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INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES SECRETARIA DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA AUTARQUIA ASSOCIADA A UNIVERSIDADE DE SAO PAULO ESTUDO DE CÓDIGOS DE ANÁLISES DE REATORES DISPONÍVEIS NO IPEN E SUAS APLICAÇÕES EM PROBLEMAS DE DIFUSAO DE NEUTRON EM MULTIGRUPO ARLINDO GILSON MENDONÇA Dissertação apresentada ao Institiito de Pesquisas Energóticas e Nucleares como parte dos requisitos para obtenção do grau de "Mestre Área de Reatores Nucleares de Potência e Tecnologia do CombusUvel Nuclear^. Orientador. Dr. Yi^l Ishiguro 2.4: São Paulo 1980

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INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES SECRETARIA DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

AUTARQUIA ASSOCIADA A UNIVERSIDADE DE SAO PAULO

ESTUDO DE CÓDIGOS DE ANÁLISES DE REATORES DISPONÍVEIS NO IPEN E SUAS APLICAÇÕES EM PROBLEMAS DE DIFUSAO DE NEUTRON

EM MULTIGRUPO

ARLINDO GILSON MENDONÇA

Dissertação apresentada ao Institiito de Pesquisas Energóticas e Nucleares como parte dos requisitos para obtenção do grau de "Mestre Área de Reatores Nucleares de Potência e Tecnologia do CombusUvel Nuclear^.

Orientador. Dr. Yi^l Ishiguro

2.4:

São Paulo 1980

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INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES

SECRETARIA DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

AUTARQUIA ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESTUDO DE CÓDIGOS DE ANÁLISES DE REATORES DISPONÍVEIS NO IPEN

E SUAS APLICAÇÕES EM PROBLEMAS DE DIFUSAO

DE NEUTRON EM MULTIGRUPO

Arlindo Gilson Mendonça

Dissertação apresentada ao instituto de

Pesquisas Energéticas e Nucleares como

parte dos requisitos para obtenção do grau

de "Mestre — Area de Reatores Nucleares de

Potência e Tecnologia do Combustível Nuclear"

Orientador: Dr. Yuji Ishiguro

SAO PAULO

1980

I N S T I T U : 0 L - C P E S O U S A S E ^NiER : - .E" i I

i. P . C . N .

•••n. e N U C L E A R E S

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Aos meus pais

Arlindo T. Mendonça e

Maria S. Mendonça

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Desejo aqui expressar a minha gratidão a todas as pes

soas que direta ou indiretamente contribuíram para a

execução deste trabalho. Em particular quero agrade

cer ao Prof. Dr. Yuji Ishiguro pela orientação deste

trabalho; aos colegas do Centro de Engenharia Nuclear

pelo apoio prestado; ao pessoal do Centro de Processa

mento de Dados pelo auxílio no trabalho computacional

particularmente Antonio Gouvêa e Edna M. Lourençao.

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STUDY OF REACTOR ANALYSIS CODES AVAILABLE AT IPEN AND THEIR

APLICATION TO PROBLEMS TTiJVDTiTffil THE DIFFUSION-THEORY.

ABSTRACT

Two computer codes that are available at IPEN for analyses of static neutron diffusion problems are studied and applied. The CITATION code is aimed at analyses of criticality, fuel burnup, flux and power distributions etc, in one, two, and three spatial dimensions in multi group.

The EXTERMINATOR code can.be used for the same pur poses as for CITATION with a limitation to one or two spa tial dimensions. Basic theories and numerical tchniques u sed in the codes are studied and summarized. Benchmark pro blems have been solved using the codes. Comparisons of the results show that both codes can be used with confidence in the analyses of nuclear reactor problems.

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ESTUDO DE CÕDIGOS DE ANÁLISES DE REATORES DISPONÍVEIS NO

IPEN E SUAS APLICAÇÕES EM PROBLEMAS DE DIFUSÃO DE NEUTRON

EM MULTIGRUPO.

RESUMO

Para analisar problemas de difusão de neutron¿ in

dependentes do tempo em reatores nucleares, dois códigos

de computador disponíveis no IPEN foram estudados e apli

cados. O código CITATION destina-se ã análise de criticali

dade de um "core", análises de queima de combustível, aná

lises global da distribuição de fluxo e potência em um

"core", etc, em uma, duas e até três dimensões espaciais e

em multigrupo.

O código EXTERMINATOR-2 pode ser usado para os mes­

mos objetivos descritos pelo código CITATION, com uma limi

tação na dimensão espacial pois, o mesmo trata problemas

em uma e duas dimensões somente. As técnicas numéricas e

teorias básicas usadas nos códigos de computador são estu

dadas e sumarizadas. Problemas padrões são aqui resolvidos

e as soluções obtidas comparadas com ãs publicadas mostram

que podemos utilizar ambos os cõdigos em análises de pro

blemas de reatores nucleares com grande confiança.

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Í N D I C E

CAPITULO I

1. - INTRODUÇÃO 1

1.1 - Reator de Potência Nuclear 1

1.2 - O Sistema de Suprimento de Vapor Nuclear 1

1.3 - O "Core" de Reator Nuclear 1

1.4 - Energia dos Neutrons 6

1.5 - Secçoes de Choque 6

1.6 - Reatividade 8

1.7 - Projetos de Reatores Nucleares 8

1.8 - Classificação dos Códigos 9

1.9 - Objetivos do Trabalho 11

1.10 - Problema Computacional Padrão 12

1.11 - Definição de um Problema Computacional Padrão . 13

CAPITULO II

2. - CÕDIGOS UTILIZADOS 15

2.1 - Exterminator-2 15

2.2 - Citation 17

CAPÍTULO III

3. - EQUAÇÃO DE DIFUSÃO 19

3.1 - Teoria de um Grupo de Energia 19

3.2 - Modelo de Dois Grupos de Energia 21

3.3 - Método de Multigrupo 24

CAPÍTULO IV

4. - MÉTODOS NUMÉRICOS 37

4.1 - Métodos Numéricos para Solução da Equação de

Difusão de Neutrons 37

4.2 - Derivação das Equações de Diferenças para

Problemas de Difusão de uma Dimensão 40

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4.3 - Derivação das Equações de Diferença Multi-

Dimensão 51

4.4 - Pesquisas Numéricas da Criticalidade 64

4.5 - Solução Numérica das Equações de Difusão

Multigrupo 70

CAPITULO V

5. - APLICAÇÃO DOS CÕDIGOS NA SOLUÇÃO DE PROBLE­

MAS PADRÕES 79

5.1 - Problema Padrão de Identificação-3 79

5.2 - Resultados e Comentários para o Problema

Padrão de Identificação-3 82

5.3 - Problema Padrão de Identificação-13 84

5.4 - Resultados e Comentários para o Problema

Padrão de Identificação-13 88

5.5 - Problema Padrão de Identificação-11 95

5.6 - Resultados e Comentários para o Problema Pa

drão de Identificação-11.Al (Três dimensões).. 106

5.7 - Resultados e Comentários para o Problema Pa

drão de Identificação-11.A2 (Duas dimensões).. 108

CAPÍTULO VI

6. - Conclusões e Sugestões ... 113

APÊNDICE A - Equações de Difusão de Grupos de

Energia Discreto 114

APÊNDICE B - Fonte Fixa 117

APÊNDICE C - Cálculos de Secçoes de Choque Macroscó

pica e Taxa de Reação 122

APÊNDICE D - Problema Fluxo Adjunto 125

APÊNDICE E - Secçoes de Choque de Grupo Super Amplo . 134

APÊNDICE F - Cartões de Controle para Operação dos códigos 137

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 139

I I N S I I T U T^^7;r¡^:^^^^^rI^ÉT,C>SE N U C L E A R E S

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CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

1.1 Reator de Potência Nuclear

A principal função de qualquer reator de potência nu

clear é gerar calor ã taxa de demanda. Todos os reatores de

ootência atualmente operam em um ciclo de vapor ( conhecido

como ciclo-Rankine), no qual o calor gerado pela fissão nu

clear é usado para converter água a alta pressão em vapor ã

alta temperatura. Este vapor é então expandido contra as pa

lhetas de uma turbina. Desta maneira a energia latente do va

por é convertida em trabalho mecânico de movimento do eixo

da turbina. Este eixo é então conectado a um gerador elétri

CO que converte a energia mecânica da turbina em energia ele

trica que pode então ser distribuida a uma rede de potência

elétrica.

1.2 O Sistema de Suprimento de Vapor Nuclear

O sistema de suprimento de vapor nuclear consiste essen

cialmente de três componentes principais a saber:

1. Um reator nuclear que produz a energia de calor da

fissão.

2. vários "loops" de refrigerante primário e bombas

de refrigerante primário que executam a circulação

do mesmo através do reator nuclear para extrair a

energia de calor da fissão.

3. Trocadores de calor ou geradores de vapor que usam

o refrigerante primário aquecido tornando a água

de alimentação em vapor.

1.3 O "Core" de Reator Nuclear

O centro do sistema de suprimento de vapor nuclear é o

reator nuclear. Um reator de potência moderno é um sistema e

normemente complicado projetado para operar sob as mais seve

ras condições de temperatura, pressão e intensa radiação.

para introduzir os componentes gerais de um reator de

potência típico, consideraremos, um exemplo específico de um

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P.W.R. (Pressurized Water Reactor) moderno como apresentado

na Figura (l-S-l)-^. O reator consiste de um "core" contendo

o combustível, canais refrigerantes, componentes estruturais,

elementos de controle e sistemas de instrumentação. Neste e

xemplo o "core" possui uma forma cilíndrica de groseiramente

350 cm de diâmetro por 370 cm de altura, contituído de lon

gas montagens de combustível ou "bundles". Essas montagens

consiste de um grande número de longas e estreitas barras de

combustível ou elementos combustível, que são tubos metáli

COS contendo o combustível nuclear na forma de pastilhas ce

ramicas.

No "core" do reator é o local onde as reações de fis

são nuclear são induzidas e mantidas e onde produz-se o ca

lor desejado. O "core" é envolvido em um grande vaso conheci^

do como vaso de pressão do reator projetado para resistir a

enormes pressão do refrigerante (até cerca de 155 bar) bem

como de isolar o "core" do reator de todo o restante do Sis

tema de Suprimento de Vapor.

O "core" do reator é do tipo multi-região. As monta

gens de combustível de maior enriquecimento são colocadas na

periferia do "core", aquelas com enriquecimento menor são

misturadas na região central do "core" de modo que possamos

ter uma distribuição de notência mais uniforme.

4íi

Figura (1.3.1)

Reator Hp Potência

P.W.R. .

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1.3.1 Pastilhas Combustível

As pastilhas combustíveis podem ser tanto de m¿L

terial físsil tal como U^^^, u ^ ^ ^ , Pu^^^ ou Pu^"^^ ou Mate

rial fissionável como Th^^^, U^^® ou ainda Pu^^°.

A maioria dos reatores de potência modernos uti

lizam estes combustíveis em uma forma cerâmica como um oxido

no caso do UO2 ou como um carbeto tal como o UC ou um nitra

to UN.

1.3.2 Elemento Combustível ou Barra Combustível

Ê a menor unidade selada do combustível. Em um

P.W.R. ou L.M.F.B.R. (Liquid Metal Fast Breeder Reactor) o e

lemento combustível é um tubo de metal contendo as pastilhas

cerâmicas do combustível (tal como UO2)/ conforme Figura

(1.3.2.1.). Na tabela (1.3.2.1) são dados alguns parâmetros

referentes à barra combustível.

Tampa

PARÂMETROS

REFERENTE Ã BARRA COMBUSTÍVEL

Figura (1.5.2.1)

Elemento Combustível

cm

ALTURA ~ 370,00

DIÂMETRO EXTERNO = 1,072

DIÂMETRO INTERNO = 1,010

ESPESSURA DO ENCAIIIZAMENTO ^ 0,061

DIÂMETRO DAS PASTILHAS

= 0,929

Tabela-(1.3.2.1)

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Guia para barra de controle

Barra

combustível

Fiaura (1.3.3.1)

Montagem combustível de um P.W.R,

IVS? ITU • i j D E P E S Q U ' S A S E^MERSÉTICAS E N U C L E A R E S |

1.3.3 Montagem Combustível ou "Bundle"

"Bundle" é a menor unidade combinando elementos

combustíveis ou barras em uma montagem. Em um P.W.R. o " bun

die" é composto de várias centenas de barras combustíveis man

tidas juntas desde a extreminada inferior até superior atra

vés de grades com molas ao longo de toda a barra combustí^

vel, conforme figura-(1.3.3.1). "Bundles" são usualmente car

regados para dentro de um "core" do reator, ou substituido

iam de cada vez. Um "core" de reator de potência típico con

tem cerca de centenas de tais "bundles".

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1.3.4 Moderador

Material de baixo número de massa que é inseri

do no reator para moderar neutrons via colisões de espalha

mentos. Moderadores típicos são: água leve, água pesada, gra

fite.

1.3.5 Refrigerante, Canal Refrigerante e Elementos de

Controle.

Fluido que circula através do reator removendo

o calor da fissão. O refrigerante pode ser tanto líquido,tal

como água nos casos dos P.W.R e B.W.R. e o sódio nos

L.M.F.B.R. ou os refrigerantes gasosos como o hélio e o dio

xido de carbono nos H.T.G.R. (High-Temperature Gas Reactors).

O refrigerante circula através do "core" do rea

tor em tubos que são normalmente conhecidos como canais re

frigerantes existentes no "bundle". Estes canais nos P.W.R.

e B.W.R. são similares ãs barras de elemento combustível.

Os elementos de controle de reatores são mate

riais absorvedores de neutron os quais são introduzidos no

"core" do reator para controlar a taxa de fissões. Normalmen

te são considerados ou conhecidos como barras móveis de mate

rial absorvedor, porém estes elementos podem também consis

tir de absorvedores fixos ou ainda absorvedores dissolvidos

no refrigerante. Materiais absorvedores comumente utilizados

em reatores são: o boro, cádmio, gadolinio e o háfnio.

1.3.6 Estrutura

A geometria e integridade do "core" de um reator

é mantida por elementos estruturais tais como chapas, supor

tes, grades espaçadoras ou ainda tubos metálicos usados para

encamizamento do elemento combustível como os existentes nos

P.W.R. e B.W.R.

1.3.7 Refletor

Material caracterizado por uma baixa secção de

choque de absorção usado para envolver o "core" com a finali

dade de refletir ou espalhar os neutrons de volta para o "co

re".

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1.3.8 Blindagem

Um reator nuclear i uma fonte intensa de radia

ção, pois além dos neutrons estão presentes também outras ra

diações como a radiação gama. Não somente o pessoal de opera

ção do reator mas também os componentes do reator devem ser

protegidos desta radiação. Devido a estes fatos materiais a

tenuadores são utilizados em reatores com a finalidade de

trazer estes níveis de radiação àqueles estabelecidos por or

gaos governamentais. Estes materiais atenuadores são comumen

te conhecidos como blindagem e exerce um papel fundamental

no reator pelo menos no que se refere a segurança com rela

ção ã radiação.

1.4 Energia dos Neutrons

Um dos mais importante produto de fissão são os neu

trons que são emitidos no processo. Eles são emitidos com

uma distribuição contínua de energia . Os neutrons de fissão

são razoavelmente energéticos, tendo em média energia ao re

dor de 2 MeV (Mega elétron volts). Antes que estes neutrons

induzam fissões adicionais para manter uma reação em cadeia

suas energias são reduzidas, normalmente por várias ordens

de magnitude como resultado de colisões elásticas e inelásti

cas com núcleos no sistema. Em reatores térmicos, esses neu

trons moderam-se ã energias térmicas (0.0253 eV), antes de

induzir mais fissões, em reatores rápidos somente ã cerca de

100 KeV.

1.5 Secçoes de Choque

A secção de choque â neutrons para qualquer núcleo é

dependente da energia do neutron que esta reagindo com o nú

cleo. Para núcleos pesados as secçoes de choque de espalha

mento se tornam mais eficiente do que para os núcleos leves

na moderação de neutrons ã altas energias. De uma maneira ge

ral as secçoes de absorção podem ser divididas em três re

giões a saber:

1. Região l/V

2. Região de ressonância

3. Região de neutron rápido

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Região l/V

Na faixa de baixa energia, as secçoes de choque de

absorção são inversamente proporcional â raiz quadrada da

energia do neutron.

Esta relação é conhecida como lei 1/V. Isto reflete o

fato de que secçoes de choque de absorção são inversamente

proporcional ã velocidade do neutron, devido a este fato o

nome de Região 1/V. '

Região de Ressonância

Seguindo â Região 1/V, a maioria dos absorvedores de

neutron exibe um ou mais picos na secção de choque de absor

ção e estes picos ocorrem ã energia definidas do neutron. Es

tes picos recebem o nome de picos de ressonância. Para nú

cieos pesados esses picos ocorrem geralmente em níveis de

baixa energia (da ordem de Elétron Volts) e consequentemente

afetam os neutrons lentos (térmicos). De um modo geral o

U^-^^ e o U^^^ apresentam muitos picos de ressonância,o U^-^^

possui secçoes de choque de absorção de ressonância muito al

tas, com o pico mais elevado atingindo cerca de 4000 barns (

barn é a unidade de secção de choque),ocorrendo, a uma ener

gia do neutron de aproximadamente 7 elétron volts. Este fato

deve ser levado em conta no projeto de reatores térmicos nos

quais grandes quantidades de u estão presentes, pois nes

tes reatores o responsável pelas fissões é o U^^^ e a absor

ção no U^-^^ prejudica o desempenho do reator."^"^

Região de Neutron Rápido

Seguindo a Região de Ressonância, as secçoes de choque

geralmente sofrem um decréscimo gradual e constante com as e

nergias âo neutron. A energias muito altas a soma das sec

ções de choque de absorção e espalhamento inelastico tornam-

se da mesma ordem de magnitude das secçoes de choque de espa

lhamento elástico, tendo cada uma destas secçoes de choque um

valor próximo ã área transversal do núcleo alvo.

Na faixa de energia do neutron muito alta, portanto,as

secçoes de choque de absorção,espalhamento inelastico e espa

lhamento elástico são muito pequenas, geralmente menores do

que 5 barns cada uma isto para os núcleos maiores. •'••

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1.6 Reatividade

Reatores nucleares devem ser carregados inicialmente

com uma quantidade de combustível significativamente maior

do que àquela exigida para atingir à criticalidade,uma vez

que o fator de multiplicação do "core" mudará durante a ope

ração devido aos processos tais como, queima de combustível

e produção dos produtos de fissão. Suficiente reatividade

de excesso deve também ser fornecida aos reatores para com

pensar os efeitos de reatividade negativa de realimentação,

tais como aquelas representadas pela potência e temperatura.

A carga de combustível ou o enriquecimento será determinado

pela suficiente reatividade de excesso no "core" que permi

te operação à plena potência por um determinado período de

tempo.

Para compensar esta reatividade de excesso, é necessâ

rio introduzir uma quantidade de reatividade negativa den

tro do "core" a qual pode ser ajustada ou controlada. Esta

reatividade de controle pode ser usada tanto para compensar

a reatividade de excesso necessária para operação do "core"

por um longo tempo e também, para ajustar o nivel de poten

cia do reator afim de levar à potência do "core" à níveis

de demanda. A reatividade de controle esta frequentemente

presente em forma de fortes absorvedores de neutron, que pq

dem ser inseridos ou retirado do "core".

1.7 Projeto de Reatores Nucleares

Como foi visto nas secções anteriores, um reator de

potência atual é um sistema complicado para ser entendido ,

o qual exige uma análise detalhada do comportamento do neu

tron no espaço, energia e tempo.

O projeto de um reator, deve assegurar não somente sua

operabilidade em estado estacionário, mas também sua estabi

lidade sob mudanças de estado previstas e hipotéticas.

Uma usina de potência nuclear deve competir econômica

mente com outros meios de geração de eletricidade tais como

usinas de combustíveis fósseis e conversão de eletricida

de solar. O custo da eletricidade não incluem somente cus

tos da construção inicial e do combustível, mas também cus

tos de operação, recarga de combustível e manutenção.

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i \ : ; I T U . C L . E P t S Q U S A S E ' \ C R 1 É"^iC = 3 E N U C L E A R E S

üma mudança em uma parte de um sistema integro tal co

mo uma usina de potência nuclear pode afetar todas as outras

partes do sistema, e a otimização de uma usina com respeito

a um aspecto em particular, por exemplo eficiência térmica

pode afetar outros aspectos tais como a estabilidade do sis

tema. Assim, o projeto e análises de uma usina de potência

nuclear é um processo iterativo para uma completa otimização.

A complexidade e o tamanho de uma usina de potência nu

clear necessita o uso de análises numéricas baseadas nos com

putadores digitais de alta velocidade. De fato, os comple

xos, projetos de reatores nucleares atualmente tornaram - se

possíveis somente com o desenvolvimento de computadores digi

tais rápidos. O essencial elo de ligação entre o reator nu

clear e o computador é o código de computador.

Uma usina de potência ou uma parte dela é modelada em

expressões matemáticas que podem ser tratadas numericamente

pelo computador, tal que, com um conjunto de instruções e da

dos físicos, o estado do sistema em consideração pode ser

analisado e descrito numericamente.

Análises de um dado reator ou uma parte dele pode exi^

gir vários passos de cálculos numéricos; desde análises mi

croscópicas de uma barra combustível ã uma análise global da

distribuição de potência no "core" todo, ã análises de criti

calidade de um "core", ã análises de queima de combustível a

través de toda a vida útil de uma usina, ã análises de esta

bilidade e desempenho de uma usina completa.

Numerosos códigos de computador tem sido desenvolvidos

no decorrer dos anos, cada qual dirigido ã um passo particu

lar no processo de análises descrito acima.

Cada código é baseado em um modelo matemático do siste

ma em consideração e em um método particular de solução. A

verificação do código contra experimentos e mesmo a compara

ção com outros códigos para o mesmo problema são, assim, uma

parte integrante da análises de reatores.

1.8 Classificação dos Códigos

A maioria dos códigos de projetos de reatores são ba

seados nas simplificações das equações gerais de transporte

de partícula. Os códigos de projetos podem ser divididos em

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três grandes categorias de acordo com a variável de maior in

teresse como se segue:

1. códigos de Secção de Choque Multigrupo

2. Códigos de Projetos Estáticos

3. códigos Dependentes do Tempo.

Códigos de Secção de Choque Multigrupo

A faixa de energia de interesse nos problemas de proje

tos de reatores é muito grande. No sentido de simplificar os

cálculos esta faixa é dividida em intervalos, e uma avalia

ção das secçoes de choque sobre estes intervalos são utiliza

dos para aproximar o efeito real da dependência da energia

sobre âs secçoes de choque.

De modo geral esta divisão da faixa de energia ê efe

tuada em um número relativamente grande de intervalos ditos

refinados. Dados nucleares básicos são coletados, avaliados

e estimados sobre estes intervalos para aperfeiçoar as cons

tantes de grupo ou intervalos. Estes dados são conhecidos co

mo dados microscópicos e são preparados para cada nuclídeo e

podem ser utilizados em muitos problemas de projeto.

códigos de Projetos Estáticos

Este ^rupo de códigos, são os que se utilizam das sec

ções de choque de grupo geradas pelos códigos de secçoes de

choque para resolver problemas de projetos estáticos. Estes

códigos são usados para obter respostas precisas e detalha

das para os problemas físicos de projeto de reatores. Os có

digos de teoria de difusão de neutron possibilitam a obten

ção de constante de multiplicação ou autovalor de sistemas,

bem como distribuição do fluxo de neutron em cada grupo de

energia e também espacialmente, efeitos da disposição do com

bustível , análise da teoria de pertubação, etc.

