informe abimde - marÇo 2014

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INFORME Revista Oficial da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança Março, 2014 - Edição 03 SIMULAÇÃO Comitê da ABIMDE apresenta novidades para o setor HISTÓRIA Túnel do Tempo conta a trajetória da BCA FX-2 Brigadeiro Juniti Saito fala sobre a escolha do Gripen NG FIDAE 2014 Brasil dobra número de empresas participantes em um dos maiores eventos de defesa da América Latina

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Page 1: INFORME ABIMDE - MARÇO 2014

INFORMERevista Oficial da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança

Março, 2014 - Edição 03

SIMULAÇÃOComitê da ABIMDE apresenta novidades para o setor

HISTÓRIATúnel do Tempo

conta a trajetória da BCA

FX-2Brigadeiro Juniti Saito fala

sobre a escolha do Gripen NG

FIDAE 2014Brasil dobra número de empresas participantes em

um dos maiores eventos de defesa da América Latina

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Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa

Associação Brasileira das Indústriasde Materiais de Defesa e Segurança

SEJA UM ASSOCIADO(11) 3170-1860

Avenida Paulista, nº 460, 17º andar, conjunto B, Bela Vista, CEP 01310-000

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INFORMEAno 01 – Número 03

EXPEDIENTE

04 | EDITORIALABIMDE traça metas para fortalecer os setores de defesa e segurança

05 | COMUNICAÇÃORockwell Collins e seus produtos de compartilhamento de dados em rede

06 | PÁGINAS VERDE AMARELASBrigadeiro Saito, Comandante da FAB, fala sobre a escolha do FX-2

09 | POR DENTRO DA ABIMDEDeclarações de exclusividade e parcerias

10 | RADARESBradar entrega SENTIR M-20 para o Sisfron

12 | BASTIDORES DA AVIAÇÃOFAB lança livro com belas imagens que mostram o dia a dia da instituição

14 | TRAJETÓRIAImbel, a primeira Empresa Estratégica de Defesa do Brasil

16 | CSTAComitê de Simulação da ABIMDE apresenta novidades para o setor

17 | NAVALAres entrega sistema de vigilância exclusivo para a Marinha do Brasil

18 | PARCERIA Sergio Jardim fala sobre a relação da Clarion Events com a ABIMDE

20 | NÃO LETALCondor recebe título de Empresa Estratégica de Defesa

21 | ARTIGO O caos na segurança pública e as oportunidades para o setor produtivo

22 | HISTÓRIACBC e seus mais de 80 anos investindo na soberania nacional

24 | TECNOLOGIAIAI do Brasil amplia participação no mercado nacional

26 | SEGURANÇACecil é opção em matéria-prima para munição

26 | FINANCIAMENTOFinep anuncia projetos selecionados no Inova Aerodefesa

27 | TRÁFEGO AÉREOOmnisys apresenta opções em radares de vigilância

28 | NEGÓCIOSIacit oferece atividades de suporte logístico

30 | OPINIÃOA base industrial e tecnológica de defesa como parte de novo ciclo de industrialização nacional

31 | INVESTIMENTOSQueiroz Galvão e sua atuação no setor de defesa

32 | TÚNEL DO TEMPOA história de sucesso da BCA em seus mais de 20 anos de atuação no mercado nacional

35 | PONTO DE VISTABase Industrial de Defesa: Medidas Viabilizadoras

39 | ROTEIRO FIDAE Perfil das empresas associadas presentes na edição 2014 do evento

ÍNDICECONSELHO DIRETOR DA ABIMDE

PresidenteSami Youssef Hassuani

1º Vice-PresidenteCarlos Frederico Q. de Aguiar

Vice-Presidente Executivo Carlos Afonso Pierantoni Gambôa

Vice-Presidentes Antonio Marcos Moraes Barros Celso Eduardo Fernandez Costa Jorge Py Velloso Marcelio Carmo de Castro PereiraÁlvaro Henrique Vianna de Moraes

DiretoresWilson José Romão Gustavo RamosJosé Carlos Cardoso Diretora Administrativa Heloísa Helena dos Santos Diretor Técnico Armando Lemos

CONSELHO EDITORIAL

Jornalista Responsável e Diretora de RedaçãoValéria Rossi | MTB: 0280207

EditoraClaudia Pereira | MTB: 29.849

Diretora de Arte Luciana Ferraz

Repórter EspecialKaren Gobbatto

Editora de Fotografia Carla Dias

RevisoraJuliana Hampel

Assistente AdministrativaCássia Ruivo

INFORME ABIMDE é uma publicação da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE)Avenida Paulista, 460, 17º andar, conjunto B, Bela Vista, CEP 01310-000Tel./Fax: (11) 3170-1860 Escritório Brasília:(61) 8183-0034 Lourenço Drummond Lemos

Produção EditorialRossi ComunicaçãoCorrespondênciaRua Carlos Sampaio, 157, Mezanino, Bela Vista, CEP 01333-021Tel.: (11) [email protected] capa: DivulgaçãoGráfica HR – (11) 3349-6444

37 | CAPA Brasil marca presença na Fidae e espera ampliar exportações no setor de defesa e segurança

INFORMERevista Oficial da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança

Março, 2014 - Edição 03

SIMULAÇÃOComitê da ABIMDE apresenta novidades para o setor

HISTÓRIATúnel do Tempo

conta a trajetória da BCA

FX-2Brigadeiro Juniti Saito fala sobre

a escolha do Gripen NG

FIDAE 2014Brasil dobra número de empresas participantes em

um dos maiores eventos de defesa da América Latina

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Sami Youssef HassuaniPresidente da ABIMDE

EDITORIAL

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Tradicionalmente, todo início de ano serve para que possamos repensar ações e processos que realizamos ou não ao longo do ano que passou. É o momento de começar a colocar em prática o que organizamos em planilhas e seguir adiante em nossos planos e metas. A ABIMDE também traçou seus objetivos para 2014, com foco em quatro ações: Institucionais; Estratégicas e Estruturantes; Melhorias na integração interna; e Melhorias na integração externa. Serão muitos pontos a serem desenvolvidos ao longo deste período, ainda mais em um ano que certamente será bastante atribulado, principalmente para os setores de defesa e segurança, que terão pela frente eventos como Copa do Mundo e eleições. Neste editorial quero compartilhar com todos os associados as metas estabelecidas pela entidade para 2014. Teremos um longo ano pela frente, repleto de trabalho, avanços e parcerias.

Boa leitura!

ABIMDE traça metas para fortalecer os setores de defesa e segurança

1) Ampliar o diálogo com os órgãos governamentais de defesa e segurança, com base nas medidas viabilizadoras propostas, buscando confirmar o reconhecimento da ABIMDE como representante da BID, e garantir participação nos processos decisórios do setor;

2) Aperfeiçoar a interlocução com os representantes da mídia especializada, buscando transmitir a imagem desejada para a ABIMDE, a fim de garantir a correção das notícias veiculadas e aumentar a credibilidade do setor; Ações estratégicas e estruturantes;

3) Concluir, analisar e divulgar o diagnóstico da BID, com o apoio da UFF (Universidade Federal Fluminense);

4) Divulgar, manter atualizadas e atuar em todas as medidas viabilizadoras para o fortalecimento da BID, além de acompanhar as ações do governo voltadas para sua implantação;

5) Implantar, sempre que necessário, estrutura específica para agilizar cada uma das medidas viabilizadoras prioritárias; Ações para melhoria na integração interna;

6) Consolidar a parceria ABIMDE x SIMDE;

7) Ampliar o quadro de associadas honorárias que possam apoiar os objetivos da associação (centros de estudos, institutos de excelência, universidades, fundações, ONGs e OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público);

8) Apoiar e prestigiar as associadas de pequeno porte, especialmente as participantes

dos comitês criados pela ABIMDE, como os de Veículos Não Tripulados, Simulação e Cibernética;

9) Adaptar o estatuto social da ABIMDE visando sua modernização e emprego como instrumento regulador do funcionamento da associação;

10) Avaliar a conveniência e estabelecer normas para a instalação e o funcionamento das diretorias regionais da ABIMDE; Ações para melhoria na integração externa;

11) Consolidar o relacionamento da ABIMDE com a Apex-Brasil;

12) Fortalecer o relacionamento da ABIMDE com as Federações Estaduais das Indústrias: Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul), Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), Fibra (Federação das Indústrias do Distrito Federal) e com a Confederação Nacional da Indústria (CNI); e

13) Fortalecer o relacionamento da ABIMDE com as associações brasileiras das indústrias de base, como a Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos), a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), a Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software), a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), a ABM (Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração), entre outras.

AÇÕES INSTITUCIONAIS

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Quer se trate de voz, vídeo ou dados, a capacidade de compartilhá-los em rede de alta velocidade, comum às forças de terra, mar e ar, confere

grande vantagem atualmente no campo de batalha não convencional. Sendo a comunicação satelital o padrão atual, é o aumento no seu custo de operação, bem como as ameaças da neutralização desta, que estabelece a necessidade de se ter uma alternativa confiável. Esta alternativa de alta velocidade de comunicação em rede, além da linha de visada (BLOS), está disponível com as tecnologias “Extended Wideband High-Frequency (EWBHF) e High-Frequency Cellular (HF Cellular™)” “A combinação do EWBHF com o HF Cellular™ confere esta nova capacidade tão esperada de comunicação de alto desempenho e com a confiabilidade que faltava aos sistemas de comunicação HF”, afirma Carlos Rosley Bernardes, engenheiro sênior da Rockwell Collins do Brasil. De acordo com Rosley, a grande vantagem do EWBHF é aumentar o “throughtput” de dados. Considerando que as conexões de HF e múltiplas estações HF captam-na e o servidor que, por sua vez (está conectado

em rede com todas essas estações), fecha o enlace com aquela

estação que informa a melhor qualidade de sinal recebida. “As estações terrestres podem estar localizadas em qualquer lugar que possua acesso à internet/rede”, comenta Rosley. “É bom lembrar também que as chamadas podem ser feitas de/para, seja via rádio HF, rede, telefonia fixa ou celular a partir do solo, mar e ar, sendo, finalmente, estas chamadas roteadas pelo HF Cellular™ ao usuário/destino”.

LEVANDO A REDE HF “AD HOC” ONDE NUNCA ESTEVE A companhia está desenvolvendo a quarta geração (4G) do Automatic Link Establishment (ALE) para garantir maior facilidade de uso. “Agora, um único operador poderá supervisionar toda uma rede HF Cellular™”, explica Natanel Gomes Filho, gerente de programas da empresa. Segundo o executivo, uma rede Rockwell Collins EWBHF & HF Cellular™ é robusta o suficiente para suportar as limitações tradicionais da propagação ponto a ponto que incluem: hora do dia, flutuações ionosféricas, manchas solares, perturbações ionosféricas e seleção de frequência. Representantes da empresa testaram, recentemente, os rádios EWBHF entre as instalações localizadas no Canadá e Cedar Rapids, Iowa – EUA. Outra demonstração foi realizada no fim do ano passado, entre Manaus e Brasília. As equipes tiveram sucesso em demonstrar a transmissão de “streaming” de vídeo em cores, bem como rede IP “ad hoc” em conexão HF. “Além de suportar velocidade até 20 vezes mais rápida do que os sistemas atualmente em campo, o significado operacional desse avanço nas comunicações HF é o de que as aplicações IP padrão agora podem ser suportadas por sistemas HF de baixo custo”, explicou Fernando Ikedo, diretor de desenvolvimento de negócios.“Esperamos trazer essas tecnologias ao país por meio da Rockwell Collins do Brasil, que assim beneficiará os parceiros brasileiros com a transferência desta tecnologia, bem como para aumentar o conteúdo nacional nos equipamentos”, disse Nelson Aquino, diretor-presidente da Rockwell Collins do Brasil.

ROCKWELL COLLINSsuporta Comunicações “Net-Centric” com “Wideband HF” e“HF Cellular™”

COMUNICAÇÃO

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O ano de 2014 será intenso para a Força Aérea Brasileira, que terá pela frente Copa do Mundo, eleições, desenvolvimento do Gripen NG e outros

grandes projetos estratégicos que envolvem a corporação. A compra do caça sueco, por exemplo, anunciada no final do ano passado, é um dos projetos mais esperados. O programa custará cerca de US$ 4,5 bilhões e vai envolver pelo menos 15 empresas brasileiras. A previsão é de que sejam gerados aproximadamente 1.800 empregos na fase de desenvolvimento. Em entrevista ao INFORME ABIMDE, o Comandante da FAB, Brigadeiro-do-ar Juniti Saito, falou sobre suas expectativas com o novo caça e também sobre os benefícios do programa à indústria nacional. “Como o Gripen NG será fabricado no Brasil, grande parte do trabalho de desenvolvimento do caça ficará a cargo da indústria brasileira. A tecnologia produzida no Brasil não será produzida em nenhum outro lugar do mundo”. Além do FX-2, Saito destaca outros projetos estratégicos que irão fortalecer o mercado nacional e a respeito de como a FAB vem se preparando para Copa do Mundo. “O Comando da Aeronáutica está pronto e preparado para todas as ações de defesa aérea e controle do espaço aéreo brasileiro durante a Copa do Mundo. Todo o planejamento já foi feito e muitas ações já foram executadas”.

INFORME ABIMDE - Como a FAB recebeu a notícia da escolha do Gripen? Brigadeiro Juniti Saito - A Força Aérea Brasileira (FAB) não foi surpreendida porque esperava por uma decisão há muito tempo. A análise das ofertas envolveu um time de profissionais da FAB extremamente competente e qualificado que trabalhou durante anos no projeto. Quando apontamos o Gripen como a melhor alternativa, não tínhamos a menor dúvida sobre a escolha.

IA - O que significa essa escolha para a indústria nacional?Brigadeiro Saito - O programa de transferência de tecnologia do Gripen NG garante à indústria nacional acesso, sem precedentes, a todos os níveis de tecnologia. Como o Gripen NG será fabricado no Brasil, grande parte do trabalho de desenvolvimento do caça ficará a cargo da indústria brasileira. A tecnologia produzida no Brasil não será produzida em nenhum outro lugar do mundo. Isso significa que os sistemas feitos no país serão incorporados em todos os novos caças Gripen fabricados. O Comando da Aeronáutica e a indústria brasileira vão se tornar parceiros da Força Aérea Sueca e da SAAB no projeto, no desenvolvimento e na integração de futuros programas tecnológicos do Gripen NG.

IA - Até que ponto a FAB pode inserir ou exigir que seja utilizado conteúdo nacional nesse projeto?Brigadeiro Saito - Caberá ao Brasil desenvolver cerca de 40% dos componentes da aeronave. A FAB terá um papel fundamental nessa etapa do processo porque será

PÁGINAS VERDE AMARELAS

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FABDO GRIpEN à COpA DO MUNDO

Fotos: Sgt. Rezende e A

gência Força Aérea

por Valéria Rossi

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responsável pela coordenação entre a SAAB e as empresas brasileiras que participarão do projeto. Nosso papel será o de verificar a tecnologia que será transferida e levantar as indústrias que têm condições de atender as exigências que serão estabelecidas nos contratos. O acordo de compensação está aliado ao contrato principal que será discutido ao longo deste ano.

IA - Como será a participação da indústria nacional no desenvolvimento deste projeto?Brigadeiro Saito - A indústria nacional participará do programa de desenvolvimento da aeronave, que incluirá: projeto, desenvolvimento e integração de hardware, aviônicos, software e sistemas da aeronave; transferência de avançadas tecnologias fundamentais, como a fusão de sensores, baixa observabilidade e furtividade; e acesso a todos os níveis de tecnologia, incluindo códigos-fontes do Gripen NG.

