inquÉrito a residentes de hong kong governo de … · quer de crosby, stills & nash (csn)....

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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5069 • Quarta-feira, 24 de Agosto de 2016 10 PATACAS 26 0 C/34 0 C • HOJE Fonte SMG Ninguém atura David Crosby LEITURAS DE VERÃO • Págs. 2 e 3 Deputada acha Terminal do Pac On grande demais Pág. 4 Independentistas crescem nas escolas de Hong Kong Activistas estudantis de Hong Kong criaram pelo menos 21 grupos em escolas para discu- tir a independência da cidade e alguns não excluem o uso de violência para atingirem os seus objectivos, avançou o jornal South China Morning Post, citado pela agência Lusa. Os grupos foram criados atra- vés do Facebook e 16 deles já tinham nascido em resposta a apelos do grupo ‘Studentloca- lism’. Tony Chung Hon-lam, do ‘Studentlocalism’, disse que as inscrições aumentaram depois do assunto ter entrado em discussão pública, graças por exemplo a Fanny Law, an- tiga responsável pela pasta da Educação, que apelou à exclu- são dos grupos pró-indepen- dência das escolas, e os seus representantes impedidos de liderarem associações de es- tudantes. Fanny Law disse ainda que o contexto histórico da discussão de independên- cia era “demasiado compli- cado” e os jovens estudantes podem ser induzidos em erro. A afinidade dos cidadãos de Hong Kong relativamente ao Governo de Macau mantém a tendência decrescente regista- da desde 2014, atingindo mesmo os mínimos verificados em 1997. Em compensação, os residentes subiram na “considera- ção” da região vizinha. Dados do Programa de Opinião Pú- blica da Universidade de Hong Kong indicam que a falta de afinidade ao Executivo da RAEHK e da China Continental é semelhante, localizando-se ambos no campo negativo. Pág. 7 Governo de Macau em perda mas pessoas estão em alta Pág. 6 REVITALIZAÇÃO DAS CASAS-MUSEU Confirmado restaurante genuinamente português Olímpicos da China vêm aí para visita de quatro dias Pág. 9 Benfica eliminado na Taça Asiática da Confederação Pág. 10 INQUÉRITO A RESIDENTES DE HONG KONG

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Page 1: INQUÉRITO A RESIDENTES DE HONG KONG Governo de … · quer de Crosby, Stills & Nash (CSN). Como, neste caso, será difícil repetir o chavão “a culpa foi da Yoko”, pa-rece legítimo

Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5069 • Quarta-feira, 24 de Agosto de 2016 10 PATACAS

260C/340C• • • HOJE

Fonte SMG

Ninguém atura David CrosbyLEITURAS DE VERÃO • Págs. 2 e 3

Deputada achaTerminal do Pac On

grande demaisPág. 4

Independentistascrescem nas escolas de Hong KongActivistas estudantis de Hong Kong criaram pelo menos 21 grupos em escolas para discu-tir a independência da cidade e alguns não excluem o uso de violência para atingirem os seus objectivos, avançou o jornal South China Morning Post, citado pela agência Lusa. Os grupos foram criados atra-vés do Facebook e 16 deles já tinham nascido em resposta a apelos do grupo ‘Studentloca-lism’. Tony Chung Hon-lam, do ‘Studentlocalism’, disse que as inscrições aumentaram depois do assunto ter entrado em discussão pública, graças por exemplo a Fanny Law, an-tiga responsável pela pasta da Educação, que apelou à exclu-são dos grupos pró-indepen-dência das escolas, e os seus representantes impedidos de liderarem associações de es-tudantes. Fanny Law disse ainda que o contexto histórico da discussão de independên-cia era “demasiado compli-cado” e os jovens estudantes podem ser induzidos em erro.

A afinidade dos cidadãos de Hong Kong relativamente ao Governo de Macau mantém a tendência decrescente regista-da desde 2014, atingindo mesmo os mínimos verificados em 1997. Em compensação, os residentes subiram na “considera-

ção” da região vizinha. Dados do Programa de Opinião Pú-blica da Universidade de Hong Kong indicam que a falta de afinidade ao Executivo da RAEHK e da China Continental é semelhante, localizando-se ambos no campo negativo. Pág. 7

Governo de Macau em perdamas pessoas estão em alta

Pág. 6

REVITALIZAÇÃO DAS CASAS-MUSEU

Confirmado restaurante genuinamente português

Olímpicos da Chinavêm aí para visita

de quatro diasPág. 9

Benfica eliminado na Taça Asiática

da ConfederaçãoPág. 10

INQUÉRITO A RESIDENTES DE HONG KONG

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Quarta-feira, 24 de Agosto de 201602 JTM | LEITURAS DE VERÃO

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Redacção: Catarina Almeida, Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Fátima Almeida, Helder Fernando, Raquel Carvalho, Pedro André Santos e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres • Secretário da Redacção : Alexsandro Sampaio • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

• • • LEITURAS DE VERÃO

MÚSICA

O velho hippieentre a ervae as armas

David Crosby fez parte de grupos musicais míticos e vive, agora, a sua fase solitária mais produtiva. Fez 75 anos no domingo, entre zangas e harmonias... vocais. Novo álbum, “Lighthouse”, sai em Outubro

João Gobern

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Quarta-feira, 24 de Agosto de 2016 JTM | LEITURAS DE VERÃO 03

É provisoriamente definitivo: não voltaremos a ter notícias frescas e conjuntas de Crosby,

Stills, Nash & Young (CSNY). Ou se-quer de Crosby, Stills & Nash (CSN). Como, neste caso, será difícil repetir o chavão “a culpa foi da Yoko”, pa-rece legítimo assacar a maior dose de responsabilidade nesta ruptura a David Crosby, o californiano desta história. Primeiro, incompatibili-zou-se com Neil Young, acusando--o de se julgar melhor guitarrista do que realmente é e insultando a actual namorada do canadiano, a actriz Daryl Hannah. Mais recente-mente, foi Graham Nash que publi-camente denunciou o seu velho par-ceiro: “Tomei conta dele durante 45 anos, salvei-lhe a vida algumas ve-zes e, nos últimos dois, fui repetida-mente insultado, por todos os meios. Agora, chega!”

Na base do “mau feitio” de Croz parecem estar algumas passagens da autobiografia de “Nash - Wild Tales: A Rock & Roll Life” –, que lhe dizem respeito e que conside-rou “pouco verdadeiras”. Valerá a pena recordar que, quando o fan-tástico quarteto partiu, Crosby e Nash ficaram de um lado, gravando em dueto quatro álbuns de estúdio e mais dois ao vivo, Stills e Young do outro, considerado mais criativo. Mas é a Crosby que se devem, por exemplo, hinos como “Guinneve-re”, “Wooden Ships”, “DéjàVu” e o épico “Almost Cut My Hair”.

Noutras ocasiões, já houve tra-balho conjunto deitado para o lixo ou apenas reaproveitado. Em 1973, depois de uma sessão de gravação na quinta de Young, os CSNY can-celaram a edição do álbum que esta-va previsto. A diferença maior está nisto: hoje, todos eles deram o salto para dentro da área demarcada dos septuagenários, algo que não joga a favor do tempo como factor curati-vo. Por isso mesmo, as probabilida-des apontam para que não chegue-mos a ouvir - pelo menos em vida dos quatro protagonistas - o disco de versões que os CSNY andaram a preparar ao longo de um ano, com o produtor “midas” que é Rick Rubin (que, entre outros feitos, revitalizou Johnny Cash e o acompanhou até ao fim).

Croz está disposto a não dar par-te de fraco neste combate: se Gra-ham Nash publicou recentemente “This Path Tonight”, David vai res-ponder a 21 de Outubro, com a edi-ção de “Lighthouse”, que sucede a “Croz” (2014). Um recorde, para um homem que esperou 18 anos para passar de “If I Could Only Remem-ber My Name” (1971) para “Oh Yes I Can” (1989) e, depois, demorou 21 para dar continuidade a “Thou-sand Roads” (1993) com o já citado “Croz”. Há mais, espanto dos es-pantos: o disco seguinte já mora no computador, diz Crosby. Da fome à fartura.

A pressão e a necessidade de se-guir em frente já lhe renderam ou-tros triunfos: há quase meio século, quando Roger McGuinn e Chris Hillman o despediram dos Byrds, de que foi fundador, alegadamente por “divergências musicais” mas, em boa verdade, por estarem fartos das diatribes políticas de Croz entre as canções, nos concertos da banda, Crosby foi o primeiro a procurar Sti-lls, só depois surgindo Nash e, pos-teriormente, Young.

Quem olhar para o percurso de Crosby perceberá que este raramen-te se cruza com a ideia de equilíbrio. Em 1970, na sequência da morte da sua namorada à época, Christine Hinton, Crosby mergulhou fundo nos consumos excessivos. O título do seu disco de 1971, “If I Could Only Remember My Name”, não poderia ser mais ajustado ao que se passava. De resto, Croz reconheceu que não teria escapado a um fim precoce e continuado a compor e a gravar sem a ajuda dos amigos: Joni Mitchell, Grace Slick e Paul Kant-ner (ambos dos Jefferson Airplane), Jerry Garcia (dos Grateful Dead) e Gram Parsons, entre outros.

Muito mais tarde, em 1997, volta-ria a cruzar-se com a tragédia, quan-do o seu irmão mais velho, Ethan, que ensinou David a tocar guitar-ra, se suicidou. De resto, o próprio Croz esteve perto da morte: além de problemas cardíacos e com a diabe-tes, teve de submeter-se a um trans-plante de fígado (1994). A operação foi paga por Phil Collins, com quem tinha trabalhado anteriormente.

Além dos seus parceiros mais

conhecidos, Croz tocou com meio mundo: com Jerry Garcia e outros músicos dos Grateful Dead, chegou a formar um grupo só para concer-tos, David & The Dorks. Gravou vo-zes com Joni Mitchell, James Taylor, Art Garfunkel, John David Souther, Carole King, Elton John, Hot Tuna, Phil Collins, Indigo Girls, Lucinda Williams e David Gilmour. Durante a década de 1990, formou os CPR, aproveitando as iniciais Crosby, Pe-var (Jeff Pevar, guitarrista) e Ray-mond (James Raymond, pianista e… filho de David, tardiamente reco-nhecido pelo pai) e simultaneamen-te ironizando com a sigla que desig-na a reanimação cardiorrespiratória (em inglês, “cardiopulmonary re-suscitation”). Crosby tem mais três filhos, sendo apenas o mais novo resultado do seu actual casamento com Jan Dance. Isto não contando com o seu contributo, por insemina-

ção artificial, para os dois filhos do casal de lésbicas formado por Melis-sa Etheridge e Julie Cypher.

No lado negro, foi detido, mul-tado e preso várias vezes por posse de drogas, mas também de armas ilegais. Chegou, aliás, a “estagiar” nove meses numa prisão texana. Mais feliz é a sua memória náuti-ca, a do barco que possuiu durante décadas, o Mayan, a bordo do qual terá escrito algumas das melhores canções. Vendeu-o em 2014 mas continua em velocidade de cruzeiro.

JTM/DN

Se à leitura quiser unira música entre no Youtubee ouça o álbum completo em

https://www.youtube.com/watch?v=nBmeOgBdBzg

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Quarta-feira, 24 de Agosto de 201604 JTM | LOCAL

MINI-ARMAZÉNS RESPEITAM AS REGRAS DE SEGURANÇA

Bombeiros inspeccionaram 310 edifícios industriais em seis meses

Entre 1 de Janeiro e 28 de Julho, o Corpo de Bombeiros (CB) condu-ziu 310 inspecções em edifícios

industriais no território. A informação foi avançada ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU pelo organismo que explicou que, “embora o CB não seja uma autori-dade executora da lei, requere aos pro-prietários a remoção de itens variados quando encontrados nas proximidades de saídas de segurança durante a ins-pecção”.