Também são classificados como códigos estáticos os có

digos destinados a obtenção de coeficientes de temperaturas

baseado na teoria de difusão, bem como o código de Monte Car

lo. (código que se utiliza de métodos estatísticos para sele

clonar eventos que podem acontecer ao neutron).

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Cõdigos Dependentes do Tempo

Esta classe de códigos, são os que consideram o tempo

como a variável de maior importância. Estes códigos represen

tam os métodos disponíveis para estudar a economia do ciclo

de combustível e predizer o comportamento de transientes do

sistema.

Os códigos de queima no m.odelo pontual (dimensão zero)

e no modelo unidimensional acompanham as variações dos inven

tários do combustível, materiais férteis, venenos queimáveis

e dos produtos da fissão durante toda a vida de operação de

um reator. Muitos ciclos de combustível tem sido analisado u

sando os códigos de depleção. Devido ao número de variáveis

envolvidas, tais como, densidade de potência, taxa de recar

ga, ainda que o problema de depleção seja o mais simples, po

de requerer soluções em vários pontos no tempo e posição. Um

aspecto importante do problema de depleção do combustível é

o de encontrar um arranjo de combustível e material fértil

que mantenha um perfil estável da densidade de potência espe

cificada, durante o tempo necessário.

Outro tipo de problema também relacionado ao problema

de depleção é o da análise econômica do ciclo de combustível.

O valor do material físsil, custos de fabricação, custos de

reprocessamento, os custos de financiamento, e vários meto

dos de estimativas, são alguns dos fatores que são considera

dos pelos códigos econômicos.

Um outro conjunto de códigos que consideram o tempo co

mo variável, são aqueles que resolvem as equações cinéticas.

A escala de tempo envolvida, é muito diferente da dos côdi

gos de depleção, sendo medidas em milisegundos até minutos e

horas do que os dias e até anos envolvidos na depleção. Aná

lises da resposta do transiente do reator sob todos os tipos

de condições normais e acidentes postulados é da maior im­

portância para todo reator.

1.9 Objetivos do Trabalho

A razão deste trabalho é a de operar uma classe de có

digos do segundo grupo que acabamos de definir, destinados ã

solução de equações de difusão de neutrons independente do

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-12-

tempo, multigrupo na análise de reatores.

Podemos agora então sintetizar as áreas de atuação de

nosso trabalho a saber:

1. Implantação, estudo e aplicação de códigos destina­

dos ã solução da equação de difusão de neutrons multigrupo ,

multiregião independente do tempo.

2. Estudo de teorias usadas em cálculos de reatores.

3. Uso dos códigos na solução de Problemas Padrões de

finidos e publicados pela "American Nuclear Society".

4. Análise e comparação dos resultados obtidos com so

luções analíticas ou com resultados publicados dos Problemas

Padrões pela "American Nuclear Society".

Neste trabalho, estudaremos dois códigos disponíveis

no"IPEN" os quais resolvem equações de difusão de neutron mui

tigrupo. São eles o C I T A T I O N e o EXTERMINATOR-2.^

1.10 Problema Computacional Padrão

Desde o começo de sua implantação, em meados de 1960 ,

que o Comitê de Problemas Computacionais Padrões da Divisão

de Matemática e Computação da Sociedade Nuclear Americana

(CBPC), empenhou-se no desenvolvimento de problemas computa

clonals padrões, que seriam de valor para a indústria nu

clear.

O objetivo principal do CBPC é proporcionar soluções

precisas aos problemas computacionais matematicamente bem de

finidos relacionados â indústria nuclear. As soluções podem

ser analíticas ou muito precisamente aproximadas, e a expec

tativa é de que estes problemas e soluções mostram-se:

- ser úteis no desenvolvimento e avaliação das têcni

cas de soluções numéricas;

-auxiliar na avaliação e verificação dos códigos de com

putador;

- facilitar na comparação de códigos de computadores e

computadores específicos.

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-13-

Problemas e soluções que são aceitos pelo CBPC como pa

drões são publicados no "Benchmark Problem Comitee, Argonne

Code Center, Benchmark Book, ANL-7416" e seus suplementos 1

e 2. Antes que o problema seja aceito como padrão, o CBPC ,

requer que pelo menos duas soluções obtidas independentemen­

te, (isto é, diferentes pessoas usando códigos diferentes) ,

estejam em boa concordância.

1.11 Definição de um Problema Computacional Padrão

Um problema computacional é um problema matematicamen­

te bem definido para o qual as soluções analíticas ou preci^

sãmente aproximadas são conhecidas. A exigência de que o pro

blema seja matematicamente bem definido, tem como função prin

cipal, eliminar âs discrepâncias entre âs soluções que são

devidas âs diferentes formulações matemáticas do mesmo pro

blema. Por exemplo, as equações de difusão de multigrupo es

critas na formulação matricial pode ter uma matriz completa

dos coeficientes de difusão ou a mais convencional matriz dia

gonal dos coeficientes de difusão. Estas duas formulações po

dem resultar em duas soluções muito diferentes, o que é inde

sejável para um padrão. Definindo-se dois problemas padrões,

um para cada tipo de formulação, eliminariam-se tais discre

panelas.

Para acentuar a clareza e usabilidade de um problema

padrão, um problema computacional padrão é usualmente dividi

do em três partes distintas:

- Situação de Fonte Padrão,

- Definição do Problema Padrão,

- Solução do Problema Padrão.

Situação de Fonte Padrão

A situação de fonte padrão é uma descrição da situação

física da qual os problemas padrões são derivados. Detalhes

do sistema tais como, dimensões, materiais, temperaturas,etc,

são apresentados na situação de fonte. Situação de fonte tam

bém servem para interrelacionar problemas padrões, proporcio

nando deste modo alguma continuidade entre problemas pa

drões.

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-14-

Definição do Problema Padrão

Neste tópico, o modelo matemático do problema padrão a

ser resolvido é dado incluindo as equações a serem resolvidas,

os coeficientes da equação, a geometria, as condições ini

ciais e ou condições de contorno se aplicáveis. Atê este pon

to, existe considerável flexibilidade no desenvolvimento de

um problema padrão computacional, com a condição de que o re

sultado final é um problema que é matematicamente bem defini

do. Por exemplo, um problema de teoria de difusão estático em

dois grupos de energia em duas dimensões com condições de

contorno externa de fluxo zero, estabelece uma definição de

problema padrão, e a mesma descrição do problema, mas agora

com condições de contorno externa de corrente de retorno ze

ro, constituiria uma segunda definição de problema padrão.

Solução do Problema Padrão

Finalmente, a terceira parte é a solução do problema

padrão. A solução, se de natureza numérica, deve também in

cluir resultados que mostram como a precisão depende do ní

vel de discretização, (isto é . , Keff versus o número de

pontos espacial da malha), o computador que foi utilizado, a

quantidade.de memória e o tempo da unidade central de proces

samento (CPU) exigidos, etc.

As três partes de um problema computacional padrão que

acabamos de descrever acima são destinadas a servir de orlen

tação para preparação de padrões e não ura formato normativo

inflexível. Rígida adesão â qualquer formato normativo pode

ria impedir trabalhos padrões computacionais ao invés de es

timulá-los.

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-15-

= e S Q U S . A S E i ^ t R ' É r i C - 5 r: N U C L E A R E S

CAPlTULO II

CÕDIGOS UTILIZADOS

2 .1 EXTERIIINATOR - 2

O EXTERMINATOR - 2 é um código projetado para ser ope

rado em um computador IBM 360/75, este código tem como lin

guagem de programação o FORTRAN IV.

A natureza do problema a ser resolvido pelo EXTERMINA

DOR - 2 são ãs equações de difusão de neutron em duas dimen

soes envolvendo multigrupo de energias em geometrias X-Y ,

R-Z ou R - e , sob â forma de representação de diferença fini

ta.

O método empregado pelo código para resolver ãs equa

ções de diferença finita análogas ãs equações de difusão de

neutron multigrupo é o método conhecido como "Equipoise

Method".16

Características do Código

1. Três condições de contorno externa podem ser

imposta,condição de contorno de fluxo zero, condição de con

torno derivativa normal zero, ou condição periódica. A condi

ção de contorno logarítmica pode também ser especificada,tan

to ao longo dos contornos ou malha interna.^

2. O código permite o espalhamento de neutron

de qualquer grupo para qualquer outro grupo.^

3. Problemas de autovalor, problemas de fonte

constante, problemas de pesquisa de veneno, e problemas de

pesquisa de densidade de nuclídeo podem ser resolvidos por

iteração direta, com a incógnita tratada como o autovalor

do problema, fator de multiplicação efetivo.

4. O efeito no fator de multiplicação e nos

fluxos devido ãs concentrações de equilíbrio do xenônio pode

ser considerado.

5. O código calculará fluxos adjuntos e faz cal

culos de pertubação.

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-16-

6. Secçoes de choque microscópica de grupo am o

pio ponderada pelo fluxo podem ser calculadas.

7. Saída opcional, incluem fluxos ponto-gru-

po como neutrons/cm''. seg, a densidade de neutron pontual co

mo neutrons/cm'^, a densidade de fonte pontual como fis

sões/cm^.seg ou produções de neutron/cm-^. seg, taxa de reação

de nuclídeo, balanços de neutron total e na composição.

Em adição ao usual cálculo de autovalor, o

código pode fazer uma pesquisa de iteração direta na concen

tração do nuclídeo, uma pesquisa de iteração direta na sec

ção de choque de veneno macroscópica, ou uma pesquisa de nu

clídeo de iteração dupla, para um fator de multiplicação es

pecifiçado. No cálculo de pesquisa direta, o fator de multi

plicação desejado é satisfeito pelo tratamento da pesquisa

de concentração de nuclídeo ou secção de choque macroscópica

do veneno como o autovalor do problema. Este cálculo geral

mente não exige mais tempo de computador do que o tempo exi

gido para o usual cálculo do autovalor que determina o fator

de multiplicação. Na pesquisa de nuclídeo de iteração dupla,

problemas de autovalor sucessivos são resolvidos com pesqui

sas ajustadas de concentrações de nuclídeo. Este último meto

do de obtenção da criticalidade pode ser necessário, por e

xemplo, quando a concentração de um nuclídeo é para decres

cer quando uma outra é aumentada.

No cálculo de autovalor usual ou de pesqui­

sa, o efeito nos fluxos e no fator de multiplicação devido

as concentrações de equilíbrio do xenônio pode ser levado em

conta durante o cálculo iterativo.Isto é feito ajustando as

secçoes de choque de absorção macroscópica do Xe- - ^ a cada

ponto da malha para cada iteração até que elas atinjam valo­

res de equilíbrio constantes.

Também podemos efetuar cálculo adjunto bem

como cálculos de perturbação. Valores de

1 K 3S

onde S, representa as várias secçoes de choque macroscópicas,

são calculados automaticamente. Valores de

1 dK^ K dNi '

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-.17-

2.2 CITATION

O código CITATION é um programa desenvolvido para ser

operável em um computador do tipo IBM 360/75, este código

tem como linguagem de programação o FORTRAN IV.

O CITATION é projetado para resolver problemas envol

vendo a teoria de difusão de neutron multigrupo sob a repre

sentação de diferença finita tratando problemas em até três

dimensões com espalhamento de grupo para grupo. Podendo ser

tratadas ãs seguintes geometrias: X-Y-Z, B-R-Z, Hexagonal-Z

e Triagonal-Z.

O método de solução empregado pelo código é o de aprq

ximações de diferença finita em espaço (conforme Capítulo -

4). Problemas de autovalor do fluxo de neutron são resolvi

dos por iteração direta para determinar o fator de multipli

cação ou densidades de nuclídeo para um sistema crítico.

Características do Código

1. Neste código são permitidas três condições

de contorno externa, condição de contorno extrapolada, condi

ção de contorno refletida ou condição periódica. A condição

de contorno logarítmica pode também ser especificada.^

2. E permitido o espalhamento de neutron de

qualquer grupo para qualquer outro grupo.

3. Problemas de autovalor, problemas de fonte

constante ou fixa, APÊNDICE "B", problemas de pesquisa de

densidade de nuclídeo APÊNDICE "A", problemas de pesquisa de

veneno, fator de multiplicação efetivo, (conforme APÊNDICE A)

podem ser tratadas pelo código.

onde Ni, representa a concentração do nuclídeo i, podem tam

bém ser executados, bem como cálculo do tempo de vida do

reator e fração de neutron atrasado podem ser pedidos.

Nota;

Os cartões de controle para utilização do código EX

TERÍ4INATOR-2 no computador IBM-370/I55do (IPEN) são apresen

tadas no Apêndice "F".

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-18-

4. O código também possibilita a obtenção de

uma pesquisa direta de "bucking" (conforme Apéndice A ) .

5. É permitida uma pesquisa de dimensão.

6. O código calculará fluxos adjuntos bem como

cálculos de perturbação (conforme Apéndice D ) .

7. cálculos de secçoes de choque macroscópica

e taxa de reação podem ser efetuados, (conforme Apêndice C ) .

8. O código é também projetado para resolver

problemas de depleção, com ou sem elaborado tratamento de re

carregamento para análises de multiciclo.^

9. Com o código podemos obter saída opcional ,

incluindo fluxos de ponto e grupo, densidade de neutron pon

tual, densidade de fonte pontual, balanços de neutrons total

e em composição bem como produções de neutron.

10. Podemos calcular também secçoes de choque

microscópica de grupo amplo com ponderações apropriadas (con

forme Apêndice E ) .

Nota;

Os cartões de controle para utilização do código CITA

TION no computador IBM-370/15Sdo (IPEN) são apresentados no

Apêndice "F".

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-19-

(r) + ^ " ^ <}.(r) = O ,

L 2

onde

L 2 = D ^ = representa ã área de difusão

K = vEf = fator de multiplicação ou número de neutrons

produzidos por neutron absorvido.

A quantidade

CAPÍTULO III

EQUAÇÕES DE DIFUSÃO

9 3.1 .Teoria de um Grupo de Energia

A teoria de um grupo de energia é baseada na premissa

que a distribuição estática de neutrons é separável em es

paço e energia. Esta premissa é válida em um grande número

de situações físicas. Duas destas as quais são de importan

cia primitiva historicamente, são os reatores descobertos e

sistemas térmicos grandes. Como não existe nenhuma moderação

a ser considerada e também não existindo nenhuma fonte estra

nha, a equação de difusão para o reator crítico pose ser es

crita como:

DV2(|)(r) - Z (})(r) + vZA(r) = O a r

onde

4) (r) = fluxo de neutron dependente da posição.

= operador geométrico Laplaciano

D = coeficiente de difusão

= secção de choque de absorção macroscópica

= secção de choque de fissão macroscópica

V = número de neutrons produzidos por fissão.

Uma forma alternativa usada frequentemente é :

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-20-

O autovalor

B 2 = -V^'}' (r) 4- (r)

determina a curvatura, ou "buckling", do fluxo de neutron em

qualquer ponto no reator.

A equação de criticalidade definindo a relação exigida

entre as propriedades material e as propriedades geométricas

de um reator crítico pode ser prontamente mostrada ser:

K - 1 = R 2

para teoria de um grupo de energia; ou seja o "material buck

ling" e o "geometric buckling" são exigidos serem iguais.

Teoria de um grupo de energia pode também ser aplicada

para cálculo de efeitos de refletor ou distribuição de neu

tron assimptótica ou reatores refletidos ou multi-região. No

caso de regiões não multiplicativa temos

Dv2(j) (r) - Zacj) (r) = O ,

K - 1 ou - ; D

determinada a partir das propriedades materiais do meio é co

mumente chamada de "material buckling".

A equação é idêntica em forma ã equação de Helmholtz^

V^v + B^^; = O .

Adotando como condição de contorno que a solução, ou

fluxo, desaparecem no contorno extrapolado, o valor caracte

ristico familiar ou autovalor do problema é obtido, com o pa

râmetro B^ ou autovalor e a distribuição de neutrons corres

pendendo ã autofunção. Para um reator crítico, somente o au

tovalor fundamental e a autofunção são de interesse desde

que uma solução não negativa é exigida em qualquer lugar in

terior ao contorno extrapolado. O autovalor fundamental, B^,

determinado pela forma do reator e dimensões, é chamado de

"geometric buckling".

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-21-

onde

D = coeficiente de difusão para o meio não multiplica

tivo.

Ia = secção de choque de absorção macroscópica para o

meio não multiplicativo.

Convém notar que excepto ã diferença de sinal, esta e

quação tem a mesma forma como a equação de Helmholtz e pode

ser escrita como

- x^\¡) = o ,

onde é l/L^ , a recíproca da área de difusão no meio e

é igual a Za/D.

A aplicação das condições de contorno isto é de sime

tria no centro ou origem, e fluxo zero ao contorno extrapo

lado junto com as condições de continuidade do fluxo tf) (r) e

corrente D(\>' (r) na interface, produz-se a equação crítica

relacionando propriedades geométricas e material do reator.

Q

3.2 Modelo de Dois Grupos de Energia

Um modelo melhor do que a teoria de um grupo de ener

gia, é o modelo de dois grupos de energia, o qual devido a

sua simplicidade de acoplamento com boa precisão, tem sido

usado extensivamente em estudo de projetos e cálculos expio

ratórios ou paramétricos.

A separação da faixa de energia em um grupo de ener

gia não térmico e um grupo térmico permite uma representação

mais adequada da situação física e consequentemente a larga

aplicabilidade.

No modelo de dois grupos a equação de balanço dos neu

trons única na teoria de um grupo de energia é substituida

por um par de equações descrevendo o comportamento dos dois

grupos de neutrons a saber o grupo rápido (ou aquele sofren

do moderação), e o grupo térmico como segue :

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-22-

D2v2(j,2{r) - i:a,2<}»2(r) + p i<)>,(r) = O .

(3-2-1)

R, I'Pl ~ "

Aqui, as quantidades D, Zf,Za, e v são como as defini^

das anteriormente na teoria de um grupo de energia só que

com os subscriptos 1 e 2 usados para distinguir os grupos

rápido e térmico respectivamente.

^R,1 ' denota a secção de choque de moderação macros

cópica para o grupo rápido; o termo E„ ,<{ii(r) representa a K , 1

perda ou remoção de neutrons do grupo rápido.

O termo de fonte de neutron térmico, p Z„ ^i^i^), in

dica a fração dos neutrons rápidos que escapam a captura ã

ressonância durante o processo de moderação e dai, o ganho

para o grupo térmico. A probabilidade de escape â ressonân

cia, p , é considerada uma quantidade independente da ener

gia.

Como o termo de fonte térmico é proporcional ao fluxo

rápido, e de modo inverso o termo de fonte rápido vEf2(}>2(r)

é proporcional ao fluxo térmico, pode ser escrito como:

I Za, 2^2 (r)

então substituindo na equação (3.2.1) temos :

D,v2(},i (r) - E„ ((). (r) .+ ^ E a , 2 * . (r) = O K/l i p ^

D2v2(t>2(r) - Ea,2<t>2(^) + P ^R,j*i(r) " °-

Como na teoria de um grupo de energia ãs condições de

simetria no centro e a condição de contorno de fluxo zero ao

contorno extrapolado são também aplicadas aqui.

A distância extrapolada é aqui assumida ser uma cons

tante.

Considera-se que tanto a distribuição de fluxo térmico

bem como rápido pode ser representado como combinações li

near de funções de onda satisfazendo a equação:

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-23-

v2w - !flA w - o D2

V i|) + B^^ = O

Analogamente ao efetuado na teoria de um grupo de ener

gia, o par de equações usadas para uma região não multiplica

tiva, ou refletora, em um modelo de dois gruDos de energia

são:

DiV2<^ (r) - (|) (r) = O

(3-2-2)

D2v2<f.2(r) - E^^^<l)^(r) + p l^^^^^(r) = O ,

onde novamente as quantidades D, T.^ , e p são como defi

nidas anteriormente s6 que aqui para o meio não multiplicati

vo.

As soluções para a equação (3-2-1) das distribuições

de neutron em dois grupos de energia pode ser escrita como

combinação linear de duas funções, T e U, como segue:

(í)j = AT + Cü , <j, = S I A T + S 2 C U ,

onde A e C são incógnitas a serem determinadas

Si e S 2 são frequentemente chamados de coeficientes de

acoplamento.

De maneira similar para a equação (3-2-2) teremos:

<j)l = FV , <ji2 = GW + S 3 F V

onde F e G são incógnitas a serem determinadas

V e W são funções definidas como ãs soluções das equa

ções

1^

°1

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- 2 4 -

Então a condição de criticalidade para o problema tí

pico de duas regiões carroço-refletor pode ser escrita como

a solução de quatro equações simultáneas, duas para a região

do carroço e duas para a região do refletor,com as quatro

incógnitas A, C, F e G determinadas pelas condições de conti

nuidade de fluxos e correntes na interface junto com a espe

cificação do nivel de potencia.

Estas equações em forma de determinante aparecem como

mostrado abaixo; onde o superscripto denota ã primeira deri

vada; e todas as funções e derivadas são avaliadas na inter

face.

^ic^'

Sl°2c^'

U

^ic"'

^2^20"'

-V

-^IR^^'

- S 3 V

• 2 3 ° 2 R ^ '

O

-w

• ° 2 R W '

= O

onde os subscriptos c e R indicam carroço e refletor respec

tivamente.

Esta equação de criticalidade define a relação entre

as propriedades materiais e geométricas do reator de duas re

giões usando o modelo de dois grupos de energia.

3.3 Método de Multigrupo 12

A faixa de energia de interesse em problemas de proje

to de reator é muito grande, contudo, a maioria dos proble

mas e cálculos de projetos em reatores térmicos tipo P.W.R.

(Pressurized Water Reactor), são de maneira geral efetuados

em dois grupos de energia de neutrons, isto é, a faixa de e

nergia é dividida em dois grupos sendo um denominado de grupo

rápido e o outro grupo térmico ou lento.

Apesar do fato de que os cálculos em dois grupos apre

sentam resultados bastante satisfatórios, quando se deseja o

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-25-

i o O i : P E S O U S * S E . - " E R É T I C ' 5 N U C L t A R t S 1

obter resultados mais precisos ou em cálculos de reatores

rápidos e intermediários o número de grupos de energia é au

mentado, obtendo-se com isto resultados bem mais precisos.

O método de multigrupo consiste em dividir a faixa de

energia em intervalos, e uma avaliação das secçoes de choque

sobre estes intervalos, são usadas para aproximar o efeito

real das secçoes de choque com dependência da energia. Este

processo de avaliação das secçoes de choque freqüentemente é

executado em dois estágios.

No primeiro estágio,a faixa de energia é dividida em

um número relativamente grande de intervalos (refinados). Da

dos nucleares básicos são então coletados, tabulados, avalia

dos e estimados sobre os intervalos de energia, afim de aper

feiçoar as constantes de grupo.

Estas constantes de grupos, são os dados microscópicos

e são preparados para cada nuclídeo e podem ser usados em

muitos problemas de projeto. Quando os dados microscópicos ,

exibem acentuada estrutura de ressonância, aproximações ana

líticas são avaliadas para determinar as efetivas secçoes de

choque e o fluxo dentro da ressonância.