IA - Existe a possibilidade da Suécia emprestar caças para treinamento de pilotos brasileiros, antes mesmo da entrega das aeronaves?Brigadeiro Saito - Há essa possibilidade, mas até o momento não há definição a respeito do assunto. A FAB pode receber de 10 a 12 caças Gripen dos modelos C e D. Entretanto, o acordo depende de negociação entre os governos brasileiro e sueco.

IA - Existe algum outro tipo de investimento previsto por parte da SAAB no Brasil durante o período de produção do Gripen?Brigadeiro Saito - Mesmo antes da definição sobre o vencedor do programa FX-2, a SAAB vinha realizando parcerias com indústrias nacionais. Ao longo deste ano, a Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC) e a SAAB irão definir quais empresas brasileiras deverão participar do programa de desenvolvimento e produção de diversos itens tecnológicos presentes na nova aeronave de combate da Força Aérea Brasileira.

IA - Como estão os outros projetos da FAB? E qual o orçamento previsto para este ano? Poderia detalhar os principais? Modernização do F-5; Modernização do AM-X; Projeto KC-X; Projeto H-X BR; Projeto VLS; Projeto KC-390.Brigadeiro Saito - Com o recebimento dos P-3AM, a FAB completou a renovação de

todas as suas aviações. Nos últimos 20 anos, foram realizadas aquisições e modernizações que deram um salto qualitativo à Força Aérea Brasileira. Foram incorporados A-29 Super Tucano, C-105 Amazonas, E-99, R-99, C-99, H-60 Blackhawk, AH-2 Sabre, H-36 Caracal e RQ-450. Além disso, estamos modernizando os F-5EM Tiger, C-130 Hércules (já concluído), C-95 Bandeirante e A-1. Para este ano, aguardamos o primeiro voo do KC-390 e a decisão do governo sobre um novo reabastecer. Mas, sem dúvidas, a nossa grande expectativa hoje é com a assinatura do contrato com a SAAB para o desenvolvimento dos caças Gripen no Brasil.

IA - Os projetos estratégicos da FAB mencionam também a comunicação por satélite para atender as necessidades operacionais, logística e administrativa do Comando da Aeronáutica. Como está esse processo? Em quanto essa comunicação poderia contribuir para a FAB?Brigadeiro Saito - O lançamento de satélites confere não somente à Força Aérea, mas ao Brasil, autonomia e independência tecnológica. Além disso, o investimento em atividades espaciais já nos trouxe diversos benefícios: pesquisas de novos medicamentos, materiais e equipamentos eletrônicos, cartografia com a utilização de satélites, informações meteorológicas, imagens em tempo real da localização de queimadas e desmatamento. Em todo o mundo, menos de uma dezena de países lançam foguetes e pouco mais de 20 nações desenvolvem satélites. O objetivo é aumentar a nossa autonomia, na capacitação e competitividade industrial, e dar cada vez mais retorno à sociedade brasileira.

IA - Quanto aos VANTs (Veículo Aéreo não Tripulado), como a FAB pensa essa questão? Brigadeiro Saito - Hoje a Força Aérea possui quatro aeronaves remotamente pilotadas (ARP), uma estação em solo, sensores e apoio logístico, e a nossa intenção é investir ainda mais nesses equipamentos. Além de Santa Maria (RS), há o planejamento para que novas unidades aéreas de ARPs sejam criadas nos próximos anos nas regiões Norte e Centro-Oeste. O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, em conjunto com a indústria nacional, desenvolve um projeto de ARP. Com a aquisição de novos equipamentos, a previsão é de que a nossa indústria seja cada vez mais parceira no desenvolvimento e aprimoramento dessas tecnologias.

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IA - Como o senhor avalia a indústria nacional (em termos de tecnologia) para atuar nos projetos estratégicos da FAB?Brigadeiro Saito - O avanço tecnológico da Força Aérea Brasileira caminha paralelamente ao desenvolvimento e inovação da nossa indústria aeroespacial. A interação entre os poderes público e privado tem promovido um importante salto técnico-científico para a aviação brasileira, que é reconhecido no mundo inteiro. São inúmeros os projetos que demonstram a capacidade da indústria nacional em benefício da Força Aérea, como os turboélices e jatos da Embraer, os caças AMX e A-29 e o audacioso programa de desenvolvimento do KC-390. É por esse histórico de conquistas que o Comando da Aeronáutica pretende continuar a ombrear esforços com empresas do setor de defesa, buscando o fortalecimento desse importante segmento da cadeia produtiva nacional.

IA - Em relação à Cyber Defesa, como a FAB enxerga a questão? Existem projetos para esse segmento?Brigadeiro Saito - A FAB participa de um grupo de trabalho, juntamente com Marinha, Exército e Ministério da Defesa, para estudar e implementar uma doutrina militar de defesa cibernética no país. A Força Aérea está concebendo a criação de um Centro de Defesa Cibernética para tratar e sistematizar a proteção contra os ataques cibernéticos a sistemas críticos, como o Sistema de Controle do Espaço Aéreo, o Sistema de Defesa Aérea e os sistemas relacionados ao setor espacial, conforme previsto na Estratégia Nacional de Defesa (END). Para fazer frente às ameaças cibernéticas, a FAB vem trabalhando também na capacitação de nossos técnicos, por meio de ações como o Programa de Pós-graduação em Aplicações Operacionais, no Instituto

Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que investe na formação de mestres e doutores em Defesa Cibernética.

IA - O evento da Copa do Mundo está próximo, o que a FAB vai apresentar? Como a FAB vem se preparando para o período dos jogos? Brigadeiro Saito - O Comando da Aeronáutica está pronto e preparado para todas as ações de defesa aérea e controle do espaço aéreo brasileiro durante a Copa do Mundo. Todo o planejamento já foi feito e muitas ações já foram executadas. No controle do tráfego aéreo, como parte do programa SIRIUS, o DECEA implantou nas terminais Rio e São Paulo a Navegação Baseada em Performance (PBN), que propicia maior eficiência ao gerenciamento do tráfego aéreo. A coordenação do tráfego aéreo será feita pelo Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) e incluirá diversos órgãos federais. Também foi montado um planejamento especial para a defesa aérea e proteção de todos os pontos estratégicos do país.

IA - Como a ABIMDE pode contribuir para a FAB? Qual a importância em ter uma associação voltada para o setor de defesa?Brigadeiro Saito - O desenvolvimento industrial, em especial das empresas que fazem parte da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança, possibilita alavancar tanto a Força Aérea como as demais Forças Armadas, promovendo aqui dentro do nosso país uma capacidade que seria impossível de se atingir sem o crescimento da indústria nacional. Com isso, conquistamos dois objetivos: capacitação para ter uma verdadeira mobilização nacional, em caso de conflito, e também geração de empregos para fazer com que o desenvolvimento tecnológico possa prosperar.

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POR DENTRO DA ABIMDE

Carlos Afonso Pierantoni GambôaVice-Presidente Executivo

O crescimento de qualquer instituição requer, em paralelo com a participação de seus dirigentes, cuidados especiais de todos os envolvidos. A atenção com as novas afiliadas, o interesse por seus podutos, a preocupação em não comparar empresas antigas e recém-admitidas, tudo isso acrescido do inexorável aumento nas tarefas diárias. Assim vive a ABIMDE nos dias atuais, com suas mais de duzentas associadas. Dobramos o número de declarações de exclusividade emitidas em relação a 2012, quase que triplicamos a nossa participação em eventos conjuntos com a Apex-Brasil, estamos mais presentes e atuantes junto às federações, governo e academia, além de respondermos com muito mais frequência as demandas da mídia. Ou seja, crescemos. Recebemos, em 2013 e no início do ano corrente, inúmeras delegações estrangeiras e representantes de empresas que desejam investir no Brasil ou adquirir nossos produtos, para quem preparamos apresentações específicas sobre a Base Industrial de Defesa (BID). Todos os fatos citados geram mais oportunidades de negócios para as associadas,

mas, em paralelo, um redobrado esforço de todos no sentido de cumprir as pequenas normas que regem o dia a dia daqueles que cuidam da administração da ABIMDE/SIMDE. Refiro-me, especificamente, aos prazos e solicitações ligadas às declarações de exclusividade e participação em eventos relacionados ao convênio ABIMDE x Apex. As declarações de exclusividade são documentos importantes, principalmente para os órgãos públicos que adquirem os produtos e serviços das associadas. Propiciam a aquisição com dispensa de licitação, reduzindo muito o processo burocrático. São também muito importantes para as empresas, pois os produtos ofertados recebem a chancela de únicos produzidos no país e, na maioria das vezes, são homologados por importante instituição. Todas são analisadas com muito critério e as contestações, quando julgadas pertinentes, somente devem ser encaminhadas se alicerçadas em fatos concretos, devidamente documentados. Com relação ao convênio com a ABIMDE x Apex, solicitamos especial atenção aos prazos e, essencialmente, à clareza na prestação de contas. Este apoio da Apex é fundamental para a participação das empresas brasileiras em eventos no Brasil, e também no exterior, e tem influenciado muito positivamente nas exportações de nossos produtos. Assumido o compromisso de participação, são tomadas inúmeras providências que, se não cumpridas, geram perda de numerário e abalam a confiança de nossa associação. Nossa pequena equipe está sempre pronta a encontrar uma solução e facilitar o desempenho das associadas. Precisamos muito da colaboração de todos para mantermos o compromisso de usar ao máximo a palavra “sim” para as diversas demandas que nos são apresentadas. Contem conosco.

Declarações de exclusividade e parcerias

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RADARES

A Bradar, empresa controlada pela Embraer Defesa & Segurança, entregará os dois primeiros radares SENTIR M20 para o Exército Brasileiro ainda neste semestre. Do total de 17 equipamentos contratados para o projeto SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), oito deles serão disponibilizados para as Forças Armadas ainda em 2014. O SENTIR M20 é um radar terrestre capaz de executar operações de vigilância, aquisição, classificação, localização, rastreamento e exibição gráfica automática de alvos em terra, tais como: indivíduos em solo, tropas, blindados, caminhões etc. O equipamento faz parte do subsistema de Sensoriamento Remoto do projeto SISFRON – que compreende a vigilância e a proteção de uma área total de quase 17 mil quilômetros, que se estende por dez estados e 27% do território nacional. Com tecnologia 2D e alcance de 20 quilômetros, o SENTIR opera de forma móvel, podendo ser transportado para qualquer lugar. Ele também pode se conectar a diversos canais de comunicação e, assim, transmitir as informações captadas para um centro de controle, auxiliando no processo de tomada de decisão. O equipamento integra a família do radar SABER M60, outro destaque da Bradar.

Bradar iniciará entrega

de radares para o SISFRONpor Karen Gobbato

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NOVA GESTÃOPara o novo presidente da Bradar,

Astor Vasques, “é um orgulho para a empresa trabalhar no

desenvolvimento de sistemas tão importantes para a autonomia

tecnológica do país. Nosso objetivo é buscarmos cada vez mais os avanços

no setor”. Vasques assumiu o cargo no lugar de Mauricio Aveiro, que

retornou à Embraer para assumir a vice-presidência de pessoas. O executivo é engenheiro mecânico e advogado, com sólida carreira

no setor de aviação comercial, construída em mais de 30 anos de

atuação na Embraer, onde era responsável pela

montagem final dos E-Jets.

O SABER M60 é um radar de vigilância a baixa altura, também desenvolvido em parceria com o CTEx (Centro Tecnológico do Exército). Ele

TECNOLOGIA DUAL permite rastrear alvos em um raio de 60 quilômetros, transmitindo informações em tempo real para um Centro de Operações de Artilharia Antiaérea (COAAe). Apenas cinco países no mundo dominam este tipo de tecnologia. A tecnologia dos radares de vigilância da Bradar também é habilitada para uso dual e tem sido empregada em grandes eventos do país. Recentemente, durante a visita do Papa Francisco ao Brasil, entre 23 e 28 de julho de 2013, o equipamento foi utilizado para monitoramento e segurança do sumo pontífice. O SABER M60 também foi utilizado na segurança da Copa das Confederações e, em 2012, na Rio+20, conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável.

Astor Vasques,presidente da Bradar

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BASTIDORES DA AVIAÇÃO

Asas que protegem o país

FAB apresenta

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por Claudia Pereira

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Com 177 fotos distribuídas ao longo de 152 páginas, o livro Asas que protegem o País foi lançado pelo Comando da Aeronáutica para mostrar, em imagens, como é o dia a dia da instituição formada por mais de 77 mil pessoas, entre civis e militares. Este é o primeiro livro da FAB realizado inteiramente por militares, de oficiais a soldados. “Buscamos mostrar não apenas as nossas aeronaves, mas também os bastidores. O mecânico que trabalha para deixar as aeronaves prontas, dentistas que cuidam da saúde, o taifeiro que prepara o café da manhã, dentre

outras atividades”, explica o chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, Brigadeiro-do-Ar Marcelo Kanitz Damasceno. O livro conta também com um encarte sobre a Dimensão 22, uma referência à área de atuação da Força Aérea Brasileira: os 22 milhões de quilômetros quadrados que compreendem o território brasileiro, a zona econômica exclusiva e a área de responsabilidade de missões de busca e salvamento. Ao todo, a FAB possui responsabilidade sobre uma região equivalente a quase três vezes o tamanho do país.

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TRAJETÓRIATRAJETÓRIA

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A trajetória da Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL®) começou em 1808, com a publicação de um decreto pelo então príncipe regente Dom João VI, criando a Fábrica de Pólvora da Lagoa Rodrigo

de Freitas, que hoje recebe o nome de Fábrica da Estrela da IMBEL®. Tal decreto pôs fim a uma restrição imposta pela rainha de Portugal, D. Maria I, que proibia a criação de fábricas e manufaturas no Brasil. A IMBEL®, como empresa pública, foi fundada em 1975, quando todas as fábricas militares do Exército foram transferidas para a estatal, entre elas a Fábrica da Estrela, que completa 206 anos no próximo mês de maio. Com a fundação da IMBEL®, o setor de defesa, integrado com as demais empresas privadas da época, passou a ser uma atividade estratégica para o país. Por seu histórico, a Fábrica da Estrela da IMBEL® foi certificada, em novembro do ano passado, como a primeira empresa estratégica do Brasil, sendo reconhecida como o primeiro baluarte da indústria de defesa e segurança do país. O ano de 2008 foi decisivo para que a empresa iniciasse uma nova fase, adotando uma trajetória de recuperação, motivada, principalmente, pela sua inclusão no Orçamento Fiscal e da Seguridade Social, nos Planos Plurianuais do Governo Federal e pelo seu definitivo reconhecimento como

