freios automotivos

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FIRJAN CIRJ SESI SENAI IEL MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE FREIOS AUTOMOTIVOS SENAI-RJ • Automotiva versão preliminar

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  • FIRJANCIRJSESISENAIIEL

    MANUTENO DESISTEMAS DE

    FREIOSAUTOMOTIVOS

    SENAI-RJ Automotiva

    verso preliminar

  • MANUTENO DESISTEMAS DE

    FREIOSAUTOMOTIVOS

    FIRJANCIRJSESISENAIIEL

  • FIRJAN Federao das Indstrias do Estado do Rio de JaneiroEduardo Eugenio Gouva VieiraEduardo Eugenio Gouva VieiraEduardo Eugenio Gouva VieiraEduardo Eugenio Gouva VieiraEduardo Eugenio Gouva VieiraPresidente

    Diretoria Corporativa OperacionalAugusto Cesar Franco de AlencarAugusto Cesar Franco de AlencarAugusto Cesar Franco de AlencarAugusto Cesar Franco de AlencarAugusto Cesar Franco de AlencarDiretor

    SENAI Rio de JaneiroFernando Sampaio Alves GuimaresFernando Sampaio Alves GuimaresFernando Sampaio Alves GuimaresFernando Sampaio Alves GuimaresFernando Sampaio Alves GuimaresDiretor Regional

    Diretoria de EducaoRRRRRegina Maria de Ftima Tegina Maria de Ftima Tegina Maria de Ftima Tegina Maria de Ftima Tegina Maria de Ftima TorresorresorresorresorresDiretora

  • Rio de Janeiro2002

    MANUTENO DESISTEMAS DE

    FREIOSAUTOMOTIVOS

    FIRJANCIRJSESISENAIIEL

    verso preliminar

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos

    2002

    SENAI Rio de Janeiro

    Diretoria de Educao

    Ficha Tcnica

    Gerncia de Educao Profissional Luis Roberto Arruda

    Gerncia de Produto Automotivo Darci Pereira Garios

    Produo Editorial Vera Regina Costa Abreu

    Pesquisa de Contedo e Redao Corpo docente da Agncia de

    Manuteno Automotiva da

    Unidade Tijuca

    Reviso Pedaggica Neise Freitas da Silva

    Reviso Gramatical e Editorial Mrio lber dos Santos Cunha

    Reviso Tcnica Denver Brasil Pessa Ramos

    Slvio Romero Soares de Souza

    Projeto Grfico Artae Design & Criao

    SENAI Rio de Janeiro

    GEP Gerncia de Educao Profissional

    Rua Mariz e Barros, 678 Tijuca

    20270-002 Rio de Janeiro RJ

    Tel.: (0xx21) 2587-1117

    Fax: (0xx21) 2254-2884

    http://www.rj.senai.br

    Material para fins didticos. Propriedade do SENAI-RJ. Reproduo, total ou parcial, sob expressaautorizao.

  • Sumrio

    12

    3

    4

    Apresentao .............................................................................................. 9

    Uma palavra inicial ...................................................................................... 11

    Introduo .................................................................................................. 15

    Cilindro-mestre e servofreio ..................................................................... 21

    Introduo .............................................................................................................................. 23

    Servofreio (tecnologia) ........................................................................................................ 31

    Substituindo o cilindro-mestre e o servofreio (operao) ....................................... 34

    Cilindro-mestre .......................................................................................... 37

    Introduo .............................................................................................................................. 39

    Cilindro-mestre (tecnologia) ............................................................................................. 40

    Recondicionando o cilindro-mestre (operao) .......................................................... 47

    Freio a tambor............................................................................................ 49

    Introduo ............................................................................................................................. 50

    Tambor de freio (tecnologia) ............................................................................................. 52

    Sapata de freio (tecnologia) ................................................................................................ 55

    Recondicionando o freio a tambor (operao) ............................................................ 61

  • Cilindro auxiliar .......................................................................................... 65

    Introduo .............................................................................................................................. 67

    Cilindro auxiliar (tecnologia) .............................................................................................. 68

    Tubulao de freio (tecnologia) ......................................................................................... 71

    Recondicionando o cilindro auxiliar (operao) .......................................................... 73

    Freio a disco ............................................................................................... 75

    Introduo .............................................................................................................................. 77

    Freio a disco (tecnologia) .................................................................................................... 79

    Recondicionando o freio a disco (operao) ................................................................ 83

    Freio de estacionamento ........................................................................... 85

    Introduo .............................................................................................................................. 87

    Freio de estacionamento (tecnologia) ............................................................................. 88

    Recondicionando o freio de estacionamento (operao) ......................................... 92

    Regulagem de freio .................................................................................... 93

    Introduo .............................................................................................................................. 95

    Curso livre do pedal do freio (tecnologia) ..................................................................... 96

    Regulando o curso livre do pedal do freio (operao) ............................................... 97

    Regulando o freio de servio (tecnologia) ..................................................................... 98

    Regulando o freio de servio (operao ) ...................................................................... 102

    Regulando o freio de estacionamento (tecnologia) ..................................................... 104

    Regulando o freio de estacionamento (operao)...................................................... 105

    Fluido de freio (tecnologia) ................................................................................................ 107

    Sangrando o freio (tecnologia) .......................................................................................... 108

    Sangrando o freio (operao) ............................................................................................ 110

    Anexo: Tabela de converses.................................................................... 113

    Bibliografia .................................................................................................. 119

    5

    6

    7

    8

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Apresentao

    SENAI-RJ 9 9 9 9 9

    Apresentao

    A dinmica social dos tempos de globalizao exige dos profissionais atualizao constante. Mesmoas reas tecnolgicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez mais curtos, trazendo desafiosrenovados a cada dia, e tendo como conseqncia para a educao a necessidade de encontrar novase rpidas respostas.

    Nesse cenrio, impe-se a educao continuada, exigindo que os profissionais busquem atualizaoconstante durante toda a sua vida e os docentes e alunos do SENAI/RJ incluem-se nessas novasdemandas sociais.

    preciso, pois, promover, tanto para os docentes como para os alunos da educao profissional, ascondies que propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar e aprender, favorecendo otrabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre outros aspectos, ampliando suaspossibilidades de atuar com autonomia, de forma competente.

    Considerando estas questes, o presente material aborda os componentes dos sistemas de freiosbem como as inovaes adotadas no mbito deste setor automotivo, visando fabricao de veculosque trafeguem com maior segurana.

    Lembramos a voc a necessidade de estar sempre atento s rpidas mudanas que ocorrem coma modernizao constante dos novos veculos, utilizando, para tanto, outras fontes de consulta,principalmente os manuais de uso e reparaes que acompanham cada novo modelo lanado nomercado.

    Esperamos que os contedos aqui abordados sejam teis ao seu aprendizado e atualizaoprofissional.

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Anexo

    SENAI-RJ 11 11 11 11 11

    Uma Palavra Inicial

    Meio ambiente...

    Sade e segurana no trabalho...

    O que que ns temos a ver com isso?

    Antes de iniciarmos o estudo deste material, h dois pontos que merecem destaque: a relaoentre o processo produtivo e o meio ambiente; e a questo da sade e segurana no trabalho.

    As indstrias e os negcios so a base da economia moderna. Produzem os bens e serviosnecessrios, e do acesso a emprego e renda; mas, para atender a essas necessidades, precisam usarrecursos e matrias-primas. Os impactos no meio ambiente muito freqentemente decorrem do tipode indstria existente no local, do que ela produz e, principalmente, de como produz.

    preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente. Estamos sempreretirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que sobra de volta ao ambientenatural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessrios para produzir bens, altera-se o equilbriodos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos recursos naturais que no so renovveisou, quando o so, tm sua renovao prejudicada pela velocidade da extrao, superior capacidadeda natureza para se recompor. necessrio fazer planos de curto e longo prazo, para diminuir osimpactos que o processo produtivo causa na natureza. Alm disso, as indstrias precisam se preocuparcom a recomposio da paisagem e ter em mente a sade dos seus trabalhadores e da populao quevive ao redor dessas indstrias.

    Com o crescimento da industrializao e a sua concentrao em determinadas reas, o problemada poluio aumentou e se intensificou. A questo da poluia do ar e da gua bastante complexa,pois as emisses poluentes se espalham de um ponto fixo para uma grande regio, dependendo dosventos, do curso da gua e das demais condies ambientais, tornando difcil localizar, com preciso, aorigem do problema. No entanto, importante repetir que, quando as indstrias depositam no solo osresduos, quando lanam efluentes semtratamento emrios, lagoas e demais corpos hdricos, causamdanos ao meio ambiente.

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Uma Palavra Inicial

    1212121212 SENAI-RJ

    O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contnua acumulao de lixo mostram a falha bsicade nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matrias-primas atravs de processosde produo desperdiadores e que produzem subprodutos txicos. Fabricam-se produtos de utilidadelimitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos aterros. Produzir, consumir e dispensar bensdesta forma, obviamente, no sustentvel.

    Enquanto os resduos naturais (que no podem, propriamente, ser chamados de "lixo") so absorvidose reaproveitados pela natureza, a maioria dos resduos deixados pelas indstrias no tem aproveitamentopara qualquer espcie de organismo vivo e, para alguns, pode at ser fatal. O meio ambiente podeabsorver resduos, redistribu-los e transform-los. Mas, da mesma forma que a Terra possui umacapacidade limitada de produzir recursos renovveis, sua capacidade de receber resduos tambm restrita, e a de receber resduos txicos praticamente no existe.

    Ganha fora, atualmente, a idia de que as empresas devem ter procedimentos ticos que considerema preservao do ambiente como uma parte de sua misso. Isto quer dizer que se devem adotarprticas que incluam tal preocupao, introduzindo processos que reduzam o uso de matrias-primase energia, diminuam os resduos e impeam a poluio.

    Cada indstria tem suas prprias caractersticas. Mas j sabemos que a conservao de recursos importante. Deve haver crescente preocupao com a qualidade, durabilidade, possibilidade deconserto e vida til dos produtos.