No segundo estágio a faixa de energia, é particionada

em um número menor de intervalos adaptado as exigências de

um problema de projeto específico. Neste ponto é feito um

cálculo aproximado da real dependência de energia do neutron

no problema de projeto, e este espectro de energia é usado

para formar médias ponderadas das secçoes de choque sobre

os intervalos de energias maiores.

Os cálculos em reatores são então grandemente melhora

dos pelo expediente do aumento do número de grupos de neu

trons. Deste modo a moderação de neutrons rápidos em reato

res térmicos pode ser tratada de uma maneira mais precisa do

que com o modelo de dois grupos de energia de neutrons. Por

outro lado, em reatores rápidos e intermediários, e desde

que nestes reatores são os neutrons rápidos os que causam a

maior parte das fissões, um entendimento mais detalhado do

comportamento desses neutrons, é de central importância na

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-26-

previsão da criticalidade destes reatores bem como outras

propriedades dos mesmos. Cálculos efetuados com o método de

multigrupo são portanto, essencial para o adequado projeto

desses reatores.

Constantes de Multigrupo

Em cálculos de multigrupos é mais conveniente usar a

variável letargia ao invés da energia. A variável letargia é

denotada pelo símbolo u e é definida como :

E .

u = Jln

onde E Q é uma energia arbitrária. Contudo, é usual na práti

ca escolher E Q como sendo a energia dos neutrons mais energé

ticos em qualquer sistema. Portanto, u será sempre uma quan

tidade positiva. A letargia é então zero para neutrons com e

nergia E ^ e aumenta com o decréscimo de energia.

Como primeiro passo em cálculo de multigrupo, a faixa

total de letargia do neutron em um reator é dividida em N

grupos, que podem ou não serem de igual amplitude conforme

figura (3-3-1)

Grupos de letargia

u L Grupo 1

Grupo 2 ^2

u 3 Grupo 3

• •

U g

Grupo g

• 1

Uj^ Grupo N

U

U,

U.

U g-1

u.

u. N-1

u. N

FIGURA - 3-3-1

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-27-

O fluxo de neutrons no g-ésimo grupo é então definido

pela integral:

*g(r) =

i;g

(J) (r ,u) du

ug-1

(3-3-1)

onde ug e ug-1 são a maior e menor letargias do grupo, res

pectivamente, e ({)(r,u) é o fluxo dependente da letargia no

ponto r.

A difusão de neutrons dentro de cada grupo é descrita

por um coeficiente de difusão médio definido como:

ug

Dg =

j" D(u)v2(|, (r,u)du

ug-1 (3-3-2)

ug

v2,j)(r,u) du

ug-1

Se considerarmos que o fluxo pode ser escrito como u

ma função separável do espaço e da letargia, a equação

(3-3-2 ) torna-se:

Dg = íg

ug

D (u) (j) (u) (u ,

üg-1

(3-3-3)

onde (Ji (u) é parte de ((>(r,u) dependente da letargía, e (^g é

constante dado por:

ua

í-g = j" ())(u)du 3-3-4)

u g-1

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- 2 8 -

Para calcularmos a integral na equação (3-3-3) ê neces

sãrio assumir uma forma apropriada para (}) (u) . Para reatores

térmicos frequentemente escolhe-se:

< (u) = Constante ^

que é o fluxo dependente da letargia em um meio infinito sem

absorção contendo fontes distribuidas uniformemente. Em mui

tos casos Ç(u) que é o aumento médio em letargia por colisão

e Eg(u) secção de choque macroscópica de espalhamento, são

essencialmente constante dentro de cada grupo de letargia e

é então possível tomar cj) (u) como:

(|) (u) = constante. (3-3-6)

Por simplicidade esta forma para (J) (u) será assumida na

presente discussão.

Se a constante na equação (3-3-6) é denotada por A, en

tão da equação (3-3-4) temos:

*g = j Adu = A(Ug - Ug_^) = AUg

g-1

onde é a amplitude em letargia do g-ésimo grupo.

Da equação (3-3-3) D^ é então dado por:

- Í (3-3-7) a J

V i

Se D(u) é aproximadamente constante sobre o intervalo

de letargia U^, então D^ é simplesmente o valor de D em qual

quer letargia dentro do grupo.

Neutrons podem desaparecer de um grupo como uma ite

ração de absorção ou como resultado de espalhamento elásti

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-29-

u

V Ç ^ag = \ 2:a(u)*(u)du • (3-3-8)

Se for assumido novamente que <t!(u) é constante, a equação

(3-3-8) torna-se:

Ug

1

í ag - I í:a(u)du . (3-3-9)

Similarmente a secção de choque de espalhamento elástico mé

dia para o g-ésimo grupo é definida como:

u g

^sg = J Eg(u)4'(u)du , (3-3-10)

V l

e novamente se (j) ( u) é assumido constante temos:

^g

! -sg - ü I Es(u)du . (3-3-11)

u g-1

Frequentemente Eg é constante no grupo e Egg é então

a secção de choque de espalhamento macroscópica real em

qualquer letargia dentro do grupo.

A transferência de neutrons por espalhamento de um

grupo para outro é descrita pelas secçoes de choque de

co ou inelastico que elevarão suas letargias para um outro

grupo. A absorção exata dentro do g-ésimo grupo é descrita

pela secção de choque de absorção do grupo E^g

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-30-

transferência de grupo, que são denotadas por

E (g h) .

Estas secçoes de choque dè transferência de grupo são

definidas de modo que

E (g ^ h) . ()>g (r) ,

é igual ao número de neutrons que são transferidos do g-ésimo

grupo para o h-ésimo grupo por cm-^/seg. no ponto r. Secçoes

de choque de transferência podem ser escritas como a soma

de duas parcelas:

Egíg h) : secção de choque de transferência elâs

tica.

Y.^ (g ^ h) : secção de choque de transferência ine

lãstica.

Considere primeiro a avaliação de Egíg •> h ) . O valor

destas constantes, depende das propriedades nucleares dos ma

teriais no reator e do número de grupos usado nos cálculos .

Em particular, se o máximo aumento em letargia de um neutron

sofrendo uma colisão elástica é menor do que a amplitude de

todo o grupo, neutrons de um grupo podem ser espalhados elas

ticamente somente para dentro do grupo adjacente; isto é ,

eles não podem saltar grupos. Neste caso, EgCg ->- h) é zero

para h 7 ^ g + 1, e diferente de zero quando h = g + 1 e os

grupos são ditos serem diretamente acoplados, pelo menos no

que concerne ao espalhamento elástico. Como a mínima energia

de um neutron após uma colisão elástica é a vezes ã sua ener

gia inicial, e isto corresponde a um aumento em letargia de

Zr\(^/a). A condição para um acoplamento direto por espalha

mento elástico é:

^ n í V a ) < Ug , (3-3-12)

para todos os grupos.

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-31-

5g

colisões em média afim de atravessarem este grupo. Se exis

tem

^sg*g '

colisões por cm"^/seg no g-ésimo grupo, deve existir

sg'í'g _ ^g^sg*g

neutrons espalhados para fora de g-ésimo grupo por cm^/seg .

Desde que esses neutrons necessariamente devem entrar no

(g+l)-ésimo grupo no caso de diretamente acoplados, então

i:g(g->-g+l) é dado por:

^sg(g - = • (3-3-13)

O cálculo das secçoes de choque de transferência no ca

so de grupos não diretamente acoplados é imediato em princl^

pio, mas os resultados são mais complicados do que na situa

ção de diretamente acoplados. Um exemplo simples de um cálcu

As constantes Zg{g g+1) podem ser calculadas pela si

tuação de diretamente acoplados da seguinte maneira. Da equa

ção (3-3-10) o número de colisões de espalhamento por cm"^/seg

no g-ésimo grupo é

^sg*g

Se Çg é o aumento de letargia médio em uma colisão e

lãstica no g-ésimo grupo (deve ser lembrado que em geral Ç é

uma função da energia, em consequência disto aparece o subs

crito g em Çg), segue-se que neutrons exigem

Ug

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-32-

í du' I Ee (u) (j) (u)P (u->u')du

^g-1

V l

u g

/ / / / / / / ^ / / / / / / // // // /t/Zf

f / f ^ /> /'/'//'/> ;

T R U N O C T

V l Figura - 3.3.2 Grupos de letaraias.

onde P(u->-u') é a função distribuição de probabilidade para

neutrons espalhados elásticamente. O número total de neu

trons transferidos do g-ésimo grupo é portanto:

V l ""g

í í Eg (u) d) (u)P (u-vu' )du

1 u=u a q _ 1

lo deste tipo é para o moderador hidrogênio. Uma única coli

são com estes núcleos pode reduzir a energia de um neutron a

té zero, de modo que os neutrons possam ser espalhados de

qualquer grupo para todos os grupos de menor energia.

Somente a secção de choque de transferência elástica

Egíg ->• g+1) será deduzida aqui.

Considere agora o intervalo de letargia du_|_ no (g+1) -

ésimo grupo, conforme figura (3-3-2). Desde que neutrons po

''.em ser espalhados para dentro de du' como resultado de coli

s o e s em qualquer letargia no g-ésimo grupo, o número de neu

trons chegando por cm^/seg em du_[_ do g-ésimo grupo é:

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-33-

Em virtude da definição de Hs ig-^g+í) , temos que o núme

ro total de neutrons transferido do g-ésimo grupo é igual ã

Eg (g-^g+1) <})g ,

e então temos:

Ug+1 u

íg (g-^g+1) Eo (u) * (u)P (u- u' )du .

u'=u u=u •g-1

(3-3-14)

Se ij)(u) é tomado como uma constante e se, Eg(u) é ra

zoavelmente constante no intervalo de letargia definido pelo

g-ésimo grupo, então a equação (3-3-14) pode ser escrita co

mo :

Eg(g^g+1) =

^ + 1 ^g

du' l P(u^u' )du .

u'=u. g-1

(3-3-15)

Para o caso do hidrogênio temos que: (conf.ref.12)

^ / 1 \ u-u' P(u-vu') = e , (3-3--16)

e obtem-se que:

E_(g^g+1) - (e' "g - eVl) ("" - e"Vl) '

e então:

5^s(g-g+i) = (1 - e "g) (1 - e "g+i) . ( 3 - 3 - 1 7 )

As secçoes de choque de transferência de grupo para es

palhamento inelastico, podem ser calculadas da mesma maneira

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-34-

•fg _1_

u.

Zf (u) (í> (u)du

u g-1

ou ainda

•fg u.

u.

( u

Zf(u)du

g-1

: 3-3-18)

onde <j) (u) é novamente tomado como constante. Convém lembrar

que os neutrons de fissão prontos são emitidos com um espec

tro de energia continuo. Então é conveniente introduzir a

quantidade Xg igual a frações desses neutrons que estão apa

recendo no g-ésimo grupo.

Especificamente isto é dado por:

= \ X(u )du (3-3-19)

u g-1

onde X (u) é o espectro de fissão normalizado para um neu

tron emitido.

Também é necessário levar em conta o fato de que o nú

mero médio de neutrons emitidos por fissão depende da ener

como para o espalhamento elástico excepto que no procedimen

to á função distribuição de probabilidade inelástica deve

ser usada nas integrais acima. Desde que neutrons podem per

der uma grande fração de sua energia em uma interação inelás

tica, as secções de choque de transferencia inelástica fre

quentemente envolve o acoplamento de vários grupos.

Ê também necessário definir uma secção de choque de

fissão média para cada grupo; e para o g-ésimo grupo temos:

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-35-

gia do neutron incidente.

Para fissões induzidas por neutrons do g-ésimo grupo ,

o valor médio de , denotado por Vg, é :

üg

v„ = I v(u)(í)(u)du g

j" V (u)(í) (u)

V l

ou ainda

^g

V l

Vg = \ v(u)du , (3-3-20)

EQUAÇÕES DE MULTIGRUPO

Com as varias constantes deduzidas acima é agora pos^

sivel escrever as equações de difusão descrevendo o comporta

mento dos neutrons dentro de cada grupo.

Em uma região contendo combustível a equação para o

primeiro grupo correspondendo aos neutrons mais energéticos,

é:

Dj^v24,i (r) - Eai*i " l E(l^h) .h=2

N

(3-3-21)

onde o segundo termo da equação dá a perda de neutrons devi

do â absorção enquanto que o terceiro termo dá a perda de neu

trons como resultado de espalhamento de neutrons do primeiro

grupo para todos os outros grupos. O último termo é igual ao

número total de neutrons de fissão aparecendo no primeiro gru

po como resultado de fissões que estão ocorrendo em todos os

outros grupos.

A equação de difusão para o g-ésimo grupo é portanto:

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r ^ I E(g-h)

- h>g

-36-

N

Xa I fh-í-h ) " " ' (3-3-22) ^ h=l

onde na equação (3-3-2 2) o segundo termo representa a verda

deira absorção no grupo; o terceiro termo dá o número de neu

trons espalhados do g-ésimo grupo para todos os grupos de me

nor energia; o quarto termo é igual ao número de neutrons es

palhados para dentro do g-ésimo grupo proveniente de todos

os grupos de maior energia; o último termo dâ o número de

neutrons de fissão produzidos no g-ésimo grupo provenientes

de fissões em todos os grupos.

As equações para regiões que não contenham combustível

são idênticas ã equação (3-3-22) excepto que o último termo

não aparece.

g-1

^ ír) + l E (h->g) (|.h(r) + ^ h=l

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-37-

4.1 MÉTODOS NUf^RICOS PARA SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE DIFUSÃO

DE NEUTRONS.

Para meios homogêneos a equação de difusão de neutrons

a uma velocidade é resolvida analiticamente. Entretanto, em

qualquer cálculo de reator real, a natureza heterogênea do

caroço deve ser levada em consideração. Não deve ser conside

rada somente as não-uniformidades correspondentes ãs pasti

lhas combustíveis, material de encamizamento,moderador,refri

gerante,elementos de controle,mas também variações espaciais

nas densidades do combustível e refrigerante devido a densi^

dades de potência não-uniforme no caroço e distribuições de

temperatura. Tais complexidade imediatamente forçam a um des

carte dos métodos analíticos em favor de uma solução numéri

ca direta da equação de difusão. Mesmo quando uma solução a

nalítica da equação de difusão é possível, é mais frequente

e conveniente obtê-la de uma solução numérica, particularmen

te quando a solução analítica pode envolver numerosas fun

ções que tenham que ser avaliadas numericamente em algum e

vento ou quando são exigidos estudos de parâmetros que pode

envolver um grande número de tais funções.

O processo geral é escrever a equação de difusão dife

rencial em forma de diferença finita, e então resolver o sis

tema resultante de equações de diferença em um computador di

gital.

Para ilustrar esta aproximação considere um exemplo

muito simples onde desejamos resolver:

-D ^ + (x) = S(x) dx2 ^

(4-1-1)

sujeita âs condições de contorno caracterizando um "slab"

finito de largura a :

CAPÍTULO IV

MÉTODOS NUMÉRICOS

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1 -38-

<t) (0) = (|) (a) = O

(?or conveniência será ignorado o comprimento da extrapola­

ção)

NÓS primeiro discretizamos ã variável espacial x pela

escolha de um conjunto de N+1 pontos discretos igualmente

espaçados de uma distância A = a/N.

^i-i

V A X .

1

É preciso agora escrever a equação (4-1-1) para cada

um desses pontos discretos x ^ , mas para fazer isto nós pre

cisamos de uma aproximação para ã^(f>/ãx^ . Pela expanção de

Taylor para <)) em x^^i em termos de seu valor no ponto x^ ,

(e com aproximação de ordem d'*(|)/dx'*) temos:

^1+1 (Xi+j) ^3. dx d2<j, dx^

(4-1-2)

*i-l ' * ( X I _ l ) = *i

d¿ dx

, A2 d2<|> ^ ^ d3F7

Se nõs somarmos essas expressões nós encontramos:

dx2 n + 1 - ^ ^ - 1 (4-1-3)

Assim se A é escolhido o suficientemente pequeno, esta

fórmula de diferença central de três pontos seria uma apro

ximação razoável para o valor de ã^(^/ãx^ no ponto x ^ .

Se nós agora usarmos a fórmula de diferença para escre

ver a equação (4-1-1) em qualquer ponto X J ^ da malha, nõs en

contramos:

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-39-

onde = S(x£) . Rearanjando esta equação temos:

onde fazendo

_ D 2 D . _ _ D ^i,i-l " " ~ ^ ' ^ ' ^1,1+1- " Ã ^

temos

^1,1-1*1-1 ^ ^ 1 , 1 ^ ^1,1+1*1+1 = ' ^'-^-^^

i= 1, . . . ,N-1

Assim, nós reduzimos ã equação (4-1-1) a um conjunto

de N-1 equações para N+1 incógnitas (4)^ ,<\>^A2' ••• '^n^ ' ^®

nós adicionarmos ãs condições de contorno, nós podemos agora

imaginar a solução deste conjunto de equações algébricas

Neste caso particular, o sistema de equações algébricas pode 4

ser resolvido diretamente usando eliminação de Gauss. Mas

geralmente métodos iterativos devem ser usados para resol

ver as equações de diferença finita.

Este exemplo muito simples ilustra as duas tarefas en

volvidas na solução numérica da equação de difusão:

a: - derivação das equações de diferença corresponden­

te.

b: - formulação de um algorítimo apropriado para solu

ção dessas equações em um computador digital.

Os métodos usados irão variar de problema para proble

ma. Por exemplo, enquanto uma solução direta das equações

(conforme equação (4-1-6) )é possível para problemas de uma

dimensão, métodos iterativos são exigidos para problemas de

duas e três dimensões. Além disto, geralmente deseja-se tra

balhar com malhas não uniforme em cálculos de reatores, afim

de levar em conta o fato de que o fluxo de neutron pode va

riar muito mais rapidamente em certas regiões do que em ou

tras.

-D (-^ ^ ^ ) + E^<^. = S. , (4-1-4) A2 a 1 1

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-40-

4.2 D E R I V A Ç Ã O D A S E Q U A Ç Õ E S D E D I F E R E N Ç A S P A R A P R O B L E M A S

D E D I F U S Ã O D E U M A D I M E N S Ã O .

NÓS consideraremos agora a forma mais geral da equação

de difusão de uma dimensão em geometria plana,

_ _d_ D(x)d_* + E^(x)4>{x) ^ ^ (4_2_i)

sujeitas ãs condições de contorno e interface que nõs deixa

remos arbitrária para o momento. Nós deveríamos observar a

qui que esta forma da equação de difusão é muito geral para

a maioria das aplicações em reatores. Raramente se encontram

configurações de reatores nos quais a composição varie de

uma maneira contínua de ponto para ponto (isto é, D(x) e

E(x)). Normalmente as propriedades do sistema são assumida

serem essencialmente uniforme em várias sub-regiões do caro

ço do reator (ou pode ser representada apropriadamente por

propriedades "homogenizadas" ou mediada espacialmente dentro

de cada sub-região). Assim ã situação mais comum é aquela a

presentada pela equação de difusão (equação (4-1-1) com D2

e Eaj constantes e que deve ser resolvida em um número de re

giões j . NÓS desenvolveremos âs equações de diferença para

a equação de difusão mais geral (equação (4-2-1), desde que

elas não são realmente muito mais difícil para derivar ou re

solver, e em certos casos elas são úteis evitando dificulda­

des técnicas que aparecem em aproximações menos gerais.

Como em nosso exemplo simples nós começamos pela obten

ção de nossa malha espacial discreta como mostrada abaixo,em

bora agora nós iremos construir espaçamento de malha não uni

forme.

A l ^ A2 ^ . ^± , -^i+l .

V,^ ' ^ f''^ — - • /

X O X I X 2 X i - 1 X i X i + 1 X N - 1 X N

Existe uma variedade de esquemas que podem ser usados

para gerar uma representação da equação (4-2-1) em equação

de diferença nesta malha. Nós já tínhamos considerado um pro

blema simples em que foi usada expansão de séries de Taylor

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-41-

^ i - ^ i / 2 ^i^\+l/2

X i _ l X i X i + l

Deixe-nos escolher o esquema mais simples para aproxi^

raar ãs integrais, expressando-as como o valor do integrando

avaliado no ponto x^ da malha multiplicado pelo intervalo de

integração. Por exemplo:

X i + ^

X . -

E a ( x ) M x ) d x = Eai(t>i(|- + ^1^) ,. (4-2-2)

Ai i 2

Ai+1

2 'Ai , Ai+1>

^ i +

j S(x) dx = Si + ^ ^ - ) . (4-2-3)

X i - ^

O terno derivativo da enuaçao (4-2-1) exige um pouco

mais de trabalho. Primeiro escreveremos:

iM i 1 ; ' - !

para derivarmos uma fórmula de diferença central para

d2((»/dx2. Um esquema mais comum é integrar a equação diferen

ciai original sobre um intervalo arbitrário da malha, e en

tão aproximar convenientemente estas integrais (após uma oca

sional integração por partes) usando valores médios simples

ou fórmulas de diferença-

NÓS integraremos a equação (4-2-1) sobre um intervalo

da malha definido por X i - < x < x^ + t.^^^^^ ao redor

do ponto Xj^ da malha.

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- 4 2 -

1 2

Xi -Ai

1 2

X. + Al+l ^ 1 + 2

X i -2

(4-2-4)

Para manipular á<i>/ãx , nós podemos usar uma simples for

mula de diferença de dois pontos (que pode ser derivada pela

subtração das equações (4-1-2))

Ai 2

X i _ l X. 1

d(j) dx

= ' i ~ Ai

X i + Ai + 1

X i Xi+1

dx

x 1 + Ai + i

(i)i+l - <i,i

Ai + 1

Além disso nós usaremos uma média centrada para D;

D(x, + Ai+1, 1

i " 2 i,i + l '

(4-2-5)

D(xi - fi) = ^(Di-l + Di) = Di,i_i .

Então a equação (4-2-4) pode ser escrita como

xi + ûi+1

4 °'^> a'

X I -Ai

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-43-

Ai+1 (4-2-6)

Se nós agora combinarmos ãs equações (4-2-2),(4-2-3) e

(4-2-6) nós chegamos a um conjunto de equações de diferença

muito similar ao nosso anterior.

^1,1-1 *i-l i,i(|)i + 3i,i+l'í'i+l - ^i (4-2-7)

onde

^1,1-1 -(Di + Di-1) 1

Ai Ai + Ai+i

- V o . /Di + 1 + Di ^ Di-1 + Di. ai^i - f { + ; Ai+1 Ai

.Di + 1 + Di > 1 = )

Ai + Ai+1

Ai+Ai+1 > *

* (4-2-8)

Assim uma vez que nós chegamos a um conjunto de N-1

equações de diferença de três pontos para os N+1 fluxos in

cógnitas discretizados, (f) , (ji i , . . . , (J)j . No caso particu

lar em que Ai da malha é constante e os coeficientes D(x) e

Zgíx) não dependam de x , nós retornamos ao nosso resultado

anterior (equação (4-1-5)) derivada via expansão em séries

de Taylor. Nossa tarefa final é colocar aquelas duas equa

ções levando-se em conta ãs condições de contorno. Ê claro

que nós poderíamos simplesmente usar como condições de con

torno extrapolada o vácuo, ((¡Q = O , = O como antes ( to­

mando o cuidado em colocar os pontos x^ e x-^ da malha nesses

contornos extrapolados). Condições de contorno mais gerais

(tais como corrente não-reentrante) podem ser desenvolvida ,

tomando-se ãs duas equações finais de diferença no conjunto

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-44-

como

(4-2-9)

^N,N-1 *N-1 + aN,N *N = •

Tais conjuntos de equações de diferença de três pontos

são características de problemas de difusão uma dimensão (na

verdade de qualquer equação diferencial ordinária de segunda

ordem). Os coeficientes ai,j dependerão do esquema usado pa

ra derivar as equações de diferença. Felismente se o espaça

mento A da malha é pequeno, essas diferenças serão insigni^

ficante em cálculos reais. Desde que a variação espacial do

fluxo ê essencialmente caracterizada pelo comprimento L de

difusão, escolhe-se geralmente um espaçamento A de malha

menor do que L . '

De modo similar as equações de diferença de três pon

tos também aparecerão em geometrías curvelineas com simetria

em uma dimensão.

