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IRMA DA SILVA BRITO INTERVENÇÃO DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA PREVENÇÃO DA BRUCELOSE EM ÁREA ENDÉMICA Dissertação de Candidatura ao grau de Doutor em Ciências de Enfermagem, submetida ao Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto. Orientador Professor Doutor João Manuel da Costa Amado Professor Associado com Agregação Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto Co-orientador Professor Doutor António de Jesus Couto Professor Coordenador Escola Superior de Enfermagem de Coimbra 2007

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  • IRMA DA SILVA BRITO

    INTERVENO DE CONSCIENTIZAO PARA PREVENO DA BRUCELOSE

    EM REA ENDMICA

    Dissertao de Candidatura ao grau de Doutor em Cincias de Enfermagem, submetida ao Instituto de Cincias Biomdicas Abel Salazar da Universidade do Porto. Orientador Professor Doutor Joo Manuel da Costa Amado Professor Associado com Agregao Instituto de Cincias Biomdicas Abel Salazar da Universidade do Porto Co-orientador Professor Doutor Antnio de Jesus Couto Professor Coordenador Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

    2007

  • RESUMO

    A incidncia de brucelose em algumas regies da Serra da Estrela (Portugal) cerca de cinquenta vezes mais alta que no Pas (1.06X105, em 2004), facto que poder estar relacionado com a inver-so do perodo normal de reproduo dos ovinos. A multiplicao extensa de Brucella mellitensis no tero grvido (rico em eritrythol) determina a macia excreo de Brucella durante aborto, parto e lactao e subsequente contaminao pelos olhos, nariz e feridas das mos. O clima frio e chuvoso do Inverno, potencia a sobrevivncia de Brucella no ambiente. A infeco humana est relacionada com contacto directo com animais infectados (ovelhas e cabras) ou contacto indirecto (leite e derivados frescos), sendo principalmente uma doena profissional (15-55 anos). Aps fazer o diagnstico da situao segundo o modelo PRECEDE-PROCEED, prope-se um modelo de educao por conscientizao (modelo de Freire) como sendo eficaz para modificar os conheci-mentos, crenas e atitudes dos ovinicultores face ao controlo da brucelose. O modelo, desenhado medida do contexto cultural da regio, sugere a formao dos ovinicultores, seus familiares e conviventes em aces de grupo dirigidas a objectivos de sade comunitria como estratgia pedaggica dialgica. Partiu-se do pressuposto de que a atitude de desresponsabilizao, que se observou, seria atribuvel ao dfice de conhecimentos sobre preveno da brucelose e a falsas crenas. Em 2005 e 2006, desenvolveu-se formao em 27 pequenos grupos (32h em 8 sesses), nas localidades mais afectadas e, para medir o efeito da interveno, utilizaram-se questionrios de resposta aberta, em trs momentos consecutivos: no incio da formao (T0), no final (T1) e trs meses depois de terminada (T2). Participaram 210 ovinicultores e 105 no ovinicultores. Como resultado da interveno observou-se, tanto no grupo dos ovinicultores como no dos no ovinicultores, aumento dos conhecimentos sobre preveno da brucelose e modificao positiva da atitude de responsabilidade face ao controlo da brucelose, que se manteve trs meses depois. Observou-se independncia da atitude e da aquisio de conhecimentos em associao com o Sentido de Coerncia, a Abertura Experincia e a Conscienciosidade, consideradas como caractersticas pessoais. As curvas de aprendizagem sobre brucelose so diferentes entre ovinicultores e no ovinicultores e acompanharam proporcionalmente a modificao positiva na atitude de responsabilidade face ao controlo da brucelose o que pode apontar para uma associao positiva, que estatisticamente no se verificou, sinnimo de aprendizagem significante. Prope-se este modelo de conscientizao em Educao para a Sade como estratgia muito eficaz de preveno de doena em populaes adultas e para promover a conscincia crtica. Palavras-chave: Enfermagem Comunitria, Educao para a Sade, PRECEDE-PROCEED, cons-cientizao, aprendizagem significante

  • RESUM

    L'intervention de communaut est propose de diminuer la frquence de la Brucellose Serra da Estrela (Portugal) qui est approximativement cinquante fois plus haut que dans le Pays (1.06X105, par 2004). La brucellose est raconte probablement avec la rversion de priode normale pour la naissance de mouton cause de la production du lait, pendant lhiver jusqua printemps, qui est ncessaire produire du traditionnel fromage Serra da Estrela. La multiplication tendue de B. mellitensis dans l'utrus enceinte (riche dans eritrythol) causes l'excrtion principale de Brucella pendant avortement ou parturition et a contamin les gouttelettes qui introduisent l'infection travers yeux, nez et blessures dans les mains. Le climat froid et pluvieux aide la survie de Brucella dans l'environnement. La brucellose est raconte avec contact direct (mouton et chvres) ou du contact indirect (lait et fromage frais) des animaux infects, tre principalement une maladie professionnelle, impliquer 15-55 d'ge principalement. L'vnement a le modle gographique li au statut de maladie animale. Il cause aigu, chronique et le forme focalis de maladie avec les problmes srieux principalement d sa capacit de survivre dans l'environnement intracellular. Les symptmes de la maladie sont frquemment confondus avec celui de grippe, douleur ou rhumatisme. La frquence est plus grande que le chiffre officiel probablement, principalement d mauvais diagnostic des formes plus douces et non-respect avec obligatoire notification. Aprs avoir fait le diagnostic de la sant d'aprs le modle PRECEDE-PROCEED, l'auteur propose un modle de l'ducation pour conscience critique (le modle de Freire) comme tre efficace pour modifier la connaissance, fois et attitudes du berger faites face au contrle de la brucellose. Une intervention communaut tait lanc pendant 2004-5, projetez d'instruire 27 petits groupes de bergers leurs relatives et leurs voisins avec un culturellement dsign cours pour prvenir la brucellose (32h par 8 sessions), dans les rgions plus infectes. Les cibles pour changement taient augmenter au sujet la connaissance et la conscience de la brucellose et modifier l'attitude vers le Plan National d'radication de la Brucellose. Pour mesurer l'effet de l'intervention, des questionnaires de rponse ouverte ont t utiliss, dans trois moments conscutifs: au dbut du cours (T0), dans la fin (T1) et trois mois aprs les avoir fini (T2). On particip 210 berger et 105 non-berger. Par suite de l'intervention il a t observ, si beaucoup dans le groupe du berger comme dans celui du non-berger, augmentation de la connaissance au sujet de prvention de la brucellose et modification positive de l'attitude de visage de la responsabilit au contrle de la maladie qui est reste trois mois plus tard. Il a t observ indpendance de l'attitude et de l'acquisition de la connaissance dans association avec le Sens de Cohrence et autres caractristi-ques personnelles.Les courbes de apprentissage sont diffrentes parmi berger et les non- berger et eux ont accompagn proportionnellement la modification positive dans l'attitude de visage de la responsabilit au contrle de la brucellose qui peut accuser pour tablir une association positive, (statistiquement n'a pas t vrifi) mais pourrait signifier apprentissage signifiant. L'auteur propose que ce modle de l'ducation de la Sant est une stratgie trs efficace dans prvention de la maladie dans les populations adultes et comme la clef dvelopper du conscient critique. Mots cl : Infirmire Communautaire, ducation de la Sant, PRECEDE-PROCEED, conscient critique (le modle de Freire), Apprentissage Signifiant.

  • ABSTRACT

    Community's intervention is proposed to decrease Brucellosis incidence at Serra da Estrela (Portugal), which is about fifty times higher than in the Country (1.06X105, by 2004). Brucellosis is probably related with the reversion of normal period for sheep's birthing because of the sheep's milk production, during the winter till the spring, is necessary to produce traditional Estrela's cheese. The extensive multiplication of B. mellitensis in the pregnant uterus (rich in eritrythol) causes the main excretion of Brucella during abortion or parturition and contaminated droplets introduce infection through eyes, nose and wounds in the hands. Cold and rainy climate helps Brucellas survival in the environment. Brucellosis is related with direct contact (sheep and goats) or indirect contact (milk and fresh cheese) from infected animals, being mostly an occupational disease, involving mainly 15-55 age-group. The occurrence has geographic pattern linked to the status of animal disease. It causes acute, chronic and focalised forms of disease with serious problems mostly due to its ability to survive in the intracellular environment. Disease symptoms frequently get confused with the one of influenza, back pain or rheumatism. The incidence is probably greater than the official figure, mostly due to misdiagnosis of the milder forms and non-compliance with compulsory notification. After doing the health diagnosis according to the model PRECEDE-PROCEED, the author propose an education model for consciousness-raising (Freires model) as being effective to modify the knowledge, faiths and attitudes of the breeders face to the control of the brucellosis. An community-based intervention launched during 2004-5, intend to educate 27 small groups of breeders their relatives and their neighbours with a culturally design course to prevent brucellosis (32h by 8 sessions), into the more infected areas. Targets for change were to increase knowledge/consciousness about brucellosis and to modify attitude through National Plan of Brucellosis Eradication. To measure the effect of the intervention, open answers questionnaires were used, in three consecutive moments: in the beginning of the course (T0), in the end (T1) and three months after having finished they (T2). Announced 210 breeders and 105 non-breeders. As a result of the intervention it was observed, so much in the group of the breeders as in the one of the non breeders, increase of the knowledge about prevention of the brucellosis and positive modification of the attitude of responsibility face to the control of the disease, that stayed three months later. It was observed independence of the attitude and of the knowledge acquisition in association with the Sense of Coherence and other personal characteristics. The learning curves are different among breeders and non-breeders and they accompanied the positive modification proportionally in the attitude of responsibility face to the brucellosis control that can accuse to establish a positive association, (statistically was not verified) but could mean significant learning. The author intends that this Health Education model is a very effective strategy into prevention of disease in adult populations and as the key to becoming critically conscious. Keywords: Community Nursing, Health Education, PRECEDE-PROCEED, Consciousness-raising (Freires model), Significant Learning.

