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INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GENÉTICA CONSERVAÇÃO E BIOLOGIA EVOLUTIVA IDENTIFICAÇÃO FENOTÍPICA E MOLECULAR DE BACTÉRIAS PATOGÊNICAS ASSOCIADAS À CRIAÇÃO DE PEIXES AMAZÔNICOS ELIANE CARDOSO CARVALHO Manaus, Amazonas Junho, 2012

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INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GENÉTICA CONSERVAÇÃO E

BIOLOGIA EVOLUTIVA

IDENTIFICAÇÃO FENOTÍPICA E MOLECULAR DE BACTÉRIAS

PATOGÊNICAS ASSOCIADAS À CRIAÇÃO DE PEIXES AMAZÔNICOS

ELIANE CARDOSO CARVALHO

Manaus, Amazonas

Junho, 2012

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ELIANE CARDOSO CARVALHO

IDENTIFICAÇÃO FENOTÍPICA E MOLECULAR DE BACTÉRIAS

PATOGÊNICAS ASSOCIADAS À CRIAÇÃO DE PEIXES AMAZÔNICOS

ORIENTADOR: JORGE IVAN REBELO PORTO

CO-ORIENTADORA: ANDRÉA BELÉM COSTA

Manaus, Amazonas

Junho, 2012

Dissertação apresentada ao

Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia como parte dos

requisitos para obtenção do título

de Mestre em Genética

Conservação e Biologia Evolutiva.

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FICHA CATALOGRÁFICA

Sinopse:

A identificação bacteriana foi realizada em isolados de Colossoma macropomum,

Arapaima gigas e Brycon amazonicus, cultivados em estações de piscicultura do Estado do

Amazonas. Foram realizadas caracterização bacteriana fenotípica clássica e molecular, com

sequenciamento da região parcial do gene 16S rRNA, e análise filogenética por Neighbor-

joining. As análises evidenciaram a ocorrência de 35 espécies bacterianas agrupadas em 17

gêneros e nove famílias. Registra-se nesta dissertação a ocorrência de espécies bacterianas

com primeiro relato da ocorrência em peixes de cultivo do Amazonas.

Palavras-chave: 16S rRNA, bacteriana, Colossoma macropomum, Arapaima gigas, Brycon

amazonicus.

C331 Carvalho, Eliane Cardoso

Identificação fenotípica e molecular de bactérias patogênicas associadas à

criação de peixes amazônicos / Eliane Cardoso Carvalho.--- Manaus : [s.n.],

2012.

xiii, 134 f. : il. color.

Dissertação (mestrado) --- INPA, Manaus, 2012

Orientador : Jorge Ivan Rebelo Porto

Coorientador : Andréa Belém Costa

Área de concentração : Genética, Conservação e Biologia Evolutiva

1. Peixes – Amazõnia. 2. Bacterias. 3. Colossoma macropomum.

4. Arapaima gigas. 5. Brycon amazonicus. 6. Criação de animais. 7. 16SrRNA.

I. Título.

CDD 19. ed. 597.5042

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Dedico este trabalho,

Ao meu marido Alex Maia

Minha mãe Helinay Carvalho

Minha tia Joveci Carvalho

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Agradecimentos

Em primeiro lugar, agradeço meu maravilho Deus, que ao longo de toda minha jornada esteve

comigo guiando meus caminhos e me concedendo forças em todos os obstáculos, permitindo a

realização de mais um sonho. A Caminhada foi longa, mas, uma vida sem desafios não vale a pena ser

vivida.

Ao meu marido Alex Maia, por todo seu amor, amizade, dedicação e companheirismo. Por ter

entendido todos os momentos que fiquei ausente e por sempre ter me ajudado em tudo que precisei.

Tenho certeza que sem todo seu amor eu não teria conseguido!

À minha mãe Helinay Carvalho, que mesmo longe me deu todo seu amor, conselhos sempre,

não me deixando ficar triste por nada.

À minha querida tia Joveci Carvalho, que sempre foi meu anjo da guarda e inspiração que

sempre me deu forças e me fez trilhar esse caminho.

Aos meus amados irmãos Alberto Jr. e Andreza Carvalho e ao meu primo Felipe, que me

fazem querer seguir em frente sempre, e torcem por mim em tudo.

À minha amada avó Helena Carvalho, por todo seu amor e conselhos, me ensinando a nunca

desistir dos meus sonhos.

À minha tia Leila Carvalho e minha prima Aline, por estarem comigo sempre oferecendo suas

mãos amigas.

À minha melhor e mais companheira amiga Suélen Dias que passou tudo isso junto comigo,

me fazendo rir, aconselhando, ajudando nos momentos mais tensos das análises no laboratório,

estando comigo desde o ínicio da vida científica em Santarém, torcendo e oferencendo sua amizade

nos momentos mais tristes. Susu valeu por tudo!

Ao meu orientador Jorge Porto, que me abriu as portas do INPA oferecendo o primeiro

estágio em genética molecular, estendeu a mão quando eu precisei, tirou minhas dúvidas e me ensinou

a base de Biologia Molecular. Que não só foi um orientador de mestrado, mas também de vida, em

muitos conselhos que deu em vários momentos difíceis ao longo desta jornada.

À minha co-orientadora Andréa Belém, que me ensinou muito sobre microbiologia, me

ensinando toda base da maneira mais metódica possível. Me oferecendo todas os ferramentas

possíveis para conclusão da parte fenotípica deste trabalho. Por todos os seus conselhos e por toda

confiança que depositou em mim, me dando a oportunidade de aprender muito mais.

À Dra. Eliana Feldberg, pelo seu axílio na compra de materiais, por todos os conselhos e por

toda sua solicitude em inúmeras vezes que precisei.

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Ao Dr. Spartaco Astolfi, por ter permitido realizar a parte molecular no Laboratório de DNA,

e por todas minhas dúvidas que tirou.

À Dina que sempre esteve disposta a me ajudar, tirando minhas dúvidas e cedendo seu tempo

pra me ajudar quando por muitas vezes fiquei altas horas no laboratório finalizando experimentos.

Ao Edson, que sempre que podia tirava minhas dúvidas me ensinando muito sobre biologia

molecular e me fazendo rir, discondraindo os dias corridos.

Ao Dheims Araújo, que me ajudou muito no ínicio das análises fenotípicas bacterianas, no

preparo dos meios de cultivo que não foram poucos.

A Mirna Myamoto, por ter me ajudado nos momentos de correria no Laboratório,

principalmente nas PCRs que não funcioram.

Ao Elson, Henriette, Luciana, Hugo, Hélber, Anita e Júnior, pelas boas horas de discontração,

ao Thiago pelas todas as dúvidas tiradas, à Ivanete e a dona Elza pelo auxílio no preparo reagentes.

À equipe do Laboratório de Genética Animal do Inpa. Ao Carlos e a Leandra, que muitas

vezes me ajudaram tirando minhas dúvidas, principalmente me ensinando o preparo de reagentes. À

Denise, que em inúmeras vezes me ajudou no laboratório.

Aos amigos do LTBM, Giselle, que muitas vezes me ajudou no que precisei, e ao Saulo por

ter me ajudado no sequenciamento e a Dra Jackeline Batista por cedido permitido a realização do

sequenciamento no laboratório.

À Gisele Torres, por toda sua amizade e conselhos.

À Dra Luciana Leomil por ter me ajudado a interpretar os dados da identificação molecular

bacteriana.

Dr. Edmar Vaz, que me por muitas vezes tirou minhas dúvidas me ensinando os processos de

biologia molecular.

Ao Dr. Daniel Saito, por ter cedido seu tempo em me ensinar a usar os programas de

bioinformática e me ajudar a interpretar análises filogenéticas.

Ao PPG GCBEV e seu corpo administrativo (Alessandra, Tamara, Elci) pelo apoio

incondicional.

À Capes e a Fapeam pela bolsa concedida.

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"Confia no Senhor de todo o seu coração e não se

apóie na sua própria inteligência. Lembre-se de Deus

em tudo o que fizer, e ele lhe mostrará o caminho

certo" (Prov. 3:5-6).

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Resumo

Com a intensificação do cultivo de peixes em condições artificiais são observadas

mortalidades causadas por bactérias patogênicas oportunistas, o que pode levar a grandes

perdas econômicas. Essas mortalidades podem ser observadas em cultivos de espécies

regionais como o pirarucu, o tambaqui e a matrinxã. Os principais objetivos desta dissertação

foram realizar análises fenotípicas e moleculares para identificar bactérias patogênicas nas

espécies Arapaima gigas (pirarucu), Colossoma macropomum (tambaqui) e Brycon

amazonicus (matrinxã), bem como estabelecer relações evolutivas entre as espécies. Foram

analisados 72 isolados bacterianos da coleção de cultura de bactérias patogênicas em peixes

(Universidade Federal do Amazonas - UFAM), provenientes de pirarucu, tambaqui e matrinxã

oriundos de pisciculturas. As identificações fenotípicas foram feitas utilizando 19 testes

bioquímicos (Gram, teste KOH, oxidase, catalase, oxidação, fermentação, motilidade, H2S,

indol, gás, glucose, uréase, lactose, citrato, arabinose, dulcitol, inositol, rafinose, trealose). As

identificações moleculares foram realizadas por meio do sequenciamento parcial do gene 16S

rRNA. Nas abordagens fenotípicas e moleculares foram identificadas 35 espécies agrupadas

em 17 gêneros e nove famílias bacterianas: Bacillaceae, Enterobacteriaceae, Enterococcaceae,

Flavobacteriaceae, Microbacteriaceae, Moroxellaceae, Paenibacillaceae, Staphylococcaceae,

Streptococcaceae. Os maiores grupos foram formados pelas famílias (Enterobacteriaceae e

Bacillaceae) as quais mostraram-se claramente polifiléticos, tendo em vista que os gêneros e

as espécies dentro destas famílias agruparam-se com gêneros e espécies distintas. Pode-se

concluir que as abordagens utilizadas permitiram a identificação, classificação e reconstrução

filogenética dos isolados bacterianos estudados.

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Abstract

The intensification of fish breeding in artificial conditions has led to mortalities caused by

opportunistic pathogenic bacteria, leading to huge economic losses. These mortalities can be

observed in cultures of regional species such as: pirarucu, tambaqui and matrinxã. The main

objectives of this dissertation was to conduct molecular and phenotypic analyzes to identify

pathogenic bacteria in Arapaima gigas (pirarucu), Colossoma macropomum (tambaqui) and

Brycon amazonicus (matrinxã), and to establish evolutionary relationships between bacteria

species. We analyzed 72 bacterial isolates from the culture collection of pathogenic bacteria

in fish (Universidade Federal do Amazonas- UFAM), from pirarucu, tambaqui and matrinxã

from fish farms. The phenotypic identifications were made using 19 biochemical tests (Gram

staining, KOH test, oxidase, catalase, oxidation, fermentation, motility, H2S, indole, gas,

glucose, urease, lactose, citrate, arabinose, dulcitol, inositol, raffinose, trehalose). The

molecular identifications were performed using partial sequencing of 16S rRNA. Phenotypic

and molecular approaches identified 35 bacteria species grouped in 17 genera and nine

families: Bacillaceae, Enterobacteriaceae, Enterococcaceae, Flavobacteriaceae,

Microbacteriaceae, Moroxellaceae, Paenibacillaceae, Staphylococcaceae and

Streptococcaceae. The largest groups were formed by the families (Enterobacteriaceae and

Bacillaceae) which were clearly polyphyletic since genera and species within these families

were grouped with different genus and species. It can be concluded that the approaches used

allow the identification, classification and phylogenetic reconstruction of bacterial isolates

studied.

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Sumário

1- Introdução ....................................................................................................................................... 14

2-Revisão Bibliográfica ....................................................................................................................... 15

2.1-Aquicultura no Brasil ................................................................................................................. 15

2.2-Piscicultura na Amazônia .......................................................................................................... 16

2.3-Espécies de peixes de interesse comercial na Amazônia ........................................................... 17

2.4-Bacteriose em Peixes ................................................................................................................. 19

2.5-Métodos de identificação fenotípica e molecular de microrganismos ....................................... 21

2.6-Taxonomia e Filogenia Molecular Bacteriana ........................................................................... 23

2.7-RNA ribossômico 16S ............................................................................................................... 25

3-Objetivos ........................................................................................................................................... 27

3.1-Geral .......................................................................................................................................... 27

3.2-Específicos ................................................................................................................................. 27

4-Material e Métodos .......................................................................................................................... 28

4.1-Coleta ......................................................................................................................................... 28

4.1-Reativação e purificação de Bactérias ....................................................................................... 31

4.2-Identificação fenotípica bacteriana ............................................................................................ 31

4.3-Coloração Gram ......................................................................................................................... 31

4.4-Teste KOH ................................................................................................................................. 32

4.5-Teste de catalase e oxidase ........................................................................................................ 32

4.6-Teste em meio ágar MacConkey ............................................................................................... 33

4.7-Teste em ágar citrato de Simmons ............................................................................................. 33

4.8-Teste em meio SIM (sulfato/indol/motilidade ágar) .................................................................. 34

4.9-Teste em meio OF (oxidação e fermentação) ............................................................................ 34

4.10-Teste de Urease ........................................................................................................................ 35

4.11-Produção de gás e fermentação de carboidratos ...................................................................... 35

4.12-Hemólise bacteriana ................................................................................................................. 36

4.13-Identificação molecular bacteriana .......................................................................................... 37

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4.14-Extração do DNA genômico bacteriano .................................................................................. 37

4.15-Reação em cadeia de polimerase (PCR) para amplificação do gene 16S rRNA ..................... 38

4.16-Purificação das amostras .......................................................................................................... 39

4.17-Sequenciamento e análise das sequências................................................................................ 39

4.18-Análises por Bioinformática .................................................................................................... 40

4.19-Análises filogenéticas das sequências ...................................................................................... 40

5-Resultados ......................................................................................................................................... 42

5.1-Caracterização fenotípica bacteriana ......................................................................................... 42

5.2-Coloração Gram e teste KOH .................................................................................................... 42

5.3-Testes bioquímicos .................................................................................................................... 43

5.4-Extração de DNA genômico e amplificação do 16S rRNA ....................................................... 47

5.5-Identificação molecular das bactérias ........................................................................................ 48

5.6-Análises Filogenéticas ............................................................................................................... 57

6-Discussão ........................................................................................................................................... 60

6.1-Identificações das espécies bacterianas ..................................................................................... 60

6.1.1- Identificações fenotípicas das famílias e espécies bacterianas .............................................. 60

6.1.2- Identificações moleculares de famílias e espécies bacterianas .............................................. 66

6.1.3- Análises filogenéticas dos isolados bacterianos .................................................................... 75

6.1.4- Identificações gerais dos isolados bacterianos ...................................................................... 78

6.1.5- Espécies identificadas patogênicas em peixes ....................................................................... 81

7-Conclusões ........................................................................................................................................ 84

8-Referências ....................................................................................................................................... 85

Anexo .................................................................................................................................................. 104

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Lista de Tabelas

Tabela 01-Isolados bacterianos de tambaqui......................................................................... 28

Tabela 02-Isolados bacterianos de matrinxã.......................................................................... 29

Tabela 03-Isolados bacterianos de pirarucu........................................................................... 30

Tabela 04-Resultado do teste Gram para cada isolado bacteriano........................................ 42

Tabela 05-Testes bioquímicos realizados em isolados bacterianos de tambaqui................ 44

Tabela 06-Testes bioquímicos realizados em isolados bacterianos de matrinxã................... 45

Tabela 07-Testes bioquímicos realizados em isolados bacterianos de pirarucu.................... 46

Tabela 08- Taxonomia molecular dos isolados PPUFAM..................................................... 52

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Lista de Figuras

Figura 01- Esquema da localização aproximada do anelamento dos iniciadores 530F e

1492R (Borneman e Triplett 1997), de acordo com o tamanho do gene 16S rRNA

(Clarridge, 2004). V3-V9: regiões conservadas de anelamento dos

iniciadores...............................................................................................................................

39

Figura 02: Método de coloração de Gram................................................................................. 42

Figura 03- Beta () hemólise em isolados PPUFAM 54 (a) e PPUFAM 63(b). Placas em

ágar sangue de carneiro desfibrinado a 7%.................................................................................

44

Figura 04- Foto da extração de DNA genômico bacteriano em gel de agarose 0,8%. (M)-

Marcador de peso molecular lâmbida (λ)....................................................................................

47

Figura 05- Foto da amplificação do gene 16S rRNA por PCR em gel de agarose

0,8%.Marcador molecular (M) Ladder de 1Kb (Promega).(C-) controle negativo da

reação..........................................................................................................................................

47

Figura 06- Famílias bacterianas identificadas e o percentual de amostras

encontradas....................................................................................................................................

49

Figura 07- Dendograma filogenético (Neighbor-Joining) do 16S rRNA de isolados

bacterianos amazônicos (PPUFAM) e de estirpes de referência (ATCC)..................................

59

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1- Introdução

O conhecimento sobre a variedade de espécies bacterianas patogênicas em peixes de

interesse comercial é de extrema importância uma vez que as infecções bacterianas são

responsáveis por grandes perdas em criações intensivas as quais podem apresentar índice

elevado de mortalidade, apesar de não haver dados oficiais sobre os prejuízos econômicos

causados em pisciculturas brasileiras. A identificação dos pátogenos causadores de doenças

em peixes é de extrema importância, pricipalmente para determinar medidas profiláticas que

reduzam os índices de mortalidade em cultivos de peixes bem como para classificar espécies

bacterianas (Costa, 2004).

As técnicas de biologia molecular, juntamente com os métodos clássicos empregados

para identificação de espécies patogênicas, têm propiciado um importante desenvolvimento na

eficiência e na qualidade do diagnóstico das enfermidades bacterianas (Vandamme et al.

1996; Ludwig e Klenk, 2001, Figueiredo e Leal, 2008), principalmente para doenças em

peixes causadas por bactérias de difícil isolamento e cultivo em laboratório (Figueiredo e

Leal, 2008).

Novas espécies têm sido reconhecidas e reclassificadas pelo sequenciamento do gene

16S rRNA propiciando uma alternativa rápida e eficiente na identificação de bactérias e sendo

importante para obtenção de informações sobre a filogenia e a sistemática bacteriana (Tanner

et al., 2000; Ludwig e Klenk, 2001; Ahmed et al., 2007).

Sabe-se que a biodiversidade microbiana da região Amazônica é muito grande, porém

poucos são os trabalhos para investigar a complexa microbiota (Benner et al. 1995; Borneman

e Triplett, 1997), principalmente dos microrganismos causadores de patogenias em peixes.

Nesse trabalho foram utilizadas abordagens fenotípicas e moleculares as quais

propiciaram uma alternativa rápida e eficiente na identificação de bactérias patogênicas em

peixes. Este trabalho é pioneiro na determinação fenotípica e molecular de bactérias

causadoras de epizootias em peixes de cultivo do Amazonas.

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2- Revisão Bibliográfica

2.1- Aquicultura no Brasil

O Brasil é um país que possui 12% das reservas disponíveis de água doce do mundo,

com mais de dois milhões de hectares de zonas úmidas, estuários e reservatórios adequados

para a aquicultura (FAO, 2010). Possui a maior fauna de peixes de água doce do mundo, com

cerca de 2590 espécies, existindo muitas ainda desconhecidas (Buckup et al., 2007; Godinho

2007). Por apresentar um imenso complexo hidrográfico e clima favorável o Brasil possui

dentre estas, inúmeras vantagens para o desenvolvimento de organismos aquáticos cultivados

(Ferreira, 2007).

Com o cultivo de espécies aquáticas surgiu à prática de aquicultura que é o cultivo ou

criação de organismos aquáticos cujo ciclo de vida se desenvolve em condições naturais, total

ou parcialmente em meio aquático (Eler e Milani 2007; Oliveira 2009; FAO, 2012). De

acordo com Figueiredo et al. (2008) a aquicultura é o setor da agropecuária brasileira com

maior expansão nos últimos anos, o crescimento da atividade no Brasil superou a média

mundial. Sua atividade vem crescendo sensivelmente em relação à pesca, tornando-se uma

importante alternativa para a produção de pescado, tanto em área continental como marinha

(Santos, 2009). O aumento da exploração indiscriminada dos estoques pesqueiros naturais

tornou a aquicultura uma alternativa importante para regularizar a oferta de matéria-prima e

com este desenvolvimento a atividade entrou em franca expansão (Camargo e Pouey, 2005).

A partir de 1990, ocorreu a expansão da aquicultura comercial brasileira, inluindo a

piscicultura, como uma atividade econômica no cenário nacional da produção de alimentos

(Ferreira, 2007).

Entre 1994 e 2003 a piscicultura brasileira teve um aumento significativo pulando de

4,3% para 28,1% de toda a produção pesqueira do país (FAO, 2012). Cabendo destacar que

dentre as principais espécies nativas cultivadas foram: tambaqui (Colossoma macropomum),

pacu (Mylossoma spp.) e matrinxã (Brycon amazonicus) (Castagnolli, 2004).

Segundo Ostrensky et al. (2008), o Brasil é o segundo país em importância na

produção aquícola na América do Sul, ficando abaixo do Chile. A maior parte da produção da

aquicultura brasileira é proveniente da produção em território continental alcançando cerca de

70%. Essa preferência é decorrente da disponibilidade de grandes extensões de terra passíveis

de serem destinadas ao cultivo; a abundância de água doce e limpa e a boa adaptabilidade das

espécies destinadas à criação (Oliveira, 2009). Atualmente, a aquicultura é praticada em todos

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16

os Estados brasileiros e abrange, principalmente, as modalidades de piscicultura,

carcinicultura, ranicultura e malacocultura (Santos, 2009).

Na região Norte várias espécies de peixes são cultivadas, porém apenas 14 espécies

são espécies nativas, o que em relação à diversidade ictiológica da região é um número

extremamente reduzido (Santos, 2009).

2.2- Piscicultura na Amazônia

A bacia amazônica configura-se como um imenso complexo de rios, igarapés, lagos,

canais e furos (Santos e Santos, 2005) e possui cerca de 20% dos recursos de água doce dos

rios do planeta, que encerram cerca de 2.500 espécies de peixes (Valois, 2003) e detém a

maior biodiversidade sendo considerado um dos ecossistemas mais íntegros e produtivos do

mundo (Santos e Santos, 2005). Essa complexa diversidade dos estoques pesqueiros na

Amazônia é explicada devido a fatores tão diversos como a idade e tamanho do sistema de

drenagem, habitat e diversidade de nichos disponibilizados pelos rios, lagos e áreas alagadas,

a alta proporção de terras baixas com condições ambientais estáveis, capazes de suportar uma

grande abundância de peixes, e a incorporação de outros rios e bacias, através de uma

diversidade de eventos geológicos, provocando uma mistura de faunas de peixe de diferentes

origens (Carvalho et al., 2007).

A grande diversidade ictiológica torna a Amazônia uma importante fonte de recursos

pesqueiros, e a piscicultura é como uma importante atividade para regular o abastecimento do

pescado regional, especialmente no período de defeso e nos períodos de “cheia e seca”

amazônica, períodos em que os valores do pescado oscilam, propiciando melhor equilíbrio

entre oferta e demanda no mercado regional e estabilizando os valores do pescado ao longo do

ano. Essa crescente atividade na Amazônia Ocidental vem sendo testada de diferentes

maneiras, incluindo uso de tanques artificiais, represamento de nascentes, fechamento de

trechos de igarapés, gaiolas flutuantes e até repovoamento de lagos e lagoas (EMBRAPA,

2003; Santos e Santos, 2005).

A prática de piscicultura é o empreendimento do setor primário que mais gera lucros

para os produtores da Amazônia (Valois, 2003). Na periferia Amazônica, a piscicultura

progrediu bastante nos últimos vinte anos, principalmente nos Estados de Roraima, Mato

Grosso e Tocantins (Barthem e Goulding, 2007). No Amazonas é uma área do agronegócio

que vem crescendo em ritmo acelerado nos últimos cinco anos (Cavero et al., 2009). Segundo

Lima (2005), o Amazonas dispõe de todos os recursos necessários para o desenvolvimento

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dessa atividade devido aos parâmetros ecológicos e biológicos altamente favoráveis para essa

prática, abrangendo as condições climáticas e a biodiversidade necessária para criação de

peixes. A piscicultura é considerada de grande importância para o desenvolvimento

econômico do Estado, assim como de toda região amazônica (Santos et al., 2006). No

Amazonas, em 2005 estimou-se a existência de 800 piscicultores, e uma produção anual de

pescado em torno de 1.000 a 1.500 toneladas particularmente devido às quatro estações de

piscicultura em produção, destacando-se a estação de Balbina, no município de Presidente

Figueiredo, Manaus, Manacapuru e Itacoatiara (SUFRAMA, 2003; Lima, 2005).

2.3- Espécies de peixes de interesse comercial na Amazônia

A Região Norte do país e a Amazônia Ocidental, em particular, têm no consumo do

peixe uma das suas principais fontes de abastecimento alimentar (Santos et al., 2006). Sendo

procedente do pescado a principal fonte de proteína na alimentação das populações

amazônicas (Ferreira et al.,1998).

Apesar da diversidade da ictiofauna amazônica, estimada entre 1500 e 3000 espécies,

apenas uma parcela muito reduzida dessa diversidade é explorada comercialmente (Santos et

al., 2006). Existem aproximadamente 200 espécies de peixes explorados para o consumo e

os principais grupos incluem os caracídeos, bagres e ciclídeos (Barthem e Goulding, 2007).

Seis famílias agrupam os caracídeos mais importantes, como o tambaqui. Os bagres para

consumos são a dourada, piramutaba e acari, e dos grupos de peixes estritamente de água

doce, estão inseridos o pirarucu e os aruanãs. As espécies que mais se destacam para o

comércio na Amazônia Central são: tambaqui (Colossoma macropomum), matrinxã (Brycon

amazonicus), curimatá (Prochilodus nigricans), jaraqui (Semaprochilodus insignis),

pirarucu (Arapaima gigas), pirapitinga (Piaractus brachyponuis), acará-açu (Astronotus

ocellatus) e aracu (Leporinus spp) (Barthem e Gouding, 2007). As espécies C.

macropomum, B. amazonicus e A. gigas destacam-se no comércio de peixes da cidade de

Manaus (Santos et al., 2006; Santos, 2009) e também na alimentação das populações

amazônicas (Santos et al., 2006).

O tambaqui, C. macropomum é um caracídeo onívoro nativo da bacia Amazônica e

Orinoco é o segundo maior peixe de escamas do rio Solimões (Ferreira et al., 1998). Esta

espécie de grande porte chega 100 cm de comprimento e pesando mais de 30 quilos,

consome principalmente frutos e sementes. É a espécie com maior importância comercial na

pesca e na piscicultura da região amazônica e devido a isso é o peixe mais cultivado no

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Estado do Amazonas (Castagnolli e Cyrino 1986; Cantelmo, 1989; Santos et al., 2006), com

produções oriundas de piscicultura de 3.000 e 3.500 toneladas anuais (Santos et al., 2006). O

potencial de produção do tambaqui foi estimado em 15.500 toneladas e sua produção

concentra-se na Amazônia Central, que representa 91% do total (Barthem e Goulding,

2007). Um dos principais problemas relacionados à criação dessa espécie é a ocorrência de

doenças parasitárias e bacterianas (Araújo-Lima e Golding, 1998).

A espécie B. amazonicus (matrinxã) é integrante da subfamília Bryconinae, que inclui

40 espécies, está distribuída na América do sul na bacia do rio Amazonas no Peru e na Bolívia

(Reis et al., 2003), caracteriza-se por ser de grande porte, alcançando cerca de 40 cm, é

onívoro e consome basicamente frutos, sementes, insetos e outros invertebrados, é um dos

peixes mais utilizados na aquicultura comercial (Santos et al., 2006). O potencial da produção

de seu cultivo foi estimado em 6.040 toneladas e a região da Amazônia Central é responsável

por 74% do total (Barthem e Goulding, 2007), vem se destacando na exploração comercial na

região amazônica por ser uma das espécies mais promissoras para a piscicultura por

apresentar enorme potencial de crescimento e carne nobre (Frascá-Scorvo et al., 2001).

O pirarucu (A.gigas) peixe da família Arapaimatidae, com características

plesiomórficas e confinadas a água doce da América do sul, é caracterizado pela língua óssea

e espinhosa, escamas grandes e imbicadas em forma de mosaico, nadadeiras dorsal e anal

muito alongadas. É uma espécie de grande porte chegando a mais de 2 metros e pesando

aproximadamente 200 quilos, é carnívoro e consome basicamente peixes, camarões,

caranguejos e insetos. Tem preferência por lagos e não realiza migrações consideráveis

(Santos et al., 2006), o que é de grande importância para seu cultivo. O potencial de sua

produção foi estimado em 1800 toneladas e três importantes regiões pesqueiras são

responsáveis por 93% de seu potencial: Amazônia Peruana, Fronteira Brasil-Peru-Colômbia e

Amazônia Central (Barthem e Goulding, 2007).

Devido ao aumento da demanda dessas espécies para abastecer o comércio regional à

medida que ocorre o crescimento da produção intensiva de espécies de peixes em cativeiro,

muitas vezes em condições de superpopulação segundo Shama, et al. (2000) acarretam

variações na qualidade da água, aumentando o número de doenças nos animais causadas

muitas vezes principalmente por bactérias oportunistas.

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2.4- Bacteriose em Peixes

O Domínio Bacteria contém uma enorme variedade de procariotos e todas as espécies

conhecidas causadoras de enfermidades (patógenos) pertencem a esse domínio (Madigan et

al., 2004). As bactérias são microrganismos classificadas quanto a sua forma, estruturas e

tamanho, podendo ser variado ou não, devido a sua estrutura química as bactérias são

classificadas em Gram-positivas e Gram-negativas, essa determinação é feita através do

método Gram de coloração bacteriana (Junqueira e Carneiro, 2005; Trabulsi e Alterthum,

2008).

Bactérias patogênicas podem causar doenças em humanos, plantas e animais. Em

peixes, todas as espécies são suscetíveis às infecções causadas por esses microrganismos

(Frerichs e Millar, 1993; Costa, 2003). No meio aquático as bactérias fazem parte da

microbiota normal da água, podendo ser encontradas na superfície corporal e nas brânquias

dos peixes em seu habitat natural (Pavanelli et al., 2002) e são consideradas como patógenos

oportunistas, visto que só se manifestam provocando infecções bacterianas quando os animais

estão em condições ambientais adversas (Boijink e Brandão, 2004).

As enfermidades bacterianas em peixes ocorrem muitas vezes devido ao manejo não

adequado excessivo, que leva a perda do muco e danos na superfície corporal do animal,

deixando a pele suscetível às invasões bacterianas (Harvey e Hoar, 1979). A pele e as

brânquias são a primeira linha de defesa dos peixes contra agentes infecciosos, atuam como

barreira física e química, e o muco presente nessas estruturas contêm mucopolissacarídeos e

enzimas bacteriolíticas que imobilizam e destróem patógenos invasores (Urbinate e Carneiro,

2004).

Vários fatores são considerados para determinar as enfermidades bacterianas em

peixes, e na maioria das vezes são causadas por situações de estresse dos animais, as quais

podem não provocar mortalidade ou manifestação de doenças, representando uma ameaça

sanitária para a saúde humana (Boijink e Brandão, 2004). O estresse é um conjunto de

respostas não específicas do organismo a situações que ameaçam desequilibrar sua

homeostase (Guelhardo e Oliveira, 2006) e essas respostas impostas por um sistema intensivo

de criação são determinantes para desequilibrar o sistema imunológico animal. Os agentes de

estresse ou estressores em peixes podem ser de inúmeros tipos, biológicos, como

microrganismos patogênicos e não patogênicos, os de natureza física, como o transporte, o

confinamento ou o manuseio e os de natureza química, como os contaminantes e o baixo teor

de oxigênio ou o pH reduzido (Val et al., 2004; Oba et al., 2009). O entendimento básico da

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fisiologia da resposta ao estresse e das alterações ambientais a que o peixe pode se adaptar por

meio dessa resposta, possibilita a identificação de condições de estresse e favorece o

desenvolvimento de métodos que mitiguem os seus efeitos adversos na saúde de peixes

cultivados (Lima et al., 2006).