Por conveniência nós assumiremos propriedades uniforme

nas vizinhanças da região. Então em coordenadas cilíndricas,

a equação de difusão torna-se

_D ( ^ + i Éi) ^ ^^^(^^ ^ ^ (4-2-10)

d r 2 r dr

enquanto que em coordinadas esféricas, nós encontramos:

_D ( d ^ + 2 di) ^ ^^^^^^ ^ g(^) _ (4-2-11)

d r 2 r dr

Assim nós podemos derivar ãs equações diferença corres^

pendendo a estas geometrias, usando ãs técnicas anteriores ,

então com espaçamento de malha uniforme temos:

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ai,i-l + + ^i^i+i (¡>i+i - Si 1 '

onde agora

-45-

(4-2-12)

ai,i-l =

4,1

D

2D

A2

1 - -)

21-1

+ E;

ai,i+l = - (1 + -) 21-1

(4-2-13)

onde C=0,l,2 para geometrias planas, cilíndricas e esféricas

respectivamente. Para completar as especificações dessas equa

ções de diferenças, nós consideraremos o caso de vácuo como

condições de contorno. Por referência nós primeiro considera

remos a geometria "slab" com espaçamento de malha uniforme e

igual a A :

xi Xi XN

Condições de contorno:

(4-2-14)

SQ = SN = O .

Notar que se nós fossemos aplicar a equação (4-2-12) pa

ra o caso de i=0 (assumindo (j)-l = 0) , então esta condição de

contorno envolveria <{i 1 = O . Entretanto esta é inconsistente

com a equação 1 = 1 . Assim nós devemos ignorar os casos 1=0

(e i=N) na aplicação da equação de diferença, e usar as condi

ções de contorno para eliminar as incógnitas (J)Q e <J)N das equa

ções 1=1 e i=N-l. Por exemplo, a equação 1=1 é

• 10 + ^ 1 1 * 1 ^1 2 <?> 2 - s 1 . 4-2-15)

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-46-

R

ri r 2 -N

df =0 r=0

S o = s 1 .

o - * 1

(4-2-16)

Novam.ente nós ignoramos os casos 1=0 e i=N. Em 1=1

nós encontramos que CÍ-^Q= O e assim

aii (fii + ai2<t'2 - [4-2-17)

A equação i=N-l é simplificada pois <í)N=0 . Considera

ções muito similar mantem-se para o caso de geometria esfér_i

ca.

Assim temos agora derivada a forma geral das equações

de diferença caracterizando a difusão de neutron em uma d_i

mensão em geometria plana, e equações de diferença em geome

tria cilíndrica e esférica caracterizando, regiões vizinhas

(regionwise) homogêneas.

Nossa próxima tarefa é a determinação de uma prescri

ção apropriada ou algoritmo para solução deste sistema de e

quações algébricas.

SOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES DE DIFERENÇA DE TRÊS PONTOS

Supondo que nós tivéssemos desenvolvido um conjunto a

propriado de equações de diferença similar a equação (4-2-7).

NÓS devemos agora resolver para os fluxos discretizados .

Para ser mais explícito, vamos primeiro escrever essas equa

ções em detalhes:

Agora consideremos o caso de geometria cilíndrica. Nos

sas condições de contorno são agora um pouco diferente. Em

rjq nós ainda temos o usual vácuo como condição de contorno

(f)N=O.Na origem, nós usamos simetria para envolver

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-47-

^1 1 "t" 1 + ^1 2 '^2

^ 2 1 't> l + ^ 2 2 't'2 + ^ 2 3 <t'3

+ 't>2 + ^ 3 3 (¡"B + 't'i+

S l

S 2

= s

+ a „ , „ , (t)^,_, - S N _ I

(4-2-18)

Reescrevendo estas equações em forma de matriz temos

a u a i 2

X

3 2 1 ^ 2 2 3 2 3 V V \

X V ^ X V

•» X X

3 3 2 3 3 3 331+ X X N

X N ^ X

V X X

3i+ 3 3i4 1+ a^ 5 -V V X

*1 S l

(FI 2 S 2

^3 •

^ 3

_ V l _

OU ainda como

A è = S [4-2-19)

onde A é uma matriz (N-1) x ( N - 1 ) , e i e S são vetores colu

na de dimensão ( N - 1 ) . Deve ser notado que a matriz difusão A

de diferença finita é tridiagonal. Este tipo de matriz somen

te aparece para geometrias de um.a dimensão nos quais as equa

ções de diferença de três pontos aparecem. Em geometrias de

duas e três dimensões estruturas mais complicadas de matriz

são encontradas.

Observar que a solução deste conjunto de equações algê

bricas ê equivalente a inversão da matriz A para obter.

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-48-

(4-2-20)

Tais matrizes tridiagonal podem ser invertidas direta

mente usando eliminação de Gauss. (o método "eliminação para ~ - 19

frente-substituiçao para tras"). Como exemplo nos temos

indicado abaixo esquematicamente a "eliminação para frente "

nas duas primeiras equações na equação (4-2-18):

a u a i2 O

a2i a22 ^ 2 3

1 a i 2 / a i i O

^ 2 1 ^ 2 2 a 2 3

1 a i 2 / a i i

O (a22 - ^2 j a i 2 / a i 1 ) 2 3

1

O

a i 2 / a i 1

1

O

^ 2 3

( a 2 2 - 3 2 1 3 1 2 / a i 1 )

\ \ \ -

n 1 A \ -2 •

* (4-2-21)

de modo que nõs eventualmente chegamos ã um sistema de equa

ções da forma

1 ^1

0 0 *1 t l

0 1 A2 0 4>2 « 2

0 0 1 A3 . * 3 « 3

0

0

• •

0 1 *N - i

"N - l

(4-2-22)

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-49-

onde

Al =

ai =

^n,n+l

'n,n + ^n,n-l ^n-l

n,n-l ' n-l

3n,n - an,n-1 ^„-1

ai 2

a n

ai 1

:4-2-23)

NÓS podemos agora voltar ã matriz para encontrarmos:

*N-i = "N-l

*N - 2 " " ^N - 2 *N-i + "N - 2 (4-2-24)

e assim sucessivamente até obtermos todos os fluxos.

Como vimos a eliminação de Gauss consiste de elimina

ção para frente e substituição para trás e pode ser usada pa

ra resolver diretamente as equações de diferença conforme e

quação (4-2-18). Este esquema é particularmente importante

uma vez que ele aparece como uma parte integral dos métodos

iterativos usados em problemas de duas e três dimensões. Por

esta razão, é útil formalizar a eliminação de Gauss um pouco

mais, notando que o que nós temos realizado de fato pela eli

minação para frente nada mais é do que a fatoração da matriz

A em um produto de uma matriz triangular inferior (L)e uma ~ 19 ~ matriz triangular superior (U)

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-50-

A =

1 1

321 (322 - a 2 l A i )

33 2 (33 3-33 2A2)

L

1 A l O .

O 1 A^ .

0 0 1 .

U

* (4-2-25)

Assim nossa sequência de p3ssos na eliminação de Gauss

começa com

A i = L U ( ) ) = S (4-2-26)

Primeiro nós executamos uma eliminação par3 frente ps.

rs construirmos e invertermos L

(4-2-27)

seguido por uma substituição para tras para inverter U e re

solver

$ = y""*- L S = U a (4-2-28)

Devemos entretanto observar que enquanto tais métodos

para solução de sistemas de equações algébricas lineares são

entendidos e analisados mais facilmente (matematicamente) em

notação de matriz, eles são ainda mais facilmente programs

dos quando escritos como um simples algoritmo tal como â e

quação (4-2-24). Por exemplo, poderíamos simplesmente cons

truirm.os um laço ("loop") para gerar e armazenar todos os

An e on usando a equação (4-2-2 3) e então avaliar todos os

fluxos ¿n usando a equação (4-2-24) .

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-51-

4.3 DERIVAÇÃO DAS EQUAÇÕES DE DIFERENÇA MULTI-DIf4ENSÃ0

Cálculos de difusão de neutrons mais detalhado carac

rizando reatores nucleares exigem tratamento tanto em duas

como em três dimensões. Tais detalhes são particularmente

importante no estudo do perfil da potência em reatores gran

des sujeitos â um carregamento bem como queima de combustí­

vel não uniforme. Sendo assim nós devemos considerar agora

a solução numérica da equação de difusão mais geral.

- V . D(r) V 4, + Zaír) <}) (r) = S(r) (4-3-1)

Novamente a geometria de interesse é discretizada em

uma malha de células tais como as grades retangulares ilus

tradas na figura 4-3-1. A maneira mais geral para derivar

as equações de diferença para a malha é integrar a equação

(4-3-1) sobre o volume espacial de uma dada célula da ma

lha, usando este para definir as propriedades da célula me

diada espacialmente.

Grade Retangular

duas dimensões

Grade Retangular

três dimensões

FIGURA - 4.3.1

Este algoritmo para solução de tais conjuntos de equa

ções de três termos {isto ê, inversão de matrizes tridiago­

nal) é facilmente programado e executado em um computador

digital.

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-52-

Em geral podemos escrever 15

Vi

Vi

<*) (r) d^r = <t)i (4-3-2)

Z^U) <)) (r) d^r = Zai > (4-3-3)

(-V . D(r) Vl})) d^r = Li<}.i - l lij ()>j , (4-3-4)

j = l

S(r)d3r E Si (4-3-5)

Vi

Aqui a somatória é efetuada sobre os pontos da malha vizi

nhos e adjacentes j=l ... J onde J=2,4 ou 6 em geometria

Cartesiana de 1,2 ou 3 dimensões respectivamente, enquanto

que

Li

J

j=l (4-3-6)

onde os coeficientes lij de acoplamento de malha são deter

minados pela geometria particular da malha e pela escolha

de um esquema de diferença finita. Por exemplo, em coordena

das Cartesiana usando essencialmente os esquemas de aproxima

ção representado pelas equações (4-2-2) e (4-2-6) encontra-,

riamos:

lij (Aij)2

(4-3-7)

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-53-

Dij = - (Di + Dj) , (4-3-8) 2

Aij = distância entre pontos i e j da malha.

As equações de diferença representando a equação

(4-3-1), então toma a forma

- l ,^^2^^ + (I rMT2^ ^aOH = Si , (4-3-9)

onde i percorre sobre todos os pontos da malha.

EXEMPLO

Como exemplo, vamos derivar as equações de diferença ca

racterizando as equações de difusão em duas dimensões para um

meio uniforme com uma malha uniforme e em geometria retangu -

lar.

- D - D ^ + <))(x,y) = S(x,y) . (4-3-10) 3x2 9^2

Nossa malha será definida de tal modo que os pontos da

malha são denotados por x^, xi , x^, ... Xfj ; y^, yi,.--

y j , ..., yjyi , com espaçamento de malha Ax e Ay respectivamen­

te.

A maneira mais direta para derivar as equações de dife

rença é usar uma fórmula de diferença central para aproximar

32(j,

8x2 xi,Yj

= f j - 2(t>i,j + (()i+i,j (4-3-11)

(Ax)2

onde nós definimos

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-54-

32 j ,

9y2 (Ay) 2

xi,yi

(4-3-11)

Y M

yj

Yl

YO

1 4 1 4

xi i ,YJ 1

J

' ' '

,—, , , ,

í < • i

, ,

XQ X I Xi X ^

Malha espacial duas dimensões

FIGURA - 4-3-2

Svibstituindo ãs expressões dadas pela equação (4-3-11)

na equação (4-3-10) avaliadas no ponto (xi,yj) da malha, nõs

encontramos

° {(t)i+i,j + <|.i-i,j) ^ (•í'i/J + i + H/j-i) (Ax) (Ay)

+ [ a + 2D ( + j^) (l)i,j = Si,j (4-3-12)

i= 1,2, ..., N-1

j= 1,2, ..., M-1

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-55-

Como feito anteriormente, nós podemos usar condições de

contorno para especificar

<l'0,j , <CN,j , (íi,0 e (í)i,M .

SOLUÇÃO ITERATIVA DE EQUAÇÕES DE DIFERENÇA MULTI-DIMEN

SIONAL.

NÓS agora voltamos nossa atenção para a solução dessas

equações. Nossa primeira tarefa é dispor o conjunto de equa

ções em forma de matriz. Isto exige primeiro especificação

de um único índice para cada ponto da malha. Por exemplo, em

uma malha de duas dimensão nós poderíamos designar os pontos

da malha como

(i, j) ^ K = i + (j-1) (N-1) .

Para um problema em duas dimensões, a estrutura da ma

triz toma a seguinte forma:

5

Yl

1 6 17 18 19

1 4

á

1 1 <

^ t

12 1

1 3 1 h 1 4

á

1 1 <

^ t

r

7

1 . ,2 3

2 O

1 5

l.Q_

5

XQ ^2 ^3 \ Xg Xg

i

2

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-56-

-) (-( A 7 , 2 ) 2 (A7 6 ) 2

D7 , 8

( A 7 . 2 ) 2 (A7 6 ) 2 ( A 7 , 8 ) 2

D 7 / 8 •) (-

Dy 1 2

{A7 1 2 ) ^ ( A 7 , 8 ) 2 ( A 7 , 1 2 ) 2 ) (<í>7) = ( S 7 ) . (4-3-13)

Convém observar que a forma tridiagonal que nós encon

tramos no caso de uma dimensão foi agora aumentada por duas

diagonais laterais, e também com uma examinação mais cuidado

sa encontramos que em casos de duas dimensões produz-se uma

equação de diferença de (5) pontos.

Similarmente, atribuindo um único índice para cada pon

to da malha de um problema de três dimensões produz-se a es

trutura da matriz que corresponde â uma equação de diferença

de (7) pontos, esquematicamente temos:

(4-3-14)

Agora vamos examinar como nós poderíamos resolver tais

sistemas, isto é, inverter tais matrizes. Desde que a elimi

nação de Gauss pode ser aplicada a qualquer matriz ( formal

mente pelo menos), nós poderíamos primeiro examinar aplican

do esta técnica para obter uma inversão direta. Relembrando

que para uma equação de difusão de uma dimensão, a elimina

ção para a frente reduzia a matriz tridiagonal original para

uma forma com somente duas diagonais, enquanto que o passo

de substituição para trás completava a inversão da matriz ,

conforme esquema abaixo

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-57-

' Elim.

i para , 1 frente \

] (4-3-15)

Com uma examinação mais cuidadosa, torna-se aparente

que quando uma eliminação para frente é efetuada em uma ma

triz de cinco diagonais, caracterizando problemas de duas

dimensões, o resultado é preencher de zero todas as entra

das entre a diagonal principal e a diagonal mais externa

conforme figura abaixo:

(4-3-16)

Isto significa em um considerável aumento de memória

do computador para que üma inversão direta da matriz seja

efetuada. Tal algoritmo que processa uma inversão direta

de matriz é também muito complicado para programar. Por es

tas razões, é mais eficiente usar um processo iterativo pa

ra inverter tais matrizes quando N é grande, desde que

tais esquemas tentam preservar a estrutura da matriz orig¿

nal em suas operações.

Vamos ilustrar a idéia básica com um exemplo sim

pies. Supoem-se que nós desejamos inverter uma matriz A ,

isto é, nõs desejamos resolver

(4-3-17)

Nós primeiro decompomos A em duas outras matrizes uma

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-58-

com os elementos da diagonal de A e a outra com os elemen­

tos fora da diagonal conforme esquema abaixo

Agora n pode ser facilmente invertida :

B

(4-3-18)

D ,-1 -

a n

0 32 2

- 1 a 3 3

- 1

(4.3.1^)

Ussndo 3 equsção (4-3-18) para reescrevermos a

ção (4-3-17) temos:

equa

D (|) = B (j) + S (4-3-20)

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•59-

E então invertendo D encontramos

(ti=D~''"(B(j)) + D""'"S (4-3-21)

Agora é onde começa a filosofia iterativa. Supõem - se

que nós atribuimos um valor para $ do lado direito da equa

ção (4-3-21), denotado por e então calculamos um novo

valor para i> , denotado por (M e expresso como:

( 1 ) - 1 (O) - 1 = D B(})^' + D S

(4-3-22)

Nos podemos continuar esta iteração, calculando

^ • •"l) como:

(4-3-23)

E então, quando m torna-se grande, nós convergimos

para a solução verdadeira

^J^^ •* (4-3-24)

Assim a idéia geral atrás de tais esquemas é gerar a

tribuições para ^^melhorado ou uma maneira, mais eficiente

de iterar ^ pela solução do sistema original de equações

de modo aproximado. Nós continuamos tal processo iterativo

até que duas iterações sucessivas ()> " ^ e $ (" +1) gão suf icien

temente próximas, neste ponto, a iteração é parada e ¡j) ' ''' ^

é considerado como solução. E importante observar que atra

vés de todo o processo iterativo, nós mantemos ã estrutura

original da matriz A de (5) diagonais, reduzindo significa

tivamente as exigências de cálculo e armazenagem.

O esquema particular que nós apresentamos é conhecido

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-60-

a i 1 i>\ + ai2'í '2 + a i 3 ( j ) 3 + . . . + a i ^ ( j ) j ^ - S i

^ 2 1 <P 1 + 32 2 '¡'2 + 3 2 3 * 3 + . . . + a^^^ (f> - S2

^Nl * 1 + ^N2 *2 ^N3 *3 + ••• + ^^^^ -

* (4-3-25)

Portanto, nós podemos resolver o sistema para o fluxo

iterado (m+1) imediatamente como

como método "Jacobi-Ponto" ou método de "Jacobi-Richardson",

embora este método seja um esquema muito simples, ele tem a

desvantagem de possuir convergência muito lenta.

No método de "Jacobi-Ponto", somente um pedaço relati

vãmente pequeno da matriz e sua diagonal principal, é inver

tida em cada passo, e portanto nós poderíamos esperar uma

convergência lenta. Nós podemos acelerar esta convergência

de várias maneiras. Primeiro, nós poderíamos tentar inverter

um. pedaço maior da matriz ^ em cada iteração. É também pos

sível usar informação sobre o próximo fluxo iterado durante

um passo iterativo. Finalmente, nós podemos fazer uma extra

polação do fluxo iterado anterior afim de mais rapidamente

atingirmos a solução verdadeira.

Para entender como melhorar o esquema iterativo "Jaco

bi", vamos escrevê-lo explicitamente em termos do sistema al

gébrico.

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-61-

i = 1,2, ... N.

Deveria ser observado aqui que o esquema "JacObi" não

usa todas as informações disponíveis durante cada iteração.

Por exemplo, se as equações são resolvidas na seqüência de

1=1 até 1=N, (como elas seriam resolvidas em um computador),

então a solução da primeira equação produz tj''*'''") mas para

encontrar 4)2" ' ^ usando a segunda equação, é usado

ao invés da avaliação melhorada (})|''""''"'") . Similarmente ,resol

vendo a terceira equação para (¡)3' "' "'") fazendo uso de <i>^^

e <p^^^ ao invés de l" " ^ e <i>^^'^^^ que são conhe

cidos. Se estas últimas avaliações são usadas tão logo elas

são geradas, um esquema iterativo mais eficiente conhecido

como o método de relaxação sucessiva ou Gauss-Seidel é obti

do.

Neste caso, o sistema de equações em cada iteração é

.(m+1) , Am+i) + a ^¡"^^ + . . . + a „4. " ^ = S2

a^lí^j + a 2 2 ' P 2 23 2NIN

3 3 1 + 332 ' í '2 + 3334>3 + . . . + ^^^^^ " S3

,(m+i) , ^ A Í ^ + i ) . ^ ^(i^+i) . 4 . ^ .(m+^)_ q a x t <p 1 + a., 9 o + a., ffi + . . . + a„-,(p-, — o., ' Ni ^ 1 N t 2 N3 3 NN^N N

* (4-3-27)

e a solução é

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-62-

(m+i) _

aii

i-l (Si - I

j = l

aij <t>j (m+1)

N

l j=i+i

aij 4,.^"^))

(4-3-28)

Notar que (f>_j''*"") ná equação (4-3-28) é conhecido a par

tir de soluções de equações anteriores mas na (m+1)-ésimo i

teração, ao passo que (i>^^^ é da (m)-ésimo iteração.

Isto pode ser reescrito em forma de matriz pela decom

posição de ô em uma matriz triangular superior e uma infe

rior:

\ \ ^ ^ \ \

\ \ ^ \ X \ >

\^ \ • \ \ - \ \

(4-3-29)

 U

Aqui Jj contém elementos da diagonal principal e abai

xo dela, enquanto U contém elementos acima da diagonal prin

cipal. Agora nós escrevemos a equação (4-3-17) como:

L ({i = U (í> + S (4-3-30)

O esquema "Gauss-Seidel" descrito acima equivale ã in

versão de L por eliminação para frente. Portanto nosso es

quema iterativo é

^(m+1) ^ ^-1 y ^(m) ^ ^-1 g (4-3-31)

O fato de que o método de "Gauss-Seidel" utiliza os úl.

timos elementos de í^"^^^^ quando na solução de equações su

cessivas produz um fator duas vezes melhor na redução do êr

ro por iteração do que o método "Jacobi".

Ê possível acelerar a convergência do esquema de itera

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63-

^(m+i /2) ^ _ 1 _ ( 3 . _ Y aij éf-- ) - I aij éf^M aii j = i j=i+i -'

(4-3-92)

onde: ,(m+ 1 / 2 ) ,. ~ ^ o • J T (|) avaliação Gauss-Seidel

proveniente de SOR da (m+l)-ésima iteração

j proveniente de SOR da (m)-ésima iteração.

^ ( m + 1 ) - ~ i . Agora if • o calculado como u m a combinação linear

de (^^^'^•^^'^^e a anterior SOR reiterada.

.(m+1) _ , (m+ 1 / 2 ) , w (m) *i - ^1 - "^*i • (4-3-33)

Aqui a extrapolação ou parâmetro de aceleração w esta

compreendido entre 1 e 2. Ë claro que para ü)=1 nós retorna

mos ao método de "Gauss-Seidel" em que nenhuma extrapolação ê

usada.

O algoritmo iterativo para cada elemento pode então ser

escrito como

.(m+1) _ 0) ,(m+i) r ^(m). ^ <l'^ - -^j^ (Sl - ¿ ai] (j). - l a i 3 ()). ) +

j = i j=i+l

+ (1 -u))<fr| ^ . (4-3-34)

ção ainda mais, pela introdução de um parâmetro de aceleração

para extrapolar a avaliação do fluxo iterativo. Este processo

é conhecido como o método de relaxação forçado sucessivo

(SOR) e pode ser ilustrado pela consideração de como nós uti

lizamos a iteração $ " ^ para determinar a avaliação de de

^(m+1)^ O primeiro passo no cálculo de (j)|™"^''") é computar a

avaliação Gauss-Seidel, que nós classificamos como <^^^'^^^^^

por conveniência.

