infraestrutura cicloviária volta redonda

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Infraestrutura Cicloviária para Volta Redonda Foto: Av Amaral Peixoto - VR - Intervenção Massa Crítica VR

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Trabalho final de graduação em Arquitetura e Urbanismo pela UFF. Levantamento, pesquisa e proposta para uma rede de Infraestrutura Cicloviária para a cidade de Volta Redonda, localizada no interior do estado do Rio de Janeiro

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  • Infraestrutura Cicloviria

    para Volta Redonda

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  • Infraestrutura Cicloviria

    para Volta Redonda

    Trabalho nal de graduao - 2014/2

    Aluna: Ada Rodrigues Cardoso

    UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

    Escola de Arquitetura e Urbanismo - UFF

    Orientadora: Eloisa Arajo

    Supervisor: Vincius Neo

    Arquiteta convidada: Isabela Ledo

  • https://br.linkedin.com/pub/aida-cardoso/b/110/206

    Arquiteta e Urbanista graduada pela UFF - Universidade Federal Fluminense. Especi-

    alizando-se em infraestrutura cicloviria e projetos e mapeamento de mobilidade urbana. Compe atualmen-

    te a equipe do Niteri de Bicicleta; organizao governamental subordinadaa vice-prefeitura

    de Niteri.Estagiou no escritrio de Arquitetura Ruy Resende durante a implantao do sis-

    tema REVIT e no Ministrio Pblico Federal junto a equipe de reforma em um dos edifcios

    da Procuradoria Geral da Repblica. Paralelamente gerencia, distncia, a empresa do ra-

    mo textil Uniformes e Cia. Possui experincia de 10 anos na rea de Adminstrao, com n-

    fase em Gesto de Negcios e 2 anos na rea de Cincia de Computao. .

  • e

  • 4 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Este trabalho o resultado de uma pesquisa realizada com toda dedi-

    cao e amor a prosso de Arquiteto Urbanista. .

    Foram quase 2 anos de pesquisa de campo e muitos kilmetros percor-

    ridos ulizando o transporte pblico e especialmente a bicicleta para a conclu-

    so desta proposta. .

    Conheci lugares fantscos, pessoas incrveis durante toda esta jornada,

    mas isto apenas o comeo de uma grande transformao para Volta Redonda.

    Atravs da experincia vivida em passeios e pesquisas realizadas nas melhores

    cidades do mundo, com imenso prazer que concluo esta proposta como pro-

    jeto nal de graduao em Maro de 2015 - Turma 2014/12. .

    O resultado deste maravilhoso projeto s foi possvel porque pude con-

    tar com a ajuda, ao longo deste perodo, de amigos, parentes, professores e os

    mais novos integrantes do Massa Crca Volta Redonda. .

    Alguns professores foram essenciais em minha formao acadmica, se-

    ria impossvel enumerar todos, mas agradeo especialmente a Vincius Neo,

    Elosa Arajo e Dario Prata; tanto Arquitetos como Engenheiro, prossionais es-

    petaculares, apaixonados pela prosso e que transmitem ao aluno alm de to-

    do o conhecimento a segurana e a esperana de que ensinamento passados so

    capazes de transformaes em nossas cidade e nossa vidas. .

    Aos amigos.... bom... os amigos! Listar os quase 360 alunos que compe

    a universidade e me zeram companhia ao longo desdes 6 anos tambm ser uma

    tarefa dicil, mas alguns, especialmente a minha turma 2009-1 car marcada

    como a turma mais especial, querida, inovadora e fonte de excelentes prossionais

    o resto dos meus dias. Turma especial, compostas por jovens lindos, curiosos,

    que esto loucos para saber se tero o nome citado neste trabalho. Sim, tero.

    So eles: Marina Mariano, a mais querida, a que me faz chorar, a lha que ainda

    no ve, e uma excelente prossional que est para surgir no mercado. As amigas

    inseparveis Kashimir e Patrcia que juntas formaram um TRIO fantsco, que me

    acompanharam pela fase mais linda da minha vida. Parceiras de viagens e aventu-

    ras na Europa. Suzana, Ana Clara, Marcelle e Anna Carol, dicil saber qual delas a

    mais linda e magra, a mais sedutora e feroz (como um puma, rs). As inteligens-

    simas Natlia e Jssica, que um pouco distantes, estavam sempre ali, para opinar

    e dividir o sofrimento da jornada. A minha grande parceira desta turma de sobri-

    nhos fofos a Tia Caroline, e o equilbrio e bom humor de Eduarda, Juliana e Carol

    Maruco, que mesmo viajando com Lassa (lanando tendncias sempre) pelo

    mundo fez diferena durante a estada nesta linda UFF.

    Q u a n t o a o s h o m e n s , b o m ,

    estes so muito bem representados por Adriano (o gal), Bruno (o internauta) e

    Lucas (o designer nota 10). O que seria da minha auto esma sem os elogios de

    Patrick, sem as broncas de Rafael Alves, Daniel Brando e Pedro Mlaga, meu Deus,

    no tem como esquecer estas guras. Tantos outros sero lembrados tambm,

    mas ser impossvel l istar todos, os citados acima representam bem o grupo.

    Outro grupo importante e de grande inuncia neste trabalho sem dvida

    foram os amigos que parciparam comigo do melhor estgio do mundo, o grupo

    do Niteri de Bicicleta. Prossionais fantscos como Libni, Eglon e Camila, alm

    de Renata, Ana Carol representam muito bem esta fase essencial para este resultado.

    E falando em Niteri de Bicicleta, o programa premiado pelo estado em 2014, no

    posso deixar de citar a importncia do Coordenador Argus Caruso e nosso Vice-Prefeito

    Axel Grael. Juntos zeram uma dupla de garra para enfrentar as diculdades da mobili-

    dade atravs da bicicleta. Hoje, sou fruto de seus ensinamentos tambm. Meu agradeci-

    mento especial tambm a atual Coordenadora Isabela Ledo, por toda pacincia e dicas

    essenciais ao projeto. .

    Prossionalmente no poderia esquecer da equipe do Ruy Resende Arquitetura

    que me acolheu e me passou excelentes ensinamentos e me mostrou que uma equipe

    unida capaz de grandes realizaes. .

    O lmo grupo, pra l de especial, vem dos amigos mais recentes e ao eterno amigo

    Andr Aquino, que a internet e a pgina Ciclovias VR foi capaz de unir. Registro aqui meu

    super obrigada a todo o grupo Massa Crca, hoje representado por ns e Marcio Lemos,

    Vicente, Renata, Ed Zambroni, Paulinha e Andr Borges e que a cada dia cresce e ganha mais

    fora com novos integrantes... vamos seguir juntos #MAISAMORmenosmotor. Que juntos

    realizaremos ainda muitas bicicletadas, pintaremos as ruas de alegria, tornaremos nossa

    cidade mais humana e em breve seguiremos ulizando nossa infraestrutura cicloviria. .

    Mas nada seria possvel sem a minha linda famlia, claro, a famlia Cardoso presente em

    Niteri, que procura complementar a saudade que sinto de casa. Meu muito obrigada a Tia

    Soninha, Tio Silvrio e meus primos queridos Victor e Caroline, assim como os primos empres-

    tados Lucee e Rafael (nosso eciente advogado), e agora os agradecimentos mirins a Valenna

    e Beatriz, claro. .

    E pra fechar, meu obrigada a meu irmo Rodrigo e minha irm Evie e sua famlia, que juntos

    compe hoje nossa linda famlia. A meu pai Elias, que tenho certeza que me acompanha e me pro-

    tege todos os dias. Mas a mais especial...ningum mais, ningum menos que Mamis... Dona Marle-

    ne. A guerreira que me concedeu a vida, que no me deixa dormir at tarde, que ensinou tudo que

    sei fazer de melhor, que minha inspirao de conduta e que as vezes, tambm merece um puxo

    de orelha, n!? E se ele entendesse a importncia que tem na minha vida, meu cachorrinho Khalifa,

    claro, amor incondicional. .

    Agradecimentos

  • Sumri

    5UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    1 Introduo ..................................................................

    Apresentao ..............................................................................

    Localizao ..................................................................................

    2 Histrico ......................................................................

    A Cidade do Ao ..........................................................................

    A Companhia Siderrgica Nacional e a Cidade ...........................

    3 Estatsticas ..................................................................

    Como estamos ............................................................................

    Quem Somos ..............................................................................

    4 Mobilidade atual .......................................................

    Origens e Desnos ......................................................................

    O Transporte Publico ..................................................................

    5 Conceito ....................................................................

    Qual a Soluo ? .........................................................................

    Porque a Bicicleta e Ciclovias ......................................................

    6 Projetos e cidades referncias ................................

    Referncias de Sucesso ...............................................................

    As Redes Ciclovirias no Mundo .................................................

    7 Gesto de implementao .....................................

    Potenciais Ciclistas ......................................................................

    Topograa ...................................................................................

    rea crca .................................................................................

    07

    09

    11

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    8- A proposta ...................................................................

    Rede e Infra estrutura Cicloviaria ................................................

    Bicicleta Comparlhada ..............................................................

    9 - A Inuncia do espao ..............................................

    Denindo o Percurso ...................................................................

    Hierarquia das Vias ......................................................................

    Vias selecionadas ........................................................................

    10 - O projeto......................................................................

    1 Esboo .....................................................................................

    Estaes de bicicleta comparlhada ...........................................

    Circuitos .......................................................................................

    Medies .....................................................................................

    Idendade prpria .......................................................................

    Padronizao ...............................................................................

    Paradas de nibus .......................................................................

    Detalhamento .............................................................................

    11 Projeto nas redes sociais .........................................

    O Impacto de uma pgina no Facebook ......................................

    Fotosimulaes ...........................................................................

    12 - Consideraes nais ................................................

    Resultados ...................................................................................

    Entrevistas ...................................................................................

