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Informe Ambiental Informativo do Departamento de Meio Ambiente - DMA da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - Fiesp Edição 97 -Agosto de 2014 [email protected] - www.fiesp.com.br - twitter.com/FiespAmbiental | 11 3549.4675 - 11 3649.4237 Setores industriais discutem experiências com a PNRS A Política Nacional de Re- síduos Sólidos (PNRS), sancionada no dia 2 de agosto de 2010 pela lei 12.305, estabeleceu a ne- cessidade de implantação por setores da indústria de um plano de logística reversa. A experiência dos setores de defensivos agrí- colas, pneumáticos, latas de alumínio, plásticos e aço com a implantação de um modelo de recebimento e destinação de embalagens pós-con- sumo mostra que a participação dos consumidores, dos catadores e dos outros elos da cadeia, inclusive do poder público, é essencial para o sucesso das iniciativas. O setor de defensivos agrícolas é um exemplo. Hoje, 94% das embalagens primárias de defensivos rece- Dirigentes de associações empresariais analisam sistemas de logística reversa e defendem mudanças no sistema tributário como forma de incentivar a produção e o consumo sustentáveis bem uma destinação adequada. Na indústria de latas de alumínio, o índice de reciclagem é superior a 97%, um recorde mundial. O modelo, contudo, poderia ser estimulado com mudanças no sis- tema tributário. De acordo com os executivos das entidades que representam os setores, são raras as iniciativas de cunho tributá- rio que visam a incentivar a produção e o consumo sustentáveis. A PNRS pode, no entanto, segundo Renault Castro, diretor da Abra- latas, criar condições para a implantação de um sistema tributário verde no País. Além de Renault Castro, a Agência Indusnet Fiesp entrevistou Maria Helena Zucchi Calado, gerente de Sustentabilida- de do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEV); Thais Fagury, gerente executiva da Associação Brasileira de Embalagens de Aço (Abeaço); Cesar Faccio, gerente-geral de Ope- rações da Reciclanip; e Gilmar do Amaral, consultor da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), sobre as soluções e os desafios para a implantação e desenvolvimento de um sistema de logística reversa. Páginas 3 a 6 GERENCIANDO A ESCASSEZ DE ÁGUA NA INDÚSTRIA 22 de setembro de 2014 Das 9h às 12h30 A Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo convidam para a entrega do prêmio : “Água: Ideias Inovadoras - Soluções Sustentáveis” e para o seminário : PROGRAMAÇÃO INSCREVA-SE Seminário da Fiesp debate eficiência hídrica durante a Virada Sustentável A aplicação de novos conceitos e equipamentos para dar maior eficiência ao consumo hídrico, bem como o estímulo à captação e ao uso da água de chuva em condomínios e no comércio, foram temas debatidos no seminário promovido pela Fiesp durante a Virada Sustentá- vel, realizada de 28 a 31 de agosto, em São Paulo. No evento, organizado pelo Departamento de Meio Ambiente (DMA) com o apoio do Comitê de Jovens Empreendedores (CJE) da Fiesp, foram apresentadas iniciativas do setor industrial para a redução do consumo de água. O seminário reuniu especialistas em reúso da água, gestão de resíduos, emissão e transferência de poluentes. Página 2

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Página 1Informe Ambiental - Informativo do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp | Edição 97 - Agosto de 2014

A Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo convidam para

a entrega do prêmio “Água: Ideias Inovadoras – Soluções Sustentáveis”

e para o seminário:

GERENCIANDO A ESCASSEZ DE ÁGUA NA INDÚSTRIA

22 de setembro de 2014Das 9h00 às 12h30

EDIFÍCIO-SEDEAv. Paulista, 1313, 15ª andar, São Paulo/SP

Realização

Informe AmbientalInformativo do Departamento de Meio Ambiente - DMA da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - Fiesp

Edição 97 -Agosto de 2014 [email protected] - www.fiesp.com.br - twitter.com/FiespAmbiental | 11 3549.4675 - 11 3649.4237

Setores industriais discutem experiências com a PNRS

A Política Nacional de Re-síduos Sólidos (PNRS), sancionada no dia 2 de agosto de 2010 pela lei 12.305, estabeleceu a ne-cessidade de implantação por setores da indústria de um plano de logística reversa. A experiência dos setores de defensivos agrí-colas, pneumáticos, latas de alumínio, plásticos e aço com a implantação de

um modelo de recebimento e destinação de embalagens pós-con-sumo mostra que a participação dos consumidores, dos catadores e dos outros elos da cadeia, inclusive do poder público, é essencial para o sucesso das iniciativas. O setor de defensivos agrícolas é um exemplo. Hoje, 94% das embalagens primárias de defensivos rece-

Dirigentes de associações empresariais analisam sistemas de logística reversa e defendem mudanças no sistema tributário como forma de incentivar a produção e o consumo sustentáveis

bem uma destinação adequada. Na indústria de latas de alumínio, o índice de reciclagem é superior a 97%, um recorde mundial. O modelo, contudo, poderia ser estimulado com mudanças no sis-tema tributário. De acordo com os executivos das entidades que representam os setores, são raras as iniciativas de cunho tributá-rio que visam a incentivar a produção e o consumo sustentáveis. A PNRS pode, no entanto, segundo Renault Castro, diretor da Abra-latas, criar condições para a implantação de um sistema tributário verde no País. Além de Renault Castro, a Agência Indusnet Fiesp entrevistou Maria Helena Zucchi Calado, gerente de Sustentabilida-de do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEV); Thais Fagury, gerente executiva da Associação Brasileira de Embalagens de Aço (Abeaço); Cesar Faccio, gerente-geral de Ope-rações da Reciclanip; e Gilmar do Amaral, consultor da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), sobre as soluções e os desafios para a implantação e desenvolvimento de um sistema de logística reversa.Páginas 3 a 6

GERENCIANDO A ESCASSEZ

DE ÁGUA NA INDÚSTRIA

22 de setembro de 2014Das 9h às 12h30

A Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo convidam para a entrega do prêmio :“Água: Ideias Inovadoras - Soluções Sustentáveis” e para o seminário :

PROGRAMAÇÃO

INSCREVA-SE

Seminário da Fiesp debate eficiência hídrica durante a Virada Sustentável A aplicação de novos conceitos e equipamentos para dar maior eficiência ao consumo hídrico, bem como o estímulo à captação e ao uso da água de chuva em condomínios e no comércio, foram temas debatidos no seminário promovido pela Fiesp durante a Virada Sustentá-vel, realizada de 28 a 31 de agosto, em São Paulo. No evento, organizado pelo Departamento de Meio Ambiente (DMA) com o apoio do Comitê de Jovens Empreendedores (CJE) da Fiesp, foram apresentadas iniciativas do setor industrial para a redução do consumo de água. O seminário reuniu especialistas em reúso da água, gestão de resíduos, emissão e transferência de poluentes.

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Página 2Informe Ambiental - Informativo do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp | Edição 97 - Agosto de 2014

A aplicação do conceito retrofit nas instalações hídricas e a utiliza-ção de água da chuva poderiam contribuir fortemente para a redu-ção da demanda de água em cidades como São Paulo, que enfrenta atualmente uma das maiores crises hídricas de sua história. No se-minário promovido pela Fiesp na Virada Sustentável, o diretor titular adjunto do Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da entidade, Mário William Esper, apresentou um mecanismo, com ba-cia de 4,8 litros, que reduz o consumo e propicia uma economia de até 68% na conta. Normalmente, as bacias sanitárias instaladas em edifícios residências e comerciais são de 15 litros. As descargas res-pondem por cerca de 60% do consumo de água em uma residência. O diretor defendeu a aplicação do conceito retrofit, capaz de trans-formar construções antigas em edifícios inteligentes, para adequar esse tipo de recurso para um consumo mais eficiente. Na avaliação de Esper, essa é uma questão de gestão pública. “O Estado de São Paulo vem adotando esse conceito e está sendo estruturado um programa de incentivo à substituição de bacias. Em Atibaia, serão trocadas 37 mil unidades”, afirmou. O arquiteto e urbanista Marcello Sesso, da Sesso & Dalanezi Ar-quitetura, também participou do encontro e defendeu a neces-sidade de reutilização da água da chuva em prédios residenciais e no comércio, bem como a individualização da cobrança de água nos condomínios da cidade. “Com a medição individua-lizada, o morador que gasta aleatoriamente começa a sentir o problema no bolso, porque vai pagar uma conta muito maior. Isso é um incentivo à redução do consumo. A economia, geral-mente, é de 30% a 40%. Esse é um dos métodos mais utilizados e é possível fazer isso com a aplicação do retrofit em edifícios antigos”, explicou.Na avaliação do arquiteto, o Brasil precisa aprender com os exem-plos de outros países em termos de inovação e buscar soluções ade-quadas para a realidade do País como forma de superar e evitar crises como a do abastec imento de água em São Paulo. “Se não utilizarmos essas referências e não formos atrás de novas soluções, não vamos con-seguir escapar de algo desa-gradável como o racionamento”, ressaltou.

