interpretação de texto rubem braga

2
5/19/2018 InterpretaodeTextoRubemBraga-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/interpretacao-de-texto-rubem-braga-5616c02986910 1/2  Prof.ª Christiane M. Martins  Aluno/a: ............................................................................................. MEU IDEAL SERIA ESCREVER . . . Rubem Braga Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzen quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse: !i meu "eus, q história mais engraçada# $ então contasse % cozinheira e tele&onasse 'ara duas ou tr(s amigas 'ara contar história) e todos a quem ela contasse rissem muito e &icassem alegremente es'antados de v(la tão alegre que minha história &osse um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclus enlutada, doente. *ue ela mesma &icasse admirada ouvindo o 'ró'rio riso e de'ois re'etisse 'ara si 'ró'ri +mas esta história mesmo muito engraçada# - . . . - . . . *ue nas cadeias , nos hos'itais, em todas as salas de es'era minha história chegasse e tão &ascinan graça, tão colorida e tão 'ura que todos lim'assem seu coração, com lágrimas de alegria) que o comissári distrito, de'ois de ler a minha história, mandasse soltar aqueles b(bados e tambm aquelas 'obres mulher colhidas na calçada e lhes dissesse: +/or &avor, com'ortemse, que diabos# $u não gosto de 'render ningum#+$ que assim todos tratassem melhor seus em'regados, seus de'endentes e seus semelhantes em alegre e es'ont0nea homenagem % minha história. -. . . -. . . $ quando todos me 'erguntassem +mas de onde que voc( tirou essa história1+ eu res'onderia qu ela não minha, que eu a ouvi 'or acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, que 'or sinal começara a contar assim: +2ntem ouvi um sujeito contar uma história . . .+ $ eu esconderia com'letamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando 'ens tristeza daquela moça que está doente, que sem're está doente, que sem're está de luto e sozinha naquela  'equena casinha cinzenta de meu bairro. Responda: 3 4omo a moça doente e triste reagiria % história lida1 5 4omo se com'ortariam as 'essoas de'ois de ler a história1 6 7oc( acredita que o autor nutre algum sentimento 'ela moça da casa cinzenta1 8 "e'ois de ler este &ragmento de uma cr9nica de Rubem Braga, voc( sabe de&inir qual o verdadeiro id do autor1

Upload: christiane-moises

Post on 09-Oct-2015

293 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

texto e exercicios

TRANSCRIPT

INTERPRETAO DE TEXTO

Prof. Christiane M. Martins

Aluno/a: .............................................................................................

MEU IDEAL SERIA ESCREVER . . .Rubem Braga

Meu ideal seria escrever uma histria to engraada que aquela moa que est doente naquela casa cinzenta quando lesse minha histria no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse: - Ai meu Deus, que histria mais engraada! E ento contasse cozinheira e telefonasse para duas ou trs amigas para contar a histria; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de v-la to alegre . Ah que minha histria fosse um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moa reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o prprio riso e depois repetisse para si prpria - "mas esta histria mesmo muito engraada! ( . . .)( . . .) Que nas cadeias , nos hospitais, em todas as salas de espera minha histria chegasse - e to fascinante de graa, to colorida e to pura que todos limpassem seu corao, com lgrimas de alegria; que o comissrio do distrito, depois de ler a minha histria, mandasse soltar aqueles bbados e tambm aquelas pobres mulheres colhidas na calada e lhes dissesse: - "Por favor, comportem-se, que diabos! Eu no gosto de prender ningum!"E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontnea homenagem minha histria. (. . . )(. . . ) E quando todos me perguntassem - "mas de onde que voc tirou essa histria?"- eu responderia que ela no minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal comeara a contar assim: "Ontem ouvi um sujeito contar uma histria . . ." E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha histria em um s segundo, quando pensei na tristeza daquela moa que est doente, que sempre est doente, que sempre est de luto e sozinha naquela pequena casinha cinzenta de meu bairro.

Responda:1) Como a moa doente e triste reagiria histria lida?2) Como se comportariam as pessoas depois de ler a histria?3) Voc acredita que o autor nutre algum sentimento pela moa da casa cinzenta?4) Depois de ler este fragmento de uma crnica de Rubem Braga, voc sabe definir qual o verdadeiro ideal do autor?