    13 Bibliograa ................................................................

    73

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    Calino

    06 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

  • UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 7

    1 - Introdu

  • 08 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

  • Mas o grande diferencial seria justamente a importncia e

    valorizao do pedestre, da bicicleta e outros meios de transporte que

    dado em diversas cidades e esquecido em Volta Redonda. Espe-

    cialmente em Sevilha, a percepo da autora pelo desperdcio de

    potencial que Volta Redonda tem, relao ao aproveitamento de

    seus atravos a movou no desenvolvimento do projeto.

    Volta Redonda uma cidade jovem, referncia industrial no

    estado e com grande potencial de crescimento, mas que est sendo de-

    senvolvida na contramo da sustentabilidade uma vez que no in-

    veste em alternavas de transporte sustentveis muito menos in-

    cenva o crescimento de reas pedonais. A autora observou em

    diversas cidades o desenvolvimento de reas com maior enfoque

    sustentvel, mas em contraparda, Volta Redonda possui reas

    idncas que so subulizadas e poderiam ter um enfoque com-

    pletamente disnto do que dado atualmente. .

    Atravs da ulizao da bicicleta como meio de transporte dirio a

    autora comeou a observar as cidades de forma diferente.

    Atravs de pesquisas e trabalhos em campo, parcipao de

    projetos e implantao de ciclovias na cidade de Niteri RJ, tornou-se possvel a

    formatao de uma soluo alternava para melhoria da mobilidade urbana de

    Volta Redonda, integrando e cricando o atual projeto de mobilidade que est em

    andamento na cidade. Foi possvel realizar a integrao com o corredor de nibus,

    mostrou as decinciasda proposta dos viadutos e as falhas nos projetos da ponte

    includa no pacote, alm de comprovar a verdadeira ansiedade da populao com

    uma proposta totalmente nova para a cidade, criando uma nova rede de desloca-

    mento de bicicletas inteiramente dentro do circuito de escolas, faculdades, ginsios

    esporvos e reas de trfego intenso da cidade, alm das estaes de bicicletas

    comparlhadas. .

    Sendo assim, a oportunidade de fazer o seu projeto nal de graduao gerou a

    concrezao do tema: Infraestutura Cicloviria para Volta Redonda.

    Apresenta

    O trabalho que ser apresentado a seguir foi idealizado por

    uma cidad de Volta Redonda. Residente na cidade at a juven-

    tude e atualmente uma moradora expordica. O desejo era realizar

    um projeto para sua cidade natal que reesse de alguma maneira

    sua experincia vivida em viagens ao redor do mundo durante

    seu perodo de ausncia da cidade e que pudesse contribuir para

    t o r n a - l a u m a c i d a d e m a i s h u m a n a .

    Em umas cidades que visitou e morou, Sevilha Espanha, foi

    apresentada pela primeira vez ao sistema de bicicletas

    comparlhadas como opo de deslocamento na cidade e

    principalmente ir-e-vir a sua Universidade na poca Universidad

    de Sevilla. A semelhana de Sevilha com Volta Redonda foi

    percebida imediatamente atravs de seus atravos naturais,

    tamanho, clima, densidade e topograa. Ambas as cidades

    possuem um Rio que corta a cidade de um extremo a outro,

    reas residenciais e comerciais bem denidas assim como a

    calma e tranquilidade de uma cidade de interior com proximidade

    da capital do estado a que pertence.

    9UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Captulo 1 - Introduo

  • 310 km

    127 km

    Fonte

    : G

    oogle

    Eart

    h

    Rio Paraba do sul

    10 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

  • 11

    Localiza

    Volta Redonda est localizada no interior do estado do Rio de Janeiro.

    uma cidade da microrregio do Vale do Paraba, na mesorregio Sul Fluminense,

    Localiza-se a 2231'23" de latude sul e 4406'15" de longitude oeste.

    cortada pelo Rio Paraba do Sul, que corre de oeste para leste,

    sendo a principal fonte de abastecimento de gua do municpio e tambm responsvel pelo seu nome,

    devido a uma curva do rio .Fonte: Wikipdia.org

    Altude: 390 m

    Sua posio geogrca estratgica dentro da regio sudeste pois est situada entre as

    principais capitais do pas; distante apenas:

    127 km do Rio de Janeiro e

    310 km da cidade de So Paulo

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Captulo 1 - Introduo

  • 12 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

  • 2 - Histric

    13UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

  • A cidade do a Volta Redonda comeou a surgir em 1727 e no apenas em 1941, quando foi escolhida para sediar

    uma das principais usinas metralrgicas do pas, a Companha Siderrgica Nacional.

    Em 1727, quando os jesutas, aps demarcarem a Fazenda Santa Cruz, na baixada que ainda hoje guarda este

    nome, cruzaram a Serra do Mar abrindo caminho para a colonizao do Mdio Vale do Paraba. No ano seguinte

    foi aberta uma estrada ligando Rio de Janeiro a So Paulo. Fonte Portalvr.com

    Em 1744, a curva do Rio Paraba do Sul bazada de Volta Redonda, nesta poca a regio era explorada

    apenas por garimpeiros em busca de ouro e pedras preciosas. Grandes fazendas foram instaladas na regio,

    com alguns nomes que caram at hoje, como Trs Poos, Belmonte, Santa Ceclia, Rero e Santa Rita.

    Entre 1860 e 1870, a navegao pelo Rio Paraba do Sul viveu seu perodo ureo entre Resende e Barra do

    Pira. Ao mesmo tempo, os trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II, chega Barra do Pira e Barra Mansa.

    Localizada em uma rea estratgica:

    127 Km distante do Rio de Janeiro e a310 km distante de So Paulo, ou seja,

    entre as duas maiores metrpoles do Brasil.

    1727

    1728

    1744

    1765

    1832

    1860

    1864

    Jesutas cruzaram a Serra do Mar demarcaram a 1a fazenda: A Fazenda de Santa Cruz

    Abertura da estrada que ligaria a cidade do Rio de Janeiro a So Paulo.

    XVIII At meados so sculo XVIII a regio era habitada pelos ndios puris-coroados.

    Comeam a chegar a regio os no ndios a procura de pedras preciosas,

    procedentes de Nossa Senhora da Conceio do Campo Alegre da Paraba Nova

    (Atual cidade de Resende).

    A curva do Rio Paraba do Sul, que corta a regio bazada de Volta Redonda.

    Jos Alberto Monteiro (Primeiro "homem branco" a habitar suas terras) obtem

    com o vice-rei Conde da Cunha, uma sesmaria margem do Rio Paraba do Sul.

    A parr de ento, algumas povoaes cresceram prximas s grandes fazendas

    de caf que se formaram no sculo XIX durante o ciclo do caf.

    Foi criado o municpio de Barra Mansa onde parte considervel de Volta Redonda

    pertencia s suas terras

    Foi criado o primeiro ncleo urbano, chamado "Arraial de Santo Antnio da

    Volta Redonda", no atual bairro histrico de Niteri.

    Foi construda uma ponte de madeira sobre o Rio Paraba do Sul permindo o

    escoamento da produo cafeeira das fazendas. Na margem esquerda era loca-

    lizado o porto que alm de permir escoar a produo das fazendas localizadas

    margem direita tambm permia o comrcio uvial at a cidade de Barra do

    Pira.

    A navegao pelo Rio Paraba do Sul viveu seu perodo ureo - at 1870 -

    entre Resende e Barra do Pira.

    Ao mesmo tempo, os trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II chega Barra

    do Pira e Barra Mansa.

    Surgem as primeiras aspiraes de autonomia do lugarejo quando os moradores

    pleitearam a elevao do povoado categoria de freguesia.

    Abolio da escravatura e incio do declnio da produo cafeeira no pas.

    Volta Redonda conseguiu o seu estabelecimento denivo como oitavo distrito de

    Barra Mansa. As fazendas de caf da regio foram sendo gradualmente substudas

    por fazendas de gado leiteiro.

    Ponte sobre o Rio Paraba construda em 1864 Estao Ferroviria inaugurada 1871 pela Princesa Isabel

    1888

    Fonte: FCSN

    Fonte: FCSN

    14 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    .

    Captulo 2 - Histrico

  • Incio Do ciclo de industrializao de Volta Redonda, escolhida por Getlio Vargas como local para instalao da Usina Companhia

    Siderrgica Nacional (CSN), em plena II Guerra Mundial, marcando as bases da industrializao brasileira.

    Incio do funcionamento da Usina e fundao do Sindicato dos Metalrgicos. A cidade recebe milhares de imigrantes brasileiros

    em busca do Eldorado Brasileiro.A populao de Volta Redonda connuou crescendo verginosamente, grande parte compon-

    do o quadro operrio da usina.

    O distrito de Santo Antnio de Volta Redonda (o oitavo do Municpio de Barra Mansa)

    cresce lentamente, com o aparecimento de pequenas indstrias e cooperavas e pouco desenvolvimento estrutural e social.

    Em 17 de julho de 1954, a "Cidade do Ao" se emancipou de Barra Mansa.

    O municpio foi considerado rea de Segurana Nacional devido a localizao estratgica da usina que era uma das principais

    fornecedoras de ao do Brasil. 1977 a 1979 O Prefeito da cidade era Georges Leonardos e minha me sua secretria execuva.

    A prefeitura da cidade inicialmente administrava somente a rea correspondente margem esquerda do Rio,chamada na poca de Cidade Velha, e alguns poucos bairros da margem direita. Na margem esquerda atual-mente encontram-se os bairros: Rero, Vila Mury e Aero Clube.

    Na margem direita do Rio Paraba - chamada ento de "Cidade Nova" era localizada a vila operria que s passaria administrao municipal em 1968 e que possua melhor infraestrutura urbana e de servios pbli-cos que o restante do municpio.