  • Alta, Imensa, Enigmtica,

    A sua presena fsica logo uma obsesso

    Mas junta-se perturbante realidade, uma certeza mais viva:

    a de todas as verdades locais emanarem dela.

    H rios na Beira? Descem da Estrela

    H queijo na Beira? Faz-se na Estrela

    H roupa na Beira? Tece-se na Estrela

    H vento na Beira? Sopra-o a Estrela

    Tudo se cria nela,

    Tudo mergulha as razes no seu largo e eterno seio.

    Ela comanda, bafeja, castiga e redime.

    Miguel Torga

  • AGRADECIMENTOS A QUEM AJUDOU A CONCRETIZAR UMA IDEIA

    O desenvolvimento desta investigao contou com o apoio de diversas pessoas e

    entidades s quais se quer expressar um especial agradecimento. Uma vez que se

    tornaria demasiado exaustiva a referncia a todos os que contriburam directa ou

    indirectamente para que um projecto se tornasse realidade, referem-se aqui as que

    possvel individualizar

    Professor Doutor Joo Manuel da Costa Amado que acompanhou o processo de

    enquadramento terico, planeamento e implementao para o desenvolvimento desta

    investigao.

    Professor Doutor Antnio de Jesus Couto que, mais que um professor, foi um amigo com

    quem interagi tantos anos e com quem partilhei alegrias e lutas que me trouxeram cada

    vez mais experincia e amadurecimento.

    Professora Doutora Zaida de Aguiar S Azeredo pelo facto de ter aceite a orientao do

    presente estudo, em substituio, como pela disponibilidade que dispensou.

    Dr. Catarina Alexandra Almeida Cabral pela competncia na operacionalizao da

    interveno, pela sua capacidade de resposta mudana, pela sensibilidade s minhas

    necessidades mas, especialmente, pelo seu bom senso e excelncia nas relaes inter-

    pessoais, especialmente de cooperao e humor.

    Dr. Fernando Alexandre Almeida Esteves pelas mltiplas e preciosas sugestes que no

    s vieram desvendar alguns caminhos, como permitiram que este trabalho atingisse as

    propores com que se apresenta.

    Susana Filipa Fernandes dos Santos pela competncia no apoio logstico execuo da

    interveno, pela sua capacidade de trabalho, pela partilha de tantos momentos e, em

    especial, pela sua dedicao e carinho.

    Maria Madalena Martins Gouveia por tudo o que ensinou e partilhou, tambm pela

    cumplicidade, cooperao e amizade mas, principalmente por me ter feito sentir que

    deste encontro resultou um verdadeiro processo de desenvolvimento pessoal.

    Escola Superior de Enfermagem de Coimbra que proporcionou dispensa parcial de activi-

    dades docentes (PRODEP), e especialmente na pessoa das Prof. Dr. Aida Maria de

    Oliveira Cruz Mendes e Prof. Maria da Conceio Saraiva da Silva Costa Bento que, ao

    longo de um atribulado percurso, sempre se mostraram disponveis para apoiar.

  • ANCOSE por directamente ter proporcionado a organizao desta interveno educativa

    e mltiplas experincias positivas e negativas que integrei no meu processo de desenvol-

    vimento pessoal.

    Indirectamente CAP pela incluso, nem sempre bem compreendida, deste percurso

    formativo no seu Plano Integrado de Formao Profissional.

    Agostinha Esteves de Melo Corte, colega e amiga especial, que sendo natural da regio,

    me guiou, acompanhou e colaborou no estudo exploratrio.

    Ricardo Sequeira Pimenta pelo que me ensinou sobre ovinicultura, ofcio que tanto

    estima, e pelas excelentes indicaes na descoberta dos temas geradores e na constru-

    o dos contedos temticos do curso.

    Pedro Manuel de Macedo Bandeira pela competncia e empenho no tratamento grfico

    e, em especial, pela sua disponibilidade.

    Filipa e Sofia de Brito Homem, minhas filhas que, passo a passo sempre me incenti-

    varam, acompanharam, esperaram e desesperaram e que, tambm envolvidas no

    trabalho de campo, colaboravam e aprendiam as realidades dum mundo diferente.

    Lus Alberto Garcia Lemos, que acompanhou o desenvolvimento deste trabalho, incenti-

    vando-me em cada conquista ou fracasso, pela alegria, amor e ternura nos dias mais

    cinzentos, tornando possvel a concluso de cada etapa.

    Minha famlia e todos os meus amigos, em especial a Mila e o Esteves, que me deram

    tanto apoio e carinho, mesmo tendo eu estado to ausente, e aos quais nunca mais vou

    poder retribuir.

    Esse trabalho no seria possvel sem a significativa contribuio de todas as pessoas

    com quem partilhei opinies, que participaram nos cursos (formadores e participantes) e

    que possibilitaram a concretizao desta ideia.

  • INDICE INTRODUO ..................................................................................................................31

    PARTE I ENQUADRAMENTO TERICO DA INTERVENO

    CAPITULO I CONCEITOS, TEORIAS E MODELOS EM PROMOO DA SADE....39 1. SADE DOS INDIVDUOS E DAS COMUNIDADES..................................................39

    1.1. Conceitos relacionados com sade comunitria .................................................44 1.2. Domnio especfico da enfermagem na comunidade...........................................47

    2. DETERMINANTES DA SADE...................................................................................51 2.1. Polticas de sade para controlo dos determinantes da sade ...........................53 2.2. Polticas de sade e desigualdades em sade....................................................56 2.3. Polticas de sade em Portugal ...........................................................................58

    2.3.1. O papel dos servios de sade comunitria ..............................................60 3. PROMOO DA SADE OU PREVENO DA DOENA........................................63 4. INTERVENES DE PROMOO DA SADE.........................................................70

    4.1. Planeamento das intervenes de promoo da sade......................................73 4.1.1. Modelos de planeamento de intervenes de promoo da sade...........74

    4.2. Estratgias de interveno para promoo da sade .........................................80 4.2.1. Teorias e modelos mais utilizados nas intervenes de promoo da

    sade .........................................................................................................80 4.3. Epidemiologia e sua aplicao na preveno das doenas ................................83

    4.3.1. Vigilncia Epidemiolgica ..........................................................................85 4.4. Avaliao das intervenes de promoo da sade ...........................................88 4.5. Repercusses no estado de sade .....................................................................90

    5. EDUCAO PARA A SADE.....................................................................................91 5.1. O fulcro da educao para a sade.....................................................................92 5.2. Abordagens na educao para a sade ..............................................................97 5.3. Modelos de educao para a sade..................................................................100 5.4. Estratgias de educao para a sade .............................................................108

    6. CONSCIENTIZAO: O MODELO PEDAGGICO DE PAULO FREIRE................112 7. MODELO PRECEDE-PROCEED..............................................................................117

    7.1. Diagnstico social ..............................................................................................119 7.2. Diagnstico epidemiolgico ...............................................................................120 7.3. Diagnstico comportamental e ambiental..........................................................123

    7.3.1. Diagnstico comportamental....................................................................125 7.3.2. Diagnstico ambiental..............................................................................128

    7.4. Diagnstico educacional e organizacional.........................................................129 7.4.1. Factores predisponentes..........................................................................129 7.4.2. Factores facilitadores ...............................................................................133 7.4.3. Factores de reforo ..................................................................................135

    7.5. Diagnstico poltico e administrativo..................................................................139 7.5.1. Diagnstico administrativo .......................................................................140 7.5.2. Diagnstico poltico ..................................................................................141

    7.6. Implementao ..................................................................................................142

  • 7.7. Avaliao ........................................................................................................... 143 7.7.1. Avaliao de processo............................................................................. 143 7.7.2. Avaliao de produo ............................................................................ 144 7.7.3. Avaliao de resultados........................................................................... 144

    7.8. Orientaes para sua aplicao em investigao ............................................. 144 CAPITULO II BRUCELOSE: DA EPIDEMIOLOGIA PREVENO........................ 147 1. HISTRIA E EPIDEMIOLOGIA DA BRUCELOSE ................................................... 147

    1.1. O Vector: Brucella spp....................................................................................... 149 1.2. Reservatrios Naturais: Animais Domsticos.................................................... 151

