intencaoetica

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  • 7/24/2019 intencaoetica

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    Inteno tica e norma moral

    Normas morais -so regras de comportamento adotadas em sociedade que viramperseguir valores como os de bem, justia, dignidade, liberdade e que permitem aosindivduos distinguir uma boa ao e uma m ao. As normas morais no se impem

    absoluta e incondicionalmente; no retiram a liberdade nem a responsabilidade aoagente. onstituem guias orientadores da ao.

    ! dois nveis distintos de re"le#o "ilos$"ica acerca das aes %umanas orientadas pornormas morais& o da moral propriamente dita ' que di( respeito ao conjunto denormas e de ju(os morais vigentes numa dada sociedade ' e o da tica ' re"le#osobre a moral.

    A moral remete para a diversidade de normas e de ju(os morais de carter prescritivo;a tica propem)se a compreender a moral com vista a "undamentao ultima do agir

    %umano.tica normativa' procura encontrar os princpios morais "undamentais que orientama conduta %umana e que permitem distinguir as aes corretas das incorretas.

    Metaetica' procura descobrir a origem, a nature(a e o signi"icado dos princpiosticos, estuda os conceitos e os ju(os morais.

    tica aplicada' analisa casos particulares como o aborto, eutansia, etc, na tentativade indicar solues possveis para esses problemas.

    *m pessoa ' um ser singular, livre, responsvel, com dignidade e abertura. +estascondies, as suas aes podem ser julgadas como morais ou imorais e o sujeito podeou no ser responsabili(ado.

    sentimento de tranquilidade que o de remorso ou inquietao so o resultado daquiloque dita a nossa conscincia moral, ou seja, a vo( interior ou jui( que nos alerta,censura, reprime e di( sim ou no. -ssa conscincia no inata, isto , no nasceconnosco. /ai)se adquirindo e desenvolvendo medida que a criana vai interiori(andoas noes de bem e de mal, as normas de comportamento, primeiro por medo decastigo e depois por livre vontade.

    A conscincia moral desempen%a simultaneamente as mais diversas "unes& antes daao 0conscincia antecedente1 legisladora e guia; durante a ao 0conscinciaconcomitante1, "ora estimulante e moderadora; depois da ao 0conscinciaconsequente1 testemun%a e jui(.

    A "ormao da conscincia moral individual pressupem, assim, o contacto e ainterao com o outro. +o nascemos pessoas, tornamo)nos.

    A moralidade requer que sejamos altrustas.

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    Egosmo psicolgico' considera que todos os comportamentos %umanos somotivados pelo egosmo, apoiando)se nos seguintes argumentos& "a(emos sempreaquilo que mais desejamos "a(er, "a(emos o que nos "a( sentir bem.

    riticas& por ve(es "a(emos coisas que no queremos "a(er porque so um meio

    necessrio para um "im que queremos atingir; quase todas as aes ditas altrustasprodu(em um sentimento de autossatis"ao na pessoa que as reali(a.

    Egosmo tico' considera que sim, de"endendo que o nosso 2nico dever "a(er omel%or para nos mesmos. 3or ve(es, pode acontecer que o mel%or para nos coincidacom o mel%or para os outros, mas o objetivo sempre e unicamente a promoo dobem pessoal, da es"era privada.

    As situaes de conflitosdemonstram que, apesar de precisarmos dos outros, eles,como nos, tm os seus pontos de vista e os seus pr$prios interesses, os quais podem

    colidir com os nossos.4 no interior da pr$pria "amlia que surgem as primeiras regras e as primeiras relaesde autoridade. +a sociedade em geral se podem encontrar, quer os antagonismos, queras regras, quer a autoridade. - pelas mesmas ra(oes que se impem regras,normas e leis: para garantir o em de todos. 3ara tal so de"inidos no apenas osdireitos de cada um, como tambm os deveres, ou seja, aquilo que podemos receber eo que temos de dar sociedade.

    !nstitui"o' organi(ao ou mecanismo social que controla o "uncionamento dasociedade e dos indivduos. 4 um conjunto de elementos socioculturais estruturados apartir de certas regras pr$prias, com vista a reali(ao de um objetivismo social. A%umanidade tem um conjunto de necessidades permanentes e so as instituies queas vm satis"a(er.