Empresa Estratégica de Defesa. A partir deste ano, a IMBEL® passou a receber investimentos de forma sistemática, que vêm sendo aplicados em duas vertentes. A primeira, na recuperação e revitalização dos complexos fabris. A segunda, na ampliação e aperfeiçoamento do portfólio de produtos destinados ao mercado institucional de defesa e segurança, ao mercado interno e ao

mercado externo. Além de revitalizar a Rede Elétrica Piquete-Itajubá, buscando a autossuficiência energética nas fábricas de Itajubá (MG) e de Piquete (SP), o projeto da IMBEL® é instalar novas plantas. Com relação à ampliação do portfólio, a companhia vem produzindo novos modelos de fuzis, pistolas e carabinas, novos sistemas de comunicação e produtos dos sistemas de abrigos temporários, e novos produtos químicos que atendam a crescente demanda nacional e internacional. “O mercado já tem recebido as novas linhas de produtos IA2, integradas por fuzis de assalto 5,56 e 7,62, carabinas 5,56 e 7,62 e facas de campanha IA e AMZ. As pistolas são produzidas nos calibres 380, .40 e 9 milímetros. Temos ainda a linha de equipamentos de radiocomunicações e a linha de sistemas de abrigos temporários”, explica o General de Brigada Álvaro Henrique Vianna de Moraes, diretor-presidente da IMBEL®. Segundo ele, apesar de a empresa fabricar prioritariamente produtos estratégicos de defesa e segurança para as Forças Armadas e de Segurança Pública, a maioria dos produtos IMBEL® atende o viés logístico e de mobilização. Além disso, os itens produzidos pela empresa possuem emprego dual

pRIMEIRA EMpRESA ESTRATÉGICA DE DEFESA DO BRASILpor Karen Gobbato

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Como uma empresa vinculada ao Ministério da Defesa, por intermédio do Comando do Exército, a IMBEL® tem grande importância no desenvolvimento da Base Industrial de Defesa (BID) brasileira. A organização, tendo como marco legal a Política Nacional de Defesa, Estratégia Nacional de Defesa, o Livro Branco da Defesa e as diretrizes e orientações recebidas do Ministério da Defesa e Comando do Exército, desenvolve seus produtos estratégicos de aplicação dual como forma de manter ativa e proficiente a BID. A companhia tem, entre outros objetivos, o

de colaborar no planejamento e na fabricação de produtos de defesa e segurança, na transferência tecnológica, no incentivo

à implantação de novas indústrias, além de promover, com base na iniciativa privada, a implantação e o desenvolvimento da indústria de defesa de interesse do Exército. “A criação da IMBEL® foi a forma que o governo identificou como necessária para fomentar a indústria de defesa e segurança, para atender aos anseios da sociedade por segurança. Temos a missão de colaborar com o desenvolvimento e com o fortalecimento da indústria de defesa e segurança do Brasil, conclui o General.

pEDRA ANGULAR DA BASE INDUSTRIAL DE DEFESA

e são disponibilizados para o mercado privado, dentre eles destacando-se os produtos químicos como pólvoras, explosivos e acessórios, e também abrigos temporários humanitários e de defesa civil, que têm grande emprego no mercado civil. Desde 2008, a IMBEL® recebeu investimentos de mais de R$ 90 milhões e, para o ano de 2014, projeta um faturamento superior a R$ 110 milhões, considerado um marco de produtividade e de aperfeiçoamento de gestão. Nessa nova fase, foram implantados os projetos preconizados nos planejamentos estratégicos aprovados até o ano de 2015, os quais incluem, entre outras metas, a busca de novos mercados, o foco nas inovações para o desenvolvimento de produtos e serviços e a implantação de modelos administrativos, que têm por objetivo elevar o nível tecnológico, a produção e o faturamento. Para a IMBEL®, os grandes eventos esportivos internacionais que serão realizados no Brasil – Copa do Mundo em 2014 e Jogos Olímpicos em 2016 – devem elevar a demanda por produtos na área de defesa e segurança pública. “As novas demandas geradas pelos atuais clientes e as novas oportunidades que surgem têm norteado as ações da IMBEL® na busca pelo desenvolvimento de novos produtos, além do fortalecimento da cadeia produtiva de materiais. Tudo isso tem gerado uma sinergia significativa para o prosseguimento da recuperação operacional e administrativa da IMBEL®”, ressalta o presidente da empresa. Hoje, a companhia encontra-se sediada em Brasília (DF), no Quartel-General do Exército, e conta com cinco unidades produtivas instaladas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, empregando 2.200 funcionários orientados por seu slogan: “Fabricamos produtos estratégicos de defesa e segurança. Fornecemos defesa e segurança desde 1808”.

Leis na história da IMBEL®Decreto de 13 de maio de 1808 – Príncipe Regente Dom João VI cria a Fábrica de Pólvora da Lagoa Rodrigo de Freitas. Lei 6.227, de 14/07/1975 – criação da Indústria de Material Bélico do Brasil – IMBEL®, definida como Empresa Pública Federal, vinculada ao Ministério da Defesa, por intermédio do Comando do Exército. Decreto 5.338, de 12/01/2005 – aprovação do Estatuto Social da IMBEL®, com capital social integralmente subscrito pelaUnião Federal.

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Em pouco mais de um ano de atuação, o Comitê de Simulação e Treinamento da ABIMDE (CSTA) comemora as diversas conquistas obtidas junto ao mercado e às Forças Armadas, criando uma base para o fomento

e para o avanço do setor. Além de contar com mais de 30 empresas associadas, entre elas os principais players do setor de simulação e treinamento em defesa e segurança, o CSTA tem contribuído para o fortalecimento e a definição de novas estratégias de atuação nesse segmento. “Hoje as Forças Armadas já sabem quais empresas podem fornecer produtos e serviços na área de treinamento e simulação, e também já adotam requerimentos padronizados para a solicitação de tais demandas, o que permite

alinhar as expectativas quanto ao melhor atendimento”, comenta o coordenador do CSTA, Auro Azeredo. Segundo ele, com esse reconhecimento interno as empresas nacionais têm buscado cada vez mais se adequarem às exigências para se tornarem Empresas Estratégicas de Defesa (EED). Além disso, esse movimento de valorização do mercado local evidencia a qualidade das empresas nacionais e assim o seu fortalecimento, o que tem resultado na aproximação com companhias estrangeiras que buscam firmar parcerias locais para ingressarem no mercado brasileiro de defesa, com a transferência de tecnologia. “Cerca de sete empresas já estão perfiladas nesse contexto e estudando parcerias com grandes players mundiais”, revela Azeredo.

CSTAAvanços no setor de

treinamento simuladopor Karen Gobbato

Divulgação

PROJETOS

Auro Azeredo,coordenador do CSTA

Entre os projetos em implantação pelo CSTA estão a criação de Centros de Simulação de Operações de Defesa (CSOD), entidades que passarão pela validação do Ministério da Defesa, atendendo as necessidades das Forças Armadas na criação de planejamento e capacitação. Um CSOD permitirá que sejam criados ambientes virtuais com a simulação de ambientes de guerra, integrando diversos agentes, propiciando o exercício de comando, controle, comunicação, computação, inteligência, monitoramento e reconhecimento, entre outros. Isso tudo com o emprego da mais moderna tecnologia de simulação existente e capaz de atender todas as Forças Armadas, além do emprego civil. “Será possível treinar todos os envolvidos em um ambiente virtual de planejamento de defesa em um teatro de operações sintético”, explica Azeredo. De acordo com ele, esse projeto ambicioso pode ser viabilizado por meio de Parcerias Público Privadas (PPP). “Ainda estamos estudando qual o melhor regime para sua viabilização. As perspectivas são promissoras, dado o interesse de empresas estrangeiras líderes em simulação militar desejarem investir no mercado de defesa brasileiro em parceria com as nacionais”. O CTSA tem atuado junto ao governo federal para apresentar a importância de tal projeto, e trabalhado na formação dessa nova realidade tecnológica por meio da capacitação das empresas nacionais.

Nesse contexto, o CTSA tem, desde o ano passado, participado do desenvolvimento do Workshop de Treinamento Militar (WSTM) que, a partir de 2014, passa a ter duas versões: uma comercial e outra técnica. A comercial passa a ocorrer na Mostra BID Brasil e possibilitará às empresas participantes do evento a exposição de seus lançamentos e produtos, criando novas oportunidades de negócios. Já a técnica será um evento itinerante realizado em cada Força Armada. Neste ano, espera-se que o encontro seja realizado em uma das dependências da FAB, com ênfase nas atividades da Força Aérea. O calendário já prevê para o próximo ano que o WSTM técnico seja realizado nas dependências da Marinha e, em 2016, nas dependências do Exército.

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NAVAL

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Ares entrega equipamento exclusivo

para a Marinha do Brasil

A Ares entregará, até o fim deste ano, 14 unidades da ATENA – unidade giro estabilizada com telêmetro laser – encomendadas pela Marinha do Brasil e que irão equipar navios-patrulha (NPa500 ton).

Os novos equipamentos substituem as antigas alças optrônicas, que hoje integram os navios da instituição. O projeto atende a uma demanda da Marinha de modernização da frota e construção de novos meios navais. Este é um sistema de vigilância noturno e

diurno, que inclui sensor térmico de 3-5µm de terceira geração, telêmetro laser seguro para visão e capacidade de acompanhamento automático de alvos. A ATENA está sendo fabricada no Brasil, com tecnologia nacional. Para desenvolver o equipamento, a Ares contou com apoio da FINEP e investiu

recursos próprios em um laboratório eletroóptico de ponta, instalado na sede da companhia, em Duque de Caxias (RJ), e um dos poucos existentes no país. Uma equipe da empresa também passou por treinamento em Israel com o objetivo de desenvolver no Brasil um equipamento que esteja em linha com os mais modernos do mundo. A ATENA possui câmeras diurna (CCD) e noturna (termal) e tem capacidade de controle de armas por meio do console. Das unidades que serão entregues, doze irão equipar os novos navios-patrulhas (NPa), uma será para o Navio-Escola Brasil – usado na formação dos oficiais – e a outra ficará no Centro de Manutenção de Sistemas da Marinha. O equipamento foi aprovado em todos os testes

de aceitação no mar feitos até agora a bordo do NPa Macaé, restando apenas o teste do sistema de controle de armas. “Estamos muito satisfeitos com os produtos que recebemos até agora. Não perde em nada para os equipamentos feitos fora do país, e confiamos muito no projeto”, comenta o oficial responsável pelo projeto na Marinha do Brasil. Ele pontua as vantagens de se ter um fornecedor brasileiro para projetos deste porte. “Além de diminuir os custos, há um relacionamento mais próximo. Isso ajuda muito quando há necessidade de resolver qualquer contratempo. Temos uma relação bastante dinâmica e versátil com a Ares, o que torna o andamento do projeto mais fácil”, complementa. Além disso, o comandante reforça que a intenção do governo federal é fomentar a indústria local, e a Marinha do Brasil está alinhada a esse posicionamento. “Temos empresas capazes e precisamos incentivar o setor nacional. É vantajoso ter fornecedores competentes mais próximos e disponíveis para atender a qualquer demanda”.

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Há mais de 12 anos, a ABIMDE e a Clarion Events possuem uma parceria estratégica no segmento de feiras e eventos nos setores de defesa e segurança. Em 2008,

quando a empresa de promoção e organização de feiras de negócios, congressos e eventos assumiu a organização da LAAD – maior feira de defesa e segurança do Brasil e uma das maiores em todo o mundo –, esta relação ficou ainda mais próxima. Presente em nove países, a Clarion realiza 150 eventos por ano (entre feiras e conferências). Desse montante, cerca de dez têm como foco os setores de defesa e segurança, como a DSEI, a Counter Terror Expo e a Forensics Europe Expo. No Brasil, os maiores eventos da empresa neste segmento são a LAAD Defence & Security e a LAAD Security, feira internacional de segurança pública e corporativa. A novidade da parceria entre as duas organizações para 2014 é que a ABIMDE levará dez novos expositores para a LAAD Security, que ocorre entre os dias 8 e 9 de abril, no Rio de Janeiro. Será a estreia dessas associadas no evento. Em entrevista ao INFORME ABIMDE, Sergio Jardim, diretor administrativo da Clarion Events, fala um pouco mais sobre a parceria com a associação, do relacionamento desenvolvido pelas empresas nacionais com players mundiais nesses eventos e também sobre o mercado brasileiro de defesa e segurança.

INFORME ABIMDE: Quando começou a parceria da Clarion com a ABIMDE e como funciona?Sergio Jardim: A parceria entre Clarion e ABIMDE já existe há mais de 12 anos, e se estreitou a partir de 2008, quando nós assumimos a organização da LAAD. Essa parceria funciona porque, por intermédio da ABIMDE, alcançamos a indústria brasileira de defesa e segurança e é por intermédio da LAAD que essa indústria tem acesso a delegações oficiais de diversos países.

IA: O que ocasionou a aproximação das duas instituições? Qual era a necessidade de ambas?Jardim: A necessidade de uma feira como a LAAD é sempre expor produtos e soluções que ofereçam tecnologia e inovação de ponta aos visitantes. A aproximação sempre se deu de maneira natural, já que a LAAD possui um público altamente qualificado e interessado em novidades da área de segurança e defesa, e o expertise da Clarion é trazer delegações oficiais de diversos países, formadas sempre por representantes com grande poder de decisão e opinião.

IA: Em quantos países a Clarion está presente e quantos eventos realiza ao ano? Quantos deles têm como foco a área de defesa e segurança?Jardim: A Clarion está presente em nove países e realiza 150 eventos por ano (entre feiras e conferências). Desses 150, temos cerca de 10 eventos cujo foco é defesa e segurança. Só em Londres, na Inglaterra, realizamos três feiras de renome internacional, que são: a DSEI (bianual, o evento de segurança e defesa realizado em 2013 reuniu 32.000 visitantes de 121 países, além de 97 delegações oficiais de 56 países); a Counter Terror Expo (neste ano, fará sua 6ª edição em abril com 400 expositores que mostrarão o panorama atual das tecnologias existentes no combate às ameaças terroristas); e, por fim, a Forensics Europe Expo (que acontece também no próximo mês de abril e é, hoje, o único fórum internacional dedicado a todo o setor forense, sendo uma fonte para profissionais do segmento conhecerem produtos, equipamentos e serviços inovadores – serão 70 expositores, além de workshops e vários eventos de networking).

IA: Quantos desses eventos de defesa e segurança são realizados na América Latina? Jardim: Na América Latina, destacamos cinco eventos. No Brasil, são quatro, realizados pela Clarion Events: a LAAD Security (Feira Internacional de Segurança Pública e Corporativa), que será realizada agora no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 8 e 9 de abril; a LAAD Defence & Security (Feira Internacional de Defesa e Segurança), também realizada no Rio de Janeiro e cuja próxima edição será em abril de 2015; o Seminário de Segurança LAAD, que neste ano, em paralelo à feira, trará três importantes temas: “Segurança Pública”, “Segurança Corporativa” e “Segurança para Grandes Eventos”; e, por fim, o Seminário de Defesa LAAD na LAAD Defence & Security. Outro evento tradicional realizado na América Latina acontece no Chile, e é a FIDAE, Feira Internacional de Ar e Espaço, voltada às áreas de defesa, segurança e aviação civil.

IA: Em sua opinião, qual a importância de as empresas brasileiras aderirem a esses eventos? Jardim: No caso específico da LAAD, é poder ter acesso a visitantes qualificados e com poder de decisão em negociações. Em 2013, a LAAD Defence & Security recebeu visitantes de 75 países, e suas delegações oficiais sempre representam a oportunidade de empresas nacionais fecharem bons contratos de exportação de produtos e soluções.

UM MERCADO CHAMADO RELACIONAMENTO

PARCERIA

por Claudia Pereira

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19IA: Como o senhor avalia o setor de defesa e segurança no Brasil?Jardim: Já há alguns anos, com a criação da Estratégia Nacional de Defesa, o setor de defesa no Brasil se encontra aquecido, com vários projetos das três forças armadas em diversos estágios de implantação. A atenção que o nosso país vem recebendo de todo o mundo em diversos setores da economia também se espelha nos mercados de defesa e segurança, fazendo com que eventos como a LAAD Security e a LAAD Defence & Security se tornem obrigatórios na agenda internacional de vários países. Já a questão de segurança é e continuará sendo pauta das administrações públicas brasileiras, que sempre precisam se renovar para permanecer à frente dos desafios impostos pela sociedade.

IA: Quais as expectativas para a parceria com a ABIMDE em 2014? Jardim: Neste ano, a ABIMDE está trazendo 10 novos expositores, que farão a sua estreia na LAAD Security 2014. Nossa expectativa é de que saiam bons negócios do contato entre as empresas e os visitantes nacionais e internacionais.