    1.2.1. Manifestaes clnicas............................................................................. 153 1.2.2. Diagnstico nos animais.......................................................................... 155 1.2.3. Controlo sanitrio de pequenos ruminantes ............................................ 158 1.2.4. Vacinao de animais.............................................................................. 166

    1.3. Hospedeiro Acidental: o Homem....................................................................... 166 1.3.1. Patogenia................................................................................................. 169 1.3.2. Sintomatologia ......................................................................................... 170 1.3.3. Diagnstico .............................................................................................. 173 1.3.4. Tratamento .............................................................................................. 181

    2. PREVENO DA BRUCELOSE HUMANA .............................................................. 183 2.1. Vacinas.............................................................................................................. 184 2.2. Vigilncia epidemiolgica da brucelose............................................................. 184

    3. EDUCAO PARA A SADE PARA PREVENO DA BRUCELOSE ................... 191 3.1. Determinantes da sade relacionados com a brucelose................................... 191 3.2. Educao para a sade dirigida a profissionais de sade ................................ 194 3.3. Educao para a sade para produtores pecurios.......................................... 195 3.4. Educao para a sade para outros grupos profissionais de risco................... 195 3.5. Educao para a sade para a populao em geral ......................................... 196

    PARTE II BRUCELOSE NA SERRA DA ESTRELA

    CAPTULO I ANLIDE DA SITUAO SEGUNDO O MODELO PRECEDE ............ 201 1. DIAGNSTICO SOCIAL ........................................................................................... 201

    1.1. Mtodos e tcnicas utilizados para realizar o diagnstico social ...................... 201 1.2. Resultados obtidos no diagnstico social.......................................................... 205

    1.2.1. Caracterizao sociodemogrfica da populao da Serra da Estrela ..... 205 1.2.2. Histria e cultura da ovinicultura na Serra da Estrela.............................. 219 1.2.3. Histria e cultura do fabrico de queijo na Serra da Estrela ..................... 227

    1.3. Principais problemas identificados .................................................................... 231 2. DIAGNSTICO EPIDEMIOLGICO......................................................................... 232

    2.1. Vigilncia epidemiolgica da brucelose em Portugal ........................................ 232 2.2. Incidncia de Brucelose humana ...................................................................... 234 2.3. Prevalncia de Brucelose Animal...................................................................... 243 2.4. Principais problemas identificados .................................................................... 245

    3. DIAGNSTICO DOS COMPORTAMENTOS E DO AMBIENTE .............................. 246 3.1. Reduzir a incidncia de brucelose animal ......................................................... 246 3.2. Aumentar a sensibilidade e a adeso s medidas de preveno e

    proteco especfica dos expostos ao risco, j legislada, e de procura de cuidados de sade ........................................................................................... 248

  • 3.3. Promover a articulao entre os Centros de Sade e os servios de sanidade animal e a melhoria contnua dos servios ........................................250

    3.4. Inventrio dos comportamentos associados brucelose e ambiente ...............251 3.5. Ambiente............................................................................................................252 3.6. Diagnsticos de enfermagem ............................................................................252 3.7. Objectivos comportamentais e ambientais prioritrios ......................................254

    4. DIAGNSTICO EDUCACIONAL E ORGANIZACIONAL ..........................................254 4.1. Mtodos e tcnicas utilizados para realizar o diagnstico educacional e

    organizacional....................................................................................................254 4.2. Resultados obtidos no diagnstico o diagnstico educacional e

    organizacional....................................................................................................256 4.2.1. Factores predisponentes..........................................................................269 4.2.2. Factores facilitadores ...............................................................................269 4.2.3. Factores de reforo ..................................................................................270 4.2.4. Objectivos de aprendizagem e de afectao de recursos .......................270

    5. DIAGNSTICO POLTICO-ADMINISTRATIVO ........................................................271 5.1. Meta a atingir em 2005 e 2006 ..........................................................................271 5.2. A quem se dirige o programa.............................................................................272

    CAPTULO II PLANEAMENTO OPERACIONAL DA INTERVENAO.......................273 1. PRODUTOS E SERVIOS .......................................................................................273 2. RECURSOS ..............................................................................................................274 3. PLANIFICAO ........................................................................................................275

    PARTE III INTERVENO EDUCATIVA EM REA ENDMICA DE BRUCELOSE

    CAPTULO I PROBLEMA E OBJECTIVOS ................................................................279 1. RELEVNCIA DA INVESTIGAO ..........................................................................279 2. HIPTESE DE TRABALHO E QUESTES DE INVESTIGAO............................281 3. FINALIDADE..............................................................................................................281

    3.1. Objectivos do Estudo .........................................................................................282 3.2. Hipteses ...........................................................................................................282

    CAPTULO II - MATERIAL E MTODOS .......................................................................285 1. DESENHO DE ESTUDO ...........................................................................................285 2. INTERVENO: CURSO DE FORMAO PARA PREVENO DA

    BRUCELOSE.............................................................................................................286 2.1. Interveno de conscientizao baseada no modelo pedaggico de Freire .....289 2.2. Operacionalizao da interveno educativa ....................................................290

    3. VARIVEIS DE CARACTERIZAO DOS PARTICIPANTES .................................297 3.1. Perfil socio-demogrfico ....................................................................................297 3.2. Perfil de ovinicultor.............................................................................................298

    4. SENTIDO DE COERNCIA (SCO) ...........................................................................300 5. CARACTERSTICAS PSICOLGICAS: ABERTURA EXPERINCIA E

    CONSCIENCIOSIDADE ............................................................................................303 6. HISTRIA DE BRUCELOSE.....................................................................................308

  • 7. CONHECIMENTOS E CRENAS RELACIONADAS COM BRUCELOSE............... 309 7.1. Conhecimentos sobre brucelose ....................................................................... 310 7.2. Crenas sobre brucelose................................................................................... 313

    8. ATITUDES RELACIONADAS COM PREVENO DA BRUCELOSE ..................... 316 8.1. Atitude de responsabilidade face ao controlo da brucelose .............................. 317 8.2. Predisposio para agir..................................................................................... 318

    9. SATISFAO COM A FORMAO ......................................................................... 319 10. INSTRUMENTO DE RECOLHA DE DADOS............................................................ 321

    10.1. Elaborao do questionrio de avaliao inicial (T0) ...................................... 321 10.2. Elaborao do questionrio de avaliao final ou de produo (T1)............... 322 10.3. Elaborao do questionrio de avaliao de resultados (T2).......................... 323

    11. POPULAO E AMOSTRA...................................................................................... 324 11.1. Procedimentos de seleco da amostra.......................................................... 325 11.2. Caracterizao da amostra do estudo............................................................. 326

    12. PROCEDIMENTOS DE RECOLHA DE DADOS....................................................... 328 12.1. Procedimentos de administrao dos questionrios ....................................... 328

    13. PROCEDIMENTOS DE ANLISE DE DADOS E TRATAMENTO ESTATSTICO ... 330 13.1. Anlise de Contedo ....................................................................................... 330 13.2. Anlise estatstica............................................................................................ 332 13.3. Anlise psicomtrica das escalas.................................................................... 334

    14. CONSIDERAES TICAS NA INTERVENO E NA RECOLHA DE DADOS .... 338 CAPTULO III - ANLISE E DISCUSSO DOS RESULTADOS................................... 341 1. PERFIL DO PARTICIPANTE .................................................................................... 342

    1.1. Idade e gnero .................................................................................................. 342 1.2. Habilitaes acadmicas................................................................................... 343 1.3. Formao profissional do sector agrcola.......................................................... 345 1.4. Experincia na ovinicultura................................................................................ 346

    2. PERFIL DE OVINICULTOR ...................................................................................... 348 2.1. Caracterizao do tipo de actividade ................................................................ 349

    2.1.1. Dimenso da explorao ......................................................................... 349 2.1.2. Tempo de experincia como ovinicultor .................................................. 350 2.1.3. Rentabilidade da actividade..................................................................... 351

    2.2. Fonte de conhecimento sobre ovinicultura........................................................ 353 2.3. Grupo de sanidade ............................................................................................ 354 2.4. Aplicao das medidas de preveno da brucelose ......................................... 357

    2.4.1. Adeso ao saneamento animal ............................................................... 357 2.4.2. Medidas de segurana no maneio........................................................... 358 2.4.3. Medidas de proteco individual ............................................................. 363 2.4.4. Nvel de aplicao das medidas de preveno da brucelose.................. 365

    3. SENTIDO DE COERNCIA (SCO) ........................................................................... 367 4. CARACTERSTICAS PSICOLGICAS: ABERTURA EXPERINCIA E

    CONSCIENCIOSIDADE............................................................................................ 373 5. HISTRIA DE BRUCELOSE .................................................................................... 383

    5.1. Histria de brucelose humana........................................................................... 383 5.2. Histria de brucelose animal ............................................................................. 386

    6. CONHECIMENTOS E CRENAS RELACIONADAS COM BRUCELOSE............... 389 6.1. Conhecimentos sobre brucelose na avaliao inicial e final ............................. 389