Exemplos

O diretor de Sustentabilidade do grupo Whirpool Latin America, Vanderlei Niehues, ressaltou no evento que a companhia adota há 12 anos medidas de uso eficiente da água em suas instalações no Brasil. A fabricante reduziu o consumo de água por produto fabricado em 69% nos últimos 12 anos. “Também temos o pro-cesso de coleta de água de chuva. Estamos atuando bastante na questão de reúso da água e essa é uma das áreas em que há mais investimentos”, comentou.Niehues também fez uma comparação entre as atuais lavadoras de roupas e as fabricadas pela companhia há 10 anos. Segundo ele, as novas máquinas consomem até 60% menos de água do que as da década passada. “Nenhum produto é lançado sem que seja feito o cálculo da pegada hídrica e a definição das novas metas de redução para a edição seguinte. A gente se compara a nós mesmos para inovar”, completou.Entre as iniciativas do setor privado apresentadas no seminário, a gerente de Desenvolvimento Ambiental da Tetra Pak, Valeria Michel, detalhou o projeto Nascentes. O programa tem como objetivo re-cuperar e preservar berços do rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. A área piloto do projeto, iniciado em 2013, é a microbacia da região do Sistema Cantareira, na cidade de Vargem. Já foram implantadas 116 das 200 bacias de captação previstas no projeto. A escassez de chuvas nesse ano, no entanto, atrapalhou o trabalho de captação das águas. “Um dos estudos que fizemos foi baseado na média histórica de chuvas da região. Mas, se não houvesse um ano tão atí-pico, as barreirinhas já construídas teriam captado 60% do volume de água das chuvas”, explicou.Também participaram do seminário da Fiesp a engenheira Roseane Garcia Lopes de Souza, do Centro de Apoio à Faculdade de Saúde Pública da USP, Marcus da Matta, diretor-executivo da Ecoadviso, e Maria Augusta Pires Pinto, do Instituto Jatobás.

Novos conceitos para estimular a economia de águaA transformação de construções antigas em edifícios inteligentes, com a utilização do conceito retrofit, e o uso de novos equipamentos daria maior eficiência hídrica a cidades como São Paulo

Marcello Sesso ressalta que País deveria procurar novas soluções para evitar o risco de racionamento de água

Mário Esper afirma que a aplicação do conceito retrofit possibilitaria maior economia de água

Virada Sustentável

Em sua quarta edição em São Paulo, a Virada Sustentável, realizada de 28 a 31 de agosto, mobilizou empresas, escolas, universidades, Organizações Não Governamentais (ONGs), setor público, agentes culturais e movimentos sociais para fortalecer a visão de sustentabilidade na capital paulista.

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Página 3Informe Ambiental - Informativo do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp | Edição 97 - Agosto de 2014

Cesar Faccio, gerente-geral de Operações da Reciclanip, iniciativa de responsabilidade pós-consumo criada em março de 2007 pelos fabricantes de pneus Bridgestone, Goodyear, Michelin e Pirelli, con-sidera que o setor de pneumáticos é, hoje, referência em termos de logística reversa para outros setores que têm que se adequar à PNRS. A ação desenvolvida pela Reciclanip, que busca assegurar a sustentabilidade do processo de coleta e destinação de pneus in-servíveis em todas as regiões do País, é, segundo Faccio, um dos maiores programas de reciclagem desenvolvidos no Brasil.

Quais são os desafios do seu setor para poder viabilizar a implantação da logística reversa?Cesar Faccio – O Programa de Coleta e Destinação de Pneus Inser-víveis foi implementado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) em 1999. A partir de 2007, foi criada a Recicla-nip, iniciativa sem fins lucrativos cuja missão é assegurar a sustenta-bilidade do processo de coleta e destinação de pneus inservíveis em todas as regiões do País. Hoje, o programa é referência para outros setores que têm por obrigação legal implementar um sistema de logística reversa. Um dos desafios do setor está no envolvimento de toda a cadeia no compartilhamento das responsabilidades, como fixado pela PNRS, envolvendo o consumidor, as redes de comércio e até o poder público.

Quais são as ações do setor para adequação dos resíduos sólidos, principalmente quanto à viabilização da logística reversa?Cesar Faccio – A Resolução 416/09 está em consonância com a PNRS e, consequentemente, até que seja feito um acordo setorial,

é a regra definida para o setor de pneus sobre logística reversa. Os fabricantes têm cumprido sua parte, fato que pode ser confirmado por meio dos Relatórios de Pneumáticos, emitidos anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Iba-ma), mostrando que as metas são atingidas todos os anos. O custo dessa operação, que hoje é suportado totalmente pelos fabricantes nacionais, vai superar os R$ 100 milhões neste ano para recolher e destinar corretamente entre 400 e 450 mil toneladas de inservíveis.

O acordo setorial/ termo de compromisso ou decreto de implementação da logística reversa da cadeia consideram os produtos importados? Para quem será repassado o custo?Cesar Faccio – Sim, a Resolução 416/09 é clara quanto à respon-sabilidade da implementação do Programa de Logística Reversa e, consequentemente, dos custos dessa operação, que devem ser dos fabricantes e dos importadores. Mas enquanto os fabricantes vêm superando a meta anual, os relatórios emitidos pelo Ibama mos-tram o não cumprimento das metas dos importadores, ano após ano. Como exemplo, no relatório de 2011 ano base 2010, somente 87% dos pneus importados tiveram seu destino ambientalmente adequado, em 2012, ano base 2011, foram 67% e, em 2013, ano base 2012, foram 79%.

Como os produtos importados do seu setor estão sendo tratados pelas esferas legislativas do governo?Cesar Faccio – Há dificuldade de entendimento entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Iba-ma sobre o mecanismo a ser adotado para bloqueio da entrada dos pneus importados por importadores que não vêm cumprindo suas metas, fato que, associado à falta de fiscalização sobre as empresas que fazem a destinação, tem provocado condições desiguais em termos de mercado entre fabricantes e importadores, prejudicando a competitividade do produto nacional.

Quais são e em que parte da cadeia estruturada para rea-lização da logística reversa há impactos das tributações e políticas fiscais do País?Cesar Faccio – Existe a cobrança de ICMS, PIS e Cofins sobre as operações de logística reversa de pneus e na venda do produto re-ciclado, além de PIS, Cofins e ISS sobre toda a prestação de serviços de destinação ou trituração, onerando significativamente os fabri-cantes de pneus instalados no País e reduzindo a competitividade do produto da Indústria de reciclagem.

Guilherme Abati, Agência Indusnet Fiesp

Diretor da Reciclanip afirma que programa do setor de pneus é referência para outros setores industriaisUm dos principais desafios da indústria de pneumáticos na adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) está no envolvimento de toda a cadeia produtiva – consumidores, redes de comércio e poder público – no compartilhamento de responsabilidades.

Faccio afirma que setor de pneumáticos é, hoje, referência em termos de logística reversa

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Logística Reversa

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Página 4Informe Ambiental - Informativo do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp | Edição 97 - Agosto de 2014

Depois de alcançar em 2012 o índice de 97,9% de material reciclado – recorde mundial de reci-clagem de embalagens –, a indústria brasileira de latas de alumínio de bebi-das se prepara para atingir novos objetivos. Segundo Renault de Freitas Cas-tro, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abra-latas), o setor, modelo em reciclagem e pioneiro em logística reversa de larga

escala no País, agora se prepara para capacitar e equipar as coopera-tivas de reciclagem. O objetivo é melhorar as condições de trabalho e a produtividade dos catadores de materiais recicláveis.

Quais são os desafios do setor para poder viabilizar a implantação da logística reversa?Renault Castro – O sistema de logística reversa da lata de alumínio para bebidas existe há mais de 20 anos e serviu de inspiração para o que agora é exigido na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O modelo adotado pela indústria brasileira de latas de alumínio data do final dos anos 1980 e é responsável pelos consecutivos recordes mundiais de reciclagem da embalagem. Somos pioneiros em logística reversa de larga escala. O desafio agora é capacitar e dotar as cooperativas de reciclagem de equipamentos para melhorar as condições de trabalho dos catadores de materiais recicláveis e aumentar a produtividade. Com isso, poderemos alcançar índices mais expressivos também na reciclagem de outros materiais e proporcionar maiores benefícios para os catadores. Além disso, é importante que as prefeituras – responsáveis pela destinação dos resíduos das cidades – assumam a sua parte de responsabilidade na logística reversa e reconheçam o valor do trabalho das cooperativas de catadores, tanto na coleta quanto na separação e venda dos materiais coletados. Mesmo com o estímulo previsto na PNRS, as cooperativas ainda respondem por uma parcela muito pequena do volume de resíduos entregue às grandes recicladoras.