Algumas bactérias, como espécies dos gêneros: Aeromonas, Cytophaga,

Mycobacterium e Pseudomonas estão sempre presentes nos tanques, sendo que a presença de

fatores estressantes pode desencadear o aparecimento de doenças (Shama et al., 2000). Os

patógenos mais frequentes envolvidos em doenças de peixes brasileiros são as espécies

Flavobacterium spp., Yersinia spp., Aeromonas spp., Pseudomonas spp., Edwardsiella spp. e

Streptococcus spp. (Barja e Esteves, 1988; Brown, 1993; Pavanelli et al., 1998). A espécie

Yersenia ruckeri, nunca antes citada em peixes do Brasil, foi relata pela primeira vez em

jundiás (Ramdhia quelen) (Shama et al., 2000). Bactérias da espécie Aeromonas hydrophila

embora faça parte da microbiota dos peixes (Barja e Esteves, 1988; Brown, 1993; Costa,

2003; Klinger et al., 2003) produz a toxina acetilcolinesterase que, em grande quantidade, é

letal para estes organismos (Boijink e Brandão, 1992; Rodriguez et al., 1992). O gênero

Aeromonas faz parte do complexo de Aeromonas móveis, e tem sido a causa de doenças em

peixes como a hemorragia septicêmica (Austin e Austin, 2007) e a doença ulcerativa dos

peixes (Karunasagar et al., 1995). Bactérias podem estar associadas a diversos fenômenos

patogênicos em peixes, segundo Pavanelli et al., (2002), esses fenômenos costumam ser

divididos em três principais aspectos: respostas septicêmicas, necroses dos tegumentos e

músculos, provocando ulcerações, e resposta crônica proliferativa.

Na Amazônia, particularmente no estado do Amazonas, alguns trabalhos foram

realizados com estudos de doenças bacterianas em tambaqui (Silva, 2001; Costa, 2004).

Segundo Costa (2004) foram feitos isolamentos e a identificações primárias de bactérias

Gram-negativas das famílias Enterobacteriaceae, Vibrionaceae e Pseudomonadaceae. Dentro

dessas famílias identificou-se as espécies de Enterobacter sp., Escherichia sp., Aeromonas

sp., e Pseudomonas sp., esta é uma bactéria Gram negativa encontrada na água e microbiota

bacteriana de peixes, algumas espécies desse gênero como P. fluorescens causam septicemias,

hemorragias na pele, nadadeiras e na boca de peixes (Frerichs e Millar, 1993; Costa, 2004).

Dentre as bactérias Gram-positivas foram identificadas Streptococcus sp., Aerococcus sp. e

Nocardia sp. Desse gênero a espécie N. asteróides é identificada como principal agente

causador de doenças crônicas e condições granulomatosas em peixes tropicais de água doce

(Frerichs e Millar, 1993).

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Silva (2001) isolou e identificou, por métodos fenotípicos, 22 bactérias em tambaqui

de piscicultura do Amazonas sendo que as principais espécies foram: E. coli, Flavobacterium

sp., Yersinia sp., Chromobacterium violaceum e Aeromonas spp.

Flavobacterium sp. é a principal causadora de surtos de doença bacteriana branquial

(Frerichs e Millar, 1993). Yersinia rukeri é o patógeno causador da doença enterite da boca

vermelha (ERM-enterich redmouth) (Frerichs & Millar, 1993; Costa, 2004). As espécies do

gênero Aeromonas são responsáveis pela maioria das enfermidades em peixes e perdas em

piscicultura intensiva (Costa, 2004) e um dos patógenos causadores de infecções alimentares

nos seres humanos (Austin e Austin, 2007).

Bactérias podem causar elevada taxa de mortalidade, tanto em peixes da natureza,

quanto aqueles mantidos em cultivo. Os surtos de doenças estão sendo cada vez mais

reconhecidos como uma restrição significativa na produção de aquicultura e comércio, que

afetam o desenvolvimento econômico do setor em muitos países (Verschuere et al., 2000). As

infecções em peixes são responsáveis por grandes perdas em criações intensivas as quais

muitas vezes apresentam índice elevado de mortalidade, que podem em certos casos chegar a

100%. A correta caracterização e identificação dos problemas de enfermidades e seus agentes

causais é necessária para que se possa conhecer adequadamente seu comportamento,

estabelecer o ciclo epidemiológico e definir os métodos de controle e profilaxia de doenças

em peixes de cultivo, pois muitos problemas ainda não foram identificados e os processos

mórbidos que causam são poucos estudados (Costa, 2004).

No Brasil as autoridades estaduais e DFAs (Delegacia Federal de Agricultura), são

responsáveis pela saúde animal. Em nível federal, o DDA (Departamento de Defesa Animal),

é responsável pela coordenação, padronização e implantação do programa de saúde animal.

Todos os estabelecimentos de aquicultura estão sujeitas à supervisão do Serviço Veterinário

Oficial e a notificação obrigatória é necessária em caso de suspeita de surto de doença

exótica, ou quando a doença é uma ameaça à economia pública, saúde pública ou o meio

ambiente (FAO, 2012).

2.5- Métodos de identificação fenotípica e molecular de microrganismos

As identificações fenotípicas bacterianas são baseadas em uma série de testes

bioquímicos (Bando, 2008), verificação de reações metabólicas, características de colônias e

morfologia celular em esfregaços corados pelo método de Gram. Inicialmente é necessário

fazer exame direto das amostras isoladas, com principal objetivo de revelar e enumerar

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microrganismos (Martinez e Taddei, 2008). Porém, as provas bioquímicas são importantes

para verificação de enzimas estruturais, pesquisas de produtos metabólicos e catabólicos

(acetoína, indol, ácidos orgânicos) e verificação da sensibilidade dos microrganismos em

diferentes compostos (Martinez e Taddei, 2008).

Os meios empregados na identificação bioquímica microbiana: EPM, MILi

(motilidades, indol e lisina) e citrato fornecem sete reações bioquímicas, que possibilitam

identificar a maioria das enterobactérias (Franzolin, 2008). Essas técnicas juntamente com as

técnicas moleculares são de fundamental importância para contribuir com a identificação de

espécies bacterianas.

A utilização de diversas técnicas moleculares entre elas a Reação em Cadeia da

Polimerase (PCR), tem permitido grande evolução nas análises de rotina de laboratórios

clínicos e industriais. Organismos não adaptados ao cultivo tornaram-se passíveis de ser

analisados (Nilsson e Strom, 2002).

Em poucos anos, o diagnóstico molecular evoluiu de uma mera curiosidade

tecnológica para um campo vasto e complexo, com o potencial para revolucionar a ciência e a

prática da medicina e áreas correlatas. O método mais utilizado para fazer a identificação de

sequências de bases do DNA de um organismo é o método de terminação em cadeia, também

conhecido como método de Sanger (Sanger et al., 1977). Esse método é baseado na

capacidade da enzima DNA Polimerase estender a cadeia polinucleotídica a partir de um

iniciador, ancorado por complementaridade em uma das fitas (fita molde). Como as fitas de

DNA são complementares (A=T e C≡G), a partir do molde, a enzima adiciona nucleotídeos

complementares necessitando do grupo hidroxila livre (OH) na posição 3’ da fita de DNA

componente do desoxinucleotídeo anterior (dNTP) (Carraro e Kitajima, 2002).

Os métodos moleculares tornaram-se aceitos para a detecção de agentes causadores de

infecções (vírus, bactérias, fungos e protozoários). Em particular, o uso de uma combinação

de genes rRNA de microganismos tornou-se popular para essa detecção (Millar et al., 2002).

Os rRNAs são os mais úteis e mais precisos cronômetros moleculares, mostrando um elevado

grau de regularidade funcional, o que determina relativamente um corportamento de relógio

molecular. Ocorrem em todos os organismos e posições diferentes de suas sequências mudam

em taxas muito diferentes, permitindo a medida da maioria das relações filogenéticas. Os

rRNAs são moléculas grandes e consistem de muitos domínios. Há aproximadamente 50

hélices na estrutura secundária do 16S rRNA e aproximadamente o dobro na estrutura

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secundária do 23S rRNA, fazendo destas moléculas relógios moleculares precisos (Woese,

1987).

O gene 16S rRNA é universal em bactérias e a partir deste é possível distinguir

linhagens bacterianas, por permitir identificações mais robustas, reprodutíveis e precisas do

que as obtidas por meio de testes fenotípicos tornando-o como principal objeto de estudo para

inferências taxonômicas e filogenéticas em bactérias (Clarridge, 2004).

2.6- Taxonomia e Filogenia Molecular Bacteriana

A taxonomia molecular, também chamada de quimiotaxonomia, utiliza as análises

moleculares de várias biomoléculas da célula. Entre os principais métodos taxonômicos estão

a hibridação DNA-DNA, as análises proteicas e o sequenciamento de ácidos nucleicos

(Madigam et al., 2004; Bando 2008).

Na hibridação DNA-DNA (DDH), a relação de bases GC descreve a porcentagem de

cada nucleotídeo presente no DNA genômico de uma espécie bacteriana determinada, mas

não fornece dados sobre o arranjo linear das bases no DNA. É o arranjo de bases que

determina as características de um organismo, se dois organismos compartilham muitas

sequências nucleotídicas em seus DNAs é provável que possuam muitos genes altamente

similares ou idênticos (Madigam et al., 2004, Bando, 2008). Nessa técnica é possível verificar

o grau de similaridades entre sequências, geralmente uma das moléculas comparadas é

marcada com radioisótopo e hibridada, os fragmentos de fitas simples que não sofrem

hibridação são removidos, a radiação é medida e comparada com uma reação-controle na qual

a quantidade de reaçã é considerada 100% (Bando, 2008). Se o percentual de hibridação

verificado for maior ou igual a 70% representam a mesma espécie (Stackebrandt e Goebel,

1994; Bando, 2008; Kämpfer e Glaeser, 2012).

Nas análises proteicas é possível fazer a comparação de proteínas de diferentes

microrganismos, pois a sequência de aminoácidos de uma proteína reflete a sequência de

ácidos nucleicos do gene. Dessa forma as análises proteicas tornam-se úteis em taxonomia

(Madigam et al., 2004, Bando, 2008).

O sequenciamento do gene 16S RNA é o método mais direto para comparar a estrutura

genômica de diferentes microrganismos, moléculas como RNA ribossômico ou proteínas que

sofreram pouca variabilidade no curso evolutivo, são utilizados como marcadores

taxonômicos. O gene 16S rRNA é considerado o mais adequado para definição de espécies

bacterianas, o nível de identidade da sequência gênica entre duas cepas deve ser superior a

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96% para chegar a um valor de similaridade de DDH superior a 70%, definindo assim um

grau de identidade confiável (Stackebrandt e Goebel, 1994; Madigam et al., 2004, Bando,

2008; Stackebrandt, 2011).

A taxonomia bacteriana compreende as áreas inter-relacionadas de classificação,

nomenclatura e identificação e é a base para gerar hipóteses filogenéticas e evolutivas (Gillis

et al., 2001; Kampfer e Glaeser, 2012). A classificação taxonômica dos organismos é baseada

nas características similares e seguindo diferentes níveis hierárquicos (grupos pequenos que

compartilham propriedades comuns que, por sua vez, fazem parte de grupos maiores). As

bactérias seguem uma nomenclatura regulamentada pelo “Código Internacional de

Nomenclatura de Procariontes”, e compreendem as regras, os princípios e as recomendações

para a descrição de uma nova unidade de classificação de espécie, gênero ou família (Bando,

2008).

Tradicionalmente, a taxonomia bacteriana é baseada em análises fenotípicas que

incluem o aspecto de um organismo, seu metabolismo energético bem como suas enzimas

(Madigam et al., 2004). Porém, esta abordagem, que fornece informações úteis para

diferenciar táxons, nem sempre permite uma visão abrangente sobre as relações genéticas e

filogenéticas dos organismos (Ludwig e Klen, 2001).

A taxonomia bacteriana pode ser determinada por métodos genotípicos. Com o

surgimento das técnicas moleculares a partir da década de 70, tornou-se possível sua

utilização, na reconstrução da filogenia dos maiores grupos bacterianos. Ao nível molecular,

similaridades gênicas de sequências indicam uma origem comum, pois táxons com sequências

similares podem ser filogeneticamente relacionadas (Madigam et al., 2004; Bando, 2008).

A partir da década de 1980, os estudos com genes ribossomais passaram a ser

desenvolvidos como um novo método de identificação bacteriana. Foi mostrado que todas as

relações filogenéticas e todas as formas de vida podem ser determinadas comparando partes

estáveis do código genético. Regiões codificantes como 5S, 16S e 23S rRNA, e os espaços

intergênicos foram usados para determinações filogenéticas. Porém, o gene 16S rRNA,

também designado de 16S rDNA, tornou-se a região mais utilizada para propósitos

taxonômicos em bactérias. O gene 16S rRNA pode ser comparado não só entre todas as

bactérias, mas também com o gene 16S rRNA de Archea e o gene 18S rRNA de eucariotos

(Clarridge, 2004).

A pequena subunidade ribossomal 16S rRNA, é atualmente a molécula de escolha

para a identificação de bactérias e outros microrganismos ao nível de espécie. As informações

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obtidas a partir da comparação de sequências do 16S rRNA podem ser usadas para deduzir as

relações filogenéticas detalhadas baseadas em evolução. Um mapa de distância evolutiva

gerada a partir de dados de sequências do 16S rRNA realça as linhagens principais de

Bacteria e Archaea. As porções altamente conservadas nos genes de rRNA são ideais para

desenhar primers que amplificam as subunidades dos genes 16S rRNA de Bacteria e Archaea

e de 18S RNA em Eucarya (Tanner et al., 2000). Com base nas informações das análises do

gene 16S rRNA atualmente são reconhecidos pelo menos 12 grupos filogenéticos diferentes

de bactérias, cada um deles contém regiões ou sequências específicas dentro do ribossomo.

Essa região que distingue cada grupo é designada “sequência assinatura”, as quais são

utilizadas como um código de barras bacteriano (Bando, 2008).

2.7- RNA ribossômico 16S

Os ribossomos são as maquinarias onde as proteínas são sintetizadas, possuindo sua

estrutura altamente conservada em todas as espécies. Em bactérias são compostos de duas

subunidades: uma subunidade grande 50S e uma subunidade pequena 30S. A subunidade 50S

contém o rRNA 23S, um RNA 5S e mais de 30 proteínas. A subunidade 30S contém o rRNA

16S e mais 20 proteínas (Pei et al., 2009). As bactérias possuem os três genes de rRNA

organizados em um agrupamento de genes que são expressos como único operon, que pode

estar presente em múltiplas cópias no genoma (Pei et al., 2010).

Sabe-se no entanto que os genes de rRNA são essenciais para a sobrevivência de todos

os organismos e são altamente conservadas entre todas espécies. Consequentemente a

caracterização do gene 16S rRNA está bem estabelecida como um método padrão para a

identificação de espécies, gêneros e famílias de bactérias (Woose, 1987; Gurtler e Stanisich,

1996).

A sequência do gene 16S rRNA tem tamanho de 1550 pares de bases (pb) de extensão

e é composta de regiões variáveis e conservadas (Clarridge, 2004; Chakravorty et al., 2007)

pois limitações funcionais sobre a estrutura de sequências gênicas do rRNA fazem com que

certas regiões no gene sejam conservadas, enquanto as sequências entre estas regiões

conservadas mutam em taxas mais rápidas, sendo assim denominadas regiões variáveis. As

regiões conservadas são úteis para determinar as relações de distância, enquanto que as

regiões variáveis que mutam mais rapidamente são úteis para distinguir organismos

estreitamente relacionados (Pei et al., 2009).

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Em geral, o 16S rRNA contém nove "regiões hipervariáveis" que demonstram a

diversidade de sequências entre diferentes espécies bacterianas e pode ser usado para sua

identificação (Chakravorty et al., 2007). Gray (1984) demonstrou que o 16S rRNA possui

tanto regiões com alta quanto com baixa variabilidade, as quais são denominadas de regiões

universais (U) e regiões variáveis (V), totalizando 8 regiões universais (U1-U8) e 9 regiões

variáveis (V1-V9). Essas regiões hipervariáveis por serem ladeadas por trechos conservados

na maioria das bactérias, permitem a amplificação de sequências-alvo utilizando primers

universais (Chakravorty et al., 2007).

A estrutura primária do 16S rRNA é altamente conservada, e espécies com mais de

70% de similaridade de DNA na hibridação têm geralmente mais de 97% de seus

nucleotídeos idênticos. Os 3% diferentes não estão uniformemente espalhados ao longo da

estrutura primária da molécula, mas concentram-se principalmente em certas regiões

hipervariáveis. Pode-se argumentar que essas diferenças poderiam ser usadas como uma

medida de distância filogenética entre estirpes, e que para a determinação deste nível de

parentesco análise de sequência podem ser restritas a estas regiões, nas quais pode-se

verificar este nível estreito de relacionamentos. Porém, existem pelo menos dois argumentos

contra esta conclusão: 1) a quantidade de diferença não concentrada nas regiões

hipervariáveis é substancial, e por omissão ocorreriam perdas de informações que já são

baixas em quantidade a partir de um ponto de vista estatístico; 2) as posições das regiões

hipervariáveis parecem ser táxons específicos mas necessitam ser determinadas para novos

organismos por análise da sequência completa da molécula (Stackebrandt e Goebel, 1994;

Kampfer e Glaeser, 2012).

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3- Objetivos

3.1- Geral

Identificar bactérias patogênicas isoladas de três espécies de peixes amazônicos,

Arapaima gigas (pirarucu), Colossoma macropomum (tambaqui) e Brycon amazonicus

(matrinxã), utilizando métodos fenotípicos e moleculares.

3.2- Específicos

Determinar o perfil fenotípico dos isolados bacterianos utilizando métodos

microbiológicos convencionais.

Sequenciar a região parcial dos gene 16S para determinação das sequências

nucleotídicas dos isolados bacterianos.

Comparar os resultados das identificações bioquímicas e molecular.

Utilizar os dados obtidos com o sequenciamento em análises que permitam a

identificação, classificação e reconstrução filogenética dos isolados bacterianos.

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4- Material e Métodos

4.1- Coleta

No presente trabalho foram analisados 72 isolados bacterianos de peixes. Estas

amostras estavam armazenadas na Coleção de Culturas de Bactérias Patogênicas de Peixes,

depositada no Centro de Apoio Multidisciplinar - CAM, da Universidade Federal do

Amazonas - UFAM em Manaus e cedidas pela Dra. Andréa Belém Costa. O material coletado

de peixes cultivados em pisciculturas comerciais no estado do Amazonas foi isolado nos anos

de 2006, 2008 e 2009. A cultura das amostras foi feita a partir de fígado, rim e baço dos

animais que apresentavam sinais característicos de bacteriose. Foram analisados 18 isolados

bacterianos de tambaqui (Tabela 01), 26 de matrinxã (Tabela 02) e 28 de pirarucu (Tabela

03).

Tabela 01- Isolados bacterianos de tambaqui.

Isolado PPUFAM* Local Órgão

25 Fazenda Três Irmãos/Manacapuru-Am fígado

26 Fazenda Três Irmãos/Manacapuru-Am Rim

27 Fazenda Três Irmãos/Manacapuru-Am Fígado

28 Fazenda Três Irmãos/Manacapuru-Am Rim

72 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

74 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

228 Setor de Aquicultura do INPA- AM n/d

229 Setor de Aquicultura do INPA- AM n/d

232 Setor de Aquicultura do INPA- AM n/d

233 Setor de Aquicultura do INPA- AM n/d

234 Setor de Aquicultura do INPA- AM n/d

236 Setor de Aquicultura do INPA- AM n/d

238 Setor de Aquicultura do INPA- AM n/d

239 Setor de Aquicultura do INPA- AM n/d

246 Setor de Aquicultura do INPA- AM Fígado

250 Fazenda UFAM/Manaus- AM Fígado

251 Fazenda UFAM/Manaus- AM Fígado

252 Fazenda UFAM/Manaus- AM Rim

*PPUFAM= Patologia de Peixes-Universidade Federal do Amazonas; n/d= não definido.

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Tabela 02- Isolados bacterianos de matrinxã.

Isolado PPUFAM* Local Órgão

255 Fazenda UFAM/Manaus- AM Fígado

256 Fazenda UFAM/Manaus- AM Fígado

258 Fazenda UFAM/Manaus- AM Rim

260 Fazenda UFAM/Manaus- AM Rim

262 Fazenda UFAM/Manaus- AM n/d

263 Fazenda UFAM/Manaus- AM n/d

264 Fazenda UFAM/Manaus- AM n/d

265 Fazenda UFAM/Manaus- AM n/d

266 Fazenda UFAM/Manaus- AM n/d

267 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

268 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

269 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

271 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

272 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

273 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

274 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

275 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

276 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

277 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

278 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

279 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

282 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

284 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

285 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

286 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

288 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM n/d

*PPUFAM= Patologia de Peixes-Universidade Federal do Amazonas; n/d= não definido.

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Tabela 03- Isolados bacterianos de pirarucu.

*PPUFAM= Patologia de Peixes-Universidade Federal do Amazonas; n/d= não definido.

Isolado PPUFAM* Local Órgão

01 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

03 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

05 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

07 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

12 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Rim

13 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

16 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Rim

22 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Rim

34 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Baço

37 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Baço

38 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

40 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Baço

43 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Baço

44 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

45 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Rim

46 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Baço

51 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Rim

52 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Baço

53 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

54 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Rim

55 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Baço

57 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Rim

58 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Baço

59 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

63 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

64 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

70 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

71 Fazenda Águas Claras. Manacapuru-AM Fígado

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4.1- Reativação e purificação de Bactérias

Os isolados bacterianos estavam estocados em palhetas plásticas, contendo caldo de

crescimento, extrato de levedura (Caldo YE) (Costa et al., 1998), suplementado com glicerol

10% mantidos à temperatura de -20º C para preservação das células bacterianas.

A reativação dessas amostras foi realizada por semeadura do material em tubos de

ensaio contendo caldo Nutriente comercial padrão. O material foi deixado para crescimento

em estufa bacteriológica a 30oC durante 24 horas. Para purificação das colônias bacterianas,

após o crescimento, foi feita semeadura por esgotamento em placas de Petri contendo meio

ágar Nutriente e o material foi incubado mantendo-se nas mesmas condições anteriores e

período de crescimento.

4.2- Identificação fenotípica bacteriana

A identificação fenotípica bacteriana presuntiva foi realizada de acordo com o Manual

de Identificação de Bactérias Patogênicas em Peixes (Frericks e Millar, 2003), Manual

Bergey de Sistemática Bacteriológica (Vos et al., 2009), Bacterial fish diseases (Austin e

Austin, 2007) e o V Manual de Microbiologia Clínica para Controle de Infecções de Serviços

de Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Levy, 2004). Foram realizados 20

testes para caracterização dos isolados bacterianos, como descritos a seguir:

4.3- Coloração Gram

Inicialmente às colônias crescidas e purificadas foram submetidas à coloração pelo

método Gram.

Através da coloração de Gram as bactérias podem ser classificadas em dois grandes

grupos, Gram-positivas ou Gram-negativas. Os microrganismos Gram-positivos são aqueles

que retêm o corante cristal violeta devido ao aumento na quantidade de ácido teicóico e a

diminuição da permeabilidade da parede celular aos solventes orgânicos, por conterem menos

lipídeos na parede celular. A parede celular de bactérias Gram-negativas possui grande

quantidade de lipídeos (Althertum, 2008; Martinez e Tadei, 2008), que aumenta a

permeabilidade aos solventes orgânicos permitindo a descoloração. Perdem, portanto, o cristal

violeta, corando-se com o corante de fundo, safranina ou fucsina (Martinez e Tadei, 2008).

Para realização do método Gram foi adicionada uma gota de 10µL de água deionizada

em lâminas de vidro, com auxílio de uma alça bacteriológica foi retirada uma colônia

bacteriana de culturas crescidas em placa de Petri e em seguida cada colônia foi friccionada

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para homogeneização sobre uma lâmina com água. Posteriormente foi feita a fixação por

aquecimento do material em bico de Bunsen.

Após a fixação do material em lâmina foi feito o procedimento de coloração de Gram,

inicialmente cada lâmina foi coberta por 1 minuto com o reagente cristal violeta de genciana

sendo imersas rapidamente em água corrente, na segunda etapa do processo as lâminas foram

novamente cobertas por 1 minuto com o reagente lugol, o qual foi removido adicionando

sobre a lâmina um descolorante de solução álcool-acetona por aproximadamente 15 segundo

seguido de lavagens em água corrente. Após o processo de descoloração, foi adicionada

solução de fuccina sobre as lâminas durante 30 segundos, novamente as lâminas foram

lavadas em água corrente e deixadas para secar em posição vertical em temperatura ambiente.

Após secas as lâminas foram visualizadas em microscópio óptico.

4.4- Teste KOH

Além do teste de Gram para verificação de características bacterianas também é

utilizado o teste KOH para confirmação do método Gram, de acordo com a metodologia de

Buck (1982). Esse método foi feito adicionando 10µL de KOH 40% em lâmina com uma

colônia bacteriana.

O resultado positivo para KOH foi visualizado quando ocorreu formação de

viscosidade na colônia com as gotículas de KOH, assim o resultado é confirmado Gram-

negativo, quando não verificada a viscosidade o resultado é Gram-positivo.

4.5- Teste de catalase e oxidase

O teste de catalase é verificado observando a reação da enzima catalase, que

decompõe o peróxido de hidrogênio (H2O2) em oxigênio e água. Excluindo o gênero

Streptococcus, a maioria das bactérias aeróbias e as facultativas possuem essa enzima

(Franzolin, 2008). Para realização deste teste, com auxílio de uma alça de platina foram

coletadas colônias isoladas de culturas bacterianas crescidas em placas de Petri. Em seguida

foi feita fricção do material em lâminas de vidro e sobre o esfregaço foi adicionada uma gota

de peróxido de hidrogênio a 3%, o resultado foi considerado positivo ao ser imediatamente

observado formação de bolhas na reação.

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O teste de oxidase verifica as hemoproteínas que contém ferro e funcionam como a

última molécula na ligação da cadeia respiratória aeróbica, transferindo elétrons (hidrogênio)

ao oxigênio com a formação de água. Esse sistema é encontrado em aeróbios e anaeróbios

facultativos, este teste é importante na identificação de organismos que não possuem a enzima

ou são anaeróbios obrigatórios é útil na identificação de colônias da família

Enterobacteriaceae (todas negativas) e identificação de outros gêneros não fermentadores,

como Aeromonas, Pseudomonas e Pasteurella (positiva) (Franzolin, 2008). Para este

procedimento foi feito um esfregaço de colônias bacterianas em papel filtro com auxílio de

um bastão de vidro e posteriormente foi adicionada uma gota de reagente Kovacs para

verificação da reação de oxidase. Colônias positivas indicam uma coloração rosada neste

teste.

4.6- Teste em meio ágar MacConkey

O meio ágar MacConkey é um meio de cultura seletivo e diferencial, que possibilita

diferenciar bactérias fermentadoras e não fermentadoras de lactose, selecionando também

bacilos Gram-negativos. Pela presença de sais biliares e cristal violeta inibe o crescimento da

maioria das bactérias Gram-positivas, contém vermelho neutro que cora bactérias

fermentadoras de lactose, bactérias não fermentadoras de lactose não são coradas, ficando

transparentes ou incolores no meio (Flournoy et al., 1990). Neste teste células bacterianas

purificadas e crescidas em meio líquido, foram inoculadas em placas de Petri contendo meio

ágar MacConkey, preparado de acordo com as instruções do fabricante, em seguida o material

foi incubado em estufa bacteriológica com temperatura de 30o C por 24 horas.

4.7- Teste em ágar citrato de Simmons

Para o teste bacteriológico em citrato de Simmons, culturas bacterianas foram

repicadas, com o auxílio de alça de platina, para tubos contendo meio ágar citrato de

Simmons. Após a inoculação os tubos foram deixados em estufa bacteriológica durante 24

horas em temperatura de 30oC. Em seguida foi observado se ocorreu crescimento bacteriano.

Como resultado positivo para bactérias que utilizam citrato como única fonte de carbono foi

seguido o protocolo padrão do fabricante, o qual determina que os tubos contendo bactérias

citrato positivo, mudam a coloração normal do meio de verde para a tonalidade azul.

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Bactérias produtoras da enzima citratase conseguem utilizar o citrato como única fonte

de carbono e utilizam o nitrogênio do sal de amônio produzindo amônia, alcalinizando o

meio. O indicador utilizado é o azul de bromotinol, que em pH ácido é amarelo e em pH

alcalino é azul (Franzolin 2008).

4.8- Teste em meio SIM (sulfato/indol/motilidade ágar)

Este teste é utilizado para verificação de motilidade bacteriana, por ser um meio semi-

sólido que permite o crescimento bacteriano no interior do meio, produção de sulfato de

hidrogênio (H2S) e reação de indol. O indol é verificado se a enzima triptofanase liberada

pelas bactérias agir sobre o triptofano contido no meio de cultura. É possível verificar a

reação de indol quando adicionado um reativo (Kovacs ou Ehrlish) ao tubo com o inóculo

bacteriano, o resultado é positivo se visível coloração vermelha no tubo (Franzolin, 2008).

Para verificação destas três importantes características bacterianas foram preparados

meios de cultivo Sim em tubos de ensaio, de acordo com as recomendações do fabricante.

Com a utilização de agulha bacteriológica foi feito inóculo por punção central de colônias

bacterianas crescidas em meio líquido, em seguida esse material foi armazenado em estufa

bacteriológica durante 24 horas com temperatura de 30oC. A produção de H2S foi positiva nos

tubos onde houve a formação de um precipitado de coloração preta e a motilidade bacteriana

foi positiva nos tubos com aspecto turvo, negativa, nos quais foi observado crescimento

bacteriano somente na linha de inoculação. Para a reação de indol, foram adicionadas

vagarosamente cinco gotas do reativo Kovacs sob a parede dos tubos contendo crescimento

bacteriano, os tubos foram então agitados suavemente para observação da reação, para provas

positivas foi observada a formação de um anel vermelho na superfície da cultura nos tubos.

4.9- Teste em meio OF (oxidação e fermentação)

Para verificação de oxidação e fermentação bacteriana, é necessário que a reação possa

ser feita em meio Hugh e Leifson (meio OF), o qual verifica se uma bactéria pode utilizar

determinado carboidrato na forma fermentativa ou oxidativa.

O teste foi feito adicionando-se em meio OF autoclavado a quantidade de 5-10 gramas

de glicose, filtrada em filtros millipore 0,45 µm, posteriormente o meio de cultura foi

distribuído em tubos de ensaio com rosca e deixados secar em fluxo laminar. Utilizando-se

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culturas bacterianas com crescimento de 24 horas em meio sólido, foi realizada a inoculação

do material até o fundo dos tubos com auxílio de agulha bacteriológica.

Para verificação das reações de oxidação e fermentação é necessário que sejam feitas

duplicatas do material. Cada reação é verificada separadamente, nos tubos para verificação de

fermentação foi adicionado óleo mineral sobre a superfície do meio. Em seguida os tubos

foram incubados em estufa bacteriológica durante 48 horas em 30oC. Para as bactérias que

foram positivas na reação de oxidação ocorreu alteração na coloração do meio de cultivo nos

tubos, de verde escuro passou a ser amarelo, e para bactérias fermentativas, os tubos contendo

meio de cultivo com óleo mineral na superfície também mudaram a coloração de verde escuro

para amarelo.

4.10- Teste de Urease

Em 1946, Christensen introduziu um meio que detecta a presença da enzima urease em

espécies bacterianas. Utilizando esse meio é possível determinar a habilidade do

microrganismos em degradar a uréia em duas moléculas de amônia pela ação da enzima

urease, resultando na alcalinização do meio e em conseqüência disto ocorre à mudança da

coloração do meio (Christensen, 1946; Franzolin, 2008). A partir desta reação é possível

verificar a coloração rosa nas colônias crescidas no meio, indicando resultado positivo para

urease.