    Deixa de ser uma rea de Segurana Nacional e em 15 de Novembro foi realizada as eleies diretas para prefeito -

    Primeiro prefeito eleito no voto direto: Marino Clinger Toledo Neto

    A CSN privazada e a cidade enfrentou grave problema econmico que s pde ser contornado com a interveno do poder pblico

    e com a reorientao da economia municipal para o comrcio e a prestao de servios, sendo a mais forte nesses quesitos no Sul

    Fluminense.

    5 de Outubro de 1988 promulgada a Constuio da Repblica Federava do Brasil. Presidente Jos Sarney

    A parr de meados da dcada de 1990, diversas obras de urbanizao, remodelamento do mobilirio urbano, bem como outras de engenharia de grande

    porte (viadutos, novo Estdio Municipal, praas, escolas, ginsios) deram nova feio cidade, da hoje como a de melhor qualidade de vida no interior

    do estado do Rio, segundo pequisa feita pela Universidade Federal Fluminense.

    Incio de uma segregao no municpio estabelecida pelo Rio Paraiba do Sul

    A Companhia Siderrgica Nacional, a CSN, viu seus funcionrios paralisarem suas avidades pela primeira vez em junho de 1984.

    Depois dessa greve, ocorreram outras 45 paralisaes na CSN. a principal era a equiparao salarial com os metalrgicos da Cosipa

    (Companhia Siderrgica Paulista), que ganhavam o dobro. Seria uma greve de extrema importncia polca, uma vez que a usina era

    um smbolo da industrializao e do movimento operrio do pas.

    Uma das mais longas comeou em 7 novembro de 1988, quando os metalrgicos ocuparam as unidades de produo da usina.

    Eles reivindicavam o pagamento da URP (Unidade de Referncia de Preos) de julho com correo, uma reposio salarial de 26%

    e a implantao do turno de trabalho de seis horas. Em confronto com os soldados do Exrcito, que aconteceu na noite do dia 9 e

    na madrugada seguinte, trs trabalhadores foram mortos. Os operrios s retornaram ao trabalho depois de 17 dias.

    Escritrio Central da CSN

    Cenas Greve Geral 1988

    1954

    1973

    1984

    1985

    1988

    HOJE

    1993

    1926

    1941

    1946

    15UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Fonte FCSN

    Captulo 2 - Histrico

  • Esquina Av. dos Trabalhadores - 1968 Rua 33 - Vila Santa Ceclia 1946

    Antiga Cidade Nova

    Antiga Cidade Velha

    Paulo de Frontin - Final decada 50

    Avenida Retiro - 1950

    Construo Ginsio do Recrieo do Trabalhador

    Cinema 9 de Abril - 1956

    Aterrado - 1950

    Bela Vista - 1945

    Viaduto Aterrado - 1950

    16UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    A Companhia Siderrgica Nacional e a Cidade

    1234

    6

    5

    Captulo 2 - Histrico

  • 17UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Registro da construo dos primeiros Hotis de Solteiros ao longo

    da Rua 33 no bairro Vila Santa Ceclia

    Registro da construo do Escritrio Central da CSN situado

    entre os bairros Vila Santa Ceclia e Conforto.

    Registro da construo das primeiras residncias no bairro Rstico

    Primeiro Hospital - Hospital da CSN

    Registro da contruo do Cinema Nove de Abril no bairro Vila Santa Ceclia

    1

    Construo da Praa Brasil 2

    3

    4 5

    6

    Captulo 2 - Histrico

  • 18UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

  • 3 - Estatsicas

    19UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

  • Como est s ?Para darmos incio a nossa proposta de Infraestrutura Cicloviria para Volta Redonda, precisamos primeiramente

    saber como estamos, certo?

    Realizando uma pesquisa para saber a verdadeira situao do trnsito no Brasil, e chegamos aos seguintes ndices

    alarmantes:

    38,3 %

    + 7,9 %

    56.337

    3.043

    Taxa de crescimento de mortes

    no trnsito nos ltimos 10 anos

    Taxa de crescimento de mortes

    apenas do ano 2011 para 2012

    Total de mortos no Brasil vtimas

    do trnsito no ano de 2012

    Total de acidentes de trnsito na

    cidade de Volta Redonda em 2014.*

    * Os dados de 2014 foram fornecidos pela Guarda Municipal de Volta Redonda na data de 03/11/2014

    Fonte dados Brasil: www.portaldotransito.com.br

    A seguir apresentamos alguns dados do IBGE e comparamos Volta Redonda com a

    capital do estado (Grco 2). Logo abaixo temos a mesma consulta de frota veicular a nvel nacional (Grco 3).

    Observamos que a proporo veicular de Volta Redonda maior que a mdia nacional. Ou seja,

    somos uma cidade de interior, com poblemas de capital de estado. Temos uma frota de carros (indicado pelas

    barras azuis) maior que mdia de todas as cidades do Brasil. Este fato comprova que o servio de transporte pblico

    deciente e nenhum pouco atravo para a maioria da populao. Os incenvos ao uso do automvel parcular

    conrmado neste perl apresentando, visto que a populao o uliza em grande proporoes, quando no possui

    nenhuma outra boa alternava de transporte, gerando este caos na mobilidade urbana. .

    Grco 2

    Grco 3

    20 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Cenas dirias do trnsito na cidade Fonte: Jornal Dirio do Vale www.diariodovale.com.br

    Captulo 3 - Estascas

  • Nos baseando em dados do IBGE e comparando a outras cidades do pas e do mundo conhecidas

    por sua frota exagerada de carros, como por exemplo Dubai, vericamos que proporcionalmente j ultrapassamos

    a frota das principais cidades do nosso estado.

    CIDADEPOPULAO

    estimada 2014

    PROPORAO DE CARROS

    por famlia com 3 pessoasFROTA DE CARROS

    excluindo motos e outros

    Rio de Janeiro

    Niteri

    Volta Redonda

    Dubai

    6.453.682

    495.470

    261.552

    2.262.000

    1.824.803

    117.527

    85.991

    sem fonte ocial

    0,85

    0,71

    0,98

    2,3 Fonte: Gulf News

    Fonte: IBGE

    So Paulo 11.895.893 4.971.813 1,25

    Florianpolis 461.524 206.845 1,34

    Baseando-se em todos estes dados podemos armar que anecessidadede uma alternava de transporte

    para as cidades, incluindo Volta Redonda, se faz URGENTE e IMPRESCINDVEL.

    Acompanhando o crescimento populacional de Volta Redonda e conitando-o com o crescimento da frota

    veicular outro dado alarmante apresentado. De 1996 a 2014, ou seja, nos lmos 18 anos, vemos um cresci-

    mento populacional em Volta Redonda equivalente a 12,90%, sendo que nos mesmo perodo, o crescimento da

    nossa frota de veculos foi de 185,63%, ou seja, superior a 10 vezes mais que o crescimento humano. Esta tabela

    foi emida pela prpria SUSER, que deveria ter apresentado uma soluo para tal crescimento absurdo antes que

    se tornasse o problema que apresenta hoje.

    * Fonte de dados: IBGE

    A seguir temos vrias fotos, em diversos locais da cidade, e em horrios diversicados, uma demonstrao

    de como o excesso de veculos est paralisando a cidade, prejudicando ainda mais a poluio do ar, diminuindo a qualida-

    de de vida dos moradores e dicultando cada dia mais a locomoo das pessoas dentro da cidade.

    21UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Cenas dirias do trnsito na cidade

    Fo

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    : Jo

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    Fonte :http://jconlineblogs.ne10.uol.com.br/

    Captulo 3 - Estascas

  • Quem s s ?

    Volta Redonda uma cidade que evoluiu e cresceu juntamente com um alto nidice migratrio. Desde que se

    tornou nacionalmenteconhecida por sua capacidade industrial, vem recebendo ao longo dos anos muitos imigran-

    tes, estudantes alm do crescimento natural da populao local.

    19%

    5%

    4%

    33%

    39%

    Distribuio Populacional por atividade

    Estudantes Ensino Mdio e Fundamental

    Tcnicos e Universitrios

    Trabalhadores da C.S.N

    Trabalhadores diversificados

    Crianas, Idosos e Desempregados

    Grco 1 : Distribuio populacional da cidade Volta Redonda - 2013/2014 - Fonte: Indicada

    Ulizando os dados do IBGE do lmo SENSO realizado em 2012 podemos detalhar o grco 1 de acordo

    com as tabelas a seguir:

    Matrculas - Estudantes 2012

    Ensino mdio

    Ensino fundamental

    11.713 alunos

    37.158 alunos

    Tcnicos e Universitrios

    UFF - Inscritos 2014

    FOA

    3.406 alunos

    4.240 alunos

    48.871 alunos

    UBM Campus Cicuta VR *

    UGB

    ETPC

    ICT *

    500 alunos

    1.500 alunos

    1.000 alunos

    1.700 alunos

    12.346 alunos

    Funcionrios outras empresas

    11.500 Funcionrios da CSN

    66.298

    Empresas atuantes 7.065

    Volta Redonda

    Densidade demogrca (hab/km )

    rea de unidade territorial (km )

