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Projeto Testes Intermédios RELATÓRIO 2011

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Projeto Testes Intermédios  

RELATÓRIO 2011 

 

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Relatório Testes Intermédios 2011    2 _ 98 

FICHA TÉCNICA 

  TÍTULO 

PROJETO TESTES INTERMÉDIOS Relatório 2011   COORDENAÇÃO 

Helder Diniz de Sousa  AUTORIA 

Coordenadores e autores de testes intermédios de: 

1.º ciclo do ensino básico 

Língua Portuguesa 

Matemática 

3.º ciclo do ensino básico 

Ciências Físico‐Químicas 

Ciências Naturais 

Geografia 

História 

Inglês 

Língua Portuguesa 

Matemática 

Ensino secundário 

Biologia e Geologia 

Filosofia 

Física e Química A 

Matemática A   

Maria Antonieta Ferreira 

Maria Teresa Castanheira 

Ricardo Pereira 

Sandra Pereira 

Vanda Lourenço    

 

Diretor: Helder Diniz de Sousa  

Março de 2012 

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Relatório Testes Intermédios 2011    3 _ 98 

ÍNDICE 

 

 

ÍNDICE DE FIGURAS  ____________________________________________________________     5 

 

 

INTRODUÇÃO  _________________________________________________________________ 008  

 

 

ANÁLISE DE RESULTADOS POR DISCIPLINA  

 

1.º ciclo do ensino básico 

 

Língua Portuguesa e Matemática (nota introdutória) ____________________________ 0 12 

 

Língua Portuguesa  _______________________________________________________ 0 14 

 

Matemática  ____________________________________________________________ 0 17 

 

3.º ciclo do ensino básico 

 

Ciências Físico‐Químicas  __________________________________________________ 0 20 

 

Ciências Naturais  ________________________________________________________ 0 23 

 

Geografia  ______________________________________________________________ 0 24 

 

História  ________________________________________________________________ 0 26 

 

Inglês  _________________________________________________________________ 0 28 

 

Língua Portuguesa  _______________________________________________________ 0 31 

 

Matemática  ____________________________________________________________ 0 34 

 

Ensino secundário  

 

Biologia e Geologia – 10.º e 11.º anos   _______________________________________ 0 37 

 

Filosofia – 10.º ano   ______________________________________________________ 0 41 

 

Física e Química A – 10.º e 11.º anos  ________________________________________ 0 42 

 

Matemática A – 10.º, 11.º e 12.º anos  _______________________________________ 0 46 

 

 

 

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Relatório Testes Intermédios 2011    4 _ 98 

DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS POR NUT III  _______________________________________  50 

 

 

CONCLUSÃO  __________________________________________________________________  92 

 

 

ANEXOS ______________________________________________________________________  94 

    

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Relatório Testes Intermédios 2011    5 _ 98 

ÍNDICE DE FIGURAS   FIGURA 1 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  Compreensão do Oral – 1.º ciclo do ensino básico  _____________________________________________________  51 

FIGURA 2 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Escrita – 1.º ciclo do ensino básico___________________________________________________________________51  

FIGURA 3 Distribuição dos resultados médios por NUT III — 2011  Leitura – 1.º ciclo do ensino básico __________________________________________________________________  52  

FIGURA 4 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  Conhecimento Explícito da Língua – 1.º ciclo do ensino básico   ___________________________________________  52 

FIGURA 5 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Conhecimento, Compreensão de Conceitos e Procedimentos Matemáticos – 1.º ciclo do ensino básico ___________  54 

FIGURA 6 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Raciocínio Matemático – 1.º ciclo do ensino básico _____________________________________________________  54 

FIGURA 7 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  Resolução de Problemas – 1.º ciclo do ensino básico  ___________________________________________________  55 

FIGURA 8 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Comunicação Matemática – 1.º ciclo do ensino básico __________________________________________________  55 

FIGURA 9 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  Números e Cálculo – 1.º ciclo do ensino básico ________________________________________________________  56 

FIGURA 10 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  Geometria e Medida – 1.º ciclo do ensino básico  ______________________________________________________  56 

FIGURA 11 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Estatística e Probabilidades – 1.º ciclo do ensino básico _________________________________________________  57 

FIGURA 12 Distribuição dos resultados médios por NUT III — 2011 Álgebra – 1.º ciclo do ensino básico _________________________________________________________________  57 

FIGURA 13 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  Ciências Físico‐Químicas – 3.º ciclo do ensino básico____________________________________________________  58 

FIGURA 14 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Ciências Físico‐Químicas – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100)  ____________________  59 

FIGURA 15 Distribuição dos resultados médios por NUT III — 2011 Ciências Naturais – 3.º ciclo do ensino básico  _________________________________________________________  60 

FIGURA 16 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Ciências Naturais – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) __________________________  61 

FIGURA 17 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Geografia – 3.º ciclo do ensino básico  _______________________________________________________________  62  

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FIGURA 18 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Geografia – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) ________________________________  63 

FIGURA 19 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 História – 3.º ciclo do ensino básico _________________________________________________________________  64  

FIGURA 20 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  História – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional =100)___________________________________ 65  

FIGURA 21 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Inglês – 3.º ciclo do ensino básico  __________________________________________________________________  66 

FIGURA 22 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  Inglês – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) ___________________________________  67  

FIGURA 23 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico  ________________________________________________________  68 

FIGURA 24 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100)   ________________________  69 

FIGURA 25  Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Matemática – 3.º ciclo do ensino básico  _____________________________________________________________  70 

FIGURA 26 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  Matemática – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) ______________________________  71 

FIGURA 27 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011. Matemática – 3.º ciclo do ensino básico, por ano de  escolaridade (8.º e 9.º anos). Valores índice (Média nacional = 100)________________________________________ 72 

FIGURA 28 Diferença entre o valor índice da NUT III e o índice 100 – 2011 Resultados dos testes de Língua Portuguesa e de Matemática do 3.º ciclo do ensino básico  ____________________  73 

FIGURA 29 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  Biologia e Geologia – ensino secundário  _____________________________________________________________  74 

FIGURA 30 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Biologia e Geologia – ensino secundário (10.º e 11.º anos). Valores índice (Média nacional = 100)  _______________  75 

FIGURA 31 Distribuição dos resultados médios por NUT III — 2011. Biologia e Geologia – ensino secundário, por ano  de escolaridade (10.º e 11.º anos). Valores índice (Média nacional = 100) ___________________________________  76 

FIGURA 32 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  Filosofia – ensino secundário  ______________________________________________________________________  77 

FIGURA 33 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Filosofia – ensino secundário. Valores índice (Média nacional = 100)   ______________________________________  78 

FIGURA 34 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Física e Química A – ensino secundário ______________________________________________________________   79 

FIGURA 35 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Física e Química A – ensino secundário (10.º e 11.º anos). Valores índice (Média nacional = 100)_________________80 

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Relatório Testes Intermédios 2011    7 _ 98 

FIGURA 36 Distribuição dos resultados médios por NUT III — 2011. Física e Química – ensino secundário, por ano de escolaridade (10.º e 11.º anos). Valores índice (Média nacional = 100) _____________________________________  81 

FIGURA 37 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 Matemática – ensino secundário ___________________________________________________________________  82 

FIGURA 38 Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011.Matemática – ensino secundário, por ano de  escolaridade (10.º, 11.º e 12.º anos). Valores índice (Média nacional = 100__________________________________  84 

FIGURA 39 Distribuição dos resultados médios por NUT III — 2011. Matemática – ensino secundário, por ano  de escolaridade (10.º, 11.º, 12º anos). Valores índice (Média nacional = 100) ________________________________  85 

FIGURA 40 Posição relativa das NUT III em função da variação dos resultados 2009‐2011 e da média obtida em 2011 Matemática – 9.º ano ____________________________________________________________________________  87 

FIGURA 41 Posição relativa das NUT III em função da variação dos resultados 2009‐2011 e da média obtida em 2011 Biologia e Geologia – 11.º ano _____________________________________________________________________  88 

FIGURA 42 Posição relativa das NUT III em função da variação dos resultados 2009‐2011 e da média obtida em 2011 Física e Química A – 11.º ano _______________________________________________________________________ 89 

FIGURA 43 Posição relativa das NUT III em função da variação dos resultados 2009‐2011 e da média obtida em 2011 Matemática – 12.º ano ___________________________________________________________________________  91    

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Relatório Testes Intermédios 2011    8 _ 98 

INTRODUÇÃO 

No  ano  letivo  2010/2011  conclui‐se  o  sexto  ano  do  projeto  dos  Testes  Intermédios  (TI), 

constatando‐se,  como  tinha  sido observado  em  anos  anteriores, uma  crescente  adesão das 

escolas (1305, no total, para o 3.º ciclo do ensino básico (CEB) e ensino secundário (ES) e 800 

agrupamentos para o 1.º CEB). 

No ano letivo em apreço foram realizadas 24 aplicações, em três níveis de ensino, abrangendo 

novas  áreas  curriculares,  salientando‐se  a  retoma  da  avaliação  estandardizada  em  Filosofia 

(10.º ano) e o enfoque nas disciplinas do 3.º CEB que não são objeto de avaliação externa em 

sede  de  exame  nacional  (Inglês,  História,  Geografia,  Ciências  Naturais  e  Ciências  Físico‐

‐Químicas).  

É de sublinhar a natural preservação do quadro conceptual e das finalidades que subjazem à 

realização do projeto TI: o valor de diagnóstico, cujo exemplo mais relevante é materializado 

nas aplicações do 2.º ano, e o valor formativo e regulador que a  informação gerada por cada 

teste  proporciona,  no  imediato,  a  cada  professor,  a  cada  aluno  e  respetiva  família,  e  à 

comunidade escolar, a que acresce a possibilidade de  contextualizar os  resultados  locais de 

cada aplicação com os resultados de unidades territoriais de outras escalas – a região NUT III 

em que se  insere a escola e o todo nacional. Estas dimensões do projeto, aliadas ao facto de 

estarmos  em  presença  de  aplicações  de  testes  estandardizados,  de  conceção  externa  às 

escolas, mas cuja utilização se concretiza nos processo de avaliação  interna, constituem uma 

mais‐valia  que  poderá  contribuir  para  sustentar  ou,  sempre  que  necessário,  reformular 

práticas de ensino e de aprendizagem, ou seja, permitir que professores e alunos repensem e 

reajustem os seus modos de agir.  

Neste ano, deu‐se ainda forma a novos desafios: 

a organização logística da realização de provas que incluíram a avaliação da oralidade 

(avaliação da Compreensão do Oral nos testes de Língua Portuguesa do 2.º ano e de 

Inglês  do  3.º  CEB,  e  também  da  Interação  Oral  neste  último),  recuperando  uma 

componente essencial de avaliação externa, em particular nas línguas estrangeiras, há 

muito desvalorizada no nosso sistema de ensino; 

o carácter precoce da avaliação da Língua Portuguesa e da Matemática, no 2.º ano, 

pretendendo,  com  a  informação  recolhida,  e  agora  sintetizada  neste  relatório, 

constituir um primeiro passo no sentido de um diagnóstico atempado de fragilidades 

que  em muito  têm  contribuído  para  níveis  de  retenção  no  final  do  1.º  CEB  e  que 

devem ser significativamente reduzidos; 

a  aplicação  de  testes  intermédios  a  um  universo  de  escolas  com  um  padrão  de 

distribuição  geográfica muito  disperso  (1.º  CEB),  por  vezes  fisicamente  distantes  da 

escola sede de agrupamento, unidade coordenadora do processo de distribuição dos 

enunciados  e  de  recolha  dos  resultados,  cujo  excelente  desempenho  aqui  se 

reconhece; 

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Relatório Testes Intermédios 2011    9 _ 98 

o contínuo esforço para que os  resultados dos alunos, obtidos em cada  teste, sejam 

gerados em ferramentas de uso simples, facilmente acessíveis e partilháveis por todos 

os  interlocutores:  atualmente,  as  tabelas  com  a  informação  de  cada  teste  geram 

automaticamente histogramas com a distribuição dos resultados, algumas com áreas 

de  subtotais permitindo  leituras por domínio/área de  conhecimentos, para  além de 

uma automática análise dos  resultados por  teste e por  item, por  referência a vários 

indicadores, da turma e, depois de agregados, também de cada escola;  

o  levantamento  em  tabela  de  outros  indicadores  de  desempenho  (o  registo  das 

alternativas de  resposta dada em  itens de escolha múltipla, a  identificação dos  itens 

não  respondidos  ou  respondidos  incorretamente,  ou  a  classificação  por  grupos  de 

itens), experimentados pela primeira vez em algumas disciplinas;  

a concretização de uma maior rapidez de devolução de resultados parciais por teste, 

com  universos  de  análise  compostos  por  um  número  de  alunos  amplamente 

representativo do universo nacional e regional (entre 31000 e 81000), com uma média 

de  10  dias  úteis  entre  o  final  do  upload  das  grelhas  e  a  publicação  de  resultados 

nacionais e regionais por teste;  

a desagregação dos resultados do 2.º ano, com devolução de informação, de natureza 

qualitativa, por item, aos professores e aos pais/encarregados de educação;  

a implementação da ferramenta Extranet, com a garantia de uma maior fiabilidade de 

procedimentos,  com  a  capacidade  de monitorização  de  todo  o processo  em  tempo 

real, com a capacidade de comunicação com escolas via Alertas e com o incremento da 

segurança  (níveis  de  acesso,  assinatura  digital  dos  testes),  o  que  contribuiu 

decisivamente  para  a  elevadíssima  taxa  de  devolução  de  resultados  (média  global: 

96,6%; valor mais baixo: 94,4%; valor mais alto: 99,8%); 

a  disponibilização  de  enunciados  em  «Entrelinha  1,5»,  destinados  a  utilização  em 

suporte  informático,  permitindo  a  inclusão  dos  alunos  com  deficiência  visual  no 

projeto. 

Vale a pena  reiterar a  importância de alguns aspetos em que ainda  se afigura  indispensável 

uma continuada atenção das escolas, como o da plena delegação de competências por parte 

das  direções  das  escolas  na  figura  do  gestor  de  projeto  e  o  da  plena  assunção  deste  das 

funções que deve desempenhar. É, ainda, essencial melhorar o nível de consciencialização das 

comunidades educativas locais da natureza particular do projeto, ao nível das suas finalidades.  

Por um lado, destaca‐se a forma como os resultados devem e podem ser utilizados no sentido 

da  construção  de  processos  de  aprendizagem mais  sólidos,  ou  seja,  gerindo  inteligente  e 

equilibradamente as funções formativa e sumativa da avaliação, na apropriação de um quadro 

conceptual  cada  vez  mais  aceite,  em  que  surge  claramente  desvalorizada  uma  visão 

segmentada daquelas duas funções.  

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Relatório Testes Intermédios 2011    10 _ 98 

Por outro  lado,  considera‐se  indispensável  continuar  a  investir na  informação  a prestar  aos 

alunos e às suas famílias relativamente ao carácter facultativo do projeto e, por conseguinte, 

sublinhar  a  total  responsabilidade  de  cada  escola  no  cumprimento  das  regras  de 

funcionamento  do mesmo,  nos  processos  de  adesão,  de  seleção  dos  testes  a  aplicar,  de 

classificação  dos  testes  e,  por  último,  de  utilização  dos  resultados. Uma  vez mais,  importa 

enfatizar que: 

os TI não são exames; 

os  TI,  tal  como  um  teste  elaborado  por  cada  professor,  não  são  passíveis  de 

reapreciação; 

todas as decisões sobre a classificação e o seu uso, em  termos da avaliação  interna, 

são  da  exclusiva  competência  dos  professores  e,  em  última  instância,  dos  órgãos 

pedagógicos de cada escola.  

Do ponto de vista da estrutura do relatório, optou‐se pela manutenção do formato das duas 

anteriores edições. Numa primeira parte, a partir da análise dos resultados de cada teste, por 

item,  destacam‐se  as  áreas  da  aprendizagem  que  se  afiguram  consolidadas  e,  em  sentido 

oposto,  identificam‐se as situações de aprendizagem que evidenciam maiores  fragilidades. A 

informação disponibilizada aquando da classificação de cada teste,  incluindo, para cada  item, 

indicadores  com  as  percentagens  de  respostas  com  classificação  máxima  e  nula  com  a 

percentagem da média da classificação em  relação à cotação  total e com a percentagem de 

respostas correspondentes a intervalos de cotação, oferece um nível de análise detalhado, que 

permite diferenciar níveis de desempenho aqui sistematizados, sintetizados e categorizados de 

forma dicotómica, logo, simplificada.  

Para os professores e demais responsáveis pedagógicos presentes em cada escola, considera‐

‐se  essencial  que  as  evidências  e  as  propostas  aqui  apresentadas  sejam  cotejadas  com  a 

informação  contextual  de  cada  teste,  inclusivamente  com  os  seus  resultados,  informação 

presente  na  Extranet  (ou  já  descarregada  por  cada  professor),  para  a  qual  se  remetem  os 

leitores  atrás  mencionados.  A  análise  conjunta  deste  relatório  com  a  informação  já 

disponibilizada  ao  longo  do  ano  letivo  constitui,  em  nosso  entender,  uma  ferramenta  de 

relevante  utilidade  na  (re)definição  de  estratégias  de  intervenção  didática,  a  enquadrar, 

necessariamente, nos contextos particulares de cada turma/escola. 

Os restantes leitores, não tendo acesso à informação técnica restrita disponível na Extranet do 

GAVE, em nada ficam  limitados na consulta e consequente apropriação da  informação agora 

disponibilizada,  a  qual  permite,  a  uma  escala  de  análise macro, quer  no  plano  pedagógico, 

quer  territorial,  um  retrato  limitado,  como  se  referiu,  mas  ainda  assim  elucidativo  dos 

desempenhos que os alunos portugueses evidenciam nas disciplinas testadas. 

Na  segunda  parte  do  relatório,  apresenta‐se  uma  abordagem  complementar  centrada  na 

comparação dos resultados georreferenciados ao nível da NUT III, unidade territorial de análise 

considerada neste projeto. 

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Relatório Testes Intermédios 2011    11 _ 98 

Pode ficar‐se a conhecer:  

a  distribuição  geográfica  da  média  dos  resultados  do  conjunto  dos  TI  de  cada 

disciplina; 

a posição relativa dos resultados de cada unidade territorial, por disciplina e por ano 

de escolaridade, em relação à média nacional; 

a  tendência de evolução dos  resultados,  também por disciplina, entre 2009 e 2011, 

considerando,  para  o  efeito,  apenas  os  resultados  do  último  TI  realizado  no  ano 

terminal do ciclo de estudos de cada disciplina.  

Os resultados apresentados devem ser lidos tendo presentes, por um lado, a realidade de cada 

escola e, por outro lado, as relações que cada escola estabelece com o «território educativo» 

em que se  insere, ou seja, o contexto  local/regional (NUT  III) e, ainda, o seu posicionamento 

num contexto mais alargado, a dimensão nacional. Os  resultados por escola  são conhecidos 

aquando  da  devolução  dos  resultados  ao GAVE,  após  a  realização  de  cada  TI,  sendo  agora 

possível enquadrá‐los, de forma conjunta, nos contextos territoriais considerados.  

É  de  notar  que  os  valores  apresentados,  com  exceção  dos  considerados  nos  intervalos  da 

escala de classificações utilizada nas representações cartográficas que  ilustram a distribuição 

dos resultados por NUT III, são valores índice, sendo sempre o valor médio de Portugal igual a 

100. Desta forma, é possível ter uma medida da tendência de evolução relativa dos resultados 

sem que a natureza dos  instrumentos de avaliação utilizados em cada ano — como é sabido, 

originais em cada caso e, como tal, diferentes – possa afetar a comparabilidade dos mesmos.  

Acrescente‐se que, apesar de o número de escolas inscritas ser largamente representativo do 

universo nacional, como atrás se referiu, vale a pena notar que os valores apresentados para 

algumas NUT  III,  as que  têm um  reduzido número de  escolas  (devido  à  reduzida dimensão 

territorial ou à baixa densidade populacional), podem não ser estatisticamente significativos.  

Como  nota  final,  o  balanço  destes  seis  anos  de  projeto  TI  é  claramente muito  positivo.  A 

excelente colaboração da esmagadora maioria das escolas envolvidas e a sua atitude, muito 

construtiva – sentida, entre outras vertentes, na facilitação dos processos de interação com o 

GAVE, minimizando as naturais entropias que um processo desta dimensão tende a incorporar 

–, a par do número  crescente de escolas  interessadas em participar no projeto,  constituem 

sinais evidentes do reconhecimento da valia que esta iniciativa representa.    

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Relatório Testes Intermédios 2011    12 _ 98 

ANÁLISE DE RESULTADOS POR DISCIPLINA 

 

1.º ciclo do ensino básico  

Língua Portuguesa  e Matemática – 2.º ano 

Deve  ser  consultada  a  Informação  n.º  32  (Língua  Portuguesa  e Matemática),  disponível  na 

Extranet (Testes Intermédios 2010/2011). 

