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INSTALAÇÃO DE MANIFOLD: ANÁLISE DAS FORÇAS DEVIDO A ONDAS UTILIZANDO ANÁLISE DINÂMICA NO DOMÍNIO DO TEMPO Monique Galdino Pessanha Projeto de Graduação apresentado ao curso de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientador: Carl Horst Albrecht, D.Sc. Rio de Janeiro Março 2019

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INSTALAÇÃO DE MANIFOLD: ANÁLISE DAS FORÇAS DEVIDO

A ONDAS UTILIZANDO ANÁLISE DINÂMICA NO DOMÍNIO DO

TEMPO

Monique Galdino Pessanha

Projeto de Graduação apresentado ao

curso de Engenharia Naval e Oceânica

da Escola Politécnica, Universidade

Federal do Rio de Janeiro, como parte

dos requisitos necessários à obtenção

do título de Engenheiro.

Orientador: Carl Horst Albrecht, D.Sc.

Rio de Janeiro

Março 2019

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INSTALAÇÃO DE MANIFOLD: ANÁLISE DAS FORÇAS DEVIDO

A ONDAS UTILIZANDO ANÁLISE DINÂMICA NO DOMÍNIO DO

TEMPO

Monique Galdino Pessanha

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO

DE ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS

REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO

NAVAL E OCEÂNICO.

Examinada por:

______________________________________________

Prof. Carl Horst Albrecht, D. Sc.

______________________________________________

Prof. Fabrício Nogueira Corrêa, D. Sc.

______________________________________________

Prof. Joel Sena Sales Junior, D. Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

MARÇO de 2019

iii

z

Pessanha, Monique Galdino

Instalação De Manifold: Análise Das Forças Devido A Ondas

Utilizando Análise Dinâmica No Domínio Do Tempo/Monique

Galdino Pessanha – Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politécnica, 2018

XI, 32p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Carl Horst Albrecht.

Projeto de Graduação –UFRJ / Escola Politécnica / Curso de

Engenharia Naval e Oceânica, 2019.

Referências Bibliográficas: p. 32.

1. Instalação de equipamentos submarinos. 2. Análise de

forças de ondas. 3. Análise dinâmica. I. Albrecht, Carl Horst. II.

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso

de Engenharia Naval e Oceânica.

iv

z

A Deus, aos meus pais, Hélio e Maria, e à minha irmã Vanessa

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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte

dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Naval e Oceânico.

INSTALAÇÃO DE MANIFOLD: ANÁLISE DAS FORÇAS DEVIDO A ONDAS

UTILIZANDO ANÁLISE DINÂMICA NO DOMÍNIO DO TEMPO

Monique Galdino Pessanha

Março/2019

Orientador: Carl Horst Albrecht.

Curso: Engenharia Naval e Oceânica

A expansão das atividades da indústria petrolífera para regiões de grandes

profundidades fez surgir a necessidade de tornar as atividades em alto-mar mais viáveis

economicamente. Uma dessas soluções foi investir em dispositivos submarinos, como o

manifold que otimiza o layout submarino, diminuindo o número de risers e dutos

necessários para o escoamento da produção. Apesar de ser um equipamento que torna as

atividades exploratórias mais rentáveis, seu procedimento de instalação ainda é muito

complexo, devido às condições ambientais envolvidas nele, fazendo com que as janelas

operacionais sejam muito restritas e conservadoras, aumentando, assim, o custo

envolvido na operação.

Nesse contexto, o presente trabalho tem por finalidade definir os valores das forças

de onda atuantes na região de “Splash Zone”. Os modelos serão definidos e analisados

através do software “SITUA/PROSIM” e os resultados comparados com as forças

estimadas com base na recomendação prática DNV-RP-H103, da Det Norske Veritas

(DNV).

Palavras-chave: Instalação de equipamentos submarinos, forças de onda, análise

dinâmica.

vi

z

Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment

of the requirements for the degree of Engineer.

Expanding oil industry activities to the deep-sea regions has made it a more

economically viable offshore activity. One of these solutions was to invest in submarine

devices, such as the manifold that optimizes the submarine layout, reducing the number

of risers and flowlines required to flow the production. Although it is an equipment that

makes exploration activities more profitable, its installation procedure is still very

complex, due to the environmental conditions involved in it, making operational windows

very restricted and conservative, thus increasing the cost involved in the operation.

In this context, the present work aims to define the force values in the "Splash Zone".

The templates will be defined and analyzed with the software "SITUA / PROSIM" and

the results will be compared to the DNV-RP-H103 practice recommendation of Det

Norske Veritas (DNV).

Key words: Underwater equipment installation, wave forces, dynamic analysis.

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Índice

1. Introdução .................................................................................................... 1

1.1. Histórico ............................................................................................... 1

1.2. Motivação ............................................................................................. 2

1.3. Contexto ................................................................................................ 3

2. Objetivo ....................................................................................................... 5

3. Revisão Bibliográfica ................................................................................... 6

4. Tipos de Manifold ........................................................................................ 7

4.1. Manifold Cluster .................................................................................... 8

4.2. Manifold Tipo Modular.......................................................................... 8

4.3. Manifold Template ................................................................................ 8

4.4. Pipeline End Manifold (PLEM) .............................................................. 9

5. Métodos de Instalação de Manifold ............................................................. 11

5.1. Método de Instalação via Cabo ............................................................. 11

5.2. Método de Instalação via navio Sonda .................................................. 11

5.3. Método de Instalação Pendular ............................................................. 13

5.4. Método de Instalação por Roldanas ...................................................... 14

6. Forças geradas pelas Ondas ......................................................................... 16

7. Análise de Caso específico .......................................................................... 19

7.1. Cinemática das Ondas Analisadas ........................................................ 22

7.2. Forças Hidrodinâmicas ........................................................................ 25

7.2.1. Força de Slamming........................................................................... 25

7.2.2. Força de Variação de Empuxo .......................................................... 27

7.2.3. Força da Massa ................................................................................ 29

7.2.4. Força de arrasto ................................................................................ 34

7.2.5. Força Hidrodinâmica do Equipamento .............................................. 37

viii

z

8. Modelo para Análise Dinâmica ................................................................... 38

9. Resultados PROSIM/SITUA ....................................................................... 40

9.1. Malha de 0,5 m .................................................................................... 40

9.2. Malha de 1,0 m .................................................................................... 44

9.1. Comparação entre malhas .................................................................... 47

10. Comparação de resultados ....................................................................... 49

11. Conclusão e trabalhos futuros .................................................................. 51

12. Referências ............................................................................................. 52

ix

z

Índice de Figuras

Figura 1-Manifold Submarino interligado a equipamentos no leito marinho ........... 7

Figura 2-Arranjo submarino composto por Manifold tipo Cluster [16] ................... 8

Figura 3-Instalação do Manifold Template [17] .................................................... 9

Figura 4- Manifold Template no arranjo submarino [18] ....................................... 9

Figura 5- Instalação de um Pipeline End Manifold [20] ....................................... 10

Figura 6-Instalação do Manifold via cabo [22] .................................................... 11

Figura 7- Instalação de manifold por riser de perfuração [9] ................................ 12

Figura 8- Instalação de manifold por riser de perfuração [4] ................................ 13

Figura 9- Fases de lançamento pendular do manifold [12] .................................. 14

Figura 10- Instalaçao de Manifold no Campo do Roncador [23] .......................... 15

Figura 11- Características das Ondas Regulares .................................................. 18

Figura 12 -Dimensões principais do Manifold [25] ............................................. 19

Figura 13- Nível de imersão do manifold igual a 2,5 m ....................................... 20

Figura 14- Nível de imersão do manifold igual a 5,0 m ....................................... 20

Figura 15- Nível de imersão do manifold igual a 0,0 m ....................................... 21

Figura 16- Representação esquemática da distribuição da Força de Slamming ..... 26

Figura 17- Representação esquemática da Força de Empuxo ............................... 28

Figura 18 - Representação da Massa Adicional ................................................... 29

Figura 19 - Coeficientes de Massa Adicional [10] ............................................... 31

Figura 20- Representação esquemática da Força de Arrasto Friccional................. 35

Figura 21-Representação esquemática da Força de Arrasto de Forma .................. 35

Figura 22- Forças Horizontais para imersão de 0 m em malha 0,5 ........................ 41

Figura 23- Forças Verticais para imersão de 0 m em malha 0,5 m ........................ 41

Figura 24- Forças Horizontais para imersão de 0,25 m em malha de 0,5 m........... 42

