instituto de biologia | instituto de biologia - , albânia ... - ne441 2013/12a aula...detêm o...

32

Upload: others

Post on 27-Apr-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique
Page 2: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

África do Sul, Albânia, Botswana, Bulgária, Etiópia, Fiji, Gabão, Índia, Jordânia, Laos, Mauricio, México, Micronésia, Panamá, Ruanda, Síria, Seicheles, República Tcheca, Áustria, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Hungria, Itália, Luxemburgo, Holanda, Suécia e Grã-Bretanha concordaram em compartilhar seus recursos genéticos e os possíveis benefícios de descobertas na área. O Protocolo de Nagoya agora tem 37 adesões. O acordo foi adotado em 2010, na cidade japonesa de Nagoya, e entrará em vigor 90 dias depois do 50º país ratificar o documento.

Page 3: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique
Page 4: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique
Page 5: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique
Page 6: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

Reportagem publicada pelo jornal Valor, 29-04-2013 Consenso à vista sobre Protocolo de Nagoya Apesar de o Brasil ter sido um dos países responsáveis pela concepção do Protocolo de Nagoya, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) ainda busca consenso dentro do governo para a aprovação do texto no Congresso. A bancada ruralista é contra a votação do texto do protocolo, que segue parado à espera de votação desde abril de 2012. O documento prevê o pagamento de royalties para o país que fizer uso de biodiversidade originada em outro. O Valor apurou que, agora, aprovação do texto está condicionada à criação de uma nova lei nacional para regulamentação da utilização e do pagamento de recursos genéticos e à participação do Brasil em tratados complementares ao Protocolo de Nagoya. Apesar dos contratempos, as discussões em torno do protocolo ganharam força nos últimos dias, após uma série de entendimentos entre os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. A principal delas é um projeto de lei preparado pelo Ambiente para substituir a Medida Provisória 2186/2001, que regula o acesso e repartição de recursos genéticos. O Valor teve acesso ao rascunho do texto e constatou que a nova lei deverá incluir uma cláusula que não permita o aumento de preços ao consumidor por conta do pagamento dos royalties para a agricultura. Pelo texto original da MP, o repasse é obrigatório, mesmo que isso prejudique o consumidor.

Page 7: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

Além disso, a nova legislação buscará incentivar aportes em pesquisas com biodiversidade nacional para a agricultura. A MP é confusa nesse ponto e suas regras para acesso à biodiversidade nacional não são seguidas. Outro assunto que avançou na última semana entre os dois ministérios foi a concordância em apoiar a criação de novos tratados que complementem Nagoya. Até a semana anterior, sem apoio da bancada ruralista e do Ministério da Agricultura, o Ministério do Meio Ambiente teve que ceder e concordou em apoiar estudos para tratados que incluam animais e microorganismos. "Apesar de aparecerem ideias diferentes quanto ao assunto, não quer dizer que não há um processo de convergência política em curso", afirmou Roberto Cavalcanti, secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente. A Pasta não aceitava condicionar a aprovação de Nagoya à discussão de outros tratados para a regulação de alimentos - como, por exemplo, o Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para Agricultura e Alimentação (Tirfaa), da Organização Mundial para Agricultura e Alimentação (FAO). Esse tratado inclui exceções de pagamentos a diversos recursos genéticos vegetais e possui um mecanismo para facilitar o acesso a pesquisas. Esse problema foi superado na semana passada, com a assinatura de um aviso conjunto da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do ministro da Agricultura, Antônio Andrade. O documento foi encaminhado ao Itamaraty e levado a Roma para uma reunião da FAO na semana entre 15 a 19 de abril. Ele mostra que o país é favorável a novas discussões em relação à criação de outros tratados. A partir de agora, o Brasil quer que a FAO discuta a criação de acordos que funcionem em sintonia com Nagoya.