    Populao estimada 2014

    2

    2

    1.412,75 hab/km

    182,483 Km

    262.259 hab

    2

    2

    22 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    *

    *

    * matrculas aproximadas - Fonte: Dados fornecidos por cada escola

    Fonte: IBGE

    Fonte: CSN

    Fonte: IBGE

    Fonte: IBGE

    Captulo 3 - Estascas

  • BAIRRO Total

    01 E.M. Dr. Jiulio Caruso Conforto 475

    02 E.M. Dr. Joo Paulo Pio de Abreu Aude 469

    03 E.M. Esprito Santo Santo Agos tinho 530

    04 E.M. Prefeito Jos Juarez Antunes So Luiz 679

    05 E.M. Prof . Maria Rosa Rodrigues Casa de Pedra 466

    06 E.M. Prof . Mariz inha Flix T. Lima Vila Rica 488

    07 E.M. Rubens Machado Reitro 416

    08 E.M. Tocantins Av Retiro 497

    09 E.M. Walmir de Freitas Monteiro Santa Cruz 2 724

    10 E.M. Wandir de Carvalho Siderlndia 700

    5444

    BAIRRO Total

    01 E.M. Mato Grosso do Sul Caeira 338

    02 E.M. Nilton Penna Botelho Nova So Luiz 421

    03 E.M. Paulo V I So Luiz 686

    1445

    BAIRRO Tota l

    01 Colgio Municipal Getlio Vargas Laranjal 1549

    02 Colgio Municipal Jos Botelho de A thayde Sessenta 724

    03 Colgio Municipal Joo XXIII Retiro 907

    04 Colgio Municipal Prof . Delce Horta Delgado Aterrado 743

    05 Colgio Prof . Themis de A lmeida V ieira Conforto 809

    4732

    10450

    01 Colgio Municipal Jos Botelho de A thayde Sessenta 70

    02 E.M. Bahia Retiro 17

    03 E.M. Dr. Jiulio Caruso Conforto 174

    04 E.M. Dr. Joo Paulo Pio de Abreu Aude 17

    05 E.M. Esprito Santo Santo Agos tinho 154

    06 E.M. Fernando de Noronha Vila Bras lia 217

    07 E.M. Graciema Coura Vila Rica 78

    08 E.M. Mato Grosso Retiro 92

    09 E.M. Nilton Penna Botelho Rom a 83

    10 E.M. Par Retiro 183

    11 E.M. Paulo V I So Luiz 75

    12 E.M. Prof . Mariz inha Flix Retiro 30

    13 E.M. Prefeito Jos Juarez Antunes So Luiz 30

    14 E.M. Prof . Lund Fernandes V illela Santa Cruz 118

    15 E.M. Rubens Machado Via Bras lia 68

    16 E.M. Wandir de Carvalho Siderlndia 114

    1520

    13.141

    UNIDADE EDUCACIONAL

    TOTAL DA FEVRE

    UNIDADE EDUCACIONALDESCRIO

    TOTAL GERAL DO ENSINO FUNDAMENTAL

    6 AO 9 ANO - SME + FEVRE + EJA

    FE

    VR

    E

    TOTAL GERAL DO ENSINO FUNDAMENTAL

    6 AO 9 ANO - SME + FEVRE

    AN

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    INIC

    IAIS

    FIN

    AIS

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    DA

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    TOTAL GERAL DA EJA

    TOTAL DOS ANOS FINAIS - 6 AO 9 ANO

    UNIDADE EDUCACIONAL

    TOTAL DOS ANOS FINAIS - 1 AO 9 ANO

    ED

    UC

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    NS

    EA

    DU

    LD

    OS

    EJA

    Os dados anteriores foram obdos atravs da Secretaria Municipal de Educao do Municpio, Sindicato dos

    Professores Estaduais e sites das universidades. Atravs de tabelas como as apresentadas a seguir, obvemos o ma-

    peamento da rede estudanl da cidade, assim como as reas de maior uxo de estudantes. O resultado deste mape-

    amento ser apresentado um pouco mais a frente quando tranarmos o perl dos potenciais ciclistas da cidade.

    Tabela 2 : Rede Municipal de Ensino - Estudantes com idade superior a 14 anos - potenciais ciclistas

    Fonte: PMVR

    Tabela 1 : Rede Estadual de Ensino - Estudantes com idade superior a 14 anos - potenciais ciclistas

    23UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Fonte:

    Captulo 3 - Estascas

  • 24UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

  • 4 - Mobilidade autal

    25UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

  • 26

    rigens e destinos

    De acordo com a anlise de deslocamento dirio vericado pela Superi-

    tendncia de Servios Rodovirios (SUSER) da cidade, mapeamos as reas de ma-

    ior concentrao de migrao diria da populao. .

    Histricamente a cidade comeou a ser povoada nas reas onde atual-

    mente esto os bairros Vila Mury, Niteri e Rero (margem esquerda do Rio

    Paraba do Sul). No entorno destes bairros atualmente esto as reas mais

    adensadas da populao que so os bairros Santo Agosnho (margem direita),

    Vila Braslia, Belmonte e mais recentemente o bairro Santa Cruz que recebeu

    inmeras moradias do projeto Minha Casa Minha Vida. .

    Acompanhando a histria da cidade, a margem direita do Rio

    foi onde se instalou a CSN, e consequentemente, a vinda da indstria trouxe v-

    rios invesmentos e maior desenvolvimento para esta margem. Atualmente os

    bairros Vila Santa Ceclia, Aterrado e Conforto, so os bairros localizados a mar-

    gem direita do Rio Paraba do Sul com maior adensamento de moradias. Mas

    devido a CSN e todo o crescimento advindo de sua construo, estes bairros pos-

    suem maior nmero de edicios histricos e melhor infraestrutura viria. Nesta

    mesma rea concentra-se tambm o maior nmero de escritrios, edicios co-

    merciais. Em contra parda as pequenas indstrias esto localizadas a margem

    esquerda e na periferia da cidade. .

    OS mapas-grcos a seguir apresentam a rea urbana da

    cidade com elevaes tri-dimensionais, mostrando em escala de

    barras a quandade de pessoas que migram pela manh para

    seus locais de trabalho. Ou seja, quanto mais alta a barra e mais

    escura, maior o uxo de pessoas, e quanto mais clara e mais baixa

    a barra, menor o uxo de pessoas. .

    MAPA-GRFICO DE ORIGENS - Fonte: SUSER.

    o Seguindo o mesmo raciocno, apresentamos o mapa-grco de

    desnos informado pela SUSER.

    Analisando os dois indicavos concluimos o seguinte:

    1 - BAIRROS COM MAIOR FLUXO DE ORIGEM:

    * Santa Cruz - Margem esquerda

    * Santo Agosnho - Margem direita

    * Aude - Margem esquerda

    * Jardim Amlia e - Margem direita

    * Vila Rica - Margem direita

    * Conforto - Margem direita

    * Ponte Alta - Margem direita

    2 - BAIRROS DE DESTINO:

    * Aterrado - Margem direita

    * Vila Santa Ceclia - Margem direita

    * Conforto - Margem direita

    * Rero - Margem esquerda

    Observamos com estes dados a importncia do cruzamento de uma

    margem a outra do Rio Paraba, e a necessidade de transpor a linha frrea

    que esta localizada as margens da CSN. Todo este deslocamento dirio da po-

    pulao gera uma carga nas vias que rondam a CSN e servem justamente pa-

    ra vencer estes segregadores urbanos.

    Mapeamento de carregamento das vias em horrio de pico - Fonte: SUSER

    CSN

    CSN

    CSN

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    MAPA-GRFICO DE DESTINOS - Fonte: SUSER.

    CSN

    Conforto

    Retiro

    Captulo 4 - Mobilidade Atual

  • 27UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Mapeamento de deslocamento dirio da populao

    SO

    LUCAS

    Origens

    Destinos

    INTENSO

    MDIO

    INTENSO

    MDIO

    Captulo 4 - Mobilidade Atual

  • Um eciente projeto de mobilidade e uma polca pblica que visa dimi-

    nuir o congesonamento nas cidades, so baseadas no incenvo ao uso do

    transporte pblico. Volta Redonda uma cidade que consta apenas com o

    nibus como modal de tranporte pblico. A cidade est com um projeto de

    mobilidade em andamento, que ser exemplicado mais adiante e fare-

    mos uma crca as decises equivocadas que esto dentro do escopo. No

    momento, uma pergunta que fao a seguinte: .

    .

    TEMPO DE ESPERA

    PARA EMBARQUE

    Fonte: SUSER

    Figura : GRFICO DE TEMPO DE ESPERA PARA EMBARQUE EM NIBUS DE VR

    Grande parte da populao de Volta Redonda no uliza o transporte

    pblico disponvel devido ao enorme TEMPO DE ESPERA ao qual a

    populao submeda, inviabilizando qualquer tentava de incenvo

    enquanto este problema no for resolvido!

    Alguns avanos j ocorrreram, mas longe de ser o ideal. Atualmente a cidade dispe de um aplicavo para celular, chamado Ciamobi, que apresenta pa-

    ra o cidado em tempo real, quanto tempo ele vai necessitar car esperando, por uma linha especca, numa parada de nibus pr-selecionada. Com isto temos o

    avano no mapeamento e acompanhamento do percurso das linhas de nibus, assim como todas as paradas alm do acompanhamento via satlite de todas as linhas

    em geral. Em contra parda, no existe nenhum projeto em andamento que procure reduzir o tempo de embarque das pessoas, ou seja, o programa atualmente

    ulizado apenas para comprovar os absurdos dos tempos de espera que a populao submeda. Podemos dizer ainda que temos neste caso um imenso desperd-

    cio de informao extremamente relevante para a melhoria do transporte urbano. Anal, o programa capaz de demonstrar quais linhas deveriam ser substudas

    ou remanejadas urgentemente, mas infelizmente connuar desta forma pelo menos at o prximo mandato. .

    .

    Divulgao, Fanpage da SUSER

    28 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    O transporte pblic

    _ Numa cidade de interior, de mdio

    porte e com curtas distncias entre

    o trabalho e a moradia, grande parte

    da populao uliza o transporte

    pblico disponvel? .

    A resposta NO. Mas porqu?

    De acordo com a prpria SUSER e um levantamento feito

    que demonstrou o tempo de espera para embarque possvel obter

    a resposta, veja no grco a seguir:

    SANTA CRUZ

    Charge adaptada para a demonstrar a situao do bairro mais crco e aden-

    sado da cidade, o bairro Santa Cruz. Inmeras reclamaes existem em rela-

    o a demanda de transporte no atendida para aquela regio.

