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Língua Portuguesa / Compreensão de texto Fonte: AGENTE DE ADMINISTRAçãO PúBLICA / Pref. Paulínia/SP / 2016 / FGV Q1. Descaso com saneamento deixa rios em estado de alerta A crise hídrica transformou a paisagem urbana em muitas cidades paulistas. Casas passaram a contar com cisternas e caixas-d’água azuis se multiplicaram por telhados, lajes e até em garagens. Em regiões mais nobres, jardins e portarias de prédios ganharam placas que alertam sobre a utilização de água de reúso. As pessoas mudaram seu comportamento, economizaram e cobraram soluções. As discussões sobre a gestão da água, nos mais diversos aspectos, saíram dos setores tradicionais e técnicos e ganharam espaço no cotidiano. Porém, vieram as chuvas, as enchentes e os rios urbanos voltaram a ficar tomados por lixo, mascarando, de certa forma, o enorme volume de esgoto que muitos desses corpos de água recebem diariamente. É como se não precisássemos de cada gota de água desses rios urbanos e como se a água limpa que consumimos em nossas casas, em um passe de mágica, voltasse a existir em tamanha abundância, nos proporcionando o luxo de continuar a poluir centenas de córregos e milhares de riachos nas nossas cidades. Para completar, todo esse descaso decorrente da falta de saneamento se reverte em contaminação e em graves doenças de veiculação hídrica. Dados do monitoramento da qualidade da água – que realizamos em rios, córregos e lagos de onze Estados brasileiros e do Distrito Federal – revelaram que 36,3% dos pontos de coleta analisados apresentam qualidade ruim ou péssima. Apenas 13 pontos foram avaliados com qualidade de água boa (4,5%) e os outros 59,2% estão em situação regular, o que significa um estado de alerta. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo. Divulgamos esse grave retrato no Dia Mundial da Água (22 de março), com base nas análises realizadas entre março de 2015 e fevereiro de 2016, em 289 pontos de coleta distribuídos em 76 municípios. (MANTOVANI, Mário; RIBEIRO, Malu. UOL Notícias, abril/2016.) “As pessoas mudaram seu comportamento, economizaram e cobraram soluções.” Segundo esse período final do primeiro parágrafo, o comportamento anterior das pessoas era marcado por A) desperdício e passividade. B) passividade e cidadania. C) cidadania e revolta. D) revolta e participação. E) participação e desperdício. Esta e apenas uma amostra gratis. Adquira a versao completa em http://www.concursoprepara.com.br Língua Portuguesa / Compreensão de texto Fonte: TECNICO DO MINISTERIO PUBLICO - AREA ADMINISTRATIVA / MPE/RJ / 2016 / FGV Q2. TEXTO 2 - Manual de princípios éticos para sites de medicina e saúde na internet A veiculação de informações, a oferta de serviços e a venda de produtos médicos na Internet têm o potencial de promover a saúde mas também podem causar danos aos internautas, usuários e consumidores. O CREMESP define a seguir princípios éticos norteadores de uma política de autorregulamentação e critérios de conduta dos sites de saúde e medicina na Internet. 1) TRANSPARÊNCIA Deve ser transparente e pública toda informação que possa interferir na compreensão das mensagens veiculadas ou no consumo dos serviços e produtos oferecidos pelos sites com conteúdo de saúde e medicina. Deve estar claro o propósito do site: se é apenas educativo ou se tem fins comerciais na venda de espaço publicitário, produtos, serviços, atenção médica personalizada, assessoria ou aconselhamento. É obrigatória a apresentação dos nomes do responsável, mantenedor e patrocinadores diretos ou indiretos do site. 2) HONESTIDADE Muitos sites de saúde estão a serviço exclusivamente dos patrocinadores, geralmente empresas de produtos e equipamentos médicos, além da indústria farmacêutica que, em alguns casos, interferem no conteúdo e na linha editorial, pois estão interessados em vender seus produtos. A verdade deve ser apresentada sem que haja interesses ocultos. Deve estar claro quando o conteúdo educativo ou científico divulgado (afirmações sobre a eficácia, efeitos, impactos ou benefícios de produtos ou serviços de saúde) tiver o objetivo de publicidade, promoção e venda, conforme Resolução CFM N º 1.595/2000. 3) QUALIDADE A informação de saúde apresentada na Internet deve ser exata, atualizada, de fácil entendimento, em linguagem objetiva e cientificamente fundamentada. Da mesma forma produtos e serviços devem ser apresentados e descritos com exatidão e clareza. Dicas e aconselhamentos em saúde devem ser prestados por profissionais qualificados, com base em estudos, pesquisas, protocolos, consensos e prática clínica. Os sites com objetivo educativo ou científico devem garantir a autonomia e independência de sua política editorial e de suas práticas, sem vínculo ou interferência de eventuais patrocinadores. Deve estar visível a data da publicação ou da revisão da informação, para que o usuário tenha certeza da atualidade do site. Os sites devem citar todas as fontes utilizadas para as informações, critério de seleção de conteúdo e política editorial do site, com destaque para nome e contato com os responsáveis. No caso do texto 2, o termo transparência se refere à(ao): A) clareza na linguagem empregada; B) exposição rápida das informações; C) informação total sobre a estrutura do site; D) oferecimento de serviços úteis; E) demonstração de recebimentos e pagamentos.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: AGENTE DE ADMINISTRAçãO PúBLICA / Pref. Paulínia/SP / 2016 / FGV

Q1.

Descaso com saneamento deixa rios em estado de alerta

A crise hídrica transformou a paisagem urbana em muitas cidades paulistas. Casas passaram a contar com cisternas e caixas-d’água azuis se multiplicaram por

telhados, lajes e até em garagens. Em regiões mais nobres, jardins e portarias de prédios ganharam placas que alertam sobre a utilização de água de reúso. As

pessoas mudaram seu comportamento, economizaram e cobraram soluções. As discussões sobre a gestão da água, nos mais diversos aspectos, saíram dos

setores tradicionais e técnicos e ganharam espaço no cotidiano. Porém, vieram as chuvas, as enchentes e os rios urbanos voltaram a ficar tomados por lixo,

mascarando, de certa forma, o enorme volume de esgoto que muitos desses corpos de água recebem diariamente. É como se não precisássemos de cada gota

de água desses rios urbanos e como se a água limpa que consumimos em nossas casas, em um passe de mágica, voltasse a existir em tamanha abundância,

nos proporcionando o luxo de continuar a poluir centenas de córregos e milhares de riachos nas nossas cidades. Para completar, todo esse descaso decorrente

da falta de saneamento se reverte em contaminação e em graves doenças de veiculação hídrica. Dados do monitoramento da qualidade da água – que

realizamos em rios, córregos e lagos de onze Estados brasileiros e do Distrito Federal – revelaram que 36,3% dos pontos de coleta analisados apresentam

qualidade ruim ou péssima. Apenas 13 pontos foram avaliados com qualidade de água boa (4,5%) e os outros 59,2% estão em situação regular, o que significa

um estado de alerta. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo. Divulgamos esse grave retrato no Dia Mundial da Água (22 de março), com base

nas análises realizadas entre março de 2015 e fevereiro de 2016, em 289 pontos de coleta distribuídos em 76 municípios.

(MANTOVANI, Mário; RIBEIRO, Malu. UOL Notícias, abril/2016.)

“As pessoas mudaram seu comportamento, economizaram e cobraram soluções.”

Segundo esse período final do primeiro parágrafo, o comportamento anterior das pessoas era marcado por

• A) desperdício e passividade.

• B) passividade e cidadania.

• C) cidadania e revolta.

• D) revolta e participação.

• E) participação e desperdício.

Esta e apenas uma amostra gratis. Adquira a versao completa em http://www.concursoprepara.com.br

Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: TECNICO DO MINISTERIO PUBLICO - AREA ADMINISTRATIVA / MPE/RJ / 2016 / FGV

Q2.

TEXTO 2 - Manual de princípios éticos para sites de medicina e saúde na internet

A veiculação de informações, a oferta de serviços e a venda de produtos médicos na Internet têm o potencial de promover a saúde mas também podem causar

danos aos internautas, usuários e consumidores. O CREMESP define a seguir princípios éticos norteadores de uma política de autorregulamentação e critérios

de conduta dos sites de saúde e medicina na Internet. 1) TRANSPARÊNCIA Deve ser transparente e pública toda informação que possa interferir na

compreensão das mensagens veiculadas ou no consumo dos serviços e produtos oferecidos pelos sites com conteúdo de saúde e medicina. Deve estar claro o

propósito do site: se é apenas educativo ou se tem fins comerciais na venda de espaço publicitário, produtos, serviços, atenção médica personalizada,

assessoria ou aconselhamento. É obrigatória a apresentação dos nomes do responsável, mantenedor e patrocinadores diretos ou indiretos do site. 2)

HONESTIDADE Muitos sites de saúde estão a serviço exclusivamente dos patrocinadores, geralmente empresas de produtos e equipamentos médicos, além da

indústria farmacêutica que, em alguns casos, interferem no conteúdo e na linha editorial, pois estão interessados em vender seus produtos. A verdade deve ser

apresentada sem que haja interesses ocultos. Deve estar claro quando o conteúdo educativo ou científico divulgado (afirmações sobre a eficácia, efeitos,

impactos ou benefícios de produtos ou serviços de saúde) tiver o objetivo de publicidade, promoção e venda, conforme Resolução CFM N º 1.595/2000. 3)

QUALIDADE A informação de saúde apresentada na Internet deve ser exata, atualizada, de fácil entendimento, em linguagem objetiva e cientificamente

fundamentada. Da mesma forma produtos e serviços devem ser apresentados e descritos com exatidão e clareza. Dicas e aconselhamentos em saúde devem

ser prestados por profissionais qualificados, com base em estudos, pesquisas, protocolos, consensos e prática clínica. Os sites com objetivo educativo ou

científico devem garantir a autonomia e independência de sua política editorial e de suas práticas, sem vínculo ou interferência de eventuais patrocinadores.

Deve estar visível a data da publicação ou da revisão da informação, para que o usuário tenha certeza da atualidade do site. Os sites devem citar todas as

fontes utilizadas para as informações, critério de seleção de conteúdo e política editorial do site, com destaque para nome e contato com os responsáveis.

No caso do texto 2, o termo transparência se refere à(ao):

• A) clareza na linguagem empregada;

• B) exposição rápida das informações;

• C) informação total sobre a estrutura do site;

• D) oferecimento de serviços úteis;

• E) demonstração de recebimentos e pagamentos.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: TéCNICO DE ENFERMAGEM / Pref. Cuiabá/MT / 2015 / FGV

Q3.

Texto 2

Se as mulheres enfrentam dupla jornada de trabalho, a forma eficiente de resolver o problema é por meio de mudanças culturais que tornem os homens mais

ativos nos afazeres domésticos e por meio de boas creches e escolas que deixem as mães mais tranquilas com o cuidado dos filhos. Não parece apropriada a

ideia de que um problema de equidade do mercado de trabalho seja resolvido por uma saída antecipada deste mesmo mercado, mas, sim, por uma política

efetiva de promoção de igualdade laboral entre homens e mulheres. Alguém pode argumentar que mudanças culturais são difíceis de concretizar. São, mas não

impossíveis. O leitor com mais de 40 anos deve se recordar que muitos consideravam os cintos de segurança como meros acessórios dos carros e que o cigarro

reinava em propagandas, restaurantes, aviões e salas de aula das universidades.

Defendendo a ideia de que mudanças culturais são possíveis, o autor do texto 2 apela, no último parágrafo, para

• A) um testemunho de autoridade.

• B) uma estratégia de atemorização do leitor.

• C) uma comparação entre elementos distintos.

• D) um meio de sensibilizar sentimentalmente o leitor.

• E) um processo de manipulação desonesta de dados.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: ASSISTENTE OPERACIONAL / SSP/AM / 2015 / FGV

Q4.

Texto 3

Construímos no Brasil uma sociedade hierarquizada e arcaica, majoritariamente conservadora (que aqui se manifesta em regra de forma extremamente nefasta,

posto que dominada por crenças e valores equivocados), que se julga (em geral) no direito de desfrutar de alguns privilégios, incluindo-se o de não ser igual

perante as leis (nessa suposta “superioridade” racial ou socioeconômica também vem incluída a impunidade, que sempre levou um forte setor das elites à

construção de uma organização criminosa formada por uma troika maligna composta de políticos e outros agentes públicos + agentes econômicos + agentes

financeiros, unidos em parceria público-privada para a pilhagem do patrimônio do Estado). Continuamos (em pleno século XXI) a ser o país atrasado do “Você

sabe com quem está falando?” (como bem explica DaMatta, em várias de suas obras). Os da camada “de cima” (na nossa organização social) se julgam no

direito (privilégio) de humilhar e desconsiderar as leis assim como os “de baixo”. Se alguém questiona essa estrutura, vem o corporativismo e retroalimenta a

chaga arcaica. De onde vem essa canhestra forma de organização social? Por que somos o que somos?”

(Luiz Flávio Gomes, JusBrasil)

O autor do texto 3 considera um atraso a utilização do “Você sabe com quem está falando?” porque a expressão representa:

• A) um desrespeito à igualdade das leis;

• B) um hábito antigo de nossas elites;

• C) uma prova de corrupção;

• D) um atestado de corporativismo;

• E) uma volta à monarquia.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: ANALISTA JURíDICO / DPE/RO / 2015 / FGV

Q5.

TEXTO 1 – O mito da maioridade penal

“Quando falo sobre redução da maioridade penal, costumo dizer que a sociedade precisa decidir em que banco quer ver a juventude. Se no banco da escola ou

no banco dos réus. Anteontem, o Congresso Nacional sinalizou que prefere a segunda opção. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados

aprovou a constitucionalidade da PEC que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos”.