    6.1.1. Explicar o que a doena ....................................................................... 389

  • 6.1.2. Identificar as principais formas de contgio para as pessoas..................393 6.1.3. Indicar as principais medidas para evitar a brucelose nas pessoas

    que lidam com animais ............................................................................396 6.1.4. Indicar as principais medidas para evitar o aparecimento de

    brucelose no rebanho .............................................................................400 6.1.5. Justificar a necessidade de rastreio anual de brucelose no rebanho ......403 6.1.6. Enumerar os primeiros sintomas de doena............................................406 6.1.7. Descrever o tempo mnimo de tratamento em caso de doena ..............408 6.1.8. Conhecimentos sobre brucelose na avaliao de resultados..................409

    6.2. Crenas sobre brucelose ...................................................................................413 6.2.1. Ter medo da brucelose ............................................................................414 6.2.2. Identificar crenas relacionadas com a brucelose animal........................416 6.2.3. Crenas sobre os temas geradores, na avaliao final ...........................418 6.2.4. Fonte de conhecimento sobre brucelose .................................................421

    7. ATITUDE RELACIONADA COM A PREVENO DA BRUCELOSE .......................423 7.1. Atitude de responsabilidade face ao controlo da brucelose na avaliao

    inicial e final .......................................................................................................424 7.2. Atitude de responsabilidade face ao controlo da brucelose na avaliao de

    resultados ..........................................................................................................432 7.3. Predisposio para agir .....................................................................................434

    8. SATISFAO COM A FORMAO..........................................................................440 8.1. Satisfao com o programa do curso ................................................................441 8.2. Satisfao com a organizao do curso ............................................................447 8.3. Participao individual na formao ..................................................................450 8.4. Apreciao geral sobre o curso .........................................................................452

    9. AVALIAO DA MUDANA DE COMPORTAMENTOS E ATITUDES....................456 9.1. Mudana na atitude de responsabilidade face ao controlo da brucelose ..........456 9.2. Mudana nos conhecimentos sobre preveno da brucelose...........................459 9.3. Relao entre o sentido de coerncia e a atitude..............................................463 9.4. Relao entre a abertura experincia, a conscienciosidade e a atitude.........464 9.5. Relao entre a satisfao com a formao e a aquisio de

    conhecimentos...................................................................................................466 9.6. Relao entre o sentido de coerncia, abertura experincia e a aquisio

    de conhecimentos..............................................................................................467 9.7. Relao entre a modificao de atitude e a aquisio de conhecimentos ........468

    10. ANLISE DA INTERVENO CONSCIENTIZADORA SEGUNDO O MODELO PROCEED .................................................................................................................474 10.1. Limitaes do estudo .......................................................................................474 10.2. Avaliao de Processo ....................................................................................477 10.3. Avaliao de Produo ....................................................................................479 10.4. Avaliao de Resultados .................................................................................481

    11. INTERVENO DE CONSCIENTIZAO PARA PROMOO DA SADE...........482 CAPITULO IV - CONCLUSES E SUGESTES...........................................................485

    BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................491

    ANEXOS..........................................................................................................................505

  • NDICE DE FIGURAS Figura 1 - Dimenses positivas e negativas do conceito de sade da OMS.

    Adaptado de Downie; Tannahill & Tannahill (1996); Tannahill; Tannahill; (1996)..............................................................................................................42

    Figura 2 - As relaes entre a sade e as condies sociais/qualidade de vida. Adaptado de GREEN (1999, p: 47).................................................................43

    Figura 3 - Modelo epidemiolgico para anlise das polticas de sade, adaptado de Dever (1977) ..............................................................................................52

    Figura 4 - Um modelo de promoo da sade ................................................................68 Figura 5 - Principais Estratgias de Promoo da sade (adaptado de Revuelta &

    Diaz, 2006: 40)................................................................................................71 Figura 6 - Esquema do Modelo PRECEDE-PROCEED, adaptado de Green &

    Kreuter (1991: 153) .......................................................................................118 Figura 7 - As relaes entre os diferentes factores que influenciam o

    comportamento Green & Kreuter (1991:153)...............................................136 Figura 8 - Esquema de vigilncia sanitria nos pequenos ruminantes .........................165 Figura 9 - Fotos de paisagens da Serra da Estrela, recolhidas nas diversas

    deslocaes 2002-2006 ................................................................................206 Figura 10 - Etapas do processo de fabrico de queijo Serra da Estrela ...........................228 Figura 11 - Esquema do desenho da interveno educativa ..........................................286 Figura 12 - Pressuposto freiriano da interveno educativa ...........................................291

  • NDICE DE GRFICOS Grfico 1 - Cartograma da distribuio de casos de brucelose por concelhos da

    Regio Centro.............................................................................................235 Grfico 2 - Distribuio percentual de casos segundo o ms de incio de

    sintomatologia e de notificao de brucelose............................................237 Grfico 3 - Distribuio percentual de casos de brucelose, segundo o distrito ............238 Grfico 4 - Distribuio percentual de casos de brucelose, segundo a idade..............239 Grfico 5 - Distribuio percentual de casos de brucelose, segundo o sexo ...............239 Grfico 6 - Distribuio percentual de casos de brucelose, segundo a profisso

    (n=87 casos) ...............................................................................................240 Grfico 7 - Distribuio percentual de casos de brucelose, segundo a provvel

    origem da infeco .....................................................................................240 Grfico 8 - Distribuio percentual de casos de brucelose, tendo por origem a

    provvel ingesto alimentos contaminados................................................241 Grfico 9 - Distribuio percentual de casos de brucelose, tendo por origem

    provvel o contacto com animais................................................................241 Grfico 10 - Distribuio percentual de casos de brucelose, tendo por origem

    provvel a inoculao .................................................................................242 Grfico 11 - Taxa de incidncia de brucelose em 2002, segundo o gnero e metas

    a tingir em 2010, definidas no Plano Nacional de Sade 2004-2010........242 Grfico 12 - Prevalncia de brucelose animal, segundo os concelhos da zona de

    abrangncia da ASSOCIAO, em 2001 e 2002 .....................................244 Grfico 13 - Distribuio percentual de entrevistados, segundo os anos de

    escolaridade ...............................................................................................256 Grfico 14 - Distribuio percentual de entrevistados, segundo estado de sade e

    comparando com h um ano ......................................................................257 Grfico 16 - Distribuio percentual de entrevistados, segundo o tipo de

    aprendizagem da ovinicultura.....................................................................258 Grfico 17 - Distribuio percentual de entrevistados, segundo o nmero de

    abortos no rebanho, em 2001.....................................................................259 Grfico 18 - Distribuio percentual de entrevistados, segundo o nmero de

    animais positivos para brucelose, em 2001................................................259 Grfico 19 - Distribuio percentual de entrevistados, segundo a opinio sobre a

    responsabilidade na erradicao da brucelose ..........................................260 Grfico 20 - Distribuio percentual de entrevistados, segundo a opinio sobre a

    forma de transmisso da brucelose aos animais........................................263 Grfico 21 - Correlao entre a idade e o nvel de conhecimentos................................267 Grfico 22 - Correlao entre o tempo de actividade como ovinicultor e o nvel

    de conhecimentos.......................................................................................268 Grfico 23 - Distribuio em caixa de bigodes da idade dos participantes, por

    grupos de formao....................................................................................342 Grfico 24 - Distribuio percentual dos participantes, segundo o gnero, por

    grupos de formao....................................................................................343 Grfico 25 - Distribuio percentual dos participantes, segundo a habilitao

    acadmica ..................................................................................................344 Grfico 26 - Distribuio dos participantes, segundo a formao profissional, por

    grupos de formao....................................................................................345

  • Grfico 27 - Distribuio percentual dos participantes, segundo a experincia na ovinicultura, por grupos de formao ........................................................ 347

    Grfico 28 - Distribuio percentual dos participantes, segundo a experincia na ovinicultura, por habilitao acadmica..................................................... 348

    Grfico 30 - Distribuio dos participantes, por grupo de formao, segundo a dimenso da explorao ............................................................................ 350

    Grfico 31 - Distribuio dos participantes, segundo o tempo aproximado de experincia como ovinicultor ...................................................................... 351

    Grfico 32 - Distribuio dos participantes segundo a opinio sobre a rentabilidade da actividade .............................................................................................. 352

    Grfico 33 - Distribuio dos participantes segundo a opinio sobre a no rentabilidade da actividade......................................................................... 352

    Grfico 34 - Distribuio dos participantes segundo a fonte de conhecimento sobre ovinicultura ................................................................................................. 353

    Grfico 35 - Distribuio dos participantes segundo a fonte de conhecimento informal sobre ovinicultura.......................................................................... 353

    Grfico 36 - Distribuio dos participantes por grupo de sanidade, segundo o tipo de actividade .............................................................................................. 354

    Grfico 37 - Distribuio percentual dos participantes por grupo de sanidade, segundo o tempo de experincia ............................................................... 355

    Grfico 38 - Distribuio percentual dos participantes por grupo de sanidade, segundo a dimenso da explorao........................................................... 356