Para além disso, no caso de outros problemas relacionados com a seguran-ça contra incêndios serem detectados,

O Corpo de Bombeiros efectuou mais de 300 inspecções em edifícios industriais com o objectivo de averiguar o nível de segurança contra incêndios. Foram ainda conduzidas avaliações aos 12 mini-armazéns de que há conhecimento sendo que todos respeitam os regulamentos básicos. No entanto, ressalva o mesmo organismo, a sua actividade está limitada pelo facto de não haver um regime de licenciamento para estes espaços, já que, assim, não é possível saber ao certo quantos existem

“a pessoa responsável pelo espaço será aconselhada a resolver a situação de ime-diato. Se ela não for remediada até uma segunda inspecção, o caso será referido às autoridades competentes, conforme esti-pulado no ‘Regulamento de Segurança contra Incêndios’, através de um formu-lário escrito”.

O organismo garantiu ainda que, após o incidente que afectou um mini-arma-zém em Hong Kong, em Junho, foram

enviados profissionais para “conduzir inspecções de segurança contra incêndios em 12 mini-armazéns encontrados em Macau, todos localizados no interior de edifícios industriais abarcados pela pro-tecção de um sistema de aspersor auto-mático e em cumprimento das exigências básicas”.

O CB também enviou “trabalhado-res da linha da frente” a essas unidades para conduzirem inspecções, tendo for-

mulado “linhas orientadoras sobre con-trolo de incêndios em mini-armazéns e desenvolvido planos de extinção de incêndios para alguns desses mini-ar-mazéns, com o objectivo de aumentar a eficácia dos serviços fornecidos pelos bombeiros”.

No entanto, ressalva a mesma respos-ta, visto que “não há ainda em Macau um sistema de licenciamento para mini--armazéns em Macau, o CB não tem ca-pacidade para garantir o número exacto de mini-armazéns” no território. Assim, “por enquanto, as pessoas responsáveis não são obrigadas a apresentar plantas ao CB antes de começarem a usufruir do es-paço e, por isso, o CB não deu quaisquer conselhos em termos de segurança contra incêndios dos mini-armazéns”.

Ainda assim, atenta o organismo, de acordo com o “Regulamento de Seguran-ça Contra Incêndios” quaisquer unida-des de armazenamento “enquadram-se na categoria de edifícios de utilização industrial nos quais essas regras devem ser respeitadas com a instalação dos siste-mas, estruturas e equipamentos adequa-dos que permitam o cumprimento das regras básicas”.

De recordar que o incêndio no Centro Industrial Amoycan, em Hong Kong, no final de Junho, resultou na morte de dois bombeiros e demorou mais de 108 horas a ser controlado. Segundo o South China Morning Post, as 200 unidades divididas por “folhas de metal” foram um desafio para os bombeiros que tiveram de as de-molir com o objectivo de apagar as cha-mas. Muitos dos mini-armazéns “tinham conteúdos não-identificados e possivel-mente tóxicos”.

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Inês Almeida

De “boca aberta”. É assim que a deputada Wong Kit Cheng disse que a

sociedade de Macau ficou após a apresentação Terminal Marítimo Pac On, pela mão do Gabinete para o Desenvolvimento das Infra-estruturas (GDI).

Salientando que o novo ter-minal é um mega projecto, a deputada frisou que o número de turistas de todos os postos fronteiriços juntos não são sufi-cientes para atingir metade da capacidade do posto.

Wong Kit Cheng justificou a “boca aberta” dos cidadãos com os dados estatisticos de todos os

postos fronteiriços do território, em que Fevereiro foi o mês com mais turistas, tendo-se registado 5,32 milhões de entradas e saídas a pé, de avião e de barco. Porém, o GDI avançou que o Terminal Marítimo Pac On tem capacida-de para 400 mil visitantes por dia e 12 milhões de visitantes (entradas e saídas) por mês.

Numa interpelação escri-ta, Wong Kit Cheng apontou que Macau quer ser o Centro Mundial de Turismo e Lazer, no entanto não é possível per-ceber se a estimativa de turis-tas no futuro foi acertada ou se resultou de uma “falha”. Além disso, questionou o Governo sobre se ponderou como é que Macau vai conseguir suportar

Dimensão do novo Terminal preocupa deputadaWong Kit Cheng considera que os cidadãos não conseguem compreender a dimensão do Terminal Marítimo de Pac On, porque nem a soma dos visitantes durante o Ano Novo Chinês consegue atingir metade da capacidade anunciada do espaço. A deputada está também preocupada com as despesas futuras para a manutenção e funcionamento do espaço

os 12 milhões de entradas e saí-das de visitantes mensais que o terminal suporta.

“A dimensão das instalações já ultrapassou a imaginação e capacidade de compreensão de uma pessoa normal”, disse a de-putada da Associação Geral de Mulheres de Macau.

Apesar de admitir que o novo terminal irá melhorar a experiência dos turistas, mos-trou-se preocupada com as despesas mensais para manter um espaço daquela dimensão. “Precisará ser investido ainda mais dinheiro no projecto para que funcione”, declarou, exor-

tando o Governo a divulgar o orçamento para o funciona-mento diário.

A deputada sugeriu ainda que o Terminal Marítimo Pac On inclua, temporariamente, as viagens do terminal do Porto Exterior para que este seja alvo de obras.

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Novo terminal tem capacidade para 400 mil visitantes por dia

Viviana Chan

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Quarta-feira, 24 de Agosto de 2016 JTM | LOCAL 05

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Alexis Tam em visita oficial ao BruneiO Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura partiu ontem para o Brunei para participar na 7ª Reunião dos Ministros da Cultura da Associação das Nações do Sudoeste Asiático (ASEAN)-China, Japão e Coreia do Sul e na 3ª Reunião dos Ministros da Cultura da ASEAN-China. Alexis Tam viaja a convite do Ministério da Cultura chinês para apresentar o de-senvolvimento social, cultural, turística e educacional de Ma-cau, integrando uma delegação liderada pelo vice-ministro da Cultura Ding Wei.

Concluída recolha de dados do Intercensos A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) con-cluiu no domingo a operação de recolha de informação do Intercensos 2016. Segundo o organismo, a taxa de resposta global foi de 90,7%, correspondendo 16,9% a informação re-colhida através do sistema online de auto-preenchimento. Entre 2 e 11 de Setembro, vai ser feito um novo inquérito aos cerca de 660 agregados familiares para avaliar o grau de rigor dos resultados. Os resultados preliminares e detalhados dos Intercensos 2016 irão ser divulgados, respectivamente, em Dezembro de 2015 e em Abril de 2016.

Igreja de S. Domingos em bilhete postalOs Correios de Macau vão lançar hoje um novo Bilhete Postal Franquiado, de porte pago, com uma ilustração da Igreja de S. Domingos. O postal custa 10 patacas e pode ser enviado para qualquer parte do mundo sem necessidade de selo. A Igreja de S. Domingos foi fundada em 1587 por frades domi-nicanos espanhóis oriundos de México. Actualmente, faz par-te da lista dos monumentos do centro histórico incluído na Lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO.

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Os jovens de Macau idealizam uma co-munidade “multifunções” para o es-paço onde se encontra actualmente o

Canídromo, que terá de sair do espaço, durante os próximos dois anos. O plano resulta de um ‘workshop’ realizado pela Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau.

A urbanista Cherry Chan destacou que a iniciativa tem como objectivo levar os jovens a pensar no futuro não só do Canídromo, mas da cidade em geral. Durante a sessão foram rece-bidas várias opiniões de jovens que lançaram ideias como “um novo tipo de habitação”, com fracções que possam apenas ser arrendadas e não vendidas.

A mesma responsável sugeriu ainda que o terreno poderia albergar um “projecto pionei-ro” que unisse espaços verdes à arte, criando um jardim, uma esplanada, e um espaço para actividades dos moradores daquele bairro.

Além disso, referiu Cherry Chan, embora o terreno não seja muito grande, deve dar respos-ta às necessidade básicas do quotidiano. Assim, o bairro deve incluir escritórios, habitação, res-taurantes, jardins, instalações desportivas, no fundo, uma “comunidade multifunções”.

ASSOCIAÇÃO RECOLHE OPINIÕES

Jovens planeiam futuro de CanídromoA Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau organizou um ‘workshop’ destinado à recolha de opiniões sobre o futuro aproveitamento do terreno onde está instalado o Canídromo. Os jovens sonham sobretudo com uma zona com várias funções que facilitem a vida dos moradores

Para a jovem urbanista, o futuro aproveita-mento do Canídromo não pode deixar de lado a sua história, devendo manter os símbolos que o caracterizam, para que as pessoas se recordem que, um dia, ali decorreram corridas de gal-gos. As ideias dos participantes foram, depois, transformadas em desenhos.

V.C.

O início do ano lecti-vo não está a correr da melhor forma na

Universidade de Macau (UM) com os alunos a queixarem-se de não existirem vagas sufi-cientes em disciplinas, tanto obrigatórias como opcionais. Há mesmo quem pague por um lugar. De acordo com o jornal académico “Orange Post”, devido ao número li-mitado de vagas existem 98 estudantes em lista de espera um lugar numa turma.

A Associação dos Estu-dante da Universidade de Macau entregou uma petição à escola na semana passada, onde acusava vários órgãos administrativos de falhas de comunicação.

A UM explicou que os estu-dantes sem lugares na primei-ra fase poderão candidatar-se na segunda fase e mesmo nes-ta os alunos podem desistir da vaga, libertando mais lugares. Por outro lado, assegurou que têm sido disponibilizadas ca-deiras suficientes. “Garanti-mos que nenhum estudante vai ter a graduação adiada por causa de número de vagas das

ESTUDANTES NÃO ESTÃO SATISFEITOS COM SOLUÇÃO APRESENTADA PELA DIRECÇÃO

Uma vaga para 98 alunos da UMFalhas administrativas têm gerado problemas nas inscrições dos alunos da Universidade de Macau em diversas cadeiras, havendo mesmo uma turma com 98 alunos em lista de espera para uma vaga numa disciplina de educação geral. A direcção da universidade já afirmou que vai ajustar vagas e os alunos não serão prejudicados nos casos em que as disciplinas são obrigatórias, mas os estudantes não estão satisfeitos

disciplinas”, disse a universi-dade citada pelo jornal acadé-mico.

A UM garantiu que a esco-la não reduziu o investimento

feito em recursos educativos, sublinhando que o número das aulas tem aumentado ao mesmo ritmo que o número de estudantes cresce.

Frisando que vai acompa-nhar o caso, a instituição de ensino superior assegurou que vai investigar o proble-ma entre oferta e procura de

vagas e aplicar medidas de forma imediata., ajustando a distribuição das vagas no sis-tema de inscrição

A comunidade estudantil já reagiu à resposta e garan-tias, manifestando insatisfa-ção. Uma estudante afirmou que há um número reduzido de lugares numa turma de educação geral, com “dezenas de pessoas a competir por um lugar”. Um estudante do 2º ano do curso de gestão disse ainda que mesmo que um co-lega desista da cadeira “toda a gente quer o lugar e as de-sistências não são suficientes para resolver o problema”. O regime de inscrição está divi-dido em duas fases, a primeira entre 16 e 19 de Agosto e a se-gunda entre 22 e 31 de Agosto.

A situação está a gerar preocupação entre a comu-nidade académica, porque algumas das disciplinas afec-tadas são obrigatórias para a conclusão da licenciatura. Esta situação levou os alunos a comprarem vagas aos cole-gas, como foi noticiado pelo jornal Ponto Final. Os preços são propostos pelos alunos interessados, atingindo valo-res de 500 patacas num disci-plina opcional.