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-64-

0 valor ótimo de w dando a máxima taxa de convergen­

cia pode ser relativo ãs características da matriz original

A . Em certos casos nós podemos encontrar uma taxa de con

vergência tal como duas ordens de magnitude maior do que o

método "Jacobi". Deveria ser notado, entretanto, que a ava

liação usada para w pode fortemente afetar a taxa de con

vergência deste método, e este w frequentemente deve ser

determinado por experiência.

Métodos multo similar podem ser aplicados ã problemas

de difusão de três dimensões. Neste caso a matriz difusão A

tem elementos nas sete diagonais como indicado abaixo

(4-3-35)

Novamente métodos iterativos são utilizados nos quais

os elementos da diagonal externa são manipulados em uma ma

neira similar aqueles usados em problemas de duas dimensões.

Entretanto existe alguma redução nas taxas de convergência

iterativa devido a uma perda de procedimento implicação cau

sada pelos elementos da diagonal adicional.

Tais algoritmos iterativos para a solução das equações

de diferença finita caracterizando problemas de difusão de

duas ou três dimensões são frequentemente referidos como "i

terações internas". Esta terminologia aparece do fato de

que em cálculos de criticalidade de reatores nuclear, a so

lução da equação de difusão ê envolvida por ora em um outro

esquema iterativo, conhecido como "iterações de fonte" ou

"iterações externas", necessária para manipular a presença

de um termo de fissão.

4.4 PESQUISAS NUMÉRICAS DA CRITICALIDADE

Como foi visto na teoria de um grupo de energia(conf.

Secção 3.1) a equação de difusão para um reator critico foi

escrita como:

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-65-

o P E S Q U Í S A S E M E " . : '

-Dv2()>(r) + E34)(r) = vZf<i>{r) . (4-4-1)

Entretanto, quando desejamos efetuar um cálculo de cri

ticalidade nós introduzimos um parâmetro arbitrário "K" nes

ta equação tornando-a :

-Dv2<|,(r) + Ea<í¡(r) = -vEf(t)(r) , (4-4-2) K

de modo que quando K=l, retornamos â equação (4-4-1) onde o

reator é crítico.

NÓS também vimos em teoria de um grupo de energia como

nós podemos obter uma condição de criticalidade para um rea

tor uniforme descoberto. Vamos agora ver como a pesquisa de

criticalidade é conduzida em cálculos práticos de reator

nos quais métodos numéricos devem ser usados para resolver a

equação de difusão de uma velocidade (um grupo). Para simpli

ficar nossas manipulações vamos primeiro reescrever o proble

ma de autovalor crítico da equação (4-4-2), em notação de q

perador como:

M <j) = - F ^ , (4-4-3) K

onde

MO = -V.D(r)V° + Ea(r)° E "Operador Destruição"

(fuga + absorção)

F" E vEf(r)° = "Operador Produção" (fissão)

É claro que em qualquer solução numérica, métodos de

diferença finita levarão ã uma representação da equação de

difusão de neutron equação (4-4-3) como um problema de auto

valor da matriz para o autovalor k"'*' . A solução de tais

problemas de autovalor pode ser realizada usando uma técnica

comum de análises numéricas conhecida como o "método de po

tência". Nós introduziremos este esquema usando argumentos

físicos.

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-66-

Primeiro devemos notar que se nós assumirmos que o ter

mo "fonte de fissão " S = F(() no lado direito da equação

(4-4-3) fosse conhecido, então a parte restante da equação

seria efetivamente a exata equação de difusão para o fluxo

de neutron resultante desta fonte em um meio não multiplica

tivo. Nós já sabemos como resolver este problema (conforme

seção 4-2), mas nós não conhecemos realmente a "fonte de fis

são" FiJ) uma vez que esta envolve (j). Assim, nós tentaremos adi

vinhá-la fazendo uma estimação inicial de

S(j.) H F(() S^°^ (r), K = K^°^ . (4-4-4)

Nós resolveremos a seguir para o fluxo (j) resultante

desta fonte estimada:

M^(l) = - V.DV^(l) + E^,(l) . S(0) , (4-4-5) a j (0)

usando nossos processos anteriores. Com esta solução nõs po

demos agora calcular explicitamente a fonte de fissão resul^

tante deste «l»''" como

S(l) = F*(l) = vE,<^<^) . (4-4-6)

Esta pode então ser tomada como uma nova estimação da ~ (2)

fonte de fissao e ser usada para gerar um novo fluxo (j) ,e

assim sucessivamente, mas com a condição de que nós também

podemos gerar melhoradas estimações de K. Isto é, nõs pode

mos resolver iterativamente para uma estimação melhorada de

foi

de

fonte S ' ' ^ de uma estimação anterior S '^ pela solução

M^(n+1) = ^ s^") , (4-4-7) K(n)

para (f»''''' e então calculando

g (n+1) ^ (n+1) . (4-4-8)

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-67-

„.(n+l) - 1 - . (4-4-9)

j^(n+l) (4 4 y)

A convergência de <j) para (ti(r) e K ' ) para K pode

ser provada matematicamente. Pode ser também induzido fisi^

camente pelo reconhecimento de que se na verdade nós tivés

sernos ajustado K tal que um perfil do estado estacionário

ou um fluxo auto-sustentável fosse possível, então indife

rente da estimação da fonte de fissão inicial, gerações su

cessivas de neutron de fissão finalmente cairão dentro des^

ta distribuição.

Agora para n finito, é altamente pouco provável que

^ (n+1) ^ j^(n+l) satisfarão a equação (4-4-3) exatamente

Contudo se nós integramos a equação (4-4-9) sobre todo o es

paço, nós seríamos capaz de obter uma estimação razoável pa

ra K^^-'^^ como

^(n+l) JdirZiÍ!i:ii ^ (4_4_io)

fd^r M,,,

Entretanto F(() ' ''") é exatamente ò. (n+l)-ésima estima

ção da fonte de fissão enquanto que nós podemos usar a equa

ção (4-4-7) para escrever Mcf) (""'""'•) em termos da n-ésima es

timação desta fonte para determinarmos

^(n+1) ^ f d ^ s("^^)(r) (4-4-11)

1 fd3r S(") (r) ^(n)

Entretanto nós também precisamos de uma prescrição pa

ra a geração de estimações melhoradas de K^^^^.

Esta prescrição pode ser obtida retornando ao nosso

problema de autovalor original equação (4-4-3). Quando n

torna-se grande, nõs poderíamos antecipar que (se nosso es

quema de iteração de fonte de fissão realmente atua) cj)'"'"')

convergirá para ã autofunção verdadeira i>{r) que satisfaz a

equação (4-4-3) isto é, para n grande

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-68-

Nôs podemos agora usar esta relação para computar

novo valor oara K ' '*' )usando < ( ' ) e K^^^^.

um

Nos deveríamos notar que esta prescrição é totalmente

consistente com nossa interpretação anterior de K como o fa

tor de multiplicação, isto é, a razão do número de neutrons

em duas gerações de fissões consecutivas, se nós notarmos

que um fator de K deve ser inserido no denominador visto

que (K )~-'-S é de fato a fonte de fissão efetiva que gera

S (n+1)

Nós podemos agora usar as equações (4-4-7), (4-4-8) e

(4-4-11) como as bases de um algorítimo iterativo para deter

minar K e (|). Para n grande, nós esperamos que <\) convergirá

para a autofunção fundamental da equação (4-4-3) correspon

dendo ao maior autovalor Keff para o qual K ' ) converge. Na

prática nós continuamos esta iteração até que o erro em K

e/ou S decresça abaixo de alguma quantidade especificada:

K (n)

e/ou

max s(n) _ g(n-l)

(n)

(4-4-12)

< €2

Note que pela gradação do termo de fonte que aparece na

equação de difusão equação (4-4-3) que é um fator 1/K^^^ em

cada iteração, nós preveniremos o rápido crescimento ou de

créscimo de iteração de fonte sucessivas no fato que um núme

ro de iterações são exigidas quando K não esta próximo da

unidade. Isto é, dividindo-se o termo de fonte por K ' ^ remo

ve-se a dependencia do fluxo iterado <)) ("'"•'-) em n (pelo me

nos quando ^^^^"^^ se aproxima da solução certa).

Este esquema iterativo, para determinar o fator de muí

tiplicação efetivo, Keff e o correspondente fluxo <|)(r) é co

nhecido como método de "iteração de potência" ou de " itera

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-69-

K K

6 (S(n-l) _ s(^-2)).

(4-4-15)

Os parâmetros de extrapolação a e B estão compreendi

ção de fonte". As iterações propriamente são conhecidas como

"iterações de fonte" ou "externa".

Em adição a tais "iterações de fonte" ou "externa",tam

bém será exigida a execução de "iterações internas" para re

solver o problema de difusão

M^(n+1) = - 1 s^^) , (4-4-13)

quando cálculos de duas ou três dimensões são necessários.

EXTRAPOLAÇÃO DE FONTE

Desnecessário dizer, que existe forte estímulo para

executar tão poucas iterações quanto possível para a conver

gência â uma desejada precisão. Por esta razão, usualmente

tenta-se acelerar a convergência da "iteração de fonte" pela

extrapolação ã frente para uma nova fonte (estimação). Isto

é realizado introduzindo um parâmetro de extrapolação (tal

como é usado nos métodos de relaxação). Por exemplo, um pa

râmetro de extrapolação seria

(4-4-14)

Com um segundo parâmetro de extrapolação temos

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-70-

4.5 SOLUÇÃO NUMÉRICA DAS E Q U A Ç Õ E S D E DIFUSÃO MULTIGRUPO

Nós agora vamos considerar uma estratégia para resol

ver as equações de difusão multigrupo em computadores digi

tais. Começaremos escrevendo as equações de multigrupo (con

forme equação (3-3-22), secção 3-3), em mais detalhes como:

> *

-^•V<^G ^RG*G = k ^ G ^ ^ ^slGn-" 'SG-1,G*G-1.

* (4-5-1)

Note que aqui nós definimos a fonte de fissão como

Sír) = l V E ((. .(r) . (4-5-2)

Ê muito importante notar que a dependencia espacial

da fonte de fissão é idéntica em cada equação de difusão de

grupo.

Agora o esquema essencial é exatamente como o ante

rior. Nos começamos pela atribuição de um termo de fonte ,

dos entre O e 1 , e podem ser escolhidos pelo uso de mé ~ 19 todos baseados na interpolação polinomial de Chebyshev.

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-71-

S(r) e um autovalor de multiplicação K:

S(r) ~ S^°Nr) , k ~ K^°) . (4-5-3)

A seguir nós calculamos o fluxo no primeiro grupo:

Tendo obtido este fluxo, nós podemos então proceder â

equação de difusão caracterizando o próximo grupo de ener

gia mais lento.

(4-5-5)

e resolvê-la para ({i (r) uma vez que o lado direito desta 2

equação é agora conhecido. Nós podemos continuar desta ma

neira até determinarmos todos os fluxos dos grupos.

4 ( 1 ^ ) , <D^'^r), ^¡^Ur) <}>(i) (r). ^ 2 (4-5-6)

Tendo feito isto, nós podemos então calcular uma nova

fonte de fissão

S^^^ (r) = I ^a.^fa- *al ' (4-5-7) g'=i y ^9 g

e também um novo valor de K

k ' 1 ' = f^^rS^^Ur) , 4 . 5 . 8 ,

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-72-

Nós podemos então proceder a execução de cada iteração

de fonte pela solução das equações de multigrupo em direção

as energias mais baixas. Este esquema de solução sucessiva

das equações na direção de energias mais baixas é permitido

pela consideração que não há nenhum espalhamento de neutrons

para grupo de energia mais alta do que agüela do grupo

onde eles se encontram "upscattering". Isto significa que o

fluxo nos grupos de energia mais alta sempre determinam o

termo de fonte nos grupos de energia mais baixa.

Se nós escolhermos uma estrutura de multigrupo, na

qual mais do que um grupo é atribuido estar na faixa de ener

gia térmica, na qual pode ocorrer apreciável "upscattering",

então a solução de grupo sucessivo das equações de difusão

multigrupo não é mais possível. Nós devemos resolver as equa

ções caracterizando o grupo térmico simultaneamente. Se o

número de grupos acoplados totalmente nos quais ocorrem

"upscattering" bem como "downscattering" é pequeno, uma solu

ção simultanea direta pode ser realizada. Entretanto se o

número de grupos térmicos é grande, como pode ser em cálcu

los de espectro térmico, então esquemas de soluções iterati­

vas serão necessário (similar aquelas iterações internas usa

da em cálculos de difusão multidimensão).

Muito se sabe sobre a natureza matemática de problemas

de autovalor de difusão multigrupo. ' " ^ Afora as restri

ções de fuga nos grupos e suas condições de contorno, nós po

demos mostrar que existirá sempre um máximo autovalor Keff

que é real e positivo. A correspondente autofunção é única

e naõ negativa em todo o interior do reator. Esses aspectos

são reasegurados, porque nós poderíamos antecipar que o

maior autovalor caracterizará a multiplicação do sistema, e

a correspondente autofunção descreverá a distribuição do flu

xo dentro do caroço (que não pode ser negativo). Pode-se tam

bém demonstrar que a iteração de fonte acima convergirá para

este autovalor Keff "dominante positivo" bem como a autofun­

ção correspondente.

Na prática, entretanto, nõs também devemos discretizar

a dependência espacial afim de resolver as equações de difu

são de grupo. Isto é, escolhemos uma malha espacial e um es

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-73-

ESTRATÉGIAS PARA SOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES DE DIFUSÃO DE

MULTIGRUPO DIFERENCIADAS - FINITAS.

Se nós relembrarmos a discusão geral de representações

de diferença finita das equações de difusão de neutron dada

na Secção (4-1), é aparente que a estrutura geral das equa

ções de difusão multigrupo diferenciadas-finita toma a for

ma =

J D?. J D?. g-1

K ^,^1 g' fi ^ig* • (4-5-9)

(Notar aqui que nós escreveremos ocasionalmente o índi

ce g do grupo como um superescripto afim de evitarmos con

fusão com os índices i e j da malha espacial). Observar ,

que além do acoplamento de fluxos de grupo de energia dife

rente em um dado ponto da malha devido ã fonte de fissão e

espalhamento, a equação de diferença finita é acoplada bem

como o fluxo em pontos adjacentes da malha espacial por cau

sa dos efeitos da difusão espacial.

Se nós denotarmos o numero de pontos da malha espacial

por N e o número de grupos por G, então a equação (4-5-9)

representa um conjunto de GxN equações algébricas lineares

simultaneas. Nós usualmente normalizamos o fluxo em um ponto

da malha espaço e grupo de energia (desde que em toda sua

extenção a normalização do fluxo é arbitrária em um cálculo

de criticalidade). Assim nós temos GxN equações disponível

para determinar os GxN-1 fluxos e a multiplicação autovalor

Keff. Como fizemos antes, é conveniente reescrever este con

• 'l PT: o Q U l S A S E N t 1

quema de diferença finita, exatamente como nós fizemos nas

Secçoes (4-2) e (4-3), e então discretizamos ãs equações de

difusão para cada grupo.

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-74-

junto de equações como ura problema de autovalor da matriz co

mo

(4-5-10)

EXEMPLO :

Considerando quatro grupos de energia com uma malha

espacial de duas dimensões de 5x4. Então cada matriz tem 2

(4x5x4) = 6400 elementos e o vetor fluxo <t) tem 80 elementos.

Uma típica atribuição é que os neutrons de fissão aparecem

somente no grupo de energia mais alto, Xj = 1 / Xg = O , g>l •

Além disto, nós assumiremos grupos acoplados diretamente de

modo que l^^,^ = O se g' ^ g-l- Nós podemos explicitamente e

xibir a estrutura do problema de autovalor da matriz neste ca so, como mostrado na figura (4-5-1).

15

1 K

FIGURA - 4-5-1

Estrutura da matriz de uma malha espacial de 5x4 em

grupos de energia. \

\ \ ^

'Si (Ai,1-5)2 (Ai,1-1)2 Ri (Ai,i-5)2

+ D i 2,i-1 ^ D i 2 ,1+1 ^ Di 2,1+5 _ D i 2,i + 1 ^

(Ai,1-1)2 (Ai,1+1)2 (Ai,1+5)2 (Ai,i+1)2

(4i,i+5)2

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-75-

rg -g KÍn) -g =g-l ^g-i %

(4-5-12)

resolvendo primeiro para o grupo de energia mais alta,g = 1

(notando que R^ E O , '^Q^^ = 0) , e então usando <í>|' ^ ^ pa

ra resolver ~ (í>2 " ^ , e assim sucessivamente para os gru

pos mais baixos (em energia).

EXEMPLO ;

Se nós retornarmos ao nosso problema anterior cuja ma

lha espacial era 5x4 e tínhamos 4 grupos de energia nós en

contramos que cada matriz na equação não-homogenea de gru - 2

po equação (4-5-12) tem (5x4) = 400 elementos enquanto que

o fluxo e os vetores fonte possuem 20 elementos. Observa

mos que a fonte de fissão S^"^ vai a zero para todos os

grupos de energia menos para o grupo de energia mais alta

desde que Xg = O , g > 1. Além do mais o grupo de energia

mais alta obviamente não tem moderação de fonte. A forma da

matriz da equação de difusão de grupo equação (4-5-12) é

mostrada na figura (4-5-3) para este exemplo.''"^

Vamos agora rever a estratégia iterativa geral para

solução deste problema de autovalor.

1. Primeiro faz-se uma atribuição inicial para o ve

tor fonte S^^^ e também para o autovalor K^^^ .

2. Neste ponto nós procedemos ã solução da matriz e

quação não homogênea ,

M <^("+l) = 1 s^"^ , (4-5-11)

para o próximo fluxo iterado, ({> ^ . Esta solução envolve

um determinado número de passos:

2.1 Nós resolvemos a equação de difusão não homo

genea caracterizando cada um dos grupos de energia g

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-76-

do vetor fonte de fissão F (|)('"* ) com a equação definindo o

M = F^(^) , (4-5-13) ~ K ~

e então notando que presumivelmente

M $(^^1) = F , (4-5-14)

para encontrar

p .(n+1) „ AÍn+l)

K^-^^ = K^-) (4-5-15)

4. Neste ponto nós testamos a iteração de fonte para

convergência, tal como

2.2 Ê claro , que mesmo para um único grupo a so

lução da equação de difusão não homogênea equação (4-5-12 )

não é um assunto trivial. Para problemas multidimensão, têc

nicas iterativas serão necessárias como àquelas discutidas

na Secção (4-3)(isto ê, SOR).Tais iterações internas usual

mente tomam o fluxo estimado anterior como sua prl.

meira atribuição na solução da equação (4-5-12).Deveria ser

mencionado que uma variedade de esquemas tem sido propostos

(e utilizados) para relacionar tais iterações internas ãs

iterações Tfonte) externas para acelerar ã convergência.

3. Tendo obtido o fluxo estimado ([) ^ , nós pode

mos agora determinar o próximo autovalor multiplicação esti

mado. Uma variedade de esquemas ponderados podem ser usados

para determinar a razão de estimações de fonte de fissão. Um

desses esquemas pode ser derivado tomando o produto escalar

do vetor fonte de

esquema iterativo

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-77-

j^(n+l) _ j (n)

K < e (4-5-16)

ou um critério "poinwise"

max ,(n+l)

!2i - s

, (n+1)

(n)

2Í < e (4-5-17)

(ou ambos). Se a mudança no K^"^ ou os elementos de S ' ^ ou

(|> são suficientemente pequeno, nõs assumimos que a conver

gência foi atingida, e o processo iterativo é terminado. Se

este não for o caso, então uma nova fonte de fissão é calcu

lada e a iteração continua.

FIGURA - 4-5-3

Estrutura da matriz de cálculo de difusão de grupo

\ \ \

( A 7 , 2 ) ^ ( A 7 , 6 ) ^ ^"^ ( A 7 , 2 ) 2 ( A 7 , 6 ) ^ ( A 7,8 ) 2

(A7,12 )2 (A7,8)^

(A7,12)2 '

\

(S Kn-l) \ ) (0) (0)

\ se

g=l

(0) (E ^ 1 - g ) (^g(n) S7

\ )

se g>l

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.-78-

~ " Z ~ ^ l ~ ~

(4-5-18)

A natureza positiva dos operadores de difusão mui

tigrupo implica em propriedades similares para as matrizes

resultantes das diferenciiações finita destas equações. As

sim, muitas das conclusões formal concernentes ã convergên­

cia para o autovalor dominante bem como a auto-função pode

também ser mostrado se manterem para as equações de difusão

multigrupo diferenciadas finita . A teoria de tais processos

numéricos tem sido muito bem apresentada por Varga"^^ e

Wachpress^^ com tratamentos bem mais detalhados.

As equações de difusão multigrupo não são somente

usadas para pesquisas de cálculos de criticalidade (Keff) ,

podem também serem usadas para uma variedade de outras apli

cações. Por exemplo, nós podemos usar estas equações para

determinar o fluxo de neutron mantido em uma montagem subcri

tica por uma fonte no estado estacionário (conservando o têr

mo de fonte nas equações de difusão multigrupo).

6. Usualmente a fonte de fissão S^^^ usada na próxima

iteração é escolhida através de um esquema de extrapolação (

conforme Secção (4-4) para acelerar a convergência de itera

ções de fonte, por exemplo.

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-79-

CAPITULO V

APLICAÇÃO DOS CÕDIGOS NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS PADRÕES

5.1 Problema Padrão de Identificação - 3

Identificação (AMERICAN NUCLEAR SOCIETY)

Submetido : Outubro 1967 Aceito : novembro 1967

Título : Um homogêneo "slab" em duas dimensões para

o qual são disponíveis soluções analíticas.

Configuração : A figura 5.1.1 mostra as dimensões pa

ra o "slab" e condições de contorno.

dx

X

- 67,5 cm <)) = O

M = O

ay

Fig\ira 5.1.1

"Slab" Homogêneo

T í

<\>=0

13,5cm

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- 8 0 -

C O N S T A N T E S D O S G R U P O S D E E N E R G Í A

Comp. Grupo i Di ^a,i^ ^r,i^ f .• 1 ^ 1

(cm) (cm"l) (cm"l) (cm^l)

1 1 1,6 0 , 0 1 0 , 0 4 0 , 0 2 0 , 9 0

1 2 1,4 0 , 0 2 0 , 0 6 0 , 0 1 0 , 0 9

1 3 1,2 0 , 0 3 0 , 0 6 0 , 0 2 0 , 0 1

1 4 1,0 0 , 1 0 0 , 0 6 0 , 0 4 0

1 5 0,8 0 , 0 5 0 , 0 8 0 , 1 0 0

1 6 0,6 0 , 0 7 0 , 1 0 0 , 1 2 0

1 7 0,4 0 , 0 9 0 , 0 8 0 , 1 5 0

MATRIZ TRANSFERÊNCIA E(i^g)

g

Grupo i 1 2 3 4 5 6 7

1 0 0 , 0 1 5 0 , 0 1 0 , 0 1 0 , 0 0 5 0 0

2 0 0 0 , 0 2 0 , 0 2 0 , 0 1 0 , 0 1 0

3 0 0 0 0 , 0 2 0 , 0 2 0 , 0 1 0 , 0 1

4 0 0 0 0 0 , 0 3 0 , 0 2 0 , 0 1

5 0 0 0 0 0 0 , 0 5 0 , 0 3

6 0 0 0 0 0 , 0 2 0 0 , 0 8

7 0 0 0 0 0 , 0 2 0 , 0 6 0

Nota:

r,i = g

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA PADRÃO

Identificação : 3-Al Situação de Fonte; ID-3

Submetido : outubro 1 9 6 7 Aceito : novembro 1 9 6 7

Titulo Descritivo : Forma discreta de um problema de difusão

de neutron duas dimensões, multigrupo.

problema Especifico de Interesse : Determinação de Keff (fa

tor de multiplicação)para vários arranjos de malha de dife

rença finita.