A preparação do meio ágar urea Christensen se deu através da adição de urea 40% no

meio ágar urea base autoclavado, de acordo com as recomendações do fabricante, o meio foi

distribuído em tubos com rosca, na quantidade de 3mL em cada tubo. Em seguida os tubos

foram inclinados em um suporte dentro de fluxo, aproximadamente com ângulo de 45°, até a

solidificação do meio.

4.11- Produção de gás e fermentação de carboidratos

Para a verificação da produção de gases bacterianos, o método utilizado foi através da

adição de tubos de Durhan invertidos em meio líquido vermelho de fenol. O material foi

autoclavado durante 15 minutos a 121oC. A partir de colônias puras crescidas em 24 horas

foram feitas inoculações nos tubos, utilizando-se alça de platina. A produção de gás foi

evidenciada através das formações de bolhas no interior dos tubos de Durhan invertidos.

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A fermentação de carboidratos é observada através do processo metabólico de

oxidação-redução que ocorre em anaerobiose, e em vez do oxigênio. Um substrato orgânico

serve como aceptor final de hidrogênio. Na reação de fermentação de açúcares, ocorre a

formação de ácidos orgânicos como metabólitos. A produção desses ácidos provoca uma

diminuição do pH do meio. O teste consiste na detecção da acidificação do meio de cultura,

utilizando um indicador de pH, o vermelho fenol, que em pH ácido se torna amarelo. As

bactérias são diferenciadas pelos carboidratos que metabolizam, devido a diferenças de

atividades enzimáticas, e através dos tipos e quantidades de ácidos produzidos (Franzolin,

2008).

Para a caracterização bacteriana na fermentação de carboidratos foram utilizadas seis

diferentes fontes: glicose, arabinose, dulcitol, inositol, rafinose e trealose. O meio de cultivo

utilizado nesta prova bioquímica foi o indicador vermelho de fenol, preparado de acordo com

as especificações do fabricante. Como cada reação é verificada separadamente, foram

preparados seis diferentes reações, adicionando separadamente cada carboidrato no meio de

cultivo vermelho de fenol, na proporção de cinco gramas de carboidrato para cada litro de

meio, após a preparação os tubos foram autoclavados durante 15 minutos a 121oC. As

colônias bacterianas purificadas e crescidas durante 24 horas foram inoculadas em cada tubo

com auxílio da alça de platina, ao término do processo o material foi incubado em estufa

bacteriológica durante 24 horas a 30oC.

4.12- Hemólise bacteriana

Vários patógenos sintetizam proteínas que atuam na membrana citoplasmática das

células animais provocando lise celular, conseqüentemente a morte celular. É fácil detectar a

ação destas toxinas, hemolisinas, com glóbulos vermelhos (eritrócitos e hemácias), esta

verificação de hemólise pode ser observada através do inóculo bacteriano em placa de ágar

sangue. Durante o crescimento das colônias certas quantidades de hemolisina são produzidas

a partir da lise dos eritrócitos próximos, originando assim uma zona clara (halo) típica de

hemólise, de acordo com o tipo de halo formado é possível distinguir os diferentes tipos de

hemólises: alfa hemólise ()- halo de hemólise parcial, observa-se a coloração esverdeada ao

redor das colônias em decorrência da perda massiva de potássio por parte do heritrócitos do

ágar sangue, beta hemólise ()- halo de hemólise completo, observa-se a zona transparente

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formada ao redor das colônias. Bactérias não hemolíticas são denominadas gama hemolíticas

() (Madigan et al., 2004).

A atividade hemolítica foi verificada através da reação bacteriana após inoculação de

colônias no meio ágar sangue. Algumas culturas bacterianas puras, crescidas em meio líquido,

foram semeadas, por esgotamento, em placas contendo meio ágar sangue de carneiro

desfibrinado a 7% (pronto para uso), o material foi incubado durante 24 horas à 30oC. A

leitura da reação foi realizada através da observação do tipo de hemólise visível no meio de

cultura, através da observação da formação de halo ao redor das colônias bacterianas.

4.13- Identificação molecular bacteriana

Para identificação molecular bacteriana foi realizada as etapas de extração de DNA

genômico, amplificação por PCR do gene 16S rRNA, sequenciamento do gene 16S rRNA

dos isolados bacterianos e comparação das sequências obtidas com banco de dados públicos,

realizados como descrito a seguir:

4.14- Extração do DNA genômico bacteriano

A partir das amostras previamente isoladas e identificadas, foi realizada extração de

DNA genômico, utilizando o método de extração por fenol/clorofórmio (Sambrook e Russel,

2001) com algumas modificações. Seguindo o protocolo, células bacterianas foram inoculadas

em 3mL de caldo Luria-Bertani (LB), e deixadas para crescimento, em incubador com

agitação durante 24 horas a 30oC e 150 rpm. Após crescimento celular o material foi

centrifugado a 12.000g durante 2 minutos, para concentração de células em sedimento (esta

etapa foi realizada duas vezes para concentração de 3mL de cultivo).

Para a etapa de lise celular o sedimento foi ressuspendido em 1mL de tampão de

extração (NaCl 100mM; EDTA 50nM; Tris-HCl 50mM com pH 8,0), e centrifugado por

12.000g durante 2 minutos. Em seguida o material foi ressuspendido em 300µL de tampão de

extração, 30 µL de enzima lisozima (10mg/mL), e 10µL de RNAse (10mg/mL), para remoção

de RNAs da reação, incubado durante 10 minutos em temperatura ambiente, foi adicionado 50

µL de Triton X-100 10% e 30µL de NaCl 3M e incubado em banho seco a 60oC por 5

minutos.

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Após a incubação, foi acrescentado 20µL de SDS 10% e 3mL proteinase K

(10mg/mL), para remoção proteica, o material o qual foi homogeneizado e incubado durante

30 minutos a 37oC. Para o procedimento de lavagens das amostras, foi adicionado 450µL de

fenol, visando à desnaturação de proteínas tornando-as insolúveis à fase aquosa, onde se

encontram os ácidos nucleicos. O material foi agitado manualmente por 5 minutos e

centrifugado em 12.000g por 2 minutos. Neste processo formou-se duas fases, sendo que

apenas a fase aquosa foi recuperada onde foi adicionado 450µL de clorofórmio, para remoção

de resíduos fenólicos, e novamente centrifugado por 12.000g por 2 minutos. A fase aquosa

formada na lavagem com clorofórmio foi recuperada para a etapa de precipitação do DNA, na

qual foi adicionada 30µL de NaCl 3M e vagarosamente 1mL de etanol absoluto a -20oC,

novamente centrifugado a 12.000g durante 2 minutos. O precipitado foi hidratado com 1mL

de etanol 70%, novamente centrifugado nas mesmas condições anteriores e foi deixado em

repouso em fluxo laminar para secagem final por aproximadamente 15 minutos. Após

secagem, foi ressuspendido com 100µL de tampão TE (Tris-HCl 10mM pH 7.5; EDTA

1mM), incubado a 56 oC por 15 minutos e logo em seguida armazenado por 24 horas a -20

oC.

Para visualização do DNA foi feita eletroforese em gel de agarose 0,8% em seguida o gel foi

corado com brometo de etídio (0,5µg/mL).

4.15- Reação em cadeia de polimerase (PCR) para amplificação do gene 16S rRNA

Para amplificação do gene 16S rRNA, foram utilizados os oligonucleotídeos

iniciadores: 530 F (5ʹ-TGA CTG ACT GAG TGC CAG CMG CCG CGG -3´ e 1492R (5´-

TGA CTG ACT GAG AGC TCT ACC TTG TTA CGM YTT-3´) recomendados por

Borneman e Triplett (1997), e destacados esquematicamente na figura 01 para visualização

das regiões aproximadas de anelamento dos iniciadores. A reação de PCR foi feita com

volume de 25µL (dNTPs de 2,5mM; tampão 10x com MgCl2; iniciadores (5pmoles/µL, Taq

DNA polimerase 5U/µL) e DNA bacteriano na concentração entre (10-30ng). O sistema de

amplificação foi realizado em aparelho termociclador Biocycle, com perfil de desnaturação a

95oC por 2 minutos, seguido por 35 ciclos com desnaturação do template a 95

oC por 1:40

segundos; anelamento dos iniciadores a 58oC por 40segundos e extensão a 72

oC por 2

minutos, seguido de extensão final de 72 o

C por 5 minutos. Após a reação de amplificação, as

amostras foram submetidas à eletroforese em gel de agarose 0,8% (por aproximadamente 40

min.), coradas com 0,5 μg/ mL de brometo de etídeo e fotografadas sob luz UV em

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fotodocumentador (Bio Agency 302 nm UV) para verificação dos fragmentos 16S rRNA

amplificados, tamanho e concentração aproximada.

Figura 01- Esquema da localização aproximada do anelamento dos iniciadores 530F e 1492R (Borneman e

Triplett 1997), de acordo com o tamanho do gene 16S rRNA (Clarridge, 2004). V3-V9: regiões conservadas de

anelamento dos iniciadores.

4.16- Purificação das amostras

Os fragmentos de DNA amplificados na reação de PCR, foram purificados utilizando

kit GFX PCR DNA Kit (GE HealthCare), de acordo com as recomendações do fabricante.

Foram utilizados para purificação 50 µL de produto de PCR e, ao final da purificação o

precipitado foi ressuspendido em 20 μL de água. O material obtido neste experimento foi

utilizado na reação de sequenciamento.

4.17- Sequenciamento e análise das sequências

Na reação de sequenciamento foram utilizados 2 μL de DNA purificado (50ng), em

seguida para preparação do master mix da reação, adicionou-se 2μL de cada oligonucleotídeo

iniciador, 2 μL de tampão 5X (Tris-HCl 1M; MgCl2 1M) e 0,3μL de ABI BigDye (do kit de

reação BigDye Terminator Cycle Sequencing Applied Biosystems). O volume final da

reação de seqüenciamento foi de 10μL. A reação de sequenciamento foi realizada em

termociclador (Applied Biosystems, 96 Well) com o seguinte perfil de temperatura: 25 ciclos

de desnaturação a 96oC por 10 segundos; anelamento a 50

oC por 15 segundos e extensão a

60 oC por 1:20 segundos.

Após a reação de sequenciamento foi feita a precipitação dos produtos seguindo o

protocolo de etanol/EDTA, adicionando-se sobre este 32,5 μL de mix Etanol/EDTA (2.5 μL

EDTA 125mM; 30μL de Etanol 100%), em seguida o material foi agitado gentilmente por

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inversão e centrifugado durante 25 minutos em 2500 rcf a 4oC, em seguida foi secado para

retirada do etanol e posteriormente foi adicionado 30μL de etanol 70%, novamente o material

foi centrifugado por 15 minutos em 1450 rcf a 4oC em seguida foi deixado em estufa para

incubação de 15 minutos a 37oC após a incubação foi ressuspendido em 10 μL de formamida

e foi gentimente vortexado, em seguida o DNA foi desnaturado em termociclador a 95oC

durante 1 minuto. Ao final as amostras foram submetidas à eletroforese capilar em

seqüenciador (ABI 3130- Applied Byosistems DNA sequence).

4.18- Análises por Bioinformática

As sequências obtidas na reação de sequenciamento (Anexo) foram trimadas, para

atribuição de qualidade, utilizando o programa PHRED disponível no endereço

(http://helix.biomol.unb.br/phph/index.html). O consenso das sequências 5´-3´ de cada

isolado bacteriano foi feito utilizando a ferramenta CAP3, este programa realiza a montagem

de sequência contíguas a partir dos arquivos.fasta.screen., está disponível no programa

Bioedit 7.0.5. Após a obtenção do consenso das seqências foi feita uma busca comparativa

com no banco de genomas bacterianos depositados no “GeneBank” utilizando a ferramenta

BLASTn do “National Center for Biotecnology Information”(NCBI) e também foram

comparadas com o banco de dados do “Ribossomal Database Project”(RDP).

Para avaliar a proximidade dos isolados deste trabalho com outros grupos bacterianos,

foi feito um alinhamento em conjunto das sequências dos isolados obtidos juntamente com

sequências de estirpes de referência obtidas no site RDP. O alinhamento destas sequências foi

realizado utilizando o programa BioEdit 7.0.5.3 (Hall, 1999) através da ferramenta ClustalW.

4.19- Análises filogenéticas das sequências

Inicialmente as sequências alinhadas foram utilizadas para as análises filogenéticas. A

árvore filogenética dos isolados bacterianos foi montada através do programa Mega 5.05

(Tamura et al. 2011), utilizando-se o método de distância Neighbor-joining, o qual gera uma

árvore a partir de matrizes de distâncias, agrupando sequências vizinhas, este é um método

próprio para avaliar grandes quantidades de dados, e as montagens de árvores são

relativamente precisas em comparações com outros métodos heurísticos de agrupamentos, e é

mais robusto contra pequenos erros na matriz de distância entre as sequências (Hoyle e Higgs,

2003). Para a análise dos dados obtidos foi utilizado o modelo de substituição nucleotídica

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41

Jukes-Cantor, o qual gera uma matriz de distância com o número de diferenças entre os pares

de sequências alinhadas.

O teste de confiaça da topologia da ávore foi com um mínimo de 500 amostras

bootstrap. Este é um método estatístico para estimar limites de confiança em análises

filogenéticas, o qual basea-se na construção de subamostras a partir de uma amostra inicial da

população calculando-se as estatísticas, o programa de inicialização gera inumeras copias da

amostra original para criar uma pseudopopulação, o que gera várias árvores-réplicas, após

gerar todas as réplicas a árvore consenso final é obtida. Os valores presente na árvore indicam

a topologia de consenso das árvores-réplicas (Hillis e Bull, 2003).

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42

5- Resultados

5.1- Caracterização fenotípica bacteriana

Todos os isolados estudados foram classificados de acordo com a morfologia celular e

as características bioquímicas apresentadas. As características celulares de cada isolado foram

observadas após a coloração pelo método Gram de colônias bacterianas com crescimento de

24/48horas, esse método também foi confirmado pelo teste de KOH das colônias.

5.2- Coloração Gram e teste KOH

Para visualização da morfologia bacteriana foi realizada a técnica de coloração de

Gram (Figura). Foram analisadas no total 72 amostras bacterianas, sendo identificados: 41

bacilos Gram-negativos, 23 bacilos Gram-positivos e 7 cocos Gram-positivos, na (Tabela 04)

são mostrados os resultados do teste Gram para cada isolado bacteriano. A reação de KOH

confirmou a reação de Gram para todas as amostras estudas.

Figura 02: Método de coloração de Gram. Fotos: Eliane Carvalho

Tabela 04- Resultado do teste Gram para cada isolado bacteriano

Isolados bacterianos Bacilos Gram

positivo

Bacilos Gram

negativos

Cocos Gram

positivos

Total de amostras

bacterianas

Pirarucu 13 12 3 28

Tambaqui 7 9 2 18

Matrinxã 3 20 3 26

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43

5.3- Testes bioquímicos

Foram realizados 19 testes para os 72 isolados bacterianos, os resultados obtidos nas

provas bioquímicas estão caracterizados nas (Tabelas 05; 06 e 07), em duas amostras de

bacilos Gram-positivos foi realizado o teste de reação de hemólise, para confirmação

fenotípica das espécies bacterianas. Através das caracterizações bioquímicas dos isolados

foram identificadas espécies pertencentes a sete famílias bacterianas.

Da família Enterobacteriacea foram encontrados 31 isolados (43%), sendo

identificados: 7 (10%) em tambaqui; 19 (26%) em matrinxã e 5 (7%) em pirarucu. Os

gêneros e as espécies bacterianas encontradas foram: Citrobacter sp. (4), Enterobacter sp. (7),

Escherichia coli (1), Hafnia alvei (1), Plesiomonas shigelloides (2), Salmonella sp. (5) e

Shigella sp. (1). Desta família não foi possível à identificação em (10) isolados PPUFAM

239; PPUFAM 255; PPUFAM 256; PPUFAM 264; PPUFAM267; PPUFAM 268; PPUFAM

269; PUFAM 271; PPUFAM 272; PPUFAM 276.

Os isolados identificados como bacilos Gram positivos foram caracterizados como

pertencentes à família Bacillaceae sendo identificados 23 (32%) isolados de Bacillus sp.

Pertencente à família Flavobacteriaceae foi obtido apenas 1 (2%) isolado, não sendo

possível a identificação do gênero. Compondo à família Moraxellaceae, foram identificados 3

(4%) isolados de Acinetobacter sp.

Da família Vibrionaceae foram identificadas 5 (7%) espécies do gênero Aeromonas.

No grupo de cocos Gram-positivos foram identificadas duas famílias,

Staphylococcaceae e Streptococcaceae, com 6 (8%) isolados de Staphylococcus spp. e 3 (4%)

isolados de Streptococcus spp, respectivamente.

Na determinação da identidade fenotípica dos isolados bacterianos foram identificadas

6 espécies bacterianas, 11 gêneros e sete famílias, as espécies foram: Acinetobacter sp.,

Bacillus cereus, E. coli, Hafnia alvei, Plesiomonas shigelloides, Salmonella sp.

Nos isolados bacterianos identificados como PPUFAM 54 e PPUFAM 63 foi realizado

o teste de hemólise em meio de cultivo ágar sangue, no qual foi evidenciada hemólise do tipo

beta () (Figura 03). Esta característica juntamente com as com as reações observadas nos 19

testes bioquímicos realizados foi possível caracterizar estes isolados pertencentes à espécie

Bacillus cereus.

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Figura 03- Beta () hemólise em isolados PPUFAM 54 (a) e PPUFAM 63(b).

Placas em ágar sangue de carneiro desfibrinado a 7%. Fotos: Eliane Carvalho

Tabela 05- Testes bioquímicos realizados em isolados bacterianos de tambaqui.

TESTES

ISOLADOS BACTERIANOS DE TAMBAQUI- PPUFAM

25 26 27 28 72 74 228 229 232 233 234 236 238 239 246 250 251 252

forma celular B B B B B B B B B B B B B B B C C B

col. Gram + - + - + - + + - + + - + - - + + -

teste KOH - + - + - + - + + - - + - + + - - +

oxidase - - - - + - + - - - - - - - - - - +

catalase + + + + + + + + + + + + + + + - - +

oxidação - + - + - + - + + - - + - + + + - +

fermentação - + - + - + - + + - - + - + - - - +

motilidade - + - + - + - + + - + + - + - - - +

H2S - - - + - + - + + - - + - - - - - -

indol - - - - - - - - - - - - - - - - - +

Gás - - - + - + - + + - - + - - - - - -

glucose - + - + + + + + + + - + + + - + + +

urease + - - - + + + - + + - + - - - - + +

lactose - +R - + - +R - +R +R - - +R - + - - - +

citrato - - - + - + - + + - - + - - - - - -

arabinose - + - + - + - + + - + + - - - - - +

dulcitol + + + + + + - + + - + + - + - - - +

inositol - + + + - + - + + - + + - + - - - +

rafinose - + - + + + - + + - - + - + - + - +

trealose - + - + - + - + + - + + - + - + - +

espécies B

aci

llu

s sp

p.

En

tero

ba

cter

spp.

Sta

phyl

oco

c

cus

spp

Salm

on

ella

spp.

Sta

phyl

oco

cc

us

spp.

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roba

cter

spp.

Ba

cill

us

spp.

Ba

cill

us

spp.

Cit

roba

cter

spp.

Ba

cill

us

spp.

Ba

cill

us

spp.

Cit

roba

cter

spp.

Ba

cill

us

spp.

En

tero

ba

cter

i

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Aci

net

oba

cter

spp.

Str

epto

cocc

us

spp.

Str

epto

cocc

us

spp.

Ple

sio

mon

as

shig

ello

ides

+R= Lactose positiva é observada devido coloração rosa em meio MacConkey. B=bacilo; C= coco

a b

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Tabela 06- Testes bioquímicos realizados em isolados bacterianos de matrinxã.

TESTES

ISOLADOS BACTERIANOS DE MATRINXÃ- PPUFAM

255 256 258 260 262 263 264 265 266 267 268 269 271 272 273 274 275 276 277 278 279 282 284 285 286 288

forma celular B B B C B B B C B B B B B B B B B B B B B B B B C B

col. Gram - - - + - - - + - - - - - - - - - - - - - + - + + -

teste KOH + + + - + + + - + + + + + + + + + + + + + - + - - +

oxidase - - - - - - - - + + - - - - - - - - - - - - - - - -

catalase + + + + + + + + + + + - + + + + + + + + + + + + + +

oxidação + + - - - - + + + + + + - + + + + + + + + - + - + +

fermentação + + + + - - + + + + - - + + + + + + + + + + + - + +

motilidade + + - - - - + - + + + + + + + + + - + - + - + + - +

H2S - - - - - - - - - - + - + - - - + - + + + - - - - -

indol - - - - - - - - + - + - - - - - - - - - - - - - - +

gás + + - + - + + + - - + + + + + - + + + + - - + - - +

glucose + + + + + + + + + + + + + + + - + + + + + - + - - +

urease + - - - - + + + + - + + - + - + - + - - + + + + + -

lactose + + + - - - + - + + - + + + +R +R + +R + + +R - +R - - +R

citrato - + - - - - + - - - - - - + + + - + + + + - - - - +

arabinose - - - - - + + - - - + - + + + + + + + + + - + + + +

dulcitol - - - - - - + - - - + - + + + + + + + + + - + + + +

inositol - + - - - + + - + + + - + + + + + + + + + - + + + +

rafinose - + - - - + + - - - - - + - + + + + + - + - + + - +

trealose - - - - - - - - - - - - - - + + - + - - - - + + + -

espécies

Ed

wa

rdsi

ella

tard

a

Ed

wa

rdsi

ella

tard

a

Shig

ella

sp

p.

Aci

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oba

cter

spp.

Aci

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spp.

Aci

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.

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shig

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En

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bac

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roba

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spp.

En

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spp.

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spp.

Salm

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ella

spp.

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bsi

ella

spp.

Salm

on

ella

spp.

Salm

on

ella

spp.

Cit

roba

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spp.

Ba

cill

us

spp.

En

tero

ba

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spp.

Ba

cill

us

spp.

Sta

phyl

oco

c

cus

spp

.

Sta

phyl

oco

c

cus

spp

.

+R= Lactose positiva é observada devido coloração rosa em meio MacConkey. B=bacilo; C= coco

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Tabela 07- Testes bioquímicos realizados em isolados bacterianos de pirarucu.

TESTES ISOLADOS BACTERIANOS DE PIRARUCU- PPUFAM

01 03 05 07 12 13 16 22 34 37 38 40 43 44 45 46 51 52 53 54 55 57 58 59 63 64 70 71

forma celular B B B B B B B B B B B B B B B B B C B B C B B B B B C C

Col. Gram - - - - - - - + - + + + + + - - + + + + + - + + + + + +

teste KOH + + + + + + + - + - - - - - + + - - - - - + - - - - - -

oxidase + + + + + - - - - + + + + - - - - - + + - + - - - - - +

catalase + + + + + + + + + + + + - - + + + - + + + + + + + + + +

oxidação + + + + + + + - + - + + + + + + - + + - + + + - - - + +

fermentação + + + + + + + - + - - - + + + + + + + - + - + - - - + +

motilidade + + + + + + + - + - - + + - + + + + - - - - - - + + - -

H2S - + - - - - - - - - - - - - - + - - - - - - - - - - - -

indol + + + + + - + - + - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

gás + + + + + + + - + - - + - - - + - - - - - - - - - - - -

glicose + + + + + + + + + - - + - + + + + + + + + + + + + + + +

urease + - + + + + + + - + + + - - - - - - + + + + + + + + - +

lactose +R +R +R +R +R +R +R - + +R - - - +R + + - - - - - + + - - - - -

citrato - + + + - + + + - + + - - - - + + + + + + + - - - + - -

arabinose + + + + + + + + + - - + + + + + - + + + - - + + + + - -

dulcitol + + + + + - + - + - - + - + + + + - + + + + + + + + + -

inositol - - + + - + + - + - - - + + - + + + + + + + + - + + + -

rafinose + + + + + + + - + - - + + + + + + + + + + - + + + + + -

trealose + + + + + + + + + + - + + + + + + + - + + + + - + + + +

espécie

Aer

om

on

as

spp.

Aer

om

on

as

spp.

Aer

om

on

as

spp.

Aer

om

on

as

spp.

Aer

om

on

as

spp.

En

tero

ba

cter

spp.

En

tero

ba

cter

spp.

Ba

cill

us

spp.

Esc

her

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coli

Ba

cill

us

spp.

Ba

cill

us

spp.

Ba

cill

us

spp.

Ba

cill

us

spp.

Ba

cill

us

spp.

Ha

fnia

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Salm

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ella

spp.

Ba

cill

us

spp.

Str

epto

cocc

us

spp.

Ba

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us

spp.

Ba

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us

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Sta

phyl

oco

c

cu s

pp

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Fla

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Ba

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spp.

Ba

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Ba

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us

spp.

Sta

phyl

oco

c

cus

spp

.

Sta

phyl

oco

c

cus

spp

.

+R= Lactose positiva é observada devido coloração rosa em meio MacConkey. B=bacilo; C= coco

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47

5.4- Extração de DNA genômico e amplificação do 16S rRNA

A extração de DNA para as amostras foi realizada via fenol/ clorofórmio como

descrito no item 3.15, as amostras foram visualizadas em gel de agarose 0,8% e coradas com

brometo de etídio (Figura 04). Para comparação na identificação dos fragmentos de DNA

extraídos foi utilizado marcador de peso molecular lâmbida (λ).

Figura 04- Foto da extração de DNA genômico bacteriano em gel de agarose 0,8%.

(M)- Marcador de peso molecular lâmbida (λ). Foto: Eliane Carvalho

O DNA genômico bacteriano extraído foi amplificado por PCR para amplificação do

gene 16S rRNA, o fragmento molecular de 1000pb (pares de bases) (Figura 05) foi

comparado com marcador de peso molecular Ladder de 1Kb (Promega). Após, as amostras

foram purificadas e utilizadas na a reação de sequenciamento.

Figura 05- Foto da amplificação do gene 16S rRNA por PCR em gel de agarose 0,8%.

Marcador molecular (M) Ladder de 1Kb (Promega).( C-) controle negativo da reação.

Foto: Eliane Carvalho.

1000pb

1000pb

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48

5.5- Identificação molecular das bactérias

A partir de 28 isolados de pirarucu, 17 isolados de tambaqui e 26 isolados de matrinxã

foram identificadas 35 espécies bacterianas (das quais 11 ainda não foram descritas)

representativas de 18 gêneros e nove famílias (Quadro 01 e 02, Tabela 08). A taxonomia

molecular bacteriana foi realizada nos 72 isolados do Banco de Bactérias Patogênicas em

Peixes – UFAM. O parâmetro de decisão para proceder com a identificação molecular

derivou do alinhamento comparativo entre espécies obtidos no BLAST e no RDP assumindo-

se o percentual de confiança para identidade bacteriana (ID) a partir de 97% (Tabela 08).

Na identificação molecular foi possível caracterizar nove famílias bacterianas:

Bacillaceae; Enterobacteriaceae; Enterococcaceae; Flavobacteriaceae, Microbacteriaceae,

Moraxellaceae, Paenibacillaceae; Staphylococcaceae e Streptococcaceae (Figura 06).

Bacillaceae foi a mais representativa dentre todas as famílias, uma vez que foram

identificadas 13 espécies correspondendo a 37,14% do total. Em matrinxã ocorreram duas

espécies não descritas de Bacillus (Bacillus sp.1 e Bacillus sp.2). Em pirarucu ocorreram oito

espécies (Bacillus cereus, Bacillus sp.3, Bacillus sp.4, Bacillus sp.5, Bacillus sp.6, Bacillus

sp.7, Bacillus sp.8 e Lysinibacillus fusiformes). Em tambaqui foram encontradas quatro

espécies (B. aquimaris, B. pumillus, Bacillus sp.9, Lysinibacillus fusiformes).

Pertecentes à família Enterobacteriaceae foram identificadas 12 espécies,

correspondendo 34,29% do total. Em pirarucu ocorreram cinco espécies (Enterobacter

aerogenes, Escherichia coli, Hafnia alvei, Kluyvera georgiana e Pantoea sp.). Em tambaqui

foram encontradas cinco espécies (Citrobacter sp.1, Edwardsiella tarda, Enterobacter

asburiae, Plesiomonas shigelloides e Salmonella sp. enterica). Em matrinxã sete espécies

(Edwardsiella tarda, Enterobacter asburiae, Enterobacter sp.1, Klebsiella pneumoniae; K.

georgiana, Plesiomonas shigelloides e Salmonella enterica).

Compondo a família Staphylococcaceae foram identificadas três espécies,

correspondendo a 8,57% do total. Em pirarucu foram encontrados Staphylococcus

saprophyticus e S. aureus. Em matrinxã, S. pasteuri e S. saprophyticus.

Na família Streptococcaceae foram identificadas duas espécies, correspondendo à

5,71% do total, onde Lactococcus garviae foi encontrada em tambaqui e L. lactis em

pirarucu.

As famílias Enterococacceae, Flavobacteriaceae, Microbacteriaceae, Moraxellaceae,

Paenibacillaceae foram as menos representativas, correspondendo a 2,86% do total,

respectivamente. Em cada uma dessas famílias foi identificada apenas uma espécie

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(Enterococcus raffinosus, Myroides odoratimus, Microbacterium terrae, Acinetobacter

calcoaceticus e Paenibacillus sp., respectivamente).

Figura 06- Representação das famílias com base nas espécies bacterianas identificadas

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Quadro 01- Espécies identificadas nos isolados de pirarucu, tambaqui e matrinxã. O

número entre parênteses corresponde ao total de isolados encontrados.

Espécies isoladas

de pirarucu

Espécies isoladas

de tambaqui

Espécies isoladas

de matrinxã

Bacillus cereus

Bacillus sp. 3

Bacillus sp. 4

Bacillus sp. 5

Bacillus sp. 6

Bacillus sp. 7

Bacillus sp. 8

Enterobacter aerogenes (2)

Enterococcus raffinosus.

Escherichia coli

Hafnia alvei

Kluyvera georgiana (5)

Lactococcus lactis

Lysinibacillus fusiformes (4)

Microbacterium terrae

Myroides odoratimus

Pantoea sp.

Staphylococcus aureus

Staphylococcus saprophyticus (2)

Acinetobacter calcoaceticus

B. pumillus

Bacillus aquimaris

Bacillus sp.9

Citrobacter sp. (3)

Edwardsiella tarda

Enterobacter asburiae

Lactococcus garviae (2)

Lysinibacillus fusiformis (3)

Microbacterium terrae

Paenibacillus sp.

Plesiomonas shigelloides

Salmonella entérica

Acinetobacter calcoaceticus (2)

Bacillus sp. 1

Bacillus sp. 2

Edwardsiella tarda (8)

Enterobacter asburiae (2)

Enterobacter sp. 1

Klebsiella pneumoniae (2)

Kluyvera georgiana (2)

Plesiomonas shigelloides

S. saprophyticus

Salmonella enterica (3)

Staphylococcus pausteuri (2)

Quadro 2- Espécies bacterianas identificadas nos isolados PPUFAM. O número entre

parênteses corresponde ao total de isolados encontrados.

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Acinetobacter calcoaceticus (3)

B. pumillus

Bacillus aquimaris

Bacillus cereus

Bacillus sp. 1

Bacillus sp.2

Bacillus sp.3

Bacillus sp.4

Bacillus sp.5

Bacillus sp.6

Bacillus sp.7

Bacillus sp.8

Bacillus sp. 9

Citrobacter sp. 1 (3)

Edwardsiella tarda (9)

Enterobacter aerogenes (2)

Enterobacter asburiae (3)

Enterobacter sp.1

Enterococcus raffinosus

Escherichia coli

Hafnia alvei

Klebsiella pneumoniae (2)

Kluyvera georgiana (7)

Lactococcus garviae (2)

Lactococcus lactis

Lysinibacillus fusiformis (7)

Microbacterium terrae (2)

Myroides odoratimus

Paenibacillus sp.

Pantoea agglomerans

Plesiomonas shigelloides (2)

Salmonella entérica (4)

Staphylococcus aureus

Staphylococcus pausteuri (2)

Staphylococcus saprophyticus (3)

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Tabela 08- Taxonomia molecular dos isolados PPUFAM.

