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GABARITO 1 V V e e s s t t i i b b u u l l a a r r d d e e I I n n v v e e r r n n o o 2 0 1 7 Prova 1 – Conhecimentos Gerais N. o DE ORDEM: ________________ N. o DE INSCRIÇÃO: ___________________ NOME DO CANDIDATO: __________________________________________________________ INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA 1. Confira os campos N. o DE ORDEM, N. o DE INSCRIÇÃO e NOME DO CANDIDATO, que constam na etiqueta fixada em sua carteira. 2. Confira se o N.º DO GABARITO deste caderno corresponde ao número constante na etiqueta fixada em sua carteira. Se houver divergência, avise imediatamente o fiscal. 3. É proibido folhear o Caderno de Questões antes do sinal, às 9h. 4. Após o sinal, confira se este caderno contém 40 questões objetivas e/ou algum defeito de impressão/encadernação. Qualquer problema avise imediatamente o fiscal. 5. Durante a realização da prova é proibido o uso de dicionário, de calculadora eletrônica, bem como o uso de boné, de óculos com lentes escurecidas, de gorro, de turbante ou similares, de relógio, de celulares, de bips, de aparelhos de surdez, de MP3 player ou de aparelhos similares. É proibida ainda a consulta a qualquer material adicional. 6. A comunicação ou o trânsito de qualquer material entre os candidatos é proibido. A comunicação, se necessária, somente poderá ser estabelecida por intermédio dos fiscais. 7. O tempo mínimo de permanência na sala é de duas horas e meia, após o início da prova. Ou seja, você só poderá deixar a sala depois das 11h30min. 8. No tempo destinado a esta prova (4 horas), está incluído o de preenchimento da Folha de Respostas. Ou seja, você só poderá deixar a sala de provas após às 11h30min. 9. Preenchimento da Folha de Respostas: no caso de questão com apenas uma alternativa correta, lance na Folha de Respostas o número correspondente a essa alternativa correta. No caso de questão com mais de uma alternativa correta, a resposta a ser lançada corresponde à soma dessas alternativas corretas. Em qualquer caso o candidato deve preencher sempre dois alvéolos: um na coluna das dezenas e um na coluna das unidades, conforme o exemplo (do segundo caso) ao lado: questão 47, resposta 09 (soma, no exemplo, das alternativas corretas, 01 e 08). 10. ATENÇÃO: não rabisque nem faça anotações sobre o código de barras da Folha de Respostas. Mantenha-o “limpo” para leitura óptica eficiente e segura. 11. Se desejar ter acesso ao seu desempenho, transcreva as respostas deste caderno no “Rascunho para Anotação das Respostas” (nesta folha, abaixo) e destaque-o na linha pontilhada, para recebê-lo amanhã, ao término da sua prova. 12. Ao término da prova, levante o braço e aguarde atendimento. Entregue ao fiscal este caderno, a Folha de Respostas e o Rascunho para Anotação das Respostas. 13. A desobediência a qualquer uma das determinações dos fiscais poderá implicar a anulação da sua prova. 14. São de responsabilidade única do candidato a leitura e a conferência de todas as informações contidas neste Caderno de Questões e na Folha de Respostas. Corte na linha pontilhada. ....................................................................................................................... RASCUNHO PARA ANOTAÇÃO DAS RESPOSTAS – PROVA 1 – INVERNO 2017 N. o DE ORDEM: NOME: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 UEM – Comissão Central do Vestibular Unificado

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  • GABARITO 1

    VVeessttiibbuullaarr ddee IInnvveerrnnoo 2017

    Prova 1 Conhecimentos Gerais

    N.o DE ORDEM: ________________ N.o DE INSCRIO: ___________________ NOME DO CANDIDATO: __________________________________________________________

    INSTRUES PARA A REALIZAO DA PROVA 1. Confira os campos N.o DE ORDEM, N.o DE INSCRIO e NOME DO CANDIDATO, que constam na etiqueta fixada em sua carteira. 2. Confira se o N. DO GABARITO deste caderno corresponde ao nmero constante na etiqueta fixada em sua carteira. Se houver

    divergncia, avise imediatamente o fiscal. 3. proibido folhear o Caderno de Questes antes do sinal, s 9h. 4. Aps o sinal, confira se este caderno contm 40 questes objetivas e/ou algum defeito de impresso/encadernao. Qualquer problema

    avise imediatamente o fiscal. 5. Durante a realizao da prova proibido o uso de dicionrio, de calculadora eletrnica, bem como o uso de bon, de culos com lentes

    escurecidas, de gorro, de turbante ou similares, de relgio, de celulares, de bips, de aparelhos de surdez, de MP3 player ou de aparelhos similares. proibida ainda a consulta a qualquer material adicional.

    6. A comunicao ou o trnsito de qualquer material entre os candidatos proibido. A comunicao, se necessria, somente poder ser estabelecida por intermdio dos fiscais.

    7. O tempo mnimo de permanncia na sala de duas horas e meia, aps o incio da prova. Ou seja, voc s poder deixar a sala depois das 11h30min.

    8. No tempo destinado a esta prova (4 horas), est includo o de preenchimento da Folha de Respostas. Ou seja, voc s poder deixar a sala de provas aps s 11h30min.

    9. Preenchimento da Folha de Respostas: no caso de questo com apenas uma alternativa correta, lance na Folha de Respostas o nmero correspondente a essa alternativa correta. No caso de questo com mais de uma alternativa correta, a resposta a ser lanada corresponde soma dessas alternativas corretas. Em qualquer caso o candidato deve preencher sempre dois alvolos: um na coluna das dezenas e um na coluna das unidades, conforme o exemplo (do segundo caso) ao lado: questo 47, resposta 09 (soma, no exemplo, das alternativas corretas, 01 e 08).

    10. ATENO: no rabisque nem faa anotaes sobre o cdigo de barras da Folha de Respostas. Mantenha-o limpo para leitura ptica eficiente e segura.

    11. Se desejar ter acesso ao seu desempenho, transcreva as respostas deste caderno no Rascunho para Anotao das Respostas (nesta folha, abaixo) e destaque-o na linha pontilhada, para receb-lo amanh, ao trmino da sua prova.

    12. Ao trmino da prova, levante o brao e aguarde atendimento. Entregue ao fiscal este caderno, a Folha de Respostas e o Rascunho para Anotao das Respostas.

    13. A desobedincia a qualquer uma das determinaes dos fiscais poder implicar a anulao da sua prova. 14. So de responsabilidade nica do candidato a leitura e a conferncia de todas as informaes contidas neste Caderno de Questes e na

    Folha de Respostas. Corte na linha pontilhada. .......................................................................................................................

    RASCUNHO PARA ANOTAO DAS RESPOSTAS PROVA 1 INVERNO 2017

    N.o DE ORDEM: NOME:

    01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

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    UEM Comisso Central do Vestibular Unificado

  • 2 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 1 Conhecimentos Gerais GABARITO 1

    Questo 01

    No contexto da Baixa Idade Mdia, a Europa Ocidental passou por significativas transformaes sociais, polticas e religiosas. Sobre essas transformaes, assinale o que for correto. 01) O pensamento escolstico entrou em declnio, e aumentou

    a laicizao da religio. 02) Ocorreu um aumento de trocas de produtos em espcie, em

    detrimento do uso e da circulao de moedas. 04) No reino da Frana, as relaes feudo-vasslicas foram,

    paulatinamente, substitudas pela centralizao do poder monrquico.

    08) Com o declnio da aristocracia rural e com a ascenso da burguesia urbana, a dinmica da vida social passou do campo para a cidade.

    16) Com a Guerra dos Cem Anos, houve o enfraquecimento dos exrcitos profissionais e nacionais e, em seu lugar, desenvolveram-se a tica e a ttica de guerra dos cavaleiros feudais.

    Questo 02

    Max Weber considerou a Reforma Protestante fundamental para a construo do mundo ocidental moderno. Sobre esse tema, assinale o que for correto. 01) Inicialmente, a Reforma foi um movimento para ajustar

    algumas prticas da Igreja Catlica, e no para romper com ela.

    02) O ideal dos reformadores no era flexibilizar o cristianismo, mas sim fazer que a doutrina fosse cumprida plenamente por todos os cristos.

    04) O calvinismo, uma das doutrinas religiosas surgidas durante a Reforma, teria sido central para o desenvolvimento do capitalismo moderno.

    08) Ao analisar a formao do mundo ocidental moderno, bem como do capitalismo, Max Weber percebeu que os significados dados ao trabalho no perodo Pr-Reforma foram mantidos pelo protestantismo.

    16) Para Max Weber, essa Reforma foi um marco fundamental para o desencantamento do mundo e para o avano do processo de racionalizao.

    Questo 03

    fcil constatar que o homem se coloca face natureza em funo da sua cultura. No entanto, o universo da cultura multifacetado. No h uma nica cultura, mas um conjunto delas. Dito de outro modo, os homens de diferentes culturas (por exemplo, o europeu moderno e o amerndio) se afirmam frente natureza segundo diferentes formas de vida. (FIGUEREIDO, V. de. (org.) Filosofia: temas e percursos. So Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2013. p. 28). Com base no trecho citado e em estudos sobre cultura, assinale o que for correto. 01) Se existem diferentes culturas, no podemos julg-las por

    uma nica medida, que a forma como elas compreendem a natureza.

    02) Assumir a ideia de cultura nica e universal implica tambm admitir uma posio etnocntrica.

    04) A diversidade de culturas expressa os diversos modos pelos quais a razo humana busca entender a si e seu entorno.

    08) A compreenso dos fenmenos naturais resulta, em diferentes contextos culturais, nas mesmas explicaes.

    16) A ideia de natureza culturalmente definida, logo plausvel afirmar que diferentes culturas produzem diferentes ideias de natureza.

    Questo 04

    A constituio da noo de autonomia do indivduo decisiva para o iderio moderno. Acerca da constituio filosfica dessa noo e do seu processo histrico no perodo moderno, assinale o que for correto. 01) A noo de livre-arbtrio, como liberdade interior,

    liberdade de ao, surge apenas com os telogos cristos. Essa noo foi aceita por autores modernos, como David Hume, Thomas Hobbes e Baruch de Espinosa.

    02) A luta contra o poder absolutista dos reis, nos sculos XVII e XVIII, e o anseio de autonomia poltica de diversas naes so marcados pela efetivao da noo de autonomia, tanto nos planos poltico e econmico quanto nos planos coletivo e individual.

    04) A noo de sujeito de vontade se constitui no cerne da teologia crist; tal acepo de liberdade individual, relacionada noo de eu, revista na Reforma Protestante, e muitas teses do catolicismo passam a ser ento refutadas pelas novas denominaes crists.

    08) A ideia de que os fenmenos naturais so indeterminados e contingentes fundamental para a constituio da cincia moderna. O modelo explicativo adotado em Fsica, em Qumica e em Biologia, por exemplo, enuncia leis probabilsticas fundamentais para o desenvolvimento do avano tcnico tpico do perodo.

    16) A Revoluo Haitiana, inspirada no iderio libertrio moderno, combateu a dominao da pequena elite branca sobre a maioria de escravos e de ex-escravos de origem africana. Esse movimento repercutiu nos escravos norte-americanos e brasileiros, apavorando senhores de escravos por todo o continente e espalhando esperana de liberdade entre os cativos.

  • GABARITO 1 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 1 Conhecimentos Gerais 3

    Questo 05

    Assinale o que for correto sobre a configurao poltica do Estado Moderno. 01) A Alemanha e a Itlia foram os dois primeiros pases que

    adotaram o Estado Moderno Absolutista como regime poltico.