Figura 25- Forças Verticais para imersão de 0,25 m em malha de 0,5 m............... 42

Figura 26 - Forças Horizontais para imersão de 0,50 m em malha de 0,5 m .......... 43

Figura 27- Forças Verticais para imersão de 0,50 m em malha de 0,5 m............... 43

Figura 28- Forças Horizontais para imersão de 0 m em malha de 1 m .................. 44

Figura 29- Forças Verticais para imersão de 0 m em malha de 1 m ...................... 44

Figura 30- Forças Horizontais para imersão de 0,25 m em malha de 1 m ............. 45

Figura 31- Forças Verticais para imersão de 0,25 m em malha de 1 m ................. 45

x

z

Figura 32- Forças Horizontais para imersão de 0,50 m em malha de 1 m ............. 46

Figura 33- Forças Verticais para imersão de 0,50 m em malha de 1 m ................. 46

xi

z

Índice de Tabelas

Tabela 1-Dimensões e Peso do Manifold ............................................................ 19

Tabela 2- Valores representativos do volume para cada condição de imersão ....... 22

Tabela 3-Velocidade e Aceleração Verticais da Onda.......................................... 24

Tabela 4- Força de Slamming para diferentes profundidades de imersão na água . 27

Tabela 5- Massa adicional para o Manifold ......................................................... 33

Tabela 6- Forças de massa de acordo com o nível de submersão do manifold ....... 34

Tabela 7- Força de arrasto de acordo com profundidades de submersão ............... 36

Tabela 8- Resultado das Forças Hidrodinâmicas ................................................. 37

Tabela 9 - Forças Horizontal e Vertical para malha de 0,5 m ............................... 47

Tabela 10 - Forças Horizontal e Vertical para malha de 1 m ................................ 47

Tabela 11 – Tempo de processamento ................................................................ 48

Tabela 12 - Comparação entre forças verticais .................................................... 49

Tabela 13 - Forças Horizontal e Vertical para malha de 1 m ................................ 49

1

1. Introdução

1.1. Histórico

O petróleo é um recurso natural estratégico para a sociedade contemporânea. Ele

representa a fonte de energia mais consumida no mundo

e é de vital importância para o desenvolvimento tecnológico de uma nação.

Ambicionando fazer parte da indústria petrolífera, o Brasil inaugurou, em 1933, a

refinaria Rio-Grandense de Petróleo, em Uruguaiana (RS), a primeira do país, cuja

matéria-prima era importada de outros países [1]. Isso possibilitou o Brasil se tornar

produtor de derivados do petróleo, como gasolina, gás liquefeito do petróleo, querosene

e outros itens essenciais para o crescimento dos setores econômicos da sociedade [2].

Seis anos mais tarde, em 1939, após diversas tentativas malsucedidas, foram

descobertas reservas de petróleo e gás no Brasil no estado da Bahia [1].

Visando garantir a hegemonia do país na cadeia produtiva do petróleo, foi

inaugurada, em 1953, a Petrobras. Essa empresa multinacional se manteve responsável

pela exploração, produção, refino, desenvolvimento e transporte de petróleo em todo o

território nacional até 1997, quando seu mercado foi aberto para empresas estrangeiras.

Nesse período, a estatal se tornou líder no comércio de derivados do petróleo, garantindo

a soberania nacional [3].

Diante do alto consumo de derivados do petróleo e pretendendo aliviar a dependência

do país em importar grande volume desses produtos, a Petrobras direcionou, a partir de

1965, suas pesquisa e exploração para regiões marítimas. Isso foi determinante para a

descoberta do primeiro campo de petróleo em mar, em 1968, o Campo de Guaricema, na

Bacia de Sergipe-Alagoas [3].

A descoberta de petróleo em água rasas abriu as portas para investimentos em

pesquisa e tecnologia no complexo setor petrolífero para se avaliar o potencial das bacias

brasileiras nas regiões mais inóspitas.

O Programa Tecnológico da Petrobras em Sistema de Exploração em Águas Ultra

profundas (PROCAP) permitiu a descoberta de petróleo e gás nas áreas geológicas do

Pré-Sal em 2006.Essa região, localizada abaixo das Bacias do Espírito Santo, Campos e

Santos e a dois quilômetros da camada de sal, possui um grande volume de potenciais

2

reservas de óleo leve, de alta qualidade e com grande valor de mercado. Isso redefiniu as

posições econômica e estratégica do país frente ao mercado internacional, pela ampliação

das capacidades exploratória e produtiva diante da grande demanda por essa matriz

energética [4].

Em 2010, foi descoberta a maior jazida de óleo e de gás natural do país, no campo

petrolífero no poço de Libra, na Bacia de Santos, contando com reservas equivalentes de

mais de 7,9 bilhões de barris de petróleo [5].

Em 2018, a produção total de petróleo e de gás da Petrobras, incluindo gás natural

liquefeito (LNG), ficou em 2,63 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) [6].

1.2. Motivação

As perspectivas de avanço das atividades de exploração e de produção de petróleo

em águas cada vez mais profundas, principalmente após o descobrimento das reservas de

petróleo em camadas do Pré-sal, têm demandadas tecnologias capazes de atendê-las. Para

isso, é primordial o desenvolvimento de estratégias e de recursos na busca por inovação

para satisfazer às necessidades da indústria petrolífera.

A importância de tornar a exploração, nesses campos petrolíferos, mais viável

economicamente, fez surgir a necessidade de ser projetado um sistema submarino

composto por equipamentos que otimizassem o escoamento da produção do petróleo.

A instalação desses equipamentos submarinos é um dos pontos mais preocupantes

associados a essas etapas anteriores da extração de óleo e de gás em águas profundas e

ultra profundas. Isso porque quanto maior a profundidade dos campos em que ocorrem

as atividades, maiores deverão ser os equipamentos, mais lento será o tempo de

instalação, influenciando, assim, diretamente no cronograma e no custo associado à

implementação do projeto.

Durante a instalação dos dispositivos submarinos, é essencial o monitoramento de

sua posição ao longo da sua descida até o leito marinho, da posição do navio de apoio e

da análise das respostas dinâmicas relativas à influência das cargas ambientais (vento,

correnteza, maré).

3

1.3. Contexto

Os desafios de desenvolvimento técnico dos projetos de exploração e de produção

têm aumentado continuamente, com as descobertas de reservas de petróleo em áreas de

lâminas d’água cada vez maiores, associados ao esgotamento dos reservatórios de

profundidades menores.

Pela necessidade de otimizar o custo de desenvolvimento dos campos petrolíferos,

de forma a compensar outros custos adicionais referentes à exploração nessas regiões de

acesso mais remoto, e de reduzir os riscos envolvidos nesse procedimento, a indústria tem

investido em soluções de tecnologia submarina. Essas soluções se referem ao processo

geral de funcionamento dos poços e a todos os equipamentos envolvidos na perfuração e

na operação dos campos.

As operações de instalação de equipamentos submarinos representam uma parcela

considerável do investimento que deve ser realizado para viabilizar um campo de

produção de petróleo offshore, especialmente devido à utilização de embarcações

dedicadas com taxa diária elevada.

Um dos grandes desafios do projeto de instalação de equipamentos, é reduzir seus

custos, mas mantendo a viabilidade técnica, eficiência e integridade do procedimento.

Alguns aspectos são mais relevantes nessa etapa de projeto de desenvolvimento de campo

submarino. Os principais requisitos a serem considerados são: verificação da janela

operacional ou de instalação (que garante que a operação irá ocorrer de forma segura para

determinadas condições de mar), capacidade e disponibilidade da embarcação e das

ferramentas utilizadas no procedimento, peso (imerso e fora d’água) e as dimensões do

equipamento a ser instalado e, por último, não menos importante, o método utilizado para

instalação.

Uma forma de reduzir os custos do procedimento de instalação dos componentes

submarinos é aperfeiçoar as metodologias de análise já existentes. Isso permite, por

exemplo, que as janelas operacionais da embarcação se tornem menos conservadoras,

expandindo o tempo de disponibilidade de execução da atividade, mas mantendo os níveis

de segurança dentro do padrão.

Para assegurar o nível de segurança operacional adequado, deve-se verificar o

desempenho em todas as fases de instalação. Essas fases são [7]:

4

1. Overboarding;

2. Passagem do manifold pela “Splash Zone”;

3. Içamento do equipamento por toda a lâmina d’água;

4. Posicionamento e Assentamento no leito marinho.

Das fases citadas acima, a mais crítica é a passagem da estrutura submarina pela

Splash Zone. Isso porque é nessa região que o equipamento sofre maiores influências das

cargas hidrodinâmicas, devido à interação entre sua estrutura e as ondas do mar. Além

disso, a submersão do equipamento para o meio fluido gera empuxo sobre ele,

influenciando na diminuição da tração no cabo do guindaste, provocando instabilidade

no deslocamento entre o ar e a água [8].