Resultados Esperados : Dependência do autovalor na estrutura

da malha e no número de iterações.

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-81-

SOLUÇÃO DO PROBLEMA PADRÃO

Identificação : 3-Al-l , 3-A1-2

3-A1-3 , 3-A1-4

Problema Padrão: ID-3-A1

Sxibmetido : outubro 196 7 Aceito : novembro 1967

Titulo Descritivo : Solução do Problema Padrão 3-Al, formu

lação Analítica.

Equações Analítica :

,2 (D„B^ + h „ + „) X„ = l n a,n r , n n ¡^e^ f,g G ^ (g-»'n) g

onde X é uma variável espacialmente independente e g e n rafe

rem-se â grupos discretos e para a solução continua (Solução

3-Al-l).

2H

Primeiros Resultados :

Tabela 5.1.1.

Valores de KgpEip-j-yQ

FORMULAÇÃO ANALÍTICA

N9 da Solução Malha (IxJ) ^EFETIVO

3-Al-l CONTINUO 0,77454513

3-Al-2 9 x 3 0,80495374

3-Al-3 24 X 6 0,77793795

3-Al-4 69 X 15 0,77492226

Resultados Publicados

(A.N.S.) (American Nuclear Society)

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-82-

• 2 Resultados e Comentários para o Problema Padrão de I-

dentificação-3.

Apresentamos a seguir os resultados obtidos por nós pa

ra a série de Problemas Padrões 3-Al.

Na Tabela (5.2.1), são mostradas as soluções obtidas

com o código EXTERMINATOR-2 utilizando-se um computador IBM-

370/155.

Na Tabela (5.2.2), são mostradas as soluções obtidas

com o código CITATION utilizando-se um computador IBM/3 7 0-155.

Tabela 5.2.1.

Valores de K^p^^IVO ^

C C D I G O E X T E R M I N A T O R - 2

N9 da Solução Malha (IxJ) ^ E F E T I V O

Tempo de U.P.C. Min : Seq

3-Al-2 9 x 3 0,804940 0:08

3-Al-3 24 X 6 0,777939 0:38

3-Al-4 69 X 15 0,774914 7:28

U.P.C. = Unidade de Processamento Central

Tabela 5.2.2.

Valores d e K ^ , . e U . P . C . efetivo

C O D I G O C I T A T I O N

N9 da Solução Malha (Ixj) ^ E F E T I V O

Tempo de U.P.C. Min : Seg

3-A1-2 9 x 3 0,804960 0:08

3-Al-3 24 X 6 0,777940 0:20

3-Al-4 69 X 15 0,774924 3:15

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/

-83-

; r i i C Q U i S A S e m c i - :

C O M E N T A R Í O S

Podemos ,'através de urna observação detalhada das Tabela

(5.2.1)^e^Tabela (5.2.2) onde sao apresentados os autovalo

res dos problemas e comparando-os com aqueles publicados pe

la "American Nuclear Society" notamos que existe urna consis

tência muito grande entre os nossos resultados obtidos com

os códigos C I T A T I O N e E X T E R M I N A T O R e com os publicados. Con

vém resaltar que os desvios dos nossos resultados para com

os publicados nunca excedeu ã 0,001%.

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-84-

5.3 Problema Padrão de Identificação - 13

SITUAÇÃO DE FONTE PADRÃO

Identificação : 13 (American Nuclear Society)

Submetido : novembro 1975 Aceito : junho 1977

Título : Transporte de neutron em um conjunto de barras com

bustíveis de um B.W.R.(Boiling-Water Reactor) em

uma montagem 7x7 como mostrado na figura (5.3.1)

Análises da montagem em duas dimensões.

LARGA ZONA DE ÃGUA

w Q

O tsi

H W « EH CO W

PAREDE DA MONTAGEM

3 2 2 2 3 3 4

1 1 1 5 1 2 3

1 1 1 1 1 1 3

1 5 1 1 1 5 2

1 1 1 1 1 1 2

1 1 1 5 1 1 2

2 1 1 1 1 1 3

PAREDE DA MONTAGEM

ê

Q

o

3

ESTREITA ZONA DE AGUA

Figura - (5.3.1) Diagrama do Conjunto.

Materiais 1 ã 4 representam combustíveis

Material 5 representa combustível com veneno

Material da parede da montagem ê de aço inoxidável,

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-85-

DEFINIÇÃO DO PRQBLEflA P A D R A O

Identificação : 13-A2 Situação de Fonte : ID-13

Submetido ; janeiro 1977 Aceito : junho 1977

Título Descritivo : Problema de teoria de difusão para um

conjunto L.W.R.. Este problema é definido exatamente como o

Problema 13-Al mas com D = 1/3E^ (para cada grupo), resul

tando em um problema de teoria de difusão em dois grupos de

energia e em duas dimensões. (Problema 13-Al é um problema

sobre teoria de transporte).

Soluções : Diferenças Finitas : ID-13-A2-1

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA PADRÃO

Identificação : 13-Al Situação de Fonte : ID-13

Submetido : novembro 1975 Aceito : junho 1977

Título Descritivo : Modelo de Ordenadas Discretas em duas di

mensões (X-Y), em dois grupos de energia de um conjunto "Bun

dle" combustível de um B.W.R. como mostrado na figura ...

(5.3.2)

Condições de contorno refletida nas superfícies externas.

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CONSTANTES DOS

DOIS

GRUPOS

DE

ENERGIA

Composição

Grupo i

vif (cm"l)

Ea{cm~l)

El-2 (cm-1)

D (cm)

1

1

5.925-3

8.983-3

1.069-2

1.317

2

9.817-2

5.892-2

X

5.815-1

2

1

5.242-3

8.726-3

1.095-2

1.314

2

8.228-2

5.174-2

X

5.780-1

3

1

4.820-3

8.587-3

1.112-2

1.315

2

7.200-2

4.717-2

X

--

5.750-1

4

1

4.337-3

8.480-3

1,113-2

1.316

2

5.900-2

4.140-2

X

5.711-1

5

1

5.605-3

9.593-3

1.016-2

1.330

2

2.424-2

1.626-1

X

5.695-1

6

1

X

1.043-3

9.095-3

1.535

2

x

4.394-3

X

7.020-1

7

1

X

1.983-4

3.682-2

1.346

2

X

7.796-3

X

2.968-1

1

00

3>

I

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-87-

Nota : Material 6 representa aço inoxidável

Material 7 representa água

Material 5 representa pinos com venenos.

Resultados Primários Esperados :

1. Distribuição do fluxo por grupo de energia

2. Keff (fator de multiplicação efetivo)

7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 0,47625

7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 0,47625

7 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 7 0,34544

7 6 3 2 2 2 3 3 4 6 7 7 1,87452

7 6 1 1 1 5 1 2 3 6 7 7 li

1,87452

7 6 1 1 T X 1 1 1 3 6 7 7 1,87452

7 6 1 5 1 1 1 5 2 6 7 7 •>

1,87452

7 6 1 1 1 1 1 1 2 6 7 7 1,87452

7 6 1 1 1 5 1 1 2 6 7 7 •í

1,87452

7 6 2 1 1 1 1 1 3 6 7 7 1,87452

7 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 7 0,34544

7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 0,47498

00

o o

CM 1 -"i 00

CM

00

CM in 00 f-\

00

CS) in r> 00

CN in •V r~-00

CM 00

p

o

7

CN

vo

o

'- 3 ID (N VO r-

o

Nota : Todas as dimensões em centímetros.

Figura - (5.3.2) Configuração do Conjunto e

Assinalação dos Materiais.

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-8è-

5.4 Resultados e Comentários para o P. Padrão de Identifi

cação - 13.

SOLUÇÃO DO PROBLEMA PADRÃO

Identificação : 13-A2-1 Problema Padrão : ID-13-A2

Submetido ; janeiro 1977 Aceito : junho 1977

Titulo Descritivo : Solução Teoria de Difusão do Problema

Conjunto L.W.R.

Código : VENTURE"^^ (ORNL-5062) , diferença finita de malha

centrada,VANCER , ( a ser documentado)

Resultados : O problema foi resolvido com vários arranjos de

pontos de malha uniforme e assumindo D = 1/3E^ , os resulta

dos publicados pela "American Nuclear Society" (A.N.S.) os

quais foram obtidos com o código VENTURE são apresentados na

tabela (5.4.1), apresentamos também nesta tabela os resulta

dos obtidos com o código "CITATION" no IPEN (Instituto de

Pesquisas Energéticas e Nucleares).

Na tabela (5.4.2) apresentamos os resultados

obtidos com o código VANCER , publicados pela A.N.S., bem

como os resultados obtidos com o código "EXTERMINATOR" no

I.P.E.N..

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- 8 9 -

TABELA 5.4.1

Valores de K E F E T I V O

C O D I G O V E N T U R E

Pontos da Malha

Pontos por Região

^ E F E T I V O

12 X 12 1 1,09238

24 X 24 4 1,08759

48 X 48 16 1,08606

96 X 96 64 1,08565

C Õ D I G O C I T A T I O N

12 X 12 1 1,092384

24 X 24 4 1,087601

48 X 48 16 1,086059

96 X 96 64 1,085605

T A B E L A 5.4.2

Valores de K E F E T I V O

C O D I G O VANCE P.

Pontos da Malha

Pontos por Região ^EFETIVO

13 X 13 1 1,08061

25 X 25 4 1,08389

49 X 49 16 1,08506

CÕDIGO EXTERIIINATOR-2

13 X 13 1 1,05513

25 X 25 4 1,08283

49 X 49 16 1,8458

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-90-

OBS.:

O código VANCER conforme própria (A.N.S.) não é ainda

um código bem estruturado para resolver pequenos problemas

de uma maneira mais eficiente."^

Na tabela (5.4.3) são mostrados valores dos fluxos rã

pido para um arranjo de 48 x 48 malha centrada, obtidos com

os códigos VENTURE e CITATION.

Na tabela (5.4.4), são apresentados valores dos fluxos

térmicos para um arranjo 48 x 48 malha centrada, obtidos com

os cõdigos VENTURE e CITATION.

Na tabela (5.4.5), são mostrados valores dos fluxos râ

pido e térmico, para vim arranjo 49 x 49 (margem da malha) ,ob

tidos com o código EXTERÍlINATOR-2.

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-91-

Tabela 5.4.3

Valores dos fluxos médios x 100 por zona para os casos, VENTURE e CITATION malha centrada 48 x 48, (fluxo rápido).

l h , 8 4

1 6 , 8 4 2

1 6 , %

1 6 , 9 5 4

1 7 , 1 1

1 7 , 1 1 1

1 7 , 1 2

1 7 , 1 2 4

1 7 , 0 1

1 7 , 0 0 9

1 6 , f O

1 6 , 7 9 4

1 6 . 4 7

1 6 , 4 6 3

1 6 , 0 1

1 6 , 0 0 6

1 5 . 7 4

1 5 , 7 1 9

1 5 , 6 6

1 5 , 6 6 1

1 5 , 6 2

1 5 , 6 1 5

1 6 , 8 9 5

1 S , 9 3

1 6 , 9 2 8

1 7 , 1 « j 1 7 , 2 3

1 7 , 0 6 1 1 1 7 , 2 2 9

1 7 , 2 4

1 7 , 2 3 9

1 7 , 1 2

1 7 , 1 2 1

1 6 , 9 1

1 6 , 9 0 6

1 6 , 5 8

1 6 , 5 7 6

1 6 , 1 1

1 6 . 1 0 4

1 5 , 8 1

1 5 , 8 0 9

i 5 , 7 2

1 5 , 7 2 1

1 7 , 0 1

1 7 , 0 0 8

1 7 , 0 6

1 7 , 0 5 9

1 7 , 2 2 1 1 7 , 4 1

1 7 , 2 2 2 i 1 7 , 4 0 4

i

1 7 , 4 1

1 7 , 4 1 4

1 7 , 2 9

1 7 , 2 8 9

1 7 , 0 8 j Id,75

1 7 , 0 7 6 j 1 6 , 7 4 5

1 6 , 2 5

1 6 . 2 5 1

1 5 , 9 2

1 5 , 9 1 9

1 7 . M

1 7 , 3 3 3

1 7 , 4 6

1 7 , 4 6 0

1 7 , 7 1 ; 1 7 , 7 4

1 7 , 7 1 2 1 1 7 , 9 4 0

i

1 7 , 9 3

1 7 , 9 2 3

1 7 , 7 8

1 7 , 7 7 6

1 7 , 5 8

1 7 , 5 8 3

1 7 , 2 6

1 7 , 2 6 2

1 7 , 7 0

1 6 , 6 %

1 7 , 9 4

1 7 , 9 3 8

1 8 , 0 3

1 3 , 0 2 8

1 8 , 3 3 i 1 3 , 5 6

1 3 , 3 2 9 i 13,561) 1

1 8 , 5 2

1 8 , 5 1 9

1 3 , 3 0

1 3 , 3 0 2

1 8 , 2 1

1 8 , 2 0 9

1 7 , 8 9

1 7 , 8 8 8

1 8 , 2 5

1 8 , 2 5 2

1 8 , 3 4

1 8 , 3 3 9

1 3 , 6 1 I 1 ? , 8 2

1 8 , 6 1 4 1 18,fll9

1 8 , 8 5

1 8 , 8 4 5

1 3 , 7 4

1 3 , 7 4 1

1 8 , 5 7

1 8 , 5 7 1

1 8 , 4 0

1 8 , 4 0 8

1 8 , 4 8

1 8 , 4 7 9

1 9 , 7 2 j 1 9 , 8 6

1 8 , 7 2 6 1 1 3 , 8 6 3

1 8 , 9 9

1 8 , 9 3 9

1 8 , 9 5

1 6 , 9 5 1

1 8 , 4 6

1 8 , 4 5 8

1 8 , 5 4

1 8 , 5 4 2

1 8 , 8 1

1 8 , 8 1 2

1 9 , 0 2

1 9 , 0 2 2

1 9 , 0 7

1 9 , 0 6 7

1 8 , 3 9

1 8 , 3 9 5

1 8 , 4 8

1 8 , 4 8 4

1 8 , 7 8

1 0 , 7 7 6

1 9 , 0 3

1 9 , 0 2 7

VtimjRE . • l ' i W K W

1 8 , 1 6

1 8 , 1 5 7

1 8 , 2 4

1 8 , 2 3 6

1 8 , 5 1

1 8 , 5 0 7

1 7 , 9 8

1 7 , 9 7 8

1 8 , 0 4

1 8 , 0 3 7

1 7 , 9 4

1 7 , 9 3 5

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-92-

Tabela 5.4.4

Valores dos fluxos médios x 100 por zona para os casos, VENTURE e CITATION malha centrada 48 x 48 (fluxo térmico).

10.01 10.00

9,916 9,916

9 , i j ;

9,527 - J . " 2 1

8.921 9,5EL 3,534 8.534

3 . ' M S

8,915 •>.;n)9

9.670 ; o , 7 ?

10,76 11,52 U.SL

1 1 . 7 7

11.76

11,95 11,94

9.718 9.717

9.553 9,552

9,105 9,105

8.476 8.476

8.103 8,110

8,078 8,078

8.972 8,972

9,240 9,239

10,37 10,366

11.17 11,173

11.52 11.517

9,335 9,335

9,040 9,108

8,612 8,512

7,956 7,956

7.5*0 7,530

7,546 7,546

7.956 7,955

8.739 8,733

9,901 9,900

10,72 10,72

8.415 8,435

3.202 3,208

7,636 7,636

6.929 6,929

6.512 6,512

6,410 6,410

6.889

5.889 7.729 7,728

8,969 8,968

7.216 7.216

6,956 6,966

6.350 6,350

5.616 5.616

5,134 5,134

4,793 4,790

5,469 5,468

6,400 6,400

6,456 «,457

6,M3 6,203

5.553 5,563

4.733 4 .733

4,476 4,475

4.414 4.414

4,760 4,760

6.119 6,U9

5,662 5,662

5,175 5,175

4,205 4,203

4,157 4,167

4.241 4,241

6.190 6,191

5,936 5,936

5,304 5,304

4,531 4,531

4,230 4,229

6,589 €,590

6,338 6,338

5,731 5,731

5,001 5,001 CITATION

7.274 7,053

7,034 7,034

6,460 6,460

7.765 7,765

7,534 7,534

7,929 7,930

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-93-

Tabela 5.4.5

Valores dos fluxos médios x 100 por zona do códi

go EXTERMINATOR-2 formulação margem da malha

49 x 49 (fluxos rápido e térmico).

1 6 , 5 8 1

1 0 , J 7 0

1 6 . 6 0 5

1 0 , 2 7 7

1 6 , 7 9 3

9 ,500

1 6 , 9 0 2

9 , 3 1 9

1 6 , 9 0 2

3 ,860

1 6 , 7 7 5

8 , 9 7 3

1 6 , 5 4 8

9 ,354

1 6 , 2 0 2

1 0 , 0 9 0

1 5 , 6 6 3

1 1 , 1 9 0

1 5 , 5 : 6

1 1 , 7 4 0

1 5 , 4 5 ?

1 2 , 0 3 0

1 5 , 4 1 )

1 2 , 1 7 0

1 6 , 7 0 3

9,968

1 6 . 7 4 2

9 ,786

1 6 , 9 1 0

9 , 2 4 9

1 7 , C ^ 7

8,55ft

1 7 , 0 6 1

8,044

1 6 , 9 3 3

8 , 0 5 1

1 6 , 7 0 7

8 , 7 3 6

1 6 , 3 6 1

9 . 5.19

1 5 , 3 8 4

1 0 , 3 2 0

1 5 , 6 4 2 j 1 5 , 5 5 3

1 1 , 1 6 0 i 1 1 , 6 9 0

1 6 , 8 5 3

9 ,526

16,90e 9 , 3 0 7

1 7 , 1 0 5

8 , 7 3 8

1 7 , 2 7 5

8 , 1 0 1

1 7 , 2 6 5

7 , 7 4 9

1 7 , 1 3 0

7 , 7 5 7

16,<i(14 ] 1 6 , 5 6 0

8 , 0 1 3 1 9 , 0 2 7

1

1 6 , 0 5 3

1 0 , 2 0 0

1 5 , 7 3 8

10 ,860

1 7 . 3 7 7

8 ,330

1 7 , 4 5 6

8 , 1 5 8

1 7 , 7 5 5

7 , 4 9 1

1 7 . S 5 1

6 , s i n

1 7 , 9 0 6

6,644

1 7 , 7 3 8

6 , 3 1 9

1 7 , 5 5 4

6 , 4 3 5

1 7 , 2 1 4

7 , 7 5 9

1 6 , 6 2 2

9 , 0 3 1

1 7 . 9 7 1

7 . 1 3 2

1 8 , 0 6 1

6 , 8 9 7

1 8 , 3 9 2

6 , 1 8 9

1 8 , 5 8 0

5 , 5 5 6

1 8 , 4 0 1

5 , 0 1 4

1 8 , 3 1 0

4 ,786

1 8 , 2 1 4

5 , 1 6 5

1 7 , 8 5 6

6 , 4 1 8

1 8 , 2 9 9

6 ,386

1 8 , 3 8 3

6 , 1 4 8

1 3 , 6 7 8

5 , 3 9 7

18 ,840

4 ,658

1 8 , 6 5 3

4 ,426

1 9 , 7 5 9

4 , 4 2 2

1 8 , 5 6 5

4 , 7 5 4

1 8 , 4 6 3

6 ,079

1 8 , 5 4 5

5 , 8 3 8

1 8 , 8 0 5

5 , 0 2 9

1 8 , 9 3 0

4 , 1 7 9

1 9 , 0 3 6

4 , 1 6 7

1 8 , 9 7 6

4 , 2 3 8

1 8 , 5 3 8

6 ,074

1 8 , 6 2 5

6 , 0 3 3

1 8 , 9 2 3

5 , 2 2 0

1 9 , 1 0 3

4 , 5 1 7

1 9 , 1 1 6

4 , 2 1 1

R f t P l D O

• •• -

18 ,486

6 .592

1 8 , 5 8 6

6 , 3 5 7

1 8 , 6 9 9

5,664

1 9 , 1 0 9

4 ,974

1 8 , 2 6 3

7 , 0 4 1

1 8 , 3 4 2

7 , 0 4 8

1 8 , 6 3 2

6 , 3 9 2

1 8 , 1 3 2

7 , 6 3 5

1 8 , 1 9 0

7 , 4 2 3

1 8 , 0 9 8

7 , 7 6 5

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-94-

C O M E N T A R I O S

Através de atenta observação ã tabela 5.4.1, verifica

nos ã grande proximidade entre os resultados obtidos para o

fator de multiplicação efetivo para as várias estrutura de

malha com o código CITATION e os resultados publicados pela

(A.N.S.) os quais foram obtidos através do código VENTURE .

Aqui também cabe resaltar que os desvios entre nossos resul

tados e os publicados nunca excederam ã 0,005%.

Na tabela 5.4.2, verificamos alguma discrepância en

tre os valores obtidos com o código EXTERMINATOR-2 e os pu

blicados pela (A.N.S.) obtidos com o código VANCER, mas es

ta discrepância esta ã cerca de 2,5%.

Convém resaltar mais uma vez que o código VANCER não

é ainda bem estruturado para solução de problemas pequenos

de maneira eficiente. Queremos crer também que o código EX

TERMINATOR seja já bastante antigo e portanto também defi

ciente pois data de 1967.

Nas tabelas 5.4.3 e tabela 5.4.4, são apresentados os

valores dos fluxos para uma estrutura de malha de 48 x 48

obtidos com o código CITATION e os publicados obtidos com

o VENTURE. Mais uma vez resaltamos que também para os valo

res dos fluxos o desvio foi sempre menos do que 0.05%.

Na tabela 5.4.5 são apresentados os valores dos flu

xos para um arranjo de 4 9 x 49 obtidos com código EXTERMI

NATOR-2, nesta tabela mostramos os fluxos rápido e térmico.

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-95-

5.5 Problema Padrão de Identificação-11

SITUAÇÃO DE FONTE PADRÃO

Identificação : 11 (AMERICAN NUCLEAR SOCIETY)

Submetido : junho 19 76 Aceito : junho 1977

Título Descritivo : Modelo L.W.R. multi-dimensão (X-Y-Z)

Configuração : Configuração em três-dimensões incluindo di

mensões espaciais e números de regiões. (2 figuras) conforme

figura 5.5.1 e figura 5.5.2., definições dos materiais são

dadas através das constantes de grupos.

(on)

170

150

130

110

90

70

50

30

10 O

/

. r - J. = o in

0 10 30 50 70 90 110 130 150 170

(on)

Figura - 5.5.1.

Secção de Corte Horizontal

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-ge-

aso

360

280

20 li.

O

(era) barra parcialmente inserida

2

2

2

2

2

2

2

5

3v

3

2

2

2

2

•>3>

/3'

,3

• \

.3,

4 4

4

barra totalmen te inserida.

Jin = O

(cm)

I O 10 30 50 70 «íO 110 130 150 170 ^

Figura - 5.5.2.