    02) Houve um processo de secularizao da poltica com o afastamento da influncia da Igreja nos assuntos do governo.

    04) O poder nacional, centrado na figura do rei, estava acima dos poderes regionais.

    08) A criao de um exrcito permanente, assim como a unificao das leis, fazia parte da configurao do Estado Moderno.

    16) Como um dos principais tericos do Estado Moderno, Jean Bodin defendia que a tirania era a melhor forma poltica para manter a harmonia social.

    Questo 06

    Sobre o conceito de arte em diferentes perodos da Histria, assinale o que for correto. 01) Na Antiguidade e na Idade Mdia, esse conceito

    relacionava-se ao fazer artesanal. Geralmente os artistas eram considerados artesos, e a maioria das suas obras era annima.

    02) No final do sculo XIX, a imitao do real passa a ser contestado por alguns movimentos artsticos. Uma das causas foi o advento da tcnica fotogrfica, mais fiel realidade.

    04) No Renascimento, a concepo de arte visava apreciao do objeto artstico, e no necessariamente sua utilidade. Os artistas adquiriram renome, autonomia e individualidade.

    08) No sculo XVIII, criaram-se as academias. Manifestaes de arte, como a pintura, a escultura e a arquitetura, entre outras, receberam grande impulso.

    16) Apesar das mudanas sociais e econmicas ao longo da histria, o significado das artes e a maneira de express-las mantm-se inalterados na cultura ocidental.

    Questo 07

    Durante o regime ditatorial brasileiro (1964-1985), alm do rompimento dos direitos civis e polticos, tambm foram censuradas diversas manifestaes culturais. Sobre esse tema, assinale o que for correto. 01) Criado no Rio de Janeiro e editado de 1969 a 1991, o

    semanrio O Pasquim foi um dos principais veculos de oposio a esse regime.

    02) Idealizada por Antnio Carlos Jobim e por Joo Gilberto, a bossa nova foi um movimento de contestao poltica e cultural dessa poca.

    04) Com o objetivo de redemocratizar o Pas, o presidente Joo Figueiredo suspendeu a censura que controlava as principais manifestaes artsticas no Brasil.

    08) O livro Feliz ano novo, de Rubem Fonseca; a pea O elefante no caos, de Millr Fernandes; e o filme Pra frente Brasil, de Roberto Faria, foram expresses culturais proibidas nesse perodo.

    16) Para no dizer que no falei das flores, composio musical de autoria de Geraldo Vandr, foi utilizada como propaganda do regime ditatorial brasileiro para contrapor-se ao movimento do tropicalismo.

    Questo 08

    A respeito das questes relacionadas s populaes indgenas que habitaram ou que habitam o atual territrio paranaense, assinale o que for correto. 01) As populaes pr-colombianas foram agrupadas segundo

    seus hbitos e tcnicas utilizadas no domnio da natureza. 02) Segundo registros histricos, os ndios do grupo j (cuja

    grafia, em alguns manuais, tambm aparece como g), que viviam no atual territrio paranaense, foram os primeiros a estabelecer contato com os portugueses.

    04) Termos de origem tupi-guarani e j (tambm denominados g) so muito comuns no vocabulrio contemporneo e incluem palavras como: Paran, Iguau, vooroca, entre outras.

    08) A cultura indgena influenciou os hbitos alimentcios da populao brasileira, incluindo a populao paranaense, e o consumo da farinha de mandioca um exemplo disso.

    16) As redues jesutas foram fundadas pelos holandeses com o objetivo de extinguir a populao indgena que habitava o atual territrio paranaense.

  • 4 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 1 Conhecimentos Gerais GABARITO 1

    Questo 09

    Identifique o que for correto sobre as dinmicas territoriais e econmicas relacionadas histria do Brasil. 01) Em funo da decadncia do rendimento das minas a partir

    de meados do sculo XVIII, a agricultura voltou a se tornar a atividade econmica mais importante do territrio colonial portugus localizado na Amrica.

    02) Grande parte do ouro e do diamante extrada da colnia brasileira foi enviada para Portugal e utilizada para pagar dvidas da metrpole pendentes com a Inglaterra.

    04) Tropeiros o termo utilizado no Brasil colonial para designar as tropas de soldados cujas expedies militares tinham como finalidade encontrar metais preciosos, aprisionar e escravizar indgenas, assim como capturar escravos fugitivos e destruir quilombos.

    08) A expanso do cultivo cafeeiro do estado de So Paulo alcanou o norte do Paran na segunda metade do sculo XIX.

    16) A atividade mineradora interferiu na organizao do espao, impulsionando o povoamento e as interaes espaciais de determinadas reas do interior do Brasil colonial.

    Questo 10

    As migraes internacionais tm sido tema recorrente nas abordagens jornalsticas recentes, embora no se trate de um fenmeno novo. A respeito das migraes internacionais, assinale o que for correto. 01) No sculo XIX, os imigrantes tiveram papel fundamental

    no povoamento de grande parte do atual territrio dos Estados Unidos da Amrica, inclusive no mbito do processo que ficou conhecido como Marcha para o Oeste.

    02) Na fronteira continental da Europa com a frica, mais precisamente entre Espanha e Marrocos, obstculos e forte vigilncia visam conter a entrada de imigrantes clandestinos no continente europeu.

    04) Os movimentos migratrios entre os pases que compem a Unio Europeia j foram mais intensos, mas arrefeceram-se devido aos benefcios concedidos aos pases-membro de economia mais fraca.

    08) O termo deslocados internos, derivado do ingls internally displaced persons, designa pessoas que foram perseguidas ou ameaadas no pas para onde imigraram e que, por essa razo, retornaram aos seus pases de origem.

    16) Lampedusa, ilha italiana localizada no mar Mediterrneo, recentemente ficou conhecida como rota internacional de migrantes africanos, os quais tentavam se deslocar Europa em busca de emprego e de melhores condies de vida.

    Questo 11

    Sobre a Nova Ordem Mundial, assinale o que for correto. 01) O colapso da Unio Sovitica e o fim do bloco militar

    construdo com o Pacto de Varsvia contriburam para o surgimento da Nova Ordem Mundial.

    02) Os tratados internacionais que visam ao controle da emisso de gases poluentes na atmosfera fazem parte das resolues dos pases-membro da Nova Ordem Mundial.

    04) Apesar dos insistentes apelos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Incio Lula da Silva junto s Naes Unidas, o Brasil no foi aceito como membro da Nova Ordem Mundial.

    08) O fim do comunismo em Cuba e na China faz parte das estratgias desses pases para ingressarem na Nova Ordem Mundial.

    16) A Nova Ordem Mundial uma ordenao geopoltica internacional contempornea, resultante do encadeamento de foras entre diversos Estados Nacionais, que vem se construindo desde o final da Guerra Fria.

    Questo 12

    Assinale o que for correto sobre a indstria e a industrializao brasileiras durante o Estado Novo (1937-1945). 01) A indstria e a industrializao, durante o Estado Novo,

    foram favorecidas pela ecloso da Segunda Guerra Mundial.

    02) A partir de 1940, o presidente Getlio Vargas encerrou a poltica de construo de ferrovias e passou a investir em rodovias como uma forma de modernizar o Pas.

    04) Com o avano da industrializao, o Brasil passou a depender menos da importao de bens de capital fabricados no exterior.

    08) Com o objetivo de estimular a industrializao em nosso Pas, o Estado brasileiro criou a Companhia Siderrgica Nacional e a Companhia Vale do Rio Doce.

    16) Por ter um carter nacionalista, durante o Estado Novo o Governo Federal no permitiu investimentos estrangeiros no setor industrial.

  • GABARITO 1 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 1 Conhecimentos Gerais 5

    Questo 13

    A luz que incide no planeta Terra componente do amplo espectro de radiaes eletromagnticas provenientes do Sol, as quais se propagam na forma de ondas. Sobre as caractersticas da luz solar e de seus efeitos nos organismos vivos, assinale o que for correto. 01) As radiaes eletromagnticas no podem ser classificadas

    segundo suas caractersticas ondulatrias. 02) A luz apresenta natureza corpuscular e incide na forma de

    corpsculos denominados ftons, considerados pacotes de energia associados a cada comprimento de onda.

    04) A luz branca, ao atravessar um prisma, decomposta em diversas cores do espectro visvel aos olhos humanos.

    08) Pigmentos presentes nas plantas (a exemplo das clorofilas) e pigmentos presentes nos bastonetes e nos cones (clulas dos olhos) absorvem e refletem luz de comprimentos de onda do espectro visvel.

    16) Nos vegetais, a luz visvel influencia a germinao de sementes e a florao de espcies sensveis ao fotoperiodismo.

    Questo 14

    Uma parte da energia extrada dos alimentos pelo corpo humano utilizada para manter seus rgos em funcionamento. Alm dessa, outra parte da energia transformada em calor para manter a temperatura constante. No entanto, a energia no extrada diretamente dos alimentos. Antes, estes devem ser alterados quimicamente pelo corpo, transformando-se em molculas. Essas molculas liberam eltrons e prtons H+ que reagem com o oxignio no interior das clulas por meio de reaes de oxidao. Nessas reaes, h liberao de energia necessria produo de molculas de ATP. Assinale o que for correto. 01) Molculas de ATP so uma fonte de energia utilizvel pelo

    corpo humano para consumo imediato. 02) Quando as clulas necessitam de energia para realizar

    trabalho, ocorre converso de algumas molculas de ATP em ADP + Pi (fosfato inorgnico).

    04) A hidrlise de ATP em ADP + Pi na cadeia respiratria absorve mais energia do que na formao das molculas de gua.

    08) A 1a Lei da Termodinmica no pode ser aplicada em sistemas complexos como o corpo humano.

    16) O corpo humano, um sistema auto-organizado, sempre aberto, de modo que sua ordenao ocorre custa de aumento da entropia de suas vizinhanas.

    Questo 15

    A respeito da poluio atmosfrica e de seus agentes nos ambientes urbanos e rurais, assinale o que for correto. 01) Em reas urbanas, o fenmeno da inverso trmica ocorre

    em determinados perodos do ano devido ausncia da circulao vertical do ar, o que promove a diminuio dos poluentes.

    02) No Brasil, o aumento do uso do gs natural, em diversos tipos de veculos, tem colaborado para a diminuio de poluentes atmosfricos em centros urbanos.

    04) Os efeitos da precipitao cida j foram identificados em lugares distantes do local de origem das fontes poluidoras.

    08) As ilhas de calor, presentes em reas urbanas, ocorrem devido presena do gs metano eliminado pelos combustveis de origem orgnica.

    16) O oznio, formado na baixa atmosfera, prejudica a sade humana e interfere no desenvolvimento da vegetao.

    Questo 16

    A CNBB (Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil) definiu como tema para a Campanha da Fraternidade 2017: Fraternidade: Biomas brasileiros e defesa da vida. Trata-se de um tema bastante atual, pois o Brasil, embora possua uma grande biodiversidade, corre o risco de perd-la caso as leis de proteo desses biomas no sejam cumpridas. Sobre os biomas brasileiros e seus problemas ambientais, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) Os principais biomas brasileiros so: Amaznia, Caatinga,

    Floresta Tropical, Biomas Costeiros, Savana e Pantanal. 02) A Caatinga o principal bioma da regio Nordeste, com

    vegetao composta por plantas xerfilas e caduciflias. 04) No Pantanal, as atividades que resultam nos principais

    impactos ambientais so a agricultura e a pecuria, pois provocam a eroso dos solos, o assoreamento e a contaminao dos rios por agrotxicos.