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Marcelo Freixo, O Globo, 02/04/2015

Abaixo foram transcritos trechos de cartas de leitores de um jornal sobre a maioridade penal; a opção cujo posicionamento contraria especificamente uma

afirmação do texto 1 é:

• A) “Ser a favor ou contra a redução da maioridade penal é um direito inalienável de cada cidadão, mas, alegar que a redução de 18 para 16 anos colocará a

nossa juventude no sistema prisional é o mesmo que confundir alhos com bugalhos”.

• B) “O discurso contrário à redução da maioridade penal é o mesmo, assim como as justificativas para não adotá-la no país. Uma delas é a questão da

precariedade do sistema penitenciário no Brasil”.

• C) “Preocupante que a CCJ tenha dado aval para que a proposta de redução da menoridade penal seja discutida e até votada no Congresso Nacional”.

• D) “Mandar adolescentes para a cadeia só irá piorar as coisas e aumentar ainda mais a violência e o crime na já conturbada sociedade brasileira”.

• E) “Ninguém acredita que essa redução da maioridade penal irá resolver a questão da segurança pública. Apenas acreditamos que homicidas serão,

realmente, punidos”.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: ANALISTA JUDICIáRIO - ADMINISTRAçãO - REAPLICADA / TJ/BA / 2015 / FGV

Q6.

Texto 1

Millôr Fernandes, falando sobre o hábito de fumar, disse: “Enorme percentual de fumantes disposto a continuar fumando, apesar de ameaças de câncer,

enfisemas e outras quizílias. O fumo é realmente um vício idiota. Mas os fumantes que persistem em fumar têm um vício ainda mais idiota – a liberdade.

Provando que nem só de pão, e de saúde, vive o ser humano. Além do fumo ele aspira também gastar a vida como bem entende. Arruinando determinadamente

seu corpo – um ato de loucura – o fumante ultrapassa a pura e simples animalidade da sobrevivência sem graça. Em tempo; eu não fumo”.

(Definitivo, L&PM editores, Porto Alegre, 1994)

O trecho acima (texto 1), em relação ao fumo, defende a seguinte ideia:

• A) condenação do fumo, como um hábito sem sentido e prejudicial à saúde;

• B) compreensão pelos que fumam, apesar de ver nesse hábito um vício idiota;

• C) admiração pelo fumante por ter superado os próprios limites da defesa da sobrevivência;

• D) crítica aos fumantes pela loucura de arruinarem de forma inconsciente a saúde do corpo;

• E) louvação ao fumante, por ser ele um defensor da liberdade completa, mesmo atentando contra a própria vida.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: TéCNICO ESPECIALIZADO - ADMINISTRAçãO / DPE/RJ / 2014 / FGV

Q7.

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Observe a charge a seguir.

O texto de Veríssimo fala dos “inconvenientes das ruas”, que prejudicariam o shopping. No caso da charge, esse inconveniente seria hipoteticamente

• A) a grande presença de pessoas que nada compram.

• B) a possibilidade de atitudes que perturbassem a tranquilidade.

• C) a grande afluência de jovens.

• D) o risco de saques às lojas.

• E) a poluição sonora e visual.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: ASSISTENTE FINANCEIRO / FUNARTE / 2014 / FGV

Q8.

A GRATIDÃO

Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo tempo que possa ser dispensado à sua leitura. Falam-nos de gratidão e poderão fazer-nos pensar no

quanto a gratidão fará, ou não, parte das nossas vidas. Estou certo de que sabereis extrair a moral da história. Uma brasileira, sobrevivente de um campo de

extermínio nazista, contou que, por duas vezes, esteve numa fila que a encaminhava para a câmara de gás. E que, nas duas vezes, o mesmo soldado alemão a

retirou da fila. Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França. Quando as tropas de Hitler invadiram o país, Salazar ordenou que não se

concedesse visto para quem tentasse fugir do nazismo. Contrariando o ditador, Aristides salvou dez mil judeus de uma morte certa. Pagou bem caro pela sua

atitude humanitária. Salazar destituiu-o do cargo e o fez viver na miséria até o fim da vida. Diz um provérbio judeu que “quem salva uma vida salva a

humanidade”. Em sinal de gratidão, há vinte árvores plantadas em sua memória no Memorial do Holocausto, em Jerusalém. E Aristides recebeu dos israelenses

o título de “Justo entre as Nações”, o que equivale a uma canonização católica. Quando um empregado de um frigorífico foi inspecionar a câmara frigorífica, a

porta se fechou e ele ficou preso dentro dela. Bateu na porta, gritou por socorro, mas todos haviam ido para suas casas. Já estava muito debilitado pela baixa

temperatura, quando a porta se abriu e o vigia o resgatou com vida. Perguntaram ao vigia-salvador: Por que foi abrir a porta da câmara, se isso não fazia parte

de sua rotina de trabalho? Ele explicou: Trabalho nesta empresa há 35 anos, vejo centenas de empregados que entram e saem, todos os dias, e esse é o único

funcionário que me cumprimenta ao chegar e se despede ao sair. Hoje ele me disse “bom dia” ao chegar. E não percebi que se despedisse de mim. Imaginei

que poderia lhe ter acontecido algo. Por isso o procurei e o encontrei. Talvez a gratidão devesse ser uma rotina nas nossas vidas, algo indissociável da relação

humana, mas talvez ande arredada dos nossos cotidianos, dos nossos gestos. E se começássemos cada dia dando gracias a la vida, como faria a Violeta?

(José Pacheco, Dicionário de valores)

O pensador francês La Rochefoucauld disse certa vez sobre a gratidão “Para a maioria dos homens, a gratidão não passa de um desejo velado de receber

maiores benefícios”.

Nesse caso, os homens gratos seriam:

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• A) desprendidos;

• B) corruptos;

• C) interesseiros;

• D) displicentes;

• E) imprudentes.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - TECNOLOGIA DA INFORMAçãO / TRT 1ª / 2014 / FCC

Q9.

Jovens em movimento

Jovens protestando nas ruas não são exatamente uma no-vidade: parece ser próprio da juventude um alto grau de incon-formismo. Mas é possível localizar na

década de 60 e em parte da de 70 do século passado o marco mais incisivo de muitas contestações. O problema apareceu como sendo o de toda uma geração

de jovens ameaçando a ordem social, nos planos polí-tico, cultural e moral, por uma atitude de crítica aos valores es-tabelecidos e pelo desencadear de atos em

busca de trans-formação − movimentos estudantis de oposição aos regimes au-toritários, contra a tecnocracia e todas as formas de dominação, movimentos

pacifistas, agrupamentos de hippies, etc. Muitos jovens estabeleciam para si próprios que jamais viriam a se integrar ao funcionamento normal da sociedade.

Al-guns entravam em organizações políticas clandestinas, outros se recusavam a assumir um emprego formal, indo viver em co-munidades e sobrevivendo por

meio de atividades alternativas (arte, artesanato, hortas comunitárias), tudo numa recusa per-manente de se adaptar, de se enquadrar numa sociedade

con-vencional. No Brasil, é particularmente nesse momento que a ques-tão da juventude ganha maior visibilidade, devido ao engaja-mento de jovens da classe

média, do ensino secundário e uni-versitário, na luta contra o regime autoritário por meio de mo-bilizações estudantis e atuação nos partidos de esquerda. No

campo do comportamento, questionavam os padrões sexuais, morais e o consumismo. De lá para cá, alternaram-se momen-tos de alguma acomodação e

outros de expressão inconfor-mista. As manifestações de meados de 2013 atualizaram o ca-ráter contestador da juventude.

(Adaptado de: ABRAMO, Helena Wendel. “Considerações so-bre a tematização social da juventude no Brasil”. Revista Brasileira de Educação, n. 5/6, p. 30 e

31)

O texto deixa claro que o inconformismo dos jovens na década de 60 e em parte na de 70 estabelecia uma forte oposição de valores e atitudes, tal como a que

se verifica entre os segmentos

• A) alto grau de inconformismo / numa recusa permanente (1º e 2º parágrafos)

• B) crítica aos valores estabelecidos / oposição aos regimes autoritários (1º parágrafo)

• C) entravam em organizações políticas clandestinas / atuação nos partidos de esquerda (2º e 3º parágrafos)

• D) engajamento de jovens da classe média / mobilizações estudantis (3º parágrafo)

• E) assumir um emprego formal / sobrevivendo por meio de atividades alternativas (2º parágrafo)

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - ÁREA APOIO ESPECIALIZADO/ESPECIALIDADE CONTABILIDADE / TRF 4ª / 2014 / FCC

Q10.

Quando se olha para o que aconteceu no cenário cultu-ral brasileiro durante a última década e meia, não há como es-capar do impacto da tecnologia. Ela

possibilitou a reorganização dos universos da música, dos filmes e dos livros. Motivou igual-mente o surgimento das mídias sociais e das megaempresas que as

gerenciam, além de democratizar e ampliar a produção em todas as áreas. Nunca se produziu tanto como agora. As inovações tecnológicas modificaram

completamente o debate sobre cultura, trazendo, para os próximos anos, ao menos três questões centrais. A primeira é a tensão entre as formas ampliadas de

criatividade e os contornos cada vez mais restritos dos direitos autorais. Com a tecnologia, gerou-se um contingente maciço de novos produtores de conteúdo.

Isso faz com que os limites do que chamamos “cultura” fiquem perma-nentemente sujeitos a contínuas “invasões bárbaras”, vindas dos recantos mais

inusitados. Vez por outra, alguns casos sim-bólicos extraem essas tensões do cotidiano no qual elas ocorrem e as colocam num contexto jurídico, em que uma

de-cisão precisa ser tomada. O outro tema é o permanente conflito entre passado e futuro, exacerbado pela atual revolução tecnológica. Em seu li-vro mais

recente, Retromania, o escritor e crítico inglês Simon Reynolds afirma que nosso atual uso da tecnologia, em vez de apontar novos caminhos estéticos, está

criando um generaliza-do pastiche do passado. Vivemos num mundo onde todo legado cultural está acessível a apenas um clique. Uma das respostas

inteligentes à provocação de Reynolds vem dos proponentes da chamada “nova estética”, como o designer inglês James Bridle: para eles, mesmo sem perceber

com clareza, estamos desen-volvendo novos modos de representar a realidade, em que o “real” mistura-se cada vez mais a sucessivas camadas virtuais. O

mundo está cheio de novidades. É só reeducar o olhar para enxergá-las, algo que Reynolds ainda não teria feito. A tese de Reynolds abre caminho para o

terceiro ponto. Na medida em que “terceirizamos” nossa memória para as redes em que estamos conectados (a nuvem), ignoramos o quanto o suporte digital é

efêmero. Não existe museu nem ar-quivo para conservar essas memórias coletivas. Artefatos digi-tais culturais se evaporam o tempo todo e se perdem para

sem-pre: são deletados, ficam obsoletos ou tornam-se simplesmente inacessíveis. Apesar de muita gente torcer o nariz à menção do Orkut, a “velha” rede social

é talvez o mais rico e detalhado do-cumento do período 2004-2011 no Brasil, já que registrou em suas infinitas comunidades a ascensão da classe C e a

pro-gressão da inclusão digital. No entanto, basta uma decisão do Google para tudo ficar inalcançável.

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(Adaptado de Ronaldo Lemos. Bravo! outubro de 2012, edição especial de aniversário, p. 26)

As referências a Simon Reynolds e a James Bridle, no 3º parágrafo,

• A) denotam a necessidade de regulamentação do processo de divulgação de obras culturais pelos meios virtuais.

• B) apontam para a enorme dificuldade de controle da produção artística, considerando-se a facilidade de sua divulgação nas redes virtuais.

• C) destacam a impossibilidade de recebimento de direitos autorais por produtores culturais que se valem da tecnologia na divulgação de suas obras.

• D) exemplificam diferentes pontos de vista a respeito da originalidade da produção cultural divulgada nos meios virtuais.

• E) assinalam a importância da memória coletiva, que se nutre do passado, como único dado cultural válido para a produção artística atual.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - CONTABILIDADE / TRF 3ª / 2014 / FCC

Q11.

O barulho é um som de valor negativo, uma agressão ao silêncio ou simplesmente à tranquilidade necessária à vida em comum. Causa um incômodo àquele

que o percebe como um entrave a seu sentimento de liberdade e se sente agredido por manifestações que não controla e lhe são impostas, impedindo-o de

repousar e desfrutar sossegadamente de seu espaço. Traduz uma interferência dolorosa entre o mundo e o eu, uma distorção da comunicação em razão da

qual as significações se perdem e são substituídas por uma informação parasita que provoca desagrado ou aborrecimento. O sentimento do barulho surge

quando as sonoridades do ambiente perdem sua dimensão de sentido e se impõem como uma agressão irritante, da qual não há como se defender. Mas esse

sentimento põe em relevo um contexto social e a interpretação que o indivíduo faz do ambiente sonoro em que se encontra. Às vezes o mesmo som é

inversamente percebido por outra pessoa como um invólucro que lhe é indiferente. No limite, o barulho constante das ruas acaba sendo abafado, ao passo que

os excessos sonoros dos vizinhos são percebidos como indesejáveis e como violações da intimidade pessoal. Os barulhos produzidos por nós mesmos não são

percebidos como incômodo: eles têm um sentido. Quem faz barulho são sempre os outros. O sentimento do barulho se difundiu, sobretudo, com o nascimento

da sociedade industrial − e a modernidade o inten-sificou de maneira desmesurada. O desenvolvimento técnico caminhou de mãos dadas com a penetração

ampliada do barulho na vida cotidiana e com uma crescente impotência para controlar os excessos. À profusão de barulhos produzidos pela cidade, à circulação

incessante dos automóveis, nossas socie-dades acrescentam novas fontes sonoras com os televisores ligados e a música ambiente que toca no interior das

lojas, dos cafés, dos restaurantes, dos aeroportos, como se fosse preciso afogar permanentemente o silêncio. Nesses lugares troca-se a palavra por um

universo de sons que ninguém escuta, que enervam às vezes, mas que teriam o benefício de emitir uma mensagem tranquilizante. Antídoto ao medo difuso de

não se ter o que dizer, infusão acústica de segurança cuja súbita ruptura provoca um desconforto redobrado, a música ambiente tornou-se uma arma eficaz

contra certa fobia do silêncio. Esse persistente universo sonoro isola as conversas particulares ou encobre os devaneios, confinando cada um em seu espaço

próprio, equivalente fônico dos biombos que encerram os encontros em si mesmos, criando uma intimidade pela interfe-rência sonora assim forjada em torno da

pessoa. Nossas cidades são particularmente vulneráveis às agressões sonoras; o barulho se propaga e atravessa grandes distâncias. As operações de

liquidação do silêncio existem em abundância e sitiam os lugares ainda preservados, incultos, abandonados à pura gratuidade da meditação e do silêncio. A

modernidade assinala uma tentativa difusa de saturação do espaço e do tempo por uma emissão sonora sem fim. Pois, aos olhos de uma lógica produtiva e

comercial, o silêncio não serve para nada, ocupa um tempo e um espaço que poderiam se beneficiar de um uso mais rentável.

(LE BRETON, David. O Estado de S. Paulo, Aliás, 2 de junho de 2013, com adaptações)

Considerando-se o teor do texto, é correto concluir:

• A) Ao se propagar difusamente por todos os espaços criados pela vida moderna, o barulho adquire sentido decorrente das transformações tecnológicas.

• B) O barulho é percebido subjetivamente e interfere no ambiente em que as pessoas se encontram, isolando conversas particulares e encobrindo devaneios.

• C) Como resultado do desenvolvimento tecnológico e social, o barulho inerente às sociedades modernas transformou-se em um eficiente instrumento da

comunicação.

• D) Com uma sonoridade geralmente suave, a música ambiente atinge seu principal objetivo, que é manter a sociabilidade entre os que se encontram em

locais de grande agitação.

• E) Por sua presença em diferentes lugares, a música ambiente constitui um parâmetro eficaz para medir a sensibilidade de cada indivíduo ao barulho

excessivo existente nesses locais.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA / TRE/RO / 2013 / FCC

Q12.

"Temos de agir agora para evitar o pior", comentou o agrônomo Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa, ao apresentar as conclusões de um dos capítulos do

primeiro relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas − PBMC. Os pesquisadores esperam que as informações sirvam para nortear a elaboração e a

implantação de políticas públicas e o planejamento das empresas. Os desafios apontados no relatório são muitos. Ele in-dica que as consequências da elevação

da temperatura média global serão dramáticas no Brasil. De acordo com os modelos computacionais de simulação do clima, a agricultura será o setor mais

afetado, por causa das alterações nos regimes de chuva. "Mesmo que a quantidade de chuva fique inalterada, a disponibilidade de umidade do solo deve

diminuir, em conse-quência da elevação da temperatura média anual, que intensifica a evapotranspiração", diz outro especialista. Segundo ele, esse fenômeno

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deve prejudicar os cultivos agrícolas em regiões onde a escassez de água é constante, como o semiárido nordestino. Uma provável consequência da redução

da produ-tividade agrícola e da área de terras aptas à agricultura é a queda na renda das populações, intensificando a pobreza e a migração da área rural para

as cidades que, por sua vez, deve agravar os problemas de infraestrutura (habitação, escola, saúde, transporte e saneamento). Os efeitos na agricultura já

podem ser dimensionados. "De 1990 a 2010, a intensidade da precipitação dobrou na região do cerrado", diz Assad, "e o padrão tecnológico atual da agricultura

ainda não se adaptou a esses novos padrões". Agora, segundo ele, torna-se imperioso investir intensivamente em sistemas agrícolas consorciados, e não

somente na pro-dução agrícola solteira, de modo a aumentar a fixação biológica de nitrogênio, reduzir o uso de fertilizantes e aumentar a rotação de culturas.

"Temos de aumentar a produtividade agrícola no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, para evitar a destruição da Ama-zônia. A reorganização do espaço rural brasileiro

agora é urgente." Cheias e secas mais frequentes e intensas devem causar uma redução na produção agrícola também por outra razão. Pesquisadores da

Embrapa concluíram que algumas doenças − principalmente as causadas por fungos − e pragas podem se agravar em muitas culturas analisadas, em

decorrência da elevação dos níveis de CO2 do ar, da temperatura e da radiação ultravioleta, acenando com a possibilidade de aumento de preços e redução da

variedade de cereais, hortaliças e frutas. Cheias e secas devem também alterar a vazão dos rios e prejudicar o abastecimento dos reservatórios das

hidrelétricas, acelerar a acidificação da água do mar e reduzir a biodiver-sidade dos ambientes aquáticos brasileiros. A perda de biodi-versidade dos ambientes

naturais deve se agravar; alguns já perderam uma área expressiva − o cerrado, 47%, e a caatinga, 44% − a ponto de os especialistas questionarem se a

recupe-ração do equilíbrio biológico característico desses ambientes seria mesmo possível.

(Adaptado de: FIORAVANTI, Carlos. Revista FAPESP, agosto de 2013, p. 23 e 24)

Infere-se corretamente do texto, especialmente do que consta do 4º parágrafo:

• A) As conclusões dos especialistas apontam para a necessidade de buscar-se a sustentabilidade na produção agrícola, como forma de minimizar os efeitos

provocados por eventos climáticos extremos.

• B) As medidas tomadas em relação à ocorrência de eventos climáticos extremos ainda não surtiram os efeitos benéficos referentes à agricultura brasileira,

previstos nas conclusões de especialistas.

• C) A ocorrência de eventos climáticos extremos tem-se concretizado no país, resultando em amplo desenvolvimento tecnológico destinado especialmente a

ampliar a agricultura em todo o território nacional.

• D) O descontrole de doenças que atingem algumas plantações, especialmente no cerrado, tem tornado a Amazônia uma das soluções prioritárias para a

ampliação da produção agrícola no país.

• E) Os resultados apresentados têm sido determinantes no sentido de diminuir os prejuízos da agricultura brasileira, apesar da ocorrência de cheias e secas

frequentes em algumas regiões.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: TéCNICO LEGISLATIVO - TAQUIGRAFIA / Assembleia Legislativa/RN / 2013 / FCC

Q13.

As questões a seguir referem-se ao texto abaixo transcrito, extraído do relatório Ação afirmativa na pós-graduação: o Programa Internacional de

Bolsas da Fundação Ford na Fundação Carlos Chagas, redigido por Fúlvia

Obs.: Ações afirmativas são medidas especiais e temporárias, tomadas pelo Estado ou por instituições da sociedade civil, com o objetivo de eliminar

desigualdades historicamente acumuladas, decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros.

Um equívoco recorrente no debate brasileiro refere-se à compreensão (com boa ou má-fé) de que programas de ação afirmativa eliminariam a avaliação do

mérito individual, quando, de fato, programas de ação afirmativa mantêm avaliação de mérito, mas alteram as regras de seleção "do mercado". Como salienta

Calvès (2004), estratégias de seleção de ação afirmativa corrigem a sub-representação de grupos em determinados nichos ou posições sociais, principalmente

nas inter-venções que têm por objetivo diminuir desigualdades no acesso a bens socialmente produzidos, como foi o caso deste Pro-grama. Porém, para o

provimento de postos no mercado de trabalho, ou de vagas no ensino superior e na pós-graduação ou de bolsas de estudo, os(as) beneficiários(as) são

pessoas, indivíduos. E assim sendo, processa-se também uma avaliação indivi-dual, de seu mérito ou potencial. O pressuposto metateórico é que, ao mesmo

tempo em que somos produto de nossas condições de origem, somos também agentes, dentro de certos limites, dos caminhos que trilhamos, especialmente

quando ultrapassamos as várias barreiras educacionais. Ocorre, então, na implementação de experiências de ação afirmativa, uma tensão a ser enfrentada

entre justiça para o grupo e justiça para o indivíduo, contornada pela preferência por pessoas que pertencem a certos grupos sub-representados, mas que, além

disso, apresentam potencial ou mérito individual. A seleção das pessoas, a partir de seus méritos e potencialidades individuais, se processa, mas, agora, entre

"iguais" do ponto de vista das condições sociais responsáveis pela desigualdade social. Portanto, não ocorre eliminação de avaliação centrada no indivíduo, mas

sim a alteração da composição do grupo de referência. Na ação afirmativa, esta seleção se processa dentro de um grupo mais homogêneo do ponto de vista

das oportunidades sociais que lhe foram disponibilizadas.

Rosemberg (São Paulo: FCC/SEP, 2013. p. 35).

O texto permite que o leitor construa corretamente a seguinte imagem do autor: é alguém que

• A) busca, por meio da apresentação lógica de razões, desqualificar pensadores que militam na mesma área que a sua, acusando-os de não conhecerem a

realidade brasileira em que atuam.

• B) procura escamotear a insegurança gerada por críticas veladas e tenta legitimar sua própria forma de proceder por meio de citações que repelem

frontalmente os opositores e o conhecimento que possuem.

• C) acredita que o enfrentamento de críticas ou pensamentos diversos aos seus deve ser feito de modo firme e direto, com apoio em conhecimentos

sistematizados.

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• D) tem consciência de que a força de um texto está na construção da argumentação, pois, por meio de formas como Porém, então, Portanto, conduz o leitor

à verdade que quer demonstrar, emancipando-se do valor das ideias citadas.

• E) está convicto dos benefícios da parceria com fundações que apoiam programas de ação afirmativa, mas hesitante quanto ao mérito dos programas

brasileiros, dada a experiência que tem quanto aos debates e ações desenvolvidos.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: AGENTE DE APOIO - ADMINISTRATIVO / MPE/AM / 2013 / FCC

Q14.

A carta abaixo foi escrita por uma detenta da Penitenciária Feminina da cidade paulista de Ribeirão Preto. Redigida no contexto do Programa Liberdade

Consciente, ali implementado, ela foi analisada em estudo linguístico cujas referências se apresentam após a carta. Ribeirão Preto 28.12.04 Eu S1 nascida em

23.11. [...] Se você escreve tudo daria um livro mais vou fala so um pouco de mim. Quando nasci meus pais morava no Paraná fiquei la ate a idade de 5 anos, aí

viemos para o interior de S.P. ate a idade de14 anos eu fui uma menina que trabalhava na rossa era crente aí meus pais resolveram a se muda para Campinas

é a cidade que vivo ate hoje aí foi que tudo começou comecei a trabalha de domestica comesei a conhecer outro tipo de pessoas que era muito deferente da

minha vidinha da rossa, comecei a sair de noite, conhecer rapazes, deferente, bom resumindo, fui mãe com 20 anos, fui pra cadeia com 23 – 1973, sai com 30 –

1981, eu queria volta a viver mais a sociedade não deixou não tive medo continuei na luta, ate de boia fria eu tentei até que um dia fui trabalha de camareine em

um hotel perto da rodoviaria, isso foi em 1989, aí fui preza outra vez daí para cá so deu desaserto na minha vida. Hoje sou uma mulher feliz apesar do lugar.

tenho 5 filhos lindos, adotei uma criança levei para a minha casa com 17 dias de nascida hoje ela tem 6 aninho ela tem um pequeno problema que, para os

homens é dificio mais para Deus não é nada eu confio nele e sei um dia eu e minha fé vamos venser, minha filhinha faz tratamento na unikanpi no hospital das

Crinicas em Campinas ela se chama M. nos vamos venser se Deus quizer e ele quer como disse se for fala minha vida da um livro. eu amo meus filhos meus

netos que são, coizinha mais linda da minha vida mais tenho um carinho especial pela a minha M. Deixei o mundo sujo que vivi a maior parte da minha vida pela

M. quando sai daqui quero volta a cuida dela como sempre fiz.

(SAVENHAGO, Igor José Siquieri. Análise discursiva de cartas da prisão: uma discussão sobre ciência e saberes. Todas as Letras. São Paulo: Editora da UPM,

v. 14, S, n. 1, 2012, p. 130-131)

No segundo parágrafo do texto,

• A) o perfil biográfico traçado permite que a narradora defenda uma tese não explicitada: a de que se portou com passividade e pessimismo diante das

adversidades relatadas.

• B) ao opor atitudes e características pessoais consideradas positivas à força de contingências, a narrativa sugere que, em relação aos rumos tomados pela

vida, existam responsabilidades do próprio sujeito e também responsabilidades do corpo social.

• C) predominam avaliações subjetivas, o que transforma os acontecimentos narrados em ilustrações e exemplos de condição humana concebida como

comum.

• D) os deslocamentos espaciais (Paraná − interior de S.P. − Campinas) acompanham a deterioração paulatina da qualidade de vida da narradora, para quem

o modo de existência ideal deu-se no primeiro espaço.

• E) o intervalo entre as duas detenções surge como um período de dificuldades, vistas, no entanto, como menores do que as vividas entre 1973 e 1981.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - TECNOLOGIA DA INFORMAçãO / TRT 12ª / 2013 / FCC

Q15.

Por mais que se queira, não se consegue fugir ao tema que o secretário-geral da ONU chamou durante a conferência Rio+20, em junho, de "exaustão do

sistema econômico e social planetário" − 868 milhões de pessoas que passam fome todos os dias, 1,3 bilhão vivendo abaixo da linha da pobreza, popula-ção

total de 7 bilhões avançando para 9 bilhões até meados do século, recursos naturais usados em ritmo superior à reposição, "crise de finitude de recursos",

impasse na produção de ali-mentos. Como produzir para mais 2 bilhões de pessoas no atual quadro? Um dos documentos mais contundentes, divulgado em

Nairobi (Quênia) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), diz que "os sustentáculos da seguran-ça alimentar e da biodiversidade no

mundo estão sendo mina-dos". É urgente, por isso, incluir na agricultura e no seu planeja-mento os serviços prestados pela natureza para avaliar a situa-ção em

cada lugar. Esse documento avalia a situação nas áreas da sobre-pesca, do uso insustentável da água, das práticas agrícolas que degradam o ambiente e

propõe novos caminhos − como a esto-cagem de alimentos de pequenos produtores (para eliminar desperdícios), o uso restrito de fertilizantes e pesticidas, a

redu-ção da mecanização. Tudo é fundamental, diz o Pnuma, já que a agricultura provê 90% do consumo mundial de calorias, e a pesca, os outros 10%. Mas,

na primeira, a competição pelo uso da água na irrigação, a perda da biodiversidade (com conse-quências na erosão e desertificação) e os desastres climáticos

estão levando a situações insustentáveis. Na pesca, 55% dos estoques estão "plenamente explorados", e parte deles já se en-contra esgotada. Os hábitats

costeiros de espécies, recifes de corais e mangues já se reduziram quase à metade. O aqueci-mento e a acidificação das águas são causas importantes.

Também nas culturas em áreas continentais os problemas são graves. As recomendações incluem ainda a eliminação dos subsídios à pesca e a criação de

impostos pesados para a pes-ca irregular; na agricultura, a redução de fertilizantes, a proibição do desmatamento e várias práticas para a conservação do solo,

da diversidade biológica e da microfauna associada à fertilidade nas culturas.

(Adaptado de: Washington Novaes. O Estado de S. Paulo, A2, 2 de novembro de 2012)

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... como a estocagem de alimentos de pequenos produtores (para eliminar desperdícios), o uso restrito de fertilizantes e pesticidas, a redução da mecanização.

(3º parágrafo)

O segmento acima constitui

• A) interrupção voluntária do desenvolvimento, para introduzir novo tema.

• B) realce, por sua repetição no contexto, da importância da agricultura.

• C) explanação de problemas atuais, ainda sem possível solução.

• D) enumeração que desenvolve o sentido da expressão que o antecede.

• E) comentário à margem do assunto central, que resulta da reflexão do autor.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: ASSISTENTE TéCNICO ADMINISTRATIVO - RH / Sergipe Gás S/A / 2013 / FCC

Q16.

Assistir à televisão era algo especial, a começar pelo manuseio do aparelho. Frequentemente apenas uma pessoa − no geral, um adulto − era competente para

ligá-lo e regular a imagem. As crianças constituíam, desde o início, um segmento importante do público, mas ainda lhes era imposta certa dis-tância do aparelho.

Introduzida nos lares, a televisão concedia prestígio so-cial à família. Mais que isso: a casa se tornava um centro de atração e convivência para a vizinhança.

Por isso, o público-alvo incluía os televizinhos. Havia ainda um misto de respeito e estranhamento diante da caixa mágica e de seus mistérios. A posse do objeto

que traz as imagens para dentro de casa significava uma pos-tura “moderna”, uma atitude desinibida diante da nova tecnolo-gia. Antes do videoteipe (VT), a

teledramaturgia transporta-va uma carga de emoção que era única, semelhante à tensão típica de um espetáculo teatral. O público recebia inconscien-temente

essa carga e participava de algum modo dela. Se para Aracy Cardoso o uso do VT permite sobretudo ao ator se ver e corrigir a interpretação, Roberto de Cleto

enfatiza que a intro-dução do videoteipe prejudicou a interpretação: perdia-se uma certa eletricidade que emanava da interpretação ao vivo. A energia que

vibrava da vontade “de se fazer bem e certo, ao vivo” não estava mais presente. As cartas dos leitores de revistas especializadas da época revelam que o

público se propunha a participar ativa-mente no desenvolvimento do novo meio. Ele exercia a crítica com a intenção de modificar o que lhe era apresentado: a

pro-gramação, a escolha dos atores, a composição dos cenários.

(Adaptado de Marta Maria Klagsbrunn. “A telenovela ao vivo”. Sujeito, o lado oculto do receptor. S.Paulo: Brasiliense, 1995, p. 94-95)

No quarto parágrafo, são confrontadas duas posições opostas sobre o surgimento do videoteipe, que podem ser assim sintetizadas:

• A) ao possibilitar que se refizesse determinada cena, o videoteipe passou a permitir o aperfeiçoamento do desempenho do ator, mas isso se deu em

detrimento da força que advinha da representação ao vivo.

• B) na medida em que acabou com a representação ao vivo, o videoteipe foi também responsável pelo enfraquecimento da performance do ator, pois a qua-

lidade do que fazia era colocada em segundo plano.

• C) embora tenha contribuído para o aperfeiçoamento do trabalho do ator, o videoteipe acabou levando ao desinteresse do público por atuações cada vez

mais repetitivas e previsíveis.

• D) a necessidade de que as cenas fossem refeitas inúmeras vezes foi o grande problema trazido pelo videoteipe, mas isso acabou por se refletir numa

inquestionável melhoria do desempenho dos atores.

• E) à medida que desaparecia a representação ao vivo, desapareciam também as grandes interpretações, já que os atores passavam a se preocupar com

detalhes técnicos e não com o que haviam aprendido no teatro.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA / TRF 2ª / 2012 / FCC

Q17.

O planeta discute, e não é de hoje, o fim da Idade do Petróleo. Como define o ex-ministro Delfim Netto, a Idade da Pedra não acabou por falta de pedras, mas

pelo fato de outras tecnologias mais eficientes terem sido inventadas. Não há dúvida de que o estilo de vida e o modo de produção impulsio-nados pelo uso do

petróleo são os principais responsáveis pela degradação do planeta. O que não se sabe, porém, é como e em que ritmo faremos a transição para uma nova

etapa. E se seremos capazes de realizá-la a tempo de reverter ou ao menos estancar os problemas que ameaçam a nossa própria existên-cia. O consumo

mundial de petróleo não dá sinal de trégua: cresceu quase 30% entre 1990 e 2008, de 67 milhões para 86 milhões de barris por dia. No mesmo período, a

demanda de petróleo na Índia mais do que dobrou e a da China triplicou. O ritmo de crescimento deve se repetir em 2011. Ao mesmo tempo, a escalada nas

cotações internacio-nais tende a aumentar a pressão sobre os custos dos alimentos, dos produtos de limpeza doméstica, de higiene pessoal e de energia para

indústrias. Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no custo da matéria-prima e dos insumos, o que signi-fica um impacto no valor de embalagens

plásticas, fertilizantes, combustíveis para colheita e para transporte da safra agrícola. No século XXI, com o aumento da temperatura global, de dois graus em

relação aos níveis pré-industriais, o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços mundiais para reduzir a queima de combustíveis. Mas o homem

moderno estaria preparado para abrir mão de seu conforto?

(Darlene Menconi. Carta Verde. CartaCapital, 27 de abril de 2011, p. 45-46, com adaptações)

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A referência ao que diz o ex-ministro Delfim Netto

• A) remete à ideia central do texto, ou seja, de que é necessário substituir o petróleo por outros produtos menos poluentes.

• B) valoriza as fontes alternativas de energia, resultantes da transformação do petróleo com tecnologia menos prejudicial ao ambiente.

• C) chama a atenção para o fato de que o petróleo é uma substância que está se esgotando rapidamente em algumas regiões do globo.

• D) tenta mostrar que é possível voltar a um modo de vida mais simples, a exemplo da Idade da Pedra, sem destruir o meio ambiente.

• E) diz respeito à Idade do Petróleo, que caracteriza o mundo moderno, como garantia da oferta de produtos essenciais à sobrevivência humana.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - ADMINISTRATIVA / TRT 6ª / 2012 / FCC

Q18.

Um dos mitos narrados por Ovídio nas Metamorfoses conta a história de Aglauros. A jovem é irmã de Hersé, cuja beleza extraordinária desperta o desejo do

deus Hermes. Apai-xonado, o deus pede a Aglauros que interceda junto a Hersé e favoreça os seus amores por ela; Aglauros concorda, mas exige em troca um

punhado de moedas de ouro. Isso irritou Palas Atena, que já detestava a jovem porque esta a espionara em outra ocasião. Não admitia que a mortal fosse

recompensada por outro deus; decide vingar-se, e a vingança é terrível: Palas Atena vai à morada da Inveja e ordena-lhe que vá infectar a jovem Aglauros. A

descrição da Inveja feita por Ovídio merece ser relem-brada, pois serviu de modelo a todos os que falaram desse sentimento: “A Inveja habita o fundo de um

vale onde jamais se vê o sol. Nenhum vento o atravessa; ali reinam a tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, há sempre trevas espessas. A palidez cobre o

seu rosto e o olhar não se fixa em parte alguma. Ela ignora o sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor alheia. Assiste com despeito aos sucessos

dos homens, e este espetáculo a corrói; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e este é seu suplício”.

(Adaptado de Renato Mezan. “A inveja”. Os sentidos da paixão. São Paulo: Funarte e Cia. das Letras, 1987. p.124-25)

Atente para as afirmações abaixo.

I. O autor sugere que se rememore a descrição da Inveja feita por Ovídio com base no fato de que antes dele nenhum autor de tamanha magnitude havia

descrito esse sentimento de maneira inteligível.

II. A importância do mito de Aglauros deriva do fato de que, a partir dele, se explica de maneira coerente e lógica a origem de um dos males da personalidade

humana.

III. Ao personificar a Inveja, Ovídio a descreve como alguém acometido por ressentimentos e condenado à infelicidade, na medida em que não tolera a alegria

de outrem.

Está correto o que se afirma APENAS em

• A) I e II.

• B) I e III.

• C) II e III.

• D) I.

• E) III.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: TéCNICO EM GESTãO I - INFORMáTICA / SABESP / 2012 / FCC

Q19.

O motorista do 8-100

Um colega meu, jornalista, teve outro dia a oportunidade de ver uma coisa bela. Estava numa manhã, bem cedo, junto ao edifício Brasília, na Avenida Rio

Branco, aonde fora para re-portar uma singular coleta de lixo. Viu chegar o caminhão 8-100 da Limpeza Urbana e saltarem os ajudantes, que se puseram a

carregar e despejar as latas de lixo. Enquanto isso, o que fazia o motorista? O mesmo de toda manhã. Pegava um espanador e um pedaço de flanela, e fazia o

seu carro ficar rebrilhando de limpeza. Esse motorista é “um senhor já, de estatura mediana, cheio de corpo, claudicando da perna direita – não ficamos

sa-bendo seu nome”. Não poupa meu amigo repórter elogios a esse humilde servidor municipal. E sua nota no jornal, feita com certa emoção e muita justeza,

mostra que não apenas sabe reportar as coisas da rua como também as coisas da alma. Cada um de nós tem, na memória da vida que vai so-brando, seu

caminhão de lixo que só um dia despejaremos na escuridão da morte. Grande parte do que vamos coletando pe-las ruas desiguais da existência é apenas lixo;

dentro dele é que levamos a joia de uma palavra preciosa, o diamante de um gesto puro. Esse motorista que limpa seu caminhão não é um con-formado, é o

herói silencioso que lança um protesto superior. A vida o obrigou a catar lixo e imundície; ele aceita sua missão, mas a supera com esse protesto de beleza e de

dignidade. Muitos recebem com a mão suja os bens mais excitantes e tentadores da vida; as flores que vão colhendo no jardim de uma existência fácil logo têm,

presas em seus dedos frios, uma sutil tristeza e corrupção, que as desmerece e avilta. O moto-rista do caminhão 8-100 parece dizer aos homens da cidade: “O

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lixo é vosso: meus são estes metais que brilham, meus são estes vidros que esplendem, minha é esta consciência limpa”.

(Adaptado de Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas)

O motivo central da admiração do autor da crônica pelo motorista do 8-100 está resumido no seguinte segmento:

• A) Não poupa meu amigo repórter elogios a esse humilde servidor municipal.

• B) mostra que não apenas sabe reportar as coisas da rua como também as coisas da alma.

• C) Grande parte do que vamos coletando pelas ruas desiguais da existência é apenas lixo.

• D) A vida o obrigou a catar lixo e imundície; ele aceita sua missão.

• E) não é um conformado, é o herói silencioso que lança um protesto superior.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: PROFESSOR DE EDUCAçãO BáSICA -LíNGUA ESTRANGEIRA MODERNA/INGLêS / SEE/MG / 2012 / FCC

Q20.

Texto II

FÁBULA − Foi entre os antigos uma espécie de forma quase sempre em verso. A partir do romantismo a prosa começou a ser sua forma mais comum. A fábula,

de um modo geral, apre-senta duas características: a) Ter por assunto a vida dos animais. b) Ter por finalidade uma lição de moral.

(Hênio Tavares. Teoria Literária. Belo Horizonte: Bernardo Álvares, 1969, p. 132)

Texto III

Presos 6 em operação contra venda de animais na web

− Seis pessoas foram presas hoje, durante uma operação da Polícia Federal para desarticular uma quadrilha que vende animais silvestres e exóticos, sem

autorização, pela internet. A ação, batizada de Arapongas, feita em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Reno-váveis (Ibama),

foi deflagrada nos Estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Ceará e Paraíba. Os animais eram vendidos por meio de um site para

di-versos estados do país e do exterior. Os investigados recebiam encomendas de todo tipo de animais, como répteis, anfíbios, mamíferos e pássaros −algumas espécies até mesmo em ex-tinção. Esses animais seriam obtidos por meio ilícito, como criadouros irregulares e captura na natureza. Além das prisões,

foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão. Os investigados responderão pelos crimes de tráfico in-ternacional de fauna, tráfico de animais silvestres

nativos, es-telionato, sonegação fiscal, falsidade ideológica e biopirataria.

(http: www.estadao.com.br/notícias/geral. Acesso 14/08/2011)

Considerando-se o teor do Texto III, é correto afirmar:

• A) A informação apresentada pode ser entendida como fato que justifica plenamente a dúvida expressa pela interrogação final constante do Texto I.

• B) A operação deflagrada pela polícia atesta que a intenção moral embutida nas fábulas, como se lê no Texto II, costuma surtir o efeito desejado.

• C) Denúncias recebidas pela internet acentuam o alcance dos recursos tecnológicos utilizados pela polícia na repressão ao crime organizado.

• D) O comércio irregular de animais compromete atualmente a aceitação do valor moralizante das fábulas, por desconsiderar as características de cada

espécie.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: OFICIAL LOGíSTICA ALMOXARIFADO I / Metrô/SP / 2012 / FCC

Q21.

Wolfgang Amadè Mozart, como ele costumava escrever seu nome, era um homem baixo, com um rosto comum marcado pela varíola, cujo traço mais marcante

era um par de olhos azul-cinzentos profundos. Dizia-se que, quando estava de bom humor, era caloroso. Mas com frequência dava a impressão de não estar

inteiramente presente, como se sua mente estivesse concentrada em algum evento invisível. Ele nasceu no arcebispado de Salzburgo em 1756 e morreu na

capital imperial de Viena em 1791. Era um ser totalmente urbano que jamais teve muito a dizer sobre os encantos da natureza. Filho das classes artesãs − seus

an-cestrais eram tecelões e pedreiros −-, ele adotou modas aristo-cráticas. Era fisicamente agitado, espirituoso e obsceno. Obti-nha sucesso considerável,

embora soubesse que merecia mais. Quando criança, Mozart foi anunciado em Londres como “prodígio” e “gênio”. Elogios desse tipo, por mais justificados que

sejam, cobram seu preço na humildade de um homem. Mozart, ele mesmo admitia, podia ser tão “orgulhoso quanto um pavão”. A presunção leva com facilidade

à paranoia, e Mozart não estava imune. Certa época, em Viena, agarrou-se à ideia de que Antonio Salieri, o mestre de capela imperial, estava tramando contra

ele. A despeito da existência ou não dessas intrigas, Mozart não estava acima da politicagem. A jocosidade era o que o salvava. Seu correspondente nos

tempos modernos talvez seja George Gershwin, que era encantador e apaixonado por si mesmo em igual medida. As atuais tentativas de encontrar uma

camada melan-cólica na psicologia de Mozart não foram convincentes. Em sua correspondência, uma ou duas vezes ele exibe sintomas depressivos − aludindo

a seus pensamentos negros, descre-vendo sensações de frieza e vacuidade −, mas o contexto das cartas é fundamental: no primeiro caso, ele está implorando

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por dinheiro e, no segundo, está dizendo à esposa como sente falta dela. Dos sete filhos de Leopold e Maria Anna Mozart, Wolfgang foi um dos dois que

sobreviveram à primeira infância; apenas dois de seus próprios filhos viveram até a idade adulta. Contra esse pano de fundo, Mozart parece, na verdade,

infatiga-velmente otimista.

(Adaptado de Alex Ross. Escuta só. Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo, Cia. das Letras, 2011, p. 93-95)

No texto, o autor

• A) descreve Mozart como um ser fora do comum, destacando as qualidades contraditórias do compositor, como a humildade e o orgulho.

• B) procura traçar um retrato realista de Mozart, assinalando não apenas sua genialidade, mas também aspectos menos louváveis de sua biografia.

• C) comprova que, por debaixo de seu imenso sucesso, Mozart escondia traços de melancolia que só viriam a ser compreendidos no futuro.

• D) demonstra que alguns fatos da biografia de Mozart, como sua origem social e familiar, exerceram papel fundamental no desenvolvimento de suas

virtudes.

• E) relaciona a obra de Mozart à de Gershwin, para comprovar a influência que a obra do compositor austríaco teve sobre a obra deste último.

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Língua Portuguesa / Compreensão de texto

Fonte: ANALISTA JUDICIáRIO - ADMINISTRATIVO / TRT 24ª / 2011 / FCC

Q22.

Pensando os blogs Há não muito tempo, falava-se em imprensa escrita, falada e televisada quando se desejava abarcar todas as possibilidades da

comunicação jornalística. Os jornais e as revistas, o rádio e a televisão constituíam o pleno espaço público das informações. Tinham em comum o que se po- de

chamar de “autoria institucional”: dizia-se, por exemplo, que tal notícia “deu no Diário Popular”, ou “foi ouvida na rádio Cacique”, ou “passou no telejornal da TV

Excelsior”. Funciona-va como prova de veracidade do fato. Hoje a autoria institucional enfrenta séria concorrência dos autores anônimos, ou semi-anônimos,

que se valem dos recursos da internet, entre eles os incontáveis blogs. Conside-rados uma espécie de cadernos pessoais abertos, os blogs possibilitam

intervenção imediata do público e exploram em seu espaço virtual as mais distintas formas de linguagem: textos, desenhos, gravuras, fotos, músicas, vídeos,

ilustrações, repor-tagens, entrevistas, arquivos importados etc. etc. A novida- de maior dos blogs está nessa imediata conexão que podem realizar entre o que

seria essencialmente privado e o que seria essencialmente público. Até mesmo alguns velhos jornalis- tas mantêm com regularidade esses espaços abertos da

internet, sem prejuízo para suas colunas nos jornais tradicio-nais. A diferença é que, em seus blogs, eles se permitem depoimentos subjetivos e apreciações

pessoais que não teriam lugar numa Folha de S. Paulo ou num O Globo, por exemplo. São capazes de narrar a cerimônia de posse do presidente da

República incluindo os apartes e as impressões dos filhos pequenos que também acompanhavam e comentavam o evento. Qualquer cidadão pode resolver sair

da casca e dizer ao mundo o que pensa da seleção brasileira, ou da mulher que o abandonou, ou da falta de oportunidades no seu ramo de ne-gócio. Artistas

plásticos trocam figurinhas em seus blogs diante de um largo público de espectadores, escritores adiantam um capítulo do próximo romance, um músico resolve

divulgar sua nova canção já acompanhada de cifras para acompanhamen- to no violão. É só abrir um espaço na internet. Outro dia, num blog de algum

sucesso, o autor gabava-se de promover democraticamente, entre os incontáveis segui-dores seus, uma discussão sobre as mesmas questões que

preocupavam a roda fechada e cerimoniosa dos filósofos com-panheiros de Platão. Isso sim, argumentava ele, é que é um diálogo verdadeiro. Tal atrevimento

supõe que quantidade im-plicaria qualidade, e que democracia é uma soma infinita das impressões e opiniões de todo mundo... Não importa a extensão das

descobertas tecnológicas, sempre será imprescindível a atuação do nosso espírito críti- co diante de cada fato novo que se imponha à nossa atenção.

(Belarmino Braga, inédito)

Ao final do texto, o autor desaprova, precisamente, o fácil entusiasmo de quem considera os blogs

• A) irrefutáveis evidências das vantagens tecnológicas de que muitos podem usufruir.

• B) exemplos incontestes da superioridade da inteligência artificial em relação à humana.

• C) válidos desafios, que podem e devem estimular a nossa reação e análise críticas.

• D) diálogos espontâneos e, por isso, verdadeiros, em consonância com a tradição dos diálogos platônicos.

• E) espaços generosos que multiplicam debates de nível superior aos diálogos dos pensadores clássicos.

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Língua Portuguesa / Significação das palavras: sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Fonte: TéCNICO DE NíVEL MéDIO - ADMINISTRATIVA / ALBA / 2014 / FGV

Q23.

Não éramos cordiais?

A morte do cinegrafista Santiago Andrade não configura um atentado à liberdade de imprensa, ao contrário do que tantos apregoam. É muito pior que isso: é um

atentado ao convívio civilizado entre brasileiros, um degrau a mais na escalada impressionante de violência que está empurrando o país para um teor ainda

mais exacerbado de barbárie. O incidente com o cinegrafista é parte de uma coreografia de violência crescente que se dá por onde quer que se olhe. Nunca se

matou com tanta facilidade em assaltos. Nunca se apertou o gatilho com tanta facilidade. É até curioso que as estatísticas policiais no Estado de São Paulo

apontem uma redução no número de homicídios dolosos, como se fosse um avanço, quando aumenta o número de vítimas de latrocínio, que não passa de

homicídio precedido de roubo. De fato, em 2013, o número de latrocínios (379) foi o mais alto em nove anos, com aumento de 10% em relação aos 344 casos

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do ano anterior. Mas a violência não é um fenômeno restrito à criminalidade. A polícia age muitas vezes com uma violência desproporcional. A vida nas cidades

e, cada vez mais, no interior, é de uma violência inacreditável. O trânsito é uma violência contra a mente humana. O transporte público violenta dia após dia.

Não é um atentado aos direitos humanos perder às vezes três horas entre ir e voltar do trabalho? A saúde é uma violência contra o usuário. A educação

violenta, pela sua baixa qualidade, o natural anseio de ascensão social. A existência de moradias em zonas de risco é outra violência. A contaminação do ar

mata ou fere de maneira invisível os habitantes das cidades em que o nível de poluição supera o mínimo tolerável. Não adianta, agora, culpar o governo do PT

ou a suposta herança maldita legada pelo PSDB, ou os crimes praticados pela ditadura militar ou a turbulência que precedeu o golpe de 1964. O país foi sendo

construído de maneira torta, irresponsável, sem o mais leve sinal de planejamento, de preparação para o futuro. Acumularam-se violências em todas as áreas

de vida. A explosão no consumo de drogas exacerbou, por sua vez, a violência da criminalidade comum. Não há “coitadinhos” nessa história. Há delinquentes e

vítimas e há a incompetência do poder público. É como escreveu, para Carta Capital, esse impecável humanista chamado Luiz Gonzaga Belluzzo: “O

descumprimento do dever de punir pelo ente público termina por solapar a solidariedade que cimenta a vida civilizada, lançando a sociedade no desamparo e na

violência sem quartel”. Antes que o desamparo e a violência sem quartel se tornem completamente descontrolados, seria desejável o surgimento de lideranças

capazes de pensar na coisa pública, em vez de se dedicarem a seus interesses pessoais, mesmo os legítimos. Alguém precisa aparecer com um projeto de

país, em vez de projetos de poder. Não é por acaso que 60% dos brasileiros querem mudanças, ainda que não as definam claramente. A encruzilhada agora é

entre ideias e rojões.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/02/2014)

“O incidente com o cinegrafista é parte de uma coreografia de violência crescente que se dá por onde quer que se olhe”.

Nesse segmento do texto ocorre um exemplo de parônimo (palavras de forma semelhante e de significado diferente): incidente, que não se pode confundir com

acidente, pois significam coisas distintas.

Assinale a opção em que houve troca indevida entre parônimos.

• A) Os criminosos infringem a lei.

• B) Não houve cumprimento da pena pelo criminoso.

• C) A violência urbana não passa despercebida.

• D) Muitos emigrantes trazem violência aos países receptores.

• E) O criminoso foi apenado em 20 anos.

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Língua Portuguesa / Significação das palavras: sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA / TRT 1ª / 2013 / FCC

Q24.

Visão monumental

Nada superará a beleza, nem todos os ângulos retos da razão. Assim pensava o maior arquiteto e mais invocado sonha-dor do Brasil. Morto em 5 de dezembro

de insuficiência respira-tória, a dez dias de completar com uma festa, no Rio de Janeiro onde morava, 105 anos de idade, Oscar Niemeyer propusera sua

própria revolução arquitetônica baseado em uma interpre-tação do corpo da mulher. Filho de fazendeiros, fora o único ateu e comunista da família, tendo

ingressado no partido por inspiração de Luiz Car-los Prestes, em 1945. Como a agremiação partidária não cor-respondera a seu sonho, descolara-se dela, na

companhia de seu líder, em 1990. “O comunismo resolve o problema da vida”, acreditou até o fim. “Ele faz com que a vida seja mais justa. E isso é fundamental.

Mas o ser humano, este continua desprote-gido, entregue à sorte que o destino lhe impõe.” E desprotegido talvez pudesse se sentir um observador diante da

monumentalidade que ele próprio idealizara para Bra-sília a partir do plano-piloto de Lucio Costa. Quem sabe seus museus, prédios governamentais e catedrais

não tivessem mes-mo sido construídos para ilustrar essa perplexidade? Ele acredi-tava incutir o ardor em quem experimentava suas construções. Bem disse Le

Corbusier que Niemeyer tinha “as monta-nhas do Rio dentro dos olhos”, aquelas que um observador po-de vislumbrar a partir do Museu de Arte Contemporânea

de Niterói, um entre cerca de 500 projetos seus. Brasília, em que pese o sonho necessário, resultara em alguma decepção. Niemeyer vira a possibilidade de

construir ali a imagem moder-na do País. E como dizer que a cidade, ao fim, deixara de cor-responder à modernidade empenhada? Houve um sonho

monu-mental, e ele foi devidamente traduzido por Niemeyer. No Pla-nalto Central, construíra a identidade escultural do Brasil.

(Adaptado de Rosane Pavam. CartaCapital, 07/12/2012, www.cartacapital.com.br/sociedade/a-visao-monumental-2/)

Quem sabe seus museus, prédios governamentais e catedrais não tivessem mesmo sido construídos para ilustrar essa perplexidade? (3º parágrafo)

De acordo com o contexto, o sentido do elemento grifado acima pode ser adequadamente reproduzido por:

• A) descompasso.

• B) problemática.

• C) melancolia.

• D) estupefação.

• E) animosidade.

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Língua Portuguesa / Pontuação. Estrutura e sequência lógica de frases e parágrafos

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Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - ÁREA APOIO ESPECIALIZADO/ESPECIALIDADE CONTABILIDADE / TRF 4ª / 2014 / FCC

Q25.

Quando se olha para o que aconteceu no cenário cultu-ral brasileiro durante a última década e meia, não há como es-capar do impacto da tecnologia. Ela

possibilitou a reorganização dos universos da música, dos filmes e dos livros. Motivou igual-mente o surgimento das mídias sociais e das megaempresas que as

gerenciam, além de democratizar e ampliar a produção em todas as áreas. Nunca se produziu tanto como agora. As inovações tecnológicas modificaram

completamente o debate sobre cultura, trazendo, para os próximos anos, ao menos três questões centrais. A primeira é a tensão entre as formas ampliadas de

criatividade e os contornos cada vez mais restritos dos direitos autorais. Com a tecnologia, gerou-se um contingente maciço de novos produtores de conteúdo.

Isso faz com que os limites do que chamamos “cultura” fiquem perma-nentemente sujeitos a contínuas “invasões bárbaras”, vindas dos recantos mais

inusitados. Vez por outra, alguns casos sim-bólicos extraem essas tensões do cotidiano no qual elas ocorrem e as colocam num contexto jurídico, em que uma

de-cisão precisa ser tomada. O outro tema é o permanente conflito entre passado e futuro, exacerbado pela atual revolução tecnológica. Em seu li-vro mais

recente, Retromania, o escritor e crítico inglês Simon Reynolds afirma que nosso atual uso da tecnologia, em vez de apontar novos caminhos estéticos, está

criando um generaliza-do pastiche do passado. Vivemos num mundo onde todo legado cultural está acessível a apenas um clique. Uma das respostas

inteligentes à provocação de Reynolds vem dos proponentes da chamada “nova estética”, como o designer inglês James Bridle: para eles, mesmo sem perceber

com clareza, estamos desen-volvendo novos modos de representar a realidade, em que o “real” mistura-se cada vez mais a sucessivas camadas virtuais. O

mundo está cheio de novidades. É só reeducar o olhar para enxergá-las, algo que Reynolds ainda não teria feito. A tese de Reynolds abre caminho para o

terceiro ponto. Na medida em que “terceirizamos” nossa memória para as redes em que estamos conectados (a nuvem), ignoramos o quanto o suporte digital é

efêmero. Não existe museu nem ar-quivo para conservar essas memórias coletivas. Artefatos digi-tais culturais se evaporam o tempo todo e se perdem para

sem-pre: são deletados, ficam obsoletos ou tornam-se simplesmente inacessíveis. Apesar de muita gente torcer o nariz à menção do Orkut, a “velha” rede social

é talvez o mais rico e detalhado do-cumento do período 2004-2011 no Brasil, já que registrou em suas infinitas comunidades a ascensão da classe C e a

pro-gressão da inclusão digital. No entanto, basta uma decisão do Google para tudo ficar inalcançável.

(Adaptado de Ronaldo Lemos. Bravo! outubro de 2012, edição especial de aniversário, p. 26)

O segmento introduzido pelos dois-pontos, no 3º parágrafo,

• A) comprova a importância do nosso atual uso da tecnologia, que valoriza as conquistas do passado, reproduzindo-as, em vez de apontar novos caminhos

estéticos.

• B) retoma o ponto de vista de Reynolds, no sentido de que todo legado cultural está acessível a apenas um clique e, portanto, a cultura se volta sempre para

o passado.

• C) expõe o argumento de que se valem os proponentes da chamada “nova estética”, no sentido de esclarecer seu ponto de vista.

• D) critica as facilidades de acesso características das redes virtuais, que permitem um generalizado pastiche do passado.

• E) alude à impossibilidade de renovação de todo legado cultural que, atualmente, está se tornando mais acessível nas mídias sociais.

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Língua Portuguesa / Pontuação. Estrutura e sequência lógica de frases e parágrafos

Fonte: AGENTE DE APOIO - ADMINISTRATIVO / MPE/AM / 2013 / FCC

Q26.

A carta abaixo foi escrita por uma detenta da Penitenciária Feminina da cidade paulista de Ribeirão Preto. Redigida no contexto do Programa Liberdade

Consciente, ali implementado, ela foi analisada em estudo linguístico cujas referências se apresentam após a carta. Ribeirão Preto 28.12.04 Eu S1 nascida em

23.11. [...] Se você escreve tudo daria um livro mais vou fala so um pouco de mim. Quando nasci meus pais morava no Paraná fiquei la ate a idade de 5 anos, aí

viemos para o interior de S.P. ate a idade de14 anos eu fui uma menina que trabalhava na rossa era crente aí meus pais resolveram a se muda para Campinas

é a cidade que vivo ate hoje aí foi que tudo começou comecei a trabalha de domestica comesei a conhecer outro tipo de pessoas que era muito deferente da

minha vidinha da rossa, comecei a sair de noite, conhecer rapazes, deferente, bom resumindo, fui mãe com 20 anos, fui pra cadeia com 23 – 1973, sai com 30 –

1981, eu queria volta a viver mais a sociedade não deixou não tive medo continuei na luta, ate de boia fria eu tentei até que um dia fui trabalha de camareine em

um hotel perto da rodoviaria, isso foi em 1989, aí fui preza outra vez daí para cá so deu desaserto na minha vida. Hoje sou uma mulher feliz apesar do lugar.

tenho 5 filhos lindos, adotei uma criança levei para a minha casa com 17 dias de nascida hoje ela tem 6 aninho ela tem um pequeno problema que, para os

homens é dificio mais para Deus não é nada eu confio nele e sei um dia eu e minha fé vamos venser, minha filhinha faz tratamento na unikanpi no hospital das

Crinicas em Campinas ela se chama M. nos vamos venser se Deus quizer e ele quer como disse se for fala minha vida da um livro. eu amo meus filhos meus

netos que são, coizinha mais linda da minha vida mais tenho um carinho especial pela a minha M. Deixei o mundo sujo que vivi a maior parte da minha vida pela

M. quando sai daqui quero volta a cuida dela como sempre fiz.

(SAVENHAGO, Igor José Siquieri. Análise discursiva de cartas da prisão: uma discussão sobre ciência e saberes. Todas as Letras. São Paulo: Editora da UPM,

v. 14, S, n. 1, 2012, p. 130-131)

Respeita o sentido original e as regras de pontuação vigentes a seguinte reescrita de fragmento do texto:

• A) Fui pra cadeia com 23 – 1973, sai com 30 (– 1981). Eu queria volta a viver, mais a sociedade, não deixou.

• B) Ela tem um pequeno problema que para os homens, é dificio mais, para Deus, não é nada.

• C) Comecei a trabalha, de domestica, comesei a conhecer outro tipo de pessoas; que era muito deferente da minha vidinha, da rossa, comecei a sair, de

noite, conhecer rapazes deferente, bom, resumindo fui mãe com 20 anos.

• D) Ate a idade de 14 anos, eu fui uma menina que trabalhava na rossa, era crente... Aí, meus pais resolveram a se muda para Campinas. É a cidade que

vivo ate hoje; aí foi que tudo começou.

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• E) Não tive medo. Continuei na luta, ate de boia fria. Eu tentei, até que um dia, fui trabalha de camareine em um hotel perto, da rodoviaria.

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Língua Portuguesa / Pontuação. Estrutura e sequência lógica de frases e parágrafos

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - ADMINISTRATIVO / TRE/SP / 2012 / FCC

Q27.

Como a Folha era o único veículo que mandava repór-teres da sede em São Paulo para todos os comícios e abria generosamente suas páginas para a

cobertura da campanha das Diretas, passei a fazer parte da trupe, dar palpites nos discursos, sugerir caminhos para as etapas seguintes. Viajava com os três

líderes da campanha em pequenos aviões fretados, e, em alguns lugares, dr. Ulysses − era assim que se referiam a ele − fazia questão de anunciar minha

presença no palanque. Eu sabia que, em outras circunstâncias, essas coisas não pe-gariam bem para um repórter. Àquela altura, no entanto, não me importava

mais com o limite entre as funções do profissional de imprensa e as do militante. Ficava até orgulhoso, para falar a verdade. Cevado pelas negociações de

bastidores no Parlamento, em que tudo devia estar acertado antes de a reunião começar, o incansável Ulysses, que na Constituinte de 1987 passaria ho-ras

presidindo a sessão sem levantar sequer para ir ao banhei-ro, transmudara-se num palanqueiro de primeira. Impunha logo respeito, eu até diria que ele era

reverenciado aonde quer que chegasse. A campanha das Diretas não tinha dono, e por isso crescia a cada dia. Mas, embora ele não tivesse sido nomeado,

todos sabiam quem era o comandante. Meu maior problema, além de arrumar um telefone para passar a matéria a tempo de ser publicada, era o medo de

avião. "Fica calmo, meu caro jornalista, avião comigo não cai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses, com seu jeito formal de falar até em momentos

descontraídos. Muitos anos depois, ele morreria num acidente de helicóptero, em Angra dos Reis, no Rio, e seu corpo desapareceria no mar para sempre.

(Fragmento de Ricardo Kotscho. Do golpe ao Planalto: uma vida de repórter. São Paulo, Cia. das Letras, 2006, p.120)

Atente para as afirmações seguintes sobre a pontuação empregada nas frases transcritas:

I. ... e, em alguns lugares, dr. Ulysses − era assim que se referiam a ele − fazia questão de anunciar minha presença no palanque.

Os travessões isolam um segmento explicativo e, sem prejuízo para a correção e a lógica da frase, poderiam ser substituídos por parênteses.

II. ... o incansável Ulysses, que na Constituinte de 1987 passaria horas presidindo a sessão sem levantar sequer para ir ao banheiro, transmudara-se num

palanqueiro de primeira.

A retirada simultânea das duas vírgulas não causaria prejuízo para a correção, a lógica e o sentido da frase.

III. "Fica calmo, meu caro jornalista, avião comigo não cai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses, com seu jeito formal de falar até em momentos descontraídos.

As aspas poderiam ter sido dispensadas, pois seu emprego é facultativo quando não há dúvida de que o autor transcreve a fala de outrem.

Está correto SOMENTE o que consta em

• A) I.

• B) II.

• C) I e III.

• D) I e II.

• E) II e III.

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Língua Portuguesa / Ortografia oficial

Fonte: ANALISTA - ADMINISTRADOR / DPE/MT / 2015 / FGV

Q28.

Diminuir a higiene pessoal

Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de economizar água,

porque não adianta optar por isso em troco da saúde. O ideal é economizar usando um copo com água na escovação, diminuindo a louça usada para cozinhar

(levar à panela à mesa em vez de usar um refratário) e usar água de reuso no vaso sanitário.

O verbo “economizar”, derivado de “economia”, é grafado com a letra Z. Assinale a opção que indica o verbo que também deve ser grafado com Z.

• A) fri___ar.

• B) parali___ar.

• C) pesqui___ar.

• D) bati___ar.

• E) repri___ar.

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Língua Portuguesa / Concordância nominal e verbal

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - OPERAçãO DE COMPUTADORES / TRE/SP / 2012 / FCC

Q29.

Se nunca foi fácil traçar a linha divisória entre arte eru-dita e arte popular, agora é mais difícil levar a cabo essa tarefa ociosa. Indiferente à palha seca da

controvérsia, a arte segue o seu caminho. A vertente é uma só e é nela que se dá o encon-tro das águas. Pouco importam as fontes de onde procedem.

Purificadoras e purificadas, seu caráter lustral as universaliza. Caetano Veloso, por exemplo. Quem ousaria classificá-lo? Em princípio, a arte deveria

permanecer ao relento. Maldito, o poeta não era aceito. Na escala de valores, popular, mais que um adjetivo, era um estigma. Daí o escândalo do sa-rau de d.

Nair de Tefé. Primeira-dama, ela própria artista, afron-tou a conspícua Velha República. Em pleno palácio do Catete, ouviu-se por sua iniciativa o "Corta-jaca",

de Chiquinha Gonzaga. Delirante sucesso na rua, a música era aplaudida em cena aberta e assobiada em bo-tequins. Viajou a Portugal e lá arrebatou a plateia.

Mas no Catete só podia ser insânia. A maturidade de Caetano Veloso coincide com o amadu-recimento cultural que lhe proporciona o reconhecimento nacio-nal.

Caducas as classificações, sua arte aniquila toda e qual-quer discriminação. Exaltada aqui dentro, repercute lá fora. A música lhe dá dimensão internacional. O

que ele é, porém, é universal. A poesia de fato nunca esteve divorciada da expres-são popular. Manuel Bandeira tirava o chapéu, respeitoso, para Sinhô,

Pixinguinha, Noel. Dos poetas, foi dos mais musicais, Manuel. E musicado. Arranhava o seu violão. Saiu extasiado da casa em que ouviu João Gilberto e sua

recente batida bossa-novista. Fui teste-munha ocular e auditiva. Tudo isso vem a propósito da fusão que Caetano Veloso hoje encarna. Metabolizada, a grande

arte canta nesse legítimo poeta do Brasil.

(Adaptado de Otto Lara Resende. "Poeta do encontro". Bom dia para nascer. São Paulo, Cia. das Letras, 2011, p. 281-282)

A frase em que as regras de concordância estão plenamente respeitadas é:

• A) Contam-se que o poeta Manuel Bandeira ficou extasiado e impressionado ao ouvirem as novas batidas do violão de João Gilberto.

• B) As canções de Caetano Veloso, cuja letra costumam despertar discussões acaloradas, são considerados por muitos grandes poemas da literatura

nacional.

• C) Já se passou vários anos do surgimento da bossa nova, mas Chega de saudade, de João Gilberto, continua a encantar os ouvidos ao redor do mundo.

• D) Além de uma canção de João Gilberto, Chega de saudade é o título do livro de Ruy Castro em que o autor relembra os protagonistas da bossa nova.

• E) Imagina-se que, embora pouco estudados, deve existir motivos sociais para a indiferença com que as camadas superiores durante muito tempo via o

samba.

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Língua Portuguesa / Concordância nominal e verbal

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - OPERAçãO DE COMPUTADORES / TRE/SP / 2012 / FCC

Q30.

Para cada uma dessas questões, assinale, na folha de respostas, a alternativa que preenche corretamente, na ordem, as lacunas da frase apresentada.

...... tomar medidas que ...... a sobrevivência de algumas espécies de aves na região.

• A) Eram necessários - garantissem.

• B) Eram necessárias - garantissem.

• C) Era necessário - garantisse.

• D) Eram necessárias - garantisse.

• E) Era necessário - garantissem.

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Língua Portuguesa / Regência nominal e verbal

Fonte: ANALISTA JUDICIáRIO - ADMINISTRAçãO - REAPLICADA / TJ/BA / 2015 / FGV

Q31.

Texto 4

“O cigarro é um dos produtos de consumo mais vendidos no mundo. Comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em mais rápida expansão.

Satisfeitíssimos, os fabricantes orgulham-se de ter lucros impressionantes, influência política e prestígio. O único problema é que seus melhores clientes morrem

um a um. A revista The Economist comenta: “Os cigarros estão entre os produtos de consumo mais lucrativos do mundo. São também os únicos produtos

(legais) que, usados como manda o figurino, viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes os matam.” Isso dá grandes lucros para a indústria do tabaco, e

enormes prejuízos para os clientes. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos, a vida dos fumantes americanos é reduzida,

coletivamente, todo ano, em uns cinco milhões de anos, cerca de um minuto de vida a menos para cada minuto gasto fumando.“ O fumo mata 420.000

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americanos por ano”, diz a revista Newsweek. “Isso equivale a 50 vezes mais mortes do que as causadas pelas drogas ilegais”.

O segmento do texto 4 em que a preposição DE é empregada em razão da exigência de algum termo anterior é:

• A) “O cigarro é um dos produtos DE consumo mais vendidos no mundo”;

• B) “Comanda legiões DE compradores leais”;

• C) “os fabricantes orgulham-se DE ter lucros impressionantes”;

• D) “a vida DOS fumantes americanos é reduzida”;

• E) “cinco milhões DE anos”.

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Língua Portuguesa / Regência nominal e verbal

Fonte: TéCNICO PREVIDENCIáRIO - INFORMáTICA / MANAUSPREV / 2015 / FCC

Q32.

Na margem esquerda do rio Amazonas, entre Manaus e Itacoatiara, foram encontrados vestígios de inúmeros sítios indígenas pré-históricos. O que muitos de

nós não sabemos é que ainda existem regiões ocultas situadas no interior da Amazônia e um povo, também desconhecido, que teria vivido por aquelas

paragens, ainda hoje não totalmente desbravadas. Em 1870, o explorador João Barbosa Rodrigues descobriu uma grande necrópole indígena contendo vasta

gama de peças em cerâmica de incrível perfeição; teria sido construída por uma civilização até então desconhecida em nosso país. Utilizando a língua dos

índios da região, ele denominou o sítio de Miracanguera. A atenção do pesquisador foi atraída primeiramente por uma vasilha de cerâmica, propriedade de um

viajante. Este informante disse tê-la adquirido de um mestiço, residente na Vila do Serpa (atual Itacoatiara), que dispunha de diversas peças, as quais teria

recolhido na Várzea de Matari. Barbosa Rodrigues suspeitou que poderia se tratar de um sítio arqueológico de uma cultura totalmente diferente das já

identificadas na Amazônia. Em seu interior as vasilhas continham ossos calcinados, demonstrando que a maioria dos mortos tinham sido incinerados. De fato, a

maior parte dos despojos dos miracangueras era composta de cinzas. Além das vasilhas mortuárias, o pesquisador encontrou diversas tigelas e pratos

utilitários, todos de formas elegantes e cobertos por uma fina camada de barro branco, que os arqueólogos denominam de “engobe”, tão perfeito que dava ao

conjunto a aparência de porcelana. Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho. Outro detalhe que surpreendeu o

pesquisador foi a variedade de formas existentes nos sítios onde escavou, destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram

congêneres da Grécia Clássica. Havia peças mais elaboradas, certamente para pessoas de posição elevada dentro do grupo. A cerâmica do sítio de

Miracanguera recebia um banho de tabatinga (tipo de argila com material orgânico) e eventualmente uma pintura com motivos geomé-tricos, além da decoração

plástica que destacava detalhes específicos, tais como seres humanos sentados e com as pernas representadas. João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em

1925, o famoso antropólogo Kurt Nimuendaju tentou encontrar Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas. Arqueólogos

americanos também vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no Equador, Peru e Guiana Francesa, no final dos anos de 1940. Como não

conseguiram achar Miracanguera, “decidiram” que a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas uma subtradição de agricultores andinos”. Porém, nos anos de

1960, outro americano lançou nova interpretação para aquela cultura, concluindo que o grupo indígena dos miracangueras não era originário da região, como já

dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se de um mistério relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado nas próximas décadas. Em pleno século 21,

a cultura miracanguera continua oficialmente “inexistente” para as autoridades culturais do Brasil e do mundo.

(Adaptado de: Museu Nacional do Rio de Janeiro. Disponível em: https://saemuseunacional.wordpress.com. SILVA, Carlos Augusto da. A dinâmica do uso da

terra nos locais onde há sítios arqueológicos: o caso da comunidade Cai N’água, Maniquiri-AM / (Dissertação de Mestrado) – UFAM, 2010)

A flexão do verbo em negrito deve-se ao termo sublinhado em:

• A) ...a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas "uma subtração...

• B) Outro detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a variedade...

• C) ...além da decoração plástica que destacava detalhes específicos...

• D) ... Barbosa Rodrigues suspeitou que poderia se tratar de um sítio arqueológico...

• E) A atenção do pesquisador foi atraída primeiramente por uma vasilha...

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Língua Portuguesa / Regência nominal e verbal

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - TECNOLOGIA DA INFORMAçãO / TRT 1ª / 2014 / FCC

Q33.

Jovens em movimento

Jovens protestando nas ruas não são exatamente uma no-vidade: parece ser próprio da juventude um alto grau de incon-formismo. Mas é possível localizar na

década de 60 e em parte da de 70 do século passado o marco mais incisivo de muitas contestações. O problema apareceu como sendo o de toda uma geração

de jovens ameaçando a ordem social, nos planos polí-tico, cultural e moral, por uma atitude de crítica aos valores es-tabelecidos e pelo desencadear de atos em

busca de trans-formação − movimentos estudantis de oposição aos regimes au-toritários, contra a tecnocracia e todas as formas de dominação, movimentos

pacifistas, agrupamentos de hippies, etc. Muitos jovens estabeleciam para si próprios que jamais viriam a se integrar ao funcionamento normal da sociedade.

Al-guns entravam em organizações políticas clandestinas, outros se recusavam a assumir um emprego formal, indo viver em co-munidades e sobrevivendo por

meio de atividades alternativas (arte, artesanato, hortas comunitárias), tudo numa recusa per-manente de se adaptar, de se enquadrar numa sociedade

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con-vencional. No Brasil, é particularmente nesse momento que a ques-tão da juventude ganha maior visibilidade, devido ao engaja-mento de jovens da classe

média, do ensino secundário e uni-versitário, na luta contra o regime autoritário por meio de mo-bilizações estudantis e atuação nos partidos de esquerda. No

campo do comportamento, questionavam os padrões sexuais, morais e o consumismo. De lá para cá, alternaram-se momen-tos de alguma acomodação e

outros de expressão inconfor-mista. As manifestações de meados de 2013 atualizaram o ca-ráter contestador da juventude.

(Adaptado de: ABRAMO, Helena Wendel. “Considerações so-bre a tematização social da juventude no Brasil”. Revista Brasileira de Educação, n. 5/6, p. 30 e

31)

Muitos jovens estabeleciam (...) que jamais viriam a se integrar ao funcionamento normal da sociedade.

Para manter o sentido da frase acima numa nova e correta redação, cujo início seja A integração ao funcionamento normal da sociedade, deve seguir-se,

como complemento:

• A) é aquela que muitos jovens estabeleceram de que jamais fariam.

• B) é estabelecida por muitos jovens que a recusam para si próprios.

• C) era recusada por muitos jovens que assim a estabeleceram.

• D) é algo que muitos jovens estabeleceram recusar.

• E) era estabelecida como recusa por parte de muitos jovens.

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Língua Portuguesa / Crase

Fonte: ANALISTA TéCNICO EDUCACIONAL - TECNOLOGIA DA INFORMAçãO / CETAM / 2014 / FCC

Q34.

Leitores precoces

Um dos mitos que alguns escritores inventam para si mesmos é o do leitor precoce. Antes mesmo de bater uma pelada ou de brincar de cabra-cega, certas

crianças − meninos e meninas letrados − já leram trechos de Proust ou de uma tragédia grega. Quanta precocidade! Melhor viver intensamente a infância e a

juventude, e ler os clássicos no momento adequado. Não fui um leitor precoce. Mas, por obrigação, tive de ler capítulos de Os sertões antes dos quinze anos de

idade. Foi literalmente um castigo, um ato de punição disciplinar de um professor de literatura. Ainda bem que no sorteio dos capítulos que seriam lidos e

fichados tirei a última parte do livro, cuja leitura me fascinou. Nessas páginas de Os sertões há grandes personagens de uma batalha extremamente desigual.

(HATOUM, Milton. Um solitário à espreita. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 193)

Quanto à necessidade do emprego do sinal indicativo de crase, a frase plenamente correta é:

• A) Ele próprio um grande escritor, Milton Hatoum sentiu-se a vontade para dirigir críticas a alguns escritores precoces.

• B) Afeito a leitura de grandes clássicos, o rapaz sente-se intimidado face à escritores populares.

• C) A iniciação à literatura clássica deve ser feita à medida que o jovem se sinta inclinado a conhecê-la.

• D) Difícil estipular uma idade à partir da qual alguém deva se entregar à leitura dos clássicos.

• E) Dos clássicos quero ficar à uma distância bem segura, disse-me ele, rindo à valer.

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Língua Portuguesa / Crase

Fonte: ASSISTENTE TéCNICO ADMINISTRATIVO - RH / Sergipe Gás S/A / 2013 / FCC

Q35.

Assistir à televisão era algo especial, a começar pelo manuseio do aparelho. Frequentemente apenas uma pessoa − no geral, um adulto − era competente para

ligá-lo e regular a imagem. As crianças constituíam, desde o início, um segmento importante do público, mas ainda lhes era imposta certa dis-tância do aparelho.

Introduzida nos lares, a televisão concedia prestígio so-cial à família. Mais que isso: a casa se tornava um centro de atração e convivência para a vizinhança.

Por isso, o público-alvo incluía os televizinhos. Havia ainda um misto de respeito e estranhamento diante da caixa mágica e de seus mistérios. A posse do objeto

que traz as imagens para dentro de casa significava uma pos-tura “moderna”, uma atitude desinibida diante da nova tecnolo-gia. Antes do videoteipe (VT), a

teledramaturgia transporta-va uma carga de emoção que era única, semelhante à tensão típica de um espetáculo teatral. O público recebia inconscien-temente

essa carga e participava de algum modo dela. Se para Aracy Cardoso o uso do VT permite sobretudo ao ator se ver e corrigir a interpretação, Roberto de Cleto

enfatiza que a intro-dução do videoteipe prejudicou a interpretação: perdia-se uma certa eletricidade que emanava da interpretação ao vivo. A energia que

vibrava da vontade “de se fazer bem e certo, ao vivo” não estava mais presente. As cartas dos leitores de revistas especializadas da época revelam que o

público se propunha a participar ativa-mente no desenvolvimento do novo meio. Ele exercia a crítica com a intenção de modificar o que lhe era apresentado: a

pro-gramação, a escolha dos atores, a composição dos cenários.

(Adaptado de Marta Maria Klagsbrunn. “A telenovela ao vivo”. Sujeito, o lado oculto do receptor. S.Paulo: Brasiliense, 1995, p. 94-95)

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Introduzida nos lares, a televisão concedia prestígio social à família.

Mantém-se corretamente a crase empregada na frase acima caso o elemento sublinhado seja substituído por:

• A) diversas famílias.

• B) instituição familiar.

• C) mais de uma família abastada.

• D) determinada classe de pessoas.

• E) uma parcela da população.

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Língua Portuguesa / Crase

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA / TRE/PR / 2012 / FCC

Q36.

O tempo não perdoa o que se faz sem ele, costumava dizer Ulysses Guimarães, citando Joaquim Nabuco. Desse mo-do ensinava a importância na política do

apropriado discerni-mento do momento oportuno. Não é fácil a identificação desse momento, pois, entre outras coisas, requer conjugar o tempo individual de um

ator político com o tempo coletivo de um sistema político e de uma sociedade. Além disso, o tempo flui e é instável no seu movimento, e não só na política. É o

caso do tempo na meteorologia, cada vez menos previsível por obra das mudanças climáticas provocadas pela ação humana. A vasta reflexão dos pensadores,

dos poetas e cientistas sobre o estatuto do tempo e seu entendimento aponta para uma complexidade que carrega no seu bojo o desafio de múltiplos

significados, cabendo lembrar que a função da orientação é inerente à busca do saber a respeito do tempo. Assim, uma coisa é conhecer o tempo do relógio,

que molda o mensurável de uma jornada de trabalho. Outra coisa é lidar com a não mensurável duração do tempo vivido, que perdura na consciên-cia, e não se

confunde, por sua vez, com o tempo do Direito, que é o tempo normatizado dos prazos, dos recursos, da prescrição, da coisa julgada, da vigência das leis e do

drama cotidiano da lentidão da Justiça. A busca do saber sobre o tempo tem, como mencionei, uma função de orientação. Neste século XXI, é preciso parar

para pensar a vertiginosa instantaneidade dos tempos e os problemas da sua sincronização, que a revolução digital vem intensificando. A tradicional sabedoria

dos provérbios portugueses diferencia o tempo do falcão e o tempo da coruja. O tempo do falcão é o da rapidez e da violência. É este o tempo que nos cerca. O

tempo da coruja é o da sabedoria − a sabedoria que nos falta para lidar com a estrutura de possibilidades do tempo no mundo em que estamos inseridos.

(Celso Lafer. Trecho, com adaptações, de artigo publicado em O Estado de S. Paulo, 20 de novembro de 2011. A2, Espaço Aberto)

Considere:

As decisões referentes ...... medidas que dizem respeito ...... toda a sociedade devem ser tomadas com sabedoria, cada uma ...... seu tempo.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por:

• A) as - à - à.

• B) às - a - a.

• C) às - à - a.

• D) às - a - à.

• E) as - a - à.

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Língua Portuguesa / Crase

Fonte: TéCNICO DO SEGURO SOCIAL / INSS / 2012 / FCC

Q37.

Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per-sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da

crítica. A incom-preensão estética e o preconceito antissemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se

seguiram à sua morte, se empenharam na apresentação de suas obras. Durante os anos 60, porém, uma virada totalmente inesperada levou a obra de Mahler

ao início de uma era de sucessos sem precedentes, que perdura até hoje. Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor, enquanto

gravações discográficas divulgavam uma obra até então desconhecida do grande público. Há uma série de fatores envolvidos na transformação de Mahler em

figura central da história da música do século XX. A visão de mundo de uma geração mais jovem certamente teve influência central aqui: o dilaceramento interior

de Mahler, seu interesse pelos problemas fundamentais da existência humana, seu pacifismo, seu engajamento contra a opressão social e seu posicionamento

em favor do respeito à integridade da natureza – tudo isso se tornou, subitamente, muito atual para a geração que nasceu no pós-guerra. O amor incondicional

de Mahler pela natureza sempre esteve presente em sua obra. O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, recolhendo-se em

pequenas cabanas na paz dos Alpes austríacos. Em Steinbach, Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para sinfonias.

Comparar a simplicidade espartana dessas casinhas com a enorme complexidade das obras ali criadas diz muito sobre a genialidade do compositor – e,

sobretudo, sobre a real origem de sua musicalidade. Totalmente abandonadas e esquecidas na Áustria no pós-guerra, essas casinhas de Mahler hoje se

transformaram em memoriais, graças à ação da Socie-dade Internacional Gustav Mahler. O mundo onírico dos Alpes do início do século XX certamente voltará

à memória de quem, tendo uma imagem desses despojados retiros musicais de Mahler, voltar a ouvir sua música grandiosa.

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(Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criação de um ícone. Revista 18. Ano IV, n. 15, março/abril/ maio de 2006, p. 52-53. Disponível em:

<http.//www.cebrap.org.br/v1/upload/bibliotecavirtualGIANNOTTI_Tolerancia%20maxima.pdf> Acesso em: 22 dez. 2011)

Consta que, durante o verão, em meio ...... beleza das montanhas dos Alpes, Mahler buscava ...... inspiração necessária para compor sinfonias que, felizmente,

foram legadas ...... gerações futuras.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

• A) à - à - as.

• B) a - a - às.

• C) à - a - às.

• D) a - à - às.

• E) à - a - as.

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Língua Portuguesa / Emprego dos verbos regulares, irregulares e anômalos

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - ADMINISTRATIVA / TRE/RR / 2015 / FCC

Q38.

Escola de bem-te-vis

Muita gente já não acredita que existam pássaros, a não ser em gravuras ou empalhados nos museus − o que é per-feitamente natural, dado o novo aspecto da

terra, que, em lugar de árvores, produz com mais abundância blocos de cimento ar-mado. Mas ainda há pássaros, sim. Existem tantos, ao redor da minha casa,

que até agora não tive (nem creio que venha a ter) tempo de saber seus nomes, conhecer suas cores, entender sua linguagem. Porque evidentemente os

pássaros falam. Há muitos, muitos anos, no meu primeiro livro de inglês, se lia: “Dizem que o sultão Mamude entendia a linguagem dos pássaros ...” Quando

ouço um gorjeio nestas mangueiras e cipres-tes, logo penso no sultão e nessa linguagem que ele entendia. Fico atenta, mas não consigo traduzir nada. No

entanto, bem sei que os pássaros estão conversando. O papagaio e a arara, esses aprendem o que lhes en-sinam, e falam como doutores. E há o bem-te-vi,

que fala portu-guês de nascença, mas infelizmente só diz o próprio nome, de-certo sem saber que assim se chama. [...] Os pais e professores desses

passarinhos devem ensi-nar-lhes muitas coisas: a discernir um homem de uma sombra, as sementes e frutas, os pássaros amigos e inimigos, os ga-tos − ah!

principalmente os gatos ... Mas essa instrução parece que é toda prática e silenciosa, quase sigilosa: uma espécie de iniciação. Quanto a ensino oral, parece

que é mesmo só: “Bem-te-vi! Bem-te-vi!”, que uns dizem com voz rouca, outros com voz suave, e os garotinhos ainda meio hesitantes, sem fôlego para as três

sílabas.

(MEIRELES, Cecília. O que se diz e o que se entende. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p. 95-96)

(nem creio que venha a ter)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o sublinhado acima está em:

• A) ... que existam pássaros ...

• B) ... que ele entendia ...

• C) ... o que lhes ensinam ...

• D) ... que assim se chama.

• E) ... que uns dizem com voz rouca ...

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Língua Portuguesa / Emprego dos verbos regulares, irregulares e anômalos

Fonte: TéCNICO EM GESTãO - INFORMáTICA / SABESP / 2014 / FCC

Q39.

Toda conversa sobre Graciliano Ramos esbarra no ci-neasta Nelson Pereira dos Santos. E o inverso é mais do que verdadeiro. Tem sido assim desde 1963,

quando Pereira levou ao cinema um dos clássicos do autor, Vidas Secas (1938). Que-brou na ocasião uma lei antiga: a de que livro bom rende filme ruim. Vinte

anos depois, repetiu a façanha, novamente com Ramos, ao adaptar o livro Memórias do Cárcere (1953). São os filmes mais famosos de Pereira, e, assim como

as obras que lhes serviram de base, representam dois marcos da cultura bra-sileira no século 20. Além das transposições das duas obras de Graciliano para o

cinema, Pereira adaptou escritores como Nelson Rodrigues e Guimarães Rosa. É o único cineasta a integrar a Academia Brasileira de Letras. Graciliano e

Pereira tinham amigos em comum e fre-quentavam os mesmos ambientes, mas nunca chegaram a se falar. O cineasta viu o autor uma única vez, em 1952,

num al-moço em homenagem a Jorge Amado, mas ficou tão encabu-lado diante do ídolo que não teve coragem de puxar conversa. O contato mais intenso

ocorreu por meio de carta. Pereira pretendia levar à tela o livro São Bernardo (1934), de Graciliano. Queria autorização do autor para mudar o destino de

Madalena, que se mata no fim do romance. Nelson ficara en-cantado com a personagem e imaginava um desfecho positivo para ela. Mas Graciliano não gostou

da ideia. A relação artística começaria de fato uma década de-pois, com o escritor já morto. "Queria fazer um filme sobre a se-ca. Criei uma história original, mas

era muito superficial. Então me lembrei de Vidas Secas". Durante as filmagens, o mais difí-cil, diz, foi lidar com os bichos: papagaio, gado e, especialmen-te, a

cachorra que "interpretava" Baleia. A cena em que Baleia morre é um dos momentos mais impressionantes da literatura e do cinema nacional.

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(Adaptado de: ALMEIDA, Marco Rodrigo. Folha de S.Paulo, 26/06/2013)

Pereira pretendia levar à tela o livro São Bernardo (1934), de Graciliano. (6o parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está empregado em:

• A) Criei uma história original...

• B) O cineasta viu o autor uma única vez...

• C) ... que se mata no fim do romance.

• D) A relação artística começaria de fato uma década depois...

• E) ... e imaginava um desfecho positivo para ela.

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Raciocínio Lógico / Estruturas lógicas; diagramas lógicos; Lógica de argumentação

Fonte: ASSISTENTE ADMINISTRATIVO / DPE/MT / 2015 / FGV

Q40.

Considere verdadeiras as afirmações a seguir.

■ Existem advogados que são poetas.

■ Todos os poetas escrevem bem.

Com base nas afirmações, é correto concluir que

• A) se um advogado não escreve bem então não é poeta.

• B) todos os advogados escrevem bem.

• C) quem não é advogado não é poeta.

• D) quem escreve bem é poeta.

• E) quem não é poeta não escreve bem.

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Raciocínio Lógico / Estruturas lógicas; diagramas lógicos; Lógica de argumentação

Fonte: TéCNICO DA RECEITA ESTADUAL - TECNOLOGIA DA INFORMAçãO / SEFAZ - SEGEP/MA / 2016 / FCC

Q41.

Se a conexão com a internet cai, então não há possibilidade de comunicação.

Uma afirmação que corresponde à negação lógica da afirmação anterior é:

• A) Se a conexão com a internet não cai, então há possibilidade de comunicação.

• B) Não há possibilidade de comunicação ou a conexão com a internet cai.

• C) A conexão da internet cai e há possibilidade de comunicação.

• D) Se há possibilidade de comunicação, então a conexão com a internet não cai.

• E) Ou a conexão com a internet cai, ou não há possibilidade de comunicação.

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Raciocínio Lógico / Aritmética e Álgebra básicas

Fonte: ANALISTA MINISTERIAL - APOIO ESPECIALIZADO - INFORMáTICA / MPE/PE / 2012 / FCC

Q42.

Existem três caixas idênticas e separadas umas das outras. Dentro de cada uma dessas caixas existem duas caixas menores, e dentro de cada uma dessas

caixas menores outras seis caixas menores ainda. Separando-se todas essas caixas, tem-se um total de caixas igual a:

• A) 108.

• B) 45.

• C) 39.

• D) 36.

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• E) 72.

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Raciocínio Lógico / Geometria básica

Fonte: TECNICO EM INFORMACOES GEOGRAFICAS E ESTATISTICAS / IBGE / 2016 / FGV

Q43.

Uma pirâmide regular é construída com um quadrado de 6 m de lado e quatro triângulos iguais ao da figura abaixo.

O volume dessa pirâmide em m³ é aproximadamente:

• A) 84;

• B) 90;

• C) 96;

• D) 108;

• E) 144.

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Raciocínio Lógico / Geometria básica

Fonte: TéCNICO PORTUáRIO - APOIO ADMINISTRATIVO / CODEBA / 2016 / FGV

Q44.

A figura a seguir mostra o desenho do porto de Salvador.

Pelas informações do desenho é correto estimar que o comprimento do porto (linha tracejada) seja de

• A) 150 m.

• B) 250 m.

• C) 350 m.

• D) 450m.

• E) mais do que 500 m.

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Raciocínio Lógico / Geometria básica

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Fonte: TéCNICO ADMINISTRATIVO / Câmara de São Paulo/SP / 2014 / FCC

Q45.

Para se obter a área de um círculo, multiplica-se o quadrado da medida do raio pelo número π, que vale aproximadamente 3,14. Para se obter a área de um

quadrado, basta elevar a medida do lado ao quadrado. Na figura, temos um círculo inscrito em um quadrado de área igual a 100 cm2.

A área aproximada da região do quadrado não coberta pelo círculo, em centímetros quadrados, é

• A) 78,5.

• B) 84,3.

• C) 21,5.

• D) 157.

• E) 62,7.

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Raciocínio Lógico / Geometria básica

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA / TRT 1ª / 2013 / FCC

Q46.

Um quadrado ABCD foi dividido em várias regiões, em um processo feito em dez etapas. Na primeira, o vértice A foi ligado ao ponto médio do lado BC, o vértice

B foi ligado ao ponto médio do lado CD, e assim sucessivamente, como mostra a Figura 1. Na segunda etapa, o quadrado central obtido na primeira foi dividido

segundo a mesma lógica, como ilustra a Figura 2.

Se em cada nova etapa o quadrado central obtido na etapa anterior foi dividido segundo a mesma lógica descrita acima, ao final da décima etapa o quadrado

ABCD estava dividido em um total de

• A) 72 regiões.

• B) 85 regiões.

• C) 81 regiões.

• D) 75 regiões.

• E) 90 regiões.

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Noções de Administração e Situações Gerenciais / Aspectos gerais da Administração. Organizações como sistemas abertos

Fonte: APOIO TéCNICO ADMINISTRATIVO - TéCNICO ADMINISTRATIVO / CNMP / 2015 / FCC

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Q47.

A estrutura organizacional por Projetos apresenta como vantagem:

• A) economias de escala pelo uso integrado de pessoas, máquinas e produção em massa.

• B) permite fixar a responsabilidade pelo desempenho no comportamento regional ou local.

• C) possibilita economia pelo uso racional dos equipamentos.

• D) predispõe todos os participantes da organização para a tarefa de satisfazer os clientes.

• E) forma efetiva para conseguir resultados em problemas complexos.

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Noções de Administração e Situações Gerenciais / Funções administrativas: planejamento, organização, direção e controle

Fonte: ANALISTA EM ADMINISTRAçãO / DPE/RO / 2015 / FGV

Q48.

O diretor de finanças de uma construtora recebeu as seguintes incumbências: avaliar o desempenho financeiro da empresa e elaborar o orçamento para o ano

de 2016. Ao realizar essas incumbências, o diretor estará exercendo, respectivamente, as seguintes funções administrativas:

• A) controle e organização;

• B) organização e planejamento;

• C) direção e controle;

• D) controle e planejamento;

• E) organização e direção.

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Noções de Administração e Situações Gerenciais / Motivação, comunicação e liderança

Fonte: ASSISTENTE ADMINISTRATIVO / DPE/MT / 2015 / FGV

Q49.

Em relação às teorias de motivação, de acordo com a pirâmide das necessidades de Maslow, as necessidades humanas podem ser divididas em níveis

hierárquicos de importância, como exposto na figura a seguir.

Nesse sentido, o orgulho e o reconhecimento devem ser classificados como necessidades

• A) de auto-realização.

• B) de estima.

• C) sociais.

• D) de segurança.

• E) fisiológicas.

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Noções de Administração e Situações Gerenciais / Motivação, comunicação e liderança

Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO ÁREA ADMINISTRATIVA / TST / 2012 / FCC

Q50.

Sobre motivação, é correto afirmar que

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• A) necessidades humanas são o foco central da teoria dos dois fatores.

• B) motivação é algo intrínseco, embora alguns estudiosos acreditem ser discutível essa posição.

• C) motivação depende da necessidade financeira, considerada na teoria como necessidade básica.

• D) auto-realização é uma necessidade que se liga à estima e à consideração para ser atenuada.

• E) pagamento de salário é considerado fator motivacional.

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