    Grfico 39 - Distribuio percentual dos participantes por grupo de sanidade, segundo a fonte de conhecimento sobre ovinicultura ................................ 357

    Grfico 40 - Distribuio dos participantes segundo a resposta questo fechada Faz controlo sanitrio?, por grupos de formao..................................... 358

    Grfico 41 - Distribuio dos participantes segundo a resposta questo fechada Os pastos que utiliza so, por grupos de formao................................. 359

    Grfico 42 - Distribuio dos participantes segundo a resposta questo fechada Troca (pede ou empresta) machos para cobrir?, por grupos de formao..................................................................................................... 360

    Grfico 43 - Distribuio dos participantes segundo a resposta s questes abertas Compra animais? Se sim, onde?, por grupos de formao..................... 361

    Grfico 44 - Distribuio dos participantes segundo a resposta questo aberta Quando tem animais doentes, o que faz?, por grupos de formao ....... 363

    Grfico 45 - Distribuio dos participantes segundo a resposta questo aberta Se ajuda nos partos ou a tirar as pareas usa luvas?, por grupos de formao ............................................................................. 363

    Grfico 46 - Distribuio dos participantes segundo a histria de brucelose humana, por grupos de formao ............................................................. 383

    Grfico 47 - Distribuio dos participantes segundo a forma de contgio de brucelose humana, por grupos de formao............................................. 384

    Grfico 48 - Distribuio dos participantes segundo o tempo de tratamento de brucelose humana, por grupos de formao............................................. 384

    Grfico 49 - Distribuio dos participantes segundo as sequelas de brucelose humana, por grupos de formao ............................................................. 385

    Grfico 50 - Distribuio dos participantes segundo a histria de brucelose animal, por grupos de formao ............................................................................. 386

  • Grfico 51 - Distribuio dos participantes segundo forma de transmisso de brucelose animal, por grupos de formao................................................387

    Grfico 52 - Distribuio dos participantes segundo a resposta questo aberta no ltimo rastreio teve animais positivos, por grupos de formao..........388

    Grfico 53 - Distribuio percentual da resposta questoaberta quais podem ser os sintomas de brucelose na avaliao final (T1)......................................407

    Grfico 54 - Distribuio percentual da resposta questoaberta Quanto tempo deve demorar o tratamento da brucelose na avaliao final (T1) .............408

    Grfico 55 - Conhecimentos sobre preveno da brucelose humana nos 3 momentos de avaliao..............................................................................411

    Grfico 56 - Conhecimentos sobre preveno da brucelose animal nos 3 momentos de avaliao..............................................................................412

    Grfico 57 - Classificao dos conhecimentos sobre brucelose em T0, T1 e T2...........413 Grfico 58 - Medidas de discriminao das categorias das variveis

    responsabilidade face ao controlo da brucelose, por ovinicultores (n=215) e no ovinicultores (n=105), nos tempos 0 e 1 .............................431

    Grfico 59 - Atitude sobre a responsabilidade no combate brucelose, nos 3 momentos de avaliao, distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.....433

    Grfico 60 - Distribuio percentual da resposta questo atendendo sua vida profissional, v possibilidade de aplicar, na prtica, os conhecimentos que adquiriu na avaliao de resultados (T2), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.................................................................439

    Grfico 61 - Relao entre o sentido de coerncia e a atitude de responsabilidade face ao controlo da brucelose, nas trs medies, distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.................................................................464

    Grfico 62 - Relao entre as caractersticas psicolgicas (abertura experincia e conscienciosidade) e a atitude de responsabilidade face ao controlo da brucelose, nas trs medies, distinguindo ovinicultores e no ovinicultores................................................................................................466

    Grfico 63 - Relao entre os conhecimentos sobre preveno da brucelose e a atitude de responsabilidade face ao controlo da brucelose, nas trs medies, distinguindo ovinicultores e no ovinicultores ...........................470

    Grfico 64 - Relao entre a aquisio de conhecimentos e a atitude de responsabilidade face ao controlo da brucelose, nas trs medies, distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.............................................471

  • NDICE DE QUADROS Quadro 1 - Tcnicas didcticas mais utilizadas, de acordo com as abordagens

    educacionais...............................................................................................110 Quadro 2 - Tcnicas didcticas de acordo com as actividades educativas..................111 Quadro 3 - Tipologia dos comportamentos relacionados com a sade........................126 Quadro 4 - Matriz dos comportamentos de sade........................................................127 Quadro 5 - Caractersticas das diferentes espcies e bitipos do gnero Brucella......150 Quadro 6 - Manifestaes clnicas da brucelose focalizada.........................................172 Quadro 7 - Testes serolgicos para deteco de brucelose.........................................176 Quadro 8 - Testes serolgicos para deteco de brucelose em funo do estado

    evolutivo......................................................................................................181 Quadro 9 - Educao para a sade sobre preveno e controle de brucelose............197 Quadro 10 - Indicadores scio-econmicos de vrios concelhos da regio Serra da

    Estrela.........................................................................................................218 Quadro 11 - Distribuio dos associados por concelhos estudados da regio Serra

    da Estrela....................................................................................................226 Quadro 12 - Casos de brucelose, segundo o concelho da rea de abrangncia da

    Associao .................................................................................................238 Quadro 13 - Respostas dos entrevistados sobre conhecimentos relacionados com

    a brucelose .................................................................................................265 Quadro 14 - Respostas dos entrevistados sobre experincias relacionadas com a

    brucelose ....................................................................................................266 Quadro 15 - Programa geral da interveno de conscientizao...................................290 Quadro 16 - Planeamento das oito sesses do Curso de Formao para Preveno

    da Brucelose...............................................................................................292 Quadro 17 - Dimenses da escala SCO e sua operacionalizao.................................302 Quadro 18 - Interrelao dinmica das dimenses da escala SCO ...............................303 Quadro 19 - Itens de avaliao das facetas Aces e Ideias do domnio Abertura

    Experincia e das facetas Competncia, Ordem, Obedincia ao Dever, Esforo de Realizao do domnio Conscienciosidaddo NEO-PI-R...........307

    Quadro 20 - Resumo do tipo de informao da varivel conhecimentos sobre brucelose ....................................................................................................311

    Quadro 21 - Temas geradores sobre brucelose humana e animal.................................315 Quadro 22 - Sntese de caracterizao dos formandos que participaram no CFPB,

    por localidades, em 2005............................................................................327 Quadro 23 - Sntese de caracterizao dos formandos que participaram no CFPB,

    por localidades, em 2006............................................................................327 Quadro 24 - Sntese dos instrumentos de recolha de dados..........................................329 Quadro 25 - Mdias e desvios padro (DP), correlao do item com o total da

    escala excepto o prprio item (r) e alfa de Cronbach () da escala SCO 29 itens (n=320). .............................................................................335

    Quadro 26 - Mdias e desvios padro (DP), correlao do item com o total da escala excepto o prprio item (r) e alfa de Cronbach () da escala SCO 25 itens (n=320). .............................................................................336

  • Quadro 27 - Mdias e desvios padro (DP), correlao do item com o total da escala excepto o prprio item (r) e alfa de Cronbach () das subescalas Capacidade de compreenso, Capacidade de gesto e Capacidade de investimento (n=320)......................................................... 337

    Quadro 28 - Comunalidades das seis facetas consideradas da NEOPIr e saturaes factoriais das dimenses retiradas do NEOPIr por factor extrado....................................................................................................... 338

    Quadro 29 - Alfa de Cronbach () para o Factor 1 e Factor 2 da NEOPIr (n=320)........ 338 Quadro 30 - Resultados do teste de t de Student para a idade dos participantes,

    por gnero .................................................................................................. 343 Quadro 31 - Distribuio dos participantes, segundo a habilitao acadmica ............. 344 Quadro 32 - Distribuio dos participantes e mdia de idades, segundo a formao

    profissional ................................................................................................. 346 Quadro 33 - Distribuio dos participantes, segundo a experincia na ovinicultura,

    por habilitao acadmica.......................................................................... 347 Quadro 34 - Distribuio por quartis dos ovinicultores, segundo a dimenso da

    explorao.................................................................................................. 350 Quadro 35 - Distribuio por quartis dos ovinicultores segundo o tempo de

    experincia na ovinicultura ......................................................................... 351 Quadro 36 - Distribuio percentual dos participantes por grupo de sanidade,

    segundo o tipo de actividade...................................................................... 354 Quadro 37 - Distribuio dos participantes por grupo de sanidade, segundo o

    tempo de experincia ................................................................................. 355 Quadro 38 - Distribuio dos participantes por grupo de sanidade, segundo a

    dimenso da explorao ............................................................................ 355 Quadro 39 - Distribuio percentual dos participantes por grupo de sanidade,

    segundo a formao profissional................................................................ 356 Quadro 40 - Distribuio percentual dos participantes por grupo de sanidade,

    segundo a fonte de conhecimento sobre ovinicultura ................................ 356 Quadro 41 - Resposta s questes abertas Compra animais? Se sim, onde? .......... 361 Quadro 42 - Distribuio percentual da resposta questoaberta Quando tem

    animais doentes, o que faz? ..................................................................... 362 Quadro 43 - Distribuio percentual dos participantes segundo a resposta

    questo aberta O que faz aos restos de abortos e pareas?.................. 364 Quadro 44 - Distribuio percentual dos comportamentos de preveno dos

    participantes, por zonas ............................................................................. 366 Quadro 45 - Distribuio percentual dos comportamentos de preveno, segundo a

    dimenso da explorao ............................................................................ 366 Quadro 46 - Nvel de aplicao dos comportamentos de segurana, por zonas ........... 367 Quadro 47 - Medidas de tendncia central do SCO, para 29 itens (n=320) .................. 368 Quadro 48 - Mdias (M) e desvios padro (DP) do sentido de coerncia por ser

    ovinicultor. Teste t de Student para verificao das diferenas entre os grupos de ovinicultores e no ovinicultores................................................ 369

