instituto de ciências econômicas e gerenciais
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Alessandra Antonia Rodrigues de Almeida
APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL:
um estudo de caso no Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais
(DER/MG)
Belo Horizonte
2014
Alessandra Antonia Rodrigues de Almeida
APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL:
um estudo de caso no Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais
(DER/MG)
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em
Administração Pública, da Pontifícia Universidade Católica
PUC Minas, Campos Praça da Liberdade como pré-requisito
para obtenção do grau de Especialista em Administração
Pública.
Orientador: Professor Dr. Sandro Márcio da Silva
Belo Horizonte
2014
Almeida, Alessandra Antonia Rodrigues de
A447a Aprendizagem organizacional: um estudo de caso no Departamento de
Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG) / Alessandra Antonia
Rodrigues de Almeida – Belo Horizonte 2014
116 p. : il.
Monografia (Curso Especialização em Administração Pública) –
Universidade Católica de Minas (PUC Minas).
Orientador: Sandro Márcio da Silva
Referência: f. : 68-71
1. Aprendizagem organizacional. 2. Governança eletrônica. 3.
Comportamento organizacional. 4. Desenvolvimento organizacional. I.
Silva, Sandro Márcio da. II. Título.
CDU 658.016(815.1)
Alessandra Antonia Rodrigues de Almeida
APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL:
um estudo de caso no Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais
(DER/MG)
Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de Especialização em
Administração Pública, da Pontifícia Universidade Católica
PUC Minas, Campos Praça da Liberdade como pré-requisito
para obtenção do grau de Especialista em Administração
Pública.
___________________________________________________________
Professor Dr. Sandro Márcio da Silva (Orientador) – PUC Minas
___________________________________________________________
___________________________________________________________
Belo Horizonte, 29 abril de 2014.
Dedicatória
Primeiramente a Deus e a todos que direta ou
indiretamente tornaram este trabalho possível.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pois sem a Sua Força Criadora nada seria possível.
Aos meus pais, pelo exemplo e apoio incondicional e toda ajuda que puderam me dar neste
período.
À minha avó Maria Carmo (que está com Deus), ao meu tio Sinésio, às minhas filhas Isabela
e Bárbara por me amarem e estarem sempre ao meu lado, à minha irmã Flávia e tio Adilson,
ao José Carlos que sempre foi um companheiro excepcional, à minha amiga Márcia e aos
meus amigos do DER por terem sido tão gentis comigo, à minha família da Fundação João
Pinheiro e à minha nova família que são meus colegas Pós Graduação da PUC.
Agradeço ainda à Marly Canassa pelo seu apoio e abertura, à Carolina e à Sylvia por se
importarem tanto comigo.
Agradeço a todos a presença em minha vida, pois ninguém é feliz sozinho.
Agradeço ao Amor que me é dado, à luz do Sol que dá vida a todas as coisas, ao ar que
respiro a água que me sacia e a toda compreensão a mim dispensada.
Aos Mestres agradeço pela partilha, paciência, dedicação, carinho e acolhimento, saibam que
vocês marcaram o meu coração para sempre.
Obrigada a todos que não me deixaram sozinha, obrigada por não me deixarem desistir apesar
de todos os percalços. Mais um capítulo da minha vida fica para trás e deixa um gosto
doce/amargo de saudade.
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu,
mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre
aquilo que todo mundo vê.” (Arthur Schopenhauer)
RESUMO
Este trabalho caracteriza-se como um estudo de caso exploratório realizado com o propósito
de analisar a aprendizagem organizacional no Departamento de Estradas de Rodagem
(DER/MG). Teoricamente o estudo tem como objetivo verificar as políticas adotadas para
retenção e disseminação de conhecimento. As informações para realização deste estudo foram
levantadas através de uma coleta de dados, pesquisas documentais e entrevista estruturada
com o objetivo de identificar a percepção da gestora a respeito do tema. Nos principais
achados do trabalho, destaca-se o quanto a valorização do capital humano tem se tornado
importante no desenvolvimento das organizações, e a necessidade de constante estímulo e
treinamento deste capital intelectual pelo departamento de gestão de pessoas, principalmente
nos órgãos públicos, visando uma melhor prestação de serviços aos cidadãos. Outro achado
principal é em relação à implantação dos programas de governança eletrônica em benefício ao
serviço interno e para a prestação de serviços à população. Esses programas têm
proporcionado uma mudança no comportamento dos profissionais dos serviços públicos, pois
as TIC estão proporcionando ao governo uma maior aproximação com as empresas privadas e
com os cidadãos em um modo geral, visto que estão sempre conectados em tempo real e com
isso as informações são mais precisas.
Palavras-chave: Aprendizagem organizacional. Conhecimento organizacional. Governança.
Governança electrônica.
.
ABSTRACT
This study can be regarded as an exploratory case study conducted with the purpose of
analyzing organizational learning at the Department of Roads (DER/MG). Theoretically, the
study aims to determine the policies for retention and dissemination of knowledge. The
information for this study were raised through a collection of data, desk research and
structured in order to identify the perception of the management regarding the subject
interview. The main findings of the work , stands out as the enhancement of human capital
has become important in the development of organizations and the need for constant
stimulation and training of the intellectual capital of the people management department ,
especially in government agencies , to improve provide services to citizens. Another main
finding is in relation to the implementation of e-Governance in the domestic service benefit
programs and the provision of services to the population. These programs have provided a
change in the behavior of professionals in public services because ICTs are providing the
government closer with private companies and citizens in general, as they are always
connected in real time and with it the information are more accurate.
Keywords: Organizational learning. Organizational knowledge. Governance. Electronic
governance.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figuras
Figura 1 A escalada do conhecimento ................................................................. 20
Figura 2 Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais
(DER/MG) – relação de servidores responsáveis pela
administração da estrutura .................................................................. 42
Figura 3 Organograma da Diretoria de Gestão de Pessoas .............................. 43
Figura 4 – Estradas pavimentadas x n° de servidores ativos ............................... 46
Figura 5 – Pessoal: resumo da situação atual e projeção futura ......................... 46
Gráficos
Gráfico 1 – Histórico de aposentadorias publicadas/protocoladas ....................... 48
Gráfico 2 – Aposentadorias publicadas / protocoladas .......................................... 49
Gráfico 3 – Servidores que não possuem requisitos para aposentar/ano
(valores aproximados) ........................................................................... 49
Gráfico 4 – Expectativa de direito à aposentadoria dos engenheiros civis
efetivos em atividade – 2012 – 2020 ..................................................... 50
Quadros
Quadro 1 – Definições de aprendizagem organizacional ....................................... 18
Quadro 2 – Definições de organização que aprende ............................................... 19
Quadro 3 – Tipologia de Abrahamson – adoção e rejeição de inovações ............. 25
Quadro 4 – Quantitativos de cargos efetivos das carreiras do Departamento
de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG) previstos
na legislação .............................................................................................. 45
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Servidores ativos – dezembro/2012 ...................................................... 47
Tabela 2 – Quantitativo de servidores ativos ......................................................... 50
Tabela 3 – Quantitativo de óbitos de servidores em atividade ............................. 51
Tabela 4 – Licenças médicas publicadas em 2012 ................................................. 51
Tabela 5 – Situação Vagas x Servidores em Exercício .......................................... 52
Tabela 6 – Pessoal efetivo do Departamento de Estradas e Rodagem de
Minas Gerais (DER/MG) – quantitativos – dez. 2012 ........................ 54
Tabela 7 – Situação da formação em Engenharia ................................................. 55
LISTA DE ABREVIATURAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
AO – Aprendizagem Organizacional
AO – Organizações que aprendem
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
DER – Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais
GESAC – Governo Eletrônico Serviço de Atendimento ao Cidadão
MBO – Gestão por Objetivo
OCDE – Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico
PMDI – Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado
PPAG – Plano Plurianual de Ação Governamental
PROINFO – Programa Nacional de Informática na Educação
ROI – Retorno sobre o Investimento
SBTVD – Sistema Brasileiro de Televisão Digital
SBTVD-T – Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre
SEPLAG – Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de Minas Gerais
SISAP – Sistema de Administração de Pessoal
SOCINFO – Programa Sociedade da Informação
TI – Tecnologia da Informação
TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação
TQM – Gerenciamento de Qualidade Total
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13
1.1 Objetivos ............................................................................................................. 14
1.1.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 14
1.1.2 Objetivos específicos ........................................................................................... 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 15
2.1 O que é aprendizagem organizacional e o que são organizações que
aprendem? .......................................................................................................... 15
2.2 Conhecimento e aprendizagem organizacional .............................................. 18
2.3 Mudança e inovação gerencial ......................................................................... 24
2.4 A Tecnologia e a informação nas organizações .............................................. 26
2.5 Administração pública – governança .............................................................. 28
2.6 Governança eletrônica ...................................................................................... 31
2.7 Formas de governança eletrônica .................................................................... 33
2.8 Reforma estadual e choque de gestão .............................................................. 35
2.9 Síntese do referencial teórico ............................................................................ 37
3 METODOLOGIA ............................................................................................. 40
4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA DEPARTAMENTO DE
ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS
GERAIS (DER/MG) .......................................................................................... 42
4.1 Descrição geral da empresa .............................................................................. 42
4.1.1 Equipe gerencial .................................................................................................. 42
4.1.2 Visão .................................................................................................................... 42
4.1.3 Missão ................................................................................................................. 44
4.2 Quadro atual do Departamento de Estradas e Rodagem de
Minas Gerais (DER/MG) .................................................................................. 44
4.2.1 Informações preliminares .................................................................................... 44
4.2.2 Aspectos negativos do quadro atual de pessoal efetivo ...................................... 45
4.2.3 Do envelhecimento da mão de obra .................................................................... 47
9
4.2.4 Da baixa escolaridade .......................................................................................... 48
4.2.5 Dos pedidos de aposentadoria ............................................................................. 48
4.2.9 Da evasão dos servidores admitidos pelo concurso público regido pelo
Edital DER nº 01/2008 ........................................................................................ 51
4.2.10 Da necessidade de extinção de cargos de provimento em comissão para
provimento de cargos efetivos de fiscal assistente de transportes e obras
rodoviários e fiscal de transportes e obras rodoviários ....................................... 53
4.2.11 Do quantitativo do quadro de pessoal efetivo ..................................................... 54
5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................ 56
6 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................ 64
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 68
ANEXOS .......................................................................................................................... 72
ANEXO A – Decreto Lei de Criação do Departamento de Estradas e
Rodagem (DER∕MG) – Descrição Legal ............................................. 72
ANEXO B – Projeto: café com debate ........................................................................... 75
ANEXO C – Projeto: banco de talentos ........................................................................ 77
ANEXO D – Projeto – comunidade de prática e aprendizagem ................................. 84
ANEXO E – Ofício padrão para formalização da participação no evento ................ 92
ANEXO F – Convite padrão para chefia imediata e para equipe ............................... 94
ANEXO G – Cartaz padrão para ampla divulgação ................................................... 96
ANEXO H – Certificado de participação ...................................................................... 97
ANEXO I – Norma Interna da Gerência de Desenvolvimento (NI. GDE). 002/2014 98
ANEXO J – Norma interna para participação dos servidores nas ações de
desenvolvimento promovidas pela gerência de desenvolvimento
do DER/MG – NI.GDE.001/2014 .......................................................... 102
ANEXO K – Projeto de Reformulação do Banco de Oportunidades ....................... 107
ANEXO L – GDE ONLINE .......................................................................................... 110
ANEXO M – Questionário aplicado à responsável .................................................... 116
13
1 INTRODUÇÃO
O aprendizado para a humanidade sempre exerceu importante papel no que diz
respeito ao desenvolvimento dos povos, seja ele social ou profissional. A modernidade exige
do indivíduo, que ele saiba cada vez mais lidar com as mudanças rápidas que ocorrem à sua
volta. O desenvolvimento da tecnologia tem imposto um ritmo acelerado no cotidiano das
pessoas.
No ambiente organizacional isso não ocorre diferente, as distâncias diminuíram. É
possível se estabelecer uma negociação com países ou pessoas em qualquer lugar do planeta
em tempo real. O volume de informações que é transferido e agilidade exigida nestes trânsitos
tende a aumentar cada vez mais.
Guns (1998, p. 7) destaca que ―Muito tem sido escrito a respeito do impacto da era da
informação sobre as organizações. Executivos, gerentes e trabalhadores de linha de frente
enfrentam, igualmente, quantidades gigantescas de informações‖. A busca pelo conhecimento,
pelo aprendizado, passa a ser, dentro do cenário apresentado, fator de suma importância para
indivíduos e organizações.
Um dos meios mais poderosos que as pessoas usam para lidar com embaraços
potenciais é criar ―rotinas defensivas organizacionais‖. Defino essas rotinas como
uma ação ou política destinada a evitar surpresas, embaraços, ou ameaças. Mas elas
também impedem o conhecimento e, desse modo impedem que as organizações
investiguem ou eliminem os problemas subjacentes (ARGYRIS, 1986, p. 62).
O tema escolhido pretende abordar a gestão da aprendizagem organizacional
discutindo os processos adotados a partir de uma experiência, localizada no órgão
Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG), uma empresa pública
que cuida da pavimentação e recuperação de estradas do estado e terá como estudo a
experiência de tal gerência.
Tal gerência foi criada para operação, realiza ações de qualificação de suas atividades
relativas à aprendizagem organizacional sem o apoio de um software basicamente
desenvolvido apenas para o processamento das informações e conhecimentos. As ferramentas
utilizadas, não retratam de forma clara, cenários futuros que demonstrem como funcionará a
14
retenção de conhecimentos técnicos e a transferência do conhecimento tácito1 para o
explícito2.
As condições atuais que instigaram ao estudo cobrem essa experiência e é relevante
para a empresa analisada, uma vez que pode contribuir para o alcance da eficácia de sua
gestão da aprendizagem organizacional. Proporcionou ampliar os conhecimentos acerca de
que políticas devem ser adotadas para que haja a criação de instrumentos para a retenção e
transferência do conhecimento, que muitas vezes está armazenado com o funcionário.
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo geral
Analisar o processo de gestão de aprendizagem, tendo como ponto de partida o resgate
da aprendizagem organizacional no Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais
(DER/MG), a partir do caso concreto.
1.1.2 Objetivos específicos
– Analisar as práticas organizacionais relacionadas à aprendizagem organizacional no
DER/MG;
– Identificar e analisar as recomendações teórico/acadêmicas sobre a aprendizagem
organizacional;
– Identificar e analisar a percepção dos gestores sobre a aprendizagem organizacional;
– Sugerir a construção e implementação de instrumentos para dar continuidade à
aprendizagem organizacional;
– Discutir o alcance e as dificuldades desse processo e o quadro atual dessas
experiências;
– Propor/sugerir mecanismos e instrumentos de gestão de aprendizagem que
possibilitem o desenvolvimento de cultura da aprendizagem.
1 O conhecimento tácito é muito pessoal e difícil de ser codificado, ou seja, expresso por palavras. Por essência,
é prático e é geralmente fruto de uma longa experiência, de uma convivência. Sua transmissão é extremamente
complexa, pois necessita interações prolongadas, acertos e erros. Tipicamente, um conhecimento tácito seria
―saber dirigir uma bicicleta‖ (NONAKA e TAKEUCHI, 1997). 2 O conhecimento explícito é geralmente qualificado de ―objetivo‖ e mais simples de ser codificado, ou seja,
formalizado com palavras, números e fórmulas, para ser transmitido rapidamente e em grande escala.
Geralmente, é percebido como teórico e sua transmissão pode ser realizada muito formalmente. Tipicamente, um
conhecimento explícito seria o cálculo da velocidade conhecendo a distância percorrida e o tempo de percurso
(NONAKA e TAKEUCHI, 1997).
15
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O que é aprendizagem organizacional e o que são organizações que aprendem?
Vergara (2009) afirma que além de todas as diferenças apontadas pelos teóricos e com
as quais as organizações têm que lidar num trabalho em equipe, existe outra dificuldade: a
cultura brasileira tem privilegiado a aprendizagem individual. Na família, na escola, na
empresa o individualismo tem sido reforçado.
No entanto, a autora ainda afirma que mesmo esta aprendizagem individualizada nem
sempre tem alcançado os resultados pretendidos. Essa circunstância aponta para a questão do
significado como fator fundamental à aprendizagem. Neste contexto ela ainda afirma que:
Estudos têm demonstrado que a apreensão de algo de forma descontextualizada, tão
ao gosto da fragmentação de nosso pensamento cartesiano e tão comum no
cotidiano, pode ter efeito em curto prazo, mas é inócua em longo prazo. Não é por
acaso que, quando conectadas a histórias, metáforas, imagens, isto é, quando
envolvem memórias vivencial e elaboração mental, informações têm possibilidade
de ser guardadas por longo tempo (VERGARA 2009, p. 203).
A autora diz que a elaboração é a ligação da nova informação a algo já conhecido, seja
para confirmá-lo, rejeitá-lo ou acrescentar-lhe novos elementos. Piaget (apud VERGARA,
2009) chama a atenção a este respeito. Cada novo conceito que é elaborado se junta a outros
previamente construídos. Ela ainda expõe que essa conexão de conceitos forma uma rede
(tipo a de pescador); forma sua rede conceitual, que se abre no plano abstrato das ideias.
Todos nós temos uma rede, e a pergunta que se faz: quem tece essa rede?
Ainda segundo a autora a experiência de vida que cada um tem é única, por esse
motivo só nós podemos tecer nossa rede. É um equívoco, portanto enquanto se diz ―vamos
trocar experiências‖. Vergara diz que o que são trocados são informações acerca da
experiência vivida.
Continuando no contexto da autora: quanto maior a rede conceitual de uma pessoa,
mais possibilidades a rede apresenta para orientar-lhe as ações, então se conclui que
conhecimento é um recurso que não chega à exaustão.
Para Kiernan (1998) uma organização que aprende é uma organização preparada para
a criação, aquisição e transferência de conhecimento, e modifica seu comportamento para
refletir novos conhecimentos e percepções.
Segundo Bastos et al. (2002, p. 1) ―o crescente reconhecimento da importância do
processo de aprendizagem e de suas implicações no contexto do ambiente de trabalho
16
contribuiu para a consolidação de um campo de estudo que enfoca a aprendizagem nas
organizações, em que concorrem acadêmicos, consultores e gestores‖.
A instabilidade do cenário mundial atual, que desencadeia mudanças contínuas nos
sistemas sociais, repercute na configuração de novos formatos organizacionais e na
adoção de modelos gerenciais, os quais, por sua vez, demandam trabalhadores e
gestores dispostos a aprender, pois é a capacidade de aprender que permite
desenvolver competências que habilitam a organização a identificar, processar e
reter novas informações para ampliar o conhecimento e melhorar o processo de
tomada de decisões e sua capacidade competitiva. (BASTOS et al., 2002, p. 1)
Ainda conforme os autores, a aprendizagem ocupa um lugar de destaque nas teorias
psicológicas e compõem um processo amplo e complexo, pois está fortemente relacionado,
em uma abordagem cognitivista, a fatores intra e inter-psíquicos.
Para os autores (2002, p. 3) existem duas vertentes que tratam o mesmo fenômeno a
partir de óticas e interesses distintos.
De acordo com Tsang (1997), a primeira vertente - “aprendizagem organizacional‖
(AO) - interessa-se pela descrição de como a organização aprende, isto é, focaliza
as habilidades e processos de construção e utilização do conhecimento, que
favorecerão a reflexão sobre as possibilidades concretas de ocorrer aprendizagem
nesse contexto. A segunda vertente - ―organizações que aprendem‖ (OA) - por
outro lado, tem seu foco na ação e no ajuste de ferramentas metodológicas
específicas para o diagnóstico e avaliação, que permitem identificar, promover e
avaliar a qualidade dos processos de aprendizagem, que servirão de base para a
normalização e prescrição do que uma organização deve fazer para aprender.
(BASTOS et al. 2002, p. 3)
Para Drucker (1988), as empresas para se manterem competitivas, e até mesmo para
sobreviverem, deverão converter-se em organizações baseadas em conhecimento, e com
bastante rapidez. Ele salienta que os velhos hábitos devem ser mudados e devem ser
adquiridos novos e quanto maior o sucesso da empresa até o presente momento, mais difícil e
penoso tende a ser o processo.
O autor elucida que a transformação ameaçará empregos, status e oportunidades de
muitas pessoas na organização, principalmente dos gerentes de nível médio e de meia idade,
já há muito tempo na empresa, que são de modo geral, os menos móveis e que se sentem mais
seguros no trabalho, na posição, nos relacionamentos e no comportamento.
17
Numa economia onde a única certeza é a incerteza, apenas o conhecimento é fonte
segura de vantagem competitiva. Quando os mercados mudam, as tecnologias
proliferam, os concorrentes se multiplicam e os produtos se tornam obsoletos quase
da noite para o dia, as empresas de sucesso são aquelas que, de forma consistente,
criam novos conhecimentos, disseminam-nos profusamente em toda a organização
e rapidamente os incorporam em novas tecnologias e produtos. Essas atividades
caracterizam a empresa ―criadora de conhecimento‖, cujo negócio exclusivo é a
inovação contínua (NONAKA; TAKEUCHI, 1997. p. 28).
Segundo Nonaka e Takeuchi (1997, p. 31), ―a conversão do conhecimento individual
em recurso disponível para outras pessoas é a atividade central da empresa criadora de
conhecimento e esse processo de transformação ocorre continuamente em todos os níveis da
organização‖.
Pereira (2002, apud GARVIN 1993) relata que uma empresa baseada em
conhecimento é uma organização de aprendizagem que reconhece o conhecimento como
recurso estratégico e cria um conhecimento que é processado internamente e utilizado
externamente, aproveitando ao máximo a capacidade do capital intelectual em que o
trabalhador do conhecimento é o principal componente.
Nas organizações do conhecimento o poder não vem mais do nível hierárquico, mas
sim do próprio conhecimento, que passa a estabelecer novos perfis profissionais
para os trabalhadores do conhecimento. As relações entre as pessoas, fornecedores
e clientes assumem outra dimensão nas organizações do conhecimento: estes
passam a ser componentes importantes do capital intelectual, criadores de
conhecimento e cujas relações são geradora de competências organizacionais
distintivas. A geração de receitas nas organizações do conhecimento ocorre através
das pessoas que criam o conhecimento, base da inovação e da competitividade
(PEREIRA, 2002, p. 3, apud SVEIBY 1998, p. 33).
Segundo Bastos et al. (2002), existem duas abordagens tradicionais de estudo e
pesquisa ligados à aprendizagem no contexto organizacional: ―aprendizagem organizacional‖
que é representada por pesquisadores acadêmicos e ―organizações que aprendem‖ que é
representada por consultores e pesquisadores orientados para a transformação organizacional.
Conforme os autores (2002, apud TSANG 1997), a aprendizagem organizacional
interessa-se pela descrição de como a organização aprende, ou seja, como focaliza as
habilidades e processos de construção e utilização do conhecimento que favorecerá a reflexão
sobre as possibilidades concretas de ocorrer a aprendizagem nesse contexto.
Já as organizações que aprendem, segundo os autores, têm seu foco na ação e na
adaptação de ferramentas metodológicas específicas para o diagnóstico e a avaliação, que
permite identificar, promover e avaliar a qualidade dos processos de aprendizagem, que
18
servirão de apoio para a normalização e prescrição do que uma organização deve fazer para
aprender.
2.2 Conhecimento e aprendizagem organizacional
Conforme Bastos et al. (2002), existem várias definições de aprendizagem
organizacional, quase tão grande quanto o número de autores que estudam o assunto,
conforme discriminado no quadro 1.
Quadro 1 – Definições de aprendizagem organizacional
Definição Autor
―[...] crescimento de insights e de reestruturações bem sucedidas de problemas
organizacionais, provenientes de indivíduos que exercem papéis decisivos na
estrutura e nos resultados da organização‖.
Simon (1965)
―[...] aquisição, sustentação e mudança de significados intersubjetivos através
da expressão e transmissão de ações coletivas de grupo‖.
Cook, Yanow (1993, p. 384)
―[…] processo pelo qual a base do conhecimento organizacional é construída e
desenvolvida [...]‖.