Quais são as ações do setor para adequação dos resíduos sólidos, principalmente quanto à viabilização da logística reversa?Renault Castro – A Abralatas está diretamente envolvida na negociação com o Ministério do Meio Ambiente para a implantação da PNRS e colocou à disposição de todos a experiência do setor no processo de logística reversa. Estamos promovendo, há quatro anos, o Ciclo de Debates Abralatas em diversas cidades do País, colocando os catadores de materiais recicláveis frente à frente com prefeituras, governos estaduais, ministério público, cadeia produtiva e universidades. O Ciclo de Debates Abralatas tem discutido soluções para viabilizar a logística reversa e aumentar a participação das cooperativas de catadores nos resultados dessa cadeia produtiva. É importante citar também que a indústria de reciclagem de alumínio

já investiu, desde 1990, mais de US$ 1 bilhão nesse negócio, criando uma rede nacional de compra de sucata de lata, aumentando a capacidade de processamento dessa sucata e de fabricação de chapas de alumínio para a fabricação de novas latas. É esse investimento que garante o êxito do nosso modelo de logística reversa, pois assegura ao catador que haverá uma forte demanda pelas latas coletadas. É nesse sentido que o acordo setorial proposto orienta todas as cadeias produtivas que dela participam. A criação de demanda firme pelos resíduos de embalagem é a chave para garantir a coleta e o retorno desse material para o ciclo produtivo, tal como ocorre com a lata de alumínio.

A implementação da logística reversa no setor considera os produtos importados? Para quem será repassado o custo?Renault Castro – No que se refere ao processo industrial de reciclagem, não há diferença entre as latas de alumínio importadas e as produzidas no Brasil. Em média, 30 dias após o descarte, a lata volta para a prateleira do supermercado como uma nova lata. Infinitamente. Não há como separar o que é nacional e importado. Portanto, a proposta de acordo setorial contempla o material importado também. Como a parcela de latas de bebidas importadas é insignificante, até o momento não há preocupação com a participação delas no custo da logística reversa.

Como os produtos importados do setor estão sendo tratados pelas esferas legislativas do governo?Renault Castro – A PNRS estabelece que cabe aos importadores participar dos custos de logística reversa na proporção da sua importância para o mercado. Desconheço qualquer tratamento diferenciado especificamente para o caso de latas de alumínio importadas, no que se refere à logística reversa.

Quais são e em que parte da cadeia estruturada para a realização da logística reversa há impactos das tributações e políticas fiscais do País?Renault Castro – Entendemos que a PNRS pode ser uma boa justificativa para a implantação de uma tributação verde no País. Hoje, são raríssimas as iniciativas tributárias que estimulam a produção e o consumo sustentáveis. Mesmo com um índice de reciclagem próximo a 100%, a tributação da lata é a mesma a cada vez que ela volta ao ciclo produtivo, ignorando o fato de que a matéria-prima já foi tributada. Nesse caso, por incrível que pareça, infinitamente reciclável significa infinitamente tributável! É algo que não faz sentido. Há algumas iniciativas visando à desoneração da cadeia de reciclagem, mas que ainda não conseguiram sensibilizar os nossos governantes. Da mesma forma, o ICMS incidente sobre o comércio de sucata há tempos vem requerendo atenção dos governos estaduais, pois a dificuldade de controle do seu recolhimento acaba por prejudicar unicamente o comprador final, o reciclador, que arca com o ônus de eventuais sonegações ao longo da cadeia. Finalmente, na tributação das embalagens para bebidas, por exemplo, não há qualquer diferenciação entre as embalagens de acordo com o seu impacto ambiental. Assim, os impactos da tributação sobre a logística reversa de latas de alumínio são nitidamente negativos, desestimulando a logística reversa e, em particular, a reciclagem dessa embalagem.

Guilherme Abati, Agência Indusnet Fiesp

Abralatas defende a criação de uma tributação verde no PaísPara Renault de Freitas Castro, diretor da Abralatas, são raríssimas as iniciativas tributárias que estimulam a produção e o consumo sustentáveis

Renault Castro: tributação da lata é idêntica a cada vez que ela volta ao ciclo produtivo, ignorando que a matéria-prima já foi tributada

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Logística Reversa

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Página 5Informe Ambiental - Informativo do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp | Edição 97 - Agosto de 2014

Logística Reversa

Quais são os desa-fios do seu setor para viabilizar a im-plantação da logísti-ca reversa?Maria Helena – O Sistema Campo Limpo (logística reversa das embalagens vazias de agrotóxicos) entrou em funcionamento em 2002. Desde sua cria-ção, o cenário do setor

agrícola mudou muito, mas o desenvolvimento do agronegócio coincide com um dos principais objetivos do inpEV: contribuir para a sustentabilidade da agricultura por meio da destinação corre-ta das embalagens pós-consumo de defensivos agrícolas. Assim, acompanhamos a tendência de expansão da fronteira agrícola, a exemplo das novas áreas produtoras no Maranhão, Piauí, Tocantins e na região oeste da Bahia, e de incremento da devolução às unida-des de recebimento, prática que os agricultores já incorporaram ao planejamento de suas atividades. Melhorar a malha de recebimen-to do sistema, principalmente nas regiões de expansão agrícola, constitui uma das estratégias mais importantes para atendermos à evolução do mercado de defensivos agrícolas.

Quais são as ações do setor para adequação dos resíduos sólidos, principalmente quanto à viabilização da logística reversa?Maria Helena – O investimento em melhoria na malha de recebi-mento do sistema é um dos pontos mais importantes para aten-der à evolução do mercado de defensivos agrícolas. Além disso, o inpEV investe constantemente em ações para conscientização e educação dos agricultores em relação às responsabilidades de destinação das embalagens vazias de agrotóxicos. Em 2013, fo-ram investidos R$ 3,1 milhões em diversas iniciativas: campanhas, materiais impressos, participação em eventos como foco educativo e em atividades do Dia Nacional do Campo Limpo e do Programa de Educação Ambiental. Atualmente, 94% das embalagens primá-rias (aquelas que entram em contato direto com o produto) são destinadas de forma adequada. O dado mostra que o agricultor conhece suas obrigações previstas pela Lei Federal nº 9.974/2000. Ele lava e devolve o material.

O decreto de implementação da logística reversa consi-dera os produtos importados? Para quem será repassado o custo? Como os produtos importados do seu setor es-tão sendo tratados pelas esferas legislativas do governo?Maria Helena – Todo o sistema teve origem e se desenvolveu a partir de uma legislação própria, a Lei Federal 7.802/89, regula-

mentada pelo decreto 4.074/02, estabelecendo as regras de fun-cionamento da logística reversa das embalagens vazias de defen-sivos agrícolas. Ao definir o papel de cada ator dessa cadeia, a legislação possibilitou a concretização do sistema, norteada pela busca permanente de uma atuação de excelência. Com a definição das responsabilidades de cada elo da cadeia agrícola no processo de destinação das embalagens, coube à indústria fabricante, re-gistrante e importadora de produtos agrotóxicos criar, em 2001, o inpEV para gerenciar o sistema com eficiência e produtividade, cumprindo também as diferentes legislações municipais e estadu-ais que interferem no processo operacional da logística reversa. A legislação atribuiu responsabilidades também para os importado-res desde o início do sistema, que arcam com os custos da logística reversa e de destinação final ambientalmente adequada das emba-lagens dos produtos importados.

Quais são os impactos das tributações e políticas fiscais do País para a realização da logística reversa? E em que parte da cadeia estruturada esses impactos são sentidos?Maria Helena – Há impactos das tributações e políticas fiscais pra-ticamente em toda a cadeia, atingindo todos os elos: agricultores, canais de distribuição, gestor do programa e reciclador. Os agricul-tores são obrigados a apresentar documento fiscal para transporte das embalagens vazias no trajeto entre sua propriedade e a Uni-dade de Recebimento de Embalagens Vazias, o que burocratiza o processo.Nos canais de distribuição, a alíquota de ICMS na circulação de embalagens vazias é definida em cada estado. O Convênio 51/99 isenta a circulação das embalagens vazias em todo o território na-cional, mas atualmente é válido em apenas cinco estados. Além disso, não há regras para a cobrança das diversas taxas necessárias ao funcionamento de uma unidade de recebimento de embalagens vazias, como licenciamento ambiental e funcionamento. Os valores são expressivos e o programa se torna ainda mais oneroso.Para o gestor do programa, o inpEV, há tributação, como por exemplo, a Cofins, sobre quaisquer receitas auferidas pelo progra-ma, ainda que aplicáveis no próprio programa com o objetivo de redução de custos. Além disso, novamente incide a cobrança de ICMS sobre o transporte das embalagens vazias das unidades de recebimento até o destino final. Há ainda a cobrança de ICMS so-bre materiais informativos e educacionais do programa, enviados para agricultores, unidades de recebimento e revendas. E para o reciclador, que é o destino final, há o recolhimento de tributos sobre artefatos que usam material reciclado, que é o mesmo para artefatos sem uso de material reciclado. Também não há benefícios relacionados aos impostos sobre os resultados do negócio (IRPJ, CSLL) para empresas que atuam com reciclagem.