    As empresas precisam no s continuar reduzindo a poluio como tambm buscar novas formasde economizar energia, melhorar os efluentes, reduzir a poluio, o lixo, o uso de matrias-primas.Reciclar e conservar energia so atitudes essenciais no mundo contemporneo.

    difcil ter uma viso nica que seja til para todas as empresas. Cada uma enfrenta desafiosdiferentes e pode se beneficiar de sua prpria viso de futuro. Ao olhar para o futuro, ns (o pblico,as empresas, as cidades e as naes) podemos decidir quais alternativas so mais desejveis e trabalharcom elas.

    Infelizmente, tanto os indivduos quanto as instituies s mudaro as suas prticas, quandoacreditarem que seu novo comportamento lhes trar benefcios sejam estes financeiros, para suareputao ou para sua segurana.

    A mudana nos hbitos no uma coisa que possa ser imposta. Deve ser uma escolha de pessoasbem-informadas a favor de bens e servios sustentveis. A tarefa criar condies que melhorem acapacidade de as pessoas escolherem, usarem e disporem de bens e servios de forma sustentvel.

    Alm dos impactos causados na natureza, diversos so os malefcios sade humana provocadospela poluio do ar, dos rios e mares, assim como so inerentes aos processos produtivos alguns riscos sade e segurana do trabalhador. Atualmente, acidente do trabalho uma questo que preocupa osempregadores, empregados e governantes, e as conseqncias acabam afetando a todos.

    De um lado, necessrio que os trabalhadores adotem um comportamento seguro no trabalho,usando os equipamentos de proteo individual e coletiva, de outro cabe aos empregadores prover aempresa com esses equipamentos, orientar quanto ao seu uso, fiscalizar as condies da cadeia produtivae a adequao dos equipamentos de proteo.

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Uma Palavra Inicial

    SENAI-RJ 13 13 13 13 13

    A reduo do nmero de acidentes s ser possvel, medida que cada um trabalhador, patroe governo assuma, em todas as situaes, atitudes preventivas, capazes de resguardar a seguranade todos.

    Deve-se considerar, tambm, que cada indstria possui um sistema produtivo prprio e, portanto, necessrio analis-lo em sua especificidade, para determinar seu impacto sobre o meio ambiente,sobre a sade e os riscos que o sistema oferece segurana dos trabalhadores, propondo alternativasque possam levar melhoria de condies de vida para todos.

    Da conscientizao, partimos para a ao: cresce, cada vez mais, o nmero de pases, empresas eindivduos que, j estando conscientizados acerca dessas questes, vm desenvolvendo aes quecontribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa sade. Mas, isso ainda no suficiente...faz-se preciso ampliar tais aes, e a educao um valioso recurso que pode e deve ser usado em taldireo. Assim, iniciamos este material conversando com voc sobre o meio ambiente, sade e seguranano trabalho, lembrando que, no seu exerccio profissional dirio, voc deve agir de forma harmoniosacom o ambiente, zelando tambm pela segurana e sade de todos no trabalho.

    Tente responder pergunta que inicia este texto: meio ambiente, a sade e a segurana no trabalho o que que eu tenho a ver com isso? Depois, partir para a ao. Cada um de ns responsvel.Vamos fazer a nossa parte?

  • Introduo

    1

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Introduo

    SENAI-RJ 17 17 17 17 17

    Introduo

    O aumento da velocidade nos veculos automotores levou a um aperfeioamento dos freios.Entretanto, permanece o princpio bsico de seu funcionamento: um objeto forado contra a roda, eo atrito entre os dois faz o veculo parar.

    Os primeiros freios, usados nas carruagens, consistiam em um bloco de madeira dura que eracomprimido contra a parte externa da roda atravs de uma alavanca.

    Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Freio de carruagem

    Os freios sofreram uma modificao muito importante, quando passaram para o interior da roda.Nesse caso, o freio foi alojado em um corpo cilndrico, chamado tambor de freio, que vai preso roda.

    Passando para dentro do tambor, o freio ficou protegido do barro, da sujeira e de outros materiaisque podem atrapalhar seu funcionamento.

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Introduo

    1818181818 SENAI-RJ

    Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Freio a tambor

    Esse tipo de freio, chamado freio a tambor, ainda muito usado, sendo formado por duas peasmetlicas curvas: as sapatas de freio. Normalmente, as sapatas ficam bem perto da superfcie internado tambor de freio, contra a qual se comprimem, quando o motorista aciona o freio.

    freio em repouso

    freio aplicado

    Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Funcionamento das sapatas

    As sapatas so comprimidas contra o tambor de freio, quando o motorista pisa no pedal do freio. Afora que o motorista aplica no pedal aumentada e levada s sapatas por um dos seguintes sistemas:

    mecnico (por alavancas);

    hidrulico (por presso de lquido);

    pneumtico (por presso de ar);

    hidropneumtico (combinao dos dois tipos anteriores).

    Tais sistemas so detalhados, quanto s suas caractersticas e aplicaes, nas unidades instrucionaisdeste volume.

    Nelas, voc pode estudar, tambm, cada um dos componentes bsicos do sistema de freios, como:

    sapatas tambor

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Introduo

    SENAI-RJ 19 19 19 19 19

    cilindro-mestre: onde fica o fluido de freio, que recebe a fora do pedal e a transmite ao cilindroauxiliar (de roda);

    servofreio: mecanismo usado para reduzir a fora que o motorista precisa aplicar sobre o pedalde freio;

    cilindro auxiliar (de roda): encarregado de receber a presso do leo do cilindro-mestre e dastubulaes, para acionar as sapatas;

    sapata e tambor de freio, j descritos linhas atrs;

    freio a disco: sistema geralmente usado nas rodas dianteiras dos veculos e que apresenta umasrie de vantagens sobre o freio a tambor;

    freio de estacionamento: conjunto mecnico usado para imobilizar o veculo ou como freio deemergncia.

    A fig. 4 permite a voc ter uma idia geral sobre o sistema de freio tpico, usado nos veculos leves,como automveis e utilitrios.

    Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Sistema de freio tpico

    1. pedal de freio

    2. servofreio

    3. reservatrio de leo

    4. cilindro-mestre

    5. tubulaes

    6. freio a disco

    7. alavanca do freio

    de estacionamento

    8. cabos de ao

    9. freio a tambor

    10. interruptor da luz

    de freio

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Introduo

    2020202020 SENAI-RJ

    As operaes que voc vai poder realizar so:

    substituir o cilindro-mestre e servofreio;

    recondicionar o freio a tambor;

    recondicionar o cilindro auxiliar (de roda);

    recondicionar o freio a disco;

    recondicionar o freio de estacionamento;

    regular o freio de servio;

    regular o freio de estacionamento;

    regular o curso livre do pedal de freio;

    sangrar o freio.

  • Cilindro-mestre eservofreio

    2

    Nesta Seo...

    IntroduoServofreio

    Substituindo o cilindro-mestre e o servofreio

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro-mestre e Servofreio

    SENAI-RJ 23 23 23 23 23

    Introduo

    H dois tipos de freio em um veculo:

    freio de estacionamento;

    freio de servio, acionado pelo pedal de freio.

    O freio de estacionamento geralmente mecnico e atua nas rodas traseiras. O freio de serviopode ser de acionamento hidrulico ou pneumtico.

    O sistema mais usado de freio de servio em veculos leves o hidrulico. Nele, o pedal de freioaciona uma bomba hidrulica, que o cilindro-mestre, o qual funciona com o fluido hidrulico, empurradoatravs de tubulaes at os cilindros auxiliares (das rodas).

    No cilindro da roda, o fluido hidrulico move dois mbolos, que acionam peas mveis, para frearas rodas por atrito.

    Nesta unidade, voc pode ver os diversos sistemas de freio de servio, alm do hidrulico, utilizadosnos veculos em geral. Em particular, voc pode analisar, com mais detalhes, os princpios defuncionamento do cilindro-mestre e do servofreio.

    O servofreio ajuda o motorista a acionar o cilindro-mestre no sistema hidrulico. O cilindro-mestretrabalha pela presso aplicada em um lquido, e o servofreio, pela diferena de presso do ar. Presso o resultado da aplicao de uma fora sobre uma superfcie, e seu valor obtido dividindo a foraaplicada pela rea em que essa fora atua.

    Presso =forarea

  • 2424242424 SENAI-RJ

    Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro-mestre e Servofreio

    Com os conhecimentos adquiridos nesta unidade, voc pode compreender o funcionamento docilindro-mestre e servofreio, bem como executar a operao substituir o cilindro-mestre e o servofreio.

    A vlvula de frenagem permite a atuao progressiva no freio, evitando que as rodas se travem derepente.

    H um manmetro no painel do veculo que indica a presso do ar no reservatrio. Nos caminhespesados, alm do manmetro h um sistema de bloqueio do freio que s libera as rodas, quando apresso do ar no reservatrio atinge um limite mnimo. Por isso, o veculo s se movimenta, se osistema de freio pneumtico est em condies de funcionar normalmente.

    Sistema de freio hidrulicoEsse sistema utiliza leo com a finalidade de movimentar as sapatas do freio e, assim, causar a

    frenagem do veculo. Sua constituio bsica mostrada abaixo.

    Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Sistema de freio hidrulico

    FuncionamentoO cilindro-mestre uma bomba hidrulica capaz de enviar o fluido hidrulico, sob presso, atravs

    de tubulaes rgidas e flexveis, at os cilindros auxiliares.

    pedal de freio

    reservatrio de leo

    cilindro-mestre

    tubulaes

    cilindro do freioauxiliar da roda

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro-mestre e Servofreio

    SENAI-RJ 25 25 25 25 25

    Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Circuito hidrulico

    Os cilindros auxiliares acionam as sapatas do freio, que, por sua vez, vo-se atritar com a superfciede frenagem dos tambores ou dos discos, ocasionando a diminuio da velocidade ou a parada total doveculo.

    No momento em que as sapatas se encostam na superfcie de frenagem, ocorre a multiplicao dafora aplicada no cilindro-mestre.

    Essa multiplicao se d:

    a) porque o fluido hidrulico transmite uma presso em todo o seu volume (princpio de Pascal);

    b) a rea do mbolo do cilindro da roda maior que a rea do mbolo do cilindro-mestre.

    Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Esquema de funcionamento

    Acontece que o fluido de freio incompressvel, ou seja, quando ele comprimido pelo mbolo docilindro-mestre, seu volume no diminui.