ORIGEM ISOLADOS FAMÍLIA GÊNERO ESPÉCIE % de cobertura % de ID

Tambaqui PPUFAM 238 Bacillaceae Bacillus Bacillus aquimaris 97 99

Pirarucu PPUFAM 51 Bacillaceae Bacillus Bacillus cereus 97 97

Tambaqui PPUFAM 27 Bacillaceae Bacillus Bacillus pumilus 97 98

Matrinxã PPUFAM 282 Bacillaceae Bacillus Bacillus sp. 1 97 98

Matrinxã PPUFAM 285 Bacillaceae Bacillus Bacillus sp. 2 99 95

Pirarucu PPUFAM 43 Bacillaceae Bacillus Bacillus sp. 3 97 98

Pirarucu PPUFAM 54 Bacillaceae Bacillus Bacillus sp. 4 99 89

Pirarucu PPUFAM 58 Bacillaceae Bacillus Bacillus sp. 5 98 91

Pirarucu PPUFAM 59 Bacillaceae Bacillus Bacillus sp. 6 99 88

Pirarucu PPUFAM 63 Bacillaceae Bacillus Bacillus sp. 7 99 90

Pirarucu PPUFAM 64 Bacillaceae Bacillus Bacillus sp. 8 98 87

Tambaqui PPUFAM 233 Bacillaceae Bacillus Bacillus sp. 9 97 87

Pirarucu PPUFAM 37 Bacillaceae Lysinibacillus Lysinibacillus fusiformes 97 97

Pirarucu PPUFAM 38 Bacillaceae Lysinibacillus Lysinibacillus fusiformes 97 97

Tambaqui PPUFAM 228 Bacillaceae Lysinibacillus Lysinibacillus fusiformes 98 97

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Tambaqui PPUFAM 25 Bacillaceae Lysinibacillus Lysinibacillus fusiformis 99 98

Tambaqui PPUFAM 72 Bacillaceae Lysinibacillus Lysinibacillus fusiformis 98 98

Pirarucu PPUFAM 40 Bacillaceae Lysinibacillus Lysinibacillus fusiformis 100 98

Pirarucu PPUFAM 53 Bacillaceae Lysinibacillus Lysinibacillus fusiformis 98 99

Tambaqui PPUFAM 74 Enterobacteriaceae Citrobacter Citrobacter sp.1 97 99

Tambaqui PPUFAM 232 Enterobacteriaceae Citrobacter Citrobacter sp.1 99 95

Tambaqui PPUFAM 236 Enterobacteriaceae Citrobacter Citrobacter sp.1 98 91

Matrinxã PPUFAM 269 Enterobacteriaceae Edwardsiella Edwardisiella tarda 95 97

Matrinxã PPUFAM 267 Enterobacteriaceae Edwardsiella Edwardsiella tarda 99 98

Matrinxã PPUFAM 255 Enterobacteriaceae Edwardsiella Edwardsiella tarda 94 99

Matrinxã PPUFAM 256 Enterobacteriaceae Edwardsiella Edwardsiella tarda 97 99

Matrinxã PPUFAM 258 Enterobacteriaceae Edwardsiella Edwardsiella tarda 97 99

Matrinxã PPUFAM 268 Enterobacteriaceae Edwardsiella Edwardsiella tarda 100 99

Matrinxã PPUFAM 272 Enterobacteriaceae Edwardsiella Edwardsiella tarda 98 98

Matrinxã PPUFAM 271 Enterobacteriaceae Edwardsiella Edwardsiella tarda 98 98

Tambaqui PPUFAM 239 Enterobacteriaceae Edwardsiella Edwardsiella tarda 97 99

Tambaqui PPUFAM 26 Enterobacteriaceae Enterobacter Enterobacter asburiae 98 98

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54

Matrinxã PPUFAM 274 Enterobacteriaceae Enterobacter Enterobacter sp.1 98 99

Matrinxã PPUFAM 284 Enterobacteriaceae Enterobacter Enterobacter asburiae 98 98

Matrinxã PPUFAM 288 Enterobacteriaceae Enterobacter Enterobacter asburiae 97 97

Pirarucu PPUFAM 13 Enterobacteriaceae Enterobacter Enterobacter aerogenes 99 97

Pirarucu PPUFAM 16 Enterobacteriaceae Enterobacter Enterobacter aerogenes 99 96

Pirarucu PPUFAM 34 Enterobacteriaceae Escherichia Escherichia coli 97 98

Pirarucu PPUFAM 45 Enterobacteriaceae Hafnia Hafnia alvei 98 98

Matrinxã PPUFAM 276 Enterobacteriaceae Klebsiella Klebsiella pneumoniae 98 97

Matrinxã PPUFAM 279 Enterobacteriaceae Klebsiella Klebsiella pneumoniae 95 97

Matrinxã PPUFAM 273 Enterobacteriaceae Kluyvera Kluyvera georgiana 98 98

Pirarucu PPUFAM 01 Enterobacteriaceae Kluyvera Kluyvera georgiana 97 98

Pirarucu PPUFAM 05 Enterobacteriaceae Kluyvera Kluyvera georgiana 97 99

Matrinxã PPUFAM 264 Enterobacteriaceae Kluyvera Kluyvera georgiana 97 98

Pirarucu PPUFAM 03 Enterobacteriaceae Kluyvera Kluyvera georgiana 99 93

Pirarucu PPUFAM 07 Enterobacteriaceae Kluyvera Kluyvera georgiana 97 95

Pirarucu PPUFAM 12 Enterobacteriaceae Kluyvera Kluyvera georgiana 96 95

Pirarucu PPUFAM 46 Enterobacteriaceae Pantoea Pantoea agglomerans 94 93

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Matrinxã PPUFAM 266 Enterobacteriaceae Plesiomonas Plesiomonas shigelloides 98 98

Tambaqui PPUFAM 252 Enterobacteriaceae Plesiomonas Plesiomonas shigelloides 99 97

Matrinxã PPUFAM 275 Enterobacteriaceae Salmonella Salmonella entérica 98 99

Matrinxã PPUFAM 277 Enterobacteriaceae Salmonella Salmonella entérica 99 99

Matrinxã PPUFAM 278 Enterobacteriaceae Salmonella Salmonella entérica 96 99

Tambaqui PPUFAM 28 Enterobacteriaceae Salmonella Salmonella entérica 98 99

Pirarucu PPUFAM 44 Enterococcaceae Enterococcus Enterococcus raffinosus 98 97

Pirarucu PPUFAM 57 Flavobacteriaceae Myroides Myroides odoratimus 97 97

Pirarucu PPUFAM 22 Microbacteriaceae Microbacterium Microbacterium terrae 97 97

Tambaqui PPUFAM 229 Microbacteriaceae Microbacterium Microbacterium terrae 99 97

Matrinxã PPUFAM 263 Moraxellaceae Acinetobacter Acinetobacter calcoaceticus 98 97

Tambaqui PPUFAM 246 Moraxellaceae Acinetobacter Acinetobacter calcoaceticus 98 98

Matrinxã PPUFAM 262 Moraxellaceae Acinetobacter Acinetobacter calcoaceticus. 98 98

Tambaqui PPUFAM 234 Paenibacillaceae Paenibacillus Paenibacillus sp. 98 99

Matrinxã PPUFAM 286 Staphylococcaceae Staphylococcus Staphylococcus pasteuri 100 99

Matrinxã PPUFAM 265 Staphylococcaceae Staphylococcus Staphylococcus saprophyticus 100 99

Pirarucu PPUFAM 55 Staphylococcaceae Staphylococcus Staphylococcus saprophyticus 97 99

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56

Pirarucu PPUFAM 70 Staphylococcaceae Staphylococcus Staphylococcus saprophyticus 99 98

Matrinxã PPUFAM 260 Staphylococcaceae Staphylococcus Staphylococcus pasteuri 98 98

Pirarucu PPUFAM 71 Staphylococcaceae Staphylococcus Staphylococcus aureus 99 97

Tambaqui PPUFAM 250 Streptococcaceae Lactococcus Lactococcus garvieae 99 98

Tambaqui PPUFAM 251 Streptococcaceae Lactococcus Lactococcus garvieae 97 98

Pirarucu PPUFAM 52 Streptococcaceae Lactococcus Lactococcus lactis 97 98

% de cobertura- valor percentual da cobertura de consulta de sequências no banco de dados BLAST.

% de ID- valor percentual da identidade de sequências.

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57

5.6- Análises Filogenéticas

Nas análises filogenéticas a proximidade de parentesco dos isolados utilizados neste

trabalho foi avaliada com outros grupos bacterianos, sendo utilizadas para esta comparação

sequências obtidas no RDP a partir de estirpes de referência (ATCC) de cada grupo

bacteriano identificado.

Alguns isolados identificados apresentaram sequências com similaridades próximas de

100%, indicando que todos são representantes da mesma espécie. Para estes isolados

altamente similares foi utilizada apenas uma sequência representativa para a construção da

árvore filogenética.

A montagem da árvore filogenética foi feita utilizando-se somente sequências reversas,

pois em alguns isolados não foi possível obter sequências consenso e através da verificação

qualitativa, utilizando programa PHRED, foi observado que as sequências reversas

apresentaram melhores resoluções, os níveis mínimos de exigências estimados foram de 250

bases, com qualidade PHRED acima de 20.

No dendograma filogenético (Figura-07) é possível verificar as espécies identificadas

ou unidades taxonômicas (Operational Taxonomic Units - OTUs) juntamente com os

rerspectivos grupos de famílias nas quais pertencem. Os grupos bacterianos ou clusters estão

representados pela ordem numérica de I-IX, onde I é Enterobacteriaceae; II- Moraxellaceae;

III- Flavobacteriaceae; IV- Microbacteriaceae; V- Staphylococcaceae; VI- Enterococcaceae;

VII- Streptococcaceae; VIII- Bacillaceae e IX- Paenibacillaceae

A árvore filogenética apresentada corresponde ao agrupamento filogenético de 35

espécies de bactérias isoladas de pirarucu, tambaqui e matrinxã. Com base no alinhamento das

sequências nucleotídicas foi gerada uma árvore de Neighbor-Joining a qual revelou a

existência de pelo menos nove agrupamentos correspondentes às famílias: Bacillaceae,

Enterobacteriaceae, Enterococcaceae, Flavobacteriaceae, Microbacteriaceae, Moraxellaceae,

Paenibacillaceae, Staphylococcaceae e Streptococcaceae.

As duas famílias mais representativas (Enterobacteriaceae e Bacillaceae) mostraram-se

claramente polifiléticas, tendo em vista que os gêneros e as espécies dentro destas famílias

agruparam-se com gêneros e espécies distintas.

No caso da família Enterobacteriaceae observa-se que os gêneros Escherichia e

Salmonella são grupos irmãos. Porém, na nossa filogenia, PPUFAM 275 (S. entérica) não se

agrupou com as estirpes de referência de E. coli + S. enterica + PPUFAM 34 (E. coli).

Enterobacter mostrou-se polifilético, uma vez que a espécie Enterobacter asburiae ficou mais

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próxima de Pantoea agglomerans enquanto Enterobacter aerogenes agrupou-se mais

proximamente de Kluyvera georgiana. Citrobacter freundii agrupou-se com Edwardsiella

tarda. Os gêneros Hafnia e Plesiomonas mostraram-se monofiléticos.

No grupamento formado pela família Bacillaceae, observa-se que Lysinibacillus

fusiformis agrupou-se mais proximamente da família Paenibacillaceae, formando um clado

irmão. Bacillus pumillus, Bacillus aquimaris e PPUFAM 282 (Bacillus sp.1), formaram um

grupamento monofilético. Bacillus cereus formou clado monofilético com PPUFAM 285

(Bacillus sp.2). Bacillus sp. 4, Bacillus sp. 5, Bacillus sp. 3, Bacillus sp. 9, Bacillus sp. 7,

Bacillus sp. 6 e Bacillus sp. 8, formaram um grupo monofilético separado. Porém próximo à

Bacillus cereus.

A família Staphylococcaceae (grupo V) formou um grupamento monofilético. E

observou-se neste grupo que as espécies S. saprophyticus e S. pasteuri, formaram um clado

monofilético separado de S. aureus.

Os grupos VI e VII representados pelas famílias Enterococcaceae e Streptococcaceae

são monofilético e formam um grupo irmão.

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Figura 07- Dendograma filogenético (Neighbor-Joining) do 16S rRNA de isolados bacterianos amazônicos

(PPUFAM) e de estirpes de referência (ATCC). As famílias bacterianas são representadas de I-IX, onde: I-

Enterobacteriaceae; II-Moraxellaceae; III- Flavobacteriaceae; IV- Microbacteriaceae; V-Staphylococcaceae; VI-

Enterococcaceae; VII- Streptococcaceae; VIII- Bacillaceae e IX- Paenibacillaceae. A matriz de distância foi

calculada pelo algoritmo Jukes-Cantor, com bootstrap de 500 repetições.

I

II

III

IV

V

VI

VII

VIII

IX

VIII

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60

6- Discussão

6.1- Identificações das espécies bacterianas

Todos os tipos de peixes são propensos à infecções bacterianas, as quais podem ser

responsáveis por surtos graves de doenças e mortalidade em espécies selvagens e cultivadas.

Embora os sinais de doenças e a história clínica forneçam informações valiosas sobre os

prováveis agentes etiológicos, a caracterização taxonômica é geralmente necessária para

identificar um patógeno específico (Frerichs e Millar, 2003). A interação entre o conjunto de

dados genéticos e fenotípicos fornecem uma base sólida para a descrição da diversidade em

procariotos (Kampfer e Glaeser, 2011; Kampfer e Glaeser, 2012).

As identificações das espécies bacterianas foram feitas utilizando-se três abordagens

distintas, através de testes bioquímicos, análises das sequências parciais do gene 16S rRNA e

perfil filogenético. Utilizando estas metodologias, foi possível identificar gêneros e espécies

bacterianas. Nos isolados em que ocorreram divergências de resultados entre os testes

bioquímicos e testes moleculares foram utilizados os resultados da análise molecular, devido

o maior percentual de confiança.

6.1.1- Identificações fenotípicas das famílias e espécies bacterianas

As identificações bacterianas classicamente são baseadas nas similaridades das

características fenotípicas observadas. Através da observação destas características todas as

amostras obtidas na coleção de cultura de bactérias patogênicas em peixes, foram

identificadas seguindo padrões citados na literatura. Os resultados obtidos na identificação

fenotípica dos 72 isolados analisados nesse estudo, evidenciaram características similares com

sete famílias bacterianas Enterobacteriaceae; Bacillaceae; Flavobacteriaceae; Moraxelaceae;

Vibrionaceae; Staphylococcaceae e Streptococcaceae, sendo possível a identificação de seis

(06) espécies.

Enterobacteriaceae

Pertencendo a maior e mais abrangente família bacteriana, Enterobacteriaceae, foram

encontrados 31 isolados. A classificação bacteriana seguiu o padrão das principais

características que distinguem essa família, as quais determinam que todas as bactérias desse

grupo são pequenos bacilos Gram-negativos e oxidase negativos, exceto a espécie

Plesiomonas shigelloides que possui oxidade positiva, todas as espécies crescem em meio

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seletivo ágar MacConkey, são anaeróbios facultativos (crescem em aerobiose e anaerobiose),

fermentam glicose com ou sem produção de gás e todos são catalase positivos (Ewing et al.,

1980; Paradis et al., 2005). Estes fatores foram determinantes na classificação dos isolados

desse grupo, sendo possível a caracterização fenotípica de 07 espécies, Citrobacter sp.;

Enterobacter spp.; Escherichia coli; Klebsiella sp.; Plesiomonas shigelloides; Salmonella spp

e Shigella spp.

O gênero Citrobacter identificado nos isolados PPUFAM 74; PPUFAM 232;

PPUFAM 236 e PPUFAM 279, foi um gênero bastante complexo em sua identificação

primária devido algumas semelhanças fenotípicas com E. coli, Klebsiella e Enterobacter,

porém algumas características únicas determinaram sua identificação. São estabelecidas nas

literaturas algumas características que permitem distinguir, Citrobacter dos demais grupos.

Dentre estas podem ser destacadas que este é um gênero bacteriano com reação de H2S

positivo (Booth e McDonald, 1971); exceto em C. koseri, e são bactérias móveis,

distinguindo de Klebsiella que é um gênero não móvel (Martinez e Trabulsi, 2008). Segundo

o Levy (2004) genêros como Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter apresentam baixo poder

de discriminação, neste caso a identificação segue o maior percentual de probabilidade das

chaves utilizadas. Em decorrência das principais características observadas compatíveis com

Citrobacter, determinamos os isolados estudados como Citrobacter spp.

Enterobacter foi identificado nos isolados PPUFAM 13; PPUFAM 16; PPUFAM 26;

PPUFAM 273, PPUFAM 274, PPUFAM 284 e PPUFAM 288. De acordo com as reações

metabólicas evidenciadas estes isolados foram nomeados como Enterobacter sp., sendo que

as principais características que definiram esta espécie foram evidenciadas nas reações de

indol, citrato de Simmons, ureaese e motilidade. Estas reações possibitam separar

Enterobacter das espécie de E. coli e Klebsiella. Na reação de indol Enterobacter é sempre

negativo (Levy, 2004), enquanto E. coli é positiva. Em meio citrato de Simmons, E. coli tem

reação negativa enquanto que na maioria das espécies em Enterobacter observa-se reação

positiva. A prova de urease também foi determinante, pois, em E. coli é negativa, enquanto

Enterobacter tem reação positiva. A distinção de Enterobacter para Klebsiella, é verificada

principalmente na prova de motilidade, pois Klebsiella é uma bactéria não móvel e todas as

espécies de Enterobacter são móveis (Levy, 2004; Martinez e Trabulsi, 2008).

A espécie E. coli foi identificada somente no isolado, PPUFAM 34, segundo Breed et

al. (1957), as principais reações típicas desta espécies são: as reações de indol positiva, urease

negativa, reação negativa em citrato de Simmons e lactose positiva em meio seletivo ágar

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MacConkey. Através observação destas características, produção de gás e fermentação de

carboidratos confirmamos a identificação do isolado PPUFAM 34 pertencendo a esta espécie.

PPUFAM 276 foi identificado como Klebsiella spp., de acordo com o Levy (2004),

bactérias deste gênero são bacilos Gram-negativos não móveis e fermentadores de lactose em

meio MacConkey. Apesar de características semelhantes com E.coli e Enterobacter esta

espécie difere por não ser móvel.

Os isolados PPUFAM 252, 266 e PPUFAM 267 foram identificados como

Plesiomonas shigelloides, esta bactéria é a única da família Enterobacteriacea a apresentar

oxidase positiva (Falcão et al., 2007), esta característica é extremamente importante na

distinção desta espécie com outras da família de enterobactérias, o nome da espécie foi

definido devido esta ser a única pertencente ao gênero Plesiomonas (Falcão et al., 2007). Para

confirmação da taxonomia foi observado nos isolados as reações de oxidase positiva, indol e

motilidade, confirmando os padrões nas chaves taxônomica para a espécie Plesiomonas

shigelloides.

Os isolados PPUFAM 28, PPUFAM 46, PPUFAM 275, PPUFAM 277 e PPFAM 278,

foram identificados como Salmonella spp.. Ao contrário de muitas espécies da família

Enterobacteriaceae, as salmonelas clinicamente importantes não fermentam lactose, fator que

contribui na identificação das espécies (Ferreira e Campos, 2008). Além desta prova, as

evidências observadas indicando esta espécie, foram através das reações positivas em citrato

de Simmons, confirmação de motilidade e a produção de H2S, estas características são as

principais que definem este gênero excluindo possíveis gêneros, como Shigella, o qual

observou-se, de acordo com as chaves utilizadas, que apresenta algumas reações com os

resultados semelhantes à Salmonella.

Apesar da semelhança com Salmonella, o gênero Shigella foi identificado no isolado

PPUFAM 258. Para diferenciação dos gêneros semelhantes fenotipicamente com Shigella, os

principais testes observados foram as reações em citrato de Simmons, urease, e motilidade.

Bactérias do gênero Shigella não utilizam citrato como única fonte de carbono, no entando a

reação em citrato de Simmons é negativa, não produzem a enzima urease, e são espécies não

móveis, enquanto que a maior parte das espécies da família Enterobacteriaceae são bactérias

móveis (Campos et al., 2008). Em contrapartida os resultados para o teste de indol nos

isolados estudados foi negativo, divergindo das chaves de identificação utilizadas que

determinam resultado positivo para esta gênero, porém de acordo com Martinez e Trabulsi

(2008), o teste de indol é variável neste gênero. Seguindo os padrões dos manuais de

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identificações e as comparações por similaridades de reações com o gênero Shigella,

confirmamos os isolados pertencendo a espécie Shigella spp.

É notório que na família Enterobacteriaceae existam centenas de espécies. Esta família

é uma das mais importantes famílias bacterianas, incluindo muitos patógenos isolados de

homens e animais, existem aproximadamente 30 gêneros e mais de 100 espécies (Martinez e

Trabulsi, 2008), com base nas reações metabólicas, conseguimos distinguir diferentes

espécies que compõem esta família, incluindo patógenos não associados às infecções em

peixes.

Bacillaceae

A identificação da família Bacillaceae foi realizada de acordo com os padrões

descritos por Vos et al. (2009), os quais definem que os membros desta família são

geralmente células em forma de bastonetes, capazes de produzirem endósporos, cilíndricos,

elipsoidais ou esféricos, podendo ocorrer em células únicas, em pares ou em cadeias (que

podem ser grandes comprimentos). Bactérias desta família podem ser móveis e imóveis,

podendo ser tanto aeróbias quanto anaeróbias facultativas. Geralmente são Gram-positivas,

podendo haver algumas espécies Gram-variáveis ou Gram-negativas, fermentam geralmente

todos os tipos de carboidratos, em algumas espécies as produções de gases são visíveis, na

maior parte são bactérias saprófitas, comumente encontradas no solo. Desta família foram

identificados 23 isolados das espécies Bacillus spp. e Bacillus cereus.

O gênero Bacillus compreende cerca de 50 espécies de bacilos anaeróbios facultativos

que podem exibir a forma esporulada, todos são móveis, exceto o B. anthracis e B. mycoides

(Levy, 2004). Os isolados PPUFAM 54 e 63 apresentaram resultado negativo para o teste de

motilidade e resultados similares com B. cereus e B. anthracis. Devido estas características

foi realizado teste para verificação de hemólise em meio ágar sangue de carneiro para

confirmação da espécie, os resultados neste teste foram positivos, com verificação de

hemólise do tipo β (figura), confirmando a espécies B. cereus e descartando a possibilidade de

B. anthracis por ser não hemolítico. A reação negativa para motilidade pode ter ocorrido

devido exposição bacteriana no meio de cultivo utilizado, possivelmente ocorrendo à

formação de endósporos, os quais ocorrem como resposta a uma situação desfavorável no

meio no qual a bactéria foi exposta como a carência de água ou de algum nutriente essencial

(Alterthum, 2008). Nos demais isolados identificados no gênero Bacillus não foi possível

caracterizar fenotipicamente as espécies, sendo estes classificados como Bacillus spp.

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Flavobacteriaceae

Pentencente à família Flavobacteriaceae foi identificado o isolado PPUFAM 57,

através da identificação fenotípica o isolado foi identificado como Flavobacterium, neste

gênero estão incluídas bactérias não móveis com formato de curtos bacilos Gram-negativos,

aeróbios estritos, com reação positiva de oxidase e crescimento com reação oxidativa no meio

O-F com glicose (Frerichs e Millar, 2003), estas características observadas no isolado

analisado corroboraram para identificação somente do gênero bacteriano, não sendo possível

a identificação de espécies em decorrência das poucas descrições nas chaves taxonômicas

utilizadas.

Moraxelaceae

Da família Moraxelaceae foram identificados três isolados, PPUFAM 246, PPUFAM

262 e PPUFAM 263, a identificação primária seguiu a chave de identificação proposta por

Frerichs e Millar (2003), a diferenciação dos demais gêneros bacterianos ocorreu devido

verificação de reações negativas para o teste de oxidase e teste em meio O-F com glicose,

somente o gênero Acinetobacter possui reação negativa nestes ensaios, possibilitando a

confirmação dos isolados como Acinetobacter spp.

Vibrionaceae

Vibrionaceae foi identificada em cinco isolados, PPUFAM 01; PPUFAM 03;

PPUFAM 05; PPUFAM 07; PPUFAM 12. Esta família inclui dois gêneros, Aeromonas e

Vibrio, distribuídos mundialmente, sendo as espécies destes gêneros consideradas as mais

importantes espécies patogênicas em peixes (Frerichs e Millar, 2003). Através da verificação

de bacilos Gram-negativos oxidase positiva e fermentadores, foram feitas as identificações

primárias da família bacteriana Vibrionaceae seguindo as chaves taxonômicas utilizadas

(Frerichs e Millar, 2003; Levy, 2004). De acordo com as características observadas na

fermentação de carboidratos, utilização de citrato e produção de H2S, foram feitas as

separações entre gêneros bacterianos desta família, algumas reações foram observadas para

exclusão do gênero Vibrio, espécies bacterianas pertencentes a este gênero não são capazes de

fermentar o carboidrato arabinose, não utilizam citrato de Simmons como única fonte de

carbono, exceto a espécie V. cholerae, e não produzem H2S, estas características típicas de

Aeromonas foram observadas nos isolados estudados.

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O gênero Aeromonas inclui espécies móveis, exceto A. salmonicida, oxidase e catalase

positivas (Frerichs e Millar, 2003). Apesar da maioria das reações evidenciadas nos isolados

corresponderem em grande parte com características similares com Aeromonas, algumas

reações observadas não foram compatíveis com nenhuma espécie descrita neste gênero, como

por exemplo, a reação positiva de urease, exceto em PPUFAM 03, e fermentação de lactose

em meio MacConkey, devido a estas distinções da maioria das espécies do gênero

Aeromonas, para identificação fenotípica os isolados bacterianos foram identificados como

Aeromonas spp. O gênero Aeromonas é dividido em bactérias móveis e não-móveis, todas as

espécies móveis são isoladas de peixes, a espécie A. hydrophila é a mais frequentemente

isolada (Frerichs e Millar, 2003) e considerada como um significante agente patogênico em

peixes de água doce (Austin e Austin, 2007).

Staphylococcaceae

Espécies da família Staphylococcaceae (Schleifer e Bell 2010) foram evidenciadas nos

isolados PPUFAM 55; PPUFAM 70; PPUFAM 71; PPUFAM 260; PPUFAM 265 e

PPUFAM 286. De acordo com as características moleculares evidenciadas por 16S rRNA esta

família agrupa cinco gêneros, Staphylococcus, Jeotgalicoccus, Macrococcus, Salinicoccus

(Vos et al., 2009). Baseando-se em caracteres fenotípicos primários para identificação do

gênero, os isolados estudados foram identificados como Staphylococcus spp, somente o

gênero Staphylococcus agrupa bactérias Gram-positivas em cocos formando clusters,

características que permitiram distinguir Staphylococcus dos demais gêneros.

Staphylococcus é um gênero que compõe 32 espécies e 14 subespécies, sendo que

somente 15 espécies são encontradas em amostras humanas, são bactérias Gram-positivas não

móveis em forma de cocos em cachos, anaeróbios facultativos, com exceção de S. aureus

subsp. anaerobius e S. saccharolyticus que crescem mais rápido e abundante em condições

aeróbias, são geralmente catalase positivos e oxidase negativas, não esporulados que mais

resistem no meio ambiente. Podem sobreviver por meses em amostras clínicas secas, são

relativamente resistentes ao calor e podem tolerar altas concentrações de sais (Levy, 2004;

Vos et al., 2009). Este gênero é geralmente considerado como potencial patógeno em peixes,

embora existam poucos relatos publicados de surtos de doenças (Frerichs e Millar, 2003). Em

1998, foram descritas várias epizootias por S. epidermidis em tilápias cultivadas em Taiwan

(Huang et al., 1999), o primeiro relato evidenciando patogenias em peixes causadas por esta

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bactéria foi descrita por Kusuda and Sugiyama em 1981 em culturas de truta amarela

(Frerichs e Millar, 2003; Huang et al., 1999).

Streptococcaceae

Na família Streptococcaceae identificada em três isolados, PPUFAM 52; PPUFAM

250 e PPUFAM 251 estão incluídos três gêneros bacterianos, todas as espécies desta família

são bacilos Gram-positivos em formato de cocos em cadeias (Frerichs e Millar, 2003; Vos et

al., 2009), a principal característica que diferencia esta família de Micrococcacea, é a reação

negativa na prova de catalase (Vos et al.,2009). De acordo com estes critérios fenotípicos, os

isolados foram identificados como Streptococcus spp. Nesta família espécies de Streptococcus

iniae e Lactococcus garvie, são importantes patógenos em peixes (Austin e Austin, 2007).

6.1.2- Identificações moleculares de famílias e espécies bacterianas

As identificações moleculares de espécies bacterianas são importantes ferramentas que

corroboram com métodos fenotípicos clássicos para caracterização de microrganismos, que

geralmente não são tão precisos quanto à identificação com base em métodos genotípicos

(Clarrige, 2004).

Pelo sequenciamento da região gênica 16S rRNA foi possível obter a identidade

genotípica dos 72 isolados bacterianos estudados, como demostrado na (Tabela 08), o

percentual de identidade para as espécies foi considerado confiável entre sequências similares

com valor ≥97% de identidade quando comparadas com o banco de dados BLASTN,

similaridades inferiores indicam que representam diferentes espécies (Brenner et al., 2005).

Alguns autores sugerem estes valores acima de 97% para definição de gênero e 99% para

definição de espécies, porém não é possível atribuir um valor definitivo para definição de

gênero ou espécies bacterianas utilizando o gene 16S rRNA, devido a variação dos valores

percentuais gerados, essa diferença pode variar se calculada somente as primeiras 500 pb ou

todo o fragmento de 1500 pb, e também ocorrem variações no porcentual de acordo com o

programa de cálculo utilizado (Clarrige, 2004).

As análises parciais do gene 16S rRNA permitiram a identicação de 35 espécies

bacterianas, como destacado no Quadro 02, distribuídas em nove famílias: Bacillaceae;

Enterobacteriaceae; Enterococcacea; Flavobacteriaceae; Microbacteriaceae; Moraxelaceae;

Paenibacillaceae; Staphylococcaceae e Streptococcaceae (Figura 06), segue abaixo a

caracterização cada família, bem como das espécies identificadas:

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Família Bacillaceae

Bactérias da família Bacillaceae foram identificadas em grande número nos isolados

bacterianos estudados, com ocorrência de 37,14% (Figura 06), totalizando 13 espécies

identificadas. Esta família inclui 19 gêneros bacterianos, com mais de 142 espécies. Bacillus é

o gênero em que ocorrem o maior número de espécies (Logan e Vos, 2009). Neste gênero

foram identificadas 12 espécies: B. aquimaris, B. cereus, B.pumillus e Bacillus sp. 1, Bacillus

sp. 2, Bacillus sp. 3, Bacillus sp. 4, Bacillus sp. 5, Bacillus sp. 6, Bacillus sp. 7, Bacillus sp. 8

e Bacillus sp.9. No gênero Lysinibacillus, somente a espécie L. fusiformes foi identificada, em

isolados de piraru e tambaqui.

Bacillus é um gênero extremamente heterogêneo, as bactérias deste grupo possuem

capacidade de formação de esporos inertes ambientalmente e metabolicamente resistentes, a

maioria das espécies são isoladas principalmente a partir do solo, ou de ambientes que podem

ter sido contaminados diretamente ou indiretamente por solo, também são encontrados na

água, alimentos e amostras clínicas (Logan e Vos, 2009; Schmidt et al., 2011), Baciilus spp.

estão associados à patogenias em peixes, algumas espécies como B. mycoides foram

registradas como causa de infeções em bagres cultivados (Goodwin et al., 1994; Austin e

Austin, 2007).

B. cereus identificado no isolado PPUFAM 51, é uma bactéria que produz endosporos

que podem ser disseminados no solo, leite e outros alimentos, bem como em diversos

ambientes. Esta espécie pode multiplicar-se rapidamente em diversos alimentos causando

intoxicação alimentar, ocasionalmente causa infecções oportunistas em homens e animais

(Logan e Vos, 2009), em peixes exitem alguns registros de sua associação causando necrose

de brânquias em carpa comum e robalo listrado, porém não há registros de patogênias

impactantes causados por esta espécie em cutivo de peixes (Austin e Austin, 2007).