Shrivastava(1981, p.15)
―[...] pela codificação de inferências oriundas da história da organização que se
manifestam por meio de rotinas que guiam o comportamento.‖
Levitt & March (1988, p.
320)
―[...] a capacidade, conjunto de processos internos que mantêm ou melhoram o
desempenho baseado na experiência, cuja operacionalização envolve a
aquisição, a disseminação e a utilização do conhecimento‖.
DiBella, Nevis e Gould
(1996)
―[...] mudança no comportamento organizacional‖. Swiering & Wierdsman
(1992, p. 33)
Fonte: Adaptado de BASTOS et al, 2002, p. 4.
Ainda conforme Bastos et al (2002), existe uma forte tendência em acreditar que a
aprendizagem organizacional sempre traz benefícios para a organização, como por exemplo:
adaptação às mudanças, redução do nível de estresse, melhoria nas decisões, aumento da
eficiência no desempenho, diminuição dos erros organizacionais, ampliação do potencial de
mudança do comportamento e, aumento da eficácia da ação estratégica.
Para Bastos et al. (2002, p. 8), ―também, a exemplo da primeira vertente analisada,
não existe consenso sobre o que define uma organização que aprende‖. Alguns conceitos são
apresentadas no quadro 2.
19
Quadro 2 – Definições de organização que aprende
Definição Autor
São aquelas capazes de adquirir, criar, produzir novos insights, transferir
conhecimentos e modificar o comportamento de seus membros.
Garvin (1993)
São instituições nas quais as pessoas se voltam para a aprendizagem coletiva, o que
requer o comprometimento com resultados que sejam motivadores. Assim, uma
organização de aprendizagem oferece um ambiente onde as pessoas ampliam sua
capacidade de inovar para atingir os resultados desejados; onde há estímulo para o
desenvolvimento de novas formas de pensamento; onde a aspiração coletiva ganha
liberdade e as pessoas se conscientizam de que a aprendizagem envolve
colaboração mútua.
Senge (1990)
É aquela que está apta a adquirir conhecimentos, modificando seu funcionamento a
partir da comparação de suas experiências pessoais com as dos outros. O
aprendizado ocorre quando as pessoas refletem sobre as consequências de seus atos,
principalmente quando conseguem estabelecer nexos causais e correlacionais entre
os eventos, que levam ao sucesso ou ao fracasso organizacional.
Schaw (1994)
Fonte: Adaptado de BASTOS et al, 2002, p. 8.
Para Fritz (1997, p. 10), só existem duas possibilidades para o futuro das organizações:
―Tanto podem ser modificadas e melhoradas ou são da forma que são e qualquer tentativa de
mudança não irá funcionar‖.
Embora pareça uma afirmação um tanto extrema, seu fundamento parece residir no
fato de que, na prática, grandes mudanças já implementadas demonstraram que nem sempre
funcionam como é o caso, por exemplo, do gerenciamento por objetivo (MBO) e, mais
recentemente, do gerenciamento de qualidade total (TQM).
Para que essas tentativas de mudanças tenham efetividade, é necessário que todo o
corpo funcional da empresa esteja preparado para a mudança, receptivo à mesma e, mais do
que isso, interessado em que se concretize. Caso contrário, ―mudanças em larga escala em
nível de organização raramente são bem-sucedidas em longo prazo‖ (idem, ibidem).
Tudo isso tem a ver, portanto, com o conhecimento e o aprendizado do ser humano.
De acordo com Mariotti (1999, p. 23), existem estudos que mostram que o conhecimento
humano vem evoluindo através dos tempos, em proporção inversamente proporcional ao
tempo da evolução. Ou seja, ―se o conhecimento aumenta cada vez mais em cada vez menos
tempo, um maior número de pessoas precisa aprender cada vez mais em cada vez menos
tempo‖.
20
Mariotti (1999, p. 23) demonstra essa afirmação num gráfico evolutivo, que pode ser
assim expresso:
Figura – 1 A escalada do conhecimento
Fonte: MARIOTTI, 1999, p. 23.
Para Mariotti (1999, p. 23), ainda, ―as empresas serão cada vez mais o local onde
acontecerá a maior parte do ensino e do aprendizado‖, sendo esta, uma tendência considerada
inevitável e irreversível. Esclarecer este autor, ao falar em ―ensino e aprendizado‖, que tal não
se refere apenas ao treinamento e desenvolvimento como conhecidos tradicionalmente, mas,
sim à educação organizacional continuada, ―um processo muito mais abrangente‖ (idem,
ibidem).
Se considerarmos que o ser humano passa a maior parte do seu tempo útil (em vigília)
dentro do seu ambiente de trabalho – seja próprio ou como empregado – não nos parece difícil
entender a assertiva de Mariotti (1999, p. 23).
As organizações, neste sentido, vêm preparando-se para dois aspectos considerados
fundamentais e em visível crescimento: a) a implementação de programas de exercício físico
no local de trabalho, e b) a aprendizagem continuada dos seus colaboradores.
No que concerne a este segundo aspecto, Donadio (1997, p. 42) corrobora as palavras
de Mariotti (1999, p. 23), afirmando que, como questão fundamental das empresas, está a de
―desenvolver ao máximo o seu capital intelectual para que possa ser usado de forma a
entregar aos seus clientes produtos e serviços com a máxima qualidade, propiciar o melhor
retorno ao investimento de seus acionistas e criar condições de realização pessoal dos seus
empregados‖.
Donadio (1997, p. 42) considera este desafio (do desenvolvimento do capital
intelectual) como superior às técnicas administrativas usuais, ou seja, que transcendem essas
técnicas para localizar-se no âmbito mais complexo da tecnologia da educação. Explica,
ainda, que, contrário ao que se pensa ou se apregoa, a ideia do aprendizado organizacional é
bem antiga.
1950 – 1980 = aumentou 2 vezes
1980 – 1990 = aumentou 2 vezes
1990 – 1994 = aumentou 2 vezes
1994 – 2002 = aumentará 16 vezes
30 anos
8 anos
21
Antes que os japoneses tivessem pensado nisso, ou os americanos tivessem escrito
livros ligeiros ensinando como fazer, Vygotsky, já na década de vinte, traçava os caminhos
para a construção de espaços de aprendizado onde os profissionais adquirem informações,
habilidades, atitudes, valores a partir do seu contato com a realidade, o meio ambiente e
outras pessoas.
Donadio (1997, p. 42) se permite, inclusive, fazer leve exposição brincalhona contra as
expressões em inglês – privilegiadas em amplo sentido e pela maioria dos autores literários –,
aludindo ao fato de que Vygotsky cunhou a expressão obuchenie como representativa do
desenvolvimento do capital intelectual. Para se alcançar este desenvolvimento, Donadio
(1997, p. 42) considera fundamental dois pontos: a) aproveitar ao máximo o conhecimento
que cada empregado já tem em sua formação, e b) fazer com que mais pessoas desenvolvam
conhecimentos úteis para o trabalho. Complementarmente, este autor identifica cinco
processos básicos que ―devem ser acionados ao mesmo tempo e em toda empresa‖. Esses
processos são:
Criar oportunidades para que todos possam compartilhar com todos os
conhecimentos que possuem;
Dar oportunidade para que o conhecimento latente em cada pessoa possa ser
explicitado;
Agrupar os mais talentosos em projetos nos quais os seus conhecimentos sejam
mais críticos;
Fazer com que o aprendizado ocorra principalmente em situações práticas ou
durante trabalhos reais; e
Estabelecer uma relação de vantagens recíprocas entre a necessidade de
desenvolvimento profissional da pessoa e o aproveitamento de seu conhecimento
pela empresa.
Ainda segundo o autor, levados a termo prático, esses processos nem sempre podem
ser implementados como desejaríamos, em decorrência de circunstâncias características dos
sistemas organizacionais tradicionais. Em outras palavras – e como já tivemos oportunidade
de expressar –, o comprometimento de cada um e de todos os empregados é fundamental para
que se proceda, com sucesso, à instalação de uma filosofia do aprendizado organizacional.
Basta, apenas, que um indivíduo, ocupando um cargo executivo, não esteja ―focado‖
nessa filosofia, para que nos defrontemos com uma iminente derrota dos nossos planos.
A fim de evitar esse ―acidente de percurso‖, todo e qualquer processo de mudança
organizacional deve necessariamente passar pelo enfoque da empresa como sendo uma
estrutura coesa, com seus elementos interdependentes e inter-relacionados entre si e com o
todo (FRITZ, 1997, p. 22). Exposto de outra forma, Fritz (1997, p. 23) afirma que, para que
22
um relacionamento seja estruturado, ―os elementos têm de ser conectados, e a conexão tem de
afetar cada um dos elementos a que estão conectados‖.
Em se tratando de mudanças organizacionais, os elementos a que Fritz (1997, p. 23) se
refere são as pessoas que trabalham na empresa, a mudança é a estruturação do
relacionamento e a conexão é a inter-relação que se estabelece entre aqueles elementos – ou
pessoas. Assim, qualquer plano de reorganização empresarial terá como já frisado, o
necessário e obrigatório comprometimento de cada um e de todos os componentes do quadro
laboral; desde seus níveis mais elevados até o chamado ―chão de fábrica‖.
Nonaka (1991) ainda alerta que apesar de toda a conversa sobre ―poder da mente‖ e
―capital intelectual‖, poucos gerentes captam a verdadeira natureza da empresa criadora de
conhecimento e nem sabem gerenciá-la. O motivo apontado pelo autor é que os gerentes
entendem de maneira imprópria o que seja conhecimento e o modo como as empresas são
capazes de explorá-lo.
Ele ainda salienta que a visão da organização como máquina de ―processamento de
informação‖ está enraizado em tradições ocidentais sobre gestão empresarial, de Frederick
Taylor a Herbert Simon.
Ainda de acordo com o autor segundo essa tradição, o único conhecimento útil é
formal e sistemático, dados duros (leia-se: quantificáveis), procedimentos codificados,
princípios universais, e os principais critérios para a mensuração do valor nos novos
conhecimentos são igualmente duros e quantificáveis: maior eficiência, menores custos,
melhor retorno sobre o investimento.
Ainda segundo Nonaka (1991), o elemento central da abordagem japonesa é o
reconhecimento de que a criação de novos conhecimentos não é uma simples questão de
―processamento‖ de informações objetivas. Ao contrário, está ligada ao aproveitamento dos
insights, das intuições e dos palpites tácitos e muitas vezes altamente subjetivos dos diferentes
empregados, de modo a converter essas contribuições em algo mensurável, palpável e sujeito
a testes, e ainda possibilitar seu uso em toda a organização.
Para o autor o elemento crítico desse processo é o comprometimento pessoal, o senso
de identidade dos empregados com a empresa e sua missão. A mobilização desse
comprometimento e a incorporação do conhecimento tácito em tecnologias e produtos reais
demandam gerentes que se sintam tão à vontade com imagens e símbolos – slogans como
Teoria da Evolução do Automóvel, analogias como aquela entre a copiadora pessoal e a lata
de cerveja, metáforas como ―optoeletrônica‖ – quando em relação a números concretos,
referente à participação de mercado, produtividade ou ROI.
23
Converter conhecimento tácito em conhecimento explícito significa descobrir meios
de expressar o inefável. Infelizmente, uma das ferramentas gerenciais mais
poderosas para a execução dessa tarefa também se encontra entre as mais
negligenciadas: o estoque de linguagem figurativa e de simbolismo a que recorrem
os gerentes para a articulação de suas intuições e insigts. Nas empresas japonesas,
essas linguagens evocativas e por vezes extremamente poéticas se destacam com
especial proeminência no desenvolvimento de produtos (NONAKA, 1991, p. 36).
Argyris (1991) relata que a maioria das empresas não enfrenta apenas grandes
dificuldades em superar o dilema do aprendizado que é ―o sucesso nos mercados depende
cada vez mais do aprendizado; no entanto a maioria das pessoas não sabe aprender‖, mas
também não estão conscientes de sua existência.
O autor indica que o motivo é a má compreensão do que seja aprendizado e de como
promovê-lo. Em consequência, apresentam a tendência a cometer dois erros nas suas
tentativas de transformarem-se em organização que aprende, quais sejam primeiro: a maioria
das pessoas define o aprendizado de maneira muito estreita como mera solução de problemas,
e assim se concentra na identificação e correção de erros no ambiente externo, não que a
solução de problemas não seja importante, mas para que o aprendizado seja duradouro os
gerentes devem olhar para dentro de si mesmos.
É necessária uma reflexão crítica a respeito do seu próprio comportamento, perceber
que muitas vezes são eles próprios que contribuem para os problemas da organização e então
mudar sua postura.
Ainda para Argyris (1991), o segundo erro é a tendência a um comportamento
defensivo a respeito do aprendizado, pois esta atitude pode bloquear o aprendizado mesmo
quando o comprometimento individual é alto, da mesma maneira como o programa de
computador com erros de codificação ou lógica que às vezes produz resultados exatamente
opostos ao previsto pelos programadores.
As empresas têm condições de aprender como resolver o dilema do aprendizado. O
necessário é concentrar o foco dos programas de aprendizado organizacional e de
melhoria contínua na maneira como os gerentes e empregados raciocinam sobre seu
próprio comportamento de um modo novo e mais eficaz rompe as defesas que
bloqueiam o aprendizado organizacional (ARGYRIS, 1991, p. 53).
Analisando ambas as vertentes, ―Aprendizagem Organizacional‖ e ―Organizações que
Aprendem‖, alguns aspectos relacionados ao processo de produção de conhecimento ganham
destaque, por mostrarem gargalos ou desafios a serem devidamente enfrentados.
24
Porém, na vertente ―Aprendizagem Organizacional‖ (AO), é evidente que o processo
de aprendizagem organizacional é complicado e com várias determinações, que requer um
esforço interdisciplinar para separar as suas múltiplas questões teóricas e empíricas.
Observa-se, ainda, que se tem um campo que problematiza seus conceitos e formas de
investigação, não podendo se esquivar das questões epistemológicas que o permeiam.
2.3 Mudança e inovação gerencial
Conforme Wood Jr et al. (2009, p. 127, apud ABRAHAMSON, 1991), ―estudos
relacionados à difusão de inovações, afirma que grande parte da literatura no campo é
marcada por uma tendência ao discurso racionalista e pró-inovação.‖ Ainda conforme o autor,
na pesquisa este grupo estudado foi prenominado de ―perspectiva da escolha eficiente‖,
sustentada por dois pressupostos:
1- As organizações, em determinado grupo, pode escolher de forma livre e
independente a tecnologia administrativa a ser adotada;
2- As organizações conhecem seus objetivos e têm capacidade de prever o impacto
gerado pela tecnologia administrativa adotada.
De acordo com os pressupostos, os autores propuseram dois contra pressupostos para
conter e ampliar tal ponto de vista: a) Influência externa – afirma que organizações fora do
grupo podem influenciar as escolhas das organizações dentro do grupo; e b) Incerteza –
afirma que as organizações possuem constantemente pouca clareza quanto aos seus objetivos
e muita dubiedade quanto à eficiência das tecnologias administrativas e tendem a copiar
outras organizações.
Segundo Wood Jr. et al. (2009, p. 127), ―a oposição aos dois pressupostos dominantes
e seus respectivos contrapressupostos geraram a tipologia de Abrahamson, que engloba quatro
perspectivas teóricas para explicar a difusão de inovações gerenciais‖.
25
Quadro 3 – Tipologia de Abrahamson – adoção e rejeição de inovações
Especificação Processo de imitação – não
induz a difusão ou rejeição
Processo de imitação – induz
a difusão ou rejeição
Organizações em certo grupo
determinam a difusão e
rejeição neste grupo
Perspectiva da escolha
eficiente
Perspectiva do modismo
Organizações fora de certo
grupo determinam a difusão
e rejeição neste grupo
Perspectiva da seleção
forçada
Perspectiva da moda
Fonte: WOOD JR. et al., 2009, p. 127.
A perspectiva da escolha eficiente é a abordagem dominante na literatura neste
campo. Ela pressupõe que as escolhas de tecnologias administrativas são racionais e
baseadas numa avaliação de que inovação maximizará a eficiência da organização.
A perspectiva da seleção forçada afirma que as organizações não são completamente
independentes para escolher que inovações administrativas adotar ou rejeitar. Moda
e modismo partilham um pressuposto similar de que, sob condições de incerteza, as
organizações tendem a imitar decisões adotadas por outras organizações (WOOD
JR. et al., 2009, p. 127-128, ET, apud ABRAHAMSON, 1991).
Wood Jr. et al. (2009, p. 145), os países em desenvolvimento foram inseridos no
mercado competitivo e, com isso, foram obrigados a adotarem práticas gerenciais mais
avançadas, pois a tecnologia poderia qualificar as organizações a competirem em um
ambiente cada vez mais globalizado e inovador, porém, alguns modelos de inovação vindos
de países estrangeiros se tornaram desastrosos para as empresas brasileiras e mostraram
resultados negativos.
Ainda conforme o Wood Jr. et al. (2009, p. 165), ―as instituições não estão no mesmo
nível de maturidade, os modelos de administração são, às vezes, pouco desenvolvidos e a
cultura de trabalho foi formada por caminhos diferentes‖. Para o autor, ―quando os
fundamentos que dão base para a formulação de suposições são diferentes, os pressupostos
necessitam ser reformulados‖.
A maioria das teorias em Estudos Organizacionais pressupõe organizações como
entidades distintas, com ativos mensuráveis, prédios, estruturas definidas, mão de
obra fixa, etc. Não é bem o que está acontecendo no mundo real, onde se
multiplicam terceirizações, teletrabalho, utilização de mão de obra temporária,
aproximação com fornecedores, parcerias com clientes e alianças com concorrentes
(WOOD JR. et al., 2009, p. 190, apud ABRAHAMSON, 1991).
26
Wood Jr. et al. (2009, p.223), relata que ―para as empresas, o maior desafio é
encontrar configurações internas que, não apenas garantam a sobrevivência no mercado local,
mas também provejam condições para superar situações ambientais desfavoráveis e consigam
competir no mercado internacional‖.
Segundo Ruas, Antonello e Boff (2005, p. 134), ―o processo vivenciado pelas
organizações em termos de mudanças para a competitividade caracteriza-se cada vez mais,
por mudanças rápidas, profundas e abrangentes em contraste às transformações vivenciadas
na década passada quando o diferencial competitivo era o preço e a qualidade‖.
A mudança em questão é muito delicada, pois implica uma reflexão sobre a
necessidade de uma nova visão do próprio papel que as pessoas representam na
organização e, portanto, não se trata de uma mudança transitória (como os
modismos), mas uma mudança que precisa ser construída com base no
comprometimento e no desejo de construir uma realidade organizacional mais
condizente com o perfil de empresa que se busca (RUAS; ANTONELLO; BOFF:
2005, p. 134).
Ainda conforme os autores (2005, p. 137), ―a formação (educação) e a experiência
profissional (trajetória profissional) precisam estar integradas num processo único de
desenvolvimento profissional e pessoal‖. Para os autores, ―Esse é um dos maiores desafios
que as organizações enfrentam atualmente‖.
2.4 A Tecnologia e a informação nas organizações
Conforme Rodrigues Filho (2005), os investimentos da administração pública com a
tecnologia da informação não são enquadrados como sendo passíveis de sigilo e são
quantitativamente e qualitativamente deficientes de informações com gastos disponibilizadas
pelos governos neste setor.
No Brasil, pouco se sabe sobre o quanto o país está investindo em tecnologia da
informação anualmente e quais os órgãos governamentais mais investem em TI, haja
vista que a estrutura programática do Orçamento da União nem sempre é observada
fielmente, o que implica deixar de computar expressivas despesas com tecnologia da
informação. Parece não existir também nenhuma agência destinada a monitorar ou
avaliar os investimentos em tecnologia da informação. É desconhecida qual a
política pública orientada para as questões gerenciais de tecnologia da informação
(SANTOS JÚNIOR e OLIVEIRA, 2010, p. 3).
Segundo Santos Júnior e Oliveira (2010, p. 5), ―a tecnologia da informação (TIC) vem
a cada dia conquistando espaço e tornando-se o principal mediador entre órgãos e sociedade‖.
27
Ainda conforme os autores, ―essa transferência de informação tem causado um avanço
incessante e constante nos atores tecnológicos. Portanto, esses fatores tecnológicos que se
aplicam a comunicação, vislumbram duas grandes realidades. 1- Os fatores individuais e a
TIC e, 2- os fatores organizacionais e a TIC‖.
Mesmo a crescente adoção de TIC inovadoras como softwares desenvolvidos no
padrão da internet, a exemplo de clientes de e-mail, internet Messenger (IM),
videoconferências, dentre outros, não poderão reduzir o papel principal do
indivíduo, a sua importância modeladora do ambiente inserido e nem tão pouco a
garantia de sua segurança enquanto usuário destes canais (SANTOS JÚNIOR e
OLIVEIRA, 2010, p. 6).
Para Santos Júnior e Oliveira (2010, p. 7), ―os investimentos em TIC estão sendo
realizados por organizações que desejam poder fornecer produtos competitivos, melhores
técnicas para produzir e distribuir mercadorias e serviços, etc.‖. Com isso, as organizações
passam a ser vistas como sistema de processamento e o que se espera é que elas gerem
produtos com desejo novo de consumo.
As corporações devem rever a sua priorização com relação à adoção da TIC, devem
considerar que a tecnologia não é o elemento determinante para alcançar o sucesso
empresarial. A cultura, o ambiente e as pessoas, ou seja, as dimensões contextuais
são mais relevantes. Vive-se ainda numa ―utopia tecnológica organizacional‖ que
ainda acredita que a tecnologia resolverá todos os problemas das organizações,
priorizando o ―T‖ da ―TI‖ ao invés do ―I‖. Ou seja, a maioria dos administradores
não entende a relação entre as pessoas e a informação (SANTOS JÚNIOR e
OLIVEIRA, 2010, p. 7, apud DAVENPORT, MARCHAND e DICKSON, 2004).
Segundo Santos Júnior e Oliveira (2010, p.7, apud SILVA; FLEURY, 2003), as
organizações têm se esforçado bastante para se modernizarem tecnologicamente, mas têm
encontrado obstáculos para obterem os resultados desejados e conforme os autores isso ocorre
não por deficiência técnica ou tecnológica, mas pelas dificuldades de superação dos fatores
organizacionais e institucionais, principalmente no que se refere à cultura organizacional das
empresas.
Ainda conforme os autores, as criações tecnológicas devem surgir conforme as
necessidades humanas e não simplesmente favorecer direcionamentos de mercado. Assim,
conforme essa abordagem o uso da TI torna-se uma grande ferramenta para aperfeiçoamento e
desempenho dos princípios básicos da administração pública.
As novas tecnologias da informação e comunicação (TIC), entre as quais se
destacam a internet, as redes de computadores, a transmissão via satélite e a
telefonia móvel, criaram condições para o surgimento de sociedades do
28
conhecimento. Em tal conjuntura, o Estado, por intermédio do governo eletrônico, é
o principal instrumento de que os cidadãos dispõem atualmente para enfrentar os
desafios impostos pela globalização, por meio de interações inéditas da sociedade,
empresas e governos. Nesse ambiente, os valores que dizem respeito à governança
são fundamentais (BRAGA, ALVES, FIGUEIREDO e SANTOS, 2008, p. 5).
2.5 Administração pública - governança
Authier (2008, p. 101), ressalta que ―a governança é a escolha entre várias
possibilidades, e o que vai permitir transformar o ambiente é uma escolha entre as
transformações possíveis‖.
Para Braga, Alves, Figueiredo e Santos (2008, p. 5), ―a administração pública chega ao
novo milênio com a tarefa de se ajustar a um mundo de constante mudança, no qual se exige
dos governantes maior eficiência estatal aliada a um rol crescente de serviços públicos com
maior qualidade, controle social e garantia dos direitos individuais‖.
Segundo Santos Jr. e Oliveira (2010, p.2), ―a qualidade dos serviços públicos passa a
ser consequência do encargo de gestão. A administração pública busca um cumprimento dos
objetivos governamentais através de órgãos com funcionalidade específica‖.