    08) A Mata Atlntica se estende desde o litoral nordestino at o Rio Grande do Sul e o bioma mais devastado do Brasil.

    16) A Amaznia, cuja vegetao caracterstica composta por rvores altas, o maior bioma brasileiro e se estende por vrios estados: Maranho, Mato Grosso, Acre, Amap, Amazonas, Par, Roraima, Rondnia e Tocantins.

  • 6 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 1 Conhecimentos Gerais GABARITO 1

    Questo 17

    Em um projeto de pesquisa, mediu-se a taxa fotossinttica relativa de uma espcie de angiosperma em um ambiente com condies ideais de luminosidade e de concentrao de gs carbnico em diferentes temperaturas. Ao fim do projeto, concluiu-se que a taxa de variao fotossinttica y dessa espcie pode ser descrita, em funo da temperatura x, pela funo

    2

    2 4, se 15C 30 C5

    3 79 121, se 30C 40 C25 10

    x x

    y

    x x x

    = + <

    Com base no exposto, assinale o que for correto. 01) Segundo esse modelo, o maior valor da taxa fotossinttica

    relativa, no intervalo de 15oC a 40oC, ocorre a uma temperatura superior a 33oC.

    02) A espcie estudada pode ser uma confera, como o Gingko biloba.

    04) A espcie estudada no pode ser uma samambaia. 08) Segundo o experimento, no intervalo entre 15oC e 30oC,

    quanto maior a temperatura, menor a taxa fotossinttica relativa.

    16) Segundo o experimento, o valor da taxa fotossinttica relativa dessa espcie a 20C igual a 4.

    Questo 18

    Segundo dados do Ministrio da Sade, de dezembro de 2016 a maro de 2017 foram confirmados 448 casos de febre amarela no Brasil, 263 casos suspeitos foram descartados e 850 estavam sob investigao. Dos casos confirmados, 144 evoluram para bito (Informe Especial Febre Amarela no Brasil n. 01/2017, da Secretaria de Vigilncia em Sade do Ministrio da Sade, atualizado no dia 20/03/2017). Com base nessas informaes e em conhecimentos de Biologia e de Matemtica, assinale o que for correto. 01) Dentre os transmissores da febre amarela para humanos

    esto os macacos que tambm so acometidos pela doena. 02) Mais de 1/3 dos casos confirmados evoluram para bito. 04) A febre amarela causada por um vrus. 08) O nmero de casos descartados no perodo corresponde a

    menos de 40% do nmero de casos descartados ou confirmados.

    16) Se a proporo entre os casos confirmados e os descartados continuar a mesma para os 850 casos sob investigao, mais de 560 desse total deve ser confirmado.

    Questo 19

    Conforme Davenport (1913), a cor da pele na espcie humana resultante da ao de dois pares de genes (Aa e Bb) sem dominncia. Dessa forma, A e B possuem efeito aditivo e determinam a produo da mesma quantidade de melanina. Considerando os filhos resultantes da unio de um homem de pele clara (aabb) com uma mulher mulata escura, heterozigota para o gene A (AaBB), assinale o que for correto. 01) Podero nascer somente descendentes com o fentipo

    mulato mdio. 02) 50% dos descendentes podero ter fentipo mulato mdio. 04) A probabilidade de nascerem filhos mulatos claros de

    1/2. 08) No caso de nascerem gmeos univitelinos, a probabilidade

    de terem fentipo mulato claro de 1/4. 16) A probabilidade de nascer um menino e uma menina

    ambos com fentipo mulato mdio de 1/4.

  • GABARITO 1 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 1 Conhecimentos Gerais 7

    Questo 20

    Em uma regio, populaes de espcies de insetos pertencentes s ordens Hymenoptera (abelhas, E1, e formigas, E2) e Isoptera (cupins, E3) vivem em trs locais diferentes (1, 2 e 3), com os organismos de cada populao mantendo algum grau de cooperao e de diviso de trabalho. Considere a matriz que representa o nmero de populaes desses insetos, em que a entrada a ij dessa matriz a populao da espcie jE no local

    i, e assinale o que for correto.

    24 19 2115 11 1812 16 14

    01) O nmero de populaes de insetos dessa regio 150. 02) A quantidade de populaes de cupins dessa regio 53. 04) Nessa regio, o nmero de populaes de insetos

    pertencentes ordem Hymenoptera 97. 08) As populaes de abelhas, de formigas e de cupins so

    exemplos de espcies coloniais. 16) As populaes de abelhas, de formigas e de cupins

    constituem parte da comunidade dessa regio.

    Questo 21

    Considere que um homem de 80kg apresenta as seguintes substncias constituindo o seu corpo:

    Tipos de Substncias % gua 70

    Carboidratos 3,5 Lipdios 10 Protenas 15

    Sais minerais 1 Outras substncias 0,5

    Com base nessas informaes e em conhecimentos sobre a composio qumica dos seres vivos, assinale o que for correto. 01) A gua e os sais minerais so substncias inorgnicas que

    no so produzidas pelo organismo humano. 02) O homem, conforme descrito, apresenta 15kg de protenas

    em seu corpo. 04) Os lipdios so compostos orgnicos formados pela

    polimerizao de cidos carboxlicos de cadeias pequenas em meio alcalino.

    08) Por ser uma molcula apolar, no corpo humano a gua utilizada na transmisso do impulso nervoso e na formao de cristais.

    16) As outras substncias da tabela incluem vitaminas e cidos nucleicos.

    Questo 22

    Os oceanos so sistemas complexos e neles ocorre um nmero elevado de transformaes qumicas. Sobre essas transformaes e sobre a vida nesses ambientes, assinale o que for correto. 01) A maior parte do carbono que se encontra nos oceanos est

    sob a forma de carbono inorgnico, ou seja, de ons carbonato e bicarbonato.

    02) O equilbrio entre os ons carbonato e bicarbonato fundamental, pois os peixes no sobrevivem a grandes variaes na acidez do meio.

    04) A gua do mar contm fosfatos, silicatos e boratos que alteram as concentraes de CO2 e, consequentemente, de pH.

    08) Estrelas-do-mar, poliquetos, caramujos e espcies detritvoras constituem o grupo dos organismos do domnio pelgico.

    16) Foraminferos so protozorios dotados de carapaas de CaCO3, as quais originaram as vasas, indicadores da possibilidade de existncia de petrleo na regio onde so encontradas.

  • 8 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 1 Conhecimentos Gerais GABARITO 1

    Questo 23

    A enzima homoserina desidrogenase (HSD) encontrada em fungos e catalisa a converso da homoserina em aspartato semialdedo, na presena da coenzima NADH. Considere as informaes acima e assinale o que for correto. 01) Na converso da homoserina em aspartato semialdedo

    ocorre uma oxidao. 02) A composio qumica da enzima HSD alterada aps a

    reao. 04) A atividade da enzima HSD constante, no sofre variao

    com o pH e com a temperatura. 08) A converso qumica de um lcool primrio para um

    aldedo pode ser feita utilizando-se dicromato de potssio em meio cido.

    16) A homoserina e o aspartato semialdedo so compostos opticamente ativos.

    Questo 24

    O nitrato de amnio um importante fertilizante nitrogenado, obtido industrialmente pela reao a seguir:

    NH3(g) + HNO3(g) NH4NO3(aq) H = 20,6 Kcal/mol Sobre o nitrato de amnio e o impacto do uso excessivo de fertilizantes no meio ambiente, assinale o que for correto. 01) Quando comparado ao sulfato de amnio, o nitrato de

    amnio fornece duas vezes mais nitrognio para as plantas. 02) A reao de obteno do nitrato de amnio exotrmica,

    pois a entalpia do produto menor que a entalpia dos reagentes.

    04) O aumento da quantidade de nutrientes na gua leva multiplicao de bactrias aerbicas, que consomem o oxignio dissolvido, causando a morte de peixes.

    08) O uso excessivo de fertilizantes nitrogenados uma das principais causas da chuva cida.

    16) Microrganismos presentes no solo transformam o excesso de nitrato em nitrognio gasoso.

    Questo 25

    Considere um cilindro reto e oco, cuja geratriz mede 5m, e o raio, 4cm. Suponha que o cilindro gire em torno do seu eixo a 120rpm. Um projtil lanado paralelamente ao seu eixo, perfurando suas bases nos pontos 1 e 2. Ao projetar perpendicularmente uma base sobre a outra, observa-se que o ngulo , formado pelos raios que passam pelos pontos 1 e 2,

    de 2 rad e que menos de meia volta completada pelo

    cilindro no percurso do projtil. Supondo que o movimento do projtil no interior do cilindro retilneo e uniforme, assinale o que for correto. 01) O perodo de rotao 1/4s. 02) A velocidade angular do cilindro 4 rad/s. 04) O tempo de percurso entre os pontos 1 e 2 do projtil de

    1/4s. 08) Durante o tempo em que o projtil entra no ponto 1 e sai no

    ponto 2, um ponto na superfcie do cilindro percorre 2 cm.

    16) A velocidade do projtil de 60m/s.

    HO OH

    O

    NH2

    OH

    O

    NH2O

    H

    homoserina aspartato semialdedo

    HSDNADH

  • GABARITO 1 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 1 Conhecimentos Gerais 9

    Questo 26

    Em um anteparo a 40cm de um espelho esfrico, forma-se a imagem de um objeto real situado a 10cm do espelho. Suponha que o objeto real tenha 2cm de altura e assinale o que for correto. 01) O espelho em questo convexo. 02) A distncia focal de 8cm. 04) O raio de curvatura do espelho mede a metade da distncia

    focal. 08) A imagem no anteparo mede 10cm de altura. 16) Se um raio de luz incide paralelamente ao eixo principal,

    ele refletido em uma direo que passa pelo foco.

    Questo 27

    Seja ABD um tringulo equiltero, cujo lado mede 24cm. Suponha que, em B, exista uma carga eltrica puntiforme

    61 8,0 10Q

    = C; em D, outra carga eltrica puntiforme 6

    2 8,0 10Q= C, e que todo o sistema esteja situado no

    vcuo. Seja M um ponto no segmento BD e que diste 8cm de D. Considere que a constante de proporcionalidade, no sistema

    internacional, 90 9,0 10k = 2

    2N m

    C e que o potencial

    eltrico nulo, se observado infinitamente distante. Em relao a esses dados, assinale o que for correto. 01) O potencial eltrico criado pelas duas cargas no ponto A

    47, 2 10 V. 02) O potencial eltrico criado pelas cargas no ponto M

    59,0 10 V. 04) O trabalho realizado, por um agente externo, sobre uma

    carga q, de 92,0 10 C, para lev-la de A at M, 49,0 10 J.

    08) Em mdulo, o valor da fora eltrica que Q1 exerce sobre Q2 igual ao valor da fora eltrica que Q2 exerce sobre Q1.

    16) Se o sistema estivesse mergulhado em gua pura, a fora eltrica que passaria a atuar em cada carga seria maior que a fora eltrica no vcuo.

    Questo 28

    A pirmide do Louvre uma estrutura construda em vidro e metal, localizada no ptio de acesso ao Palcio do Louvre, em Paris. A estrutura principal tem a forma de uma pirmide quadrangular regular, cuja aresta da base mede 35m e cuja altura mede 21m. Considerando a forma e as dimenses dessa estrutura, assinale o que for correto. 01) Se 1mol de ar, nas condies ambientais de temperatura e

    presso, ocupa 25L, ento o volume da estrutura principal corresponde ao volume ocupado por 53,43 10 mols de ar.