    Quadro 49 - Mdias (M) e desvios padro (DP) do sentido de coerncia por gnero, nos ovinicultores e no ovinicultores. Teste t de Student para verificao das diferenas entre os grupos de ovinicultores e no ovinicultores................................................................................................ 369

  • Quadro 50 - Mdia (M) e desvio-padro (DP) do sentido de coerncia por nvel de habilitao acadmica. Anlise da varincia (ANOVA) para verificar as diferenas de ovinicultores e no ovinicultores ..........................................371

    Quadro 51 - Mdia (M) e desvio-padro (DP do sentido de coerncia por regio de residncia. Anlise da varincia (ANOVA) para verificar as diferenas de ovinicultores e no ovinicultores............................................................372

    Quadro 52 - Medidas de tendncia central das facetas do domnio Abertura Experincia e Conscienciosidade (n=320) .................................................374

    Quadro 53 - Mdias (M) e desvios padro (DP) das variveis de avaliao psicolgica por ser ovinicultor. Teste t de Student para verificao das diferenas de ovinicultores e no ovinicultores ..........................................375

    Quadro 54 - Mdias (M) e desvios padro (DP) das variveis de avaliao psicolgica por ser ovinicultor, segundo o gnero. Teste t de Student para verificao das diferenas de ovinicultores e no ovinicultores .........376

    Quadro 55 - Mdia (M) e desvio-padro (DP) das variveis de avaliao psicolgica por ser ovinicultor, segundo o nvel de habilitao acadmica. Anlise da varincia (ANOVA) para verificar as diferenas. ...................................378

    Quadro 56 - Mdia (M) e desvio-padro (DP) das variveis de avaliao psicolgica por ser ovinicultor, segundo a regio de residncia. Anlise da varincia (ANOVA) para verificar as diferenas. ........................................380

    Quadro 57 - Coeficiente de correlao de Pearson entre as medidas do SCO e as medidas de personalidade para os ovinicultores (n=215). .........................381

    Quadro 58 - Coeficiente de correlao de Pearson entre as medidas do SCO e as medidas de personalidade para os no ovinicultores (n=105). ..................382

    Quadro 59 - Distribuio dos participantes segundo as manifestaes de brucelose humana, por grupos de formao..............................................................385

    Quadro 60 - Distribuio percentual dos participantes por dimenso da explorao e histria de brucelose................................................................................388

    Quadro 61 - Distribuio percentual da resposta questoexplique o que a brucelose nas avaliao inicial (T0) e final (T1).........................................390

    Quadro 62 - Distribuio percentual da resposta questoexplique o que a brucelose na avaliao inicial (T0) e final (T1), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.................................................................392

    Quadro 63 - Distribuio percentual da diferena na resposta questo explique o que a brucelose entre a avaliao inicial (T0) e a final (T1), distinguindo os grupos de sanidade ...........................................................392

    Quadro 64 - Distribuio percentual da resposta questo como que as pessoas apanham a brucelose na avaliao inicial (T0) e final (T1) ....................394

    Quadro 65 - Distribuio percentual da resposta questocomo que as pessoas apanham a brucelose na avaliao inicial (T0) e final (T1), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.............................................395

    Quadro 66 - Distribuio percentual da diferena na resposta questo como que as pessoas apanham a brucelose entre a avaliao inicial (T0) e a final (T1), distinguindo os grupos de sanidade .....................................396

    Quadro 67 - Distribuio percentual da resposta questocomo que se evita a brucelose nas pessoas na avaliao inicial (T0) e final (T1) .....................398

    Quadro 68 - Distribuio percentual da resposta questocomo que se evita a brucelose nas pessoas na avaliao inicial (T0) e final (T1), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.............................................399

  • Quadro 69 - Distribuio percentual das diferenas na resposta questo como que se evita a brucelose nas pessoas entre a avaliao inicial (T0) e a final (T1), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores e os grupos de sanidade..................................................................................................... 400

    Quadro 70 - Distribuio percentual da resposta questocomo que se evita a brucelose nos animais na avaliao inicial (T0) e final (T1)...................... 401

    Quadro 71 - Distribuio percentual da resposta questocomo que se evita a brucelose nos animais na avaliao inicial (T0) e final (T1), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores ............................................ 402

    Quadro 72 - Distribuio percentual das diferenas na resposta questo como que se evita a brucelose nos animais entre a avaliao inicial (T0) e a final (T1), distinguindo os grupos de sanidade........................................... 403

    Quadro 73 - Distribuio percentual da resposta questoPorque se faz controlo sanitrio tirar o sangue anualmente na avaliao inicial (T0) e final (T1) ............................................................................................................. 404

    Quadro 74 - Distribuio percentual da resposta questoPorque se faz controlo sanitrio tirar o sangue anualmente na avaliao inicial (T0) e final (T1), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.................................... 405

    Quadro 75 - Distribuio percentual das diferenas na resposta questo porque se faz controlo sanitrio tirar o sangue anualmente entre a avaliao inicial (T2) e a final (T1), distinguindo os grupos de sanidade ... 406

    Quadro 76 - Distribuio percentual da resposta questoquais podem ser os sintomas de brucelose na avaliao final (T1), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores................................................................. 407

    Quadro 77 - Distribuio percentual das respostas questo quais podem ser os sintomas de brucelose na avaliao final (T1), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores e os grupos de sanidade ........................ 408

    Quadro 78 - Distribuio percentual da resposta questoQuanto tempo deve demorar o tratamento da brucelose na avaliao final (T1), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores ............................................ 409

    Quadro 79 - Distribuio percentual da resposta questotem medo da brucelose na avaliao inicial (T0), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores..... 414

    Quadro 80 - Distribuio percentual da resposta questoporque tem medo da brucelose na avaliao inicial (T0), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores................................................................................................ 415

    Quadro 81 - Distribuio percentual da resposta questoporque no tem medo da brucelose na avaliao inicial (T0), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores................................................................................................ 416

    Quadro 82 - Distribuio percentual da resposta questoque tratamentos conhece para curar ovelhas com brucelose na avaliao inicial (T0), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores ............................................ 416

    Quadro 83 - Distribuio percentual da resposta dos ovinicultores questo aberta porque abortam as ovelhas/cabras na avaliao inicial (T0) ................... 417

    Quadro 84 - Resposta dos ovinicultores questo o que se deve fazer quando se detectam animais positivos na avaliao inicial (T0) ................................ 418

    Quadro 85 - Distribuio percentual da resposta questobrucelose nos animais cura-se na avaliao inicial (T0), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores................................................................................................ 418

    Quadro 86 - Respostas correctas dos temas geradores relacionados com a brucelose humana, na avaliao final (T1), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores......................................................................................... 420

  • Quadro 87 - Respostas correctas dos temas geradores relacionados com a brucelose animal, na avaliao final (T1), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.........................................................................................421

    Quadro 88 - Distribuio percentual da resposta s questes J tinha tido alguma informao sobre o que a brucelose e/ou como se evita? Se sim, onde foi?, distinguindo ovinicultores e no ovinicultores...........................422

    Quadro 89 - Distribuio percentual da resposta questoJ tinha tido alguma informao sobre o que a brucelose e/ou como se evita?, distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.............................................422

    Quadro 90 - Distribuio percentual da resposta questo Quem deve ter mais responsabilidade no combate brucelose?, na avaliao inicial (T0) e final (T1)......................................................................................................424

    Quadro 91 - Distribuio percentual da resposta questo Responsabilidade no combate brucelose, na avaliao inicial (T0) e final, distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.................................................................425

    Quadro 92 - Distribuio percentual da resposta questo Responsabilidade no combate brucelose, na avaliao inicial (T0) e final, distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.................................................................425

    Quadro 93 - Distribuio percentual da justificao da questo quem tem mais responsabilidade no combate brucelose. Avaliao inicial (T0) e final (T1)......................................................................................................427

    Quadro 94 - Distribuio percentual da justificao da questo quem tem mais responsabilidade no combate brucelose. Avaliao inicial (T0) e final (T1), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.............................427