Há queixas de insuficiência de vagas nas disciplinas

Viviana Chan

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Quarta-feira, 24 de Agosto de 201606 JTM | LOCAL

Após as obras de revitalização de que estão a ser alvo, as Casas-Museu da Taipa vão albergar um restaurante português que não deve dar apenas a conhecer a gastronomia mas também a cultura portuguesa. A directora dos Serviços de Turismo aproveitou a ocasião para salientar que, após concluído o projecto de revitalização, as Casas-Museu não vão “ofuscar” as infra-estruturas criadas nos Lagos Nam Van

AINDA NÃO FOI ESCOLHIDA EMPRESA PARA GERIR O ESPAÇO

Restaurante nas Casas-Museu vai divulgar gastronomia e cultura

O sonho já é antigo mas agora vai tornar-se realidade: uma das Casas-Museu da Taipa vai alber-

gar um restaurante português que será fiscalizado pelo Instituto de Formação Turística (IFT), mas gerido por uma en-tidade ou empresa ainda não escolhida, garantiu a presidente da instituição de ensino superior.

“Já temos algumas ideias. Este res-taurante deve ter a capacidade para di-vulgar também a cultura de Portugal, não só a gastronomia”, frisou Fanny Vong.

A exploração do espaço será decidi-da por adjudicação directa ou concurso público e deverá incluir o pagamento de uma renda com um valor ainda não definido, explicou a mesma responsável dizendo que não está preocupada com a possibilidade de não haver ninguém interessado em explorar uma das cinco Casas-Museu.

Para as restantes parece também já haver planos sendo que numa deverão

Inês Almeida

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ser exibidos produtos alimentares por-tugueses, outra vai dedicar-se à promo-ção da cultura portuguesa, uma terceira vai estar ligada às indústrias culturais e criativas e noutro dos edifícios haverá espaço para actividades de associações culturais.

A quinta Casa-Museu vai continuar a retratar “a vida das famílias macaenses e o intercâmbio com a cultura portugue-

Percursos turísticos a pé revistos no fim do ano

A directora dos Serviço de Turismo garantiu ontem que irão ser revistos os trajectos “sentir Macau passo-a-passo”. “Estamos a estudar a introdução de novos elementos nas rotas. Vamos tentar rever no final do ano”, frisou Helena de Senna Fernandes res-salvando, porém, que o actual percurso na Taipa já contempla as Casas-Museu, actu-almente alvo de um projecto de revitalização.

Ainda não se sabe quem vai gerir o restaurante

sa”. “Vamos melhorar o edifício para o mesmo fim”, prometeu o presidente do Instituto Cultural (IC).

Houve ainda quem levantasse ques-tões quanto a uma eventual “sobreposi-ção de funções” entre o projecto pensado para as Casas-Museu e a revitalização que teve lugar na zona dos Lagos Nam Van, porém, mas essa ideia foi afastada tanto por Ung Vai Meng como pela di-rectora dos Serviços de Turismo (DST).

“A zona de Nam Van e as Casas--Museu são coisas diferentes. Os visi-tantes se calhar até só vão a um desses locais quando passam por Macau, não aos dois”, frisou Maria Helena Senna Fernandes. O presidente do IC concor-dou, indicando que está a ser ponde-rado um convite à Caritas e a outras instituições sem fins lucrativos seme-lhantes para exporem produtos na-quela zona da Taipa, nomeadamente, artefactos criados por pessoas porta-doras de deficiências.

O impacto ambiental de um projecto desta envergadura foi outra das preo-cupações salientadas. A presidente do Instituto de Formação Turístico, Fanny Vong, no entanto, referiu que o IFT en-comendou ao Instituto para o Desen-volvimento e Qualidade de Macau um relatório de avaliação relativo ao impac-to ambiental desta intervenção, cujos resultados indicaram que “o projecto de gastronomia portuguesa naquela zona traz pouco impacto à área circundante” já que a renovação implica vários aspec-tos como “controlo do ruído, ar, quali-dade da água e da iluminação”.

Responsáveis de 11 muni-cípios de sete países vi-zinhos e quatro da Chi-

na Continental estiveram em Macau até ontem para a segun-da edição do “Plano de Visitas de Presidentes da Câmara”. No âmbito do encontro, Chui Sai On disse esperar que “o even-to possa vir a impulsionar as áreas da economia, comércio, cultura e turismo” de todos os intervenientes.

Um dos presentes era o go-vernador da Província de Siem Reap, no Camboja, que desta-cou a existência de “espaço de

cooperação” entre a RAEM e o seu país de origem, “compro-metendo-se a dar continuida-de ao intercâmbio na área do comércio e do turismo”, lê-se numa nota do Gabinete do Por-ta-voz do Governo.

Khim Bunsong frisou ainda o facto de, em termos de inves-timento estrangeiro, as empre-sas chinesas deterem a maior percentagem, o que leva a que o mandarim prevaleça como uma das línguas mais faladas no Camboja.

No encontro com a delega-ção de visitantes, o Chefe do

CHUI SAI ON ENCONTROU-SE COM PRESIDENTES DE CÂMARA DE PAÍSES E REGIÕES VIZINHAS

Camboja e Macau estreitam laços na área do turismoO Chefe do Executivo recebeu responsáveis de 11 municípios oriundos de sete países vizinhos e quatro da China com o objectivo de estreitar laços em áreas como a economia, o comércio, a cultura e o turismo. Durante o encontro, o governador de Siem Reap, no Camboja, defendeu que há espaço de cooperação entre o país e a RAEM na área do comércio e do turismo

Executivo destacou que, “ape-sar dos factores pouco estáveis que acompanham a economia global, Macau tem ido ao en-contro de oportunidades” e tem acompanhado o crescimento da China e as possibilidades que este tem apresentado.

Por sua vez, o comissário do Ministério dos Negócios Estran-geiros chinês na RAEM, Ye Dabo, afirmou que nesta edição do

evento foram pela primeira vez convidados municípios da China “com o intuito de criar uma nova plataforma onde os intervenien-tes beneficiem da cooperação conjunta disponível”.

Durante a estadia em Macau, os convidados encontraram-se com a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) e o Instituto Cultural (IC) para “trocar im-pressões sobre as tendências de

desenvolvimento do turismo e o trabalho realizado ao nível da promoção cultural”.

Maria Helena de Senna Fer-nandes aproveitou a visita para apresentar o desenvolvimento do sector do turismo, além de dar a conhecer a orientação das políticas neste campo e o Plano Geral do Desenvolvimento da Indústria do Turismo.

Posteriormente, o presiden-te do IC, Ung Vai Meng, levou a delegação a visitar o Museu de Artes de Macau onde os repre-sentantes ficaram a conhecer algumas actividades culturais e assistiram a um vídeo promo-cional do Património Cultural.

No encontro estiveram pre-sentes ainda responsáveis como o vice-ministro-chefe de Goa da Índia, o membro do Comité Central do Partido Popular Re-volucionário e da Assembleia Nacional do Laos, o governa-dor de Rangun de Myanmar e o governador de Islamabad, do Paquistão.

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Quarta-feira, 24 de Agosto de 2016 JTM | LOCAL 07

A afinidade dos cidadãos de Hong Kong relativamente ao Governo de Macau mantém a tendência decrescente registada desde 2014, atingindo mesmo os mínimos verificados em 1997. Em compensação, os residentes subiram na “consideração” da região vizinha. Dados do Programa de Opinião Pública da Universidade de Hong Kong indicam que a falta de afinidade ao Executivo da RAEHK e da China Continental é semelhante, localizando-se ambos no campo negativo

Num estudo que pre-tende analisar o sen-timento dos cidadãos

da região vizinha de Hong Kong em relação aos seus compatriotas e respectivos governos em Macau, Taiwan e China Continental, o Pro-grama de Opinião Pública da Universidade de Hong Kong (HKUPOP) descobriu que a afinidade é maior em relação às pessoas do que aos Execu-tivos. Os órgãos governamen-tais, incluindo o da RAEM, estão “a perder pontos” aos olhos e corações de Hong Kong.

Liane Ferreira

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Segundo o relatório, o sen-timento de afinidade líquido para com o Governo de Macau foi de 18%, encontrando-se em tendência descendente desde 2014, quando registava 32%. As contas de Maio deste ano indicam que os sentimentos positivos diminuíram de 39% para 36% e os negativos situa-ram-se nos 17%.

Já em relação aos compa-triotas de Macau, registou-se um crescimento de um ponto percentual para 45% no senti-mento de afinidade, graças ao incremento de quatro pontos percentuais na visão positiva.

No comentário, a institui-ção indica que o valor de 18% para o Governo local atinge os

mínimos históricos de 1997. O mesmo se verificou com as percepções auscultadas sobre os Executivos de Hong Kong e da China Continental. Nestes casos, a afinidade em relação ao seu próprio Governo foi de -19% e ao Governo Central de -17%, mostrando que os cida-dãos de Hong Kong desgos-tam menos do Executivo de Xi Jinping do que C. Y. Leung.

Aliás, em ambos os casos verificaram-se mudanças ne-gativas de 11% (RAEHK) e 12% (China Continental) en-tre os resultados verificados em Novembro de 2015 e os de Maio deste ano.

O único Governo das qua-tro regiões do Estreito que su-

Macau recebeu 17,56 milhões de visitantes entre Janeiro e Julho, um aumento ligeiro

(0,9%) face ao período homólogo do ano passado, indicam dados oficiais ontem divulgados.

De acordo com os Serviços de Esta-

tística e Censos (DSEC), o número de visitantes do interior da China (11,58 milhões), da Coreia do Sul (364.640) e de Taiwan (623.331) subiu 0,3%, 10,3% e 11,5%, respetivamente.

Já os visitantes de Hong Kong di-minuíram 1,7% para 3,68 milhões.

Número de visitantes aumenta ligeiramenteO Verão parece estar a sorrir ao território, pelo menos em termos de número de visitantes com a DSEC a revelar um crescimento ligeiro de 0,9% na primeira metade do ano, quando comparado com o mesmo período de 2015. No total chegaram ao território 17,56 milhões de visitantes

O número de visitantes de países mais distantes, como os Estados Uni-dos, Austrália, Canadá e Reino Unido também aumentou, de acordo com a DSEC, que não especifica valores.

Em declarações anteriores, a directora dos Serviços de Turismo, Helena Senna Fernandes afirmou que espera até ao fim do ano um aumento de 10% no número de turistas internacionais, fazendo vingar a estratégia de reduzir a fatia de visitantes vindos da China. O número total deverá ser semelhante ao do ano passado, ou seja, 30,7 milhões de pessoas.

Só no mês de Julho, chegaram a Ma-

cau 2,79 milhões de visitantes – mais 5,5% em termos anuais e mais 18,5% em termos mensais –, dos quais 1,84 milhões oriundos da China (+4,7% em termos anuais).

O número de visitantes da Coreia do Sul (51.992), de Taiwan (103.297) e de Hong Kong (618.611) conheceu um aumento de 40,3%, 10,5% e 5,5%, res-petivamente, face ao mesmo mês do ano passado.

Macau recebeu, em 2015, 30,71 mi-lhões de visitantes, menos 2,57% face a 2014, registando a primeira queda anual desde 2009.

biu na consideração dos resi-dentes de Hong Kong foi o de Taiwan, que cresceu 12 pontos percentuais na afinidade atin-gindo 33%, o valor mais alto das quatro regiões. Apesar dos autores do estudo não indica-rem qual o acontecimento na origem desse acréscimo, é de referir que antes da realização dos inquéritos telefónicos o Partido Democrático Progres-sivo ganhou as eleições presi-denciais em Taiwan.

No mesmo sentido, Hong Kong foi palco de fortes con-frontos entre protestantes e po-lícia em Mong Kok e dias antes da auscultação o território foi alvo de um aumento substan-cial da segurança para a visita de Zhang Dejiang, o primei-ro representante do Governo Central a visitar Hong Kong, desde o ex-primeiro ministro Hu Jintao em 2012, factos que podem ter influenciado varia-ções nos indicadores.

No que diz respeito à afini-dade para com os cidadãos das outras regiões, as pessoas da RAEHK gostam mais dos re-

sidentes de Taiwan, valor que se sagrou nos 64%, mais nove pontos percentuais do que em Novembro de 2015. Assim, a afinidade para com concida-dãos de Hong Kong aparece apenas em terceiro lugar com 35%, isto apesar a perspectiva positiva ter subido nove pon-tos percentuais para 49%.

Em quarto lugar, surgem os cidadãos do Continente Chi-nês que chegaram a níveis de afinidade de -3%, caindo dos 6% em 2014. Tal deve-se ao aumento de cinco pontos per-centuais nas perspectivas ne-gativas, superiores às positivas e que apenas melhoraram um ponto percentual.

Relativamente a outros países, os cidadãos de Hong Kong não gostam muito dos governos do Japão (-19%), Rússia (-13%), Tailândia (-11%), E.U.A (-8%) e Malásia (-4%). Em sentido contrário, têm sentimentos mais positi-vos em relação aos governos do Canadá (51%), Alemanha (44%), Austrália (43%) e Sin-gapura (40%).

INQUÉRITO A CIDADÃOS DA RAEHK

Mais afinidade com as pessoasdo que com o Executivo de Macau

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08 JTM | PUBLICIDADE Quarta-feira, 24 de Agosto de 2016

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JTM | LOCIAL 09Quarta-feira, 24 de Agosto de 2016

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O Governo mantém a intenção de integrar no futuro o Comité Olímpico Internacional, segundo disse ontem o presidente do Instituto do Desporto. Enquanto isso não acontece, o território vai receber na próxima semana os atletas medalhados da China para uma visita que vai custar 12 milhões de patacas

12 MILHÕES POR ESTADIA DE QUATRO DIAS DE MEDALHADOS CHINESES

RAEM mantém intenção de entrar na “família olímpica”

O Governo convidou uma dele-gação de atletas medalhados da selecção chinesa que participou

nos Jogos Olímpicos 2016 para visitar o território, convite que se vai concre-tizar na próxima semana. A visita deu o mote ao presidente do Instituto de Des-porto (ID), Pun Weng Kun, para reite-rar a vontade de Macau de integrar o Comité Olímpico Internacional.

“É intenção da nossa parte e da Fe-deração Desportiva Internacional que algum dia venhamos a participar nessa grande família. Estamos a criar condi-ções para que possamos fazer parte do Comité Olímpico Internacional. É dese-jo de todos nós”, disse Pun Weng Kun de acordo com a Rádio Macau.

O primeiro pedido de adesão de Macau ao Comité Olímpico Internacio-nal foi feito em 1989 e segundo o pre-sidente do ID os trabalhos estão “em curso”, mas o território tem de “estar bem equipado” e “continuar a formar atletas locais”.

No que diz respeito à visita da dele-gação chinesa entre 29 de Agosto e 1 de Setembro, ainda não existe uma lista de presenças confirmadas pela Adminis-tração-Geral dos Desportos, no entanto a Rádio Macau avança que virão os 26 medalhados e outros atletas favoritos do público., incluindo claro Fu Yua-nhui, a “namorada da China”.

A visita vai custar 12 milhões de patacas ao Governo local, enquanto a mesma iniciativa n RAEHK tem um or-çamento de sete milhões de HKD.

No dia 29 está marcada uma audiên-cia com o Chefe do Executivo, seguida de banquete oferecido pelo Governo. Na terça-feira de manhã, os atletas en-contram-se com jovens no Fórum Ma-cau e à noite os que ganharam o ouro

têm uma exibição na Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental.

No dia seguinte, visitam a comunida-de e participam num intercâmbio e pro-vas desportivas com jovens atletas e es-tudantes no Pavilhão Desportivo de Tap

Seac. Serão distribuídos, nesse pavilhão, 1.200 bilhetes grátis para a actividade na Nave Desportiva. Além disso, os atletas vão passear por Macau, partindo no dia 1 de Setembro para Pequim.

L.F.

Fu Yuanhui poderá fazer parte da comitiva

A edição de 2016 do 6º Campeonato Internacio-nal de Dança do Leão vai incluir pela primei-ra vez uma equipa exclusivamente feminina,

algo que não é muito comum. “Esta modalidade exi-ge muito movimento e força, por isso, as pessoas pen-sam que é apenas para os homens, mas também há mulheres a gostar deste desporto”, frisou o presiden-te da Hong Wai Sports and Recreations Association em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

“Há três anos que treinamos um grupo de atle-tas femininas e queríamos levar esta equipa para a competição no MGM”, destacou Chow Chi Man acrescentando que desde sempre houve mulheres interessadas na modalidade, no entanto, por norma, “as filhas apenas seguem os pais”.

O dirigente associativo referiu ainda que a Dança do Leão e a Dança do Dragão contam com mais de 2000 anos de história mas apenas mais recentemente se começaram a realizar competições ao nível da Ásia e até internacionais.

Outro dos desejos de Chow Chi Man é que a mo-dalidade abarque participantes de diferentes idades, até idosos que possam não ter tido tempo ainda para conhecer este desporto mais a fundo. “No futuro va-mos organizar mais actividades nesse sentido”. “Não há um limite de idade para este desporto. O meu pai é treinador, eu continuo na profissão também, mas

não é fácil acontecer esta passagem de pais para fi-lhos”.

Em relação à melhor idade para começar a prati-car a modalidade, o responsável indicou os 10 anos.

O 6º Campeonato Internacional de Dança do Leão tem lugar nos dias 12 e 13 de Novembro, na Grande Praça do MGM Macau. Durante a apresentação do evento, o CEO da MGM China referiu que, no pró-ximo ano, a competição deverá ter lugar no novo empreendimento, no Cotai. Grant Bowie acrescentou ainda que a companhia que dirige “tem promovido esta vertente importante da cultura chinesa ao longo dos últimos anos”. “Estamos orgulhosos por elevar estas iniciativas à medida que a modalidade se tor-na mais reconhecida internacionalmente”, indicou o mesmo responsável. Ao mesmo tempo, sublinhou o CEO, “esperamos contribuir para exibir Macau como um destino de classe mundial, com ofertas diversifi-cadas e experiências dinâmicas”.

Ontem à tarde, além de duas demonstrações, uma delas por parte de atletas juniores, foram entregues certificados a um total de 75 “graduados” com idades compreendidas entre os cinco e os 10 anos.

O Campeonato é organizado pela Wushu General Association e conta com o apoio do Instituto do Des-porto, a Direcção dos Serviços de Turismo e a Federa-ção Asiática de Danças do Leão & Dragão.

MGM RECEBE COMPETIÇÃO PELO SEXTO ANO CONSECUTIVO

Campeonato de dança do leão com equipa femininaO MGM Macau vai ser palco do 6º Campeonato Internacional de Dança do Leão que, este ano, inclui uma equipa feminina. O presidente da Hong Wai Sports and Recreations Association salientou que este desporto ainda não tem muitas atletas femininas já que, por norma, está associado a movimentos mais bruscos e a alguma força. No próximo ano, frisou o CEO da MGM China, a competição terá lugar no novo complexo, no Cotai

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Quarta-feira, 24 de Agosto de 201610 JTM | LOCAL

Pelo segundo ano consecutivo o Benfica de Macau viu adiado o sonho de passar a fase de quali-

ficação da Taça AFC e entrar no “play--off” da competição, depois de derro-ta face aos donos da casa, o Dordoi FC do Quirguistão.

Foi um desafio muito diferente do anterior, em que os comandados de Henrique Nunes bateram os cam-peões do Rovers, de Guam, por 4-2, mostrando bom futebol em especial nos primeiros quarenta e cinco minu-tos.

Face a esse resultado e uma vez que o Dordoi tinha ganho ao Rovers por 2-0, o Benfica só precisava de em-patar para seguir em frente.

E entrou muito bem na partida, como tinha já acontecido no confron-to com o Rovers, marcando aos três minutos, num remate desferido por Filipe Aguiar, na sequência de dois cantos seguidos, o que dava a ideia da postura atacante do “onze” de matriz portuguesa.

Era o início que naturalmente Henrique Nunes desejava, mas a par-tir daí o Dordoi praticamente nunca mais deixou de comandar as opera-ções, tentando dar a volta ao resulta-do.

Deu-se então uma sequência de li-vres para os quirguizes, que levavam sempre o pânico à grande área benfi-quista, onde Ho Man Fai se mostrou mais uma vez algo inseguro.

Ausência de Lei Chi KinO guardião emprestado pelo Mon-

te Carlo já tinha sido mal batido nos dois golos do Rovers, ambos de bola parada, voltando a não ser capaz de dar confiança ao sector, onde Hen-rique Nunes não pôde contar com o castigado Lei Chi Kin.

Foi Kam Chi Hou o escolhido para o lugar, que não deu a consistência naquela zona como habitualmente acontece com o eficiente jogador de etnia chinesa.

Uma bola perdida pelos defesas “encarnados” no seu lado direito (Chan Man não despachou de primei-ra), proporcionou um cruzamento e o golo de cabeça de David Tetteh, avan-çado ganês naturalizado quirguize, que foi uma das principais setas apon-tadas à baliza de Ho Man Fai, bem secundado pelo também africano, o costa-marfinense Abdoulaye Diaby.

No meio campo, o grande estrate-ga da formação da casa, foi, como se esperava, Anatolii Vlasichev, a gran-de referência deste Dordoi (elemento habitual na selecção do Quirguistão), por cujos pés passava constantemente o jogo da equipa.

Faltou profundidadeQuanto ao Benfica, sem conseguir

dar profundidade ao seu estilo de jogo, apresentou-se para este desafio decisivo com algumas mexidas no “onze”.

EQUIPA DEIXOU BOA IMAGEM NO QUIRGUISTÃO

Benfica eliminado da Taçada Confederação Asiática de FutebolApesar de ter marcado primeiro, o Benfica permitiu a recuperação aos quirguizes e não conseguiu o tão ambicionado apuramento. Apesar disso, deixa uma boa imagem a nível asiático

Vítor Rebelo*

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Uma delas forçada, como disse-mos, pela ausência de Lei Chi Kin, que vira um cartão vermelho no desa-fio face ao Rovers, e outra por opção de Henrique Nunes, que deixou no banco de suplentes Cuco, fazendo en-trar para o seu lugar Rafael Bastardo.

Lá na frente, Leonel Fernandes e Nicholas Torrão terão sentido a falta, mais perto da área, de Filipe Aguiar, desta vez com mais preocupações de marcação no “miolo” e isso afectou a produção do jogo atacante dos benfi-quistas.

A situação não melhorou muito na segunda metade, apesar do Benfica ter entrado a pressionar junto à área dos quirguizes.

Dordoimais dominador

O Dordoi FC continuava a ter mais posse de bola, ainda que sem criar grandes momentos de perigo junto da baliza de Ho Man Fai, com excepção de um remate de cabeça, aos 10 mi-nutos, de Diaby, com a bola a tocar a barra da baliza.

O Benfica unia-se na defesa e apos-tava agora no contra-ataque, tendo o treinador trocado Rafael por Cuco, para que este segurasse a rectaguar-da, já que o resultado da altura (em-pate) interessava, ao mesmo tempo que via o adversário pressionar cada vez mais.

A espaços, o Benfica subia no ter-reno e Edgar Teixeira teve um rema-te de fora-da-área, que levou a bola a passar a centímetros do poste direito das redes de Valerii Kashuba. Mas era pouco…

Vitória de livreO Dordoi, orientado por Murat

Dzhumakeev, um homem da casa, instalava-se desesperadamente no meio terreno adversário e parecia que estava à espera de um lance de bola

parada.Foi então aí que surgiu o segundo

tento, aos 77 minutos, num dispa-ro de livre de Akhmataliev Mirbek, num enorme balde de água fria para as hostes “encarnadas”, em contraste com a alegria dos adeptos do Dordoi, que acorreram em número razoável ao complexo da capital Bishkek.

O campeão de Macau tentou rea-gir, mas fisicamente a equipa estava desgastada, com alguns jogadores ni-tidamente esgotados.

Henrique Nunes ainda fez entrar Lee Keng Pan e o jovem Duarte Pi-nheiro Torres, mas pouco ou nada se alterou.

O Benfica teve mais dois lances de algum perigo, primeiro numa descida de Filipe Aguiar, que rematou sem ân-gulo, quando se pedia um cruzamento para a grande área, onde se encontra-va Leonel Fernandes a acompanhar a jogada.

Depois, foi a vez de Filipe Duarte, sem oposição e na sequência de um canto, atirar por cima, já em período de descontos.

O Benfica de Macau deixa, no en-tanto, uma boa imagem nesta Taça AFC, terminando com o balanço de uma vitória e uma derrota, prome-tendo regressar a estas andanças na próxima temporada, para, à terceira, tentar alcançar o apuramento para a fase seguinte.

Regresso das “águias” ao torneio da bolinha

OBenfica faz a viagem de volta para casa amanhã e recomeça a sua participação no campeonato de bo-linha, onde tem ainda dois desafios para disputar, face a Fu Si (dia 31) e Monte Carlo (6 de Setembro), bastan-do-lhe um empate para seguir para as meias-finais.

A formação aqui comandada por Tiago Simões, habitual adjunto de

Henrique Nunes no futebol de onze, não desperdiçou qualquer ponto até esta altura da prova do sintético do D. Bosco, tudo apontando para que esteja na fase seguinte, tentando de-pois pelo menos repetir a presença na final.

Recorde-se que as “águias” foram derrotadas pelo Ka I na discussão do título de 2015, num golo de William Gomes.

E já que estamos a falar do futebol de sete de Macau, ontem houve um jogo importante para as aspirações de dois candidatos do Grupo A, Sporting e Night Walker.

Os “leões” tinham grande necessi-dade de vencer, isto depois de terem sido batidos na jornada anterior pelo Lam Pak, o que veio complicar as con-tas do seu apuramento.

Nesta partida da quinta jornada, o Night Walker até marcou primeiro, através de Ho Chi Fong, mas os pupi-los de João Pegado deram a volta ao resultado na segunda parte, com ten-tos apontados por Júnior Soares (aos 37) e Edgar Silva (47) os dois brasilei-ros do plantel, que acabaram por ser mais uma vez os principais obreiros de um triunfo muito suado, que faz ainda acreditar na qualificação.

Com estes três pontos, os “verde--brancos” passam a somar 9, contra 10 do seu adversário de ontem, Night Walker.

O Ka I lidera a série com 12 pontos e só com vitórias, defrontando hoje o outro pretendente às meias finais, Lam Pak, partida agendada para as 19 e 30.

Nos restantes desafios da sema-na, destaque para o Monte Carlo-Kei Lun, do Grupo B, no dia 26, com os “canarinhos” de Cláudio Roberto, se-gundos classificados, a partirem com dois pontos de vantagem sobre o ad-versário.

*Jornalista

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Quarta-feira, 24 de Agosto de 2016 JTM | DESPORTO 11

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LUSACosta Santos Sr*

Especial para o JTM

Jogadores tratadoscomo “carne”?

O hábito não é de hoje. Quase poderia dizer que é tão velho quanto o fute-bol profissional. Mas ainda há quem

se admire, nesta feira de “compras e vendas”, ser tratado como uma qualquer mercadoria que se transacciona consoante as cotações do mercado.

No campo do futebol profissional, os jo-gadores – no fundo os artistas que se movi-mentam a seu bel prazer – são os principais culpados.

Mas vamos a um caso concreto: o jogador brasileiro Sandro, desejado no Sporting, foi rejeitado pelo responsável clínico na habitual “inspecção médica”. Ao que se sabe, o exame efectuado detectou um problema no joelho direito do atleta, motivo pelo qual o clínico responsável pelo exame resolveu “não acon-selhar” a contratação.

Estamos a falar de verbas em jogo que rondam os milhões de euros e, há registos de lesões antigas que “escaparam” à observação, com natural prejuízo dos clubes envolvidos.

Porém, numa altura em que cada contra-tação atinge verbas “astronómicas”, numa altura em que os contratos firmados são sempre questionados mal abre o período de transferências, todo o cuidado, neste campo, é pouco, face aos números envolvidos. Por isso, os desabafos de Sandro não têm sentido. Se os jogadores são tratados como “carne”, a culpa pertence-lhes por inteiro. Na azáfama de ganhar mais, “rasgam” os vínculos que as-sinaram e fazem birras para rumar ao clube que lhe acena com mais mordomias.

O futebol não é, não pode ser, um mundo de mercenários. C.S.

CRONIQUETA

Mais uma surpresa… O Spor-ting de Braga que, na jornada inaugural, tinha viajado até

Guimarães para disputar o primeiro derby regional e regressado com os três pontos, graças a um golo solitário, pre-tendia agora colar-se a Sporting e FC do Porto, as únicas duas equipas ape-nas com vitórias nos jogos disputados.

O adversário, o Rio Ave, vinha de uma derrota no seu reduto, perfeita-mente aceitável se tivermos em linha de conta que o adversário era o FC do Porto, sempre um candidato ao título.

Isto, em teoria. Na prática, apetece dizer que o Sporting de Braga, durante os noventa minutos, foi um “onze” ba-talhador, dominador, com muitos mais remates bem direccionados (7), encos-tando o adversário no seu meio cam-po mas totalmente perdulário. Aliás, a estratégia de Nuno Capucho, técnico do Rio Ave, assentava, sobretudo, num povoamento do seu meio campo, ten-tando cortar todas as linhas de passe ao adversário, criando “guarda de honra” a Cássio e não permitindo que os dian-teiros da casa conseguissem uma nesga de terreno por onde pudesse passar o remate com êxito.

LIGA PORTUGUESA

Braga só consegue empatar nos “descontos”No primeiro jogo na “Pedreira”, o Braga não confirmou e eficácia tida em Guimarães e teve de suar as estopinhas para conseguir uma igualdade (1-1) ante um Rio Ave que optou por uma estratégia defensiva. Em 90 minutos fez quatro remates à baliza…

Os números poderão falar por si: ataques do Braga, 7; ataques do Rio Ave, 1; defesas de Marafona (g.r. do Braga) 0; defesas de Cássio (g.r. do Rio Ave, 7); posse de bola, 68% para os visi-tados e 32% para os visitantes.

Só que o futebol, por muita “mate-mática” que se lhe queira aplicar, não se traduz em resultados e o Rio Ave, no único remate que fez à baliza de Marafona, marcou! É que funcionou o único contra-ataque que conseguiu criar – transição rápida, desmarcação oportuna e remate certeiro.

O adversário, na ânsia de marcar, no desejo de empurrar mais e mais o Rio Ave para o seu meio campo, esti-cou a manta, cobriu os pés mas desta-pou a cabeça. E os vila-condenses, na primeira - e única – vez, nos quarenta e cinco minutos iniciais, que consegui-ram espaço e tempo para gizar uma jo-gada de contra ataque, tiveram Pedro

Moreira a cabecear uma bola cruzada do seu flanco direito para o golo que lhe dava vantagem, ao intervalo. Tudo muito simples.

No segundo tempo, mais do mes-mo: um Braga determinado em marcar e, para isso, usando todas as suas capa-cidades menos a mais importante: pon-taria nos remates; e, do outro lado, um Rio Ave obstinado na defesa da magra vantagem, desinteressado em entrar na área contrária antes, exclusivamen-te preocupado em não dar espaços, em não conceder liberdade de movimen-tos a quem tinha a missão de alvejar a sua baliza.

Porém, como diz o povo, “quem porfia, mata caça” e o golo da igual-dade, o mal menor para uma noite de completo domínio e igual desacerto, surgiu já se estava no período a que se convencionou chamar de “descontos”. Mais precisamente ao minuto 92, quan-do Cássio foi obrigado a ir ao fundo da sua baliza recolher uma bola rematada por Stoiljkovic, o sérvio que tinha salta-do do banco.

Um empate que não contenta nin-guém: o Braga, tudo fez para ficar com os três pontos e o Rio Ave, tudo fez para não sofrer golos. E este golo, nos descontos, mais amargo sabor teve!

*Jornalista profissionalespecializado em desporto

Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO PARA

«EMPREITADA DE CONCEPÇÃO E CONSTRUÇÃO DA PONTE DE LIGAÇÃO ENTRE A ILHA ARTIFICIAL E A ZONA A DOS NOVOS ATERROS URBANOS»

1. Entidade que põe a obra a concurso: Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas.2. Modalidade de concurso: concurso público.3. Local de execução da obra: as áreas marítimas entre a ilha artificial e a Zona A dos novos aterros urbanos.4. Objecto da Empreitada: Concepção e construção da Ponte de Ligação entre a Ilha Artificial e a Zona A dos Novos Aterros

Urbanos. 5. Prazo máximo de execução: até o dia 30 de Novembro de 2017 (Deve consultar o ponto 7 do Preâmbulo do Programa

de Concurso).6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do encerramento

do acto público do concurso, prorrogável, nos termos previstos no programa de concurso.7. Tipo de empreitada: a empreitada é por preço global, sendo as fundações por estacas por série de preços. 8. Caução provisória: $1 700 000,00 (um milhão e setecentas mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia

bancária ou seguro-caução aprovado nos termos legais.9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber, em cada um dos

pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar).10. Preço Base: não há.11. Condições de admissão: serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras,

bem como as que à data do concurso, tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição.

12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:Local: sede do GDI, sita na Av. Dr. Rodrigo Rodrigues Edifício Nam Kwong – 10º andar;Dia e hora limite: dia 28 de Setembro de 2016 (quarta-feira), até às 17:00 horas.

13. Local, dia e hora do acto público:Local: sede do GDI, sita na Av. Dr. Rodrigo Rodrigues Edifício Nam Kwong – 10º andar, sala de reunião;Dia e hora: dia 29 de Setembro de 2016 (quinta-feira), pelas 9:30 horas.Os concorrentes ou seus representantes, devidamente autorizados, deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

14. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo:Local: sede do GDI, sita na Av. Dr. Rodrigo Rodrigues Edifício Nam Kwong – 10.º andar;Hora: horário de expediente.Preço: $500,00 (quinhentas patacas).

15. Critérios de apreciação de propostas e respectivas proporções:- Concepção conceitual: 12%;- Experiência em concepção: 8%;- Preço da obra: 40%;- Prazo de execução: 15%;- Plano de trabalhos: 10%;- Experiência e qualidade em obras: 15%;

16. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes poderão comparecer na sede do GDI, sita na Av. Dr. Rodrigo Rodrigues Edifício Nam Kwong – 10.º andar, a partir de 15 de Setembro de 2016 (inclusive) e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, aos 17 de Agosto de 2016.

O CoordenadorChau Vai Man

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Rm. 1907, 19/F, AIA Tower, Nºs. 251A-301, Avenida Commercial de Macau (opposite to New Yaohan and Grand Emperor Hotel)

A SAAM irá realizar obras de manutenção na rede de abastecimento durante o período abaixo indicado, pelo que o abastecimento de água será interrompido nos locais abaixo indicados: Data da Interrupção: 2016/8/25 Quinta-feira

Horário da Interrupção: Entre as 09:00 e as 17:00 Local da Obra: Estrada da Areia Preta Locais Afectados: Nº. 2 e Nº. 12 Travessa das Hortas; Nº. 14A e Nº. 14J Travessa do Templo Lin Fong;

Nº. 1 e Nº. 23, Nº. 2 e Nº. 20 Travessa da Praia; Nº. 35 e Nº. 41A Estrada da Areia Preta Local de Abastecimento Temporário: Nº. 42E, Estrada da Areia Preta Hidrante Nº 1068 Linha Aberta de Informação: 28220088 Atenção: O abastecimento de água será restabelecido a qualquer momento, dependendo do progresso dos trabalhos A SAAM irá afixar este aviso nas portas dos locais onde o abastecimento de água será interrompido, antes das 17.30 do dia que precede a interrupção do abastecimento, no sentido de confirmar o período de interrupção.

Pedimos desculpas por qualquer inconveniente causado!

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Quarta-feira, 24 de Agosto de 201612 JTM | ACTUAL

FOTO

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Há um acordo de partida em relação aos princí-pios gerais das palavras

de Constantino Sakellarides so-bre a actual situação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) deixa-das em entrevista nas páginas do DN. Pelo menos para o PSD e CDS, cujos representantes o DN ouviu – o PCP escusou-se a comentar e não foi possível che-gar à fala com responsáveis do PS e do BE.

O professor catedrático ju-bilado de políticas de saúde defendeu que o SNS tem vivido “uma sangria”, sem que as pes-soas que nele trabalham tenham “qualquer palavra de apreço” e que se continua “a não cuidar da qualidade das lideranças”.

Miguel Santos, vice-pre-sidente da bancada do PSD e membro da Comissão de Saúde, admitiu ao DN que é possível “concordar na maior parte com os princípios gerais” definidos por Sakellarides. Também João Varandas Fernandes, um dos destacados membros do gabi-nete de estudos do CDS para a área da Saúde, explicou que esta entrevista “é uma peça im-portante que merece ser lida e reflectida”. No entanto, os dois apontam falhas à actual política de saúde do governo do PS.

Mais médicos,menos enfermeiros

O social-democrata rebateu a “percepção” criada de que “nos últimos quatro anos” tenha exis-

PORTUGAL

PSD e CDS apontam as falhas na saúdeConstantino Sakellarides disse ao DN que há “sangria” no SNS. Oposição rebate a ideia e o PCP escusou-se a comentar

tido uma diminuição no núme-ro de pessoal. “Nos balanços sociais do Ministério da Saúde verifica-se que o número final de médicos e enfermeiros au-mentou. É claramente positivo”, defendeu. Os números não dão toda a razão a Miguel Santos: os médicos subiram de 2012 (eram 24 490 – embora o Pordata iden-tifique 25 224 clínicos) para 2013 (24 988) e de novo em 2014 (para os 25 238). Nos enfermeiros já não bate certo a afirmação do deputado: em 2012 eram 39 526, em 2013 foram contados 38 663 e em 2014 já estavam abaixo dos 38 mil (37 928).

Números à parte, Miguel

Santos reiterou críticas do seu partido à actual política de saú-de, com elogios à ação gover-nativa do executivo anterior PSD-CDS. Nesses quatro anos, defendeu, “nunca houve de-sinvestimento na saúde, os or-çamentos foram sempre maio-res do que nos anos anteriores. Houve sim ganhos de eficiên-cia e optimização de recursos”. Agora, contrapõe, “está-se a perder eficiência no sistema”. “O governo está a caminhar a grandes passos para perder essa eficiência.”

Pelo CDS, João Varandas Fernandes sublinhou o “traba-lho difícil que o anterior gover-

no fez”, para apontar o que se esperava que entretanto já teria sido feito pelo actual. “Esperá-vamos uma reforma do SNS” “que incentivasse os profissio-nais” e que desse “respostas mais rápidas às populações”.

Apesar de admitir “a dificul-dade e a complexidade da ges-tão na saúde”, este médico cirur-gião com experiência em gestão hospitalar apontou a “estratégia incorrecta” que tem sido segui-da, “provocando descontenta-mento nos profissionais”. Mi-guel Santos também notou que o sector está “cada vez mais re-nitente” em relação ao ministro Adalberto Campos Fernandes.

“O SNS para ser mantido – e deve ser mantido – tem de se regenerar e reorganizar e isso ainda não foi feito”, afirmou Varandas Fernandes. Para o CDS, completou, “tem havido uma gestão incompetente em algumas áreas, que é motivo de politização do SNS”. Quan-do alguém é incompetente, “tem de se ir embora”, disse. Para logo depois indicar, na li-nha do que Constantino Sake-llarides defendeu na entrevis-ta, que devem ser nomeadas “as melhores pessoas para os melhores lugares”.

Segundo João Varandas Fernandes, a “responsabiliza-ção” passa “por incentivos ao mérito no trabalho desenvolvi-do nas organizações”, por “res-tituir aos profissionais a respei-tabilidade que merecem”. As prioridades que o CDS esta-belece fixam-se “na prevenção e nos cuidados primários de saúde”, nos “cuidados hospi-talares, que precisam de reor-ganização”, e nos “cuidados continuados e paliativos, que não podem ser só para alguns e têm de ser para todos”.

Outra preocupação subli-nhada pelo centrista relaciona--se com “um crescimento da dívida dos hospitais EPE” (en-tidades públicas empresariais). “O ritmo de crescimento de dí-vidas dos hospitais EPE ultra-passa os 25 milhões de euros por mês”, apontou.

JTM/DN

Além da fraca procura externa, o país enfrenta actualmente um momento difícil”, disse Long

Guoqiang, vice-director do Centro de In-vestigação e Desenvolvimento do Conse-lho de Estado, durante uma conferência de Imprensa em Pequim.

Long apontou que as vantagens tra-dicionais que a China aproveitou em anos anteriores, tais como a mão-de--obra relativamente barata em indús-trias manufactureiras, estão a perder terreno no actual cenário de uma eco-nomia global enfraquecida e de uma in-dústria de tecnologia de ponta em fran-co desenvolvimento. “As exportações continuarão lentas nos próximos anos”, salientou Long.

As exportações chinesas caíram em 1,8% no ano passado para 14,14 triliões de yuan (2,14 triliões de dólares), en-quanto as importações caíram 13,2% para

CHINA

Exportações com previsão de nova queda para este anoDevido à pressão económico-financeira internacional, as exportações da China deverão registar uma queda maior do que o ano passado, segundo disse um analista do governo num think tank citado pelo “Diário do Povo”

os 10,45 triliões de yuan, de acordo com dados da Administração Geral de Alfân-degas.

Esta foi a primeira vez desde 2009, que a China apresenta um declínio, tanto nas exportações como nas importações.

Tendência mantêm-seem 2015

Nos primeiros sete meses deste ano, as exportações caíam 1,6% e as impor-tações 4,8%, e um economista também citado pelo jornal oficial comentou que a tendência indica que o total das expor-tações anuais deverão cair ainda mais no remanescente do presente ano.

Entre Janeiro e Julho, o comércio exte-rior registava 3 pontos percentuais a me-nos que no ano passado.

Long disse, porém, que para o futuro as perspectivas do comércio externo são positivas, baseando-se no crescimento

do desenvolvimento de novos modelos de negócios, tais como o comércio elec-trónico além-fronteiras, e as compras em mercados internacionais, assim como o crescente número de exportações com direitos de propriedade intelectual inde-pendentes.

O ministro adjunto do comércio, Zhang Ji, por seu turno, referiu também

durante uma conferência de Imprensa que a China mantinha ainda uma posição de liderança no comércio de bens, com um aumento no mercado global de 11,2% em 2013 para 13,8% em 2015.

“Após três décadas de crescimento acelerado, devemos tratar o assunto de forma mais objetiva e racional”, frisou Zhang.

Automóveis alinhados no porto de Lianyungang, à espera de embarque

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Quarta-feira, 24 de Agosto de 2016 JTM | OPINIÃO 13

Dito

“Até à noite [de 8 de Agosto], O Go-verno evacuou os residentes por cima da minha loja [...] Por outro lado, eu, a maior vítima deste acidente, com a minha loja destruída e quase tendo perdido a vida, ninguém se preocu-pou, nem o Governo, nem a Agência de Turismo em causa”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

24/08/1996

AGREGADOS MONETÁRIOSEM CRESCIMENTOOs principais agregados monetários de Macau registaram taxas homó-logas de crescimento significativas durante o primeiro semestre deste ano, anunciou a Autoridade Mone-tária e Cambial de Macau (AMCM). O agregado estrito de liquidez M1 registou um crescimento médio de 4,1%, totalizando 19,2 mil milhões de patacas em Junho, referem os dados da AACM. O agregado lato de liqui-dez M2 evidenciou, por sua vez, um crescimento médio de 12,7% nos pri-meiros seis meses do ano em relação ao período homólogo de 1995, atin-gindo 72,7 mil milhões de patacas em Junho. Comparativamente ao mesmo mês de 1995, em Junho o agregado M1 cresceu 2,8% e o agregado M2 aumentou 9,4%, indicam os dados da AMCM. As disponibilidades líqui-das sobre o exterior aumentaram em Junho, 17,6% comparativamente ao mesmo mês de 1995, atingindo 40,5 mil milhões de patacas. A circulação da moeda local aumentou em Junho 11,8% em relação ao mês homólogo do ano passado, totalizando 1,3 mil milhões de patacas. Em Junho deste ano, o agregado M2 era composto em 56,7% em dólares de Hong Kong, 28,6% em patacas e 14,7% noutras moedas. Por outro lado, o crédito in-terno registou em Junho deste ano um aumento de 3,9% comparativamente aos mês homólogo de 1995, totalizan-do 39,9 mil milhões de patacas.

SURGIRAM NO 1º SEMESTRE382 NOVAS SOCIEDADESO número de sociedades constituídas em Macau no primeiro semestre deste ano foi de 382, representando um capi-tal social de 153,4 milhões de patacas, anunciaram os Serviços de Estatística e Censos do Território. Aquele valor no-minal representa uma diminuição de 94% em relação ao semestre homólogo de 1995, indicam as estatísticas oficiais. Em termos trimestrais, o número de sociedades constituídas no segundo trimestre deste ano foi de 187, com um capital social global de 88,8 milhões de patacas. Aquele valor nominal eviden-cia uma variação negativa de 96,5% em relação ao trimestre homólogo de 1995 e um aumento de 37,2% comparativa-mente ao trimestre anterior. As novas sociedades pertencem aos ramos “co-mércio por grosso e a retalho, restau-rantes e hotéis” (40,6%), “construção e obras públicas” (19,8%) e “bancos e outras instituições financeiras, segu-ros, operações sobre imóveis e serviços prestados às empresas” (15%).

LiuSai Long, proprietário da Policlínica deTraumatologia Sai Long citado pelo “Ponto Final”

Fériasem Macau

Nos fins de Julho e princípios de Agosto os Lusitanos fo-ram voando um-a-um para

o Reino em férias. Sobretudo para o Algarve onde, com uma incorrigível falta de imaginação, acabaram por ir quase todos para banhos nas ondas mansas do seu mar azul. Praias onde, por azar, a cada volta esbarram com a maioria dos nossos políticos sem diferença de credo, raça ou religião como costuma dizer-se e todos com o mesmo uniforme estival – toalha ao ombro, calções de banho, camisa com a fralda de fora, sandália “de dedo” e o telemóvel numa mão e o bron-zeador na outra. Todos, de Marcelo a Jerónimo de Sousa, a António Costa

e Assunção Cristas a prepararem-se para as quenturas da “rentrée”. Ape-sar disso, quem me dera ter ido…

Mas, mais uma vez fiquei por Macau, quase um sobrevivente nes-te deserto lusitano em que Agosto o tornou. Mas cá me arranjo e não me tenho dado mal. Entre a casa e a Sé e a Sé e o Clube Militar onde leio e releio os semanários lusos e vou ouvindo e tornando a ouvir os fados de Coim-bra e Lisboa que mais gosto. E mais tarde no pub com um whisquizito para animar o final da tarde, uma no-vela portuguesa (aliás melhor do que todas as brasileiras de que têm apare-cido) depois uma canjinha e casa.

E assim vou indo tant bien que mal embora não tanto como se esti-vesse em Roma, na Roma do filme inesquecível – Férias em Roma – com Gregory Peck e Audrey Hepburn. Ou melhor, que o outro mal o vi, só com Audrey Hepburn que com a sua franjinha a caír para a testa, as suas

sabrinas e os seus olhos entre meigos e gozões a mirarem-nos por debaixo das pestanas apaixonou a minha ge-ração. Ainda guardo todos os seus fil-mes entre os meus onde, além dela, só tenho Poirot, 007, o eterno Casablan-ca e os únicos filmes portuguese bons que alguma vez se fizeram – Camões, de Leitão de Barros e António Lopes Ribeiro e os de António Silva, Vasco Santana e Ribeirinho – O Pai Tirano, A Vizinha do lado, O Leão da Estre-la, O Costa do Castelo… e são eles à noite que, à falta de cachimbo, são os meus companheiros de serão. Será pouco mas vai-me chegando.

Férias de Macau… férias já qua-se no fim. Férias pacatas, férias sem histórias e sem história mas, mesmo assim a deixarem saudade quando qualquer dia acabarem.

Paciência – para o ano há mais.

*Docente.Anterior presidentedo Instituto Politécnico de Macau.

• • • CARTOON • • •

JTM/DN

JOSÉ BANDEIRA

Do Dr. Olavo Rasquinho (Presidente da Associação Portuguesa de Meteorologia e Geofísica) recebe-mos o seguinte e-mail que, pelo seu interesse pú-

blicos, transcrevemos na íntegra:“Agradeço que faça chegar ao Prof. Oliveira Dias os

meus cumprimentos pelo excelente artigo “Parabéns Dr. Fong Soi Kun”.

Conheço o Dr. Fong desde 1995 e, como director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de 1996 a 1998 (e tendo Fong Soi Kun como sub-director), posso afirmar que se trata de uma pessoa íntegra e competente. Mais tarde, como Secretário do Comité dos Tufões (2007-2015), continuei a ver o Fong, então como director dos SMG, como uma pessoa muito sensata, embora nem sem-pre estivéssemos de acordo.

O facto de ele não ter içado o sinal 8, aquando da pas-

CARTA AO JORNAL TRIBUNA DE MACAU

SMG seguiu critérioscuidadosamente estudados

sagem do tufão Nida por Macau, foi devido ao facto de o vento persistente não ter atingido o valor estabelecido para esse efeito. Não tenho dados detalhados sobre o tu-fão, mas estou certo que os SMG actuaram conforme as regras estabelecidas, as quais foram criadas seguindo cri-térios cuidadosamente estudados. Se o Fong tivesse içado o sinal 8 de certeza que outras vozes o criticariam...”

Olavo Rasquinho(Presidente da Associação Portuguesa

de Meteorologia e Geofísica)

*Título da responsabilidade do JTM

LUIZOLIVEIRA DIAS *

POSTAIS DAS ILHAS

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Quarta-feira, 24 de Agosto de 201614 JTM | LAZER

• • •MÚSICA

Vilde Frang, a “selvagem” prodígio do violinoA Jovem violinista norueguesa soube ontem que ganhou o prestigiado “Gramophone Award” para a Melhor Gravação do Ano na categoria Concerto

Na sexta-feira festejou 30 anos. Ontem, sou-be que tinha ganho o

Gramophone Award para a Melhor Gravação do Ano na categoria Concerto, onde con-corria com a portuguesa Ma-ria João Pires. Chama-se Vil-de Frang Bjaerke, mas para a arte o último nome não conta.

A gravação em causa é a quinta que faz para a Warner Classics, para quem é artista exclusiva, e contém os con-certos do inglês Benjamin Britten (1913-76) e do aus-tríaco Korngold (1897-1957), datados, respetivamente, de 1939 e de 1945.

Ao vencer o Gramophone, Vilde deixou para trás os ou-tros cinco nomeados: os pia-nistas Maria João Pires e Da-niil Trifonov; o violista Maxim Rysanov e os colegas Chris-tian Tetzlaff e Janine Jansen.

Nomeada com 29 anos, Vilde nem sequer era a mais nova no grupo: Daniil Trifo-nov é cinco anos mais novo e senhor de um percurso igual-mente fulgurante: há três me-ses foi o escolhido para rece-ber o Prémio de Música 2016 da britânica Royal Philhar-monic Society (Maria João Pires também era uma das pré-selecionadas). Aliás, con-siderando os seis nomeados, o maior concorrente de Vilde seria mesmo Trifonov.

Comparada a um elfoNão é incomum ler-se que

Vilde parece uma dessas cria-turas sobrenaturais das mito-logias nórdicas tornadas ul-timamente muito populares devido aos filmes da saga “O Senhor dos Anéis”. E ela tem de facto uma aparência algo

intemporal, reforçada, no seu caso, pelo aspecto ainda mui-to juvenil.

O violino surgiu na sua vida por falta de espaço: como transportar três contrabaixos numa carrinha Volkswagen, além de uma família de quatro pessoas? Foi essa a pergunta que o pai se fez, consideran-do que a filha mais velha já tocava, como ele, o maior ins-trumento de cordas. Daí que recomendou que Vilde esco-lhesse o mais pequeno!

Ensinada primeiro segun-do o método Suzuki, depres-sa se tornou um fenómeno e começou logo a aparecer em concertos e com orquestras. No início da adolescência, Ma-riss Jansons, o grande maestro estónio, convidou-a para ser solista num concerto em que dirigia a Filarmónica de Oslo.

Diga-se, de resto, que Vil-de passou por uma galeria de grandes mestres: Henning Kraggerud, Kolja Blacher, Anna Chumachenko, Anne--Sophie Mutter e Mitsuko Uchida. Mormente as duas úl-timas foram decisivas na sua evolução e no seu lançamento internacional: Mutter tornou--se sua mentora quando Vilde tinha 12 anos e a Fundação que criou apoiou-a, enquan-to Uchida o fez no âmbito da bolsa do Fundo Borletti-Bui-toni, de que é curadora.

Obama para tioNum quiz a que se sub-

meteu, ela disse que Barack Obama seria a figura famosa que escolheria para seu pa-rente (“gostava que ele fosse meu tio”). E explica que o seu nome próprio deriva de “sel-vagem”. Apesar da carreira

que já ostenta, afirma que su-cessos e erros são 50/50 no seu percurso e que é a música que toca e que ouve que lhe conferem um “superpoder”.

Vilde também diz coisas mais estranhas como: “Em con-certo, pensar é o maior inimigo da música. Eu nem sinto que estou a tocar violino”; ou que o seu ideal durante um concerto é “transformar-me eu própria

em música, som, notas.”Confessa desejar “ter estado

mais presente e com mais gos-to” em certas salas onde actuou e que tem por ritual pré-con-certo desligar por completo o telemóvel, que deixa no cama-rim: “É uma das muito poucas ocasiões em que o faço!”

Discografia de ouroFoi ao quinto disco que Vil-

de chegou ao Gramophone. Antes deste, ela já tinha gra-vado três discos de concertos e um programa de recital. Aliás, a sua discografia co-meçou logo de forma ousada, com o emparelhamento do Concerto n.º 1 de Prokófiev e do Concerto de Sibelius (mais três Humoresques deste últi-mo). Seguiu-se um programa de recital com o pianista Mi-chail Lifits, preenchido com obras do compatriota Grieg (Sonata n.º 1), mais a Sonata para violino solo de Bartók e Richard Strauss (Sonata, op. 18) . O terceiro álbum vol-tou a juntar um escandinavo e um russo: o Concerto do dinamarquês Carl Nielsen e o famoso op. 35 de Tchaiko-vsky. Por fim, antes do CD agora premiado, Vilde foi para um registo totalmente diferente, dedicando um CD a Mozart, com os Concertos n.º 1 e n.º 5, mais a Sinfonia Concertante para violino, viola e orquestra. Os seus úl-timos três discos ganharam o Prémio ECHO (principal prémio clássico alemão) para Gravação de Concerto.

O que se seguirá para a “selvagem” Vilde? Ela afirma que gostaria de cruzar expe-riências com outras artes e com músicos não clássicos. Mas sempre com a mesma se-riedade e integridade que põe na arte que tão bem pratica. Vilde não acredita que a mú-sica clássica precise de “per-der a alma” para chegar a pú-blicos novos: “Ela pede-nos um esforço de apreensão, mas depois o que nos oferece em troca é imensamente gra-tificante!”

JTM/DN

• • • ROTEIRO

CANAL MACAU13:00 TDM News (Repetição) 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:45 RTPi Directo 16:45 Liga dos Campeões 2016/2017 Play-off: Roma - Porto (Repetição) 18:15 Era Uma Vez Sr.1 (Repetição) 19:00 Dupla Identidade (Ojos sin Culpa) - Repetição 19:50 Água de Mar 20:30 Telejornal 21:00 Pode um Robot Substituir-me? 21:30 Mentes Criminosas Sr.10 22:10 Dupla Identidade (Ojos sin Culpa) 23:00 TDM News 23:30 Network Negócios 00:15 Telejornal (Repetição) 00:50 RTPi Directo

30 FOX SPORTS13:00 Dutch Eredivisie 2016-17 Weekly Highlights 14:00 Bundesliga 2016-17 Club 15:00 UFC on FOX Sports 16:00 National Icons 16:30 Bundesliga 2016-17 Special Shows 17:00 Clubland 17:30 Sport Confidential 18:00 (LIVE) 2016 AFC LIVE 18:20 (LIVE) 2016 AFC Champions League 20:30 (LIVE) FOX SPORTS Central 21:00 Sport Confidential 21:30 Bundesliga Club Gui-de 22:30 FOX SPORTS Central 23:00 UFC Unleashed 00:00 UFC Epics

31 FOX SPORTS 213:00 MLB Express Boston Red Sox vs Tampa Bay Rays

Número de Socorro 999Bombeiros 28 572 222PJ (Linha aberta) 993PJ (Piquete) 28 557 775PSP 28 573 333Serviços de Alfândega 28 559 944Hospital Conde S. Januário 28 313 731Hospital Kiang Wu 28 371 333CCAC 28 326 300IACM 28 387 333DST 28 882 184Aeroporto 88 982 873/74Táxi 28 283 283Táxi 28 939 939Água - Avarias 28 990 992Telecomunicações - Avarias 28 220 088Electricidade - Avarias 28 339 922Directel 28 517 520Rádio Macau 28 568 333Macau Cable 28 822 866Clube Militar de Macau 28 714 000ANIMA 28 715 732

• • • CÂMBIOS - Info BNUPATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.93 8.03EURO 8.85 8.96YUAN (RPC) 1.190 1.213A programação é da responsabilidade das estações emissoras

CINETEATROS2 The BFG14:30 • 16:45 • 19:15 • 21:30

S3 The Shallows21:30

TORRE DE MACAUSuicide Squad (3D)14:30 • 16:45 • 19:15 • 21:30

GALAXYIce Age 5 : Collision Course (3D)15:10

Jason Bourne (3D)13:10 • 17:45

Mike and Dave Need Wedding Dates13:15 • 14:25 • 18:15

Ben-Hur (3D)14:10 • 20:10 • 00:40

Suicide Squad (3D)13:00 • 16:00 • 17:40 • 18:20 • 20:00 • 23:55

The BFG (3D)14:30 • 16:45 • 17:00

21:00FOX MOVIES

Kingsman:The Secret Service

13:30 IAAF World U20 Championships 2016 15:30 Bad-minton Unlimited 16:00 US Senior Open Championship 2016 Day 3 18:00 PGA Tour Highlights 2016 19:00 Gil-lette World Sport 19:30 PGA Tour Highlights 2016 20:30 MLB Express Kansas City Royals vs Miami Marlins 21:00 US Senior Open Championship 2016 Day 3 23:00 Gillette World Sport 23:30 MLB Express Kansas City Royals vs Miami Marlins 00:00 PGA Tour Highlights 2016

40 FOX MOVIES11:25 Z For Zachariah 13:10 The Karate Kid 15:35 X-Men: First Class 17:50 Jack And Jill 19:25 Infinitely Polar Bear 21:00 Kingsman: The Secret Service 23:15 Easy A 00:55 X-Men: First Class

41 HBO10:40 Troy 13:20 Rescue Dawn 15:20 When The Game Stands Tall 17:20 Free Willy 19:15 Monsters University 21:00 The Gunman 22:55 The Night Of 23:55 Un-friended

51 DISCOVERY CHANNEL12:40 World’s Top 5 13:30 Dual Survival 14:20 How Do They Do It? 14:45 How It’s Made 15:10 FutureWeapons 3 16:00 World’s Top 5 16:50 Kindig Customs 17:40 How Do They Do It? 18:05 How It’s Made 18:30 How It’s Made: Dream Cars 19:20 World’s Top 5 20:10 Dual Survival 21:00 Weather Gone Viral 21:50 Nasa’s Unexplained Files 22:40 Travel Man 23:05 Gadget Man 23:30 Dual Survival 00:20 Built To Survive

54 HISTORY13:00 Ancient Aliens 14:00 Forged In Fire 15:00 United Stuff Of America 16:00 Ancient Aliens 17:00 Storage Wars: Canada 17:30 Storage Wars: Texas 18:00 The Curse Of Oak Island 19:00 Ancient Aliens 20:00 In Search Of Aliens 21:00 Hangar 1: The UFO Files 22:00 Ancient Aliens 23:00 UFO Hunters 00:00 Kings Of Restoration

62 AXN12:55 Cyril: Rio Magic 13:55 The Voice 15:35 Falling Skies 16:30 The Amazing Race 17:25 American Ninja Warrior 18:15 Csi: Crime Scene Investigation 19:10 Hawaii Five-0 20:05 Cyril: Rio Magic 21:05 Csi: Cyber 22:00 Criminal Minds: Suspect Behavior 22:55 The Blacklist 23:50 Criminal Minds: Suspect Behavior00:45 Csi: Cyber

82 RTPI13:30 Manchetes 3 14:02 Palcos Agora 14:36 Portu-gueses Pelo Mundo 15:21 Cozinha Com Amor 15:58 O Preço Certo 15:32 Marco Paulo - 40 Anos de Amor Eterno 17:00 3 às 10 17:31 Got Talent 18:21 Filhos da Nação 18:52gramofone 19:15 Os Nossos Dias 20:00 Jornal da Tarde 21:08 Visita Guiada 21:50 Rota da Flor 22:15 Tributo a... 00:00 Os Nossos Dias 01:00 Portugal em directio 02:02 O Preco Certo 02:51 A Cidade na Ponta dos Dedos 03:00 Telejornal

• • • TELEFONES ÚTEIS

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Quarta-feira, 24 de Agosto de 2016 JTM | LAZER 15

• • •DESCOBERTA

Por vezes, as grandes descobertas acontecem onde menos se espera, e como que por acaso. Foi exacta-

mente isso que sucedeu a um grupo de paleontólogos do Museu Nacional Smi-thonian de História Natural, em Nova Iorque, que descobriu uma nova espécie de golfinho... num caixote que estava de-positado nos acervos do museu desde 1951.

Apesar de ser uma nova espécie para a ciência, aquele golfinho já se extinguiu há muito. No entanto, o achado e os novos conhecimentos que ele vem agora pro-porcionar, podem ser uma chave impor-tante para ajudar a salvar um outro gol-finho que está hoje em risco de extinção: o golfinho de água doce do Sul da Ásia, que é um descendente moderno daquela espécie do passado. Essa é, pelo menos, a esperança de Alexandra Boersma e de Niccholas Pyenson, os dois investigado-res que fizeram a descoberta e que, esta semana, publicaram a descrição da nova espécie na revista científica Peer J.

Esta história começa há mais de 60 anos, quando o geólogo americano Do-nald J. Miller, na altura em missão no Alasca para mapear a região onde hoje se ergue a cidade de Yakutat City, tropeçou num fóssil, um crânio, que ele reconhe-ceu pertencer a um golfinho arcaico.

Cuidadoso, recolheu o achado e le-vou-o para o Museu Smithsonian, em

• • • E AINDA

Fóssil foi encontrado no Alasca há mais de meio século e levado para o museu Smithsonian, em Nova Iorque. Dois paleontólogos resgataram-no agora do armazém

Nova Iorque, onde o depositou, em 1951, com a nota de que se tratava de uma es-pécie de golfinho muito antiga. E o caixo-te lá ficou, em armazém, à espera de que alguém reparasse nele e olhasse melhor para o pedaço de fóssil que ele continha.

Isso só veio a acontecer em Janeiro deste ano, quando Alexandra Boersma e Niccholas Pyenson, que estudam os cetá-ceos marinhos e a sua evolução, decidi-ram analisar aquela peça para perceber onde ela se poderia encaixar no puzzle que eles têm estado a montar para traçar um retrato mais claro da evolução daque-les mamíferos marinhos. Foi assim que lhes saiu o grande prémio.

“É um belo crânio, e foi disso que me apercebi de imediato”, recorda Alexan-dra Boersma, citada num comunicado

Nova espécie de golfinho encontrada em armazém

Beyoncé divulga fotos inéditasdos bastidores das gravaçõesde “Lemonade”A cantora Beyoncé publicou no fim de semana nas redes sociais imagens dos bastidores das gravações de “Lemonade”, vídeo álbum lançado em Abril. Lançada na plataforma Tidal, do rapper Jay Z, “Lemonade” é composto por 12 músicas, cada uma acompanhando um clip que representa os sentimentos de intuição, negação, ira, apatia, vazio, responsabilidade, reforma, perdão, ressurreição, esperança e redenção. Com participações de The Weeknd, Kendrick Lamar, James Blake e Jack White, o álbum tem sido considerado pela crítica como o mais pessoal de toda a carreira da cantora. Segundo a mãe da artista, Tina Knwles, as músicas tratam em parte de um episódio de traição, mas de “forma positiva”. Beyoncé é casada com Jay Z desde 2008.

Irina Shayk ultra-sensualna GQ italianaIrina Shayk posou de forma ultra-sensual para o número de Setembro da GQ italiana. A modelo russa de 30 anos foi entrevistada para a revista por Riccardo Tisci, estilista da Givenchy e fotografada por Mario Sorrenti. «Foi espantoso trabalhar com Mario Sorrenti e ter o Riccardo – que é como família – a entrevistar-me. Foi tão divertido», disse a bela russa.

Amanda Seyfried magnífica na Vogue russaAmanda Seyfried surge absolutamente magnífica no número de Setembro da Vogue russa. No ensaio fotográfico, Amanda Seyfried usa criações de nomes como Celine, Dior e Louis Vuitton, entre outros. A actriz e cantora de 30 anos, ficou famosa pelos seus papéis em Les Miserables e especialmente em Mama Mia, posou para Alexi Lubomirski.

Filomena Naves

do museu Smithsonian. Para ela tornou--se igualmente claro ao primeiro olhar o parentesco daquela espécie arcaica com a dos golfinhos de água doce do Sul do Ásia. E isso tornava o achado ainda mais interessante, “porque poderia ajudar a explicar como uma espécie marinha que viveu há mais de vinte milhões de anos acaba por dar origem uma outra tão par-ticular como a deste raro golfinho asiático de água doce”, como sublinha a investi-gadora.

A datação do fóssil mostra que aquele golfinho de um grupo chamado Platanis-ta – no qual se inclui também o moderno golfinho de água doce asiático – viveu há cerca de 28 a 24 milhões de anos e o nome que os investigadores lhe atribuí-ram, Arktocara yakataga, conta um pou-

co da sua história. Yakataga é o nome que os tinglit, o povo local, dão ao sítio onde Donald Miller o encontrou há 62 anos, e arktocara é uma palavra de origem lati-na que significa rosto do Norte. Afinal, o arktocara é a espécie deste grande grupo de golfinhos encontrado mais a norte no planeta.

Quanto ao seu descendente asiático moderno, que está ameaçado pela po-luição e pelas actividades de pesca e de navegação, e que se tornou tão raro que já só existe em rios como o Ganges ou o Indo, os investigadores esperam que a descoberta da nova espécie possa, com os novos conhecimentos, dar uma ajuda à sua preservação. É nesse sentido que eles próprios vão trabalhar.

JTM/DN

O achado (na foto, junto ao mapa do local onde foi encontrado) pode ser importante para ajudar a salvar o golfinho de água doce da Ásia

Page 16: INQUÉRITO A RESIDENTES DE HONG KONG Governo de … · quer de Crosby, Stills & Nash (CSN). Como, neste caso, será difícil repetir o chavão “a culpa foi da Yoko”, pa-rece legítimo

16 JTM | ÚLTIMA Quarta-feira, 24 de Agosto de 2016 • Fecho da Edição • 23:30 horas

Governo Central confirma atraso da Ponte do DeltaA Comissão para o Desenvolvimento Nacional e Reforma do Governo Central prevês atrasos na construção da Ponte da Delta, que ligará Hong Kong, Zhuhai e Macau. De acordo com o Ou Mun Tin Tói, o atraso tem origem na componente de Hong Kong, que segundo o Executivo da RAEHK apenas estará concluído no fi-nal de 2017, um ano mais tarde que a data prevista. O subdirector da comissão, Hu Zucai, explicou que a construção da Pon-te é um projecto que enfrenta muitas difi-culdades e é uma obra de nível mundial.

Jogo Coreia do Sul-Síriavai ser disputado em MacauA agência sul-coreana de notícias, Yonhap, reve-lou ontem que o jogo entre a sua selecção e a Síria será realizado em Macau, no dia 6 de Setembro. O confronto faz parte da fase final de qualificação asiática para o Mundial de 2018 e vai decorrer no território devido a preocupações de segurança no Médio Oriente. Devido à guerra civil na Síria, o jogo foi marcado para o Líbano, mas a Associação de Futebol da Coreia avançou que a selecção síria pediu a alteração de local e tal pedido foi aceite pela Confederação Asiática de Futebol, depois de conversações com a Associação de Futebol de Ma-cau. Antes do embate com a Síria, os sul-coreano jogam com a selecção chinesa em Pequim a 1 de Setembro. A Coreia do Sul está em 48º lugar no ranking da FIFA, enquanto a Síria está em 105º.

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Cidadão queixa-se de erro médico e pede indemnização ao GovernoWong Kam Weng pro-testou ontem à tarde na Sede do Governo e apre-sentou uma queixa con-tra o Hospital Conde de São Januário por suspei-tar de um caso de erro médico. O cidadão alega que a esposa faleceu de cancro em Abril, devido a uma conduta errada do clínico que a seguia. Após a mulher ter sido submetida a interven-ções cirúrgicas, foram solicitados ao hospital mais exames para garantir que o cancro não regressava. No entanto, obtiveram como resposta apenas uma garan-tia que a patologia não iria voltar a desenvolver-se cinco anos depois da operação. No entanto, mais recentemente os médicos notaram que o cancro se tinha espalhado para os pulmões. De acordo com o “All About Macau”, a paciente faleceu um mês depois de ser novamente operada em Macau, após terem sido detectadas metástases nos pul-mões e no cérebro. Wong Kam Weng entende que a situação foi agra-vada por culpa dos médicos e exortou o Governo a pagar as despesas fúnebres, que avalia em 260 mil patacas.

Obras públicasrebentam canos de águaUm cano de água rebentou ontem à tarde na Rua de Xavier Pereira, nas imediações da Ave-nida de Horta e Costa. O incidente deveu-se a obras públicas e provocou cheias na zona. Depois da reparação por parte da Macao Wa-ter, o fornecimento de água foi retomado, no entanto, a situação não escapou a críticas dos residentes afectados com o acidente.

Filme sobre o Real Madrid com Beckham, Bieber e EastwoodUm novo filme tendo como pano de fundo o Real Madrid deve ser lançado no ano que vem e vai contar com diversos astros do clube, como Cristiano Ronaldo e até o ex--jogador David Beckham, além de estrelas de Hollywood, como Justin Bieber e Clint Eastwood, noticiou ontem o “Daily Mirror’. O filme vai contar a história de um garoto de Los Angeles, personificado por Bieber, tentando ser jogador, que consegue sucesso muito rapidamente. Os produtores do filme desejam contar com o actor e realizador Clint Eastwood para ser o avô do personagem principal. O filme deverá ter um orça-mento 130 milhões de USD, com produção de Harvey Weinstein, um dos fundadores da Miramax, e que ganhou o Oscar com “Shakespeare In Love”.