5

2. Objetivo

Esse trabalho visa quantificar e analisar as cargas dinâmicas e estáticas das cargas de

ondas sobre o manifold submarino, durante sua passagem pela Splash Zone.

Essas condições serão simuladas através do software SITUA e os seus valores serão

comparados aos resultados das estimativas feitas através das práticas recomendadas pela

DNV “Modelling and Analysis of Marine Operations” (DNV-RP-H103), seção 4:

“Lifting through Wave Zone – Simplified Method” [9], onde são indicados métodos

simples e aproximados, para a determinação das forças atuantes no equipamento devido

a atuação das ondas.

Os valores encontrados serão comparados a fim de melhor compreender os

fenômenos modelados tanto pela DNV-RP-H103 quanto pelo SITUA/PROSIM.

6

3. Revisão Bibliográfica

NASCIMENTO [9] desenvolveu um modelo matemático para um sistema de

instalação de equipamentos submarinos a cabo utilizando o compensador passivo de

heave, definindo janelas operacionais e fazendo a validação dos resultados comparando-

os com os resultados reais.

No artigo de SAKAR [8],discute-se a prática recomendada pela DNV-RP-H103

[10],enfatizando a análise dos coeficientes hidrodinâmicos (arrasto e massa adicional)

durante o lançamento do manifold na Splash Zone.

A Tese de RIBEIRO [11] desenvolve uma metodologia de instalação de

equipamentos offshore, citando as dificuldades envolvidas nesse procedimento devido à

falta de conhecimento integral sobre diversas etapas desse processo.

CERQUEIRA [12] apresenta as propriedades da instalação do método pendular de

equipamentos submarinos, sendo uma alternativa para o assentamento de manifolds

submarinos em águas profundas.

RIBEIRO [11] descreve as etapas de desenvolvimento do método pendular, pois

mesmo sendo uma alternativa a outros procedimentos de instalação, não há um

conhecimento aprofundado sobre ele. Através de seu trabalho, ele apresenta um método

que combina modelo matemático e análises numéricas, utilizando um software no

domínio do tempo e realizando testes, nos tanques de prova, em modelos em escala

reduzidas.

No trabalho de MINEIRO [13], são realizados testes experimentais para obtenção

das propriedades dinâmicas durante o lançamento do manifold submarino pelo Método

Pendular.

BERTELSEN [14] em sua tese, levanta as cargas atuantes em uma estrutura

submarina, as âncoras de sucção, durante sua instalação na fase de imersão na Splash

Zone. O autor faz essa análise para ondas regulares e irregulares, objetivando fazer uma

análise estatística computacional sobre as características dessas cargas críticas.

ARAÚJO [4] constrói uma proposta de seminário com a finalidade de determinar as

forças hidrodinâmicas e definir as condições ambientais mais favoráveis para se instalar

equipamentos submarinos.

7

4. Tipos de Manifold

Os manifolds submarinos tem por missão coletar e direcionar os fluidos provenientes

dos poços para as Unidades de Exploração e de Produção e fazer o monitoramento e

aquisição dos dados, analisando o funcionamento do sistema de produção no fundo do

mar, para garantir sua integridade e segurança. O manifold também é responsável por

fazer a distribuição de fluidos injetores, como a água e gás lift.

Devido à complexidade dos campos petrolíferos em águas profundas, o manifold

desempenha papel essencial no desenvolvimento dessas regiões. Isso porque ele otimiza

o arranjo do layout submarino, já que reduz o número de risers conectados à Unidade de

Produção e, assim, diminui as cargas impostas por essas estruturas nas Unidades.

Os manifolds variam com a forma e com seu tamanho. Eles são caracterizados de

acordo com as especificações de aplicação no projeto e dificilmente se adaptam a outras

configurações.

Abaixo tem-se um exemplo de um sistema submarino visto de perto, onde o manifold

está interligado ao poço e a equipamentos, como PLET.

Figura 1-Manifold Submarino interligado a equipamentos no leito marinho [15]

Existem 4 tipos de manifold principais que são caracterizados de acordo com seu

posicionamento no fundo do mar e esse posicionamento corresponde à função que cada

um deles irá desempenhar no layout submarino. São eles: Manifold Cluster, Manifold

Template, Manifold Modular e PLEM.

8

4.1. Manifold Cluster

O manifold cluster é a forma principal utilizada no layout de produção submarina.

Ele é empregado como ponto central para conduzir os fluidos de injeção, como água, gás

e agente químico, de várias Árvores de Natal até as cabeças dos poços e também faz o

recebimento da produção desses poços submarinos por meio dos jumpers [15].

Além do custo inicial de projeto ser menor, esse tipo de arranjo permite que as

estruturas sejam instaladas antes ou durante a perfuração dos poços, possibilitando a

coleta antecipada do óleo dos locais já perfurados.

Figura 2-Arranjo submarino composto por Manifold tipo Cluster [16]

4.2. Manifold Tipo Modular

O manifold tipo Modular possui disposição dentro do arranjo submarino semelhante

ao Manifold Cluster. A sua flexibilidade operacional, porém, é maior, pois alguns de seus

componentes podem ser trocados durante sua vida útil, que se torna maior em relação aos

outros manifolds.

4.3. Manifold Template

O manifold Template é conectado diretamente à cabeça dos poços. É integrado ao

poço, fornecendo orientação para atividade de perfuração e suporte para outros

9

equipamentos [15]. Sua aplicação é limitada, pois é um equipamento de grande

complexidade, devido à essa simultaneidade de operação de perfuração e de produção.

A Figura 3 mostra um manifold Template sendo instalado por cabos e a Figura 4

mostra o posicionamento do Manifold em relação a outros equipamentos submarinos no

fundo do oceano.

Figura 3-Instalação do Manifold Template [17]

Figura 4- Manifold Template no arranjo submarino [18]

4.4. Pipeline End Manifold (PLEM)

Os PLEMs (Pipeline End Manifold) são instalados na extremidade de um trecho de

duto e servem como um coletor para dividir o fluxo do produto em várias rotas que podem

alimentar um FPSO, refinaria e tanques de contenção simultaneamente [19].Um exemplo

desse tipo de manifold é mostrado a seguir na Figura 5.

10

Figura 5- Instalação de um Pipeline End Manifold [20]

11

5. Métodos de Instalação de Manifold

5.1. Método de Instalação via Cabo

Esse método consiste em lançar, até o leito marinho, o manifold que se mantém

sustentado por um cabo de aço ou de poliéster, içado por um guindaste.

Esse procedimento é realizado com o auxílio de barcos, de balsas ou de plataformas

semi-submersíveis. Caracteriza-se por ser o mais econômico, rápido e prático método

dentre os aqueles utilizados para instalar equipamentos submarinos [21].

Suas restrições operacionais são relativas à capacidade de movimentação de carga

que a embarcação ou navio que suporta a operação possui, à profundidade da lâmina

d’água em que o equipamento irá se deslocar, ao comprimento do cabo utilizado, a

problemas de ressonância durante a descida do manifold e à questão do tempo de espera

para janela operacional em que a embarcação pode realizar o procedimento [9].

A Figura 6 ilustra uma etapa desse tipo de instalação.

Figura 6-Instalação do Manifold via cabo [22]

5.2. Método de Instalação via navio Sonda

Esse método consiste em conduzir o equipamento submarino até o leito marinho pela

coluna do riser de perfuração de um navio sonda. O manifold é transportado até o

12

moonpool dessa plataforma por uma barcaça, sendo ali elevado e conectado à coluna de

perfuração, que faz o seu deslocamento até o fundo.

Devido à estabilidade da sonda e à alta rigidez axial da coluna de perfuração, esse

método produz baixas cargas dinâmicas no sistema. Apesar disso, esse procedimento é

bastante lento e a diária para afretamento do navio é elevada, tornando-o bastante caro

[9].

A Figura 7 mostra o manifold sendo direcionado para a água, se deslocando pelo

moonpool da plataforma de perfuração pelo riser e a Figura 8 mostra o manifold já

assentado no leito marinho.

Figura 7- Instalação de manifold por riser de perfuração [9]

13

Figura 8- Instalação de manifold por riser de perfuração [4]

5.3. Método de Instalação Pendular

Esse método consiste em instalar o equipamento submarino a partir de um

movimento pendular deslocando-o da superfície d’água até o leito marinho.Nesse

procedimento, o barco de transporte iça o manifold por um guindaste, posicionando-o na

altura de seu costado e mantendo-o erguido por um trecho de amarra (corrente formada

por elos). Em uma outra embarcação de apoio, um cabo de poliéster, de comprimento um

pouco menor que a profundidade do local em que o manifold ficará localizado, se conecta

ao manifold. Logo após, o manifold se desprende das amarras e forma uma trajetória

pendular suave, devido ao efeito do arrasto hidrodinâmico atuante no conjunto

“equipamento + cabo de poliéster”. Quando o cabo estiver perpendicular à lâmina d’água,

o manifold estará a alguns metros do leito marinho e ali será apoiado, desenrolando-se

um trecho de amarras do guincho da embarcação de instalação [21].

A Figura 9 a seguir descreve as seguintes fases: Manifold sendo transportado (Fase

I), Overboarding (Fase II), Manifold sendo suportado no costado do barco de transporte

(Fase III), e Movimento Pendular de Instalação (Fase IV).

14

Figura 9- Fases de lançamento pendular do manifold [12]

5.4. Método de Instalação por Roldanas

Esse método consiste em movimentar o manifold através de um cabo, que tem seus

extremos conectados a uma plataforma de perfuração e a uma embarcação de apoio.

Conforme esse cabo vai sendo suspenso, o manifold vai descendo, sendo auxiliado por

uma roldana e um guincho que o liga à essa roldana. Uma terceira embarcação é

conectada ao manifold por um cabo, para impedir que ele rotacione ao longo da trajetória

até o fundo do mar.

Esse procedimento permite a instalação em lâminas d’água extensas. Porém, seu

custo operacional é caro pela necessidade de se afretarem três embarcações para tal

atividade. Além disso, há um alto risco de ressonância em determinada profundidade ao

longo da lâmina d’água [11].

Fase I Fase III

Fase II Fase IV

15

A Figura 10 ilustra a instalação do primeiro manifold no Campo do Roncador pela

PETROBRAS.

Figura 10- Instalaçao de Manifold no Campo do Roncador [23]

16

6. Forças geradas pelas Ondas

Serão apresentados nesse capítulo, o modelo representativo das ondas e as forças

associadas aos seus movimentos que agem diretamente no manifold submarino. Esse

estudo foi desenvolvido para prever comportamento das forças hidrodinâmicas, que

determinam as limitações do estado de mar. Isso porque as operações de instalação do

equipamento não poderão ocorrer caso a altura da onda ultrapasse um determinado valor

estimado para uma operação segura. Mas também, uma análise mais apurada dessas

forças possibilita a expansão da janela operacional e, assim, a otimização do projeto.

Ondas irregulares são formadas pela superposição linear de diversas ondas regulares

senoidais com diferentes amplitudes. As características dessas ondas podem ser

apresentadas em termos de análise espectral. O espectro de onda fornece a distribuição

de energia da onda no domínio da sua frequência, da direção da onda. Por ser um

carregamento aleatório e, portanto, não podendo ser prevista sua ocorrência em

determinado instante, ele não pode ser descrito matematicamente.

Assim, para definir seu comportamento, as séries temporais são divididas em

períodos de menores duração (supõe-se que a superfície do mar é estacionária por um

período de 20 minutos a 3-6 horas), atribuindo-se a cada um desses eventos um estado de

mar definido por parâmetros estatísticos com características próprias. A partir da

parametrização do estado de mar, são gerados espectros de mar, descrevendo a

distribuição de energia associada a uma dada frequência.

Para o estudo da dinâmica e da cinemática das ondas, é necessária a discretização do

comportamento dessas ondas. Através da discretização do espectro, são obtidas

características importantes para prever o comportamento do mar em uma dada região.

As características das ondas são expressas em termos características variáveis das

ondas, como sua altura, período, comprimento, elevação e velocidade e direção de

propagação.

A Teoria de Onda Linear é um método empregado para representar uma onda regular

de altura e período característicos, fornecendo uma análise simplificada para determinar

a resposta a uma estrutura offshore. A onda do mar aleatória, por sua vez, descreve o

conteúdo energético de uma onda oceânica e sua distribuição ao longo de uma faixa de

frequência de ondas aleatórias. Ela é importante para determinar a resposta da estrutura

para diferentes variações de energia de onda.

17

Os parâmetros da onda aleatória são descritos por métodos estatísticos. Existem

várias fórmulas de espectro que são usadas no projeto de estruturas offshore. Estas

fórmulas são derivadas das propriedades observadas das ondas do oceano e são assim

empíricas na natureza.

Assumindo que a amplitude das ondas é pequena comparada com o comprimento de

onda e com a profundidade da água, nesse trabalho, a teoria aplicada às ondas para o

estudo do estado de mar será a Teoria de Onda Linear ou Teoria de Airy [24]. Ela descreve

a propagação de ondas gravitacionais na superfície de um fluido homogêneo.

Essa teoria é usualmente aplicada para qualificar estados de mar randômicos,

especificando as características cinemática (velocidades das partículas e acelerações) e

dinâmica (pressão) da partícula da onda.

Assume-se que a amplitude das ondas é pequena comparada com o comprimento das

ondas e com a profundidade da água. Ou seja, ela considera a hipótese de que a elevação

da superfície livre da onda é pequena em comparação com seu comprimento. A elevação

da superfície livre de um componente de ondas é senoidal, como função da posição

horizontal x e do tempo t.

Para a teoria das ondas lineares, a onda tem a forma de uma curva senoidal e a perfil

de superfície livre é escrito da seguinte forma simples:

η(x, t) = a cos (kx − ωt)

(1)

Em que:

A: amplitude da onda;

cos: função cosseno da onda;

k: é o número da onda, relativo ao comprimento da onda λ (k=2π/λ);

ω: Frequência angular da onda, relativa ao período T (ω=2π/T);

18

O estado de mar descreve a energia das ondas em determinado local durante certo

tempo. Para analisar as condições do estado de mar em que será instalado o manifold, as

ondas regulares são descritas pelos principais parâmetros que se seguem:

Período (Tz): O período de cruzamento zero (Tz) é o intervalo de tempo médio

entre dois cruzamentos sucessivos das ondas no espelho d’água. O parâmetro é

estimado tomando a média desses períodos para um determinado registro de

onda;

Altura (Hs): É definida como o valor aproximado da média de um terço das

maiores alturas das ondas individualmente analisadas, identificadas no registro

de elevação da superfície do mar;

Amplitude Característica (𝜻𝒂): Medida da magnitude de oscilação da onda ao

longo de um tempo estabelecido. Representa a distância dos pontos extremos da

onda (pico ou vale) a um nível de equilíbrio médio da onda.

Figura 11- Características das Ondas Regulares

Altura (H)

Crista

Cavado

Amplitude(ζ)

Comprimento (λ)

19

7. Análise de Caso específico

Para serem calculadas as forças de corpo e hidrodinâmicas especificadas nos itens

anteriores sobre o manifold, deverão ser tomadas algumas aproximações que facilitam os

cálculos previstos da DNV-RPH-103.A forma do manifold foi aproximada por um prisma

de dimensões dadas conforme o desenho da figura abaixo.

Figura 12 -Dimensões principais do Manifold [25]

Na Tabela 1, estão definidos os valores do peso e das dimensões principais do

equipamento submarino.

Tabela 1-Dimensões e Peso do Manifold

Como simplificação no modelo, nos cálculos serão consideradas como nula a

velocidade da ponta do guindaste em relação ao manifold e a velocidade de descida do

manifold. Ou seja, não haverá movimento relativo entre o guindaste e o manifold, que se

manterá estacionário enquanto analisadas as forças agindo nele.

A magnitude das forças hidrodinâmicas atuantes na estrutura do manifold varia de

acordo com a profundidade de imersão desse equipamento na Splash Zone. Para definir

quais profundidades seriam consideradas para analisar essas forças, foi utilizada a

Referência [10].

Dimensões Principais do Manifold [m]

Comprimento 20

Largura 10

Altura 5

20

Ela orienta que seus valores dos níveis d’água estejam localizados abaixo da área de

slamming do equipamento e acima do extremo superior do equipamento. Sabendo que a

altura do manifold mede 5 metros, são tomados os valores 0 e 5 metros. Para abranger as

condições intermediarias, será adotada também a profundidade de 2,5 m. Abaixo nas

Figura 13, Figura 14 e Figura 15.

Como a forma do manifold submarino será representada por um prisma, pode-se

considerar que o valor do Centro de Carena seja metade da altura de sua estrutura

submersa. Abaixo estão as representações esquemáticas para cada nível de submersão do

manifold e seu respectivo centro de carena.

Figura 13- Nível de imersão do manifold igual a 2,5 m

Figura 14- Nível de imersão do manifold igual a 5,0 m

Profundidade (d1) =2,5 m

Profundidade (d2) =5,0 m

21

Figura 15- Nível de imersão do manifold igual a 0,0 m

Para determinar o volume total do manifold utilizam-se os valores conhecidos da

massa e da densidade do aço, material principal que compõe o manifold. Assim:

𝑉𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑 =

𝑀𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑

𝜌𝑎ç𝑜

(2)

Sendo que:

𝑽𝒎𝒂𝒏𝒊𝒇𝒐𝒍𝒅: Volume do manifold [m³];

𝑴𝒎𝒂𝒏𝒊𝒇𝒐𝒍𝒅: Massa do manifold, 270000 kg;

𝝆𝒂ç𝒐: Densidade do aço,7860 kg/m³.

Resolvendo a fórmula acima:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 =270000

7860

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 34,35 𝑚³

O volume acima foi considerado como formado somente por aço. Porém, é sabido

que o manifold é formado por outros materiais de densidades menores que a do aço.

Assim, o valor desse volume foi multiplicado por um fator para corrigir essa aproximação

e se considerar os outros materiais que compõe o equipamento.

Profundidade (d3) =0,0 m

CB=0 m

22

Assim:

𝑉𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑 = 34,5 𝑥 1,15 = 39,5 𝑚³

De acordo com o volume total do manifold considerado nos cálculos, o volume

submerso do equipamento associado a cada um dos três valores de submersão é, de acordo

com a

Tabela 2:

Tabela 2- Valores representativos do volume para cada condição de imersão

Profundidade de Imersão

do Manifold [m]

Volume Submerso

do Manifold [m³]

0 0

2,5 19,8

5,0 39,5

Como a forma do corpo é um prisma retangular, o seu volume total imerso é

diretamente proporcional à altura que se encontra imersa no fluido.

7.1. Cinemática das Ondas Analisadas

Para calcular os valores das forças hidrodinâmicas atuantes na estrutura do manifold,

é preciso inicialmente estabelecer as características das ondas que serão responsáveis por

esses carregamentos.

Altura Significativa (Hs)

As operações de instalação desse tipo ocorrem em mar com altura significativa de

onda inferior de 1,5 m, que é uma condição de ocorrência bastante comum.

Período de Cruzamento Zero (Tz)

Pela Referência [10], o período de onda para carregamento dinâmico pode estar

dentro do seguinte intervalo:

23

8,9√𝐻𝑠

𝑔≤ 𝑇𝑧 ≤ 13

(3)

Em que:

𝐠: Aceleração da gravidade , 9,81 m/s²;

𝐇𝐬: Altura significativa da onda ,1,5 m;

𝐓𝐳: Período Cruzamento zero [s] ;

Sabendo isso:

3,5 ≤ 𝑇𝑧 ≤ 13

O valor do período da onda foi definido de acordo com os dados meteoceanográficos.

Pelo histograma desses dados, foi observado que a configuração da onda com maior

probabilidade de ocorrer é a de período que vai de 4 a 10 segundos (sua probabilidade

acumulada representa mais de 60%). Tomando um valor de aproximadamente 8

segundos, temos que segundo a DNV:

𝑻𝒑 = 𝟏. 𝟒 ∗ 𝑻𝒁

Teremos então:

𝑻𝒛 = 𝟔 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔

Amplitude Característica

De acordo com a classificadora DNV, o valor da amplitude característica é dado por:

𝜁𝑎 = 0,9 𝐻𝑠

(4)

Em que:

𝜁𝑎: amplitude característica da onda [m];

Hs: altura significativa da onda , 1,5 m;

24

Tem-se, assim, que:

𝜁𝑎 = 0,9 × 1,5

𝜁𝑎 = 1,35 m

Nesse método, a velocidade e a aceleração dessa onda característica podem ser dadas

pela equação que independe do período da onda:

𝑣𝑤 = 0,30√𝜋. 𝑔. 𝐻𝑠 . 𝑒

−0,35𝑑

𝐻𝑠 (5)

𝑎𝑤 = 0,10. 𝜋. 𝑔. 𝑒−

0,35𝑑𝐻𝑠

Onde:

(6)

𝒗𝒘: Velocidade Vertical Característica da partícula da onda [m/s];

𝒂𝒘: Aceleração Vertical Característica da partícula da onda [m/s²];

𝒈: Aceleração da gravidade, 9,81 m/s²;

𝒅: Distância do plano de linha d’água ao centro de gravidade da parte submersa

do corpo [m];

𝑯𝒔: Altura de onda, 1,5 m.

Na

Tabela 3, estão dispostos os valores das velocidades e acelerações das partículas das

ondas de acordo com as profundidades de imersão do manifold.

Tabela 3-Velocidade e Aceleração Verticais da Onda

Profundidade de Imersão

do Manifold (d)

[m]

d

[m]

𝑣𝑤

[𝑚/𝑠]

𝑎𝑤

[𝑚/𝑠²]

0 0,0 2,04 3,08

2,5 −1,25 2,73 4,13

5,0 −2,50 3,66 5,52

25

7.2. Forças Hidrodinâmicas

Um equipamento submarino que está em movimento de imersão em um fluido, fica

sujeito a diversas forças hidrodinâmicas agindo em sua estrutura.

As características dessas forças hidrodinâmicas que atuam em um objeto durante seu

movimento de descida na água é uma função dependente da força de impacto do

slamming, da variação do empuxo, da força de massa hidrodinâmica e das forças de

arrasto.

Essas componentes de carregamento formam a seguinte combinação:

Fhid = √(FD + Fslam)2 + (FM − Fρ)2

(7)

Em que:

𝐅𝐡𝐢𝐝: Força Característica Hidrodinâmica [N];

𝐅𝐃: Força Característica de Arrasto [N];

𝐅𝐬𝐥𝐚𝐦: Força Característica de Impacto de Slamming [N];

𝐅𝐌 ∶ Força Característica de Massa Adicional [N];

𝐅𝛒 ∶ Força Característica de Variação Empuxo [N].

7.2.1. Força de Slamming

Os movimentos de colisão entre o fluido e o equipamento que está em contato com

ele, provocam o surgimento de uma força de impacto na estrutura do manifold.

Essa força é denominada de Impacto de Slamming e é resultado da interação entre o

equipamento e as moléculas da superfície livre do fluido em movimento. Um exemplo de

representação dessa força é mostrado na Figura 16 a seguir.

26

Figura 16- Representação esquemática da distribuição da Força de Slamming

A resultante desse efeito sobre o manifold pode ser calculada da seguinte forma:

𝐹𝑠𝑙𝑎𝑚 = 0,5𝜌𝐶𝑠𝐴𝑠𝜈𝑠2 (8)

Em que:

𝑭𝒔𝒍𝒂𝒎: Força de Impacto de Slamming [kN];

𝝆: Massa específica da água do mar, 1025 kg/m³;

𝑪𝒔: Coeficiente de Slamming determinado através da teoria ou por métodos

experimentais, 5;

𝑨𝒔: Área de slamming, ou seja, área da projeção em um plano horizontal da parte

da estrutura que está sujeita a carregamento de slamming durante a imersão

do equipamento na superfície da água, 200 m²;

𝝂𝒔: Velocidade de Impacto [m/s].

A velocidade do impacto pode ser calculada por:

𝜈𝑠 = 𝜈𝑐 + √𝜈𝑐𝑡2 + 𝜈𝑤²

(9)

27

Em que:

𝝂𝒄: Velocidade de descida do manifold, 0 m/s;

𝝂𝒄𝒕: Velocidade vertical da amplitude característica da ponta do guindaste, 0

m/s;

𝝂𝒘: Velocidade vertical característica da partícula da onda, definida no item

0.

De acordo com as fórmulas acima, a Tabela 4 descreve os resultados das Forças de

Slamming relacionados às velocidades acima.

A Tabela 4 representa os resultados das fórmulas consideradas para o cálculo das

forças de Slamming para cada profundidade de imersão analisada do manifold.

Tabela 4- Força de Slamming para diferentes profundidades de imersão na água

Profundidade de Imersão

do Manifold (d)

[m]

𝜈𝑠 [m/s] 𝐹𝑠𝑙𝑎𝑚 [kN]

0 2,04 2132,3

2,5 2,73 3821,1

5,0 3,66 6847,4

7.2.2. Força de Variação de Empuxo

De acordo com o Princípio de Arquimedes: “a Força de empuxo ascendente exercida

sobre um corpo imerso em um fluido, total ou parcialmente submerso, é igual ao peso do

fluido que o corpo desloca e atua na direção ascendente no centro de massa desse fluido”.

Por esse Princípio,a variação da flutuabilidade está relacionada com a do volume

submerso.Abaixo,a Figura 17 faz uma representação esquemática da Força de Empuxo

atuando sobre a estrutura submersa do manifold submarino.

28

Figura 17- Representação esquemática da Força de Empuxo

A flutuabilidade do equipamento imerso em água pode variar por diversos

aspectos.Quando a variação ocorre devido à elevação da superfície da onda, seu valor

pode ser calculado por:

𝐹𝜌 = 𝜌. 𝛿𝑉. 𝑔 (10)

Em que:

𝑭𝝆: Força de variação do empuxo [N];

𝝆: Massa específica da água do mar, 1025 kg/m³;

𝜹𝑽: Variação do volume de água deslocada desde a superfície da água em

repouso até a crista da onda [m³];

𝒈: Aceleração da gravidade, 9,81 m/s²;

A variação de volume 𝛿𝑉 pode ser calculada pela seguinte expressão:

𝛿𝑉 = 𝐴𝑤√𝜁𝑎2 + 𝜂𝑐𝑡

2

𝛿𝑉 = 270 𝑚³

(11)

Sendo:

𝐴𝑤: Área média da linha d’água na zona de superfície da onda, 200 m²;

𝜁𝑎: Amplitude característica de onda, 1,35 m;

𝜂𝑐𝑡: Amplitude característica do movimento vertical da ponta do guindaste, 0,0 m;

29

Como é considerada a amplitude característica do movimento do guindaste igual a

zero para todos os níveis de submersão do manifold e sabendo que a amplitude dada da

onda é dada pelo valor único de 1,35 m, a variação do empuxo para cada uma das três

condições do problema é a mesma. Assim, sabendo essas informações, pode-se estimar a

variação do empuxo do equipamento devido aos movimentos das ondas em sua estrutura,

sendo como:

𝐹𝜌 = 1025 × 270 × 9,81 = 2715 𝑘𝑁

7.2.3. Força da Massa

As forças inerciais da água na região do manifold são proporcionais à aceleração da

sua superfície e envolve uma massa de água que é acelerada junto com a massa do

equipamento, efeito esse denominado Massa Adicional Hidrodinâmica. O valor dessa

massa adicional é bastante significativo, podendo equivaler à massa real do equipamento,

não podendo, assim, ser ignorado. A

Figura 18 faz uma representação simplificada do efeito de massa adicional sobre o

manifold.

Figura 18 - Representação da Massa Adicional

Composição da

Massa Adicional

30

A força mássica característica do manifold sujeito à combinação de sua aceleração e

das partículas de água podem ser tomadas como:

𝐹𝑀 = √[(𝑀𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑 + 𝐴𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑). 𝑎𝑐𝑡]² + [(𝜌𝑉 + 𝐴𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑). 𝑎𝑤]²

(12)

Em que:

𝑭𝑴: Força de massa [N];

𝑴𝒎𝒂𝒏𝒊𝒇𝒐𝒍𝒅: Massa do manifold [kg];

𝑨𝒎𝒂𝒏𝒊𝒇𝒐𝒍𝒅 : Massa Adicional do manifold [kg];

𝒂𝒄𝒕: Aceleração Vertical relativa à Amplitude Característica da ponta do

guindaste,0.0 m/s²;

𝝆á𝒈𝒖𝒂: Massa específica da água do mar, 1025 kg/m³;

𝑽: Volume deslocado de água relativo à superfície em repouso da água [m³];

𝒂𝒘: aceleração vertical característica da partícula [m/s²], definida no item 0.

Para obter a magnitude dessa força, deve-se calcular inicialmente os parâmetros

desconhecidos dessa equação.

Inicialmente será calculado o valor da massa adicional do manifold. A Referência

[10] fornece uma equação para estimar a massa adicional de uma placa plana.

𝐴𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎 = 𝜌. 𝑉𝑅 . 𝐶𝐴 [𝑚2]

(13)

Em que:

𝑨𝒑𝒍𝒂𝒄𝒂: Massa adicional da Placa plana [kg];

𝝆: Massa Específica da água do mar, 1025 kg/m³;

31

𝑽𝑹: Volume de referência [m³].

Primeiro calcula-se o volume de referência que é dado por:

𝑉𝑅 =𝜋

4. 𝑎2. 𝑏 (14)

As variáveis “a” e “b” são dadas como os lados da placa retangular baseados em

estimativas aplicadas à área projetada do manifold, já que pelas aproximações

consideradas inicialmente, ela representa uma área retangular, semelhante à área da placa

plana.

Assim, os valores dessas variáveis são:

𝒂 : menor lado da estrutura normal ao sentido do fluxo, 10 m;

𝒃 : maior lado da estrutura normal ao sentido do fluxo, 20 m.

𝑉𝑅 = 1570,8 m³

Figura 19 - Coeficientes de Massa Adicional [10]

Pela Figura 19 acima o coeficiente de massa adicional CA é igual a 0,757.

32

Reunindo os parâmetros obtidos anteriormente, pode-se calcular a massa adicional

da placa plana cujo valor é:

𝐴𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎 = 1025 × 1570,8 × 0,757

𝐴𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎 = 1218,8 ton

Considerando uma aproximação para o cálculo da massa adicional para o manifold,

de acordo com a forma aproximada de seu corpo (tridimensional com lados verticais),

tem-se que o valor dessa massa adicional será:

𝐴𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑 = [1 + √1 − 𝜆2

2(1 + 𝜆2)] 𝐴𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎

(15)

Onde:

𝑨𝒎𝒂𝒏𝒊𝒇𝒐𝒍𝒅: massa adicional sólida do manifold [kg];

𝑨𝒑𝒍𝒂𝒄𝒂: massa adicional para placa plana considerada, 1220 ton;

𝝀: Fator entre a altura do equipamento e a área da parte submersa dele:

𝜆 =

√𝐴𝑝𝑟𝑜𝑗

ℎ + √𝐴𝑝𝑟𝑜𝑗

(16)

Sendo:

𝒉: altura da região imersa do equipamento 0 ou 2,5 ou 5 [m];

𝑨𝒑𝒓𝒐𝒋: área da parte submersa da forma projetada no plano horizontal [m²].

𝐴𝑝𝑟𝑜𝑗 = 𝑎. 𝑏

(17)

𝐴𝑝𝑟𝑜𝑗 = 200 m²

Considerando um índice de perfuração de 0,6 e de acordo com os níveis de

submersão, as massas adicionais do manifold (Amanifold) estão listadas na Tabela 5:

33

Tabela 5- Massa adicional para o Manifold

Profundidade de

Submersão d [m] 𝜆

𝐴𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑

[ ton ]

0,0 1,0 753,1

2,5 0,85 967,0

5,0 0,74 1041,8

Definida a massa adicional, é possível calcular a força de massa no equipamento.

Essa força é dada pela relação entre a aceleração do equipamento e a aceleração de ondas.

Como os movimentos do equipamento para este estudo são considerados nulos, a

Equação (18) definida por [10] se transforma na Equação (19).

𝐹𝑀 = √[(𝑀𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑 + 𝐴𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑). 𝑎𝑐𝑡]² + [(𝜌á𝑔𝑢𝑎𝑉 + 𝐴𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑). 𝑎𝑤]²

(18)

𝐹𝑀 = (𝜌á𝑔𝑢𝑎𝑉 + 𝐴𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑). 𝑎𝑤

Em que:

(19)

𝑭𝑴: Força de massa [kN];

𝑴𝒎𝒂𝒏𝒊𝒇𝒐𝒍𝒅: Massa do manifold, 270 ton;

𝑨𝒎𝒂𝒏𝒊𝒇𝒐𝒍𝒅 : Massa adicional do manifold;

𝒂𝒄𝒕: Aceleração vertical da amplitude característica na ponta do guindaste, 0

m/s²;

𝝆á𝒈𝒖𝒂: Massa específica da água do mar, 1,025 ton/m³;

𝑽: Volume deslocado de água relativo à superfície em repouso da água;

𝒂𝒘: Aceleração vertical característica da partícula [m/s²].

34

Os valores das Forças de massa estão listados na Tabela 6 abaixo.

Tabela 6- Forças de massa de acordo com o nível de submersão do manifold

Profundidade de

Submersão d [m] 𝑉 [𝑚3] 𝑎𝑤 [𝑚/𝑠²] 𝐴𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑[𝑡𝑜𝑛]

𝐴𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑

𝑀𝑚𝑎𝑛𝑖𝑓𝑜𝑙𝑑 𝐹𝑀 [𝑘𝑁]

0 0 3,08 753,1 2,8 2321,0

2,5 19,8 4,13 967,0 3,6 4073,1

5,0 39,5 5,52 1041,8 3,9 5977,1

7.2.4. Força de arrasto

A força de arrasto é resultado da interação de movimento entre o manifold e as

partículas do fluido em que ele está imerso. A força de arrasto origina-se da perda de

energia cinética. O sentido da resultante da força de arrasto é oposto ao da velocidade

relativa entre o equipamento e as partículas da água do mar. Seu módulo depende da

geometria do corpo e da densidade, da viscosidade e da velocidade da água em contato

com a superfície do equipamento [26].

A Força de Arrasto é resultante dos efeitos combinados das Forças de Fricção e de

Forma:

• Força de Arrasto de Fricção: quando um fluido de desloca sobre a superfície

estacionária de um objeto, na superfície desse mesmo objeto, ele permanece em repouso

pelo efeito da tensão de cisalhamento nesse local. A região na qual a velocidade do fluido

fica compreendida entre zero e 99% de sua velocidade máxima é denominada camada

limite. Assim, esse fluido em movimento exerce forças de cisalhamento na superfície,

devido à condição de não-deslizamento causada pelos efeitos viscosos. Este tipo de Força

depende especialmente da geometria, da rugosidade da superfície sólida e do tipo de fluxo

de fluido.

35

Figura 20- Representação esquemática da Força de Arrasto Friccional

• Arrasto de Forma: Conhecida também como Arrasto de Pressão, essa força surge

devido à forma e tamanho do objeto analisado. Esse tipo de força é uma consequência do

movimento de Bernoulli. Devido à variação do campo de velocidades das partículas do

fluido nas regiões adjacentes ao equipamento, faz surgir um campo de pressões (grandes

velocidades, baixas pressões) nessa mesma região, que interfere no deslocamento do

objeto. O tamanho e a forma do corpo são os fatores que mais influenciam no arrasto de

forma. Em geral, corpos com maior seção transversal geométrica apresentam um arrasto

maior que corpos mais esbeltos.

Figura 21-Representação esquemática da Força de Arrasto de Forma

36

De acordo com a Referência [10], a Força de Arrasto Característica é dada por:

𝐹𝐷 = 0,5 𝜌 𝐶𝐷 𝐴𝑝 𝜈𝑟² (20)

Em que:

𝑭𝑫: Força de Arrasto [N];

𝝆: Massa específica da água do mar, 1025 kg/m³;

𝑪𝑫: Coeficiente de Arrasto Hidrodinâmico no escoamento oscilatório da parte

submersa, 2,5 pela referência [10];

𝑨𝒑: Área do manifold submarino projetada no plano perpendicular à direção do

movimento das partículas do fluido, 200 m²;

𝝂𝒓: Velocidade relativa característica entre o objeto e as partículas de água [m/s].

𝜈𝑟 = 𝜈𝑐 + √𝜈𝑐𝑡

2 + 𝜈𝑤² (21)

Sendo:

𝝂𝒄: Velocidade de abaixamento, 0,0 m/s;

𝝂𝒄𝒕: Velocidade da ponta do guindaste, 0,0 m/s;

𝒗𝒘: Velocidade vertical da partícula característica da onda [m/s].

A Tabela 7 abaixo apresenta a resultante das forças de arrasto de acordo com as

profundidades de imersão consideradas para o manifold.

Tabela 7- Força de arrasto de acordo com profundidades de submersão

Profundidade de

Submersão [m] 𝒗𝒘 [m/s] 𝐹𝐷[𝑘𝑁]

0 2,04 1066,2

2,5 2,73 1910,5

5,0 3,66 3423,7

37

7.2.5. Força Hidrodinâmica do Equipamento

Foram determinadas nesse momento todas as forças necessárias para calcular a força

hidrodinâmica no manifold. São elas: atuantes no equipamento: de Impacto de Slamming

(𝐹𝑠𝑙𝑎𝑚), de Arrasto (𝐹𝐷), de Massa (𝐹𝑀) e de Variação de Empuxo (𝐹𝜌). Agora será

estabelecida a for possível estabelecer a força hidrodinâmica através da equação),

mostrada no início desse capítulo. Os resultados de sua aplicação para as diferentes

profundidades são vistos na Tabela 8. Os movimentos do equipamento e do guindaste são

considerados nulos.

Todas as forças necessárias para se calcular a força hidrodinâmica foram obtidas (de

impacto de Slamming (𝐹𝑠𝑙𝑎𝑚), de Arrasto (𝐹𝐷), de Massa (𝐹𝑀) e de variação de empuxo

(𝐹𝜌)). Nesse momento, elas serão combinadas através da seguinte equação:

𝐹ℎ𝑖𝑑 = √(𝐹𝐷 + 𝐹𝑠𝑙𝑎𝑚)² + (𝐹𝑀 − 𝐹𝜌)² (22)

Os resultados das forças hidrodinâmicas relativas à cada profundidade de imersão

estão expostos na Tabela 8 a seguir.

Tabela 8- Resultado das Forças Hidrodinâmicas

Profundidade de

Submersão [m] 𝐹𝑠𝑙𝑎𝑚 [𝑘𝑁] 𝐹𝜌 [𝑘𝑁] 𝐹𝑀 [𝑘𝑁] 𝐹𝐷 [𝑘𝑁] 𝐹ℎ𝑖𝑑 [𝑘𝑁]

0 2132,3 2715 2321,0 1066,2 3222,6

2,5 3821,1 2715 4073,1 1910,5 5890,3

5,0 6847,4 2715 5977,1 3423,7 10776,6

38

8. Modelo para Análise Dinâmica

O programa SITUA/PROSIM foi desenvolvido para a PETROBRAS pelo

Laboratório de Métodos Computacionais e Sistemas Offshore (LAMCSO/COPPE/UFRJ)

e é um programa de análise dinâmica no domínio do tempo de sistemas offshore

ancorados.

Recentemente foi incorporado ao SITUA/PROSIM a capacidade de calcular as forças

geradas pela passagem de uma onda sobre uma superfície. Isto é feito através da integral

das forças e pressões calculadas utilizando-se a formulação da Teoria Linear de Airy para

ondas. Essa teoria fornece uma descrição linear da propagação das ondas gravitacionais

na superfície do mar e assume que a camada do fluido tem uma profundidade média

uniforme, sendo o fluido invíscido, incompressível e irrotacional. A Teoria de Airy

considera que a altura (h) é muito pequena em comparação com o comprimento da onda

e com sua profundidade (d). Para serem calculados o campo de pressão e forças atuantes

na região do manifold, a cinemática do movimento dessas ondas é descrita da seguinte

forma [24]:

Aceleração Horizontal da Partícula (𝑎𝑥):

𝑎𝑥 = 𝜔2ℎ𝑒𝑘𝑧cos(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡)

(23)

Aceleração Vertical da Partícula da Onda(𝑎𝑧):

𝑎𝑧 = −𝜔2 ℎ𝑒𝑘𝑧sen(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡)

(24)

Sabe-se que:

𝜔: frequência da onda;

ℎ: altura da onda;

𝑘: número de onda, em que:

𝑘 = 𝜔2 (25)

𝑧: distância do solo oceânico ao ponto analisado;

A pressão hidrodinâmica é dada por:

39

𝑝 = −𝜌𝑔𝑧 + 𝜌𝑔ℎ𝑒−𝑘𝑧 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 − 𝑘𝑥) (26)

O primeiro termo da pressão representa a parte estática e o segundo termo a sua

contribuição dinâmica.

A superfície é dividida em uma malha de triângulos e a força e a pressão segundo a

teoria de Airy é calculada sobre cada triângulo, o somatório das forças para cada triangulo

é tomado como uma aproximação da integral sobre toda a superfície.

Para verificar a influência da dimensão da malha de triângulos, dois modelos do

manifold foram gerados, um com triângulos de dimensão característica 1 m e um com

dimensão de 0.5 m. Para cada uma destas malhas foram gerados 3 modelos, com as

mesmas posições relativas entre o manifold e a superfície livre utilizadas nos cálculos

anteriores: 0,0 m, 2,5 m e 5,0 m.

Assim temos um total de 6 modelos. Cada modelo foi submetido a uma onda regular

com altura de 1,5 m e período de 6 segundos. E uma análise de 100 segundos foi efetuada

em cada modelo e as resultantes de força horizontal, ao longo do eixo X (maior dimensão

do manifold), e de força vertical foram registradas ao longo do tempo da análise.

40

9. Resultados PROSIM/SITUA

A seguir serão apresentados os resultados obtidos com o programa SITUA/PROSIM

para as duas malhas utilizadas para representar a superfície do manifold.

9.1. Malha de 0,5 m

Os gráficos a seguir representam as forças resultantes vertical e horizontal para cada

um dos níveis de imersão considerados do manifold, discretizado com malha de 0,5 m,

em função do tempo analisado.

41

Figura 22- Forças Horizontais para imersão de 0 m em malha 0,5

Figura 23- Forças Verticais para imersão de 0 m em malha 0,5 m

42

Figura 24- Forças Horizontais para imersão de 0,25 m em malha de 0,5 m

Figura 25- Forças Verticais para imersão de 0,25 m em malha de 0,5 m

43

Figura 26 - Forças Horizontais para imersão de 0,50 m em malha de 0,5 m

Figura 27- Forças Verticais para imersão de 0,50 m em malha de 0,5 m

44

9.2. Malha de 1,0 m

Os gráficos a seguir representam as forças resultantes vertical e horizontal para cada

um dos níveis de imersão considerados do manifold, discretizado com malha de 1,0 m,

em função do tempo analisado.

Figura 28- Forças Horizontais para imersão de 0 m em malha de 1 m

Figura 29- Forças Verticais para imersão de 0 m em malha de 1 m

45

Figura 30- Forças Horizontais para imersão de 0,25 m em malha de 1 m

Figura 31- Forças Verticais para imersão de 0,25 m em malha de 1 m

46

Figura 32- Forças Horizontais para imersão de 0,50 m em malha de 1 m

Figura 33- Forças Verticais para imersão de 0,50 m em malha de 1 m

47

9.1. Comparação entre malhas

Das forças horizontais e verticais expostas nos gráficos anteriores, foram

destacadas as maiores delas para representar as condições extremas limites para cada

condição de imersão do manifold.

As duas tabelas seguintes Tabela 9 e Tabela 10 indicam os resultados das forças

de ondas para os dois tipos de análises, tanto de malha de 1 m quanto para de 0,5 m,

variando os valores da imersão do manifold.

Tabela 9 - Forças Horizontal e Vertical para malha de 0,5 m

Imersão Força Horizontal (kN) Força Vertical (kN)

0,0 25,953 1130,063

2,5 294,035 5880,866

5,0 496,372 9696,970

Tabela 10 - Forças Horizontal e Vertical para malha de 1 m

Imersão Força Horizontal (kN) Força Vertical (kN)

0,0 25,974 1129,183

2,5 294,245 5580,200

5,0 496,724 9697,226

De acordo com os resultados mostrados acima, as forças de ondas vertical e

horizontal computadas em malhas de 0,5 metros relativas à submersão de 0 m do manifold

e a força vertical de submersão de 0,25 m foram maiores do que as de malha de 1 m. Já o

restante das forças de malha de 1 m foram maiores que as de 0,5 metros.

Verifica-se que o tamanho da malha não alterou significantemente o resultado, com

a diferença entre os valores sendo menor que 1%. No entanto o tempo de processamento

para a malha de 0,5 m é aproximadamente 3,8 vezes maior. Assim para as análises

verifica-se que a malha de 1 m é suficiente.

48

Tabela 11 – Tempo de processamento

Imersão Malha 0,5 (seg) Malha 1,0 (seg)

0,0 15,66 4,28

2,5 19,48 5,10

5,0 22,20 5,86

49

10. Comparação de resultados

Considerando que as forças resultantes vertical e horizontal obtidas pelo

SITUA/PROSIM representam a composição das forças de arrasto e da força de variação

de empuxo e de massa, sem considerar o efeito de massa adicional e o de força de

slamming, e, fazendo uma análise comparativa entre essas forças computadas pelo

Software e as obtidas de acordo com as regras da DNV-RP-103 [10], tem-se que:

Tabela 12 - Comparação entre forças verticais

Profundidade

Submersão

[m]

𝐹ℎ𝑖𝑑

[𝑘𝑁]

𝐹ℎ𝑖𝑑𝐷𝑁𝑉

[𝑘𝑁]

𝐹𝑆𝐼𝑇𝑈𝐴/𝑃𝑅𝑂𝑆𝐼𝑀

[𝑘𝑁]

0 3222,6 2916,8 1130,1

2,5 5890,3 3251,8 5880,9

5,0 10776,6 4234,2 9697,2

Tabela 13 - Forças Horizontal e Vertical para malha de 1 m

Profundidade

Submersão

[m]

𝐹ℎ𝑖𝑑𝐷𝑁𝑉− 𝐹ℎ𝑖𝑑

𝐹ℎ𝑖𝑑

𝐹𝑆𝐼𝑇𝑈𝐴/𝑃𝑅𝑂𝑆𝐼𝑀 − 𝐹ℎ𝑖𝑑

𝐹ℎ𝑖𝑑

𝐹𝑆𝐼𝑇𝑈𝐴/𝑃𝑅𝑂𝑆𝐼𝑀 − 𝐹ℎ𝑖𝑑𝐷𝑁𝑉

𝐹ℎ𝑖𝑑𝐷𝑁𝑉

0 -9,4% -65,0% -61,2%

2,5 -44,8% -0,1% 80,1%

5,0 -60,7% -10,0% 129,0%

Em que:

𝑭𝒉𝒊𝒅: Força Hidrodinâmica Total, constituída pelas Forças de Slamming, de

Arrasto, de Variação de Empuxo e de Massa Adicional, segundo as regras da

DNV [10];

𝑭𝒉𝒊𝒅𝑫𝑵𝑽: Força Hidrodinâmica composta pelas Forças de Slamming, de Arrasto,

de Variação de Empuxo e de Massa, sem considerar o efeito de massa adicional,

como indicado pelas regras da DNV-RP-H103 [10];

𝑭𝑺𝑰𝑻𝑼𝑨/𝑷𝑹𝑶𝑺𝑰𝑴: Força Hidrodinâmica calculada pelo SITUA/PROSIM.

50

Verifica-se que, apesar do SITUA/PROSIM não considerar o efeito da massa

adicional, os valores obtidos com a análise foram mais consistentes com os valores

obtidos na regra quando se considera esta parcela de massa adicional. Além disso verifica-

se que esta aderência de resultados é maior para a situação intermediária, imersão de 2,5

m. Isto pode ser entendido pois os efeitos da onda são maiores quando o equipamento

está no início do processo de imersão, com uma dinâmica mais complexa. E quando o

equipamento está a uma maior profundidade os efeitos da onda passam a ser menores do

que os de correnteza ou de outras fontes.

51

11. Conclusão e trabalhos futuros

As forças hidrodinâmicas calculadas pelas regras estabelecidas pela DNV aumentam

conforme o manifold submarino vai imergindo. Ou seja, quanto maior o seu nível de

profundidade, maiores serão as forças de ondas atuantes em sua estrutura.

Da mesma forma, ocorre para os resultados das forças hidrodinâmicas consideradas

no Programa SITUA/PROSIM.

Comparando os valores obtidos, pode-se verificar que, para pequenos níveis de

submersão, os resultados obtidos pela norma e pelo SITUA/PROSIM são bastante

discrepantes, mas, para maiores valores de submersão, a diferença tende a diminuir

indicando que a norma é bastante conservadora para etapas iniciais do processo.

Por isso, propõe-se, para trabalhos futuros, analisar as forças atuantes no manifold

quando ele estiver a profundidades maiores do que a considerada nesse trabalho. Isso

permitirá obter uma maior sensibilidade sobre a diferença de resultados obtidos pelo

SITUA/PROSIM e os calculados segundo as recomendações da DNV-RP-H103 [10].

Recomenda-se também para outros projetos, analisar o lançamento do manifold em

outras configurações de onda, definindo-se novos períodos e alturas de onda, justamente

para se ter um maior número de resultados e verificar a ordem de discrepância dos

resultados analisados pelas duas fontes ferramentas de estudo, ou seja, DNV-RP-H103

[10] e o software SITUA/PROSIM.

52

12. Referências

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