Guilherme Abati e Juan Saavedra, Agência Indusnet Fiesp

Setor de defensivos agrícolas investe na melhoriada malha de recebimento de embalagens Maria Helena Calado, gerente de sustentabilidade do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), afirma que 94% das embalagens primárias de defensivos agrícolas são destinadas de forma adequada e que o agricultor hoje conhece suas obrigações, lavando e devolvendo o material

Maria Helena: agricultor hoje conhece suas obrigações

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Página 6Informe Ambiental - Informativo do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp | Edição 97 - Agosto de 2014

Na avaliação de Gilmar do Amaral, consultor da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindi-plast-SP), o sucesso para a implemen-tação do sistema de logística reversa na indústria depende de participação e adesão popular. Em entrevista, Ama-ral explica que o setor já elaborou e apresentou a proposta de acordo se-torial para implementar o sistema de Logística Reversa de Embalagens de Produtos não Perigosos.

Quais são os desafios do seu setor para poder viabilizar a implantação da logística reversa?Gilmar do Amaral – Entendemos que o maior desafio para a implementação do sistema de logística reversa está na educação ambiental, uma vez que esse sistema somente terá sucesso se a população aderir e participar ativamente. É com o consumidor que a logística reversa tem o seu início e sem o consumidor ela não existirá.

Quais são as ações do setor para adequação dos resíduos sólidos, principalmente quanto à viabilização da logística reversa?Gilmar do Amaral – O Sindiplast é filiado à Abliplast e vamos participar da implementação do sistema de logística reversa por meio da coalizão empresarial da qual a Abiplast é integrante. A coalizão elaborou e

já apresentou a proposta de acordo setorial para implementação do Sistema de Logística Reversa de Embalagens de Produtos não Perigosos ao governo federal, através do Ministério do Meio Ambiente.

O acordo setorial considera os produtos importados? Para quem será repassado o custo?Gilmar do Amaral – No acordo setorial, a responsabilidade pela reciclagem das embalagens plásticas é dos seus fabricantes, e a Abiplast está trabalhando intensa e arduamente na organização da indústria recicladora de materiais plásticos, juntamente com os seus 21 sindicatos filiados. Criamos a Câmara Nacional dos Recicladores de Materiais Plásticos, que abriga os sindicatos estaduais e que representam as indústrias recicladoras dos estados. Foi criado também o Selo Nacional dos Plásticos Reciclados, uma certificação que visa a identificar e valorizar as indústrias recicladoras que trabalham dentro dos critérios socioambientais, legais e econômicos exigidos pela legislação.

Como os produtos importados do seu setor estão sendo tratados pelas esferas legislativas do governo?Gilmar do Amaral – No acordo setorial, está prevista a participação dos importadores no âmbito da responsabilidade compartilhada e encadeada. Entendemos que se algum ator deixar de cumprir com a sua parte, o governo federal baixará um decreto no qual obrigará a todos a cumprir com sua responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos. A importação de embalagem, em nosso segmento, é muito pequena, e não causa grandes reflexos na logística reversa, mas com certeza os importadores terão que cumprir com a sua parte.

Guilherme Abati, Agência Indusnet Fiesp

Setor do plástico quer incentivar adesão e participação popularGilmar do Amaral detalha ações que setor realiza para se adequar à Política Nacional de Resíduos Sólidos

Gilmar do Amaral, consultor da Abiplast e do Sindiplast

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Logística Reversa

Para estimular uma mudança de comportamento, a Abeaço trabalha na implantação de postos nos quais o consumidor pode devolver as em-balagens. Para Thais Fagury, gerente executiva da Associação Brasileira de Embalagens de Aço (Abeaço), o consumidor final de embalagens de aço é parte fundamental na viabili-zação da logística reversa do setor.

Quais são os desafios do setor para poder viabilizar a implantação da logística reversa?Thais Fagury – O principal desafio é a adesão do consumidor final em retornar as embalagens de aço pós-consumo. Para isso, implementaremos uma plataforma de acompanhamento com foco nos consumidores, que poderão entregar as embalagens em postos credenciados. A cada quilo de embalagem devolvida, o consumidor acumulará um ponto. Os pontos, que serão vinculados ao CPF do consumidor, poderão ser resgatados semestralmente em dinheiro, em forma de cursos ou serviços.

Quais são as ações do setor para adequação dos resíduos sólidos, principalmente quanto à viabilização da logística reversa?Thais Fagury – Em outubro de 2013, a Abeaço e mais 15 empresas associadas inauguraram o primeiro Centro Prolata de Reciclagem. O centro conta com apoio e parceria da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tinta (Abrafati) e da Gerdau. O espaço tem capacidade para receber e reciclar até duas mil toneladas de embalagens de aço pós-

consumo por mês. As embalagens são classificadas, prensadas e enviadas para siderúrgicas transformarem o material em novo aço. O centro é o primeiro do Brasil a trabalhar formalmente dentro das normas da PNRS. Os consumidores podem levar as embalagens de aço pós-consumo para os centros ou para cooperativas e sucateiros parceiros do programa. Já o lojista precisa aderir ao programa, via associação, para participar. Outros centros de reciclagem serão criados nas cidades que sediaram a Copa do Mundo de Futebol e todos serão vinculados a siderúrgicas, que garantirão a compra do material. Haverá também o credenciamento de cooperativas ao programa. Na primeira etapa serão 50, que serão mapeadas, diagnosticadas e treinadas. Após o treinamento, receberão acompanhamento mensal para melhorias no dia a dia. Ainda podemos citar o programa “Aprendendo com o Lataço”, que trabalha o consumo consciente com crianças e adolescentes. Desde o seu início, em 2007, o programa já atendeu mais de 280 mil jovens e crianças.

A implementação da logística reversa do setor considera os produtos importados? Para quem será repassado o custo?Thais Fagury – Sim, os produtos importados estão considerados. Não há custo nesse caso. O aço é autossustentável e a embalagem de aço pós-consumo, ainda que importada, irá para beneficiamento, para a produção de novo aço. A lata pós-consumo entra como matéria-prima de processo e não como resíduo.

Como os produtos importados do seu setor estão sendo tratados pelas esferas legislativas do governo?Thais Fagury – Há pequena parcela de latas importadas no mercado. Por enquanto, estão sendo tratadas de forma igual às embalagens de aço nacionais.

Guilherme Abati, Agência Indusnet Fiesp

Abeaço estimula consumidores a devolver as embalagens de aço Setor cria centros de reciclagem e promove campanhas de incentivo aos consumidores

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Thais Fagury, gerente da Abeaço

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Página 7Informe Ambiental - Informativo do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp | Edição 97 - Agosto de 2014

Israel não tem 45% da água de que precisa para consumo residencial e industrial. Um problema classificado como dramático por Boaz Albaranes, chefe da Missão Econômica do país em São Paulo. A solução buscada por Israel para suprir a escassez é a implementação de tecnologias de dessalinização de água. “Nosso objetivo para 2020 é abastecer todos os domicílios israelenses com água tratada do mar”, informou Albaranes ao participar do seminário Cooperação em Energias Renováveis, organizado pela Fiesp. O evento foi realizado no dia 29 de agosto, na sede da entidade. Um entrave para a implementação desse tipo de tecnologia é o elevado custo do tratamento. Mas Albaranes garantiu que Israel tem buscado inovações para baratear essas despesas. Segundo ele, uma das três usinas de dessalinização de Israel é responsável por 20% da água consumida no país.

Cooperação

O chefe da Missão Econômica de Israel quer fortalecer a troca de experiências e tecnologias entre instituições e empresas dos dois países. “Somos bons em inovação, mas não conseguimos, muitas vezes, desenvolver instalações de grandes fábricas. Não conseguimos fazer isso sozinhos. Brasil e Israel podem unir esforços para encarar os desafios que vivenciamos hoje”, afirmou.Em julho deste ano, Brasil e Israel lançaram o terceiro edital para apresentação de propostas de Cooperação e Pesquisa e Desenvolvimento Industrial. O edital ficará aberto para consultas

até o dia 16 de outubro de 2015. O Programa de Cooperação é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) do Brasil e pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Indústria Israelense (Matimop). Do lado brasileiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) oferecerão apoio financeiro. Do lado israelense, os recursos virão do Escritório do Cientista-Chefe (OCS).