    02) Um cubo de gelo abandonado sobre uma das faces laterais da estrutura (desconsidere as foras de atrito) desce com uma acelerao que vale, em mdulo,

    ( )sen arctg 5 / 6 ,g sendo g a acelerao gravitacional. 04) Se um raio de luz incide horizontalmente sobre uma das

    faces da pirmide (considere que o raio incidente pertence ao plano vertical que contm o vrtice da pirmide e paralelo a uma das arestas da base), sendo parcialmente refletido, ento o ngulo formado entre o raio refletido e o plano dessa face ser arctg (1,2).

    08) Se um objeto de borracha, abandonado sobre uma das faces laterais da estrutura, permanece em repouso e est na iminncia de escorregar, ento o coeficiente de atrito esttico entre o objeto e a face lateral corresponde a 1,2.

    16) Se a distncia entre o vrtice da pirmide (pice) e o ponto mdio de um dos lados de sua base 21 m, com

    1, > ento a rea lateral da pirmide (em vidro e metal) corresponde a 735 m2.

  • 10 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 1 Conhecimentos Gerais GABARITO 1

    Questo 29

    Um objeto metlico homogneo tem a forma de um prisma hexagonal regular, com aresta da base medindo 40cm e altura desprezvel. Suponha que esse objeto gire livremente em torno de um eixo que passa pelo seu centro de massa e seja perpendicular sua base. Sejam A, B, C, D, E e F os

    vrtices da base. Se for necessrio, use o 1cos 602

    = e

    o 3sen 60 .2

    = Assinale o que for correto.

    01) possvel construir 18 segmentos de reta distintos com

    extremos no conjunto de vrtices da base. 02) possvel construir 20 tringulos distintos com vrtices

    no conjunto de vrtices da base. 04) possvel construir 15 quadrilteros convexos distintos

    com vrtices no conjunto de vrtices da base. 08) Se uma fora externa de mdulo 70N atua sobre o objeto

    no ponto A, na direo AB, ento o mdulo do torque sobre o sistema (em relao ao centro de massa), devido a essa fora, corresponde a 14 3 N m.

    16) Se uma fora externa (resultante) de mdulo 70N atua sobre o objeto no ponto A, na direo AD, ento o mdulo do momento angular do objeto (em relao ao centro de massa) permanece constante.

    Questo 30

    A plvora, um explosivo desenvolvido na China no sculo 9 d.C., consiste de uma mistura de espcies qumicas combustveis e de agentes oxidantes. Com a sua descoberta, uma nova classe de dispositivos blicos (armas de fogo) foi desenvolvida. Nesses dispositivos a energia liberada na exploso da plvora parcialmente convertida em energia cintica para um corpo inicialmente em repouso, chamado projtil. Um exemplo um canho, que usa plvora para arremessar uma esfera de ferro. Considere um canho em que 10% da energia liberada pela exploso da plvora so convertidos em energia cintica para um projtil de 8kg. Considere que, ao ser detonada, 4kJ de energia so liberados para cada grama de plvora e que 49g de plvora so utilizados a cada disparo. Despreze o efeito da resistncia do ar e as dimenses do canho, que se encontra em uma plancie. Considere g = 10m/s2. Assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) A velocidade mxima do projtil disparado por esse canho

    de 70m/s. 02) Se o canho for posicionado na direo vertical, a altitude

    mxima que o projtil atingir menor que 200m. 04) O alcance mximo do disparo menor que 500m. 08) Dobrando a quantidade de plvora utilizada em cada

    disparo, o alcance mximo do projtil ser dobrado. 16) O alcance ser mximo se o canho for posicionado de

    forma que o sentido do disparo forme um ngulo de 60 em relao ao solo.

    Questo 31

    O quadro abaixo apresenta o calor especfico e os calores latentes e temperaturas de fuso e de ebulio da gua e do etanol, a uma presso de 1atm.

    Substncia

    Calor especfico

    na fase lquida

    (cal/g.oC)

    Calor latente de

    fuso (cal/g)

    Calor latente de ebulio (cal/g)

    Tempera-tura de

    fuso (oC)

    Tempera-tura de ebulio

    (oC)

    gua 1,0 80 540 0 100 Etanol 0,6 25 204 114 78

    Tomando por base esse quadro, assinale o que for correto. 01) temperatura de 10oC, a gua encontra-se no estado

    slido, e o etanol, no estado lquido. 02) temperatura de 90oC, a gua e o etanol encontram-se no

    estado lquido. 04) Precisa-se de menos energia para transformar 1g de gelo

    em gua (lquida) do que para transformar 1g de etanol no estado lquido para o estado gasoso.

    08) Na fase lquida, necessita-se de menos energia para elevar a temperatura de 1g de gua em 1oC do que para elevar a temperatura de 1g de etanol em 1oC.

    16) Misturando-se 100g de gua a 60oC com 100g de etanol a 20oC, a mistura atinge uma temperatura de equilbrio de 35oC.

  • GABARITO 1 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 1 Conhecimentos Gerais 11

    Questo 32

    Em relao aos modelos atmicos, assinale o que for correto. 01) O modelo atmico de Rutherford esclarece de modo

    satisfatrio os resultados encontrados no experimento de disperso de partculas alfa, mas no consegue explicar os espectros atmicos.

    02) Para explicar espectros atmicos, o modelo atmico de Bohr considera que a energia dos eltrons deve ser quantizada.

    04) No modelo atmico de Bohr para o tomo de hidrognio, o eltron movimenta-se ao redor do ncleo em trajetria hiperblica.

    08) Diferentemente do modelo atmico de Thomson, nos modelos propostos por Rutherford e por Bohr os tomos no so considerados macios.

    16) As cores observadas em exploses de fogos de artifcio esto relacionadas com energias liberadas por eltrons que, ao retornarem aos nveis de menor energia, emitem luz colorida.

    Questo 33

    Cada um dos cinco recipientes de um laboratrio contm igual massa de diferentes substncias puras na forma de um p branco. Sabe-se que as substncias em questo so: hidrxido de sdio, carbonato de sdio, cloreto de potssio, nitrato de sdio e carbonato de clcio; no entanto no se sabe em qual frasco est cada substncia. Considerando a situao acima e conhecimentos sobre o assunto, assinale o que for correto. 01) Escolhendo-se um recipiente ao acaso e despejando seu

    contedo em gua, a probabilidade de haver uma reao qumica com liberao de gs de 3/5.

    02) Todas as substncias mencionadas correspondem a compostos moleculares.

    04) Escolhendo-se um recipiente ao acaso, a probabilidade de ele conter uma base de Arrhenius de 1/5.

    08) H mais tomos de sdio no recipiente de hidrxido de sdio do que no de nitrato de sdio.

    16) Nenhuma das substncias mencionadas sofre ionizao quando dissolvidas em gua.

    Questo 34

    O Sol tem formato esfrico com raio aproximadamente igual a 110 vezes o raio da Terra e possui uma massa de aproximadamente 302 10 kg. Nele, so liberados 221,8 10 kJ de energia a cada segundo, devido a reaes de fuso nuclear. Uma dessas reaes pode ser representada pela equao seguinte:

    2 3 4 81 1 2H + H He + n H = 1,5 10 kJ/mol .

    Alm disso, aproximadamente 9% da massa do Sol composta de tomos de hlio. Com base no exposto e em conhecimentos sobre o assunto, assinale o que for correto. Considere a massa molar do 42 He igual a 4 g/mol. 01) A reao qumica descrita acima endotrmica. 02) A rea da superfcie esfrica do Sol maior do que

    10 mil vezes a rea da superfcie da Terra. 04) Se todos os tomos de hlio presentes no Sol fossem do

    istopo 42 He, haveria mais do que 315 10 mols de tomos

    42 He no Sol.

    08) Se a nica reao de fuso que ocorre no Sol fosse a dada no enunciado, mais de 1410 mols de 21H se fundiria a

    31H

    a cada segundo. 16) A reao descrita no enunciado tambm chamada de

    reao de combusto.

  • 12 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 1 Conhecimentos Gerais GABARITO 1

    Questo 35

    A desinfeco da gua de poos e de cisternas pode ser feita pela adio de cal clorada (hipoclorito de clcio a 25%). Assinale o que for correto sabendo-se que uma cisterna cilndrica de 1,0m de altura e 2,5m de dimetro est cheia de gua e que necessrio adicionar 100mg/L de hipoclorito de clcio gua para sua desinfeco adequada. 01) A capacidade mxima de armazenamento da cisterna de

    20 mil metros cbicos de gua. 02) Para uma desinfeco adequada, necessrio adicionar

    aproximadamente 2kg de cal clorada cisterna. 04) O pH da gua da cisterna diminui aps a adio da cal

    clorada. 08) O hipoclorito de clcio pode ser obtido pela reao do

    hidrxido de clcio com cloro gasoso. 16) A frmula molecular do hipoclorito de clcio Ca(ClO)2.

    Questo 36

    Em uma reao qumica elementar no estado gasoso, trs espcies qumicas X reagem formando uma espcie qumica Y. Em relao cintica dessa reao, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) A velocidade de formao de Y independente da presso

    parcial de X na mistura reacional. 02) A velocidade de formao de Y aumenta por um fator de

    27, se a concentrao de X no meio reacional for triplicada. 04) A velocidade de formao de Y aumenta em 80% se a

    concentrao de X no meio reacional for duplicada. 08) Quando a concentrao de X reduzida para 12,5% do

    valor inicial, a velocidade da reao de formao de Y reduz para

    912

    da velocidade inicial.

    16) Ao se dobrar a concentrao de Y, a velocidade da reao ser reduzida em 87,5%.

    Questo 37

    Um marco do programa nuclear brasileiro foi a construo de usinas nucleares para a gerao de energia eltrica. Desde ento, as pesquisas brasileiras na rea nuclear resultaram em inovaes no processo industrial de enriquecimento de urnio e no desenvolvimento de tecnologia nessa rea. Em relao a esse tema, assinale o que for correto. 01) O processo denominado enriquecimento de urnio consiste,

    basicamente, em aumentar a porcentagem de 238 U em relao porcentagem de 235 U no urnio encontrado na natureza.

    02) Em um processo tpico de fisso nuclear, um ncleo de 238 U bombardeado com um ncleo de hlio, resultando na obteno de ncleos menores (tais como o xennio e o estrncio), na liberao de outros ncleos de hlio e na emisso de radiao gama.

    04) O Brasil possui uma das maiores reservas mundiais (conhecidas) de urnio.

    08) Para que a reao de fisso se mantenha, determinando uma reao em cadeia que continua espontaneamente, necessrio que a massa do material fssil seja maior que um valor caracterstico denominado massa crtica.

    16) Uma das vantagens da obteno de energia por fisso nuclear que os produtos resultantes do processo possuem radioatividade residual e so atualmente reutilizados na gerao de energia eltrica.

  • GABARITO 1 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 1 Conhecimentos Gerais 13

    Questo 38

    Os oceanos tm importncia inestimvel para o nosso planeta. O quadro a seguir mostra a extenso do litoral brasileiro por estado. Sobre o assunto, assinale o que for correto.

    Estados Extenso (km) Bahia 932

    Maranho 640 Rio de Janeiro 636

    Rio Grande do Sul 622 So Paulo 622

    Amap 598 Cear 573 Par 562

    Santa Catarina 531 Rio Grande do Norte 399

    Esprito Santo 392 Alagoas 229

    Pernambuco 187 Sergipe 163 Paraba 117 Paran 98 Piau 66 Total 7.367

    Fonte: http://www.bepeli.com.br/educacional/brasil/geografia/geografia_do_ brasil.html. Acesso em 26 de junho de 2017. Adaptado.