    100kg

    10cm210kg1cm2

    1. pedal de freio

    2. cilindro-mestre

    3. cilindro da roda

    4. sapatas do freio

  • 2626262626 SENAI-RJ

    Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro-mestre e Servofreio

    Ento, o que ocorre que, a um grande deslocamento do pedal do freio e do mbolo do cilindro-mestre, corresponde um deslocamento bem menor do mbolo do cilindro auxiliar.

    Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Esquema de funcionamento

    Concluso

    O que se ganha em fora perde-se em curso til nos cilindros auxiliares.

    por isso que no se devem utilizar elementos de um sistema projetado para um veculo em outroveculo de marca e modelo diferentes. Pode, inclusive, ocorrer que mesmo pressionando o pedal defreio at o fim o deslocamento do mbolo no cilindro auxiliar seja insuficiente para provocar afrenagem do veculo.

    Em alguns veculos, o interruptor da luz de freio instalado no cilindro-mestre, sendo acionado pelapresso do fluido do freio.

    Tipos de sistema hidrulico

    Os sistemas de freio hidrulico podem ser:

    simples;

    de circuito duplo;

    de circuito duplo em diagonal.

    No sistema simp1es, o cilindro-mestre tem um nico mbolo, que,acionado pelo pedal do freio, faz atuaros cilindros auxiliares das quatro rodas.

    Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Sistema simples

    cilindro-mestre

    reservatrio de leo

    pedal do freio

    tubulaescilindro do freioauxiliar da roda

    100kg10cm2

    10kg1cm2

    10cm

    1cm

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro-mestre e Servofreio

    SENAI-RJ 27 27 27 27 27

    No sistema de circuito duplo, o cilindro-mestre tem dois mbolos. Um deles aciona os cilindrosauxiliares das rodas dianteiras, e o outro, os cilindros das rodas traseiras.

    Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Sistema de circuito duplo

    No sistema de circuito duplo diagonal, o cilindro-mestre tambm possui dois mbolos: um comandaa roda dianteira direita junto com a roda traseira esquerda; o outro freia as rodas dianteira esquerda etraseira direita.

    Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Sistema de circuito duplo diagonal

    Os sistemas de freio de circuito duplo oferecem mais segurana: se um circuito falhar, o veculopoder ser frenado pelo outro circuito.

    O cilindro-mestre duplo com alarme, alm de acionar dois circuitos hidrulicos independentes, podedar um sinal de advertncia, quando h desequilbrio de presso entre eles. Esse sinal adverte omotorista sobre a condio anormal dos freios e pode ser visual ou auditivo (lmpada, cigarra, etc.).

    O sistema de circuito duplo em diagonal tem uma vantagem adicional: impede que o veculo fuja datrajetria e se desloque lateralmente.

    para os freiosdianteiros

    para os freiostraseiros

  • 2828282828 SENAI-RJ

    Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro-mestre e Servofreio

    pedal

    diafragma

    haste de comandodo cilindro-mestre

    f _ fora aplicada pelo motorista

    no pedal

    F _ fora sobre o diafragma

    devido ao ar comprimido.

    A fora total a soma

    de f e F

    Sistema hidropneumticoNesse sistema, o motor aciona um compressor. O ar comprimido armazenado em um reservatrio.

    De l, segue para a cmara de ar do hidropneumtico atravs de uma vlvula.

    A vlvula de ar comprimido aberta por meio do balancim de comando, quando o pedal de freio acionado.

    Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Sistema hidropneumtico

    Ao entrar na cmara de ar, o ar comprimido aciona o diafragma e a haste de comando do mbolodo cilindro-mestre. Tal fora soma-se fora aplicada sobre o pedal de freio. Por esse motivo, oesforo do motorista sobre o pedal de freio, para frear o veculo, pode ser menor que o normal.

    Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Diagrama de acionamento

    cilindro-mestre

    entrada de arcomprimido

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro-mestre e Servofreio

    SENAI-RJ 29 29 29 29 29

    Cessada a fora aplicada no pedal, a vlvula fecha a entrada de ar comprimido para a cmara. Aomesmo tempo, abre-se uma passagem para a sada do ar existente.

    Fig.10 Fig.10 Fig.10 Fig.10 Fig.10 Cilindro-mestre e servofreio

    Esse sistema misto, porque:

    at o cilindro-mestre o acionamento pneumtico;

    desse ponto em diante, o funcionamento hidrulico.

    Sistema ABS + ASRTrata-se de um moderno sistema de freios que controla as rodas de veculos leves e pesados, para

    garantir uma frenagem sem o bloqueio das rodas e mantendo sua aderncia ao solo.

    O sistema ABS de antibloqueio de rodas controla eletronicamente a velocidade da roda. Essecontrole feito a partir de impulsos recebidos de um sensor, colocado junto a uma roda dentada e quegira na mesma rotao que a roda do veculo.

    Fig. 11 Fig. 11 Fig. 11 Fig. 11 Fig. 11 Sistema de freio ABS

    balancim de comandodiafragma

    molacilindro-mestre

    haste de comando dombolo do cilindro

    vlvula de entrada de ar

    entrada de ar comprimidotampo

    exterior

    vlvula magntica

    eletrnica

    sensor

    roda dentada

  • 3030303030 SENAI-RJ

    Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro-mestre e Servofreio

    As informaes sobre o movimento das rodas so transmitidas unidade eletrnica; ultrapassadosos valores de escorregamento desejveis, acionada uma vlvula magntica, que reduz, limita ouaumenta a presso no cilindro de freio. Dessa forma, mantm-se a aderncia da roda ao piso epermite-se uma frenagem segura a todas as rodas e, conseqentemente, ao veculo.

    A partir do ABS, foi desenvolvido o sistema de regulagem antideslizante ASR com a introduo decomponentes no freio, motor e sistema eletrnico. Esse equipamento controla o torque transmitido aoveculo, garantindo capacidade de trao e estabilidade direcional ao veculo em condies desfavorveisde aderncia.

    Quando uma das rodas tende a patinar, o comando eletrnico intervm na rotao dessa roda,aumentando ou aliviando a presso no respectivo freio por meio de suas vlvulas diferencial e magntica.Se as duas rodas tracionadas ameaam patinar, o sistema atua atravs do controle de rotao domotor. A funo exercida por um motor eltrico linear, colocado junto bomba injetora e quefunciona independentemente da presso exercida no pedal do acelerador.

    Restabelecidas as condies ideais de aderncia, o ASR comea a liberar freios e motor do seucontrole. A regulagem antideslizante freio/motor simultnea, quando a diferena da velocidade daroda de trao em relao no-tracionada superior a 10km/h. A funo da regulagem especficapelo motor foi estabelecida para velocidades superiores a 25km/h.

    Quadro 1: Manuteno do cilindro-mestre

    Defeitos Causas

    Vazamento de fluido Gaxeta secundria danificada

    Corpo do cilindro riscado ou corrodo

    Conexes corrompidas

    Cilindro-mestre inoperante Gaxeta primria danificada

    Vlvula de reteno defeituosa

    Cilindro corrodo

    Orifcios obstrudos

    Penetrao de p no cilindro Coifa rasgada

    Pedal muito baixo

    (veculo com circuito duplo)Um dos circuitos est inoperante

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    Servofreio

    Tecnologia um dispositivo instalado entre o cilindro-mestre e o pedal de freio, para permitir ao motorista frear

    o veculo com menor esforo fsico.

    O servofreio usa um diafragma colocado entre duas cmaras, que funciona por diferena de pressoatmosfrica entre elas.

    A cmara est ligada ao coletor de admisso do motor atravs da vlvula de reteno.

    Fig. 12 Fig. 12 Fig. 12 Fig. 12 Fig. 12 Servofreio

    O motor aspira o ar do interior do servofreio e, com isso, produz-se vcuo nas duas cmaras. Odiafragma fica em equilbrio.

    cmara de ar traseira

    vlvula de reteno

    motor mangueira

    diafragma

    cmara de ar dianteira

  • 3232323232 SENAI-RJ

    Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro-mestre e Servofreio

    Quando o pedal de freio acionado, a cmara traseira admite ar atravs da vlvula atmosfrica.Como h vcuo na cmara dianteira e ar na traseira, por diferena de presso o diafragma empurradopara a frente.

    Dessa forma, o diafragma move a haste de acionamento do cilindro-mestre, somando sua ao fora aplicada sobre o pedal. Por isso, o motorista no necessita fazer muito esforo fsico sobre opedal do freio.

    com servofreio

    sem servofreio

    Fig. 13 Fig. 13 Fig. 13 Fig. 13 Fig. 13 Cilindro-mestre

    A fig. 13 mostra que a fora F1, que o motorista necessitaria fazer sem o servofreio, fica divididaentre F (fora feita pelo diafragma) e f (pequena fora que necessrio aplicar no pedal). Na falta devcuo, a haste de acionamento e o extensor do pedal funcionam juntos mecanicamente, ou seja, umempurra o outro, acionando o cilindro-mestre sem reduo do esforo fsico do motorista.

    Fig. 14 Fig. 14 Fig. 14 Fig. 14 Fig. 14 Diagrama de servofreio

    F (fora total)F2 (diafragma)

    F1 (pedal)

    F = F1 F2

    F

    f

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    Enquanto o pedal de freio mantido em uma mesma posio, o servofreio fica em equilbrio: no hentrada de ar ou de vcuo que alivie ou aplique mais carga no cilindro-mestre. Isso ocorre porque avlvula de baquelita fica fechada em suas duas passagens, interna e externa.

    Fig. 15 Fig. 15 Fig. 15 Fig. 15 Fig. 15 Servofreio

    Ao desaplicar a carga do pedal, a passagem de vcuo aberta imediatamente. O ar da cmaratraseira extrado para a cmara direita e para o coletor de admisso do motor. A passagem de arpermanece fechada, e a mola de retorno do diafragma leva-o sua posio original.

    Fig. 16 Fig. 16 Fig. 16 Fig. 16 Fig. 16 Servofreio

  • 3434343434 SENAI-RJ

    Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro-mestre e Servofreio

    Substituindo o cilindro-mestre e oservofreio

    OperaoSubstituir o cilindro-mestre e o servofreio a operao que se executa, quando se faz necessrio

    reparar ou substituir essas peas ou sistemas auxiliares. , tambm, realizada para facilitar a execuode outras tarefas.