As fontes renováveis de energia de Israel representam apenas 1% do consumo total do país. A meta do governo israelense é elevar o porcentual de participação de renováveis na matriz energética em 10% até 2020. A informação foi apresentada por Noam Ilan, criador

do Eilat-Eilot, programa de energia renovável implantado no Sul de Israel, ao participar do seminário Cooperação em Energias Renováveis. Ele apresentou os avanços do programa Eilat-Eilot, que deve acabar com a dependência da região Sul de Israel por combustíveis fósseis até 2020. O seminário foi conduzido pelo diretor da Divisão de Recursos Hídricos do Departamento de Meio Ambiente (DMA) da Fiesp, Gilberto Frederico Barbero.Ilan, que participou nos dias anteriores ao evento de encontros com 15 empresas brasileiras, entre as quais a Petrobras e a Vale, afirmou que espera a criação de uma efetiva cooperação com o Brasil. “Nós nos reunimos com a Petrobras e a Vale, entendemos quais são as necessidades em bioenergia e oferecemos soluções a essas companhias. Convidamos a todos a nos visitar”, ressaltou, ao anunciar que a Conferência de Energia Eilat-Eilot será realizada de 3 e 9 de dezembro deste ano, em Israel. “Esperamos ter uma delegação brasileira participando da conferência para ver o que temos a oferecer. Podemos organizar reuniões fora do evento e esperamos atingir uma colaboração plena entre os países”, afirmou.

Alice Assunção, Agência Indusnet Fiesp

Israel investe em tecnologia de dessanilização de água do mar para atender consumo residencial

Meta do país é elevar para 10% a participaçãode fontes renováveis na matriz energética

Os altos custos do tratamento são um entrave para o uso dessa tecnologia, mas Israel tem buscado inovações para reduzir os gastos com os processos

Albaranes afirma que meta é abastecer todos os domicílios de Israel com água tratada do mar

Noam Ilan espera uma colaboração plena entre Brasil e Israel

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Página 8Informe Ambiental - Informativo do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp | Edição 97 - Agosto de 2014

Normas Técnicas

Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental ABNT - CB 38

SC01-Sistema de Gestão Ambiental

ISO/DIS14001 - Environmental management systems - Requirements with guidance for use (Sistemas de Gestão Ambiental – Requisitos com orientações para uso).

ISO/CD 14004 - Environmental management systems - General guidelines on principles, systems and support techniques (Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio).

SC03 -Rotulagem Ambiental

ISO/WD 14024 - Environmental labels and declarations - Type I environmental labelling - Principles and procedures (Rótulos e Declarações Ambientais – Declarações ambientais Tipo I - Princípios e procedimentos).

ISO/WD 14027 - Environmental labels and declarations - Type III environmental declarations - Product Category Rule (PCR) (Rótulos e Declarações Ambientais - Declarações ambientais Tipo III- Regras de Categorias de Produtos).

SC04 -Avaliação de desempenho ambiental

ISO 14031:2013 - Environmental performance evaluation – Guidelines (Avaliação do Desempenho Ambiental - Diretrizes)Tradução da nova versão da norma para publicação em português.

ISO/NP 14034 - Environmental technology verification (ETV) and performance evaluation (Verificação da tecnologia ambiental e avaliação do desempenho).Nova proposta para elaboração de norma aprovada.

SC05 -Avaliação de Ciclo de Vida

ISO/DIS 14046.2 - Water footprint - Principles, requirements and guidelines (Pegada Hídrica – Princípios, requisitos e diretrizes).A norma foi publicada em julho de 2014

ISO TR 14073 - Water footprint - Illustrative examples on how to apply ISO 14046 (Pegada Hídrica – Exemplos ilustrativos em como aplicar a ISO 14046).Novo projeto registrado para início dos trabalhos de elaboração do TR (Relatório Técnico).

SC07 -Mudança do Clima

ISO/NP 14064-1 - Greenhouse gases - Part 1: Specification with guidance at the organization level for quantification and reporting of greenhouse gas emissions and removals (Gases de Efeito Estufa – Parte 1: Especificação e orientação a organizações para quantificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa).Novo projeto aprovado – revisão da norma será iniciada.

ISO/NP 14064-2 - Greenhouse gases - Part 2: Specification with guidance at the project level for quantification, monitoring and reporting of greenhouse gas emission reductions or removal enhancements (Gases de Efeito Estufa -Parte 2: Especificação e orientação a projetos para quantificação, monitoramento e elaboração de relatórios das reduções de emissões ou da melhoria das remoções de gases de efeito estufa).Novo projeto aprovado – revisão da norma será iniciada.

ISO/NP 14064-3 - Greenhouse gases - Part 3: Specification with guidance for the validation and verification of greenhouse gas assertions (Gases de Efeito Estufa -Parte 3: Especificação e orientação para a validação e verificação de declarações relativas a gases de efeito estufa).Novo projeto aprovado – revisão da norma será iniciada.

WG9

ISO/CD 14055-1 - Combatting land degradation and desertification - Part 1: Guidelines and general framework (Combate à degradação do solo e desertificação – Parte 1: Diretrizes e estrutura geral).

ISO/AWI TR 14055-2 - Combatting land degradation and desertification - Part 2: Case studies (Combate à degradação do solo e desertificação – Parte 2: Estudos de Caso).Novo projeto registrado para início dos trabalhos de elaboração do TR (Relatório Técnico).

ISO/NP 14052 - Environmental management - Material flow cost accounting - Guidance for practical implementation in a supply chain (Gestão Ambiental – Contabilidade de custos de fluxo material).Nova proposta para elaboração de norma aprovada.

Rascunho finalde norma

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Publicação danormaFDIS

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Processo de elaboração das normas ISO

O CB-38, do qual a Fiesp é membro, é espelho do Comitê Técnico 207 - Gestão Ambiental (TC 207) da ISO (International Organization for Standardization) e desenvolve a série de normas internacionais sobre gestão ambiental. A seguir, são apresentadas as normas atualmente em discussão na ISO (TC 207) e nos subcomitês (SC) do CB 38, bem como os estágios de elaboração em que se encontram.

A ABNT publicou, em 20 de agosto, a norma ABNT ISO/TR 14049:2014 - Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida - Exemplos ilustrativos de como aplicar a ABNT NBR ISO 14044 à definição de objetivo e escopo e à análise de inventário.A norma ABNT NBR ISO 14006 - Sistemas da gestão ambiental - Diretrizes para incorporar o ecodesign, referente ao ABNT/CB-38 Gestão Ambiental, estará em consulta nacional até 19 de setembro. Mais informações podem ser obtidas em www.abntonline.com.br/consultanacional

CD ISO

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Página 9Informe Ambiental - Informativo do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp | Edição 97 - Agosto de 2014

Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema)

Reunião Plenária

A proposta de criação de Unidade de Conservação da Serra da Mantiqueira e da nova sistemática da fiscalização ambiental (De-creto 60.342/2014 e Resoluções SMA 48/2014 e 51/2014) fo-ram apresentadas em reunião realizada no dia 20 de agosto, em São Paulo.

Biodiversidade, Florestas e Áreas Protegidas

Representantes do setor produtivo e especialistas discutiram, em reunião da Comissão Temática de Biodiversidade, Florestas e Áreas Protegidas, realizada no dia 4 de agosto, as possibilidades de minimizar o risco de invasão de ambientes naturais pela espécie Clarias gariepinus. Após as apresentações, ocorreu a votação do “1º Relatório do Grupo Técnico Intersecretarias sobre espécies exóticas com potencial de invasão”. No dia 27 de agosto, em nova reunião da Comissão, foi aprovado o relatório final sobre o Plano de Manejo Integrado das Unidades de Conservação da Reserva Biológica e Estação Ecológica de Mogi-Guaçu e concluídas as discussões em torno do relatório preliminar sobre o Plano de Manejo da Estação Ecológica de Xitué.

Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo

Audiência Pública

A versão preliminar do Plano Estadual de Resíduos Sólidos foi discutida em audiência pública realizada no dia 5 de agosto, em São Paulo (SP). O DMA participou do encontro.

Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH)

Racionalização e reúso de água no setor industrial

Os requisitos e entraves para a implantação de reúso de água no setor industrial foram o tema de oficina de trabalho realizada em 14 de agosto, em Brasília (DF). No encontro, que contou com a participação do DMA, foram abordados os aspectos legais e mecanismos de incentivo, especialmente para pequenas e médias empresas.

Câmara Técnica do Plano Nacional (CT-PNRH)

As discussões sobre a revisão do Plano Nacional de Recursos Hídricos foram retomadas em reuniões realizadas em Brasília nos dias 21 e 22 de agosto. O DMA acompanhou a reunião.