IA: Desde quando a Clarion possui escritório no Brasil e qual o objetivo de ter um braço no país? Jardim: A Clarion está presente no Brasil com seu escritório em São Paulo (SP) desde 2008, quando começamos a trabalhar justamente com a LAAD. Nos últimos seis anos conquistamos novos clientes, e hoje cuidamos da organização de sete feiras por ano. Nosso objetivo em ter um braço no Brasil é o mesmo que temos em qualquer mercado que atuamos: explorar o enorme potencial de geração de negócios por meio de eventos organizados estrategicamente para atrair o interesse de visitantes e expositores, usando a sinergia de uma organização de atuação mundial.

IA: Qual a maior dificuldade em organizar feiras e eventos de grande porte?Jardim: Prefiro falar em desafio. O maior desafio de uma feira, como já dito anteriormente, é justamente atrair e integrar os interesses de visitantes e expositores em um evento. A organização de feiras e eventos é sempre complexa do ponto de vista logístico. Mas um evento só funciona mesmo quando conseguimos integrar conceitos, objetivos e metas de uma maneira em que todos saem ganhando: a organização (por trazer um público altamente qualificado), os visitantes (que são surpreendidos por produtos e soluções) e os expositores (que conseguem fechar bons contratos comerciais).

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MUNDO S/ANÃO LETAL

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Certificada pelo Ministério da Defesa, no fim do ano passado, como Empresa Estratégica de Defesa (EED), a Condor Tecnologias Não Letais integra o seleto grupo das 26 primeiras empresas da Base Industrial de Defesa (BID) que alcançaram esta difícil certificação. O que isso representa para a Condor e também para todas as EEDs? Além de ser um reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela empresa – com 28 anos

de serviços prestados ao setor e líder do mercado de não letais na América Latina –, trata-se da garantia de incentivos fiscais e tributários que permitirão desonerar a cadeia produtiva do setor entre 13% e 18%, por meio do Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (Retid). “Sem dúvida alguma, estamos dando um primeiro e decisivo passo no sentido de tornar a indústria brasileira de defesa e segurança mais competitiva e as empresas, fortalecidas e confiantes. Esse era um pleito antigo que, agora, felizmente, se materializa, criando uma perspectiva de futuro animadora para o setor”, comenta o diretor de relações institucionais da Condor, Antônio Carlos Magalhães.

CRESCIMENTO DO SETOR A certificação das EEDs é considerada um marco do setor de defesa, e permite, de imediato, que as companhias classificadas como estratégicas obtenham vantagens competitivas para comercializar seus produtos para as Forças Armadas. Com isso, estima-se que o segmento permitirá a oferta de 60 mil empregos diretos e de 240 mil postos de trabalho indiretos.

O ministro da Defesa, Celso Amorim disse, por ocasião da cerimônia em que certificou as EEDs – em novembro de 2013 –, ser necessário que a sociedade brasileira compreenda a importância do setor de defesa para o Brasil. “Um dos principais pleitos das empresas de defesa e segurança sempre foi o estabelecimento de orçamentos impositivos e plurianuais que permitam a execução de programas de longo prazo, necessários à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias de ponta. Era fundamental que o Brasil passasse a ter uma visão estratégica sobre a necessidade de dispor de material de emprego militar próprio, definindo o que é ‘produto estratégico de defesa’ e ‘empresa estratégica

de interesse da defesa’ como formas de salvaguardar os investimentos nacionais em tecnologias sensíveis. O que agora é uma realidade”, anima-se o diretor da Condor. A indústria de defesa do Brasil já foi a 8ª maior do mundo. Contudo, com a certificação das EDDs, a expectativa das empresas do setor é de que a indústria nacional de defesa volte a ter força, o que significa também uma nação forte frente a ameaças externas.

EEDS: UM MARCO pARA

A INDúSTRIA DE DEFESA E

SEGURANÇA DO BRASIL

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Da esq. para dir.: Carlos Frederico de Aguiar, presidente da Condor, Brigadeiro- do-Ar Juniti Saito, Comandante da FAB, Celso Amorim, Ministro da Defesa

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MUNDO S/AARTIGO

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O caos na segurança pública e as oportunidades para o setor produtivo

Armando LemosCoronel da Reserva do Exército

Diretor Técnico da ABIMDE, com MBA em Gestão Estratégica de Segurança Empresarial

 

A violência e a insegurança vêm permeando toda a nossa sociedade e minando a qualidade de vida dos nossos cidadãos, que se sentem vulneráveis, intimidados e assediados pela ameaça constante de

serem vitimados. Além dos crimes comuns, agora também a sociedade se vê atormentada pelas sistemáticas ações de grupos que violam a propriedade privada e depredam o patrimônio público, interferindo em ambientes sociais antes considerados seguros. A concentração de um número considerável de cidadãos que residem nas grandes cidades é uma característica estrutural da vida moderna, que é em grande medida positiva. Para a maioria, oferece o ambiente urbano liberdade de pensamento, ação e movimento, o acesso à informação por meio de várias comunicações da mídia, e maior disponibilidade de uma série de bens e serviços. No entanto, as realidades emergentes de urbanização trazem consigo novos e complexos problemas, um deles é a onda de criminalidade e violência que as cidades do mundo estão experimentando em diferentes graus. A insegurança pública não é apenas uma ameaça fundamental para uma sociedade civilizada e pacífica, mas também um desafio para a consolidação da democracia e do Estado de Direito.

Os infratores também têm aproveitado as ferramentas e características da vida moderna, adaptaram tecnologias, melhoraram suas habilidades organizacionais e, em muitos casos, aumentam os níveis de violência usada para cometer atos ilícitos. Vários estudos têm buscado identificar as principais raízes do problema, suas manifestações essenciais, e os maiores desafios para a segurança pública no país.Com a aproximação dos grandes eventos, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, a atenção de todo o planeta se volta para o Brasil. A mídia nacional e internacional, enfatizando as sucessivas mazelas, tem contribuído para impactar o prestígio do país e produzir questionamentos sobre a capacidade nacional de proporcionar um ambiente seguro para as delegações esportivas e para turistas que frequentarão o Brasil nesse período. Observando este cenário, concluímos que em meio a essas dificuldades enfrentadas pela sociedade e pelas autoridades públicas surgem as oportunidades para os setores industriais e de serviços de defesa e segurança reforçarem a sua contribuição, inovando, aplicando novas tecnologias e toda a criatividade própria de nossos empresários nesta dinâmica corrida “do bem contra o mal”. Áreas como controle de multidões, vigilância, comunicações, rastreamento e interpretação de mídias sociais, defesa cibernética, proteção patrimonial, blindagem de veículos, sistemas antivandalismo, softwares e equipamentos de monitoramento e análise, integração de sistemas de proteção e vigilância, dentre outros, são campos férteis para o lançamento de novas soluções. Os empresários que conseguirem baratear sem perder qualidade, popularizando o acesso a novas tecnologias, terão boas oportunidades em um mercado em crescimento exponencial e ávido por novas soluções.D

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HISTÓRIA

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A CBC – Companhia Brasileira de Cartuchos, fundada em 1926, possui uma linha de produção bastante diversificada, incluindo uma ampla gama de produtos militares, policiais e civis, desenvolvidos com tecnologia própria e fabricados no estado da arte. O portfólio CBC inclui mais de 300 tipos de munições que vão desde o calibre 22 até as sofisticadas munições 20 e 30 mm para uso em jatos e embarcações militares, além de armas longas, carabinas de pressão e coletes balísticos em diferentes níveis de proteção, incluído os modelos Correcional e Salva-Vidas Balístico. Empresa Estratégia de Defesa, a CBC é pautada pelo compromisso de contribuir com as operações e missões das FFAA e para defesa da soberania nacional. Atua também nos segmentos de segurança, esporte e lazer e, dentre os seus clientes, além das Forças Armadas, estão instituições de segurança pública, empresas de segurança privada e praticantes da caça e tiro esportivos. As munições de defesa abrangem os calibres 9 mm, 5,56x45 mm, 7,62x51 mm, .50 Browning (12,7x99 mm), .50 (12,7x76 mm), 20x102 mm, 20x110 mm, 20x128 mm, 30x113 mm e 30x173 mm (em fase final de desenvolvimento) em variadas configurações de emprego militar, com projéteis em versões pirotécnicas (traçantes e incendiárias), perfurantes, de precisão (sniper), para treinamento/exercício, alto explosivos, com autodestruição, entre outros. A CBC emprega o conhecimento adquirido, em seus quase 90 anos de história, no desenvolvimento e fabricação de produtos

de defesa, com domínio tecnológico de toda cadeia produtiva em padrões de competitividade internacional. Todo o conhecimento científico e tecnológico da empresa é aplicado no desenvolvimento, qualificação, fabricação e controle de seus produtos. As munições CBC são fabricadas e testadas de acordo com as mais rígidas normas mundiais internacionais e civis, homologadas pelo Exército Brasileiro, e aprovadas por vários organismos mundiais como o Departamento de Defesa dos Estados Unidos e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A empresa possui uma área específica de P&D – Pesquisa & Desenvolvimento, focada na elaboração de produtos e com destaque para as munições de defesa. Este departamento é composto por um time de profissionais altamente qualificado, laboratórios e áreas especializadas, contando também com uma planta específica para realizar protótipos de munições, necessários para os testes e avaliação na fase de desenvolvimento. A CBC desenvolve seus próprios processos produtivos e é pioneira na fabricação de munições com sistema Lean Manufacturing (manufatura enxuta). O mais recente produto desenvolvido na linha de médios calibres CBC, a munição 30x173 mm, será utilizado no novo blindado 6x6 do Exército Brasileiro, a VBTP-MR, também conhecido por Guarani. O veículo, que servirá de base para uma nova família de blindados multimissões, quando em sua versão de combate, é equipado com o moderno canhão 30 mm Bushmaster II / MK 44, de fabricação norte-americana. A munição 30x173 mm foi desenvolvida pela CBC com tecnologia própria, ou seja, sob domínio 100% nacional. As versões de projéteis de treinamento e operação, nos tipos Exercício Traçante (EX-T) e Alto-explosivo Incendiário (AE-I), encontram-se em fase final de desenvolvimento e vão compor o Lote de Experimentação Doutrinária, com entrega ao Exército Brasileiro ainda em 2014. Com origem no final da década de 50, projetado para canhões de alto desempenho embarcados em aeronaves, culminando com o canhão GAU8/A do A10/A, o 30x173 mm é hoje o calibre de escolha para os modernos veículos de combate terrestres porte médio, também sendo encontrado em navios-patrulhas e outras embarcações. As munições 30x173 mm CBC atenderão aos padrões de qualidade e desempenho exigidos pelas nações da OTAN (em conformidade com a STANAG 4624), sendo funcionais tanto no canhão

CBC: Há mais de 80 anos investindo no desenvolvimento da soberania nacional

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Bushmaster II/MK44 como no alemão Mauser MK-30. Praticamente todos os componentes da munição 30x173 mm serão fabricados pela CBC. Um ponto muito relevante neste contexto é que a produção da CBC é totalmente integrada e verticalizada, uma vez que produz todos os seus insumos críticos para a fabricação de munições, como propelentes e iniciadores, garantindo-lhe autonomia e agilidade. A espoleta iniciadora, integralmente projetada e fabricada pela CBC, incluindo o explosivo primário, é de ação por percussão e já se encontra desenvolvida e testada. O propelente à base de nitrocelulose (base simples) também será fabricado na planta de Ribeirão Pires, que tem capacidade de produzir mais de 45 toneladas de propelente, entre os tipos disco e tubular, por mês. O estojo é fabricado em aço especial, por processos robustos de extrusão e estiramento, garantindo alta resistência mecânica e segurança de utilização. Ao final, recebem pintura eletroforética com padrão de qualidade militar (MIL-STD) garantindo resistência à corrosão, testada em ambiente salino. Os projéteis, tanto nas versões de exercício como de operação, são fabricados em aço carbono por processos sequenciais de conformação mecânica e usinagem. A versão AE-I contém uma carga de explosivo militar de alto desempenho e material incendiário. É efetiva contra alvos em campo aberto e em abrigos leves. Para a versão de treinamento, EX-T, o projétil possui um componente pirotécnico traçador que permite a visualização da trajetória e orientação dos disparos, características indispensáveis ao treinamento. O Grupo CBC possui mais de 3.600 funcionários e é formado por três unidades produtivas: CBC no Brasil, MEN (Alemanha) e Sellier & Bellot (República Tcheca). A CBC conta ainda com centros de Distribuição no Brasil, Estados Unidos e Europa. O grupo é líder mundial na fabricação de munições para

armas curtas e um dos maiores fornecedores de munições para os países da OTAN na Europa. A confiabilidade de seus produtos é atestada por mais de 130 países, nos cinco continentes.

Entre os lançamentos recentes de produtos militares CBC em pequenos calibres, destacamos as munições a seguir:

- 5,56 e 7,62 IR Tracer (Traçantes Infravermelho). Invisíveis a olho nu e detectáveis apenas com óculos de visão noturna, estas munições traçantes representam grande vantagem tática em operações noturnas, permitindo ao atirador a localização adequada do alvo, porém dificultando a sua localização pelo oponente.

- .50 Limited Range. Munição projetada para alcance máximo reduzido, mas com trajetória balística efetiva igual ao das munições convencionais .50. Permite treinamento em áreas bastante reduzidas e, consequentemente, grandes economias logísticas.

- 5,56 Steel Arrow Tip (SAT). Nova geração de cartuchos 5,56 com alto poder de penetração e alcance, com performance superior ao calibre 7,62 em alvos protegidos, permitindo um desempenho mais eficaz e a maior distância.

- 7,62 e .50 Sniper. Munição de alta precisão, para utilização tática, com alta confiabilidade de trajetória, mesmo após a transfixação de barreiras, permitindo o uso em situações de risco extremo, envolvendo alvos localizados em situações urbanas ou de alta concentração de pessoas.

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TECNOLOGIA

A IAI do Brasil, subsidiária da israelense IAI (Israel Aerospace Industries), tem muitos motivos para comemorar. Ao ingressar no mercado brasileiro, há pouco mais de um ano, a empresa está satisfeita com a repercussão positiva do uso de seus equipamentos em território nacional pela Polícia Federal e pela Marinha.Como um dos principais players na fabricação de veículos aéreos não tripulados (VANTs), a IAI forneceu duas aeronaves para a Polícia Federal, que já estão em operação, e têm sido fundamentais nas missões de inteligência do órgão. Além disso, finalizou os primeiros testes de demonstração das características e

habilidades do Sistema Aéreo Remotamente Pilotado (SARP) Heron, que poderá ser utilizado pela Marinha do Brasil no Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz). A eficiência deste e de outros sistemas da IAI coloca a empresa como uma das mais fortes candidatas na disputa pelo SisGAAz, consórcio liderados pela OAS e que também conta com a Iacit, empresa brasileira que hoje integra o Grupo IAI.

PRECISÃO Os VANTs da IAI do Brasil estão entre os mais precisos e eficientes do mercado mundial.