 

Nota introdutória 

As  diversas  informações  produzidas  a  propósito  da  realização  de  testes  intermédios  no  1.º 

ciclo  do  ensino  básico  explicitaram  o  princípio  de  base  que  sustentou  a  conceção  e  a 

disponibilização de instrumentos de avaliação de aplicação nacional dirigidos aos alunos do 2.º 

ano de escolaridade: a necessidade de se levar a cabo um diagnóstico precoce das dificuldades 

dos alunos, permitindo uma  intervenção pedagógica e didática mais eficaz.  Importa  retomar 

esta  finalidade,  repetidamente  reforçada  nas  referidas  informações,  uma  vez  que  ela 

comporta  uma  dimensão  formativa  da  avaliação  que  se  pretendeu  ver  especialmente 

destacada  nos  testes  intermédios  do  2.º  ano.  Neste  âmbito,  e  no  caso  concreto  destas 

aplicações,  o  formato  das  grelhas  de  registo  de  resultados  pretendeu  contribuir  para  o 

cumprimento  dessa  finalidade,  facilitando  a  análise  circunstanciada  do  desempenho  dos 

alunos a partir das  suas produções  individuais, a análise dos  resultados da  turma/escola, no 

que respeita a cada um dos domínios ou das áreas temáticas em avaliação, e a avaliação do 

desempenho  individual de cada aluno (veja‐se exemplo de Ficha  Individual de Aluno – Anexo 

1),  com  informação  desagregada  por  objetivos,  que  correspondiam  às  diferentes  áreas  em 

avaliação. Com este  conjunto de  informações,  geradas na  sequência do preenchimento das 

grelhas, pretendeu‐se possibilitar a partilha de  informação com encarregados de educação e 

contribuir para uma preparação do ano  letivo 2011/2012, uma vez que a  interpretação dos 

resultados permite orientar e  sustentar  intervenções didáticas e  facultar  feedback  regulador 

da aprendizagem. 

No  quadro  do  que  atrás  se  explicita,  a  classificação  dos  testes  efetuou‐se,  como 

habitualmente, de acordo com os critérios gerais e com os critérios específicos de cada  item, 

sendo  que  os  critérios  específicos  apresentaram  um  conjunto  de  descritores  por  níveis  de 

desempenho  que  correspondiam,  neste  caso  concreto,  a  códigos  numéricos,  a  atribuir  de 

acordo  com  o  desempenho  evidenciado  pela  resposta  (ausência  de  resposta,  resposta 

incorreta, resposta incompleta, resposta correta, entre outras informações). Consentânea com 

o  carácter  eminentemente  formativo  deste  teste  intermédio,  a  utilização  de  códigos 

numéricos  justifica‐se  também  por  razões  técnicas,  no  sentido  de  permitir  o  tratamento 

informático dos dados registados nas grelhas de registo de resultados.  

Considerando as particularidades dos critérios de classificação destes testes, em conformidade 

com  a  dimensão  formativa  da  avaliação  que,  desde  o  início,  se  pretendeu  conferir  a  estas 

aplicações,  a  classificação  global  de  cada  teste  não  resultou  do  somatório  de  cotações  e 

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Relatório Testes Intermédios 2011    13 _ 98 

pontuações previstas para  cada  item, numa escala 0‐100, nem  tão‐pouco do  somatório dos 

códigos numéricos  atribuídos. Assim,  a  classificação dos  testes  traduziu‐se na  atribuição de 

uma notação qualitativa (Satisfaz Bem, Satisfaz ou Não Satisfaz) para cada um dos domínios e 

das  áreas  temáticas  a  avaliar  (por  escola,  por  turma  e  por  aluno).  Complementarmente,  a 

devolução  dos  resultados  da  classificação  dos  testes  aos  alunos  e  aos  encarregados  de 

educação  consubstanciou‐se  numa  apreciação  global  feita  a  partir  da  análise  da  grelha  de 

resultados  e  da  Ficha  Individual  de  Aluno  que  a  integrava,  o  que  permitia  que,  de  forma 

descritiva, o professor registasse nos testes uma análise do desempenho de cada um dos seus 

alunos (veja‐se página de rosto do teste intermédio de Língua Portuguesa, disponível na página 

deste Gabinete).

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Relatório Testes Intermédios 2011    14 _ 98 

Língua Portuguesa – 2.º ano 

Caracterização do teste 

O teste dividia‐se em duas partes apresentadas em dois cadernos, Caderno 1 e Caderno 2, com 

um total de 3 grupos de itens. O Caderno 1 continha os Grupos I e II e o Caderno 2 continha o 

Grupo III. 

 

Grupo I – Compreensão do Oral 

Este  grupo  tinha  como  suporte  um  ficheiro  áudio  que  continha  as  instruções  gerais  para  a 

resolução do teste, o registo áudio de uma narrativa poética e as instruções específicas para a 

resolução  dos  itens,  implicando  a  compreensão  de  diferentes  tipos  de  discurso  oral 

relacionados  quer  com  a  narrativa,  quer  com  outros  objetivos  comunicativos. Neste  grupo, 

eram usados 6 itens de seleção: 3 itens de escolha múltipla, para o texto escutado, e 3 itens de 

resposta gráfica, relacionados com uma imagem. 

 

Itens com melhor e com pior desempenho 

Todos os itens deste grupo revelaram os índices de menor dificuldade da prova. 

O  item 3.1. foi o mais fácil: um total de 97,3% dos alunos assinalou corretamente a resposta. 

Neste  item,  solicitava‐se  aos  alunos  que  rodeassem  com  lápis  castanho  a  criança  que,  na 

imagem,  está  a  entrar no  jardim  zoológico. O  facto de  se  tratar de um  item de  seleção de 

resposta gráfica poderá, entre outros aspetos, ter contribuído para um tão bom desempenho 

na compreensão da instrução oral.  

O  item 2.1., de  escolha múltipla,  foi  aquele  em que os  alunos  revelaram mais dificuldades. 

Neste  item,  pretendia‐se  que  os  alunos  reconhecessem  um  dado  padrão  de  entoação 

adequado  a  uma  situação  comunicacional,  identificando  uma  pergunta  em  enunciado  oral 

extraído da história escutada («Sabem o que aconteceu?»). Apesar de o valor percentual das 

respostas corretas neste  item, 75,4%,  ter sido o mais baixo no domínio da Compreensão do 

Oral, não deixa de representar um bom desempenho, para o qual pode ter contribuído o facto 

de se tratar de uma operação cognitiva de reconhecimento contextual do enunciado oral em 

análise. Ainda assim, a explicação deste resultado, que é ligeiramente inferior à média, poderá 

estar  na  pouca  familiaridade  dos  alunos  com  exercícios  que  treinem  aquelas  operações 

cognitivas ou, eventualmente, na falta de qualidade acústica proporcionada pelo equipamento 

na aplicação do  ficheiro áudio,  fator com especial relevância para o desempenho neste  item 

face à especificidade do que era pedido. 

 

 

 

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Relatório Testes Intermédios 2011    15 _ 98 

Grupo II – Escrita 

O Grupo II incluía 3 itens que correspondiam a cada uma das diferentes etapas da produção de 

um pequeno  texto  (Planificação, Textualização e Revisão) e, por último, 1  item destinado  à 

identificação, no texto produzido, de um número limitado de palavras com ortografia correta. 

O  item  da  Textualização  contemplou  os  seguintes  parâmetros:  Tipologia  (A);  Coerência  (B); 

Estruturação (C); Vocabulário (D).  

 

Itens com melhor e com pior desempenho 

O parâmetro D do  item 2.  (Textualização – Vocabulário)  foi aquele em que  se  verificou um 

melhor resultado: 74,1% dos alunos mobilizaram material lexical adequado ao tema «Uma Ida 

ao Jardim Zoológico», sendo esse desempenho expectável para esta faixa etária relativamente 

ao  tema  proposto.  Com  um  valor  percentual  aproximado  (72%),  verifica‐se  igualmente  no 

parâmetro B do item 2. (Textualização – Coerência) um bom desempenho dos alunos. O item 

1.  (Planificação) apresenta  também  resultados claramente positivos, com 66,1% de alunos a 

apresentarem um plano com todos os elementos adequados.    

O item 4. (Ortografia) foi aquele em que se verificou um pior resultado, com apenas 26,4% de 

respostas  totalmente  corretas. Nele,  pedia‐se  aos  alunos  que  sublinhassem  8  palavras  com 

mais  de  uma  sílaba  grafadas  corretamente. A  dificuldade manifestada  neste  item,  além  da 

questão ortográfica, poderá ainda estar relacionada com o facto de este ter sido o último do 

grupo da Escrita. Com  resultados  ligeiramente  superiores, verificam‐se na Tipologia  (A) e na 

Estruturação (C) índices de dificuldade que também situam o desempenho dos alunos aquém 

dos 50%: apenas 42,4% dos alunos obtiveram um bom resultado na estruturação do  texto e 

somente  a  28,4%  dos  alunos  foi  atribuído  o  código  numérico  superior  no  parâmetro  da 

Tipologia.1    

1 Se compararmos estes  resultados com o valor percentual de alunos que apresentaram um plano com  todos os elementos adequados – 66,1% –, verificamos a existência de uma discrepância entre o desempenho claramente positivo  alcançado na Planificação  (item 1.) e  as dificuldades de organização  textual,  a partir de um esquema dado,  evidenciadas  pelos  resultados  significativamente  baixos  apresentados  nos  parâmetros  Tipologia  (A)  e Estruturação  (C).  A  análise  dos  valores  obtidos  em  cada  um  dos  itens,  isoladamente,  parece mostrar  que  o exercício de planificação não se  teria constituído como elemento  facilitador na organização estrutural do  texto (parâmetro C) e, menos ainda, na utilização correta dos elementos inerentes à tipologia requerida (parâmetro A). No  entanto,  os  valores  apurados  no  exercício  de  correlação  entre  os  itens  da  Escrita  (Textualização, correspondente aos parâmetros A, B, C e D, Revisão e Ortografia) e o item da Planificação (correlação de Pearson, realizada  no  SPSS  –  Stastistic  Programme  for  Social  Sciences)  permitem  concluir  que  existe  uma  correlação significativa entre o desempenho revelado no item Planificação e em cada um dos parâmetros da Textualização, assim  como  nos  restantes  itens  da  Escrita  (Revisão  e  Ortografia).  Salienta‐se,  em  particular,  a  expressiva correlação entre o desempenho no  item de Planificação e o desempenho no parâmetro Tipologia  (0,568), por sinal, aquele em que uma percentagem muito reduzida de alunos revelou um bom desempenho. 

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Relatório Testes Intermédios 2011    16 _ 98 

Grupo III – Leitura e Conhecimento Explícito da Língua 

Este  grupo  integrava um  texto narrativo, que  era o  suporte dos  itens  tanto no domínio da 

Leitura (7 itens: 4 de seleção e 3 de construção), como no domínio do Conhecimento Explícito 

da Língua (4 itens de seleção). 

 

Itens com melhor e com pior desempenho 

Leitura 

Neste domínio, o item 8. foi aquele em que os alunos revelaram o melhor desempenho: 73,5% 

dos alunos identificaram corretamente uma ideia implícita no texto. O facto de se tratar de um 

item de escolha múltipla pode ter contribuído para esse desempenho.  

O  item 2., de construção,  foi aquele em que os alunos manifestaram mais dificuldades, com 

apenas 53,4% dos alunos a identificarem corretamente informação textual explícita. 

Conhecimento Explícito da Língua 

Neste domínio, o item 5. foi aquele em que os alunos revelaram melhor desempenho: 78% dos 

alunos  ordenaram  alfabeticamente  cinco  palavras  iniciadas  por  letras  diferentes,  estando  a 

primeira  palavra  já  numerada.  A  insistência  neste  conteúdo,  neste  nível  de  escolaridade, 

poderá explicar os resultados obtidos no item. 

O  item 3., de associação,  foi aquele em que os alunos manifestaram mais dificuldades  com 

apenas  35,2%  de  respostas  no  nível  de  desempenho  superior.  A  dificuldade  poderá  estar 

relacionada com o  facto de, por um  lado, este  item  implicar o conhecimento das noções de 

nome,  de  género  e  de  número  (embora  não  convocasse  a  explicitação  de  conhecimento 

metalinguístico) e, por outro  lado, conter um comando que  implicava uma operacionalização 

sujeita a um conjunto de instruções rígidas. 

 

Propostas de intervenção didática 

Da análise dos resultados apresentada, destacam‐se duas áreas específicas em que parece ser 

necessária  uma  intervenção  didática:  o  domínio  das  técnicas  instrumentais  da  escrita, 

nomeadamente  ao  nível  do  conhecimento  de  técnicas  básicas  de  organização  textual,  e  o 

conhecimento explícito do uso da língua.  

Face  aos  problemas  identificados  no  domínio  da  Escrita,  sugere‐se  o  treino  de  técnicas 

instrumentais  de  escrita  adequadas  ao  ciclo  e  ano  de  escolaridade  em  causa,  através  de 

abordagens processuais que  impliquem o  conhecimento de  técnicas básicas de organização 

textual (planificação, textualização, revisão) e privilegiem igualmente uma adequada gestão do 

tempo na realização de cada uma das etapas da escrita, com vista à sua operacionalização a 

partir  de  um  ensino  explícito  e  sistematizado  dos  processos  que  concorrem  para  o  bom 

desempenho  neste  domínio.  A  familiarização  com  esquemas  de  planificação  adequados  à 

tipologia da narrativa e  listas de verificação conducentes à  revisão e ao aperfeiçoamento de 

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Relatório Testes Intermédios 2011    17 _ 98 

textos poderão constituir‐se como procedimentos orientadores e facilitadores da produção de 

textos escritos, minimizando as fragilidades evidenciadas na análise dos resultados no domínio 

da Escrita.  

Relativamente ao domínio do Conhecimento Explícito da  Língua, os  resultados  confirmam a 

necessidade de se reforçar uma reflexão progressiva sobre este domínio, que contribua para o 

uso  correto  da  língua  e  que  seja  facilitadora  da  construção  de  um  conhecimento 

metalinguístico. 

 

 

Matemática – 2.º ano 

Caracterização do teste 

O teste era constituído por duas partes apresentadas em dois cadernos, Caderno 1 e Caderno 

2. A 1.ª parte, que correspondia ao Caderno 1, era constituída por 12 itens de construção (9 de 

resposta  curta  e  3  de  resposta  restrita);  a  2.ª  parte,  que  correspondia  ao  Caderno  2,  era 

constituída por 6 itens de construção (1 de resposta curta e 5 de resposta restrita) e por 4 itens 

de seleção (1 de associação, 1 de ordenação e 2 de escolha múltipla). 

 

Itens com melhor desempenho 

Os alunos revelaram melhor desempenho nos  itens 3.1., 3.2. e 9.2. do Caderno 1 do teste. O 

item  3.1.  (no  qual  94,4%  das  respostas  dos  alunos  foram  classificadas  com  o  descritor  de 

desempenho do nível máximo)  incidia na área temática Geometria e Medida, e nele o aluno 

teria  de  conseguir  identificar  dias  da  semana  e  datas  no  calendário. No  item  3.2.  (no  qual 

84,8% das respostas dos alunos foram classificadas com o descritor de desempenho do nível 

máximo), que  incidia na área  temática Números e Cálculo, o aluno  teria de  ler e  identificar 

números ordinais. No item 9.2. (em que 7,4% das respostas dos alunos foram classificadas com 

o descritor de desempenho do nível máximo), que  se  inseria na  área  temática  Estatística e 

Probabilidades, o aluno  teria de  ler e  interpretar o gráfico para  responder à questão. Todos 

estes  itens  eram  de  resposta  curta.  De  um modo  geral,  os  alunos  revelaram  um melhor 

desempenho nos  itens referentes à área temática Estatística e Probabilidades e naqueles em 

que era necessário recorrer essencialmente ao conhecimento e compreensão de conceitos e a 

procedimentos matemáticos. 

 

Itens com pior desempenho 

O  item  4.  (em  que  13,9%  das  respostas  dos  alunos  foram  classificadas  com  o  descritor  de 

desempenho do nível máximo)  e o  item 7.  (em que 15,1% das  respostas dos  alunos  foram 

classificadas com o descritor de desempenho do nível máximo), do Caderno 2, foram aqueles 

em  que  os  alunos  revelaram  pior  desempenho.  Os  dois  itens  eram  de  resposta  restrita  e 

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Relatório Testes Intermédios 2011    18 _ 98 

consistiam na resolução de um problema, o primeiro na área temática Números e Cálculo e o 

segundo  na  área  Geometria  e Medida.  De  um modo  geral,  as  áreas  temáticas  em  que  os 

alunos  revelaram  maiores  dificuldades  foram  Geometria  e  Medida  e  Álgebra.  Os  alunos 

revelaram também pior desempenho nos itens que implicavam a interpretação do enunciado 

de um problema  e  a definição de uma  estratégia  apropriada  à  resolução do mesmo,  assim 

como a justificação, clara e coerente, dos procedimentos utilizados. 

 

Propostas de intervenção didática 

Da  análise dos  resultados,  ressaltam  como  áreas  temáticas  em que  é necessário  reforçar  a 

intervenção  didática  a  Geometria  e  a  Álgebra.  A  utilização  da  visualização  e  do  raciocínio 

espacial na análise de situações e na resolução de problemas, assim como a compreensão dos 

conceitos de comprimento e área, são aspetos a trabalhar com os alunos.  

As  relações  de  igualdade  e  a  procura  de  regularidades  deverão  também  continuar  a  ser 

exploradas.  Um  aspeto  em  que  se  verificaram  grandes  fragilidades  foi  a  resolução  de 

problemas; logo, trata‐se de um aspeto que necessita, de um modo muito premente, de uma 

intervenção didática reforçada.  

Os alunos devem ser ainda  incentivados a  ler e a  interpretar enunciados matemáticos, assim 

como  a  justificar  ideias  e  raciocínios  matemáticos,  como  forma  de  desenvolver  a  sua 

capacidade de comunicação matemática. 

A  interpretação  de  enunciados  e  a  produção  escrita  de  explicações  de  ideias matemáticas 

foram  algumas  das  fragilidades  detetadas,  nomeadamente  nos  itens  de  resposta  restrita. 

Alguns destes itens (5.3. e 7. do Caderno 2) envolviam mais do que uma etapa de resolução, o 

que  os  tornou mais  difíceis  para  os  alunos.  Os  itens  que  implicavam  a  resolução  de  um 

problema foram aqueles em que se verificou um pior desempenho por parte dos alunos. 

Sugere‐se,  ainda,  que  sejam  apresentadas  aos  alunos  situações  que  lhes  permitam 

desenvolver  estratégias  diversificadas  de  cálculo  mental.  Observou‐se  que,  no  item  6.  do 

Caderno 2, apenas 37% das respostas dos alunos evidenciaram o recurso a uma estratégia de 

cálculo mental,  partindo  da  relação  que  era  dada  no  enunciado,  e  somente  em  29,6%  das 

respostas os alunos poderão ter recorrido a uma outra estratégia de cálculo mental. 

A  resolução sistemática de problemas que  impliquem a utilização de contextos e estratégias 

diversificadas  e  a  discussão,  na  turma,  das  estratégias  utilizadas  e  dos  resultados  obtidos 

podem  contribuir  para  a  apropriação  de  diferentes  ideias  e  conceitos matemáticos,  assim 

como para o desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas. Os alunos deverão, 

ainda, ser incentivados a apresentar a explicação dos seus raciocínios matemáticos oralmente 

e por escrito. 

No âmbito da Geometria e Medida, a utilização de materiais manipuláveis e do computador, 

entre  outros  recursos,  permite  a  exploração,  a  manipulação  e  a  experimentação,  que  se 

revelam importantes, nomeadamente, no desenvolvimento da capacidade de visualização, na 

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Relatório Testes Intermédios 2011    19 _ 98 

descoberta de propriedades das  figuras e na distinção entre  conceitos  (como, por exemplo, 

entre a noção de área e a noção de perímetro).  

Ao nível da Álgebra, de modo  a desenvolver  a predisposição dos  alunos para  a procura de 

padrões  e  de  regularidades  e  para  a  formulação  de  generalizações  em  situações  diversas, 

nomeadamente em contextos numéricos e geométricos, sugere‐se a realização de tarefas em 

que os alunos procurem regularidades em sequências e em tabelas de números. 

    

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Relatório Testes Intermédios 2011    20 _ 98 

3.º ciclo do ensino básico 

Ciências Físico‐Químicas – 9.º ano 

Deve  ser  consultada  a  Informação  n.º  29,  disponível  na  Extranet  (Testes  Intermédios 

2010/2011). 

 

Caracterização do teste 

O  teste era  constituído por dois  cadernos, Caderno 1, que  apresentava 12  itens de escolha 

múltipla, e Caderno 2, constituído por 10 itens de construção (4 itens de resposta curta, 3 itens 

de resposta restrita e 3 itens de cálculo). 

Na  resposta  aos  itens  do  Caderno  1,  não  podia  ser  utilizada  a  calculadora  gráfica,  nem 

instrumentos de medida. 

 

Caderno 1 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.1. e 2.1. do Grupo I 

e o  item 1. do Grupo  IV, com valores da  classificação média em  relação à  cotação  total de, 

respetivamente, 85,2%, 90,9% e 91,8%. No geral, estes  itens mobilizavam operações mentais 

simples,  como  a  leitura de  gráficos  com  valores  inteiros na escala e  a  realização de  cálculo 

proporcional simples. No Grupo I, apresentava‐se um gráfico de temperatura de uma amostra 

de  água  em  função  do  tempo  decorrido  desde  que  se  inicia  o  aquecimento. No  item  1.1., 

pedia‐se aos alunos que escolhessem o valor da  temperatura da amostra de água ao  fim de 

600  segundos de aquecimento, mobilizando,  fundamentalmente, operações de  identificação 

de informação num gráfico. O item 2.1. avaliava a capacidade de estabelecer e de calcular uma 

relação de proporcionalidade direta relativamente ao aquecimento de uma amostra de água 

com recurso a uma placa de aquecimento. O Grupo IV apresentava um gráfico de distância de 

um  aluno  a  um  sensor  em  função  do  tempo  decorrido  desde  que  se  inicia  o  registo  do 

movimento. No  item 4., os alunos deveriam analisar o gráfico e escolher a distância do aluno 

ao sensor no momento do início do registo do movimento.  