Conselho de Recursos Hídricos (CRH)

Planejamento (CT-Plan) e Águas Subterrâneas (CT-AS)

Os subsídios para o Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental da Área de Afloramento do Sistema Aquífero Guarani no Estado de São Paulo (PDPA/SAG) foram apresentados em reunião conjunta das Câmaras Técnicas de Planejamento (CT-Plan) e de Águas Subterrâneas (CT-AS). A reunião, acompanhada pelo DMA, ocorreu em 11 de agosto, em São Paulo (SP).

Câmara Técnica de Cobrança (CT-Cob)

As manifestações dos Comitês das Bacias Hidrográficas do Mé-dio Tietê e do Pontal do Paranapanema, referentes às implantações das cobranças, foram analisadas em reunião realizada em São Pau-lo (SP), no dia 12 de agosto. Na reunião, também foi dada conti-nuidade às análises da proposta de reajuste de preços da cobrança pelo uso da água na Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).

Câmara Técnica de Planejamento (CT-Plan)

Os projetos do Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos (CORHI) 2014 e a proposta de enquadramento do rio Jundiaí, situado na bacia hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), visando à utilização no abastecimento público, foram analisados em reunião realizada no dia 18 de agosto, em São Paulo (SP).

Assuntos Jurídicos Institucionais (CT-AJI)

A minuta de deliberação CRH que referenda a proposta de mecanismos e valores para a cobrança pelo uso urbano e industriais dos recursos hídricos no Comitê de Bacia Hidrográfica do Pontal do Paranapanema (CBH-PP) foi discutida em reunião realizada no dia 21 de agosto, em São Paulo (SP).

GT Enquadramento

A pauta e a programação de oficina que discutirá os critérios e as diretrizes gerais para o enquadramento no Estado de São Paulo foram discutidas em reunião realizada no dia 25 de agosto, no Centro de Tecnologia e Hidráulica da USP.

Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Rede de Recursos Hídricos

A participação do setor industrial em comitês de bacias e nos demais fóruns de recursos hídricos foi analisada em reunião realizada em 5 de agosto, em Brasília (DF). No encontro, que contou com a participação do DMA, também foi discutida a situação da cobrança e das entidades delegatárias associadas aos comitês de domínio da União.

Rede de resíduos

Em 19 de agosto, em reunião realizada na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), foram discutidos, entre outros assuntos, o posicionamento do setor em relação a projetos de lei sobre resíduos sólidos em análise no Congresso Nacional, bem como sobre resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e projetos de normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Projeto Sustentabilidade

As inovações e tendências para a sustentabilidade em resíduos sólidos foi o tema central do evento realizado pela CNI no dia 20 de agosto, no Rio de Janeiro (RJ). No encontro, que contou com a participação do DMA, foram discutidos o ecodesign, a requalificação dos resíduos como nova fonte de recursos para a indústria e a valorização energética e seu papel na gestão de resíduos.

Direito Ambiental Fiesp/Ciesp O DMA participou da reunião realizada pelo Grupo de Estudos de Direito Ambiental Fiesp/Ciesp no dia 5 de agosto. O Seminário de Sustentabilidade Empresarial foi o tema central do encontro.

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp)

O DMA acompanhou palestra sobre sequestro de carbono (carbon free) promovida pela Iniciativa Verde, uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip). No encontro, realizado em 8 de agosto, no Ciesp de Marília (SP), foram apresentadas ações de certificação para obtenção de selo verde, por meio do plantio de árvores para neutralizar a emissão de CO2 por uma empresa ou processo.

Fóruns Ambientais

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Página 10Informe Ambiental - Informativo do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp | Edição 97 - Agosto de 2014

Áreas contaminadas

O DMA participou, no dia 4 de agosto, de reunião com representantes da Associação Brasileira das Empresas de Consultoria e Engenharia Ambiental (Aesas) e da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) para discutir a aplicação da revisão da Resolução Conama 314/2002, que dispõe sobre o registro de produtos destinados à remediação de áreas contaminadas.Em 5 de agosto, o DMA acompanhou a reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre áreas contaminadas instaurada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Plano de ação para redução de POP’s

Em 12 de julho, o DMA participou de reunião com representante do setor têxtil para discussão sobre o capítulo relacionado à área têxtil que figura no documento “Estratégias para Redução de Liberações de Dioxinas e Furanos no Brasil”, publicado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). O documento contém o inventário e o plano de ação para redução da emissão de dioxinas e furanos no Brasil. O inventário, bem como o plano de ação, são partes integrantes do Plano Nacional de Implementação (NIP), previsto na Convenção de Estocolmo, da qual o Brasil é signatário. O plano, composto de informações de vários setores industriais, será finalizado em setembro de 2014. Mais informações podem ser obtidas em http://www.mma.gov.br/seguranca-quimica/convencao-de-estocolmo

Gás de xisto

O DMA participou do seminário “The Role of Shale Gas – Changing energy factor and environmental / regulatory barriers”, promovido pelo Instituto de Energia e Ambiente da USP no dia 20 de agosto. O evento discutiu o panorama da exploração e produção das reservas não convencionais de gás natural no cenário brasileiro, considerando a perspectiva das experiências internacionais

Logística reversa de embalagens

Em 11 de agosto, o DMA participou de reunião, na sede do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de São Paulo (Sindicarnes), para discutir práticas de logística reversa de embalagens de alimentos relacionadas à Resolução SMA nº 38/2011, que estabelece a relação de produtos geradores de resíduos de significativo impacto ambiental, para fins do disposto no artigo 19, do Decreto Estadual nº 54.645, de 5 de agosto de 2009, que regulamenta a Lei Estadual nº 12.300, de 16 de março de 2006. No dia 21 de agosto, o tema foi tratado com representantes do setor de alimentos.

O sistema financeiro nacional e a economia verde

Em 13 de agosto, o DMA participou do seminário “Sistema Financeiro Nacional e a Economia Verde”, realizado em São Paulo (SP). O evento é um desdobramento de pesquisa mundial, coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com o objetivo de identificar iniciativas e oportunidades capazes de acelerar a destinação de capitais de investimentos e de financiamentos para a economia verde. Os três estudos apresentados no seminário abordam o estágio atual do SNF na economia verde, os impactos e políticas públicas de cunho socioambiental no SNF e a visão estratégica e propostas para energias renováveis e agronegócios.

Comissão do Meio Ambiente

Em 11 de agosto, o DMA esteve na Ordem dos Advogados (OAB) em Franca (SP) para participar da reunião da Comissão do Meio Ambiente. No encontro, foram tratados assuntos referentes ao evento programado para setembro sobre o Código Florestal.

Visão estratégica da sustentabilidade

Em 6 de agosto, o DMA esteve presente no workshop “Visão Estratégica da Sustentabilidade - Análise de Problemas e Construção

de um Plano de Ação”. O evento, organizado pela Fiesp, Sesi e Ciesp, foi realizado com o objetivo de analisar a situação e construir uma abordagem adequada para as soluções de dilemas empresariais de sustentabilidade, com foco no setor têxtil.

Congresso Ecogerma Brasil Alemanha

O DMA proferiu palestra em painel realizado no Congresso Ecogerma 2014 Brasil Alemanha. O painel discutiu o uso eficiente de recursos hídricos na indústria. O evento, promovido no dia 5 de agosto pelas câmaras de comércio alemãs em toda a América Latina, contou com a participação de empresários, representantes de órgãos públicos, especialistas, institutos de pesquisas e ONGs do setor de sustentabilidade.

GHG Protocol 2014

Em 7 de agosto, o DMA participou de evento anual do Programa Brasileiro GHG Protocol. No encontro, foram apresentados os resultados dos inventários reportados no Programa, bem como as novas condições para o ciclo de 2015.

Rerrefino de óleo lubrificante

Nos dias 5 e 6 de agosto, o DMA participou, juntamente com representantes da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e da cadeia de fabricação, distribuição e comércio de óleos lubrificantes, de visita técnica nas dependências da empresa Lwart, localizada no município de Lençóis Paulistas, São Paulo.

Água - Ideias Inovadoras/Soluções Sustentáveis

O DMA tem realizado uma série de palestras em universidades estimulando os alunos a participar do concurso “Água – Ideias Inovadoras/Soluções Sustentáveis, que está sendo promovido pela Fiesp. Em agosto, foram proferidas palestras sobre o concurso para os alunos da Universidade Cruzeiro do Sul,da Universidade Sumaré, da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da unidade Guarujá da Universidade de Ribeirão Preto. O concurso premiará as melhores propostas apresentadas pelos alunos das universidades parceiras.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (ABNT/CB-38)

Em 1° de agosto, o DMA participou da reunião do Comitê gestor do CB-38/ABNT realizada no Rio de Janeiro (RJ). No encontro, o superintendente fez um relato sobre as principais discussões e definições da plenária que ocorreu no Panamá, em junho de 2014, e os coordenadores dos subcomitês apresentaram o status das normas em desenvolvimento ou em processo de revisão. Acústica

A revisão da norma ABNT NBR 10.151, que dispõe sobre critérios de padrões de emissão de ruídos decorrentes de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, foi o tema tratado em reunião realizada na sede da ABNT no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 4 e 5 de agosto. O DMA esteve presente à reunião.

