Interação Interação Social Social

e e Vida CotidianaVida Cotidiana

IFRJ - Sociologia – Profª CarmemGrupo: Alessandra

Juliana Raísa Thaís Yakini

Turma Mam 251

Interação SocialInteração Social

Processo em que agimos e reagimos em relação aos que estão ao nosso redor.

A Globalização modificou a frequência e a natureza desses contatos entre as diferentes nações.

Experiências ExóticasExperiências Exóticas

Aquelas que violam nossas expectativas cotidianas.

Desatenção CivilDesatenção Civil Quando duas pessoas se cruzam na rua,

trocam breves olhares a distância, olham para o outro lado, evitando, ao passar, o olhar do outro.

Esta interação foi nomeadaassim por Erving Goffman(1969-1971). A desatenção civil não é apenas ignorar outra pessoa e sim algo que fazemos quase automaticamente.

Vida CotidianaVida Cotidiana

Nossas rotinas diárias dão estrutura e forma ao que fazemos.

A realidade não é fixa ou estática, é criada através de interações humanas.

Todos os sistemas sociais de larga escala dependem de padrões de interação social que empregamos diariamente.

MicrossociologiaMicrossociologia

O estudo do comportamento cotidiano em situações de interação pessoal.

Exemplo: Uma mulher caminha pela rua quando é assediada verbalmente por um grupo de homens.

MacrossociologiaMacrossociologia O estudo do comportamento em sistemas

de grande escala, como o sistema político, a ordem econômica ou o desenvolvimento do industrialismo.

Exemplo: Desigualdade por gêneros.

Rosto, Gestos e EmoçãoRosto, Gestos e Emoção

Ekman e Friesen desenvolveram o SCAF (Sistema de Codificação de Ações Faciais) a fim de descrever os movimentos dos músculos faciais que fazem surgir as expressões.

Charles Darwin postulou que certas formas de expressão emocional são as mesmas em todos os seres humanos.

Ekman e Friesen realizaram um estudo em uma comunidade isolada na Nova Guiné.

Quando lhes era mostrados retratos de expressões faciais manifestando seis emoções, os nativos eram capazes de reconhecê-las.

Foi identificado em bebês um conjunto de tênues movimentos músculo-faciais presentes em expressões emotivas de adultos.

Não há gestos ou posturas invariáveis que sirvam para caracterizar todas ou mesmo a maioria das culturas.

A “Imagem” e a AutoestimaA “Imagem” e a Autoestima A palavra “imagem” se refere à estima na

qual um indivíduo é tido pelos outros. Polidez ou etiqueta consiste em

negligenciar aspectos de comportamento que podem acarretar a perda da imagem.

O tato é uma espécie de mecanismo de proteção.

Comunicação Não-VerbalComunicação Não-Verbal

Comunicação é a transmissão de estímulos e respostas provocadas, através de um sistema completa ou parcialmente compartilhado.

Linguagem não-verbal é a qual onde os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes.

Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de época para época.

Os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e encadear as interações sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais.

Expressão facial; Movimentos dos olhos e da cabeça; Postura e movimentos do corpo; Comportamentos não-verbais da voz; A aparência.

Gênero e a Comunicação Gênero e a Comunicação Não-VerbalNão-Verbal

Concepções de gênero e papéis de gênero são influenciadas por fatores sociais, questões de poder e posição na sociedade.

Um contato visual de um homem à uma mulher pode ser visto de maneira “natural” ou “inocente”.

Com papéis inversos, a interpretação para com a mulher muitas vezes é de modo vulgar.

Regras Sociais e DiálogoRegras Sociais e Diálogo Estudo das conversas.

Influência de Goffman.

Harold Garfinkel foi o fundador da etnometodologia (estudo dos métodos do povo para dar sentido ao que outros fazem ou dizem).

É possível saber o sentido em uma conversa se soubermos o contexto social, implícito. Caso contrário, não faz algum sentido.

Uso das palavras no contexto cotidiano.