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 2. do Grupo III e os itens 

2.  e  3.  do  Grupo  IV,  com  valores  da  classificação  média  em  relação  à  cotação  total  de, 

respetivamente,  44,7%,  31,9%  e  26,6%. No  geral,  estes  itens  envolviam  diversas  operações 

mentais  para  a  sua  completa  resolução,  tais  como  a  relação  qualitativa  entre  grandezas,  a 

determinação de variações, a conjugação da análise de um gráfico com outro gráfico ou com 

uma figura. No Grupo III apresentava‐se um extrato da tabela periódica com os primeiros vinte 

elementos e a indicação do grupo e do período, solicitando‐se, no item 2., a escolha da opção 

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Relatório Testes Intermédios 2011    21 _ 98 

que  continha  o  número  atómico  do  elemento  químico  azoto.  Este  item  envolvia 

conhecimentos específicos sobre a relação entre a posição que cada elemento químico ocupa 

na tabela periódica e o respetivo número atómico. No Grupo  IV, em que se apresentava um 

gráfico de distância de um aluno a um  sensor em  função do  tempo decorrido desde que  se 

inicia o  registo do movimento,  solicitava‐se nos  itens  2.  e  3.,  respetivamente,  a  seleção do 

esquema da trajetória do aluno e a seleção do esboço do gráfico da velocidade em função do 

tempo decorrido desde que se começa a medir o tempo.  

 

Caderno 2 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens em que os alunos  revelaram melhor desempenho  foram o  item 1. do Grupo V e os 

itens 1. e 3. do Grupo VI, com valores da classificação média em  relação à cotação  total de, 

respetivamente, 93,1%, 83,3% e 86,3%. Na generalidade, estes  itens eram de resposta curta, 

envolviam operações mentais  simples e, no  caso de dois dos  itens do Grupo  IV,  relativos  à 

montagem de um circuito elétrico, o suporte visual  foi  importante para a sua  resolução. No 

item 1. do Grupo V solicitava‐se a identificação de informação no texto apresentado.   

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 1. do grupo VII e os itens 

1.  e  2.  do  Grupo  VIII,  com  valores  da  classificação média  em  relação  à  cotação  total  de, 

respetivamente,  28,8%,  45,9%  e  48,7%. No  geral,  estes  itens  requeriam  operações mentais 

mais  complexas,  implicavam a  interpretação de  textos e de  figuras, a  realização de  cálculos 

(que podiam ser feitos sem recurso à calculadora) e a realização de cálculos sucessivos (ainda 

que simples), a relacionação de grandezas físicas, a relacionação de uma grandeza física com 

outra e a elaboração de pequenos textos de carácter científico, o trabalho com grandezas sem 

valores (o que requeria um elevado grau de abstração) e a utilização de materiais de medida. 

No  caso  do  item  1.  do  Grupo  VII,  um  item  de  cálculo,  a  sua  resolução  passava  por  ler  e 

interpretar  um  texto  e  uma  imagem,  relacionar  grandezas,  calcular  e  atribuir  a  unidade 

correta. No que respeita aos itens do Grupo VIII, relativos ao movimento em linha reta de um 

automóvel,  a  resolução  do  item  1.  (de  resposta  restrita)  também  implicava  a  leitura  e  a 

interpretação de um  texto e de uma  imagem, bem como o estabelecimento de uma relação 

quantitativa entre grandezas, enquanto a  resolução do  item 2.  (de  resposta curta)  requeria, 

entre outras operações, a realização de cálculos sucessivos.  

 

Propostas de intervenção didática 

De acordo com os resultados obtidos nos diversos  itens, o conteúdo de Física Movimentos e 

Forças, habitualmente lecionado no 9.º ano de escolaridade, é um dos temas em que os alunos 

obtêm piores desempenhos. Os itens de escolha múltipla sobre este tema envolviam a análise 

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Relatório Testes Intermédios 2011    22 _ 98 

de gráficos e de esquemas. Os itens de construção sobre este tema envolviam a interpretação 

e a escrita de textos, assim como a análise e a construção de esquemas. É ainda de salientar 

que estes  itens envolviam um  certo grau de abstração e a utilização de diversas operações 

mentais para se chegar à resposta correta, pelo que a dificuldade não se terá prendido apenas 

com o tema em causa, mas também com a complexidade dos itens em questão.  

Em suma, como tem vindo a ser referido, as maiores dificuldades dos alunos surgem quando 

têm de: 

elaborar pequenos textos, o que revela fragilidades na expressão escrita; 

realizar dois cálculos sucessivos; 

relacionar grandezas a partir de gráficos e/ou de esquemas; 

relacionar uma grandeza com outra que varia; 

trabalhar com grandezas sem valores; 

relacionar informação de dois suportes diferentes (textos e gráficos ou imagens); 

elaborar argumentação a partir da análise de uma imagem. 

Como medidas de intervenção didática, sugere‐se: 

a  realização  de  pequenas  atividades  experimentais  que  apelem  à  interpretação  e  à 

construção de esquemas, bem como ao  registo escrito de conclusões como meio de 

privilegiar a elaboração de pequenos textos adequados ao objetivo e cientificamente 

válidos; 

a descrição oral e escrita de fenómenos observados em aula; 

a análise e a construção de gráficos de movimentos (posição, velocidade, aceleração) a 

partir de dados reais; 

a elaboração de esboços de gráficos a partir da descrição de movimentos; 

a elaboração de esquemas que representem movimentos e trajetórias, distinguindo‐os 

dos gráficos de posição vs. tempo; 

a análise e a construção de gráficos   de  fenómenos  familiares aos alunos  (como, por 

exemplo, o aquecimento de uma amostra de água ou de um pedaço de gelo); 

a promoção de situações que impliquem a utilização de instrumentos de medida; 

a  análise  de  tabelas  e  a  posterior  elaboração  de  pequenos  textos  de  carácter 

expositivo‐argumentativo. 

   

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Relatório Testes Intermédios 2011    23 _ 98 

Ciências Naturais – 9.º ano 

Deve  ser  consultada  a  Informação  n.º  21,  disponível  na  Extranet  (Testes  Intermédios 

2010/2011). 

 

Caracterização do teste 

O teste intermédio apresentava 3 grupos de itens. 

O Grupo I, relativo aos conteúdos Terra no Espaço e Terra em Transformação, incluía 3 itens de 

seleção (2 de escolha múltipla e 1 de associação) e 2 itens de construção (ambos de resposta 

curta).  

O Grupo II abordava conteúdos do tema Sustentabilidade na Terra, incluindo 4 itens de seleção 

(3 de escolha múltipla e 1 de associação) e 2  itens de construção (1 de resposta curta e 1 de 

resposta restrita).  

O Grupo  III, referente aos conteúdos do tema Viver Melhor na Terra, apresentava 7  itens de 

seleção  (5 de escolha múltipla, 1 de  associação e 1 de ordenação) e 2 de  construção  (1 de 

resposta curta e 1 de resposta restrita).  

Os  itens relativos aos temas Terra em Transformação e Sustentabilidade na Terra requeriam, 

predominantemente,  a  interpretação e  a mobilização de  informação  fornecida em  suportes 

diversos. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram o  item 1. do Grupo  III e os 

itens 4. e 2. do Grupo  II, com valores da classificação média em  relação à cotação  total de, 

respetivamente, 89,7%, 81,5% e 75,3%. Todos estes itens eram de escolha múltipla e incidiam 

no domínio do conhecimento. No entanto, enquanto os  itens 1. do Grupo III e 4. do Grupo II 

avaliavam o conhecimento substantivo (métodos contracetivos, no primeiro caso, e influência 

dos fatores abióticos nos animais, no segundo), o item 2. do Grupo II avaliava o conhecimento 

processual ou metodológico (interpretação de gráficos simples). 

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 9., 8. e 6. do Grupo III, 

com  valores  da  classificação média  em  relação  à  cotação  total  de,  respetivamente,  27,6%, 

33,9% e 39,1%. No que diz respeito à tipologia, estes itens eram, respetivamente, de resposta 

restrita,  de  ordenação  e  de  escolha múltipla. O  item  9.  do Grupo  III  testava  o  domínio  da 

comunicação,  implicando a construção de um texto expositivo‐argumentativo que apelava ao 

raciocínio causa‐efeito. O  item 8. do Grupo  III avaliava conhecimento substantivo e o  item 6. 

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Relatório Testes Intermédios 2011    24 _ 98 

do Grupo III avaliava o domínio do raciocínio. Os três itens avaliavam conteúdos relacionados 

com o sistema cardiovascular. 

 

Propostas de intervenção didática 

Os desempenhos registados parecem  indicar fragilidades ao nível da construção de um texto 

que  implique  a  exposição  e  a  defesa  de  ideias,  bem  como  da  construção  de  respostas  a 

questões que  impliquem operações mentais mais complexas. Parecem,  também, verificar‐se 

dificuldades na  compreensão e  interpretação dos  suportes  fornecidos e na mobilização dos 

respetivos dados. 

De acordo com os  resultados obtidos,  sugere‐se um  reforço das estratégias que contribuam 

para  a  produção  de  textos  expositivo‐argumentativos  no  âmbito  da  ciência.  O  trabalho  a 

desenvolver  deverá  passar,  igualmente,  por  identificar,  compreender  e  interpretar  a 

informação fornecida em suportes diversos.  

Sugere‐se,  ainda,  que  se  privilegie,  em  função  das  características  dos  alunos,  o 

desenvolvimento  de  diversas  capacidades,  tendo  por  base,  entre  outros,  os  saberes  e  os 

conhecimentos relacionados com o sistema cardiovascular e com a interação entre os diversos 

sistemas, pois os resultados denotam algumas fragilidades na aprendizagem nestas áreas.   

 

Geografia – 9.º ano 

Deve  ser  consultada  a  Informação  n.º  23,  disponível  na  Extranet  (Testes  Intermédios 

2010/2011). 

 

Caracterização do teste 

O  teste  apresentava  4  grupos  de  itens. Os Grupos  I,  II  e  III  eram  constituídos  por  itens  de 

escolha múltipla. Cada um dos grupos era constituído por 4  itens. O Grupo IV era constituído 

por 3 itens de construção, sendo 2 de resposta restrita e 1 de resposta extensa orientada. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens em que os alunos  revelaram melhor desempenho  foram o  item 4. do Grupo  I e os 

itens 1. e 3. do Grupo  III, com valores da classificação média em  relação à cotação  total de, 

respetivamente, 86,9%, 91,5% e 83,1%. Estes  itens eram de escolha múltipla e solicitavam a 

leitura  de  redes  cartográficas  e  de  mapas,  mobilizando  os  conhecimentos  relativos  às 

coordenadas geográficas e às desigualdades de desenvolvimento. 

 

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Relatório Testes Intermédios 2011    25 _ 98 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 2. do Grupo I, o item 2. 

do Grupo III e o item 3. do Grupo IV, com valores da classificação média em relação à cotação 

total de, respetivamente, 46%, 41,5% e 19,6%. O  item 2. do Grupo  I era um  item de escolha 

múltipla  relativo  ao  conhecimento  de  países,  associado  à  leitura  de mapas.  Os  resultados 

obtidos  refletem as dificuldades dos alunos em  identificar e  localizar países no mapa, neste 

caso  os  países  da  Europa.  Em  relação  ao  item  2.  do Grupo  III,  item  de  escolha múltipla,  a 

análise dos  resultados evidencia dificuldades em  identificar as  três dimensões básicas que o 

Índice de Desenvolvimento Humano  (IDH) mede. O  item 3. do Grupo  IV,  sendo um  item de 

construção de  resposta  extensa  relativo  às  características da  criação do pescado,  apelava  à 

mobilização de conceitos e à sua aplicação em novas situações (no caso concreto deste  item, 

os conceitos de produção extensiva e intensiva, normalmente associados à atividade agrícola, 

e, aqui, aplicados à aquacultura). 

  

Propostas de intervenção didática 

A  análise  dos  resultados  globais  permite  concluir  que  foram  as  respostas  aos  itens  de 

construção que apresentaram, globalmente, os resultados mais baixos. Esta situação reforça a 

necessidade de trabalhar com os alunos na procura de um maior rigor científico na aplicação 

autónoma de  conceitos e, de uma  forma mais  sistemática, na estruturação das  respostas  a 

partir da  identificação do objeto da questões e da  sua  interpretação. Considera‐se que esta 

dificuldade pode comprometer as respostas dos alunos, uma vez que estes, muitas vezes, não 

conseguem  identificar  o  objetivo  do  item  ou  o  conteúdo  temático  que  o  enquadra. 

Relativamente à dificuldade na estruturação das respostas, esta reflete‐se na forma como os 

alunos  apresentam  os  seus  conhecimentos,  comprometendo,  por  vezes,  a  transmissão  das 

ideias. 

Quanto às áreas específicas em que será necessário reforçar a intervenção didática, verifica‐se 

que são  importantes a análise, a  leitura e a  interpretação de peças gráficas e cartográficas e 

ainda a mobilização de conceitos, nomeadamente a aplicação de conceitos  já abordados e a 

sua transferência para novos contextos temáticos e/ou para novas situações de aprendizagem. 

Deverá,  também,  ser  importante  ter  em  consideração  a  dificuldade  de  muitos  alunos  no 

domínio do  conhecimento dos  lugares, o que  reflete, entre outros aspetos, alguma  falta de 

treino na leitura de peças cartográficas.     

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Relatório Testes Intermédios 2011    26 _ 98 

História – 9.º ano 

Deve  ser  consultada  a  Informação  n.º  17,  disponível  na  Extranet  (Testes  Intermédios 

2010/2011). 

 

Caracterização do teste 

O teste apresentava 4 grupos de  itens, dois dos quais envolvendo conteúdos do 7.º e do 8.º 

ano e os outros dois  incidindo em  conteúdos do 9.º ano, num  total de 18  itens: 8  itens de 

seleção  (escolha múltipla e associação/correspondência, um dos quais de completamento) e 

10 itens de construção (resposta curta, restrita e extensa com tópicos de orientação). Todos os 

itens solicitavam a análise de documentos e a mobilização da  informação contida nas  fontes 

para a construção das respostas. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1., 3. e 5. do Grupo I, 

com  valores  da  classificação média  em  relação  à  cotação  total  de,  respetivamente,  71,8%, 

86,8% e 63,1%. Todos estes  itens, de escolha múltipla, avaliavam conhecimentos relativos ao 

tema A herança do Mediterrâneo Antigo – B1: Os gregos no séc. V a. C. O  item 1. do Grupo I 

solicitava a conversão de uma data em séculos, aspeto que é retomado em todos os anos da  

escolaridade do ensino básico. Os  itens 3. e 5. do Grupo  I, apesar de  implicarem uma  leitura 

cuidada do texto, apelavam a operações mentais simples.     

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 4. do Grupo II, o item 4. 

do Grupo III e o item 1. do Grupo IV, com valores da classificação média em relação à cotação 

total de, respetivamente, 21,6%, 27,7% e 13,1%. Estes  itens eram de construção de resposta 

restrita, exceto o último (item 1. do Grupo IV), que era de resposta curta. O item 4. do Grupo 

II, que avaliava conhecimentos relativos ao tema Expansão e mudança nos séculos XV‐XVI – E1: 

O  expansionismo  europeu,  envolvia,  em  articulação  com  a  análise  e  a  interpretação  de  um 

documento  (um mapa da expansão  ibérica com o  traçado das  linhas que dividiam o mundo 

pelos dois estados), conhecimentos sobre o Tratado de Alcáçovas e o Tratado de Tordesilhas, 

bem como o estabelecimento das  relações/conexões entre as  realidades  representadas e os 

condicionalismos políticos a elas associados. O  item 4. do Grupo  III não  requeria operações 

mentais complexas, mas  implicava algum conhecimento sobre o tema  I, A Europa e o mundo 

entre as duas guerras – I2: Portugal da 1.ª República à ditadura militar. O item 1. do Grupo IV 

implicava  a  interpretação  de  um  documento  e  a  sua  articulação/conexão  com  o  golpe  de 

Estado de 1926, no âmbito do tema Da Grande Depressão à 2.ª Guerra Mundial – J2: Regimes 

ditatoriais na Europa.   

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Relatório Testes Intermédios 2011    27 _ 98 

Propostas de intervenção didática 

Se  os  melhores  desempenhos  e  resultados  decorrem  do  nível  de  objetividade  e  de  uma 

relativa simplicidade dos  itens, bem como dos conhecimentos elementares apresentados nos 

descritores  dos  critérios  específicos  de  classificação  (incidência  exclusiva  na mobilização  de 

informação  presente  nos  suportes  documentais),  os  piores  desempenhos  resultam,  por  um 

lado,  de  fatores  como  a  tipologia,  o  enunciado/formulação  do  item,  a  tarefa  solicitada,  a 

natureza  e  as  características  do  suporte  documental  e,  por  outro  lado,  das  dificuldades 

evidenciadas  pelos  alunos  no  que  respeita  ao  tratamento  e  utilização  de  fontes,  à 

compreensão  histórica  e  à  comunicação  em  História.  Pontualmente,  a  ausência  de  um 

referencial mínimo  de  conhecimentos  acentuou  o  carácter  insuficiente  do  desempenho  de 

muitos alunos, agravado, nas respostas de construção, pelas dificuldades evidentes no âmbito 

da comunicação em História (produção de textos com correção linguística e com aplicação do 

vocabulário específico da disciplina).  

De acordo com os resultados obtidos por  item, a  interpretação de documentos históricos de 

natureza  diversa  (documentos  escritos,  documentos  iconográficos,  mapas,  etc.)  e  a 

mobilização da informação que lhe está subjacente para a construção das respostas identifica‐

‐se  como a área mais problemática no desempenho dos alunos. Estas  fragilidades  refletem, 

ainda, algumas práticas pouco conducentes ao cumprimento efetivo do Programa de História 

do 3.º ciclo do ensino básico, nomeadamente no que concerne ao tratamento de informação e 

à utilização de fontes.  

Outras áreas frágeis, mas de carácter transversal, são a compreensão plena do conteúdo dos 

suportes e dos enunciados dos itens e a produção de um discurso escrito articulado, utilizando 

o  vocabulário  específico  da  disciplina  de  História.  Estas  dificuldades  são  recorrentes  e 

verificam‐se acentuadamente nas respostas aos itens de construção. Neste sentido, propõe‐se 

a adoção de estratégias que permitam o desenvolvimento das capacidades do aluno ao nível 

da utilização da metodologia específica da História, nomeadamente, a interpretação orientada 

e autónoma de documentos de índole diversa (textos, imagens, gráficos, mapas e diagramas), 

a seleção e a identificação de informação explícita e implícita dos documentos e a formulação 

de hipóteses de interpretação dos factos históricos. Cumulativamente, propõe‐se a adoção de 

estratégias  propiciadoras  do  desenvolvimento  das  capacidades  de  comunicação  escrita, 

nomeadamente,  a  elaboração  de  sínteses  escritas  a  partir  da  informação  recolhida,  com 

utilização  adequada  e  sistemática  do  vocabulário  específico  da  disciplina.  Sugere‐se,  ainda, 

uma  metodologia  assente  na  identificação  e  na  clarificação  do  objetivo  de  cada  item 

apresentado e na consequente planificação da resposta do aluno. 

 

 

    

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Relatório Testes Intermédios 2011    28 _ 98 

Inglês – 9.º ano 

Devem  ser  consultadas  a  Informações  n.º  19  e  n.º  33,  disponíveis  na  Extranet  (Testes 

Intermédios 2010/2011). 

 

Caracterização do teste 

Todos os  testes  intermédios desta disciplina  têm como  referência o Programa de  Inglês, 3.º 

ciclo, Língua Estrangeira I e o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas – QECR – 

(2001),  pelo  que  a  utilização  de  alguns  termos  neste  relatório  se  fazem  por  ligação  a  esse 

programa  e  dentro  da  concepção,  adotada  pelo  Conselho  da  Europa,  do  que  significa  «a 

aprendizagem, o ensino e a avaliação das línguas vivas»2.  

O  teste3  era  constituído  por  duas  partes:  Parte  I  –  Compreensão  Escrita  –  e  Parte  II  – 

Compreensão Oral.  

 

Parte I – Compreensão escrita (Leitura) 

Esta parte consistia na realização de 4 atividades (A, B, C e D) de compreensão/interpretação 

de  diferentes  tipos  de  texto,  cujos  temas  se  inseriam  nas  áreas  de  conteúdo  sociocultural 

enunciadas no Programa, por meio de 14 itens de seleção e 3 itens de construção de resposta 

curta.  Os  itens  que  constituíam  as  diferentes  atividades  da  Parte  I  foram  classificados 

individualmente, ou em pares, ou em grupos de itens, de acordo com o seu objetivo/objeto e 

com o seu suporte.   

 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens em que os alunos revelaram melhor desempenho  foram o  item 1. e o conjunto dos 

itens 4. 5. e 6., da Atividade A, e o par  formado pelos  itens 12. e 13., da Atividade C  , com 

valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 76,6%, 72,6% e 

72,6%. A Atividade A tinha como suporte textos  informativos de carácter público, com maior 

incidência  na  capacidade  do  aluno  para  reconhecer  a  organização  e  a  estrutura  das 

mensagens/dos  discursos  (pragmática‐discursiva),  do  ponto  de  vista  da  identificação  de 

informação  explícita dos  textos. O  item 1., de  associação  entre  regras  e  sinais num parque 

infantil,  incidia na componente microfuncional4. O conjunto dos  itens 4., 5. e 6., de resposta 

curta,  pressupunha  a  interpretação  de  informação  implícita  destinada  aos  encarregados  de 

2   Cf. Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas; Aprendizagem, Ensino, Avaliação, Conselho da Europa, Ed. Asa (edição portuguesa), 2001: 29‐30.