    01) Nos seis primeiros estados, encontra-se mais da metade do

    total da extenso do litoral brasileiro. 02) Os oceanos no tm influncia nos mecanismos climticos

    do planeta. 04) Nos sete ltimos estados, encontra-se menos de 15% do

    total da extenso do litoral brasileiro. 08) Naes com rea costeira so beneficiadas nas atividades

    comerciais, tais como: pesca industrial, transportes martimos e explorao de petrleo em bacias da plataforma continental.

    16) Se R1 a razo da extenso do litoral de Santa Catarina pela extenso do litoral do Par e se R2 a razo da extenso do litoral do Esprito Santo pela extenso do litoral do Rio Grande do Norte, ento R1 maior que R2.

    Questo 39

    Segundo o Portal Brasil*, em informao de 05/03/2015, a proporo obrigatria de etanol anidro adicionado gasolina comum aumentou de 25% para 27% em maro de 2015. Considere as implicaes dessa mudana para um posto de combustveis que tem trs tanques de igual medida, com capacidade mxima de armazenamento, no conjunto, de 120.000 litros de combustvel. Assinale a(s) alternativa(s) correta(s) sobre a situao exposta e tambm sobre os desdobramentos a respeito das finanas dos usurios de vrios tipos de combustvel. *(www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2015/03/adicao-de-27-de-etanol-na-gasolina-e-estabelecida-pelo-governo). 01) No Brasil, a produo do biodiesel extrado da cana-de-

    acar para suprir a demanda nacional foi ampliada devido ao aumento da porcentagem de etanol anidro adicionado gasolina comum, implicando consumo maior da matria-prima.

    02) Um dos tanques de armazenamento, cujo volume estava pela metade, precisava ser corrigido para a nova proporo obrigatria de 27% de etanol anidro adicionado gasolina comum. Para o ajuste correto, ainda seria necessrio adicionar 400 litros de etanol anidro ao tanque.

    04) Um consumidor que pagou, no ms anterior, R$2,98 pelo litro da gasolina, passou a pagar R$3,17 pela mesma quantidade no presente ms. Isso ocorreu porque a adio de etanol anidro gasolina resultou em um aumento de 2% no preo, que foi acrescido sobre um aumento, na semana anterior, de 6,2%.

    08) O Programa Nacional do lcool, lanado na dcada de 1970, foi implantado em duas fases distintas. Na primeira, houve a produo do lcool para ser adicionado gasolina comum e, na segunda, ocorreu a utilizao do lcool como combustvel para uso sem mistura (100% etanol).

    16) De acordo com a nova proporo de etanol anidro adicionado gasolina comum, em sua capacidade mxima, os tanques de armazenamento estaro comportando 32.400 litros de etanol.

    Questo 40

    Assinale o que for correto sobre os fenmenos relacionados radioatividade, aos elementos radioativos, energia nuclear e s suas interferncias em vrios setores da sociedade. 01) O ser humano convive diariamente com pequenas doses de

    radioatividade, por meio de fontes naturais e, por vezes, artificiais.

    02) Aparelhos de radioterapia contm elementos radioativos (tais como o csio-137). Quando esses aparelhos so inadequadamente manipulados, podem causar acidentes radioativos, como o ocorrido na cidade de Goinia/GO, na dcada de 1980.

    04) Os pases que compem a Amaznia Internacional produzem energia nuclear obtida dos istopos do carbono-14.

    08) A idade dos minerais pode ser estimada pelo mtodo da datao radiomtrica, que mede a quantidade de energia emitida utilizando elementos radioativos.

    16) Na cidade de Chernobyl, pertencente antiga Tchecoslovquia, ocorreu um acidente nuclear no ano de 1996, quando o governo estava realizando testes com elementos radioativos visando construo de uma bomba atmica.

  • GABARITO 1

    VVeessttiibbuullaarr ddee IInnvveerrnnoo 2017

    Prova 2 Redao e Questes Objetivas

    N.o DE ORDEM: ________________ N.o DE INSCRIO: ___________________ NOME DO CANDIDATO: __________________________________________________________

    INSTRUES PARA A REALIZAO DA PROVA

    1. Confira os campos N.o DE ORDEM, N.o DE INSCRIO e NOME DO CANDIDATO, que constam na etiqueta fixada em sua carteira.

    2. Confira se o nmero do gabarito deste caderno corresponde ao nmero constante na etiqueta fixada em sua carteira. Se houver divergncia, avise imediatamente o fiscal.

    3. proibido folhear o Caderno de Questes antes do sinal, s 9h. 4. Aps o sinal, verifique se este caderno contm os textos de apoio para a elaborao da redao e 20 questes objetivas. Verifique

    tambm se h algum defeito de formatao/encadernao. Qualquer problema, avise imediatamente o fiscal. As folhas da verso definitiva da Prova de Redao esto em caderno separado, com o nome de Verso Definitiva.

    5. Atente para a ordem em que so apresentadas as provas neste caderno: Redao; Lngua Portuguesa (questes de 01 a 10); Literaturas em Lngua Portuguesa (questes de 11 a 15) e Lngua Estrangeira (questes de 16 a 20).

    6. Redija a verso definitiva das redaes no caderno Verso Definitiva, nas folhas destinadas a este fim, conforme indicao do gnero textual.

    7. O tempo mnimo de permanncia na sala de duas horas e meia aps o incio da resoluo da prova. Ou seja, voc s poder deixar a sala aps s 11h30min.

    8. No tempo destinado a esta prova (4 horas), est incluso o de preenchimento da Folha de Respostas. 9. Preenchimento da Folha de Respostas: no caso de questo com apenas uma alternativa correta, lance na Folha de

    Respostas o nmero correspondente a essa alternativa correta. No caso de questo com mais de uma alternativa correta, a resposta a ser lanada corresponde soma dessas alternativas corretas. Em qualquer caso o candidato deve preencher sempre dois alvolos: um na coluna das dezenas e um na coluna das unidades, conforme o exemplo (do segundo caso) ao lado: questo 47, resposta 09 (soma, no exemplo, das alternativas corretas, 01 e 08).

    10. ATENO: no rabisque nem faa anotaes sobre o cdigo de barras da Folha de Respostas. Mantenha-o limpo para leitura ptica eficiente e segura.

    11. Se desejar ter acesso ao seu desempenho, transcreva as respostas deste caderno no Rascunho para Anotao das Respostas (nesta folha, abaixo) e destaque-o na linha pontilhada, para receb-lo amanh, ao trmino da sua prova.

    12. Ao trmino da prova, levante o brao e aguarde atendimento. Entregue ao fiscal este caderno (Prova 2), a Folha de Respostas, o Rascunho para Anotao das Respostas e o caderno Verso Definitiva da Redao.

    13. A desobedincia a qualquer uma das determinaes dos fiscais poder implicar a anulao da sua prova. 14. So de responsabilidade nica do candidato a leitura e a conferncia de todas as informaes contidas neste Caderno de Questes e na

    Folha de Respostas.

    Corte na linha pontilhada. ....................................................................................................................... RASCUNHO PARA ANOTAO DAS RESPOSTAS PROVA 2 INVERNO 2017

    N.o DE ORDEM: NOME:

    01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

  • 2 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 2 GABARITO 1

    REDAO

    TEXTO 1

    Idosos rfos de filhos vivos so os novos desvalidos do sculo XXI

    (Ana Fraiman)

    Ateno e carinho esto para a alegria da alma como o ar que respiramos est para a sade do corpo. Nestas ltimas dcadas surgiu uma gerao de pais sem filhos presentes, por fora de uma cultura de independncia e autonomia levada ao extremo, que impacta negativamente no modo de vida de toda a famlia. Muitos filhos adultos ficam irritados por precisarem acompanhar os pais idosos ao mdico, aos laboratrios. Irritam-se pelo seu andar mais lento e suas dificuldades de se organizar no tempo, sua incapacidade crescente de serem geis nos gestos e decises. Separao e responsabilidade

    Nos tempos de hoje, dentro de um espectro social muito amplo e profundo, os abandonos e as distncias no ocupam mais do que algumas quadras ou quilmetros que podem ser vencidos em poucas horas. Nasceu uma gerao de pais rfos de filhos. Pais rfos que no se negam a prestar ajuda financeira. Pais mais velhos que sustentam os netos nas escolas e pagam viagens de estudo fora do pas. Pais que cedem seus crditos consignados para filhos contrarem dvidas em seus honrados nomes, que lhes antecipam herana, mas que no tm assento vida familiar dos mais jovens, seus prprios filhos e netos, em razo talvez, no diretamente de seu desinteresse, nem de sua falta de tempo da crena de que seus pais se bastam.

    Este estilo de vida, nos dias comuns, que no inclui conversa amena e exclui a presena a troco de nada, s para ficar junto, dificulta ou, mesmo, impede o compartilhamento de valores e de interesses por parte dos membros de uma famlia na atualidade, resulta de uma cultura baseada na afirmao das individualidades e na poltica familiar focada nos mais jovens, nos que tomam decises ego-centradas e na alta velocidade: tudo muito veloz, tudo fugaz, tudo incerto e instvel. O desespero calado dos pais desvalidos, rfos de quem lhes asseguraria conforto emocional e, qui material, no faz parte de uma genuna renncia da parte destes pais, que no querem incomodar ningum, uma falsa racionalidade e para isso que se prestam as racionalizaes que abala a sade, a segurana pessoal, o senso de pertena. do medo de perder o pouco que seus filhos lhes concedem em termos de ateno e presena afetuosa. O primado da falta de tempo torna muito difcil viver um dia a dia em que a pessoa est sujeita ao pnico de no ter com quem contar. A dificuldade de reconhecer a falta que o outro faz

    Do prisma dos relacionamentos afetivos e dos compromissos existenciais, todas as geraes tm medo de confessar o quanto o outro faz falta em suas vidas, como se isso fraqueza fosse. Montou-se, coletivamente, uma enorme e terrvel armadilha existencial, como se ningum mais precisasse de ningum. A famlia nuclear muito ameaadora. Para o conforto, segurana e bem-estar: um nmero grande de filhos no mais bem-vindo, pais longevos no so bem tolerados e tudo isso custa muito caro, financeira, material e psicologicamente falando. Sobrevieram a solido e o medo permanente que impregnam a cultura utilitarista, que transformou as relaes humanas em transaes comerciais. As pessoas se enxergam como recursos ou clientes. Pais em desespero tentam comprar o amor dos filhos e temem os ataques e abandono de clientes descontentes. Mas, carinho de

    filho no se compra, assim como ausncia de pai e me no se compensa com presentes, dinheiro e silncio sobre as dores profundas, as geraes em conflito se infringem. [...]. Dilogo? S existe o verdadeiro dilogo entre aqueles que no comungam das mesmas crenas e valores, que so efetivamente diferentes. Conversar, trocar ideias no dialogar. Dialogar abrir-se para o outro. experincia delicada e profunda de autorrevelao. Dialogar requer tempo, ambiente e clima, para que se realizem escutas autnticas e para que sejam afastadas as mtuas projees. O que sabem, pais e filhos, sobre as noites insones de uns e de outros? O que conversam eles sobre os receios, inseguranas e solido? E sobre os novos amores? Cada gerao se encerra dentro de si prpria e age como se tudo estivesse certo e correto, quando isso no verdade.