Os equipamentos em uso pela Polícia Federal possuem cerca de 17 metros de envergadura, nove metros de comprimento e autonomia de voo de até 45 horas, conseguindo atingir a velocidade de mais de 200 quilômetros por hora à trinta mil metros de altura. Em operação desde 2010, o Heron tem contribuído

na coleta de provas em investigações de contrabando e tráfico de drogas nas fronteiras do país. Uma das operações protagonizadas pelo VANT desmascarou uma quadrilha que contrabandeava cigarros nas fronteiras entre o Paraná e o Rio Grande do Sul. A precisão das imagens, a discrição do equipamento e a eficiência dos voos permitiu identificar os locais das propriedades onde o contrabando era escondido, incluindo as rotas seguidas pelos caminhões. Até mesmo durante a operação de prisão, o VANT foi imprescindível, fornecendo informações dos locais onde estavam os acusados antes de os agentes da PF cumprirem os mandatos de prisão. “Nossos equipamentos dispõem da

IAI DO BRASIL CONSOLIDA ATUAÇÃO NO pAÍS

Subsidiária brasileira da Israel Aerospace Industries conquista mercado brasileiro com soluções inovadoras e reconhecidas mundialmente

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por Karen Gobbato

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25mais moderna tecnologia de vigilância. São aparelhos silenciosos e que produzem imagens de altíssima resolução. Além de atuarem em operações de investigação da Polícia Federal, serão de grande importância na manutenção da segurança pública durante os grandes eventos esportivos que ocorrerão aqui no Brasil. Eles também poderão ser grandes aliados das Forças Armadas na proteção das fronteiras brasileiras marítimas e terrestres”, explica o presidente da IAI do Brasil, Henrique Gomes.

PARCERIA COM A MARINHA DO BRASIL Recentemente, a IAI realizou, com sucesso, os primeiros testes de demonstração das características e habilidades do Sistema Aéreo Remotamente Pilotado (SARP) Heron. Os testes foram realizados na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, com a utilização do espaço aéreo sob controle da Marinha do Brasil, que contou com assistência e apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), durante o evento. O Heron é um veículo de Média Altitude e Longa Permanência (MALE), classificado como um VANT Categoria 4, de acordo com o Grupo de Trabalho (GT-8), coordenado pelo Ministério da Defesa. Nesta exclusiva configuração de patrulha marítima, suporta sensores como radar de patrulha marítima, payloads SIGINT e comunicação com link de dados via satélite sendo capaz de realizar voos de até 18 horas de duração, possuindo um alcance efetivo do link de 1.000 quilômetros, quando controlado via satélite, e 250 quilômetros, quando operando por linha de visada. A utilização do Heron poderá contribuir para o emprego efetivo do Poder Naval, especialmente em missões de vigilância e controle de tráfego marítimo, esclarecimento e apoio às operações de patrulha naval e busca e salvamento (SAR). Segundo Gomes, a elevada autonomia e capacidade de transmissão de dados, por link, do SARP Heron amplia as possibilidades de a Marinha do Brasil

incrementar a capacidade de monitoramento e controle da superfície do mar a partir do espaço. “Integrando as capacidades do equipamento da IAI com os meios navais e aéreos da Marinha será possível garantir a presença da defesa nacional nas áreas estratégicas do Atlântico Sul, garantindo sucesso da implantação do SisGAAz”, destaca o executivo.

CONSÓRCIO Em parceria com a Módulo e a Iacit, a companhia compõe o consórcio para participar da licitação que vai escolher a empresa que vai desenvolver o programa de Sistemas de Gerenciamento da Amazônia Azul (SISGAAz). Esse projeto, que está avaliado em US$ 10 bilhões, contempla o monitoramento das águas jurisdicionais brasileiras por meio de uma rede extensa de sensores terrestres, marítimos e espaciais, centros de controle e vigilância aérea e ambiental. O SISGAAz será responsável pelo monitoramento de uma área de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, sendo 3,5 milhões em Zona Econômica Exclusiva (ZEE), e 911 mil de plataforma continental por onde passam 95% do comércio exterior brasileiro e onde estão 80% do petróleo do país. Para monitorar essa região, o projeto envolve um mix de tecnologias de última geração composta por radares, veículos aéreos não tripulados (VANTs), sistemas de comunicação, de guerra eletrônica, meteorologia para a coleta de dados ambientais e meteorológicos, entre outras. “Estamos muito confiantes nesse consórcio, pois dispomos de tecnologia e conhecimento para oferecer soluções completas que atendam as demandas da Marinha do Brasil, contribuindo para garantir a segurança e a soberania nacionais”, conclui o presidente da IAI do Brasil.

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SEGURANÇA

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A indústria de munições encontra na Cecil Laminação de Metais uma empresa 100% brasileira e uma de suas principais fornecedoras de matéria-prima. Localizada em Itapevi, na grande São Paulo, a companhia atende tanto o mercado civil quanto as Forças Armadas. A Cecil é uma das líderes do mercado devido à elevada capacidade produtiva. Por mês, a organização tem capacidade de produzir cerca de 7000 tons de laminados e prensados de cobre, latão e ligas especiais (vergalhões, arames, tiras, chapas, bobinas, tubos e perfis especiais de latão e cobre.). Em sua fábrica, com mais de 41 mil metros quadrados de construção, estão os setores de fundição, extrusão, laminação, trefilação e administração. Com 450 funcionários, a empresa conta com uma equipe altamente capacitada, especializada e com grande experiência no setor, opera com as máquinas e os equipamentos mais modernos do mercado.

Cecil é destaque em matéria-primapara munição Com essa especialização e liderança, a Cecil fatura, anualmente, mais de 230 milhões de dólares, que são reinvestidos em tecnologia e desenvolvimento, o que garante a qualidade de seus produtos. Devido à elevada qualidade produtiva, a Cecil conta com a certificação ISO 9001/2008 pela BVQ. “Nossa fundição foi desenvolvida com tecnologia para obter material líquido na melhor condição, a fim de eliminar óxidos e também falhas internas nos produtos”, destaca Danilo Garcia, diretor comercial da Cecil. De acordo com o executivo, a companhia está estruturada para responder as expectativas do mercado e preparada para antecipar-se às necessidades

dos clientes nacionais e internacionais. Entre os produtos da Cecil há ligas UNS C 26000 – 70/30 e UNS C 22000 – Tomback 90/10, além de tiras, chapas, barras chatas, barras redondas (todas em latão e cobre), tubos de latão binário e tubos de cobre. Para aplicação militar, destacam-se as bobinas de latão e Tomback e os discos de latão para os mais variados tipos de munição, além de vergalhões de latão redondo. “Somos uma empresa com 53 anos e nossa expertise no setor é destacada pela diversidade e qualidade dos produtos e serviços, bem como a pontualidade no atendimento”, conclui Garcia.

A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) anunciou no final de fevereiro o

resultado do programa Inova Aerodefesa, informando o nome das empresas contempladas com recursos reembolsáveis, não reembolsáveis ou em arranjo com instituições científicas e tecnológicas (ICTs) nacionais, além da identificação dos projetos (não reembolsáveis e em arranjo cooperativo com ICTs). No total, foram selecionados 91 Planos de Negócios de 64 empresas líderes. O valor alocado de subvenção econômica (recursos públicos não reembolsáveis) é de R$ 150

milhões, e o valor alocado de cooperativo ICT/Empresa (apoio financeiro aos projetos executados por ICT em cooperação com as empresas apoiadas) é de R$ 41 milhões. O programa tem como objetivo apoiar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação nas empresas brasileiras das cadeias de produção aeroespacial, defesa e segurança, incentivando dessa forma seus respectivos adensamentos, além de aumentar a coordenação das ações de fomento e aprimorar a integração dos instrumentos de apoio financeiro disponíveis. O resultado final, com os nomes das empresas e projetos aprovados, pode ser visto no site www.finep.gov.br/inovaaerodefesa

FINEp ANUNCIA pROjETOS SELECIONADOS

FINANCIAMENTO

por Claudia Pereira

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LP 23SST: Radar de vigilância do espaço aéreo em rota Banda L

RADARES O volume de tráfego aéreo vem apresentando, nos últimos anos, taxas de crescimento expressivas em todo o mundo, notadamente na Ásia e na América Latina. Para atender os requisitos de segurança de voo exigidos, tal crescimento deve ser acompanhado pela implantação de sistemas e de equipamentos que assegurem as informações, em tempo real, de posicionamento das aeronaves para os centros de controle.

Entre esses sistemas, destacam-se os radares de vigilância do espaço aéreo. Tais equipamentos são

fundamentais para operações de vigilância aérea, notadamente em regiões de fluxo intenso. Eles são interligados diretamente aos centros de controle e fornecem as informações de posicionamento preciso das aeronaves, o que possibilita aos controladores a gestão mais segura do seu movimento. Essas informações também permitem que os aviões se posicionem mais próximos uns dos outros, o que leva a uma otimização do tempo de voo com uma consequente economia de combustível. A

brasileira Omnisys faz parte do seleto grupo de empresas em todo o mundo que fabrica e instala

radares desse tipo. Trata-se do radar de vigilância do espaço aéreo em rota banda L, o LP23SST.

É um radar modular, totalmente em estado sólido, concebido para aplicações de vigilância do

espaço aéreo para o controle aéreo civil e para a defesa aérea. O equipamento possui alcance de 200 milhas náuticas, com opção de extensão para 250 milhas náuticas, podendo ainda ser equipado de um canal meteorológico e de uma função de altimetria. O radar pode operar na configuração totalmente autônomo, associado a um radar secundário ou em operação em modo S, com os dados de saída do radar sendo configurados em todos os formatos possíveis de protocolos de comunicação. Esse radar, desenvolvido em parceria pelas equipes técnicas da Omnisys e da Thales, é fabricado no Brasil para o mercado mundial. O desenvolvimento da parte brasileira contou com o suporte financeiro da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos). A Omnisys possui toda a infraestrutura industrial para a fabricação e a integração em fábrica desses radares, incluindo as linhas de produção eletrônicas e mecânicas, as linhas de composição, os bancos de teste etc. As equipes da Omnisys também estão capacitadas para a instalação em campo, os ajustes e os testes de aceitação, assim como o acompanhamento dos voos de homologação dos radares. Até hoje, a companhia já fabricou um total de 28 radares. Desses, um total de 17 foram fabricados para o Brasil e outros 11 foram exportados para países da Ásia, América Latina e Europa.

A Omnisys é uma empresa brasileira com enorme capacidade para fornecer soluções de alta tecnologia, incluindo o desenvolvimento, a fabricação e a instalação de equipamentos para aplicações nos segmentos de vigilância aérea, defesa e espacial. No segmento de vigilância aérea, a companhia fabrica os radares de vigilância em rota banda L – LP23SST. Na área espacial, fornece equipamentos embarcados para os satélites dos programas CBERS e PMM, além de equipamentos de solo como radares de rastreio, estações de telemedida, sistemas de gerenciamento do espectro eletromagnético e sistemas de rastreio ótico. Na área de defesa, apresenta equipamentos de guerra eletrônica e está desenvolvendo um radar autodiretor (seeker) para o míssil antinavio da Marinha do Brasil.

OMNISYS: DE OLHO NOS

CÉUS DO BRASIL E DO MUNDO

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FINEp ANUNCIA pROjETOS SELECIONADOS

por Claudia Pereira

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NEGÓCIOS

As atividades de suporte logístico estão no cerne das operações da Iacit desde a sua fundação, em 1986. Naquele ano, a empresa foi criada com o

objetivo de oferecer à Tecnasa e aos seus clientes os serviços de instalação e manutenção dos produtos por ela fabricados. Durante os primeiros quatro anos, a Iacit teve como atividade principal a instalação das estações de comunicação do Cindacta II e, na sequência, durante o período de garantia do sistema instalado, atuou nas atividades de operação assistida nas estações e no centro de controle e assistência técnica. Em 1996, a Iacit foi contratada pela Infraero para a manutenção dos sistemas de auxílio rádio à navegação aérea da TMA São Paulo, onde permaneceu por 10 anos mantendo os equipamentos instalados em Bonsucesso, Santana do Parnaíba, Sorocaba, Bragança Paulista, Serra do Mar, Perus, Itapevi e Guarulhos. As atividades de suporte logístico foram

expandidas no início da década de 2000,

para empresas estrangeiras fornecedoras de equipamentos para o Brasil na área de defesa e para a as companhias de comunicação de dados e de telefonia celular. Em 2008, após se tornar fabricante e criar sua engenharia de pesquisa e desenvolvimento, a Iacit passou também a fornecer sobressalentes de sua fabricação para os clientes que, anteriormente, compraram equipamentos da Tecnasa e da Tectelcom. Para isso, adquiriu os direitos sobre a propriedade intelectual das duas empresas. Nos últimos seis anos, a Iacit criou uma forte estrutura de suporte logístico com equipes técnicas instaladas em Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, São José dos Campos e na Região Sul. Sendo suas principais atividades a manutenção preventiva e corretiva, operação, treinamento e fornecimento de partes e peças para estações de suprimento de energia (KF) dos Cindacta’s I, III e IV (Manaus e Belém), estações de comunicação e auxílios rádio à navegação aérea dos aeroportos de Manaus,

Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, Radares Meteorológicos da Redemet do Comando da Aeronáutica e da Fundação Cearense de Meteorologia e sistemas eletroeletrônicos em unidades da Aeronáutica e do Exército. A partir de 2008, a Iacit desenvolveu dois projetos de modernização de equipamentos de grande significância para a Força Aérea Brasileira (FAB) e para a Marinha do Brasil (MB): Radares Meteorológicos da FAB – foram 16 modernizados; Rádio HF da MB – dois lotes realizados. Além da modernização, a Iacit provê a assistência técnica desses equipamentos.

Iacit oferece suporte logístico integrado

diversificado

Carla Dias

Luiz Teixeira, presidente da IACIT

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· Elaboração de árvore de composição de equipamentos e sistemas.

· Elaboração de informações para a catalogação de itens de logística.

· Estudos de confiabilidade e manutenibilidade.

· Estudos e planos de logística de manutenção.

· Projeto de embalagens especiais.

· Plano de treinamentos de operação e manutenção.

· Plano de documentação (manuais de operação e manutenção).

· Especificação e quantificação de sobressalentes e consumíveis.

· Especificação e quantificação de instrumentos e ferramentas especiais para calibração, teste e manutenção.

· Embalagem, transporte, armazenagem e seguro nos deslocamentos entre locais de fabricação, montagem, instalação e operação.

· Elaboração e fornecimento de manuais técnicos de operação e manutenção.

· Fornecimento de sobresstalentes e consumíveis para manutenção.

· Fornecimento de instrumentos e ferramentas especiais para calibração, teste e manutenção.

· Elaboração e fornecimento de treinamentos de operação e manutenção.

A experiência adquirida pela companhia, ao longo de mais de 25 anos de atividades em suporte logístico, proporcionou conhecimento para que a empresa desenvolvesse uma solução de telemetria, comando e monitoramento, aplicada tanto aos novos sistemas como a sistemas legados de tecnologias diversificadas, antigas e atualizadas. A Iacit oferece serviços de suporte logístico integrado com o objetivo de atender as

necessidades logísticas dos clientes referentes a seus equipamentos, sistemas e instalações fornecidos. Em recente negociação com a Elta System, a Iacit foi capacitada e qualificada para assumir a responsabilidade pelo suporte logístico dos radares ELM 2032, da Marinha do Brasil.

DENTRE AS PRINCIPAIS FUNÇõES DE LOGíSTICA INTEGRADA, PODEMOS RELACIONAR:

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OPINIÃO

A Base Industrial e Tecnológica de Defesa como parte de novo ciclo de industrialização nacional

Ronaldo CarmonaPesquisador da Universidade de São Paulo

[email protected]

Na primeira experiência brasileira (anos ‘70/’80) e nas experiências internacionais exitosas, observa-se uma correlação entre projeto nacional de desenvolvimento e Base Industrial de Defesa – a força do primeiro implica na pujança da segunda. O auge da BID brasileira, plantada no II PND, reverberou nos anos ’80, até ser revertido pelo liberalismo dos governos nos anos ’90. A fase atual, qualitativamente superior, inicia-se com a Estratégia Nacional de Defesa (2008) e toma corpo, sobretudo, nos últimos dois ou três anos, quando o governo federal toma uma série de medidas visando o soerguimento da BID. Estrutura-se um arcabouço jurídico inicial, especialmente com a Lei 12.598 – que define a política de preferência à indústria de capital nacional e estabelece a Empresa Estratégica de Defesa. Cria-se a CMID, primeiro passo na governança do setor. Aparecem medidas de desoneração com o RETID e de financiamento à inovação, com o bem-sucedido InovaAeroDefesa. O Plano Brasil Maior, no âmbito de seu Conselho de Defesa, Aeronáutico e Espaço efetiva conjunto de medidas, mitigando o desastre para a indústria que foi a valorização do real nas últimas duas décadas. O período marca o início efetivo dos projetos estratégicos, a começar do PROSUB e do Programa Nuclear da Marinha; o desenlace do FX-2 com o Gripen e o progresso do KC-390 e dos helicópteros em nacionalização; o Satélite Geoestacionário; o Sisfron, o Guarani e o Astros 2020.