3  Apenas será considerado, neste relatório, o 1.º teste intermédio (Parte I e Parte II). 4   «As microfunções são categorias para o uso  funcional de enunciados únicos  (normalmente curtos)».  In Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas; Aprendizagem, Ensino, Avaliação, Conselho da Europa, Ed. Asa (edição  portuguesa),  2001:  178‐179.  São  classificados  como  “microfunções”  os  enunciados  que  introduzem  a expressão  de,  por  exemplo,  acordo/desacordo,  conhecimento/ignorância,  lembrança/esquecimento, probabilidade/certeza, obrigação, necessidade, vontade, desejo, preferência, agrado/desagrado. 

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Relatório Testes Intermédios 2011    29 _ 98 

educação e  aos  alunos de uma  escola,  também  com  incidência nos  aspetos da pragmática‐ 

‐discursiva  já  referidos. A Atividade C  tinha como suporte um  texto narrativo. A  resposta ao 

par  de  itens  12.  e  13.,  de  escolha múltipla,  embora  com  incidência  em  aspetos  diferentes 

(discursivo, no primeiro caso, e funcional, no segundo) dependia de um bom entendimento do 

texto.   Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 7. e o conjunto dos itens 

8., 9. e 10., da Atividade B, e o  conjunto dos  itens 14., 15., 16. e 17., da Atividade D,  com 

valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 49,3%, 62,3% e 

64,1%.  A  Atividade  B  tinha  como  suporte  textos  descritivos. O  item  7.,  de  completamento 

através de escolha múltipla, com incidência também nos aspetos da pragmática‐discursiva, do 

ponto de vista da coerência e coesão do texto, requeria a identificação das áreas vocabulares e 

de  referentes nominais e pronominais que permitissem aos alunos  fazer as opções corretas. 

No conjunto dos itens 8., 9. e 10., de escolha múltipla, com incidência no léxico e nas relações 

semânticas, pedia‐se a  identificação de sinónimos de palavras num determinado contexto. A 

Atividade D tinha como suporte um texto opinativo sobre música. O conjunto dos itens 14., 15. 

16.  e  17.,  também  de  escolha múltipla,  com  incidência  em  diferentes  aspetos  (discursivos, 

semânticos, lexicais e de registo), solicitava o reconhecimento, além do conteúdo do texto, das 

diferentes características que marcam um texto de opinião. 

 

Parte II – Compreensão do oral 

Esta parte consistia na realização de 4 atividades (A, B, C e D) de compreensão/interpretação 

de diferentes tipos de texto (a partir da audição de um ficheiro áudio), cujos temas se inseriam 

nas áreas de conteúdo sociocultural enunciadas no Programa, por meio de 13 itens de seleção 

e 7 itens de construção de resposta curta. À semelhança do que aconteceu na Parte I, os itens 

que constituíam as diferentes atividades da Parte II foram classificados individualmente, ou em 

pares, ou em grupos de itens, de acordo com o seu objetivo/objeto e com o seu suporte.   

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram o conjunto dos itens 15., 16. 

e 17., o conjunto dos itens 12., 13. e 14. e o conjunto dos itens 18., 19., 20, e 21., com valores 

da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 71,2%, 60,8% e 61,5%. 

Os dois primeiros  conjuntos pertenciam  à Atividade C, que  tinha  como  suporte um diálogo 

entre dois jovens que negoceiam uma ida ao cinema, e o terceiro conjunto apresentava como 

suporte um texto expositivo sobre intercâmbios culturais. O conjunto formado pelos itens 15., 

16.  e  17.,  todos  de  resposta  curta,  incidia  na  componente  funcional,  tendo  os  alunos  de 

identificar o  falante de um diálogo que  fazia uso de uma determinada  função. Contudo, de 

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Relatório Testes Intermédios 2011    30 _ 98 

entre estes  itens,  foi o 17. aquele que apresentou piores  resultados, devido ao  facto de os 

alunos desconhecerem uma palavra  importante para  a  resposta. O  conjunto  formado pelos 

itens  12.,  13.  e  14.,  todos  de  escolha  múltipla,  incidia  nos  aspetos  discursivos  e 

sociolinguísticos  (registo)  e,  num  deles,  os  alunos  tinham  de  identificar  o  tom  do  falante. 

Quanto ao conjunto formado pelos itens 18., 19., 20., e 21., também de escolha múltipla, este 

incidia  em  diversos  aspetos  (discursivo,  semântico,  lexical,  microfuncional)  e  com  ele  se 

testava  a  contribuição  desses  aspetos  para  a  compreensão  global  da  informação  de  um 

determinado tipo de texto.  

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o conjunto dos itens 1., 2., 3., 4. 

e 5., o par dos itens 6. e 7. e o conjunto dos itens 8., 9, 10. e 11., com valores da classificação 

média  em  relação  à  cotação  total  de,  respetivamente,  60,2%,  55%  e  36,9%.  O  primeiro 

conjunto de  itens, todos de escolha múltipla,  insere‐se na Atividade A, e, no caso pontual do 

item 4. deste conjunto de itens, que incidia nos aspetos discursivos, os resultados revelam que 

os  alunos  não  conseguiram  perceber  informação  crucial  para  uma  viagem.  Os  outros  dois 

conjuntos de  itens  inserem‐se na Atividade B, que  tinha como suporte um  texto  informativo 

(notícia na rádio) e  incidia essencialmente nos aspetos  lexicais e discursivos. No conjunto dos 

itens 6. e 7., de escolha múltipla, solicitava‐se informação direta, explícita do texto. O conjunto 

dos  itens  8.,  9,  10.  e  11.,  todos  de  resposta  curta,  envolvia  o  reconhecimento  de 

números/datas e o seu registo, para completar frases. Verificou‐se alguma falta de vocabulário 

ativo no que se refere aos numerais.  

 

Propostas de intervenção didática 

De  acordo  com  os  resultados  obtidos,  para  que  uma  boa  compreensão  dos  textos  seja 

possível, importa reforçar: 

o conhecimento e o domínio dos mecanismos que conferem coesão e coerência a um 

texto, por exemplo, a utilização de diferentes conectores, de pronomes e de palavras 

da mesma área vocabular; 

o  conhecimento  e  o  domínio  do  léxico,  especificamente,  no  que  se  refere  à 

identificação de termos pertencentes a determinada área vocabular; 

o  conhecimento  e  o  domínio  do  léxico  e  a  capacidade  para  estabelecer  relações 

semânticas, especificamente, no que se refere aos processos de sinonímia/paráfrase e 

de contextualização. 

Da análise dos resultados, é possível inferir algumas dificuldades que parecem ser de carácter 

transversal:  

os  alunos  erram  mais  nos  itens  de  escolha  múltipla  cujas  opções  implicam  a 

interpretação/inferência da informação do texto; 

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Relatório Testes Intermédios 2011    31 _ 98 

os  alunos  revelam  dificuldade  na  compreensão/seleção  de  informação  pertinente 

quando esta aparece condensada ou entre outras informações, acessórias.   

Com o objetivo de colmatar algumas das dificuldades detetadas, propõe‐se que se invista nas 

seguintes atividades:  

de compreensão, da escrita e do oral, com vários objetivos, por exemplo, skimming e 

scanning de diferentes tipos de texto;  

de  compreensão  da  escrita  e  do  oral,  cujo  objetivo  implique,  efetivamente,  a 

compreensão/interpretação de um texto e não apenas a recolha direta de informação 

explícita;  

de alargamento/enriquecimento do vocabulário, de  forma a que os alunos não sejam 

apenas  “expostos”  a  esse mesmo  vocabulário, mas  que  tenham  oportunidade  de  o 

utilizar e de dele se apropriarem;  

de  criação  de  rotinas  no  que  se  refere  à  utilização  dos  conteúdos mais  básicos  da 

língua, por exemplo, dos numerais, mantendo‐os ativos. 

 

 

Língua Portuguesa – 9.º ano 

Deve  ser  consultada  a  Informação  n.º  11,  disponível  na  Extranet  (Testes  Intermédios 

2010/2011). 

 

Caracterização do teste 

O teste apresentava três grupos de itens.  

No Grupo I, avaliavam‐se os domínios da Leitura e da Escrita. Este grupo incluía três partes, A, 

B e C, e nele foram usados 5 itens de seleção e 5 itens de construção.  

A Parte A  integrava um  texto de carácter  informativo, que constituía o  suporte de  itens em 

que se privilegiou a avaliação da leitura, através de 5 itens de seleção: 1 item de associação e 4 

itens de escolha múltipla. 

A Parte B integrava um texto narrativo, o qual constituía o suporte de 4 itens de construção. 

A Parte C  integrava 1  item de  construção, de  resposta extensa  (de 70  a 120 palavras), que 

tinha como suporte o texto narrativo da Parte B. 

No Grupo II, avaliava‐se o domínio do Conhecimento Explícito da Língua, através de 3 itens de 

construção, de resposta curta (um dos quais sob a forma de tarefa de completamento), e 2 de 

seleção (de escolha múltipla). 

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Relatório Testes Intermédios 2011    32 _ 98 

No Grupo  III, constituído por um  item de resposta extensa, com orientações relativamente à 

tipologia  textual,  ao  tema  e  à  extensão  (de  180  a  240  palavras),  avaliava‐se  o  domínio  da 

Escrita. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens  1.,  3.1.  e  6.  do  Grupo  I  foram  os  itens  em  que  os  alunos  revelaram  melhor 

desempenho,  com  valores  da  classificação  média  em  relação  à  cotação  total  de, 

respetivamente, 93,9%, 89,3% e 83,6%. 

No  item  1.,  solicitava‐se  aos  alunos  que  associassem  elementos  a  partir  da  localização  de 

informação explícita num  texto  informativo. Um total de 87,7% dos alunos obteve a cotação 

máxima prevista para este item. O facto de se tratar de um item de seleção (com formato de 

item  de  associação)  pode  ter  contribuído  para  este  desempenho.  Para  a  explicação  dos 

resultados deste item, ao formato, associar‐se‐á o facto de o item requerer, essencialmente, a 

localização de informação explícita no texto. 

Quanto ao item 3.1., solicitava‐se aos alunos que identificassem a expressão que sintetizava o 

sentido de uma unidade textual. Um total de 89,3% dos alunos assinalou a opção D, obtendo, 

assim, a cotação máxima prevista para este  item. O facto de se tratar de um  item de escolha 

múltipla pode ter contribuído para este desempenho. Registe‐se, aliás, que em todos os itens 

de escolha múltipla da prova se obtiveram valores percentuais acima dos 50%.  

Em  relação ao  item 6., pedia‐se a  transcrição de  três expressões de um excerto do  texto da 

Parte B. Um  total de 74,5% dos alunos obteve a cotação máxima. Para o desempenho neste 

item,  pode  ter  contribuído  o  facto  de  os  alunos  apenas  terem  de  identificar  expressões 

textuais explícitas num segmento de texto limitado. 

 

Itens com pior desempenho 

De entre os itens em que os alunos apresentaram pior desempenho, destacam‐se o item 2. do 

Grupo  II  (com 7,2% de  classificação média em  relação à  cotação  total) e os  itens 4. e 7. do 

Grupo  I  (com,  respetivamente, 24,4%  e 28,4% de  classificação média  em  relação  à  cotação 

total). 

No item 2. do Grupo II, item de resposta curta, solicitava‐se aos alunos que classificassem, com 

recurso a metalinguagem, a classe e a subclasse de uma palavra  (a conjunção  subordinativa 

temporal  «mal»)  num  contexto  frásico  dado.  Entre  os  fatores  que  podem  explicar  os 

desempenhos neste item, com apenas 6,9% de respostas corretas, pode apontar‐se o facto de 

o item requerer a identificação da classe da palavra através do contexto sintático e a utilização 

de metalinguagem; complementarmente, a relação de homonímia entre a conjunção «mal» e 

o advérbio «mal» pode ter contribuído para o insucesso. 

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Relatório Testes Intermédios 2011    33 _ 98 

No que diz  respeito ao  item 4. do Grupo  I, apesar de  se  tratar de um  item em que o aluno 

deveria recuperar  informação explícita no texto, a partir da seleção de  informação relevante 

para a demonstração de uma afirmação, apenas 8,7% dos alunos conseguiram obter a cotação 

máxima,  o  que  pode  ter‐se  devido  a  uma  leitura  deficiente  do  determinante  indefinido 

«outras», presente no enunciado. 

Quanto ao item 7. do Grupo I, com apenas 10,1% de respostas cotadas com o valor máximo, a 

dificuldade manifestada pelos alunos pode ter decorrido, sobretudo, do facto de a resolução 

do  item requerer que se  inferisse  informação textual  implícita,  interpretando‐a com base em 

conhecimento metatextual (concretamente, a perspetiva subjetiva do narrador). 

 

Propostas de intervenção didática 

O desempenho dos alunos foi, de um modo geral, positivo, como parece indicar a média global 

de  55%.  Os melhores  desempenhos  situam‐se  no  domínio  da  leitura  de  texto  de  carácter 

informativo, particularmente  em  itens de  seleção, e  as principais dificuldades  emergem  em 

itens de construção: tanto em itens em que se avalia leitura orientada de texto literário, como 

em itens em que se avalia conhecimento explícito da língua, especialmente quando a resposta 

exige o domínio de metalinguagem. A análise dos resultados  item a  item confirma este perfil 

de desempenhos. 

Destacam‐se,  assim,  duas  áreas  específicas  em  que  parece  ser  necessária  uma  intervenção 

didática:  a  leitura  orientada  (de  texto  literário)  e  o  conhecimento  explícito  da  língua,  em 

particular em itens com recurso a metalinguagem.  

Em relação às dificuldades de leitura, sugere‐se uma atenção especial ao ensino da leitura de 

texto  literário,  tanto  através  do  desenvolvimento  de  hábitos  de  leitura  autónoma,  como 

através do treino específico e orientado da leitura de textos literários de diferentes tipologias, 

épocas e autores. 

Os resultados do teste confirmam a necessidade de se reforçar o ensino da gramática, quer ao 

nível da manipulação de unidades  linguísticas, quer ao nível da construção de conhecimento 

metalinguístico.  Salienta‐se  a  premência  de  intervenções  educativas  fundamentadas  no 

âmbito do ensino da gramática,  face à reconhecida  implicação do conhecimento explícito da 

língua no desenvolvimento equilibrado dos demais domínios de aprendizagem no âmbito da 

língua materna. 

Reiterando  ainda  recomendações  apresentadas  em  2010,  as  dificuldades  de  escrita 

compositiva, evidenciadas especialmente no  item 8., mas também na generalidade dos  itens 

de construção, afetam domínios de aprendizagem transversais ao currículo. Estas dificuldades 

poderão  ser  minimizadas  através  de  abordagens  processuais  de  ensino  da  escrita  (que 

atendam  à  especificidade  da  planificação,  textualização  e  revisão)  e  através  de  um  treino 

recorrente de escrita com fins multifuncionais.    

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Relatório Testes Intermédios 2011    34 _ 98 

Matemática – 8.º e 9.º anos  

Devem ser consultadas as Informações n.º 13, n.º 26 e n.º 27, disponíveis na Extranet (Testes 

Intermédios 2010/2011). 

Na disciplina de Matemática foram aplicados 3 testes intermédios: 1 no 8.º ano e 2 no 9.º ano. 

 

8.° ano (Informação n.º 26) 

 

Caracterização do teste 

O teste intermédio do 8.º ano era constituído por 17 itens: 7 itens de escolha múltipla, 2 itens 

de resposta curta e 8 itens que envolviam a apresentação de cálculos/justificações.  

O  teste  incidia  nos  quatro  domínios  temáticos  previstos  no  Programa:  Estatística  e 

Probabilidades (10%), Números e Cálculo (28%), Álgebra e Funções (31%) e Geometria (31%). 

Os  conhecimentos  e  as  capacidades  avaliados  e  os  respetivos  pesos  relativos  eram  os 

seguintes:  conceitos  e  procedimentos  (53%),  raciocínio  e  resolução  de  problemas  (33%)  e 

comunicação (14%). 

 

Itens com melhor desempenho 

Os três itens com melhor nível de desempenho foram os itens 1., 3.1. e 11.2., com valores da 

classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 67,5%, 87,3% e 72,4%. Os 

itens  1.  e  11.2.  eram  itens  que  não  envolviam  qualquer  cálculo  e  que  eram  de  fácil 

compreensão. Relativamente ao  item 3.1., além de o conteúdo avaliado  ter  sido, de acordo 

com  os  relatórios  de  várias  escolas,  um  conteúdo muito  trabalhado  nas  aulas,  a  ordem  do 

termo da sequência pedida era baixa, o que facilitou a resposta.  

 

Itens com pior desempenho 

Os  três  itens com pior nível de desempenho  foram os  itens 2., 11.1. e 12.1., com valores da 

classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 23,0%, 12,3% e 33,0%. O 

item 2. implicava que o aluno interpretasse o enunciado e que dominasse o conceito de média; 

o item 11.1. apresentava um problema de Geometria não rotineiro, cuja dificuldade residia em 

relacionar a  informação dada com o que era pedido; o  item 12.1. apresentava um problema, 

também de Geometria, que envolvia relações entre amplitudes de ângulos. Destes três  itens, 

os  itens  2.  e  11.1.  já  estavam  identificados  como  itens  de  grau  de  dificuldade  elevado. 

Relativamente  ao  item  12.1.,  o  desempenho  dos  alunos  foi  inferior  ao  esperado.  O  fraco 

desempenho dos alunos neste item ter‐se‐á devido à dificuldade apresentada pelos alunos em 

estabelecer relações entre os ângulos. O facto de este conteúdo ser lecionado no 7.º ano pode 

também ter contribuído para esse fraco desempenho. 

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Relatório Testes Intermédios 2011    35 _ 98 

9.° ano (Informações n.º 13 e n.º 27) 

Caracterização do teste 

Os testes do 9.º ano eram constituídos por 17 itens. 

Os  testes  incidiram  nos  quatro  domínios  temáticos  previstos  no  Programa:  Estatística  e 

Probabilidades (10%), Números e Cálculo (28%), Álgebra e Funções (31%) e Geometria (31%).  

 

O primeiro teste do 9.º ano era constituído por 4 itens de escolha múltipla, 4 itens de resposta 

curta e 9 itens que envolviam a apresentação de cálculos/justificações. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que se evidenciou melhor nível de desempenho foram os itens 2.2., 4.1. e 8., com 

valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 71,3%, 83,2% e 

60,6%. No item 2.2., de escolha múltipla, pedia‐se o valor de uma probabilidade. No item 4.1., 

de resposta curta, era pedido um termo de uma sequência. No item 8. pedia‐se a resolução de 

uma inequação. 

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que se verificou pior nível de desempenho foram os itens 5., 7. e 10., com valores 

da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 21,1%, 10,2% e 18,6%.  

O item 5. apresentava um problema que envolvia compreensão, interpretação e raciocínio. O 

item  7.  consistia  num  problema  cuja  resolução  envolvia  várias  etapas:  a  tradução  do 

enunciado por meio de uma equação, a resolução da equação e a resposta ao problema. No 

item 10. solicitava‐se a aplicação direta de um caso notável da multiplicação de polinómios. 

 

O segundo teste do 9.º ano era constituído por 4 itens de escolha múltipla, 6 itens de resposta 

curta e 7 itens que envolviam a apresentação de cálculos/justificações. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens em que se evidenciou melhor nível de desempenho foram os  itens 1.1., 8.2. e 11.1., 

com  valores  da  classificação média  em  relação  à  cotação  total  de,  respetivamente,  68,2%, 

71,8% e 74,5%. No  item 1.1., de  resposta  curta, pedia‐se o valor de uma probabilidade. No 

item 8.2., de escolha múltipla, era pedida a identificação de um gráfico que representava uma 

função de proporcionalidade inversa. No item 11.1., igualmente um item de escolha múltipla, 

pedia‐se o número de eixos de simetria de um quadrado. 

 

 

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Relatório Testes Intermédios 2011    36 _ 98 

Itens com pior desempenho 

Os  itens em que  se verificou pior nível de desempenho  foram os  itens 7., 8.3. e 10.2.,  com 

valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 13,5%, 28,5% e 

28,1%. O  item 7. envolvia a análise do número de soluções de uma equação do 2.º grau, em 

função de um parâmetro. Os  itens 8.3  e 10.2.  eram problemas, o primeiro de  Funções  e o 

segundo de Geometria, que envolviam várias etapas. 

 

Propostas de intervenção didática 

No 8.º ano, o desempenho dos alunos foi idêntico nos itens de escolha múltipla e nos itens de 

construção, enquanto no 9.º ano o nível de desempenho dos alunos  foi melhor nos  itens de 

escolha múltipla do que nos  itens de construção. As principais dificuldades dos alunos, tanto 

no 8.º ano como no 9.º ano, prenderam‐se com a complexidade do que se pretendia avaliar e, 

em  relação  a  alguns  itens,  com  o  facto  de  se  avaliarem  conteúdos  já  lecionados  há  algum 

tempo. 

De um modo geral,  tanto no 8.º ano como no 9.º ano, verificamos que os alunos  revelaram 

melhor nível de desempenho nos  itens que não envolviam cálculos ou que envolviam apenas 

cálculos elementares, nos  itens de  fácil  interpretação e nos  itens que mobilizavam conceitos 

muito trabalhados nas aulas. Sempre que um item obrigava à mobilização de vários conceitos 

e/ou envolvia interpretação e compreensão de um enunciado mais elaborado ou a escolha de 

uma  estratégia  menos  habitual,  as  dificuldades  dos  alunos  aumentavam,  sendo  o  seu 

desempenho mais fraco. Por sua vez, também foi  insuficiente o desempenho dos alunos nos 

itens  que  envolviam  um  raciocínio  abstrato.  Em  termos  de  temas/conteúdos,  a Geometria 

continuou a ser o tema em que os alunos apresentaram maiores dificuldades, apesar de no 9.º 

ano se terem  identificado fragilidades nos  itens que avaliavam conteúdos do tema Álgebra e 

Funções. 