    [...] De onde vem a prepotncia de filhos adultos e netos

    adolescentes que se arrogam saber como seus pais e avs devem ser, fazer, sentir e pensar ao envelhecer? risvel o esforo das geraes mais jovens, querendo educ-los, quando o envelhecimento uma obra social e, mais, profundamente coletiva, da qual os adultos de hoje que justa, porm indevidamente cultivam os valores da juventude permanente e da velhice no fazem a mais plida ideia. Alm do que, tambm no tm a menor noo de como havero eles prprios de envelhecer, uma vez que est em curso uma profunda mudana nas formas, estilos e no tempo de se viver at envelhecer naturalmente e morrer a Boa Morte. (Adaptado do texto FRAIMAN, A. Idosos rfos de filhos vivos so os novos desvalidos do sculo XXI. Disponvel em . Acesso em 24/4/2017)

  • GABARITO 1 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 2 3

    TEXTO 2

    Abandono afetivo do idoso pelos familiares: indenizao por danos morais

    (Adriane M. Toaldo e Hilza R. Machado)

    O idoso, assim como a criana e o adolescente, necessita de maior amparo legal, buscando, desta forma, maior defesa de seus direitos, assegurados de forma efetiva pela Constituio Brasileira e Estatuto do Idoso, atravs da Lei 10.741, de 1 de outubro de 2003, visando maior dignidade e qualidade de vida, sendo um dos fundamentos da Constituio da Repblica a dignidade da pessoa humana, em seu artigo 1, inciso III.

    Fez-se necessrio o Estatuto do Idoso como garantidor de respeito para com o idoso, mudando a realidade passada e sanando as falhas a fim de acabar, efetivamente, com o desrespeito contra eles.

    Existe hoje um grande contingente de idosos, dentre os quais alguns possuem uma boa renda, proporcionando um bom nvel social a seus descendentes, fazendo com isso uma aproximao mais intensa; divergindo totalmente desses, esto os que possuem um nvel econmico mais baixo, geralmente abandonados pela famlia e muitas vezes pelos prprios asilos que os discriminam e maltratam, esquecendo o dever solidrio para com eles.

    Em consequncia da valorizao da dignidade, o poder Judicirio vem se manifestando sobre as aes que tm como causa o abandono moral dos idosos, que condenam os parentes por faltarem com assistncia moral e afetiva.

    [...] O idoso, ao sofrer de desafeto pela famlia, tambm perde

    seus objetivos, envelhecendo e adoecendo mais rapidamente, pois, segundo a nossa Constituio Federal, em seu artigo 229, os filhos maiores tm o dever de ajudar e de amparar os pais na velhice, na carncia ou na enfermidade; assim como o artigo 230, tambm da Carta Magna, disciplina o amparo ao idoso, defendendo sua dignidade e bem-estar, garantindo-lhe o direito vida, reconhecendo que dever da famlia, da sociedade e do Estado, amparar as pessoas idosas, assegurando sua participao na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar, garantindo-lhes o direito vida.

    [...] O idoso visto pelos filhos e noras ou at pelos prprios

    netos, pois estes copiaram modelo de comportamento de seus pais, como um invasor de lares, pois ele est usando o espao fsico que era da famlia e acaba sendo descartado, discriminado, no conseguindo mais manter seu espao, passando a ser considerado um peso para os familiares, muitas vezes se tornando vtima de maus tratos e do descaso.

    [...] (Adaptado do texto TOALDO, A. M. e MACHADO, H. R. Abandono afetivo do idoso pelos familiares: indenizao por danos morais. Disponvel em . Acesso em 27/4/2017)

  • 4 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 2 GABARITO 1

    GNERO TEXTUAL 1 CARTA DO LEITOR

    Contexto de produo: Voc est em sua pgina pessoal de uma rede social quando, no feed de notcias, depara-se com o texto Idosos rfos de filhos

    vivos so os novos desvalidos do sculo XXI, publicado na revista Pazes. O ttulo desperta sua ateno, pois voc tem uma av. Ao ler o texto, percebe que, assim como seus pais, voc contribui para a solido dela. Voc sente, ento, que deve participar mais da vida de sua av e resolve escrever para a revista onde o texto foi publicado.

    Comando de produo: Escreva uma CARTA DO LEITOR endereada revista Pazes, comentando o texto Idosos rfos de filhos vivos so os novos

    desvalidos do sculo XXI, de Ana Fraiman (texto 1), relatando como era a relao de descaso, sua e de seus familiares, para com sua av e informando como pretende agir a fim de estabelecer um verdadeiro dilogo com ela. Sua carta deve ter o mnimo de 10 e o mximo de 15 linhas. No d nome sua av, para manter a privacidade dela e de sua famlia. Assine apenas como Leitor ou Leitora.

    GNERO TEXTUAL 2 RESPOSTA ARGUMENTATIVA

    Contexto de produo: Sua escola vem promovendo uma srie de debates com especialistas em um projeto que visa conscientizao dos alunos para

    temticas atuais, como o papel da famlia na questo dos idosos. Em uma das etapas desse projeto, aps a leitura e a discusso do texto intitulado Idosos rfos de filhos vivos so os novos desvalidos do sculo XXI (texto 1), houve a participao de um especialista em direito familiar, que proferiu a palestra Abandono afetivo do idoso pelos familiares: indenizao por danos morais (texto 2), que tratou dos direitos garantidos aos idosos pela Constituio Federal e pelo Estatuto do Idoso. Como parte do processo de avaliao desse projeto de conscientizao, sua tarefa e a de seus colegas foi a de produzir textos a serem publicados no jornal mural da escola.

    Comando de produo: Com base no contexto de produo acima apresentado, redija uma RESPOSTA ARGUMENTATIVA, com o mnimo de 10 e o

    mximo de 15 linhas, seguinte questo: A fora da lei, como disposto na Constituio Federal e no Estatuto do Idoso, garantia para que filhos e netos assumam a responsabilidade de cuidar de seus idosos, inclusive, afetivamente?.

    10

    15

    5

    10

    15

    5

  • GABARITO 1 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 2 5

    LNGUA PORTUGUESA

    TEXTO

    O May be man (Mia Couto*)

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

    Existe o Yes man. Todos sabem quem e o mal que causa. Mas existe o May be man. E poucos sabem quem . Menos ainda sabem o impacto desta espcie na vida nacional. Apresento aqui essa criatura que todos, no final, reconhecero como familiar.

    O May be man vive do talvez. Em portugus, dever-se-ia chamar de talvezeiro. Devia tomar decises. No toma. Simplesmente, toma indecises. A deciso um risco. E obriga a agir. Um talvez no tem implicao nenhuma, um hbrido entre o nada e o vazio.

    A diferena entre o Yes man e o May be man no est apenas no yes. que o may be , ao mesmo tempo, um may be not. Enquanto o Yes man aposta na bajulao de um chefe, o May be man no aposta em nada nem em ningum. Enquanto o primeiro suja a lngua numa bota, o outro engraxa tudo que seja bota superior.

    Sem chegar a ser chave para nada, o May be man ocupa lugares-chave no Estado. Foi-lhe dito para ser do partido. Ele aceitou por convenincia. Mas o May be man no exatamente do partido no Poder. O seu partido o Poder. Assim, ele veste e despe cores polticas conforme as mars. Porque o que ele no vem da alma. Vem da aparncia. A mesma mo que hoje levanta uma bandeira, levantar outra amanh. E vender as duas bandeiras, depois de amanh. Afinal, a sua ideologia tem um s nome: o negcio. Como no tem muito para negociar, como j se vendeu terra e ar, ele vende-se a si mesmo. E vende-se em parcelas. Cada parcela chama-se comisso. (...)

    Governar no , como muitos pensam, tomar conta dos interesses de uma nao. Governar , para o May be man, uma oportunidade de negcios. De business, como convm hoje dizer. Curiosamente, o talvezeiro um veemente crtico da corrupo. Mas apenas quando beneficia outros. A que lhe cai no colo legtima, patritica e enquadra-se no combate contra a pobreza.

    Mas a corrupo tem uma dificuldade: o corruptor no sabe exatamente a quem subornar. Devia haver um manual, com organograma orientador. Ou como se diz em workshops: os guidelines. Para evitar que o suborno seja improdutivo. Afinal, o May be man mais cauteloso que o andar do camaleo: aguarda pela opinio do chefe, mais ainda pela opinio do chefe do chefe. Sem luz verde vinda dos cus, no h luz nem verde para ningum.

    O May be man entendeu mal a mxima crist de amar o prximo. Porque ele ama o seguinte. Isto , ama o governo e o governante que vm a seguir. (...) por isso que, para a lgica do talvezeiro, trgico que surjam decises. Porque elas matam o terreno do eterno adiamento onde prospera o nosso indecidido personagem.

    O May be man descobriu uma rea mais rentvel que a especulao financeira: a rea do no deixar fazer. (...). H investimento vista? Ele complica at deixar de haver. H projeto no fundo do tnel? Ele escurece o final do tnel. Um pedido de uso de terra, ele argumenta que se perdeu a papelada. Numa palavra, o May be man

    61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90

    atua como polcia de trnsito corrupto: em nome da lei, assalta o cidado.

    Eis a sua filosofia: a melhor maneira de fazer poltica estar fora da poltica. Melhor ainda: ser poltico sem poltica nenhuma. Nessa fluidez se afirma a sua competncia: ele sai dos princpios, esquece o que disse ontem, rasga o juramento do passado. E a lei e o plano servem, quando confirmam os seus interesses. E os do chefe. E, cautela, os do chefe do chefe.

    O May be man aprendeu a prudncia de no dizer nada, no pensar nada e, sobretudo, no contrariar os poderosos. Agradar ao dirigente: esse o principal currculo. Afinal, o May be man no tem ideia sobre nada: ele pensa com a cabea do chefe, fala por via do discurso do chefe. E assim o nosso amigo se acha apto para tudo. Podem nome-lo para qualquer rea: agricultura, exrcito, sade. Ele est vontade em tudo, com esse conforto que apenas a ignorncia absoluta pode conferir.

    Apresentei, sem necessidade, o May be man. Porque todos j sabamos quem era. O nosso Estado est cheio deles, do topo base. Podamos falar de uma elevada densidade humana. Na realidade, porm, essa densidade no existe. Porque dentro do May be man no h ningum. O que significa que estamos pagando salrios a fantasmas. Uma fortuna bem real paga mensalmente a fantasmas. Nenhum pas, mesmo rico, jogaria assim tanto dinheiro para o vazio.

    O May be man utilssimo no pas do talvez e na economia do faz de conta. Para um pas srio no serve.

    (Texto adaptado do original e disponvel em http://www.opais.sapo. mz/index.php/opiniao/126-mia-couto/10549-o-may-be-man.html. Publicado em 01.11.2010. Acesso em 17 de abril de 2017)

    Vocabulrio Comisso: no texto, esse termo empregado com o sentido de propina.

    * Escritor moambicano com uma extensa produo literria, incluindo poemas, contos, romances e crnicas. Suas obras se encontram traduzidas em mais de vinte pases.

    Questo 01

    Em relao organizao e ao funcionamento sociodiscursivo do texto de Mia Couto, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) No texto, h o predomnio da estrutura narrativa bsica,

    apresentando as partes do desequilbrio e do clmax, as quais so introduzidas pelo conector Mas (linha 21).

    02) No primeiro pargrafo, o autor parte de uma constatao a respeito da existncia de duas categorias de pessoas para contextualizar o tema selecionado.

    04) As repeties de palavras e de enunciados, por exemplo o uso dos termos existe (linhas 1 e 2) e sabem (linhas 2 e 3), imprimem ao texto um estilo reiterativo.

    08) O texto, embora escrito por um autor estrangeiro, tem a finalidade de levar seu leitor a refletir criticamente sobre o quanto a existncia do May be man malfica ao desenvolvimento de qualquer pas.

    16) Os dois ltimos pargrafos, por meio de retomadas de reflexes e de enunciados de efeitos enftico e sarcstico, reforam o ponto de vista do autor de que o May be man malfico estrutura social de qualquer pas.