A administração pública pode ser entendida sob a ótica formal, material e
operacional, sendo a primeira concebida pelo conjunto de órgãos instituídos para
consecução dos objetivos do governo; a segunda refere-se ao conjunto de funções
necessárias aos serviços públicos, e, por último, trata-se do desempenho perene e
sistemático, legal e técnico dos serviços públicos próprios do estado, ou outros que
por ventura venham a ocorrer em benefício da coletividade (MEIRELLES, 1999, p.
59).
Para Meirelles (1999), todo agente público deve possuir dever de eficiência, ou seja,
ele deve realizar suas tarefas com presteza, perfeição e rendimento funcional, então, o agente
público deve focar na eficiência de seus serviços em sua forma de administrar.
Segundo Meirelles (1999), Di Pietro (2003) e Cunha Júnior (2004), existem alguns
princípios básicos da administração pública que são obrigatórios para o administrador e são
conhecidos com regras permanentes, que são citados na Constituição Federal no artigo 37,
listados abaixo:
Princípio da Legalidade: significa que o administrador público está em toda a sua
atividade funcional sujeito aos mandamentos da lei e as exigências do bem comum,
e deles não podem se afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se
à responsabilidade disciplinar, civil e criminal;
29
Princípio da Moralidade: a moralidade administrativa constitui, pressuposto de
validade de todo ato da administração pública, sendo que o ato administrativo não
terá que obedecer somente à lei jurídica, mas também à lei ética da própria
instituição, pois nem tudo que é legal é honesto;
Princípio da Impessoalidade: Impõe ao administrador público que só pratique o
ato para seu fim legal e o fim legal é unicamente aquele que a norma de direito
indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal;
Princípio da Publicidade: é a divulgação oficial do ato para o conhecimento
público e início de seus efeitos externos. A publicidade não é elemento formativo do
ato é requisito de eficácia e moralidade, por isso mesmo os atos irregulares não se
convalidam com a publicação, nem os regulares dispensam para sua exequidade
quando a lei ou regulamento exige;
Princípio da Eficiência: é o que se impõe a todo agente público de realizar suas
atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. Preocupa-se com e
melhor utilização possível dos recursos públicos, coibindo desperdícios. Assim a
eficiência está voltada para a melhor maneira de administrar a coisa pública,
relacionando produto e custos, ou seja, a utilização de recursos deve ser mínima para
uma produção de produtos e serviços em quantidade e qualidade (SANTOS
JÚNIOR e OLIVEIRA, 2010, p. 2-3).
Ainda conforme os autores, ―deve-se refletir, porém sobre a realidade vigente no
cenário da administração pública brasileira principalmente no que tange ao princípio da
publicidade dos atos e investimentos públicos‖.
Para Meirelles (2006), todo e qualquer ato administrativo deve ser publicado, pois
pública é a administração e apenas é admitido sigilo dos atos administrativos em casos de
segurança nacional, investigações policiais ou de interesses da administração superior, que
deve ser previamente declarado como processo sigiloso.
Segundo Santos Jr. e Oliveira (2010, p.4), ―desde 1991, medidas para o
desenvolvimento da administração pública brasileira vêm sendo exercidas pelo Governo
Federal, a fim de transformar as organizações públicas para a prestação de serviços de
qualidade à sociedade e aos cidadãos‖.
Conforme os Santos Jr. e Oliveira (2010, apud LINS; TEIXEIRA, 2002), a qualidade
no serviço público é orientada para gerar os seguintes benefícios:
Aos cidadãos: Proporcionar melhores serviços, contribuindo para melhoria da
qualidade de vida;
Ao setor público: Assegurar uma ação pública indutora e facilitadora do
funcionamento e desenvolvimento das empresas;
Aos servidores públicos: Proporcionar condições de trabalho que conduzam ao
desenvolvimento e reconhecimento profissional;
Às organizações públicas: Possibilitar a consolidação de sua legitimidade perante
a sociedade como instância responsável pela manutenção do bem estar social.
Para os autores Santos Júnior e Oliveira (2010, p. 7), a Tecnologia da Informação no
serviço público pode se tornar um grande trunfo quando utilizada de forma adequada e
30
dignifica a qualidade de qualquer gestão pública em qualquer âmbito, mas vale ressaltar que
deve haver mudança no foco e repensar a forma de funcionamento do governo e buscar uma
TI que auxilie de forma correta o funcionamento de cada setor.
Segundo Abrucio (2007, p. 16), ―a gestão por resultados é hoje a principal arma em
prol da efetividade das políticas públicas. Para tanto, é preciso orientar a administração
pública por metas e indicadores‖. Ainda conforme o autor (2007, p. 17), ―esta revolução
gerencial dependerá, portanto, de um convencimento dos diversos atores políticos e sociais
sobre a necessidade de se adotar este novo modelo de gestão. Daí que não bastarão alterações
institucionais, serão necessárias mudanças na cultura política‖.
Para o autor, ―aumentar a transparência e a responsabilização do poder público
constitui um eixo estratégico em uma agenda de reformas. Nos últimos anos, muito se
avançou no Brasil em termos de democratização do Estado‖. Ainda para o Abrucio (2007, p.
18), ―é necessário aprofundar este processo, pois a administração pública brasileira sé será
mais eficiente e efetiva caso possa ser cobrada e controlada pela sociedade‖.
Segundo Braga, Alves, Figueiredo e Santos (2008, p. 6), um relatório sobre reforma do
setor público do Banco Mundial, cita três pontos importantes para a boa governança,
conforme se segue:
1- Regras internas e restrições: sistemas in ternos de auditoria e responsabilização;
independência do poder judiciário e do Banco Central; normas aplicadas ao serviço público e
ao orçamento; regulamentação sobre órgãos de controle externo;
2- Voz e parceria: descentralização com vistas à empoderar comunidades; pesquisas
de retorno aos clientes sobre a oferta de serviços; relatórios e comentários tratando da
elaboração de regramento regulatório;
3- Competição: disponibilização competitiva de serviços sociais; participação privada
na infraestrutura; mecanismos alternativos de resolução de disputas; privatização de certas
atividades orientadas ao mercado.
Segundo os Braga, Alves, Figueiredo e Santos (2008, p. 7), ―os dois últimos
mecanismos podem, adicionalmente, aumentar a transparência e a responsabilização
governamental‖.
A governança pode ser agrupada em seis dimensões que refletem uma metodologia
de agregação de centenas de variáveis individuais e específicas, aferindo suas
diversas percepções:
1- Voz e responsabilização: mede a extensão em que os cidadãos estão aptos a
participar na escolha de seu governo, assim como a liberdade de expressão, a
liberdade de associação e a liberdade dos meios de comunicação;
31
2- Estabilidade política e ausência de violência: mede as percepções de
probabilidade de que o governo venha a ser desestabilizado ou deposto por meios
violentos ou inconstitucionais, inclusive domésticos, e também por terrorismos;
3- Efetividade governamental: mede a qualidade dos serviços e dos servidores
público e o grau de independência a pressões políticas, a qualidade da formulação e
implementação de políticas públicas, e a credibilidade quanto ao comprometimento
dos governos frente a essas políticas;
4- Qualidade regulatória: mede a habilidade dos governos em formular e
implementar regulação e políticas públicas seguras que permitam e promovam o
desenvolvimento do setor privado;
5- Regra da lei: mede o grau em que os agentes têm confiança e se submetem a agir
de acordo com as regras da sociedade, ou seja, a observância dos contratos, a
propensão ao crime e à violência e a atuação da polícia e dos tribunais;
6- Controle da corrupção: mede a extensão em que o setor público é exercido em
proveito próprio, para obtenção de benefícios privados, incluindo tanto pequenas
quanto grandes formas de corrupção e a captura do Estado pelas elites e interesses
particulares (BRAGA, ALVES, FIGUEIREDO e SANTOS, 2008, p. 8).
Segundo os autores (2008, p. 8), ―um novo modelo de administração pública,
denominado de ―governança responsiva‖, caracteriza-se pela relação de empoderamento entre
os cidadãos e o Estado; seus princípios orientadores são a responsabilização, a transparência e
a participação; e o atributo chave é a responsividade‖.
2.6 Governança eletrônica
Braga, Alves, Figueiredo e Santos (2008, p. 8, apud ORGANIZAÇÃO DE
COOPERAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO, 2003), define o governo
eletrônico ―como o uso das TIC, em particular a internet, como ferramenta para levar a um
melhor governo‖. Já a Comunidade Europeia (2003), relaciona o governo eletrônico ao uso
das TIC na administração pública combinado com a mudança organizacional e novas práticas,
para melhorar os serviços públicos, os processos democráticos e fortalecer o suporte às
políticas públicas.
Conforme Santos Jr. e Oliveira (2010, p.2), ―a disseminação e informações de
qualidade para os usuários torna-se condição necessária para o exercício de uma gestão
pública eficiente‖. Ainda conforme os autores, ―nesse sentido tem sido registrado que as
tecnologias de informação e comunicação (TIC) aceleram o poder democrático das pessoas ou
dos cidadãos através de serviços eletrônicos‖.
Para os autores, ―as primeiras transformações são percebidas na distribuição das
atividades econômicas, políticas e sociais das atividades digitais que por conta das
telecomunicações tem quebrado fronteiras‖.
32
Segundo os autores (2010, p.4), ―o homem evoluiu nas técnicas usadas em sua
comunicação, começando com a escrita, se beneficiou com o uso da tipografia na reprodução
de seus textos e está na era eletrônica, onde tudo é em tempo real‖.
Ainda conforme os autores (2010, p. 8), ―os anos de 2001 e 2002 foram decisivos para
a administração pública federal no tocante a indicação de pontos fundamentais relacionados
com o governo eletrônico‖. Para os autores, alguns pontos devem ser considerados nessa área
de estudo:
1- Do ponto de vista teórico, constata-se uma frágil densidade conceitual em torno
do governo eletrônico, revelada não só na literatura sobre o tema na ciência da
informação como nos programas governamentais a respeito no Brasil e em outros
países;
2- Observa-se uma institucionalização crescente do programa governo eletrônico do
Governo Federal;
3- As ações do Governo Federal em relação à implantação do governo eletrônico
mostram-se mais evidentes em relação às suas metas;
4- A infraestrutura informacional da administração federal, disponibilizada na
internet, apesar dos avanços nos últimos quatro anos, ainda mostra-se insuficiente no
que se refere às condições de acesso a informação e serviços governamentais e a
ampliação da qualidade desses serviços, de modo a garantir maiores oportunidades
de participação social no processo democrático;
5- Finalmente, a observação sobre as ações desenvolvidas nos últimos dois anos
sugere que a sociedade encontrava-se ausente na arquitetura da dimensão político-
organizacional do governo eletrônico (SANTOS JÚNIOR e OLIVEIRA: 2010, p. 8).
Santos Júnior e Oliveira (2010, p. 8), relata que ―o que se observa é que o governo
eletrônico encontra-se mais ou menos estruturado para atender as necessidades da burocracia
estatal, porém deixa muito a desejar no tocante aos serviços prestados à população‖.
Ainda conforme os autores (apud RODRIGUES e GOMES, 2002), com relação aos
aspectos gerenciais do governo eletrônico, pode-se apontar elementos a se considerar no
Brasil visando um modelo de política nacional de projetos de TI que são: Gestão de
Investimento, Gestão da informação, Arquitetura de Tecnologia da Informação, Ambiente de
Desenvolvimento de Sistemas, Segurança da Informação e Acesso da Informação.
Num país como o Brasil, caracterizado por desigualdades sócio-econômicas
gritantes, não se pode encarar o governo eletrônico sem considerar o chamado
déficit digital... Portanto, com as gritantes desigualdades no âmbito do governo
eletrônico deve-se priorizar ações em busca de estudos, no sentido de verificar até
que ponto os serviços eletrônicos estão favorecendo a democratização das ações
públicas e/ou a participação popular (SANTOS JÚNIOR e OLIVEIRA: 2010, p. 9).
Para os autores (2010, p. 9), diante das informações explicitadas o que se pode
perceber é que um dos maiores desafios dos Governos é o comprometimento com os valores
33
cidadãos, ou seja, os Governos devem priorizar o estímulo dos cidadãos ao acesso à internet,
principalmente através de pontos estratégicos localizados nas instituições públicas ou
comunitárias.
O governo eletrônico é o instrumento com maior potencial para elevar a eficiência
governamental no Brasil. Muito já se avançou neste terreno, o que garante um
alicerce para a continuidade das ações. Mas ainda há várias áreas do Estado que não
foram ―iluminadas‖ pelo chamado e-government, particularmente os ―cartórios
governamentais‖, que são os órgãos avessos à transparência e a qualquer controle
público. É preciso utilizar o governo eletrônico, ademais, em pontos que já se faz
presente, como é o caso das licitações públicas, que deveriam ser
predominantemente baseadas em compras eletrônicas. Só que não basta tornar mais
transparente o momento da escolha os fornecedores ou executores de serviços
públicos. É igualmente necessário permitir um acompanhamento, em tempo real, da
execução de tais despesas (ABRUCIO, 2007, p. 16).
Segundo Abrucio (2007, p. 16), ―a eficiência, além de reduzir gastos governamentais,
pode otimizar os recursos à disposição tanto do Estado quanto dos cidadãos‖.
Para Braga, Alves, Figueiredo e Santos (2008, p. 10), existe benefícios oriundos da
nova forma de relacionamento Estado-Sociedade, que são: interatividade; eficiência; maior
acesso aos serviços públicos com simplicidade e rapidez; aumento da participação popular;
fomento à transparência; incentivo ao controle social; fortalecimento da governança; redução
de custos; promoção da cooperação interorganizacional do Estado; organização das
informações dos órgãos do governo e segurança da informação.
2.7 Formas de governança eletrônica
Conforme Braga, Alves, Figueiredo e Oliveira (2008, p. 10), ―no ano de 2000 foi
criado o Comitê Executivo de Governo Eletrônico, com o objetivo de formular políticas,
estabelecer diretrizes, coordenar e articular as ações de implantação do governo eletrônico
voltado para a prestação de serviços e informação ao cidadão‖.
Em 2001 aconteceu o lançamento da Política de Governo Eletrônico no Brasil com
as seguintes linhas de ação:
Oferta na internet de todos os serviços prestados ao cidadão, com melhoria
dos padrões de atendimento, redução de custos e facilidade de acesso;
Ampliação do acesso a informações pelo cidadão, em formatos adequados,
por meio da internet;
Promoção da convergência entre sistemas de informação, redes e bancos de
dados governamentais para permitir o intercâmbio de informações e a agilização de
procedimentos;
Implantação de uma infraestrutura avançada de comunicação e de serviços
com padrões adequados de segurança e serviços, além de alto desempenho;
34
Utilização do poder de compra do Governo Federal para a obtenção de custos
menores e a otimização do uso de redes de comunicação;
Estimulação do acesso à internet, em especial por meio de pontos de acesso
abrigados em instituições públicas ou comunitárias;
Concorrência para o fortalecimento da competitividade sistêmica da
economia (BRAGA, ALVES, FIGUEIREDO e OLIVEIRA, 2008, p. 10).
Conforme os autores, em 2003 foi constituído o Sistema Brasileiro de Televisão
Digital (SBTVD), sendo o seu objetivo promover a inclusão social, a diversidade cultural do
país e a língua pátria do país por meio do acesso à tecnologia digital, com vistas à
democratização da informação.
Ainda segundo os autores, em 2006 foi implantado o Sistema Brasileiro de Televisão
Digital Terrestre (SBTVD-T), cuja função foi a transição do sistema de transmissão analógico
para o digital do serviço de radiofusão de sons e imagens e do serviço de retransmissão de
televisão.
Nesta subseção são examinadas ações do Governo Federal Brasileiro, procurando-se
determinar a conexão com as várias dimensões da governança no setor público
conceituadas anteriormente. As ações avaliadas são as seguintes: a) certificação
digital; b) portal da transparência; c) votação eletrônica; d) pregões eletrônicos e; e)
portal da previdência social (BRAGA, ALVES, FIGUEIREDO e OLIVEIRA, 2008,
p. 11).
Segundo Braga, Alves, Figueiredo e Oliveira (2008, p. 11-12), ―a certificação digital
trabalha no sentido de fortalecer a governança do setor público, melhora a eficiência dos
processos e a qualidade regulatória, apoiando e estimulando o comércio eletrônico‖. Já o
portal da transparência ―é o canal pelo qual o cidadão pode acompanhar e fiscalizar a
execução financeira dos programas governamentais, possibilitando o controle social‖.
Ainda conforme Braga, Alves, Figueiredo e Oliveira (2008, p. 13), ―a contribuição da
votação eletrônica para o reforço da governança do setor público dá-se pela solidificação da
democracia, da cidadania, da igualdade, da voz e da representação; de forma complementar
pelos ganhos de eficiência e transparência em todo o processo‖. Quanto ao pregão eletrônico,
―busca incrementar a competitividade e a agilidade nas contratações públicas, com a
desburocratização dos procedimentos e a diminuição dos custos e vem-se consolidando como
a principal forma de contratação do Governo Federal‖.
A possibilidade de acesso à série de serviços da Previdência Social, por meio da
internet, influi diretamente na governança do setor público, levando ao seu
aperfeiçoamento em várias dimensões: progresso da cidadania e da igualdade;
desenvolvimento da efetividade governamental, pela provisão de serviços de melhor
qualidade, caracterizados por sua simplicidade e rapidez. Todos esses fatores
35
culminam no crescimento da responsabilidade e da eficiência do governo e na
facilitação de resultados que enriquecem a qualidade de vida dos habitantes
(BRAGA, ALVES, FIGUEIREDO; OLIVEIRA, 2008, p. 15).
Para os autores (2008, p. 15), ―a eficácia das iniciativas de governo eletrônico vistas
até agora como propulsoras da governança do setor público, ficam na dependência do grau de
inclusão digital da população brasileira‖. Ainda conforme os autores, ―a capacidade de
acessar, adaptar e criar novo conhecimento por meio das TIC é decisiva para o processo
efetivo de inclusão social‖.
Braga, Alves, Figueiredo e Oliveira (2008, p. 15), relatam que ―a internet possui uma
variedade de características que promovem o engajamento dos cidadãos: interatividade,
acessibilidade, baixo custo e capacidade de disseminação de grande volume de informação
rapidamente‖.
Conforme nos relata os autores, ―no Brasil, existe hoje uma série de ações
governamentais para inclusão digital, conduzidas de maneira descentralizada pelos diversos
ministérios, sem uma coordenação geral, a saber:‖
– Programa Sociedade da Informação (Socinfo);
– Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo);
– Governo Eletrônico Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac);
– Computador para Todos;
– Espaço Serpro Cidadão;
Segundo os Braga, Alves, Figueiredo e Oliveira (2008, p. 16), ―há ainda um rol de
ações do Governo Federal para infoinclusão em fase de implantação‖. E, Ainda, apesar dessas
ações, estima-se que uma boa parcela da população brasileira com 10 anos ou mais de idade,
não teve acesso à internet por uma média de 3 meses.
2.8 Reforma estadual e choque de gestão
Seguindo a tendência federal, manifestada também em outros estados brasileiros,
Minas Gerais passa por um período de priorização da reforma estatal, em evidência no
governo Aécio Neves, empossado em janeiro de 2003. As motivações para esse momento de
reforma são as comuns à esfera federal, ressaltando-se de imediato a crise fiscal, impeditiva
de honrar os compromissos públicos e de gerar investimentos.
A reforma estadual, iniciada quando o debate sobre o assunto encontrava-se mais
avançado, propõe-se a atingir o equilíbrio fiscal, numa visão gerencial, ao mesmo passo
36
que planeja um desenvolvimento socioeconômico sustentável, no médio e no longo prazo,
intervindo na qualidade das políticas públicas. O eixo condutor dessa reforma é o Projeto
Estruturador "Choque de Gestão: pessoas, qualidades e inovações na gestão pública".
O Choque de Gestão envolve três dimensões: ajuste à realidade; planejamento;
inovação. Na dimensão ajuste à realidade, varias ações foram implementadas
visando, principalmente, à eliminação do déficit fiscal. [...] Ao se empreender a
reestruturação orgânica do Poder Executivo, buscou-se conformar as Secretarias de
Estado a um modelo gerencial adequado para respostas rápidas e eficientes às
demandas sociais postas ao setor público. Sob a influência do paradigma da
Administração Pública voltada para resultados, com qualidade e eficiência, tem-se
hoje em Minas Gerais um projeto de reforma que objetiva a suplantação do modelo
burocrático de administração (VILHENA, ATHAYDE, 2005, p. 1).
Para alcançar o sucesso em seus objetivos o discurso do governo fundamenta-se no
alinhamento estratégico, que consiste no planejamento mais complexo, envolvendo o controle
da execução de forma a assegurar os resultados almejados.
No âmbito estadual, o alinhamento estratégico proposta passa pela aproximação entre
o realizado e os instrumentos de planejamento o Plano Mineiro de Desenvolvimento
Integrado (PMDI), o Plano Plurianual de ação Governamental (PPAG), a Lei de Diretrizes
Orçamentárias e os orçamentos dos órgãos.
Assim, o desenho da reforma parte da confrontação de falhas na construção e na
execução da estratégia comuns a governos com a realidade mineira, que se manifestariam nas
dimensões do planejamento estratégico.
O Choque de Gestão do governo de Minas gerais impacta diretamente no DER/MG,
pois antes ele era uma Autarquia autônoma que geria seus próprios recursos, estes oriundos de
arrecadação fiscal, repassados diretamente do Tesouro do Estado, e toda sua administração,
no âmbito de contratação via concurso ou CLT, administração da folha de pessoal, verbas
para realização de projetos, contratação de estagiários, adolescentes trabalhadores, etc., eram
realizadas internamente.
Com o advento deste programa do governo, toda a administração foi centralizada na
SEPLAG, assim, qualquer projeto tem que passar primeiro pelo seu crivo.
Segundo Vilhena et al. (2006, p. 21), ―o choque de gestão é um conjunto integrado de
políticas de gestão pública orientado para o desenvolvimento. Esta sintética definição oculta
questões basilares que povoam o debate contemporâneo sobre gestão pública, questões estas
que fundamentam o choque de gestão‖.
As políticas de gestão pública2 compreendem ações em distintas perspectivas de
aplicação: a) na perspectiva macrogovernamental, cuja unidade de aplicação é o
37
governo como um todo; b) na perspectiva institucional, cuja unidade de aplicação
são organizações governamentais; e c) na perspectiva individual, cuja unidade de
aplicação é o servidor. Por outro lado, estas três perspectivas estão relacionadas a
distintas categorias de agregação de valor público: a) resultados (desde planos
governamentais, gestão de programas, políticas setoriais, estratégias organizacionais,
pactuações de resultados organizacionais, metas individuais etc.); b) processos
(processos centrais de gestão de recursos humanos, compras, logística, governo
eletrônico, controle, gestão da qualidade, padrões de atendimento, capacitação de
servidores, direção pública etc.); e c) recursos (redução de gastos, racionalizações de
insumos, dimensionamento da força de trabalho etc.) (VILHENA et al., 2006; p. 21-
22).
Ainda conforme Vilhena et al. (2006, p. 22), ―a questão é que para que as políticas de
gestão logrem seus propósitos não basta apenas que haja, nas três perspectivas
(macrogovernamental, organizacional e individual), práticas inovadoras de gestão para
resultados, de melhoria dos processos (de gestão de programas, da gestão em geral e dos
servidores) e de racionalização de recursos‖.
Para os autores, é imprescindível que haja alinhamento entre essas perspectivas e que
esse alinhamento aponte para a geração de resultados de desenvolvimento.
Conforme os autores Vilhena et al. (2006, p. 32), ―o choque de gestão se diferencia
porque é uma iniciativa bem sucedida, na partida, de integração entre meios e fins — o que
nada mais é do que o próprio conceito de gestão: definir os resultados certos e fazê-los
acontecer‖.
Ainda para os autores, ―o choque de gestão também é uma prova cabal de que as
estratégias abrangentes e coerentes (alinhadas com uma finalidade) de transformação da
gestão são possíveis e necessárias, e que as agendas minimalistas, excessivamente focadas ou
fragmentárias de políticas de gestão, apresentam potencialmente baixos resultados‖.