Secção de Corte Vertical

Condições de Contornos:

Limites Externos : Vacuo (nenhuma corrente chegando)

Limites de Simetria : Reflexão (nenhuma corrente líquida)

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-97-

- ^ ^ 2 ^ * 2 + ^ 2 * 2 = ^ - 2 s

Condições de Contorno :

J^j^ = O (nenhuma corrente penetrando, nos limites

externos).

Para códigos de teoria de difusão sob a forma de diferença

finita a seguinte forma é considerada equivalente

^ ^ _ 0,4692

^n °g ^

onde n é a normal ã superfície dirigida para fora.

Nos contornos de simetria :

> - o ^n

Resultados Esperados :

1. Autovalor do problema (fator de multiplicação).

2. Dependência do resultado no espaçamento da malha,

PROBLEMA PADRÃO

Identificação : 11-Al Situação de Fonte : ID-11

Submetido : junho 19 76 Aceito : junho 19 77

Titulo Descritivo : Problema L.W.R. em três dimensões.

Redução da Situação de Fonte

1. Teoria de difusão dois grupos de energia

2. Equações de difusão dois grupos de energia

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Dados

Constantes dos dois grupos de energia

Região

1

3

4

5

DjCtm)

D^Ccm)

^^

^2^t.ri\-)

i*-""')

32*«')

^f2

^')

Material

1,5

0,4

1,5

0,4

1,5

0,4

2,0

0,3

2,0

0,3

0,02

0,02

0,02

0,04

0,04

0,01

0,08

0,135

Combustível 1

0,01

0,085

0,135

0,01

0,055

Combustível 2

0,01

0,13

0,135

Comb. 2 + Barra

Refletor

Refl. + Barra

I

VO

00

I

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-99-

Resultados do Problema Padrão ID-ll-Al, dois Grupos três Dimensões.

CÕDIGO VENTURE

Arranjo da Malha Número de incógnitas ^EFETIVO

17 X 17 X 19 10982 1,02913

34 X 34 X 38 87856 1,02864

SOLUÇÃO DO PROBLEMA PADRÃO

Identificação : 11-Al-1

Submetido : junho 1976 Aceito : junho 1977

Titulo Descritivo : Problema P.W.R. em três dimensões.

Modelo Matemático : Teoria de difusão, várias formulações de

diferenças.

Programa : 1. VENTURE , ORNL - 5062

2. VANCER , (ORNL) a ser documentado.

Primeiros Resultados :

a. Primeiros resultados obtidos em 1974-1975

com o código VENTURE são apresentados na

Tabela - 5.5.1.

b. Os resultados obtidos fazendo uso do códi

go VANCER são mostrados na tabela - 5.5.2.

Tabela - 5.5.1

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-100-

Tabela - 5.5.2

CÕDIGO VANCER

Arranjo da Malha Número de Incógnitas ^EFETIVO

35 X 35 X 39 95550 1,03064

PROBLEMA PADRÃO

Identificação : 11-A2

Submetido : junho 1976

Situação de Fonte; ID-11

Aceito : junho 1977

Título Descritivo ; Problema L.W.R. em duas dimensões

Redução da Situação de Fonte

1. Teoria de difusão dois grupos de energia

2. Duas dimensões geometria (X-Y)

"Buckling" axial B^ = 0,8 x 10 ^ para todas as regiões e z, g

grupos de energia.

Nota : Este problema Padrão em duas dimensões representa o

meio plano (Z = 190cm) do Problema Padrão de Identifi

cação-ll-Al.

Condições de Contorno :

(nenhuma corrente penetrando, nos limites

externos)

Resultados do Problema Padrão ID-ll-Al, dois grupos três

dimensões.

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Dados :

Constantes dos dois grupos de energía

Região

D^(.fxi\)

D^^^am) z^^^itTñ^)

l^^Lcm^) 2''')

vZ^^(cm-)

Material

1

1,5

0,4

0,02

0,01

0,08

0,135

Combustível 1

2

1,5

0,4

0,02

0,01

0,085

0,135

Combustível 2

3

1,5

0,4

0,02

0,01

0,13

0,135

Comb. 2 + Barra

4

2,0

0,3

0,04

O

0,01

O

Refletor

I H'

O

H'

I

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-102-,

^n

Resultados Esperados;

1. Autovalor do problema (fator de multiplicação)

2. Distribuição dos fluxos

3. Dependencia dos resultados no espaçamento da malha.

SOLUÇÃO DO PROBLEMA PADRÃO

Identificação : 11-A2-1

Submetido : junho 1976 Aceito : junho 1977

Título Descritivo : Problema P.W.R. em duas dimensões

Modelo Matemático : Teoria de difusão, várias formulações de

diferenças.

Programa :

1. VENTURE, ORNL-5062

2. Vancer , (ORNL) a ser documentado.

Para códigos de teoria de difusão sob a forma de diferença

finita a seguinte forma é considerada equivalente

! Í 3 = - 0 . 4 6 9 2

^n °g ^5 '

onde n é a normal â superfície dirigida para fora.

Nos contornos de simetria :

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-103-

Prlmeiros Resultados;

a. Primeiros resultados obtidos em 1973-1974 são mos

trados na Tabela 5.5.3 utilizando-se código VENTURE.

As tabelas 5.5.4 e 5.5.5 apresentam valores dos

fluxos médios.

b. Resultados com o código VANCER usando a formulação

de(margem da malha), são mostrados na Tabela 5.5.6, cálculos

efetuados em 1976 em um IBM-360/91.

Tabela - 5.5.3

Valores de K EFETIVO

CÕDIGO VENTURE

Arranjo da Malha Número de Incógnita ^EFETIVO

17 X 17 578 1,02965

34 X 34 2312 1,02924

68 X 68 9248 1,02944

DIAGRAMA PARA

LOCALIZAÇÕES.

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T A B E L A 5 . 5 . 4

F L U X O M É D I O G R U P O R S P I D O P O R Z O N A - V E N T U R E

- 1 0 4 -

L O C A L I Z A Ç Ã O 17x17 34x34 68x6 8

1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 26 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38

1 9 , 2 8 2 6 , 4 2 2 8 , 4 3 2 3 , 8 7 1 4 , 9 2 1 7 , 0 9 1 5 , 8 0 1 0 , 3 7

1 ,202 2 8 , 4 6 2 8 , 8 7 2 5 , 4 5 2 0 , 3 9 1 8 , 6 2 1 5 , 9 8 10 ,06

1 , 1 4 4 2 8 , 3 8 2 5 , 5 9 2 1 , 7 7 1 8 , 8 5 1 5 , 5 3

8 , 1 7 6 0 , 8 5 6

2 2 , 5 0 1 7 , 9 7 1 5 , 7 0 1 1 , 6 2

2 , 1 0 4 0 , 2 3 9

1 0 , 7 9 1 1 , 1 8

7 , 1 3 6 0 , 8 4 9 7 , 0 7 1 1 , 4 1 7 0 , 1 9 0 0 , 2 2 1

1 9 , 3 7 2 5 , 3 0 2 7 , 4 6 2 3 , 0 6 1 5 , 3 2 1 7 , 0 1 1 6 , 1 5 1 0 , 7 6

1 , 5 3 1 2 7 , 2 8 2 7 , 9 0 2 4 , 6 3 1 9 , 9 6 1 8 , 5 4 1 6 , 3 4 1 0 , 4 6

1 , 4 5 8 2 7 , 5 3 2 4 , 9 6 2 1 , 5 0 1 8 , 9 3 1 5 , 8 0

8 ,616 1 ,088

2 2 , 0 0 1 7 , 7 5 1 5 , 8 3 1 2 , 0 1

2 , 6 8 6 0 , 3 1 3 6

1 1 , 3 2 1 1 , 3 1

7 ,482 1 , 0 8 0 7 , 3 2 0 1 ,789 0 , 2 5 1 1 0 , 2 8 4 4

1 8 , 7 7 2 4 , 2 7 2 6 , 4 9 22 ,30 1 5 , 1 6 1 6 , 9 5 16 ,45 1 1 , 2 1

1 ,772 2 6 , 2 3 2 6 , 9 4 2 3 , 9 0 1 9 , 5 6 1 8 , 5 1 1 6 , 6 7 1 0 , 9 3

1 , 6 9 0 2 6 , 9 9 2 4 , 3 5 2 1 , 2 0 1 9 , 0 0 1 6 , 1 9

9 , 1 1 4 1 , 2 7 2

2 1 , 5 5 1 7 , 5 7 1 6 , 0 0 1 2 , 4 8

3 , 1 1 5 0 , 3 7 0 4

1 1 , 4 8 1 1 , 5 7

7 , 9 0 3 1 , 2 6 3 7 , 6 9 0 2 , 0 8 3 0 , 2 9 7 5 0 , 3 3 4 3

Í " . : G O U : S A S E N C ; .

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TABELA 5 . 5 . 5

-105-

FLUXO MEDIO GRUPO TÉRMINO POR ZONA - VENTURE

^LIZAgÁO 17x17 34x34 68x68

1 3 , 1 3 1 3 , 2 0 2 3 , 1 5 5 2 6 , 173 5 , 8 9 1 5 , 6 3 3 3 6 , 6 7 3 6 , 4 4 6 6 , 2 1 8 4 5 , 5 8 1 5 , 3 7 2 5 , 1 8 1 5 2 , 4 2 2 2 , 5 3 1 2 , 5 4 8 6 3 , 9 9 0 3 , 9 5 7 3 , 9 2 1 7 3 , 7 1 2 3 , 7 9 7 3 , 8 6 9 8 2 , 6 7 0 2 , 8 6 3 3 , 0 5 0 9 3 , 7 0 6 4 , 1 0 5 4 , 3 6 8

10 6 , 6 7 8 6 , 4 0 1 6 , 1 5 1 11 6 , 7 7 7 6 , 5 4 8 6 , 3 4 2 12 5 , 9 7 2 5 , 7 7 9 5 , 6 0 4 13 4 , 7 6 6 4 , 6 4 7 4 , 5 4 1 14 4 , 3 7 1 4 , 3 5 1 4 , 3 4 2 15 3 , 7 5 9 3 , 8 4 8 3 , 9 3 0 16 2 , 5 8 7 2 , 7 8 1 2 , 9 6 9 17 3 , 5 1 0 3 , 8 9 1 4 , 1 4 9 18 6 ,662 6 , 4 6 2 6 , 265 19 6 , 005 5 , 8 6 0 5 , 7 1 4 20 5 , 1 1 1 5 , 0 4 7 4 , 9 7 7 21 4 , 4 3 0 4 , 4 5 0 4 , 4 6 9 22 3 , 8 4 7 3 , 9 1 8 4 , 0 1 9 23 2 , 2 2 0 2 , 4 9 4 2 , 7 4 6 24 2 , 6 3 7 2 , 9 4 4 3 , 1 7 6 25 5 , 2 8 0 5 , 1 6 2 5 ,055 26 4 , 2 0 1 4 , 1 3 8 4 , 0 8 2 27 3 , 6 9 0 3 , 7 2 6 3 , 7 6 8 28 3 , 0 1 6 3 , 2 2 4 3 , 4 2 3 29 6 , 0 4 0 6 , 5 1 8 6 , 8 4 4 30 1 ,122 1 ,336 1 , 4 9 7 31 1 , 7 5 5 1 , 8 7 8 1 , 9 3 7 32 2 , 7 5 6 2 , 7 8 0 2 , 8 3 6 33 1 ,930 2 , 1 5 6 2 , 3 7 1 34 2 , 7 2 4 3 , 0 4 1 3 , 2 8 0 35 1 ,929 2 , 1 2 9 2 , 3 2 7 36 4 , 0 3 8 4 , 3 3 0 4 , 5 7 0 33 0 , 8 8 9 1 ,059 1 ,190 38 1 , 0 4 5 1 , 2 2 2 1 , 3 6 4

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Tabela - 5.5.6

-106-

Valores de K EFETIVO

G O D I G O VANCER

Arranjo da Malha Número de Incógnitas ^EFETIVO

17 X 17 578 1,03733

34 x 34 2312 1,03077

68 x 68 9248 1,02983

5.6 Resultados e Comentários para o Problema Padrão

ID-ll-Al

de

Apresentamos a seguir os resultados obtidos com o cõd_i

go CITATION os quais foram efetuados no computador IBM/370-

155no (IPEN) para o Problema Padrão de Identificação 11-Al.

Na tabela 5.6.1 são apresentados os resultados obtidos

com o código CITATION.

Tabela - 5.6.1

Resultado para o Prob. Padrão ID-ll-Al,dois grupos três dimensões.

CÕDIGO CITATION

Arranjo da Malha Número de Incógnitas ^EFETIVO

17 x 17 X 19 10982 1,02913

34 X 34 X 38 87856 1,02866

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-107-

C O M E N T A R I O S

Através da tabela 5.5.1 e tabela 5.6.1, podemos notar

a grande consistência nos valores do fator de multiplicação

( ^ E F E T I V O ^ obtidos com o código C I T A T I O N no ( I P E N ) e os pu

blicados pela ( A . N . S . ) os quais foram obtidos com o V E N T U R E .

Convém resaltar aqui que os desvios entre os resulta­

dos obtidos e publicados não foi maior que 0,002%.

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-108-

5.7 Resultados e Comentários para o Problema Padrão de

ID-11-A2.

A seguir apresentamos os resultados obtidos com os cõ

digos CITATION e EXTERMINATOR-2 efetuados no computador IBM

370/155no(IPEN) para o Problema Padrão de Identificação 11-

A2.

Na tabela 5.7.1 são mostrados os resultados obtidos

utilizando-se o código CITATION.

As tabelas 5.7.2 e 5.7.3 apresentam valores dos flu

xos médios por zona.

Tabela - 5.7.1

Valores de K EFETIVO

CÕDIGO CITATION

Arranjo da Malha Número de Incógnitas ^EFETIVO

17 X 17 578 1,02967

34 X 34 2312 1,02924

68 X 68 9248 1,02943

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Tabela 5.7.2

FLUXO MÉDIO GRUPO .RAPlDQJ POR ZONA - CITATION

-109-

LIZAÇÃO 17x17 34x34 68x68

1 19,33 19,40 18,77 2 26,48 25,32 24,27 3 28,48 27,49 26,49 4 23,90 23,07 22,30 5 14,91 15,31 15,14 6 17,05 17,00 16,91 7 15,75 16,13 16,39 8 10,33 10,74 11,21 9 1,197 1,530 1,773

10 28,51 27,31 26,23 11 28,92 27,92 26,93 12 25,46 24,64 23,90 13 20,38 19,95 19,55 14 18,59 18,53 18,46 15 15,93 16, 32 16,61 16 10,02 10,44 10,89 17 1,140 1,455 1,690 18 28,42 27,55 26,92 19 25,60 24,97 24,34 20 21,76 21,50 21,18 21 18,82 18,91 18,95 22 15,48 15,78 16,13 23 8,152 8,616 9,105 24 0,853 1,086 1,242 25 22,50 22,00 21,56 26 17,95 17,75 17,55 27 15,66 15,82 15,96 28 11,60 12,00 12,42 29 2,100 2,680 3,112 30 0,240 0,310 0,3722 31 10,77 11,32 11,50 32 11,16 11,30 11,54 33 7,122 7,472 7,900 34 0,852 1,068 1,258 35 7,060 7,324 7,672 36 1,415 1,785 2,077 37 0,193 0,244 0,2899 38 0,224 0,278 0,3341

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-110-

Tabela 5.7.3

FLUXO MÉDIO GRUPO TÉRMICO POR ZONA - CITATION

ilZAÇÃO 17x17 34x34 68x68

1 3,138 3,206 3,155 2 6,188 5,898 5,653 3 6,686 6,452 6,219 4 5,587 5,375 5,181 5 2,422 2,531 2,545 6 3,983 3,954 3,921 7 3,701 3,792 3,865 8 2,660 2,859 3,049 9 3,692 4,099 4,368

10 6,693 6,408 6,152 11 6,789 6,554 6,325 12 5,977 5,782 5,609 13 4,764 4,647 4,536 14 4,363 4,348 4,340 15 3,748 3,844 3,932 16 2,578 2,777 2,965 17 3,498 3,885 4,133 18 6,671 6,467 6,269 19 6,009 5,862 5,715 20 5,108 5,047 4,970 21 4,422 4,448 4,467 22 3,837 3,914 4,013 23 2,213 2,490 2,741 24 2,629 2,939 3,172 25 5,281 5,163 5,055 26 4,198 4,137 4,080 27 3,684 3,724 3,768 28 3,009 3,220 3,426 29 6,030 6,496 6,842 30 1,128 1,320 1,498 31 1,753 1,877 1,930 32 2,750 2,778 2,826 33 1,926 2,152 2,768 34 2,738 3,002 3,278 35 1,925 2,126 2,321 36 4,035 4,316 4,372 37 0,899 1,077 1,265 38 1,056 1,200 1,441

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-111-

Na tabela (5.7.4) são apresentados os resultados ob

tidos utilizando-se o código EXTERMINATOR-2.

Tabela 5.7.4

Valores de K EFETIVO

CÕDIGO EXTERMINATOR-2

Arranjo da Malha Número de Incógnitas ^EFETIVO

17 X 17 578 1,03737

34 x 34 2312 1,03118

68 x 68 9248 1,02982

COMENTÁRIOS

Através das tabela 5.5.3 e tabela 5.7.1, observamos

ã consistência nos valores obtidos com o código CITA

TION e os publicados pela (A.N.S.) os quais foram consegui^

dos com o código VENTURE. Neste caso o desvio entre os re

sultados obtidos e os publicados nunca excedeu ã 0,002%.

As tabela 5.5.4 e 5.5.5, 5.7.2 e 5.7.3, apresentam

os fluxos médio para o grupo rápido e para o grupo térmico

tanto para o código VENTURE como para o código CITATION.Re

saltamos que nestes resultados os desvios nunca excederam

ã 1%.

Nas tabelas 5.5.6 e 5.7.4, colocamos frente a fren

te os resultados obtidos fazendo uso do código EXTERMINA

TOR-2 com os publicados pela (A.N.S.) que foram obtidos

com o VANCER, aqui taiTibém notamos ã grande consistência e

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xistente entre os resultados para as várias estruturas de malha. Nestes casos os desvios nunca foram maiores do que 0,05%.

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-113-

y/\ Com um balanço sobre os problemas padrões resolvidos

/ neste trabalho e os resultados obtidos com os cõdigos de

computador, podemos salientar a grande consistência e utili^

zação segura destes cõdigos, na análise de problemas de rea

tores nucleares.

/ Os objetivos propostos inicialmente foram alcançados,

/ pois dispomos de dois códigos de computadores destinados ã

/ análise de difusão de neutrons e problemas correlatos em o

/ peração no Centro de Processamneto de Dados (CP.D.), bem

como um grande domínio sobre a utilização destes códigos

\ foi adquirido.

Convém resaltar ainda que com este trabalho foi ad

/ auirido um conhecimento básico da Teoria de Física de Reato

res e técnicas numéricas suficientes para a operação destes

códigos. Com a experiência aqui adquirida, torna-se possí

vel agora partirmos para análise e estudos de reatores par

ticulares.

Para trabalhos posteriores com o uso dos códigos a

qui utilizados sugere-se :

- Proceder cálculos de fluxos adjuntos.

\ - Efetuar a solução de problemas envolvendo cálculos

de perturbação.

- Resolver problemas levando em conta os efeitos pro

vocados pela produção do xenônio.

CAPlTULO V I

CONCLUSÕES E SUGESTÕES

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-114T

APÊNDICE A

EQUAÇÕES DE DIFUSÃO DE GRUPOS DE ENERGIA - DISCRETO

Descrito aqui estão as equações que são usadas para

obter um tipo de diferença finita de balanço de neutron sobre

elementos de volume discretos.

A equação básica que expressa a aproximação de difu

são para transporte de neutron em alguma posição r e energia

E é:

- ^Dr,EV*r,E+ (^a,r,E ^S,r,E^*r,E

í L^r,E'-^E Ke E'

(A.l)

O espectro contínuo de energia é dividido em grupos de

energias discretos, podemos incluir também um termo de

"buckling" quando apropriado, a função distribuição de fon

te é assumida não ter nenhuma dependência espacial, e uma

simplificação é feita no termo de transporte.

-D r,a ^r,g a,r,g ¿ S,r,g-^n ^r,g +g ^r,g

= l n

l + g r,r,n S,r,n-^g ^r ,n

(A.2)

onde

= Operador geométrico Laplaciano 3 x '

+-ay2 3 z '

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-115-

- 2

(ji = Fluxo de neutron na posição r e grupo de ^ f g 2

energia 3 , n/sec-cm

l = Secção de choque Macroscópica de absorção, a, r, g

normalmente ponderada sobre um fluxo re

presentativo do espectro de energia, cm ^.

H - -S,r,g->n = Secção de choque Macroscópica de espalhame

mento de neutrons do grupo de energia 3

para grupo de energia n, cm

(O espalhamento de g^g é excluido do cál­

culo) .

D - Coeficiente de difusão, normalmente um terço r,g _ ^

da secção de choque de transporte, cm.

_ Termo de Buckling" considerando o efeito do

operador Laplaciano (fuga) em uma dimensão

não tratado explicitamente, cm ^

vl^ = Secção de choque de produção macroscópica

(v é o n9 de neutrons produzidos por uma

fissão e Ir, ê secção de choque de fissão) , -1 •

era

Xg = Função distribuição de fonte de neutrons (nor

malmente l x„ = 1,0) g ^

Ke = Fator de multiplicação efetivo, razão da taxa

de produção de neutrons pela taxa de perda de

neutrons de todas as causas, uma incógnita a

ser determinada.

Quando a criticalidade é para ser realizada pela alte

ração das concentrações de nuclideos, normalmente por um pro

cesso iterativo direto, o Ke é fixado a algum valor especi­

ficado (próximo ã unidade) e contribuições das secçoes de cho

que de concentrações de nuclídeos armazenados devem ser in

em geometria slab, cm ,

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-116-

cluido nas equações.

A equação (A.2) é então alterada para a forma

r,g^r,g a,r,g b,r,g ^ S,r,g->n r,g +g'*r,g

n r.n

(A.3)

onde h é a densidade de nuclídeo relativa, o autovalor do

problema, e Z , e vZ são secçoes de choque de D,r,g p,r,n

absorção e produção associada com os nuclídeos de pesquisa.

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-117-

APÊNDICE B

FONTE FIXA

O problema de fonte fixa aparece em certas situações

como partida do reator com uma fonte inserida, ou análises

de um experimento localizado do lado externo do caroço do

reator com uma descrição de malha fina e acoplada ao core

com uma fuga de fonte.

Problema de fonte fixa ê simplesmente a equação (A.2)

com Ke tomado unitário e a fonte adicionada ao lado direi

to da equação .

A equação torna-se então:

-•^r,g^'*r,g (^a,r,g l ^S,r,g.n ^ ' r,g Bjg) ^^^g = n

^S,r,n.g ^ ^g(^^)f,r,n ^ + S ' r,n r,g ,

(B.l)

onde g é a fonte fixa. Como é frequentemente usado, a

fonte fixa pode ser separável em espaço e energia, em cujo

caso temos :

Sr,g = Xg Sr • ( .2)

REPRESENTAÇÃO DO OPERADOR LAPLACIANO EM DIFERENÇA FINITA

A aproximação de difusão de sete pontos para trans

porte de neutron é formulada abaixo. A figura (B.l) apre

senta um esboço tri-dimensional mostrando a posição do flu

xo no ponto {i,j,m) da malha e circunvizinhando seis posi^

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-118-.