    Fonte : http://www.diplomatafm.com.br/

    Captulo 4 - Mobilidade Atual

  • 29UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Observe que os testes foram realizados, solicitando o tempo em paradas de

    nibus em lugares diversicados, que foram:

    Rua 33 ou Alberto Pasqualine e Shopping Sider - Bairro Vila Santa Ceclia

    Rodovia Lcio Meira - Bairro Conforto

    Rodovia Srgio Braga - Bairro Ponte Alta

    Regies que possuem alto ndice de congesonamento, justamente, onde o transporte

    pblico deveria servir mais com o mximo de ecincia.

    Vericamos que em todos os exemplos apenas uma linha que est dentro de um

    tempode espera aceitvel, no caso a linha 155. Todas as demais esto completamente

    fora do tempo ideal, no caso de pases desenvolvidos o tempo de espera gira em torno

    de 2 a 6 minutos no horrio de pico e no mximo 22 minutos quando ocorre algum pro-

    blema com a linha.

    No lmo exemplo vericamos o pior caso encontrado: 105 minutos = 1:45h

    de espera por um nica linha de nibus.

    Captulo 4 - Mobilidade Atual

  • EM PASES DESENVOLVIDOS

    O TEMPO DE ESPERA

    POR TRANSPORTE PBLICO

    ENCONTRA-SE NO INTERVALO DE

    2 A 6 MINUTOS DE ESPERA.*

    *

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    30 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Captulo 4 - Mobilidade Atual

  • Fonte : http://aguadedentadura.com/onibus-lotado/

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  • 5 - Conceit

    32 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

  • ?33UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Qual a solu

    Captulo 5 - Conceito

  • 34UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

  • 35UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Captulo 5 - Conceito

  • Esta pergunta poderia ser respondida por inmeras pesquisas,

    estudos de casos e depoimentos de pessoas que trocaram seus ve-

    culos motorizados para se deslocarem de bicicleta, mas iramos

    extender o assunto e fugir do foco do trabalho. Iremos resumir em

    poucas palavras, porque a bicicleta seria a soluo para causar uma

    transformao signicava na cidade e na melhoria da mobilidade

    urbana. .

    Dentre as inmeras vantagens de se criar uma Infraestrutura

    Cicloviria para a cidade podemos citar:

    1 - Reduzir os congesonamentos e melhorar a qualidade do ar

    2 - Aumentar o alcance dos sistemas de transporte de massa

    3 - Melhorar a acessibilidade geral fornecendo complemento

    ao transporte pblico

    4 - Melhorar a sade dos moradores

    5 - Atrair novos ciclistas

    6 - Abrir novos nichos de mercado

    7 - Resgate da escala humana na cidade

    8 - Melhora da auto esma pessoal

    9 - Rpida implantao e baixo custo comparando a outros

    modais de transporte.

    10- Agilidade dos deslocamentos porta a porta.

    11 - Baixo custo de manuteno.

    12- Reduz a demanda de vagas de estacionamento

    13 - Bicicletas ocupam pouco espao no trnsito

    14 - Pedalar muito diverdo!

    "Uma magrela carrega 10 vezes o seu peso; mulplica a energia do

    homem; tem maior ecincia energca; uma ferramenta de incluso;

    melhora a sade e benecia o meio ambiente; o nico veculo 100%

    sustentvel". .

    Arquiteta e cicloavista: Renata Falzoni

    Porque a bicicleta e Cicl ?s

    Quando sugerimos o invesmento em uma Infraestrtura Ciclo-

    viria, estamos sugerindo tambm ganhos signicavos aos cofres p-

    blicos. Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Auckland,

    na Nova Zelncia, a cada dlar invesdo em uma infraestrutura ciclo-

    viria, poupa-se US$ 24,00 em outros invesmentos que se fariam ne-

    cessrios; se este invesmento fosse realizado para os veculos moto-

    rizados. .

    A pesquisa demonstrou que o principal ganho ocorre na rea de

    sade, da parte da populao que troca o automvel por bicicleta.

    O sistema de sade e a prpria populao ganha com a populao mais

    saudvel e recorrendo menos ao sistema de sade. .

    Estacionamento de bicicletas da estao Central de Amsterd: Arquivo pessoal

    Podemos completar ainda que a bicicleta a melhor opo para a

    melhoria da mobilidade urbana, de uma cidade, simplesmente pelo fato de-

    la ser completamente compavel com a dimenso humana.

    Jan Gehl em sua obra Cidade para pessoas, destaca de inmeras

    formas, a necessidade e excelentes resultados obdos em projetos que res-

    peitam esta escala, destacamos um trecho da obra:

    A dimenso humana

    Por dcadas, a dimenso humana tem sido tpico do plane

    jamento urbano esquecido e tratado a esmo, enquanto vrias

    outras questes ganham mais fora, como o acomodao

    do verginoso aumento do trfego de automveis.

    ... Agora no incio o sculo XXI, podemos perceber os contor-

    nos de vrios e novos desaos globais que salientam a impor-

    tncia de uma preocupaao muito mais focalizada na dimen-

    so humana. A viso de cidades vivas, seguras, sustentveis e

    saudveis tornou-se um desejo universal e urgente. Os quatro

    objevos - chave -

    cidades com vitalidade,

    segurana,

    sustentabilidade e

    sade.

    Cidade para pessoas - Jan Gehl

    36 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Captulo 5 - Conceito

  • Fra

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    014: A

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    38 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

  • 6 - Projetos e cidades referncias

    39UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

  • Jan Gehl, arquiteto urbanista, precursor do pensamento de cida-

    des habitveis e grande defensor para que o planejamento urbano no

    seja focado apenas na ecincia do trfego e estacionamento, mas sim

    como as pessoas seriam mais felizes vivendo nas cidades. Dentre os

    principais tens de um bom planejamentos esto os projetos ciclovirios

    que transformam as cidades.

    medida que melhoram as condies

    para os ciclistas, surge uma nova cultura da

    bicicleta. Crianas e idosos, homens e mulheres

    de negcios e estudantes, pais com crianas

    pequenas, prefeitos e realeza, todos andam

    de bicicleta. Andar de bicicleta tornou-se

    a forma de se locomover na cidade. mais rpido

    e mais barato que outras opes de transporte,

    mais saudvel e bom para o meio

    a m b i e n t e . J a n G e h l.

    Mas juntamente com suas idias e argumentaes este projeto re-

    cebeu a inspirao de outros dois personagens importantes que surgiram

    recentemente em defesa da cultura das bicicletas, no necessariamente

    arquitetos urbanistas, mas prossionais que transformaram suas cidades;

    so elas:

    1 * Janee Sadik-Khan Ex-secretria de Transportes de Nova York

    no perodo de 2007 a 2013, implantou 587 km de ciclovias em NY

    Janee transformou a cidade de Nova York em uma cidade mais humana.

    E para isto ela no construiu mais uma linha de metr, mas procurou de-

    volver a cidade aos pedestres, atravs de intervenes urbanas que crias-

    sem reas de convivncia e ciclovias. Enfrentou muita resistncia, mas pa-

    ra contornar e ter sucesso no objevo, realizou em mdia 2.000 reunies,

    dentre elas nas casas das prprias pessoas para discur antecipadamente

    as intervenes e arma:

    Quando voc cogita eliminar uma vaga pblica, h sempre o cida-

    do que reage como se e vesse perdendo um lho. Nosso plano foi co-

    nectar uma rede de ciclovias por toda a cidade e isso exigiu mudanas no

    formato das ruas. Projetamos algumas rotas principais, incluindo nesse

    trajeto as pontes e tento a preocupao de criar conexes com reas co-

    merciais. No ser tratava apenas de construir novas ciclovias. Com as ci-

    clovias, voc torna a cidade mais segura no apenas para os ciclistas, mas

    para todos os que esto na rua. .

    Janetee Sadik-Khan

    2 * Enrique Penhalosa, Economista e Historiador, Ex-Prefeito de Bogot

    na gesto de 1998 a 2001. .

    Transformou a cidade de Bogot, historicamente degradada e

    com alto ndice de violncia, em uma cidade referncia em relao ao

    respeito a escala humana. Virou um caso de sucesso sua gesto e exem-

    plo para o mundo e pases emergentes. .

    Seu governo priorizou, em vez de obras como

    elevados e viadutos, bibliotecas pblicas que atendem

    hoje 400 mil pessoas, alm de parques e reas de lazer

    nas periferias. Enrique Penhalosa em seu dircuso na ONU 2001

    Referncias de sucess

    Ex-Secretria de Transportes de Nova York - Janee Sadik-Khan

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    Ex-Prefeito de Bogot - Enrique Penhalosa

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    Arquiteto Urbanista pioneiro do pensamento ``cidades habitveis`` -

    Jan Gehl

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    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR40

    Captulo 6 - Projetos e cidades referncias

  • Amsterd - Arquivo Pessoal 2014UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 41

  • As redes ciclovirias no mund

    As cidades escolhidas foram: Frankfurt - Alemanha, Copenha-

    gue - Dinamarca, Amsterd - Holanda e Sevilha - Espanha. Foram feitas ou-

    tras visitas em quase 40 cidades no connente Europeu e fora dele, mas com

    intuito tursco alm da observao da logisca de conexo com outros mo-

    dais de transporte pblico. Mas visitas especcas a observao e levanta-

    mento de dados referente a malha cicloviria foram estas citadas no roteiro.

    A Q U E B R A D E U M M I T O

    Quando comeamos a discur a possibilidade de implantao

    de ciclovias, de uma forma geral, em qualquer cidade que no tenha a cultura

    deste modal desenvolvida, muito comum o comparavo com estas cidades

    visitadas e muitas pessoas desinformadas, ou que no observaram atenta-

    mente a infraestrutura possuem a seguinte opinio: .