Outras espécies de Bacillus foram identificadas nas análises moleculares: B. pumillus

isolado em PPUFAM 27 e B. aquimaris em PPUFAM 238. Várias espécies de Bacillus

habitam zonas costeiras e ambientes marinhos, porém B. pumilus é considerado como o mais

importante componente da comunidade bacteriana marinha, é uma bactéria altamente

resistente à condições ambientais extremas, tais como baixo nutrientes ou nenhuma

disponibilidade, UV, dessecação, irradiação, H2O2, e desinfecção química. O papel ecológico

de B. pumilus é enfatizada pelo fato de que eles produzem compostos antagônicos de agentes

patogênicos fúngicos e bacterianos, estas características tornam esta espécie de grande

interesse para pesquisas (Gioia et al., 2007; Parvathi et al., 2009). O isolado PPUFAM 238

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apresentou similaridade de 99% com a espécies B. aquimaris, esta espécies é isolada

principalmente de ambientes marinhos, foi identificada por Yoon et al. (2003) este utilizou

combinações de dados fenotípicos, análise filogenética do gene completo 16S rRNA e

relacionamento genômico diferenciou e propôs esta espécies para integrar o grupo Bacillus.

No gênero Lysinibacillus ocorreu a espécie Lysinibacillus fusiformis, com percentual

de identidade entre sequências ≥ 97% nos isolados analisados. O gênero inclui três espécies

Lysinibacillus boronitolerans; Lysinibacillus fusiformis e Lysinibacillus sphaericus (Ahmed

et al. 2007; Miwa et al., 2009), comuns no solo e ambientes aquáticos (Ahmed et al., 2007).

L. fusiformis faz parte do grupo de bactérias descritas como potencial para degradação do

biodiesel (Vaz, 2010). Espécies componentes do gênero Lysinibacillus foram isoladas pela

primeira vez de solo no Japão, e devido à observação da presença de lisina e aspartato no

peptidoglicano da parede celular, receberam essa denominação (Ahmed et al., 2007).

As espécies de Bacillus identificadas como Baccilus sp., agruparam-se com

similaridade próxima com a espécies Bacillus cereus, porém com percentual baixo de

identidade por isso não receberam nomeação de B. cereus, possivelmente o sequenciamento

completo do gene 16S rRNA destas espécies, pode permitir a identificação e reconstrução

filogenética destas espécies.

Família Enterobacteriaceae

A família Enterobacteriaceae representou total de 44,29% com 12 espécies bacterianas

identificadas, sendo que três espécies foram evidenciadas somente em pirarucu, E. coli;

Hafnia alvei e Pantoea agglomerans A espécie de Citrobacter sp.1 foi isolada somente em

tambaqui. E somente em matrinxã ocorreu a espécie Klebsiella pneumoniae (Quadro 1).

As espécies Klebsiella pneumoniae, Citrobacter spp., Pantoea agglomerans são

descritas como bactérias causadoras de patogênias em peixes cultivados (Austin e Austin,

2007).

Os gêneros Escherichia; Citrobacter, Enterobacter e Klebsiella são considerados de

maior importância na contaminação alimentar, pertencem ao grupo denominado coliformes

(Hobbs e Roberts, 1999). Na contagem de coliformes pode-se diferenciar dois grupos: os

coliformes totais, utilizados para avaliar as condições higiênicas, limpeza e sanificação, e os

coliformes termotolerantes que são indicadores de contaminação fecal (Siqueira, 1995). Em

países de clima tropical bactérias do grupo coliforme mesmo que introduzidas na água por

poluição fecal, podem adaptar-se ao meio aquático (Lopez-Torrez et al., 1977).

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A espécie E. coli ainda que presente em pirarucu não é considerada como patógeno em

peixes, sua ocorrência reflete os níveis de poluição causados por outros animais na água.

Cepas de E. coli que contem enterotoxinas ou fatores virulentos estão entre as principais

responsáveis por infecções do trato urinário humano, podendo ainda provocar diarréias, e

ainda estar relacionadas com sepse e meningite (Muratori, 2007), esta ocorrência é de grande

importância uma vez que E. coli pode revelar-se como a principal causa de surtos de

intoxicação ou infecção alimentar após ficar em condições favoráveis para seu crescimento e

produção de toxinas.

K. pneumoniae tem sido isolada de solo, vegetais e ambientes aquáticos, é um

patógeno oportunista e está associada várias infecções em humanos, dentre estas, diarréia e

intoxicação alimentar (Brisse et al., 2006). Em peixes K. pneumoniae foi isolada pela

primeira vez a partir de truta arco-íris na Escócia em 1998, os peixes apresentavam sinais de

podridão na cauda e nadadeiras (Austin e Austin, 2007). As evidencias da presença de K.

pneumoniae isoladas a partir de peixes de água doce, já são descritas na literatura (Kumari et

al., 2001; Sharma et al., 2006), porém a causa de patogenias associadas a esta espécie ainda

são incipientes.

A espécie de Citrobacter é um patógeno emergente em peixes, é Citrobacter

freundii, existem vários relatos do surto de doenças causados por esta bactéria, principalmente

da causa de doenças em salmão e truta na Espanha e nos E.U.A respectivamente (Austin e

Austin, 2007).

As espécies Hafnia alvei e Pantoea agglomerans são descritos como causadores de

patogenias em peixes (Austin e Autin, 2007). P. agglomerans é uma bactéria que habita

plantas, solo, água, essa espécie é relatada como comensal e patógena de homens e animais, é

claramente um patógeno oportunista e raramente causam doença em indivíduos saudáveis

(Liberto et al., 2009). Em peixes infectados com a espécie P. agglomerans foram observadas

hemorragias acentuadas nos olhos de animais mortos e moribundos, as hemorragias também

foram registrados na musculatura (Austin e Autin, 2007).

Assim como P. agglomerans a espécie Hafnia alvei tem ocorrência principalmente no

solo e na água, é considerada como patógeno causador de hemorragia septicêmica em truta

arco-íris, esta espécie não é considerada como patógeno emergente em sistemas de cultivo

(Austin e Austin, 2007).

A espécie com maior ocorrência foi Edwardsiella tarda com registro de 9 isolados,

esta bactéria é um importante patógeno em peixes e a principal causa de surtos em sistemas de

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cultivos, pode acometer cultivos tanto em água marinha quanto em água doce (Abbott e

Janda, 2006; Alexandrino et al., 2009). No Brasil, as espécies mais acometidas são o dourado

(Salminus sp.), a carpa comum (Cyprinus carpio) e a tilápia (Oreochromis niloticus), quando

mantidos em cultivo intensivo (Albinati et al. 2006; Pavanelli et al., 2008; Alexandrino et al.,

1999). Embora seja comumente classificada como oportunista, E. tarda é considerada um

agente patogênico grave de peixe. Este bactéria também é importante devido a sua aspectos

zoonóticos (Lima el at., 2008). E. tarda pode provocar doenças em muitos outros hospedeiros

como répteis, mamíferos e aves, no homem pode causar gastroenterite e meningite (Pavanelli

et al., 2008). No estado do Amazonas esta ocorrência é pioneira em espécies de matrinxã

cultivados. E possivelmente deve-se ao fato dessa espécie fazer parte do ambiente aquático e

acometer animais de sangue frio, quando os animais estão principalmente em situações de

estresse (Pavanelli et al., 2008). A ocorrência de doenças é observada principalmente em

temperaturas altas e está associada à poluição orgânica (Albinati et al. 2006).

As espécies de Enterobacter, têm habitat em diversos ambientes, incluindo solo,

plantas e água. As espécies E. asburiae e E. aerogenes são isoladas principalmente de

amostras clínicas, causam principalmente infecções no trato respiratório de humanos, a

significancia clínica desses patógenos ainda não é bem conhecida (Grimont e Grimont, 2005).

As ocorrências de patogenias espécies em peixes por estas espécies ainda são pouco

conhecidas, porém por serem bactérias com ambiente aquático podem ser patógenos

oportunistas de espécies cultivadas.

A espécie Kluyvera georgiana ocorreu em isolados de pirarucu e matrinxã, foram 7

isolados pertencentes a esta espécie. Sabe-se que K. georgiana assim como grande parte da

família Enterobacteriaceae, é distribuida em diversos ambientes, incluindo solo e água

(Farmer, 2006), também tem sido isolada de materiais clínicos, os primeiros relatos de

infecções foram em 1980, mas apesar de causar infecções foi considerada como um

organismo saprófita benigno que predominantemente colonizava principalmente o trato

respiratório, urinário, ou trato gastrintestinal, atualmente raramente está associada com

infecções clinicamente significativas em humanos (Sarria et al., 2001; Carter e Evans, 2005).

Em peixes não há descrição de infecções significativas, por ter habitat típicamente aquático

está presente em intestinos de caracóis, lesmas e outros moluscos (Muller et al., 1996).

Registra neste trabalho o primeiro registro desta espécie acometendo peixes cultivados de

água doce.

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Foram identificados quatro isolados de Salmonella enterica com 99% de identidade.

Bactérias do gênero Salmonella são causas de doenças em humanos e animais, através do

consumo e da ingestão de alimentos contaminados (Shinohara et al., 2008). Em peixes, a

descrição de mortes causadas pela espécie S. entérica sp.arizonae foram relatas pela primeira

vez em culturas de pirarucus no Japão em 1982. Porém apesar desse fato, espécies de

Salmonella não são consideradas como patógenos importantes em peixes (Austin e Austin,

2007).

As espécies de Enterobacteriaceae identificadas: Enterobacter, Citrobacter, Hafnia

alvei, Pantoea agglomerans, Citrobacter, K. pneumoniae, Edwardsiella tarda e Kluyvera

georgiana, como verificado fazem parte do ambiente aquático, e geralmente entram no

hospedeiro através do sistema digestivo ou lesões na pele e brânquias. Entretanto,

quando ocorre algum desequilíbrio ambiental e os peixes são submetidos a alguma

situação de estresse, estes microrganismos podem ocasionar infecções oportunistas,

ocasionando a mortalidade em peixes e trazendo prejuízos consideráveis em sistemas de

cultivos (Sarria et al., 2001; Austin e Austin 2007; Pavanelli et al., 2008). As espécies de

Salmonella têm habitat limitado ao trato digestivo dos seres humanos e animais como aves.

Assim, é determinante que a presença de Salmonella em outros habitats (água, alimentação,

ambiente natural) possa ser explicado devido a contaminação fecal principalmente por aves

(Wray e Wray, 2000).

Família Streptococcaceae

O percentual de ocorrência da família Streptococcaceae foi de 5,71%, com ocorrência

de duas espécies de Lactococcus garvie e uma de Lactococcus lactis, em tambaqui e pirarucu

respectivamente.

Durante a última década, cocos Gram-positivos tornam-se importantes patógenos

causadores de doenças em peixes. Isto inclui espécies de estreptococos, lactococcos e

vagococcos (Bekker et al., 2011). O gênero Lactococcus é um grupo heterogênero de

bactérias ácido lacticas (BAL) que têm a capacidade de converter carboidratos em ácido

láctico (Teuber e Geis, 2006). É composto por sete espécies, porém L. lactis tem sido

intensamente estudada, principalmente devido ao seu interesse na indústria de laticínios por:

atuar na fermentação inicial do queijo, rápido crescimento e produção rápida de ácido láctico

no leite, tornando-se um modelo excelente para pesquisas sobre metabolismo, fisiologia e

genética. O nicho desta espécie inclui, plantas e superfícies e trato gastrointestinal de animais,

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acredita-se que na superficie de plantas permanecem em estado de latência e multiplica-se no

trato gastrointestinal de ruminantes após ser engolida (Teuber e Geis, 2006; Bolotin et al.,

2001). A ocorrência de patogenias incluindo espécies da família Streptococcoceae foram

descritas pela primeira vez em peixes no Japão, quando Kusuda et al. (1991), tentaram

esclarecer o status taxonômico dos agentes causadores de streptococcicosis com 12 isolados a

partir de truta-amarela (Austin e Austin, 2007). O gênero Lactococcus foi criado em 1985

para acomodar microrganismos que eram incluídos no gênero Streptococcus conhecidos como

“estreptococos do grupo do ácido lático”, devido à capacidade de produzirem tal ácido a partir

da fermentação de carboidratos (Teixeira et al., 2009). L. garvie é um agente patogênico

zoonótico emergente, podendo ser isolado a partir de gado, várias espécies de peixes e seres

humanos (Zlotkin et al., 1998).

Família Staphylococcaceae

A família Staphylococcacea teve ocorrência de 8,57%, foram identificadas três

espécies, Staphylococcus aureus, S. pausteri e S. saprophyticus. O gênero Staphylococcus

inclui 37 espécies. As populações naturais do gênero Staphylococcus são encontradas

principalmente nas glândulas da pele e membranas mucosas de animais de sangue quente,

podem ter uma gama de hospedeiros ou de nichos sendo de estreita ou ampla distribuição,

dependendo particularmente da espécie ou das subespécies deste gênero, alguns organismos

podem ser isolados de uma variedade de produtos animais ou de fontes ambientais como solo,

água, poeira e ar, algumas espécies podem ser patógenos oportunistas de humanos e animais

(Schleifer e Bell, 2009).

S. aureus embora encontrado como relativa frequência como membro da microbiota

normal do corpo humano (Gava et al., 2008; Teixeira et al., 2008), S. aureus é uma das mais

importantes bactérias patogênicas, uma vez que atua como agente de uma gama de infecções.

Pode ser encontrado em várias partes do corpo humano, como fossas nasais, garganta, trato

intestinal e pele, produz várias toxinas que atuam através de diferentes mecanismos. Pode

causar intoxições alimentares, uma vez que são causadas pela ingestão de alimentos

contaminados, essas contaminações são provenientes de manuseio inadequado nos alimentos

(Teixeira et al., 2008). Em peixes os primeiros relatos de infecções causadas pelo gênero

Staphylococcus foram em 1982 e 1983, quando ocorreram mortalidades em culturas de carpa

prateada, (Hypophthalmichthys molitrix) na Índia. Essas mortalidades foram associadas com

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doença ocular, e verificados que a doença era causada por cocos Gram-positivos identificadas

como S. aureus (Austin & Austin, 2007).

A espécie S. pausteri é uma bactéria principalmente isolada de humanos, animais e

alimentos, foi primeiramente descrita em Chesneau et al. (1993) (Schleifer e Bell, 2009), não

é causadora de patogênias em peixes, em humanos é considerado um patógeno

oportunista(Schleifer e Bell, 2009). S. saprophyticus assim como diversos membros de

Staphylococcus, é um habitante comum da flora normal da pele e da região periuretral de

homens e mulheres, depois de E. coli é o agente mais comum de infecções urinárias em

mulheres. A patogenicidade está relacionada à sua capacidade de aderir às células do epitélio

urinário (Milagres e Melles, 1992; Bueris et al., 2008).

Espécies de Staphylococcus podem surgir em peixes como conseqüência direta da

manipulação inadequada, uma vez que a maioria das espécies representam bactérias de

origem humana (Galvão et al., 2006).

Famílias Enterococcacea, Flavobacteriaceae, Microbacteriaceae, Moraxellaceae e

Paenibacillaceae.

Estas famílias apresentaram percentual de 2,86% do total de famílias identificadas

respectivamente, com ocorrência de uma espécie representante de cada família.

A espécie indetificada em PPUFAM 44 representante da família Enterococcaceae foi

Enterococcus raffinosus. Fazem parte de Enterococcaceae quatro gêneros bacterianos

incluindo Enterococcus. Este gênero anteriormente nomeado de Streptococcus, foi

reclassificado a partir de resultados observados em hibridação DNA-DNA mostrando a

diferença entre gêneros. Subsequentemente estudos com 16S rRNA não só confirmaram esta

afirmação como também demonstraram a diferença entre Enterococcus e o gênero

Lactococcus e também outros cocos Gram-positivos (Hardie e Whiley, 1997; Svec e Dvriese,

2009). E. raffinosus é uma bactéria Gram-positiva, com formato celular de coco ovóide

ocorrendo em cadeias, muitas espécies do gênero Enterococcus são comensais do aparelho

aparelho digestivo (intestino) e urinário de mamíferos e pássaros, outras são isoladas de

plantas e de água como E. raffinosus, são bactérias tolerantes em condições ambientais

diversas, incluindo temperaturas extremas e altas concentrações salinas (Hardie e Whiley,

1997; Svec e Devriese, 2009). A ocorrência do gênero em ambientes aquáticos e trato

intestinal de aves explica a ocorrência desta Enterococcus raffinosus em pirarucu cultivado.

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A família Flavobacteriaceae inclui muitas espécies marinhas que se agrupam em uma

árvore filogenética da sequência gênica 16S rRNA formando um "clado marinho" bem

definido (Bowman e Nichols, 2005). A espécie Myroides odoratimus anteriormente conhecida

como Flavobacterium odoratum, é uma bactéria Gram-negativa que tem sido comumente

isolada a partir de urina humana, fezes e sangue (Motwani et al., 2004). Gêneros da família

Flavobacteriaceae como Flavobacterium são organismos amplamente distribuídas no solo e

habitats de água doce, e alguns são considerados patogênicos para peixes. Por sequeciamento

do gene 16S rRNA foi verificado que Myroides odoratimus agrupa-se independentemente

das demais espécies, não possuindo estas características típicas do gênero por isso ocorreu a

reclassificação deste grupo (Vancanneyt et al., 1996). Atualmente não há registros desta

espécie causadora de patogenias em peixes. Nesta dissertação destaca-se o primeiro registro

desta espécie ocorrendo em sistemas de cultivo de pirarucu no estado do Amazonas.

Da família Microbacteriaceae foram identificadas duas espécies de Microbacterium

terrae, as sequências dos isolados apresentaram 97% de similaridade com esta espécie. Esta

espécie foi redefinida em 1998, anteriormente nomeada Aureobacterium terrae, passou a ser

Microbacterium terrae (Takeuchi e Hatano, 1998a).

A família Microbacteriaceae foi criada baseada em sequências de 5S rRNA para

agrupar bactérias com alto padrão de G+C. As bactérias deste grupo variam em morfologia

celular, estendendo de formas cocoides, pequenas bacilos irregulares para fragmentar em hifas

ramificadas. Estão distribuídos em vários ecossistemas terrestres e aquáticos e pode ser

associada com plantas, fungos, animais e amostras clínicas (Evtushenko e Takeuchi, 2006;

Stackebrandt et al., 2007). A espécie M. terrae está comumente associada ao solo e ambientes

aquáticos (Takeuchi e Hatano, 1998b). Não há qualquer evidência desta bactéria causadora de

doenças em peixes, uma vez que presente na água podem ocasionalmente tornar-se hospedeira

em peixes.

Na família Moraxellaceae os isolados PPUFAM 246; 262 e 263 foram identificados

como Acinetobacter calcoaceticus, esta bactéria foi originalmente isolada a partir de águas

residuais industriais na China sendo evidenciada sua capacidade para usar fenol como a única

fonte de carbono, teve seu genoma sequenciado devido sua importância para biorremediação

de águas com poluentes fenólicos e também pela suas relações filogenéticas com a espécies

patogenica humana A. baumannii (Zahn et al., 2011). Os membros de Acinetobacter são

comumente encontrados no solo, água e isolados de materia clínicos (Zahn et al.,2011). A.

calcoaceticus é comum da microbiota normal da pele e da garganta de seres humanos.

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Juntamente com outros saprófitas, é considerada uma bactéria não patogênica em seres

humanos e em animais (Pal e Kale, 1981). Porém sabe-se que as bactérias saprófitas são

responsáveis por infecções secundárias ou oportunistas, quando os peixes estão debilitados

pelo estresse ou por alguma enfermidade prévia, especialmente quando há solução de

continuidade (Albinati et al. 2006). Acinetobacter spp. estão associadas à doenças ulcerativas

e hemorragias em peixes (Austin e Austin, 2007).

Paenibacillus sp. foi identificada nos isolado PPUFAM 234 presente em tambaqui. As

espécies da família Paeniacillaceae são comumentes isoladas do solo, raizes, sangue e outras

fontes (Vos et al., 2009), o gênero Paenibacillus, é amplamente distribuído no ambiente,

sendo encontrado em diferentes tipos de solos, rizosfera, tecidos internos de diversas plantas,

água, sedimentos marinhos (Maheshawari, 2010). Esta bactéria não está associada com

doenças em peixes.

6.1.3- Análises filogenéticas dos isolados bacterianos

As análises filogenéticas foram realizadas para auxiliar na correta identificação e

posicionamento dos isolados bacterianos estudados nas respectivas famílias e foram feitas a

partir das sequências parciais de regiões conservadas e variáveis do 16S rRNA, como

recomendado por vários autores (Woese 1987; Weisburg et al.,1991; Clarrige, 2004)

A árvore filogenética das espécies e os grupos das famílias bacterianas identificadas

com as respectivas sequências padrões obtidas no banco de dados RDP demonstra que os

isolados PPUFAM 34, 275, 46, 284, 239, 74, 276, 13, 273, 274, 45 e 252 fazem parte da

família Enterobacteriaceae, constituída por gêneros claramente polifiléticos. Neste grupo, os

isolados PPUFAM 34, 284, 239, 13, 273, 45 e 252 agruparam-se com as estirpes de

referência classificadas como E. coli, Enterobacter asburiae, Edwardisiella tarda,

Enterobacter aerogenes, Kluyvera georgiana, Hafnia alvei e Plesiomonas shigelloides,

respectivamente. Os valores de bootstrap representados em cada nó da árvore indicam que o

valor de confiança dos agrupamentos é significativo, (Hillis e Bull, 1993), exceto nos isolados

PPUFAM 13, 239, 273, 276, que ficaram abaixo de 60.

Na família Enterobacteriaceae o gênero mais complexo é Enterobacter visto que sua

taxonomia gera muitas controvérsias e está constantemente em revisão (Janda e Abbott,

2006). Deste gênero foram identificadas três espécies: E. asburiae (PPUFAM 284), E.

aerogenes (PPUFAM 13) e Enterobacter sp. (PPUFAM 274).

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E. asburiae formou um clado com Pantoea agglomerans. Esta espécie anteriormente

era denominada E. agglomerans. Este agrupamento entre estes gêneros já são esperados, visto

que possuem parentesco próximo (Gavini et al., 1989;Grimont e Grimont, 2005; Janda e

Abbott, 2006). E. aerogenes e Enterobacter sp. agrupou-se com Kluyvera georgiana. A

espécie E. aerogenes ainda tem uma posição taxonômica incerta (Grimont e Grimont, 2005).

A ocorrência de membros do gênero Enterobacter associados com outros gêneros da família

Enterobacteriaceae são comuns (Parvan et al., 2005). O gênero Enterobacter forma um grupo

claramente polifilético, ou seja, consiste de espécies que descendem de dois ou mais

ancestrais (Francino e Ochman, 2006), o que indica que Enterobacter precisa passar por uma

extensiva revisão taxonômica para classificação de espécies deste gênero (Parvan et al.,

2005). Isto pode ser observado na topologia de nossa árvore e é reforçado com a observação

de agrupamentos polifiléticos que incluem espécies de Enterobacter, Klebsiella e Kluyvera

(Paradis et al., 2005; Grimont e Grimont, 2005, Parvan et al., 2005; Francino e Ochman,

2006; Janda e Abbott, 2006). A abordagem filogenética usando sequência do gene 16S rRNA

não fornecem resoluções suficientes quando espécies estreitamente relacionadas da família

Enterobacteriaceae são estudadas, as ramificação são muitas vezes pouco confiáveis (Grimont

e Grimont, 2005).

Na família Bacillaceae a observação do grupamento irmão entre a espécie

Lysinibacillus fusiformis (PPUAM 25) e a família Paenibacillaceae demostra a relativa

semelhança genética entre estas famílias. O gênero Paenibacillus anteriormente estava

classificado na família Bacillaceae. Em 1993, Ash et al. com base em análises filogenéticas

do gene 16SrRNA, verificaram a formação monofilética desse gênero, quando agrupado com

outras espécies de Bacillus, devido a isto propuseram a criação do gênero Paenibacillus para

agrupar espécies até então classificadas como Bacillus (Fergust, 2009; Vos et al., 2009).

Apesar da verificação da formação de grupo irmão com Lysinibacillus, o grupo

formado por Paenibacillus (PPUFAM 234 e Paenibacillus cookii (T)), mostra-se claramente

um grupo monofilético como proposto por Ash et al. (1993).

A formação de um grupamento monofilético envolvendo amostras de espécie Bacillus

pumilus já são descritas. B. pumillus faz parte do grupo 1 de B.subtilis (B. subitilis, B. pumilus

e B. amyloliquefaciens) agrupando-se separadamente das demais espécies de Bacillus

(Parvathi et al.,2009; Porwal et al., 2009; Vos et al.,2009) apenas formando grupamento

irmão com Bacillus aquimaris (Yoon, 2003), esta concordância também foi evidenciada pela

análise topológica da árvore filogenética descrita nesse trabalho (Figura 07).

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A formação de grupamento monofilético também foi verificada entre B. aquimaris e

Bacillus sp.1 (PPUFAM 282), cabendo destacar que Bacillus sp.1 (PPUFAM 282), possui

característcas filogenéticas semelhantes à B. aquimaris, porém sendo de diferente espécie, não

sendo possível sua definição por análises fenotípicas, moleculares e filogenéticas.

O grupo formado por Bacillus cereus formou clado monofilético com PPUFAM 285

(Bacillus sp.2) e formou grupo irmão com todas as espécies não definidas de Bacillus sp.

Podemos destacar que o gênero Bacillus é um grupo muito complexo e que consequentemente

espécies deste grupo estão sendo redefinidas, muitas vezes a caracterização de Bacillus

através do gene 16S rRNA são incertas (Xu e Cotè, 2003; Porwal et al., 2009; Logan e Vos,

2009; Schmidt et al., 2011). Apesar da diferenciação de espécies através do gene 16S rRNA

muitas vezes ser rápida e informativa para definir espécies, espécies estreitamente

relacionadas como B. anthracis, B. cereus, B. thuringiensis que possuem altos níveis de

similaridade entre sequências do gene 16SrRNA, com até 99% identidade entre estas

espécies, são complexas nesta identicação (Mohamed et al., 2007). O gênero Bacillus é

classificado em seis grupos filogenéticos (Freitas et al., 2008; Vos et al., 2009). O grupo

formado por B. cereus inclui as espécies (B. anthracis, B. cereus, Bacillus thuringiensis,

Bacillus mycoides, Bacillus pseudomycoides e Bacillus weihenstephanensis) (Freitas et al.,

2008; Logan e Vos, 2009; Schmidt et al., 2011). Podemos destacar que os isolados

bacterianos definidos como Bacillus sp., podem fazer parte do grupo de B. cereus, e que

possivelmente através do sequenciamento total do gene 16SrRNA estas espécies podem ser

definidas.

Na família Staphylococcaceae a observação do grupamento monofilético e a separação

das espécies S. saprophyticus e S. pasteuri, de S. aureus já são estabelecidas

filogenéticamente (Schleifer e Bell, 2009).

No grupo de famílias VI e VII de Enterococcaceae e Streptococcaceae,

respectivamente, a observação de um clado monofilético, demostra como estas famílias estão

relacionandas geneticamente. Embora muitos trabalhos demonstrem a formação de um

grupamento monofilético para estas famílias, suas espécies são bem separadas

filogenéticamente (Hardie e Whiley, 1997; Svec e Devriese, 2009).

Através da análise filogenética conseguimos determinar com maior clareza o

agrupamento filogenético dos isolados bacterianos e com isto determinamos que o

sequenciamento mesmo que parcial do gene 16S rRNA foi uma importante ferramenta para

construção da filogenia da maior parte dos grupos bacterianos identificados.

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6.1.4- Identificações gerais dos isolados bacterianos

As abordagens fenotípicas e moleculares permitiram definir a taxonomia dos 72

isolados estudados. A partir das caracterizações fenotípicas os isolados bacterianos estudados

foram classificados em 12 espécies bacterianas distribuídas em cinco famílias. Nas análises

moleculares foram classificados em 31 espécies em nove famílias bacterianas, na árvore

filogenética (Figura 07) podem ser observados estes táxons e o agrupamento das famílias

bacterianas estudadas.

O sequenciamento e a classificação filogenética bacteriana a partir do gene 16S rRNA

permitiu definir a taxonomia definitiva dos isolados, auxiliando dessa forma, a identificação

fenotípica. Com isto podemos observar que os testes moleculares e as construções evolutivas

são importantes para corroborar com análises fenotípicas que por vezes não são suficientes

para determinação de espécies bacterianas, sendo, no entanto mais confiáveis para essa

determinação (Young, 2001; Kampfer e Glaeser, 2012). Utilizando estas abordagens foram

obtidos resultados para definição de espécies que não foram obtidos por métodos fenotípicos.

A partir de caracteríticas fenotípicas alguns resultados obtidos foram divergentes das

análises moleculares. As espécies da família Vibrionaceae identificadas no gênero Aeromonas

por testes fenotípicos, foram identificadas, por análises moleculares do sequenciamento da

região parcial do gene 16S rRNA como pertencente à família Enterobacteriaceae da espécie

Kluyvera georgina, com 97 e 98%, as características bioquímicas observadas para

determinação do gênero Aeromonas nos isolados estudados não foram compatíveis com as

descrições literárias para o gênero Kluyvera, principalmente pelo isolado apresentar reação

oxidase positiva, esta reação é negativa em todas as espécies descritas de Kluyvera e em todos

os membros da família Enterobacteriaceae (Müller et al., 1996; Janda e Abbott, 2006;

Martinez e Trabulsi, 2008). De acordo com este resultado observado pode-se definir duas

hipóteses: 1- o resultado obtido no teste de oxidase pode ser falso positivo; 2- o isolado

bacteriano pode apresentar metabolismo distinto das demais espécies de Kluyvera georgiana

descritas.

O gênero Kluyvera foi descrito por Kluver e van Niel em 1936 e Asai et al.(1956),

porém estudos moleculares com esta espécie só foram realizados por Farmer et al. em 1981

(Farmer et al., 1981; Carter e Evans, 2005; Janda e Abbott, 2006) as principais espécies

conhecidas são K. ascorbata, K. cryocrescens, K. cochleae e K. georgiana (Farmer et al.,

1981, Müller et al., 1996). São geralmente encontradas no solo, água, amostras clínicas e

frequente e abundantemente nos intestinos de caracóis, lesmas, e outros moluscos (Müller et

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al., 1996; Janda e Abbott, 2006). Devido a algumas características comuns com Aeromonas,

Kluyvera foi primeiramente classificada no gênero Aeromonas, e em 1956 Asai et al.

propuseram o gênero Kluyvera, mas por apresentar reação fermentativa como Aeromonas

ambos gêneros permaneceram classificados na mesma tribo (Farmer et al., 1981). Em 1981

Farmer et al., classificaram o gênero Kluyvera na família Enterobacteriaceae. Kluyvera tem

habitat em diversos ambientes como solo e ambiente aquáticos. Porém, apesar de presente em

ambientes aquáticos, não há descrições de impactos causados como pátogenos emergentes em

peixes.

Alguns resultados obtidos nos testes fenotípicos também foram divergentes dos dados

moleculares no grupo de Enterobacteriaceae tais diferenças ocorreram, nos isolado PPUFAM

46 e PPUFAM 258.

O isolado PPUFAM 46 embora similar fenotipicamente com Salmonella, obteve 93%

de similaridade com a espécie Pantoea agglomerans; apesar do percentual de identidade ser

considerado baixo para definição de espécies (Brenner et al., 2005).

Em PPUFAM 258 identificado como Shigella, obteve identidade de 99% com

Edwardisiella tarda, PPUFAM 271 identificado como Citrobacter sp., obteve 98% de

similaridade com a espécies E. tarda e o isolado PPUFAM 273 fenotipicamente Enterobacter

sp. obteve identidade de 98% com Kluyvera georgiana, as relações entre algumas espécies de

Kluyvera e Enterobacter já foram descritas (Pavan et al., 2005), isto no entanto pode justificar

tais semelhanças fenotípicas.