    Quadro 95 - Distribuio percentual da justificao da questo Responsabilidade no combate brucelose. Avaliao inicial (T0) e final (T1), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.............................................428

    Quadro 96 - Distribuio percentual da resposta questo quem tem mais responsabilidade no combate brucelose, segundo a justificao apresentada, nas duas avaliaes .............................................................429

    Quadro 97 - Medidas de discriminao das variveis e das categorias das variveis, por ovinicultores (n=215) e no ovinicultores (n=105)................430

    Quadro 98 - Distribuio percentual da resposta questo quem tem mais responsabilidade no combate brucelose e respectiva justificao, nas 3 medies para os 213 participantes que estiveram presentes na avaliao de resultados ..............................................................................432

    Quadro 99 - Responsabilidade no combate brucelose, segundo a justificao apresentada, nas trs avaliaes, para os 213 participantes da avaliao de resultados (T2).......................................................................433

    Quadro 100 - Distribuio percentual da resposta questo quem tem mais responsabilidade no combate brucelose, por zonas na avaliao de resultados (T2), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores...................434

    Quadro 101 - Distribuio percentual da resposta questo indique algo de novo que tenha aprendido na avaliao de resultados (T2), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.................................................................435

    Quadro 102 - Distribuio percentual da resposta questo algo de novo que tenha aprendido e/ou j tenha aplicado na avaliao de resultados (T2), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores ....................................436

    Quadro 103 - Distribuio percentual da resposta questo algo de novo que tenha aprendido e/ou j tenha aplicado na avaliao de resultados (T2), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores ....................................436

  • Quadro 104 - Distribuio percentual da resposta questo acha possvel que, aps a realizao do curso, os produtores possam aplicar o que aprenderam na avaliao de resultados (T2), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores................................................................. 437

    Quadro 105 - Distribuio percentual da resposta questo como possvel os produtores aplicarem o que aprenderam na avaliao de resultados (T2), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.................................... 438

    Quadro 106 - Distribuio percentual da resposta questo atendendo sua vida profissional, v possibilidade de aplicar, na prtica, os conhecimentos que adquiriu na avaliao de resultados (T2), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores................................................................. 440

    Quadro 107 - Distribuio percentual da resposta questo como possvel os produtores aplicarem o que aprenderam na avaliao de resultados (T2), distinguindo ovinicultores e no ovinicultores.................................... 440

    Quadro 108 - Medidas de tendncia central para as questes de resposta fechada relacionadas com a Satisfao com o programa do curso, distinguindo ovinicultores de no ovinicultores............................................................... 443

    Quadro 109 - Aspectos positivos de ter frequentado o curso e relacionados com a aprendizagem, distinguindo ovinicultores de no ovinicultores................. 445

    Quadro 110 - Aspectos positivos de ter frequentado o curso e relacionados com a satisfao com o curso, distinguindo ovinicultores de no ovinicultores.... 446

    Quadro 111 - Temas que consideraram mais e menos teis, distinguindo ovinicultores de no ovinicultores............................................................... 447

    Quadro 112 - Medidas de tendncia central para as questes de resposta fechada relacionadas com a organizao do curso, distinguindo ovinicultores de no ovinicultores.................................................................................... 448

    Quadro 113 - Medidas de tendncia central para as questes de resposta fechada do questionrio de Avaliao final (T1) ...................................................... 449

    Quadro 114 - Medidas de tendncia central para as questes de resposta fechada relacionadas com a participao individual na formao, distinguindo ovinicultores de no ovinicultores............................................................... 451

    Quadro 115 - Medidas de tendncia central para as questes de resposta fechada relacionadas com a apreciao geral sobre o curso, distinguindo ovinicultores de no ovinicultores............................................................... 453

    Quadro 116 - Apreciao sobre os aspectos menos bons do curso, distinguindo ovinicultores de no ovinicultores............................................................... 455

    Quadro 117 - Sugestes para melhorar......................................................................... 455 Quadro 118 - Atitude acerca da responsabilidade no combate brucelose, nas trs

    avaliaes................................................................................................... 457 Quadro 119 - Diferenas da varivel atitude do primeiro para o segundo e do

    segundo para o terceiro tempo de observao . Teste de Wilcoxon para verificao das diferenas.................................................................. 458

    Quadro 120 - Mdias e desvios padro das variveis de conhecimento do primeiro nos trs tempos de observao. Teste de Freidman para verificao das diferenas ............................................................................................ 460

    Quadro 122. Mdias e desvios padro da varivel de sentido de coerncia para os trs tempos de observao. Teste de ANOVA para verificao das diferenas................................................................................................... 464

    Quadro 123 - Mdias e desvios padro das variveis de abertura experincia e conscienciosidade para os trs tempos de observao da atitude de responsabilidade. Teste de ANOVA para verificao das diferenas ........ 465

  • Quadro 124 - Mdia e desvio-padro das variveis de sentido de coerncia, abertura experincia e conscienciosidade, para os dois momentos de avaliao da aquisio de conhecimentos e valores do teste de correlao de Pearson................................................................................468

    Quadro 125 - Mdias e desvios padro da varivel de aquisio de conhecimentos para os dois tempos de observao da aquisio de conhecimentos. Teste de ANOVA para verificao das diferenas......................................471

  • INTRODUO

    A boa sade parece ter deixado de fazer parte da utopia para entrar no horizonte do

    possvel, ou seja, um estado de completo bem-estar fsico, mental e social e no s

    ausncia de doena ou incapacidade (WHO, 1948). Multiplicaram-se os conhecimentos

    sobre os riscos que ameaam a sade dos indivduos, nomeadamente com o emprego

    de novas metodologias e instrumentos de anlise e tratamento de dados, que permitiram

    melhorar a identificao e a quantificao dos riscos para a sade e possibilitando o

    desenvolvimento de estratgias de preveno das doenas e de promoo da sade.

    Mas a realidade da situao de sade dos indivduos, grupos e comunidades no reflecte

    esta evoluo dos conhecimentos em sade. Conforme refere Amado (2005) sade no

    no estar doente, mas ter a capacidade de, na doena, vencer as mortes. E a nsia

    de sade no o desejo de sobrevivncia na doena, mas a procura activa da percepo

    da vida nas experincias de mortes.

    Para muitos profissionais de sade, nomeadamente os enfermeiros, a Educao para a

    Sade vista como a panaceia dos problemas de sade que a tecnologia no resolve.

    Baseando-se na determinao do risco, as estratgias de Educao para a Sade mais

    utilizadas tendem a centrar toda a responsabilidade de mudana de comportamento no

    indivduo, a partir da culpabilizao e da crtica. Nesta perspectiva, a interveno para

    modificao de comportamentos de risco para a sade enquadra-se num paradigma

    funcionalista, que considera a mudana como resultado dum processo educativo de

    transmisso de conhecimentos, ou seja, o modelo tradicional de Educao para a Sade.

    Logo, os agentes de interveno social procuram tornar-se responsveis pelo processo

    de reeducao dos indivduos e empenham-se a implementar os seus modelos de

    promoo da sade ou preveno de doena.

    Contudo, num paradigma interpretativo, a educao consiste no processo de ensino/

    /aprendizagem que permite aos indivduos desenvolver ao mximo as suas aptides e

    tornarem-se progressivamente responsveis pelos seus modos de vida e em busca

    permanente do sentido da sua existncia. Nesta perspectiva cabe a cada um auto-

    -responsabilizar-se e organizar a sua vida, segundo os prprios modelos e contextos.

    Assim, a sade no um direito mas um dever que fundamenta um direito e deve ser

    percebido quer como esforo e contributo individuais quer como empenho responsa-

    bilizante e colectivo das comunidades e seus governos (Amado, 2005).

    As doenas infecciosas tm sido um verdadeiro desafio para os profissionais de sade

    pois, quase sempre, o seu controlo no depende apenas das medidas higienistas.

    A brucelose disso exemplo, uma vez que uma doena rara nos pases onde foram

    implementados programas de erradicao. Existem diversas regies onde se mantm

  • 32 Introduo

    focos endmicos nomeadamente do Mediterrneo, do Mdio Oriente, da sia, da frica e

    da Amrica do Sul, sobretudo em reas com dfices socio-econmicos e que tambm

    so destinos tursticos. A doena apresenta baixa mortalidade mas elevada morbilidade,

    com custos sociais importantes. Devido a estes e outros factores, na sua expresso

    procurou-se uma estratgia de preveno, seguindo o conselho de Kurt Lewin (1946):se

    queres compreender um sistema procura mud-lo.

    Em Portugal, a brucelose a antropozoonose mais frequente, que afecta elevado nmero

    de adultos em idade activa, especialmente os trabalhadores jovens ligados produo

    pecuria. A fonte reside sempre em reservatrios animais, domsticos ou selvagens,

    sendo o Homem elemento terminal e acidental da cadeia epidemiolgica. As vias da

    infeco so mltiplas: ocupacional, alimentar ou recreativa (relacionada com turismo).