Área de Proteção Ambiental (APA) Tejupá

Em 5 de agosto, o DMA participou da reunião dos grupos de trabalhos da APA Tejupá em Piraju (SP). Na reunião, os quatro grupos de trabalhos formados trabalharam os seguintes itens: Planejamento, Comunicação /Divulgação, Monitoramento e Revisão do Regimento Interno.

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Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ)

Plano de Saneamento Básico de Indaiatuba

O Plano de Aplicação Plurianual (PAP–PCJ) dos recursos oriundos da cobrança pelo uso da água em rios de domínio da União, para os próximos quatro anos, foi apresentado em reunião realizada em 4 de julho, em Piracicaba (SP). Na ocasião, foi aprovada a minuta de deliberação sobre Programas de Educação Ambiental, a serem apresentados no âmbito do licenciamento ambiental referentes aos empreendimentos submetidos à análise dos Comitês PCJ, bem como a hierarquização dos pleitos referentes ao Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e Cobranças PCJ.

Câmara Técnica de Outorgas e Licenças (CT-OL)

Em reunião realizada em Jundiaí (SP), no dia 6 de agosto, foi criado o GT – Enquadramento PCJ, com indicação dos membros (por sub-bacia) e eleição da coordenação, com definição da agenda de trabalho. No encontro, acompanhado pelo DMA, foram apresentados materiais a serem enviados aos municípios das bacias.

Câmara Técnica da Indústria (CT-Ind)

A proposta de restrições de outorgas aos usuários já existentes, no momento em que não houver disponibilidades hídricas para atendimento aos setores, foi discutida em reunião realizada em 6 de agosto, em Americana (SP).

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

Os representantes dos nove CIESP que integram o Comitê PCJ realizaram reunião conjunta, no dia 7 de agosto, em Campinas (SP), para discutir as diretrizes a serem tomadas em relação à estiagem prolongada nas bacias PCJ.

Reunião plenária

A atualização de valores do Plano de Aplicação Plurianual (PAP), referente aos recursos oriundos das cobranças PCJ 2013-2016, foi aprovada em reunião realizada no dia 8 de agosto, em Indaiatuba (SP). No encontro, acompanhado pelo DMA, foram apresentados os resumos dos trabalhos do GT-Estiagem e da aplicação dos recursos financeiros do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e Cobranças PCJ. Na reunião, também foram aprovados o processo eleitoral dos Comitês PCJ e o relatório R5 sobre o Programa de Efetivação do Enquadramento das Bacias PCJ.

Enfrentamento da Estiagem (GT-Estiagem)

O andamento das atividades emergenciais e propostas para 2014 foi apresentado em reunião realizada em 13 de agosto, em Limeira (SP). O GT deverá concluir o trabalho no final de outubro, quando se espera o fim da estiagem e o início do período chuvoso. Até o momento, das 14 atividades previstas, foram concluídas as ações das câmaras técnicas, tendo em vista que os órgãos gestores têm encontrado dificuldades técnicas para realizar as atividades sob sua responsabilidade.

GT do Rio Atibaia

As estratégias para o desassoreamento dos rios que transportam água do Sistema Cantareira para as bacias PCJ, com destaque para o rio Atibainha, foram discutidas em reunião realizada no dia 19 de agosto. O encontro foi acompanhado pelo DMA.

Câmara Técnica da Indústria (CT-Ind)

Em 20 de agosto, o DMA esteve presente à reunião realizada na planta da REPLAN/Petrobras em Paulínia/SP. Na ocasião, foi discutida a proposta de posicionamento quanto às potenciais restrições de vazões aos usuários já existentes, no momento em que não houver disponibilidades hídricas para atendimento aos setores usuários.

Rio Pardo (CBH-Pardo)

Reunião Ordinária

O DMA participou, no dia 1º de agosto, de reunião no Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) em Ribeirão Preto (SP) para discussão da deliberação que redefine critérios técnicos para a autorização de perfuração de poços tubulares profundos no município e para a definição dos critérios para distribuição dos recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro).

Baixada Santista (CBH-BS)

Reunião Extraordinária

As deliberações que tratam das indicações de propostas e projetos visando à liberação dos recursos financeiros advindos das cobranças do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) foram apresentadas em reunião realizada em 7 de agosto, em Santos (SP).

Alto Tietê (CBH-AT)

GT Gestão da Demanda

As estratégias para a redução de consumo nos condomínios da região da Grande São Paulo e os critérios de reúso direto, como uma alternativa de oferta de água, foram discutidos em reunião ocorrida no dia 7 de agosto. O tema voltou a ser discutido em nova reunião, realizada em 21 de agosto.

GT Gestão de Investimentos (GT-GI)

Os projetos visando à definição da aplicação do recurso do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e a deliberação, ad referendum, que trata dos critérios, hierarquização e do sistema de pontuação adotados para aplicação aos tomadores foram os temas tratados na reunião realizada em 14 de agosto, em São Paulo (SP).

GT de Leis Específicas

As discussões dos artigos relativos à elaboração da lei específica da Billings foram retomadas em reunião realizada no dia 22 de agosto, em São Paulo (SP).

Mogi Guaçu (CBH-Mogi)

Câmara Técnica de Planejamento e Gestão (CT-PG)

Em 13 de agosto, o DMA esteve no Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal (SP) para participar de reunião para análise dos pedidos de enquadramento de recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) 2014.

Comitês de Bacias Hidrográficas

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Paraíba do Sul (CBH-PS)

Câmara Técnica de Planejamento (CT-Plan)

O DMA participou de reunião realizada no dia 11 de agosto, em Taubaté (SP), quando foi discutido o prazo de 15 dias para a manifestação do comitê referente ao projeto de transposição de águas do rio Jaguari para abastecimento da região metropolitana de São Paulo, tendo em vista a solicitação de outorga de instalação de empreendimento feita pela Sabesp. Na ocasião, foi destacado que o prazo dado ao comitê é insuficiente para a análise do projeto. A CT-Plan solicitou o prazo de 90 dias para a emissão de parecer.

Paraíba do Sul (CEIVAP)

Câmara Técnica Consultiva (CTC)

A proposta de revisão de mecanismos e valores da cobrança pelo uso da água foi discutida em reunião realizada no dia 13 de agosto, em Resende (RJ). No encontro, acompanhado pelo DMA, foi recomendada a inclusão de dois coeficientes de boas práticas (saneamento e agricultura), bem como a revisão dos preços públicos unitários (PPUs), a partir de 2015, visando à sustentabilidade financeira da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Agevap). Foi recomendado que futuras revisões de valores e mecanismos sejam condicionadas à execução de ações estruturantes relativas às fragilidades observadas, tanto na estrutura e custeio das entidades delegatárias como nos critérios de formação, preço e forma de aplicação dos recursos.

Turvo/Grande (CBH-TG)

Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos

A proposta de indicadores de acompanhamento do Plano de Recursos Hídricos foi discutida em reunião realizada pela Câmara Técnica de Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos em São José do Rio Preto (SP), em 15 de agosto.

Baixo Pardo/Grande (CBH-BPG)

Reunião extraordinária

As prioridades de investimento para distribuição de verbas remanescentes do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) 2014 foram analisadas em reunião realizada no dia 20 de agosto, em Barretos (SP).

Sapucaí Mirim e Grande (CBH-SMG)

Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos

A revisão dos critérios de pontuação, hierarquização e priorização da proposta de financiamento do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) para 2015 foi discutida em reunião realizada no dia 20 de agosto, em Franca (SP).

Sorocaba e Médio Tietê (CBH-SMT)

Câmara Técnica de Planejamento (CT-Plagrhi)

Em reunião realizada no dia 22 de agosto, em Sorocaba (SP), foi elaborado o parecer técnico sobre o documento da Sabesp referente ao Sistema Produtor São Lourenço. O documento inclui recomendações do DMA para a mensuração de perdas no sistema de abastecimento da região metropolitana de São Paulo (RMSP) antes da entrada em operação do sistema, que deverá fornecer cerca de 5 m3/s de água à região. No encontro, foi concluída a pontuação e a hierarquização dos pleitos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro).

Tietê Batalha (CBH-TB)

Reunião Conjunta das Câmaras Técnicas

A análise e a classificação dos projetos apresentados pelos tomadores para os recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) 2014, referente ao saldo remanescente, foram efetuadas em reunião conjunta das câmaras técnicas realizada no dia 28 de agosto, em Novo Horizonte (SP).