Tendo em vista a melhoria do desempenho dos alunos, recomenda‐se o desenvolvimento de 

trabalho que permita a apropriação de rotinas. Sugere‐se também a resolução de problemas 

variados,  dos  quais  devem  constituir  exemplos  os  problemas  de  testes  intermédios  e  de 

exames  já  realizados.  Em  relação  a  estes  problemas,  sugere‐se  que  a  sua  resolução  seja 

complementada  com  a  análise,  a  realizar  com  os  alunos,  dos  respetivos  critérios  de 

classificação, aplicados aos processos de resolução seguidos pelos alunos em cada item.    

 

 

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Relatório Testes Intermédios 2011    37 _ 98 

Ensino secundário 

Biologia e Geologia – 10.º  e 11.º anos 

Devem ser consultadas as Informações n.º 18, n.º 20 e n.º 28, disponíveis na Extranet (Testes 

Intermédios 2010/2011). 

Na disciplina de Biologia e Geologia, foram aplicados 3 testes intermédios: 1 a alunos do 10.° ano e 

2 a alunos do 11° ano. 

 

Caracterização dos testes 

Os  testes  avaliavam  a  aprendizagem  nos  domínios  conceptual  e  procedimental,  com maior 

incidência no primeiro domínio. Os testes apresentavam 4 grupos de  itens que tinham como 

suporte documentos de texto e figuras. 

 

10.° ano (Informação n.º 20) 

O teste incidia em conteúdos de Geologia (67,5%) e de Biologia (32,5%). 

O teste apresentava a seguinte distribuição de tipos de  itens: 15  itens de escolha múltipla, 4 

itens  de  resposta  restrita,  2  itens  de  ordenação,  1  item  de  resposta  curta  e  1  item  de 

associação. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens que evidenciaram melhor nível de desempenho, com valores da classificação média 

em relação à cotação total acima de 74%, foram os seguintes: itens 1. e 4. do Grupo II e item 1. 

do Grupo III, com valores da classificação média em relação à cotação total de 74,1%, 78,5% e 

89,3%, respetivamente. 

Destes  itens, os do Grupo  II pretendiam avaliar o conhecimento e a compreensão de dados, 

conceitos, modelos e teorias, sendo o item 1. de escolha múltipla e o item 4. de associação. O 

item  1.  do  Grupo  III,  também  de  escolha  múltipla,  pretendia  testar  aspetos  do  domínio 

procedimental,  implicando  a  identificação  de  argumentos  a  favor  ou  contra  determinadas 

hipóteses/conclusões. 

Quanto  aos  conteúdos  que  se  pretendiam  testar,  os  itens  do  Grupo  II  eram  relativos  à 

formação  do  Sistema  Solar,  enquanto  o  item  do  Grupo  III,  apesar  da  sua  natureza 

procedimental,  abordava  conteúdos  relacionados  com  a  temática  da  proteção  do  planeta 

Terra. 

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que se verificou pior nível de desempenho, com valores da classificação média em 

relação à cotação total abaixo de 27%, foram os seguintes: item 4. do Grupo III e itens 6. e 7. 

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Relatório Testes Intermédios 2011    38 _ 98 

do Grupo IV, com valores da classificação média em relação à cotação total de 24,3%, 17,1% e 

26,9%, respetivamente. 

O item 4. do Grupo III e o item 6. do Grupo IV eram itens de ordenação e com eles pretendia‐

‐se  testar  o  conhecimento  e  a  compreensão  de  dados,  conceitos, modelos  e  teorias  e  no 

âmbito do estabelecimento de  relações entre  conceitos. No  item 7. do Grupo  IV a  resposta 

implicava a explicação de contextos em análise, com base em critérios fornecidos. 

No  que  diz  respeito  aos  conteúdos,  o  item  4.  do Grupo  III  inseria‐se  no  tema A  Terra,  um 

planeta muito especial, e  incidia na morfologia dos  continentes e dos  fundos oceânicos. Os 

conteúdos do Grupo IV referiam‐se à obtenção de matéria pelos seres autotróficos, no caso do 

item 6., e à diversidade na biosfera, no caso do item 7. 

O nível de desempenho verificado parece depender, no caso do item 4. do Grupo III e do item 

6. do Grupo  IV, da tipologia do  item. No que diz respeito ao  item 7. do Grupo  IV, poderá ter 

havido  influência da  tipologia do  item, que  implicava construção de texto, no caso concreto, 

com explicitação de raciocínio causa‐efeito e apresentação de justificações. 

 

11.° ano (Informações n.º 18 e n.º 28) 

O primeiro teste incidia em conteúdos de Biologia. 

Este teste apresentava a seguinte distribuição de tipos de itens: 15 itens de escolha múltipla, 4 

itens  de  resposta  restrita,  2  itens  de  associação,  1  item  de  resposta  curta  e  1  item  de 

ordenação. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que se registou melhor nível de desempenho, com valores da classificação média 

em relação à cotação total acima de 74%, foram os seguintes: itens 1. e 4. do Grupo I e item 4. 

do Grupo IV, com valores da classificação média em relação à cotação total de 74,5%, 77,1% e 

95,7%, respetivamente.  

Nos  itens 1. e 4. do Grupo I pretendia‐se avaliar o conhecimento e a compreensão de dados, 

conceitos, modelos e teorias, sendo o  item 1. de escolha múltipla e o  item 4. de associação. 

Com  o  item  4.  do  Grupo  IV,  de  escolha múltipla,  pretendia‐se  testar  aspetos  do  domínio 

procedimental e requeria‐se a interpretação de dados de uma investigação científica.  

Em relação aos conteúdos, o item 1. do Grupo I referia‐se ao transporte membranar e o item 

4. do mesmo Grupo incidia nos níveis de organização biológica da biosfera. O item 4. do Grupo 

IV, apesar de ser essencialmente de natureza procedimental, relacionava‐se com o transporte 

nas plantas. 

    

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Relatório Testes Intermédios 2011    39 _ 98 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que se verificou pior nível de desempenho, com valores da classificação média em 

relação  à  cotação  total  abaixo de  33%,  foram os  seguintes:  item  2. do Grupo  I,  item  3. do 

Grupo II e item 5. do Grupo III, com valores da classificação média em relação à cotação total 

de 32,8%, 26,8% e 27,6%, respetivamente. 

No  item 2. do Grupo  I pretendia‐se avaliar a mobilização e utilização de dados,  conceitos e 

teorias relacionados com o transporte nas plantas.  

No  item 3. do Grupo  II pedia‐se a explicação de contextos em análise, com base em critérios 

fornecidos, relacionados com interpretação gráfica e ação da hormona antidiurética.  

No  item  5.  do  Grupo  III  pretendia‐se  avaliar  o  conhecimento  e  a  compreensão  de  dados, 

conceitos,  modelos  e  teorias,  mediante  a  utilização  de  um  item  de  ordenação  de 

acontecimentos relacionados com os processos de divisão celular. 

Os  desempenhos  verificados  nos  itens  2.  do  Grupo  I  e  3.  do  Grupo  II  poderão  estar 

relacionados  com  o  facto  de  estes  itens  implicarem  operações  mentais  relativamente 

complexas e de exigirem o estabelecimento de relações entre os suportes fornecidos. No que 

se refere ao item 5. do Grupo III, parece ter havido influência do tipo de item. 

 

O segundo teste incidia em conteúdos de Geologia (50%) e de Biologia (50%). 

Este teste apresentava a seguinte distribuição de tipos de itens: 15 itens de escolha múltipla, 4 

itens  de  resposta  restrita,  2  itens  de  associação,  1  item  de  resposta  curta  e  1  item  de 

ordenação. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens  em  que  se  evidenciou melhor  nível  de  desempenho,  com  valores  da  classificação 

média em relação à cotação total acima de 88%, foram os seguintes: itens 2., 3. e 6. do Grupo 

II,  com  valores  da  classificação média  em  relação  à  cotação  total  de  89%,  94,2%  e  93,2%, 

respetivamente. Em todos estes itens pretendia‐se avaliar aspetos do domínio procedimental, 

no  âmbito  do  tema  Diversidade  na  biosfera.  O  item  2.  implicava  a  previsão  de 

resultados/estabelecimento  de  conclusões  e  os  itens  3.  e  6.  incidiam  na  interpretação  de 

resultados  de  uma  investigação  científica.  Por  outro  lado,  os  itens  2.  e  3.  eram  de  escolha 

múltipla, enquanto o item 6. era de resposta curta.  

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que se registou pior nível de desempenho, com valores da classificação média em 

relação  à  cotação  total  abaixo de  24%,  foram os  seguintes:  item  6. do Grupo  I,  item  6. do 

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Relatório Testes Intermédios 2011    40 _ 98 

Grupo III e item 1. do Grupo IV, com valores da classificação média em relação à cotação total 

de 23,4%, 21,3% e 15,9%, respetivamente. 

O  item 6. do Grupo  I visava a explicação do contexto em análise, recorrendo à mobilização e 

utilização de dados, modelos e  teorias,  relativamente à existência na Terra de uma  zona de 

sombra para as ondas P. O item 6. do Grupo III envolvia, também, a mobilização e utilização de 

dados, solicitando‐se a explicitação do contexto em análise – relacionar alterações climáticas 

com migrações intercontinentais e isolamento das populações. 

Também no item 1. do Grupo IV, um item de escolha múltipla, era fundamental a mobilização 

e  utilização  de  dados  e  modelos  –  relacionar  o  transporte  com  a  granolumetria  e  a 

granotriagem dos sedimentos. 

Os  desempenhos  verificados  nos  itens  6.  do  Grupo  I  e  6.  do  Grupo  III  parecem  estar 

relacionados  com  o  tipo  de  item,  que  implicava  construção  de  texto  com  raciocínio  causa‐

‐efeito,  e  com  as  capacidades  avaliadas, que mobilizavam operações mentais  relativamente 

complexas e a interpretação dos suportes fornecidos. Relativamente ao item 1 do Grupo IV, os 

desempenhos registados podem dever‐se à operação mental envolvida, na sua relação com o 

suporte fornecido. 

 

Propostas de intervenção didática 

A  interpretação dos dados disponíveis parece  indicar que os desempenhos mais fracos estão 

associados  a  operações  que  implicam  a  mobilização  e  a  utilização  de  dados,  conceitos, 

modelos e teorias, bem como o estabelecimento de relações entre conceitos e a explicação de 

contextos em análise, com base em critérios  fornecidos,  independentemente dos conteúdos 

conceptuais em causa. 

Os  desempenhos  registados  parecem,  ainda,  indicar  fragilidades  ao  nível  da  construção  de 

texto  (com correção e coerência na organização dos conteúdos e na aplicação de  linguagem 

científica), com base em raciocínios argumentativos ou raciocínios de causa‐efeito. Verifica‐se, 

também,  que  as  dificuldades  na  interpretação/compreensão  dos  suportes  fornecidos,  bem 

como  na mobilização  dos  respetivos  dados,  podem  contribuir  para  os  baixos  desempenhos 

registados  em  alguns  itens.  Por  outro  lado,  em  alguns  itens  de  ordenação  registaram‐se 

desempenhos  fracos, o que poderá significar a existência de dificuldades na resposta a  itens 

desta tipologia. 

Assim,  na  sequência  dos  resultados  obtidos,  sugere‐se  um  reforço  das  experiências  de 

aprendizagem que  contribuam para o  aperfeiçoamento da qualidade da produção de  texto 

argumentativo,  promovendo,  por  exemplo,  o  desenvolvimento  de  raciocínios  causa‐efeito. 

Este  trabalho  deverá  estar  associado  à  identificação/interpretação  de  informação  fornecida 

em  suportes  diversos,  de  forma  a  contribuir  para  o  desenvolvimento  da  capacidade  de 

mobilização  dessa  informação.  A  intervenção  didática  deverá,  ainda,  privilegiar  o 

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Relatório Testes Intermédios 2011    41 _ 98 

desenvolvimento de capacidades que  impliquem operações mentais de maior complexidade, 

que são aquelas em que se verificaram os desempenhos mais baixos. 

Registe‐se que o desenvolvimento das  referidas  capacidades deve  ser  feito num quadro de 

aquisição plena de conhecimentos que decorra da informação fornecida aos alunos acerca dos 

conteúdos  programáticos.  Considera‐se,  deste  modo,  que  o  desenvolvimento  significativo 

dessas capacidades não deve ser  feito à custa de uma abordagem superficial dos conteúdos 

programáticos.  

 

 

Filosofia – 10.º ano 

Deve  ser  consultada  a  Informação  n.º  15,  disponível  na  Extranet  (Testes  Intermédios 

2010/2011). 

 

Caracterização dos testes 

O teste apresentava 3 grupos de itens. 

Os itens eram precedidos de textos, de modo a enquadrar os diferentes temas e a mobilizar os 

conteúdos programáticos selecionados. 

O Grupo I contemplava a Unidade II – 1 do Programa e incluía 2 itens de seleção e 2 itens de 

construção: 1 de resposta restrita e 1 de resposta extensa.  

O Grupo  II  contemplava  a Unidade  II  –  2  do  Programa  e  incluía  2  itens  de  construção  de 

resposta restrita e 4 itens de seleção. 

O Grupo  III contemplava a Unidade  II – 3 do Programa e  incluía 3  itens de construção – 2 de 

resposta restrita e 1 de resposta extensa. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que se evidenciou melhor desempenho foram os itens 1.1., 1.2. e 3.1. do Grupo II, 

com  valores  da  classificação média  em  relação  à  cotação  total  de,  respetivamente,  92,1%, 

91,6%  e  80,3%.  Os  itens  1.1.  e  1.2.  eram  de  seleção  (escolha  múltipla)  e  implicavam  a 

identificação e a relacionação de conceitos, a partir da análise de um texto. O item 3.1. era um 

item de construção de resposta curta que  implicava a  identificação de um problema filosófico 

num texto dado.  

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que se evidenciou pior desempenho foram o item 2. do Grupo I e os o itens 1.1. e 

1.2.  do  Grupo  III,  com  valores  da  classificação  média  em  relação  à  cotação  total  de, 

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Relatório Testes Intermédios 2011    42 _ 98 

respetivamente,  38,1%,  36,5%  e  45,7%.  Todos  estes  itens  eram  de  construção  de  resposta 

restrita e solicitavam a produção de um texto com rigor e precisão conceptuais (conhecimento 

de terminologia específica), a partir da interpretação de um texto. 

  

Propostas de intervenção didática 

Os  dados  disponíveis  permitem  concluir  que  muitas  das  dificuldades  dos  alunos  estão 

associadas  a  dificuldades  no  domínio  da  língua,  nomeadamente,  de  verbalização  e  de 

discursividade.  Os  alunos  revelam  dificuldades  na  composição  de  um  texto  escrito,  na 

exposição de  ideias e na argumentação. Ao mesmo  tempo, verificam‐se  fragilidades ao nível 

da  conceptualização,  da  problematização  e  da  argumentação.  Note‐se  que  se  trata  de  um 

teste realizado numa fase inicial do percurso escolar na disciplina de Filosofia, fator que pode 

explicar  as  dificuldades  detetadas  no  domínio  das  operações  abstratas.  Será,  por  isso, 

aconselhável que o trabalho didático nesta disciplina privilegie: 

a  leitura  orientada  de  textos  filosóficos  que,  partindo  de  uma  análise  linguística, 

conduza  à  organização  de mapas  concetuais,  de modo  a  desenvolver  capacidades 

analíticas e de conceptualização; 

o trabalho de problematização com base em textos filosóficos; 

a argumentação ancorada em  textos  filosóficos, evitando a  sua aprendizagem e uso 

como mera técnica; 

a elaboração de relatórios, resumos, sínteses, fichas de leitura, entre outros. 

Com estas medidas didáticas pretende‐se que o aluno desenvolva capacidades – transversais e 

específicas – que conduzam à construção de textos escritos a partir de um problema filosófico, 

com rigor conceptual e pertinência argumentativa, integrando elementos pessoais de reflexão 

crítica. 

 

 

Física e Química A – 10.º e 11.º anos 

Devem ser consultadas as Informações n.º 14, n.º 16 e n.º 24, disponíveis na Extranet (Testes 

Intermédios 2010/2011). 

Na disciplina de Física e Química A, foram aplicados 3 testes  intermédios: 1 a alunos do 10.º 

ano e 2 a alunos do 11.º ano. 

 

Caracterização dos testes 

Os  testes  do  10.º  e  do  11.º  ano  apresentavam  diversos  grupos  de  itens.  Alguns  dos  itens 

incidiam  nas  aprendizagens  feitas  no  âmbito  das  atividades  laboratoriais  previstas  no 

Programa da disciplina.  

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Relatório Testes Intermédios 2011    43 _ 98 

10.° ano (Informação n.º 16) 

O  teste  incidia  nos  conteúdos  de Química  e  apresentava  a  seguinte  distribuição  de  tipos  de 

itens: 11  itens de escolha múltipla, 4  itens de  resposta curta, 3  itens de  resposta  restrita e 3 

itens de cálculo. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que se evidenciou melhor desempenho foram o item 2. do Grupo I e os itens 1.1. e 

2.  do  Grupo  IV,  com  valores  da  classificação  média  em  relação  à  cotação  total  de, 

respetivamente, 97,9%, 95,5% e 84,3%. Estes itens, todos de escolha múltipla, permitiam avaliar 

o  conhecimento/compreensão  de  conceitos  (o  reconhecimento  de  um  valor  pedido  ou  da 

fórmula de estrutura de um CFC) e de seleção, análise e interpretação de informação fornecida 

de modo diversificado.   

 

Itens com pior desempenho 

Os  itens em que se evidenciou pior nível de desempenho foram o  item 2.2. do Grupo V e os 

itens 3. e 4. do Grupo  III, com valores da classificação média em  relação à cotação  total de, 

respetivamente, 29,1%, 32,2% e 33,7%. Estes 3 itens eram de construção, sendo 1 de resposta 

restrita (a descrição do procedimento experimental de preparação de uma solução diluída), 1 

de cálculo  (volume molar – constante de Avogadro) e 1 de  resposta curta  (percentagem em 

massa de um elemento num composto). Implicavam a aplicação dos conceitos (estabelecendo‐

‐se a  relação entre os conceitos) a uma  situação concreta e de produção e comunicação de 

raciocínios demonstrativos (no caso do item 3. do Grupo III e do item 2.2. do Grupo V).   

 

11.° ano (Informações n.º 14 e n.º 24) 

O  primeiro  teste  incidia  apenas  nos  conteúdos  de  Física,  de  10.º  e  de  11.º  ano.  O  teste 

apresentava a seguinte distribuição de  tipos de  itens: 8  itens de escolha múltipla, 4  itens de 

resposta curta, 4 itens de resposta restrita e 4 itens de cálculo. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens em que se evidenciou melhor nível de desempenho foram os  itens 1., 2.1. e 2.2. do 

Grupo  I,  com valores da  classificação média em  relação à  cotação  total de,  respetivamente, 

90,8%, 92,3% e 90,3%. O item 1. era um item de resposta curta, que solicitava uma operação 

de  identificação e  transcrição de  informação  textual. Os  itens 2.1. e 2.2., ambos de escolha 

múltipla,  avaliavam  o  conhecimento/compreensão  de  conceitos, mobilizando  operações  de 

identificação, sendo que, no caso do item 2.1., se avaliavam também capacidades de seleção, 

análise e interpretação de informação fornecida de modo diverso.  

 

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Relatório Testes Intermédios 2011    44 _ 98 

Itens com pior desempenho 

Os  itens em que se evidenciou pior nível de desempenho foram o  item 3. do Grupo  II, o  item 

2.2. do Grupo  IV e o  item 1.2. do Grupo VI, com valores da classificação média em  relação à 

cotação total de, respetivamente,16,5%, 20,1% e 30,4%. O  item 3. do Grupo II era um  item de 

resposta restrita sobre energia mecânica e lei da conservação da energia, e o item 2.2. do Grupo 

IV,  também  de  resposta  restrita,  incidia  no movimento  circular  com  velocidade  de módulo 

constante. Ambos avaliavam capacidades de aplicação dos conceitos e das relações entre eles a 

uma situação concreta, bem como a produção e a comunicação de raciocínios demonstrativos, 

mobilizando operações de  interpretação da  informação dada no enunciado, aplicação de uma 

lei ou de uma relação e elaboração de um texto com a apresentação de uma justificação. O item 

1.2.  do  Grupo  VI,  um  item  de  resposta  curta  sobre  a  incerteza  associada  à  escala  de  um 

instrumento, avaliava a compreensão das  relações existentes entre os conceitos e mobilizava 

operações  de  interpretação  da  informação  dada  no  enunciado  e  a  apresentação  do  valor 

pedido. 

 

O segundo teste  incidia nos conteúdos de Física de 11.º ano e de Química de 10.º e de 11.º 

ano e apresentava a seguinte distribuição de tipos de itens: 9 itens de escolha múltipla, 3 itens 

de resposta curta, 3 itens de resposta restrita e 5 itens de cálculo.   

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram o item 1. do Grupo I, o item 

1.2. do Grupo  II  e o  item 2. do Grupo  III,  com  valores da  classificação média  em  relação  à 

cotação total de, respetivamente, 86,1%, 72,5% e 70,8%. O item 1. do Grupo I era um item de 

resposta  curta,  que  avaliava  o  conhecimento/compreensão  de  conceitos,  mobilizando  a 

operação de reconhecimento. Quanto ao item 1.2. do Grupo II e ao item 2. do Grupo III, eram 

ambos  de  escolha  múltipla  e  avaliavam  a  compreensão  das  relações  existentes  entre  os 

conceitos, mobilizando operações de identificação e de reconhecimento. 