    ``_ As cidades Europias foram preparadas para rece-

    ber ciclovias desde o incio. Aqui no Brasil, em qual-

    quer cidade, no temos condies de construir ciclovi-

    as porque no temos vias preparadas para isto...

    no h espao; alm de fazer muito calor!``

    Com a nalidade de projetar uma malhar eciente, fomosbuscar no mundo e no Brasil algumas malhas implantadas e que so uliza-

    das at os dias de hoje. .

    Para uma melhor compreenso da logsca da rede, nada

    melhor do que estar na cidade, pedalar o circuito e senr de perto as di-

    culdades e facilidades que a rede lhe fornece. Sendo assim, decidi visitar

    pessoalmente as cidades mais tradicionais e populares em relao a cultu-

    ra deste modal, e aplicar no projeto a experincia adquirida.

    Como foi citado anteriormente, Sevilha na Espanha, foi a

    cidade pioneira em relao ao meu primeiro contato com bicicleta como

    modal de transporte, logo, no roteiro de visitas no poderia faltar numa no-

    va visita. O mapa abaixo demonstra o roteiro da viagem que se tornou uma

    pesquisa de campo extremamente importante para este trabalho.

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR42

    1 : Rio - Frankfurt 2 : Frankfurt - Copenhague

    3 : Copenhague - Amsterd 4 : Amsterd - Sevilha

    5 : Sevilha - Frankfurt 6 : Frankfurt - Rio

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    .co

    mRoteiro de viagem internacional pelo continente Europeu

    para pesquisa de campo

    Variaes deste mito quase que unnime quando iniciamos qualquer processo de implantao de infraestrutura cicloviria em cidades

    pelo Brasil. Ento, comearemos nossa viagem justamente com um esclare-

    cimento sobre este mito, e consequentemente um esclarecimento de como,

    as cidades que hoje possuem uma malha eciente, resolveram a questo do

    espao urbano. .

    Abaixo esquemazamos um corte demonstrando como foram resolvidas as implantaes das ciclovias nas principais cidades visitadas.

    Podemos observar que o que ocorreu na grande maioria das cidades foi a

    rerada de uma pista da via original, e a ciclovia foi elevada ao nvel da cal-

    ada, fazendo com que aparentemente exista uma grande calada com a

    ciclovia inserida na mesma. Esta soluo pode ser conrmada pela drena-

    gem existente da calada anterior como demonstrado nas fotos a seguir.

    Charge crtica a diculdade de implantao

    de infraestrutura cicloviria em Belo Horizonte

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    Captulo 6 - Projetos e cidades referncias

  • UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 43

    calada original

    antes da ciclovia

    aproximadamente 3m

    calada atual com a ciclovia

    aproximadamente 6m

    + 3m

    + 6m

    Drenagem pluvial da calada original

    Drenagem

    pluvial da nova

    calada - aps

    a implantao da

    ciclovia

    Drenagem

    original

    QUEBRANDO UM MITO ``As cidades Europias foram preparadas para receber ciclovias desde o incio.``

    As cidades Europias foram ADAPTADAS

    quando construram a maioria de suas ciclovias.

    FATO REAL

    Captulo 6 - Projetos e cidades referncias

  • UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR44

  • De acordo as redes de infraestrutura cicloviria, executadas

    em cidades com o perl parecido com Volta Redonda, observamos que

    alm das ciclovias passarem nas vias principais da cidade, a malha forma-

    da por vias intercaladas cada 3 ou 4 quarteires, ou seja, no se faz neces-

    srio reservar espao para a circulao das bicicletas em todas as vias para-

    lelas ou perpendiculares as principais e sim, obedecer um intervalo razovel

    entre as vias eleitas. Quando o ciclista necessitar sair da via reservada, ele

    poder transitar, juntamente com o trnsito, sem maiores problemas; lem-

    brando que as vias que recebem a infraestrutura a velocidade dos autom-

    veis diminuem e consequentemente a segurana aumenta para todos .

    Para exemplicar apresentaremos algumas malhas de cidades

    como: Amsterd, Sevilha, Sorocaba, Frankfurt e Curiba. Em algumas

    conseguimos alguns dados demogrcos importantes juntamente com

    a infraestrutura cicloviria.

    rea

    UrbanaCidade

    Populao

    n. habitantes

    Tamanho

    da rede

    Densidade

    hab/km2

    Curiba 319 km2 1.848.946 120 km 4.251

    Sorocaba 449 km2 1.229.231 115 km 1.401

    Sevilha 141 km2 703.206 164,5 km 4.976

    Volta Redonda 182 km2 262.259 1.44012 km

    Amsterd 166 km2 813.562 6.230 400 km

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    Captulo 6 - Projetos e cidades referncias

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR45

    A cidade tambm possui 50 paraciclos (estacionamentos de bicicletas), sendo um deles no Terminal Santo Antonio (com capacidade para 60 bicicletas),

    oito mdulos comerciais (quiosques), com capacidade de acoplar entre 40 e 60 bicicletas cada um. So equipamentos projetados para locais estratgi-

    cos para facilitar a integrao entre as ciclovias e os demais sistemas de transporte.

    Fonte: URBES SP www.urbes.com.br/transito-ciclovias

    Carregamento das vias de Amsterd - Horrio de pico

    Fonte: Google Maps

    Rede cicloviria de Amsterd - 400 km

    Uma das maiores redes do mundo.

    Sorocaba possui 115 quilmetros de ciclovias, que cortam a cidade de Les-

    te a Oeste e de Norte a Sul, com predominncia na zona Norte da cidade.

    Do total, 110 quilmetros so de ciclovias, 3 quilmetros so de ciclofai-

    xas e 2 quilmetros de faixa comparlhada com nibus (Ruas Hermelino

    Matarazzo e Comendador Oeterer). As ciclovias esto interligadas e no

    so segmentadas. O Plano Ciclovirio de Sorocaba comeou a ser im-

    plantado em 2006 e o invesmento da cidade em ciclovias vai alm da

    segurana do usurio. um invesmento na qualidade de vida do cida-

    do, uma vez que torna menor o tempo de transporte entre a residn-

    cia e o trabalho. A ciclovia tambm um espao de lazer e de avidades

    sicas, onde o sorocabano pode cuidar da sua sade.

    SOROCABA - Extenso quase 3 vezes o territrio de Volta Re-donda, mas com o mesmo adensamento. A cidade se encontra com as se-

    guintes caracterscas em relao a bicicleta.

    AMSTERD - Extenso territorial menor que a cidade de Volta Redonda, porm conta com a MELHOR REDE CICLOVIRIA DO MUNDO

  • O que este imenso parque tem de to sensacional?

    _ A simplicidade!

    Um gramado, pedestres e rvores! E no subterrneo de todo este verde... estacionamentos!

    Localizao: Museumplein - Amsterd

    Fonte: Google Maps

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    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR46

  • Figura :Rede cicloviria de Curitiba - 127 km atuais e em

    expanso

    Rede cicloviria de Sevilha - 164,5 km - Perl mais idntico ao de VR Carregamento das vias em horrio de pico de Sevilha

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 47

    Captulo 6 - Projetos e cidades referncias

  • UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR48

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  • A gura acima o mapeamento das vias principais de Frankfurt. Uma cidade alem que conta com uma execelente rede cicloviria da qual -

    ve a oportunidade de ulizar. Uma malha de fcil localizao principalmente por percorrer as principais vias da cidade. Podemos comprovar a centra-

    lidade da malha comparando o mapa acima com o mapa abaixo, que aponta as vias exclusivas para ciclos. Este mais um exemplo que comprova a

    necessidade das vias ciclveis percorrer as principais vias da cidade, ou seja, as vias ARTERIAIS E COLETORAS, pois geralmente as vias locais no iro

    n e c e s s i t a r a r e s e r v a e s p e c i a l d e f a i x a p a r a c i c l o s p o i s t r a t a m - s e d e v i a s d e b a i x a c i r c u l a o d e a u t o m v e i s .

    O caso especial de Frankfurt a beleza existente as margens do Rio que corta a cidade. Paisagens paradizacas ao logo de todas as ciclovias

    so presentes frequentes para quem pedala por Frankfurt.

    Ciclovia ao longo do Rio em Frankfurt

    Ciclovia ao longo do Rio em Frankfurt

    Captulo 6 - Projetos e cidades referncias

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 49

    Captulo 6 - Projetos e cidades referncias

  • UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR50

  • UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 51

    7- Gesto de implementa

    Captulo 7 - Gesto de Implementao

  • Potenciais ciclistas

    De acordo com os dados apresentados na anlise de Quem Somos, podemos observar que praca-

    mente 24% ou 1/4 (um quarto) da populao da cidade formada por estudantes e universitrios. Logo, classicare-

    mos o primeiro grande grupo composto pelos estudantes contabilizados, dos quais possuem idade superior a 14 anos,

    ou seja, todos os estudantes analisados so ciclistas em potencial e faro parte de um pblico extremamente impor-

    tante para o sucesso da malha. .

    J o segundo maior grupo de potenciais ciclistas, em torno de 20%, se encontra dentro do perl de

    trabalhadores das diversas pequenas indstrias, escritrios e comrcio da regio. Em terceiro lugar se encontra o

    grupo de trabalhadores da CSN, que atualmente representam apenas 5% da populao, ou seja, a cidade de Volta

    Redonda aps 1940 era pracamente composta, em sua grande maioria, por funcionrios da CSN, mas esta realidade

    mudou. O crescimento da cidade, a entrada de Universidades, tanto federais como parculares, e a posio estratrgica

    em relao a Regio Sul Fluminense, fez com que o perl da cidade mudasse ao longo dos anos, atraindo diversas inds-

    trias em diversas reas, alm da siderugia e consequentemente o crescimento do comrcio e o crescimento diversica-

    do de outras avidades. Ento, um erro focar apenas nos trabalhadores da CSN, pois precisamos pensar que antes

    deste grupo esto outros 2 grupos, que somam quase a metade da populao de Volta Redonda, que devero ser en-

    quadrados como potenciais ciclistas. .