Notas informativas

Indústria tem caminho sem volta para a sustentabilidadeA destinação adequada dos resíduos sólidos é a principal preocupação da indústria brasileira. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 55 empresas nacionais e multinacionais revelou que 64% das empresas têm grande preocupação sobre o que fazer com o que sobra da produção industrial. De acordo com a pesquisa, grande parte das empresas admite que atualmente há maior cuidado com gerenciamento dos resíduos e 40% disseram que as leis brasileiras sobre o tema foram responsáveis pela mudança de comportamento da indústria nessa área desde 2010. Para os pesquisados (mais de 50%), os grandes desafios são fomentar a necessidade de destinar esses resíduos em um mercado forte e a incapacidade dos governos de lidar com o tema, além da necessidade de mais incentivos para que se reduza a quantidade de material residual ou que se valorize mais esse produto de forma a que ele se torne rentável para as indústrias. Para isso, pedem mais incentivos fiscais (29%) e incentivos à reciclagem (25%).

Fonte: http://www.terra.com.br

Relator inclui em MP prazo até 2018 para municípios acabarem com lixõesO relatório da Medida Provisória 649/14, apresentado pelo deputado André Moura (PSC-SE) no início de agosto, pretende ampliar até 2018 o prazo para as cidades acabarem com os lixões. A data limite para essa ação terminou em 2 de agosto deste ano, sem que a maioria dos municípios tenha instalado aterros sanitários para a destinação adequada dos resíduos sólidos. Além desse tema, a diminuição de impostos sobre armas e mudanças na legislação de energia elétrica são outros pontos incluídos pelo deputado no relatório. O aumento do prazo para o fim dos lixões é reivindicação de vários prefeitos, que temem a aplicação de multas previstas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10). O relatório também garante a estados e municípios o prazo de dois anos, até 2016, para a elaboração dos planos de resíduos sólidos. O prazo venceu em 2012. Esses planos são requisitos para que estados e municípios recebam dinheiro do governo federal para investir no setor.

Fonte: http://www2.camara.leg.br

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Legislação Ambiental

Legislação Ambiental -Diplomas Legais RecentesFederal

Resolução Conama nº 463, de 29 de julho de 2014Dispõe sobre o controle ambiental de produtos destinados à remediação.

Resolução Conama nº 462, de 24 de julho de 2014Estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de fonte eólica em superfície terrestre, altera o art. 1º da Resolução Conama nº 279, de 27/7/2001, e dá outras providências

Resolução conjunta ANA/DAEE nº 910, de 7 de julho de 2014Dispõe sobre a prorrogação do prazo de vigência da outorga de direito de uso de recursos hídricos do Sistema Cantareira para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Portaria SFB nº 92, de 29 de julho de 2014Publica o resumo executivo do Plano Anual de Outorga Florestal para o ano de 2015 (PAOF) 2015.

Portaria MMA nº 263, de 24 de julho de 2014Define o Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF) de 2015.

Portaria MMA nº 260, de 24 de julho de 2014Dispõe sobre a instituição e regulamentação das atividades do Comitê de Acompanhamento das Deliberações da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (4ª CNMA).

Instrução Normativa Ibama nº 12, de 6 de agosto de 2014Define os procedimentos relativos ao requerimento de suspensão de aplicação de sanções decorrentes de infrações cometidas antes de 22/07/2008, relativas à supressão irregular de vegetação em áreas de preservação permanente, de reserva legal e de uso restrito, e de declaração de conversão da sanção pecuniária em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.

Projetos de lei (PL)

PL nº 7848/2014 Altera a Lei nº 9.605, de 12/02/1998, para incluir a recuperação de áreas de preservação permanente no rol de tarefas que constituem prestação de serviço à comunidade.

Estadual (SP)

Portaria DAEE nº 1.549, de 30 de julho de 2014Convoca os usuários de água da Bacia Hidrográfica do Ribeira de Iguape/Litoral Sul a se cadastrarem no Cadastro de Usuários das Águas do Ato Convocatório do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).

Resolução conjunta SMA/SSRH nº 1, de 8 de agosto de 2014Dispõe sobre as atribuições compartilhadas entre a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA) para o aperfeiçoamento dos mecanismos legais de defesa das Áreas de Recuperação e de Proteção aos Mananciais (APRM), através do encaminhamento de projetos de leis específicas que definem as Áreas de Recuperação e de Proteção de Mananciais da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.

Resolução conjunta SS/SMA/SSRH/SAA nº 1, de 30 de julho de 2014Institui o Comitê Estadual de Referência em Saúde Ambiental visando a fortalecer a participação de instituições afins na promoção da saúde e na qualidade de vida, e dá outras providências.

Resolução SMA nº 65, de 29 de julho de 2014Altera dispositivos da Resolução SMA 48, de 26/05/2014, que dispõe sobre as condutas infracionais ao meio ambiente e suas respectivas sanções administrativas.

Decisão Cetesb nº 217-I, de 6 de agosto de 2014Dispõe sobre a aprovação e divulgação do “Manual para Elaboração de Estudos para o Licenciamento Ambiental com Avaliação de Impacto Ambiental no âmbito da Cetesb”.

Um infográfico criado pela Fiesp apresenta, de forma dinâmica, dados sobre a preocupação do setor industrial com a possibilidade de racionamento de água no Estado de São Paulo. A pesquisa, realizada pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) revelou que 64,9% das 413 indústrias ouvidas acreditam que um eventual racionamento de água teria impacto negativo no faturamento. O Depecon consultou 44 indústrias de grande porte, 140 de médio porte e 229 de micro e pequeno porte. O infográfico pode ser visualizado no site da Fiesp.(http://www.fiesp.com.br/noticias/infografico-as-industrias-e-o-eventual-racionamento-de-agua/)

Infográfico mostra dados sobre preocupação empresarial com racionamento de água

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Reciclagem de eletrônicos: aspectos ambientais, sociais e econômicosEmpresa: Itautec

Implantação da nova termoelétrica: sustentabilidade e autossuficiência energética Empresa: Lwarcel Celulose Ltda.

Casos de sucesso

A Itautec é uma empresa 100% brasileira, especializada no desenvolvimento de produtos e soluções em informática, automações e serviços, com atuação nos mercados corporativo e doméstico. A empresa possui cinco subsidiárias no exterior para revenda de produtos e prestação de serviços de assistência técnica e suporte. A sede da Itautec está localizada na cidade de São Paulo.

Descrição das Medidas Adotadas

Em 2001, a empresa decidiu adotar o sistema de gestão ambiental baseado na NBR ISO 14001, enfrentando desafios para realizar mudanças que o novo conceito exigia. Foram realizadas as seguintes alterações: • Ambiental - Redução de resíduos sólidos enviados para o aterro sanitário com a construção de um centro de reciclagem.

• Social - Aumento de contratações, diretas e indiretas, relacionadas especialmente com o aumento da reciclagem de eletrônicos.

• Econômico - Aumento do porcentual de manutenção da área, ou seja, aumento de receita versus despesa.

Resultados Ambientais e Econômicos

• 89% de todo o resíduo gerado foi reciclado pelo centro de reciclagem construído pela própria empresa.

• A venda de resíduos recicláveis foi de aproximadamente R$ 681.000,00, valor que poderá financiar os próximos projetos ambientais da empresa.

As empresas do Grupo Lwart têm como base de seus negócios a sustentabilidade ambiental de seus produtos e/ou processos. A Lwarcel Celulose é responsável pelo fornecimento de celulose para os mercados nacional e internacional destinada à fabricação de papéis para impressão, anotações, especiais, higiênicos e para embalagem. A produção de celulose é 100% proveniente de florestas plantadas renováveis, contribuindo para a preservação de florestas nativas.

Descrição das Medidas Adotadas

A Lwarcel Celulose possuía como gerador de vapor para o processo industrial fornos de recuperação. O vapor gerado era de média pressão e os fornos liberavam grandes quantidades de gases ricos em energia, além de não oferecerem um rendimento alto quanto à geração de energia elétrica.

A substituição dos fornos por uma caldeira de recuperação possibilitou a geração de vapor em uma maior classe de pressão, o que, consequentemente, propiciou um grande avanço na capacidade de geração de energia elétrica.

Resultados Ambientais e Econômicos

Do ponto de vista econômico, representou uma economia de 50% nos custos de geração de vapor das unidades da Lwarcel. Ambientalmente, resultou na redução das emissões atmosféricas e da geração de resíduos sólidos da caldeira, além de possibilitar a continuidade do aproveitamento dos resíduos sólidos, que são utilizados como biomassa.

O Informe Ambiental é publicado pelo Departamento de Meio Ambiente (DMA) da Fiesp. Circulação mensal. Comentários e sugestões: Tel.: (11) 3549-4675 / Fax.: 3549-4237 • [email protected] • www.fiesp.com.br

Edição: Fábrica C Autorizada a reprodução, agradecendo-se a citação da fonte.

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