Concepções PartilhadasConcepções Partilhadas As pressuposições

culturais compartilhadas, embora não-verbais, são fundamentais para o próprio tecido social. Delas depende a estabilidade e o sentido da nossa vida social cotidiana.

Nos experimentos de Garfinkel com voluntários, as pessoas se irritavam quando as pressuposições não-verbais não eram usadas.

Vandalismo InternacionalVandalismo Internacional Quando as convenções

tácitas do dialogo são quebradas, nos sentimos confusos, ameaçados e inseguros.

Duneier e Molotch utilizam a técnica da análise da conversação.

Homens negros, viciados e sem-teto em diálogo com mulheres brancas. Algo dá errado.

O vandalismo interacional deixa as vítimas atordoadas. Está intimamente atrelado às estruturas de classe, status, gênero e raça.

Formas de FalarFormas de Falar A pesquisa etnometodológica possui

muitos críticos. O estudo do diálogo cotidiano mostrou a

complexidade do domínio da linguagem pelas pessoas.

Respostas Exclamativas Respostas Exclamativas

• Alguns tipos de locução não são diálogos, mas consistem em exclamações.

• Uma parte natural da natureza humana é demonstrar continuamente

aos outros nossa competência nas rotinas da vida cotidiana.

Lapsos da Fala Lapsos da Fala

• Erros de fala e de pronúncia no decorrer de conversas, palestras e outras situações

de fala.

• Lapsos de língua revelam, de modo muito breve, coisas que desejamos manter escondidas, consciente ou

inconscientemente; expõe verdadeiramente nossos sentimentos.

Lapsos da fala são quase sempre engraçados e podem passar por piadas. A diferença está

simplesmente na intenção ou não, por parte do falante, de que as palavras sejam articuladas como

o foram.Tendemos a rir mais de erros verbais quando

locutores ( ou professores em aula ) os cometem do que quando acontecem em uma conversa

normal.

Astúcia Urbana Astúcia Urbana

Quando as pessoas desenvolvem habilidades como a “arte da esquiva e do desvio” a fim de lidar com sua vulnerabilidade diante da violência e do crime.

Elijah Anderson através do seu livro Streetwise: Race, Class and Change in an Urban Community (1990)

mostrou que o estudo da vida cotidiana esclarece o modo como a ordem social é criada pelos

compartimentos individuais pertencentes a um infinito número de microinterações.

Anderson começou lembrando a descrição de Erving Goffman sobre como as regras e o status sociais passam a existir em contextos ou locais

específicos : “ Quando um indivíduo entra em contato com outros, eles normalmente procuram adquirir

informação a seu respeito ou ativar informações que já possuíam. A informação sobre o indivíduo

ajuda a definir a situação, possibilitando aos outros saber, antecipadamente, o que ele pode

esperar deles e o que eles podem esperar dele. “

Pistas e Sinais Comportamentais que Pistas e Sinais Comportamentais que compõem o Vocabulário da Interação compõem o Vocabulário da Interação

PúblicaPúblicaA cor da pele, o gênero, a idade, as companhias, as

roupas, as jóias e os objetos que as pessoas carregam ajudam a identificá-las. Movimentos (rápidos ou lentos,

falsos ou sinceros, compreensíveis ou não compreensíveis) e fatores como horário ou uma

atividade que “explique” a presença da pessoa formam conceitos, de forma que a comunicação pode ou não

ocorrer. Se um estranho não pode passar pela inspeção e ser considerado “seguro”, pode surgir a imagem do

predador , e os pedestres do mesmo grupo talvez tentem manter uma distância compatível com essa

imagem.

Pessoas com maior possibilidade de passar pela inspeção são aquelas que mão se encaixam nos

estereótipos normalmente aceitos do que são pessoas perigosas.

As crianças passam pela inspeção prontamente, enquanto mulheres brancas e homens brancos o fazem mais lentamente, e

mulheres negras, homens negros e adolescentes negros do sexo masculino o

fazem mais lentamente do que todos.

Ao mostrar que as tensões interacionais derivam de status exteriores , como raça, classe e gênero, Anderson mostra que não podemos desenvolver

uma compreensão total da situação observando as próprias microinterações. É assim que ele faz a

ligação entre microinterações e macroprocessos.