 

Itens com pior desempenho 

Os  itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os  itens 4. do Grupo  III, 2.2. do 

Grupo  IV e 1. do Grupo V, com valores da classificação média em  relação à cotação  total de, 

respetivamente, 14,8%, 19,3% e 19,5%. Estes itens eram todos de construção (1 de cálculo e 2 

de resposta restrita) e  implicavam a aplicação dos conceitos  (estabelecendo‐se relações entre 

eles) a uma situação concreta e de produção e comunicação de raciocínios demonstrativos. O 

item  2.2.  do  Grupo  IV  avaliava  ainda  a  seleção,  a  análise  e  a  interpretação  de  informação 

fornecida de modo diverso. Os  itens 4. do Grupo  III  (Variação de  raio  iónico e da energia de 

ionização na tabela periódica) e 2.2. do Grupo IV (Lei de Chatelier; Concentração hidrogeniónica 

e pH) mobilizavam operações de  identificação,  estabelecimento de  relações  entre  conceitos, 

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Relatório Testes Intermédios 2011    45 _ 98 

interpretação e aplicação de uma  lei, desempenho a ser evidenciado através da elaboração de 

um  texto que apresentasse a  justificação pedida. No  item 1. do Grupo V  (2.ª  lei de Newton e 

movimento  circular  com  velocidade de módulo  constante)  solicitava‐se a  construção de uma 

metodologia de resolução do problema proposto. 

 

Propostas de intervenção didática 

Os dados disponíveis sugerem que o desempenho dos alunos na resolução dos itens continua a 

ser  independente dos  conteúdos programáticos nos quais aqueles  itens  incidem, parecendo 

haver uma  relação mais direta do desempenho com o grau de complexidade das operações 

mentais envolvidas. 

Verifica‐se que continuam a existir dificuldades por parte dos alunos na construção de textos 

cientificamente válidos, nos quais se verifique  rigor científico dos conteúdos e da  linguagem 

utilizada. 

Os itens de cálculo, cuja resolução passa pelo estabelecimento de uma metodologia adequada 

que permita chegar ao resultado pretendido, continuam, à semelhança do que tem acontecido 

em anos anteriores, a ser itens de elevado insucesso. Na generalidade destes itens, verifica‐se 

a obtenção de valores bastante elevados de percentagens de  cotação nula  (oscilando entre 

20,4%  e  68,3%,  sendo  a  sua média  43,5%),  o  que  traduz  um  insucesso  na  abordagem  do 

problema  proposto  e  no  estabelecimento  das  etapas  de  cálculo  adequadas,  tarefas  que  os 

alunos não conseguem realizar devidamente.  

Tendo  em  conta  os  resultados,  parece  ser  necessário  continuar  a  desenvolver  um  trabalho 

sistemático, no âmbito da disciplina de Física e Química A, que incida na comunicação de ideias 

através da produção de texto escrito, nomeadamente na comunicação de raciocínios lógicos e 

na apresentação de justificações. 

Será também necessário orientar os alunos, em contexto de sala de aula, no sentido de uma 

aprendizagem que lhes permita identificar corretamente as situações propostas nos suportes e 

nos  enunciados  dos  itens,  bem  como mobilizar  os  dados  existentes  para  a  resolução  das 

questões apresentadas, procedendo ao respetivo enquadramento teórico. 

 

    

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Relatório Testes Intermédios 2011    46 _ 98 

Matemática A – 10.º, 11.º e 12.º anos  

Devem  ser  consultadas  as  Informações  n.º  8,  n.º  9,  n.º  25,  n.º  30  e  n.º  31,  disponíveis  na 

Extranet (Testes Intermédios 2010/2011). 

Na disciplina de Matemática A, foram aplicados 5 testes intermédios: 1 aos alunos do 10.º ano, 

2 aos alunos do 11.º ano e 2 aos alunos do 12.º ano. 

 

Caracterização dos testes 

Cada  um  dos  testes  apresentava  2  grupos  de  itens:  o  Grupo  I,  constituído  por  5  itens  de 

escolha múltipla, com a cotação de 10 pontos cada, e o Grupo II, constituído por 3 a 5 itens de 

construção, subdivididos em alíneas. 

 

10.° ano (Informação n.º 25) 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1. e 3. do Grupo I e o 

item  1.1.  do  Grupo  II,  com  valores  da  classificação média  em  relação  à  cotação  total  de, 

respetivamente, 80,8%, 80,1% e 79,1%. Os  itens 1. e 1.1. avaliavam a  leitura de gráficos e o 

item 3. pedia a identificação e o cálculo da área de uma secção num sólido. 

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 4. do Grupo I e os itens 

3.1.  e  5.  do  Grupo  II,  com  valores  da  classificação média  em  relação  à  cotação  total  de, 

respetivamente, 28,8%, 17,2% e 20,6%. No  item 4., pedia‐se a  identificação de um domínio 

definido por uma condição, no item 3.1., apresentava‐se um modelo de funções e, no item 5., 

solicitava‐se  a  resolução  de  um  problema  que  envolvia  a  relação  de  duas  variáveis  e  a 

consideração de parâmetros que os alunos não deviam concretizar. 

 

11.º ano (Informações n.º 9 e n.º 30) 

Primeiro teste 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1. e 2. do Grupo I e o 

item  2.2.  do  Grupo  II,  com  valores  da  classificação média  em  relação  à  cotação  total  de, 

respetivamente,  60,0%,  65,2%  e  68,2%. No  item  1.  pedia‐se  a  solução  de  um  problema  de 

Programação Linear, o  item 2. envolvia equações  trigonométricas e o  item 2.2. o cálculo do 

produto escalar de dois vetores. 

 

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Relatório Testes Intermédios 2011    47 _ 98 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1.2., 1.3. e 3. do Grupo 

II, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 24,1%, 

16,1%  e  15,0%.  Os  itens  1.2.  e  1.3.  envolviam  um  modelo  trigonométrico  e  no  item  3. 

solicitava‐se uma demonstração no âmbito da geometria vetorial.  

 

Segundo teste 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1., 2. e 5. do Grupo I, 

com  valores  da  classificação média  em  relação  à  cotação  total  de,  respetivamente,  72,9%, 

75,8% e 75,0%. Os itens 1. e 2. eram aplicações rotineiras dos conceitos de função inversa e de 

composição de funções, respetivamente, e o item 5. era dirigido à determinação de um termo 

de uma  sucessão definida por  recorrência e à  identificação da ordem de um  termo de uma 

sucessão definida pelo termo geral.  

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 4.2., 4.3. e 5. do Grupo 

II, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 40,1%, 

36,3% e 38,4%. No item 4.2., pedia‐se a caracterização do produto de duas funções, o item 4.3. 

envolvia a determinação das assíntotas de uma  função  racional e o  item 5. apresentava um 

problema  de  geometria  em  que  era  pedido  o  volume  de  uma  pirâmide  representada  num 

referencial cartesiano ortogonal e monométrico no espaço. 

 

12.º ano (Informações n.º 8 e n.º 31)   

Primeiro teste 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1., 2. e 3. do Grupo I, 

com  valores  da  classificação média  em  relação  à  cotação  total  de,  respetivamente,  84,7%, 

70,8% e 88,3%. O item 1. envolvia a resolução gráfica de uma equação com logaritmos, o item 

2. a definição de probabilidade condicionada e o item 3. o triângulo de Pascal. 

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 5. do Grupo I e os itens 

2.2.  e  5.  do  Grupo  II,  com  valores  da  classificação média  em  relação  à  cotação  total  de, 

respetivamente, 40,5%, 32,4% e 44,4%. O item 5. do Grupo I envolvia um modelo binomial, no 

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Relatório Testes Intermédios 2011    48 _ 98 

item  2.2.  do  Grupo  II  apresentava‐se  um  problema  que,  a  propósito  de  um  modelo 

exponencial, envolvia a resolução de uma equação com mais do que um parâmetro e no item 

5. do Grupo II pedia‐se a construção de uma tabela de distribuição de probabilidades. 

 

Segundo teste 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1., 2. e 3. do Grupo I, 

com  valores  da  classificação média  em  relação  à  cotação  total  de,  respetivamente,  95,2%, 

82,7%  e  72,4%. O  item  1.  envolvia  uma  propriedade  das  distribuições  de  probabilidades,  o 

item 2. o cálculo de uma probabilidade e o item 3. uma aplicação do teorema de Bolzano. 

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 1. do Grupo I e os itens 

2.3.  e  4.  do  Grupo  II,  com  valores  da  classificação média  em  relação  à  cotação  total  de, 

respetivamente, 36,8%, 26,3% e 41,3%. O  item 1. envolvia a  resolução de uma equação no 

conjunto dos números complexos que obrigava à utilização da  regra de Ruffini, no  item 2.3. 

pedia‐se a resolução de uma equação com exponenciais em que era necessário recorrer a uma 

mudança de variável e o item 4. envolvia a resolução gráfica de uma equação com logaritmos. 

 

Propostas de intervenção didática 

De um modo geral, os  itens em que os alunos revelaram melhor nível de desempenho foram 

os  itens  que  contemplavam  situações  rotineiras  frequentemente  utilizadas  nas  aulas  para 

apresentar conceitos ou  técnicas específicas, bem como os  itens  idênticos a  itens propostos 

em testes recentes.  

Os  itens  em  que  os  alunos  revelaram  pior  desempenho  foram  os  itens  de  construção  que 

envolviam vários cálculos, que continham muita informação ou que envolviam o recurso a uma 

estratégia não habitual. Em particular, os alunos evidenciaram muitas dificuldades em  itens 

que envolviam um ou mais parâmetros. 

O desempenho  também  foi  fraco nos  itens que envolviam  raciocínios demonstrativos e nos 

que  incidiam em  conteúdos que não  tinham  sido  lecionados em datas próximas da data da 

realização do teste. 

Os  dados  disponíveis  sugerem  que,  no  12.º  ano,  o  desempenho  dos  alunos  nos  itens  que 

tinham por objeto conteúdos do  tema Cálculo Combinatório e Probabilidades  foi melhor do 

que o desempenho nos itens que tinham por objeto conteúdos do tema Funções. No 10.º ano 

e  no  11.º  ano,  os  alunos  revelaram melhor  desempenho  nos  itens  que  tinham  por  objeto 

conteúdos do  tema Funções do que nos  itens cujo objeto era Geometria/Trigonometria. No 

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Relatório Testes Intermédios 2011    49 _ 98 

entanto, as diferenças não  são  significativas, o que  sugere que o nível de desempenho dos 

alunos não é condicionado de forma evidente pelos conteúdos avaliados. 

As diferenças registadas nos níveis de desempenho poderão ter resultado, em parte, do tipo 

de  item  (itens  de  escolha múltipla  vs.  itens  de  construção), mas,  fundamentalmente,  terão 

decorrido do tipo de operações mentais que é necessário mobilizar na resolução do item. 

Sugere‐se que os professores dediquem um  tempo apreciável à análise, com os alunos, dos 

vários  itens, e das  respetivas etapas de  resolução, dos  testes  intermédios  já  realizados. Essa 

análise  deve  permitir  que  os  alunos  reconheçam  que muitos  dos  itens  propostos  aplicam 

conceitos  e  propriedades  básicas  ou  são  problemas  rotineiros,  idênticos  a  outros  que 

resolveram  nas  aulas,  e,  consequentemente,  constituir  um  incentivo  para  que  os  alunos 

reforcem o  seu  investimento na  aquisição e na  aplicação dos  conceitos  reconhecidos  como 

fundamentais, tornando‐se também cada vez mais ágeis nos cálculos.  

Os  processos mentais mais  complexos  não  podem,  igualmente,  ser  descurados,  pelo  que 

deverão continuar a ser propostos  itens que envolvam conexões, estratégias não habituais e 

raciocínios  demonstrativos,  enfatizando‐se,  sempre  que  possível  e  oportuno,  quer  a 

diversidade  das  estratégias  utilizadas,  quer  o  papel  que  o  domínio  dos  procedimentos 

rotineiros assume na resolução destes itens de nível de dificuldade mais elevado.   

Atendendo  ao  fraco  desempenho  em  itens  que  envolviam  um  ou  mais  parâmetros, 

recomenda‐se a resolução de itens com estas características a partir do 10.º ano. 

Sugere‐se ainda que os alunos  sejam desafiados, ao  longo do ano, a  resolver  itens  sobre os 

conteúdos lecionados há mais tempo, de modo a que a aprendizagem seja consolidada.   

  

 

 

 

 

 

 

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Relatório Testes Intermédios 2011    50 _ 98 

DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS POR NUT III 

A  distribuição  dos  resultados  dos  testes  intermédios  (TI)  de  2011  de  acordo  com  as  sub‐

‐regiões  (NUT  III)  permite  identificar  malhas  territoriais  diversas  consoante  os  níveis  de 

desempenho  alcançados  em  disciplinas  do  ensino  básico  e  do  ensino  secundário  e,  pela 

primeira vez, no 1.º ciclo de ensino. 

A  informação  agora  disponibilizada  permite,  à  semelhança  do  ano  anterior,  observar 

distribuições regionais (ao nível das sub‐regiões) e situar cada unidade territorial no contexto 

nacional. É  também possível observar tendências de evolução de resultados, comparando os 

resultados alcançados em 2009 com os de 2011. 

Na análise da distribuição geográfica dos resultados por NUT  III considera‐se como variável a 

média dos resultados dos  testes de uma mesma disciplina realizados no corrente ano  letivo. 

Assim, no caso da disciplina de Língua Portuguesa do 9.º ano, apenas se pode contar com os 

resultados  de  um  teste,  mas,  no  caso  da  disciplina  de  Matemática,  são  considerados  os 

resultados de três testes – um realizado no 8.º ano e dois no 9.º ano.  

Já no  ensino  secundário, nas disciplinas de Biologia  e Geologia  e de  Física  e Química A,  os 

resultados apresentados constituem a média de três testes para cada uma das disciplinas: um 

realizado  no  10.º  ano  e  dois  realizados  no  11.º  ano.  Na  disciplina  de  Matemática  A,  os 

resultados contemplam a média de cinco testes, um realizado no 10.º ano, dois no 11.º ano e 

dois no 12.º ano. 

 

 

Língua Portuguesa – 1.º ciclo do ensino básico (2º ano) 

 

A distribuição espacial dos resultados de cada um dos domínios em que incide a aprendizagem 

da  Língua Portuguesa do  1.º  ciclo  – Compreensão do Oral,  Escrita,  Leitura  e Conhecimento 

Explícito da Língua (Figuras 1 a 4) – apresenta, regra geral, menores assimetrias entre as várias 

sub‐regiões  do  país  do  que  a  repartição  territorial  dos  resultados  de  outros  ciclos  de 

escolaridade.  

A  reduzida  clivagem  de  resultados  entre  as  sub‐regiões  não  esconde,  no  entanto,  algumas 

oscilações verificadas sobretudo nos domínios de competência com classificações médias mais 

baixas  (Escrita  e  Conhecimento  Explícito  da  Língua).  Algumas  sub‐regiões  do  sul  do  país 

(Algarve, Alentejo Litoral, Baixo Alentejo) registaram piores resultados do que os apresentados 

nas sub‐regiões de zonas do centro‐litoral, nomeadamente, o Baixo Mondego, o Baixo Vouga e 

Entre Douro e Vouga. 

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Fig. 1 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  Compreensão do Oral — 1.º ciclo do ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011

Fig. 2 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

 Escrita – 1.º ciclo do ensino básico  

 

Fonte: GAVE, 2011

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Fig. 3 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

 Leitura – 1.º ciclo do ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011

Fig. 4 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

               Conhecimento Explícito da Língua – 1.º ciclo do ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011

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Relatório Testes Intermédios 2011    53 _ 98 

Matemática – 1.º ciclo do ensino básico (2.º ano) 

 

Relativamente  aos  resultados  do  teste  intermédio  do  2.º  ano  da  disciplina  de Matemática, 

pode verificar‐se uma configuração semelhante à observada para os de Língua Portuguesa na 

distribuição  territorial  de  resultados  (Figuras  5  a  12).  Isto  é,  regista‐se  uma  menor 

diferenciação geográfica na distribuição de resultados entre as diferentes unidades territoriais 

do que a assinalada noutros ciclos de ensino.  

No  conjunto  dos  quatro  domínios  analisados  –  Comunicação  Matemática,  Conhecimento, 

Compreensão de Conceitos e Procedimentos Matemáticos, Raciocínio Matemático, Resolução 

de  Problemas  –  e  das  quatro  áreas  temáticas  –  Números  e  Cálculo,  Geometria  e Medida, 

Estatística  e  Probabilidades,  Álgebra  –  três  registam  resultados  mais  baixos, 

independentemente  da  distribuição  territorial  de  resultados  (Resolução  de  Problemas, 

Geometria e Medida, Álgebra). Vejam‐se, em particular, os resultados alcançados no domínio 

de  competência  Resolução  de  Problemas.  As  percentagens mais  elevadas  correspondem  à 

notação de ‘Satisfaz’, sendo esta a notação comum a quase todas as sub‐regiões. As exceções 

são as unidades territoriais do Alentejo Litoral e do Algarve. Aí, quase metade dos resultados 

médios é ‘Não Satisfaz’ (49,4% e 49,3%, respetivamente).  

Na georreferenciação de resultados da Álgebra, a distribuição assume um padrão semelhante 

entre as diferentes sub‐regiões e apresenta uma repartição percentual mais equilibrada entre 

os três níveis de classificação. Algumas sub‐regiões, porém, registaram elevadas percentagens 

médias de ‘Não Satisfaz’, de entre as quais, o Algarve, a Serra da Estrela, o Alentejo Litoral, a 

Península de Setúbal e o Alentejo Litoral. 

Saliente‐se também o domínio do Conhecimento, Compreensão de Conceitos e Procedimentos 

Matemáticos, considerando que é aquele em que se verificam as percentagens mais elevadas. 

Uma  vez mais  a distribuição  territorial de  resultados  assume uma  configuração  semelhante 

entre as unidades territoriais, sobressaindo, porém, as sub‐regiões do norte litoral e interior – 

Tâmega, Douro, Ave –, com percentagens de ‘Satisfaz Bem’ superiores a 65%. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Relatório Testes Intermédios 2011    54 _ 98 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 6 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

 Raciocínio Matemático – 1.º ciclo do ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011

Fig. 5 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

Conhecimento, Compreensão de Conceitos e Procedimentos Matemáticos – 1.º ciclo do ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011

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Fig. 8 – Distribuição dos resultados médios por NUT III 2011 

 Comunicação Matemática – 1.º ciclo do ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011

Fig. 7 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

 Resolução de Problemas – 1.º ciclo do ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011

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Relatório Testes Intermédios 2011    56 _ 98 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 10 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

   Geometria e Medida – 1.º ciclo do ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011

Fig. 9 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

 Números e Cálculo – 1.º ciclo do ensino básico 

 

Fonte: GAVE, 2011

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Relatório Testes Intermédios 2011    57 _ 98 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

 

 

 

   

 

 

 

 

 

 Fig. 12 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

Álgebra – 1.º ciclo do ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011

Fig. 11 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  

   Estatística e Probabilidades – 1.º ciclo do ensino básico   

Fonte: GAVE, 2011

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Relatório Testes Intermédios 2011    58 _ 98 

Ciências Físico‐Químicas – 3.º ciclo do ensino básico 

 

No que  respeita aos  resultados médios alcançados no TI de Ciências  Físico‐Químicas,  sendo 

globalmente muito positivos  (Figura 13), destacam‐se as unidades  territoriais da  faixa  litoral 

centro,  designadamente,  as  sub‐regiões  do  Baixo‐Mondego,  Pinhal  Litoral  e  Pinhal  Interior 

Norte. O Alto Alentejo foi a sub‐região que registou uma média global mais baixa, ainda assim 

ultrapassando a barreira dos 50%.  

A  posição  relativa  ocupada  por  cada  unidade  territorial  na  escala  ordenada  de  resultados 

tendo como referência a classificação média nacional (Figura 14) evidencia 13 sub‐regiões do 

país  com  resultados  acima  da  média  nacional.  Neste  conjunto,  sobressaem  as  unidades 

territoriais pertencentes ao Centro e Norte. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 13 – Distribuição dos resultados médios por 

NUT III – 2011 Ciências Físico‐Químicas – 3.º ciclo do  ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    59 _ 98 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

           Fig. 14 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

  Ciências Físico‐Químicas – 3.º ciclo do ensino básico.    Valores índice (Média nacional = 100) 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    60 _ 98 

Ciências Naturais – 3.º ciclo do ensino básico 

 

No TI de Ciências Naturais, os  resultados médios  foram abaixo do verificado no de Ciências 

Físico‐Químicas, embora a sua distribuição territorial apresente um padrão semelhante (Figura 

15). A zona Centro – onde se destaca o Baixo Mondego ‐ e o Norte Litoral revelam as melhores 

médias globais. A este grupo junta‐se ainda a sub‐região da Grande Lisboa. O Alto Alentejo foi 

a  sub‐região  que  registou  piores  desempenhos  médios,  não  tendo  ultrapassado  o  limite 

positivo dos 50%. 