Para breve o SisGAAz e o novo projeto Para breve teremos o SisGAAz e o novo projeto da Corveta Barroso, assim promovendo o fortalecimento da defesa cibernética e de sua cadeia produtiva. Projetos com extraordinário potencial de mobilização da indústria nacional, visando à nacionalização e transferência de tecnologia. Mas os desafios não se esgotam nessas medidas positivas. Deve-se pensar numa segunda geração de medidas a ser levadas a cabo desde já e, sobretudo, a partir de janeiro de 2015, que corrija insuficiências da primeira fase, efetive medidas que vêm dando certo e prepare novas iniciativas. A indústria de defesa tem potencial para ser um dos pilares de um novo ciclo de industrialização nacional, especialmente por sua capacidade de transbordamento para o conjunto da atividade econômica. A presidenta Dilma demonstrou consciência disso na inauguração da UFEM, em março passado. Num quadro em que o problema da desindustrialização estará em debate, em 2014 é preciso apontar o setor de defesa como uma base para novo período de florescimento da indústria brasileira do século XXI, baseada em conhecimento, em intensidade científica e tecnológica, agregação de valor e intrinsecamente dual. Entre outras medidas de governança desse esforço de mobilização nacional (países com forte base industrial têm sistema de governança muito mais robusto que o nosso) o equacionamento do financiamento deste esforço (razão da não entrada em vigor do PAED – Plano de Articulação e Equipamento de Defesa) está na ordem do dia. Pensar medidas estratégicas com efeito duradouro para esta que é uma indústria portadora de futuro é um desafio presente para nosso projeto nacional de desenvolvimento.

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MERCADO

O Grupo Queiroz Galvão, um dos maiores do Brasil, com mais de seis décadas de experiência e atuação em setores fundamentais para o desenvolvimento

nacional e dos países onde atua, aproveita suas potencialidades no mercado para fundar a Queiroz Galvão Defesa, cujo objetivo é contribuir cooperativamente para a melhoria dos setores de defesa e segurança nacional. Focada no desenvolvimento de tecnologias de ponta para serem empregadas em produtos e sistemas complexos de vigilância, monitoramento, controle e proteção, a Queiroz Galvão Defesa estabeleceu parceria com a Lockheed Martin, maior empresa mundial de defesa, e a Rockwell Collins,

líder no mercado de comunicação deste segmento, para estruturação de proposta do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), projeto da Marinha do Brasil que consiste em um conjunto de sistemas que tem como objetivo ampliar a capacidade de monitoramento e controle das águas jurisdicionais e das regiões de busca e salvamento, sob a responsabilidade do Brasil. Associada a empresas líderes mundiais em tecnologia de defesa e segurança, a Queiroz Galvão Defesa está pronta para atender as demandas de uma área de especial relevância estratégica quando, no caso do Brasil, se antevê a expansão do território marítimo nacional e a exploração econômica das reservas do pré-sal.

A Queiroz Galvão Defesa está preparada para participar da implantação dos seguintes sistemas:

SisGAAz – Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (Marinha do Brasil) – Conjunto de sensores e radares concebidos para monitorar, de forma integrada, toda a costa brasileira – 4,5 milhões de km² – e outras regiões estratégicas do Atlântico Sul.

SISFRON – Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Exército Brasileiro) – Ampliação da capacidade de monitoramento das possíveis ameaças nas fronteiras terrestres do país, permitindo uma resposta rápida pelo Exército Brasileiro.

PROTEGER – Sistema Integrado de Proteção de Estruturas Estratégicas Terrestres (Exército Brasileiro). Alerta antecipado e validação precisa de eventos e ameaças, com engajamento dos atores adequados para cada cenário de crise.

QUEIROz GALVÃO DEFESAPronta para desafios dos setores de Defesa e Segurança Nacional

A Base Industrial e Tecnológica de Defesa como parte de novo ciclo de industrialização nacional

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TÚNEL DO TEMPO

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Quando o assunto é blindagem, o mercado nacional e internacional viram-se para São José dos Campos (SP), onde está instalado o complexo fabril da BCA Ballistic Protection, uma empresa 100% nacional que, há anos, apresenta ao setor produtos e serviços inovadores. Fundada em 1990 como consultoria e representação para as empresas que almejavam ampliar os negócios na América Latina, a BCA foi convidada a participar do desenvolvimento do projeto de blindagem dos aviões Tucano da Embraer. A partir daí, a BCA encontrou a vocação que iria mudar os rumos dos negócios e passou a atuar exclusivamente no setor de blindagens, primeiro como consultora para a distribuição da parceira alemã Verseidag Indutex no mercado brasileiro e sul-americano. No início do novo milênio, um novo passo rumo à liderança de mercado. Com a dificuldade de importação de produtos para atender os clientes, afinal o setor estava em franca expansão com um aumento significativo nas vendas, a empresa viu a oportunidade de abrir uma unidade industrial, instalada até hoje em São José dos Campos. Em 2002, a BCA iniciou a sua produção. A BCA investiu em sistemas de qualidade, laboratórios próprios

para o desenvolvimento de produtos e certificação nos diversos níveis de proteção balística. A busca por diferenciais tecnológicos e qualidade produtiva a tornaram referência no segmento. Nesses mais de 20 anos de existência, a BCA viveu outro grande momento em 2008 quando adquiriu as ações da parceira alemã, tornando-se uma companhia 100% nacional. “Fizemos o caminho diferente de muitas empresas no mercado, pois sempre acreditamos no potencial da empresa para alcançar seus objetivos”, comenta o CCO da BCA, André Nestor Bertin. Hoje, é líder mundial na produção de painéis balísticos para uso civil. Nos últimos anos, por exemplo, foi pioneira na inspeção e certificação automotiva de blindados, já tendo certificado mais de 21 mil veículos no mercado nacional. Para o mercado mundial, a BCA atualmente exporta para diversos países, fornecendo soluções para empresas como Toyota, no Japão, e Mercedes-Benz, no México, além de manter exportações regulares para toda a América Latina, África e Europa.

BCA Ballistic protectionliderança conquistada com desenvolvimento da tecnologia nacional

por Karen Gobbato

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BCA Ballistic protectionliderança conquistada com desenvolvimento da tecnologia nacional

Fotos: Divu

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EXCLUSIVIDADE

Os principais produtos desenvolvidos pela BCA são proteções balísticas de baixo peso, aplicadas em veículos terrestres de uso civil e militar, embarcações, aeronaves e proteção pessoal. “Seu principal diferencial de mercado é também sua principal característica, ser uma empresa laboratorial de desenvolvimento com

propósito social”, ressalta Bertin. O constante investimento em projeto de pesquisa e desenvolvimento próprio ou junto a centros tecnológicos e institutos de pesquisa sempre tiveram como objetivo principal o apoio ao desenvolvimento tecnológico no Brasil, o que resultou em uma gama de produtos e patentes que torna a BCA uma empresa competitiva nos segmentos em que atua. “Para manter a liderança tecnológica em seu segmento, a BCA precisa investir constantemente na nacionalização e domínio de seu processo, detendo todo conhecimento necessário para o desenvolvimento de seus produtos”, informa o presidente da empresa. Um bom exemplo é o NeoFlex®, um produto exclusivo com patente internacional e líder mundial de mercado, que é um dos diferenciais que o automóvel blindado brasileiro possui de maneira a melhorar seu padrão de qualidade

em relação a outros países, promovendo durabilidade, proteção, leveza e qualidade no acabamento. Também na área de defesa, como uma Empresa Estratégica de Defesa (EED), nos últimos anos a BCA passou a desenvolver soluções não só para veículos terrestres e embarcações, como para o segmento aeroespacial, visando o aumento de autonomia e nível de proteção. Na área de proteção pessoal, está incrementando a linha de produtos, com o desenvolvimento de soluções inovadoras que buscam melhoria da mobilidade, maior proteção balística e a eficácia das forças de segurança.

PAIXÃO POR AVIõES

André Bertin, fundador da BCA Ballistic Protection, nasceu em Ponta Porã (MS), em 1950. Filho de pai francês e mãe brasileira, aos 7 anos mudou-se para a capital paulista, onde iniciou seus estudos. Ainda jovem ingressou na área comercial, onde encontrou sua vocação. Formou-se em administração de empresas e, devido à paixão por aviação, praticava aeromodelismo e tornou-se piloto civil. Foi justamente esta paixão que o levou, na década de 80, a trabalhar na Embraer, onde desenvolveu atividades na área de defesa, fomentando exportações brasileiras no mercado sul-americano.

Em 1990, fundou a BCA. Ao longo de sua vida, desenvolveu relações comerciais com inúmeros países, graças à sua facilidade com idiomas, prezando sempre a ética e respeito perante seus companheiros de profissão. Também estudou psicanálise, a fim de aprofundar e melhor entender as relações comportamentais. André Bertin faleceu em 2012 fazendo o que mais gostava: voar. Era casado e teve dois filhos que continuam seu legado de desenvolver a empresa criada por ele, sempre focados nos seus princípios de ética, respeito e comprometimento.

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PONTO DE VISTA

Conforme informado na última edição do INFORME ABIMDE, “Ponto de Vista” abordará os principais temas elencados nas medidas viabilizadoras elaboradas da associação, que foram revisadas e ampliadas recentemente. Para esta

edição, o tema escolhido foi “Mercado Interno”. A Constituição Federal, em seu artigo 219, estabelece que o mercado interno integra o patrimônio nacional e que este mercado será incentivado de modo a tornar viável o desenvolvimento cultural e socioeconômico, o bem-estar de sua população e a autonomia tecnológica do país. Assim sendo, torna-se importante e até natural que seja elaborada uma legislação objetiva que instrua, oriente e motive os responsáveis pelas aquisições de sistemas de produtos de defesa a priorizarem sua compra na BID (Base Industrial de Defesa) brasileira. Desta forma, essa primeira medida viabilizadora se refere a um “Compre Brasil”, de modo a fomentar o desenvolvimento econômico do nosso país e incentivar a autonomia tecnológica por meio de pesquisa e desenvolvimento próprios, com recursos humanos locais e que possibilitem a concepção, o desenvolvimento e a produção no Brasil de produtos de defesa. Outra importante medida viabilizadora se refere aos “Programas e Projetos Estratégicos” das Forças Armadas Brasileiras. É importante que sejam definidos e, com a devida antecedência, divulgados os principais projetos estratégicos do Ministério da Defesa que demandarão produtos e serviços a serem adquiridos da BID. A visibilidade antecipada do escopo desses projetos, de seus cronogramas e, principalmente, do orçamento vão permitir que a nossa base industrial se prepare e se planeje de maneira adequada para atender a essas necessidades. É essencial que o empresariado conheça e entenda as demandas das Forças Armadas de forma que possa se capacitar em termos tecnológicos, industriais, de recursos humanos e financeiros, para atender às necessidades técnicas, operacionais e logísticas de seu cliente, usuário final de seus produtos. Um grandioso passo foi dado com a promulgação da Lei 12.598/2012, que estabelece normas especiais para compras, contratações e desenvolvimentos, além de dispor de incentivos à área estratégica de

BASE INDUSTRIAL DE DEFESA: Medidas Viabilizadoras

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Outra importante medida viabilizadora se refere

aos “Programas e Projetos Estratégicos” das Forças

Armadas Brasileiras

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defesa. Nela também são definidas as Empresas Estratégicas de Defesa – EED, outro tema elencado nas medidas viabilizadoras, cujas primeiras 26 empresas credenciadas foram anunciadas pelo Ministério da Defesa em novembro de 2013. Importante considerar que, além do estabelecimento das normas para credenciamento dessas empresas pelo Ministério da Defesa, de acordo com as definições e as condições contidas na lei, é também importante atentar às normas para o seu devido descredenciamento, quando as condições que definem as EEDs não forem respeitadas. A “Participação da União nas EED” é uma outra medida que deve ser contemplada, no que tange à criação de um arcabouço legal que facilite e até incentive a participação da União no capital dessas empresas consideradas estratégicas pelo governo em suas respectivas áreas de atuação. Outra medida considerada pela ABIMDE é a “Blindagem à desnacionalização das EEDs” por meio do aperfeiçoamento da legislação que exige a nacionalização das EEDs e garante o atendimento dos interesses nacionais nas decisões estratégicas das empresas. O tema “Importação” merece destaque como outra medida viabilizadora, quanto ao estabelecimento de normas para disciplinar os processos de importação de produtos e sistemas de defesa e segurança, especialmente aqueles de mais alta complexidade tecnológica e de alto valor agregado. É preciso definir o que é de interesse estratégico para a defesa nacional e aquilo que o Brasil quer projetar, desenvolver

e produzir localmente, através de recursos e capacitações próprias ou através de parcerias tecnológicas, com institutos de pesquisa e desenvolvimento, e empresas nacionais e/ou estrangeiras. Desta forma, é importante que haja uma definição clara das regras a serem incluídas nos contratos de importação quanto à exigência de conteúdo nacional, à garantia de manutenção e de abastecimento de consumíveis e sobressalentes por todo o ciclo de vida do produto, e à compensação tecnológica, comercial e industrial, como requerido na Lei 12.598/2012. Como última medida viabilizadora, e não menos importante, “Segurança e Defesa” é a extensão, aos setores de segurança pública, da legislação e dos conceitos aplicados aos produtos e às empresas do setor de defesa. Afinal de contas, alguns setores de segurança

também demandam soluções inovadoras e de alta tecnologia, de forma similar ao que se vê no setor de defesa. Esses temas foram as principais medidas viabilizadoras identificadas pela ABIMDE para que se fortaleça a BID, com

foco no mercado interno. E existe a natural correspondência entre os mercados interno e externo, uma vez que, como nação exportadora de produtos de defesa e segurança, só seremos bem-sucedidos lá fora se conseguirmos que as nossas soluções sejam empregadas pelas nossas Forças Armadas e Forças de Segurança, recebendo o devido atestado de qualidade dos produtos desenvolvidos “Made in Brazil”. O tema mercado externo e suas respectivas medidas viabilizadoras ficam para uma das próximas edições do INFORME ABIMDE.