    Ordem de execuo1. Desfaa as ligaes do cilindro-mestre e do servofreio.

    Observaes

    Desenrosque todas as conexes e afaste os tubos.

    Consulte o manual do fabricante.

    Evite que o fluido de freio atinja seus olhos e a pintura do veculo.

    2. Remova o cilindro-mestre do servofreio.

    Observao

    Ao retirar os parafusos, segure o cilindro com uma das mos, evitando que ele caia.

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    3. Instale o cilindro-mestre.

    Observaes

    Introduza a haste de acionamento no cilindro.

    Apenas encoste os parafusos de fixao. No d, ainda, o aperto final.

    4. Refaa as ligaes do cilindro-mestre e do servofreio.

    Observao

    Nos primeiros fios de rosca, as conexes dos tubos rgidos devem ser roscadas com a mo.

    5. Aperte todos os parafusos e conexes.

    Observao

    Consulte o manual do fabricante.

  • Cilindro-mestre

    33333

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    Introduo

    Cilindro-mestre

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    Introduo

    O cilindro-mestre uma pea vital no sistema de freio hidrulico, funcionando como bomba hidrulica,o que o torna sujeito a muitas formas de desgaste. por isso que deve ser desmontado e inspecionadoem revises peridicas ou nas falhas do sistema de freios.

    Nesta unidade de ensino, voc pode estudar a estrutura, funcionamento e tipos de cilindro-mestre.Vai poder, tambm, realizar a operao recondicionar o cilindro-mestre.

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    Cilindro-mestre

    Tecnologia

    Constituio e funcionamento

    O cilindro-mestre tem os componentes indicados na fig. 1.

    1. depsito

    2. tampa

    3. assento de vlvula de

    reteno

    4. vlvula de reteno

    5. mola

    6. gaxeta

    7. mbolo

    8. cilindro

    9. haste de acionamento

    10. coifa

    11. gaxeta

    Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Cilindro-mestre com depsito

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    O depsito alimenta o cilindro com fluido de freio, podendo formar uma s pea com o cilindro ouestar separado dele.

    Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Cilindro-mestre e depsito separados

    A tampa do depsito tem um orifcio que vincula seu interior com a presso atmosfrica. Umdefletor, colocado na tampa, impede a sada do fluido.

    FigFigFigFigFig. 3 . 3 . 3 . 3 . 3 Tampa do depsito

    Em alguns sistemas, a tampa possui uma membrana de borracha que impede o contato do fluido defreio com o ar. Esse isolamento para evitar que o fluido (que higroscpico) absorva a gua contidano ar.

    FigFigFigFigFig. 4 . 4 . 4 . 4 . 4 Tampa com membrana de borracha

    defletor

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    Ao pisar no pedal de freio, aplica-se uma fora na haste de acionamento, a qual move o mbolodentro do cilindro. Com o movimento do mbolo, pequena quantidade de fluido de freio passa para odepsito atravs do furo de compensao (retorno), o que garante que a aplicao do freio comece deforma gradual.

    Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Cilindro-mestre

    Em seguida, a gaxeta primria fecha o furo de compensao (retorno). Assim, o mbolo vaiempurrando o fluido da cmara de servio para o sistema, atravessando a vlvula de reteno (vlvulade presso residual).

    O fluido aciona os cilindros auxiliares que empurram as sapatas, encostando-as no tambor. A partirdesse momento, o fluido estar transmitindo presso desde o cilindro-mestre, passando pelas tubulaes,at o cilindro auxiliar de cada roda. Ir, ento, comprimir as sapatas contra o tambor, para frear oveculo.

    Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Cilindro hidrulico

    Enquanto o fluido est sendo empurrado para as rodas, a gaxeta primria (em forma de copo)impede seu retorno da cmara de servio para a cmara de compensao. A gaxeta secun-dria,instalada na ranhura do mbolo, evita a fuga de fluido da cmara de compensao.

    furo de compensao(retorno)

    furo de alimentao

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    Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Cilindro-mestre

    Soltando o pedal do freio, permite-se que as molas de recuperao das sapatas voltem suaposio original. Com isso, o fluido de freio forado a voltar cmara de servio. Como a vlvula dereteno impede a sua passagem, o fluido retorna entre ela e sua sede.

    Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Cilindro-mestre

    Ao cessar o esforo do pedal, o mbolo volta posio de repouso pela ao da mola. Devido ao da vlvula, o fluido no consegue retornar com a mesma rapidez que o mbolo.

    Forma-se, ento, uma regio de pouca presso (depresso) do fluido na cmara de servio. Agaxeta primria dobrada por essa queda de presso. Assim, a gaxeta primria permite que o fluido,situado atrs dela, passe pelos furos da cabea do mbolo e encha o espao vazio.

    mbolo

    gaxeta secundria

    gaxeta primria

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    4444444444 SENAI-RJ

    Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Cilindro-mestre

    O fluido que vem do depsito pelos furos da cabea do mbolo junta-se com o que vem das rodas,que aumenta o volume de fluido na tubulao, provocando a aplicao parcial dos freios. Para evitarque isso acontea, o excesso de fluido volta ao depsito atravs do furo de retorno do cilindro-mestre.

    Fig. 10 Fig. 10 Fig. 10 Fig. 10 Fig. 10 Cilindro-mestre

    O furo de retorno serve, tambm, para compensar o volume do fluido na cmara de servio,quando alterado pela ao do calor.

    Passando para a cmara de servio, o fluido mantm o sistema em condies de nova aplicaodos freios. A vlvula de reteno e a mola do mbolo mantm pequena presso hidrulica nas tubulaese cilindro de roda, quando o freio no est aplicado. a presso residual do sistema, cuja finalidade evitar a entrada de ar nas tubulaes atravs das gaxetas dos cilindros auxiliares.

    Nos veculos atuais, o cilindro-mestre instalado acima dos planos dos cilindros auxiliares. Por isso,a presso residual feita pela ao da gravidade, sem a necessidade de vlvula residual.

    O ci1indro-mestre duplo proporciona a frenagem do veculo, fazendo as rodas traseiras e dianteirasatuarem de forma independente. Nesse tipo de cilindro, ao aplicar fora sobre o pedal de freio, provoca-se o deslocamento do mbolo primrio.

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    Fig. 11 Fig. 11 Fig. 11 Fig. 11 Fig. 11 Cilindro-mestre

    Tal deslocamento forma presso na cmara com a qual o mbolo primrio se liga e aciona ocircuito dos freios traseiros.

    Com o aumento da presso na referida cmara, a carga da mola secundria vencida. Desloca-se,ento, o mbolo secundrio, para criar presso na cmara que fica sua esquerda. Essa pressoaciona o circuito dos freios dianteiros.

    Ocorrendo uma deficincia hidrulica no circuito dianteiro, o mbolo secundrio, sem encontrarresistncia, encosta-se no fundo da carcaa do cilindro. Forma-se presso na cmara B, acionando,assim, o circuito dos freios traseiros. A gaxeta do mbolo secundrio evita a evaso da presso parao circuito defeituoso.

    Fig. 12 Fig. 12 Fig. 12 Fig. 12 Fig. 12 Cilindro-mestre

    gaxeta dombolo secundrio

    mbolo secundrio

    pressocircuito dosfreios dianteiros

    mbolosecundrio

    cmaracmara

    mboloprimrio

    molasecundria furo

    furo

    para os freiosdianteiros

    para os freiostraseiros

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    Quando ocorre perda de presso do circuito traseiro, o mbolo primrio, sem encontrar presso,encosta-se no mbolo secundrio, deslocando-o e formando presso na cmara A. Dessa forma, acionado o circuito dos freios dianteiros. A perda de presso para o circuito defeituoso evitada pelagaxeta do mbolo secundrio.

    Fig. 13 Fig. 13 Fig. 13 Fig. 13 Fig. 13 Cilindro-mestre

    gaxeta de mbolosecundrio

    mbolo secundrio

    circuito dosfreios dianteiros

    presso

    mbolo primrio

    AAAAA

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    Recondicionando o cilindro-mestre

    OperaoEsta operao executada, quando se faz a manuteno preventiva ou corretiva do cilindro-

    mestre.

    Ordem de execuo

    1. Desmonte o cilindro-mestre.

    Observao

    Fixe o cilindro-mestre na morsa, usando o suporte apropriado.

    2. Limpe os elementos do cilindro-mestre.

    Observaes

    Utilize fluido de freio ou lcool para limpeza.

    Seque os elementos com jatos de ar.

    Use culos de segurana.

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    3. Inspecione todos os elementos do cilindro-mestre.

    Observaes

    Refaa o brunimento dos cilindros, se for necessrio.

    Verifique a folga entre o mbolo e o cilindro, se preciso.

    Verifique se os orifcios de comunicao esto limpos. Use jatos de ar, para desobstru- los.

    Substitua o cilindro que tiver as paredes internas riscadas.

    Substitua os elementos danificados do cilindro.

    4. Monte o cilindro-mestre.

    Observao

    Consulte o manual do fabricante.

  • FFFFFreio a tamborreio a tamborreio a tamborreio a tamborreio a tambor

    4

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    Introduo

    Tambor de freio

    Sapata de freio

    Recondicionando o freio a tambor

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    Introduo

    As sapatas de freio so peas curvas fabricadas em ao laminado, ferro fundido ou ligas de alumnio.Trabalham aos pares nas rodas que tm freio a tambor (geralmente as rodas traseiras dos veculos).

    As sapatas de freio possuem um revestimento feito de material prensado, no-metlico, que recebeo nome de guarnio da sapata.

    As guarnies so presas s sapatas por meio de rebites ou colagem. So feitas de material queapresenta grande aderncia, quando comprimido contra a parte interna do tambor de freio. Dessaforma, quando as sapatas so foradas contra o tambor, so as guarnies que se atritam com asuperfcie de frenagem, para diminuir a velocidade da roda ou imobiliz-la.

    As guarnies devero ser substitudas, quando estiverem gastas. O tambor de freio tambm deveser verificado e substitudo, se necessrio.

    Nesta unidade instrucional, voc pode obter informaes tecnolgicas sobre o freio de roda epoder realizar a operao recondicionar o freio a tambor.