    #onscincia cvica' "ora interior do sujeito moral no sentido de se a"astar do seuinteresse individual e de se apro#imar verdadeiramente do interesse de todos.

    $ilosofia moral utilitarista de stuart mill' doutrina "ilos$"ica que avalia amoralidade das aes pelas vantagens ou desvantagens que os seus e"eitoscomportam. +este sentido, o que permite de"inir se um ao boa ou m so as suas

    consequncias.

    utilitarismo clssico de"ende o principio %edonista, segundo o qual a "inalidade ultimade todas as nossas aes ' o supremo bem ' a "elicidade. % felicidade identifica-se com o estado de pra&er e de ausncia de dor ou sofrimento. 5esta "orma, outilitarismo apresenta como critrio de avalia"o moraldas aes a sua utilidade.

    6tuart estabelece uma distino "undamental entre pra(eres interiores e pra(eressuperiores, distino que assenta no na quantidade mas na qualidade de pra(eres.s primeiros seriam ligados ao corpo, e os segundos ligados ao esprito.

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    A "elicidade de cada um 0e de todas as pessoas1 entendida como igualmenteimportante. Aquele que usu"rui dos mais altos pra(eres espirituais no poder senodesejar o bem estar comum, onde se inclui a "elicidade do outro.

    E'iste em todo o ser (umano um sentido social, isto , um sentimento natural

    )ue o leva a cooperar com os outros*

    $ilosofia moral +antiana 7ant pensa que o cumprimento das regras e normasmorais, segundo o que julgamos ser o nosso dever, o ponto c%ave para a justi"icaoda moralidade. valor moral de uma ao reside na inten"oque l%e preside.

    .nico motivo )ue pode dar origem a uma a"o moralmente valida osentimento puro de respeito pelo dever. 6$ mediante uma inteno pura a ao setorna legitima. A inteno s$ pura se derivar de vontade 0boa1 que segue a ra(o.

    Aes contrarias ao dever ' imoralidade e ilegalidade

    Aes con"ormes ao dever movidas por inclinaes sensveis ' legalidade

    Aes con"ormes ao dever reali(adas por puro respeito ao dever ' moralidade

    A moralidade caracteri(a as aes reali(adas coerentemente por dever, a legalidadecaracteri(a as que so con"ormes ao dever, mas que podem muito bem ter sidoreali(adas com "ins egostas ou por motivos menos validos. 3or isso que 7ant sublin%aque o valor de uma a"o reside na inten"o e )ue esta deve ser pura*

    /e s a ra&"o pode ser origem da inten"o pura, ent"o nela )ue devemosprocurar a formula )ue nos indi)ue o )ue devemos fa&er se )uisermos agircorretamente. -ssa "$rmula c%ama)se imperativocategrico*

    *m imperativo o principio ou mandamento que ordena determinada ao.

    0m imperativo (ipotticoordena que se cumpra determinada ao em concretopara atingir determinado "im desejado.

    imperativo categrico um mandamento que nos indica universalmente a "ormacomo proceder, como devemos agir. +o indica quais os meios a utili(ar, no di(

    respeito as consequncias ou "ins da ao, mas a "orma e ao principio de que elapr$pria deriva 0lei moral1. Assim o imp. ateg$rico indica)nos a "orma a que devemobedecer todas as nossas aes.

    89 "ormulao do imperativo categ$rico.

    A partir da primeira "$rmula do imperativo, de"ine)se a primeira e#periencia da leimoral. :uem quiser saber se esta a agir bem ou a tomar a deciso acertada deve, emprimeiro lugar, perguntar)se a si pr$prio de esse principio seria desejveluniversalmente, se ele poderia tornar)se numa lei a qual todos os seres %umanos emcircunstancias semel%antes adeririam. 3ara 7ant a pessoa %umana um "im em si

    mesma, com valor absoluto e cuja dignidade no pode ser posta em causa.

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    9 "ormulao do imperativo categ$rico.

    As "ormulas do imperativo categ$rico correspondem pois as e#igncias que a ra(o nosda sempre que queremos agir corretamente. -ssas normas morais de ao, para seremvalidas, devem respeitar as e#igncias de universalidade 089