A  ordenação  relativa  das  sub‐regiões  em  função  da  média  nacional  coloca  16  unidades 

territoriais acima do nível médio alcançado pelo país (Figura 16). A diferença relativamente à 

média  nacional  da  sub‐região  com  pior  desempenho  (Alto  Alentejo  –  12,5)  é  superior  à 

diferença verificada para a sub‐região com melhor desempenho (Baixo Mondego, 10,0). 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 15 – Distribuição dos resultados médios por 

   NUT III – 2011     Ciências  Naturais  –  3.º  ciclo  do  ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    61 _ 98 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

          Fig. 16 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

              Ciências Naturais – 3.º ciclo do ensino básico.                Valores índice (Média nacional = 100) 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    62 _ 98 

Geografia – 3.º ciclo do ensino básico 

 

As  sub‐regiões  Baixo Mondego,  Pinhal  Litoral  e Médio  Tejo  sobressaem  com  os melhores 

resultados médios no TI de Geografia do 9.º ano, situando‐se entre os 56% e os 58% (Figura 

17).  Outras  sub‐regiões  revelam  desempenhos  positivos,  destacando‐se  em  particular  o 

contínuo Norte Litoral  (Minho‐Lima, Cávado, Ave), centro  interior  (Dão‐Lafões; Beira  Interior 

Norte),  Pinhal  Interior  Sul;  Grande  Lisboa  e  Lezíria  do  Tejo.  Ainda  neste  conjunto  de  sub‐

‐regiões  são  de  salientar  os  resultados  médios  alcançados  pelo  Alentejo  Central,  que 

contrastam  com os obtidos nas  sub‐regiões do Alto Alentejo  e do Alentejo  Litoral  –  ambos 

abaixo dos 50%. 

Pinhal  Litoral  é  a  unidade  territorial  que  ocupa  o  lugar mais  destacado  na  ordenação  das 

regiões,  por  referência  à  média  nacional  (Figura  18).  Das  12  unidades  territoriais  que 

apresentam desvios positivos em valor índice, sete situam‐se na faixa litoral do Centro e Norte.  

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 17 – Distribuição dos resultados médios por 

NUT III – 2011 Geografia – 3.º ciclo do ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    63 _ 98 

85,3

91,8

93,3

94,1

94,2

94,4

94,7

95,5

96,5

96,6

97,0

97,1

97,4

98,2

98,6

99,1

99,2

99,5

100

100,3

100,6

101,0

101,2

101,6

101,8

102,5

103,1

103,5

104,5

106,1

107,4

80 85 90 95 100 105 110 115

Alto Alentejo

Alentejo Litoral

Açores

Douro

Baixo Alentejo

Tâmega

Península de Setúbal

Serra da Estrela

Algarve

Alto Trás‐os‐Montes

Madeira

Cova da Beira

Pinhal Interior Norte

Oeste

Baixo Vouga

Entre Douro e Vouga

Beira Interior Sul

Grande Porto

Portugal

Alentejo Central

Ave

Minho‐Lima

Lezíria do Tejo

Grande Lisboa

Pinhal Interior Sul

Beira Interior Norte

Dão‐Lafões

Cávado

Baixo Mondego

Médio Tejo

Pinhal Litoral

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 18 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

Geografia – 3.º ciclo do ensino básico.  Valores índice (Média nacional = 100) 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    64 _ 98 

História – 3.º ciclo do ensino básico 

 

A  repartição  espacial  de  resultados  médios  do  TI  de  História  do  3.º  ciclo  reflete, 

genericamente,  os  desempenhos  menos  positivos  alcançados  na  disciplina,  não  se 

evidenciando  contrastes  territoriais muito  significativos  (Figura  19).  Excluindo  as  três  sub‐

‐regiões do Baixo‐Mondego, Pinhal Litoral e Cova da Beira, os resultados médios das restantes 

sub‐regiões situam‐se abaixo dos 45%. 

A ordenação  relativa das  sub‐regiões por  referência à média nacional  coloca 13  sub‐regiões 

acima da  fasquia dos  resultados médios do país  (Figura 20). Note‐se ainda que quatro  sub‐

‐regiões,  embora  abaixo  da  classificação  média  nacional,  apresentam  valores  que  se 

aproximam  desta  referência.  A  sub‐região  da  Cova  da  Beira  distancia‐se  positivamente  da 

média  nacional  em  14,4  pontos  de  valor  índice.  No  polo  oposto,  a  Região  Autónoma  da 

Madeira afasta‐se 10,2 pontos. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 19 – Distribuição dos resultados médios por 

NUT III – 2011 História – 3.º ciclo do ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    65 _ 98 

84,8

84,9

86,2

90,6

93,5

93,8

94,1

94,5

94,6

94,8

94,8

97,9

98,8

99,5

99,5

99,6

99,9

100,0

100,4

101,9

102,1

102,5

103,2

103,3

104,2

104,3

104,8

106,2

108,1

109,4

114,3

80 85 90 95 100 105 110 115

Madeira

Alentejo Central

Alto Alentejo

Tâmega

Serra da Estrela

Pinhal Interior Sul

Algarve

Açores

Alto Trás‐os‐Montes

Baixo Alentejo

Douro

Península de Setúbal

Grande Porto

Oeste

Alentejo Litoral

Médio Tejo

Ave

Portugal

Beira Interior Norte

Minho‐Lima

Dão‐Lafões

Cávado

Baixo Vouga

Pinhal Interior Norte

Grande Lisboa

Beira Interior Sul

Entre Douro e Vouga

Lezíria do Tejo

Baixo Mondego

Pinhal Litoral

Cova da Beira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 20 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

História – 3.º ciclo do ensino básico.  Valores índice (Média nacional = 100) 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    66 _ 98 

Inglês – 3.º ciclo do ensino básico 

 

A  georreferenciação  dos  resultados  do  TI  de  Inglês  do  3.º  ciclo  evidencia  os  melhores 

desempenhos  do  contínuo  litoral  entre  o  Grande  Porto  e  a  Península  de  Setúbal.  A  este 

conjunto, que apresenta resultados médios acima dos 60%, juntam‐se as sub‐regiões da Cova 

da Beira e do Algarve. Note‐se, em particular, as classificações médias das unidades territoriais 

da  Península  de  Setúbal  e  do  Algarve,  significativamente  acima  dos  desempenhos médios 

alcançados por estas sub‐regiões noutras disciplinas. 

A maior densidade populacional das sub‐regiões do litoral do país e as mais elevadas médias aí 

alcançadas no TI de  Inglês – designadamente, em sub‐regiões urbanas da Grande Lisboa, do 

Grande  Porto  e da  Península de  Setúbal  –  contribuem para que  a  grande maioria das  sub‐

‐regiões esteja abaixo da média nacional (Figura 21).  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 21 – Distribuição dos resultados médios por 

NUT III – 2011 Inglês – 3.º ciclo do ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    67 _ 98 

82,6

83,8

84,7

87,9

87,9

88,3

90,0

91,0

91,9

92,9

92,9

92,9

93,1

93,6

94,4

95,6

95,6

95,7

98,5

99,0

99,0

100,0

100,5

100,7

100,8

102,4

103,0

105,6

106,9

107,5

110,3

75 80 85 90 95 100 105 110 115

Tâmega

Douro

Alto Alentejo

Baixo Alentejo

Alto Trás‐os‐Montes

Beira Interior Norte

Pinhal Interior Sul

Alentejo Central

Minho‐Lima

Alentejo Litoral

Pinhal Interior Norte

Serra da Estrela

Cávado

Ave

Açores

Madeira

Dão‐Lafões

Beira Interior Sul

Lezíria do Tejo

Entre Douro e Vouga

Oeste

Portugal

Cova da Beira

Algarve

Baixo Vouga

Pinhal Litoral

Médio Tejo

Grande Porto

Baixo Mondego

Península de Setúbal

Grande Lisboa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 22 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

 Inglês – 3.º ciclo do ensino básico.   Valores índice (Média nacional = 100) 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    68 _ 98 

Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico 

 

A distribuição geográfica dos  resultados do TI da disciplina de  Língua Portuguesa do ensino 

básico é semelhante à verificada nos da disciplina de Inglês do mesmo nível de ensino (Figura 

23). Repare‐se, em particular, no contínuo de unidades territoriais da região Centro (litoral e 

interior), com resultados médios acima de 53%. As sub‐regiões com piores resultados médios, 

ainda assim positivos, são o Tâmega e o Baixo Alentejo. 

Considerando a localização das sub‐regiões em função da escala ordenada de resultados com 

referência à média nacional (Figura 24), verifica‐se que as sub‐regiões que evidenciam piores 

desempenhos, com valores que se afastam, em sentido negativo, 5 ou mais pontos da média 

nacional, são o Douro, o Alentejo Litoral, o Baixo Alentejo, o Tâmega e as Regiões Autónomas 

(RA) dos Açores e da Madeira.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 23 – Distribuição dos resultados médios por 

NUT III – 2011 Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    69 _ 98 

92,3

92,6

94,2

94,3

94,9

95,0

95,7

96,1

96,5

97,9

98,1

98,8

98,8

99,1

99,1

99,3

99,6

100,0

100,1

100,3

100,9

101,1

101,5

102,1

102,2

102,6

102,6

102,7

102,9

105,1

109,5

90 95 100 105 110

Madeira

Tâmega

Baixo Alentejo

Açores

Alentejo Litoral

Douro

Alto Alentejo

Pinhal Interior Sul

Algarve

Alto Trás‐os‐Montes

Pinhal Litoral

Pinhal Interior Norte

Cávado

Península de Setúbal

Beira Interior Norte

Oeste

Alentejo Central

Portugal

Lezíria do Tejo

Ave

Minho‐Lima

Médio Tejo

Baixo Vouga

Beira Interior Sul

Entre Douro e Vouga

Cova da Beira

Grande Porto

Grande Lisboa

Dão‐Lafões

Serra da Estrela

Baixo Mondego

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 24 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  

 Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico.   Valores índice (Média nacional = 100) 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    70 _ 98 

Matemática – 3.º ciclo do ensino básico (8.º e 9.º anos) 

 

Os resultados médios verificados em 2011 nos TI da disciplina de Matemática do ensino básico 

(Figura  25)  são  inferiores  aos  registados  no  ano  anterior,  embora  o  padrão  de  distribuição 

territorial se assemelhe. Note‐se que somente a sub‐região do Baixo Mondego apresenta em 

2011  resultados médios  superiores  ou  iguais  a  50%. As  sub‐regiões  do  litoral  continental  – 

entre a Grande Lisboa e o Minho‐Lima –, as sub‐regiões que lhes estão espacialmente opostas 

– Beira Interior Norte, Beira Interior Sul, Cova da Beira – e algumas regiões do eixo continental 

central – Dão‐Lafões, Pinhal  Interior Sul, Médio Tejo –  registam  resultados médios entre os 

45%  e  os  49%.  As  unidades  territoriais  com  classificações  mais  baixas  (abaixo  dos  40%), 

encontram‐se  localizadas predominantemente a sul do país – Alto Alentejo, Alentejo Litoral, 

assim como as RA da Madeira e dos Açores.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 25 – Distribuição dos resultados médios por 

NUT III – 2011     Matemática – 3.º ciclo do ensino básico 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    71 _ 98 

A  leitura  dos  resultados  numa  escala  ordenada  por  valores  índice,  tendo  por  referência  a 

classificação média  nacional  (Figura  26),  torna  evidente,  num  primeiro  plano,  que  as  sub‐

‐regiões com resultados acima da média são em número superior (17 das 30 NUT III). Destas, 

sobressaem  as  sub‐regiões  do  Baixo Mondego,  do  Pinhal  Litoral,  de Dão‐Lafões  e  da  Beira 

Interior Norte (região Centro, litoral e interior), à semelhança do que se verificou em 2010. O 

arquipélago dos Açores é a região com um maior desvio em valores  índice, apresentando um 

diferencial de ‐25,2 pontos relativamente ao referente nacional. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 26 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011 

 Matemática – 3.º ciclo do ensino básico.  Valores índice (Média nacional = 100) 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    72 _ 98 

Quando comparados os anos de escolaridade (Figura 27), verifica‐se que, de um modo geral, 

os resultados médios do 8.º ano são ligeiramente superiores. Entre as exceções, encontram‐se 

as  sub‐regiões  da  Beira  Interior  Sul  e  de  Entre  Douro  e  Vouga,  com  classificações médias 

significativamente superiores no 9.º ano.  

 

 

 

 

 

 

 

A comparação da posição relativa de cada sub‐região face à média nacional nas disciplinas de 

Matemática e de Língua Portuguesa permite  identificar situações distintas (Figura 28). Em 12 

das  30 NUT  III,  os  desvios  em  valor  índice  são  inferiores  a  100  em  ambas  as  disciplinas. A 

Região  Autónoma  dos  Açores  é  a  que  regista  um  desvio mais  acentuado  (‐25  pontos  em 

valores  índice) na disciplina de Matemática. Em 13 sub‐regiões, o afastamento relativamente 

ao valor médio nacional é positivo em ambas as disciplinas – destacando‐se a sub‐região do 

Baixo  Mondego  na  disciplina  de  Matemática.  Neste  conjunto,  a  maioria  das  unidades 

territoriais apresenta valores  relativos superiores na disciplina de Matemática, e apenas  três 

registam valores índice superiores na de Língua Portuguesa – destaque‐se, particularmente, a 

sub‐região da Serra da Estrela, com um diferencial de 5 pontos acima da média nacional em 

Língua Portuguesa, contra 0,3 em Matemática. 

Fig. 27 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  

Matemática – 3.º ciclo do ensino básico, por ano de escolaridade (8.º e 9.º anos)  Valores índice (Média nacional = 100) 

Fonte: GAVE, 2011

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Relatório Testes Intermédios 2011    73 _ 98 

Finalmente, um outro grupo inclui 5 NUT III cuja posição relativa nas duas disciplinas é de sinal 

contrário. Em todas estas sub‐regiões, também a posição em Matemática é melhor do que a 

observada em Língua Portuguesa. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 28 – Diferença entre o valor índice da NUT III e o índice 100.   Resultados dos testes de Língua Portuguesa e de Matemática  – 3.º ciclo do ensino básico – 2011 (Média Nacional=100) 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    74 _ 98 

Biologia e Geologia – ensino secundário (10.º e 11.º anos) 

 

Os  resultados  alcançados nos  TI da disciplina de Biologia  e Geologia  colocam  todas  as  sub‐

‐regiões entre os 10 e os 12 valores médios (Figura 29). As variantes territoriais evidenciam os 

melhores desempenhos nas sub‐regiões do centro litoral, destacando‐se a sub‐região do Baixo 

Mondego.  Nesta  distribuição,  é  ainda  possível  verificar  um  conjunto  alargado  de  unidades 

territoriais com resultados médios acima dos 11 valores, onde se inclui, para além das NUT III 

do Litoral Centro e Dão‐Lafões, as sub‐regiões do Algarve, da Beira  Interior Norte, da Grande 

Lisboa, do Grande Porto, do Médio Tejo e da Lezíria do Tejo.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 29 –  Distribuição dos resultados médios por 

NUT III – 2011  Biologia e Geologia – ensino secundário 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    75 _ 98 

92,2

93,2

93,3

93,9

94,3

94,6

94,8

95,9

96,1

96,6

97,3

98,1

98,8

99,0

99,0

99,4

100,0

100,6

100,7

101,0

101,4

101,6

101,7

101,8

102,1

102,1

102,3

102,5

103,1

104,6

106,8

90 95 100 105 110

Açores

Serra da Estrela

Madeira

Baixo Alentejo

Pinhal Interior Norte

Alto Alentejo

Douro

Alentejo Central

Cova da Beira

Alto Trás‐os‐Montes

Tâmega

Península de Setúbal

Beira Interior Sul

Cávado

Alentejo Litoral

Oeste

Portugal

Pinhal Interior Sul

Ave

Minho‐Lima

Entre Douro e Vouga

Lezíria do Tejo

Grande Porto

Dão‐Lafões

Baixo Vouga

Beira Interior Norte

Algarve

Grande Lisboa

Pinhal Litoral

Médio Tejo

Baixo Mondego

No  que  respeita  à  ordenação  das  posições  relativas  das  sub‐regiões  relativamente  à média 

nacional  (Figura  30),  refira‐se  que  quase metade  das NUT  III  (14)  se  apresentam  no  grupo 

superior,  e  três  – Oeste,  Alentejo  Litoral  e  Cávado  –  aproximam‐se  da  classificação média 

nacional. Nas sub‐regiões que evidenciam piores desempenhos médios, a diferença verificada 

relativamente  à  média  nacional  é  menos  acentuada  do  que  a  registada  noutros  testes 

intermédios,  como,  por  exemplo,  nos  de  Matemática  A  e  de  Físico‐Química  A,  como  se 

verificará mais adiante. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 30 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  

Biologia e Geologia – ensino secundário (10.º e 11.º anos)  Valores índice (Média nacional = 100)

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    76 _ 98 

Os  resultados médios  obtidos  no  TI  de  Biologia  e  Geologia  do  10.º  ano  são  globalmente 

superiores  aos  do  11.º  ano  –  19  em  30  unidades  territoriais  apresentam  desempenhos 

superiores no 10.º ano (Figura 31). As variações mais marcadas entre os dois anos de ensino 

verificam‐se na RA dos Açores e na Cova da Beira, unidades territoriais onde os resultados do 

11.º  ano  se  sobrepuseram  aos  obtidos  no  10.º  ano.  O  Baixo  Vouga  regista  igualmente 

oscilações  significativas,  mas  apresenta  melhores  resultados  médios  no  10.º  ano  de 

escolaridade.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 31 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  

Biologia e Geologia – ensino secundário, por ano de escolaridade (10.º e 11.º anos).  Valores índice (Média nacional = 100) 

Fonte: GAVE, 2011

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Relatório Testes Intermédios 2011    77 _ 98 

Filosofia – ensino secundário (10.º ano) 

 

Os  resultados médios do TI de Filosofia evidenciam uma amplitude significativa de valores e 

um padrão menos regular de distribuição (Figura 32). As sub‐regiões do Minho‐Lima, Serra da 

Estrela, Cávado e Baixo Mondego são as que evidenciam valores médios acima de 10. As sub‐

regiões que registam classificações médias abaixo de 9 valores situam‐se a sul – Península de 

Setúbal, Alentejo Litoral, Alto Alentejo –, no interior norte – Beira Interior Norte, Cova da Beira 

– e ainda no Baixo Vouga e na Região Autónoma dos Açores. 

As duas sub‐regiões que mais se distanciam em valores índice da classificação média nacional 

registam  um  diferencial  expressivo,  evidenciando  mais  de  15  pontos  acima  do  referente 

nacional (Figura 33). 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 32 – Distribuição dos resultados médios por 

NUT III – 2011  Filosofia – ensino secundário 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    78 _ 98 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 33 – Distribuição dos resultados médios por NUT III – 2011  

Filosofia – ensino secundário  Valores índice (Média nacional = 100)

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    79 _ 98 

Física e Química A – ensino secundário (10.º e 11.º anos) 

A  repartição  territorial dos  resultados dos TI da disciplina de Física e Química A assume um 

padrão  semelhante  ao  que  se  verificará  na  disciplina  de  Matemática  A,  embora  aqui  as 

classificações médias  alcançadas  sejam  globalmente mais  elevadas  (Figura  34).  No  Centro 

litoral e interior estão situadas as sub‐regiões com melhores desempenhos – entre 10,5 e 11,5 

valores.  Destacam‐se  o  Baixo Mondego,  o  Baixo  Vouga,  Dão‐Lafões  e  o  Pinhal  Litoral.  As 

unidades  territoriais  com  resultados  médios  abaixo  dos  9,0  valores  situam‐se  a  sul, 

sobressaindo o Alto e o Baixo Alentejo. A este conjunto reúne‐se a RA da Madeira.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 34 – Distribuição dos resultados médios por 

NUT III – 2011 Física e Química A – ensino secundário. 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    80 _ 98 

Este mesmo  perfil  de  resultados,  normalizados  por  referência  à média  nacional,  pode  ser 

observado na Figura 35. Somente 10 unidades  territoriais se apresentam no grupo acima do 

referente nacional, encontrando‐se as sub‐regiões da Lezíria do Tejo, da Beira Interior Sul e do 

Médio Tejo  ligeiramente abaixo da média do país. No grupo  superior, distinguem‐se as  sub‐

regiões que compõem o contínuo Centro e Norte  litoral. A estas  juntam‐se as sub‐regiões da 

Grande Lisboa e do Oeste. Comparativamente com a disciplina de Matemática A, os resultados 

de Física e Química A apresentam menores oscilações – variam entre 109,5 e 86,1 em valores 

índice, contra os 112,1 e 82,1 verificados em Matemática A.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 35 – Distribuição dos resultados médios NUT III – 2011  

Física e Química A – ensino secundário (10.º e 11.º anos)  Valores índice (Média nacional = 100) 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    81 _ 98 

Na leitura de resultados em função do ano de escolaridade (Figura 36), é possível verificar que 

poucas sub‐regiões apresentam variações relevantes entre o 10.º e o 11.º ano de escolaridade. 

Destaque‐se, no entanto, o Baixo Alentejo, com um diferencial de 16,5 pontos em valor índice, 

entre os resultados do 10.º e do 11.º ano. Embora abaixo da média nacional, nesta sub‐região, 

os desempenhos no 10.º ano foram significativamente superiores. Considerando as três sub‐

‐regiões com melhores classificações médias – Baixo Mondego, Pinhal Litoral e Baixo Vouga –, 

os valores relativos foram sempre superiores no 11.º ano. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 36 – Distribuição dos resultados médios por NUT III — 2011  

Física e Química A – ensino secundário, por ano de escolaridade (10.º e 11.º anos)  Valores índice (Média nacional = 100) 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    82 _ 98 

Matemática A – ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º anos) 

 

A  distribuição  dos  resultados  médios  dos  TI  de  Matemática  A  apresenta  diferenças 

territorialmente  significativas  (Figura  37). O  contínuo  Centro  litoral  –  Baixo Mondego, Dão‐

‐Lafões, Baixo Vouga, Pinhal Litoral – e as sub‐regiões da Grande Lisboa e da Beira Interior Sul 

evidenciam  resultados médios  acima  dos  10  valores.  As  restantes  sub‐regiões  apresentam 

contrastes,  registando o Norte  interior  (Alto Trás‐os‐Montes, Douro e Tâmega) classificações 

médias que não ultrapassam os 9,4 valores. Na zona sul do país, o Algarve e o Baixo Alentejo 

assinalam resultados médios próximos de valores positivos, contrastando com as sub‐regiões 

contíguas, designadamente o Alentejo Central e o Alto Alentejo, sendo esta última a unidade 

com pior desempenho no TI de Matemática A (entre 8,0 e 8,4 valores).  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 37 – Distribuição dos resultados médios por 

NUT III – 2011  Matemática A — ensino secundário 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    83 _ 98 

 

O desempenho das várias sub‐regiões  reflete‐se, naturalmente, nas posições ocupadas pelas 

unidades  territoriais na escala ordenada dos resultados de acordo com a classificação média 

nacional (Figura 38).  

