograu de perda e idade da criança.

Outro destaque é o acolhimento e orientação das famílias,considerando as diferentes necessidades, de acordo com otipo de perda e a sua etiologia.

Finalizando, fica clara a necessidade de continuardesenvolvendo protocolos de avaliação e acompanhamentopara documentar um grande número de casos diagnosticadosna primeira infância, por meio dos programas da TANU, paramelhor compreender a prevalência das PAUns em nosso meioe estabelecer parâmetros de desenvolvimento auditivo e delinguagem que sirvam de balizadores para a introdução deestratégias terapêuticas que diminuam os potenciais prejuízoscausados pela alteração auditiva.

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Referências

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Obrigada!