  • 6 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 2 GABARITO 1

    Questo 02

    Assinale o que for correto quanto ao que se afirma em relao s condies de produo e ao contedo do texto. 01) Pode-se afirmar que o papel social do produtor do texto o

    de um cronista que aborda criticamente a realidade de seu pas.

    02) Embora publicado em um jornal moambicano no ano de 2010, trata-se de um texto atual para leitores inseridos em outras sociedades, como o caso dos leitores brasileiros.

    04) No geral, o autor trabalha fundamentalmente com o jogo semntico de ideias opostas (tais como essncia/aparncia, cheio/vazio, nada/tudo) para fazer uma crtica ao indivduo talvezeiro.

    08) Segundo o texto, a no tomada de decises do May be man consequncia da oscilao entre o medo e a insegurana de seu carter.

    16) Conforme o quinto pargrafo, o talvezeiro um ferrenho opositor corrupo, mesmo quando esta o beneficia.

    Questo 03

    Assinale o que for correto quanto ao emprego dos elementos lingusticos no texto. 01) Em Podem nome-lo para qualquer rea (linha 76), h

    um exemplo de indeterminao do sujeito, pois no se pode identificar o agente da locuo verbal Podem nome-lo.

    02) No nono pargrafo, o uso das formas verbais sai (linha 66), esquece (linha 66) e rasga (linha 67) constri uma escala crescente de atos ilcitos, ou eticamente condenveis, do May be man.

    04) O uso do pronome possessivo na primeira pessoa do plural na expresso nosso amigo (linha 75) revela uma afetividade do autor e do leitor em relao ao May be man.

    08) O fragmento Agradar ao dirigente: esse o principal currculo. (linhas 72 e 73) pode ser reescrito, sem prejuzo semntico e sinttico, do seguinte modo: O principal currculo agradar ao dirigente.

    16) Na sequncia A que lhe cai no colo legtima, patritica (linhas 37 e 38), ocorre elipse de corrupo. Os vocbulos legtima e patritica caracterizam a conduta denotada nesse termo elptico.

    Questo 04

    Assinale o que for correto quanto ao emprego dos elementos lingusticos no texto. 01) Os conectores Mas e apenas (linha 36) expressam um

    valor semntico de oposio restritiva. 02) O articulador discursivo Mas (linha 39) pode ser

    substitudo pelo portanto, sem prejuzo semntico ao texto.

    04) O advrbio Curiosamente (linha 35) funciona como um modalizador que exprime, por parte do autor, um tom sarcstico em relao a um comportamento do May be man.

    08) As palavras business (linha 34), workshops e guidelines (linha 42) instauram um discurso do mundo dos negcios, o que se relaciona com a viso de mundo do May be man, para quem governar uma oportunidade de negcios (linha 34).

    16) O conector Como (linha 28) estabelece, com o enunciado ele vende-se a si mesmo (linha 30), uma relao semntica conformativa.

    Questo 05

    Assinale o que for correto quanto ao emprego dos elementos lingusticos no texto. 01) O enunciado o outro engraxa tudo que seja bota superior

    (linhas 17 e 18) exemplifica, por meio de uma linguagem denotativa, um comportamento do Yes man.

    02) O perodo Assim, ele veste e despe cores polticas conforme as mars. (linhas 23 e 24) pode ser reescrito, sem causar prejuzo semntico ao texto, da seguinte forma: Mesmo assim, ele mantm sua filiao poltica.

    04) Em mais cauteloso que o andar do camaleo (linhas 43 e 44), a expresso cauteloso indica uma qualidade positiva do May be man, funcionando sintaticamente como adjunto adnominal.

    08) O enunciado Sem luz verde vinda dos cus... (linha 46) apresenta o predomnio da conotao e pode ser entendido como sem autorizao do(s) chefe(s).

    16) No enunciado Sem chegar a ser chave para nada, o May be man ocupa lugares-chave no Estado. (linhas 19 e 20), o autor trabalha a figura de pensamento chamada de gradao.

  • GABARITO 1 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 2 7

    Questo 06

    A respeito dos elementos de pontuao utilizados no texto, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) Na linha 19, o uso da vrgula facultativo, e esta poderia

    ser substituda, sem prejuzo sinttico, por um ponto final. 02) O uso das aspas em talvezeiro (linha 7) e em amar o

    prximo (linha 49) cumpre o mesmo papel de apresentar expresses desconhecidas ao leitor.

    04) Em Devia tomar decises. No toma. Simplesmente, toma indecises. A deciso um risco. E obriga a agir. (linhas 7-9), o uso repetido de ponto final refora a paralisia do May be man diante de decises a serem tomadas.

    08) O emprego dos dois pontos nas linhas 44 e 61 tem a mesma funo, pois, nos dois casos, esse sinal de pontuao introduz uma explicao.

    16) Nas linhas 57 e 58, o emprego do sinal de interrogao de natureza retrica, pois o prprio autor oferece, logo na sequncia, respostas aos questionamentos.

    Questo 07

    Assinale o que for correto a respeito do contedo do seguinte fragmento: O May be man entendeu mal a mxima crist de amar o prximo. Porque ele ama o seguinte. (linhas 48 e 49). 01) Embora um ponto final separe formalmente dois

    enunciados, discursivamente eles esto conectados por meio do vocbulo porque.

    02) O autor trabalha com duas acepes da expresso prximo: uma indicando humanidade, e a outra indicando o que vem a seguir.

    04) Em amar o prximo e ama o seguinte, o verbo amar apresenta, nos dois casos, o mesmo valor semntico.

    08) O verbo entendeu est empregado no pretrito perfeito, mas tambm poderia estar no presente do indicativo, denotando atemporalidade.

    16) O advrbio mal modifica semanticamente a expresso nominal a mxima crist.

    Questo 08

    Mia Couto emprega o neologismo talvezeiro. A respeito desse termo, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) No contexto, apresenta uma conotao pejorativa, tal como

    ocorre a expresso interesseiro. 02) Trata-se de uma palavra formada por um processo

    derivacional que, a partir do advrbio talvez, produz o substantivo talvezeiro.

    04) O uso da expresso em ingls May be man, em vez da possvel traduo talvezeiro, representa uma escolha aleatria do autor.

    08) Na estrutura da palavra talvezeiro, o elemento que atribui o sentido de indeciso o sufixo -eiro.

    16) O emprego de dever-se-ia (linha 7), no futuro do pretrito, denota que a expresso talvezeiro seguramente ser utilizada pelas geraes futuras.

    Questo 09

    Assinale o que for correto quanto ao que se afirma a seguir em relao ao contedo do texto. 01) O termo utilssimo (linha 89) denota um grau de

    intensidade que caracteriza a importncia do May be man no pas do talvez e na economia do faz de conta.

    02) As expresses pas do talvez (linha 89) e economia do faz de conta (linha 90) revelam que, afinal, o May be man no existe.

    04) Na linha 90, o ponto final poderia ser substitudo pelo conectivo porm, sem prejuzo semntico.

    08) Na viso do autor, o May be man utilssimo, pois ele sabe tomar conta dos interesses de uma nao.

    16) Para Mia Couto, um pas srio aquele em que a melhor maneira de fazer poltica estar fora da poltica (linhas 63 e 64).

    Questo 10

    Apresentei, sem necessidade, o May be man. Porque todos j sabamos quem era. (linhas 80 e 81). Quanto a essa afirmao e a suas relaes com o texto, assinale o que for correto. 01) Em termos discursivos, nesse fragmento o autor exclui a

    interlocuo com seus prprios leitores. 02) Camalenico, o May be man adere a qualquer governo ou

    bandeira que esteja no poder, vendendo seu apoio em parcelas (linha 30). Diante de suas aparentes contradies, o cidado pode encontrar dificuldades em defini-lo, mas capaz de reconhec-lo ao ler o retrato apresentado por Couto.

    04) Embora o autor diga que apresentou, sem necessidade, as caractersticas do May be man, essa estratgia tem justamente o efeito contrrio, pois refora a importncia de se pensar criticamente essa figura poltica.

    08) Como no sabe exatamente a quem subornar (linha 40) e como entende mal a mensagem crist de amar o prximo (linha 49), o May be man uma espcie indefinida, perdida, um fantasma, e, portanto no h como apresent-lo com preciso.

    16) O texto uma declarao de impotncia e de silenciamento diante da espcie do May be man. O autor admite que todos j sabiam quem era, mas, mesmo assim, no pde identific-lo publicamente, pois poderia ser acusado de infidelidade e de oportunismo.

  • 8 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 2 GABARITO 1

    LITERATURAS EM LNGUA PORTUGUESA

    Questo 11

    Assinale o que for correto sobre o poema e sobre a autora, Ceclia Meireles.

    Retrato

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

    Eu no tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos to vazios, nem o lbio amargo. Eu no tinha estas mos sem fora, to paradas e frias e mortas; eu no tinha este corao que nem se mostra. Eu no dei por esta mudana, to simples, to certa, to fcil. Em que espelho ficou perdida a minha face?

    (MEIRELES, C. Melhores poemas. 14. ed., 9. reimpresso. So Paulo: Global, 2012, p. 13) 01) Os pronomes demonstrativos este (versos 1 e 7) e estes

    (verso 3) indicam que se trata do corpo do prprio eu lrico. Portanto no h uma face perdida. O eu lrico, ao procurar por si mesmo diante do espelho, demonstra que o tempo tambm afetou a sua mente, prejudicando a sua capacidade de raciocinar.

    02) O eu lrico pensa acerca da prpria identidade quando percebe as alteraes fsicas e emocionais provocadas pela passagem do tempo. Por meio da reflexo, o eu lrico se descreve, compe um retrato de si.

    04) O uso do verbo ter no pretrito imperfeito, nas duas primeiras estrofes, indica que a ao do tempo aconteceu gradualmente, sem que o eu lrico se desse conta do processo de mudana de si mesmo. As alteraes sofridas lentamente so percebidas de sbito, o que faz o eu lrico estranhar a prpria identidade no presente.

    08) A adjetivao das mos (sem fora / to paradas e frias e mortas) e do corao (que nem se mostra) comprova que o eu lrico j est morto e, em um espao transcendente, contempla a si mesmo dentro de um caixo. O espelho do ltimo verso significa as vaidades transitrias que distraram o eu lrico da preocupao com a salvao de sua alma.

    16) O uso de palavras simples e a presena da subjetividade mostram o compromisso da poeta em fugir da excessiva erudio vocabular e da objetividade positivista que caracterizaram a produo literria da sua poca, notadamente a do primeiro modernismo.

    Questo 12

    Assinale o que for correto sobre o romance Iracema e sobre seu autor, Jos de Alencar. 01) A presena de espaos naturais exclusiva do

    Romantismo, perodo literrio avesso aos cenrios urbanos. A valorizao da natureza explica a existncia de temas ecolgicos no romance, como o desmatamento e a extino da fauna nativa. O escritor quer conscientizar as pessoas sobre o perigo do avano da civilizao europeia que Martim representa.

    02) A sedutora Iracema representa a rebeldia feminina. Infeliz com o seu destino de guardadora dos segredos da tribo, a ndia v em Martim a possibilidade de fugir para a cidade, mais aberta s possibilidades de emancipao feminina.

    04) A histria de amor entre Martim, o colonizador portugus, e Iracema, a ndia tabajara, uma espcie de mito fundador da identidade brasileira. Moacir, o filho deles, representa a miscigenao do povo brasileiro.