Comparando  as  posições  relativas  das  NUT  III  em  função  dos  resultados  observados  na 

disciplina  de Matemática A  e  na  disciplina  de Matemática  do  3.º  ciclo  do  ensino  básico,  é 

possível verificar que as 11 sub‐regiões que se encontram no grupo acima da média nacional 

no TI de Matemática A também se apresentam no primeiro grupo no TI de Matemática do 3.º 

ciclo. Refira‐se, particularmente, a sub‐região da Beira Interior Sul, com uma progressão de 12 

posições  no  ensino  secundário  face  ao  lugar  ocupado  no  3.º  ciclo.  No  entanto,  seis  das 

unidades  territoriais que no TI de Matemática do  ensino básico ultrapassaram  a  fasquia da 

média  nacional  descem  para  o  grupo  abaixo,  no  secundário.  Neste  caso,  destaque‐se  em 

especial a sub‐região do Pinhal Interior Sul, com uma descida de 21 posições. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Relatório Testes Intermédios 2011    84 _ 98 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 38 – Distribuição dos resultados médios por NUT III — 2011 

 Matemática A – ensino secundário, por ano de escolaridade (10.º, 11.º e 12.º anos)  Valores índice (Média nacional = 100) 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    85 _ 98 

Quando se aferem os resultados por ano de escolaridade, são percetíveis oscilações entre os 

três  anos  (Figura  39).  Apesar  de  não  se  identificarem  regularidades,  refira‐se  que  as  sub‐

‐regiões  que  apresentam  níveis  de  desempenho mais  elevados  têm,  quase  sempre,  valores 

índice acima da média nacional em todos os anos de escolaridade considerados. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

    

Fig. 39 – Distribuição dos resultados médios por NUT III — 2011  

 Matemática A – ensino secundário, por ano de escolaridade (10.º, 11.º e 12.º anos)   Valores índice (Média nacional = 100)

Fonte: GAVE, 2011

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Relatório Testes Intermédios 2011    86 _ 98 

Tendência de evolução dos resultados. Posição relativa das NUT III no contexto nacional 

 

Procedeu‐se à tipificação dos resultados alcançados pelas escolas no ano de 2011 em função 

da  variação  anual  verificada  entre  2009  e  2011  nas  sub‐regiões  NUT  III5.  Optou‐se  por 

considerar, nesta análise, as aplicações dos testes intermédios cujo objeto de avaliação é o que 

mais se assemelha ao definido para o exame nacional correspondente (testes ministrados no 

3.º período do ano letivo): Matemática (9.º ano), Matemática A (12.º ano), Biologia e Geologia 

(11.º ano) e Física e Química A (11.º ano)6. 

A variação foi calculada, para cada sub‐região, com base nos resultados médios obtidos pelas 

escolas nos dois anos letivos em análise – 2008/2009 e 2010/2011 –, tendo sido efetuada uma 

normalização das médias por referência à média nacional (Portugal=100).  

Na maior  parte  das  sub‐regiões,  existe  uma  diferença,  entre  um  ano  letivo  e  o  outro,  no 

universo das escolas que participam no projeto dos Testes Intermédios, na medida em que se 

verificou, nos dois últimos anos letivos, a adesão de novas escolas ao projeto.  

Refira‐se, ainda, que nas sub‐regiões em que o número de escolas e/ou o número de alunos é 

diminuto, a variação dos  resultados pode  ser amplificada, quer no  sentido positivo, quer no 

negativo, devendo a leitura e interpretação dos resultados ter este dado em linha de conta. 

 

 

Matemática – 9.º ano 

 

Do total das sub‐regiões consideradas (29), 16 apresentam uma variação de resultados positiva 

entre 2009 e 2011, assumindo o valor máximo de 6,5 pontos em valor índice (Figura 40). Neste 

conjunto,  saliente‐se o  grupo de 12  sub‐regiões que,  cumulativamente,  registam  resultados 

superiores  à  média  nacional  alcançada  em  2011  –  sub‐regiões  localizadas  no  quadrante 

superior direito. Ao lado, no quadrante superior esquerdo, situam‐se as sub‐regiões que, pese 

embora a variação positiva entre um ano e o outro, apresentam, ainda assim, classificações 

abaixo da média nacional em 2011.  

As 13 sub‐regiões que evidenciam taxas de variação negativa situam‐se no intervalo entre ‐0,6 

e ‐14,4 pontos em valor índice. Este grupo subdivide‐se ainda no conjunto de sub‐regiões que 

obtiveram resultados superiores à média nacional em 2011 – quadrante inferior direito – e no 

das  que  ficaram  abaixo  do  referente médio  nacional  –  quadrante  inferior  esquerdo. Neste 

5  Nos  casos  em  que  a  não  devolução  de  resultados  por  parte  de  algumas  escolas,  em  2009,  comprometeu  a representatividade da sub‐região a que pertencem, a análise da evolução dos resultados entre 2009 e 2011 não foi efetuada para essa mesma sub‐região. Esta é a razão pela qual a análise considera, em algumas situações, 29 NUT III e, noutras, 30. 

6 No ano letivo de 2008/2009, para as disciplinas de Biologia e Geologia e de Física e Química A, consideraram‐se os resultados dos testes relativos ao segundo ano de lecionação.

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Relatório Testes Intermédios 2011    87 _ 98 

último grupo encontra‐se o Alentejo Central, registando uma acentuada descida entre 2009 e 

2011.  Numa  posição  diametralmente  oposta,  encontra‐se  o  Baixo  Mondego,  que,  tendo 

atingido  classificações  significativamente  superiores  à média nacional,  é  também  a unidade 

territorial com a maior variação positiva registada. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

Fig.40 – Posição relativa das NUT III em função da variação dos resultados 2009‐2011 e 

da média obtida em 2011.  Matemática – 9.º ano. 

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    88 _ 98 

Biologia e Geologia – 11.º ano 

 

Biologia e Geologia é a disciplina do ensino secundário que  revela uma menor amplitude de 

valores  índice na variação 2009‐2011. Apresenta, além disso, variações positivas para 14 das 

29 NUT  III  (Figura 41). Somente cinco sub‐regiões deste grupo registaram, cumulativamente, 

classificações acima da média nacional em 2011 – quadrante superior direito. Repare‐se, em 

particular, na sub‐região do Algarve que, contrariamente ao que se verifica noutras disciplinas, 

regista  em  Biologia  e  Geologia  resultados  médios  que  representam  uma  progressão 

relativamente a anos anteriores.  

A maior  concentração  de  sub‐regiões  (9  em  30)  está  representada  no  quadrante  superior 

esquerdo, tratando‐se de unidades territoriais que, tendo melhorado o seu desempenho entre 

2009 e 2011, ficaram abaixo da média nacional. 

 

 

 

Fig. 41 – Posição relativa das NUT  III em função da variação dos resultados 2009‐2011 e 

da média obtida em 2011.  Biologia e Geologia – 11.º ano.

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    89 _ 98 

Física e Química A – 11.º ano 

 

Na  representação gráfica da variação de  resultados em valor  índice na disciplina de Física e 

Química A destacam‐se, fundamentalmente, dois aspetos (Figura 42). O primeiro diz respeito à 

significativa concentração de sub‐regiões no quadrante inferior esquerdo (12 em 30 NUTIII), ou 

seja, regiões que registaram uma variação negativa e evidenciam resultados aquém da média 

de 2011. O Douro é a unidade  territorial que  registou mais elevada variação negativa  (‐11,2 

pontos em  valor  índice). O  segundo aspeto é  relativo à  significativa progressão evidenciada 

pela RA dos Açores. Tendo variado positivamente entre os  resultados médios alcançados no 

intervalo 2009‐2011 (15,6 pontos em valor índice), não atingiu, ainda assim, resultados médios 

acima da média nacional alcançada em 2011. 

 

 

 

 

Fig. 42 – Posição relativa das NUT III em função da variação dos resultados 2009‐2010 e 

da média obtida em 2011.  Física e Química A – 11.º ano.

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    90 _ 98 

Matemática A – 12.º ano 

 

A  significativa  variação  de  resultados  em  valor  índice,  entre  2009  e  2011,  na  disciplina  de 

Matemática A do 12.º ano, produz efeitos assimétricos na representação das sub‐regiões num 

plano  (Figura 43). Esta assimetria deve‐se, sobretudo, à expressiva progressão da sub‐região 

da Beira  Interior Sul nos  resultados médios alcançados em 2011, comparativamente com os 

verificados em 2009.  

Outras seis sub‐regiões registam igualmente progressões nos resultados atingidos, mantendo‐

‐se,  porém,  abaixo  da  média  alcançada  em  2011.  Saliente‐se,  neste  quadrante,  a  RA  da 

Madeira. A variação foi positiva, com aproximação da média da sub‐região à média nacional de 

2011, sem, no entanto, conseguir alcançá‐la. 

A mais  densa  concentração  de  sub‐regiões  (11  em  30)  está  localizada  no  quadrante  que 

representa o grupo de unidades  territoriais com variação negativa e com  resultados médios 

abaixo da média nacional. Neste conjunto, a Beira Interior Norte é a que revela uma variação 

negativa mais acentuada entre os dois anos. O Alto Alentejo é, por sua vez, a sub‐região que 

evidencia resultados mais distanciados da média alcançada em 2011. 

Refira‐se, por  fim, o grupo de unidades  territoriais que, não obstante a variação negativa de 

resultados, apresentou em 2011 uma média acima da alcançada no país. À semelhança do  já 

verificado  para  a  Matemática  do  3.º  ciclo,  a  sub‐região  da  Grande  Lisboa  ocupa  este 

quadrante. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Relatório Testes Intermédios 2011    91 _ 98 

 

 

 

 

 

   

Fig. 43 – Posição relativa das NUT III em função da variação dos resultados 2009‐2011 

e da média obtida em 2011.  Matemática A – 12.º ano de escolaridade  

Fonte: GAVE, 2011 

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Relatório Testes Intermédios 2011    92 _ 98 

CONCLUSÃO 

As considerações apresentadas nesta 3.ª edição do relatório anual dos TI permitem reiterar o 

perfil  de  desempenho  dos  alunos  evidenciado,  em  anos  anteriores,  pelos  resultados  dos 

testes, bem  como os padrões  regionais da  sua distribuição. Como é natural, não  seriam de 

esperar alterações significativas a estes dois níveis de análise, atendendo à normal morosidade 

das transformações em matéria de resultados na área da educação.  

Todavia, se nos posicionarmos num registo mais exigente, e tendo presente a regularidade e o 

detalhe da informação que neste mesmo período de tempo foi sendo facultada, a par de uma 

estratégia de  continuado  incentivo  às  escolas no  sentido do desenvolvimento de dinâmicas 

internas de apropriação e de consequente análise crítica da informação, seria de esperar que, 

pelo menos ao nível de  fragilidades de aprendizagem  transversais ao currículo, se pudessem 

registar, já, sinais nítidos de melhoria. 

Considerando  a distribuição dos  resultados por NUT  III, é de  salientar  a persistência de um 

padrão geográfico em  tudo semelhante ao observado em 2009 e em 2010, quer no 3.º CEB, 

quer no ES. Na maioria das distribuições, destaca‐se, pelo lado positivo, o Baixo Mondego e, de 

forma menos  sistemática, a  restante  região Centro, as áreas metropolitanas de  Lisboa e do 

Porto,  o  Norte,  em  particular  o  Norte  Litoral.  As  regiões  com  resultados  de  sinal  oposto, 

também  na  generalidade  das  distribuições,  persistem,  regra  geral,  as mesmas:  as  Regiões 

Autónomas, o Sul (Algarve e Alentejo) e, pontualmente, o Norte Interior (Alto Trás‐os‐Montes, 

Douro e Tâmega).  

No caso dos resultados dos  testes aplicados no 2.º ano do 1.º CEB, verifica‐se, por um  lado, 

uma fraca variabilidade regional dos desempenhos relativos à Compreensão do Oral, na Língua 

Portuguesa;  por  outro  lado,  nas  restantes  áreas  de  aprendizagem  (Escrita  e  Conhecimento 

Explícito  da  Língua,  na  disciplina  de  Língua  Portuguesa,  e,  genericamente,  em  todos  os 

domínios  e  áreas  temáticas  da  disciplina  de  Matemática),  é  evidente  um  padrão  de 

distribuição espacial marcado por uma clivagem entre as regiões Norte e Centro e o resto do 

país, constituindo, em parte, um prenúncio do que se regista na distribuição atrás descrita dos 

resultados dos testes aplicados no 3.º CEB e no ES. 

Importa sublinhar que o uso das informações aqui apresentadas deve ter sempre presente que 

os resultados observados devem ser lidos tendo em conta o contexto limitado da realização de 

qualquer teste, com todas as condicionantes que  lhe estão associadas, como, por exemplo, o 

momento de realização, as condições  logísticas e as características específicas — provas, por 

regra, de «papel e lápis», de duração limitada. 

Assim,  a  confirmação  do  que  de  mais  positivo  ou  de  menos  positivo  se  constatou  deve 

merecer uma particular atenção por parte dos professores e das famílias. O acompanhamento 

dos alunos em contextos de sala de aula, e outros, deve ser uma constante no quotidiano de 

todos os intervenientes no processo educativo. Só assim será possível desenvolver estratégias 

diversificadas  de  recolha  de  informação,  promover  um  adequado  feedback  aos  alunos  e 

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Relatório Testes Intermédios 2011    93 _ 98 

assegurar mecanismos de regulação e de autorregulação da aprendizagem que concorram, em 

paralelo com a avaliação formal, para uma efetiva melhoria dos seus desempenhos. 

Acrescente‐se que, mais uma vez, ressalta da análise aqui efetuada a necessidade de delinear 

estratégias de superação das dificuldades, que devem permitir agir ao nível da promoção do 

trabalho  autónomo,  do  trabalho  em  pares  ou  em  pequenos  grupos,  na  sala  de  aula,  sem 

esquecer a incontornável necessidade de, na escola, garantir condições para que se verifiquem 

intervenções  pedagógicas  consistentes,  sustentadas  e  concertadas  entre  os professores das 

diferentes disciplinas. 

É ainda importante reconhecer que, constituindo o projeto dos TI um permanente desafio para 

as escolas, também o é para este gabinete: o alargamento da oferta de testes apresentado em 

2011,  ao  qual  as  escolas  corresponderam  de  forma muito  positiva, mais  do  que  um mero 

desafio  logístico,  constituiu  uma  oportunidade  para  a  aplicação  de  testes  em  áreas 

disciplinares  não  sujeitas  a  avaliação  externa,  como  é  o  caso  das  disciplinas  de  Inglês,  de 

História, de Geografia, de Ciências Naturais e de Ciências Físico‐Químicas, no 3.º CEB.  

A  conceção  de  testes  estandardizados  em  disciplinas  sem  histórico  de  avaliações  externas 

anteriores constitui, por si só, um desafio acrescido. Reconhece‐se, assim, que os resultados de 

2011  não  podem,  neste  primeiro  ano,  constituir  um  referencial  sólido  para  o  trabalho  a 

desenvolver  nas  escolas,  em  cada  uma  daquelas  disciplinas.  Assim,  considera‐se  que,  em 

futuras aplicações, é indispensável encontrar os ajustamentos necessários para que cada teste 

possa representar um instrumento capaz de retratar, sempre com maior rigor, a qualidade da 

aprendizagem dos alunos. 

    

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Relatório Testes Intermédios 2011    94 _ 98 

ANEXOS 

   

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Relatório Testes Intermédios 2011    95 _ 98 

ANEXO 1 

     

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Relatório Testes Intermédios 2011    96 _ 98 

ANEXO 2 

   

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Relatório Testes Intermédios 2011    97 _ 98 

ANEXO 3 

 

 

 

 

 

 

   

Média das classificações 2010/2011, 

                             por disciplina e por NUT III 

Matemática     Língua Portuguesa    

8.º e 9.º anos     9.º ano 

NUT III  Média NUT III  Média 

Açores  33,4 Madeira  50,8 

Madeira  37,2 Tâmega  50,9 

Alto Alentejo  37,2 Açores  51,8 

Alentejo Litoral  39,6 Baixo Alentejo  51,8 

Alentejo Central  40,9 Alentejo Litoral  52,2 

Península de Setúbal  41,0 Douro  52,3 

Tâmega  41,0 Alto Alentejo  52,7 

Douro  42,1 Pinhal Interior Sul  52,8 

Pinhal Interior Norte  42,6 Algarve  53,1 

Baixo Alentejo  43,3 Alto Trás‐os‐Montes  53,9 

Algarve  43,3 Pinhal Litoral  53,9 

Serra da Estrela  44,6 Cávado  54,3 

Alto Trás‐os‐Montes  44,7 Pinhal Interior Norte  54,3 

Entre Douro e Vouga  44,7 Beira Interior Norte  54,5 

Ave  44,8 Península de Setúbal  54,5 

Oeste  45,0 Oeste  54,6 

Beira Interior Sul  45,1 Alentejo Central  54,8 

Lezíria do Tejo  45,3 Lezíria do Tejo  55,1 

Grande Porto  45,6 Ave  55,2 

Grande Lisboa  45,7 Minho‐Lima  55,5 

Minho‐Lima  45,9 Médio Tejo  55,6 

Cova da Beira  46,3 Baixo Vouga  55,8 

Pinhal Interior Sul  46,3 Entre Douro e Vouga  56,2 

Médio Tejo  47,0 Beira Interior Sul  56,2 

Cávado  47,3 Grande Porto  56,4 

Baixo Vouga  47,7 Cova da Beira  56,4 

Beira Interior Norte  48,8 Grande Lisboa  56,5 

Dão‐Lafões  49,5 Dão‐Lafões  56,6 

Pinhal Litoral  49,7 Serra da Estrela  57,8 

Baixo Mondego  51,9 Baixo Mondego  60,2 

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Relatório Testes Intermédios 2011    98 _ 98 

Média das classificações 2010/2011, 

por disciplina e por NUT III 

Matemática A      Física e Química A     Biologia e Geologia    

10.º, 11.º e 12.º anos     10.º e 11.º anos     10.º e 11.º anos 

NUT III  Média  NUT III  Média  NUT III  Média

Alto Alentejo  8,1  Alto Alentejo  8,7 Açores  10,0

Pinhal Interior Sul  8,6  Baixo Alentejo  8,7 Serra da Estrela  10,1

Tâmega  8,9  Madeira  8,9 Madeira  10,1

Alentejo Central  8,9  Alentejo Central  9,0 Baixo Alentejo  10,1

Açores  8,9  Pinhal Interior Sul  9,2 Pinhal Interior Norte  10,2

Douro  8,9  Douro  9,3 Alto Alentejo  10,2

Península de Setúbal  9,1  Serra da Estrela  9,4 Douro  10,2

Madeira  9,2  Alto Trás‐os‐Montes  9,5 Alentejo Central  10,4

Alentejo Litoral  9,2  Pinhal Interior Norte  9,6 Cova da Beira  10,4

Serra da Estrela  9,3  Cova da Beira  9,6 Alto Trás‐os‐Montes  10,4

Alto Trás‐os‐Montes  9,3  Alentejo Litoral  9,7 Tâmega  10,5

Lezíria do Tejo  9,4  Açores  9,7 Península de Setúbal  10,6

Pinhal Interior Norte  9,5  Península de Setúbal  9,8 Beira Interior Sul  10,7

Cova da Beira  9,5  Tâmega  9,8 Cávado  10,7

Baixo Alentejo  9,6  Algarve  9,9 Alentejo Litoral  10,7

Cávado  9,6  Cávado  10,0 Oeste  10,7

Algarve  9,6  Beira Interior Norte  10,0 Pinhal Interior Sul  10,9

Médio Tejo  9,6  Médio Tejo  10,0 Ave  10,9

Oeste  9,7  Beira Interior Sul  10,1 Minho‐Lima  10,9

Beira Interior Norte  9,8  Lezíria do Tejo  10,1 Entre Douro e Vouga  11,0

Ave  9,9  Ave  10,2 Lezíria do Tejo  11,0

Entre Douro e Vouga  9,9  Entre Douro e Vouga  10,2 Grande Porto  11,0

Baixo Vouga  10,0  Minho‐Lima  10,2 Dão‐Lafões  11,0

Grande Porto  10,1  Oeste  10,2 Baixo Vouga  11,0

Grande Lisboa  10,1  Grande Porto  10,3 Beira Interior Norte  11,0

Minho‐Lima  10,2  Grande Lisboa  10,4 Algarve  11,1

Pinhal Litoral  10,2  Baixo Vouga  10,6 Grande Lisboa  11,1

Dão‐Lafões  10,6  Dão‐Lafões  10,6 Pinhal Litoral  11,1

Beira Interior Sul  10,7  Pinhal Litoral  10,7 Médio Tejo  11,3

Baixo Mondego  11,0  Baixo Mondego  11,1 Baixo Mondego  11,5