2.9 Síntese do referencial teórico
Na descrição do Referencial Teórico, vários tópicos importantes foram pesquisados,
que contribuíram para a presente pesquisa. O que se pode destacar durante a pesquisa é em
relação à aprendizagem organizacional que se preocupa com a descrição de como a
organização aprende e como esta enfoca nas habilidades e processos da construção e da
utilização do conhecimento que beneficiará a reflexão das possibilidades reais de acontecer a
aprendizagem nesse contexto. Por outro lado, as organizações que aprendem, têm seu foco na
ação e na adaptação de metodologias específicas para o diagnóstico e a avaliação, que
contribui para a identificação, promoção e avaliação da qualidade dos processos de
38
aprendizagem, que apoiarão a normalização e prescrição do que uma organização deve fazer
para aprender.
Também, outro ponto de destaque é que a aprendizagem organizacional sempre traz
benefícios para as organizações, tais como: adaptação às mudanças, redução do nível de
estresse, melhoria nas decisões, aumento da eficiência no desempenho, diminuição dos erros
organizacionais, ampliação do potencial de mudança do comportamento e, aumento da
eficácia da ação estratégica.
Uma organização que está sempre buscando novos conhecimentos através da
aprendizagem organizacional deve sempre estar em busca de aprimoramento e inovação tanto
dos empregados quanto da gerência. Nesse contexto, o processo vivenciado pelas
organizações em relação às mudanças, visando maior competitividade no mercado,
caracteriza-se por mudanças rápidas, profundas e abrangentes em contraste com as
transformações ocorridas na década passada, em que o diferencial competitivo era o preço e a
qualidade.
Então, a formação e a experiência profissional devem estar sempre associadas a um
processo único de desenvolvimento profissional e pessoal e esse tem sido um dos principais
desafios enfrentados, atualmente, pelas organizações.
Diante disso, o investimento em tecnologia da informação se tornou indispensável nas
organizações, tanto públicas quanto privadas. Então, apesar dos esforços das organizações
para se modernizarem tecnologicamente, elas têm esbarrado em obstáculos para atingirem os
resultados desejados e isso decorre não devido às deficiências técnicas ou tecnológicas, mas
pelas dificuldades em superar os fatores organizacionais e institucionais, principalmente no
que se refere à cultura organizacional das empresas.
No serviço público, a tecnologia da informação pode se tornar um trunfo, se utilizada
adequadamente e pode dignificar a qualidade da gestão pública em qualquer área, mas deve
haver mudança no foco e na forma de funcionamento do governo para procurar uma
tecnologia da informação que ajude na forma correta do funcionamento de cada setor.
Com isso, surge o governo eletrônico, que é uma forma de tecnologia da informação
que se baseia no uso, em particular da internet, como ferramenta para melhorar os processos
no governo. O governo eletrônico na administração pública combina a mudança
organizacional a novas práticas gerenciais para melhorar os serviços públicos e os processos
democráticos para fortalecer o apoio às políticas públicas.
Então, a disseminação de informações com qualidade para os usuários se tornou
condição fundamental para o exercício de uma gestão pública eficiente e através das
39
tecnologias de informação e comunicação houve aceleramento do poder democrático dos
cidadãos através de serviços eletrônicos mais eficazes.
Hoje, o governo disponibiliza várias formas de governança eletrônica para a
população, que visa maior rapidez nos serviços e segurança nas informações prestadas. Um
exemplo a ser citado é o sistema de votação eletrônica, em que a rapidez e confiança nos
dados apresentados após cada eleição realizada é infalível. Também pode-se citar as consultas
e prestação de serviços apresentados no site do INSS, em que o cidadão apenas com seu
número de identificação pode consultar qualquer situação de aposentadoria, afastamentos e
outros serviços prestados pela instituição.
Enfim, o estudo de toda a teoria apresentada no referencial teórico, servirá como base
para analisar as estratégias usadas pela empresa pesquisada, o DER∕MG, quanto ao que se
refere na questão da aprendizagem organizacional e como essa prática interfere no
desenvolvimento gerencial e no aprimoramento do seu quadro de pessoal e na retenção dos
talentos para melhor prestação dos serviços aos cidadãos e com uma melhor qualidade e
eficiência.
40
3 METODOLOGIA
O método de pesquisa a ser realizado será o Estudo de Caso, pois se trata de uma
pesquisa descritiva, e seu formato é muito amplo e permite que o fenômeno seja estudado,
baseando-se em situações recentes ou em situações passadas, que são de extrema importância
na compreensão das questões colocadas para a realização da pesquisa. Como não há
interferências do pesquisador e deverá apenas descobrir a frequência com que os fenômenos
acontecem, ou como se estrutura e funciona um sistema, método, processo ou realidade
operacional.
A pesquisa seguirá as características citadas acima. O trabalho terá como finalidade de
expor o quadro atual da situação do conhecimento organizacional do DER/MG, sugerir a
construção e implementação de instrumentos para dar continuidade à aprendizagem
organizacional e a percepção da gestora e empresa.
O problema será abordado de forma qualitativa, documental, bibliográfica e
entrevistas semiestruturadas, pois nessa técnica, segundo Gil (2006),o entrevistador se
apresenta diante do entrevistado e formula perguntas, visando obter dados relevantes para a
pesquisa.
Ela é uma forma controlada de interação social na qual uma das partes busca coletar
dados e a outra é parte de informação, sendo então a forma mais adequada de abordar as
pessoas responsáveis pelo setor de Gerência de Treinamento e desenvolvimento do
Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais, para a maior compreensão da perda
do conhecimento organizacional. Esta abordagem foi escolhida após estudos sobre
metodologia e a entrevista de profundidade.
A pesquisa será realizada pelo método qualitativo que, segundo Silva (2006, p. 29),
―as abordagens qualitativas procuram consolidar procedimentos que pudessem superar os
limites das análises meramente quantitativas, e o que difere uma abordagem da outra é o fato
da qualitativa não empregar dados estatísticos no processo de análise do problema‖.
Ainda conforme o autor, o método qualitativo não tem por objetivo responder às
questões prévias ou testar hipóteses, mas privilegia a compreensão dos comportamentos a
partir da perspectiva dos sujeitos da investigação.
A pesquisa bibliográfica é baseada em dados publicados em livros, revistas, jornais,
redes eletrônicas que estão disponíveis ao público, de acordo com Vergara (2004).
Os métodos que serão utilizados para procedimento deste trabalho serão uma soma
entre um estudo de caso tendo como suporte a pesquisa bibliográfica.
41
O levantamento das informações do setor das políticas e a análise documental, será
fundamental para entender como a empresa trata o assunto abordado em questão, ou seja, a
criação e a retenção do conhecimento organizacional.
A pesquisa será realizada com a Chefe da Gerência de Treinamento e
Desenvolvimento do DER/MG, as políticas de gestão de aprendizagem dessa gerência.
42
4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE
RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS (DER/MG)
4.1 Descrição geral da empresa
4.1.1 Equipe gerencial
Conforme definido pela Lei n. 11 403, de 21 de janeiro de 1994 e pelas Leis
Delegadas 100, de 29 de janeiro de 2003 e 164, de 25 de janeiro de 2007, o Departamento de
Estradas de Rodagem de Minas Gerais - DER/MG, possui o seguinte organograma.
Figura 2 – Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais
(DER/MG) – relação de servidores responsáveis pela administração da estrutura atual
Fonte: Diretoria de Gestão de Pessoas DER/MG
AUDITORIA SECCIONALGABINETE
DIRETOR-GERAL
VICE-DIRETOR-GERAL
ASSESSORIA DE CUSTOS PROCURADORIA
ASSESSORIA DE LICITAÇÕES
DIRET. DE PLANEJAM.,
GESTÃO E FINANÇASDIRET. DE FISCALIZAÇÃO DIRET. DE PROJETOS
DIRET. DE INFRA-
ESTRUTURA RODOVIÁRIADIRET. DE OPERAÇÕES
DIRET. DE GESTÃO DE
PESSOAS
GERÊNCIA DE PLANEJ.
E MODERNIZ.
INSTITUCIONAL
GERÊNCIA
ADMINISTRATIVA
GERÊNCIA DE
CONTABILIDADE
E FINANÇAS
GERÊNCIA DE
FISCALIZAÇÃO DE
TRANSPORTES
GERÊNCIA DE COORD.
E MONITORMANETO
GERÊNCIA DE
PROJETOS DE ALTA
COMPLEXIDADE
GERÊNCIA DE
PROJETOS DE
ENGENHARIA
GERÊNCIA DE
ESTUDOS DE
MATERIAIS E
GEOPROCESSAMENTO
GERÊNCIA DE COORDE-
NAÇÃO E
MONITORMANETO
GERÊNCIA DE
DESAPROPRIAÇÃO
GERÊNCIA DE GESTÃO
DE QUALIDADE
GERÊNCIA DE
ACOMPANH. DE OBRAS
GERÊNCIA DE
INFRAESTRUTURA
ESPECIAL
GERÊNCIA DE
RECUPERAÇÃO E
MANUT. RODOVIÁRIA
GERÊNCIA DE
TRÁFEGO E SEGURANÇA
VIÁRIA
GERÊNCIA DE FAIXA
DE DOMÍNIO
GERÊNCIA DE
EDUCAÇÃO PARA O
TRÃNSITO
GERÊNCIA DE PESSOAL
GERÊNCIA DE
TREINAMENTO E
DESENVOLVIMENTO
JARI - JUNTA ADMINISTRATIVA DE RECURSOS DE INFRAÇÕES
( 1ª, 2ª E 3ª )
COORDENADORIA
REGIONAL I
(EM Nº DE 13)
COORDENADORIA
REGIONAL II
(EM Nº DE 27)
NÚCLEO TÉCNICO(EM Nº DE 13)
NÚCLEO ADMINISTRATIVO
(EM Nº DE 13)
NÚCLEO TÉCNICO
(EM Nº DE 27)
NÚCLEO ADMINISTRATIVO
(EM Nº DE 27)
COORDENADORIAS
REGIONAIS POLO
(ATÉ O LIMITE
DE 13)
COORDENADORIAS
REGIONAIS
(ATÉ O LIMITE DE 27
UNIDADES)
NÚCLEO TÉCNICO(EM Nº DE 13)
NÚCLEO ADMINISTRATIVO
(EM Nº DE 13)
NÚCLEO TÉCNICO(EM Nº DE 27)
NÚCLEO
APOIO ADMINISTRATIVO FISCALIZAÇÃO
(EM Nº DE 27)
NÚCLEO DE CONTR. E MANUT. DE
EQUIPAM.(EM Nº DE 13)
NÚCLEO DE FISCALIZAÇÃO E
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO.
(EM Nº DE 13)
CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
LEGISLAÇÃO
. LEI DELEGADA Nº 180, DE 20 DE JANEIRO DE 2011
. DECRETO Nº 45.536, DE 27 DE JANEIRO DE 2011
GERÊNCIA DE
COORDENAÇÃO E
MONITORAMENTO
OUVIDORIA
DESENHO:
DIRETORIA DE GESTÃO DE PESSOAS
GERÊNCIA DE PESSOAL
EM 27 DE JANEIRO DE 2011
GERÊNCIA DE
COORDENAÇÃO E
MONITORAMENTO
GERÊNCIA DE
FISCALIZAÇÃO DE
CONCESSÕES
ASSESSORIA DE APOIO ÀS
COORDENADORIAS REGIONAIS
43
Figura 3 – Organograma da Diretoria de Gestão de Pessoas
Fonte: Diretoria de Gestão de Pessoas Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais
(DER/MG) – outubro/2011.
O DER/MG é uma Autarquia do Estado multifuncional que possui hoje uma extensa
malha viária. Somente sob a responsabilidade do DER/MG, são mais de 25 000 quilômetros
de estradas. Vinculado à Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas, cabe ao
DER/MG as seguintes funções:
– Participar da elaboração do Plano de Transportes e do Plano Rodoviário do Estado,
tendo em vista o Plano Nacional de Viação, Políticas e Diretrizes da Secretaria de – Estado de
Transportes e Obras Públicas;
– Dirigir e executar os serviços de implantação, pavimentação, conservação,
recuperação e melhoramentos nas estradas sob sua responsabilidade;
– Planejar, projetar, coordenar e controlar as atividades rodoviárias de acordo com o
Plano de Transportes do Estado;
– Manter a conservação a conservação das estradas de rodagem estaduais;
– Exercer, por conta e delegação do DNER e de outras entidades, as atribuições destes
em relação às estradas situadas no território do Estado;
Diretor de
Gestão de Pessoas
Gerente de PessoalGerência de Treinamento
e
Desenvolvimento
Núcleo de Apoio à
Gestão de Pessoas
Núcleo de
Protocolo de Pessoal
Núcleo de
Pagamento de Pessoal
Núcleo de
Terceirização
Núcleo de VerbasNúcleo de
Assistência Social
Núcleo de
Registro FuncionalCentro Infantil
Núcleo de
Avaliação de
Desempenho
Núcleo de Gestão do
Conhecimento
Núcleo de
Capacitação e
Desenvolvimento
44
– Articular-se com a Polícia Militar do Estado para estabelecer as condições de
operação nas estradas sob jurisdição estadual;
Conceder ou explorar os serviços intermunicipais de transporte coletivo de
passageiros;
– Conceder licença para exploração de serviços nas faixas de domínio das estradas de
rodagem estaduais; e exercer outras atividades correlatas que lhe forem delegadas.
4.1.2 Visão
Tornar Minas Gerais o Estado com o melhor, mais seguro e mais eficiente sistema de
transportes rodoviários, conectando todos os 853 municípios de Minas Gerais, levando a
educação, saúde e o progresso aos seus quase 21 milhões de habitantes.
4.1.3 Missão
Administrar o sistema rodoviário estadual, sua integração com as rodovias municipais
e federais e sua interação com os demais modos de transporte, sendo seu objetivo principal o
atendimento aos usuários no transporte de pessoas e cargas, assegurando, com ênfase no
conforto e segurança do usuário, no âmbito do Estado de Minas Gerais.
4.2 Quadro atual do Departamento de Estradas e Rodagem de Minas Gerais (DER/MG)
4.2.1 Informações preliminares
O DER/MG é responsável pela conservação da malha rodoviária mineira, que totaliza
26 884 km de rodovias, das quais 20 336 km são pavimentados e 6 548 km não pavimentados
(dados do Sistema Rodoviário Estadual); é também o responsável, pela execução das
atividades previstas no Código de Trânsito Brasileiro, que têm como principal objetivo a
segurança dos usuários das vias e a redução do número de acidentes de trânsito, bem como
pela fiscalização do transporte coletivo rodoviário intermunicipal de passageiros e cargas no
âmbito das rodovias mineiras e federais delegadas.
Ele ainda gerencia e/ou participa de diversos planos/projetos/programas de obras do
Governo Estadual, que demandam grande volume de recursos financeiros e, acima de tudo,
dedicação e empenho dos seus servidores.
45
Para sua adequação a estas finalidades, a estrutura organizacional do Departamento foi
adaptada, através da Lei Delegada Estadual nº 180, de 20 de janeiro de 2011.
Desde então não ocorreram alterações no quadro de pessoal efetivo da Autarquia que,
de acordo com a legislação vigente, conta hoje com as seguintes carreiras:
– Auxiliar de Transportes e Obras Públicas (AUTOP), de nível fundamental;
– Agente de Transportes e Obras Públicas (AGTOP), de nível médio;
– Fiscal Assistente de Transportes e Obras Rodoviários (FATOR), de nível médio;
– Gestor de Transportes e Obras Rodoviários (GTOP), de nível superior; e
– Fiscal de Transportes e Obras Rodoviários (FTOR), de nível superior.
O quadro 4 apresenta-se o quantitativo total de cargos efetivos por carreira, definidos
pelo Decreto n. 44 211, de 2006 e os respectivos vencimentos Básicos iniciais (nível I, grau
A), definidos pela legislação vigente.
Quadro 4 – Quantitativos de cargos efetivos das carreiras do Departamento de Estradas
de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG) previstos na legislação
Código da carreira Quantitativo Venc. básico – 40hs/semanais
– R$
AUTOP (1) 3 404 432,96
AGTOP 880 1 049,28
GTOP 410 1 643,52
FATOR 500 1 049,28
FTOR 280 1 643,52
Total 5 474 -
Nota: (1) Carreira a ser extinta com a vacância dos cargos.
Fonte: Sistema de Administração de Pessoal – SISAP. Diretoria de Gestão de Pessoas – DER/MG
4.2.2 Aspectos negativos do quadro atual de pessoal efetivo
Apesar da importância das atividades exercidas pelo DER/MG para o Governo e para
o Cidadão, nos últimos anos um cenário adverso vem se desenhando no tocante à mão de
obra:
– Enquanto a malha rodoviária pavimentada sob responsabilidade da Autarquia, no
período de 2002 a 2012, apresentou um aumento de 42% (quarenta e dois por cento), o quadro
de pessoal da ativa sofreu uma redução de 47% (quarenta e sete por cento) (FIG. 3).
46
Figura 4 – Estradas pavimentadas x n° de servidores ativos
Fonte: Sistema de Administração de Pessoal – SISAP. Diretoria de Gestão de Pessoas – DER/MG
O quadro traz um resumo de problemas que afetam o quadro de pessoal efetivo do
DER/MG.
Figura 5 – Pessoal: resumo da situação atual e projeção futura
Nota: (1) incluídos servidores de outros Órgãos e detentores de recrutamento exclusivamente amplo
Fonte: Sistema de Administração de Pessoal – SISAP. Diretoria de Gestão de Pessoas – DER/MG
47
4.2.3 Do envelhecimento da mão de obra
O DER/MG completou 67 anos de atividade, motivo pelo qual a faixa de idade de seus
servidores é bastante elevada. Durante estes anos foram realizados poucos concursos públicos
para ingresso de novos servidores, o que agrava o problema.
O último concurso público para carreiras da área administrativa ocorreu em 1978. Dos
servidores admitidos naquela época, muitos já se aposentaram e a parcela restante está prestes
a completar os requisitos necessários para solicitar sua aposentadoria.
Em 1994 ocorreu outro concurso público, apenas para as carreiras de Médico (01
vaga), Contador (02 vagas), Advogado (05 vagas) e Engenheiro Civil (30 vagas), num total de
38 vagas. Dos servidores nomeados à época, iniciaram exercício 03 advogados, 01 contador,
01 médico e 25 engenheiros civis. Atualmente, de todos os nomeados neste concurso, apenas
14 engenheiros civis permanecem no DER/MG.
Apesar do recente ingresso de novos servidores nas carreiras de Fiscal Assistente de
Transportes e Obras Rodoviários (Fator) – nível médio e Fiscal de Transportes e Obras
Rodoviários (FTOR) – nível superior, é no âmbito das carreiras de Auxiliar de Transportes e
Obras Públicas (AUTOP) – nível elementar, Agente de Transportes e Obras Públicas
(AGTOP) – nível médio e Gestor de Transportes e Obras Públicas (GTOP) – nível superior,
nas quais se encontram a maioria expressiva dos servidores, em que a faixa etária do pessoal,
conforme demonstrado a seguir, é fator preponderante para a redução acelerada do quadro de
pessoal efetivo (Tabela 1).
Tabela 1 – Servidores ativos – dezembro/2012
Faixa Etária Número de servidores
Até 30 anos 40 Até 40 anos 68 Até 50 anos 279 Acima de 50 anos 1.972 Total de Servidores 2.359
Nota: (1) 1 394 = Cargos Efetivos de ensino fundamental; 1 207 = Servidores com escolaridade igual ou
inferior ao ensino fundamental (aproximado).
(2) 51,17% servidores possuem escolaridade igual ou inferior ao ensino fundamental (aproximado).
Fonte: Sistema de Administração de Pessoal (SISAP). Diretoria de Gestão de Pessoas – DER/MG.
48
4.2.4 Da baixa escolaridade
Em um passado recente, o DER/MG executava, por administração direta, grande parte
das atividades de construção e manutenção de rodovias, razão do grande número de
Servidores com baixa escolaridade.
Conforme demonstrado no item anterior, dos 2 359 servidores do quadro de pessoal,
1.394 servidores ocupam cargos efetivos de ensino fundamental (AUTOP) e 1 207 servidores
possuem apenas escolaridade igual ou inferior ao fundamental:
4.2.5 Dos pedidos de aposentadoria
O DER/MG é uma das organizações que mais publicam aposentadorias no âmbito do
Poder Executivo do Estado de Minas Gerais:
Gráfico 1 – Histórico de aposentadorias publicadas/protocoladas
Fonte: Sistema de Administração de Pessoal (SISAP). Diretoria de Gestão de Pessoas – DER/MG.
49
Gráfico 2 – Aposentadorias publicadas / protocoladas
Fonte: Sistema de Administração de Pessoal (SISAP). Diretoria de Gestão de Pessoas – DER/MG.
No período compreendido entre 2006 e 2012 foram protocolados e publicados 2 235
pedidos de aposentadoria. No ano de 2012 foram publicados 395 pedidos de aposentadoria.
De acordo com a legislação vigente e a atual situação do quadro de pessoal, a imagem
abaixo representa a expectativa aproximada do número de servidores que provavelmente
permanecerão na Autarquia nos próximos anos, por não atenderem aos requisitos para
aposentadoria (GRAF. 3)
Gráfico 3 – Servidores que não possuem requisitos para aposentar/ano
(valores aproximados)
Fonte: Sistema de Administração de Pessoal (SISAP). Diretoria de Gestão de Pessoas – DER/MG
50
Outro agravante é a expectativa de aposentadoria dos servidores que ocupam cargos
cujas atividades exigem formação em Engenharia Civil e que são responsáveis pela maioria
das atividades-fim da Autarquia.
Demonstra-se a expectativa do número de engenheiros que provavelmente
permanecerão na Autarquia nos próximos anos (GRAF. 4).
Gráfico 4 – Expectativa de direito à aposentadoria dos engenheiros civis efetivos em
atividade – 2012 – 2020
Fonte: Sistema de Administração de Pessoal (SISAP). Diretoria de Gestão de Pessoas – DER/MG.
A involução do quadro de servidores ativos do DER/MG, tomando-se como base o
ano de 2002, está representada abaixo:
Tabela 2 – Quantitativo de servidores ativos
Ano Mês Ativos
Abs. %
2002 dezembro 5.036 -- --
2007 dezembro 4.443 11,78
2008 dezembro 4.051 19,56
2009 dezembro 3.667 27,18
2010 dezembro 3.184 36,78
2011 dezembro 2.733 45,73
2012 dezembro 2.359 53,16
Fonte: Sistema de Administração de Pessoal (SISAP). Diretoria de Gestão de Pessoas – DER/MG
51
O Departamento conta hoje com apenas 46,84% do quadro de pessoal efetivo que
existia em 2002. Como citado no item II, enquanto a malha rodoviária pavimentada continua
aumentando, o número de servidores está se reduzindo drasticamente. Outros dados
preocupantes são o número de óbitos de servidores em atividade e o elevado número de
licenças médicas para tratamento de saúde (TAB. 3).
Tabela 3 – quantitativo de óbitos de servidores em atividade
Ano Quantidade
2002 27
2003 21
2004 31
2005 27
2006 19
2007 15
2008 18
2009 26
2010 19
2011 14
2012 12
Fonte: Sistema de Administração de Pessoal (SISAP). Diretoria de Gestão de Pessoas –
DER/MG
Tabela 4 – Licenças médicas publicadas em 2012
1º
Trimestre
2º
Trimestre
3º
Trimestre
4º
Trimestre Total
274 334 347 286 1 241
Fonte: Sistema de Administração de Pessoal (SISAP). Diretoria de Gestão de Pessoas – DER/MG
4.2.9 Da evasão dos servidores admitidos pelo concurso público regido pelo Edital DER nº
01/2008
O quadro de pessoal efetivo, na sua totalidade, vem sofrendo gradativa redução. Além
das aposentadorias e dos óbitos, nota-se grande desinteresse dos candidatos aprovados em
tomar posse e uma grande evasão dos servidores admitidos no último concurso público.
52
Das 110 vagas de Fiscal de Transportes e Obras Rodoviários (FTOR) – nível superior
– ofertadas no Edital, foram classificados e nomeados 106 candidatos e apenas 44 vagas
permanecem preenchidas.
Destacamos, abaixo, a situação dos FTOR da área de conhecimento ―Engenharia
Civil‖ (TAB. 5)
Tabela 5 – Situação Vagas x Servidores em Exercício
Região
Vagas
previstas no
Edital para
Engenharia
Civil
Candidatos
Nomeados
Candidatos
que tomaram
posse
Servidores em
exercício
(situação
atual)
Percentual de
permanência
em relação ao
total de vagas
previstas
I 17 06 05 04 5,48
II 14 16 07 04 5,48
III 35 27 16 11 15,07
IV 07 06 02 01 1,37
Total 73 53 30 20 27,40
Fonte: Edital 001/2008 – Concurso público DER/MG. Sistema de Administração de Pessoal (SISAP).
Diretoria de Gestão de Pessoas – DER/MG
Para 124 vagas de Fiscal Assistente de Transporte e Obras Rodoviários (nível médio),
já foram nomeados 167 candidatos, restando apenas 73 vagas preenchidas. O maior
responsável por esta evasão, segundo os próprios ex-servidores, é o descontentamento com o
baixo vencimento básico inicial pago para as carreiras do Grupo de Transportes e Obras
Públicas (a partir de abril/2012: R$ 1.049,28 para o nível médio e R$ 1.643,52 para o nível
superior).
Existe também uma grande demanda por profissionais especializados no setor privado,
com salários bem mais atrativos, notadamente na área de engenharia rodoviária, ocasionando
frequentes convites aos servidores, o que os leva a pedirem exoneração de seu cargo público.
53
4.2.10 Da necessidade de extinção de cargos de provimento em comissão para provimento de
cargos efetivos de fiscal assistente de transportes e obras rodoviários e fiscal de
transportes e obras rodoviários
Salienta-se que a Lei Delegada nº 175, de 26 de janeiro de 2007, em seus artigos 25 e
26, prevê que, para cada provimento nos cargos efetivos de Fiscal Assistente de Transportes e
Obras Rodoviários (nível médio) e Fiscal de Transportes e Obras Rodoviários (nível
superior), seja extinto, em número equivalente, cargo de provimento em comissão DAI-16
(para o nível médio) e DAI-18 (para o nível superior).
Esta compensação provoca perda de conhecimento e da qualidade dos serviços, uma
vez que os servidores experientes, exonerados em decorrência da extinção dos Cargos de
Provimento em Comissão DAI-16 e DAI-18, retornam às atividades de seu cargo efetivo ou
aceleram a decisão de requerer a aposentadoria, em decorrência da redução dramática
ocorrida nas suas remunerações.
Os cargos de provimento em comissão DAI-18 já foram extintos em sua totalidade. Os
Cargos de Provimento em Comissão DAI-16 são ocupados em sua maioria por servidores que
atuam na área finalística de fiscalização do transporte coletivo rodoviário intermunicipal e
metropolitano de passageiros.
A Diretoria de Fiscalização encontra-se em uma situação bastante incômoda, uma vez
que os cargos comissionados DAI-18, extintos em sua totalidade e os DAI-16 ainda existentes
estão ocupados por servidores que atuam em posições e atividades estratégicas,
indispensáveis ao seu funcionamento e correm o risco de serem extintos em função de
nomeações provenientes de concurso públicos futuros.
As razões que levaram à proposta de extinção de vagas de cargos de provimento em
comissão, simultaneamente ao provimento dos cargos efetivos não subsistem, uma vez que os
cargos da nova sistemática de cargos comissionados não destina os cargos DAI-18 e DAI-16
apenas para as atividades de fiscalização do transporte coletivo rodoviário intermunicipal e
metropolitano de passageiros, como ocorria anteriormente. Não há correlação dos antigos
cargos comissionados de Fiscal-Vistoriador e Inspetor de Transporte Coletivo com os atuais
cargos DAI-16 e DAI-18.
54
4.2.11 Do quantitativo do quadro de pessoal efetivo
A tabela 6 de pessoal efetivo do DER/MG apresenta os seguintes quantitativos (dados
de 31/12/2012)
Tabela 6 – pessoal efetivo do Departamento de Estradas e Rodagem de Minas Gerais
(DER/MG) – quantitativos – dez. 2012
Carreira
previsão
(decreto nº. 44.211, de
2006)
Cargos efetivos
ocupados
Vagas
disponíveis
Auxiliar de Transportes e Obras
Públicas (1) 3 404 1 393 2 011
Agente de Transportes e Obras
Públicas 880 547 333
Fiscal Assistente de Transportes e
Obras Rodoviários 500 71 429
Gestor de Transportes e Obras
Públicas 410 212 198
Fiscal de Transportes e Obras
Rodoviários 280 44 236
TOTAL 5 474 2 267 3 207
Nota: (1) Carreira a ser extinta com a vacância dos cargos.
Fonte: Sistema de Administração de Pessoal (SISAP). Diretoria de Gestão de Pessoas – DER/MG
A carreira de Gestor de Transportes e Obras Públicas - GTOP é provida por
profissionais de nível superior, incluindo os da área de Engenharia. Dos 212 cargos ocupados
de GTOP, atualmente existentes na Autarquia, apenas 114 cargos são ocupados por servidores
com formação em Engenharia Civil, número insuficiente para atender a todas as atividades
finalísticas atribuídas ao DER/MG.
Ressalte-se que, para atender minimamente as 40 (quarenta) Coordenadorias
Regionais e Coordenadorias Regionais Polo são necessários 80 Engenheiros Civis.
55
Tabela 7 – Situação da formação em Engenharia
Situação funcional Formação em engenharia (total
geral) Formação em engenharia civil
GTOP 140 114
AGTOP 40 25
AUTOP 4 2
FTOR/FATOR 25 19
RECR. AMPLO 20 18
DE OUTROS ÓRGÃOS 6 4
TOTAL 235 182
Fonte: Sistema de Administração de Pessoal (SISAP). Gerência de Pessoal da Diretoria de Gestão de
Pessoas
Nota-se no quadro acima, a carência de pessoal existe em todas as carreiras (e áreas de
conhecimento), que são indispensáveis à continuidade das atividades da Autarquia.
56
5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
O presente capítulo abordará a apresentação da análise da entrevista com a gestora da
organização, responsável pela Gerência de Treinamento e Desenvolvimento do DER/MG.
Ressalta-se que será seguida a ordem das perguntas realizadas.
Quando questionada a respeito de como o DER acompanha o que o funcionário
aprende sobre o trabalho (que não consta em manuais) para alcançar as metas designadas, a
Sra. Gerente de Treinamento e Desenvolvimento do DER/MG respondeu não ter
conhecimento de nenhuma ação coordenada, institucionalizada e com objetivos, resultados e
indicadores concretos que esteja sendo utilizada com esta finalidade dentro da Autarquia.
O que ela afirmou ter conhecimento é de algumas ações esporádicas para discussões
sobre ―lições apreendidas‖ com o objetivo de disseminar experiências entre os servidores
afetos ao tema.
Ela também ressaltou que a Autarquia trabalha de forma bastante compartimentada,
sendo um grande dificultador ao seu acesso a esse tipo de informação. Isto é notado pelo fato
de que não existem ações organizacionais para o compartilhamento da aprendizagem
organizacional.
Para o processo de aprendizagem e construção do conhecimento é necessário que
existam condições propícias para o seu surgimento. Segundo Senge (apud FLEURY e
FLEURY, 1995), são necessárias as seguintes disciplinas para o processo de inovação e
aprendizagem organizacional:
Domínio pessoal: Por meio do autoconhecimento o indivíduo tem condição de
aprofundar seus objetivos, concentrando esforços e passando consequentemente a
ver a realidade de forma objetiva.
Modelos mentais: São ideias e imagens que contribuem para influenciar o
indivíduo quanto ao seu modo de ver o mundo e seus atos.
Visões partilhadas: Dá-se a partir da percepção de um objetivo como concreto e
real. Neste ponto o indivíduo passa a querer aprender por iniciativa própria e não
mais por obrigação.
Aprendizagem em grupo: Nesse ponto a aprendizagem dá-se pelo diálogo. A
apresentação de ideias, por parte dos membros integrantes, é fundamental para um
raciocínio comum.
Pensamento sistêmico: Esta disciplina contribui para que se faça uma análise do todo e
não das partes individualmente. Garvin apud Fleury e Fleury (1995), propõe os seguintes
caminhos através dos quais a aprendizagem organizacional ocorre:
57
– Resolução sistemática de problemas: apoiada na solução de problemas, esta
atividade engloba técnicas como diagnóstico feito com métodos científicos, uso de
dados para a tomada de decisões e uso de ferramental estatístico para organizar as
informações e proceder a interferências.
– Experimentação: envolve a procura sistemática e o teste de novos conhecimentos,
através do método científico. É movida por oportunidades de expandir horizontes,
não por dificuldades correntes.
– Experiências passadas: revisão de sucessos e fracassos, avaliando
sistematicamente e gravando lições de forma acessível a todos os membros.
– Circulação de conhecimento: o conhecimento precisa circular rápida e
eficientemente por toda a organização, proporcionando condições para que novas
ideias tenham um impacto maior quando forem compartilhadas coletivamente ao
invés de serem dirigidas a uns poucos.
– Experiências realizadas por outros: observar e analisar experiências vividas por
outras organizações pode constituir um importante meio de aprendizado, como a
utilização do benchmarking, por exemplo. O aprendizado é próprio do ser humano.
É uma característica predominante já no momento do nascimento e que o
acompanha por toda sua existência. Ao penetrar no ambiente de trabalho, essa
característica não desaparece. As organizações para se denominarem organizações
de aprendizado ou de aprendizagem, precisam antes de tudo se ater para esse fato.
Quando questionada a respeito de sua opinião sobre a organização incentivar o
funcionário a dar continuidade à aprendizagem, ela respondeu afirmativamente, ainda
ressaltando que, permanentemente, novas competências técnicas e gerenciais são exigidas das
organizações, e as organizações públicas, frente a uma sociedade mais consciente e
mobilizada, tem a obrigação de aumentar sua capacidade de resposta às demandas, buscando a
excelência na prestação dos serviços e a economia no uso dos recursos públicos. Portanto, a
capacitação profissional constitui, nos dias atuais, recurso estratégico para o desempenho
institucional. Porém ―o processo de aprendizagem em uma organização não só envolve a
elaboração de novos mapas cognitivos, que possibilitem compreender melhor o que está
ocorrendo em seu ambiente externo e interno, como também a definição de novos
comportamentos, que comprovam a efetividade do aprendizado‖ (FLEURY; FLEURY, 1995,
p. 20).
Nota-se que não há estímulo à captação do conhecimento, aparentemente os cursos são
oferecidos apenas para cumprimento de metas pactuadas junto ao Governo do Estado.
Segundo Bell apud Fleury e Fleury (1995), a aprendizagem ocorre à medida que há processos
de feedback em termos das próprias atividades de produção. Ainda segundo o autor isto
acarreta um fluxo de informações que estimula a busca de aperfeiçoamentos, dados os
problemas encontrados e as oportunidades de melhoria percebidas, como também um fluxo de
conhecimentos sobre como se poderiam trazer mudanças em busca de melhores métodos.
Ainda na perspectiva da gestora, em convergência, o DERMG, através da Gerência de
Desenvolvimento, tem realizado convênios e as contratações de instituições credenciadas pelo
Governo do Estado, para realização de cursos em diversas modalidades: capacitação,
58
especialização, mestrado e doutorado, além de seminários, Workshops, conferências, palestras
e eventos que são ofertados aos servidores sem ônus para os mesmos. Essas ações são
realizadas com a proposta da qualificação e aperfeiçoamento do seu quadro funcional e
alinhadas ao planejamento estratégico.
Além disso, a sustentação do projeto de Reforma do Estado, do qual a Autarquia faz
parte, coloca como tarefa de extrema urgência a qualificação e reciclagem do servidor que
resulta na ascensão na carreira. A qualificação dos funcionários não resulta em aprendizagem
organizacional, uma vez que esta reciclagem apenas resulta em ascensão na carreira, o que se
aprende fica retido ao nível individual.
Verifica-se que o levantamento de necessidade de treinamento não contempla o que
foi aprendido no trabalho.
Ainda de acordo com Bell apud Fleury e Fleury (1995), são várias as técnicas de
aprendizagem organizacional, quais sejam aprender ao operar – learning by operating,
aprender ao mudar – learning by changing, aprender pela análise do desempenho – system
performance feedback, aprender ao treinar – learning through training, aprender por
contratação – learning by hiring e por fim aprender por busca – learning by searching. E na
organização estudada pode-se afirmar que as técnicas mais utilizadas são aprender ao operar,
pois a aprendizagem estaria ocorrendo à medida que houvesse processos de feedback em
termos das próprias atividades. Ele afirma também que o aprendizado conduzido dessa forma
apresenta três características: é passivo, virtualmente automático e não implica em custos
adicionais para a organização.
Nota-se ainda que a organização aprende por busca, que segundo Bell apud Fleury e
Fleury (1995), é o processo mais conhecido e em geral tratado como transferência de
tecnologia. É o conhecimento que não chega à empresa embutido nas pessoas, nem é
transferido através de treinamento. Trata-se de informações codificadas de alguma forma. São
informações codificadas de alguma forma, que precisam ser decodificadas, entendidas
incorporadas e registradas.
Para o autor o passo inicial é buscar o conhecimento identificando quem o possui e
negociando sua compra. Nesse processo de busca são identificados vários fornecedores
potenciais e seus ―produtos‖ não são necessariamente os mesmos. Nesse processo de busca
há um esforço ativo da organização que é decorrente de algum tipo de acumulação de
conhecimentos que torna viável sua busca e transferência. Exemplo de uma atitude de busca
do DER/MG foi quando o INDG, contratado pelo Governo do Estado de Minas Gerais,
59
passou um semestre na Autarquia, no ano de 2009, para verificar os processos e fazer
consultoria.
Quando foi abordada a questão a respeito do conhecimento sobre o trabalho que o
DER detém em apostilas ou outros treinamentos, que não dependam dos atuais funcionários, é
suficiente para treinar os futuros contratados, ela afirmou conhecer muito pouco sobre estes
documentos, apenas aqueles utilizados nos cursos introdutórios realizados para egressos do
concurso público, realizado em março de 2008. Como o próprio nome indica, não são
suficientes, mas apenas introdutórios.
Atualmente, está sendo criado um banco de talentos, ou seja, uma pesquisa para
alimentar o Sistema de Avaliação Desempenho (SISAD), sobre o conhecimento que
caracteriza o perfil dos servidores, para que estes sejam realocados em áreas específicas.
Quanto à existência de possibilidade do conhecimento ser recuperado pelos membros
da organização, sua resposta foi afirmativa, existe possibilidade, porém ainda não existe
nenhuma atitude efetiva para tal.
Ainda ressaltando que se houver por parte da direção executiva da Autarquia nível
razoável de comprometimento e apresentação de iniciativas de curto prazo a ser
implementadas através de práticas relacionadas à gestão de recursos humanos (comunidades
de prática; educação corporativa; mentoring; coaching etc), ligadas à estruturação dos
processos organizacionais que funcionam como facilitadores da geração, retenção,
organização e disseminação do conhecimento organizacional (melhores práticas; mapeamento
do conhecimento; gestão por competências; banco de competências individuais; memória
organizacional) e práticas ligadas à base tecnológica (portais; intranets; extranets; gestão
eletrônica de documentos) que servem de suporte à gestão do conhecimento organizacional.
Aqui nota-se que existe a possibilidade da recuperação do conhecimento pelos membros da
organização, porém não existe no momento nenhuma ação sendo realizada neste sentido.
Quanto à busca sobre melhores formas de se trabalhar dentro DER, a Gerente, afirmou
que sim, se considerado que a instituição, por meio de convênios e contratação, investiu um
valor próximo de R$ 680.000,00, no período de 2007 a 2010, formando e capacitando 1288
servidores especificamente na área profissional. (Dados dos registros administrativos da
Gerência de Treinamento e Desenvolvimento). Não se sabe o impacto destas ações, uma vez
que não há avaliação, mensuração, como também não existe acompanhamento deste retorno.
Quando questionada a respeito do que o DER faz para levantar necessidades de
treinamento e avaliar o desempenho dos funcionários, a responsável pela área elucidou que a
Gerência de Treinamento e Desenvolvimento tem procurado identificar, através de
60
pesquisas/levantamentos junto às unidades administrativas, as carências em capacitação,
aperfeiçoamento e pós-graduação por área de atividade criando assim um canal de
informações para subsidiar o planejamento futuro.
Hoje este levantamento é realizado da seguinte maneira: a Fundação João Pinheiro,
SENAC, FGV, dentre outras que participam do Plano Anual de Desenvolvimento do Servidor
PADES do Governo de Minas Gerais disponibilizam uma lista dos cursos que estão sendo
oferecidos por elas e os servidores que demonstrarem interesse se inscrevem e fazem os
referidos cursos.
Nota-se, no entanto, que existe um prejuízo ao se fazer o levantamento de
necessidades de treinamento sem considerar o que foi aprendido no trabalho, que é o de
preparar cursos, palestras, seminários e até mesmo direcionar funcionários para cursos que
não serão necessários naquele momento e até mesmo não aproveitados na organização.
Ela ainda salientou que esta pesquisa permite o mapeamento de necessidades de
aprendizagem nos níveis estratégico, do trabalho e individual. Nessa perspectiva, a partir de
2012, o trabalho foi voltado para o diagnóstico de necessidades como uma matriz básica de
dados e informações para a composição, construção e execução de programas estratégicos, de
capacitação e desenvolvimento. Neste aspecto atualmente, está sendo criado um banco de
talentos, ou seja, uma pesquisa para alimentar o Sistema de Avaliação de Desempenho-
SISAD, sobre o conhecimento que caracteriza o perfil dos servidores da organização.
Foi ainda colocado pela gestora que com relação à avaliação do desempenho dos
servidores, está em pesquisa de viabilidade a possibilidade de se incorporar a esta
metodologia um estudo de caráter exploratório para avaliar especialmente os egressos dos
cursos de desenvolvimento ofertados através dos convênios ou contratados pela Autarquia.
Ressalte-se aqui que avaliação de desempenho é diferente de avaliação de treinamento.
De modo específico, há procedimentos institucionalizados de avaliação de
desempenho individual (ADI) através do programa de avaliação dos servidores públicos
estáveis ocupantes de cargo de provimento efetivo e dos detentores de função pública,
efetivos ou não, no âmbito da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo do Estado.
Não existe impacto deste item na aprendizagem organizacional, pois o instrumento
que foi construído para avaliar o servidor não teve participação do mesmo. Este não é
avaliado pelo que ele sabe que tem que fazer. O instrumento de avaliação foi construído pela
Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de Minas Gerais – SEPLAG/MG, e é apenas
diferenciado pelo fato do servidor ser detentor de cargo de provimento em comissão ou não.
61
Não é sabido se esta percepção vai ficar a cargo do funcionário ou se serão criados
instrumentos para avaliação dos resultados. O prejuízo da não construção de um instrumento
individual é que o indivíduo nunca será avaliado pelo que o que ele sabe e pelo que ele
executa. A entrevistada mostrou reconhecer a importância do tema, mas que ainda há muito a
ser feito.
Quando questionada se havia algo que ela considerava importante que eu tome
conhecimento e que não tenha perguntado, foi afirmado que sinceramente não sabia se tão
importante, mas queria registrar que entende que só se produzirão impactos eficazes e
duradouros sobre a atuação profissional do servidor se, ao lado de outras várias iniciativas, se
levarem até ele elementos que conduzam a uma visão abrangente e prospectiva da
problemática do Estado e da gestão pública, de modo a capacitá-lo e motivá-lo a identificar no
seu próprio âmbito de trabalho recursos e sinergias que impulsionem mudanças,
estabelecendo novas bases para sua ação como partícipe no funcionamento eficiente do
aparato de governo.
Quando abordada sobre qual a sua percepção sobre Aprendizagem Organizacional
(criação e disseminação sobre conhecimento a respeito do trabalho que é realizado) no DER,
ela respondeu que a melhoria da gestão pública é um desafio que hoje a administração pública
não pode ignorar.
A respeito da sua percepção sobre Aprendizagem Organizacional (criação e
disseminação sobre conhecimento a respeito do trabalho que é realizado) no DER, a gestora
respondeu que apesar de todo o avanço, ela percebe que a instituição ainda não assimilou
totalmente a importância do desenvolvimento de pessoas no sentido pleno como condição de
transformação de um modelo de gestão organizacional tradicional e burocrático.
Ela ressalta que as pessoas dentro desse processo são consideradas agentes de
mudança e, portanto, precisam desenvolver suas capacidades intelectuais, sociais, pessoais e
profissionais e consequentemente, manifestar um melhor desempenho.
Diante das afirmativas, conclui-se que o problema principal não é a falta de
planejamento, mas que uma vez que sejam definidas as diretrizes estratégicas, estas estejam
consistentes, estáveis no tempo e sejam realmente implantadas. O caso estudado requer que
sejam abertos espaços para planejamento participativos, articulando diferentes agentes sociais,
pode ser uma forma de planejamento integrativo que conduzirá a resultados positivos, visto
que na própria percepção da gestora a aprendizagem se perde por ser compartimentada e não
acessível a todos.
62
Os processos decisórios são extremamente centralizados, mas dadas as características
burocráticas desta organização, pode ser até eficiente. É notado que o fluxo de informações é
vertical e a capacidade de processar é reduzida. Existem processos que buscam a mudança do
curso desta organização, entre eles o fluxo de comunicação entre pessoas e funções. Porém,
por se tratar de uma Autarquia, e existirem várias mudanças políticas a cada quatro anos, os
processos muitas vezes são engavetados ou até mesmo desacreditados pelos seus executores.
Atualmente, segundo a gestora entrevistada, existem alguns programas estratégicos
que foram implantados na instituição, que visam o desenvolvimento, aprimoração e maior
participação do servidor, que serão descritos na íntegra ao final do presente trabalho, através
de anexos, como por exemplo:
O Café com Debate, que é um espaço descontraído voltado para reflexão,
disseminação e troca de experiências. Ele se sustenta no levantamento de temas
específicos do cenário de transportes e obras públicas e temas de interesse geral do
serviço público que estejam nas agendas de governo (federal e estadual), tendo
como pano de fundo a natureza, os objetivos e a competência da instituição, para
serem debatidos no âmbito do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas
Gerias (DER/MG).
O projeto Banco de Talentos, embora bastante disseminado em diversos tipos de
organizações, será inovador nas práticas de gestão do Departamento de Estradas de
Rodagem de Minas Gerais – DER/MG. Esse banco, também conhecido como Banco de
Potencialidades, se constitui em um repositório de informações sobre a capacidade
técnica, científica e cultural dos servidores, e se consolida através dos registros dos
conhecimentos obtidos pelo ensino formal, e pelo mapeamento de informações sobre
conhecimento tácito, experiências e habilidades mais específicas.
O Projeto Gestão do Conhecimento é o processo sistemático de identificação,
criação, renovação e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de
uma organização. É a administração dos ativos de conhecimento das organizações.
Permite à organização saber o que ela sabe (Luchesi, 2012). Quanto mais uma
instituição valoriza conhecimento, mais seus resultados aparecerão sob forma de
produtos ou processos internos inovadores, focados sempre no cidadão/cliente.
Projeto GDE ON LINE, visa a disseminação de todos documentos e informações
relevantes ao servidor produzida pela gerência de Desenvolvimento. Ele está
63
inserido na ação de preenchimento da lacuna de conhecimento ―compartilhamento
do conhecimento‖ prevista no Plano de Gestão do Conhecimento.
A fórmula da COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM contempla o
desenvolvimento profissional continuado, geralmente, integrado no ambiente de
trabalho buscando reunir pessoas interessadas, comprometê-las com proposta de
compartilhamento, fortalecer a confiança nas relações e a aprendizagem contínua.
Trata-se, portanto, de um evento que possibilita a construção colaborativa do
conhecimento, alicerçada na partilha ou ação multiplicadora de saberes.
Assim, segundo a gestora, o Órgão tem buscado aperfeiçoar e treinar seu quadro de
funcionários no que se refere ao aprendizado organizacional e na modernização dos seus
processos de trabalho que contribuirão para melhoria na prestação de serviços da instituição.
64
6 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
O presente capítulo avalia os resultados que foram alcançados a partir dos objetivos
elaborados. Após aplicação da pesquisa e análise dos dados, alcançaram-se os seguintes
resultados através dos objetivos traçados:
Nas recomendações teórico/acadêmicas sobre a aprendizagem organizacional, o que
foi realizado através da pesquisa bibliográfica apresentada no capítulo referencial teórico.
Dentre os trabalhos avaliados, notou-se a utilização/citação mais frequentes sobre as teorias
de Fleury & Fleury, Argyris e Bastos.
Nessa fase da pesquisa, notou-se a importância do tema na atualidade das empresas
que atualmente estão cada vez mais voltadas para as questões da gestão do capital intelectual
e da retenção de talentos. As organizações estão valorizando mais o seu capital humano,
porém, na esfera pública, ainda há muito que se desenvolver em planejamentos de recursos
humanos para que as pessoas se sintam mais motivadas a promoverem as mudanças
adequadas ao bom funcionamento dos órgãos.
Quanto às práticas organizacionais relacionadas à aprendizagem organizacional na
empresa pesquisada, notou-se que há programas e ações voltadas para a aprendizagem
organizacional, tais como os cursos oferecidos na FJP, FGV, SENAC, porém não existe ainda
o feedback do que foi aprendido e também uma análise do retorno do que foi agregado à
organização.
Para todo programa de aprendizado, treinamento e desenvolvimento deve haver um
acompanhamento final sobre a aplicação do referido aprendizado nos processos da empresa.
Caso não haja esse acompanhamento por parte da organização, todo o investimento será
perdido e os processos de trabalho continuarão defasados e ultrapassados.
Na avaliação e percepção da gestora da área de Treinamento e Desenvolvimento sobre
a aprendizagem organizacional da Autarquia em questão, apesar dos esforços da instituição
em promover alguns programas de aperfeiçoamento e treinamento do pessoal, o que se pode
observar é que apesar da gestora da área de treinamento e desenvolvimento do DRE
considerar importante a questão da aprendizagem, a empresa tem que evoluir nessa questão e
promover um melhor planejamento para capacitação dos funcionários e acompanhamento das
ações realizadas, visando a melhoria no atendimento dos serviços prestados pelo órgão.
No que tange à análise da aprendizagem organizacional no Departamento de Estradas
de Rodagem (DER/MG), verificou-se que existem ações a este respeito, porém por se tratar
de uma Autarquia Pública, existem vários gargalos.
65
Pode-se afirmar que estes dificultadores (gargalos) são o próprio formato de empresa
pública, que de quatro em quatro anos modifica toda sua política interna e externa, devido ao
fato de incidirem sobre ela questões políticas. Vários projetos em andamento são
abandonados/engavetados quando da troca de governo.
Essa é uma questão que deve ser modificada em todo o país, pois a mudança na
política da organização, afeta todo o pessoal, porém, deve-se levar em consideração que se
muda a política, mas o pessoal que atua nas áreas é sempre o mesmo e por isso deve haver
mais valorização no capital humano, mesmo em se tratar de órgão público.
Outro dificultador é a idade média dos funcionários, que de acordo com relatórios
mensais da SEPLAG chega a 53 anos, e sabe-se que o servidor mais antigo tem dificuldade de
mudar e de absorver novas políticas, chegando até mesmo às vezes a boicota-las.
Essa questão poderia ser facilmente resolvida com a intervenção do departamento de
gestão de pessoas através de programas de desenvolvimento e capacitação específica para
esses servidores. Toda a mudança é aplicável, basta apenas um bom planejamento estratégico
que envolva todo o pessoal para que estes se sintam partes integrantes e importantes do
sistema organizacional.
O capital humano tem se tornado muito importante no desenvolvimento das
organizações, porém, devem ser estimulados e treinados adequadamente e cabe ao
departamento de gestão de pessoas exercerem essa função de extrema importância nas
organizações. Nos órgãos públicos, a situação não é diferente, visto que o capital humano
deve estar também em processo contínuo de treinamento e desenvolvimento visando uma
melhor prestação de serviços.
O treinamento e desenvolvimento do pessoal deve ser visto como um fator positivo e
deve ser incentivado em todo o âmbito dos órgãos públicos no país e, para isso, deve haver
uma mudança radical nos processos dos órgãos públicos, começando na valorização do
departamento de gestão de pessoas, dando mais poder de ação a esse departamento que é tão
importante nas mudanças organizacionais.
A implantação dos programas de governança eletrônica tem sido benéfica tanto para o
serviço interno quanto para a prestação de serviços à população. Através da implantação
desses programas, a mudança no comportamento dos profissionais dos serviços públicos têm
sido visíveis, pois as TIC estão proporcionando ao governo uma aproximação maior com as
empresas privadas e com os cidadãos em um modo geral, pois, todos estão conectados em
tempo real e com isso as informações são mais precisas.
66
Mas, ainda há muito que se melhorar nos processos de TIC nos serviços públicos, haja
vista que muitos cidadãos ainda não estão incluídos nos programas digitais dos Governos e
isso é um fator impeditivo para um melhor andamento dos processos de trabalho nas
organizações.
Também, a questão da comunicação nas empresas deve ser estudada, pois, as
empresas estão se interligando através da internet e outros serviços eletrônicos.
Principalmente no setor público esta questão deve ser aprofundada, devido à necessidade dos
cidadãos e das empresas privadas necessitarem sempre de informações e serviços relevantes
por parte do serviço público.
Por se tratar de um tema de muita importância nas organizações, recomenda-se que
haja continuidade nas pesquisas referentes ao aprendizado organizacional, principalmente no
âmbito da gestão pública, visto que existem vários paradigmas a serem quebrados acerca da
importância do departamento de gestão de pessoas nas tomadas de decisões das empresas e no
treinamento e desenvolvimento do capital humano.
Diante de tudo que foi exposto e analisado no presente trabalho, pode-se concluir que
apesar do DER-MG se esforçar para manter seu quadro de funcionários treinado e atualizado
no mercado de trabalho, através de programas de treinamento e valorização do banco de
talentos, os órgãos públicos encontram-se em um atraso muito grande sobre essa questão, pois
existem muitas dificuldades para a quebra de paradigmas que são muito importantes para o
desenvolvimento organizacional, como por exemplo, a valorização do departamento de
Gestão de Pessoas.
Também, o que se pode verificar é que o quadro do DER∕MG encontra-se muito
defasado devido às evasões por causa da baixa remuneração inicial, pelo grande número de
pedidos de aposentadoria e pela falta de um concurso público para suprir as necessidades de
pessoal do órgão.
O DER∕MG é um órgão de extrema importância para a prestação de serviços para a
população e devido a isso, é fundamental que se mantenha um quadro de servidores adequado
com um salário justo àqueles que exercem suas funções dentro da empresa.
Para que um bom programa de treinamento cause um efeito positivo no quadro de
servidores do DER, faz-se necessário que essas questões sejam restabelecidas e somente
assim os problemas de pessoal serão definitivamente resolvidos.
Para isso, sugere-se que a área de Recursos Humanos da empresa recomende a
realização de um novo concurso público para suprir todos os cargos que vêm sofrendo
67
defasagens significativas no decorrer dos anos, visando um bom plano de carreiras dentro da
organização e a satisfação do capital humano da empresa.
Após a realização de um novo concurso público, a elaboração de um programa de
desenvolvimento e treinamento do pessoal será imprescindível para manter os talentos e para
incentivar os próximos servidores evitando a evasões futuras e a continuidade dos problemas
com o pessoal efetivo, principalmente os com funções específicas que são essenciais para o
bom funcionamento da instituição.
68
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72
ANEXOS
ANEXO A
Decreto Lei de Criação do DER∕MG - Descrição Legal
O DER/MG foi criado pelo Decreto-Lei 1731 1946 de 21/08/1946.
O Interventor Federal no Estado de Minas Gerais, usando da atribuição que lhe confere o art.
6º, nº V, do Decreto-lei federal nº 1.202, 8 de abril de 1939,
DECRETA:
CAPÍTULO I
Da organização e fins do Departamento de Estradas de Rodagem
Art. 1º - O Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais, subordinado
diretamente ao Secretário da Viação e Obras Públicas, é erigido em pessoa jurídica, com
autonomia administrativa e financeira e passa a reger-se pelas disposições do presente
decreto-lei.
Parágrafo único – Neste decreto-lei são consideradas equivalentes as expressões
―Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais‖, ―Departamento‖ e
―DER‖.
Art. 2º - ao DER compete:
a) executar todos os serviços técnicos e administrativos concernentes a estudos, projetos,
orçamento, locação, construção, reconstrução, melhoramentos e pavimentação das estradas de
rodagem inclusive pontes e demais obras complementares;
b) manter a conservação permanente das estradas de rodagem estaduais e suas respectivas
obras de arte, podendo, em casos especiais, conservá-las por intermédio das Prefeituras
Municipais interessadas, mediante contrato.
c) fiscalizar a conservação das estradas municipais, a cargo das Prefeituras, quando estas
recebem auxilio do Estado para a sua conservação e melhoramento;
d) exercer a polícia de tráfego nas estradas estaduais, nos termos da legislação em vigor;
e) proceder, de acordo com o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, à revisão
periódica, pelo menos de cinco em cinco anos, do plano rodoviário do Estado;
f) dar execução sistemática a esse plano, mediante programas anuais previamente aprovados
pelo Departamento Nacional de Estadas de Rodagem;
73
g) adotar a classificação de estradas e os trens-tipos para o cálculo das pontes e obras de arte
estabelecidos pelo Departamento Nacional;
h) prestar assistência técnica aos municípios no planejamento e execução de estradas e
caminhos municipais;
i) submeter à aprovação do Departamento Nacional os planos de operações de crédito, quando
garantidos pela quota do Fundo Rodoviário Nacional;
j) aplicar integralmente em Estradas de Rodagem o auxílio proveniente do Fundo Rodoviário
Nacional;
l) prestar, anualmente, ao Departamento Nacional, contas pormenorizadas da aplicação das
quotas do Fundo Rodoviário Nacional que lhe forem distribuídas, acompanhadas de relatório
sobre o andamento da execução do plano rodoviário do Estado;
m) facilitar ao Departamento Nacional o conhecimento direto das atividades rodoviárias do
Estado, permitindo-lhe verificar o cumprimento das condições para o recebimento do auxílio
financeiro;
n) dar conhecimento ao Departamento Nacional de todas as leis, decretos e regulamentos que
se referirem a tributos incidentes sobre automobilismo e o transporte rodoviário;
o) conceder e fiscalizar os serviços de transporte coletivos de passageiros nas rodovias
estaduais ou intermunicipais, de acordo com a legislação em vigor, administrando os serviços
das estações construídas pelo Governo do Estado;
p) manter atualizado o mapa da rede rodoviária do Estado;
q) coligir e coordenar, permanentemente, elementos informativos e dados estatísticos de
interesse para a administração rodoviária;
r) manter um serviço permanente de informações ao público sobre itinerários, distâncias,
condições técnicas, estado de conservação das rodovias estaduais, bem como sobre os
serviços regulares de transporte coletivo;
s) proceder a pesquisas sobre assuntos rodoviários, relativos à pavimentação, solos, obras de
arte, racionalização de tráfego, economia de combustível e materiais, bem como fazer estudos
de caráter econômico do tráfego e de sua coordenação com outros meios de transportes;
t) organizar cursos de educação profissional do pessoal rodoviário e facilitar estágios de
técnicos do Departamento em outros Estados e no estrangeiro;
u) desenvolver, por todos os meios hábeis, a propaganda de estrada de rodagem, mostrando
ao povo o seu valor social e econômico;
v) propor ao Governo as alterações do presente decreto-lei e todas as leis sobre viação
rodoviária que se fizerem necessárias;
74
x) propor ao Governo a representação do Estado em Congresso de Estradas de Rodagem;
y) exercer, por conta e delegação do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, as
atribuições deste em relação a estradas constantes do Plano Rodoviário Nacional, situadas no
território do Estudo;
z) exercer quaisquer outras atividades relacionadas com Estradas de rodagem e tendentes a
melhorá-las, desde que sejam compatíveis com as leis.‖
75
ANEXO B
PROJETO: CAFÉ COM DEBATE
Apresentação:
O CAFÉ COM DEBATE é um espaço descontraído para reflexão, disseminação e troca de
experiências. Ele se sustenta no levantamento de temas específicos do cenário de
transportes e obras públicos e temas de interesse geral do serviço público que estejam nas
agendas de governo (federal e estadual), tendo como pano de fundo a natureza, os objetivos
e a competência da instituição, para serem debatidos no âmbito do Departamento de
Estradas de Rodagem de Minas Gerias (DER/MG).
Trata-se de uma metodologia que possibilita o intercâmbio de ideias entre pares. De
maneira informal, os dirigentes e outros servidores afetos à temática abordada ouvem
experiências e palestras sobre um tema de relevância e, em seguida, têm a oportunidade de
debater e expor suas dúvidas e posicionamentos. Sua marca é a criação de um ambiente
descontraído que favoreça a aprendizagem.
O evento apresenta, portanto, as seguintes características:
Aborda sempre tema atual na agenda pública ou afeto às atividades da instituição.
Estimula o debate e o aprendizado.
Cria oportunidade para que servidores do escalão intermediário conversem com
dirigentes usualmente pouco acessíveis.
Tem curta duração e ocorre espaçadamente.
Proporciona ambiente informal, buscando diluir a rigidez da hierarquia vertical.
Tem-se, então, a criação de um espaço permanente no qual novas linguagens e diferentes
temas podem ser expostos contribuindo para o enriquecimento de conteúdos pertinentes a
atuação profissional. Em outros termos, um espaço descontraído de disseminação de
informações, de discussão e de troca de experiências.
Objetivos:
Geral:
Promover o debate e a troca de experiências sobre temas atuais da agenda pública e afetos
à atuação do DER/MG.
Específicos:
76
Estimular o debate e o aprendizado no âmbito organizacional;
Contribuir para a atualização e ampliação do conhecimento dos servidores;
Promover a integração entre pares, dirigentes e subordinados.
77
ANEXO C
PROJETO: BANCO DE TALENTOS
O Banco de Talentos, embora bastante disseminado em diversos tipos de organizações, será
inovador nas práticas de gestão do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais –
DER/MG. Esse banco, também conhecido como Banco de Potencialidades, se constitui em um
repositório de informações sobre a capacidade técnica, científica e cultural dos servidores, e se
consolida através dos registros dos conhecimentos obtidos pelo ensino formal, e pelo mapeamento
de informações sobre conhecimento tácito, experiências e habilidades mais específicas.
Trata-se, portanto, de um instrumento de Gestão Estratégica de Pessoas na medida em que: auxilia
na adequada ocupação de cargos técnicos e/ou gerenciais disponíveis; possibilita a realização de
cruzamentos do perfil dos servidores com o perfil demandado pelas diversas unidades; facilita
processos de recolocação de servidores, compatibilizando o perfil profissional e pessoal com as
atividades a serem desenvolvidas, bem como o recrutamento interno quando necessário e possível.
Além disso, é capaz de dar insumos para traçar o perfil dos servidores, facilitar a transferência de
melhores práticas, bem como reutilizar modelos e disseminar o conhecimento.
Com esse propósito a Diretoria de Gestão de Pessoas, por meio da Gerência de Desenvolvimento-
DH/DGE, decidiu implantar o Banco de Talentos/Potencialidades, no âmbito do DER/MG, cujos
resultados visam o melhor gerenciamento e desenvolvimento das pessoas, compatibilizando as
competências institucionais com as competências humanas e técnicas dos servidores,
proporcionando-lhes maior satisfação no trabalho e contribuindo para a excelência de resultados da
Administração Pública Estadual.
Há a convicção de que a força de trabalho de qualidade, muitas vezes, já existe dentro da
instituição e que devido à carência de um sistema organizacional e gerencial de informações
relativas ao conjunto de servidores que a compõem, ela não tem sido utilizada ou nem sequer
tem-se conhecimento de sua existência.
Nesse contexto, com a criação do Banco de Talentos/Potencialidades, visa-se obter maior
conhecimento das pessoas que trabalham no DER/MG, com vistas a um melhor
aproveitamento de suas potencialidades numa contribuição para o melhor alcance de seus
resultados.
Essa prática se faz presente na maioria das empresas modernas que se pretendem competitivas
e já identificaram que para obter transformações significativas faz-se necessária a
revitalização e a focalização das pessoas que as integram. O Banco de Talentos se faz
presente, também, em algumas instituições públicas como universidades (UFPA, UFG,
78
UFSC, por exemplo) e governos (Prefeitura Municipal de São Paulo, Governo do Estado do
Ceará, por exemplo).
As organizações procuram meios de tornar tangíveis as competências das pessoas com
aquelas requeridas para a função que ocupam, orientando ações necessárias para que os
resultados (geral e setorial) sejam alcançados. O desafio é identificar as potencialidades
ocultas nelas existentes: quantos talentos escondidos existem na organização? Quantos
desejam executar atividades mais desafiadoras? Acredita-se que as organizações estão
repletas de pessoas talentosas que não têm tido oportunidade ou não se interessaram em
mostrar suas habilidades e que podem trazer grandes contribuições para o setor ou
organização que trabalham. O conhecimento acumulado pelos funcionários é a maior
vantagem competitiva de que uma organização dispõe.
Em suma, pretende-se que o Banco de Talentos/Potencialidades seja uma ferramenta de
gestão estratégica de pessoas que concentre informações curriculares do servidor do DER-
MG, permitindo conhecer as suas competências e realizar cruzamentos dos perfis existentes
com o perfil demandado para composição de equipes, trabalhos específicos, movimentação de
servidores e tomadas de decisão, dentre outros.
No caso do DER-MG, a proposta de um Banco de Talentos terá como focos fundamentais:
compreender a fundo os talentos existentes (dados de perfil) e proporcionar às pessoas
oportunidades de aquisição de novos conhecimentos e/ou melhor aplicação dos
conhecimentos existentes.
Assim o DER-MG deve buscar na sua política de desenvolvimento de seus talentos internos,
conhecer e descobrir potencialidades, despertar a motivação e criatividade, permitir a
inovação de maneira a atender às necessidades pessoais e institucionais em prol de um melhor
resultado.
Para isso, a criação do Banco de Talentos internos do DER-MG se sustenta em quatro etapas:
1ª etapa – Criação de um sistema e levantamento e inserção de dados funcionais.
2ª etapa – Levantamento e inserção de dados de escolaridade e capacitação.
3ª etapa – Levantamento e inserção de dados relacionados a atividades, produção científica e
ações inovadoras.
4ª etapa – Geração de informações gerenciais.
Até a 3ª etapa o processo transcorreu bem de maneira que todas as informações solicitadas aos
servidores já estão lançadas no Banco de Talentos. No entanto, ao iniciar a 4ª etapa, algumas
dificuldades se mostraram presentes exigindo uma nova reestrutuação do Banco de Talentos e
a necessidade de incluir uma 5ª etapa nesse processo: Redesenho do Banco de Talentos/
79
Potencialidades, com base na experiência adquirida. Nessa etapa foram realizadas as seguintes
ações:
Sistematização e consistência das informações já disponibilizadas.
Introdução na base de dados de outras informações necessárias para se obter
indicadores mais consistentes e diversificados: informações de gênero, de
admissão, ativo/inativo, tempo de trabalho e outros.
Realização de visitas técnicas a instituições que já utilizam o Banco de Talentos.
Redefinição do instrumento de coleta de maneira a se obter informações mais
relevantes e precisas.
Redesenho do Banco de Talentos de maneira que o seu acesso seja via web.
A fase seguinte é a sua implementação para acesso via web em 2014.
Objetivo Geral: Permitir aos vários setores do DER/MG selecionar servidores para projetos,
funções , atividades e treinamento com base em critérios específicos, objetivos e profissionais,
bem como possibilitar o aproveitamento do potencial humano disponível.
Objetivos Específicos:
O Banco de Talentos deverá ser capaz de, no mínimo:
Identificar quem é quem dentro da instituição.
Proporcionar o levantamento de indicadores estatísticos dentro da área de gestão de
pessoas (grau de escolaridade dos colaboradores, número de colaboradores por área de
atuação/unidade/setor/regional, número de colaboradores capacitados etc.).
Permitir a estruturação de currículos de colaboradores.
Dar publicidade a produção científica (pesquisas, artigos, etc.) dos colaboradores.
Captar talentos internos para formação de equipes, atuação em projetos específicos,
estruturação de novas unidades de trabalho, prestar serviços de cooperação técnica e
outros.
Permitir o levantamento histórico dentro da instituição.
80
PROJETO: GESTÃO DO CONHECIMENTO
Apresentação:
A preocupação com o conhecimento organizacional parte da premissa que a ―única vantagem
sustentável de uma instituição é o que ela coletivamente sabe, a eficiência com que ela usa o
que sabe e a prontidão com que adquire novos conhecimentos‖ (DAVENPORT e PRUSAK,
1998)3.
Isso significa que todo o conhecimento existente nas organizações, na cabeça das
pessoas, nos processos e nos departamentos, pertence também à organização. Em
contrapartida, todos os colaboradores podem usufruir de todo o conhecimento presente na
organização.
Gestão do Conhecimento é, portanto, o processo sistemático de identificação, criação,
renovação e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma organização. É
a administração dos ativos de conhecimento das organizações. Permite à organização saber o
que ela sabe (LUCHESI, 2012)4. Quanto mais uma instituição valoriza conhecimento, mais
seus resultados aparecerão sob forma de produtos ou processos internos inovadores, focados
sempre no cidadão/cliente.
Daí a relevância de se instituir práticas de Gestão do Conhecimento no âmbito das instituições
do Estado por meio do estímulo à elaboração de um Plano Setorial de Gestão do
Conhecimento.
O Plano de Gestão do Conhecimento do Departamento de Estradas e Rodagem de Minas
Gerais (DER/MG) é o instrumento que materializa e viabiliza a implantação de um programa
de Gestão do Conhecimento no órgão em atendimento à Resolução n.55 de 27/7/2012.
Elaborado sob a supervisão da Secretaria de Estado do Planejamento e Gestão (SEPLAG) e
em consonância com a metodologia desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Aplicada
(IPEA)5, o Plano refere-se à um conjunto de iniciativas e práticas de Gestão do Conhecimento
voltado para o fortalecimento da instituição e para o alcance de seus objetivos estratégicos.
O Plano se materializa a partir de informações do Diagnóstico de Maturidade de Gestão do
Conhecimento realizado nos dias 22 e 26 de agosto com participação de representantes de
3 DAVENPORT, T. H., PRUSAK, L. Conhecimento Empresarial: como as organizações gerenciam o seu capital
intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 1998. 4 LUCHESI, Eunice Soares Franco. Gestão do Conhecimento nas organizações. Companhia de Engenharia de
Tráfego de São Paulo (CET). Notas Técnicas – NT 221, 2012. 5 Metodologia desenvolvida pelo pesquisador Dr. Fábio Ferreira Batista, ator do livro Modelo de Gestão do
Conhecimento para a Administração Pública Brasileira: como implementar a gestão do conhecimento para
produzir resultados em benefício do Cidadão. Brasília: IPEA, 2012.
81
todas as unidades do órgão e do levantamento das Lacunas de Conhecimento, associadas aos
seus objetivos finalísticos e estratégicos identificadas pela Comissão Executiva do DER/MG a
partir dos dados do relatório diagnóstico.
As informações do diagnóstico permitiram identificar que o DER/MG encontra-se no nível
inicial de maturidade, ou seja, já começa a reconhecer a necessidade de gerenciar o
conhecimento, as ações estruturadoras importantes para viabilizar a implementação dessa
política no órgão e as lacunas de conhecimento.
A análise das lacunas de conhecimento, ou seja, os conhecimentos críticos que não podem ser
perdidos sob o custo de comprometer as entregas finalísticas da instituição, permitiu
identificar ações de superação dessas lacunas.
Como a Gestão do Conhecimento é projeto de toda a instituição, os participantes da reunião
diagnóstica que representaram todas as unidades do DER/MG, participaram de um encontro
de validação no dia 25/11/2013. Nesse encontro as pessoas se posicionaram em relação à
coerência das ações propostas com as discussões e com os objetivos estratégicos do DER/MG
e à viabilidade das ações propostas; sugeriram inclusão e exclusão de ações; ajustaram o texto
das descrições das ações e classificaram a execução das ações por escala de prioridade.
A expectativa é que a implementação dessa política proporcione uma infraeestrutura de
incorporação de experiências (antigas e novas) e informações importantes para a finalidade do
órgão que se encontram nas suas diversas diretorias, com determinadas pessoas ou estão
contidas em documentos, rotinas, processos, práticas e normas organizacionais.
Cumpre destacar que o presente documento se espelhou, em sua estruturação e em algumas
das ações propostas, no Plano Estadual de Gestão do Conhecimento elaborado pela Secretaria
de Estado do Planejamento. A compreensão é que esse plano serviria de referencial para a
elaboração dos planos setoriais e que, nos casos em que as lacunas identificadas se
assemelham, as ações nele propostas poderiam servir de suporte ou implicar parcerias para o
enfrentamento do problema.
OBJETIVOS
Geral:
Fortalecer o patrimônio de conhecimento do DER/MG por veio da aquisição, criação,
compartilhamento e registro do conhecimento.
82
Específicos:
Definir estratégia de Gestão de Conhecimento para o DER/MG conforme política
estadual de gestão do conhecimento.
Dotar a instituição de ferramental que favoreça a implementação da Gestão do
Conhecimento.
Desenvolver ações e implantar práticas de GC que contribuam para suprir lacunas de
conhecimentos estratégicos, para o visando ao alcance da missão e dos objetivos
finalísticos e de apoio do DER/MG
Promover maior retenção e proteção do conhecimento gerado no DER/MG
Estimular a inovação mediante a criação ou adoção de instrumentos que viabilizem a
identificação de novas ideias.
Incrementar a produtividade mediante a redução de esforços de duplicidade, maior
rapidez na recuperação de informações e maior confiabilidade das informações
disponibilizadas.
O alcance desses objetivos conduzirá a resultados favoráveis, tanto para o público interno
quanto externo da instituição: maior agilidade e qualidade das entregas, maior integração
entre os setores, maior conhecimento das competências técnicas e individuais dos servidores,
redução do retrabalho, maior capacidade de atendimento às demandas e tomadas de decisão
melhor fundamentadas.
PROJETO: GDE ON LINE
Apresentação:
O Projeto GDE Online visa a disseminação de todos documentos e informações relevantes ao
servidor produzida pela gerência de Desenvolvimento. Ele está inserido na ação de
preenchimento da lacuna de conhecimento ―compartilhamento do conhecimento‖ prevista no
Plano de Gestão do Conhecimento, item ―c‖ das etapas de implementação que propõe:
―(c) Ampliação do espaço de utilização das Diretorias na intranet permitiria maior
compartilhamento do conhecimento produzido pelas unidades administrativas.
Estudo da ampliação do espaço cedido às diretorias
Identificação da melhor maneira de visualizar e/ou despertar o interesse por esse
campo na intranet
Solicitação às diretorias de definição dos conteúdos a serem disponibilizados nesses
espaços
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Definição de layout para apresentação dos conteúdos definidos.
Disponibilização na intranet dos conteúdos das diretorias‖, (Plano de Gestão do
Conhecimento, 2013).
Ao iniciar esse trabalho por essa Gerência pretende-se ter um projeto piloto que possa ser
estendido às demais diretorias e dar início à implementação das ações constantes no Plano de
Gestão do Conhecimento do DER/MG. Enquanto piloto, toda discussão sobre a maneira de
desenvolvê-lo seria feita juntamente com a Assessoria de Comunicação incluindo a
identificação da melhor maneira de visualizar e despertar o interesse do servidor, bem como
do melhor layout para apresentação dos conteúdos. Todo esse processo seria repassado
enquanto orientação para que os demais gestores também utilizem com qualidade o espaço a
eles destinados na página da intranet.
Dessa maneira, são definidos a seguir os conteúdos da gerência a serem disponibilizados e a
forma de visualização desejada para dar início à conversa com a Assessoria de Comunicação,
tão fundamental na execução dessa ação.
Objetivo:
Disponibilizar na intranet documentos e informações relevantes para o servidor produzidos
pela Gerência de Desenvolvimento (GDE).
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ANEXO D
PROJETO – COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM
Belo Horizonte, março de 2014
APRESENTAÇÃO
Comunidade de Prática e Aprendizagem no âmbito do DER/MG é um encontro mensal
voltado para a disseminação de conhecimentos adquiridos em cursos de pós-graduação e em
outras ações de desenvolvimento e para a troca de experiências sobre práticas profissionais
desenvolvidas na instituição. Parte-se do princípio de que a criação de espaços de
aprendizagem propicia o aprendizado organizacional por valorizar o aprendizado individual e
favorecer a integração da equipe, o compartilhamento de conhecimentos e de valores que
podem levar a resultados como produtividade e comprometimento. O aprendizado
organizacional é contínuo e resultado de uma aprendizagem individual ou coletiva. Sempre há
alguém que primeiramente aprende e pratica o conhecimento antes de torná-lo organizacional.
Por isso, é importante a oportunidade de disseminar o conhecimento adquirido como maneira
de fortalecer o grupo no qual o indivíduo está inserido seja no seu setor de trabalho, seja na
instituição como um todo. Nesse sentido, a COMUNIDADE DE PRÁTICA E
APRENDIZAGEM se caracteriza como espaço que:
Investe e valoriza as pessoas – valorização da pessoa enquanto ativo mais importante
da organização e da sua formação enquanto recurso de desenvolvimento e crescimento
pessoal, profissional e coletivo.
Propicia um ambiente enriquecedor - ambiente que promove a cooperação mútua,
apoio emocional, crescimento pessoal e sinergia de esforços.
Favorece a construção social do conhecimento – o conhecimento que surge na
interação entre as pessoas em comunidades e que se caracteriza por interação
intelectual, colaboração e crescimento mútuo.
Propicia perspectivas múltiplas – a medida em que as comunidades são realizadas os
métodos, enfoques, estruturas adquirem maior dinamicidade e qualidade e abrem-se
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espaços para outras abordagens de acordo com as necessidades de aprendizagem e
práticas identificadas na organização.
A fórmula da COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM contempla o
desenvolvimento profissional continuado, geralmente, integrado no ambiente de trabalho
buscando reunir pessoas interessadas, comprometê-las com proposta de compartilhamento,
fortalecer a confiança nas relações e a aprendizagem contínua. Trata-se, portanto, de um
evento que possibilita a construção colaborativa do conhecimento, alicerçada na partilha ou
ação multiplicadora de saberes.
1. OBJETIVO
Geral:
Disseminar conhecimentos e práticas adquiridos pelos servidores com vistas a melhoria do
desempenho profissional e ao fortalecimento da instituição.
Específicos:
Propiciar ambiente de cooperação e aprendizados mútuos na instituição;
Dar oportunidade às pessoas interessadas e não contempladas para participarem de
eventos de capacitação de conhecerem os conteúdos dos mesmos.
Integrar equipes
Valorizar o servidor que investiu em formação e desenvolveu novas práticas
profissionais.
2. PÚBLICO ALVO
A COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM tem como públicos:
Servidores do DER/MG que finalizaram cursos de pós-graduação, participaram de
eventos de capacitação ou desenvolveram práticas profissionais importantes para a
instituição.
Servidores do DER/MG integrantes da equipe do servidor-palestrante e integrantes
dos demais setores interessados no tema a ser apresentado.
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3. ASPECTOS METODOLÓGICOS E OPERACIONAIS
3.1 Aspectos Metodológicos
A COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM é um encontro promovido
sistematicamente pelo Núcleo de Desenvolvimento Corporativo da Gerência de
Desenvolvimento que possibilita o repasse dos novos conhecimentos e a troca de experiências
entre os servidores do DER/MG.
A motivação básica para a criação desse espaço, em 2012, foi a necessidade de repassar
conteúdos de cursos, congressos, seminários para os servidores da organização interessados,
mas privados de se inscreverem em decorrência do número de vagas ou recursos disponíveis.
A partir daí a proposta ampliou de maneira que a COMUNIDADE DE PRÁTICA E
APRENDIZAGEM tem, atualmente, três focos:
Formação – espaço para apresentação de monografias, dissertações e teses desenvolvidas
pelos servidores em cursos de pós-graduação financiados pelo Tesouro;
Capacitação – espaço para apresentação de conteúdos apreendidos em seminários,
congressos e eventos correlatos que tiveram maior número de interessados que vagas
disponíveis.
Práticas – espaço para apresentação de experiências e práticas profissionais importantes para
o alcance dos objetivos institucionais.
São realizados 09 encontros ao longo do ano assim distribuídos:
(a) Quatro no primeiro semestre – dois na sede e dois nas Regionais
(b) Cinco no segundo semestre – três na sede e dois nas Regionais.
A realização o encontro na Regional está condicionada ao servidor beneficiado com curso de
formação ou com determinada prática profissional e com a disponibilidade de recursos.
Quando o encontro acontece no nível regional, os servidores de regionais próximas são
convidados a participar.
Uma vez não tendo o encontro na Regional, os nove encontros devem acontecer na Sede.
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A seleção dos trabalhos a serem apresentados obedecem aos seguintes critérios de acordo com
os focos da Comunidade:
Foco na Formação – são escolhidas as monografias/dissertações/teses que tiveram melhor
avaliação e cujo tema está diretamente relacionado com os objetivos estratégicos do
DER/MG.
Foco na Capacitação – são escolhidos os eventos cuja procura foi maior que o número de
vagas disponibilizadas e cursos cujo conteúdo é altamente relevante para as atividades
desenvolvidas no DER/MG.
Foco nas Práticas – são escolhidas as práticas que resultaram em mudanças e celeridade de
processos, melhoria da produtividade e redução de custos sem comprometimento da eficácia.
As práticas consideradas para a COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM são
aquelas relacionadas pesquisas de materiais, solos e rochas (atividades de laboratório); ao
meio ambiente; à processos, à gestão; à projetos inovadores e outros.
O mapeamento das práticas é realizado pelo Núcleo nas unidades administrativas do DER por
meio de instrumento próprio (Anexo 1). Esse mapeamento é realizado todo mês de maio e as
apresentações são sempre no segundo semestre.
A recomendação é que todos os enfoques sejam contemplados ao longo do ano e que, pelo
menos, 50% dos temas abordados sejam voltados para a área finalística.
3.2 Aspectos Operacionais
A coordenação do evento é atribuída ao Núcleo de Desenvolvimento Corporativo, que se
responsabiliza pela divulgação, convite aos expositores e definição dos participantes.
Uma vez definidos os participantes é encaminhada comunicação formal com as orientações
sobre a apresentação para o servidor palestrante e convite a chefia imediata e colegas de
trabalho para participarem do evento e prestigiarem o colega.
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3.2.1 Divulgação
Além da divulgação proveniente dos convites específicos que fazem parte da lógica da
COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM, o evento é divulgado pela Assessoria
de Comunicação uma vez que ele é aberto a todo servidor do DER/MG, respeitado o limite e
a prioridade das vagas. As vagas são prioritárias para o público alvo do evento que recebe
convite específico.
Faz, também, parte da divulgação uma nota sobre o trabalho no Jornal Conexão e a
disponibilização do trabalho no site do DER/MG.
3.2.2 Carga horária e Calendário
A carga horária média de apresentação é de uma hora, podendo variar de acordo com as
diferentes temáticas e com a natureza da área de conhecimento contemplada.
Os encontros aconteceram de acordo com o seguinte calendário:
(a) Dia: às quintas- feiras da última semana de cada mês.
(b) Horário: de 9h às 10h.
3.2.3 Periodicidade:
Mensal a partir de março de cada ano, totalizando 09 encontros.
3.2.4 Local
As COMUNIDADES DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM serão realizadas nos seguintes
locais:
(a) Na Sede – em Belo Horizonte, no Centro de Treinamento 02, da Gerência de
Desenvolvimento, Av. dos Andradas 1120- Prédio C- 2º andar.
(b) Nas Regionais – nas Coordenadorias Regionais Polo quando houver disponibilidade
de recursos.
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3.2.5 Vagas e Inscrições
São, no máximo, 30 vagas tanto na Sede quanto nas Regionais.
As inscrições são feitas até a véspera do evento, obedecendo ao limite de vagas, pelo e-mail
3.2.6 Atribuições do expositor
(a) Ser pontual e observar o tempo de 1h para exposição
(b) Preparar a apresentação (Power point ou outro recurso)
(c) Disponibilizar material para plateia (resumo do trabalho, por exemplo)
(d) Solicitar ao NDC dos equipamentos necessários à exposição (preenchimento de check-
list de evento)
(e) Indicar de participantes (convidados) de seu interesse.
(f) Enviar ao NDC de cópia eletrônica do trabalho para disponibilização online e resumo
de uma página para publicização contendo título, objetivo, data de finalização,
metodologia, principais conclusões e conceito/nota final.
3.2.7 Benefícios para o expositor
O maior benefício da participação no COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM
refere-se à valorização da formação/trabalho do servidor porque a escolha obedece a critérios
de qualidade do trabalho desenvolvido e de utilidade para o serviço público, principalmente
para o DER/MG. Apesar disso, a participação nesse evento oferece ao servidor:
(a) Exposição de seu trabalho por meio de ampla divulgação (jornal, disponibilização no
site etc.)
(b) Certificado de participação no COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM
com o reconhecimento interno da qualidade e utilidade do trabalho apresentado.
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3.2.8 Avaliação Reativa
De acordo com a Norma Interna NI.GDE.002/2014 de xx de xxxx de 2014, a avaliação é um
recurso a ser adotado em suas principais atividades. A sua aplicação gera conhecimento sobre
a ação realizada permitindo o aprimoramento e a correção de rumos. Por essa razão, ao final
do evento, os participantes do COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM é
convidado a preencher uma ficha de avaliação reativa que, posteriormente, é processada pela
equipe do Núcleo de Desenvolvimento Corporativo (???) para os usos devidos. O conjunto de
avaliação decorrente dos quatro eventos anuais permite uma análise geral do evento para fins
de relatório anual do Setor e adequações para o ano seguinte.
O modelo de avaliação reativa adotado para esse evento consta do Anexo 1 deste documento.
4. COORDENAÇÃO E ATRIBUIÇÕES
A COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM conta com:
(a) Uma coordenação técnica/operacional.
(b) Apoio Logístico da equipe do NDC.
4.1 Atribuições da Coordenação
(a) Identificar, mapear e selecionar os trabalhos que comporão a COMUNIDADE DE
PRÁTICA E APRENDIZAGEM (monografias/dissertações/teses, práticas relevantes e
eventos de capacitação a serem repassados).
(b) Contatar o expositor informando que seu trabalho foi selecionado para apresentação na
COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM.
(c) Encaminhar ofício ao expositor com o objetivo do evento e as orientações necessárias
à sua realização.
(d) Identificar o público alvo e convidá-lo a participação no evento.
(e) Providenciar junto a Assessoria de Comunicação ações de divulgação (cartazes, mala
direta, nota no Conexxão e disponibilização do trabalho na web).
(f) Designar técnicos do seu quadro de colaboradores para o suporte na execução do
evento.
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(g) Coordenar técnica, pedagógica e administrativamente cada encontro.
(h) Apresentar o calendário semestral de encontros.
4.2 Atribuições do técnico indicado para dar suporte à coordenação
(a) Proceder a organização e apoio logístico do evento (preenchimento e
acompanhamento do check-list de eventos).
(b) Encaminhar convites ao público alvo do evento informado pela Coordenação.
(c) Controlar o número de inscritos e confirmar presença até dois dias úteis antes do
evento.
(d) Controlar frequência e proceder aos registros necessários no momento do evento.
5. IDENTIDADE VISUAL E DIVULGAÇÃO
Obedecendo a Norma Interna xxxx de xxx de xxxx da GDE, de que todo evento deve ter sua
identidade visual, o COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM tem os
instrumentos padrões abaixo relacionados e cuja descrição consta dos Anexos 2 a 5:
(a) Ofício padrão para formalização da participação no evento
(b) Convite padrão para chefia imediata
(c) Convite padrão para equipe
(d) Cartaz padrão para ampla divulgação
(e) Certificado de participação.
Todo material relacionado à COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM deve
fazer uso da seguinte marca:
Foram criados os seguintes materiais com o uso da sua marca identificatória: papel A4; convite, cartaz e
certificado.
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ANEXOS E
Ofício padrão para formalização da participação no evento
GDE/CI xxxx/xxxx
Belo Horizonte, xx de xxxxx de 2014.
Á
NOME DO SERVIDOR
SETOR
Prezado(a) Servidor(a),
Comunicamos a sua escolha para participar do COMUNIDADE DE PRÁTICAS E
APRENDIZAGEM com a exposição do seu trabalho sobre _________________________
(ou a exposição dos conteúdos do Seminário/Congresso sobre _____________) e o (a)
parabenizamos por essa conquista.
A comunidade de prática tem por objetivo ―Disseminar conhecimentos e práticas adquiridos
pelos servidores com vistas a melhoria do desempenho profissional e ao fortalecimento da
instituição‖ e, a sua participação, está relacionada ao critério de qualidade e utilidade do seu
trabalho para o serviço público, principalmente para o DER/MG.
O maior benefício da participação no COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM
refere-se à valorização da formação/trabalho do servidor, mas a sua participação nesse evento
lhe garante:
(a) A exposição de seu trabalho por meio de ampla divulgação (Jornal Conexxão e/ou
Disponibilização eletrônica no site etc.)
(b) Certificado de participação no COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM
com o reconhecimento interno da qualidade e utilidade do trabalho apresentado.
A sua apresentação obedece ao seguinte calendário:
Data:
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Local:
Horário:
Para tornar a sua participação mais efetiva, solicitamos-lhe as seguintes providências:
(a) Pontualidade e observação do tempo de 1h para exposição.
(b) Preparação da apresentação (Power point ou outro recurso)
(c) Disponibilização de material para plateia (resumo do trabalho, por exemplo)
(d) Solicitação ao NDC dos equipamentos necessários à exposição (preenchimento de
check list de evento)
(e) Indicação de participantes (convidados) de seu interesse.
(f) Envio ao NDC de cópia eletrônica do trabalho para disponibilização online e resumo
de uma página para publicização contendo título, objetivo, data de finalização,
metodologia, principais conclusões e conceito/nota final.
Aproveitamos para cumprimentá-lo (a) pelo trabalho e agradecer a sua participação.
Atenciosamente,
Marly Canassa
Gerência de Desenvolvimento
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ANEXO F – Convite padrão para chefia imediata e para equipe
Para a chefia:
Senhor Diretor/Gerente,
A Gerência de Desenvolvimento acreditando que juntos podemos contribuir para o sucesso e
qualidade dos trabalhos desenvolvidos no DER/MG. Por isso convida V.Sª a participar do
COMUNIDADE DE PRÁTICA E APRENDIZAGEM que contará com a apresentação de trabalho
desenvolvido pelo seu colaborador__________________________________. O trabalho do servidor
tem o reconhecimento dessa Instituição pela qualidade e contribuição que oferece ao alcance de
seus objetivos e a sua presença é muito importante.
Tema:
Modalidade: (monografia/dissertação/tese; prática, participação em curso/evento)
Data:
Horário:
Local:
Contamos com a sua presença.
Marly Canassa
Gerência de Desenvolvimento
95
Para a equipe:
Prezado Servidor,
A Gerência de Desenvolvimento acredita que juntos podemos contribuir para o sucesso e qualidade
dos trabalhos desenvolvidos no DER/MG. Por isso convida você a participar do COMUNIDADE DE
PRÁTICA E APRENDIZAGEM que contará com a apresentação de trabalho desenvolvido pelo seu
colega de equipe ___________________________________________. Esse trabalho tem o
reconhecimento dessa Instituição pela qualidade e contribuição que oferece ao alcance de seus
objetivos e a sua presença é muito importante.
Tema:
Modalidade: (monografia/dissertação/tese; prática, participação em curso/evento)
Data:
Horário:
Local:
Prestigie seu colega.
Marly Canassa
Gerência de Desenvolvimento
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ANEXO H – Certificado de participação
Logo Estado Logo DER/MG
CERTIFICADO
Certificamos que ________________________________________ participou da COMUNIDADE DE
APRENDIZAGEM no dia ___/___/_____ para exposição de seu trabalho sobre
__________________________________________________ cuja seleção foi decorrente do mérito
devido à sua qualidade e contribuição para o alcance dos objetivos estratégicos do Departamento de
Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER/MG).
Belo Horizonte, xx de xxxxxx de xxxxx
José Elcio Santos Monteze Sheila Maria de A. Gonçalves Marly Canassa
Diretor Geral Diretora de Planejamento, Gestão e Finanças Gerente de Desenvolvimento
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ANEXO I
Norma Interna da Gerência de Desenvolvimento (NI. GDE). 002/2014
Estabelecem diretrizes gerais para a realização das
atividades da Gerência de Desenvolvimento (GDE).
A Gerência de Desenvolvimento (GDE), vinculada à Diretoria de Planejamento e Gestão
Finanças (DPGF), no uso de suas atribuições que lhe confere o Art. X do Decreto 45.785 de
29/11/2011, resolve:
1. Estabelecer diretrizes gerais para a realização das atividades desenvolvidas pelos Núcleos
da Gerência de Desenvolvimento.
1.1 Toda atividade desenvolvida pelos Núcleos deverão se pautar pelas seguintes ações:
(a) Registros
(b) Monitoramento
(c) Comunicação
(d) Avaliação
2. DOS REGISTROS
2.1 Toda ação da Gerência deverá ser registrada no formato de Banco de Dados ou outra
Ferramenta Gerencial.
2.1.1 Entende-se por banco de dados qualquer sistema que armazene, logicamente, um
conjunto de dados e mantenha organizada uma série de informações relacionadas a
determinado assunto em uma determinada ordem.
2.1.2 O banco de dados deve ter as seguintes propriedades:
(a) Ser coleção de dados logicamente relacionados.
(b) Ser projetado e construído com dados para um propósito específico.
(c) Ser concebido para atender a um grupo de usuários.
(d) Ser representação de determinado aspecto do mundo real.
(e) Ser alterado ou atualizado mediante qualquer mudança na realidade.
(f) Possuir uma fonte de dados.
(g) Gerar relatórios gerenciais.
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2.2 A GDE, atualmente, conta com os seguintes bancos de dados: Banco de Talentos, Banco
de Informações sobre Cursos (Oportunidades), Banco da Avaliação de Desempenho e Banco
de Ações de Desenvolvimento.
2.2.1 Outros bancos de dados podem ser criados de acordo com as necessidades identificadas.
2.3 Os bancos de dados existentes e a serem criados na Gerência deverão ser regularmente
atualizados de maneira a fornecer prontamente qualquer informação solicitada.
2.4 O Núcleo que gerar a informação que alimenta qualquer um dos bancos existentes na
gerência deverá repassá-la, regularmente, ao Núcleo responsável pelo respectivo banco de
dados.
2.5 Os dados disponíveis nos diversos bancos devem ser utilizados na geração de diagnósticos
e relatórios específicos para melhor compreensão da realidade do DER/MG neles contidas.
3. DO MONITORAMENTO
3.1 As ações desenvolvidas pelos Núcleos que compõem a GDE deverão se monitoradas no
que se refere aos seus processos principais e resultados.
3.1.1 Entende-se por monitoramento o processo rotineiro de acúmulo de informações sobre
determinada atividade que permite a checagem do seu progresso de maneira sistemática e com
propósitos claros.
3.1.2 O monitoramento é essencial para que o gestor conheça a evolução da situação que
enfrenta e aprecie os resultados de suas ações, de forma a ser possível a tomada de decisões
que possam resultar em modificações tempestivas.
3.2 O monitoramento das ações dos Núcleos que compõe a GDE deve operar com um
conjunto de indicadores de processos e resultados, validados pela gerência no início de cada
ano, que informe sobre o andamento das atividades e a sua eficácia.
3.2.1 A operacionalização do monitoramento dos indicadores exige o registro da fórmula ou
descrição, da periodicidade de apuração, da fonte de informação e das metas pela coordenação
de cada Núcleo e o seu acompanhamento.
3.2.2 O monitoramento do desempenho dos Núcleos, a cargo do gerente, deverá ocorrer
semanalmente, em caráter preferencial, através de reunião com coordenadores.
100
4. DA COMUNICAÇÃO
4.1 A GDE deve se pautar por uma identidade visual e pela divulgação das suas atividades.
4.2 Entende-se por identidade visual o conjunto de elementos formais que representa
visualmente, e de forma sistematizada as ações da GDE. Trata-se da definição do conjunto de
imagens, cores, símbolos, logotipos, fontes e padrões visuais que irão representar suas ações
com o objetivo de transmitir a imagem da Gerência e oferecer uma padronização visual de
seus documentos e projetos.
4.2.1 A GDE deverá ter seu plano de identidade visual que contemple:
(a) logomarca para os principais projetos.
(b) padronização de relatórios (capa e formatação – margem, fonte, espaçamento títulos,
subtítulos, cores utilizadas etc.).
(c) Convites, cartazes, certificados e outros com texto padrão e relacionado à imagem e cores
definidas para cada projeto.
4.3 Toda Comunicação ou documento interno deverá ter no rodapé o slogan da Gerência:
―Gerência de Desenvolvimento: criando competências e construindo conhecimento‖.
4.4 Toda ação estratégica da Gerência deverá ter ampla divulgação.
4.4.1 Toda divulgação deve passar obrigatória e primeiramente pela Assessoria de
Comunicação do DER/MG
4.4.2 Devem fazer parte da estratégia de divulgação as seguintes ações:
(a) Os Núcleos deverão ter mala direta atualizada de todos os servidores do DER/MG para,
em caso de necessidade, reforçar a divulgação feita pela Assessoria de Comunicação.
(b) Toda oferta de cursos ou participação em eventos, obedecendo sempre a especificidade de
cada projeto, deverá ser comunicada a todos servidores mesmo que a indicação tenha de ser
do seu superior.
(c) As especificidades dos cursos que implicam qualquer tipo de ônus para o servidor devem
ser claramente comunicadas e o conhecimento por parte do servidor certificado (registrado).
(c) O Jornal Conexxões e a intranet são instrumentos obrigatórios para a divulgação das ações
da Gerência e deverão ser constantemente alimentados de informações.
5. DA AVALIAÇÃO
5.1 A avaliação é um recurso que deve ser adotado nas principais atividades da GDE.
5.1.2 A avaliação é uma condição imprescindível em qualquer atividade, pois gera
conhecimento sobre a ação que se realiza, fornece dados para verificação da efetividade do
101
caminho escolhido e permite aprimoramento e correção de rotas, quando necessário. A prática
possibilita verificar a pertinência, consistência, coerência e viabilidade da ação desenvolvida.
5.2 A GDE, atualmente, conta com as seguintes avaliações: Avaliação de Desempenho do
Servidor; Avaliação de Cursos; e Avaliação de Egressos.
5.2.1 Outras avaliações podem ser criadas de acordo com as necessidades identificadas.
5.2.2 Constituem-se orientações sobre os processos avaliativos:
(a) A Avaliação de Desempenho dos Servidores tem Núcleo específico e diretrizes da
Secretaria de Planejamento que devem ser rigorosamente obedecidas.
(b) Todo Curso/evento freqüentado pelo servidor deve ter uma avaliação reativa a ser
respondida pelo servidor imediatamente após a finalização do curso e, quando não for
possível, até 15 dias após a sua finalização.
(c) A avaliação de egressos deve ser realizada anualmente com todo participante de cursos de
pós-graduação financiado pela FAPEMIG/PCRH e com sua chefia imediata.
(d) A GDE deve realizar, periodicamente, pesquisa de satisfação para avaliar a percepção dos
servidores do órgão sobre a sua atuação.
(e) Todo instrumento de avaliação deve ser revisto e adequado periodicamente de maneira a
melhorá-lo e a torná-lo mais efetivo.
6. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
7.1 Os casos omissos serão resolvidos pela Gerência.
7.2 - A presente Norma entra em vigor a partir dessa data.
Belo Horizonte, xx de janeiro de 2014
Marly Canassa
Gerente de Desenvolvimento
102
ANEXO J
Norma interna para participação dos servidores nas ações de desenvolvimento
promovidas pela gerência de desenvolvimento do DER/MG – NI.GDE.001/2014
Define critérios para participação do servidor em ações de
desenvolvimento do DER/MG.
1. DO OBJETO, OBJETIVO E COMPETÊNCIA.
1.1 As ações de desenvolvimento para os servidores do DER/MG são realizadas pelo Núcleo
de Desenvolvimento Corporativo (NDC) da Gerência de Desenvolvimento (GDE) vinculada à
Diretoria de Planejamento, Gestão Finanças (DPGF).
1.2 Constitui-se objetivo do NDC ―Ampliar os conhecimentos, as capacidades e as
habilidades dos servidores por meio de ações de qualificação (educação formal) e do
treinamento e aperfeiçoamento a fim de aprimorar seu desempenho funcional e desenvolver
suas competências individuais para o cumprimento dos objetivos institucionais‖.
1.3 Compete ao NDC atuar de maneira integrada com as demais Unidades do DER/MG,
somando esforços para mapear demandas, identificar complementaridades, articular
oportunidades e mobilizar competências para construir a agenda de formação continuada do
DER/MG, focada em compartilhamento e transferência de conhecimentos e tecnologias.
2. DAS AÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
2.1 As ações poderão ser presenciais ou à Distância e deverão ter correlação com as
atividades desenvolvidas pelo servidor e/ou com os objetivos estratégicos do DER/MG.
2.2 - As ações de desenvolvimento poderão ser:
(a) Participação em Cursos e Treinamentos internos e externos.
(b) Participação em Encontros, Congressos, Seminários ou eventos e similares.
3. CRITÉRIOS PARA MANISFESTAÇÃO DE INTERESSE DE PARTICIPAÇÃO NAS
AÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
3.1 O interessado deverá ter vínculo de trabalho com o DER/MG: Efetivo, Recrutamento
Amplo, MGS (Só curso interno e ou à distância sem custo).
103
3.2 O interessado em cursos de Mestrado e Doutorado deverá ter até 10 anos para se
aposentar.
3.3 O interessado não poderá estar afastado por licença médica, prêmio, férias e outros.
3.4. O interessado deverá ter, no mínimo, seis (06) meses de trabalho no DER/MG, exceto
para cursos que sejam imprescindíveis para o desempenho de suas atividades, devidamente
justificado.
3.5 O interessado deverá ser indicado pela Direção ou Chefia Imediata.
3.6 O interessado poderá solicitar participação em até três (03) ações de capacitação no ano.
Parágrafo único: toda demanda de ação de desenvolvimento deve ser dirigida à GDE para
análise dos critérios definidos nessa norma e posterior aprovação do Diretor Geral.
4. CRITÉRIOS PARA ATENDIMENTO DE DEMANDAS POR AÇÕES DE
DESENVOLVIMENTO
4.1 Serão levados em consideração como critérios de atendimento:
(a) Disponibilidade orçamentária.
(b) Necessidade identificada por meio da Avaliação de Desempenho.
(c) Avalições de Desempenho satisfatórias (= ou > 70) nos últimos três anos.
(d) Cursos mais solicitados.
(e) Diretorias e Coordenadorias menos contempladas com ações de desenvolvimento no ano
anterior.
(f) Autorização do Diretor ou Chefia Imediata.
(g) Alinhamento do curso com a atividade do participante no DER/MG ou com a finalidade
estratégica do DER/MG.
4.1.1 – A ordem de recebimento das demandas funcionará como critério de desempate se
houver mais candidatos que vagas após a consideração dos critérios elencados acima.
5. DAS PROIBIÇÕES
5.1 - Não serão autorizadas participações em ações de desenvolvimento que não possuam
relação direta com as atribuições e o ambiente organizacional de lotação do requerente ou
com a finalidade estratégica do DER/MG.
5.1.1 - As exceções deverão ser analisadas conjuntamente pelas chefias imediatas e máximas
das Unidades que deverão encaminhar documento à GDE, com Justificativa e assinatura do
104
dirigente máximo da Unidade, responsabilizando-se pela autorização e pelas informações
prestadas.
5.2 - Os servidores já inscritos em algum curso não poderão se inscrever em outro que venha
a ocorrer no mesmo período.
6. DOS COMPROMISSOS
6.1 - Compete ao Núcleo de Desenvolvimento de Corporativo:
(a) Orientar o interessado sobre todos os procedimentos necessários para sua inscrição ou
participação nos cursos/eventos.
(b) Divulgar amplamente os cursos/eventos para todos os servidores e realizar o levantamento
de demandas.
(c) Acompanhar os cursos/eventos, respeitando as condições definidas pelas instituições
fornecedoras.
(d) Aplicar avaliação reativa e elaborar relatórios avaliativos para as instâncias pertinentes;
(e) Supervisionar os cursos/eventos garantindo os meios necessários a sua execução.
(f) Acompanhar a participação dos alunos exigindo relatórios de frequência.
(g) Subsidiar as instituições de toda documentação necessária nos prazos por elas definidos.
(h) Informar às respectivas chefia a frequência dos servidores participantes dos cursos/eventos
promovidos.
(i) Manter um banco de dados para armazenamento das informações relacionadas às ações de
desenvolvimento realizadas pelos servidores com vistas a subsidiar o plano estratégico da
Instituição e assegurar informações complementares aos processos de Progressão por
Capacitação Profissional, nos termos da legislação pertinente.
(j) Checar se a instituição de ensino é credenciada pelo MEC (no caso de pós-graduação),
cadastrada no portal de compras e o tempo de atuação no mercado (no caso de
capacitações/eventos).
6.2 - Compete às Chefias:
As chefias exercem papel fundamental na capacitação dos servidores lotados em sua unidade,
sendo um parceiro indispensável no processo de desenvolvimento de pessoas do órgão.
(a) Planejar a participação de sua equipe em cursos/eventos assegurando o acesso a todos os
servidores lotados na sua unidade.
(b) Informar à GDE as necessidades de ações de desenvolvimento de sua equipe respondendo
ao levantamento de demandas no período apropriado.
105
(c) Estabelecer as prioridades para a demanda interna, autorizando os servidores que
participarão de cada curso.
(d) Compatibilizar horário de trabalho do servidor com o horário do curso/evento, de forma a
não prejudicar as atividades da unidade nem a sua participação.
(e) Acompanhar a frequência do servidor ao curso.
(f) Dar ao servidor a oportunidade de aplicação dos conhecimentos adquiridos no
curso/eventos.
(g) Responder ao questionário ou entrevista para a Pesquisa de Egressos de Cursos de Pós-
Graduação.
6.3 - Compete aos participantes dos cursos/eventos:
(a) Compatibilizar a sua carga horária de trabalho com o curso, de forma conciliatória com a
sua chefia e as necessidades de sua unidade.
(b) Informar-se com antecedência de todas as condições de participação nos cursos/eventos.
(c) Inscrever-se no curso mediante preenchimento de ficha de intenção, na qual deve constar o
pronunciamento da respectiva chefia.
(d) Comunicar-se com polidez com professores/palestrantes/facilitadores, coordenadores do
curso e demais participantes.
(e) Apresentar ao Núcleo de Desenvolvimento Corporativo o folder do curso de pós
graduação até 20 (vinte) dias antes do inicio do curso e/ou da reunião da Câmara do PCRH.
Só pós????
(f) Terminar a monografia/dissertação/tese no prazo estabelecido pela instituição de ensino
em que se encontra matriculado.
(g) Prestar conta ao Núcleo de Desenvolvimento Corporativo 30 (trinta) dias após a aprovação
da monografia/dissertação/tese.
(g) Responder ao questionário ou entrevista para a Pesquisa de Egressos de Cursos de Pós-
Graduação.
(h) Apresentar na atividade ―Comunidade de Prática e Aprendizagem‖ seu trabalho de
conclusão ou conteúdos de capacitação/eventos quando demandado pela GDE.
(i) Preencher a avaliação reativa, quando solicitada.
106
7. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
7.1 - As orientações contidas nesse documento são de natureza geral e a elas devem ser
acrescentadas as orientações das instituições que oferecem os cursos/eventos respeitando seus
regulamentos e manuais.
7.2 - Os casos omissos serão resolvidos pela DPCF/GDE, através de comunicação formal às
partes interessadas.
8.3 - A presente Norma entra em vigor a partir dessa data.
8.4 – Implantar modelo de pré inscrição das duas modalidades de cursos: pós-graduação e
capacitação.
Belo Horizonte, xx de janeiro de 2014
Sheila assina??????
É necessário passar pela procuradoria? É norma da diretoria, da gerência ou do DER/MG?
107
ANEXO K – Projeto de Reformulação do Banco de Oportunidades
Objetivo Geral
Propiciar acesso ao maior número de oportunidades ( instituições/cursos de especialização)
aos servidores lotados nas quarenta regionais do DER/MG, facilitando a logística através da
divulgação de cursos nas proximidades da regional em que o servidor está lotado.
Objetivos específicos
Diminuir custos com transporte e diárias
Listar as oportunidades de escolha da instituição e do curso de formação desejado
Incentivar o desenvolvimento do servidor
Aumentar o número de servidores especializados
Distribuição mais homogênea de oportunidades
Público Alvo
Servidores efetivos e de recrutamento amplo do DER/MG, graduados e que atendam
os pré-requisitos estabelecidos pela FAPEMIG em seu Manual do PCRH versão 2009.
Metodologia
O Banco de Oportunidades, é uma ferramenta que existe desde de 2011, porém encontra-
se incompleto, uma vez que contém poucas opções de cursos de especialização e as
respectivas instituições disponíveis nas cidades em que se situam as quarenta regionais do
DER.
Para que o servidor conheça as oportunidades geograficamente próximas da sua
localização, evitando custos com diárias e transporte e a desmotivação, muitas vezes
causadas pela distância, estamos propondo a reformulação do Banco de Oportunidades.
O foco do Banco de Oportunidades é inicialmente a formação que se dá através da
conclusão de cursos de especialização, com a perspectiva de no futuro abranger
oportunidades de capacitação.
A reformulação será realizada em cinco etapas:
Consultar através do site http://emec.mec.gov.br/ as instituições melhores
avaliadas de cada cidade em que se encontre uma regional do DER,
considerando IGC igual ou superior a três para cursos de pós graduação e igual
ou superior a quatro para mestrado;
108
Pesquisar no site da respectiva instituição os cursos de especialização
ofertados;
Verificar se existe alinhamento com a estratégia do DER;
Alimentar planilha do Banco de Oportunidades;
Criar Banco de Oportunidades versão ACCESS;
Os quatro primeiros passos acontecerão simultaneamente.
Os casos em que não houver Instituições de Ensino que ofereçam
especializações na cidade desejada ou que as Instituições não obtiver nota
mínima pré-estabelecida para concessão de bolsas ou ainda Instituições cujos
cursos não estejam alinhados com a estratégia do DER, serão indicadas no
Banco Oportunidades, através de observação.
Aspectos Operacionais
A Reformulação do Banco de Oportunidades é de competência do Núcleo de
Desenvolvimento Coorporativo-NDC.
Coordenação e Equipe
Coordenador do Projeto
Carolina de Almeida Lemos
Equipe responsável pela execução:
Stefânia Mendes Pereira ( estagiária)
Bruno de Oliveira Barbosa ( ASPROM)
Atribuições da Coordenação
Contribuir na análise do alinhamento dos cursos à estratégia do DER
Monitorar o cumprimento dos prazos
Acompanhar semanalmente o desenvolvimento das atividades e sugerir
modificações
109
Dar sugestões acerca da elaboração de identidade visual para o Banco de
Oportunidades
Revisar o produto final
Atribuições da Equipe
Fazer consultas e pesquisas necessárias nos sites do EMEC e das Instituições
de Ensino
Analisar o alinhamento dos cursos à estratégia da Autarquia
Alimentar planilha do excel
Criar o Banco de Oportunidades na versão ACCESS
110
ANEXO L
GDE ONLINE
Acesso: pela intranet
Espaço das diretorias – Diretoria de Gestão de Pessoas – Gerência de Desenvolvimento
Ao clicar em Gerência de Desenvolvimento aparecem as seguintes informações:
Objetivo da GDE: texto
Nota: No caso do Banco de Talentos, criar e colocar a logomarca que remete ao acesso ao
sistema banco de talentos.
1. NÚCLEOS
Ao clicar em ―Núcleos‖ aparece a seguinte informação:
Núcleo de Projetos Especiais (NPE)
Núcleo de Desenvolvimento e Capacitação (NDC)
Núcleo de Gestão do Conhecimento (NGC)
Núcleo de Avaliação (NAD)
3. Banco de Talentos
2. Cursos 1. Núcleos
111
1.1 Núcleo de Projetos Especiais (NPE)
Núcleo de Projetos Especiais (NPE)
Assessora a gerência na elaboração e implementação de novas práticas de trabalho de alcance
interno e externo. No âmbito interno o Núcleo desenvolve ações que aprimoram os processos
de trabalho dos núcleos que compõem a Gerência de Desenvolvimento e, no âmbito externo,
ações que se estendem ao conjunto das diretorias da DER/MG. Assim, suas ações tendem a
ser diversificadas e dinâmicas.
Concurso Público
Banco de Talentos
Gestão do Conhecimento
Banco de Oportunidades
Concurso Público
De acordo com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG) será realizado,
em 2013, concurso público para as carreiras de AGTOP, GTOP, FTOR e FATOR.
Notícias
Banco de Talentos
Trata-se de ferramenta de gestão estratégica de pessoas que concentra informações
profissionais do servidor de maneira à:
Identificar quem é quem dentro da instituição;
Proporcionar o levantamento de indicadores estatísticos na área de gestão de pessoas;
Permitir a estruturação de currículos dos servidores;
Dar publicidade a produção científica (pesquisas, artigos etc.) dos servidores;
Captar talentos internos para formação de equipes, atuação em projetos específicos,
estruturação de novas unidades de trabalho, prestar serviços de cooperação técnica e
outros;
112
Permitir o levantamento histórico dos dados da instituição.
Dados
Notícias
Download
Gestão do Conhecimento
Exigência de Governo contida no Decreto 55 de 27 de julho de 2012. Essa diretriz se sustenta
na constatação da perda de informação no âmbito do Estado decorrente da ausência de rotina
de registros e da perda de servidores que, em geral, carregam com eles todo o conhecimento
tácito e explicito importante para a instituição. Trata-se, portanto, de processo voltado para
criação, captura, armazenamento, disseminação, uso e proteção da informação que objetiva
organizar, de forma estratégica, os conhecimentos dos colaboradores e os conhecimentos
externos, que são fundamentais para o sucesso do órgão.
Notícias
Download
Banco de Oportunidades
Identificação de instituições de ensino que oferecem cursos de pós-graduação e sua avaliação.
Consulta
1.2 Núcleo de Desenvolvimento e Capacitação (NDC)
Desenvolver xxxxxxxxxxxxxxxx
2. CURSOS
113
Ao clicar na opção ―Cursos‖ o usuário encontrará as seguintes possibilidades:
Ao clicar na opção ―Criar demanda‖ aparecerá o seguinte formulário de preenchimento:
Formulário de Demanda
1. DEMANDANTE: |____________________|
2. LOTAÇÃO: |___| Barra de rolagem com relação de diretorias e 40 CRG
3. TELEFONE |__________________| E-MAIL |_______________________|
4. CLASSIFICAÇÃO DO CURSO: |___| Barra de rolagem com as opções: doutorado,
mestrado, especialização, aperfeiçoamento e capacitação.
5. MODALIDADE: |___| Barra de rolagem com as opções: presencial e à distância.
6. NOME DO CURSO: |___| As opções anteriores já filtrarão os cursos que constarão dessa
barra de rolagem. (colocar opção ―Outro‖ ______________
NÚMERO DE SERVIDORES INDICADOS: |___| Barra de rolagem com números de 1 a xx.
Com a informação acima o sistema gera automaticamente o número de caixas a serem
preenchidas:
7. DADOS DO SERVIDOR:
Servidor 1:
NOME: |__________________| MASP: |_______________| RAMAL: |__________|
E-MAIL: |________________________|
Servidor 2:
NOME: |__________________| MASP: |_______________| RAMAL: |__________|
E-MAIL: |________________________|
Servidor 3:
NOME: |__________________| MASP: |_______________| RAMAL: |__________|
E-MAIL: |________________________|...
Criar demanda
Cancelar demanda
114
5. *|___| Servidor ciente da indicação (marcar x)
*|___| Chefe imediato ciente da solicitação
(clicar e automaticamente cai em e-mail próprio [email protected])
Após envio, aparece a mensagem:
Demanda enviada com sucesso!
Aguarde contato da GDE para formalização da proposta.
Como a pessoa pode querer mais de um curso aparecem as opções abaixo:
|___| Finalizar (encerra a demanda)
|___| Fazer outra operação (gera novo formulário, mas com campos 1, 2 e 3 já preenchidos)
OBS. Campos com asterisco (*) são obrigatórios – todos de e-mail devem ser.
Ao clicar na opção ―Cancelar demanda‖ aparece o seguinte formulário:
Formulário de Cancelamento de demanda
2. NOME DO SOLICITANTE: |______________________|
LOTAÇÃO: |___| Barra de rolagem com as diretorias e 40 CRG
3. TELEFONE: |_____________| E-MAIL: |__________________|
4. CLASSIFICAÇÃO DO CURSO CANCELADO: |___| Barra de rolagem com as opções:
doutorado, mestrado, especialização, aperfeiçoamento e capacitação.
5. MODALIDADE DO CURSO CANCELADO: |___| Barra de rolagem com as opções:
presencial e à distância.
6. NOME DO CURSO CANCELADO: |___| As opções anteriores já filtrarão os cursos que
constarão dessa barra de rolagem.
NÚMERO DE SERVIDORES EXCLUÍDOS: |___| Barra de rolagem com números de 1 a xx.
ENVIAR
115
Com a informação acima o sistema gera automaticamente o número de caixas a serem
preenchidas:
7. DADOS DO SERVIDOR:
Servidor 1:
NOME: |__________________| MASP: |_______________| RAMAL: |__________|
E-MAIL: |________________________|
Servidor 2:
NOME: |__________________| MASP: |_______________| RAMAL: |__________|
E-MAIL: |________________________|
7. *|___| Servidor ciente do cancelamento (marcar x)
*|___| Chefe imediato ciente do cancelamento
(clicar e automaticamente cai em e-mail próprio [email protected])
Após envio, aparece a mensagem:
Cancelamento realizado com sucesso!
Como a pessoa pode querer cancelar mais de um curso aparecem as opções abaixo:
|___| Finalizar (encerra a demanda)
|___| Fazer outra operação (gera novo formulário, mas com campos 1, 2 e 3 já preenchidos)
OBS. Campos com asterisco (*) são obrigatórios – todos de e-mail devem ser.
3. Banco de Talentos
Ao clicar na caixa ―Banco de Talentos‖ cai no sistema criado para a sua consulta.
ENVIAR
116
ANEXO M
QUESTIONÁRIO APLICADO À RESPONSÁVEL
1 - Como o DER acompanha o que o funcionário aprende sobre o trabalho (que não consta em
manuais) para alcançar as metas designadas?
1 B – Na sua opinião a organização incentiva o funcionário a dar continuidade à
aprendizagem?
2 – O conhecimento sobre o trabalho que o DER detém em apostilas ou outros treinamentos
que não dependam dos atuais funcionários é suficiente para treinar os futuros
contratados?
2 B – Existe possibilidade do conhecimento ser recuperado pelos membros da organização?
3 – Existe alguma busca sobre melhores formas de se trabalhar dentro DER?
4 – O que o DER faz para levantar necessidades de treinamento e avaliar o desempenho dos
funcionários?
5 – Tem algo que você considera importante que eu tome conhecimento e que não tenha
perguntado?
6 – Qual a sua percepção sobre Aprendizagem Organizacional (criação e disseminação sobre
conhecimento a respeito do trabalho que é realizado) no DER?