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    5252525252 SENAI-RJ

    Tambor de freio

    TecnologiaO tambor de freio uma pea de formato cilndrico, fabricada de ferro fundido.

    FigFigFigFigFig. 1 . 1 . 1 . 1 . 1 Tambor de freio

    uma das peas responsveis pelo freamento das rodas e, portanto, do veculo, situando-se naspontas dos eixos dos veculos.

    A fixao do tambor de freio feita por meio de parafusos de fixao das rodas, como se v nafig. 2.

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    FigFigFigFigFig. 2 . 2 . 2 . 2 . 2 Tambor de freio e cubo

    O tambor de freio tambm pode estar fundido com o cubo da roda, formando uma nica pea.

    FigFigFigFigFig. 3 . 3 . 3 . 3 . 3 Tambor de freio

    A parte interna do tambor de freio chamada de superfcie de frenagem. contra essa superfcieque as guarnies de freio so pressionadas pelas sapatas.

    FigFigFigFigFig. 4 . 4 . 4 . 4 . 4 Tambor de freio

    guarnies de freio

    cilindro-mestre

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    O atrito entre as guarnies, que revestem as sapatas, e a superfcie de frenagem do tamborprovoca o freamento da roda. Para uma boa atuao, a superfcie de frenagem deve apresentar umacabamento tipo alisado, obtido por usinagem.

    FigFigFigFigFig. 5 . 5 . 5 . 5 . 5 Tambor de freio

    O tambor de freio uma pea pesada, feita de ferro fundido. Por essa razo, contribui paraaumentar o peso do veculo e fazer com que ele leve mais tempo para aumentar ou diminuir develocidade.

    superfcie defrenagem

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    SENAI-RJ 55 55 55 55 55

    Sapata de freio

    TecnologiaA sapata de freio o componente do freio de roda, deslocado pelo cilindro auxiliar, sendo revestida

    por uma guarnio que, em contato com a superfcie de frenagem, diminui a velocidade da roda ou aimobiliza.

    As guarnies atualmente em uso so dos seguintes tipos: tecidas, moldadas e fabricadas embloco. Podem ser fixadas s sapatas por:

    colagem;

    rebitagem;

    vulcanizao com cimento especial tratado termicamente.

    Para a fabricao de guarnies de sapatas de freios, empregam-se amianto (asbesto), borrachanatural ou sinttica, resinas, leos secantes, carvo, bronze, zinco, chumbo e vrios outros produtos.

    Esses materiais so recozidos, tratados e vulcanizados por meio de calor e presso, para se obteremdesenhos, textura, dureza, caractersticas de atrito, etc.

    As guarnies devem possuir, principalmente, as seguintes caractersticas:

    coeficiente de atrito constante durante todo o tempo de sua durao em servio;

    recuperao completa dos efeitos da gua e do leo que venham acidentalmente a atingi-las;

    resistncia compresso;

    adaptao aos tambores de freio;

    no produzir riscos no tambor;

    qualidade controlada durante a fabricao;

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    5656565656 SENAI-RJ

    no produzir rudos durante a aplicao dos freios;

    no deslizar no tambor;

    durao prolongada.

    da maior importncia usar guarnies de boa qualidade nos servios de recondicionamento defreio, porque ele influi decisivamente na segurana do veculo. Todas as vezes em que se substituir aguarnio de uma sapata, dever-se- substituir a de todas as outras, pois, aproveitando alguma delas,mesmo que parea se encontrar em bom estado, compromete-se a distribuio correta da potncia defrenagem pelas diversas rodas do veculo.

    A substituio de guarnies consiste em retirar a guarnio desgastada e colocar uma nova. Paracravar novas guarnies nas sapatas, deve-se selecionar, cuidadosamente, o rebite que se vai usar.

    Os rebites mais usados atualmente so de lato ou alumnio, que, entre outras vantagens, produzempouco dano, se entrar em contato com o tambor por causa do desgaste da guarnio.

    A cabea do rebite deve ficar a dois teros da espessura da guarnio, e o dimetro do seu corposer igual ao do furo da sapata. Na figura a seguir, vemos um exemplo de guarnio de 4,8mm deespessura e um furo de 4,8mm de dimetro neste caso, a cabea do rebite deve ficar a 3,2mm deprofundidade, e o dimetro do rebite ser de 4,8mm.

    Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Esquema de fixao de guarnio das sapatas

    2/3 da espessurado forro

    dimetro

    Forro do freioForro dassapatas

    4,8mm3,2mm

    1,6mm

    4,8mm de

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    SENAI-RJ 57 57 57 57 57

    As sapatas so instaladas em um disco de ao chamado prato de freio, localizado junto ao tamborde freio.

    Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Prato de freio

    Montado no prato de freio, tambm est o conjunto anti-rudo. Sua funo impedir a vibrao dassapatas durante a frenagem, comprimindo-as contra o prato de freio.

    Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Prato de freio

    Quando o freio desaplicado, as sapatas retornam posio de repouso pela ao das molasrecuperadoras.

    Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Molas recuperadoras

    molas recuperadas

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    A fig. 5 mostra os principais componentes do freio de roda, incluindo sapatas, guarnies, molasrecuperadoras, conjunto anti-rudo, cilindro auxiliar, tambor e prato de freio.

    Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Componentes do freio

    Tipos de freio a tamborOs freios a tambor so classificados de acordo com a montagem das sapatas no prato de freio.

    Assim, eles podem ser feitos de sapatas de ancoragem fixa, de duplo comando (ou dplex) e desapatas flutuantes.

    Sapatas de ancoragem fixaAs sapatas de ancoragem fixa so acionadas por um cilindro auxiliar apenas. Cada sapata tem um

    ponto fixo de ancoragem, em torno do qual se articula. A extremidade da sapata ligada ao cilindroauxiliar chama-se cabeceira mvel.

    Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Sapatas

    guarnioregulador

    pino de retenodas sapatas

    sapata

    cilindroauxiliar

    conjuntosdas molas deretenodas sapatas

    tambor de freio

    1. cabeceira mvel

    2. ponto de ancoragem

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    H uma diferena de funcionamento entre as duas sapatas. Quando o veculo est se movendopara a frente e os freios so acionados, uma das sapatas sofre maior esforo. a sapata primria,arrastada pelo tambor de freio, j que sua articulao se d no sentido do giro da roda.

    Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Esquema de esforo sofrido pelas sapatas

    Para compensar esse maior esforo e desgaste que a sapata primria sofre, as guarnies dassapatas so diferentes quanto ao comprimento, material ou posio em relao ao cilindro auxiliar.

    Sapatas de duplo comandoAs sapatas de duplo comando (ou dplex) tm, cada qual, um ponto de ancoragem e um cilindro

    auxiliar. Nesse caso, ambas as sapatas sofrem o mesmo esforo, porque o sentido do giro do tambor da cabeceira mvel para o ponto de ancoragem.

    Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Sapata de duplo comando

    1. cilindro auxiliar

    2. cabeceira mvel

    3. ponto de ancoragem

    4. sentido do giro do tambor

    articulaoda sapata sentido do giro da roda

    sapataprimria

    sapatasecundria

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    Sapatas flutuantesAs sapatas flutuantes no tm um ponto fixo de ancoragem. Comprimidas por uma mola, assentam-

    se nas extremidades do parafuso de regulagem.

    Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Sapata fluante

    O parafuso de regulagem permite aproximar ou afastar as sapatas da superfcie de frenagem dotambor de freio.

    Quando o freio aplicado, a sapata primria arrastada pelo tambor. A sapata primria empurraa secundria atravs do parafuso de regulagem. A sapata secundria tambm arrastada pelo tambor.Nesse caso, a sapata secundria recebe maior presso que a sapata primria, e, por essa razo, aguarnio da sapata secundria deve ser maior que a da sapata primria.

    Fig. 10 Fig. 10 Fig. 10 Fig. 10 Fig. 10 Sapata flutuante

    Para que haja equilbrio de atuao das sapatas, h diferenas quanto ao comprimento, material ouposio das guarnies em relao ao cilindro auxiliar.

    1. ponto de ancoragem flutuante

    2. mola que comprime as sapatas contra o

    parafuso de regulagem

    3. parafuso de regulagem

    1. rotao do tambor

    2. arraste da sapata primria

    3. a sapata primria empurra a secundria

    4. sapata secundria arrastada pelo tambor

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio a Tambor

    SENAI-RJ 61 61 61 61 61

    Recondicionando o freio a tambor

    OperaoEssa operao consiste em remover as sapatas de freio, o que realizado quando h necessidade

    de substituir as suas guarnies ou nos trabalhos de recondicionamento do freio a tambor.

    Ordem de execuo1. Retire o tambor de freio.

    2. Retire as sapatas de freio.

    Observao

    Use a ferramenta apropriada.

    3. Limpe os elementos do freio da roda.

    Por questo de segurana, use apenas pincel, para efetuar a limpeza.

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio a Tambor

    6262626262 SENAI-RJ

    4. Inspecione as sapatas, guarnies e tambor de freio.

    Observaes

    Peas defeituosas devem ser reparadas ou substitudas.

    A ovalizao do tambor deve ser verificada com o instrumento apropriado.

    5. Remova as guarnies do freio.

    Observao

    Utilize o equipamento apropriado.

    6. Limpe a superfcie de assentamento da guarnio.

    7. Corrija as irregularidades dos furos de cravao.

    8. Crave as guarnies nas sapatas de freio.

    Observaes

    Faa a rebitagem partindo do centro da guarnio para as extremidades.

    Nos veculos pesados, as guarnies do freio, depois de instaladas, so retificadas no local, paramelhorar seu assentamento.

    Fig. 11 Fig. 11 Fig. 11 Fig. 11 Fig. 11 Seqncia do recravamento das guarnies nas sapatas de freio

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio a Tambor

    SENAI-RJ 63 63 63 63 63

    9. Instale as sapatas de freio.

    10. Instale o tambor de freio.

    11. Regule as sapatas de freio.

    Observao

    Consulte o manual do fabricante.

  • Cilindro auxiliar

    5

    Nesta Seo...

    Introduo

    Cilindro auxiliar

    Tubulao do freio

    Recondicionando o cilindro auxiliar

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro Auxiliar

    SENAI-RJ 67 67 67 67 67

    Introduo

    O cilindro auxiliar (de roda) tem a funo de empurrar e comprimir as sapatas de freio contra otambor, para provocar o freamento do veculo.