    Logo, a parr destes dados podemos denir o perl da cidade de Volta Redonda como sendo:

    Onde os potenciais ciclistas esto dentro dos 3 primeiros grupos de avidade na cidade. O b s e r v a -

    mos assim que a cidade no possui um perl tursco, pelo menos por enquanto. Este perl de potenciais ciclistas,

    atrados pelo turismo, percepvel em cidades prximas como Penedo (Distrito de Resende) e Itaaia, mas ainda

    no nossa realidade de pblico. .

    ESTUDANTIL E INDUSTRIAL

    4% Trabalhadores

    33% Trabalhadores diversos - exceto CSN.

    24% Estudantes a parr de 14 anos de idade at a universidade

    Ginsio Recreio do Trabalhador * Interior do Ginsio Recreio do Trabalhador *

    Igreja de Santa Ceclia Escola Tcnica Pandi Calgeras *

    Cine 9 de Abril *

    Quando temos o perl tursco dentro do quadro de habitantes

    da cidade de forma signicava, importante ressaltar os pontos turscos

    mais importantes dentro do roteiro da malha cicloviria.

    A parr do momento que o perl tursco for uma realidade para nossa cidade, no podemos

    deixar de incluir na rede cicloviria, o trajeto que conecte os principais atravos da cidade como por exemplo os

    belssimos edicios que foram construdos a parr de 1940, com a chegada da CSN e que esto vivos na cidade at

    hoje. Edicios que marcaram uma fase da Arquitetura Modernista com vrias residncias, colgios, igrejas, salas de

    cinema, ginsios esporvos, hotis e edicios pblicos.

    A seguir demonstramos alguns destes edicios. Alguns deles esto includos na malha proposta

    neste trabalho (*), outros devem ser includos numa Segunda etapa.

    Edicaes com grande valor para uma rota tursca:

    Fazenda de Santa Ceclia (Propriedade CSN)

    Captulo 7 - Gesto de Implementao

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR52

  • Logo, de acordo com pesquisas em vrias cidades que possuem uma infraestrutura cicloviria executa-

    da, a esmava de uso inicial, mesmo com todas estas diculdades, est em torno de 10% dos potenciais

    ciclistas, ou seja, se nossos potenciais ciclistas somam: .

    Totalizando quase 139.000 habitantes, ou seja, 10% deste publico signica que:

    Um nmero signicavo, visto que estas pessoas estaro trocando a ulizao de veculos motorizados

    e liberando vagas no transporte pblico, melhorando toda a mobilidade da cidade. Mas lembrando que o uso

    deste modal sustentvel, que a bicicleta, no necessariamente ser usado para percorrer todo o trajeto anal

    o uso pode ser apenas para pequenos trechos complementares ao uso do transporte pblico.

    Pensando em uma malha cicloviria, dentro da realidade Brasileira, no podemos deixar de levar em

    considerao todos os problemas comuns existentes nas nossas cidades:

    1 - poucos incenvos ao uso da bicicleta,

    2 - marginalizao das pessoas que ulizam este veculo, diarimante, para seu deslocamento,

    3 falta de segurana no trnsito

    4 falta de polcas pblicas para educao no trnsito inserindo a bicicleta como modal.

    Hotel Bela Vista Hotel Bela Vista

    Hoteis para solteiros CSN * Hotis para solteiros CSN *

    Primeira rdio da cidade Edicio do Escritrio Central da CSN *

    atualmente desavado

    1 - Aproximadamente 48.900 Estudantes do ensino mdio +

    2 - Aproximadamente 12.350 Estudantes universitrios e tcnicos +

    3 - Trabalhores da CSN 11.500 prossionais +

    4 - E mais de 66.200 trabalhadores de outras empresas.

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 53

    Captulo 7 - Gesto de Implementao

    aproximadamente 14.000 potenciais ciclistasulizaro a infraestrutura nos primeiros anos.

    Fotos antigas de Volta Redonda: Fonte FCSN

    Legenda

    1 - Cine 9 de Abril

    2 - Fazenda Santa Ceclia

    3 - Igreja de Santa Ceclia

    4 - Escola Tcnica Padi Calgeras

    5 - Ginsio Recreio do Trabalhador

    6 - Hotel Bela Vista

    7 - Hotis para Solteiros

    8 - Primeira Rdio

    9 - Escritrio Central da CSN

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    3

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    7 8

    9

  • Com esta denio da quandade de habitantes, que se enquadram dentro do primeiro grupo

    de potenciais ciclistas, que inicialmente ulizaro a malha, conseguiremos prever vrios tens do planejamento tais

    como:

    .

    * o nmero de bicicletrios ao longo da rede * previso de instalao do sistema de bicicletas comparlhadas em cada fase do projeto.

    A medida que este primeiro grupo de pessoas comearem a ulizar a infraestrutura, dentro dos

    primeiros 2 anos de sua implantao, outros habitantes se sentiram seguros em comear a aderir ao modal e um no-

    vo pensamento sobre mobilidade vai surgindo. Foi assim com todas as cidades ao redor do mundo aonde houve es-

    te po de projeto. Com o passar dos anos, este nmero deve aumentar, mas isto variar de acordo com a qualidade

    da via, a manuteno anual e a expanso da rede. .

    Veremos alguns exemplos de cidades brasileiras tanto como levantamento de perl de ciclistas

    como apontamento de maior horrio de uso: .

    6% DA POPULAO DE SO PAULO DEIXOU DE USAR O CARRO, APONTA PESQUISA:

    De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instuto de Pesquisas Sociais, Polcas e Econmicas

    (Ipespe), 6% dos motoristas da capital deixaram de usar o carro nos lmos dois anos. Os j agora

    ex-motoristas, em sua maioria (67%), trocaram o automvel pelo nibus que com as faixas exclusivas

    passaram a andar com mais velocidade.

    Fonte: SPresso SP 12/10/2014: http://spressosp.com.br

    De acordo com o levantamento, o perl mdio do ciclista curibano formado por homens (67%),

    estudantes (21%), com idade entre 23 e 29 anos (36%) e que usa a bicicleta de uma a trs vezes por

    semana. A origem dos ciclistas bem pulverizada entre os diversos bairros da cidade, com maior

    concentrao no centro (13%),... Grande parte dos deslocamentos so feitos entre as 17h e 21 h

    (61%) e entre as 9h e 13h (42%).

    Fonte: Ir e vir de bike 23/10/2012. http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/ir-e-vir-de-bike

    Captulo 7 - Gesto de Implementao

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR54

    J em Nova York, a pesquisa realizada pelo Departamento de Transportes (DOT) reete bem

    o resultado - aps 7 anos - da implantao de ciclovias em uma cidade com alto ndice de congesonamentos.

    A implantao se iniciou em 2007 e atualmente conta com aproximadamente 48,3 km den-

    tro da rea central de Nova York. Ao longo desde 7 anos a implantao evoluiu e foi de adaptando e modican-

    do a medida que o trnsito e os pedestres se acostumavam com a nova alternava de mobilidade. Observe

    que a pesquisa separa em tens todas os resultados vantajosos da implantao como: Segurana, Mobilidade

    Economia e Qualidade de Vida. .

    Destacamos as seguintes consideraes: .

    SEGURANA: Queda de atropelamentos em pedestres 22% e Queda de 74% de leses a ciclistas

    MOBILIDADE : A incluso das ciclovias no retardou o trnsito de nibus muito menos a uidez dos autom-

    ve i s , m a s e s p e c i ca m e nte n a 8 a Ave n i d a o te m p o m d i o d e t rave s s i a m e l h o ro u 1 4 % .

    VITALIDADE ECONMICA E QUALIDADE DE VIDA: O destaque vai para o aumento nas vendas das avenidas que

    veram as ciclovias implantadas, resultado totalmente contrio ao imagino por muitos. Alm disto o ganho de

    tempo nos locais que foram implantados as ciclovias melhorou entre 17 min a 30 minutos de ganho.

    Uma pesquisa recente realizada pelo Mobilidade Niteri * da cidade de Niteri - RJ, que vem im-

    plantando uma infraestrutura cicloviria nos lmos 2 anos, deniu o perl dos primeiros ciclistas em Niteri. J fo-

    ram realizadas algumas contagens que apontam um nmero crescente de usurios mesmo quando a infraestrutura

    formada em sua grande maioria por ciclofaixas e um nmero bem menor ciclovias - lembrando que a ciclovia ofere-

    ce mais segurana ao ciclista - ou seja, mesmo assim o nmero crescente a cada contagem.

    Relatrio Preliminar Sobre As Bicicletas Na Cidade De Niteri

    Sntese da pesquisa Perl, Origem e Desno dos Ciclistas de Niteri.

    56% dos ciclistas possuem de 20 at 35 anos de idade.

    64% possuem nvel superior e 33% algum grau de especializao

    33% tem renda familiar a parr de R$ 7.250,00 e 10% renda superior a R$ 14.499,99.

    90% uliza a bicicleta como meio de transporte.

    45,34% ulizam a bicicleta de 3 a 5 dias por semana e 27,96% de 6 a 7 dias por semana.

    Fonte: Mobilidade Niteri 08/12/2014 http://mobilidadeniteroi.blogspot.com.brFonte: New York City Department of transportation - Setembro 2014

  • Embora a pesquisa no indique o

    perl dos ciclistas de Nova York, ela aponta

    dados importanssimos como, o aumento

    de volume de ciclistas em uma das avenidas,

    que variam de acordo com o local, mas

    como demonstrado na 9a Avenida foi de 65%,

    j na 1a Avenida foi de 160% . Podemos veri-

    car tambm a diminuio do nmero de a-

    cidentes que alcanou at 45% nesta mesma

    via. .

    A pesquisa completa analisou 8 vias

    de toda a rede.