    O leite cru e os queijos frescos so os principais veculos de infeco por ingesto mas

    um grande nmero de casos diagnosticados de brucelose corresponde a contacto directo

    com pequenos ruminantes (OMS, 1981; Alballa, 1995), podendo at considerar-se uma

    doena ocupacional para trabalhadores pecurios, de matadouros e para veterinrios. Na

    legislao portuguesa (DR n 12/80), a brucelose consta na Lista de Doenas

    Profissionais, como doena devida a agentes animados.

    A Brucella um bacilo Gram negativo, parasita intracelular facultativo e desencadeia uma

    resposta imunitria essencialmente do tipo mediao celular. A transmisso da infeco

    por inalao foi comprovada por estudos epidemiolgicos (OMS, 1981), relacionando-se

    com a formao de aerossis infectantes durante a pario de animais infectados, ou no

    seu abate, que penetram pela via respiratria ou pela conjuntiva. A transmisso por

    inoculao ocorre geralmente em trabalhadores de laboratrio ou em profissionais de

    sanidade animal, que fazem recolhas em espcimes infectados ou manuseiam soros

    contaminados, vacinas e produtos de diagnstico laboratorial (Blasco & Diaz, 1993).

    Em 1981, a OMS definiu o desenvolvimento de uma vacina humana, alm da execuo

    de programas do controle e de erradicao nos animais, como prioridade elevada nos

    pases afectados pela brucelose. Contudo, ainda no h nenhuma vacina humana eficaz

    para a brucelose (Melio-Silvestre & col, 1990), sendo que a ocorrncia da doena est

    directamente ligada prevalncia de brucelose animal na regio.

    Em Portugal, desde 1938 que tm sido desenvolvidas campanhas de controlo e

    preveno da brucelose animal, com vista sua erradicao. Os resultados obtidos

    foram muito positivos tendo-se verificado um aumento progressivo do nmero de animais

    rastreados anualmente e diminuio da prevalncia da doena. Mas, em certas regies

    do pas mantm-se endmica, verificando-se assimetrias que se pensa estar correlacio-

    nada com as condies econmico-culturais e de vigilncia sanitria nas diferentes

    regies.

  • Introduo 33

    A incidncia de brucelose na regio da Serra da Estrela (Portugal) aproximadamente

    cinquenta vezes mais alta que no Pas (1.06X105, em 2004). A preveno e controlo da

    brucelose humana, baseia-se nalgumas medidas de interveno legisladas e que se

    supe que todos os indivduos envolvidos na produo pecuria ou de queijos, deveriam

    saber e cumprir. Essas normas situam-se ao nvel dos diferentes componentes da cadeia

    epidemiolgica da brucelose: eliminao dos reservatrios naturais; controle dos meios

    de transmisso; proteco especfica das pessoas expostas ao risco; e deteco precoce

    com tratamento imediato das pessoas doentes.

    No mbito do Plano Nacional de Erradicao de Brucelose animal, todos os animais so

    rastreados anualmente e abatidos os positivos. Contudo estas medidas colidem com os

    interesses dos produtores provocando, muitas vezes, aces de fuga por falta de

    conhecimentos acerca da prevalncia e da gravidade da doena, quer nos animais como

    nas pessoas. Por outro lado, as caractersticas de maneio animal (especialmente do gado

    ovino), a falta de conhecimentos sobre a doena e o sobre o controlo dos meios de

    transmisso, correlacionam-se com a prevalncia de doena (Vaz, 1996; Brito, 1997;

    Martins, 1998).

    Num rastreio serolgico populacional (caso-controlo) realizado por Brito (1997) a duas

    populaes predominantemente criadoras de gado, ao correlacionar-se a seroprevalncia

    com alguns comportamentos, verificou-se existir acentuado risco que leva, necessa-

    riamente, disseminao da infeco, quer para outros animais, quer para as pessoas

    que manipulam os animais infectados (ou subprodutos) ou que consomem leite e queijo

    fresco. Estes comportamentos poderiam estar associados a hbitos culturais e elevado

    analfabetismo, mas tambm a um baixo investimento dos servios sanitrios.

    Esta situao de sade relativa brucelose ovina coloca Portugal numa posio desfavo-

    rvel em relao Comunidade Europeia, uma vez que limita o livre-trnsito de animais e

    produtos pecurios. A resoluo da problemtica reside na eliminao dos reservatrios

    naturais (abate de animais positivos) que, por sua vez, depende especialmente da

    alterao qualitativa do maneio de pequenos ruminantes e dos modos de produo de

    queijo artesanal. A criao de legislao e a subsidiao no controlo da doena fez

    reduzir a prevalncia de brucelose animal, mas a falta de conhecimentos sobre a cadeia

    epidemiolgica da brucelose, a desresponsabilizao em relao ao programa de

    erradicao da brucelose e o descrdito na interveno das entidade pblicas so ainda

    factores que prejudicam a adeso s medidas de preveno e mantm a infeco na

    comunidade.

    Assumiu-se ento que a atitude de desresponsabilizao face ao programa de controlo

    da doena seria atribuvel ao dfice de conhecimentos sobre preveno da brucelose e a

  • 34 Introduo

    falsas crenas. Este foi o ponto de partida para o desenvolvimento da tese apresentada e

    que se estrutura em trs partes.

    A Educao para a Sade constituiu-se como estratgia central deste estudo e, por isso,

    na primeira parte da tese, incluem-se dois captulos de enquadramento terico da

    interveno onde se abordam e analisam os principais conceitos de relacionados com a

    sade e seus determinantes, a promoo da sade e suas estratgias de interveno,

    nomeadamente a Educao para a Sade, o modelo pedaggico de Paulo Freire e se

    descreve o modelo utilizado PRECEDE-PROCEED(Green & Kreuter, 1991).

    No segundo captulo desta parte apresentada a informao relevante e disponvel

    sobre brucelose: aspectos epidemiolgicos, tratamento e preveno.

    Mas, sendo a brucelose uma zoonose com um plano de erradicao bem legislado desde

    h 75 anos, porque se mantm a Serra da Estrela uma zona endmica? Esta questo foi

    o ponto de partida para o diagnstico de situao de sade relacionado com a brucelose

    na Serra da Estrela, que se apresenta na segunda parte desta investigao. Para esta

    anlise utilizou-se o referido modelo PRECEDE-PROCEED. Dos resultados obtidos pela

    aplicao de vrias metodologias de recolha de dados concluiu-se que a endemia de

    brucelose parece estar relacionada com a produo de Queijo Serra da Estrela que leva

    inverso do ciclo reprodutivo normal dos ovinos para que a produo leiteira ocorra

    durante a estao mais fria do ano, facto que facilita a viabilidade e a infecciosidade da

    Brucella. Por outro lado, um passado de desrespeito pela lei levou manuteno, nos

    rebanhos, de animais infectados, infeco deliberada para angariao ilcita das

    indemnizaes; troca de brincos nos animais declarados infectados; ao no

    saneamento de todos os animais do rebanho. Esta situao est agravada pelo facto de

    na regio existir um contacto frequente entre rebanhos devido ao emparcelamento e o

    pequeno latifndio (Vaz, 1996; Martins, 1998).

    A partir de toda a informao recolhida e analisada, estabeleceram-se os seguintes

    diagnsticos de enfermagem para os ovinicultores, como grupo de risco profissional:

    Adeso deficitria ao Plano de Erradicao da Brucelose;

    Precauo de segurana deficitria nas situaes de exposio ao risco de infeco;

    Adeso deficitria vigilncia de sade deficitria;

    Para todos os indivduos residentes em zonas endmicas de brucelose, que inclui

    ovinicultores, seus familiares e conviventes:

    Precauo de segurana deficitria no consumo de produtos frescos derivados de

    pequenos ruminantes;

    Adeso deficitria vigilncia de sade.

  • Introduo 35

    Com estratgia para promover uma melhor adeso s medidas de preveno, prope-se

    o desenvolvimento de aces correctivas e de educao para a sade cuja finalidade

    seria contribuir para um melhor controlo desta doena na comunidade.

    Concebeu-se um programa de formao para preveno da brucelose, culturalmente

    adaptado e baseado no modelo pedaggico de Freire: o Curso de Formao para

    Preveno da Brucelose (32 horas em 8 sesses). Este curso serviria de base a uma

    interveno conscientizadora a implementar numa populao de ovinicultores, seus

    familiares, conviventes e lderes comunitrios, que se apresenta na terceira parte deste

    relatrio.

    Na impossibilidade temporal e logstica de se avaliar a adeso s medidas de preveno

    primria da brucelose humana, foram avaliados os factores predisponentes, ou seja, os

    conhecimentos e atitudes considerados percursores dessa adeso.

    A terceira parte da tese constitui o relatrio da interveno educativa realizada. Nos dois

    primeiros captulos apresenta-se o desenho da investigao em que se pretende avaliar o

    efeito do programa de formao sobre preveno da brucelose na modificao de

    atitudes e conhecimentos com vista preveno da doena. Decorrente deste objectivo

    colocaram-se as seguintes questes de investigao:

    Ser que uma interveno educativa culturalmente adaptada e conscientizadora,

    aplicada a ovinicultores, seus familiares e conviventes duma zona endmica de