    Fica preso ao prato, montado na roda, ligando-se ao restante do sistema de freios atravs detubulaes rgidas e flexveis.

    Da mesma forma que o cilindro-mestre, o cilindro auxiliar est sujeito a desgastes mecnicos equmicos. Por isso, o mecnico de automvel deve conhecer os componentes do cilindro auxiliar, paradesmont-lo e inspecion-lo nas revises peridicas, ou quando ocorrerem falhas no freio de roda.

    Nesta unidade, voc pode ver a estrutura, funcionamento e tipos de cilindro auxiliar, bem comotubulaes rgidas e flexveis.

    A operao que voc vai poder executar recondicionar o cilindro auxiliar.

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro Auxiliar

    6868686868 SENAI-RJ

    Cilindro auxiliar

    TecnologiaO cilindro auxiliar possui, basicamente, os componentes mostrados na fig. 1.

    Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Cilindro auxiliar

    Quando o freio acionado, o cilindro auxiliar recebe o fluido de freio do cilindro-mestre atravsdas tubulaes. O fluido de freio, sob presso, aciona os mbolos do cilindro auxiliar para fora. Soesses mbolos que iro encostar as sapatas no tambor de freio e, assim, comprimi-las contra a superfciede atrito, para frear o veculo.

    1. coifa de proteo

    2. mbolo

    3. gaxetas

    4. mola

    5. carcaa

    6. parafuso de sangria

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro Auxiliar

    SENAI-RJ 69 69 69 69 69

    Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Superfcie de atrito do tambor

    Quando o cilindro-mestre deixa de atuar nos mbolos do cilindro auxiliar, as sapatas afastam-se dotambor devido s molas de recuperao. Assim, todos os elementos voltam ao estado de repouso.

    As gaxetas ajustam-se aos mbolos e ao cilindro, para evitar vazamento de fluido de freio. Umamola mantm uma gaxeta separada da outra.

    Eventualmente, pode entrar ar no sistema de freio. Para retir-lo, existe um parafuso de sangria nocilindro de freio que tem um orifcio central e sempre se localiza na parte superior do cilindro, pois o ar mais leve que o fluido.

    Tipos de cilindro auxiliarO cilindro de um mbolo ou unidirecional utilizado, quando o comando das sapatas independente.

    Nesse caso, cada sapata acionada por um cilindro.

    sapatas

    Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Cilindro auxiliar

    Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fixao dos cilindros auxiliares

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro Auxiliar

    7070707070 SENAI-RJ

    O cilindro chama-se unidirecional, porque s aciona a sapata em uma nica direo.

    O cilindro de dois mbolos (bidirecional) ligado s duas sapatas, ou seja, as sapatas so acionadaspor um nico cilindro.

    Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Cilindro auxiliar de acionamento duplo

    Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fixao do cilindro auxiliar duplo

    O cilindro escalonado (bidirecional escalonado) tem como principal caracterstica possuir mbolosde dimetros diferentes.

    Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Cilindro auxiliar duplo em corte

    Portanto, a sapata que for acionada pelo mbolo maior sofrer maior fora de compresso contrao tambor de freio do que a outra sapata.

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro Auxiliar

    SENAI-RJ 71 71 71 71 71

    Tubulao de freio

    TecnologiaAs tubulaes do sistema de freio possuem

    conexes em suas extremidades, para seremligadas aos elementos do sistema de freio.

    As tubulaes podem ser feitas de ao ou dematerial sinttico. As de ao so revestidas poruma pelcula de cobre e estanho, para evitar aoxidao. As tubulaes de material sinttico soflexveis e resistem a altas presses, sendo usadasem partes que oscilam, quando o veculo est emmovimento.

    Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Conexes

    ManutenoOs ci1indros auxiliares e as tubulaes requerem inspees peridicas, para detectar possveis

    avarias, tais como dobras, obstrues e vazamentos.

    As tubulaes danificadas devem ser substitudas por outras do mesmo dimetro, forma ecomprimento. Os cilindros auxiliares que estiverem com problemas devem ser reparados ou substitudos.

    Os defeitos mais comuns nos cilindros auxiliares e tubulaes so indicados no quadro 2.

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro Auxiliar

    7272727272 SENAI-RJ

    Quadro 2: Defeitos na tubulao de freio e causas

    Defeitos Causas

    Gaxetas e mbolos gastos

    Vazamento de fluido Corpo interno do cilindro riscado ou corrodo

    Tubulaes rompidas ou corrodas

    Entrada de p no cilindro Coifa rasgada

    Coifa rasgada

    gua no cilindro

    Pedal do freio baixo e elstico Ar no cilindro

    mbolo emperrado

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro Auxiliar

    SENAI-RJ 73 73 73 73 73

    Recondicionando o cilindro auxiliar

    OperaoEsta operao consiste em retirar, desmontar, inspecionar, montar e instalar o cilindro auxiliar,

    quando se faz manuteno preventiva ou corretiva.

    Ordem de execuo1. Retire o cilindro auxiliar.

    2. Desmonte o cilindro auxiliar.

    3. Limpe os componentes do cilindro auxiliar.

    4. Inspecione os componentes do cilindro auxiliar e as tubulaes.

    Substitua as peas defeituosas.

    Refaa o brunimento da parte interna do cilindro.

    Observaes

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Cilindro Auxiliar

    7474747474 SENAI-RJ

    5. Monte o cilindro auxiliar.

    6. Instale o cilindro auxiliar.

    Consulte o manual do fabricante.

    Observao

  • Freio a disco

    6

    Nesta Seo...

    Introduo

    Freio a disco

    Recondicionando o freio a disco

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio a Disco

    SENAI-RJ 77 77 77 77 77

    Introduo

    O freio a disco tem estrutura e funcionamento semelhantes aos do freio a tambor.

    No lugar do tambor de freio, h um disco metlico que gira com a roda. Em vez de sapatas curvas,o freio a disco possui sapatas planas, conhecidas como pastilhas.

    Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Disco de freio e pastilhas

    Tal como as sapatas curvas, as sapatas planas tambm so foradas por intermdio de mbolosmovidos pelo fluido de freio.

    Entretanto, o freio a disco apresenta uma srie de vantagens sobre o freio a tambor:

    por ser aberto, no retm gua como o tambor de freio. O disco, com sua prpria rotao,expele a gua, e, com isso, o freio recupera rapidamente sua eficincia;

    pelo mesmo motivo, o freio a disco no retm o calor gerado pelo atrito e, por essa razo, no seaquece tanto como o freio a tambor;

    o disco, diferentemente do tambor de freio, tem um desgaste lateral e uniforme. O disco gasta-se por igual e tem maior durao que o tambor de freio;

    requer manuteno simples e dispensa regulagens.

    freio a tambor freio a disco

    pastilha

    sapata

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio a Disco

    7878787878 SENAI-RJ

    Freio a disco

    TecnologiaO freio a disco instalado, em geral, nas rodas dianteiras dos veculos. Entretanto, alguns veculos,

    possuem freio a disco nas quatro rodas.

    Os componentes do freio a disco so os indicados na fig. 2.

    Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Componentes do freio a disco

    1. disco de freio

    2. carcaa

    3. pastilha

    4. mbolo

    5. coifa de proteo

    6. anel de vedao do mbolo

    7. mola amortecedora

    8. pino-guia

    9. grampo retentor

    10. parafuso de sangria

    11. chapa amortecedora

    12. anel de reteno da coifa

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio a Disco

    SENAI-RJ 79 79 79 79 79

    anel de vedao

    anel devedaoem repouso

    mbolo

    carcaa

    mbolo

    fluido hidrulico

    anel devedaodeformado

    carcaa

    mbolo

    pastilha

    disco

    anel de vedao

    Quando o pedal de freio acionado, o fluido de freio empurra os mbolos alojados na carcaa. Osmbolos, ao se moverem, comprimem as pastilhas contra o disco, freando seu movimento de rotao.

    Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Freio aplicado

    Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Esquema de funcionamento

    Quando se solta o pedal de freio, este desativado, e o anel de vedao afasta o mbolo. Talafastamento e a rotao do disco provocam a repulso das pastilhas. Os mbolos voltam posio derepouso, e as pastilhas ficam bem prximas ao disco _ prontas para uma nova aplicao nos freios.

    Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Freio desaplicado

    Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Esquema de funcionamento

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio a Disco

    8080808080 SENAI-RJ

    O disco de freio tem as seguintes caractersticas:

    resistente para suportar os esforos a que submetido;

    resiste ao atrito, o que lhe garante maior durao e contato uniforme com as pastilhas;

    deve ter as superfcies, que ficam em contato com as pastilhas, bem lisas. Entretanto, sulcos depouca profundidade no prejudicam a eficincia do freio.

    A carcaa aloja todas as peas do freio com exceo do disco.

    Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Componentes do freio a disco

    Na carcaa, esto montados:

    os pinos-guia, que fixam as pastilhas ao cilindro de freio;

    os grampos retentores, que travam os pinos-guia;

    as molas amortecedoras, cuja funo evitar a vibrao das pastilhas com o movimento doveculo;

    os mbolos, que foram a pastilha contra o disco;

    as coifas, que protegem os mbolos da entrada de materiais estranhos;

    o parafuso de sangria, que tem um orifcio por onde retirado o ar que eventualmente penetreno sistema de freio;

    as pastilhas, que, foradas contra o disco, provocam a frenagem do veculo;

    o anel de vedao, que tem como funo fazer a vedao entre o mbolo e o cilindro, e auxiliano retorno do mbolo.

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio a Disco

    SENAI-RJ 81 81 81 81 81

    As pastilhas so fabricadas com material apropriado para sofrer atrito com o disco. Esse material preso a um corpo metlico, que lhe serve de suporte.

    Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Pastilhas de freio

    A pastilha tem sua superfcie de atrito voltada para o disco, ficando em leve contato ou bemprxima a ele.

    Alguns tipos de pastilha possuem um rasgo na superfcie de atrito, para facilitar a remoo dosdetritos que se formam nas frenagens.

    medida que as pastilhas se desgastam, h uma auto-regulagem do freio. Isto porque, o mbolomove-se para fora mais do que recuado pelo anel vedador.