ções do fluxo em geometria slab" (x-y-z). O volume de diferen

ça finita ao redor do ponto (i,j,m) da malha é (xj-Xj _-j ) (yj-Vj-l^ (^m~^m-l) onde estas são as posições das superfíceis do

elemento de diferença finita. (Em geometria hexagonal, a for

mulação envolve nove pontos da malha, sete no plano hexago

nal) .

*i,3+l,m

i ,j/m-l

'''i+l,j,m

'i,j-l,m

Figura B.l

Elemento de diferença finita em geometria x - y - z.

Fuga de neutron de (i,j,m) para (i,j,m-l),L(z^_^), a

través da área da face frontal (Xj^-x^_-j^) (y-j~yj_i) é aproxima

da como segue. Tomando C]^ como o fluxo incógnita na interface,

A fuga para fora é dada pela aproximação da inclinação do

fluxo na superfície pela média dentro do elemento (entre o

ponto central e a superfície).

L(Z^ i) = D, . ^ (^. . - c , ) m-1 i,j,m i,j,m 1

^^m ^m—1^

* Ó U 1 S A S E N E R S É T I C S E N U C L E A R E S

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-.119--

onde D. . é a constante de difusão em (i,j,m). Similarmen X / J , m

te para a fuga interna do elemento finito adjacente temos:

-^(^m-l^ = °i,j,m-l (*i,j,m-l " 1^

Eliminando-se das equações dadas acima temos:

m-1

2(yj - y^,i)(x^ - x._-^)

^m " ^m-1 ^m-1 ~ ^m-2 D i, j ,m ^i,j,m-l

( ( ! ) . • - d). . , ) .

(B.3)

Desde que o termo que multiplica a diferença dos fluxos é

simplesmente uma constante, a equação (B.3) reduz-se a forma;

^(^m-l) - '^i,j,m,m-l ^*i, j ,m " *i,j ,m-l) (B.4)

Deve ser notado que dentro de uma região tendo proprie

dades nucleares uniformes e espaçamento da malha uniforme te

mos:

i,j,m,m-l

(yj - yj_i) (x^ - x._.^)

( m - ^m-1^ i, j ,m

A fuga do elemento de volume é dada por :

L(z^) + L(Zj _ ) + L(x^) + L(x^_^) + L(y^) + L[y^_^) =

^1,3,m 1,3,m,m+1 i.].m.m-l i,],m,i+l i,3,m,i-l

.,j,m,j + l i,j,m,j-l

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-120-

i,j,m,m-1 *i,j,m-l - C.^^^^^.^^ *i+l,j,m " ^i,j,m,i-:

*i-l/j,m '^i,j,m,j+l *i,j + l,m ^i,j,m,j-l *i,j-l,m.

(B.5)

Para uma condição de contorno de gradiente zero, a

constante C. . , associada é tomada igual a zero. Para u 1 ,3 ,m,m-1 ^ -

ma condição de contorno extrapolada, contorno "black" Ínter

no ou externo, a inclinação do fluxo dentro do elemento de

diferença finita é extendida. A condição de contorno a ser

satisfeita na superfície do elemento é :

D d±_

(f. 3x S

= c .

onde C é uma constante especificada. S

Tomando <)) como o fluxo interno, ({i^ como o fluxo no

contorno e como ã distância do contorno ao ponto interno.

A aproximação linear do fluxo dentro do elemento dá:

3 x *i - *s

ou

*s Ãii (*i - *s =

Representando a área normal por A^ a fuga no contorno

de urna face de um elemento de volume é dada por:

s,n D A ^ °i n 3x

n^i

- Í 7 '

1

(3.6)

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-121-

1 (82

rj (82 - e^) (Z2 -

2 -^1' 2 ^1'

Figura B.2

Elemento de diferença finita em geometria R - Z - e

que dá a constante requerida para a equação (B.5). E claro

que a fuga externa é considerada perda do sistema, mas a fu

ga dentro de um absorvedor negro interno é considerada como

uma absorção na região.

Para geometrias curvilíneas, as áreas de superfície das

faces do elemento de diferença finita deve ser usada a qual

torna as equações um pouco mais complicada do que as equa

ções acima. Por exemplo, em geometria R - Z - 9 _ as superfíceis

são indicadas na figura (B.2).

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-122-

APÊNDICE C

CÁLCULOS DE SECÇOES DE CHOQUE MACROSCÓPICA E TAXA DE REAÇÃO

Este código pode usar secçoes de choque macroscópica

para cálculos de projetos especiais. Entretanto, ele é pro

jetado para usar dados microscópicos para nuclídeos indivi

duais levando-se em conta mudanças nas concentrações dos

nuclídeos. Pode ser prático em algumas situações usar uma

pseudo concentração de nuclídeo não queimada de densidade

relativa e então as secçoes de choque associada são macros

cópica.

As equações básicas usadas para cálculos de secçoes

de choque macroscópicas são mostradas abaixo. Se existem ,

sufe-zonas a concentração distribuida de cada nuclídeo é to

mada como a média aritmética das concentrações das sub- zo

nas. O código também permite referenciar seções de choque

microscópica sendo dependente da zona a qual não esta ind_i

cado nas equações abaixo, somente um conjunto de dados de

secção de choque aplica-se a qualquer zona. É assumido que

densidades de nuclídeos estão em átomos/barn-cm e secçoes

de choque microscópica em barns em cálculos de taxa de rea

ção, queima e determinação dos balanços de massa.

Considere alguma zona dentro da qual cada niclídeo

tem uma concentração distribuida uniforme N . As secçoes

de choque usuais são calculadas como segue com os índices

a -absorção, f-fissão, tr-transporte, s-espalhamento, g e

K grupos de energia, z-zona e n-nuclídeos.

: = y N a a,g,z ^ n,z a,n,g

= y N o-

vE, = y N V o '"'f,g,z ¿ '^n,z f,n,.

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-123-

onde

va. = V o •f,n,g n,g f,n,g

^tr,g,z ^ n,z tr,n,g

3 ^tr,g,z

^s,g^K = l \ , z <'s,g-K • (C'l)

Para es cálculos de aproximação de difusão, cada

E é tomado zero para evitar lentidão na taxa de con s,g^g -

vergência do processo iterativo.

As equações usadas para determinar taxas de reações

são como segue. A potência térmica do reator, P, é determ^L

nada por:

f. C, p = i0 7 ^ y v , I N W ycj) o ,

^ 2 z n "'^ ^'^ g ffn,g

(C.2)

onde 2 ® ° watts térmico do nuclídeo por fissão, C ^ é a

especificada fração de potência útil, C2 é a especificada

fração do caroço tratada e o nivel do fluxo é ajustado tal

que o P calculado é aquele valor especificado. Os valores

de ^ são simplesmente volumes ponderados sobre zonas a

cada energia e é o volume da zona.

. ^ ^i 1 em z

onde i refere-se a um ponto da malha. Taxa de reações em nu

elídeos individuais são calculados para cada zona como:

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-124-

Absorção

n,2

n,z ^ ^g,z a,n,g

Captura

Produção

= Absorção

n, z

n, z

n, z

- N y d) a-n,z ^ ^g,z f,n,z,

n,z ^ ^g,z f,n,g (C.4)

e as somas são tomadas para o sistema. Para estimar as ta

xas de reações média durante a queima, as densidades de nu

clídeo usada na equação (C.4) são médias aritméticas entre

o início e o fim de um passo de tempo de queima.

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125-

APÊNCICE D

PROBLEMA FLUXO ADJUNTO

Em notação matricial, o problema autovalor-fluxo ê

A = KF X X

enquanto que para o problema fluxo adjunto é

onde o superscripto t refere-se ã troca dos elementos â

cerca da diagonal (troca de linhas e colunas). Na represen

tação da teoria de difusão, a troca de A envolve:

1. Não há nenhuma troca nos termos de remoção total

(absorção + espalhamento para fora + DB ) na diagonal.

2. Não há nenhuma troca no acoplamento de difusão de

vido ã simetria ã cerca da diagonal.

3. Há troca nos termos de transferência ou espalhamen

to de grupo para grupo, E ^^^^ para ( ^ .g) » espalhamentos

para dentro logo se cancelam se as equações são somadas.

A transposição de F causa a contribuição para o gru

po g pela função distribuição x(g) de neutrons produzidos

em fissão no grupo n de reação devido a secção de choque

vZ^ (n) , a saber x(g) vE^(n), a ser mudada, dando, x(n) v

(g) como a contribuição do grupo g devido a reação no gru

po n.

O processo iterativo usado para o problema adjunto é

o mesmo como para o usual problema de autovalor do fluxo ex

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-Í26-

PERTURBAÇÕES

As equações usadas para estimar os efeitos de pequenas

mudanças são discutidos qui. Teoria de perturbação de 1^ or

dem é aplicada e é somente precisa nos limites de mudança ze

ro. O fluxo adjunto é usado em solução requerida deste pro

blema especial. Claramente as equações de diferença finita

devem ser distribuidas com preferência do que uma contínua

introdução de complexidade.

A discusão a seguir contem uma introdução apresentada

em termos simples. Esta é destinada a ajudar o leitor que

deseja entender o assunto de um ponto de vista prático. En

tão as equações reais usados no código são apresentadas.

Considere um balanço de neutron associado com o volume

de diferença finita ao redor de um ponto da malha para um

grupo de energia, problema geometria "slab" uma dimensão.

Fonte = Remoção + Fuga ou

i+1/2 -^i/2 A.

(D.2)

onde i refere-se a uma posição, V refere-se ao volume, A à su

perfície de fuga, e A ao espaçamento da malha, e ainda

^i+1 = ^i-

Uma mudança nas propriedades nucleares mudaria a distri

buição do fluxo e também o fator de multiplicação. Deixe- nos

negligenciar a mudança no fluxo e considerar a derivada par

cepto que o autovalor (fator de multiplicação) é mantido fi

xo ã valores obtidos do problema anterior. (Ambos problemas

0 anterior e adjunto são sempre resolvidos quando o adjunto

1 desejado).

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-127-

VZ^ . V. (}>. ^ = V. (}).

Considerando mudança em somente em certos pontos

dentro de algum material m e somando as equações dá:

9 {—)

i ler^

visto que

3(1) = L- 3K K

1 ^ ^ íem ^ _ K

^ l vE^ . V. 0 . K ^ f,l 1 1

Se nõs admitirmos simplesmente que a equação (D.2) po

de ser multiplicada por um fator ponderado, a saber o fluxo * ~ *

adjunto, (í> , que causarão ambos <i>^ (i>^ e o declive do flu

xo ser invariante nos termos de fuga, então o resultado tor

na-se :

- l V 4) o,*

I I t - ^ ; •

Isto expressa a mudança no fator de multiplicação as

sociado com uma unidade de mudança na secção de choque. S i

milarmente,

cial dos termos da equação (D.2) com relação â Z^, Esta ope

ração dá:

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1 3 K

K 3D_ m

• L i e n

2A.

A . 1

¿ y vz^ . V. .<\>*.

K V f,i 1 11

-128-

(D.4)

e ainda

1 3 K

K 8 (vZ. ) r ,m

• y V. (}). ({). len

y vZ^ . V. ({). 4)* h f,i 1 1 1

(0.5)

onde a região de interesse m deve ser para vZ_ . ^ 0. Com

plicaçoes associada com interfaces de materiais tem sido evi^

tada aqui, e as equações deve ser extendida para considerar

mais do que um grupo e outras dimensões, e tratar o espalha

mento trans-grupo.

Uma variação devida a mudanças nas secçoes de choque

tem sido determinada, os efeitos da mudança da densidade de

nuclídeo podem ser obtidos. Adicionando contribuição temos :

9 K

m

9 K dZ .

1 >m

Lj 9 Z . ^ dN, ^ j ,m b,m

3 K dD

m 9 K

9 D dN, m b,m f ,m

d(vZ. J r ,m

dN b,m

(D.6)

onde N, é a densidade de um nuclídeo na região m e o Indi b ,m —

ce j é sobre secçoes de choque apropriada.

Desde que

9 N b ,m

D m

l 3Nb,m ^ r , b . m

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-129-

dD m

dN b,in

f ,in b,in f,b,m

d(vZ. J ^ = V a

dN b,in f ,b,in

9K

K8N, j

3K

K3Z. „

( _3 D 2

m m

3K

K3 (vz^ ) r ,m J

V o f ,b,m

(D.7)

A estimação do efeito de uma mudança real, decresce em

precisão quando a quantidade de mudança aumenta, é então:

AK

KAN,

9K

K3N, (D.8)

EQUAÇÕES DE PERTURBAÇÃO

Dentro da região m, a mudança no fator de multiplica -

ção relativa ã mudança em uma propriedade macroscópica é cal

culada como :

l G.(n) 3K le m

K3X m ^ I V. I x(g) l vZf^^ <^.^^

K n

(D.9)

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onde

-130-

refere-se a xima propriedade macroscópica na região m,

i refere-se ã um ponto no espaço

g e n refere-se ã grupos de energia.

é definido abaixo

é ainda assumido nesta discusão que l x(g) g

= 1 ,

X = (n) ,

Zj.(n) l S (n^g) , ou D(n) (n) , g

•G^(n) X ^ x , n ^ x , n (D.10)

X = Z(g-^n) ,

G^(n) ^i *i,g *i,n '

(D.11)

X = D(n) ,

G (n) = l A j L i + ^jJ

x,n '' x,n ^D,n' (D.12)

pontos internos

G^(n) -.2

1 + A^D.^(n)

* ((}).

1 /n

A^Dj(n)

nos materiais de interfaces

í . ^ .Q l iT iMODE PESOU 'SAS E N E R G É T I C A S E NUCLEARES j

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-131-

L 1 + Pj^") *i,n h,n

A.C^(n)

adjacente ã qualquer contorno negro.

Aqui j refere-se aos pontos da malha vizinhos mais pró

ximos, Aj é a área de fuga normal, e é a distância de um

ponto ã interface apropriada entre pontos da malha. C (n) é 5

a constante de contorno negro interno ou externo.

X = vZ^(n) ,

V. G^(n)

K (D.13)

cálculos de um coeficiente de reatividade de tempera

tura ou potência é feito diretamente da derivação parcial dis

cutida acima usando dados adicionais.

8P 1 3X,

dX.

dP

onde X-j refere-se a cada contribuição de propriedades macros

copleas incluindo secçoes de choque e constantes de difusão.

Para suprir um processo mais geral de cálculo, mudanças dis

cretas são consideradas. Assim cálculos de resonancia podem

ser feitos em duas temperaturas representando alguma mudan

ça desejada, e dados macroscópicos gerado são usados na

forma :

1 9K

K 9P I 1

d K 9X

1

X (Pj) - X (Pa) 1 ' 1 . (D.14)

onde X-| (Pj) refere-se a uma secção de choque macroscópica de

terminada a partir da densidade de nuclídeo e de secçoes de

choque microscópica especificada originalmente;

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-132-

^ l vE^ , V. <í>.(})* K ^ f,i 1 1 1

para a situação de um grupo tratada acima, onde 1 represen­

ta posição de um ponto da malha e a contribuição da componen

te c para a secção de choque macroscópica X numa unidade de

volume básica que é visto ser dado pela ponderação do fluxo

vezes adjunto.

TEMPO DE VIDA DE NEUTRONS PRONTOS

Para a estimação do tempo de vida do neutron pronto, a

ponderação é da velocidade recíproca do neutron,

Y *

1 = i V(n) '^i,n ^ , n ^ ^^^^^^

1 g n

FRAÇÃO DE NEUTRON ATRASADO

Para a ponderação da efetiva frações de neutron atrasa

do, a equação (D.17) da a fração de neutrons produzidos que

são atrasados, pelo atraso da família. DF^ :

Efetivo DFj =

i g n

(D.17)

X^(P^) refere-se ao valor alterado devido mudança especifi.

cada na densidade de nuclídeo e novos dados microscópicos.

Mapas de "importânica" sobre espaço pode ser obtido.

"Importância" é usado aqui afim de contribuir para o fator

de multiplicação por unidade de volume de algum fator, isto

é :

V X,^, (c)

I^(c) = — , (D.15)

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-133-

onde 3j j refere-se ã fração de neutrons atrasados da família

atrasada j na posição i para o nuclídeo b e x ' ( j / " ? ) s a fun

ção distribuição de neutron atrasado.

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-134-

APÊNDICE E

SECÇÕES DE CHOQUE DE GRUPO SUPER AMPLO

As secçoes de choque de grupo super amplo são calcula

das por ponderação apropriada. Tomando g referente aos gru

pos de energia contidos em 1 e 2 aqueles contínuos em m

Então defini-se as ponderações apropriadas como segue.Deve

ser notado que uma pequena densidade de nuclídeos a qual não

deveria afetar um cálculo de autovalor pode produzir uma va

riedade de seções de choque ponderada dependendo da posição

no espaço.

PONDERAÇÃO NORMAL

^a,b(^) = ^ p i \ , i ^ % , i ( ^ ) < , g * i , g '

(E.l)

onde

Q(l) = l V.Nj^^. I , (E.2)

a (l-m) = ^ ^i i ^ *i a ^ % i^^"^^ *i i ° Q(l) i ^ g ^'^ j ^'^ ^'^

(E.3)

''f'^^'^ ^ 7777 ^ ^i^b,i ^ X(n)**^, I V a^^^^.^.^^^ ^ •> 1 n g

(E.4)

onde o índice n varre sobre todos os grupos. A equação para

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-135-

af ^ j^d) correspondente àquela para h^'^^ ' '

(E.5)

Para a secção de choque de transporte, a fuga do adjun

to ponderado por unidade de volume no grupo n (dentro do gru

po amplo) na posição 1 é

*i,n ^ n,n •

Ura coeficiente de difusão é definido pela equação;

D(g) =

I n

*i,n ^ i ^ " ) ^ ' *i,n

y f 4)* <t>. dV ^ i,n i,n

(E.6)

n

Tomando derivadas parciais de ambos os lados da equação

(E.6) com respeito ã algum nuclídeo, e assumindo que

D =í OU que

3 D = _D^(3 , ) tr, b

, temos :

n

l ^i(") *i,n ^'*i,n dV

(E.7)

Esta equação é usada em esSfincia. Claro que a fuga por

unidade de volume é obtida de equações de diferença finita. O

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-136-

PONDERAÇÃO DE C E L U L A

Para obter secçoes de choque efetiva para uma célula ,

uma formulação alternativa é dada. As equações acima aplicam-

se excepto que o termo demominador é mudado para o produto

do fluxo médio da célula ponderada, a densidade de nuclídeo

média da célula e o volume.

l V. l (p* (í). T v . N, .

i

(E.8)

Para a propriedade de transporte microscópica, a equa

ção (E.8) é usada com todas as contribuições incluídas excep­

to aquelas para ã segunda somatória no numerador,que contendo

secçoes de choque de transporte microscópica são excluidas on

de o nuclídeo tem concentração zero.

têrmo

(f)* ((). dV , ^i,n i,n '

€ aproximado pela soma dos produtos da inclinação do fluxo

estimado entre pontos e a área de fuga normal para cada vo

lume elementar. Complicações de materias de interfaces e con

tornos deve ser levado em conta da mesma maneira como foi dis

cutida anteriormente. As constantes de fuga associada não são

linear em D que altera os termos na equação (E.7). Contribui

ção para o numerador e denominador são incluidas somente onde

Nj^ tem uma concentração diferente de zero.

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-137-

APgNDICE F

CARTÕES DE CONTROLE PARA OPERAÇÃO DOS CÕDIGOS

1. CITATION

// EXEC PGM=IEBUPDTE, PARM=NEW

//SYSPRINT DD SYSOUT=A

//SYSÜT2 DD DSNAME=&&GILSON,UNIT=SYSDA,DISP=(NEW,PASS),

// SPACE=(CYL, (2,1))

// SYSIN DD*

./ ADD

./ NUMBER NEW1=10, INCR=10

Cartões de dados

./ ENDUP

// EXEC PGM= •• CITATION, REGION= 900K, TIME=0060

//STEPLIB DD DSN= CPO18.CITATION.LOAD,DISP=SHR

//FT51F001 DD SYSOUT=A

//FTOIFOOI DD UNIT=SYSDA,SPACE= (13000, (100,50))

//FT02F001 DD UNIT=SYSDA,SPACE= (13000, (100,50))

//FT03F001 DD UNIT=SYSDA,SPACE= (13000,(100,50))

//FT04F001 DD UNIT=SYSDA,SPACE= (3520, (100,50))

//FT05F001 DD DSNAME=&&GILSON,UNIT=SYSDA,DISP=(OLD,PASS)

//FT06F001 DD SYSOUT=A

//FT07F001 DD DUMMY

//FT08F001 DD UNIT=SYSDA,SPACE= (13000, (100,50))

//FT09F001 DD UNIT=SYSDA,SPACE= (3520, (100,50))

//FTIOFOOI DD UNIT=SYSDA,SPACE= (3520, (100,50))

//FTllFOOl DD UNIT=SYSDA,SPACE= (13000,(100,50))

//FT12F001 DD UNIT=SYSDA,SPACE= (3520,(100,50))

//FT13F001 DD UNIT=SYSDA,SPACE= (3520, (100,50))

//FT14F001 DD UNIT=SYSDA,SPACE= (13000, (100,50))

//FT15F001 DD UNIT=SYSDA,SPACE= (13000,(100,50))

//FT16F001 DD UNIT=SYSDA,SPACE= (13000, (100,50))

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-138-

//FT17F001

//FT18F001

//FT19F001

//FT30F001

/*

DD UNIT=SySDA,SPACE=(3520, (100,50))

DD UNIT=SySDA,SPACE=(3520,(100,50))

DD UNIT=SYSDA,SPACE=(13000,(100,50))

DD UNIT=SYSDA,SPACE=(13000, (100,50))

2. EXTERMINATOR-2

// EXEC PGM= =EXTER ,REGION =700K

//STEPLIB DD DSN=CPO18.CPEXTER. LOAD, DISP =SHR

//FTOIFOOI DD UNIT =SYSDA, SPACE= (TRK, (10, 2) ,RLSE)

//FT02F001 DD UNIT =SYSDA, SPACE= (TRK, (50, 2) ,RLSE)

//FT06F001 DD SYSOUT=A

//FT07F001 DD UNIT =SYSDA, SPACE= (TRK, (10, 2) ,RLSE)

//FT09F001 DD UNIT =SYSDA, SPACE= (TRK, (10, 2) ,RLSE)

//FTIOFOOI DD UNIT =SYSDA, SPACE= (TRK, (10, 2) ,RLSE)

//FTllFOOl DD UNIT =SYSDA, SPACE== (TRK, (10, 2) , RLSE)

//FT12F001 DD UNIT =SYSDA, SPACE= (TRK, (10, 2) ,RLSE)

//FT05F001 DD *

INÍCIO

Cartões de dados

FIM

/i

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-139-.

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-mark Problem Book. Argonne, 111., Argonne National

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3. BENCHMARK PROBLEM COMMITTEE. Argone Code Center : Bench

mark Problem Book. Argonne, 111., Argonne National

Laboratory, Dec. 1972. (ANL-7416, Suppl.2).

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6. FORSYTHE, G.E. & WASOW, W.R. Finite-difference methods

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reactor core analysis code ;CITATION. Oak Ridge,Tenn.,

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methods in reactor physics. New York, N.Y. Gordon &

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS