Inovação e Prospecção Tecnológica

José Angelo Rodrigues Gregolin

UFSCar

27 de outubro de 2010

Sumário

O NIT/Materiais

Inovação

Prospecção Tecnológica

Conclusão

Discussão

Origem do NIT/Materiais

Rede de Núcleos de Informação Tecnológica (CNPQ/PADCT)

UFMGRH

SENAI-SPAutomação

IEL-GOConstr. Civil

SENAI-BAPlásticos

SENAI-RSMobiliário

SENAI-RJ Têxtil

NUTECReg. CE

CETEC Reg. MG

IEL-ES Reg. ES

INTReg. RJ TECPAR

Reg. PR

IPTReg. SP

INPI Patentes

ITALAlimentos

SENAI-RSCouros

IBGMGemas

FIESPDesign

IBICT

(1995)

UFSCarMateriais

IPTNormas

ABIMAQMáquinas

Apoio técnico-gerencial em Tecnologia Industrial Básica

Inovação e Prospecção Tecnológica

IBICT

Experiências do NIT/Materiais em Prospecção Tecnológica

• Materiais (automotivos, aeronáuticos, biodegradáveis, naturais, etc)

• Biotecnologia de interesse para a Amazônia Brasileira

• Tecnologias em energia

• Indústria de fundição

• Resíduos industriais

• Indicadores de Ciência e Tecnologia

Parcerias

• Empresas: Eaton, Vale, Petrobras, 3M, Alcoa, Renault, GM, Sidenor-Villares

• Instituições: FINEP, FAPESP, SUFRAMA, CBA, SENAI-DN, INPE, CTA, CETEC, etc

• P&D: Georgia Tech (USA), Univs. Marseille e Toulon (França), UFRJ

Diversidade de temas e perspectivas: desafio metodológico!

(Estudos realizados pela equipe do Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais - NIT/Materiais doDepartamento de Engenharia de Materiais da UFSCar, vide site www.nit.ufscar.br)

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Exemplo 1: Novos materiais para o interior de aeronaves executivas (pesquisa de mestrado)

Objetivo da pesquisa:Sistematizar seleção de materiais críticos

Grandes desafios:

Requisitos rigorosos(engenharia e regulamentos)

Móveis do interior

(COSTA, 2009)5

+

Necessidades subjetivas do cliente

Exemplo 2 - Estudo para políticas públicas sobre novos materiais do setor aeroespacial

Fatores de Competitividade no Setor

Expectativas dos clientes

Regulamentações

Forças internas das empresas

Políticas públicas

Recomendações

�Importância nos Fatores

�Materiais Relevantes

�Situação Mundial e Brasileira (10 anos)

�Carências e Lacunas

Novos Materiais

Compósitos

Metais

Polímeros

Cerâmicas,

Nanomateriais

Processos

Outros

Capital

Recursos humanos

Interação

Incentivos

Produção

Fornecedores

Outros

7

Exemplo 3 - Tendências em materiais para o setor automotivo (foco em transmissões)

8

Alumínio e Magnésio

Materiais leves

CARCAÇA

Exemplo 3 - Linha do Tempo em materiais em carcaças de transmissões leves (EATON)

Antes de 1980 1980 - 1995 1995 - 2005 Após 2005

Fundição em Matriz (Die Casting)

Tixofundição(Thixocasting)

Compósitos Poliméricos & Polímeros

Ferro Fundido Cinzento

(MUNHOZ JUNIOR, GREGOLIN, FARIA, 2009)

9

Exemplo 3 - Análise de patentes em tecnologias de materiais selecionadas para transmissões

Per

200

100

400

300

600

500

800

700

900N

umbe

r of

Pat

ents

lubrificantes soldagem forjamento compósitos polímerosaço

1829 483 402 273 207611

1986-1990

1991-1995

1996-2000

2001-2005

Em transmissãoEm materiais & processos selecionados

Nº de Patentes(1986 - 2005)

43.0924.905

(MUNHOZ JUNIOR, GREGOLIN, FARIA, 2009)

10

Exemplo 3 - Análise de relacionamentos em patentes: Recobrimentos em componentes de transmissão e benefícios

Componentes automotivos

Benefícios do uso da tecnologia

Associação entre componente e benefício

Espessura da linha de ligação proporcional ao número de patentes que tratam simultaneamente do componente e do benefício

Dimensão do círculo ou do quadrado proporcional ao número de patentes que tratam do componente ou do benefício

Legenda

(MUNHOZ JUNIOR, GREGOLIN, FARIA, 2009)

Inovação

Depende de “1% de inspiração e 99% de transpiração”.

(Thomas Edison, segundo T.H. Hughes)

Processos, Produtos e Serviços para o Mercado!

Fontes de informação para inovação

Pesquisa industrial de inovação Tecnológica – Pintec - 2003

(IBGE, 2005, ARRUDA, VELMULM, HOLLANDA, 2006 )

Problemas e obstáculos enfrentados por empresas inovadoras

2001 a 20031998 a 2000

Pesquisa industrial de inovação Tecnológica – Pintec 2003

(IBGE, 2005, ARRUDA, VELMULM, HOLLANDA, 2006 )

Lei de inovação no BrasilLEI 10.973 - 02.DEZ.2004 - “Lei de Inovação” e DECRETO Nº 5.563 - 11.OUT.2005

Objetivo principal• Incentivar a inovação e a pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, visando a

capacitação, a autonomia tecnológica e o desenvolvimento industrial do País (Art. 1º).

Principais vertentes• Constituição de ambiente favorável às parcerias estratégicas entre as universidades,

institutos tecnológicos e empresas.• Estimulo à participação de instituições de ciência e tecnologia (ICT) no processo de

inovação. • Incentivo à inovação na empresa.

Exemplos de resultados• Núcleos / Agências de Inovação das Universidades e Institutos de Pesquisa• Inovação aberta em grandes empresas• Redes de Inovação (fomentadas pela Fapesp, CNPq, Finep, Petrobras etc)

(vide http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.973.htme http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5563.htm)

Fonte: Palestra “Os Desafios da Inovação na Sociedade do Conhecimento”. São Carlos, 27.05.2009 - T. Canova

Prospecção e Gestão da Inovação

Conceituação sobre Prospecção Tecnológica

Abordagens, métodos e processos para

• Descrever em algum momento futuro a emergência, desempenho, características ou impactos de uma tecnologia,

• Entender as forças que orientam o futuro para dar direção e foco em ações

e mudanças.

Uma abordagem interdisciplinar sobre

relações entre Ciência-Tecnologia-Sociedade e ... sobre o Futuro!

(MIRANDA, ET AL 2004, PORTER, ET AL, 2004, MARTINO, 1993 ) 16

Prospecção tecnológica: diversidade de metodologias

Métodos de análise(Exemplos)

• Análise de cenários• Delphi• Mapeamento tecnológico• Análise de patentes• Análise de ciência e tecnologia• Análise da indústria• Outras análises estratégicas• ... Dezenas de metodologias

específicas• ... Articulação com metodologia

de inteligência competitiva

Técnicas de coleta de informação(Exemplos)

• Consulta a publicações na íntegra (patentes, artigos, folhetos, etc)

• Consulta a registros de bases de dados (títulos, autores, resumos, etc)

• Observação, observação participante

• Realização de entrevistas

• Aplicação de questionários

• Participação, promoção de eventos

• Realização de visitas

• Realização de experimentos, testes piloto, testes em linha

Uma combinação, mais que uma metodologia específica

17 (SANTOS, ET AL. , 2004, FLEISCHER, BENSOUSSAN, 2003, MARTINO, 1993, MILLETT, HONTON, 1991)

Articulação metodológica empregada: Prospecção Tecnológica & Inteligência Competitiva

O Ciclo de Inteligência Competitiva

Informação

Decisões

Estratégias

Antecipação

Prospecção

Inteligência Competitiva: informação analisada para decisão

FULD, 1994

18

Lições relevantes da Inteligência Competitiva

• Como entender o problema (complexo) abordado

• Como planejar

• Como coletar e organizar informação - múltiplas fontes - abrangência e precisão

• A análise como etapa mas também no todo -múltiplas técnicas

• Como apresentar os resultados para decisões

• Como trabalhar em equipe, conhecer perfis de competências, agregar competências

• A indispensável ética nas atividades

Conclusão

Sobre a atuação em prospecção tecnológica e inteligência competitiva:

• É importante a orientação para resolução de problemas complexos (como os atuais), o que requer a articulação de

– Conhecimentos interdisciplinares,

– Múltiplas metodologias

– Pensamento estratégico racional/intuitivo (vide Ohmae, 2004)

• Não basta apenas o conhecimento formal, técnico, também é preciso

– Desenvolver competências (conhecimentos, habilidades, atitudes)

– Valores.

Um grande e motivador desafio!

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Obrigado !gregolin@nit.ufscar.br

Referências

ARRUDA, M., VELMULM, E., HOLLANDA, S. Inovação Tecnológica no Brasil:A indústria em busca da competitividade global. São Paulo: ANPEI -Associação Nacional de Pesquisa, 2006. Disponível em http://www.anpei.org.br/publicacoes/estudos-de-fundo/_2006/estudos-de-fundo-2006/>, Acesso em Setembro de 2010.

CANOVA, Tomas. Os Desafios da Inovação na Sociedade do Conhecimento. In: V CICLO DE PALESTRAS SOBRE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, 2009, São Carlos, UFSCar, p. 39.

COSTA, F. R. Situação atual e perspectivas de utilização de materiais no interior de aeronaves executivas. São Carlos, UFSCar. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Materiais), 2009. Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais, São Carlos, 2009, 124p.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS – DEMa. Curso de Graduação em Engenharia de Materiais. São Carlos: DEMa, UFSCar. Disponível em http://www.dema.ufscar.br/grad/prof.html > Acesso em novembro de 2008.

FLEISCHER, C. S. e BENSOUSSAN, B. E. - Strategic and competitive analysis: methods and techniques for analyzing business competition. Prentice Hall, 2003, 457p.

FULD, L. M. - The new competitor intelligence: the complete resource for finding, analyzing, and using information about your competitors. John Wiley & Sons. 512 p., 1994.

HOFF, D.N., ET AL. Os desafios da pesquisa e ensino interdisciplinares. R B P G, v. 4, n. 7, p. 42-65, julho de 2007.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa industrial de inovação Tecnológica – Pintec 2003. IBGE/Diretoria de Pesquisas. 2005.Disponível em < http://www.pintec.ibge.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=45&Itemid=12>, Acesso em outubro de 2007.

MILLETT, S.; HONTON, E..J. - A manager’s guide to technology forecasting and strategy analysis methods. Battelle Press, 99p., 1991, 99p.

MUNHOZ JUNIOR, D., GREGOLIN, J.A.R , FARIA, L.I.L. Novos materiais para Powertrain: Metodologia para identificação de tendências. In: 7o Seminário SAE Brasil de Powertrain, 2009, Campinas, Anais, Campinas: SAE, 2009, p.1-17.

OHMAE, Kenichi. La mente del estratega. Traducción Roberto Haas Garcia. Madrid: Mc Graw Hill, 2004.

PORTER, A., ET AL. Technology futures analysis: toward integration of the field and new methods. Technological Forecasting & Social Change, v. 71, n. 3, p. 287-303, mar. 2004.

SANTOS, M.M., ET AL. Prospecção de tecnologias de futuro: métodos, técnicas e Abordagens. Parcerias Estratégicas, N. 19, p. 189-229, dez; 2004.

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