Page 8: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

O trabalho do governo tem sido integrado tanto no Protocolo de Nagoya quanto no novo marco legal para o setor, disse Cavalcanti. "O MMA está comprometido com a busca de soluções que viabilizem a aprovação dos marcos legais de uso e conservação da biodiversidade", explicou. Hoje, o protocolo tramita pelo legislativo e o executivo está fazendo a sua parte para acelerar a revisão da legislação, disse Cavalcanti. Ainda não está definido como será feita a repartição do uso da biodiversidade. O pagamento pode ser monetário, por meio de transferência de tecnologias e até mesmo com projetos de conservação e uso sustentável das espécies. A bancada ruralista reclama que, apesar de depender de votação no Congresso, as discussões do protocolo estão concentradas no poder Executivo, como realçou o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC). Ele também acredita que o Ministério da Agricultura é pouco representado nas discussões. "As opiniões e representações estão muito focadas no Meio Ambiente. Por isso, vamos levar uma proposta ao ministro Antônio Andrade para a criação de um grupo de trabalho permanente para discutir o assunto". "Os deputados estão pedindo mais esclarecimentos sobre o projeto de lei e entendemos que é justa a reivindicação. A revisão do marco legal está sendo realizada em consulta a vários setores como, por exemplo, o fármaco, o rural e o industrial. Existe uma pressão grande dos setores para uma legislação efetiva", afirmou Roberto Cavalcanti.

Page 9: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

"Os deputados estão pedindo mais esclarecimentos sobre o projeto de lei e entendemos que é justa a reivindicação. A revisão do marco legal está sendo realizada em consulta a vários setores como, por exemplo, o fármaco, o rural e o industrial. Existe uma pressão grande dos setores para uma legislação efetiva", afirmou Roberto Cavalcanti. O protocolo, que só poderá entrar em vigor depois de ser ratificado por 50 países, afetará toda a cadeia de produtos oriundos de outras nações. A Colômbia, conforme uma fonte do Ministério da Agricultura, já puxou a fila e informou que pretende cobrar 30% pelo uso da batata. Por enquanto, apenas 19 países ratificaram o acordo, assinado por mais de 100 nações no total. Ao assinar o acordo, afirma a fonte da Agricultura, o Brasil ignorou vários pontos que ainda não estão claros, como a forma da cobrança. No caso de sementes, por exemplo, também não se sabe se variedades existentes serão passíveis de cobrança ou se só as novas, sejam elas convencionais ou transgênicas.

Page 10: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

O Brasil e o Protocolo de Nagoya

O prazo para que o Brasil garanta assento à mesa de negociações em torno

de regras internacionais sobre a conservação da biodiversidade no mundo

está se esgotando. Se o país quiser ter direito de decidir sobre

mudanças ou detalhamentos do Protocolo de Nagoia, assinado em 2010

para regular o acesso a recursos genéticos e à repartição dos

benefícios por produtos a partir desses bens, tem que apresentar sua

ratificação na Organização das Nações Unidas (ONU) até junho do

próximo ano.

“O protocolo só começa a valer para o país 90 dias depois que ele apresenta

seu voto na ONU e há grande expectativa em relação ao Brasil. Seria bom o

Brasil ratificar o quanto antes”, explicou Bráulio Dias, secretário executivo da

Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CDB).

Dezenove (37) países já ratificaram o acordo e outras nações sinalizaram

que estão em fase final de análise. A expectativa dos representantes da CDB

é que, na próxima Conferência das Partes, marcada para outubro de 2014,

na Coreia, pelo menos 50 países terão ratificado o acordo internacional,

fazendo com que o tratado passe a ter validade efetiva em nível

internacional.

Page 11: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

A expectativa baseia-se, principalmente, na sinalização dada recentemente pela União Europeia, que já concluiu um estudo dos impactos do Protocolo de Nagoia sobre o marco legal e a economia do bloco. “Agora, os europeus avançam na proposição de uma legislação e todos os países vão iniciar processos internos de discussão para referendar o protocolo. Teremos + 27 países, e estaremos muito perto dos 50”, contabilizou Dias. O dirigente da CDB reconhece que o tema gera incertezas, mas garante que a informação adequada pode dissolver impasses entre os setores que têm interesse no uso desses recursos. Segundo ele, o Brasil já tem vantagem por ser uma das poucas nações com legislação nacional que está sendo revisada e com um sistema de governança estabelecido, conduzido pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (Cgen), responsável pela regulação e autorização desses acessos. “Isso são vantagens que facilitam para o Brasil e que agora precisam ser alinhadas com o marco internacional, o Protocolo de Nagoia”, disse Dias. O princípio da repartição de benefícios foi estabelecido durante a Rio92, com um consenso entre os países. Eles concordaram que era preciso estabelecer uma relação de equilíbrio entre as nações que detêm os recursos naturais e as que se desenvolveram e continuam se beneficiando desses bens como matérias-primas de produtos comercializados por vários setores, como a indústria farmacêutica e de cosméticos. “A dificuldade é como operacionalizar. Todos entendem a necessidade de promover a repartição de benefícios. Não é justo que só países em desenvolvimento tenham responsabilidade com a conservação. É uma relação assimétrica que precisa ser corrigida para que os esforços de conservação deem um retorno para esses países”, acrescentou Dias.“

Page 12: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

O Brasil é apontado como o campeão mundial da biodiversidade, podendo obter benefícios significativos com o tratado. Mas, o país ainda precisa equacionar impasses, como o receio do setor agrícola de que a participação do Brasil no Protocolo de Nagoia aumente o custo de transação da atividade, encarecendo, por exemplo, o preço da semente para uso na agricultura ou dificultando o acesso aos recursos genéticos de outros países para aprimorar as atividades. “Mas é o contrário. O Brasil aderindo ao Protocolo de Nagoia deve facilitar o acesso aos recursos genéticos. O objetivo do acordo é facilitar. Os detalhes dessa repartição vão se dar pelas legislações nacionais. Não é o protocolo que vai definir quanto vai se pagar, ele apenas prevê que é preciso garantir a legalidade do acesso. Os países vão ter de designar uma autoridade nacional que vai emitir certificado para acompanhar qualquer remessa de recurso genético”, explicou Bráulio Dias. O tratado internacional prevê que a repartição dos benefícios seja monetária ou não monetária. O Brasil pode, por exemplo, propor troca de sementes ou oferecer tecnologia e capacitação. “É importante que os vários setores brasileiros entendam que, mesmo se o Brasil não aderir ao protocolo, a maioria dos outros países está aderindo e eles vão exigir as regras do protocolo nas transações futuras. É melhor que o Brasil seja parte do protocolo porque poderá estar na mesa de negociação para o aprimoramento e detalhamento do acordo no futuro e da mensagem para os outros países de que está disposto a seguir as regras”, concluiu.

Page 13: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

Representantes do governo brasileiro dizem que as pressões internacionais não vão surtir efeito sobre a decisão do país em relação ao Protocolo de Nagoia. Mas, o prazo para que as nações apresentem suas posições está se esgotando. Apesar de ser apontado como uma liderança na conservação da biodiversidade, o Brasil ainda não integra o rol de países que já ratificaram o acordo global assinado em 2010, que regulamenta o uso e garante os direitos aos benefícios produzidos a partir dos recursos genéticos. “Estamos trabalhando assiduamente para que o novo marco legal dê todas as garantias para que o Brasil possa entrar com segurança no Protocolo de Nagoia. Mas pressões internacionais não são bons instrumentos. Países grandes como o Brasil reagem mal à pressão internacional”, disse o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Roberto Cavalcanti. Segundo ele, o acordo é um interesse do governo e das instituições brasileiras, mas é preciso concluir o esforço, que vem sendo feito há pelo menos três anos, para que todos os setores compreendam os benefícios do tratado e superem incertezas. Alguns grupos, como o da indústria farmacêutica e de cosméticos e as comunidades tradicionais que detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique prejuízos. “O Brasil tem todas as condições de entrar no Protocolo de Nagoia com uma posição de protagonismo e com grande benefício para o país. Mas, tem de haver uma compreensão do que o acordo significa para todos os setores”, explicou Cavalcanti.

Page 14: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

Para o governo brasileiro, existem pelos menos quatro questões que balizam a posição do país. A principal delas é que o tratado precisa garantir uma recompensa aos detentores do conhecimento tradicional e da biodiversidade, a partir de uma repartição de benefícios. Ou seja, que o lucro obtido com produtos feitos a partir desses recursos genéticos seja dividido com as comunidades que preservam e manejam esses bens naturais. O governo, o setor privado e a sociedade brasileira também querem que as novas regras apontem condições de estímulo explícito ao acesso e à bioprospecção dos recursos e que o processo ocorra dentro de um modelo sustentável e não predatório. As questões-chave se refletem também nas discussões internas sobre o novo marco legal de regulação do uso de recursos genéticos e a repartição dos benefícios. “O protocolo assegura que, internacionalmente, os países reconheçam direitos. Mas a forma de acesso e repartição de benefícios de cada um se dará de acordo com as suas legislações nacionais”, disse Cavalcanti. Segundo ele, ainda que os órgãos reguladores liderados pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (Cgen), responsável pela condução dos debates no país, estejam conduzindo com mais agilidade os processos que autorizam o uso de recursos e que os setores produtivos ainda não tenham chegado a um consenso, há um entendimento comum de que o mecanismo só vai funcionar com regras mais modernas. Cavalcanti lembrou que as negociações estão em fase final.

Page 15: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

Há pouco mais de um ano, o governo modificou o modelo de debate com representantes de vários segmentos e está aguardando as propostas que serão apresentadas por escrito para que o país consiga chegar a uma legislação menos burocrática e mais completa sobre o tema. “Não é um cenário de divisão, mas de diversificação. São posições diferentes, mas não incompatíveis. A função do governo é compatibilizar as visões para chegarmos a um marco legal consistente que, efetivamente, atenda a todo o ciclo, desde o acesso ao desenvolvimento tecnológico, à produção em massa, às novas cadeias produtivas, aos arranjos sociais locais, às atividades de proteção da natureza”, disse o secretário. Sem definir calendários, ele destacou que o governo considera 2013 um ano crucial para a conclusão do documento e o posicionamento do país sobre o tratado internacional. “Não pela pressão internacional, mas pelas oportunidades que estão na mesa para o Brasil. É um ambiente onde há um estímulo do próprio governo à atividade industrial e econômica, e temos que correr para que os marcos legais que dão suporte a isso estejam disponíveis. Não adianta um ministério abrir carteira para inovação e desenvolvimento tecnológico se não tem marco que dê suporte”.]

Page 16: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

» Agronegócio brasileiro quer produto agrícola fora do Protocolo de Nagoya Segundo o acordo, primeiros países a plantar soja, café e cana podem cobrar royalties de outros países que produzem as commodities, como o Brasil 05/04/13 - ruralbr.com.br O temor da cobrança de royalties sobre commodities agrícolas por parte de países que foram os primeiros a plantar soja, café e cana – principais produtos do agronegócio do Brasil – causou polêmica na audiência pública realizada na quarta, dia 3, na Câmara dos Deputados para tratar do assunto. O direito dos países de cobrar pelos seus recursos genéticos foi estabelecido pelo Protocolo de Nagoya (Convenção sobre Diversidade Biológica), que trata da questão do acesso e da repartição dos recursos genéticos no mundo e ao qual o Brasil aderiu em 2010.

Page 17: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

» Agronegócio brasileiro quer produto agrícola fora do Protocolo de Nagoya

No debate realizado pela Comissão de Agricultura da Câmara sobre o Protocolo de Nagoya, os próprios representantes do governo não chegaram a um consenso sobre o fórum ideal para discutir o assunto. Os Ministérios das Relações Exteriores e do Meio Ambiente entendem que todos os recursos genéticos devem continuar sendo tratados no âmbito da Convenção de Diversidade Biológica, enquanto o Ministério da Agricultura defende que os produtos agrícolas sejam excluídos do Protocolo de Nagoya para serem analisados no âmbito do Tratado de Recursos Fitogenéticos (Tirfaa), da Organização Mundial para Agricultura e Alimentação (FAO).

O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), autor do requerimento que resultou na audiência pública, questionou a falta de entendimentos no governo em relação ao assunto e propôs que antes de o Congresso Nacional ratificar o Protocolo de Nagoya seja discutida uma posição em relação ao Tirfaa da FAO, que estabelece regras sobre o acesso e intercâmbio em relação a 64 plantas, entre as quais produtos agrícolas importantes como arroz, feijão, trigo, milho e laranja.

Page 18: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique
Page 19: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique
Page 20: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

'Se não houver tratados específicos para esses produtos, como no âmbito da FAO, eles obedecerão as regras definidas pelo Protocolo de Nagoia, que dificultará o intercâmbio dos recursos genéticos e trará impactos negativos, por exemplo, à pesquisa agrícola no país', disse. 'A pauta alimentar brasileira é praticamente formada por produtos exóticos e até hoje nunca tivemos nenhum tipo de restrição a esse intercâmbio de material genético para desenvolver novas variedades. A partir da vigência de Nagoia, teremos que nos sujeitar à legislação de cada país [de onde vêm as espécies] e assumir um contrato prévio de repartição de benefícios econômicos, antes mesmo de saber se a pesquisa resultará em algum produto', acrescentou. Mazzaro também citou a preocupação do ministério em relação ao alcance desses custos ao longo da cadeia produtiva. 'Ao desenvolver novas variedades ou novos usos de um produto, como um óleo de soja com menos colesterol, o país de origem [da espécie] terá um benefício financeiro que não sabemos até onde irá impactar a cadeia produtiva', disse. Também presente à audiência pública na Câmara, o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Roberto Brandão Cavalcanti, manifestou opinião divergente e disse que o Tratado de Nagoia representa 'o reconhecimento dos outros países sobre os direitos do Brasil à sua bidiversidade'.

Page 21: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

Tivemos no passado questões negativas de retirada de recursos genéticos do Brasil sem que houvesse recompensa ao país, que é o detentor do patrimônio e investe muito na preservação da sua biodiversidade. Por isso, no momento em que o desnvolvimento biotecnológico é cada vez mais acentuado, é fundamental que haja reciprocidade entre os países na troca da biodiversidade e um sistema confiável de repartição de benefícios decorrentes das novas tecnologias desenvolvidas a partir desse mecanismo', disse. Na avaliação de Cavalcanti, 'a divergência se dá porque, logicamente, 100% da biodiversidade existente não está no Brasil e muitas das nossas plantas agrícolas têm origem em outros países. Com isso, setores da agricultura reclamam que terão que pagar direito autoral aos países de origem de espécies como a soja, a banana e a batata', explicou. Ele sinalizou, no entanto, que talvez não seja o momento adequado para o Brasil iniciar uma discussão sobre o tema na FAO e enfatizou que, mesmo que isso ocorra, alterações no Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e para a Agricultura levariam tempo e demandariam grande esforço por parte dos interessados. 'Estamos ainda em estágio preliminar nesta questão e não basta tomar decisão doméstica. Será preciso uma negociação internacional que vai exigir muita atenção', ressaltou. 'O Brasil não pode abrir mão de sua biodiversidade. O plano B, do vale tudo, pode ser vantajoso para países de baixa biodiversidade, mas não vai funcionar para o Brasil. A posição do MMA é que temos que chegar no encontro da FAO, não para baixar a bola do Tirfaa, mas para aumentá-la e procurar uma interface mútua para que tanto ele [Tirfaa] como o [Protocolo de] Nagoya cresçam', disse.

Page 22: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique
Page 23: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique
Page 24: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique
Page 25: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

EUROPEAN UNION The three objectives of the Convention on Biological Diversity (CBD) are the conservation of biological diversity, the sustainable utilisation of its components and the fair and equitable sharing of benefits arising from such utilisation, known as "ABS". The "Nagoya Protocol on Access to Genetic Resources and the Fair and Equitable Sharing of Benefits Arising from Their Utilization to the Convention on Biological Diversity" agreed in Nagoya at CBD COP10 further details the ABS provisions of the Convention. The Protocol establishes a clear and transparent framework on how researchers and companies will in the future obtain access to genetic resources and to traditional knowledge associated with genetic resources for research and development and how benefits arising from the use of such material or knowledge will be shared. The Protocol also sets out a clear obligation for Parties to provide that users of genetic material under their jurisdiction respect the domestic regulatory frameworks of Parties where genetic material has been acquired. The Nagoya Protocol is intended to ensure equitable benefit sharing in return for the use of genetic resources, acknowledging and respecting at the same time indigenous communities’ rights over their traditional knowledge and genetic resources.

Page 26: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique

The Protocol is a treaty with legally binding effects that significantly expands the general ABS framework of the CBD, and it is expected to enter into force in 2014. Once operational, the Nagoya Protocol will generate significant benefits for biodiversity conservation in states that make available the genetic resources over which they hold sovereign rights. It will in particular: # Establish more predictable conditions for access to genetic resources. # Ensure benefit-sharing between users and providers of genetic resources. # Ensure that only legally acquired genetic resources are used. The EU and its Member States are committed to become Parties to the Protocol to secure access of EU researchers and companies to quality samples of genetic resources, based on reliable access decisions at low transaction costs. This will create new opportunities for nature-based research and contribute to the development of a bio-based economy. The European Commission has proposed a Regulation establishing rules governing access and benefit sharing for genetic resources and traditional knowledge associated with genetic resources to enable the Union to ratify the Nagoya Protocol and formally become a Party. The system of EU measures for implementing the Nagoya Protocol is mainly based on the Union's environment competence. The Union and each of its Member States must be able to demonstrate compliance with all Protocol obligations before formally joining the Nagoya Protocol.

Page 28: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique
Page 29: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique
Page 30: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique
Page 31: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique
Page 32: Instituto de Biologia | Instituto de Biologia - , Albânia ... - NE441 2013/12a AULA...detêm o conhecimento e os recursos genéticos, querem garantias de que o tratado não signifique