    08) O escritor conciliou preceitos romnticos com fortes influncias rcades, motivo pelo qual os cenrios so idealizados, mas a linguagem concisa, sem adjetivao. As referncias mitologia clssica so constantes. A convivncia de Iracema com as ninfas (seres mitolgicos que habitavam as matas) mostra a ruptura com o modelo romntico de criao de personagens.

    16) A histria de amor entre Iracema e Martim acontece onde hoje o estado do Cear. O enfoque no espao natural tem inteno nacionalista, ou seja, serve para destacar aspectos geogrficos prprios do Brasil.

    Questo 13

    Assinale o que for correto. 01) Padre Antnio Vieira, em seus sermes, ao mesmo tempo

    em que pregava os valores cristos, tambm denunciava a corrupo nas instituies pblicas. Os sermes tm valor literrio e histrico, pois, por meio do discurso conceptista, o orador registrou importantes acontecimentos polticos da sua poca.

    02) Negrinha, de Monteiro Lobato, uma coletnea de contos que retrata a vida dos escravos recm-libertados. O conto Negrinha narra o encantamento de uma menina que, pela primeira vez na vida, tem amigas e delas ganha uma boneca.

    04) O rei da vela, de Oswald de Andrade, um romance que retrata, com humor, a biografia de Dom Pedro II. O texto satiriza a figura do Imperador quando o descreve como imoral, porque destina a si mesmo parte da verba que deveria ser aplicada na compra de velas para a corte.

    08) Carlos Drummond de Andrade, escritor costumeiramente situado na segunda fase do Modernismo, destacou-se na poesia. Seus poemas enfocam temas como o amor, a morte, a solido, a famlia e refletem a condio do homem brasileiro e universal diante dos problemas da vida.

    16) Os poemas de Augusto dos Anjos apresentam, de modo geral, uma linguagem cientificista-naturalista. O pessimismo e a angstia diante da vida so traos comuns de sua produo. A morte retratada em seu sentido biolgico de desintegrao do corpo.

  • GABARITO 1 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 2 9

    Questo 14

    Assinale o que for correto em relao ao conto Vestida de Preto, do livro Contos novos, de Mrio de Andrade. Me batera, sbito, aquela vontade irritada de saber, me tornara estudiosssimo. Era mesmo uma impacincia raivosa, que me fazia devorar bibliotecas, sem nenhuma orientao. Mas brilhava, fazia conferncias empoladas em sociedadinhas de rapazes, tinha ideias que assustavam todo o mundo. E todos principiavam maldando que eu era muito inteligente mas perigoso (ANDRADE, 2011, p. 21). 01) O fragmento acima indica o momento de transformao na

    vida de Frederico Pacincia. Aps ver sua me vestida de preto, ele resolve estudar para ascender socialmente.

    02) Apesar de o narrador do conto dizer que a vontade de estudar surgira repentinamente, ela despertada porque ficara no inconsciente de Juca o que Maria, na varanda, dissera para todos ouvirem: No me caso com bombeado (ANDRADE, 2011, p. 20). De certa maneira, estudar uma forma de ser aceito por Maria.

    04) Juca, por sua inocncia excessiva, no consegue entender os sinais que Maria lhe d de sua paixo. Assim, ele resolve esquec-la aps, aparentemente, ter sido rejeitado por ela no quarto, quando brincavam de famlia encostados no mesmo travesseiro.

    08) O narrador, embora apele para as memrias de sua amiga de infncia e adolescncia, tem a plena certeza de que escreve um conto. Por isso, ele afirma, no incio da narrativa, o carter fantasioso de sua histria.

    16) O narrador revela que Maria se tornou uma mulher namoradeira, chegando a usar a expresso Namorava com Deus e todo mundo [...] (ANDRADE, 2011 p. 21). No entanto, ela sempre despertou em Juca sentimentos de perfeio, o que o impediu de consumar uma juno carnal com ela.

    Questo 15

    Assinale o que for correto sobre Memrias pstumas de Brs Cubas, de Machado de Assis. 01) bito do autor, o primeiro captulo do livro, carregado

    de binarismos: princpio/fim; nascimento/morte; autor defunto/defunto autor; o que mostra o carter contraditrio do narrador. Essas dicotomias tambm servem para criticar a maneira como, tradicionalmente, estruturavam-se as narrativas de memria.

    02) O descaramento do narrador no tem limites, chega a comparar sua histria do Pentateuco. A diferena entre as duas narrativas est no fato de que, nas Memrias, a morte aparece no introito e, no livro bblico, no cabo. Essa atitude do narrador revela o desrespeito do defunto autor para com o texto da Bblia. A diferena entre as duas histrias est no modo como cada uma se inicia.

    04) O narrador afirma que partiu para o undiscovered country, de Hamlet, sem as dvidas do moo prncipe (ASSIS, 2012, p. 24), mostrando o lado teatral de sua morte, como se estivesse em um palco. Decorre dessa inteno a presena de alguns termos do gnero dramtico que permeiam essa parte do captulo: espetculo e tragdia. Alm disso, a idade de Brs Cubas tambm o coloca do lado oposto da vida de Hamlet. Este, jovem; aquele, velho e portanto teoricamente sem as dvidas da juventude.

    08) Quando Brs Cubas afirma no texto Ao Leitor: [...] evito contar o processo extraordinrio que empreguei na composio destas memrias, trabalhadas c do outro lado do mundo (ASSIS, 2012, p. 21), e como vemos em outras passagens do captulo, ele mostra todo seu lado humilde, revelando-se ao leitor algum que a morte despiu das preocupaes do mundo dos vivos e que no mais se importa com o sucesso. Essa atitude do defunto autor, inclusive, est repleta de respeito pelo leitor.

    16) A dedicatria Ao verme / que / primeiro roeu as frias carnes / do meu cadver / dedico / como saudosa lembrana / estas / memrias pstumas (ASSIS, 2012, p. 20) insere o romance na tradio dos romances naturalistas, propondo uma anlise cientfica da decomposio do corpo do narrador. Por isso, a escrita do captulo O delrio, que trata dos momentos finais de Brs Cubas, refora a viso naturalista j indicada na dedicatria, cabendo ao defunto autor esmiuar, do ponto de vista cientfico, a agonia da morte de um ser humano.

  • 10 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 2 GABARITO 1

    ESPANHOL

    TEXTO

    Estn locos (Juan Jos Mills)

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36

    En el avin, a mi lado, iba un sujeto joven con traje azul, corbata amarilla, mandbula cuadrada y un telfono mvil a travs del que daba rdenes compulsivamente. Eran las ocho de la maana y antes de que el aparato despegara haba sacado de la cama a medio Madrid. No contento con eso, una vez que alcanzamos la altura de crucero comenz a despertar a Barcelona, adonde nos dirigamos. Cuando la azafata nos ofreci un caf, yo ya estaba hecho polvo, a pesar de haber tomado un Pharmaton Complex antes de ir al aeropuerto. l, sin embargo, continuaba despertando gente con un entusiasmo que resultaba aterrador.

    A las ocho y media, telefone a casa y pregunt si su hijo segua con fiebre. Debieron de decirle que s porque orden que le pusieron al pequeo un supositorio y a l un fax (no aclar si por el mismo sitio) con las instrucciones del mdico. Despus de esa llamada se qued mustio y dej de telefonear. De todos modos, permaneci con el aparato en la mano derecha, cerca de las ingles, manosendolo con el gesto distrado con el que los nios se tocan el sexo recin descubierto. En esto, se dio cuenta de que le miraba y se puso rojo, como si le hubiera sorprendido haciendo algo feo. Me concentr en el peridico, para disimular.

    Cuando llegamos a Barcelona y se vio en los pasillos del terminal volvi a excitarse con la visin de las instalaciones aeroportuarias y recuper la rigidez vertebral anterior. Antes de alcanzar la salida haba realizado tres llamadas amenazadoras comunicando que acababa de aterrizar y que se diriga al lugar de la reunin. Por mi parte, no llegu a pisar la calle: tom el primer avin de vuelta y regres al lado de un ejecutivo cataln que se dispona a conquistar Madrid con un mvil oscuro colocado entre las ingles, a modo de sexo inalmbrico. Cuando llegu a casa, me met en la cama con una novela y hasta hoy. Estn todos locos.

    (BENETTI, G.; CASELLATO, M.; MESSORI, G. Ms que palabras - Literatura por tareas. Barcelona: Editorial Difusin, 2008, p. 130)

    Questo 16

    Tras lectura detenida del texto Estn locos, de Juan Jos Mills, seale la(s) alternativa(s) correcta(s). 01) El texto es una fbula, porque cuenta una historia real con

    moraleja final, destinada a exaltar la tecnologa mvil. 02) El texto es una narrativa corta que empieza por la

    descripcin fsica y del vestuario de un joven pasajero en un viaje areo.

    04) El texto es una parbola, porque trae una historia simblica, vivida por el narrador omnisciente y de la cual se extrae una enseanza sobre cmo se usa el telfono mvil.

    08) De acuerdo con las lneas finales, el texto trae el fragmento de una novela espaola, cuyas pginas son ledas por el personaje principal acostado en su cama.

    16) Se trata de un breve relato en primera persona, cuyo ttulo indica la irona con que se considera el comportamiento de la sociedad tecnolgica actual.

    Questo 17

    De acuerdo con el texto del autor espaol Juan Jos Mills, seale la(s) alternativa(s) correcta(s). 01) La historia tiene tres personajes: un joven cataln, un

    narrador y un ejecutivo, todos con sus telfonos mviles. 02) Los sucesos narrados en la historia son verdicos y se pasan

    en un viaje internacional de ida y regreso. 04) Cuando la nave est en las alturas, un miembro de la

    tripulacin interviene en la secuencia de los acontecimientos relatados para servir bebida a los viajeros.

    08) El personaje-narrador realiza viaje de regreso en un vuelo domstico, sin siquiera haber dejado el aeropuerto de su ciudad de destino.

    16) El joven con traje negro y corbata azul se despierta a las ocho y media, preocupado por la fiebre de su hijo.

  • GABARITO 1 UEM/CVU Vestibular de Inverno 2017 Prova 2 11

    Questo 18

    De acuerdo con el vocabulario del texto del autor espaol Juan Jos Mills, seale la(s) alternativa(s) correcta(s). 01) La expresin se dio cuenta de que le miraba y se puso

    rojo (lnea 22) significa que se percat de que era observado y se avergonz.

    02) En las expresiones el aparato despegara (lnea 5) y con el aparato en la mano (lnea 19), el vocablo aparato significa utensilio y se refiere al telfono mvil y al avin, respectivamente.

    04) La locucin idiomtica yo ya estaba hecho polvo (lnea 9) tiene sentido figurado al aludir al excesivo cansancio del joven ejecutivo y tambin significa cansado el vocablo mustio (lnea 18), referente al ejecutivo cataln.

    08) Los vocablos mandbula (lnea 2) e ingles (lneas 20 y 34) designan partes del cuerpo humano: anterior a la altura del cuello el primero; y posterior al cuello, el segundo.

    16) Pharmaton Complex (lnea 10) y supositorio (lnea 15) son nombres de sustancias medicinales que suelen figurar en textos como las instrucciones del mdico (lnea 17).

    Questo 19

    De acuerdo con la gramtica de la lengua castellana, seale la(s) alternativa(s) correcta(s). 01) Los vocablos primer (lnea 32), tres (lnea 29) y

    medio (lnea 6) son numerales ordinal, cardinal y fraccionario, respectivamente.

    02) Las expresiones cerca de (lnea 19) y Despus de (lnea 17) son adverbios de tiempo y de lugar, respectivamente.

    04) Los sustantivos en plural instruc