Regiões de Frente e Regiões Regiões de Frente e Regiões de Fundode Fundo

Boa parte da vida social, segundo Goffman, pode ser dividida em regiões de frente e de fundo.

Regiões de FrenteRegiões de Frente

São ocasiões sociais ou encontros em que os indivíduos representam papéis formais; são “performances de palco”.

Regiões de FundoRegiões de Fundo

Quando estão fora de cena,as pessoas podem relaxar e dar vazão a sentimentos e estilos de comportamentos que mantêm sob controle quando estão diante do palco.

Espaço PessoalEspaço Pessoal

Edward T.Hall (1959/1966)

distingue quatro zonas de espaço

pessoal.

Distância Íntima Distância Íntima De aprox. 33 centímetros.

Somente aqueles envolvidos em relacionamentos onde o contato corporal regular é permitido.

Distância Pessoal Distância Pessoal De 33 a 88 centímetros.

Alguma intimidade de contato é permitida, mas tende a ser estritamente limitada.

Distância SocialDistância Social De 88cent. a 2,64 metros.

É a zona normalmente mantida em contextos formais como entrevistas.

Distância PúblicaDistância Pública

Acima de 2,64 metros. Preservadas por aqueles que estão

representando para uma platéia.

Interação no Tempo e no EspaçoInteração no Tempo e no Espaço

Toda interação é situada-ocorre em um lugar específico e tem uma duração específica no tempo.

As nossas ações no decurso do dia tendem a ser “zoneadas”,tanto no tempo quanto no espaço.

● Nas sociedades modernas, o zoneamento de nossas atividades é fortemente influenciado pelo tempo do relógio. Hoje em dia as sociedades industrializadas não existiriam sem uma precisa regulação temporal das atividades (Mumford,1973).

• O horário mundial padrão foi aprovado na Conferência Internacional do Primeiro Meridiano, em Washington D.C., Estados Unidos (1884). O termo Horário Médio de Greenwich(HMG) foi substituído por Tempo Universal Coordenado(TUC).

• Os monastérios do séc. XIV foram as primeiras organizações a esquematizar as atividades de seus internos de maneira precisa ao longo do dia e da semana. Hoje

em dia não há grupo ou organização que não o faça.

Comunicação x Gasto de TempoComunicação x Gasto de Tempo

• Até cerca de 50 anos atrás, a maioria das comunicações através do espaço requeria certa duração de tempo.

• Com a praticidade da tecnologia de hoje em dia, o contato indireto vem se tornando cada vez mais uma prática comum, levando alguns estudiosos a dúvida de uma possível sociedade “distante”.

Comunicação direta ou salas Comunicação direta ou salas de chat ?de chat ?

• A substituição de reuniões pessoais por reuniões on-line, correio eletrônico e mensagens instantâneas vem abrindo espaço para novas indagações e pesquisas.

• “O problema reside na comunicação humana. Pensamos nela como um produto da mente, mas ela é feita pelo corpo: Os rostos se movem, as vozes são entoadas, os corpos balançam, as mãos gesticulam... Na internet a mente está presente mas o corpo desapareceu.” (Locke, 2000)

• Enquanto uns apontam pontos negativos como a má interpretação, outros apontam diferentes visões:

• Uma mensagem on-line, por exemplo, mascara qualquer tipo de identidade que possa ser discriminada, voltando a atenção apenas para a mensagem enviada, favorecendo o falante que num encontro ou ao telefone seria prejudicado.

• Ninguém questiona que as novas formas de mídia estão revolucionando a maneira que as pessoas se

comunicam, porém mesmo em momentos que poderiam se utilizar a comunicação indireta, os humanos ainda preferem o contato direto, possivelmente ainda mais

do antes.

Compulsão de ProximidadeCompulsão de Proximidade• Uma explicação para esse fenômeno vem

de Deirdre Borden e Harvey Molotoch, que estudaram o que chamam de compulsão de proximidade: A necessidade de os indivíduos se encontrarem em situações de co-presença ou de interação face a face.