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 55

    Captulo 7 - Gesto de Implementao

    NEW YORK CITY DEPARTMENT OF TRANSPORTATION

    Protected Bicycle

    Lane

    Analysis

    Design

    2nd

    Avenue (14th

    Street to 23rd

    Street)

    The

    Evoluon of

    a Parking

    Protected

    Bicycle Lane

    Before: Four moving lanes,

    standard curbside bus lane

    2010: Four moving lanes,

    curbside buered bike lane,

    upgraded bus-only lane

    2013: Three moving lanes,

    parking protected bicycle

    lane, refurbished bus lanes

    Acima a pesquisa demonstra a evoluo da implantao e suas modicao ao longo dos anos, j na gura abaixo apre-

    sentado o aumento de at 160% em volume de ciclistas e a queda de acidentes em 7%, alm do novo perl da via e a in-

    cluso das rvores como segregadores das ciclovias.

  • Mapeamento Escolar - Potenciais ciclistas

    Limite dos bairros

    LEGENDA

    Captulo 7 - Gesto de Implementao

    Teremos inicialmente

    14.000 potenciais ciclistas

    utilizando a rede nos primeiros anos.

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR56

  • Copenhague -

    Arq

    uiv

    o P

    essoal -

    2014

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 57

  • Quando comeamos a pensar numa Infraestrutura Cicloviria, alm de todos os tens demonstrados at o mo-

    mento precisamos buscar as rotas mais curtas, dentro das reas mais planas. Logo, precisamos idencar as reas com topogra-

    a acidentada, e sempre que possvel, evitar estas reas. .

    Volta Redonda, apesar de ser uma cidade basicamente industrial, ainda possui algumas boas reas verdes

    condas em sua rea urbanizada. Possui um nico parque pblico signicavo, o Horto Municipal (1). .

    A maior rea verde conda dentro do permetro urbano a rea do Ango Aero Clube (2), atualmente, rea de

    propriedade da CSN, que foi vendida pelo governo na poca de sua privazao. Uma rea sub ulizada, fechada ao pblico e

    sem nenhum invesmento previsto para transform-la em parque, apenas a previso de lote-lo e transform-lo em mais uma

    rea comercial. .

    No mapa ao lado apontamos aonde esto todas as praas e parques das cidades. Desta forma possvel veri-

    car que a princpio poucas sero as rotas completamente arborizdas, pois no existe vegetao densa,

    linear e constante dentro do permetro urbano. Logo, termos trechos arborizados no percurso da malha cicloviria, mas

    infelizmente no ser possvel inclu-la dentro de nenhuma parque municipal ou grande rea verde de acesso ao pblico.

    Complementando as rotas que sero excludas da malha, idencamos tambm regies com topograa

    muito acidentada, seja aclive ou declive. Como no possuimos uma cadastral com curvas de nvel, a demarcao das regies

    foram sinalizadas por crculos verdes, em tom degrad, que representam um conjunto de morros ou vales, onde o acesso de

    bicicleta ou qualquer outro meio movido a trao humana, seria muito desconfortvel para a maioria das pessoas. reas

    com topograa acidentada so amplamente ulizadas por atletas, e raramente por cidados sem preparo sico. .

    A malha cicloviria procurar atender a maior variedade de pblico possvel como jovens, adultos, idosos

    e crianas devidamente acompanhadas dos pais na idade necessria. Sendo assim, reas que exigem esforo e muito preparo

    sico sero evitadas em nosso projeto. .

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR58

    Captulo 7 - Gesto de Implementao

    Topogra

  • 59

  • UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 61

    (1)

    (2)

    Captulo 7 - Gesto de Implementao

    MAPEAMENTO REAS VERDES DA CIDADE

    PRAAS E PARQUES - Pblico e Privado

  • rea crtic

    Concatenando todas as informaes expostas, apresenta-

    remos a parr de agora o mapeamento das reas crcas da cidade. Estas

    reas crcas socompostas por vrios fatores que dicultam a mobilidade,

    possuem excesso de veculos principalmente no horrio de pico e justamente

    por este movo devem contero mximo de alternavas de mobilidade para a

    p o p u l a o .

    Todos estes bairros fazem fronteira com algumas das entradas

    da CSN, alm de compor a principal rea comercial da cidade e conter pracamente

    todosos edicios histricos da cidade. A este conjunto de bairros, Volta Redonda

    em seu projeto de mobilidade bazou de Arco das Centralidades. Como observamos

    este arco existe justamente em torno da Usina e no poder ser ignorado em

    nossa anlise.

    Somando as informaes de trfego, com a localizao das prin-

    cipais escolas e universidades da cidade e os principais ginsios esporvos, conse-

    guimos selecionar os bairros crcos da cidade, so eles: (sendo horrio no mapa)

    Rero, Vila Mury, Aterrado, Vila Santa Ceclia e Conforto. Logo, pensaremos nes-

    tes bairros como ponto de parda de interveno para a criao da malha

    c i c l o v i r i a .

    A distancia radial de cada bairro est em mdia dentro de 1km

    de raio, ou seja, com muita facilidade um ciclista consegue, entre 10 a 15 minutos,

    atravessar todo bairro. Como a distncia ideal para o desenvolvimento de uma

    malha urbana est dentro do raio de 5km, teremos pracamente toda a centrali-

    dade da malha dentro de uma raio de apenas 3km de acordo com o demonstrado

    no mapa.

    ACESSOS DA C.S.N

    MAPEAMENTO DOS BAIRROS GERADORES DA MALHA CICLOVIRIA

    SEM ESCALA

    r = distncia

    radial de 1km

    r

    r

    r

    Captulo 7 - Gesto de Implementao

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR62

  • RAIO

    5,5 Km

    DISTNCIA IDEAL

    PARA DESLOCAMENTO

    DE BICICLETA

    RAIO DE 5 km

    30 min

    ponto-a-ponto

    Topograa

    A cidade de Volta Redonda encontra-se com

    sua rea urbananizada praticamente dentro

    de uma raio de 5,5 km tornando a soluo

    extremamente vivel e de fcil implantao.

    ou

    predominantemente

    plana

    alm de uma

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 63

    DIMENSIONAMENTO DA REA URBANA DE VOLTA REDONDA

  • Navegar preciso, mas viver e pedalar no preciso! *

    *preciso no sentido de preciso

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR64

  • 8 - A propost

    UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR 65

  • Rede e Infraestrutura cicloviri

    A INFRAESTRUTURA CICLOVIRIA composta com muitos ou-

    tros tens alm da Rede cicloviria. Uma completa infraestrutura com-

    posta por um conjunto de tens, complementares entre si, mas nem sem-

    pre sero viveis e necessrios em todas as cidades. So eles:

    1 - A Rede Cicloviria com: Ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas

    2 - Caladas comparlhadas

    3 - Travessias e cruzamentos sinalizados para bicicletas

    4 - Semforizao exclusiva para os ciclos

    5 - Bicicletrios abertos e fechados

    6 - Ocina de manuteno em pontos estratgicos

    7 - Segregadores e sinalizao especca

    8 - Peas complementares como: apoio de espera

    9 - Sinalizao horizontal e vercal

    10 - Preparao dos modais que conectam com a rede para receberem as

    bicicletas como trens, nibus e metr.

    Agora que j apresentamos nossas principais inuncias de pen-

    samentos e projetos, car mais fcil compreender o resultado do projeto e

    as decises que sero tomadas ao longo do desenvolvimento da proposta. .

    Todas as nossas referncias zeram uso da implantao de uma

    infraestrutura Cicloviria eciente, coesa e consequentemente transformado-

    ra para suas cidades, mas para isto o projeto no tratava apenas de construir

    novas ciclovias, como inclusive armou Janee Sadik-khan em uma de suas

    palestras. Um projeto de Infraestrutura Cicloviria, para funcionar eciente-

    mente e permanecer aps as trocas de governo, precisam no s contar com

    a REDE ou MALHA CICLOVIRIA, mas tambm com todo um APOIO LOGSTI-

    CO COMPLEMENTAR, que dene assim um completo projeto de INFRAESTRU-

    TURA CICLOVIRIA. Vejamos ento, em exemplos prcos, o que apenas

    uma REDE e o que seria sua INFRAESTRUTURA CICLOVIRIA COMPLETA. .

    Uma REDE CICLOVIRIA bem sucedida tem que conectar vrios

    pontos de interesse da cidade, abrangendo o mximo possvel de variedade

    de pers existentes na populao. formada por ciclovias, ciclofaixas e ciclor-

    rotas das quais explicaremos as diferenas logo adiante. .

    Como vericado no Captulo 7, os potencias ciclistas da nova rede

    esto concentrados em 2 grandes grupos: *** OS ESTUDANTES E OS TRABA-

    LHADORES *** totalizando quase 14.000 ciclistas no primeiro momento de

    implantao da malha. .

    A parr destes pers idencados, podemos pensar que, em

    Volta Redonda ser possvel a criao de uma rede que conecte:

    1 - Escolas de pblico jovem superior a 14 anos

    2 - Universidades

    3 - rea de laser como parques, academias e ginsios esporvos

    4 - Principais reas comerciais

    5 - Principais reas com grande ndice de trabalhadores

    6 - Principais reas residenciais

    Volta Redonda possui

    basicamente 2 grandes

    pblicos em potencial,

    que seriam os primeiros

    cidados a utilizar a

    rede cicloviria,

    dentro dos 2 primeiros

    anos de implantao,

    so eles:

    ESTUDANTES

    E

    TRABALHADORES

    totalizando quase

    14.000 ciclistas.

    Ciclovia no centro das pistas principais de uma via em Montequinto, Espanha.

    Fonte: Arquivo Pessoal - 2014

    66 UFF/EAU - T.F.G - Ada R. Cardoso - Infraestrutura Cicloviria VR

    Captulo 8 - A proposta

  • CICLOVIA CICLOFAIXA CICLORROTA

    CICLOVIA: possui segregador sico para impe-

    dir a entrada de qualquer veculo motorizado

    na rea reservada para os ciclos.

    DE