Fernando Ikedo é membro do Conselho Consultivo da ABIMDE e diretor de desenvolvimento de negócios da Rockwell Collins do Brasil

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De acordo com o último estudo apresentado pelo Sipri (Stockholm International Peace Research Institute), com dados de 2012, o Brasil é um dos países com maior orçamento de defesa do mundo, com investimentos na ordem de US$ 33 bilhões, ocupando a 11ª posição mundial. O país representa metade

dos gastos da região e destina 1,5% do PIB às Forças Armadas, acima de países como Alemanha. Da AL, é o único que aparece no ranking como sendo uma das 15 maiores potências do setor. Diante de todo esse potencial e por ser aquele que mais investe em defesa abaixo da linha do Equador, o Brasil recebe um pavilhão próprio na edição 2014 da Fidae, que ocorre a cada dois anos em Santiago (Chile) e é considerado um dos maiores eventos do setor de defesa e segurança em todo o mundo. Em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e com o apoio do Ministério da Defesa, do Brazilian Aeroespace Cluster e da Softex, a ABIMDE leva ao Pavilhão Brasil 60 empresas que compõem a BID (Base Industrial de Defesa) para apresentarem seus produtos, novidades e, acima de tudo, ter a oportunidade de iniciar novos negócios com o mercado internacional. Em 2013, o país esteve no evento com 32 empresas. Segundo Massilon Miranda, especialista e consultor na área de defesa e segurança, uma das ferramentas mais importantes para empresas brasileiras se mostrarem no mercado externo são as feiras internacionais, uma vez que os clientes presentes nesses eventos estão mais disponíveis e abertos para conhecer e se relacionar com as companhias. No entanto, ele acredita que expor nesse tipo de evento, por si só, não é suficiente para garantir o sucesso em outros mercados, “mas proporciona boa oportunidade para dar mais força a uma marca, encontrar compradores de diversos clientes e países em um único lugar, dar a conhecer produtos e serviços – principalmente se a organização tiver novidades a apresentar – e também conhecer possíveis parceiros bem estabelecidos nos mercados nos quais a empresa deseja entrar”.

BRASIL AMpLIA pARTICIpAÇÃO

NA FIDAEABIMDE e Apex-Brasil levam

mais de 50 empresas brasileiras ao evento deste ano

por Claudia Pereira

CAPA

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Fotos: Divulgação

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A Fidae é um dos principais destinos para aqueles que desejam investir nesse tipo de ação. Com mais de 35 anos de atuação, o evento reúne expositores (e possíveis parceiros em potencial) vindos dos cinco continentes. “A participação na Fidae tem grande significado para as empresas brasileiras da área de defesa, pois esta é uma das feiras mais representativas do setor em todo o mundo. É uma das mais importantes vitrines para as companhias nacionais apresentarem, a compradores estrangeiros, os produtos e serviços de elevada intensidade tecnológica, inovadores e competitivos que desenvolvem”, comenta Ricardo Santana, diretor de negócios da Apex-Brasil. Para Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, vice-presidente executivo da ABIMDE, “a Fidae é entendida como o primeiro passo para as exportações de produtos e serviços relacionados à defesa e segurança. A América do Sul se constitui em excelente oportunidade para a colocação destes produtos e a formação de parcerias alicerçadas na UNASUL”.

OPORTUNIDADES Mesmo estando em uma zona isenta de conflitos armados, não significa que o Brasil não possa enfrentar problemas futuros, sobretudo por ser uma região rica em recursos naturais e que podem se tornar escassos no futuro. Na opinião de Massilon Miranda, o país parece ter compreendido a necessidade de possuir suficiente poder de dissuasão que possa impedir futuros ataques ao seu território e à sua soberania. “Não é muito diferente a visão dos outros países da região e vários são os exemplos de cooperação, quer no âmbito da Unasul, quer em ações bilaterais com outros países. As relações no setor de defesa são muito boas, embora a política interna de cada país e seu alinhamento a outras potências mundiais tenha dificultado esse processo de integração”, comenta Massilon.

Ainda assim, o especialista acredita que o fortalecimento da UNASUL pode ser um bom caminho para o Brasil estreitar relacionamento com os países vizinhos. Para ele, outro ponto que também pode unir essas nações é a questão da defesa cibernética, que se tornou fator comum entre todos os países da região em função da novidade e das questões técnicas envolvidas no assunto. De acordo com Pierantoni, as relações no setor de defesa entre países da AL têm estado em um período de estreita colaboração, tanto na parte de defesa como na de segurança. “Temos vários programas comuns e com o advento da UNASUL busca-se aproveitar a expertise de cada país”. Para estreitar esse relacionamento, o executivo da ABIMDE acredita que deveriam ser implementados mais programas comuns, incluindo o intercâmbio na área acadêmica com o oferecimento de cursos em escolas militares dos diversos países. Dentre as áreas que Pierantoni aponta como potenciais para negócios na AL estão: aviação militar, embarcações de patrulha e veículos blindados. “Mas avalio que em todos os segmentos de defesa e segurança as empresas brasileiras encontrarão possibilidades de negócios”. Miranda prevê que os países próximos ao Brasil podem também evoluir em conjunto em temas como segurança interna, “principalmente na complexidade cada vez maior envolvida na contenção de manifestações violentas e no combate ao narcotráfico, para citar as que me parecem mais óbvias. Além da área de cibernética, como já havia citado”. Ainda de acordo com o especialista e consultor, além do mercado latino, os empresários brasileiros também devem ficar de olho, durante a Fidae, em clientes vindos do continente africano e do Oriente Médio, fortes compradores de produtos de defesa e apontados como apostas promissoras para a indústria brasileira.

Comitiva brasileira presente na Fidae 2012

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ROTEIRO

AEL SISTEMAS S.A. – Estande nº 01Empresa brasileira, subsidiária da israelense Elbit Systems, desenvolve e produz soluções tecnológicas para as áreas de defesa, espaço, segurança e logística. Principais Produtos: Aviônicos para plataformas aéreas; Sistemas de Armas para Blindados; Suporte Logístico Contratado; VANT.Contato: 55 51 2101-1200www.ael.com.br

AEQ – Estande nº 36A AEQ, com mais de 25 anos no mercado, atua nas áreas de Defesa, Química e Aeroespacial. A empresa é uma das poucas do Brasil a englobar todo o processo de produção de Material Explosivo, de Defesa e de Acessórios para utilização Aeroespacial.Principais Produtos: Bomba Série MK; SMKB Sistema Guiado; Perclorato de Amônio; Foguetes e Espoletas; Granadas Reutilizáveis. Contato: 55 12 3904-3500 www.aeqaeroespacial.com.br

AIRMOD - Estande nº 11Possui equipe composta por profissionais experientes com mais de 25 anos dedicados à aviação. Conta com os serviços de profissionais com expertise em todas as especialidades aeronáuticas. Os colaboradores possuem larga experiência na indústria da aviação, trabalhando em áreas como: Gestão de programas e projetos; Engenharia; Certificação; Suporte ao cliente; Planejamento e custos de manutenção; Produção; Qualidade; e Manutenção de aeronaves.Principais serviços: Engenharia, consultoria, serviços e soluções para linhas aéreas e operadores, fabricantes e OEMs, centro de serviços – MRO e engenharia aeronáutica.Contato: amaury.acatauassu@airmodconsulting.com.brwww.airmodconsulting.com

AKAER – Estande nº 08A Akaer é uma empresa de engenharia com sede em São José dos Campos (SP) e especializada no desenvolvimento de aeroestruturas e gestão de projetos “Turn Key” para os setores aeroespacial e de defesa. Foi fundada em 1992, e desde então tem participado em programas aeroespaciais importantes pelo mundo.Principais serviços: Serviços de Engenharia; Suporte para Publicação Técnica; Suporte Técnico; Suporte para Treinamento.Contato: 55 12 2139-1100www.akaer.com.br

ALBERGO – Estande nº 15Para desabrigados e população em geral, que precisam de uma moradia temporária, a Albergo Abrigos Sustentáveis desenvolveu um Módulo Habitacional Unifamiliar que respeita o meio ambiente, possui conforto termo acústico, durabilidade e é de fácil transporte e armazenamento.Principais produtos: Módulo Habitacional Unifamiliar.Contato: 55 11 5542-1299www.albergo.com.br

ALFADELTA - Rio Desenvolvimento de Sistemas – Estande nº 17Empresa com sede no Rio de Janeiro voltada para a área de consultoria. A Alfadelta-Rio trabalha em rede com outras empresas como a QEMC (compatibilidade eletromagnética), JRC (projetos acadêmicos), Pegasus (estudos de engenharia) e com universidades como a PUC-RJ, Universidade Santa Úrsula, UERJ, entre outras.

Empresas associadas e apoiadas pela ABIMDE/Apex-Brasil

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Principais serviços: Cursos nas áreas de radar, guerra eletrônica, sistemas de radio-navegação, cyber guerra, micro-ondas, antenas; Estudos e consultorias técnicas e de estratégia comercial. Contato: 55 21 99851-4038; [email protected]

ALTAVE – Estande nº 03Fundada em março de 2011, a ALTAVE é uma start-up localizada na incubadora de empresas no interior do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial – DCTA, a Incubaero. Atua no setor aeroespacial através do desenvolvimento de veículos mais-leves-que-o-ar, com ênfase na geração de produtos e serviços inovadores, envolvendo múltiplas aplicações, em especial em radiocomunicações.Principais Produtos: ALTAVE Vanguarda; ALTAVE Horizonte; ALTAVE COB; ALTAVE Tuiuti.Contato: 55 12 3947-3076www.altave.com.br

ANACOM – Estande nº 43A Anacom pró-ativamente ajuda instituições na área tecnológica a atingirem seus objetivos, de forma rápida e econômica. Atua em Eletrônica, Simulação, Automação e Ensino, provendo produtos de última geração, consultoria e treinamento. Podendo ainda desenvolver o produto para o cliente, caso o mesmo não tenha um departamento de engenharia.Contato: 55 11 3422-4200; [email protected]

ARES – Estande nº 54A Ares Aeroespacial e Defesa foi fundada em 2003 pela fusão das Empresas Eletro Mecânica Atlantide Ltda. e Atlantide e Periscópio Equipamentos Optronicos Ltda. Reunindo competências complementares, hoje se dedica tanto à produção seriada em larga escala de material de defesa, quanto à engenharia de projeto multidisciplinar, envolvendo diversas tecnologias, tais como óptica, mecânica fina, eletrônica e software.Principais produtos: Cabeza Flash Iluminadora; Ivera; Simulador de Periscópio; Torpedo Launcher System.Contato: 55 21 2677-5350www.ares.ind.br

ATECH - Estande nº 32Empresa brasileira, provedora de soluções de comando e controle e com experiência para conceber, especificar, desenvolver, integrar e entregar soluções de sistemas tecnológicos complexos, em diversas áreas de aplicações, em especial, no setor de defesa e segurança. A empresa é responsável pelo desenvolvimento e modernização de todo o sistema para o gerenciamento do espaço aéreo brasileiro e traz ainda na bagagem a condição de Organização Integradora Brasileira no SIVAM / SIPAM (Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia).Principais serviços: Sistemas de Comando e Controle, Sistemas de Controle, Sistemas de Informação e Sistemas de VigilânciaContato: 55 11 3040-7320; [email protected]

AVIBRAS – Estande nº 28Empresa brasileira privada de engenharia, criada em 1961, e que ao longo de 45 anos vem desenvolvendo e produzindo sistemas e materiais de alta tecnologia, atendendo às necessidades específicas de cada cliente. Pioneira no Brasil no setor aeroespacial, a Avibras alcançou significativo sucesso ao equipar as Forças Armadas Brasileiras e nações amigas com sistemas de armas avançados.Principais produtos: Astros II; FALCÃO Veículo aéreo não tripulado; Sistemas de C4ISCAR; Sistema de Defesa Antiaérea; Míssil Tático TM; Veículos Espaciais Suborbitais.Contato: 55 12 3955-6290www.avibras.com.br

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AVIONICS SERVICES – Estande nº 25Com uma equipe altamente especializada, a empresa está apta a desenvolver, instalar e certificar qualquer projeto de aviônico em aviões e helicópteros (civis e militares). A Avionics Services também fornece consultoria para certificação de projetos de aviônicos de outras empresas, além de realizar inspeções de aeronaves para a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).Principais produtos: Equipamentos e sistemas de entretenimento e telefonia; Avisos Luminosos, Luzes de Corredor e Sistemas de Iluminação LED; Sistemas de Segurança.Contato: www.avionics.com.br

BCA TÊXTIL– Estande nº 05Desde sua criação em 1991, a BCA busca o desenvolvimento de produtos que tenham tecnologia avançada. Em 1999, inicia parceria com a empresa Verseidag-Indutex GmbH, tornando-se líder na fabricação de painéis balísticos para a indústria naval. Sua história é marcada pelo desenvolvimento de novas tecnologias de proteção balística e pela concepção de novos materiais para os mais diversos níveis de proteção.Principais Produtos: Neoflex II; Neoflex III - A; Neoflex III – A – Plus; Neoflex III – A – Multi – Hit; Neotech III – A. Contato: 55 12 3903-9933www.bcatextil.com.br

BR DEFESA – Estande nº 20O que começou como comércio e assessoria em compra de veículos blindados, hoje se firma em tecnologia de ponta na produção de veículos blindados, capazes de proteger seus ocupantes de uma maneira leve, elegante e segura.Principais produtos: Blindagem Automotiva; Manutenção de Blindados.Contato: 55 21 2456-8818www.forceoneblindados.com.br

BRVANT Soluções Tecnológicas – Estande nº 51Desenvolve e fabrica sistemas de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT / Drones), sistemas USV e UGV, software aeronáutico embarcado e simuladores, para clientes civis e militares, além da prestação de serviços em tecnologia de última geração. Como principal característica, a BRVANT busca a nacionalização tecnológica e adequação de tecnologia de ponta ao mercado nacional.Principais produtos: BRV-01; BRV-03; BRV-03; BRV-04W; BRV-X; BRV-Cardeal 55.Contato: 55 11 3565-2591www.brvant.com.br

CBC Companhia Brasileira de Cartuchos – Estande nº 55Empresa voltada para o mercado de armas e munições. A evolução dos seus produtos e, consequentemente, da sua marca, deve-se ao compromisso dessa empresa de estar sempre inovando tecnologicamente e oferecendo diferenciais importantes no atendimento, na qualidade e na busca incessante da performance ideal de cada produto.Principais produtos: Arsenal Militar; Coletes; Equipamentos para segurança pública; Munições em geral.Contato: 55 11 2139-8200www.cbc.com.br

CECIL – Estande nº 19Com mais de 40 anos de existência, a Cecil S/A – Laminação de Metais se destaca em seu segmento pela diversidade e qualidade de seus produtos e serviços, bem como por sua pontualidade no atendimento. A companhia nasceu da fusão de duas empresas: a Laminação de Metais Langone e a Cecil, em 1970. Sua planta em Itapevi abriga os setores de fundição, extrusão, laminação, trefilação e administração.Contato: www.cecil.com.br

CLARION Events – Estande nº 40Uma das maiores empresas dedicadas à promoção e organização de feiras de negócios, congressos e eventos. Por mais de 30 anos, a empresa tem criado marcas líderes em diversos segmentos e

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ótimos ambientes para negócios e relacionamento. Os mais de 200 eventos da Clarion atendem 15 diferentes setores, como defesa e segurança, lazer, entretenimento, financeiro, varejo, jogos, arte e energia nos quatro continentes. Principais serviços: promoção e organização de feiras de negócios, congressos e eventos.www.clarionevents.com

CONDOR Tecnologias Não-Letais – Estande nº 26A Condor Tecnologias Não-Letais é líder e pioneira, na América Latina, na fabricação de Equipamentos Não-Letais para controle de distúrbios e pirotécnicos de alta tecnologia, sinalização militar e salvatagem, ocupando lugar de destaque no ranking mundial. Desde 1985, a empresa já desenvolveu e homologou mais de 100 produtos com grande aplicabilidade pelas forças de segurança, Forças Armadas e pelas Forças de Paz das Nações Unidas en operações que requerem defesa passiva como solução.Principais produtos: Armamentos; Granadas de Impacto; Kits Táticos; Pirotécnicos. Contato: 55 21 2886-8747 www.condornaoletal.com.br