Nas abordagens fenotípicas, moleculares e filogenéticas a família Bacillaceae

mostrou-se mais heterogenea das famílias identificadas. Devido a verificação desta

complexidade vários autores sugerem que determinação taxonômica atual de muitos membros

da Bacillaceae devem ser reconsideradas (Schmidt et al., 2011; Logan e Vos, 2009)

Nos testes fenotípicos foram observadas variações nos resultados obtidos e baixa

resolução para distinguir espécies do gênero Bacillus e diferenciar este gênero de espécies das

famílias Paenibacillaceae e Microbacteriaceae, as quais apresentam reações fenotípicas

semelhantes com as principais características que definem espécies do grupo Bacillus.

O gênero Bacillus é considerado um grupo altamente heterogêneo de bactérias Gram-

positivas o que gera muita complexidade em sua classificação taxonômica, com recentes

estudos da sistemática bacteriana muitas espécies desse grupo foram reclassificadas,

principalmente com uso do gene completo 16S rRNA (Yoon et al., 2003; Logan e Vos, 2009;

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Schmidt et al., 2011), porém devido a elevada variabilidade genética muitas espécies de

Bacillus continuam sem classificações (Logan e Vos, 2009).

Nos testes fenotípicos o gênero Lysinibacillus, foi classificado como Bacillus sp. por

apresentar características comuns à Bacillus. Lysinibacillus inclui espécies de pequenos

bacilos Gram-positivos que apresentam oxidase e catalase positivos (Ahmed et al., 2007). O

gênero Lysinibacillus inicialmente nomeado como Bacillus, foi criado para agrupar bactérias

que apresentavam características distintas de outras espécies do grupo Bacillus, classificado

por Ahmed et al. em 2007 (Ahmed et al. 2007; Josic et al., 2008). A espécie L. fusiformis

identificada nos isolados analisados neste trabalho, apesar de pertencer ao ambiente aquático

não há registro como causadoras de patogenias em peixes.

Os isolados PPUFAM 54 e PPUFAm 63 embora fenotipicamente semelhante à B.

cereus, não obtiveram percentual de identidade compatível com B. cereus sendo agrupados no

grupo de Bacillus sp. Somente o isolado PPUFAM 51, identificado como Bacillus sp. nos

testes fenotípicos, apresentou 97% de identidade com B. cereus.

O isolado PPUFAM 234 também foi fenotipicamente identificado com Bacillus sp.,

porém por caracterização molecular foi 99% semelhante com a espécie Paenibacillus sp. O

gênero Paenibacillus foi transferido de Bacillus por Ash et al.(1994), formando um novo

gênero com mais de 80 espécies, alguns membros deste gênero estão associados com

patogenicidade em humanos, animais e tamém em insetos, o habitat natural inclui o solo com

ocorrência de algumas espécies fixadoras de nitrogênio (Priest, 2009).

No sequenciamento da região parcial do 16S rRNA os isolados PPUFAM 58, 59, 63,

64, 233, 282 e 285 foram identificados como Bacillus sp. e através de comparações na

ferramenta Blast com várias espécies do gênero, os isolados obtiveram baixa identidade com

espécies de Bacillus conhecidas, alguns com maior proxidade a Bacillus cereus, porém com

percentual abaixo de 95%, isto já é esperado em decorrência da complexidade do gênero

(Logan e Vos, 2009).

A espécie Microbacterium terrae identificada em PPFAM 22 e PPUFAM 229 também

foram similares em reações fenotípicas com Bacillus como, por exemplo, por agrupar

pequenos bacilos Gram-positivos. O gênero Microbacterium foi descrito em 1919 por Orla-

Jensen, e corrigido por Collins et al. em 1983, agrupa seis espécies (Takeuchi e Hatano,

1998a) que estão dispersas em ecossistemas aquáticos e terrestres e podem estar associados

com plantas, fungos, animais e espécimes clínicas (Evtushenko e Takeuchi, 2006).

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Na família Streptococcaceae, as caracterizações fenotípicas também não foram

suficientes para definição de espécies. Isto pode ser verficado nos isolados PPUFAM 52, 250

e 251, caracterizados fenotipicamente como Streptococcus spp., foram identificados nas

análises moleculares nas espécies L. lactis e L. garviae, respectivamente, com 98% de

identidade.

O gênero Lactococcus foi criado em 1985 para acomodar microrganismos até então

incluídos no gênero Streptococcus e que eram conhecidos como “estreptococos do grupo do

ácido lático”, devido à capacidade de produzirem tal ácido a partir da fermentação de

carboidratos (Teixeira et al., 2009). PPUFAM 250 e 251 foram identicados como L. garviae,

esta espécie um dos principais cocos Gram-positivos patogênicos para peixes (Eldar et al.,

1999).

As classificações fenotípicas realizados foram suficientes para caracterização da maior

parte das famílias bacterianas, no entanto algumas contradições foram evidenciadas, devido a

reclassificações de gêneros e espécies bacterianas. Por isso as abordagens moleculares e

filogenéticas foram importantes para corroborarem na definição final de espécies bacterianas

que não foram confirmadas por testes fenotípicos.

Esse conjunto de abordagens fenotípicas, moleculares de filogenéticas, cada vez mais

estão sendo consideradas para classificação de microrganismos. Muitos autores sugerem que

os métodos de taxonomia bacteriana devem passar intensas reformulações, substituindo a

taxonomia monofásica (baseada em uma ou poucas características) pela taxonomia polifásica,

em que vários critérios fenotípicos, genéticos e evolutivos são combinados para melhor

classificação de espécies (Vandamme, 1996; Young, 2001).

Dentre os isolados identificados foi possível identificar e inferir filogenia em muitas

espécies causadoras de patogênias em peixes, sendo algumas importantes patógenos

emergentes em cultivos em todo o mundo.

6.1.5- Espécies identificadas patogênicas em peixes

Peixes cultivados em sistemas de aquicultura são continuamente expostos aos agentes

patogênicos presentes na água, solo, ar. Os peixes são enfraquecidos por condições de

estresse, incluindo aumento da densidade de peixes e água de má qualidade, ferimentos

durante o manuseio, alimentação inadequada, falta de saneamento e aumento da temperatura

da água (Bekker et al., 2011). Muitas espécies identificadas nos isolados estudados são

descritas por Austin e Austin (2007) como causadoras de patogenias em peixes, como:

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Citrobacter freundii, Klebsiella pneumoniae, Pantoea agglomerans, Plesiomonas

shigelloides, Salmonella entérica e espécies da família Enterococcaceae, como Enterococcus

sp. Porém os principais patógenos causadores de perdas em sistemas de cultivo são

Edwardsiella tarda, Hafnia alvei e Lactococcus garviae.

A espécie Edwardsiella tarda foi descrita por Erwin et al. (1965) (Erwin et al., 1965;

Evans et al., 2006), é caracterizada por ser um curto bacilo Gram-negativo, móvel da família

Enterobacteriaceae, E.tarda é comumente isolada de uma variedade de espécies de peixes,

répteis, anfíbios, pássaros e mamíferos, habita também em invertebrados aquáticos, como o

caracol de água doce e ouriço do mar, podendo qualquer um destes hospedeiros servir como

um reservatório para infecções em peixes (Evans et al., 2006; Austin e Austin, 2007; Castro et

al., 2012).

Em anos recentes tem sido a causa de sérios impactos na cultura de peixes em muitos

países (Castro et al., 2012). Os sinais clínicos de infecções por E. tarda, pode diferir nos

peixes de espécie para espécie (Lima et al., 2008), porém os principais sinais provocados por

esta espécie são: septicemia com lesões cutâneas extensas, afeta órgãos internos e leva a

perdas extensas tanto na aquicultura de água doce quanto na marinha. Tem sido relatada em

seres humanos como a causa de infecções como gastroenterite, principalmente entre os

indivíduos com comprometimento do sistema imune (Austin e Austin, 2007; Lan et al.,

2008).

Em peixes algumas descrições sugerem que as infecções ocorrem principalmente em

águas com temperaturas quentes (Pavanelli et al., 2002; Castro et al., 2012), especialmente

quando há grande quantidade de matéria orgânica na água e os hospedeiros estão em situação

de estresse, considera-se que pode atingir todos os peixes de água quente, provoca septicemias

em peixes, causando pequenas lesões cutâneas que podem originar abscessos de maiores

dimensões nos músculos laterais e na cauda (Pavanelli et al., 2002). No entanto, não está claro

se E. tarda é um patógeno primário ou oportunista em peixes (Austin e Austin, 2007).

A espécie Hafnia alvei faz parte dos mais de 40 gêneros componentes da família

Enterobacteriaceae, com formato de pequena célula cocóides ou bacilos ligeiramente

alongados (Janda e Abbott, 2006; Austin e Austin, 2007). Esta bactéria é comumente isolada

de solo, água, esgoto, mamíferos, aves, répteis e peixes (Austin e Austin, 2007). Está

associada a uma série de patogenias em animais, em peixes foi descrita como causa de

septicemias hemorrágica em truta arco-íris na Bulgaria. A doença apareceu em peixes após o

transporte ou durante o cultivo em condições inadequadas, e salmão em fazendas de cultivo

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japonesas. Os principais sintomas foram melanose, abdômen inchado e nadeiras lentas (Janda

e Abbott, 2006; Austin e Austin, 2007).

Lactococcus garviae é considerado um problema sério na cultura de espécies de peixes

marinhos e de água doce, tais como a truta amarela (Seriola quinqueradiata) no Japão e truta

arco-íris (Onchorynchus mykiss) na Europa e Austrália (Eldar et al., 1999). Na Espanha, esta

doença tem aparecido em fazendas de truta arco-íris desde 1991 e atualmente é considerado

um dos fatores de risco mais importante na indústria de trutas durante os meses de verão.

No Brasil a primeira identificação e caracterização de L. garvieae, foi feita por Evans

et al. em 2009, isoladas a partir de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) e pintado

(Pseudoplathystoma corruscans). Cepas de L. garvieae também já foram isolados de seres

humanos, e recentemente de camarões doentes de água doce (Macrobrachium rosembergii),

em Taiwan. Todos esses fatos indicam a importância crescente de L. garvieae no cultivo de

peixes (Eldar et al., 1999).

A utilização a região gênica 16S rRNA, permitiu a identificação de bactérias

patogênicas em peixes ainda não descritas nesse ambiente e a presença de bactérias não

conhecidas. Os resultados obtidos neste trabalho ampliaram o conhecimento sobre a variedade

de microrganismos amazônicos e deverá guiar futuros estudos acerca dos microrganismos

causadores de patogenias em peixes.

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7- Conclusões

1- As análises fenotípicas proporcionaram a caracterização de 7 famílias, 11 gêneros e 06

espécies isoladas do fígado, baço e rim de Arapaima gigas (pirarucu), Colossoma

macropomum (tambaqui) e Brycon amazonicus (matrinxã), acometidos de patologia

em estações de piscicultura. Contudo dos 72 isolados não foi possível identificar até o

nível de espécie 92% dos isolados.

2- As análises moleculares proporcionaram a caracterização de 9 famílias, 18 gêneros e

24 espécies isoladas do fígado, baço e rim de Arapaima gigas (pirarucu), Colossoma

macropomum (tambaqui) e Brycon amazonicus (matrinxã), acometidos de patologia

em estações de piscicultura. Contudo dos 72 isolados não foi possível identificar até o

nível de espécie 15% dos isolados.

3- As análises fenotípicas e moleculares mostraram-se totalmente divergentes quanto a

eficiência na identificação taxonômica do patógeno bacteriano, pois, a primeira

identificou 8% e a segunda 85% dos isolados.

4- A reconstrução filogenética obtida com o gene 16S rRNA proporcionou um resultado

similar com a literatura disponível corroborando em alguns casos polifilia (ex.,

Bacillaceae) e uma riqueza específica bacteriana ainda não descrita até o nível de

espécie.

5- Além do ineditismo da abordagem conjunta (fenotípica e molecular) de epizootias em

peixes de cultivo do Amazonas destaca-se o registro de espécies bacterianas até então

não isoladas em peixes (p. ex., Kluyvera georgiana, Acinetobacter calcoacetucus,

Myroides odoratus).

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104

Anexo

>PPUFAM 01

TCCCTGGGGAGGGGAAATACCCGTTGCGAAACGCCGCCCCTTGACGGAGACTGACCGTTC

AGGTGCGAAAGCGTGGGGAGCAAACAGGATTAGATACCTTGGTAGTCCACGCCGTAAACG

ATGTCTATTTGGAGGTTGTGCCCTTGAGGGCGTGGCTTCCGGAGCTAACGCGTTAAATAG

ACCGCCTGGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACA

AGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTACTCTTGACAT

CCAGAGAACTTAGCAGAGATGCTTTGGTGCCTTCGGGAACTCTGAGACAGGTGCTGCATG

GCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTA

TCCTTTGTTGCCAGCGGTTCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAG

GAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACACACGTGCTAC

AATGGCATATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTATGTCG

TAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTAGA

TCAGAATGCTACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGG

AGTTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTTAACCTTCGGGAGGGCCCTTACCCAACTTTG

TGAATTCAATTTAACT

>PPUFAM 03

GATAGAGCGGTGAATTGCGTAAGAATCGAGATACGTGGCAAGCGACCCTGACGAAGACTG

ACGTCCAGTGCGAAAGCTGGGGAGCAACAGATAGATACTGTAGTCAACGCCGTAAACGAT

GTCTATTTGGAGTGTGCCCTTGAGGCGTGGCTTCCGGAGCTAACGCGTTAAATAGACCGC

TGGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGT

GGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTACTCTTGACATCCAGAG

AACTTAGCAGAGATGCTTTGGTGCCTTCGGGAACTCTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTC

GTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTT

GTTGCCAGCGGTTCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGT

GGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACACACGTGCTACAATGGC

ATATATACAAAGAGAAGGGACCTTCGGAGCACGCGGGCGCCTTTCATAGTTTTGGTAGTC

CGGATTGGAGTTTGGAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTAGATCAGA

ATGCTACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTGG

GTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAAACCTTCGGGAGGGCGCCTTACCCAACTTTTGTGAA

>PPUFAM 05

ATCATCGGAGGGGAAATACCTGTGTGGCGAATGGCCGGCCCCCTGACGGAGGACTGACGT

CAAGTGCGAAAGCGTGGGGAGCAACAGGATTAGATACCTGGTAGTCCACGCCGTAAACGA

TGTCTATTTGGAGGTTGTGCCCTTGAGGCGTGGCTTCCGGAGCTAACGCGTTAAATAGAC

CGCCTGGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAG

CGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTACTCTTGACATCC

AGAGAACTTAGCAGAGATGCTTTGGTGCCTTCGGGAACTCTGAGACAGGTGCTGCATGGC

TGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATC

CTTTGTTGCCAGCGGTTCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGA

AGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACACACGTGCTACAA

TGGCATATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTATGTCGTA

GTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTAGATC

AGAATGCTACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAG

TGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTTACCACTTTTGGACTT

CCAGAACT

>PPUFAM 07

GCCCTTGCAGAAGTACTCAGCTCATTAGGGTGGGGGCAACGGATAGATCCTGGTAGTTCA

CACGCGTAGAAGTTATTGAGGGTTGTGCCTTGAGGCGTGGCCTCCGAACTAACGGGTTAA

ATAAGACCCGCCTGGGGGAGTACGCCGCATGTTAAACTCAAATGAAATGGACGGGGCCCG

CACAAGCGGTGGGAGCATGTGTTTTATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTTACTCTG

GACATCCAGAGAACTTAGCAGAGATGCTTTGGTGCCTTCGGGAACTCTGAGACAGGTGCT

GCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAAC

CCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTTCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAAC

TGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACACACGT

GCTACAATGGCATATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTA

TGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATC

GTAGATCAGAATGCTACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACC

ATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTTACCACTTT

GTGATTCATGACC

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105

>PPUFAM 12

CGTGCCCAAGCTCGCCCTTGACGAGACCTGAGCTCAGTCGAAGCTGGGGAGCATCGGATC

AGATACTGTAGTCAGCGGTACCGAAGTCTATTTGAGTTGTGCCTGAGCGTGGCTCGAGCT

AACGCGTTAAATAGACGCTGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGG

GGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTTACC

TACTCTTGACATCCAGAGAACTTAGCAGAGATGCTTTGGTGCCTTCGGGAACTCTGAGAC

AGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGA

GCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTTCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGT

GATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTA

CACACGTGCTACAATGGCATATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCA

TAAAGTATGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCT

AGTAATCGTAGATCAGAATGCTACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCG

TCACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTTA

CCACCTTTGTGATTTCAATTAGCT

>PPUFAM 13

ACACCGCGTGTGGGCGCGAAGGGCGGTCCCCCTTGGACCAAGATCTGACGGTCAGTTGCG

CGATGGCTGTGGGGAGGTCAACATGAATAGGATACCTTGGTAGTCACCGCGTAACGATGT

CGACTTGGAGGGTTGTGCCCTTGAGGGCGTGGCTTCCGGAGCTAAACGCGTTAAAGTCGA

CCGCCTGGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAA

GCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTACTCTTGACATC

CAGAGAACTTAGCAGAGATGCTTTGGTGCCTTCGGGAACTCTGAGACAGGTGCTGCATGG

CTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTAT

CCTTTGTTGCCAGCGGTCCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGG

AAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACACACGTGCTACA

ATGGCATATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTATGTCGT

AGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTAGAT

CAGAATGCTACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGA

GTGGGTTGCAAAAGAAGTTAGGTAGCTTTAACCTTCGGGAAGGGCGCTTACCAACTTTTT

TGATTTTCCATTTGACCC

>PPUFAM 16

TTAACGCGTTAAAGTTGGACCGCCCTTGGGGAGTTTCGGCCCGCAAGGTTTAAAACTCAA

AATGATTTGACGGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACG

CGAAGAACCTTTCCTTACTCTTGACATCTAGAGAAATTAGCAGAGATGTTTTGGTGCCTT

CGGGAACTCTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGT

TAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTCCGGCCGGGAACTCA

AAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCC

TTACGAGTAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCATATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAG

AGCAAGCGGACCTCATAAAGTATGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCAT

GAAGTCGGAATCGCTAGTAATTGTAGATCAGAATGCTACGGTGAATACGTTCCCGGGCCT

TGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAATGGGTTTCAAAAGAAGTAGGTAGTTAACCTT

CGGGAGGGCGCTTACCCACTTGTGATTTCATGACCG

>PPUFAM 22

TCAGGATCGGGAGACGACAGTATTGCCGTAGGCAGATCTGTTCGCCGTAACTGACGTGAA

GTACCGAAAAGGGATGGGAGGCGAACCAGACTTAGATACATAGCTAGTGCAGTCAGTACA

CGATAGGGAAGTAGTTGTGGGGTTCTTTCCACGGATTCTGTGATGCAGATAACGCATTAA

GTTCCGCGCGCGGGGAGTACGGCCGCAAGGCTATAACTCAAAGGAATTGACGGGGACCCG

CACAAGCGGCGGAGCATGCGGATTAATTTGATGCAACGCGAAGAACCCTACCAAGGCTTG

ACATACACGAGAACGGGCCAGAAATGGTCAACTCTTTGTACACTAGTGAACAGGTGGTGC

ATGGTGGTCGTCAGCTCGTGTCGTGAGAAGATGGGTTAAGTCCTGCAACGAGCGCAACCC

TCGTTATATGTTGCCAGCACGTAATGGTGGGAACTCATGGGATACTGCCGGGGTCAACTC

GGAGGAAGGTGGGGAGGAGGTCAAATCATCATGCCCCCTATGTCTTGGGCTTCACGCATG

CTACAATGGCCGGTACAAAGGGATGCAATACCGTGAGGTGGAGCGAATCCCAAAAAGCCG

GTCCCAGTTTGGATTGAGGTCTGCAACTCGACCTCATGAAGTCGGAGTCGCTAGTAATCG

CAGATCAGCAACGCTGCGGTGAATACGTTCCCGGGTCTTGTACACACCGCCCGTCAAGTC

ACGAAAGACGGGGACACCAAAGCCGGGGCCTAACCCTTGGGAGGGAGCCGTAGAAGGTGG

ATTGGAAAAAA

>PPUFAM 25

CACCCCCAGGTGGGGCGAATGGCGAACTATCTGTCCTGTACTGACATTGAGGCGGCGAAA

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106

GCGTGGAGCAACAGGATAGATACCTGGTAGTCCACGCCGTAACGATGAGTGCTAAGTGTT

AGGGGGTTTCCGCCCCTTTAGTGCTGCAGCTAACGCATTAAGCACTCCGCCTGGGGAGTA

CGGTCGCAAGACTGAAACTCAAAGGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGT

GGTTTAATTCGAAGCAACGCGAAGAACCTTACCAGGTCTTGACATCCCGTTGACCACTGT

AGAGATATGGTTTCCCCTTCGGGGGCAACGGTGACAGGTGGTGCATGGTTGTCGTCAGCT

CGTGTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTGATCTTAGTTGCCA

TCATTTAGTTGGGCACTCTAAGGTGACTGCCGGTGACAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGA

CGTCAAATCATCATGCCCCTTATGACCTGGGCTACACACGTGCTACAATGGACGATACAA

ACGGTTGCCAACTCGCGAGAGGGAGCTAATCCGATAAAGTCGTTCTCAGTTCGGATTGTA

GGCTGCAACTCGCCTACATGAAGCCGGAATCGCTAGTAATCGCGGATCAGCATGCCGCGG

TGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGAGAGTTTGTAACACCC

GAAGTCGGTGAGGTAACCTTTTGGAGCCAGCCGCCGAAGGGTGGGATAGGATGAAG

>PPUFAM 26

ATTCTGGAGGAATACCGTTGGCGATGCCGGCCCCCTGACCAAGACTGACGCTCAGTGCGA

AAGCGTGGGGAGGCAAACAGGATTAGATACCTGGTAGTCCACGCGTAACGATGTCGACTT

GGAGGTTGTGCCCTTGAGGCGTGGCTTCCGGAGCTAACGCGTTAAGTCGACCGCCTGGGG

AGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGC

ATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTGGTCTTGACATCCACGGAATTT

AGCAGAGATGCCTTAGTGCCTTCGGGAACCGTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAG

CTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGC

CAGCGGTCCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGGA

TGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGACCAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCGCATA

CAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTGCGTCGTAGTCCGGATT

GGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTGGATCAGAATGCCA

CGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTGGGTTGCA

AAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTTACCACTTGGGATTTCCATGAACT

>PPUFAM 27

GTGTGATGGGAACCACCAGGTTGGCGAAAGGCGGAACTTCTCTGATCGTACCTGACGCTG

AGGAGGCGAAAGCGTTGGGGAGGCGACAGGATTTAGATACCTTGGTAGTCCACGCCGTAA

ACGATGAGTGCTAAGTGTTAGGGGGTTTCCGCCCCTTAGTGCTGCAGCTAACGCATTAAG

CACTCCGCTGGGGAGTACGGTCGCAAGACTGAAACTCAAAGGAATTGACGGGGGCCCGCA

CAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGAAGCAACGCGAAGAACCTTACCAGGTCTTGAC

ATCCTCTGACAACCCTAGAGATAGGGCTTTCCCTTCGGGGACAGAGTGACAGGTGGTGCA

TGGTTGTCGTCAGCTCGTGTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCT

TGATCTTAGTTGCCAGCATTTAGTTGGGCACTCTAAGGTGACTGCCGGTGACAAACCGGA

GGAAGGTGGGGATGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGACCTGGGCTACACACGTGCTA

CAATGGACAGAACAAAGGGCTGCGAGACCGCAAGGTTTAGCCAATCCCACAAATCTGTTC

TCAGTTCGGATCGCAGTCTGCAACTCGACTGCGTGAAGCTGGAATCGCTAGTAATCGCGG

ATCAGCATGCCGCGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGA

GAGTTTGCAACACCCGAAGTCGGTGAGGTAACCTTTATGGAGCCAGCCGCCGAAGGTGGG

GGCAAGAATGAAT

>PPUFAM 28

AGGAAATTATCCGGGTTGGCGAAGGCGGTCCCCCTTGACAAGGACTGACGCTCAGGTGGC

GAAAGCGTGGGGAGCAAACAGATTAGATACCTTGGTAGTCACGCAGTAAACGATGTCTAC

TTGGAGGTTGTGCCCTTGAGGGCGTGGCTTCCGGAGCTAACGCGTTAAGTAGACCGCCTG

GGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGG

AGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTGGTCTTGACATCCACAGAA

CTTTCCAGAGATGGATTGGTGCCTTCGGGAACTGTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGT

CAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGT

TGCCAGCGATTAGGTCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGG

GGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGACCAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCGC

ATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTGCGTCGTAGTCCGG

ATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTGGATCAGAATG

CCACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTGGGTT

GCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTTACCACTTTGTGATTCCAATAA

CT

>PPUFAM 34

CGCAAGGGAATACCCGGGTGGGGAACGTCGCCCCCTGACCGAGACTGACGGTCAGGTGCG

AAAGCGTGGGAGCAACAAGGATTAGATACCTGGTAGTCCACGCCGTAACGATGTCGACTT

GGAGGTTGTGCCCTTGAGGCGTGGCTTCCGGAGCTAACGCGTTAAGTCGACCGCCTGGGG

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AGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGC

ATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTGGTCTTGACATCCACGGAAGTT

TTCAGAGATGAGAATGTGCCTTCGGGAACCGTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAG

CTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGC

CAGCGGTCCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGGA

TGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGACCAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCGCATA

CAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTGCGTCGTAGTCCGGATT

GGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTGGATCAGAATGCCA

CGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTGGGTTGCA

AAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTTACCACTTTTGGGATTTTCAAAGGA

CG

>PPUFAM 37

ATGATTTTGGGAAGGGAAACACCAGTGGCGAGTCGACTATTCTGTCCTGTACCTGACCAT

TGAGCGCGAAGGCGTGGGGAGCAAACAGGGATTAGATACCTGGTAGTCACGCGTAAACGA

TGAGTGCTAAGTGTTAGGGGGTTTCCGCCCCTTAGTGCTGCAGCTAACGCATTAAGCACT

CCGCCTGGGGAGTACGGTCGCAAGACTGAAACTCAAAGGAATTGACGGGGGGCCCGCACA

AGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGAAGCAACGCGAAGAACCTTACCAGGTCTTGACAT

CCCGTTGACCACTGTAGAGATATGGTTTCCCCTTCGGGGGCAACGGTGACAGGTGGTGCA

TGGTTGTCGTCAGCTCGTGTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCT

TGATCTTAGTTGCCATCATTTAGTTGGGCACTCTAAGGTGACTGCCGGTGACAAACCGGA

GGAAGGTGGGGATGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGACCTGGGCTACACACGTGCTA

CAATGGACGATACAAACGGTTGCCAACTCGCGAGAGGGAGCTAATCCGATAAAGTCGTTC

TCAGTTCGGATTGTAGGCTGCAACTCGCCTACATGAAGCCGGAATCGCTAGTAATCGCGG

ATCAGCATGCCGCGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGA

GAGTTTGTAACACCCGAAGTCGGTGAGGTTAACCTTTTGGAGCCCAGCCCGCCCGGAAGG

GGTGGGGAAT

>PPUFAM 38

ACATCACCCCGATCGCGAAAGAGAGGGACATATTTTTGATCTGAGATCGCCTCCTCTCAA

GGCGTGGAAAAGCCCGGGTGTGTGCTAAGTCCGATTTTAATACCCTGGGTAGTACCCCCG

CCGTAAAACGATGGAGTACTAATTTGTTAAGGGGGTTTTCCCCCCCCCTTACGGCTGTAG

CACACGCAATTAAGCATTCAGCTCCCCGAGTAAAGTCGCCAGCTTGAATCTCAAGTTACT

CTCGTGGGGGGCTCAACCCGGCATCTCAAGGTTGAACTGAAGGCAACCATGAGACACCTG

TCAGCGTTTCCCCCCAAGTGGACACTATATGTAGAACAGTGGTCCCACCCTAGGCAACAC

TGGTTAAAGGTTGGTGCATTGTTGTCGTATTCTCGTGTGGGGAGACGGTGTTTGAAGTCC

CGCAACGAGCGCAACCCTTGATCTTAGTTGCCATCATTTAGTTGGGCACTATAAGGTGAC

TGCCGGTGACAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGACC

TGGGCTACACACGTGCTACAATGGACGATACAAACGGTTGCCAACTCGCGAGAGGGAGCT

AATCCGATAAAGTCGTTCTCAGTTCGGATTGTAGGCTGCAACTCGCCTACATGAAGCCGG

AATCGCTAGTAATCGCGGATCAGCATGCCGCGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACA

CCGCCCGTCACACCACGAGAGTTTGTAACACCCGAAGTCGGTGAGGTAACCTTTTGGAGC

CAGCCGCCGAAGGTGGGATAGATGATG

>PPUFAM 40

AGATTTTGGAAGGAAACACCCCAGTGGCGAAAGGCGACTATCTGTCTGTACTGACACTGA

GCGCGAAAGCGTGGGAGCAACAGGATTAGATACCTGGTAGTCCACGCCGTAAACGATGAG

TGCTAAGTGTTAGGGGGTTCCCGCCCCTTAGTGCTGCAGCTAACGCATTAAGCACTCCGC

CTGGGGAGTACGGTCGCAAGACTGAAACTCAAAGGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGG

TGGAGCATGTGGTTTAATTAGAAGCAACGCGAAGAACCTTACCAGGTCTTGACATCCCGT

TGACCACTGCACACATACGGTTTCCCCTTCGGGGGCAACGGTGACAGGTGGTGCATGGTT

GTCGTCAGCTCGTGTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTGATC

TTAGTTGCCATCATTTAGTTGGGCACTCTAAGGTGACTGCCGGTGACAAACCGGAGGAAG

GTGGGGATGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGACCTGGGCTACACACGTGCTACAATG

GACGATACAAACGGTTGCCAACTCGCGAGAGGGAGCTAATCCGATAAAGTCGTTCTCAGT

TCGGATTGTAGGCTGCAACTCGCCTACATGAAGCCGGAATCGCTAGTAATCGCGGATCAG

CATGCCGCGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGAGAGTT

TGTAACACCCGAAGTCGGTGAGGTAACCTTTTGGAGCCAGCCGCCGAAGGTGGGATAGGA

TGAT

>PPUFAM 43

TGATGTAAACACCCCATGTTGGCGAAGCCGACCTTTCTGTTCTGTTAACTTGACACTGAG

GCTCGGAAAGCGTGGGAGCCAAACAGGATTTAGATATCCTTGTTAGTTCCAACGCCCGTA

AACCGATGAGATGCTAAAGTGTTTAGAAGGGGTTTCCCGCCCTTTAGTGGCTGGAAGCTA

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AACGCCATAAAGCAATTCCGCCCTGGGGAGTTACGGCCGGCAAGGTTGAAAATCTAAAAG

AATTGACGGGGGCCCCGCACCAGCGGTTGAGCCTGTGGTTTAATTTGAAGCAACGCGAAG

AACCTTACCAGGTTTTGACATCCTTTGACCACCCTAGAGATAGGGGTTTCCCTTTGGGGG

CAAAATGACAGGTGGTGCATGGTTGTTGTCAGCTTGTGTTGTGAGATGTTGGGTTAAATC

CCGCAACGAGGGCAACCCTTTATTTTAGTTGCCATCATTTAGTTGGGCACTTTAAGGGGA

CTGCCGGTGACAAACCGGAGGAAGGGGGGGAAGAAGTCAAATCATCATGCCCCTTATGAC

CTGGGGTACCCACGTGGTACAATGGGAAGTACAAAGAGGTGCCAAGTCGGGAGGGTGAGG

TAATTTCCTAAAACCTTTTTCAGTTTGGATTGTAGGGTGCAAATTGCCTACCTGAAACCG

GAATCGGTTGTAATTGGGGATCAGCCAGCCGCGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACAC

CCCCCCCGTCACCCCCCGAGAATTTGGAACCCCCGAAGTCGGTGGGGTAACCTTTTTGGA

GCCAGCCGCCTAAGGTGGACAGATGAAT

>PPUFAM 44

TGATAAAACTGAGACTGCGGAAGGGCTCTGGAAAAGCGTTGGGAAGCCAAACAGGAACTA

AGATACCTGGTAAGTTCCATGCCGTAACGAATGAAGTAGCTTAAGTGTTGGAGGGTTTGC

GGCCCTTCAGTGCTGCAAGCTAACGGCAATAAAGCACTCCGCCTTGGGAAGTTACGAACG

CAAGGTTGAAAACTCAAAAGGAATTGACGGGGGCCCGCACAAAGCGGTGGAGCATGTGGT

TTAATTCGAAGCAACGCGAAGAACCTTACCAGGTCTTGACATCCTTTGACCACTCTAGAG

ATAGAGCTTCCCCTTCGGGGGCAAAGTGACAGGTGGTGCATGGTTGTCGTCAGCTCGTGT

CGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATTGTTAGTTGCCATCATT

TAGTTGGGCACTCTAGCGAGACTGCCGGTGACAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCA

AATCATCATGCCCCTTATGACCTGGGCTACACACGTGCTACAATGGGAAGTACAACGAGT

CGCGAAGTCGCGAGGCTAAGCTAATCTCTTAAAGCTTCTCTCAGTTCGGATTGTAGGCTG

CAACTCGCCTACATGAAGCCGGAATCGCTAGTAATCGCGGATCAGCACGCCGCGGTGAAT

ACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGAGAGTTTGTAACACCCGAAGT

CGGTGAGGTAACCTTTGGAGCCAGCCGCCTAAGGTGGGATTAGGAATGAATT

>PPUFAM 45

CTCGGGACGAAATACCCGGTTGCGCACGCGGCACCTGGACAAGGATCTGACGTTCAGTGC

GAAAGCGTGGGGAGCAAACAGGATTAGATAACTTGGTAGTCCACGCTGTAAACGATGTCG

ACTTGGAGGTTGTGCCCTTGAGGCGTGGCTTCCGGAGCTAACGCGTTAAGTCGACCGCCT

GGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTG

GAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTACTCTTGACATCCAGAGA

ATTTGCTAGAGATAGCTTAGTGCCTTCGGGAACTCTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCG

TCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTG

TTGCCAGCAAGTAATGGTGGGAACTCAAAGGAGACTGCCGGTGATAAACCGGAGGAAGGT

GGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACACACGTGCTACAATGGC

ATATACAAAGAGAAGCGAACTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTATGTCGTAGTCC

GGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTAGATCAGAA

TGCTACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTGGG

TTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGGCTTTACCACTTTGGGGAC

>PPUFAM 46

GGGGGGGGTCTGGGGAGACTCGTATAGTGACCGCCGGGGATTCGGCCGCATGTTAATTTA

AATTATTTAGGGGCCCCCAACGGTTGGAGCATGGGTATAATGTGTGCAACGCGAAGAACC

TTACCAACTTTTGCCTCCGAGAAATTGTTAGAAAAAGCTTAGTCCTTCGGGGACTTTGAG

ACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAAGTTGGTTAAAGTCCCGCAACG

AGCGCCAACCTTATTCTTTGTTGCCAGCGGTTCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAG

TGATAAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGC

TACACACGTGCTACAATGGCGCATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCT

CATAAAGTGCGTCGTAGTCCGGATCGGAGTCTGCAACTCGACTCCGTGAAGTCGGAATCG

CTAGTAATCGTAGATCAGAATGCTACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCC

CGTCACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCT

TACCACCTTGGTGATTCCAAGAACG

>PPUFAM 51

GTACTGGACACCTGAGGGCGCGAAGCGTGGGAGCAACAGGATAGATACTGTAGTCAGCGG

TAACGATGAGTGCTAGTGTAGAGGGTTCCGCCTTAGTGCTGAGGTACGCATTAAGCACTC

CGCTGGGGGAGTACGGCGCAAGGCTGAAACTCAAAGGGAATTGACGGGGGCCCGCACAAG

CGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGAAGCAACGCGAAGAACCTTACCAGGTCTTGACATCC

TCTGAAAACCCTAGAGATAGGGCTTCTCCTTCGGGAGCAGAGTGACAGGTGGTGCATGGT

TGTCGTCAGCTCGTGTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTGAT

CTTAGTTGCCATCATTAAGTTGGGCACTCTAAGGTGACTGCCGGTGACAAACCGGAGGAA

GGTGGGGATGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGACCTGGGCTACACACGTGCTACAAT

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GGACGGTACAAAGAGCTGCAAGACCGCGAGGTGGAGCTAATCTCATAAAACCGTTCTCAG

TTCGGATTGTAGGCTGCAACTCGCCTACATGAAGCTGGAATCGCTAGTAATCGCGGATCA

GCATGCCGCGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGAGAGT

TTGTAACACCCGAAGTCGGTGGGGTAACCTTTATGGAGCCAGCCGCCTAAGGTGGGACAG

AAGAT

>PPUFAM 52

TGACATAATACTGCTGAGGAGGCGTCCTCAGAAGAAGACGTGCTGAGGCAGAGCACACAC

CATATGTATAGAGTATCCCCCCTCTGTGATGTCCCCCTCCGCTCTAATAACATGGAGAGA

TTCATAATATAGAGAGGGGTATTATATATTTTTTTTTGATTATGCGCAAAAAACACAAAA

ACCCCCCCCCCCGGGGGGGGGGCCCCCCCCAAGGGTTAAAAACTAAAAAAAAATTGGGGG

GGGGCCCCCCCCACAAGGGGGGGGGCCCTGGGTTTTTTTTTTTTGAAAAAAAACGGAAAA

AACCCCTTTCCCGGTTTTTAAAAAAATTCTGGTTTTTTTTCAAAAAAAAAGGGAAATTTC

CTTTGGGGGCCCGGGGGAAAACGGGGGGGGCCAGGGGTTTTTCTTCAGGCTCGGTTTCGG

AAAAATTTTGGGGTTAAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCCTTTTTGTTAGTTGCCATCAT

TAAGTTGGGCACTCTAACGAGACTGCCGGTGATAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGACGTC

AAATCATCATGCCCCTTATGACCTGGGCTACACACGTGCTACAATGGATGGTACAACGAG

TCGCGAGACAGTGATGTTTAGCTAATCTCTTAAAACCATTCTCAGTTCGGATTGTAGGCT

GCAACTCGCCTACATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGCGGATCAGCACGCCGCGGTGAA

TACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGGGAGTTGGGAGTACCCGAAG

TAGGTTGCCTAACCGCAAGGAGGGCGCTCCTAAGGTAAGGACCCGAATGAACT

>PPUFAM 53

ATTTGACATTGGAGGGGGCGAAAGCGTGGGGGAGCAAACAGGGATTAGATACCTGGTAGT

CCCACGCCGTAAACGATGAGTGCTAAGTGGTAGGGGGTTTCCGCCCCTTAGTGCTGCAGC

TAACGCATTAAGCACTCCGCCTGGGGAGTACGGTCGCAAAGACTGAAACTCAAAGGGAAT

TGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGAAGCAACGCGAAGAACC

TTACCAGGTCTTGACATCCCGTTGACCACTGTAGAGATATGGTTTCCCCTTCGGGGGCAA

CGGTGACAGGTGGTGCATGGTTGTCGTCAGCTCGTGTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCC

GCAACGAGCGCAACCCTTGATCTTAGTTGCCATCATTTAGTTGGGCACTCTAAGGTGACT

GCCGGTGACAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGACCT

GGGCTACACACGTGCTACAATGGACGATACAAACGGTTGCCAACTCGCGAGAGGGAGCTA

ATCCGATAAAGTCGTTCTCAGTTCGGATTGTAGGCTGCAACTCGCCTACATGAAGCCGGA

ATCGCTAGTAATCGCGGATCAGCATGCCGCGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACAC

CGCCCGTCACACCACGAGAGTTTGTAACACCCGAAGTCGGTGAGGTAACCTTTTGGAGCC

AGCCGCCGAAGGTGGGATAAGAAGGATT

>PPUFAM 54

GTAGAGAAACCACCCAAGGTGGCGAGGCGGACTTTCTGGTCTGTAACTGACCTTGAAGCG

CGAAAGCCGTGGAAGCAAACAGGATTTAGATACCTTGGTAAGTCCCACGCCGTAACCGAT

GAGTGCTAAGTTGTAGGAGGGTTTCCCGCCCCTTTAGGTGCTGAAAGTTAACGCATTAAG

CACTCCCCTGGGGAAGTCGGCCGCCAAGGCTGAAATTCAAAGAATTTGCGGGGGCCCCGC

CCAAGCGGTGGAGCATTGGTTAAATTGGAAGCAACCGAAAGAACTTACCCAGTTCTGGAC

TCCTTCGACCAACCCAGAGGAAAGGGTTTCTCTTTGGGGACCAGAGTGCAAGGTGGGCCA

TGGTGTTGTTCAGTTGGTTTCGTGAGATGTTGGGTTAATTCCGGCAAGGAGCCCAACCCT

TGTTTTTAGTTGCCTCCATTCAGTTGGCCATTTTAAGGTGACTGCCGGGGACAAACCGGA

GGAAGGTGGGGAGGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGCCTTGGGCTACACACGTGTTC

CAATGGACGGTACAAAGAGCTGCAAGCCCGCGAGGGGGAGTTATTTCCATAAACCCGTTT

TCAGTTCGGATTGTAGGCTGCAATTCGCCTCCAGGAAGCGGGAATCGTTAGTAATCGGGG

ATCACCATGCCGCGGGGAATAGGTTCCCGGCCCTTGTACACCCCCCCCGTCCCACCACGA

AAGTTGGAACCACCGGAAGTCGGTGGGGTACCCTTTGGAGCCAGCCGCCTAAGGGGGGAC

AAGAGTAT

>PPUFAM 55

AGTAAACACCCCAGGTGGGCGAATGCCGACTTTCTGTTCCTGTACTGACGCTGATGTGCG

AAAGCGTGGGGATCAACAAGATTAGATACCTGGTAGTCCACGCCGTAAACGATGAGTGCT

AAGTGTTAGGGGGTTCCCGCCCCTTAGTGCTGCAGCTAACGCATTAAGCACTCCGCCTGG

GGAGTACGACCGCAAGGTTGAAACTCAAAGGAATTGACGGGGACCCGCACAAGCGGTGGA

GCATGTGGTTTAATTCGAAGCAACGCGAAGAACCTTACCAAATCTTGACATCCTTTGAAA

ACTCTAGAGATAGAGCCTTCCCCTTCGGGGGACAAAGTGACAGGTGGTGCATGGTTGTCG

TCAGCTCGTGTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTAAGCTTAG

TTGCCATCATTAAGTTGGGCACTCTAGGTTGACTGCCGGTGACAAACCGGAGGAAGGTGG

GGATGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGATTTGGGCTACACACGTGCTACAATGGACA

ATACAAAGGGCAGCTAAACCGCGAGGTCATGCAAATCCCATAAAGTTGTTCTCAGTTCGG

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ATTGTAGTCTGCAACTCGACTACATGAAGCTGGAATCGCTAGTAATCGTAGATCAGCATG

CTACGGTGAATACGTTCCCGGGTCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGAGAGTTTGTA

ACACCCGAAGCCGGTGGAGTAACCATTTATGGAGCTAGCCGTCGAAAGGTGGGACAAAAA

TAAC

>PPUFAM 57

TTCACGATGAGCTTGGATATAATATGGAGTACTAGAAATTATGTAGTGTAGCGGTGGAAT

GCTAGATATTACATTGAATCCAATTGCGAAGGCAGGTTACTACGTATTTATGACGCTGAT

GAACGAAAGCGTGGGGAGCGAACAGGATTTAGATACCCTTGGTAGTCACGCGTAAACGAT

GGATACTAGCTGTTCGGTTTTTCGGTCTGAGTGGCTAAGCGAAAGTGATAAGTATCCCAC

CTGGGGAGTACGTTCGCAAGAATGAAACTCAAAGGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGG

TGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGATACGCGAGGAACCTTACCAGGGCTTAAATGTAGAT

TGACAGATTTGGAAACAGATTTTTCTTCGGACAATTTACAAGGTGCTGCATGGTTGTCGT

CAGCTCGTGCCGTGAGGTGTCAGGTTAAGTCCTATAACGAGCGCAACCCCTATTGTTAGT

TACCATCGCGTAGTGGCGGGGACTCTAGCAAGACTGCCGGTGCAAACCGTGAGGAAGGTG

GGGATGACGTCAAATCATCACGGCCCTTACGTCCTGGGCTACACACGTGCTACAATGGCA

AGTACAGAAAGCAGCTACCTGGCAACAGGATGCGAATCTCCAAAGCTTGTCTCAGTTCGG

ATTGGAGTCTGCAACTCGACTCTATGAAGCTGGAATCGCTAGTAATCGGATATCAGCCAT

GATCCGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCTGTTCTAAAAAATTGGAAT

>PPUFAM 58

TTGGCGTGATAGAGAATATTGAGGGAAACACCAGGTGGCGAGCGACTTCTGGTCTGTAAA

CTGAACATTGAAGGCGCGAAGCGTGGGGAGGCAAACAGGATTAGATACCTTGGTAGTTCA

ACGCGTAAACGATGAGTGCTAAGTGTAGAAGGGTTTCCGCCCTTTAGTGTTGAAGTTAAC

GCATTAAGCATTCGCCTGGGGGAGTACGCCGGCAAGGCTGAAATTCAAAGGATTTGACGG

GGGCCCGAACAAGGGGTGAAGCATGTGTTTTATTTGGAAGCAAGCGGAAGACCCTTACCA

GTTCTGAACTTCTTCGGACAACCTTAGAGATAGGGTTCTTCTTTCGGGAGCAGAGTGCAA

GGTGGGGCATGGTGGTCTTCAGTTGGGTTCGTGAGATGTTGGGTTAATTCCCGCAACGAG

CGCAACCCTTGTTTTTAGTTGCCTTCATTCAGTTGGCCATTTTAAGGGGACTGCCGGTGC

CAACCCGGAGGAAGGTGGGGAGGAGGTCAATTCTTCATCCCCCTTATGCCCTGGGTTCCA

CACGTGTTCCAATGGACGGTACAAAGAGTTGCAAGACCGGGAGGGGGAGTTATTTTCATA

AACCCGTTTTCAGTTGGGATGGTAGGTTGCAATTGGCTTCCAGGAAGCGGGAATCGTTGG

TAATCGGGGATCACCATGCCGCGGTGAATAGGTTCCCGGCCCTTGTACACCCCCCCCGTC

CCACCACGAAAGTTGGGACCACCGGAAGTCGGTGGGGTACCCTTTTGGAGCCAGCCGCCT

TAAGGGTGGG

>PPUFAM 59

TGGAAGGAAACCACCCAGTGCGAAGCCGACTTTCTGTCGTACTGACATTGAGGCGCGGAA

AGCGGTGGGAGCAACAGATTTAGGATTACCCTGGTAGTTCCACGCCGTTAACGATGAGGT

GCTAAGTGTTAAGAAGGGGTTTTCCCGCCCCTTTAGTTGCTGAAAGTAACGCCATTAAGC

ACTCCGCCTTGGGAGTAAGGCCGCAAGGCTGGAAATCAAAAGAAATGACGGGGGCCCCCA

CCAGCCGGTGAGCCAGTTGTTTAATTCGGAACCAACCGAAGAAACCTACCCAGTTCTTAC

ATCCTTCGACCACCCTAAAGATAAGGCTTTTCCCTTCGGAACCGAATGACCGGTGGGGCC

AGGTTGTTGTTCAGTTGGTTTGTGAGAAGGTGGGGTAAATTCCGCAAAGAGGGCCACCCC

TGATTCTAGTTGCCCTCCATTAATTGGGCCATTTAAGGGGAACGCCGGGGGCCAACCGGA

GGAAGGGGGGGAAGAAGTCAAATTCTCCTTCCCCTTATGACCTGGGGTACCCCCCTGGTT

CAAAGGGCGGTACAAAGAAGTGCAAGGCCCGGAGGGGGAAGTAATTTTATAAAACCCTTT

TCCATTTGGAATGTAGGGTGCAAATTGCCTACCAGAAAGCGGAATTGGTTGTAATTGGGG

ATCAGCCAGCCGCGGGGAAAAAGTTTCCCGGCCTTGGACCCCCCCCCCGTCCCCCCCCGA

GAAATTGGAACCCCCGAAGTTGGTGGGGTAACCTTTTGGAGCCAGCCGCCTAAGGTGGGA

CAAGATGGAT

>PPUFAM 63

AAGAGAAGATATATTGGGAGGAAACACCCAAGTGGCGAGCCGACCTTTCTGGTCGTAACT

GACAACTGAGGCGCGGAAAGCGTGGGAGCCAAACAAGGATTAGAATAACCTTGTAGTCCA

CGCCGTTAAACGATGAAGTGGCTAAAGTGGTAGAGGGTTTCCGCCCTTTTAGTGGCTGAA

AGTTAAACGCAATAAAGCAACTCCGCCTGGGGAGGTACGGCCGCAAGGCTGAAACTTCAA

GGAAATGACGGGGGGCCCGCACCAAGGGGGGGACATGGGGTTTTATTCGGAGGCAACCGG

AAGAACTTACCCGGTTCTTACATCCTTCTGCAACCCCAGAGATAGGGGTTCTTCTTTGGG

AGCAGAATGACCGGTGGGGCAAGGTTGTTGTCAGGTTGGGTTGTGAGATGTTGGGTTAAG

TCCCGCAACGAGGGCCACCCTTGATTTTAGTTGCCCTCCTTAAATTGGGCCATTTAAGGT

GAACGCCGGTGACCAACCGGAGGAAGGTGGGGAAGAAGTCAAATTCTCCTGCCCCTTATG

ACCTGGGGTACCCCCCTGGTTCAAAGGGCGGTACAAAGAAGTGCAAGGCCCGGAGGGGGA

GGTAATTTTATAAAACCGTTTTCCATTTGGATTGTAGGGTGCAAATTGCCTACCAGAAAG

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CGGAATTGGTTGTAATTGGGGATCAGCCAGCCGCGGTGAATAAGTTTCCGGGCCTTGTAC

CCCCCCCCCGTCCCCCCCCGGGAATTTGGAACCCCCGAAGTTGGTGGGGTAACCTTTTTG

GAGCCAGCCGCCTAAGGTGGGACAGATGAT

>PPUFAM 64

TCATGGAGGGAAAACACCCAGTGGCGAAAGCGACCTTTCTGGTCGTAACTGACACTGAGG

CGCCGAAAGCGTGGGGAGCAAACAGGATTAGAATAATCCCTTGGTTAGTCCCACGGCCGT

TAAACCGAATGAGGTGGCTTAAGTGGTTAGAAGGGTTTCCCGCCCCTTTAGTGCTTGAAA

GTTAACGCCAATAAAGCATTCCGCCCGGGGAGTACGGCCGCAAGGCTGAAAATCAAAGGA

ATTGACGGGGGCCCGCACCAGCGGTTGAACCAGTGGTTTAAATCCAAACAACGGGAAGAA

CCTTACCCGGTCTTGACCTTCTTCGACAACCCTAGAGAAAAGGGTTTTCCTTTGGGAACA

GAATGACCGGTGGGGCAAGGTTGTTGTCAGGTTGGGTTGTGAGAAGGTGGGTTAAGTTCC

GCAACGAGGGCCACCCCTGATTTTAGTTGCCCTCCATAAATTGGGCCATTTAAGGTGACT

GCCGGGGACCAACCGGAGGAAGGTGGGGAAGAAGTCAAATTCTCCTGCCCCTTATGACCT

GGGGTACCCCCGTGGTACAAAGGGCGGTACAAAGAAGTGCAAGGCCCGGAGGGGGAAGTA

ATTTTATAAAACCGTTTTCCATTTGGATTGTAGGGTGCAAATTGCCTACCAGAAAGCGGA

ATTGGTTGTAATTGGGGATCAGCCAGCCGCGGGGAATAAGTTCCCGGGCCTTGTACCCCC

CCCCCGTCCCCCCCCGAGAATTTGGAACCCCCGAAGTTGGTGGGGTAACCTTTTTGGAGC

CAGCCGCCTAAGGTGGACAGATGAAT

>PPUFAM 70

TCTACCGCCGTGGTTAAAATGGGCGCGAGAGAGGAATATTGGAAGGAAACACCCAGTGGG

CGAATGGCGACTTTCTGTTCTTTAACTGACGCTGATGTGGCGAAAGCGGGGGATCAAACA

GGGATTAGATACCTGGTAGTCACGCAGTAAACCGATGAGTGCTAAGTGTTAGGGGGTTTC

CGCCCCTTTAGTGCTGCAGCTAACGCATTAAGCACTCCGCCTGGGGAGTACGACCGCAAG

GTTGAAACTCAAAGGAATTGACGGGGACCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTC

GAAGCAACGCGAAGAACCTTACCAAATCTTGACATCCTTTGAAAACTCTAGAGATAGAGC

CTTCCCCTTCGGGGGACAAAGTGACAGGTGGTGCATGGTTGTCGTCAGCTCGTGTCGTGA

GATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTAAGCTTAGTTGCCATCATTAAGTT

GGGCACTCTAGGTTGACTGCCGGTGACAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAATCA

TCATGCCCCTTATGATTTGGGCTACACACGTGCTACAATGGACAATACAAAGGGCAGCTA

AACCGCGAGGTCATGCAAATCCCATAAAGTTGTTCTCAGTTCGGATTGTAGTCTGCAACT

CGACTACATGAAGCTGGAATCGCTAGTAATCGTAGATCAGCATGCTACGGTGAATACGTT

CCCGGGTCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGAGAGTTTGTAACACCCGAAGCCGGTG

GAGTAACCATTTATGGAGCTAGCCGTCGAAGGTGGGACAAATGACTG

>PPUFAM 71

TGTCGCAAAAGGGCCGACTTTCTGTTCTGTAACCTTGACGCTTGAATGTGCGAAGCGTGG

GAATCCAAACAGAATTAGGATACCCTGGGTAGTTCACGCCCGTAACGATGAGTGCTAAGT

GTTTAGGGGGGTTTTCCGCCCCTTAGTGCTGCAGCTAACGCATTAAGCACTCCGCCTGGG

GAGTACGACCGCAAGGTTGAAACTCAAAGGAATTGACGGGGACCCGCACACAGCGGTGGA

GCATGTGGTTTAATTTGAAGCAACGCGAAGAACCTTACCAAATCTTGACATCCTTTGACA

ACTCTAGAGATAGAGCCTTCCCCTTCGGGGGACAAAGTGACAGGTGGTGCATGGTTGTCG

TCAGCTCGTGTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTAAGCTTAG

TTGCCATCATTAAGTTGGGCACTTTAAGTTGACTGCCGGTGACAAACCGGAGGAAGGTGG

GGATGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGATTTGGGCTACACACGTGCTACAATGGACA

ATACAAAGGGCAGCGAAACCGCGAGGTCAAGCAAATCCCATAAAGTTGTTTTCAGTTCGG

ATTGTAGTGTGCAACTTGACTACATGAAGCCGGAATCGCTAGTAATTGTAGATCAGCATG

CTACGGTGAATACGTTCCCGGGTCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGAGAATTTGGA

ACACCCGAAGCCGGTGGAGTAACCTTTTAGGAGCTAGCCGTCGGAAAGGGTGGGAAA

>PPUFAM 72

CGACGTAGGATCGTCGTTGAAGATCACTACAGAGATAGTGTATCCCTGCGTATCCACGCC

TAAAAGAGTAGTGTTAAAGTGTGTTAGGGGGTTCGCCCCTTAATCGTGTGCAGTAAAGCC

TCTAACCACTCTCGCCGGGGGGATACGGTGCCAAGACGAAACTAAAAGGAATTACCGGGG

GGCCGCACAAAGGGGTGGGCACAGTGGGTTAATTTGGAAGCAACGGGAAAAACCTTACCA

AGTTTTGACTTCCCGTTGAACCACTGAGAAAATATGGTTTCCCCTTTGGGGGAAACGGGA

CCGGTGGGGCCAGGGTGTTGGTCAGCTGGTTTGTAAATGTTGGGTAAAGTCCCCGCAAAG

AGGCGCACCCCTTGATTTAGTTGCCATCATTTAGTTGGGGCACTTTAAGGTGACTGCCGG

TGACAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGACCTGGGCT

ACACACGTGCTACAATGGACGATACAAACGGTTGCCAACTCGCGAGAGGGAGCTAATCCG

ATAAAGTCGTTCTCAGTTCGGATTGTAGGCTGCAACTCGCCTACATGAAGCCGGAATCGC

TAGTAATCGCGGATCAGCATGCCGCGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCC

GTCACACCACGAGAGTTTGTAACACCCGAAGTCGGTGAGGTAACCTTTTGGAGCCAGCCG

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CCGAAGGTGGGAATAAGATGAAT

>PPUFAM 74

CGTCATGCATCATAATATTCCCCGGTGTGGGCGAAAGGACGGTCCCCCTGGAACCAAAGG

ACTGACGCTCCCAGGGTGCGGAAATGCGTGGGGGAGCAATACAGGAATTAGAATACCCCT

GGTAGTTCAACGCGTAAACGATGTCGGACTTGGAGGTTGTGCCCTTGAGGCGTGGCTTCC

GGAGCTAACGCGTTAAAGTCGACCGCCTGGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAAT

GAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAG

AACCTTACCTACTCTTGACATCCAGAGAACTTTCCAGAGATGGATTGGTGCCTTCGGGAA

CTCTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTC

CCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTTAGGCCGGGAACTCAAAGGAG

ACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGA

GTAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCATATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAG

CGGACCTCATAAAGTATGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTC

GGAATCGCTAGTAATCGTGGATCAGAATGCCACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACA

CACCGCCCGTCACACCATGGTTTTGAGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTGGGGA

GGGCGCTTACCCACTTTGGGGACTCCAAGGAGG

>PPUFAM 228

AGTGTGGAACTTTTAGGTTCGTACTGACCTTAGGCGAAGCTTGGAGCAACTGATCAGTAC

CTGCTAAGTTCAGCGTAACGAATGAGTGCTAAGTGTTTAGGGGGGTTTTCGCCCCTTTAG

TGCTGCAGCTAACGCAATTAAGCACTCCGGCTGGGAGTACGGTCGCAAAGACTGAAACTC

AAAGGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGAAGCAACGC

GAAGAACCTTACCAGGTCTTGACATCCCGTTGACCACTGTAGAGATATAGTTTCCCCTTC

GGGGGCAACGGTGACAGGTGGTGCATGGTTGTCGTCAGCTCGTGTCGTGAGATGTTGGGT

TAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTGATCTTAGTTGCCATCATTTAGTTGGGCACTCTA

AGGTGACTGCCGGTGACAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAATCATCATGCCCCT

TATGACCTGGGCTACACACGTGCTACAATGGACGATACAAACGGTTGCCAACTCGCGAGA

GGGAGCTAATCCGATAAAGTCGTTCTCAGTTCGGATTGTAGGCTGCAACTCGCCTACATG

AAGCCGGAATCGCTAGTAATCGCGGATCAGCATGCCGCGGTGAATACGTTCCCGGGCCTT

GTACACACCGCCCGTCACACCACGAGAGTTTGTAACACCCGAAGTCGGTGAGGTAACCTT

TTGGAGCCAGCCGCCGAAGGTGGGAATAGGAGGAAA

>PPUFAM 229

GGAATGGCGCAAGTATCATGAAGAACACCTGATTGCGATGCAGATCTCGGCGTAACTGAA

CGCTGAGGAGCGAAAGGGTGCGTAGCCAACAAGCTTAGATACCCTGGTAGTCACCCCGTA

AACGTTGGGAAACTAGTTGTGGGTCCATTCCACGGATTCCCGTGACGCAGCTAACGCATT

AAGTTCCCCGCGTGGGGAGTACGGCCGCAAGGCTAAAACTCAAAGGAATTGACGGGGACC

CGCACAAGCGGCGGAGCATGCGGATTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCAAGGCT

TGACATATACGAGAACGCTGCAGAAATGTAGAACTCTTTGGACACTCGTAAACAGGTGGT

GCATGGTTGTCGTCAGCTCGTGTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAAC

CCTCGTTCTATGTTGCCAGCACGTAATGGTGGGAACTCATGGGATACTGCCGGGGTCAAC

TCGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGTCTTGGGCTTCACGCA

TGCTACAATGGCCGGTACAAAGGGCTGCAATACCGTGAGGTGGAGCGAATCCCAAAAAGC

CGGTCCCAGTTCGGATTGAGGTCTGCAACTCGACCTCATGAAGTCGGAGTCGCTAGTAAT

CGCAGATCAGCAACGCTGCGGTGAATACGTTCCCGGGTCTTGTACACACCGCCCGTCAAG

TCATGAAAGTCGGTAACACCTGAAGCCGGTGGCCCAACCCTTGTGGAGGGAGCCGTCGAA

GGGGGGCATCCGGAAATTTT

>PPUFAM 232

TCGAGAATATCCGTGGCAGCGCCTGACAAGCTGACTCAGTGGGAGCTGGAGCACAGGATT

AGATACTTGTAGTCAGCGTACGAAGTCGACTGAGTTGTGCCTGAGCGTTGCTCCGAGCTA

ACGCGTTAAGTCGACGCTGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGG

GGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTA

CTCTTGACATCCAGGGAACTTAGCAGAGATGCTTTGGTGCCTTCGGGAACTGTGAGACAG

GTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGC

GCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGATTCGGTCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGA

TAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGGGTAC

ACCACCTGCTTCAATGGCATATACAAAAAGGAAAGGCCCCCCCGGGGGGCCCAGGGGCCT

TCTTAAAGTAGGTGTTGTTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATC

GCTAGTAATCGTGGATCAGAATGCCACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGC

CCGTCACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGC

TTACCACCTTTTTGAATTCAATAACC

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113

>PPUFAM 233

CAACGGCGTCGAGCTCTCTCCGTGTGCATGAATACTGATCACTTGAGGCGTCGAAAGCTG

TGGGAGAGCCAAACCAGGATAGATACCTTGGTAAGTCACAGCCCGTAAACGATGATGGTA

AGGGTTTATGGGCTTCCGGCCCTTTAGTGCTGAAGTAACGCATTAAGCACTCCGCCTGGG

GAGTACGGCCGCAAGGGTGAAAATTCAAAGAAATGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAG

CATGTGGTTTAATTTGAAGCAACGCGAAGAACCTTACCAGGTCTTGACATCCTTTGAAAA

CCCCAGAGATAGGGGTTTTCCTTTGGGAACAGAAGACAGGGGGTGCATGGTTGTTGTCAG

CTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTGATTTTTGTTGC

CATCATTTAGTTGGGCAATTTAAAGGGGACGCCCGGGGCAAACCGGGAGGAAGGGGGGGA

GGAGTCAAATTCTTCATCCCCCTTTGGCCTGGGGTACCCCACGTGTTCCATGGGCGGTTA

AAAAAAGGGGGCAAACCCCCGGGGGGGAAGTAATCTTCTTAAACCGTTTTCAATTCGGGA

TGTAGGTTGCCAATTGCCCTCCAGGAAGTGGAAATGGTTGTAATCGCGGGTTCGCAATCC

CCGGTGAAATAGTTTCCCGGCCTTGGACCCCCCCCCCGTCACACCACGGGAATTTGGACC

CCCGAAGTTGGGGGGGTAACCTTTTGGAGCCAGCCGCCTAAGGTGGGACAAGAGGAAT

>PPUFAM 234

AACGCGAAGAAACCTTACCAGGTCTTGACATCCCCTCTGACCGGTACAGAGATGTACCTT

TCCTTCGGGACAGAGGAGACAGGTGGTGCTAGGTTGTCGTCAGCTCGTGTCGTGAGATGT

TGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTGATCTTAGTTGCCAGCATTTCGGATGGGC

ACTCTAAGGTGACTGCCGGTGACAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAATCATCAT

GCCCCTTATGACCTGGGCTACACACGTACTACAATGGCCGGTACAACGGGCCGCGAAGCC

GCGAGGTGGAGCTAATCCTAAAAAGCCGGTCTCAGTTCGGATTGCAGGCTGCAACTCGCC

TGCATGAAGTCGGAATTGCTAGTAATCGCGGATCAGCATGCCGCGGTGAATACGTTCCCG

GGTCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGAGAGTTTATAACACCCGAAGTCGGTGGGGT

AACCGCAAGGAGCCAGCCGCCGAAGGGGGAAAAGAGAT

>PPUFAM 236

GCGTTTAAGTCGCTCGCCTTGGGGGGAGTTCGTCCCTCAAGCTTTAAAATTCAAAATGAA

TTGATGGGGGCCCGCCACAAGTGGGGAAAAAAAGAGGTTTAAAATAAGATGCAACGCGAA

GAACTTTACCTTCTTTTGACATCCAGGGAATTTTGGCAGAGATGTTTTAGTGCCTTTGGG

AACTGTAAGACAGGTGCTGCAGGGCTGTCGTCAGCCGTGTGTGAAATGTTGGGTTAAGTC

CCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGTGATTCGGTCGGGAACTCAAAGGAG

ACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGA

GTAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCATATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAG

CGGACCTCATAAAGTATGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTGGACTCCCGAAGTCG

GAATCGTTAGTAATCGTGGATCAGAATGCCACAGTAAATACTTTCCCGGCCCTTGTACAC

ACCCCCCGTCACCCCATGGGAAGGGGTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGG

GGCCCTTCCCCACTTTGTGGTTTCAAGGGGC

>PPUFAM 238

GAGCATGTGGTTTAATTTCGAAGCAACGCGAAGAACCTTACCAGGTCTTGACATCCTCTG

ACAACCCTAGAGATAGGGCTTTCCCCTTCGGGGGACAGAGTGACAGGTGGTGCATGGTTG

TCGTCAGCTCGTGTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTGATCT

TAGTTGCCAGCATTCAGTTGGGCACTCTAAGATGACTGCCGGTGACAAACCGGAGGAAGG

TGGGGATGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGACCTGGGCTACACACGTGCTACAATGG

ACGGTACAAAGGGCTGCAAGACCGCGAGGTTTAGCCAATCCCATAAAACCGTTCTCAGTT

CGGATTGTAGGCTGCAACTCGCCTACATGAAGCTGGAATCGCTAGTAATCGCGGATCAGC

ATGCCGCGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGAGAGATT

TGTAACACCCGAAGTCCGTGTGGAGGTTAAAACCCCTTT

>PPUFAM 239

TAATTGGCGGTTAAGAGAAGATTCTGGAGGAAATACCCGGTGGCGAGCCGCTTCTGGACG

AAGACTGACGCTCAGGTGCGAAAGCGTGGGGAGCAAACAGGATTAGATACCTGGTAGTCA

CGCTGTAAACGATGTCGATTTGGAGGTTGTGCCCTTGAGGCGTGGCTTCCGAAGCTAACG

CGTTAAATCGACCGCCTGGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGG

GGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTA

CTCTTGACATCCAGCGAATCCTGTAGAGATACGGGAGTGCCTTCGGGAACGCTGAGACAG

GTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGC

GCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTTCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGA

TAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACA

CACGTGCTACAATGGCGTATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATA

AAGTACGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAG

TAATCGTGGATCAGAATGCCACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTC

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ACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTTACC

ACTTTGTGATCATGAC

>PPUFAM 246

GAAATTACCGATGGCGAAGGGCAGTCAATCTGCTTATTACCTGACACTGAGGTGCGAAAG

CATGGGGAGCAACAGATTAGATACCTGGTAGTCCATGCGTAAACGATGTCTACTAGCCGT

TGGGGCCCTTGAGGCTTTAGTGGCGCAGCTAACGCGATAAGTAGACCGCCTGGGGAGTAC

GGTCGCAAGACTAAAACTCAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTG

GTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTGGCCTTGACATACAGAGAACTTTCCAG

AGATGGATTGGTGCCTTCGGGAACTCTGATACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGT

GTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTTTCCTTATTTGCCAGCA

CTTTGGGTGGGAACTTTAAGGATACTGCCAGTGACAAACTGGAGGAAGGCGGGGACGACG

TCAAGTCATCATGGCCCTTACGGCCAGGGCTACACACGTGCTACAATGGTCGGTACAAAG

GGTTGCTACTGCGCGAGCAGATGCTAATCTCAAAAAGCCGATCGTAGTCCGGATCGCAGT

CTGCAACTCGACTGCGTGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGCGGATCAGAATGCCGCGGTG

AATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTTTGTTGCACCAGA

AGTAGGTAGTCTAACCTTAGGGAGGACGCTTACCACGGTGTGGCCGGATGAACCT

>PPUFAM 250

GAAGCACCCGAGGGCGAAAGCGGCTCTTCTGCCTGTACCTGACACTGAGGCTCGAAAGCG

TGGGAGCAACAAGATTAGATACCTGGTAGTCCACGCCGTAAACGATGAGTGCTAGCTGTA

GGGAGCTATAAGTTCTCTGTAGCGCAGCTAACGCATTAAGCACTCCGCCTGGGGAGTACG

ACCGCAAGGTTGAAACTCAAAGGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGG

TTTAATTCGAAGCAACGCGAAGAACCTTACCAGGTCTTGACATACTCGTGCTATCCTTAG

AGATAAGGAGTTCCTTCGGGACACGGGATACAGGTGGTGCATGGTTGTCGTCAGCTCGTG

TCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATTACTAGTTGCCATCAT

TAAGTTGGGCACTCTAGTGAGACTGCCGGTGATAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGACGTC

AAATCATCATGCCCCTTATGACCTGGGCTACACACGTGCTACAATGGATGGTACAACGAG

TCGCCAACCCGCGAGGGTGCGCTAATCTCTTAAAACCATTCTCAGTTCGGATTGCAGGCT

GCAACTCGCCTGCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGCGGATCAGCACGCCGCGGTGAA

TACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGGAAGTTGGGAGTACCCAAAG

TAGGTTGCCTAACCGCAAGGAGGGCGCTCCTAAGGTAAGACCGATTGACCT

>PPUFAM 251

TGACGTCAAATCCACCTGGGAGGCGGAAAGCTGCTCTCTTGTCTGTACTGACATTGAGGC

TCGAAAGCGTGGGGAGCAAACAGGATTAGATACCTGGTAGTCCACGCTGTAAACCGATGA

GTGCTAGCTGTAGGGAGCTATAAGTTCTCTGTAGCGCAGCTAACGCATTAAGCACTCCGC

TGGGGAGTACGACCGCAAGGTTGAAACTCAAAGGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGT

GGAGCATGTGGTTTAATTCGAAGCAACGCGAAGAACCTTACCAGGTCTTGACATACTCGT

GCTATCCTTAGAGATAAGGAGTTCCTTCGGGACACGGGATACAGGTGGTGCATGGTTGTC

GTCAGCTCGTGTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATTACTA

GTTGCCATCATTAAGTTGGGCACTCTAGTGAGACTGCCGGTGATAAACCGGAGGAAGGTG

GGGATGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGACCTGGGCTACACACGTGCTACAATGGAT

GGTACAACGAGTCGCCAACCCGCGAGGGTGCGCTAATCTCTTAAAACCATTCTCAGTTCG

GATTGCAGGCTGCAACTCGCCTGCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGCGGATCAGCAC

GCCGCGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGGAAGTTGGG

AGTACCCAAAGTAGGTTGCCTAACCGCAAGGAGGGCGCTTCCTAAAGGTAAGGACCCGAT

GAACC

>PPUFAM 252

GATGTAGTACATCTCGCAAGGAGTGAGTCGGTGGAATTGCGTAGAGCATTCTGCAGGATG

ACGGCTGGCGAACGGCTGGCACCTGGTACAAAGTACTGACGCTCAGGTGGCGGAAGGCGT

GAGGAGCATATCAGGATCCGATATCTCGGTAGTCCACGCTGTAAACGATGTCGATTTGGA

GGTCGTGCCCTTGAGGCGTGGCTTCCGGAGCTAACGCGTTAAATCGACCGCCTGGGGAGT

ACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATG

TGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTACTCTTGACATCCAGAGAACTTTCC

AGAGATGGATGGGTGCCTTCGGGAACTCTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTC

GTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAG

CGATTCGGTCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCGGTGATAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGA

CGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCATATACAA

AGGGCGGCAAGCTAGCGATAGTGAGCGAATCCCATAAAGTATGTCGTAGTCCGGATTGGA

GTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGCGGATCAGAATGCCGCGG

TGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAA

GAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTTTACCCACTT

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>PPUFAM 255

AGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCT

TACGAGTAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCGTATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGA

GCAAGCGGACCTCATAAAGTACGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATG

AAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTGGATCAGAATGCCACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTT

GTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTT

TCGGGGGAGGGGCCGGCTTTAACT

>PPUFAM 256

GTAAGCGCGCGTGGAATTGCGTAAGAGAATCTGAGATATGTGGCGATGCGCTCTTGACGA

AGACTGACGCTCAGTGCGAAAGCGTGGGGAGCAAACAGGATTAGATACCTGGTAGTGCAC

GCTGTAAACGATGTCGATTTGGAGGTTGTGCCCCTGAGGCGTGGCTTCCGAAGCTAACGC

GTTAAATCGACCGCCTGGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGGG

GCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTAC

TCTTGACATCCAGCGAATCCTGTAGAGATACGGGAGTGCCTTCGGGAACGCTGAGACAGG

TGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCG

CAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTTCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGAT

AAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACAC

ACGTGCTACAATGGCGTATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAA

AGTACGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGT

AATCGTGGATCAGAATGCCACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCA

CACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTTACCA

CTTTGTGATCATGCCG

>PPUFAM 258

GGGGAGGACGGCCCGCAAGGTTAATATTTAAATGAAATGGACGGGGGCCCGCACAAGCGG

TGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTTACCTACTTCTTGACATCCA

GCGAATCCTGTAGAGATACGGGAGTGCCTTCGGGAACGCTGAGACAGGTGCTGCATGGCT

GTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCC

TTTGTTGCCAGCGGTTCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAA

GGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACACACGTGCTACAAT

GGCGTATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTACGTCGTAG

TCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTGGATCA

GAATGCCACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGT

GGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTTTACTTACTTTTGTTGA

T

>PPUFAM 260

TGGAGAGATAGATTCTTTCCGTTCGGGGGACAAAGTGACAGGTGTTTATGGTTGTAGTCA

GCTCGTGTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTAAGCTTAGTTG

CCATCATTAAGTTGGGCACTATAAGTTGACTGCCGGTGACAAACCGGAGGAAGGTGGGGA

TGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGATTTGGGCTACACACGTGCTACAATGGACAATA

CAAAGGGCAGCTAAACCGCGAGGTCAAGCAAATCCCATAAAGTTGTTCTCAGTTCGGATT

GTAGTCTGCAACTCGACTACATGAAGCTGGAATCGCTAGTAATCGTAGATCAGCATGCTA

CGGTGAATACGTTCCCGGGTCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGAGAGTTTGTAACA

CCCGAAGCCGGTGGAGTAACCATTTATGGAGCTAGCCGTCGAAGGTGGACAAATGACTG

>PPUFAM 262

AGCAAACCATGATTAGATACCCCTGTTGTCCTTGCGTAACGATGTCTAATTAGCCGTTGG

GGCCCTGAGGGCTTTAGTGGCGCAGCTAACGCGATAAGTAGACCGCCTGGGGAGTACGGG

TCGCAAGACTAAAACTCAAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGG

TTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTGGGCCTTGACATACAGAGAACTTTCCAG

AGATGGATTGGTGCCTTCGGGAACTCTGATACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGT

GTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTTTCCTTATTTGCCAGCA

CTTTGGGTGGGAACTTTAAGGATACTGCCAGTGACAAACTGGAGGAAGGCGGGGACGACG

TCAAGTCATCATGGCCCTTACGGCCAGGGCTACACACGTGCTACAATGGTCGGTACAAAG

GGTTGCTACTGCGCGAGCAGATGCTAATCTCAAAAAGCCGATCGTAGTCCGGATCGCAGT

CTGCAACTCGACTGCGTGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGCGGATCAGAATGCCGCGGTG

AATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTTTGTTGCACCAGA

AGTAGGTAGTCTAACCTTAGGGAGGACGCTTTGCCCACCGG

>PPUFAM 263

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ATTGTTGCGTGATGAGGATCTGAGATTACCCGATTGCGAATGGCCAGCCATCGGCCTAAT

ACTGACATTGAGGTGCGAAGCATGGGGGAGCAACAGGATTAGATACCTGGTAGTACATGC

CAGTAAACGATGTCTACTAGCCGTTGGGGCCCTTGAGGCTTTAGTGGCGCAGCTAACGCG

ATTAAGTAGACCGCCTGGGGAGTACGGTCGCAAGACTAAAACTCAAATGAATTGACGGGG

GCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTGG

CCTTGACATACAGAGAACTTTCCAGAGATGGATTGGTGCCTTCGGGAACTCTGATACAGG

TGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCG

CAACCCTTTTCCTTATTTGCCAGCACTTTGGGTGGGAACTTTAAGGATACTGCCAGTGAC

AAACTGGAGGAAGGCGGGGACGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGGCCAGGGCTACAC

ACGTGCTACAATGGTCGGTACAAAGGGTTGCTACTGCGCGAGCAGATGCTAATCTCAAAA

AGCCGATCGTAGTCCGGATCGCAGTCTGCAACTCGACTGCGTGAAGTCGGAATCGCTAGT

AATCGCGGATCAGAATGCCGCGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCA

CACCATGGGAGTTTGTTGCACCAGAAGTAGGTAGTCTAACCTTAGGGAGGACCGCTTAAC

CCCCAC

>PPUFAM 264

AAAGCGTGGGGAGCAAACATGGATTAGATACCCTTGTTAGTTCACCCCGTAACGAAGTTC

GACTGAGGTTGGCCCTTGAGGCGTGGCTTCCGGAGCTAACGCGTAAGTCGACCGCCTGGG

GAGTACGGCCGCAAGGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGA

GCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTACTCTTGACATCCAGAGAAC

TTAGCAGAGATGCTTTGGTGCCTTCGGGAACTCTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTC

AGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTT

GCCAGCGGTTCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGG

GATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCATA

TACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTATGTCGTAGTCCGGA

TTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTAGATCAGAATGC

TACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGTTTAGAAAGG

GGGGTTTG

>PPUFAM 265

TCGAAGCAACGCGAAGAACCTTACCAAATCTTGACATCCTTTGAAAACTCTAGAGATAGA

GCCTTCCCCTTCGGGGGACAAAGTGACAGGTGGTGCATGGTTGTCGTCAGCTCGTGTCGT

GAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTAAGCTTAGTTGCCATCATTAAG

TTGGGCACTCTAGGTTGACTGCCGGTGACAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAAT

CATCATGCCCCTTATGATTTGGGCTACACACGTGCTACAATGGACAATACAAAGGGCAGC

TAAACCGCGAGGTCATGCAAATCCCATAAAGTTGTTCTCAGTTCGGATTGTAGTCTGCAA

CTCGACTACATGAAGCTGGAATCGCTAGTAATCGTAGATCAGCATGCTACGGTGAATACG

TTCCCGGGTCTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGAGAGTTTGTAACACCCGAAGCCGG

TGGAGTAACCATTTATGGAGCTAGCCGTCGAAAAGGGGGG

>PPUFAM 266

CTCGAGGTCGTGGCTTCCGGGAGGTAACGTTTAAATGGACCGCTTGGGTGATACGGGCTG

CATGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTA

ATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTACTCTTGACATCCAGAGAACTTTCCAGAGATG

GATTGGTGCCTTCGGGAACTCTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGT

GAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGATTCG

GTCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCGGTGATAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAG

TCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCATATACAAAGGGCGG

CAAGCTAGCGATAGTGAGCGAATCCCATAAAGTATGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCA

ACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGCGGATCAGAATGCCGCGGTGAATAC

GTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAG

GTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTTACCCAACG

>PPUFAM 267

ACGATTTCGATTTGGAGGTTGTGCCCTTGAGGGCGTTGGCTTCCGAAGTTAAACGCTTAA

AATCGACCCGCCTGGGGAGTACGGCCGCAAAGGTTAAAACTCAAAATGAATTGACGGGGG

CCCGCACAAGCGGTGGGAGCATGTGGTTTTAATTTCGATGCAACGCGAAGAACCTTTACC

TACTCTTGACATCCAGCGAATCCTGTAGAGATACGGGAGTGCCTTCGGGAACGCTGAGAC

AGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGA

GCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTTCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGT

GATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTA

CACACGTGCTACAATGGCGTATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCA

TAAAGTACGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCT

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AGTAATCGTGGATCAGAATGCCACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCG

TCACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTAC

CACTTTGGATTCAGAAT

>PPUFAM 268

TGCAACGCGAAGAACCTGTACTTACTCTTGACATCCAGCGAATCCTGTAGAGATACGGGA

GTGCCTTCGGGAACGCTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAAT

GTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTTCGGCCGG

GAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATC

ATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCGTATACAAAGAGAAGCGACC

TCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTACGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCG

ACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTGGATCAGAATGCCACGGTGAATACGTTCC

CGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGC

TTAACCTTCGGGAGGGCGCTTACCACCTTTGTGAT

>PPUFAM 269

CCATCATGCTGCCAGAAGAATTCTCGAGACGGAATTCCGGTGGGCGCAGGGCGCTTCTGG

ACGAAGACCTGACCGCTCAAGTTGTGAAAGCGTGGGAGCAAACCAGGATTAGATAACCTT

GGTAGTCACGCTGTAAACGATGTGGATTGGAGGGTTGTGCCCTGAGGCGTGGCTTCCGAA

GCTAACGCGTTAAATCGACCGCCTGGGGAGTACGGCCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAA

TTGACGGGGGCCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAA

CCTTACCTACTCTTGACATCCAGCGAATCCTGTAGAGATACGGGAGTGCCTTCGGGAACG

CTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCC

GCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTTCGGCCGGGAACTCAAAGGAGAC

TGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGT

AGGGCTACACACGTGCTACAATGGCGTATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCG

GACCTCATAAAGTACGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGG

AATCGCTAGTAATCGTGGATCAGAATGCCACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACA

CCGCCCGTCACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGG

GCGCTACCACTTGGATTCAAGACT

>PPUFAM 271

CCCACACACAGTTGTAAGCGGTGAATTGCGTAGAGATTCCGGAGGAATACGTTGCGATGC

GCTCCTGGACGAAGACTGACGCTCAGTGCGAAAGCGTGGGGAGCAAACAGGATAGATACC

TGGTAGTGCACGCTGTAAACGATGTCGATTTGGAGGTTGTGCCCTTGAGGCGTGGCTTCC

GAAGCTAACGCGTTAAATCGACCGCCTGGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATG

AATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGA

ACCTTACCTACTCTTGACATCCAGCGAATCCTGTAGAGATACGGGAGTGCCTTCGGGAAC

GCTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCC

CGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTTAGGCCGGGAACTCAAAGGAGA

CTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAG

TAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCGTATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGC

GGACCTCATAAAGTACGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCG

GAATCGCTAGTAATCGTGGATCAGAATGCCACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACAC

ACCGCCCGTCACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAG

GGCGCTTACCACTTTGTGATCATGACG

>PPUFAM 272

ACAAGGGTGTATAAGCGGGTGGAAATGGCGTAGGAAGATTCTGAGAATACGGTGGCGATG

CGCCTTCCTGGACGAAGACTGACGCTCAGGTGCGAAAGCGTGGGGAGCAAACAGGATTAG

ATACCTGGTAGTGCACGCTGTAAACGATGTCGATTTGGAGGTTGTGCCCTTGAGGCGTGG

CTTCCGAAGCTAACGCGTTAAATCGACCGCCTGGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTC

AAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGC

GAAGAACCTTACCTACTCTTGACATCCAGCGAATCCTGTAGAGATACGGGAGTGCCTTCG

GGAACGCTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTA

AGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTTAGGCCGGGAACTCAAA

GGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTT

ACGAGTAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCGTATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAG

CAAGCGGACCTCATAAAGTACGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGA

AGTCGGAATCGCTAGTAATCGTGGATCAGAATGCCACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTG

TACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTC

GGGAGGGCGCTACCACTTTGTGATCATGACG

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118

>PPUFAM 273

AAAGGGTGTGTAAGCGGTGAAATGCGTAGAGATCTGAGATACGTTGCGATCGCACCTGGA

CAAAGACTGACGCTCAGTGCGAAGCGTGGGGAGCAAACAGGATAGATACCTGGTAGTCCA

CGCGTAAACGATGTCGACTTGGAGGTTGTGCCCTTGAGGCGTGGCTTCCGGAGCTAACGC

GTTAAGTCGACCGCCTGGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGGG

GCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTAC

TCTTGACATCCAGAGAACTTAGCAGAGATGCTTTGGTGCCTTCGGGAACTCTGAGACAGG

TGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCG

CAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTTCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGAT

AAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACAC

ACGTGCTACAATGGCATATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAA

AGTATGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGT

AATCGTAGATCAGAATGCTACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCA

CACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTGAGGTGAGCTTACACGCTTGCGGGAGGGAGCG

CACCACTTTGTGATCATAC

>PPUFAM 274

TGTACGGCCGCAAGGTAAAAACTCAAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAG

CATGTGGTTTAATTTGGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTACTCTTGACATCCAGAGAAC

TTAGCAGAGATGCTTTGGTGCCTTCGGGAACTCTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTC

AGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTT

GCCAGCGGTTCGGTCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGG

GATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCATA

TACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTATGTCGTAGTCCGGA

TTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTAGATCAGAATGC

TACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTGGGTTG

CAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTTACCACTTTGTGATACAAGAATG

>PPUFAM 275

GCTTTCCGGAGTAACGCGTTAAGTAGACCGCCTGGGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAAC

TCAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTTGGAGCATGTGGTTTAATTTCGATGCA

ACGCGAAGAACCTTACCTGGTCTTGACATCCACAGAACTTTCCAGAGATGGATTGGTGCC

TTCGGGAACTGTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGG

GTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGATTAGGTCGGGAACT

CAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGC

CCTTACGACCAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCGCATACAAAGAGAAGCGACCTCGCG

AGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTGCGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCC

ATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTGGATCAGAATGCCACGGTGAATACGTTCCCGGGC

CTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAAC

CTTCGGGAGGGCGCTTACCACTTTTGTGATTTCAGAATT

>PPUFAM 276

TAAGGCCGCGTGAAATGGCGTAGGAGATCTGAGAATACGGTGGCGAATGCGCTCTGAACA

AATGACTGACGTCAGGTGCGAAAGCGTGGGGAGGCAAACAGGATTAGATACCTGGTAGTC

ACGCGTAAACGATGTCGATTTGGAGGTTGTGCCCTTGAGGCGTGGCTTCCGGAGCTAACG

CGTTAAATCGACCGCGTGGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGG

GGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTG

GTCTTGACATCCACAGAACTTAGCAGAGATGGTTTGGTGCCTTCGGGAACTGTGAGACAG

GTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGC

GCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTCCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGA

TAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGACCAGGGCTACA

CACGTGCTACAATGGCGTATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATA

AAGTATGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAG

TAATCGTAGATCAGAATGCTACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTC

ACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTTACC

ACTTTGTGAATTCCATGAACA

>PPUFAM 277

AGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGTTGGAG

CATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTGGTCTTGACATCCACAGAACT

TTCCAGAGATGGATTGGTGCCTTCGGGAACTGTGAGACAGGTGCTGCATAGCTGTCGTCA

GCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTG

CCAGCGATTAGGTCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGG

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ATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGACCAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCGCAT

ACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTGCGTCGTAGTCCGGAT

TGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTGGATCAGAATGCC

ACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGAGTGGGTTGC

AAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTTACCACTTTGTGATCATAAT

>PPUFAM 278

AATTTGTGCAACGGAAGAACCTTACTTGGTCTTTACATCCACAGAACTTTCCAGAGATGG

ATTGGTGCCTTCGGGAACTGTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTG

AAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGATTAGG

TCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGT

CATCATGGCCCTTACGACCAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCGCATACAAAGAGAAGC

GACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTGCGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAA

CTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTGGATCAGAATGCCACGGTGAATACG

TTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGTTGTAAATAAAAAAGGTTT

>PPUFAM 279

GAGTTATGAGTTTCTCGTAAGGAGGGGGGGTAGATTCCAGGTTAGCGGTGAATTGGTAGA

GATCCGAGATACGTGGCGATGCGGCCCCTGGACAAAGACTGACGCTCAGGTGCGAAGCGT

GGGGAGCAAACAGGATTAGATACCTGGTAGTCCACGCCGTAAACGATGTCGATTTGGAGG

TTGTGCCCTTGAGGCGTGGCTTCCGGAGCTAACGCGTTAAATCGACCGCCTGGGGAGTAC

GGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTG

GTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACCTGGTCTTGACATCCACAGAACTTAGCAG

AGATGGTTTGGTGCCTTCGGGAACTGTGAGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGT

GTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCG

GTCCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACG

TCAAGTCATCATGGCCCTTACGACCAGGGCTACACACGTGCTACAATGGCGCATACAAAG

AGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCATAAAGTATGTCGTAGTCCGGATTGGAGT

CTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCTAGTAATCGTAGATCAGAATGCTACGGTG

AATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCGTCACACCATGGGTAGATGGGTTTGCAAA

AAAAAAGAG

>PPUFAM 282

GTCCTCTGAGGGCGTCGAAAGGCGTGGGGGAGGCAAACCAGGGATTAGATACCCTGGTAG

TCCACGCCGTAAACGATGAGTGTAAGTGTAGAGGGTTTCCGCCCTTAGTGCTGCAGCTAA

CGCATTAAGCACTCCGCCTGGGGAGTACGGTCGCAAGACTGAAACTCAAAGGAATTGACG

GGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGAAGCAACGCGAAGAACCTTACC

AGGTCTTGACATCCTCTGACAACTCTAGAGATAGAGCGTTCCCCTTCGGGGGACAGAGTG

ACAGGTGGTGCATGGTTGTCGTCAGCTCGTGTCGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAAC

GAGCGCAACCCTTGATCTTAGTTGCCAGCATTTAGTTGGGCACTCTAAGGTGACTGCCGG

TGACAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGACCTGGGCT

ACACACGTGCTACAATGGATGGTACAAAGGGCTGCAAGACCGCGAGGTCAAGCCAATCCC

ATAAAACCATTCTCAGTTCGGATTGTAGGCTGCAACTCGCCTACATGAAGCTGGAATCGC

TAGTAATCGCGGATCAGCATGCCGCGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCC

GTCACACCACGAGAGTTTGTAACACCCGAAGTCGGTGGAGTAACCGTAAGGAGCTAGCCG

CCTTAAGGGGGGAACAAGAATGTATT

>PPUFAM 284

GGTTTTTAGGCGGTTGAAATGCGTAGGAAGATCTGAGATACGTTGGCGTGCGCGCTGGAC

AAAAGACTGACGCTCAGGTGCGAAAGCGTGGGGAGCAAACAGGATTAGATACCTGGTAGT

CACGCAGTAAACGATGTCGACTTGGAGGTTGTGCCCTTGAGGCGTGGCTTCCGGAGCTAA

CGCGTTAAGTCGACCGCCTGGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATTGACG

GGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCTTACC

TACTCTTGACATCCAGAGAACTTTCCAGAGATGGATTGGTGCCTTCGGGAACTCTGAGAC

AGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGA

GCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTCCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGCCAGT

GATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGGGCTA

CACACGTGCTACAATGGCGCATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGACCTCA

TAAAGTGCGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAATCGCT

AGTAATCGTAGATCAGAATGCTACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCGCCCG

TCACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTCGGGAGGGCGCTAC

CACTTTGTGATTCATGACG

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>PPUFAM 285

TTGTGTGTAGGCGGTGAAATGCGTAGAGATATGACGATACAGTGCGATGCGACTCTGTTC

TGTTACTGACACTGAGCGCGAAGCGTGGGGAGCAAACAGGATTAGATACCTGGTAGTCAC

GCCGTAAACGATGAGTGCTAAGTGTTAGAGGGTTCCGCCCTTTAGTTGTGAAGTTAACGC

ATTAAGCACTCCGCCTGGGGAGTACGGCCGCAAGGCTGAAACTCAAAGGAATTGACGGGG

GCCCGCACCAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTTGAAGCAACGGGAAGAACCTTACCAGG

TCTTGACATCCTTTGACAACCCTAGAGATAGGGCTTTTCCTTTGGGAGCAGAGTGACAGG

TGGTGCATGGTTGTTGTCAGCTTGTGTTGTGAGATGTTGGGTTAAGTCCCGCAACGAGCG

CAACCCTTGATTTTAGTTGCCATCATTAAGTTGGGCACTTTAAGGTGACTGCCGGTGACA

AACCGGAGGAAGGTGGGGAAGACGTCAAATCATCATGCCCCTTATGACCTGGGCTACACA

CGTGGTACAAAGGACGGTACAAAGAAGTGCAAGACCGCGAGGTGGAGCTAATTTTATAAA

ACCGTTTTCAGTTTGGATTGTAGGGTGCAACTTGCCTACAAGAAGCTGGAATCGCTAGTA

ATCGCGGATCAGCAAGCCGCGGGGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACCCCGCCCGTCAC

CCCCCGAGAGTTTGTAACCCCCGAAGTCGGGGGGTAACCTTTTTGGAGCCAGCCGCCTAA

GGTGGACAGATGATG

>PPUFAM 286

GGTTAAGTCCCGCAACGAGCGCAACCCATAAGCTTAGTTGCCATCATTAAGTTGGGCACT

CTAAGTTGACTGCCGGTGACAAACCGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAATCATCATGCC

CCTTATGATTTGGGCTACACACGTGCTACAATGGACAATACAAAGGGCAGCTAAACCGCG

AGGTCAAGCAAATCCCATAAAGTTGTTCTCAGTTCGGATTGTAGTCTGCAACTCGACTAC

ATGAAGCTGGAATCGCTAGTAATCGTAGATCAGCATGCTACGGTGAATACGTTCCCGGGT

CTTGTACACACCGCCCGTCACACCACGAGAGTTTGTAACACCCGAAGCCGGTGGAGTAAC

CATTTATGGAGCTAGCCGTCGAAGGTGGGACAAAATGATTG

>PPUFAM 288

AATCTTCCCAGGATGGTAGCGTGAATGGTAAGAGATTCTGAGATACGTGCGACTCGCCCC

CTGACAAAAGACTGACGCTCAGTGCGAAAGCGTGGGGAGCAAACAGGATTAGATACTGGT

AGTCCACGCCGTAAACGATGTCGACTTGGAGGTTGTGCCCTTGAGGCGTGGCTTCCGGAG

CTAACGCGTTAAGTCGACCGCCTGGGGAGTACGGCCGCAAGGTTAAAACTCAAATGAATT

GACGGGGGCCCGCACAAGCGGTGGAGCATGTGGTTTAATTCGATGCAACGCGAAGAACCT

TACCTACTCTTGACATCCAGAGAACTTTCCAGAGATGGATTGGTGCCTTCGGGAACTCTG

AGACAGGTGCTGCATGGCTGTCGTCAGCTCGTGTTGTGAAATGTTGGGTTAAGTCCCGCA

ACGAGCGCAACCCTTATCCTTTGTTGCCAGCGGTCCGGCCGGGAACTCAAAGGAGACTGC

CAGTGATAAACTGGAGGAAGGTGGGGATGACGTCAAGTCATCATGGCCCTTACGAGTAGG

GCTACACACGTGCTACAATGGCGCATACAAAGAGAAGCGACCTCGCGAGAGCAAGCGGAC

CTCATAAAGTGCGTCGTAGTCCGGATTGGAGTCTGCAACTCGACTCCATGAAGTCGGAAT

CGCTAGTAATCGTAGATCAGAATGCTACGGTGAATACGTTCCCGGGCCTTGTACACACCG

CCCGTCACACCATGGGAGTGGGTTGCAAAAGAAGTAGGTAGCTTAACCTTTGGAGAGGGG

TGGGCGTGTCCCC