    Os veculos podem apresentar freio a disco de diferentes tipos: podem ter de um a quatro mbolosou, ainda, no que se refere ao conjunto de peas do cilindro de freio ou pina, podem possuir pina fixaou flutuante.

    Pina fixaNo caso dos veculos que tm pina de freio a

    disco fixa, comum o uso de dois mbolos, que atuamsimultaneamente, em cada face do disco, quando ofreio acionado.

    O freio a disco com pina flutuante possui umnico mbolo, colocado do lado de fora da roda. Essembolo aciona uma pastilha at comprimi-la contra odisco.

    Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Conjunto de pina fixa e disco

    suporte metlico

    pastilha

    rasgo

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio a Disco

    8282828282 SENAI-RJ

    Quando essa pastilha se encosta no disco, o mbolo continua seu movimento em sentido oposto,deslizando em um suporte afixado na manga do eixo. Com tal movimento, o mbolo traz a outrapastilha, comprimindo-a contra a face oposta do disco.

    Fig. 10 Fig. 10 Fig. 10 Fig. 10 Fig. 10 Esquema de funcionamento

    ManutenoDevem-se observar as seguintes recomendaes, para manter a eficincia do freio:

    1o) verificar as pastilhas. Troc-las, quando seu material de frico apresentar a espessura mnimaespecificada pelo fabricante;

    2o) retificar o disco que apresentar sulcos profundos, mantendo a espessura mnima especificada;

    3o) se for necessrio trocar uma pastilha, deve-se substituir o jogo completo;

    4o) marcar as pastilhas antes de sua remoo, caso no precisem ser substitudas.

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio a Disco

    SENAI-RJ 83 83 83 83 83

    Recondicionando o freio a disco

    OperaoEsta operao consiste em retirar, desmontar, inspecionar, montar e instalar o conjunto do freio a

    disco, sendo realizada nas manutenes preventiva e corretiva do freio a disco.

    Ordem de execuo1. Remova o conjunto do freio a disco.

    2. Efetue a limpeza externa.

    3. Desmonte o conjunto do cilindro.

    Fixe o cilindro em uma morsa.

    4. Limpe os elementos que compem o cilindro de freio a disco.

    Use fluido de freio ou lcool para limpeza.

    Observao

    Observao

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio a Disco

    8484848484 SENAI-RJ

    5. Inspecione o disco e os elementos que compem o cilindro.

    Verifique o empenamento do disco com relgio comparador.

    Verifique a espessura do disco com micrmetro.

    6. Monte o conjunto do cilindro.

    7. Instale o conjunto do freio a disco.

    Consulte o manual do fabricante.

    Observao

    Observao

  • Freio deestacionamento

    7

    Nesta Seo...

    Introduo

    Freio de estacionamento

    Recondicionando o freio de estacionamento

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio de Estacionamento

    SENAI-RJ 87 87 87 87 87

    Introduo

    Para manter o veculo parado em piso horizontal ou inclinado, usa-se o freio de estacionamento.

    O freio de estacionamento , geralmente, mecnico. Quando acionado, causa a frenagem dasrodas traseiras.

    Juntamente com o freio de servio, o freio de estacionamento deve passar por revises e regulagensperidicas. Deve, tambm, ser reparado sempre que necessrio.

    Nesta unidade, voc pode ver a estrutura e o funcionamento do freio de estacionamento, parapoder efetuar a operao recondicionar o freio de estacionamento.

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio de Estacionamento

    8888888888 SENAI-RJ

    Freio de estacionamento

    TecnologiaAs principais peas do freio de estacionamento so as indicadas na fig. 1.

    Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Freio de estacionamento

    O freio de estacionamento tem controle independente do freio de servio. Na maioria das vezes,esse controle feito por uma alavanca, posicionada no assoalho do veculo, entre os bancos dianteiros,ou sob o painel.

    Quando o conjunto de acionamento puxado, move-se o cabo flexvel primrio.

    O cabo flexvel primrio vai movimentar o cabo secundrio atravs da alavanca compensadora.

    o cabo secundrio que faz com que atue a alavanca de acionamento e, atravs dela, a haste deapoio que comprime a sapata primria ao tambor.

    1. conjunto de acionamento

    2. cabo primrio

    3. cabo secundrio

    4. alavanca compensadora

    5. porca de ajusta e contraporca

    6. alavanca de acionamento das sapatas

    7. haste de apoio da alavanca de

    acionamento das sapatas

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio de Estacionamento

    SENAI-RJ 89 89 89 89 89

    1. A sapata primria encosta no tambor.

    2. A haste, por reao, leva a sapata secundria

    a comprimir-se contra o tambor de freio.

    Quando a sapata primria se encosta no tambor, a haste de apoio pressiona em sentido oposto.Desse modo, a haste vai comprimir, tambm, a sapata secundria contra o tambor de freio.

    Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Esquema de funcionamento

    Desaplicando o conjunto de acionamento, os cabos soltam-se, e as molas de recuperao fazem assapatas retornarem posio de repouso.

    O freio de estacionamento pode ser mecnico (o mais comum) ou pneumtico (usado em veculopesado ou extrapesado).

    Freio de estacionamento mecnicoCorresponde ao modelo descrito anteriormente e atua nas rodas traseiras.

    Em alguns veculos, entretanto, o freio de estacionamento pode vir instalado junto caixa demudanas (responsvel pela troca de marchas do veculo). Nesse caso, o freio de estacionamentoliga-se caixa de mudanas atravs de:

    a) guarnies de freio e polia.

    Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Freio de estacionamento

    A polia montada na rvore de sada de rotao da caixa de mudanas. Uma cinta fixada carcaa da caixa de mudanas, quando acionada, comprime as guarnies contra a superfcie defrenagem da polia;

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio de Estacionamento

    9090909090 SENAI-RJ

    b) sapatas e tambor.

    So semelhantes ao freio de roda a tambor, s que o tambor fixado rvore de sada da caixa demudanas.

    Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Esquema de funcionamento

    Freio de estacionamento pneumtico utilizado em veculos pesados ou extrapesados. Seu acionamento feito por uma vlvula manual.

    Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Esquema de acionamento da vlvula do freio pneumtico

    O freio aplicado atravs de cilindros pneumticos, ou seja, movidos a ar comprimido. Essescilindros atuam nas rodas traseiras atravs das alavancas de comando das sapatas.

    rvore de transmissoarticulaode ajuste

    brao de acionamentodas sapatas

    sapatas

    espelho

    mola de retenosuperior

    mola de reteno inferiortambor

    1. freio no-aplicado

    2. freio total, alavanca no-travada

    3. freio total, alavanca travada

    4. destravando a alavanca de freio

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio de Estacionamento

    SENAI-RJ 91 91 91 91 91

    Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Freio pneumtico

    ManutenoA manuteno do freio de estacionamento mecnico envolve os seguintes procedimentos:

    1. lubrificar os cabos flexveis;

    2. verificar o estado das articulaes, alavanca e haste de acionamento;

    3. examinar o conjunto de acionamento;

    4. verificar a fixao do cabo secundrio na alavanca de acionamento das sapatas;

    5. verificar a fixao do cabo primrio no conjunto de acionamento.

    J o freio de estacionamento pneumtico requer as seguintes providncias:

    1. verificar a existncia de vazamentos ou deformaes na tubulao. Os defeitos constatadosdevem ser corrigidos;

    2. verificar a existncia de vazamento de ar nas vlvulas e conexes;

    3. retirar a gua formada por condensao do vapor de gua no ar no interior do reservatrio dear;

    4. verificar se h desgastes nas articulaes externas das cmaras pneumticas.

    1. cmara de frenagem

    2. haste de acionamento

    3. parafuso de ajuste

    4. alavanca ajustadora

    5. excntrico

    6. rolete

    7. molas de retrao das sapatas

    8. sapatas de freio

    9. pinos de reteno das sapatas

    10. pinos de ancoragem

    11. guarnies de freio

    12. prato de freio

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Freio de Estacionamento

    9292929292 SENAI-RJ

    Observao

    Recondicionando o freio deestacionamento

    OperaoEsta operao consiste em desmontar, inspecionar, montar e regular o freio de estacionamento.

    realizada, a fim de estabelecer as condies de trabalho do freio de estacionamento, quando nelese executam reparos preventivos ou corretivos.

    Ordem de execuo1. Remova o sistema de freio de estacionamento do veculo.

    2. Limpe os seus elementos.

    3. Inspecione os elementos quanto a rompimento, desgastes, etc.

    4. Corrija ou substitua os elementos danificados.

    5. Instale o sistema de estacionamento no veculo, lubrificando seus elementos.

    Consulte o manual do fabricante.

  • Regulagem de freio

    8

    Nesta Seo...

    Introduo

    Curso livre do pedal de freio

    Regulando o curso livre do pedal de freio

    Regulando o freio de servio

    Regulando o freio de estacionamento

    Fluido de freio

    Sangrando o freio

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Regulagem de Freio

    SENAI-RJ 95 95 95 95 95

    Introduo

    Os freios funcionam pelo atrito de partes rodantes com outras partes que no rodam. Por exemplo:tambor de freios com guarnies das sapatas e disco de freio atritado com pastilhas.

    Devido ao atrito, h constante desgaste dos componentes do freio. Por isso, necessrio executar,periodicamente, a regulagem dos freios, para ajust-los s condies que assegurem um padro defrenagem de acordo com as especificaes de fbrica do veculo.

    A regulagem dos freios um conjunto de procedimentos que abrangem a verificao e ajuste do:

    freio de servio;

    freio de estacionamento.

    Para realizar esses diversos procedimentos, voc deve conhecer:

    a) os diferentes tipos de freio a tambor de acordo com a disposio das sapatas e dispositivos deregulagem;

    b) as posies possveis do parafuso de regulagem do freio de estacionamento;

    c) o curso livre do pedal de freio;

    d) caractersticas do fluido de freio;

    e) sangria do freio hidrulico.

    As operaes que voc vai poder executar nesta unidade instrucional so:

    regular o curso livre do pedal de freio;

    regular o freio de servio;

    regular o freio de estacionamento;

    sangrar o freio.

  • Manuteno de Sistemas de Freios Automotivos Regulagem de Freio

    9696969696 SENAI-RJ

    Curso livre do pedal de freio

    TecnologiaO pedal de freio ligado a uma haste de acionamento, para comandar o cilindro-mestre.

    Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Fig. 1 Cilindro-mestre

    Existe uma folga entre a haste de acionamento e o mbolo do cilindro-mestre. Isto porque, aps oacionamento do freio de servio, o mbolo do cilindro-mestre deve retornar plenamente ao seu batente,evitando a aplicao parcial do freio.

    Essa folga representada pelo curso livre do pedal, regulado atravs da haste de acionamento docilindro-mestre ou por um excntrico.

    Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Fig. 2 Pedal com haste

    excntrico

    haste

    1. pedal de freio

    2. haste de acionamento

    3. cilindro-mestre

    Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Fig. 3 Pedal com excntrico

    11111

    22222 33333

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    Regulando o curso livre do pedal defreio

    OperaoEsta operao consiste em regular o curso livre do pedal de freio de acordo com as especificaes

    do fabricante do veculo. realizada depois que o pedal foi removido para reparao ou troca, ouquando o cilindro-mestre substitudo ou reparado.

    Processo de execuo1. Destrave o sistema de fixao da regulagem do pedal.

    2. Regule o curso livre do pedal de freio de acordo com a especificao.

    3. Trave o sistema de fixao da regulagem.

    4. Confira o curso livre do pedal.

    Caso no obtenha a folga especificada, refaa a operao.

    Consulte o manual do fabricante.

    Observao

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    Regulando o freio de servio

    TecnologiaO freio a tambor apresenta desgastes das guarnies das sapatas que precisam ser compensados

    atravs de regulagens peridicas. Essas regulagens garantem o desempenho do freio e podem serautomticas ou manuais.

    Em perodos mais longos ou no caso de falhas mais graves, alm das regulagens deve-se procederaos reparos que levam :

    substituio de guarnies;

    substituio de gaxetas;

    restaurao do tambor;

    etc.

    A regulagem deixa uma folga entre as sapatas e o tambor, que permite:

    roda girar livremente, quando o freio no estaplicado;

    s sapatas se encostarem e se comprimirem contrao tambor o mais rapidamente possvel, quando ofreio acionado.

    Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Fig. 4 Conjunto do freio de servio

    guarnio

    folga

    tambor

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    De acordo com a posio das sapatas e dos dispositivos de regulagem, h diferentes tipos de freioa tambor. Esses tipos, que tm o mesmo princpio de funcionamento, so descritos a seguir.

    1. O freio auto-energizante ou duosservo tem apenas um dispositivo que regula ambas as sapatasao mesmo tempo.

    Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Fig. 5 Dispositivo de regulagem automtica

    A regulagem feita atravs de uma abertura, geralmente existente na parte inferior do prato defreio.

    1. dispositivo de regulagem

    2. sapatas

    Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Fig. 6 Apertando as sapatas

    Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Fig. 7 Soltando as sapatas

    dispositivo de regulagem

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    2. No freio de parafuso excntrico, cada sapata tem um parafuso que a regula.

    Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Fig. 8 Dispositivo de regulagem manual

    Para regular as sapatas desse tipo de freio, necessrio soltar a porca de fixao do parafuso deregulagem. Essa porca novamente apertada aps a regulagem da sapata.

    3. Nos freios de dispositivos de regulagem independentes, cada sapata regulada independentementeda outra. Sua regulagem feita atravs de um furo existente no tambor ou no prato de freio.

    Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Fig. 9 Furo de acesso ao parafuso de regulagem

    4. O freio a tambor com regulagem automtica possui um dispositivo que vai aproximando assapatas do tambor de freio, medida que suas guarnies se desgastam.

    Como exemplo, vamos descrever o sistema por haste, alavanca de ajuste automtico e gatilho.

    Fig. 10 Fig. 10 Fig. 10 Fig. 10 Fig. 10 Dispositivo de ajuste da folga

    parafusoexcntrico

    1. haste

    2. alavanca de ajuste automtico

    3. gatilho

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    A haste fixada, de um lado, sapata secundria e, de outro, alavanca de ajuste automtico.Quando o freio acionado, as sapatas expandem-se, e a haste movimenta-se com a alavanca deajuste automtico.

    Fig. 11 Fig. 11 Fig. 11 Fig. 11 Fig. 11 Dispositivo de ajuste automtico da folga

    Se o deslocamento da sapata for suficientemente grande, a haste puxar a alavanca de ajusteautomtico. Essa alavanca vence a presso da mola de gatilho e avana um ou mais dentes deregulagem. Assim, as sapatas ficam sempre reguladas, no sendo necessria a regulagem peridicapor um mecnico de automvel.

    alavanca deajuste automtico haste

    1. movimento das sapatas

    2. movimento da haste

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    Regulando o freio de servio

    OperaoRegulam-se as sapatas de freio periodicamente, para compensar os desgastes das guarnies das

    sapatas e tambor de freio. Essa operao tambm executada na manuteno dos freios e outrosservios que exijam a retirada do freio de roda.

    Processo de execuo1. Coloque o veculo sobre cavaletes.

    O freio de estacionamento deve estar desaplicado.

    A folga dos rolamentos deve-se encontrar dentro dos padres recomendados pelofabricante.

    2. Acione o dispositivo de regulagem da sapata, at a roda ficar presa.

    Fig. 12 Fig. 12 Fig. 12 Fig. 12 Fig. 12 Regulagem manual da folga

    Observaes

    Chave para ajustagem

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    3. Acione o dispositivo de regulagem em sentido contrrio que o anterior, lentamente, e at a rodase soltar e girar livremente.

    Fig. 13 Fig. 13 Fig. 13 Fig. 13 Fig. 13 Regulagem manual da folga

    Consulte o manual do fabricante.

    Observao

    Chave para ajustagem

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    Regulagem do freio deestacionamento

    TecnologiaO freio de estacionamento, da mesma forma que o freio de servio, requer regulagens peridicas.

    Seu dispositivo de regulagem pode estar:

    a) na haste de regulagem;

    Fig. 14 Fig. 14 Fig. 14 Fig. 14 Fig. 14 Dispositivo de regulagem da tenso dos cabos

    b) no dispositivo de acionamento.

    Fig. 15 Fig. 15 Fig. 15 Fig. 15 Fig. 15 Dispositivo de regulagem da tenso dos cabos

    cabo de ao

    haste de regulador

    alavanca de acionamentoporta de regulagem

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    Regulando o freio de estacionamento

    Operao uma operao realizada para normalizar o funcionamento do freio de estacionamento, acionando

    dispositivos que regulam cabos e tirantes desse freio.

    Processo de execuo1. Coloque o mecanismo de acionamento na posio de repouso.

    Verifique se o freio de servio est regulado.

    2. Aplique o mecanismo at o terceiro dente de travamento.

    3. Solte a contraporca do parafuso de regulagem.

    Observao

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    4. Aperte a porca de regulagem, at que as rodas traseiras comecem a prender, quando giradas mo.

    Fig. 16 Fig. 16 Fig. 16 Fig. 16 Fig. 16 Porcas de regulagem

    5. Aperte a contraporca.

    6. Solte o mecanismo de acionamento.

    As rodas devem girar livremente.

    Consulte o manual do fabricante.

    Observaes

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    Fluido de freio

    TecnologiaOs circuitos hidrulicos usam, para o seu acionamento, o fluido de freio, uma soluo de lcoois,

    aditivos oleosos de origem vegetal, antiespumantes, anticongelantes, antivolatizantes e anticorrosivos.

    O fluido de freio possui caractersticas que devem ser mantidas por um tempo especificado pelofabricante, e que so as seguintes:

    ter capacidade de lubrificar as peas do sistema;

    manter sua fluidez mesmo em baixas temperaturas de trabalho, para no dificultar seu prpriomovimento;

    manter sua propriedade de transmitir presso. Para isso, o fluido no pode evaporar na suatemperatura de trabalho (da a incluso de antivolatizantes na sua composio);

    no prejudicar peas de borracha nem oxidar metais;

    no obstruir tubos e orifcios por onde passa, da no poder formar sedimentos.

    Completa-se o nvel do reservatrio do cilindro-mestre sempre acrescentando a mesma marca defluido que a j existente no sistema. Se isso no for possvel, ser necessrio esvaziar todo o sistemae reabastec-lo com o fluido de freio recomendado pelo fabricante.

    O fluido de freio deve ser trocado periodicamente, uma vez que sofre alteraes de suascaractersticas de acordo com o tempo de uso.

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    Sangrando o freio

    TecnologiaO sistema de freio hidrulico baseia-se na transmisso de presso atravs do fluido de freio.

    Entretanto, essa transmisso pode ser interrompida pela existncia de ar no sistema. que o ar, aocontrrio do fluido de freio, compressvel (diminui de volume com o aumento da presso).

    A entrada de ar nas tubulaes e cilindros pode ocorrer devido a falhas no sistema, tais como:

    vazamento;

    falta de fluido no cilindro-mestre;

    vlvula de reteno do cilindro-mestre defeituosa, ou durante reparos feitos no sistema de freios.

    Para a retirada do ar, existe um processo denominado sangria de freios, que pode ser:

    com a prpria presso do sistema;

    com pressurizador.

    A sangria com presso do sistema feita pisandoo pedal de freio com fora moderada. Dessamaneira, o fluido dirige-se aos cilindros auxiliares,arrastando as bolhas de ar presentes no sistema. Ofluido de freio e o ar do sistema saem, ento, peloparafuso de sangria do freio.

    Fig. 18 Fig. 18 Fig. 18 Fig. 18 Fig. 18 Dispositivo para sangria

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    SENAI-RJ 109 109 109 109 109

    A sangria com pressurizador injeta fluido de freio no cilindro-mestre a presses de 20 a 30 libraspor polegada quadrada.

    Fig. 19 Fig. 19 Fig. 19 Fig. 19 Fig. 19 Dispositivo automtico para sangria

    O fluido de freio e as bolhas so deslocados pela presso aplicada pelo pressurizador, saindoatravs do parafuso de sangria.

    Esse processo tem as seguintes vantagens sobre o mtodo anterior:

    no requer que uma pessoa auxilie o mecnico de automvel;

    possibilita a troca de todo o fluido de freio do sistema em menor tempo;

    mantm presso uniforme no sistema durante a sangria.