DIGEX/ CTA – Estande nº 35A Digex iniciou suas atividades no ano de 1992 como empresa aérea de transporte de cargas no aeroporto de Guarulhos. A partir de 1999, tornou-se uma empresa de manutenção de aeronaves mudando então seu nome para Digex Aircraft Maintenance, como é conhecida atualmente. Em setembro de 2010, a Digex Aircraft Maintenance S/A foi adquirida pelo grupo Synergy.Principais serviços: Manutenção em Estrutura, Interiores, Sistemas; Modificação de Aeronaves e Componentes; Suporte de Engenharia do Fabricante; Suporte a AOG; Gestão de Frota.Contato: 55 12 3904-3500www.digex.com.br

EFLY – Estande nº 44Pioneira em treinamento eletrônico para aviação desde 2000, a e-Fly atua com destaque no desenvolvimento de projetos de treinamento multimídia de elevado padrão de qualidade e complexidade técnica.Principais produtos: Cursos; Desenvolvimento de Projetos de e-Learning; Visual Sintético; Construção de Simuladores; Treinamento de Missão e Operações de Helicópteros. Contato: 55 11 5032-2789www.efly.com.br

EQUIPAER – Estande nº 50Desenvolve, fabrica e comercializa lançadores de foguetes 70 mm e alvo aéreo rebocável para treinamento de tiro aéreo, de diversos modelos e características, sendo um fornecedor assíduo da Força Aérea Brasileira. Empresa Certificada ISO 9001; NBR15100 e RBQA 2110. Produtos certificados pelo DCTA.Principais produtos: Equipamento Aeronáuticos; Lança-Foguetes; Lançador múltiplo de Foguetes tipo MK40 e MK66; Miras. Contato: 55 11 5034-6388www.equipaer.com

FLIGHT Technologies – Estande nº 06Focada no desenvolvimento de sistemas aeronáuticos, atua em duas áreas principais: Sistemas Aviônicos e Sistemas de Inteligência, Comando e Controle, baseados em Veículos Aéreos Não-Tripulados. Ao longo dos anos, a companhia consolidou sua posição como líder e referência latino-americana. Detentora de tecnologias próprias de interesse para o país, passou a ser considerada como uma empresa estratégica para as Forças Armadas Brasileiras.Principais Produtos: Sistemas Aviônicos Integrados; Sistemas Horus.Contato: 55 12 3905-2527 www.flighttech.com.br

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FULGURIS – NEWPOWER – Estande nº 37Tradição e qualidade, duas palavras que resumem a trajetória de sucesso que faz da Newpower líder no mercado brasileiro de baterias especiais para aplicações industriais. As soluções são aplicadas nos mais diversos segmentos como petrolífero, aeroportuário, ferroviário, bancário, naval, militar, hospitalar, infraestrutura, entre outros. A empresa é conhecida por oferecer um produto referência em tecnologia, confiabilidade e durabilidade. Principais produtos: Baterias Tracionárias; Estacionárias Ventiladas; Estacionárias VLRA; Monoblocos Estacionários; Sinalização Náutica; Metrô e Ferrovias.Contato: 55 112413-5600www.fulguris.com.br

IACIT – Estande nº 48A Iacit é reconhecida como provedora de soluções de vanguarda em tecnologias de comunicação, navegação aérea, vigilância, controle, automação e sensoriamento. Além de líder no segmento de tráfego aéreo, conta com uma atuação expressiva nas áreas de meteorologia, tecnologias da informação e comunicação, além de tecnologias de automação e controle. Principais produtos: Rádio VHF-AM – Rádiocomunicação VHF Aeronáutico Terra-Ar; GBAS 0100; Radar Meteorológico Banda S; Radar Oceânico; Sistema de Controle Remoto para todos os tipos de equipamentos e sistemas.Contato: 55 12 3797-7777www.iacit.com.br

IMBEL Indústria de Material Bélico do Brasil – Estande nº 07Criada em 1975, a Indústria de Material Bélico – Imbel – é uma estatal ligada ao Ministério da Defesa. Seu objetivo é colaborar no planejamento e na produção de material bélico, por meio da transferência de tecnologia. Além disso, busca incentivar a instalação de novas indústrias e promover o desenvolvimento de outras atividades relacionadas a seus objetivos.Principais produtos: Armamentos; Comunicação; Explosivos; Munição.Contato: 55 12 3156-9042 www.imbel.gov.br

IMER – Estande nº 04Empresa brasileira pioneira na América do Sul na fabricação de Embalagens Certificadas pela ONU para o Transporte de Produtos Perigosos. Todas a embalagens da IMER foram testadas, aprovadas e certificadas pelo Centro Tecnológico de Aeronáutica (CTA) e incluem mais de 450 configurações de embalagens dos modelos 4C1, 4C2, 4G, 4GV e 4GU. Principais produtos: Embalagens para munições, explosivos e produtos de defesa sob as especificações: ONU/IATG, MIL, OTAN e EB-BR; Embalagens para combustíveis, líquidos inflamáveis e corrosivos e materiais biológicos das categorias A e B.Contato: 55 21 2450-9300www.imer.com.br

INDIOS Pirotecnia – Estande nº 52Empresa brasileira, fundada no ano de 1971, pioneira na América Latina no desenvolvimento de projetos, produção e comercialização de produtos pirotécnicos. Mantém-se no mercado brasileiro com reconhecida liderança no campo de pirotécnicos e sinalizadores, registrando um importante e sólido crescimento também no domínio das munições não letais, aprovados e certificados pelas Forças Armadas Brasileiras.Principais serviços: Projetos, produção e comercialização de produtos pirotécnicos.Contato: 55 11 4656-2422

INFAX TECNOLOGIA E SISTEMAS – Estande nº 46Constituída em 1990, a INFAX é uma empresa 100% brasileira e pioneira no desenvolvimento do primeiro Simulador de Movimentos Angulares da América Latina. Desde a sua criação, adotou o Sistema Operacional de Tempo Real QNX como a plataforma de software básico para soluções de sistemas de missão crítica em tempo real e, nessa ocasião, foi credenciada como Agente Autorizado pela QNX Software Systems. Mais tarde, em 2003, foi reconhecida como a sua mais antiga representante no mundo.

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Principais serviços: sistemas de defesa militar, sistemas aeroespaciais, robótica, automação industrial e sistemas de apoio à vida. Focando em projetos e desenvolvimento de sistemas de computação com aplicações em: sistemas de missão crítica em tempo real, sistemas embarcados – Embedded Systems, sistemas de informação com tecnologia WEB.Contato: Tel.: 55 21 2252-6910 www.infax.com.br

KRYPTUS Segurança da Informação – Estande nº 49Empresa 100% brasileira focada em prover soluções de Segurança da Informação. Fundada em 2003 na cidade de Campinas, a Kryptus desenvolve, integra e implanta uma gama de soluções de hardware, firmware e software, incluindo desde semicondutores até sistemas complexos de gestão de processos com certificação digital.Principais produtos: SurfDog – Plataforma Social Anti-Phishing; Morphing-ID Identificação Ultrassegura de Máquinas; HSM padrão; Compact HSM; CPS Processador Seguro; Cifrador de Enlace; Equipamento para CF-e-SAT.Contato: 55 19 3289-4377www.kryptus.com

NOVAER CRAFT Empreendimentos Aeronáuticos – Estande nº 24Empresa aeroespacial brasileira focada no fornecimento de soluções avançadas de design e engenharia para a indústria da aviação. A NOVAER projeta e fabrica aeronaves civis e militares, bem como componentes de aeronaves.Principais produtos: Aeronave Utilitária: U-Xc; Treinador Primário: T-Xc; Trem de Pouso BEM 312.Contato: 55 12 3949-2000www.novaercraft.com.br

OMNISYS – Estande nº 23Empresa brasileira que se notabiliza pela sua capacitação no provimento de soluções de elevado conteúdo tecnológico, pesquisando, desenvolvendo, fornecendo equipamentos e provendo serviços para aplicações civis, militares e espaciais.Principais produtos: Controle de Tráfego Aéreo; Defesa; Espacial; Trajetografia.Contato: 55 11 3303- 1200www.omnisys.com.br

ODEBRECHT DEFESA E TECNOLOGIA – Estande nº 31Criada em 2011, a Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) atua no desenvolvimento e no emprego de tecnologias nacionais para a execução de projetos, bem como a inovação nas soluções financeiras para a realização de investimentos. Seu trabalho engloba: desenvolver e executar soluções para as necessidades das Forças Armadas do Brasil, no contexto da implantação da Estratégia Nacional de Defesa (END); realizar investimentos e parcerias estratégicas, em alinhamento com o Governo Brasileiro, para o fortalecimento da indústria nacional de defesa e conceber, desenvolver, integrar, gerenciar tecnologias e produtos de uso militar e civil.Principais serviços: desenvolvimento de mísseis de 4ª e 5ª gerações, sistemas de comunicação, radares, sistemas integrados de comando e controle e transponders e gravadores de dados para satélites.Contato: 55 11 [email protected] | www.odebrecht.com/

POLARIS Tecnologia – Estande nº 21Polaris é uma empresa brasileira focada em pesquisa, inovação e desenvolvimento de produtos, principalmente nas áreas de turbinas a gás e assistidos por plasma de combustão.Principais produtos: Turbojet TJ 1000; Turbojet TJ 1200; Turbogerador TG 1000.Contato: 55 12 3911-5222www.polaristec.com.br

RC Consultoria e Assessoria Militar e de Defesa – Estande nº 53Com grande conhecimento e experiência nos mercados nacionais e estrangeiros de defesa, RC proporciona consultoria e assessoria a empresas para negociações de seus produtos e serviços com

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as Forças Militares e de Segurança.Principais serviços: Elaboração de documentação técnica (manuais) e Catagolação NATO; Realização de treinamento de pessoal em operação e manutenção de equipamentos militares; Serviços para liberação de importação e exportação de materiais; Assistência técnica de produtos militares; Elaboração de materiais promocionais das empresas e produtos.Contato: 55 21 3941-9235

RF COM – Estande nº 29Empresa especializada em Unidades Móveis, Componentes de RF e Equipamentos de Teste, para aplicações em Sistemas de Defesa, Televisão e Telecomunicações. A RF COM atua nas áreas de vendas, projeto, fabricação e integração de unidades móveis, suporte, consultoria e manutenção.Principais produtos: Componentes RF; Equipamento de Teste; Survey; Abrigos; Unidades Móveis; Comunicação via Satélite; Torres; Energia.Contato: 55 12 3933-1204www.rf.com.br

ROCKWELL COLLINS – Estande nº 30Rockwell Collins é uma empresa pioneira na concepção, produção e suporte de soluções inovadoras para a indústria aeroespacial e de defesa. A expertise em aviônicos, eletrônica de cabine, comunicações de missão, gestão da informação e simulação e treinamento é reforçada pela rede de serviços e suporte global que abrange 27 países.Principais produtos: Cabines; Comunicação; Controles; Displays; Sistemas Integrados.Contato: 55 12 3908-6202www.rockwellcollins.com

RUSTCON – Estande nº 45A RustCon é uma empresa brasileira de consultoria em engenharia voltada para o desenvolvimento de sistemas de TI de alta complexidade e elevado valor agregado. Tem atuado junto à indústria de defesa, sendo que o setor tem sido seu principal foco nos últimos 4 anos.Principais serviços: Governança Corporativa; Arquitetura de Soluções; Integração de Sistemas; Customização de Softwares; Centros de Comando e Controle; Logística Operacional.Contato: 55 21 3554-3170www.rustcon.com.br

SIEM Consub – Estande nº 02SIEM Consub é marca registrada da DSND Consub S.A. e é parte do grupo SIEM Offshore. Com mais de 26 anos de operação no Brasil, a SIEM Consub tem como foco operações de Apoio Offshore, Instalação de Cabos Submarinos além do desenvolvimento em engenharia de sistemas e integração na área de defesa. A companhia empreende projetos que incluem tecnologia naval e submarina, recursos de altíssima qualidade.Principais produtos: Embarcações de Apoio Marítimo; Engenharia e Integração de Sistemas; Serviços Off-shore.Contato: 55 21 3515-9700www.siemconsub.com.br

SYNERGY – Estande nº 34A SYNERGY Defesa e Segurança foi estruturada seguindo a Estratégia Nacional de Defesa, adotada pelo governo brasileiro. O foco da SDS é a integração de sistemas e o fornecimento de produtos e serviços para o mercado de defesa e segurança pública, com avançados recursos de sensores, sistemas de comando e controle e tecnologias da informação e da comunicação.É uma das maiores fornecedoras de soluções para as Forças Armadas do Brasil, por intermédio das empresas do Grupo: AEQ – Aeroespacial, Química e Defesa, certificada como Empresa Estratégica de Defesa; Estaleiro EISA; DIGEX e Turbserv.Principais produtos: Sensores, Sistemas de Comando e Controle e Tecnologias da Informação e da Comunicação.Contato:55 21 2106-1000

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TAURUS Blindagens – Estande nº 22Fundada em abril de 1983, a Taurus Blindagens é líder no mercado brasileiro de coletes à prova de balas. Situada no Distrito Industrial de Mandirituba, a fábrica foi pioneira na utilização de fibras sintéticas mais resistentes que o aço.Principais produtos: Dissimulados; Híbridos; Ostensivo; Táticos.Contato: 55 41 3626-8000www.taurusblin.com.br

TECHNICAE – Estande nº 18A Technicae Projetos e Serviços Automotivos é relativamente nova, porém conta com um corpo técnico bastante experiente e reconhecido, pois foi estruturado com base numa equipe que prestou serviços para mais de mil viaturas pesadas do Exército Brasileiro ao longo de quase 15 anos. Os principais projetos compreendem a desmontagem integral e recuperação de todos os sistemas de um veículo, oferecendo garantia e assistência técnica especializada conforme as necessidades do cliente.Principais serviços: Manutenção, revitalização ou modernização de veículos pesados, com foco em viaturas militares sobre rodas ou lagartas.Contato: 55 61 2196.0909/ 55 61 [email protected]; [email protected]

THYSSEN KRUPP - Estande nº 10Grupo alemão com atuação industrial diversificada e de alta tecnologia. É um dos principais fornecedores do mundo em sistemas de submarinos não nucleares e navios de guerra avançados. Possui mais de 150 mil empregados, em mais de 80 países.Principais produtos e serviços: elevadores, indústria automotiva, construção de plantas de indústrias de alta tecnologia, e desenvolvimento de componentes e maquinário.Contato: 55 54 5105-7555; paulo.alvarenga@thyssenkrupp.comwww.thyssenkrupp-marinesystems.com

VERTICAL DO PONTO – Estande nº 47A Vertical do Ponto está no mercado desde 1990 fabricando paraquedas militares, produzidos com alta qualidade, sendo: pessoal, carga, extração e ejeção. Também produz equipamentos aeronáuticos, aeroterrestres e militares.Principais produtos: Paraquedas; Aeroterrestres; Aeronáuticos; Militares.Contato: 55 21 2457-4338www.verticaldoponto.com.br

XMOBOTS – Estande nº 38Empresa brasileira especializada no desenvolvimento, fabricação, treinamento, manutenção e operação de sistemas não tripulados, incluindo VANTs, AUVs, ROVs, USVs, UGVs e Estações de Controle Terrestre. Principais produtos: VANT Echar 20ª; VANT Nauru 500A; VANT Apoena 1000B; Aerolevantamento com VANTs.Contato: 55 16 3413-0655www.xmobots.com

Empresas apoiadas pelo CECOMPI: Utec Neuron Airmod Ambra Rosenberguer Esra Aernnova RSD DenelThyssen Krupp

FID

AE

2014

Empresas apoiadas pela SOFTEX: AtechSaipherPlusoftStefanini

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Associação Brasileira das Indústriasde Materiais de Defesa e Segurança

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